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Gestão da Sustentabilidade Organizacional Volume 1

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1. Reduzir os silos de informa o Acelerar aprendizado Integrar conhecimentos internos e externos Integrar conhecimentos pessoas e reas Gerar inova es Proteger e valorizar o Capital Intelectual Mapear compet ncias Organizacionais e individuais Gest o do Conhecimento Aumentar colabora o em v rios n veis N o reinventar a roda Integrar conhecimentos internos e externos Promover informa o relevante Aplica o de benckmaring Figura 2 Possibilidades da Gest o do Conhecimento para a Sustentabilidade Organizacional o principal a cria o de um ambiente de troca A incorpora o t cnica da mem ria organizacional pode se constituir numa rede complexa de conhecimento que inclui as habilidades e experi ncias das pessoas o capital intelectual e recursos de informa o de uma organiza o Esta mem ria faz parte de um processo de socia liza o e age como um vasto recurso potencial que os usu rios podem utilizar para tomada de decis o e resolu o de problemas Para a manuten o da sustentabilidade organizacional a capacita o respaldada pela acumula o gest o e utiliza o do conhecimento para obter vantagem com petitiva por meio dos portais As possibilidades incluem ainda a forma o de uma rede de coopera o que pode ser alcan ada pela aquisi o
2. POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 155 TEGRADOS DESIGN HOUSES DH Dispon vel em lt http www mct gov br upd blob 0008 8078 pdf gt Acesso em 22 de jun de 2011 MINIST RIO DA CI NCIA E TECNOLOGIA MCT PROGRAMA NACIONAL DE MICRO ELET NICA Contribui es para a Formula o de um Plano Estruturado de A es Dez de 2002 p 1 70 Dispon vel em lt http www ci brasil gov br index2 php option com do cs amp task download amp id 57 amp field doci amp no html 1 gt Acesso em 22 de jun de 2011 MINIST RIO DA IND STRIA E COM RCIO MDIC Integra da Apresenta o da Pol tica de Desenvolvimento Produtivo PDP Dispon vel em lt http www mdic gov br pdp arqui vos destswf1224095287 ppt gt Acesso em 22 06 2011 MOORE J F Predators and Prey A New Ecology of Competition Harvard Business Review May June 1993 p 75 86 PROGRAMA CI BRASIL RN 009 2010 Dispon vel em http www ci brasil gov br index2 php option com_docs amp task download amp id 70 amp field doci amp no_html 1 Acesso em jun 2011 RAPINL M S Intera o universidade empresa no Brasil evid ncias do Diret rio dos Grupos de Pesquisa do CNPq Estudos Econ micos Cedeplar online 2007 vol 37 n 1 p 211 233 Dispon vel lt http www scielo br pdf ee v37n1 08 pdf gt Acesso em 06 05 2011 SAXENIAN A Regional networks and the resurgence of Silicon Valley California Manage ment Review 1990 v 33 n
3. Coreia 2006 Jap o 2006 2 52 5 T 0 00 0 50 1 00 1 50 2 00 2 50 3 00 Figura 4 Investimentos do governo e de empresas em P amp D MCT 2010 Embora n o seja panaceia para todos os desafios a serem enfrentados a Lei de Inova o estimulou um novo olhar para as ICT inclusive no interior delas pr prias uma vez que por muitos s culos as universidades foram vistas como locais alheios aos acontecimentos sociais e econ micos Todas as mudan as que ocorreram nas fun es das universidades deram se lentamente Tais mudan as segundo Etzkowitz 2003 foram marcadas por uma primeira revolu o acad mica ocorrida no final do s culo XIX quando as universidades adicionaram s fun es de ensino as atividades de pesquisa Uma segunda revolu o acad mica se fez sentir quando as universidades passaram a considerar em suas atividades a preocupa o com o desenvolvimento econ mico dos seus ambientes O marco dessa fase foi a cria o do Massachusetts Institute of Technology MIT em 1862 Desde ent o esse modelo passou a ser trans ferido para outros centros universit rios De acordo com os resultados alcan ados com a pesquisa Mobiliza o Brasileira pela Inova o Mobit ABDI 2007 em que as pol ticas para inova o tecnol gica de sete pa ses foram estudadas Estados Unidos Canad Irlanda Reino Unido Fran a Finl ndia e Jap o t m ocorrido muitas discuss es sobre a adapta
4. de grande import ncia o aspecto colaborativo que os portais assumem no processo de compartilhamento do conhecimento conforme proposto por Nonaka e Tacheuchi 2006 na chamada Espiral do Conhecimento ver Figura 1 Tamb m conhecida como Modelo SECI a espiral do conhecimento ilustra o processo de transfer n cia de conhecimento t cito individual para conhecimento t cito organizacional A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 87 Fonte Adaptado de Nonaka e Takeuchi 2006 Conhecimento T cito PARA Conhecimento Expl cito 8 ver manusear perguntar perceber escrever falar desenhar g v 3 Socializa o Externaliza o 5 Conhecimento Conhecimento v Compartilhado Conceitual wW a 2 Internaliza o Combina o Conhecimento Conhecimento 3 Operacional Sist mico 8 v E 3 ler ouvir assistir agrupar combinar Figura 1 Socializa o do Conhecimento onde o conhecimento circula na organiza o a partir das seguintes fases Sociali za o Externaliza o Combina o e Internaliza o Neste processo temos que a socializa o gera conhecimento compartilhado a externaliza o transforma o em conhecimento conceitual a combina o d origem ao conhecimento sist mico e a internaliza o momento em que se produz conhecimento operacional O conceito de espiral deriva do movimento associado cria o e transfor
5. o de Empresas S o Paulo FGV v 40 n 1 Jan Mar 6 19 2000 GOUVEIA F 2004 O papel das subsidi rias brasileiras na nova configura o das corpora es multinacionais Um estudo com base na ind stria eletr nica Disserta o Mestrado Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas Campinas 2004 IEMI Instituto de Estudos e Marketing Industrial Estudo setorial da ind stria de equipa mentos odonto m dico hospitalar e laboratorial no Brasil S o Paulo IEMI Abimo 2005 KAST F E ROSENZWEIG J E Organization and management a systems approach Tokyo McGraw Hill 1985 KIRBY K E Organizational change The systems approach in Stahl e Bounds ed Competing globally through customer value The management of Strategic suprasystems Westport Quorum Books 1991 KOTLER P ARMSTRONG G Principios de marketing Rio de Janeiro Prentice Hall Brasil 2007 MITSUE H 2010 Custos da Log stica Reversa de P s Consumo Um estudo de caso dos apare lhos e das baterias de telefonia celular descartados pelos consumidores Dispon vel em www te ses usp br teses disponiveis 12 12136 tde MitsueHori pdf Acessado em 13 de maio de 2011 MONTGOMERY C A PORTER M E Estrat gia A busca da vantagem competitiva S o Paulo Campus 1998 MORGAN G Imagens da organiza o S o Paulo Atlas 1996 OLIVEIRA L H SILVEIRA M A Caracteriza o e an lise da cadeia produtiva de PCIs In SIM POI 2009
6. 94 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Fonte Cria o pr pria Apresenta o Projeto Conceitual Reuni o com V3 V4 V5 V6 Empresas V7 V7 resumo Desenvolvedoras Aprendizado Figura 3 Ciclo de aprendizado para o desenvolvimento das funcionalidades para o Portal GAIA CTI 9 14 cimentos gerados nas Manh s da Inova o Entendendo que essa poderia ser tam b m uma oportunidade e ou um incentivo para o desenvolvimento e implanta o de um portal de apoio a inova o voltado para a mobiliza o de atores diversos pensou se na constru o de um ambiente web com escalabilidade que pudesse crescer com o tempo possibilitando a uni o de outras ferramentas e ou fun es que pudessem ser detectadas Buscou se ent o privilegiar a utiliza o de softwares livres Nesse contexto oito empresas desenvolvedoras de portais foram contatadas O projeto conceitual foi distribu do e reuni es posteriores ocorreram para conheci mento do or amento e esclarecimentos de d vidas Os or amentos apresentados pelas empresas desenvolvedoras tiveram grande varia o e reuni es para esclarecimento foram necess rias As reuni es com a presen a das equipes t cnicas das empresas e do GAIA possibilitaram o entendimento do custo real para o desenvolvimento e ou customiza o de cada ferramenta Com o alinhamento dos entendimentos t cnicos veio a necessidade de ajustar os or a
7. SE O II GERA O E TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA EM ECOSSISTEMAS ORGANIZACIONAIS CAP TULO 3 A dissemina o do conhecimento no apoio inova o e sustentabilidade organizacional a import ncia dos portais corporativos Nanci Gardim Daniela Cartoni S rgio de Oliveira Caballero gt Introdu o A EFETIVA DISSEMINA O do conhecimento entre institui es e indiv duos envolve diversos mecanismos que s o intensamente influenciados pelo processo de comu nica o Com o avan o e consolida o da WEB 2 0 a comunica o mediada por computador tem se expandido e se fortalecido no ambiente organizacional Nesse contexto o uso crescente das pr ticas de Gest o do Conhecimento GC tem pro porcionado s institui es o desenvolvimento de diferentes tipos de portais corpo rativos ea aplica o de ferramentas que auxiliam nos processos de cria o e com 1 Diante dos princ pios que norteiam a Web 2 0 apontados por O Reilly 2005 destacam se utilizar a web como plataforma mudan a do usu rio com o meio o usu rio deixa de ser meramente um leitor para interagir com o conte do e com outros usu rios gera o de conte do com base no conceito de conheci mento colaborativo constante melhoria dos servi os dispon veis com atualiza es e complementos sem existir uma vers o final do produto Dentro deste contexto de web 2 0 que est o situados os portais corporativos voltados para a gest o do conhec
8. es 6 Identifica o de rela es sin rgicas e caracteriza o das trocas de recursos C Avalia o da sustentabilidade do ecossistema em fun o de metas e objetivos propostos 1 Identifica o de estados aceit veis do ecossistema em fun o dos objetivos propostos 2 Identifica o dos processos econ micos t cnicos pol ticos etc necess rios para os objetivos propostos 3 Identifica o de atratores inaceit veis atratores desej veis e tradeoffs envolvidos nas escolhas de atratores D Manuten o da integridade sustentabilidade dos ecossistemas 1 Identifica o de a es para mitigar amea as integridade dos ecossistemas 2 Identifica o de a es para promover atratores positivos 3 Defini o de a es de monitoramento do ecossistema visando detectar mudan as E A es para lidar com a complexidade dos ecossistemas 1 Elabora o de esquemas de gerenciamento antecipat rio que permitam a adapta o a mudan as baseados no aprendizado organizacional Fonte Adaptado de Kay et al 1999 garantem a consecu o de tais objetivos devido a dificuldades de intera o e alinha mento entre institui es heterog neas Para Lall e Teubal 1998 o desenvolvimento de um conjunto de organiza es de suporte ao desenvolvimento tecnol gico fundamental em pa ses em desenvolvi mento como o Brasil onde as empresas inovadoras sofrem com a falta de institui es
9. o do parque a UNICAMP mostra se disposta a uma transforma o interna em prol da cultura da inova o no sentido de criar uma nova din mica de relacionamento entre universos com valores distintos discutindo o que realmente adequado para a regi o Sem preju zo de seu compromisso acad mico tradicional a universidade aceita o desafio de promover a forma o permanente de empresas baseadas em tecnologias avan adas ampliando sua atua o no processo de inova o gt 5 Considera es finais As caracter sticas econ micas e a rede de institui es geradoras de conhecimento cient fico transformaram o SLI de Campinas em um ecossistema prop cio inova o Entretanto semelhante a outras localidades nacionais com grande capacidade de gera o de inova o o SLI de Campinas ainda apresenta certa morosidade no pro cesso de sintoniza o entre os diversos atores institucionais o que demanda pol ticas 128 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 p blicas que estimulem a intera o entre a cadeia do conhecimento a moderniza o tecnol gica no setor produtivo e os anseios da sociedade local Diante dos obst culos para a consolida o dos SLI os parques cient ficos e tec nol gicos assumiram papel importante na constitui o de um locus privilegiado de articula o institucional promo o de PD amp I e do potencial competitivo do setor empresarial Os parques instalados no SLI de Campinas
10. o e a renova o S o Paulo Atlas 1996 ABINEE Associa o Brasileira da Ind stria el trica e eletr nica A ind stria el trica e eletr nica em 2020 Uma estrat gia de desenvolvimento S o Paulo junho 2009 CAPRA F O ponto de muta o S o Paulo Cultrix 1982 CHURCHMAN C W Introdu o teoria dos sistemas S o Paulo Vozes 1972 DAY G S REBSTEIN D J A din mica da estrat gia competitiva Rio de Janeiro Campus 1999 DEJOURS C Entre o desespero e a esperan a como reencantar o trabalho Revista CULT S o Paulo n 139 p 49 53 set 2009 EDVINSSON L MALONE M S Capital intelectual S o Paulo Makron 1998 ELKINGTON J Cannibals with forks New Society Publische 1998 KAST F E ROSENZWEIG J E Organization and management a systems approach Tokyo McGraw Hill 1985 KIRBY K E Organizational change The systems approach in Stahl e Bounds ed Competing globally through customer value The management of Strategic suprasystems Westport Quorum Books 1991 KOTLER P ARMSTRONG G Principios de marketing Rio de Janeiro Prentice Hall Brasil 2007 LI C BERNOFF J Groundswell winning in a world transformed by social technologies Bos ton Mass Harvard Business Press 2008 MASLOW A H Motivation and Personality New York Harper amp Row 1954 MEADOWS D et al Limites do crescimento um relat rio para o projeto do Clube de Roma sobre os problemas da humanidade S o
11. 11 196 2005 Alguns desses apoios s o concedidos mediante a exist ncia de projetos de P amp D conjuntos entre empresas e Institui es Cient ficas e Tecnol gicas ICT O est mulo cria o de novas empresas spin offs tamb m se faz sentir na me dida em que s o fomentados arranjos institucionais como incubadoras de empre sas e parques tecnol gicos cujo objetivo estimular a cria o e consolida o desses empreendimentos Atuando como interlocutores das ICT estruturas denominadas escrit rios de transfer ncia de tecnologia ag ncias de inova o ou N cleos de Inova o Tecnol gica NIT seguindo a denomina o proposta na Lei de Inova o Lei n 10 973 2004 t m ampliado significativamente a import ncia de seus pap is Este cap tulo tem por objetivo discorrer sobre o processo de transfer ncia de tec nologia que visa a inova o refletindo se sobre a participa o das ICT no processo de promo o da inova o tecnol gica nas empresas gt 1 Ci ncia tecnologia e inova o O processo de acumula o tecnol gica bem como o aprendizado de conhecimentos tecnol gicos s o meios de se chegar inova o Bell Pavitt 1993 Uma inova o envolve a busca experimenta o descoberta imita o desenvolvimento e ado o de novos produtos novos processos produtivos e novas configura es organizacionais Dosi 1988 podendo ocorrer em qualquer setor da economia tanto em empresas privadas
12. As unidades constituintes de qualquer sistema social como s o as empresas e os demais tipos de organiza o s o os seres humanos Portanto a ignor ncia a respei to da natureza humana e a desconsidera o de suas necessidades constituem se em importantes lacunas de compet ncia gerencial A manuten o de empresas com tal d ficit de compet ncia nos mercados atuais s se explica pelo fato de que essa mesma anomalia ocorre na maioria das empresas ou seja o paradigma dominante ainda o da vis o tecnocr tica nivelando por baixo o desempenho das organiza es Numa perspectiva de recursos o funcion rio pode transcender as sua condi o de mera m o de obra tornando se do valioso capital intelectual Para isso necess rio que ele compartilhe dos valores e ou interesses comuns predominantes naquela organiza o Caso contr rio como ele dotado de livre arb trio seus interesses ir o divergir dos demais indiv duos e neste caso na melhor das hip teses ele ir se manter alheio s necessidades da empresa Na pior das hip teses ele ir trabalhar contra os objetivos comuns da organiza o como de fato ocorre atrav s de erros conscientes e n o conscientes o que demonstrado por estudos feitos na rea de confiabilidade humana raz o pela qual o sistema dever canalizar recursos para sustentar meca nismos de coer o e controle os quais impactam negativamente a sua efici ncia Para que uma orga
13. ISBN 978 85 65163 01 9 1 Gest o Organizacional 2 Pesquisa e Desenvolvimento 3 Inova o Tecnol gica 4 Ind stria Eletr nica 5 Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer T tulo CDD 658 406 ndices para Cat logo Sistem tico 1 Gest o Organizacional 658 406 2 Inova o Tecnol gica 338 064 3 Pesquisa e Desenvolvimento 658 57 4 Ind stria Eletr nica 338 47621381 Organizadores Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo Marco Antonio Silveira Gest o Editorial CEDET Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnol gico Ltda Revis o Silvia Elizabeth da Silva Capa projeto gr fico e editora o Jo o Toniolo Imagem de fundo da capa O Foxaon Dreamstime com Impress o Gr fica Bandeirantes Reservados todos os direitos desta obra Proibida toda e qualquer reprodu o desta edi o por qualquer meio ou forma seja ela eletr nica ou meca nica fotoc pia grava o ou qualquer outro meio de reprodu o sem permiss o expressa do editor SUM RIO Pref cio Sergio Luiz Monteiro Salles Filho sicsssssssssssssossssssassasssssssetassessseessissasseessogsassazenseisssatsvsczociabnieeson u Apresenta o Adalberto Mantovani M de Azevedo e Marco Antonio Silveira 15 SE O 1 GEST O DE ECOSSISTEMAS ORGANIZACIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO S CIO ECON MICO Introdu o sustentabilidade organizacional integrando o capital humano aos ecossistemas organiza
14. gt 3 Conclus o H diversos entraves a serem superados quando se trata de mecanismos que viabilizam a dissemina o socializa o do conhecimento j que a constru o do conhecimento efetuada n o s pelo indiv duo como tamb m por grupos e institui es Silveira 2006 e Nonaka e Takeuchi 1997 Com o advento da internet e as possibilidades inte rativas decorrentes dos aplicativos da WEB 2 0 os canais informais de comunica o se expandiram permitindo que os portais corporativos se constitu ssem em importantes instrumentos de apoio gest o do conhecimento e s atividades inovativas base para a sustentabilidade organizacional Viabilizar canais que ap iam a troca e o compartilhamento de informa es tecno cient ficas tornou se fundamental para as organiza es estabelecerem diferencial com petitivo no mercado Fato esse que promoveu a propaga o de diferentes tipos de por tais corporativos dentre os quais se destacam principalmente os voltados para a gest o do conhecimento e suporte decis o A gest o do conhecimento que pode ser apropriada pelas organiza es facili tada pela associa o com as ferramentas de TI que permitem a sistematiza o e dis semina o de informa es diversas tornando o conhecimento expl cito mais atraente para os membros da organiza o neste sentido que os portais d o suporte ao processo de aprendizagem nas orga niza es e emergem como importante recurso
15. milagres surgindo de um caos determi nista ou criados por for as misteriosas ou mesmo por puro acaso De fato os processos subjacentes aos fen menos de aglomera o e forma o de redes dentro e ao longo de campos inovativos frequentemente operam em formas h bridas que combinam um conjunto de diversos mecanismos Estes mecanismos variam de forma cont nua de din micas descentralizadas e auto organizativas para pol ticas mais coletivas e institu cionalizadas Hamdouch 2008 18 19 tradu o do autor Os novos modelos te ricos de arranjos multiorganizacionais para a inova o re presentam grandes avan os em rela o aos modelos ofertistas lineares buscando envolver um conjunto de institui es que vai muito al m dos laborat rios dos cien tistas e que em seu conjunto tornam vi vel a concretiza o de programas e projetos de inova o A ampla aceita o desse modelo tem orientado as pol ticas cient ficas de diversos pa ses incluindo o Brasil que recentemente vem adotando pol ticas de CT amp I alinhadas a essas novas abordagens te ricas Contudo diversos problemas ainda persistem nessas abordagens que aparecem mais claramente na execu o de pol ticas de C T amp I Em primeiro lugar o enfoque de elabora o e implementa o ainda do tipo top down e baseia se na concep o de que existe uma burocracia dirigente formuladora das pol ticas e programas que conhece todos os processos e atores envolvidos no
16. o Figura 1 A gest o da cadeia reversa requer o gerenciamento dos processos e dos fluxos de informa es relacionadas ao descarte dos produtos vendidos por uma empresa ap s seu consumo que atrav s de canais de distribui o reversos retornam ao ciclo pro dutivo Isso exige o estabelecimento de novas rela es com fornecedores incluindo uma s rie de agentes envolvidos com a gest o de res duos coletores recicladores etc Se poss vel a integra o da cadeia de suprimentos direta com a reversa seria mais vantajosa por m muito mais complicada A universidade Purdue est realizando uma pesquisa que visa desenvolver modelos de cadeia de suprimentos que incluem a recu pera o de produtos coletados desmontagem e remanufatura AT amp T est desen volvendo relacionamentos com fornecedores para gerenciar produtos no fim de vida Rose 2000 30 tradu o nossa 7 Exemplos de implementa o de programas para recupera o e revenda de equipamentos ap s o final de sua vida til s o os programas de recircula o de equipamentos de imagens m dicas desenvolvidos pelas empresas General Eletric Healthcare Philips Healthcare e Siemens Medical Centre for Remanufac turing amp Reuse s d 8 Asempresas tamb m podem internalizar a gest o de seus res duos desenvolvendo processos pr prios Por exemplo em 2011 a Panasonic inaugurou uma planta com capacidade para reciclar 1 milh o de equi pamentos eletr ni
17. o de lucros auferidos pela empresa tais como desonera o progressiva de impostos privil gio em compras governamentais redu o de encargos trabalhistas entre outras medidas poss veis N o h nenhuma utopia nessas medidas as quais j s o adotadas em diversos pa ses S o solu es vi veis tecnicamente mas que dependem de vontade pol tica e de uma vis o mais sustent vel da vida em sociedade Os pa ses que melhor enfrentaram as crises na d cada de 90 segundo o Banco Mundial tinham uma economia regulamentada ou dirigida pelo estado Ou seja aqueles pa ses que estavam no meio termo entre a abertura sovi tica e a desregula menta o selvagem do per odo Reagan o neoliberalismo Fen meno semelhante ocorreu no Brasil durante a crise econ mica de 2008 pa s que conseguiu minimi zar os problemas econ micos atrav s de uma pol tica de distribui o de renda que aumentou o poder de consumo de classes socialmente menos favorecidas gt 4 Sustentabilidade empresarial A nfase nos dois livros que comp em esta s rie a gest o da sustentabilidade em sis temas organizacionais sejam esses pequenos empreendimentos corpora es transna cionais de grande porte arranjos cooperativos cadeias produtivas ou setores econ mi cos Essa nfase de deve a concordarmos com a seguinte afirma o as organiza es constituem se em um dos agentes centrais da concretiza o de uma escolha de sociedade e do
18. o das universidades s mudan as ocorridas no cen rio econ mico Entre as pautas dos debates a rela o universidade empresa tem ganhado destaque e a aproxima o entre universidades institutos de pesquisa e empresas tem se caracterizado como estrat gia fundamental para a inova o Como consequ ncia desse novo papel atribu do s universidades as quest es so bre propriedade intelectual e transfer ncia de tecnologia passaram a ocupar as pau tas das discuss es dos respons veis pelas pol ticas das universidades sobretudo nas universidades p blicas A propriedade intelectual concede direitos a autores que tenham realizado cria es provenientes de sua capacidade intelectual abrangendo direitos do autor cultivares e organismos geneticamente modificados circuitos integrados programas de com putador e propriedade industrial cujo objetivo proteger o chamado bem imaterial 106 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 resultado da cria o humana que possua aplica o industrial Essa prote o abrange inven es e modelos de utilidade desenhos industriais marcas indica es geografi cas e determina os par metros de repress o concorr ncia desleal O sistema de prote o cria o intelectual busca valorizar a atividade inventiva concedendo a exclusividade de uso ou explora o ao seu titular evitando que determi nada tecnologia seja ilicitamente apropriada por terceiros mas tamb m c
19. o e do consumo aliada s estrat gias de obsolesc ncia programada responsabilizam os produtores de eletroeletr ni cos pelo descarte ambientalmente correto de seus produtos O descarte incorreto dos REEEs gera problemas ambientais s rios n o s pelo volume e pelo tempo que os res duos levam para se decompor mas tamb m pela pre sen a de metais pesados em sua composi o altamente prejudiciais sa de humana e ao meio ambiente Discuss es sobre o problema na Comunidade Europ ia CE culminaram no ano de 2003 em regula es espec ficas para os equipamentos eletroeletr nicos especifi camente as Diretivas WEEE Waste Electrical and Electronic Equipment e RoHS Restriction of the use of certain Hazardous Substances in electrical and electronic equipment A diretiva WEEE estabelece como prioridade a preven o da gera o de REEEs seguidas da reutiliza o reciclagem e outras formas de recupera o desses res duos Inclui tamb m a melhoria do desempenho ambiental de todos os envolvidos no ci clo de vida dos eletroeletr nicos incentivando a recupera o e a valoriza o dos re s duos como componentes do produto Assim est previsto na WEEE o dever dos fabricantes de informar sociedade a respeito dos componentes e materiais usados em seus produtos assegurar que os REEEs sejam entregues aos fabricantes sem en cargos instalar e explorar sistemas de coleta individuais ou coletivos criar sistemas para t
20. Dispon vel em lt http cutter uni camp br document down vtlsoo0406618 gt Acesso em 02 01 2011 CENTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DE ELETR NICA AVAN ADA S A CEITEC S A Relat rio Anual 2010 Dispon vel em lt http www ceitec sa com assets documentos RELATORIO 2010 web sem imagens pdf gt Acesso em 22 de jun de 2011 GUTIERREZ R M V e LEAL C F C Estrat gias para uma Ind stria de Circuitos Integrados no Brasil BNDES Setorial Mar o 2004 n 19 p 3 22 Dispon vel em lt http www bn des gov br SiteBNDES export sites default bndes pt Galerias Arquivos conhecimento bnset setigo1 pdf gt Acesso em 22 06 2011 GUTIERREZ R M V ALEXANDRE P V M Complexo eletr nico brasileiro e competi tividade In BNDES Setorial Rio de Janeiro n 18 p 165 192 set 2003 Dispon vel em http www bndes gov br SiteBNDES export sites default bndes pt Galerias Arquivos conhecimento bnset set1805 pdf gt Acesso em 02 03 2011 GUTIERREZ R M V MENDES L R Complexo eletr nico o projeto em microeletr nica no Brasil In BNDES Setorial n 30 p 157 209 Dispon vel em lt http www bndes gov br Si teBNDES export sites default bndes pt Galerias Arquivos conhecimento bnset set3004 pdf gt Acesso em 02 03 2011 GUTIERREZ R M V Complexo eletr nico Lei de Inform ticae competitividade BNDES Setorial Junho 2010 n 31 p 5 48 Dispon vel em http www bndes gov br SiteBNDES bndes bndes_pt Instituci
21. VOLUME 1 condutores denominada de dedicated foundry A flexibiliza o da produ o vertical levou reorganiza o das estrat gias de neg cio das empresas l deres no sentido de auferir uma oferta maior de empresas prestadoras de servi os insumos produtos significando uma ruptura com os forne cedores tradicionais da cadeia de valor da estrutura verticalizada o que exigiu novas compet ncias e capacidades Neste sentido a especializa o em determinados seg mentos possibilitados pela especializa o vertical uma resposta s mudan as na din mica competitiva das ind strias particular mente relacionadas com as atividades de inova o que requerem investimentos pe sados em atividade de P amp D ciclos de produto mais curtos e de maior complexidade custos elevados de produ o al m de mudan as nas exig ncias dos usu rios finais Sturgeon 2000 apud Carvalho 2006 16 A coopera o entre empresas dos diversos segmentos da cadeia de valor da ind s tria de semicondutores atende s novas condi es de competi o com empresas foca das em mercados espec ficos As empresas atuantes nos diversos est gios necess rios para a produ o dos semi condutores formam uma rede de intera es cooperativas A consolida o das empre sas com suas respectivas compet ncias em cada elo da cadeia de valor da ind stria de semicondutores possibilita que a alian a tecnol gica entre estes elos da cadeia seja um
22. a estrutura organizacional os m todos gerenciais as rela es no trabalho entre outros aspectos Al m dos dois conjuntos de raz es acima elencados o capital intelectual tamb m um poderoso instrumento para o desenvolvimento sustent vel de um pa s e de suas organiza es pelo fato de que a sua gera o dissemina o e aplica o dependem do fator humano Desse modo a op o por estrat gias e opera es que valorizam o capital intelectu INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 49 al permite que a empresa alcance n veis de competitividade adequados s demandas dos mercados atuais sem abrir m o dos interesses e das necessidades dos seus cola boradores da sociedade e de outros stakeholders Isso porque a competitividade de uma empresa uma propriedade sist mica influenciada por um grande conjunto de vari veis de diferentes naturezas econ mica organizacional tecnol gica e humana tanto da pr pria organiza o como do ambiente no qual ela est inserida as quais s o muito dependentes do fator humano 7 Conclus es deste cap tulo sustentabilidade e o bem comum Como os temas ligados sustentabilidade normalmente s o bastante complexos isto possuem muitas vari veis sua viabiliza o depende de compet ncia para estruturar os m ltiplos aspectos e as v rias reas do conhecimento envolvidas Assim torna se poss vel contemplar os interesses de todos os agentes envolvidos incluindo as
23. design patterns and business models for the next generation of software O Reilly Media 2005 Dispon vel em lt http oreilly com web2 archive what is web 20 html gt Acesso em 21 de junho de 2011 REYNOLDS H KOULOPOULOS T Enterprise knowledge has a face Intelligent Enterprise v 2 n 5 P 29 34 1999 Dispon vel em lt http web archive org web 20000816201640 ou http www intelligententerprise com 993003 feati shtml gt Acesso em 23 de julho de 2011 RIZOVA P Are you networked for successful innovation In MIT Sloan Management Review Spring 2006 Vol 47 p 49 55 SCOTT J E 1998 Organizational Knowledge and the Intranet Decision Support Systems v 23 pp 3 17 SENGE P A quinta disciplina arte e pr tica da organiza o que aprende S o Paulo Best Seller edi o revisada 2004 100 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 SILVA M C M Redes sociais intra organizacionais informais e gest o Disserta o Mestrado em Administra o NPGA UFBA Salvador 2003 SILVEIRA M A Gest o Estrat gica da Inova o para Sustentabilidade Desenvolvimento Susten t vel da Ind stria Eletroeletr nica Brasileira Anais ALTEC Prelo 2011 SILVEIRA M A Gest o da Inova o em Sistemas Organizacionais In Por que gest o em siste mas e tecnologias de informa o Campinas Komedi 2006 v 1 p 103 160 STEWART T A A riqueza do conhecimento o capital intelectual e a organiza o
24. empresa inteligente t o procurada uma combina o das diversas intelig n cias individuais impelidas pelo desejo de colaborar A sinergia da reuni o dos c re bros para ter maior capacidade criativa nica maneira de enfrentar os desafios da 46 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 complexidade um dos principais desafios dos dias de hoje Ainda segundo Acktouf o respeito dignidade do ser humano um leitmotiv isso um motivo recorrente que deve nos orientar Assim chegaremos a empregados mais bem formados serenos saud veis cooperativos respons veis presentes e cria tivos Para isso Acktouf acredita em um humanismo como sendo a busca de uma concep o humana do homem baseada nas grandes escolas do pensamento sendo as seguintes bases essenciais desse humanismo i Considerar o ser humano como tendo autoconsci ncia com aspira es ao pr prio engrandecimento centrado no seguinte princ pio o homem n o um meio para alcan ar um fim mas ele carrega em si sua pr pria finalidade ii Homem como um ser fundamental de sociedade de rela es com seus semelhantes iii Extinguir a aliena o do trabalho que uma fonte de desumaniza o O homem deixa de vender a sua for a de trabalho e passa a vender o resultado do seu trabalho que uma express o de ato criador iv Estabelecer uma posi o humanista que tenda para uma teoria do sujeito em op
25. es setores econ micos e regi es Por fim a quarta parte do cap tulo sintetiza as discuss es e as contribui es apresentadas nos itens anteriores sugerindo temas para pesquisa te ri ca e aplicada embasadas nos conceitos discutidos gt 1 Pol ticas para a gera o e difus o de inova es das torres de marfim do modelo ofertista linear aos sistemas multiorganizacionais para a inova o bastante comum a ideia de que a inova o um processo linear no qual as tecnolo gias s o criadas com base na disponibilidade de conhecimento gerado em institui es dedicadas ci ncia b sica e aplicada notadamente nas universidades e institutos de pesquisa De acordo com essa concep o a oferta de ci ncia e tecnologia na academia o principal determinante do ritmo e dire o da inova o Por esse motivo os mo delos de explica o dos processos de inova o baseados nesse modelo s o conhecidos na literatura como teorias technology push ou science push Dosi 1984 Alinhado a essas teorias o modelo ofertista linear explica o processo inovativo considerando a oferta de tecnologia como condi o necess ria e suficiente para gerar a inova o em organiza es p blicas e privadas e dessa maneira promover o cresci mento econ mico e social Esse modelo ganhou for a ap s a Segunda Guerra Mundial e justificou a implementa o de pol ticas ofertistas de ci ncia e tecnologia nas quais institui es de pesquisa financia
26. m dia nacional cuja instala o ocorreu simultaneamente ao estabelecimento de um ex pressivo n mero de importantes universidades e institutos de pesquisa Campinas constitui o n cleo central de acumula o econ mica do pa s com dina PARQUE CIENT FICO DA UNICAMP PAPEL ESTRAT GICO NO DESENVOLVIMENTO 119 mismo econ mico superior maioria dos grandes centros urbanos A renda per capita do munic pio em 2008 foi de R 27 789 maior em compara o ao do estado de S o Paulo cuja renda per capita nesse ano foi de R 24 457 e muito superior do Brasil de R 15 989 No mesmo ano o Produto Interno Bruto PIB campineiro foi de R 29 4 bilh es aproximadamente 3 0 do estado de S o Paulo De 1997 a 2005 a regi o de Campinas foi um dos principais alvos de inten o de investimentos no Brasil com cerca de US 18 3 bilh es de d lares anunciados o que representa 10 do valor apurado para todo o Estado de S o Paulo segundo Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de S o Paulo PIESP realizada pela Fun da o Sistema Estadual de An lise de Dados Funda o SEADE Em 2010 foram anunciados US 1 7 bilh es em investimentos para a regi o Atualmente a Regi o Metropolitana de Campinas RMC abriga mais de 10 000 empresas de m dio e grande porte constituindo o segundo maior parque industrial do pa s com um amplo leque de atividades produtivas com destaque para automo tiva telecomunica es eletr ni
27. o de v rios princ pios e enfoques em um projeto que visa apoiar a sustentabilidade de empresas brasileiras fabricantes de equipamentos eletrom dicos gt 2 Origem da necessidade de novos modelos o imperativo ambiental As duas ocorr ncias abaixo s o ilustrativas de procedimentos vigentes em nossa sociedade i Com a alega o de que n o existiam evid ncias cient ficas suficientes a respei to dos malef cios do tabagismo a ind stria do cigarro prosperou durante anos como um setor econ mico forte e pujante geradora de empregos impostos e divisas Ainda hoje esta ind stria tolerada muito embora o tabagismo seja cada vez mais combatido uma vez que s o muito evidentes os problemas pro INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 29 vocados pelo v cio do cigarro implicando em mortes e importantes perdas de qualidade de vida impondo sociedade custos financeiros imensos na rea de sa de al m dos problemas diretos causados para o fumante e a sua fam lia fumantes passivos ii Apesar dos esfor os de v rios pa ses durante anos em torno do denominado Pro tocolo de Quioto somente em 2009 ap s o fim do governo Bush v rias subs t ncias como o CO e o CHa foram oficialmente reconhecidas nos EUA como respons veis pelo efeito estufa At ent o de acordo com o governo americano n o haviam evid ncias cient ficas suficientes sobre a rela o de causalidade entre a emiss o desses gas
28. saciar a fome e a sede se sobrep em s necessidades de seguran a como garantir que teremos o almo o de amanh Essas por sua vez se sobrep em de reconhecimento social e assim por diante Por este modelo a tend ncia do ser humano permanecer preso na busca por 5 A esse respeito Edward de Bono m dico e psic logo maltense publicou em 1990 pela Penguin Books um livro com o sugestivo e instigante t tulo I am right You are wrong From this to the New Renaissance from Rock Logic to Water Logic 6 Esse padr o de comportamento imediatista est relatado de maneira simb lica em uma das obras mais antigas da humanidade atrav s da hist ria de Esa e Jac contida no Genesis o primeiro livro do Antigo Testamento Nessa hist ria que conta a origem do povo hebreu Esa abre m o dos direitos de sua primogenitura em favor de Jac seu irm o mais novo em troca de uma sopa de lentilhas que ir saciar a fome que o acomete naquele momento S depois da fome saciada que Esa se d conta do terr vel engano que cometeu quando j era tarde demais INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 33 atender suas necessidades em um determinado n vel at que ele sinta que conseguiu satisfaz las Isso talvez explique em parte a raz o pela qual muitas pessoas buscam consumir e acumular riquezas numa quantidade muita acima das suas reais neces sidades demonstrando ser incapazes de superar os n veis de segur
29. verso empresarial de crescimento ilimitado que tem causado tantos impactos desastrosos ao meio ambiente Os fundamentos do crescimento ilimitado est o diretamente vinculados bus ca do m ximo lucro sendo que esse comportamento dos agentes econ micos entra radicalmente em contradi o com os princ pios que governam a natureza e a vida O modelo ainda vigente de crescimento ilimitado em raz o das limita es dos recursos naturais e dos ecossistemas bem como da interdepend ncia dos componentes do sistema global leva ao comprometimento do sistema como um todo o enriqueci mento crescimento em uma parte leva ao empobrecimento deteriora o em outra Mantemos ainda hoje modelos e princ pios que vigoram h s culos remontando a pocas em que a popula o humana era algumas ordens de grandeza menor cem anos atr s por exemplo a popula o mundial era cerca de cinco vezes menor que os atuais 7 bilh es de seres humanos sendo que individualmente consumimos muito mais energia e recursos naturais Ou seja crescemos n o s em quantidade mas em voracidade de consumo A demanda por recursos naturais nesse modelo de desenvol vimento portanto cresce exponencialmente Alguns autores como Alexandre King comparam este crescimento exponencial indiferenciado de produ o e consumo ao nico fen meno equivalente na natureza o c ncer que uma prolifera o desordenada descontrolada e desenfreada que s tem a final
30. 14 Segundo a teoria do sujeito os seres humanos n o s o meros organismos mas obedecem a raz es a sentimentos e a determinadas escolhas INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 47 modo a criar melhores condi es sist micas para produzir os resultados esperados nas dimens es econ mica social e ambiental como veremos a seguir 6 1 Um recurso inesgot vel para a nova economia Na abordagem da teoria neocl ssica os recursos organizacionais restringem se a capital trabalho e terra Mas como consequ ncia da din mica evolutiva dos mer cados a teoria dos recursos incluiu entre os recursos organizacionais as entidades tang veis e intang veis que a firma tem sua disposi o e que lhes permitem produzir com mais efici ncia ou efic cia Sveiby 1998 O conjunto de recursos intang veis denominado por v rios autores como capital intelectual entendido como aqueles recursos que n o possuem exist ncia f sica mas assim mesmo representam valor para a empresa Edvisson e Malone 1998 Sveiby identifica tr s conjuntos de fatores que comp em o capital intelectual capi tal humano que s o os conhecimentos e as compet ncias dos funcion rios colocados a servi o da empresa capital estrutural envolvendo tanto os softwares e sistemas de gest o como os demais ativos organizacionais que possam ser relacionados na cate goria de propriedade intelectual marcas patentes entre outros capital de
31. 15 n 31 2010 p 175 180 MOREIRA M L e VELHO L M S P s gradua o no Brasil da concep o ofertista linear para novos modos de produ o do conhecimento implica es para avalia o Avalia o v 13 n 3 p 625 645 nov 2008 Dispon vel lt http www scielo br pdf aval v13n3 02 pdf gt Acesso em 13 09 2011 MOREIRA N V A ALMEIDA EA S COTA M FM e SBRAGIA R A inova o tecnol gica no Brasil os avan os no marco regulat rio e a gest o dos fundos setoriais Revista de Gest o da USP 2007 v 14 n especial p 31 44 MOWERY D et al Ivory Tower and Industrial Innovation University Industry Technology Transfer Before and After the Bayh Dole Act Palo Alto Stanford Business Books 2004 242 p MUNIER F Firm size technological intensity of sector and relational competencies to innovate Evidence from French industrial innovating firms Economics of Innovation and New Tech nology v 15 n 4 2006 p 493 505 NACHIRA et al Eds Digital business ecosystems Luxembourg Office for Official Publica 78 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 tions of the European Communities 2007 Dispon vel lt http www digital ecosystems org book 2006 4156 PROOF DCS pdf gt Acesso em 09 05 2011 NELSON R Economic Development From the Perspective of Evolutionary Economic Theory Working Papers in Technology Governance and Economic Dynamics The Other Canon Foundation Tallinn University of
32. 2010 a promo o de arranjos inovativos muitas vezes adota uma orienta o top down implementada de cima para baixo igno rando muitos dos atores importantes para levar a cabo pol ticas de inova o que re querem um enfoque bottom up implementa o de baixo para cima participativa permitindo manipular os processos e atores envolvidos Essa abordagem conduz ao 4 Uma ilustra o dos problemas de implementa o de pol ticas de C T amp I apresentado no Cap tulo 6 Pol ticas setoriais de fomento ind stria eletr nica no Brasil descri o e resultados 56 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 conceito de ecossistemas organizacionais aqui discutido participativo compartilha do e com a presen a equilibrada dos diversos processos e atores importantes para a execu o de programas e projetos de inova o de alta complexidade A inova o tecnol gica bem sucedida tem de ser sist mica Um programa de desen volvimento tecnol gico tem de ser encaixado com a melhoria dos sistemas de educa o e treinamento bem como pela provis o de suporte de tecnologia e capital Quando o sistema de suporte incompleto e leva a altos custos de aprendizado firmas de reas priorit rias t m de ser ajudadas a suportar estes custos Lall e Teubal 1998 1381 tradu o do autor Para Lalle Teubal 1998 o aprendizado para a organiza o dos arranjos multior ganizacionais para a inov
33. 2012 ter o sido formados 170 estudantes de gradua o e aproximadamente 421 estudantes de p s gradua o capacitados para atuar com microeletr nica Namitec 2011 148 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 com aplica es em particular em agricultura de precis o no controle ambiental em energia na instrumenta o biom dica na ind stria automotiva e aeroespacial e nas telecomunica es Namitec 2011 s p A segunda iniciativa planejada no Programa Nacional de Microeletr nica implan tar uma f brica foundry de semicondutores est na fase final para a opera o O CEI TEC a nica foundry de semicondutores no Brasil e na Am rica Latina Foi criado em 2008 na cidade de Porto Alegre Rio Grande do Sul e uma empresa p blica fe deral que possui duas unidades principais um centro de P amp D inaugurado em 2009 e uma unidade fabril inaugurada em 2010 mas que entrar em opera o em 2012 O aporte de investimentos realizado pelo governo federal foi da ordem de R 450 milh es CEITEC S A MCT 2010 A finalidade do CEITEC desenvolver e produzir circuitos integrados voltados a aplica es espec ficas ASICs capacitando o Brasil com conhecimentos tecnol gicos e recursos humanos qualificados na rea Seu modelo de neg cios concilia o desen volvimento de produtos pr prios para a fabrica o em sua unidade fabril ou de tercei ros e a utiliza o da f brica para a produ o de chip
34. Assist ncia T cnica Integral CATT dentre outros Pacheco Cruz 2004 2 Dados do IBGE 2008 dispon vel em www ibge gov br acesso em 21 06 11 3 A Regi o Metropolitana de Campinas estabelecida em 2000 composta por 19 munic pios Ameri cana Artur Nogueira Campinas Cosm polis Engenheiro Coelho Holambra Hortol ndia Indaiatuba Itatiba Jaguari na Monte Mor Nova Odessa Paul nia Pedreira Santa B rbara d Oeste Santo Antonio de Posse Sumar Valinhos e Vinhedo 120 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 A promulga o da Lei n 10 176 2001 tamb m conhecida como Lei de Inform tica impulsionou a cria o de diversos institutos privados de pesquisa estruturados para receber os recursos gerados pelos incentivos fiscais Dentre eles o Centro de Pesquisas Avan adas Wernher Von Braun 1997 o Instituto Eldorado 1999 a FI Tec o Centro de Refer ncia em Informa o Ambiental CRIA e o Centro de Inova o Tecnol gica Venturus Esses institutos somados aos departamentos de P amp D de diversas grandes empresas e a uma mir ade de pequenas empresas de base tecnol gica completam o atual mosaico de organiza es dedicadas pesquisa e inova o presentes na regi o Atualmente o munic pio de Campinas respons vel por 1 do PIB nacional e por aproximadamente 15 de toda a produ o cient fica brasileira Nas ltimas d cadas a regi o de Campinas aumentou a quantidade
35. B ROBAZZI A C Parques Tecnol gicos Ambientes de Inova o Instituto de Estudos Avan ados da USP arquivo PDF sem data Dispon vel em www iea usp br artigos acesso em jan 2010 SALLES FILHO S L M et al Dominio de Ci ncia e Tecnologia do Parque Tecnol gico da RMC Vers o para discuss o 30 12 2204 Mimeo 2004 VEDOVELLO C Aspectos Relevantes de Parques Tecnol gicos e Incubadoras de Empresas Revista do BNDES Rio de Janeiro v 7 n 14 p 273 300 dez 2000 LALKAKA R 1990 Overall Planning of Minas Gerais Biotechnology Incubator In Report for Funda o Biominas Belo Horizonte MG March SILVA R Polo e Parque de Alta Tecnologia de Campinas uma an lise da pol tica p blica Dis serta o Mestrado em Pol tica Cient fica e Tecnol gica UNICAMP Campinas 2008 SPOLIDORO R Sociedade do conhecimento e seus impactos no meio urbano In MEDEIROS L A amp PALADINO G G Parques Tecnol gicos e Meio Urbano Artigos e Debates Bra s lia DF ANPROTEC p 11 54 1997 TECHNO PARK 2011 http www technopark com br acesso em 12 10 2011 SE O III SUSTENTABILIDADE NA IND STRIA ELETR NICA LEGISLA O DESAFIOS E OPORTUNIDADES CAP TULO 6 Pol ticas setoriais de fomento ind stria microeletr nica no Brasil descri o e resultados Ana Karina da Silva Bueno gt Introdu o O COMPLEXO ELETR NICO engloba um conjunto de ind strias que possuem em co mum a mesma base t cnic
36. CICLO FECHADO EM EMPRESAS DO SETOR 175 destaca se o enfoque de autores da economia evolucionista ou neo schumpeteriana De acordo com Mulder et al 1999 a literatura econ mica evolucionista analisa o processo de inova o como um sistema inserido em um contexto particular com fato res que induzem o sistema a gerar e difundir determinadas tecnologias A concep o evolucionista destaca dessa maneira a import ncia que mudan as institucionais e sociais t m sobre a dire o e o ritmo da inova o Sob a tica evolucionista a vari vel ambiental um novo elemento decisivo na evolu o dos ambientes seletivos que con dicionam as rotinas de busca das firmas Romeiro amp Salles Filho 1999 A influ ncia de novos elementos institucionais nas decis es empresariais pode ser mais bem compreendida a partir dos conceitos de busca rotina e sele o Nelson amp Winter 1982 As rotinas por estabelecerem e consolidarem o armazenamento do co nhecimento fazem com que as empresas tomem decis es sequenciais mas que n o podem ser revertidas sem custos Esse car ter cumulativo da mudan a t cnica regido pela trajet ria tecnol gica de cada ind stria cuja dire o depende tanto de raz es in ternas ac mulo de aprendizado inovativo quanto de raz es externas s empresas por exemplo as caracter sticas do paradigma tecnol gico vigente Dessa maneira os processos de busca podem direcionar essas rotinas para diferent
37. Governo Institui es de Ensino e Pesquisa e Prestadoras de Servi os Tecnol gicos a fim de que as diversas organiza es que comp e o ecossistema organizacional de diversas ind strias brasileiras adquiram uma converg ncia ben fica para a gera o de inova es teis para a sociedade como um todo Seja na forma de uma Rede Hori zontal de Inova o Induzida Pellegirn et al 2007 ou uma h lice tripla Leydesdorf e Etzkowitz 1996 necess ria uma maior intera o entre os atores Por outro lado as teorias consultadas nesse cap tulo n o permitem apenas apon tar problemas Permitem apontar caminhos de melhoria A proposta de Pellegrin et al 2007 indica que desej vel a presen a de um ou mais agentes indutores ncoras para estimular a coopera o entre os agentes que assim atuariam de forma convergen te Callon 1992 na gera o de inova es Nas palavras de Hekkert et al 2007 trata se de criar est mulos para os componentes atores dos sistemas setoriais de inova o bra sileiros a cumprir as fun es necess rias completude do processo inovativo Na concep o de ecossistemas organizacionais n o se consideram as atividades de transfer ncia de tecnologia uma rela o unilateral em que o conhecimento flui de Ins titui es de Ensino e Pesquisa para o setor produtivo As redes s o vistas como ecossis temas auto organizativos Kay et al 1999 cuja mudan a de estado para uma situa o desej v
38. ISO 9001 largamente adotada pelas empresas do setor de E E e de eletroeletr nicos em geral Os desafios inerentes manuten o da condi o de sustentabilidade com enfo que TBL processo P2 requerem um planejamento integrado de a es tanto internas como mercadol gicas Para facilitar o encaminhamento dessas a es foram definidos dois subprocessos principais 1 gerenciamento integrado do composto de marketing visando viabilizar o neg cio associado ao PP quando de sua adequa o aos requisi tos ambientais 2 gerenciamento da integra o dos v rios sistemas de gest o da EP criando se mecanismos que permitam o gerenciamento integrado de demandas am bientais e do neg cio condi o inerente ao princ pio TBL O objetivo associado ao processo P3 proporcionar meios para que a empresa consiga manter a sua competitividade ao longo do tempo atrav s do desenvolvi mento das compet ncias organizacionais que contribuem para o enfrentamento dos desafios inerentes a mercados competitivos e em cont nua evolu o Como se trata de um objetivo complementar ao projeto piloto as mudan as relacionadas n o est o sendo priorizadas nesta etapa Os dois primeiros processos organizacionais mencionados P1 e P2 devem ser desdobrados em subprocessos de modo a tornar operacional a condu o das mudan as nas EPs No Quadro 4 s o apresentados os cinco sub processos a serem desenvol vidos no projeto piloto e o objetivo associado a cada
39. Mesmo sabendo que uma desconcentra o urbana desse porte tem pouca viabi lidade de ocorrer a curto e m dio prazos esses c lculos s o ilustrativos da insusten tabilidade econ mica e social dos nossos modelos atuais O que ocorre que essas consequ ncias negativas n o s o percebidas de forma clara pela maioria das pessoas seja por incapacidade acomoda o ou conveni ncia O outro exemplo ilustrativo das consequ ncias de uma abordagem parcial dos pro blemas s o os sistemas que adotamos para a produ o em massa de alimentos que entre outros problemas fazem uso intensivo de agrot xicos contaminando o solo len is fre ticos e trazendo problemas de sa de Os procedimentos empregados nas cadeias produtivas de alimentos est o gerando problemas que se avolumam a cada dia entre os quais Uso de horm nios prejudiciais sa de humana para aumentar a velocidade de crescimento de aves como frangos por exemplo que nos servem de alimento A escala de produ o agr cola torna os pre os dos alimentos mais baratos por m o seu manejo exige altos volumes de agrot xicos uma vez que as monoculturas s o bem mais suscet veis s pragas e doen as que contaminam os alimentos e o meio ambiente a A industria pecu ria uma das principais respons veis pela destrui o de nossas florestas e pelo efeito estufa Um gestor competente sabe que pre o diferente de custo Se analisarmos as externalidades gera
40. Paulo Perspectiva 1972 MONTGOMERY C A PORTER M E Estrat gia A busca da vantagem competitiva S o Paulo Campus 1998 MORGAN G Imagens da organiza o S o Paulo Atlas 1996 PORTER M E Estrat gia competitiva Rio de Janeiro Campus 2005 52 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 RATTNER H Sustentabilidade uma vis o humanista Ambiente e Sociedade 1999 n 5 p 233 240 ROCKSTROM J et al A safe operating space for humanity Revista Nature n 24 v 461 p 472 475 set 2009 RODRIGUES Angela C 2007 Impactos socioambientais dos res duos de equipamentos el tri cos e eletr nicos Estudo da cadeia p s consumo no Brasil Disserta o mestrado Faculda de de Engenharia Arquitetura e Urbanismo Universidade Metodista de Piracicaba UNI MEP Santa SCHODERBEK C G SCHODERBEK P P KEFALAS A G Management systems concep tual considerations Dallas Business Publications 1980 SCHUMPETER J A Teoria do desenvolvimento econ mico S o Paulo Nova Cultural 1988 SENGE P SMITH B KRUSCHWITZ N LAUR J SCHLEY S A revolu o decisiva Rio de Janeiro Campus 2009 SILVEIRA M A Gest o estrat gica da inova o em organiza es Proposta de um modelo com enfoque sist mico In XXIII Simp sio de Gest o da Inova o Tecnol gica 2004 Curitiba XXIII Simp sio de gest o da Inova o Tecnol gica 2004 p 4279 4294 M todo para avalia o de estrat
41. Permanece com o fornecedor do servi o Valor Centrado no produto f sico Centrado no servi o intang vel Fonte Adaptado de UNEP 2002 Essa associa o entre produtos e servi os por m n o nova como exemplo te mos os casos das m quinas de fotoc pias as lavanderias os leasings entre outros O que novo entretanto o eixo da discuss o se reconstituir em torno de estrat gias para minimiza o de impactos ambientais por meio do ecodesign necess rio ressaltar que o SPS n o leva necessariamente a solu es sustent veis Ele apenas tem o potencial para fazer isso em outras palavras o SPS nos oferece um con ceito til e promissor para nos movermos na dire o da sustentabilidade mas esse potencial deve ser verificado caso a caso UNEP 2002 5 tradu o nossa O ponto forte do modelo que em compara o a forma tradicional de neg cio focado no produto a empresa pode gerar mais lucro mantida a mesma demanda e ao mesmo tempo h uma economia de custos para o produtor prestador de servi os Esse resultado atingido com a redu o de materiais dos produtos e a gest o simpli ficada dos custos Essas potenciais redu es devem ser equilibradas contra o poss vel aumento dos custos de descarte transporte e reciclagem Dessa forma o produtor por reter responsabilidade pelo produto ao longo do seu ciclo de vida tem motiva o econ mica para reutilizar ou refabricar os componentes dos
42. Technology n 2 2006 17 p Dispon vel lt http hum ttu ee wp paper2 pdf gt Acesso em 14 09 2011 NOBLE D F America by Design Alfred A Knopf New York 1977 416 p OECD The Measurement of Scientific and Technological Activities Proposed Guidelines for Col lecting and Interpreting Technological Innovation Data Oslo Manual 2nd edition DSTI OECD European Commission Eurostat Paris 31 Dec 1995 PEREIRA N M HASEGAWA M AZEVEDO A M M Relat rio de Ader ncia dos Fundos Se toriais Centro de Gest o e Estudos Estrat gicos CGEE Bras lia 2006 Dispon vel lt http www cgee org br atividades redirect 3392 gt Acesso em 17 10 2011 PORTARIA MCT N 429 DE 17 07 2008 Dispon vel lt http www mct gov br index php con tent view 73306 html gt Acesso em 10 05 2011 PORTER M E The Competitive Advantage of Nations New York 1990 The Free Press PRESSMAN J amp WILDAVSKY A Implementation How Great Expectations in Washington are Dashed in Oakland University of California Press 1984 QUADROS R Aprendendo a inovar padr es de gest o da inova o tecnol gica em empresas brasileiras In VIII Confer ncia Nacional da ANPEI 2008 30 p RAPINL M S Intera o universidade empresa no Brasil evid ncias do Diret rio dos Grupos de Pesquisa do CNPq Estudos Econ micos Cedeplar online 2007 vol 37 n 1 p 211 233 Dis ponivel lt http www scielo br pdf ee v37n1 08 pdf gt Acesso em 06 05 2011 ROSEN
43. Unicamp ANSANELLI S L M Os impactos das exig ncias ambientais europ ias para equipamentos eletroeletr nicos sobre o Brasil Tese Doutorado em economia Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008 ANSANELLL S Exig ncias Ambientais Europ ias Novos desafios competitivos para o complexo eletr nico brasileiro Revista Brasileira de Inova o Campinas pp 129 160 jan jun 2011 BOKS C The soft side of EcoDesign Journal of Cleaner Production v 14 pp 1346 1356 2006 BORCHARDT M SELLITTO M PEREIRA G Sistema Produto Servi o referencial te rico e dire es para futuras pesquisas Revista Produ o Online v 10 n 4 dez 2010 CENTRE FOR REMANUFACTURING amp REUSE Remanufacture of medical imaging devi ces sem data Dispon vel em lt http www wrap org uk downloads ProdRepMedDev1 fcid9517 9001 pdf gt Acesso em 05 08 2011 GEST O DA CADEIA PRODUTIVA DE CICLO FECHADO EM EMPRESAS DO SETOR 187 CRAMER J ZEGVELD W The future role of technology in environrnental management Futures 1991 v 23 n 5 pp 451 68 DE BRITO M P DEKKER R Reverse logistics a framework Econometric Institute Report EI 2002 38 Erasmus University Rotterdam The Netherlands 2002 DIRETIVA 2002 96 CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de Janeiro de 2003 Re lativa aos Res duos de Equipamentos El tricos e Eletr nicos REEE in Jornal Oficial da Uni o Europ ia de 13 2 2003 DIRECTIVE 2002 95 EC
44. a cria o de um projeto conceitual Os objetivos principais considerados desde o in cio para o por tal GAIA CTI s o Facilitar a dissemina o de conhecimentos produzidos pelo GAIA e seus parceiros para todos os interessados nos temas inova o e aprendizagem organizacional Ser uma ferramenta para a constru o de novos conhecimentos de forma colaborativa com a contribui o dos membros do grupo e seus parceiros 11 O GAIA Grupo de Apoio Inova o e Aprendizagem em Sistemas Organizacionais um grupo multidisciplinar de pesquisas aplicadas que integra gera o de conhecimento com resultados pr ticos Tem como foco a aprendizagem organizacional que d sustentabilidade inova o e ao desenvolvimento socioecon mico de empresas Com base no CTI Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer rg o do Minist rio da Ci ncia e Tecnologia localizado em Campinas SP o GAIA aberto parti cipa o de institui es e profissionais de diferentes reas A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 93 Facilitar a realiza o de articula es interinstitucionais necess rias para o desenvolvimento de projetos diversos na rea da inova o Apoiar o desenvolvimento de uma Rede de Coopera o Tecnol gica e Aprendizagem por meio de ferramentas para intera o entre os atores interessados pesquisadores e empresas dentre elas o desenvolvimento de um B
45. al m dos ganhos de aprendizado que convergem em otimiza o de processos e inova es do produto Lambert Stock amp Vantine 1998 Rogers amp Tibben Lembke 1999 Obviamente as estrat gias de fluxo fechado necessitam de uma organiza o lo g stica bem elaborada ainda que seja apenas pela obriga o de manter uma rela o direta com os clientes e atender legisla o cada vez mais rigorosa Todavia as van tagens e oportunidades de neg cios s o m ltiplas 3 Cadeia produtiva de ciclo fechado e novas estrat gias de neg cios da ind stria eletroeletr nica A gest o dos REEEs traz a oportunidade de implementa o de novos modelos de ne g cios que podem representar uma ruptura com formas tradicionais de produ o Umeda Nonomura e Tomiyama 2000 consideram que esse novo contexto estimula o surgimento de um Paradigma P s Produ o em Massa no qual a manuten o e am plia o da produ o de bens podem ocorrer com a redu o significativa no consumo de materiais energia e na gera o de res duos Isso poderia ser alcan ado de duas maneiras Uma delas fechar o ciclo de vida do produto encorajando a manuten o remanufa tura dos produtos reutiliza o dos componentes e reciclagem dos materiais A outra atrav s da desmaterializa o em outras palavras a venda de produtos servi os ao inv s da simples venda dos produtos Isso pode ser feito por exemplo atrav s do leasing do pr
46. cadeia produtiva de ciclo fechado isto as etapas envolvidas na recupera o do equipamento ao final da sua vida til log stica reversa e seu reprocessamento Esta tend ncia se mostra s lida e inexor vel e implica em mudan as nas estrat gias de neg cios da ind stria eletroeletr nica contemplando duas vertentes que reque rem o estabelecimento de relacionamentos com empresas especializadas no proces samento de REEEs e ou a implementa o de processos in house a inclus o de novas vari veis no design dos produtos incluindo a restri o de subst ncias perigosas a re ciclabilidade a homogeneiza o de materiais e mecanismos facilitadores da monta gem desmontagem de equipamentos Design for Environment b novos modelos de neg cio em que as empresas oferecem servi os associados ao equipamento ao inv s de transferir sua propriedade para o cliente Sistema Produto Servi o mudando se a estrat gia de obsolesc ncia programada A ado o dessas novas estrat gias demanda a introdu o de inova es gerenciais e tecnol gicas por exemplo por meio de esque mas de log stica reversa e novos designs de produtos O presente cap tulo tem como objetivo investigar as oportunidades e desafios que a regula o de REEEs introduz para as empresas produtoras de eletroeletr nicos des tacando se as novas estrat gias de neg cios que incorporam a responsabilidade pela gest o do descarte de seus produtos O cap tulo discu
47. como a intera o de times de trabalho das organiza es e o compartilhamento de informa es por meio de modelos mentais habilidades t cnicas e experi ncias Pode ser realizado por meio de mecanismos de intera o videoconfer ncias chats f runs e aplica o de re cursos multim dia e de observa o visual anima es gr ficos udio clipes de v deo e simuladores virtuais de realidade que podem mostrar procedimentos organizacionais que s o dif ceis de explicar verbalmente A externaliza o convers o do conhecimento t cito subjetivo baseado em expe ri ncia para conhecimento expl cito objetivo um dos grandes desafios porque pela sua pr pria natureza o conhecimento t cito dif cil de articular comunicar forma lizar e codificar De acordo com Nonaka e Takeuchi 2006 a convers o de conheci mento t cito em expl cito envolve a forma o de um modelo mental compartilhado e articulado por di logo Nos portais isto pode ocorrer com a aplica o de sistemas de colabora o groupware aplica es de brainstorming especializadas grupos de dis cuss o f runs e bancos de boas pr ticas li es aprendidas que podem facilitar o di logo e a intera o Ferramentas gr ficas podem ajudar com as met foras de uso como aplica o de hiperlinks para relacionar conceitos e organizar reposit rios de co nhecimento podem melhorar o acesso e facilitar o processo cognitivo Scott 1998 No processo de
48. construir um componente que englobe esta pr especifica o ocupa um lugar priorit rio na cadeia definindo as oportunidades que surgir o no futuro para as empresas que se situarem jusante ou seja nas etapas seguintes a de engenharia do produto Desta forma a inser o de uma empresa nesta etapa da cadeia habilita a organiza o para que esta possa efetivamente posicionar se 10 Segundo Carvalho 2006 17 o custo crescente de instala o das f bricas integradas para a pro du o de semicondutores tornou se um dos fatores cruciais para o aumento da especializa o vertical no setor j que os riscos s o muito elevados al m da forte instabilidade caracter stica da ind stria e exigem um padr o de financiamento diferenciado POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 141 de forma competitiva nas demais etapas ocupando posi o privilegiada no ecossis tema da microeletr nica Bampi 2008 2009 A rela o usu rio fornecedor constitui um importante fator para a difus o da micro eletr nica A capacidade de projetar circuitos integrados na medida das necessida des das empresas industriais que incorporam estes dispositivos em seus produtos e processos constitui um importante indutor da difus o Nestes casos a rec proca verdadeira a exist ncia de uma ind stria independente de produtos que incorporam circuitos integrados e que al m disso seja capaz de projetar e d
49. da empresa s o em ge ral gerados e sustentados por suas rela es com outras empresas e organiza es ou seja a inova o consiste em um fen meno sist mico e interativo caracterizado por diferentes tipos de coopera o O conceito de Sistema de Inova o SI de acordo com Edquist 2001 foi introdu zido por tr s autores Christopher Freeman em 1987 no livro Technology Policy and Economic Performance Lessons from Japan Bengt Aake Lundvall que em 1992 foi o organizador do livro National Systems of Innovation Towards a Theory of Innovation and Interactive Learning e Richard Nelson que organizou em 1993 o livro National Innovation Systems a Comparative Study Um SI composto por todos os elementos econ micos sociais pol ticos e organi zacionais que influenciam o desenvolvimento difus o e utiliza o de inova es ge radas atrav s do aprendizado que ocorre nas intera es entre institui es que trocam conhecimento e tecnologia Edquist 2001 Os componentes principais de um SI s o as organiza es e institui es As organiza es s o os componentes criados de forma consciente pelos atores com objetivos expl citos por exemplo empresas institui es de ensino e pesquisa e ag ncias p blicas de fomento J as institui es compreendem um conjunto de rotinas e regras que regulam as intera es de mercado ou n o entre as organiza es por exemplo regras de propriedade intelectual c digos de tic
50. de recursos Montagem naturais a i do produto Fabrica o Montagem de partes de m dulos e pe as Expedi o Embalagem Descarte Reciclagem O O Figura 2 Principais fases do ciclo de vida do produto Os impactos ambientais da cadeia de produ o e consumo dos produtos eletroe letr nicos ocorrem em todo o ciclo de vida do produto desde a extra o da mat ria prima at o descarte final Lidar com esse cen rio requer uma vis o sist mica utili zada em uma t cnica conhecida como Avalia o do Ciclo de Vida ACV ou Life Cycle Assessment LCA O car ter sist mico dessa t cnica reside no enfoque adotado que busca analisar os processos produtivos de forma compreensiva abarcando todos os atores processos e fluxos de materiais e energia envolvidos Dessa maneira uma ferramenta que considera todo o ecossistema organizacional envolvido e n o apenas atores processos e fluxos isoladamente o que fundamental para que a busca da sustentabilidade na produ o seja efetiva A Norma ABNT NBR ISO 14040 2009 define a ACV como sendo a compila o e avalia o das entradas e sa das e dos impactos ambientais potenciais de um produto atrav s de seu ciclo de vida Al m disso fornece os princ pios estruturas e requisitos metodol gicos para a condu o de estudos de ACV Por levar em conta todas as fases do ciclo de vida a ACV tamb m conhecida como uma t cnica de an lise
51. de ensaios e an lises e de avalia o da conformidade nos mbitos compuls rio e volunt rio a capacita o de recursos humanos o aprimoramento de gest o da qua lidade laboratorial programas de ensaio de profici ncia bem como as atividades de normaliza o e de regulamenta o t cnica para atender as necessidades de acesso das empresas ao mercado Como exemplo destaca se a Rede de Produtos e Dispositivos Eletr nicos tamb m coordenada pelo CTI Tamb m fazem parte do SIBRATEC as Redes Estaduais de Extens o Tecnol gica que congregam as entidades especializadas na extens o tecnol gica atuantes nos es tados da federa o com o objetivo de promover extens o tecnol gica para solucionar pequenos gargalos na gest o tecnol gica adapta o de produtos e processos e a me lhoria da gest o da produ o das micro pequenas e m dias empresas estabelecidas em territ rio nacional Quanto s spin offs acad micas s o empresas geradas a partir de universidades por docentes funcion rios ou alunos da gradua o ou de cursos de p s gradua o com o objetivo de aproveitar oportunidades identificadas ou geradas atrav s da pes quisa desenvolvida nessas institui es Torkomian Piekarski 2007 Uma vantagem desse modelo o conhecimento levado pelo pesquisador para a nova empresa Uma vez que a organiza o receptora da tecnologia precisa ter uma massa cr tica de capacidade tecnol gica num processo de transfer ncia de tec
52. de patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI e no United States Patent and Trademark Office USPTO totalizando de 2000 a 2010 66 concess es dos 567 dep sitos realiza dos pela Ag ncia de Inova o INOVA da UNICAMP Esses dados indicam a tend ncia de crescimento das atividades locais relacionadas C amp T amp I embora a rela o entre a produ o de artigos patentes e a inova o n o seja linear A despeito dos aspectos positivos apresentados por Campinas e regi o para a im planta o dos modernos empreendimentos de parques tecnol gicos constata se grande morosidade na concretiza o de um efetivo SLI Semelhante a muitas outras regi es brasileiras com alto potencial de inova o tecnol gica e grande capacidade de produ o cient fica e tecnol gica a rede de institui es tem dificuldades de se articular obstada por interesses conflitantes e por per odos de matura o distintos Apesar do conheci mento gerado pelas inven es patenteadas h muitos entraves para que se efetivem em inova o tecnol gica e potencializem a competitividade das empresas locais Nesse sentido necess ria a ado o de uma pol tica de ci ncia e tecnologia con sistente e articulada pol tica industrial capaz de coordenar ou estimular a intera o entre institui es de variados backgrounds em um ecossistema efetivamente inovador no caso da RMC composto por mais de 250 empresas startups O apoio i
53. de suporte O processo de aprendizado invariavelmente caracterizado por externalidades trans bordamentos spillovers e trocas de informa es e habilidades de forma deliberada fre 60 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 quentemente sem a intermedia o do mercado Isso resulta no aprendizado coletivo de tecnologias e rotinas em redes de atividades relacionadas Um dos maiores objetivos da pol tica tecnol gica tem de ser disponibilizar promover e estender esse aprendizado coletivo e promover atividades que gerem mais externalidades que outras Como o uso de novas tecnologias requer novas habilidades e informa es que as firmas podem ser incapazes de fornecer internamente a educa o treinamento externos e o suporte tecnol gico devem estar intimamente ligados ao processo de aprendizado Assim uni versidades escolas institui es de treinamento e pesquisa laborat rios e as institui es de infraestrutura tecnol gica devem ajudar a fornecer os insumos que os empreendi mentos requerem para dominar eficientemente novas tecnologias Lall e Teubal 1998 1374 tradu o do autor Lall e Teubal 1998 prop em um enfoque sist mico para o desenho do que cha mam de pol ticas tecnol gicas de est mulo ao mercado nas quais seriam combi nados instrumentos verticais de est mulo voltados a setores e ind strias espec ficas como por exemplo a Lei de Inform tica brasileira instrumentos
54. de suporte e m o de obra especializada Empresas de todos os lugares t m de desenvolver esfor os para dominar ou adaptar tecnologias existentes existindo um alto n vel de conhecimento b sico e capacita es na maioria das firmas de pa ses industriais maduros ou s o facilmente adquiridos de outras firmas mercados de trabalho institui es de apoio e consultores Isso faz o do minio tecnol gico algo relativamente f cil e rotineiro Em paises em desenvolvimento por outro lado n o apenas a base interna de conhecimento para dominar tecnologias relativamente fraca a rede de suporte de outras empresas institui es e capital humano GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 73 tamb m sub desenvolvida Isso torna at tarefas relativamente f ceis muito dif ceis custosas e de resultado imprevis vel Lall e Teubal 1998 1371 tradu o do autor Contudo a constitui o desses arranjos n o a garantia de sucesso sejam eles organizados formalmente por institui es de suporte por exemplo Minist rios de governo em um enfoque top down nem se esses arranjos s o mais espont neos en foque bottom up sendo uma combina o de a es mais ou menos institucionaliza das e formais Na verdade os clusters de inova o n o s o nem uma quimera no sentido de uma cria o artificialmente gerada por meio de um Deus ex machina que concretiza al guma vontade pol tica ou estrat gica nem
55. desenvolvidas pelas empresas dependem dos instrumentos 2 A economia evolucionista incorpora princ pios de ci ncias naturais como a biologia evolutiva e a termodin mica de sistemas abertos Come ou a se consolidar como uma abordagem unificada em 1982 com o lan amento do livro An Evolutionary Theory of Economic Change de Richard Nelson e Sidney Winter Saviotti 1997 176 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 da efic cia e efici ncia da pol tica ambiental vigente al m da estrutura da ind stria e das caracter sticas das empresas Essas condi es est o descritas nos indicadores de tecnologias ambientais inclu dos no Manual de Oslo para a avalia o do desempenho da inova o que inclui a avalia o dos sistemas de gest o ambiental utilizados fontes e custos da informa o apoio do governo entre outros Kemp amp Arundel 1998 apud Ansanelli 2011 1 2 Regula es ambientais para o setor de equipamentos eletroeletr nicos As diversas abordagens adotadas pelas regula es ambientais e a relev ncia desse tema incitaram a cria o de um conjunto de normas espec ficas dentre as quais as referentes ao tratamento de res duos s lidos Dentro dessa categoria de regula o ambiental essa sess o descrever as regula es elaboradas para disciplinar o des carte dos res duos de equipamentos el tricos e eletr nicos REEEs Essas regula es elaboradas em fun o da intensifica o da produ
56. disciplinas que proporcionem ao aluno no es b sica de microeletr nica Diversos especialistas afirmaram que os cursos t cnicos em eletr nica tamb m s o limitados nessa rea Segundo um dos entrevistados os Centros de Forma o est o habilitando os projetistas enquanto estes j deve 150 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 riam saber trabalhar com as ferramentas de microeletr nica na gradua o para serem a partir da treinados nos Centros de Treinamento A fun o do Centro de Treina mento de treinar e para ser treinado sup e se que algum conhecimento j esteja consolidado Hoje os Centros de Treinamento s o centros formativos e n o de treina mento A estrat gia da PNM deveria incorporar o esfor o de inserir a microeletr nica nas cadeiras do ensino t cnico e na gradua o Este seria um avan o para a PNM na forma o de recursos humanos para a p s gradua o Tamb m seria um trabalho praticamente sem custos que iria impactar fortemente os resultados e desempenhos dos projetistas formados nos Centros de Treinamento do Programa ClI Brasil preciso ressaltar a import ncia do INCT Namitec na forma o de recursos hu manos Segundo os especialistas este INCT possibilitou a inclus o da microeletr nica em grupos jovens e pequenos ou seja de pesquisadores perif ricos no cen rio da mi croeletr nica do pa s Atualmente existe uma dissemina o da microeletr nica em todas as
57. do conhecimento gerado na UNICAMP Estabelecer parcerias estrat gicas orientadas para o m dio e longo prazo com empresas e entidades p blicas e privadas intensivas em inova o e conhecimento Estimular a a o conjunta da UNICAMP com entidades p blicas e privadas na rea de forma o de recursos humanos nas suas diversas modalidades for talecendo os la os da Universidade com seus parceiros Coordenar as a es da UNICAMP e atuar em conjunto com rg os munici pais estaduais e nacionais com o objetivo de desenvolver e implantar o Par que Tecnol gico de Campinas Apoiar e estimular novas empresas de base tecnol gica e aprimorar o papel da Incubadora de Empresas de Base Tecnol gicas da UNICAMP e Implementar a pol tica de propriedade intelectual da UNICAMP aprovada pelos rg os superiores apoiando o registro licenciamento e comercializa o de resulta dos de pesquisas e difus o de conhecimento gerado na Universidade Inova 2011 PARQUE CIENT FICO DA UNICAMP PAPEL ESTRAT GICO NO DESENVOLVIMENTO 127 No momento de sua cria o a INOVA UNICAMP incorporou a Incubadora de Empresas de Base Tecnol gica da UNICAMP INCAMP que visava manter uma es trutura prop cia ao surgimento de novas empresas de base tecnol gica e incentivar o empreendedorismo Desde sua cria o em 2001 a INCAMP graduou mais de 30 em presas com taxa de mortalidade de 16 semelhante m dia das demais Incubadoras nacionai
58. do s culo XXI Rio de Janeiro Campus 2002 STEWART T A Capital Intelectual a nova vantagem competitiva das empresas Rio de Janeiro Campus 1998 SVEIBY K E A nova riqueza das organiza es gerenciando e avaliando patrim nios de conheci mento Rio de Janeiro Campus 2002 TERRA J C C Gest o do Conhecimento O grande desafio empresarial Ed Neg cio Brasil 2005 TERRA J C C GORDON C 2002 Portais Corporativos A Revolu o na Gest o do Conhe cimento S o Paulo Editora Campus 2002 TOLEDO A M Portais Corporativos Uma Ferramenta Estrat gica de Apoio Gest o do Conhe cimento Monografia de especializa o da UFRJ 2002 Dispon vel em lt http genesis nce ufr br dataware GestaoConhecimento Teses AlineToledo Monografia AlineToledo htm gt Acesso em 20 out 2005 TOMA L M I ALCARA A R DI CHARA I G Das redes sociais inova o Revista Ci n cia da informa o Bras lia vol 34 n 2 mai ago 2005 p 93 104 VASCONCELOS V CAMPOS P Distributed Informal Information Systems for Innovation An Empirical Study of the Role of Social Networks Centeris 2010 Proceedings Part II CCIS 110 Springer October 22 2010 VITAL L P Fontes e canais de informa o utilizados no desenvolvimento de sistemas em empresa de base tecnol gica Revista ACB Biblioteconomia em Santa Catarina Florian polis v 11 n 2 p 297 313 ago dez 2006 Dispon vel em http revista acbsc org br in
59. dom nio de atividades estrat gicas como pesquisa e desenvolvimento design log stica marketing marcas especifica es e ou controle dos mercados As empresas dos pa ses em desenvolvimento entram nas cadeias como subcontratadas para tarefas espec ficas Para elas o acesso ao mercado mundial n o se d pela venda de novos produtos e sim pela participa o em cadeias dos produtos das firmas que conjuntamente fazem o desenho produ o marketing e vendas Essa participa o em cadeias globais abre oportunidades e desafios para o seu aprimoramento e cres cimento Bampi 2008 2009 Na etapa de concep o design da engenharia do produto onde se especificam as funcionalidades do produto final existem fortes mecanismos de intera o e aprendi zado constante com as empresas que fazem projeto OEM ou ODM original equi pment ou original design manufacturers dos bens finais Esta etapa inicial da ca deia pr especifica o das funcionalidades do produto final al m de intensiva em conhecimento propriedade e capital intelectual abrange uma etapa de avalia o de mercado que traz implicitamente uma avalia o de risco exatamente esta etapa de pr especifica o que vai atuar como impulsionador dos projetos definindo padr es e oportunidades para projetos futuros A cadeia de engenharia da concep o design do produto comanda portanto uma etapa essencial para a fabrica o de compo nentes A organiza o que for capaz de
60. dos recursos naturais a minimiza o dos impactos ambientais e o desenvolvimento humano 3 1 Enfoque sist mico e sustentabilidade Quer consigamos perceber ou n o os fen menos ambientais econ micos ou sociais s o sist micos isto existem intera es din micas entre v rios eventos isso vale para uma fam lia uma empresa uma comunidade e o mundo como um todo Portanto o estado de sustentabilidade requer necessariamente uma abordagem sist mica dos problemas visando trabalhar nas causas raiz e assim aumentar a probabilidade de se obter solu es efetivas Para ilustrar vamos analisar dois exemplos ilustrativos a quest o do tr nsito ca tico nas grandes cidades e a produ o em massa de alimentos Um bom sistema de transporte coletivo e uma engenharia de tr fego competente podem minimizar os transtornos a quem precisa se locomover numa grande cidade Por m a causa prim ria dos congestionamentos a grande densidade populacional que tamb m pode provocar uma s rie de outros problemas graves como altas taxas de criminalidade falta de moradia desabastecimento de gua baixa qualidade do ar polui o sonora aquecimento excessivo e enchentes Uma solu o mais sustent vel isto mais racional inteligente eficaz e eficien te para os problemas apontados no par grafo anterior seria pensar em como dimi nuir as altas concentra es urbanas que tornam a vida na sociedade t o problem tica Mudando
61. econ mica e social nfase em estrat gias competitivas baseadas em diferencia o que dependem mais do capital humano do que as estrat gias baseadas em minimiza o de custos que s o subordinadas aos ganhos de escala explora o comercial dos elos mais fracos na cadeia produtiva e ao uso intensivo de meios de produ o automatizados Gest o de sistemas organizacionais com enfoque sist mico contribuindo para a humaniza o de empresas mantendo a sua competitividade Gest o integrada do composto de marketing para explorar nichos de mercado que valorizam produtos e processos verdes inclusive atrav s da utiliza o de redes sociais e de outros mecanismos de intera o como no fen meno social denominado de groundswell por Li e Bernoff 2008 Coordena o de ecossistemas organizacionais para gera o e transfer ncia de tecnologias de interesse atrav s do princ pio das h lices triplas integra o academia empresas governo Ado o das v rias formas de arranjos colaborativos que exploram as sinergias potenciais entre organiza es tais como arranjos produtivos locais gest o inte grada de cadeia de suprimentos redes organizacionais como os rec m criados no Brasil INCT s integra o universidade empresa e parques tecnol gicos Esses temas est o presentes nos v rios cap tulos que se seguem no presente livro sendo que no ltimo apresentado um caso pr tico ilustrativo da aplica
62. em projetos de circuitos integrados A se gunda frente visa a cria o de condi es que propiciem a constitui o de design hou ses brasileiras Al m das design houses foi proposto no mbito do Programa CI Brasil centros regionais destinados s atividades de treinamento e capacita o envolvendo dire tamente as universidades centros de pesquisa e incubadoras que atuam como suas parceiras locais O Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTT localizado em Cam pinas e o CEITEC localizado em Porto Alegre foram escolhidos como unidades n 18 As design houses brasileiras foram concebidas para serem prestadoras independentes de servi os Para conhecer os tipos de Design Houses segundo os servi os prestados vide MCT 2002 19 O Programa recomenda que as design houses estejam estrategicamente localizadas nos tecidos indus triais locais regionais nacionais e internacionais e implementadas em locais que atendam os seguintes requisitos tenham como parceira uma incubadora de base tecnol gica de uma universidade brasileira mantenha interc mbio com centros de forma o e capacita o de recursos humanos com compet ncia em projetos de circuitos integrados e que ap iem as a es locais e nacionais de atra o de design houses estrangeiras Programa Cl Brasil RN 009 2010 POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 147 cora na implanta o do Programa CI Brasil vez que d
63. empresas in tensivas em tecnologia nas quais o conhecimento de suas equipes um dos principais ativos Desse modo viabilizar canais que ap iem a troca e o compartilhamento de informa es t cnico cient ficas tamb m informalmente tornou se vital para o esta belecimento do diferencial competitivo no mercado Vital 2006 A gest o do conhecimento que pode ser apropriada pelas organiza es facilitada atrav s da sua associa o com as ferramentas de TI que permitem a sistematiza o e dissemina o de conhecimento tornando o expl cito e em um formato que motive seu compartilhamento pelos membros da organiza o H v rias tecnologias que podem ser empregadas para este fim intranets groupware document management systems datawarehouses videoconfer ncias electronic bulletin boards portais corporativos etc Contudo a mera instala o de sistemas informatizados n o garante a circula o eficiente do conhecimento Para a promo o do trabalho colaborativo Bukowitz e Willians 2002 apontam que a decodifica o do conhecimento t cito que nada mais que sua transforma o e dissemina o como conhecimento expl cito um processo complexo que envolve esfor os que v o al m da simples disponibiliza o de tecnolo 8 A internet assume tanto caracter sticas de fonte informal quanto formal pois tamb m traz conte dos organizados e estruturados como s o as bases de dados e documentos publicados que es
64. entre outros foram identificadas as seguintes caracter sticas principais do setor de E E a um setor que fabrica produtos de alta confiabilidade e intensivos em tecnologia b um setor exportador 15 do faturamento do setor vem de expor ta es sendo formado por 93 de empresas de capital nacional c 75 de empresas s o de porte pequeno m dio com faturamento crescente crescimento de 200 entre 2003 2007 Com esses dados preliminares em m os no per odo de janeiro a mar o de 2010 foi realizado um estudo explorat rio com nove empresas associadas da ABIMO que se voluntariaram a participar Para coletar as informa es de interesse foi elaborado um question rio semiestruturado contemplando as estrat gias de neg cio produtos processos produtivo perfil de fornecedores informa es log sticas perfil de pessoal e pr ticas de Pesquisa Desenvolvimento e Inova o P D amp I As nove empresas t m suas plantas localizadas no estado de S o Paulo sendo quatro na capital e cinco em diversas cidades do interior Os produtos fabricados s o bastante diversificados bisturis cir rgicos eletr nicos duas empresas ventiladores pulmona res duas empresas incubadoras mesas cir rgicas equipamentos est ticos bombas de infus o e inaladores Com base nos resultados obtidos foram elaborados propostas de a es a serem im plantadas em um conjunto de empresas e no setor de E E como um todo Para validar essas propostas
65. equipamentos dispostos minimizando os custos de elimina o e fabrica o de um novo produto O modelo se mostra tamb m vantajoso nas melhorias de sustentabilidade finan ceira provenientes da consolida o de rela es de longo prazo com o consumidor por meio de contratos Dentro dessa perpespetiva soma se a cria o de valor advinda da experi ncia diferenciada que pode ser propiciada ao cliente Pawar et al 2009 apud Borchardt et al 2010 Aspectos intang veis dos servi os somam se aos aspectos tang veis dos bens manufa turados criando ambiente prop cio para o surgimento de rela es duradouras entre parceiros Borchardt et al 2010 838 Por exemplo o modelo Sistema Produto Servi o pode melhorar o posicionamento GEST O DA CADEIA PRODUTIVA DE CICLO FECHADO EM EMPRESAS DO SETOR 185 estrat gico da empresa em raz o do aumento do valor agregado percebido pelos clien tes devido aos custos relacionados a problemas de aquisi o utiliza o e manuten o dos produtos Segundo estudo da UNEP 2002 a ado o da abordagem SPS na empresa requer o desenvolvimento de uma vis o geral para a inova o averiguar o casamento de no vos produtos e servi os que acrescentem valor a um determinado ciclo de vida do produto enraizamento de uma cultura de inova o empresarial capaz de promover novas formas de organiza o interna parcerias externas e intera o com novos n veis e diferentes partes interessadas
66. funcionais voltados a estimular fatores de produ o como cr dito infraestrutura e instrumentos hori zontais utilizados na promo o de atividades espec ficas que podem auxiliar v rios setores como programas de inser o de pesquisadores em empresas e a oferta de Tec nologia Industrial B sica TIB Mowery et al 2004 destacam a necessidade das organiza es desenvolverem com pet ncias relacionais que assegurem a efici ncia de suas intera es com agentes ex ternos no desenvolvimento de inova es O assunto tratado em maior detalhe por Munier 2006 que destaca a import ncia dessas intera es as firmas desenvolvem compet ncias para inovar Dessa maneira a dimens o trans versal da inova o requer o desenvolvimento de m ltiplas intera es com terceiros com empresas ou institui es p blicas por exemplo universidades e centros de pesquisa As compet ncias s o tamb m importantes no n vel das rela es que as firmas estabele cem com parceiros externos A capacidade ou compet ncia da firma para explorar conhecimentos externos crucial para desenvolver uma inova o A firma pode mais ou menos qualificada para agarrar oportunidades tecnol gicas e para apoiar intera es externas para criar conhecimento Munier 2006 2 tradu o do autor O autor diferencia a capacidade que pequenas e grandes empresas possuem para criar compet ncias relacionais destacando que as empresas de menor
67. inova es de alta complexidade e incerteza cujo desenvolvimento em geral exige um conjunto de atividades desenvolvidas por diversas organiza es 54 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 objetivos o processo inovativo requer a combina o de conhecimentos de diferentes nos cep naturezas tecnol gico organizacional de marketing regulat rio entre outros que em seu conjunto viabilizam a introdu o de novos produtos e ou servi os Os processos de inova o s o subjacentes a din micas complexas e multidimensionais que envolvem uma variedade de atores campos de conhecimento e compet ncias de base localizadas tanto dentro da firma como no n vel interorganizacional Isso cria fortes complementaridades e interdepend ncias que mostram a natureza coletiva do processo de inova o o qual por sua vez requer esfor os espec ficos visando coor denar coerente e dinamicamente os atores e recursos que contribuem para o processo como um todo Hamdouch et al 2008 1 tradu o do autor Assim s incertezas tecnol gicas dos processos de inven o e desenvolvimento de produtos e processos viabilidade t cnica somam se incertezas relacionadas inser o dessas inova es em mercados e sistemas tecnol gicos complexos nos quais mudan as pelo lado da oferta lan amento de produtos pela concorr ncia e novos conceitos tec nol gicos ou pelo lado da demanda mudan as nos requisitos de produtos e
68. institui es de ensino e pesquisa que ter o participa o no empreendimento como stakeholders A regi o de Campinas est entre as pioneiras na montagem de parques tecnol gicos no Brasil com a cria o da Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecno logia de Campinas CIATEC em 1991 localizada pr xima das principais universida des locais Entretanto o desenvolvimento do SLI campineiro enfrenta dificuldades de di logo entre o governo local os institutos de ci ncia e de tecnologia ICTs o setor empresarial e as demandas sociais ou seja em estabelecer a cultura da inova o O SPTec estimulou o credenciamento de tr s novos parques cient ficos e tecnol gicos na regi o de Campinas al m do PCU o CTI TEC Parque Tecnol gico do CTI Renato Archer e o Parque Tecnol gico do CPqD conhecido como P lis de Tecnologia e fortaleceu o papel estrat gico dos existentes CIATEC e Techno Park Cada parque instalado ou em fase de credenciamento tem sua especificidade e cumpre fun o dis tinta no SLI de Campinas Os pr ximos t picos apresentam as principais caracteris ticas dos parques instalados na regi o de Campinas ressaltando o modelo de gest o 3 1 Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas CIATEC Polo I e II O Decreto Municipal n 6 840 1991 instituiu a CIATEC como uma empresa munici pal de economia mista tendo a Prefeitura Municipal de Campinas como acionista majorit ria
69. mais que 2 o segundo revela os ganhos de escopo que emergem das rela es agregadoras entre elementos de um sistema 3 3 Recursos naturais e concentra o de renda A a 10 Uma sociedade sustent vel aquela que faz uso dos recursos naturais dentro dos limites de renova o dos ecossistemas direta e indiretamente afetados esse princ pio que est impl cito na conceitua o do Relat rio Brundtland que ao contr rio de 9 Reduzindo nosso corpo aos elementos qu micos que o comp em chega se a um conjunto de compostos org nicos gua e sais minerais os quais isoladamente n o apresentam nenhuma das propriedades do nosso corpo como a capacidade de crescer falar se locomover se reproduzir etc Essas propriedades s emergem quando as partes s o combinadas dinamicamente produzindo esses novos resultados 10 Os recursos naturais podem ser renov veis como a energia do Sol e do vento ou n o renov veis como o petr leo e os min rios em geral J a gua o solo e as rvores s o potencialmente renov veis desde que sejam respeitadas as suas taxas de renova o INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 39 algumas cr ticas feitas n o uma defini o vaga e subjetiva Existem limites f sicos nos ecossistemas que se devidamente avaliados e mensurados podem nos dar indi cadores quantitativos do que um desenvolvimento sustent vel Mais uma vez estamos diante de uma dificuldade de
70. mundo consome 9 dos equipamentos eletr nicos Gutierrez 2010 09 O Brasil se destaca neste universo como pa s produtor de cerca de 2 a 2 3 do total na d cima posi o no ranking da OCDE para os produtores de eletr nicos Bampi 2008 2009 No plano global do complexo eletr nico o Brasil tem posi o um pouco mais signi ficativa como mercado consumidor pela importa o de componentes pe as e submon tagens Bampi 2009 214 Contudo o complexo eletr nico brasileiro pode ser classifi cado como ind stria montadora de kits importados de alguns produtos de massa para atender o mercado interno sem competitividade internacional Bampi 2009 233 Na ind stria eletr nica do Brasil existe a fort ssima tend ncia de incremento progressivo da penetra o de importa es dos componentes eletr nicos A demanda interna por estes componentes suprida via importa es realizada diretamente pelos outros sub sistemas produtores de bens finais eletr nicos ou n o resultando em d ficits estrutu rais anuais na balan a comercial do segmento Bampi 2008 2009 Os dados da PIA IBGE deixam claro que o setor de componentes eletr nicos o elo mais ausente na cadeia produtiva da ind stria eletr nica no Brasil A an lise destes dados indicam que o valor da transforma o industrial neste setor muito pequeno de cerca de R 1 bilh o apenas comparado ao total do sistema da ind stria eletr nica de R 25 6 bil
71. n o teve dire o V rios pesquisadores fazem chip de TV Digital Quem vai comprar todos estes chips Oitenta pa ses licenciaram a tecnologia da TV Digital Como foram realizadas as coopera es entre o governo brasileiro e o japon s Ven demos o sistema japon s para toda a Am rica Latina mas o que ganhamos em troca Vejam o caso da carteira de identidade Ela ter um chip que carrega as informa es biom dicas Deveria ter sido feito um processo de concorr ncia entre as design houses Mas o governo n o fez e comprou a tecnologia no exterior Para os especialistas em microeletr nica o grande desafio para continuidade e sucesso dos programas internalizar a engenharia do produto no pa s ou seja deter minar exist ncia de uma ind stria de bens finais que desenvolva no pa s a engenharia do produto eletr nico Este o fator chave para desenvolver os neg cios das com panhias de projeto Design Houses O Programa Nacional de Microeletr nica deve mobilizar com alta prioridade os instrumentos de est mulo demanda por compo nentes de projeto local Neste sentido necess rio mobilizar o poder regulat rio do Estado e o poder de compra dos governos para viabilizar encomendas tecnol gicas no pa s de bens de base eletr nica Com isso seriam explorados mercados espec fi cos como o de sensoriamento de animais de cargas distribui o de energia el trica bioengenharia equipamentos eletrom dicos transportes p blicos e
72. natureza ideol gica e pol tica e n o de uma inviabilidade pr tica pois o desenvolvimento sustent vel requer impor limites ao crescimento desordenado e isso esbarra em pelo menos duas quest es j mencionadas crescimento ilimitado e concentra o de renda N o faltam riquezas no mundo o problema que elas est o muito mal distribui das Do ponto de vista econ mico nada mais insustent vel que uma distribui o de renda muito assim trica como a verificada principalmente em pa ses em desen volvimento como o Brasil por exemplo O Brasil um pa s economicamente rico com uma parcela significativa de sua popula o abaixo da linha de pobreza Essa legi o de pessoas de grande vulnerabilidade social uma chaga aberta na sociedade que al m de agredir o senso de tica humana e de justi a social produz consequ ncias muito danosas do ponto de vista socioecon mico entre os quais podem ser citados os seguintes impactos negativos sist micos A desnutri o infantil acarreta sequelas f sicas e cognitivas irrevers veis no indi v duo de modo que a crian a desnutrida de hoje carregar durante toda a sua vida uma s rie de problemas os quais al m de prejudicar o desenvolvimento dessa pessoa resultar o em altos custos socioecon micos O analfabetismo torna essas pessoas pouco capacitadas para uma vida digna nas sociedades atuais deixando as com grande vulnerabilidades social A aliena o pol tica q
73. negativo sobre a sa de dos trabalhadores nas instala es de reciclagem Frente ao quadro de internacionaliza o dos mercados as medidas da Comunidade Europ ia passaram a sensibilizar tanto pol tica quanto economicamente diversos ou tros pa ses especialmente os grandes exportadores de eletroeletr nicos Na China desde 2006 vigora o China RoHS similar diretiva RoHS europ ia Nos Estados Unidos foram criadas duas leis acerca dos REEEs o Decreto de Reciclagem de Eletr nicos baseado na WEEE e na RoHS em vigor desde 2003 e a Electronic Equipment Collection sancionada em 2008 a qual determina que os produtores submetam um plano de manejo do lixo a autoridades p blicas dos munic pios e pro be o descarte de equipamentos eletroeletr nicos em aterros sanit rios J no Jap o a Home Appliance Recycling Law em vigor desde 1998 visa abolir o uso de subst ncias t xicas na fabri ca o dos produtos aumentar o ndice de reciclabilidade e proibir o seu dep sito ina dequado Para isso prev que o consumidor seja respons vel pelo descarte do produto eletroeletr nico sendo o Estado respons vel pelo sistema de coleta e log stica reversa cabendo ao produtor reciclar e neutralizar as subst ncias perigosas dos equipamentos No caso brasileiro a legisla o pertinente est contida no documento que detalha a Pol tica Nacional de Res duos S lidos PNRS a qual inclui a gest o dos res duos eletro eletr nicos ma
74. o de ecossistemas organizacionais tem mostrado que a integra o dos v rios agentes envolvidos facilita sobremaneira a supera o de desafios complexos como esses aqui mencionados Dado o porte e a complexidade da ind stria eletr nica a proposta prev ainda o desenvolvimento gradual de a es atrav s do transbordamento progressivo de resul tados para n veis organizacionais sucessivamente maiores iniciando com um projeto piloto envolvendo poucas empresas de um setor espec fico expandindo para o se tor como um todo at alcan ar no m dio e longo prazo outros setores da ind stria eletr nica 2 1 Projeto Piloto no Setor de Equipamentos Eletrom dicos Iniciar o enfrentamento de desafios complexos atrav s de um projeto piloto permite que se lide com um menor n mero de agentes e de vari veis Isso facilita a valida o de metodologias adequadas realidade do Pa s e replic veis em outros setores o de senvolvimento de compet ncias efetivas bem como a cria o das condi es sist mi cas que poder o favorecer a sustentabilidade e a inser o internacional das empresas de interesse Apesar da forte concentra o de mercado nas grandes empresas multinacionais que comp e a ind stria eletr nica existe um grande n mero de pequenas e m dias empresas que atuam nessa ind stria com tecnologias espec ficas e inovadoras S o exemplos disso as empresas dos setores de software Gouveia 2004 e de equipamen tos eletro
75. o eixo da abordagem do efeito congestionamento criminalidade en chentes etc para a causa alta concentra o urbana obt m se melhores condi es de encontrar solu es que em seu conjunto s o muito mais eficientes no retorno dos recursos alocados e mais eficazes no sentido de resolver os v rios problemas e n o ser um simples paliativo tempor rio Um pequeno exerc cio de c lculo para ilustrar essa quest o se os 11 milh es de pessoas que moram no munic pio de S o Paulo concentrados em uma rea de 1 500 km densidade populacional de 7 300 habitantes km morassem em v rias outras cidades menores com uma melhor distribui o geogr fica haveriam importantes ganhos qualitativos e quantitativos em termos de a tempo de deslocamento b con sumo de combust vel nesses deslocamentos c acidentes e mortes no tr nsito em 2010 na cidade de S o Paulo a cada dois dias morreram tr s pessoas por acidentes de moto al m de v rios outros com sequelas graves d problemas respirat rios devido baixa qualidade do ar e vida social e familiar f criminalidade g saneamento p blico 7 Se for considerada a regi o metropolitana de S o Paulo com os 38 munic pios que circundam a ca pital a popula o chega a aproximadamente vinte milh es de habitantes que vivem numa rea de quase 8 000 km o que d uma densidade populacional de 2 500 habitantes km INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 37
76. para oportunizar a inova o e promo ver melhor uso do conhecimento Ao permitir que os usu rios colaborem entre si e 98 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 desfrutem de informa o organizada acess vel e integrada em uma rede de coopera o o portal se torna catalisador deste processo de compartilhamento e dissemina o do conhecimento com foco na transforma o do conhecimento t cito individual em conhecimento organizacional Para a dissemina o e aplica o do conhecimento produzido pelo grupo o GAIA CTI foi motivado a desenvolver um portal corporativo capaz de integrar n o apenas dados mas tamb m os atores diversos envolvidos com a tem tica da inova o no pa s a saber institui es de ensino pesquisa p blicas e privadas empresas governo e agentes multiplicadores diversos como professores universit rios e gestores empreendedores Dentre v rios tipos de portais corporativos mencionados o GAIA tem por objetivo al can ar o patamar de Portal do Conhecimento contudo a proposta tem como base o gradualismo e o aprendizado constante da equipe idealizadora e executora do projeto O ambiente foi planejado para ter escalabilidade ou seja para que possa crescer de acordo com as necessidades O grupo tamb m buscou privilegiar a utiliza o de softwares livres Para promover a dissemina o da informa o e a intera o entre os atores diversos o projeto do portal GAIA
77. porte possuem maiores necessidades de suporte de outras institui es importantes no processo ino vativo sendo por isso especialmente importante para pequenas e m dias empresas a rede de institui es envolvidas no processo GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 61 Os fatos estilizados ligados s rela es desenvolvidas pelas grandes e pequenas firmas s o diferentes As primeiras desenvolvem alian as estrat gicas cooperam mais entre si especialmente formando joint ventures para P amp D O surgimento de redes de firmas parte desta l gica J as pequenas firmas t m uma necessidade mais forte por suporte institucional para se conectar ou ter acesso ao mundo da ci ncia e das t cnicas Na falta de parcerias como as desenvolvidas por grandes empresas entre si particular mente as alian as estrat gicas as pequenas e m dias empresas podem se beneficiar de redes menos formais Munier 2006 2 tradu o do autor A capacidade de absorver conhecimentos externos e incorpor los nos processos de inova o chamada por Cohen e Levinthal 1990 de capacidade de absor o Para os autores a capacidade de absor o envolve o reconhecimento sele o e aplica o co merciais de novos conhecimentos e tecnologias Essa capacidade um subproduto das atividades de P amp D e das atividades de rotina das organiza es fundamental na busca e sele o de inova es pelas empresas dentro de seus ecossistemas
78. pr inova o Re vista de Administra o da USP online 2007 vol 42 n 3 p 313 325 Dispon vel lt http www revistasusp sibi usp br pdf rausp v42n3 v42n3a5 pdf gt Acesso em 06 05 2011 DODGSON M Technological Collaboration in Industry Strategy Policy and Internationalization in Innovation London Routledge 1993 195p DOSI G Technical Change and Industrial Transformation the Theory and an Application to the Semiconductor Industry 1984 Londres Macmillan DUDZIAK E A Lei de Inova o e Pesquisa Acad mica o caso PEA Tese Doutorado em Enge nharia da Produ o Universidade do Estado de S o Paulo S o Paulo 2007 374 p EDQUIST C The systems of innovation approach and innovation policy an account of the state of the art Draft presented at the DRUID Conference Aalborg 2001 Disponivel lt http folk uio no ivai ESST Outline 20V05 edquist02 pdf gt Acesso em 11 05 2011 ETZKOWITZ H WEBSTER A GEBHARDT C TERRA B R C The future of the university and the university of the future evolution of ivory tower to entrepreneurial paradigm Research Policy v 29 n 2 2000 p 313 330 ETZKOWITZ H and LEYDESDORFE L The dynamics of innovation from national systems and mode 2 to a triple helix of university industry government relations Research Policy v 29 n 2 2000 p 411 424 FAEMS D VAN LOOY B DEBACKERE K The role of inter organizational collaboration wi thin innovation strategies
79. princ pios subjacentes a uma gest o de excel ncia na medida em que introduz a neces sidade de pensar a organiza o de forma hol stica equilibrada e respons vel Nessa perspectiva Silveira 2011 enfatiza que a sustentabilidade organizacional pressup e o equil brio no atendimento dos inte resses e das necessidades de todos os stakeholders da organiza o clientes propriet rios fornecedores funcion rios e a sociedade como um todo Segundo ele uma gest o visando a sustentabilidade lida com m ltiplas vari veis ligadas aos fatores tang veis e intang veis presentes nos sistemas organizacionais de interesse Tais fatores s o de natureza humana tecnol gica e organizacional e requerem uma gest o in tegrada capaz de articular um conjunto de recursos e compet ncias internas e externas em diferentes dom nios de conhecimento 4 Ara jo e Freire 1996 destacam que os redes e canais de comunica o formais em especial peri di cos monografias e bases de dados sempre os canais preferenciais para a constru o do conhecimento cient fico e tecnol gico Para as atividades de ci ncia e tecnologia os poucos canais informais considera dos eram aqueles representados por eventos como congressos e semin rios 5 A rede social formal uma s rie de liga es ou la os prescritos entre posi es sociais formais ou pa dronizadas em geral para a comunidade cient fica elas se estabelecem por meio da publica o de mono grafias e p
80. pro mover o aumento do capital cient fico fortalecendo as torres de marfim Etzkowitz et al 2000 onde se produzia a ci ncia b sica universidades e institutos de pesquisa Moreira e Velho 2008 sendo os cientistas os senhores das caixas pretas Kline e Rosenberg 1986 dos processos de inova o tecnol gica Dudziak 2007 identifica uma transforma o gradual do modelo ofertista linear a partir dos anos 80 causada principalmente por dois fatores 1 a publica o de es tudos que questionavam a rela o custo benef cio dos investimentos p blicos em Pesquisa e Desenvolvimento P amp D 2 o crescimento de movimentos sociais que contestavam a legitimidade das a es dos Estados tecnocr ticos e centralizadores in cluindo as pol ticas de P amp D questionamento esses exacerbado por crises econ micas e pela perda de competitividade de pa ses l deres nos anos 70 Etzkowitz et al 2000 Os autores ilustram esse processo com o caso dos Estados Unidos cujas transfor ma es se iniciaram com a introdu o de mecanismos informais de transfer ncia de tecnologia da academia para o setor produtivo criando se posteriormente um lobby de pequenas empresas e universidades que visava permitir a apropria o privada de resultados da pesquisa p blica O lobby culminou com o Bayh Dole Act que em 1980 garantia s universidades e institutos de pesquisa americanos a propriedade sobre os resultados de pesquisas financiadas com
81. reconhecer que a quest o ambien tal n o simplesmente uma quest o de car ter ideol gico trata se de limites f sicos cujas transgress es resultam em consequ ncias danosas para todos Assim come aram a surgir mecanismos efetivos de press o como requisitos legais que induzem as empresas a reformularem seus conceitos de neg cios Foi neste novo contexto que visando refrear o apetite devastador das empresas o desenvolvimento sustent vel foi definido em 1987 no documento denominado Relat rio Brundtland como sendo desenvolvimento que atende s necessidades do presente sem comprometer a capacida de de gera es futuras de satisfazer suas pr prias necessidades Se a nossa sociedade fosse assentada em valores mais saud veis esse modo equilibra do e respons vel de conduzir o nosso desenvolvimento nem precisaria ser reafirmado homens e mulheres respons veis sabem que fundamental pensar no futuro de suas crian as da sua comunidade do seu Pa s e da sua esp cie A necessidade de se alertar para a sobreviv ncia das pr ximas gera es em si mesma reveladora de que h algo bastante errado nos modelos que estamos adotando Assim o alerta contido no Relat rio Brundtland pode ser reescrito de um modo mais expl cito e contundente para a nossa vis o de curto prazo ir acarretar a destrui o no longo prazo 2 2 Desenvolvendo novos padr es mentais do maniqueismo imediatista a uma atitude integradora
82. regula o de tr nsito urbano com a ado o de eletr nica embarcada em ve culos como no caso do sistema nacional de identifica o compuls ria regulamentada pelo Denatran co nhecido como Siniav terminais de baixo custo para acesso internet em escolas bibliotecas e espa os p blicos Para os especialistas entrevistados um outro ponto importante incentivar o Pro cesso Produtivo B sico PPB no sentido de incentivar o uso de componentes nacionais Trata se de regulamentar um incentivo aos montadores de placas subsistemas que utilizem componentes fabricados ou encapsulados no Brasil Como hoje ocorre com 23 Para entender sobre a fraca integra o no Brasil entre universidades institutos de pesquisa e empre sas vide os textos de Velho 2004 e Rapini 2007 152 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 os Processos Produtivos B sicos PPBs apresentados pelas empresas candidatas a in centivos fiscais do governo as empresas ou cons rcios interessados em receber enco mendas do governo de desenvolvimento de produtos e processos com alto grau de tec nologia ter o propostas analisadas por uma comiss o interministerial que avaliar a adequa o da empresa ou cons rcio s necessidades do governo e s expectativas de desenvolvimento tecnol gico do pa s Desta forma o processo produtivo b sico in centivado poderia receber isen es e vantagens fiscais adicionais incentivando desta maneira a im
83. resultados ser o um conjunto de coisas imaginadas combinadas com outras inesperadas Evidentemente este fato observ vel e t o caracter stico do avan o do conheci mento e da cria o do novo n o sup e apenas comportamentos t citos e m todos intuitivos Muito ao contr rio coloca imensos desafios para quem busca a inova o Planejar gerenciar acompanhar e avaliar programas modelos arranjos projetos e tudo o que exija desenvolver e colocar em uso coisas que at ent o n o existiam e sempre ser uma fronteira do conhecimento para as ci ncias da gest o A diversidade e a velocidade com que ind strias mercados e empresas emergem e submergem no espa o hiper competitivo da inova o tecnol gica em si um desa 1 Engenheiro Agr nomo formado pela UFRRJ 1980 mestre em Ci ncias Agr rias pela Unesp de Bo tucatu 1985 e doutor em Economia pela Unicamp 1993 Professor Titular do Departamento de Po l tica Cient fica e Tecnol gica do Instituto de Geoci ncias da Unicamp Foi Superintendente de Planeja mento Operacional da FINEP durante o per odo 2001 2003 Na Unicamp destaca se como ganhador por tr s vezes do Pr mio Zeferino Vaz 1998 2001 e 2009 em reconhecimento pelo desempenho acad mico Atualmente coordenador de avalia o de programas da FAPESP e Diretor da Faculdade de Ci ncias Aplicadas da Unicamp Fundou juntamente com Rui Albuquerque em 1995 o Grupo de Estudos sobre Organiza o da P
84. rum de Competitividade coordenado pelo Minist rio de Desenvolvimento da Ind stria e Com rcio Exterior MDIC pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ mico e Social BNDES e pela Financiadora de Estudos e Projetos FINEP As propostas apresentadas neste documento eram de car ter preliminar e deveriam ser submetidas consulta junto aos representantes da ind stria governo academia e so ciedade O Programa estava dividido em tr s subprogramas 1 Subprograma de Projeto de Circuitos Integrados Design Houses 2 Subprograma de Fabrica o de Circuitos Integrados Foundries 3 Subprograma de Encapsulamento e Testes Back end Analisando as diferentes etapas da cadeia produtiva o documento do MCT 2002 apresentou as barreiras e oportunidades de entrada para cada etapa A internaliza o da ind stria de semicondutores no pa s seria viabilizada pela cria o das companhias de projetos design houses possibilitada pelas baixas barreiras entrada tanto tecnol gicas como econ micas que poderiam ser transpostas com baixos investimentos e com a utiliza o das capacidades tecnol gicas e de recursos humanos existentes no Brasil particularmente em segmentos menos padronizados e oligopolizados como os circuitos integrados de aplica es espec ficas ASICS pro piciando oportunidades para novos entrantes como o Brasil As principais a es estruturantes para atingir este objetivo foram a capacita o e especializa o
85. servi os Tidd Bessant e Pavitt 1997 interessante destacar que a regula o ambiental ao induzir as empresas a re formularem suas estrat gias para gera o de produtos processos e servi os geram inova es tecnol gicas e organizacionais que trazem benef cios ambientais econ micos e sociais criam vantagens competitivas e consequentemente aumentam a participa o da empresa no mercado muitas das empresas que se enquadram s exig ncias da legisla o ambiental de senvolveram inova es tecnol gicas atrav s do aproveitamento de oportunidades sur gidas quando da revis o dos produtos processos e m todos de opera o tradicionais tais inova es por sua vez resultaram no aumento da competitividade dessas empre sas Reydon et ali 2007 O aproveitamento dessas janelas de oportunidade por uma empresa pode ocorrer com o planejamento individual do seu composto ou mix de marketing Esse plane jamento inclui quatro grupos de vari veis conhecidos como os quatro Ps produto pre o pra a e promo o A cada um desses quatro grupos est o associadas v rias ferramentas mercadol gicas as quais podem ser utilizadas em fun o dos prop sitos estrat gicos de cada organiza o Kotler e Armstrong 1998 gt 5 Organiza o como rede de processos e gest o integrada de mudan as Um sistema consiste de v rias partes denominadas genericamente de componentes Existe um consenso na liter
86. t m modelos de gest o e objetivos d spares mas enriquecedores na medida em que s o complementares Esses foram favorecidos pelo SPTec e pelo programa Pr Parques de incentivos fiscais do governo estadual o que estimulou o pr credenciamento de novos projetos dos quais se destaca o Parque Cient fico da UNICAMP PCU O PCU tem a proposta de posicionar a UNICAMP como for a motriz de atividades empreendedoras no SLI de Campinas criando maior v nculo dos n cleos avan ados da universidade com as estrat gias produtivas e importantes setores da sociedade De vido ao car ter cient fico esse parque tem o objetivo de abrigar empresas que estabe le am fortes la os com o meio acad mico e se comprometam com o desenvolvimento social local ou seja o PCU prop e uma nova alternativa de intera o entre os atores institucionais do SLI de Campinas gt REFERENCIAS CASSIOLATO J E PAGOLA C LASTRES H M M Technical change and structural ine qualities converging approaches about problems of underdevelopment In DRECHSLER W REINERT E KATTEL R eds Techno Economic Paradigms Essays in Honour of Carlota Perez London Anthem Press 2009 CIATEC 2011 disponivel em http www ciatec org br acesso em 27 07 11 ENRIQUEZ V Gonzalo A trajet ria Tecnol gica dos Produtos Naturais e Biotecnol gicos Derivados na Amaz nia Ed N cleo do Meio Ambiente Universidade Federal do Par Bel m Par M meo 2001 ETZK
87. termos de suas fun es no processo que inclui a devolu o de res duos sua coleta seu recebimento e seu processamento Qual quer parte da cadeia pode ser respons vel pela devolu o incluindo os consumidores Os receptores podem ser encontrados em toda a cadeia de suprimentos fornecedores fabricantes atacadistas ou varejistas Em seguida h um grupo de atores envolvidos diretamente nas atividades da cadeia reversa como coletores e processadores interme di rios independentes companhias de recupera o fornecedores de servi os de logis tica reversa empresas p blicas coletoras de res duos funda es p blicas e privadas De maneira resumida podemos caracterizar quatro processos envolvidos na ca deia reversa a coleta o processo combinado de inspe o sele o e triagem o repro cessamento e a redistribui o De Brito amp Dekker 2002 O car ter estrat gico da cadeia reversa reside na agrega o de valor a um produto log stico formado por bens inserv veis ao produtor os quais foram descartados por terem alcan ado o final de sua vida til ou por serem res duos s lidos industriais A GEST O DA CADEIA PRODUTIVA DE CICLO FECHADO EM EMPRESAS DO SETOR 181 manuten o da competitividade de empresas via explora o do instrumental da ca deia reversa ocorre por exemplo pela diferencia o do servi o limpeza do canal de distribui o prote o de margem de lucro e recupera o de ativos
88. towards a portfolio approach Leuven Department of applied eco nomic sciences 2003 34 p FARGENBERG B VERSPAGEN B Innovation studies the emerging structure of a new scientific field Research Policy v 38 n 2 2009 p 218 233 FERNANDES A M Estudos de ci ncia e tecnologia no Brasil um balan o cr tico Cadernos de Ci ncia amp Tecnologia v 13 n 1 1996 p 43 56 FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS FINEP Chamada P blica MCT FINEP PA PPE Subven o 02 2006 Dispon vel lt http www finep gov br fundos_setoriais outras_ GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 77 chamadas editais PAPPE_SUBVEN C3 87 C3 83O0_vers C3 A3o0_final pdf gt Acesso em 23 09 2011 FREEMAN C Innovation Changes of Techno Economic Paradigm and Biological Analogies in Economics Revue Economique vol 42 no 2 1991 p 211 232 GODIN B The linear model of innovation a historical construction of an analytical framework Project on the history and sociology of S amp T statistics Montreal 2005 working paper n 30 Dispon vel lt http www csiic ca pdf godin_30 pdf gt Acesso em 14 09 2011 HAMDOUCH A et al The collective innovation process and the need for dynamic coordination general presentation Journal of Innovation Economics n 2 2008 p 3 13 HAMDOUCH A Conceptualizing innovation clusters and networks Research Network on In novatio Working Paper nO 3 Paris 2008 31 p HEKKERT M P et al Fu
89. vel em suas duas acep es poss veis Co operar coordenar a es amp Cooperar contribuir solidariamente Um postulado da rea de pesquisa operacional mostra que o timo global dife rente da soma dos timos locais Esse postulado est na raiz da busca de solu es oti mizadas dentro de um determinado contexto o timo global sendo aplicado para uma s rie de problemas pr ticos nas organiza es como na administra o de produ o qual o melhor sequenciamento de um sistema produtivo na rea de log stica de transporte qual a melhor rota para os ve culos ou de engenharia de produto qual o melhor desenho para aproveitamento de tecido entre v rias outras Este postulado traz ensinamentos importantes sendo o principal que o melhor para o todo a empresa a cidade o pa s quase sempre diferente do melhor para cada parte vista isoladamente O mesmo racioc nio se aplica quando pensamos a dimens o do tempo a melhor solu o n o ser encontrada considerando somente aspectos de curto prazo ou somente aspectos de longo prazo Ao pensar qualquer sistema quanto mais abrangente conseguirmos ser maior a probabilidade de alcan ar a solu o otimizada Dois outros conceitos importantes da teoria de sistemas s o sinergia e proprie dades emergentes Enquanto o primeiro diz respeito aos ganhos de escala de uma a o colaborativa pois onde h rela es sin rgicas 1 1
90. vertical concentrada na empresa individual para uma estrutura horizontal dispersa entre diversas organi za es Essa nova forma de governan a facilitada pelas tecnologias de comunica o digital tem como caracter sticas principais a explora o de complementaridades e a colabora o interorganizacional direcionando as organiza es a processos de co evolu o alimentados pela troca de conhecimento e iniciados por alguma caracteris tica comum geogr fica institucional ideol gica ou tecnol gica que aproxima as organiza es em torno de interesses compartilhados De Pellegrin et al 2007 prop em um modelo de gest o de redes que denominam Rede de Inova o Horizontal Induzida RIHI Em uma RIHI o Governo e ou um GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 65 conjunto de empresas desenvolvem a es para melhorar ou desenvolver a coopera o entre as organiza es de um setor visando sua converg ncia no processo inovativo Para alcan ar esse objetivo necess ria a cria o de uma organiza o cujos objetivos e estruturas sejam decididos pelos atores participantes incluindo se a uma central de coordena o que harmonize os diferentes objetivos dos integrantes da rede tendo em vista os objetivos das empresas consideradas pelos autores o locus da inova o Para essa central de coordena o cabe recrutar os membros da rede articular as re la es de coopera o e transfer ncia de tecnologi
91. ximas ao l cus estudantil t m maior probabilidade de terem acesso a laborat rios e a pesquisadores qualificados enfim de estabelecerem maior contato com o processo de produ o de conhecimento cient fico No sentido de estimular a inova o tecnol gica do Estado de S o Paulo em 2006 o governo estadual criou o Sistema Paulista de Parques Tecnol gicos SPTec intro duzindo o programa Pr Parques de incentivos fiscais No SLI de Campinas em especial essa iniciativa desencadeou mudan as nos parques existentes e o credencia mento provis rio de novos habitats de inova o Dentre estas iniciativas destaca se o Parque Cient fico da UNICAMP PCU por ser a primeira proposta regional com car ter predominantemente cient fico Este texto tem o intuito de analisar a import ncia da constitui o de um parque cient fico para o desenvolvimento econ mico e social da regi o de Campinas Nesse sentido discorreremos sobre as caracter sticas que diferenciam o PCU dos demais parques locais e o seu potencial de intera o com os diversos atores institucionais relacionados inova o na regi o principalmente a sociedade gt 1 O papel dos parques cient ficos e tecnol gicos nos Sistemas Locais de Inova o Apesar das rela es econ micas ocorrerem em dimens o mundial as iniciativas lo cais t m ganhado import ncia na gera o da sinergia necess ria gera o de inova o Nesse sentido Cassiolato Pagola e Las
92. 0 E N de Prote es Requeridas a N de Prote es Concedidas Figura 6 Prote es requeridas e concedidas as ICT MCT 2010 112 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Crescimento da atua o dos NIT quanto ao levantamento das potencialidades tecnol gicas das ICT Aumento dos dep sitos nacionais e internacionais de patentes cultivares programas de computador e marcas Aumento na intera o universidade empresa indicado pelo aumento de transfer ncia de tecnologia com recebimento de royalties e Maior intera o entre as ICT o que promove a difus o de boas pr ticas utilizadas na gest o dos NIT mais estruturados Os NIT e outras institui es relacionadas propriedade intelectual e transfer ncia de tecnologia s o representados pelo F rum de Gestores de Inova o e Transfer ncia de Tecnologia FORTEC O FORTEC agrega atualmente 183 NIT com a seguinte distribui o regional 57 na regi o sudeste 47 no sul 43 no nordeste 20 no norte e 17 no centro oeste conforme se observa na Figura 7 gt 6 Considera es finais Apesar do esfor o do governo brasileiro em promover a inova o tecnol gica no pa s ainda h um longo caminho a ser percorrido As perspectivas entretanto s o otimis tas se forem considerados os est gios de amadurecimento das universidades institu Associados FORTEC por regi o Fortec 2011 NORTE W NORDESTE CENTR
93. 06 os fundamentos de uma metodologia de gerenciamento integrado de mudan as em sistemas organizacionais Uma vez que o estado de um sistema determinado pelas propriedades relevantes dos seus componentes o autor prop e modelar a inova o como uma mudan a de estado do sistema adotando se como vari veis de estado as caracter sticas associadas rede de processos existentes isto o conjunto de todos os processos existentes na organiza o Nesse enfoque a gest o de mudan as se baseia na condu o de altera es na rede de processos efetivamente implantados que determina o estado inicial da organiza o de forma a se obter uma nova rede de processos que define o seu estado alvo necess ria para a consecu o de um dado objetivo organizacional Cabe destacar que altera es na rede de processos de uma organiza o costumam requerer o desenvolvimento de novas compet ncias S o m ltiplos os significados da no o de compet ncia sendo poss vel classific los em n veis como por exemplo compet ncias humanas relacionadas a indiv duos ou equipes ou compet ncia organizacional que inclui a dimens o tang vel da empresa e pode ser entendida como a capacidade de uma organiza o executar um processo de forma a atender as necessidades a ele relacionadas Silveira 2006 gt 6 Delineamento da proposta para o Projeto Piloto Foi mencionado que as empresas fabricantes de E E enfrentam de maneira especial ment
94. 1 p 89 112 SOCIEDADE BRASILEIRA DE MICROELETRONICA Subs dios Para A Formula o De Uma Politica Industrial Tecnol gica E De Com rcio Exterior Para O Setor De Semicon dutores 2006 p 1 48 Dispon vel em http www sbmicro org br images stories Noticias semicondutores pdf Acesso em 22 de jun de 2011 SWART J Relat rio da sess o Microeletr nica Parcerias Estrat gicas Edi o Especial v 15 fi 31 jul dez 2010 p 267 280 VELHO L VELHO P e SAENZ T W P amp D nos setores p blico e privado no Brasil comple mentares ou substitutos Parcerias Estrat gicas n 19 Dezembro de 2004 CAP TULO 7 Avalia o do Ciclo de Vida como ferramenta para sustentabilidade no setor eletroeletr nico Jos Rocha Andrade da Silva Tiago Barreto Rocha gt Introdu o AS MUDAN AS CLIM TICAS e a crescente escassez de mat rias primas t m condu zido empresas e sociedade conscientiza o sobre os problemas ambientais gerados pela crescente industrializa o Ao longo da hist ria o planeta tem servido ao ser humano como uma fonte inesgot vel de recursos naturais No entanto problemas decorrentes dessa extra o insustent vel est o cada vez mais evidentes De acordo com relat rio do Painel Intergovernamental para Mudan as Clim ti cas IPCC 2007 nos ltimos anos percebeu se um acirramento do efeito estufa em virtude dos altos n veis de g s carb nico fato esse que vem provocando mudan as clim
95. 19 de Outubro de 2011 GARVEY W D GRIFFITH B C Scien tific communication in social system Science 157 p 1011 1016 setembro 1967 Disponivel em lt http www sciencemag org content 157 3792 1011 full pdf gt GOOGLE Trends Disponivel em lt http www google com trends gt Acesso em 21 de junho de 2011 KRACKHARDT D PORTER L W The snowball effect turnover embedded in communication networks Journal of Applied Psychology v 71 n 1 p 50 55 1986 KUIPERS K J Formal and informal networks in the workplace Tese Doutorado em Administra o Stanford University Stanford 1999 MARTINS G J T QUINCOZES E R E PEREIRA M E FIALHO F A P A contribui o das re des sociais para o desenvolvimento de projetos de pesquisa desenvolvimento e inova o P De o caso da Embrapa Clima Temperado Trabalho apresentado no SEGeT Simp sio de Excel ncia em Gest o e Tecnologia 2009 Dispon vel em lt www aedb br seget artigoso9 290_artigo pdf gt NONAKA L TAKEUCHI H A empresa criadora do conhecimento In Aprendizagem organi zacional os melhores artigos da Harvard Business Review Rio de Janeiro Elsevier 2006 NONAKA L TAKEUCHI H Cria o de conhecimento na empresa como as empresas japonesas geram a din mica da inova o Rio de Janeiro Campus 1996 NONAKA I TAKEUCHI H Cria o de conhecimento na empresa Rio de Janeiro Elsevier 1997 13 Reimpress o O REILLY T What Is Web 2 0
96. 2 S rgio de Oliveira Caballero Mestre em Inform tica pela Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas 2006 e graduado em Ci ncia da Computa o pela Universidade Municipal de S o Caetano do Sul 2000 Possui experi ncia de 22 anos na rea de Telecomunica es tendo atuado em v rios projetos nacionais e internacionais Atualmente coordenador Executivo do GAIA no Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTI MCT tamb m atua como professor de gest o de projetos e gest o de TI em diversos cursos de MBA Membro ativo do PMI Project Management Ins titute desde 2004 Tiago Barreto Rocha Bacharel em Ci ncia da Computa o pela Universidade Estadual de Santa Cruz 2008 mes tre em Engenharia Mec nica e de Materiais pela Universidade Tecnol gica Federal do Paran 2011 Atualmente pesquisador do Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTI no mbito do programa AMBIENTRONIC PREF CIO Sergio Luiz Monteiro Salles Filho QUANDO BENS E SERVI OS inovadores s o lan ados e t m sucesso pode se ter cer teza que um jogo coletivo relativamente bem constru do esteve por tr s Digo relati vamente porque a constru o de um jogo coletivo al m de planejamento e divis o de tarefas com boa coordena o exige tamb m flexibilidade tato e um sentimento de oportunidade que n o nada trivial Em inova o quase nunca o que se planeja exatamente o que se obt m Quase sempre os
97. 2010 e 2011 no mbito de um dos projetos do GAIA mais conhecidos para difus o de conhecimento denominado Manh s da Inova o 16 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 As Manh s da Inova o s o palestras abertas ao grande p blico que v m sen do realizadas mensalmente no audit rio do CTI desde 2004 Durante 2010 e 2011 o projeto recebeu aporte de recursos do CNPq o que permitiu tamb m a filmagem e a disponibiliza o desses conte dos no website do GAIA A atua o do GAIA focada em pesquisas aplicadas e visa fomentar o desenvol vimento sustent vel de empresas brasileiras orientando as para o uso do capital inte lectual dispon vel e para o crescimento profissional e pessoal de seus colaboradores Acredita se que dessa maneira seja poss vel sustentar inova es organizacionais e tecnol gicas que incrementem a competitividade dessas empresas Para isso a apli ca o de metodologias de gest o da inova o e para aprendizagem organizacional um fator crucial especialmente em empresas atuantes em setores de alto dinamismo tecnol gico Na vis o dos integrantes do GAIA a competitividade e a capacidade de inovar de uma organiza o dependem de vari veis econ micas organizacionais tecnol gicas e humanas tanto internas como presentes no ambiente onde a organiza o est inse rida Os n veis mais agregados que influenciam os processos de inova o ecossiste mas s o complemen
98. 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 O n mero de publica es aumentou 218 entre 2000 e 2008 Figura 2 Artigos cient ficos do Brasil indexados no ISI Institute for Scientific Informa tion MCT 2010 Fontes Main Science and Technology Indicators MSTI 2010 2 da Organisation for Economic Co operation and Development OECD para o Brasil www mct gov br indicadores P amp D PIB Em US Bilh es Estados Unidos 2008 2 79 398 2 Jap o 2008 3 44 148 7 China 2008 1 54 120 6 Alemanha 2009 2 82 84 0 BRASIL 2009 1 19 24 2 Figura 3 Investimentos em P amp D em rela o ao PIB de alguns pa ses MCT 2010 gt 2 O papel das universidades e institutos de pesquisa A partir da Lei de Inova o que procura promover a inova o tecnol gica nas em presas estimulando sua aproxima o com universidades e institutos de pesquisa uma s rie de procedimentos tais como pesquisa conjunta presta o de servi os uso compartilhado de infra estrutura de pesquisa e o afastamento de profissionais para transformar pesquisa tecnol gica em inova es no mercado tornaram se explicita mente poss veis no mbito das ICT TRANSFERENCIA DE TECNOLOGIA INOVA O TECNOL GICA E DESENVOLVIMENTO 105 R ssia 2007 DB Governo m Setor empresarial B ras il 2008 Espanha 2006 Reino Unido 2006 Canad 2007 China 2008 Alemanha 2006 EUA 2007
99. 91 Para Corallo e Protopapa 2007 a primeira utiliza o do termo ecossistema de neg cios ocorreu em um artigo de James F Moore Predators and Prey A New Ecolo gy of Competition publicado em 1993 na Harvard Business Review Para Moore uma firma n o apenas um membro de uma ind stria espec fica mas parte de um ecos sistema de neg cios que envolve diversas ind strias onde as capacita es evoluem conjuntamente em torno de um conjunto de tecnologias produzidas pelas empresas e institui es que constituem esses ecossistemas Kay et al 1999 definem os ecossistemas organizacionais como sistemas comple xos n o explic veis por rela es lineares de causalidade chamados pelos autores de sistemas abertos auto organizativos hol rquicos SOHO Esses sistemas caracteri zam se pela permanente intera o entre seus componentes pelas hierarquias flexi veis e pela constante reconfigura o de um estado de organiza o para outro Essa instabilidade requer e promove um aprendizado adaptativo constante fundamental em ambientes de r pidas mudan as compostos por institui es heterog neas tais como os ecossistemas organizacionais inovativos O conceito de ecossistemas organizacionais SOHO considera que a ideia de geren tes como agentes oniscientes de coordena o abordagem top down pode ser nega tiva para a sustentabilidade de ecossistemas organizacionais por criar uma in rcia prejudicial ao aprendizado din mic
100. A mudan a na rela o oferta e demanda advinda da ado o do modelo pressup e portanto o reconhecimento de novas oportunidades de neg cio e o apoio de uma cul tura organizacional que abarque a inova o de maneira mais sist mica gt 4 Considera es finais Segundo Reydon et al 2003 as potenciais assimetrias concorrenciais possibilitadas pela internaliza o da quest o ambiental pelo setor produtivo vem ganhando for a principalmente em setores mais competitivos nos quais as empresas t m maior ne cessidade de se diferenciar de seus concorrentes Esses setores est o mais preparados para aceitar a regulamenta o ambiental como oportunidade de aprendizagem tec nol gica e inova o O setor de eletroeletr nicos apresenta essa caracter stica al m de ser um exemplo de ecossistema complexo onde as tecnologias impactam direta mente no desempenho de diversos setores da economia Sabe se que o setor pouco poluidor no que se refere ao processo e tem implemen tado pr ticas de gest o ambiental Entretanto pouco se sabe sobre a gest o do pro duto p s consumo Al m disso deve se recordar que o Brasil o 12 maior mercado de produtos eletroeletr nicos no mundo Ansanelli 2008 e h ind cios de que um volume elevado de res duos desse tipo seja descartado anualmente no pa s Dessa forma ressalta se a import ncia da implementa o de cadeias produtivas de ciclo fechado objetivando incluir o produto que n o mais s
101. BERG N Uncertainty and Technological Change In Landau R Taylor T amp Wright G orgs The Mosaic of Economic Growth Stanford University Press 1996 p 334 355 SAVIOTTI PP Innovation Systems and Evolutionary Theories In Edquist C ed Systems of Innovation Technologies Institutions and Organizations 1997 Pinter London p 180 199 SAXENIAN A Regional networks and the resurgence of Silicon Valley California Management Review 1990 v 33 n 1 p 89 112 SCHMITZ H e NADVI K Clustering and Industrialization Introduction World Development v 27 n 9 1999 p 1503 1514 SISTEMA INTEGRADO DE GEST O DE CI NCIA TECNOLOGIA E INOVA O SIG CTI MCT P gina da internet Dispon vel lt http sigcti mct gov br fundos rel ctl ctl php act demanda buscar form gt Acesso em 12 05 2011 TIDD J BESSANT J PAVITT K Managing innovation integrating technological market and organizational change London Wiley 2005 582 p VELHO L M S O papel da forma o de pesquisadores no sistema de inova o Ci ncia e Cultu ra S o Paulo v 59 n 4 out 2007 p 23 28 VELHO L VELHO P e SAENZ T W P amp D nos setores p blico e privado no Brasil complemen tares ou substitutos Parcerias Estrat gicas n 19 Dezembro de 2004 p 87 129 ZAWISLAK P A Gest o da inova o tecnol gica e competitividade industrial uma proposta para o caso brasileiro Organiza es amp Sociedade 1994 v 2 n 3 p 35 66
102. CT amp I dos pa ses pertencentes OCDE Organiza o para a Coopera o e Desenvolvimento Econ mico Pelas duas ltimas d cadas ocorreram importantes desenvolvimentos na an lise te rica da inova o tecnol gica bem como pol ticas p blicas dirigidas para esse campo em pa ses da OCDE Um aspecto particularmente not vel dessa evolu o a crescente 62 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 influ ncia da teoria da inova o sobre a pol tica de inova o ou em outras palavras a crescente depend ncia dessas pol ticas em rela o s teorias desenvolvidas Marques e Abrunhosa 2005 2 tradu o do autor A concep o sist mica do processo de inova o induziu assim a introdu o de pol ticas tecnol gicas que visavam aproximar a academia dos diversos outros atores importantes para a gera o de inova es especialmente as empresas privadas for ando os cientistas a deixarem as torres de marfim onde era gerada a ci ncia b sica e a aproximarem se de outros atores e institui es No Brasil a ado o desta nova orienta o te rica no sistema de Ci ncia Tecnologia e Inova o C amp T amp I ocorreu no final da d cada de 90 quando foram implementadas pol ticas que visavam alinhar os instrumentos de incentivo inova o s pol ticas industrial e de desenvolvimento econ mico Pacheco 2003 As reformas focadas na promo o da inova o sist mica iniciaram se com a
103. CTI conta com cerca de 30 funcionalidades O destaque a inclus o de ferramentas sociais visando a colabora o atrav s da forma o de comunidades de praticantes e interessados em inova o e em aspectos associados ao Capital Humano e Intelectual Atualmente o portal j permite acesso aos v deos e apresenta es dos eventos Manh s da Inova o e demais reuni es e semin rios organizados pelo grupo garantindo a permanente disponibilidade do co nhecimento gerado pelo grupo nos ltimos anos gt REFERENCIAS AGUIAR S Redes sociais e tecnologias digitais de informa o e comunica o no Brasil 1996 2006 Relat rio final de pesquisa NUPEF Rits N cleo de Pesquisas Estudos e Forma o da Rede de Informa es para o Terceiro Setor 2006 AMARAL J R A constru o do conhecimento em portais corporativos novos espa os e novos pro cessos de aprendizagem Disserta o de Mestrado em Educa o Tecnol gica Centro Federal de Educa o Tecnol gica de Minas Gerais CEFET MG Belo Horizonte 2009 Disponi vel em http www et cefetmg br permalink ada491ad 5232 11df 9c99 00188be4f822 pdf acesso em 19 de outubro de 2011 ARA JO V M R H Estudo dos canais informais de comunica o t cnica seu papel na transfe r ncia de tecnologia e na inova o tecnol gica Ci Inf Rio de janeiro v 8 n 2 p 79 100 1979 ARA JO V M R H FREIRE I M A rede internet como canal de comunica o na perspe
104. Churchman em seu livro sobre teoria de sistemas aplicada solu o dos proble mas socioecon micos afirma que 3 O Relat rio Brundtland como ficou conhecido o relat rio Nosso Futuro Comum em refer ncia ex primeira ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland foi elaborado pela Comiss o Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e faz parte de uma s rie de iniciativas anteriores Agenda 21 que re afirmam uma vis o cr tica do modelo de desenvolvimento adotado pelos pa ses industrializados e repro duzido pelas na es em desenvolvimento ressaltando os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas O relat rio aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustent vel e os padr es de produ o e consumo vigentes INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 31 os l gicos dizem nos que quando desejamos resolver problemas dever amos come ar pelo processo de pensamento A n o ser assim pode acontecer nos de enveredar por um caminho completamente errado em nossa explora o como se um homem que se achasse perdido embarafustasse pelo primeiro caminho que visse antes de come ar a pensar em algum modo l gico de sair da dificuldade mas ent o j poder ser tarde demais Churchman 1972 20 Ls vo 4 Nesta mesma linha Capra no pref cio do seu famoso livro Ponto de Muta o destaca os sinais mais vis veis da cri
105. GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL DESENVOLVIMENTO DE ECOSSISTEMAS COLABORATIVOS GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 DESENVOLVIMENTO DE ECOSSISTEMAS COLABORATIVOS Adalberto M M Azevedo Marco Antonio Silveira orgs Organizadores Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo Marco Antonio Silveira Autores de cap tulos Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo Ana Karina da Silva Bueno Ana L cia Vitale Torkomian Daniela da G e S V M de Moraes Daniela Maria Cartoni lara Regina da Silva Ferreira Jos Rocha Andrade da Silva Josiane Fachini Falvo Mar lia Tunes Mazon Marco Antonio Silveira Nanci Gardim S rgio de Oliveira Caballero Tiago Barreto Rocha Impresso no Brasil Outubro de 2011 Copyright O 2011 by Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo e Marco Antonio Silveira Os direitos desta edi o pertencem ao CTI Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer Rodovia Dom Pedro I Km 143 6 13069 901 Campinas SP Brasil Telefone de contato 55 19 3746 6083 E mail de contato gaia cti gov br Endere o eletr nico http www cti gov br gaia Dados Internacionais de Cataloga o na Publica o CIP Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo e Marco Antonio Silveira Organiza o Gest o da Sustentabilidade Organizacional Desenvolvimento de Ecossistemas Colaborativos Campinas SP CTI Centro de Tecnologia da Informa o Re nato Archer 2011 208 pp
106. ISTEMA ORGANIZACIONAL 203 piloto atrav s de publica es cursos e semin rios bem como atrav s de um portal na WEB dotado de diversas funcionalidades como f runs de discuss o reposit rios de melhores pr ticas e learning e outros mecanismos que proporcionem intera o entre os agentes de interesse gt 7 Coment rios finais O prop sito deste cap tulo foi apresentar um caso real aplicado a um setor intensivo em tecnologia e inserido em mercados din micos e competitivos Procurou se com isso exemplificar a aplica o pr tica de v rios dos conceitos tratados neste livro tais como viabiliza o da sustentabilidade TBL em empresas operacionaliza o do enfo que sist mico em organiza es coordena o integrada do capital intelectual dispo n vel em ecossistemas organizacionais aplica o do princ pio das h lices triplas em ecossistemas complexos inova o estrat gica para sustentabilidade gest o integrada do composto de marketing visando explorar nichos de mercado sens veis a produtos verdes entre outros temas Este projeto piloto foi concebido tendo como premissa central que sendo o Brasil um pa s de economia emergente faz se necess rio desenvolver mecanismos de apoio as suas empresas em especial quelas de pequeno e m dio porte intensivas em tec nologia para que elas possam desenvolver vantagens competitivas sustent veis que lhes permitam enfrentar os m ltiplos desafios existentes nos mercado
107. Lei que criou o Fundo Setorial do Petr leo e G s em 1997 seguida do lan amento de leis que criaram mais doze Fundos Setoriais entre 2000 e 2001 Seguiram se Medidas Provis rias MPs que al teravam os Fundos Setoriais leis visando estabilizar a oferta de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico FNDCT do Minist rio de Ci ncia Tecnologia e Inova o MCTI a Lei de Inova o de 2004 e a Lei do Bem de 2005 Pacheco 2003 Melo 2010 Examinando se especificamente os recursos disponibilizados em editais finan ciados com recursos do FNDCT direcionados constitui o de arranjos colaborati vos no per odo 2002 2010 nota se uma forte expans o no financiamento a arranjos cooperativos Quadro 1 especialmente nos editais voltados forma o de redes t cnico cient ficas e coopera o universidade empresa Dentro da orienta o paradigm tica que postula que o processo de inova o s ocorre com a forma o de arranjos multiorganizacionais diversas teorias foram de senvolvidas e deram origem a diversas orienta es de pol ticas cuja diversidade fica evidente no Quadro 1 As sess es seguintes t m como objetivo explorar essas teorias e seus principais conceitos apontando seus contornos gerais e suas limita es como explica o dos processos de inova o e como base para a proposi o de pol ticas de inova o 9 Algumas reformas haviam sido levadas a cabo antes de 1999 com f
108. NDUSTRIAL ABDI Plano de Mobi liza o Brasileira pela Inova o MOBIT Brasilia ABDI 2007 ANPROTEC SEBRAE Gloss rio din mico de termos na rea de tecn polis parques tecnol gi cos e incubadoras de empresas Bras lia ANPROTEC SEBRAE 2002 BELL M PAVITT K Technological accumulation and industrial growth contrast between de veloped and developing countries Industrial and Corporate Change v 2 n 2 p 157 210 1993 BROADHURST T History of science park development and the existing pattern In WOR RAL B editor Setting up a science park UKSPA 1988 P 5 15 DOSI G Sources Procedures and Microeconomic Effects of Innovation Journal of Economic Literature vol XXVI n 3 p 1120 1171 Sep 1988 ETZKOWITZ H Research groups as quase firms the invention of the entrepreneurial uni versity Research Policy Amsterdam v 32 n 1 p 109 121 Jan 2003 FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS FINEP Relat rio de Avalia o dos N cleos de Inova o Tecnol gica Rio de Janeiro 2008 mimeo F RUM DOS GESTORES DE INOVA O E TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA FOR TEC www fortec br org Acesso em setembro de 2011 LALKAKA R BISHOP JR J L Parques tecnol gicos e incubadoras de empresas o potencial de sinergia In GUEDES M F RMICA P Ed A economia dos Parques Tecnol gicos Rio de Janeiro ANPROTEC IASP AURRP 1997 p 59 96 MARKLEY D M McNAMARA K T Business incubators a local econo
109. NI O DOS REQUISITOS DA QUALIDADE DOS DADOS O escopo tamb m de ve definir os requisitos da qualidade dos dados os quais especificam em termos ge rais as caracter sticas dos dados necess rios para o estudo de ACV Essas caracter sti cas s o importantes para a compreens o da confiabilidade dos resultados do estudo e para sua interpreta o adequada 2 2 Etapa 2 An lise de invent rio de ciclo de vida ICV A an lise de invent rio de ciclo de vida ICV a etapa da ACV na qual ocorrem a coleta de dados e os procedimentos de c lculo que correlacionam os dados com os processos elementares e a unidade funcional Assim como a t cnica de ACV a condu o do ICV um processo iterativo durante o qual podem ser identificados novos requisitos e limita es dos dados ao se repetir os procedimentos medida que os dados s o coletados e amplia se o conhecimento sobre o sistema podem ocorrer mudan as nos procedimentos visando a satisfa o dos objetivos declarados para o estudo Em alguns casos o ICV pode mostrar a neces sidade de revis o dos objetivos e escopo da ACV A avalia o de invent rio de ciclo de vida compreende os seguintes procedimentos Coleta de dados a Correla o com o processo elementar e unidade funcional a Aloca o de fluxos de entrada e sa da 2 2 1 COLETA DE DADOS Os dados para cada processo elementar dentro da fronteira do sistema podem ser classificados nas seguintes categorias
110. NIZACIONAL VOLUME 1 O autor distingue duas concep es populares de clusters A primeira derivada do livro de Michael Porter de 1990 The Competitive Advantage of Nations e outros trabalhos subsequentes do autor Para Porter os clusters s o um conjunto de insti tui es bem sucedidas em reas espec ficas concentradas geograficamente inter conectadas por compet ncias complementares e confian a m tua e compostos por empresas e outras entidades importantes para a competitividade de uma regi o Para Porter as vantagens dos clusters residem na promo o da coopera o e da competi o constituindo se em um formato organizacional coletivo que est entre um formato arm s length baseado na independ ncia dos atores e no livre mercado e um forma to hierarquizado ou verticalizado com uma ou um grupo de empresas controlando todas as organiza es relacionadas Dessa maneira o cluster uma forma alternativa de organiza o de uma cadeia de valor Por um lado permite melhor coordena o e maior confian a nas trocas de intermedi rios do que em um sistema arm s length Por outro reduz as inflexibilidades t picas de arranjos multiorganizacionais altamente hierarquizados e diminui os problemas implicados na forma o de alian as formais como parcerias e alian as Uma das dificuldades dessa abordagem a defini o de seus limites espaciais Nesse aspecto Porter pode ser considerado bastante flex vel o que fica claro no t
111. O OESTE SUDESTE SUL NORTE NORDESTE CENTRO OESTE SUDESTE SUL Total de 183 associados Figura 7 NIT vinculados ao FORTEC FORTEC 2011 TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA INOVA O TECNOL GICA E DESENVOLVIMENTO 113 tos de pesquisa e das empresas brasileiras que t m superado dificuldades hist ricas em prol da consecu o de objetivos comuns de maneira compartilhada Nesse sentido diversas legisla es e institui es v m sendo criadas pelo Governo Federal visando aproximar ICT e empresas com a finalidade de transformar o conhecimento cienti fico e tecnol gico gerado nas ICT em inova es em empresas e outras organiza es de interesse da sociedade Arranjos facilitadores do desenvolvimento tecnol gico no pa s como o caso das incubadoras de empresas tamb m j acumularam aprendizado e t m contribu do sobremaneira para a gera o e consolida o de novos empreendimentos Os parques tecnol gicos e os NIT tamb m parecem estar desempenhando pap is cruciais no esfor o nacional de gera o de inova o e transforma o de conhecimento em riqueza Esses recentes avan os tornam necess rio o permanente acompanhamento dos programas governamentais de fomento inova o corre o de eventuais imperfei es e garantia de sua continuidade para que os objetivos de longo prazo desenvol vimento econ mico e social possam ser atingidos gt REFERENCIAS AGENCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO I
112. OWITZ H H lice Tr plice universidade ind stria governo inova o em movimento Porto Alegre EDIPUCRS 2009 INOVA 2011 www inova unicamp br paginas visualiza conteudo php conteudo 2 acesso em 06 10 11 IPEA IBGE NESUR IE UNICAMP Caracteriza o e Tend ncias da Rede Urbana do Brasil Ed UNICAMP Campinas SP 1999 IPT Instituto de pesquisas tecnol gicas do estado de S o Paulo Agenda de competitividade para a economia paulista S o Paulo 2 ed 2007 LOTUFO R A A institucionaliza o de N cleos de Inova o Tecnol gica e a experi ncia da Inova Unicamp In Transfer ncia de Tecnologia estrat gias para estrutura o e gest o de n cleos de inova o tecnol gica Campinas Komedi 2009 p 41 73 MOREIRA B SANTOS E PEREIRA G amp MAMAO G Onde est a inova o no Brasil PARQUE CIENT FICO DA UNICAMP PAPEL ESTRAT GICO NO DESENVOLVIMENTO 129 Instituto de Inova ao 2007 Dispon vel em http www institutoinovacao com br down loads Onde esta a inovacao no Brasil 2007 pdf acesso em dezembro de 2008 OLIVEIRA NETO E A import ncia dos parques cient ficos e tecnol gicos no desenvolvimento regional http www administradores com br informe se artigos a importancia dos par ques cientificos e tecnologicos no desenvolvimento regional 51430 disponibilizado em jan 2011 acesso em 24 07 2011 PACHECO C CRUZ C Campinas Voca es Regionais 2004 STEINER J E CASSIM M
113. S A acrescenta um elemento importante para este esfor o Sua implanta o traz uma relativa independ ncia na fabrica o de circuitos integra dos no Brasil Todos os especialistas reconhecem a import ncia estrat gica de uma fonudry de semicondutores mesmo com baixa escala de opera o seja pela sua uti liza o pelas universidades e centros de pesquisa como para a forma o de recursos humanos em tecnologias de processamento de sil cio e dispositivos micro e nanoe letr nicos E ainda para a execu o de projetos que envolvam a seguran a nacional O adensamento da cadeia produtiva da ind stria de semicondutores proposto pelas pol ticas governamentais contemplava tamb m a atra o de investimento di reto estrangeiro para a implanta o de uma foundry de produ o em larga escala Contudo a maioria dos especialistas acredita que dada a especializa o vertical da 24 Os fatores cr ticos que limitam o Brasil como receptor da atra o de investimentos para a fabrica o de componentes semicondutores s o de natureza estrutural e foram diagnosticados pelo BNDES 2003 POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 153 ind stria de semicondutores poss vel o pa s capacite as design houses para que estas se transformem em empresas fabless sem a necessidade fundamental de se implantar uma foundry de produ o em larga escala gt 4 Considera es finais Apesar da relev ncia de
114. SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Avalia o de impacto de ciclo de vida Elementos mandat rios Sele o de categories de impacto indicadores de categoria e modelos de caracteriza o Designa o de resultados de ICV classifica o C lculo de resultados indicadores de categoria caracteriza o Resultados indicadores de categoria resultados de AICV Elementos opcionais C lculo da magnitude dos resultados indicadores relativos informa o de refer ncia Normailza o Agrupamento Pondera o Figura 4 Elementos da Avalia o de Impacto do Ciclo de Vida ABNT 2009 gt 3 Limita es e dificuldades da Avalia o do Ciclo de Vida Na pr tica as organiza es encontram grandes dificuldades para conseguir inven t rios detalhados de ciclo de vida e dificuldades ainda maiores em relacionar os mesmos com uma an lise de impacto consistente Essas dificuldades terminam por comprometer a qualidade das a es que s o propostas para a melhoria ambiental do projeto V rias raz es explicam essas dificuldades Ribeiro et al 2003 a Invent rios de ciclo de vida abrangentes s o onerosos e consomem muito tempo em parte porque a aquisi o de informa es quantitativas pode exigir medi es anal ticas in loco ou inspe es detalhadas de arquivos e registros O car ter gen rico da t cnica de ACV possibilita a aplica o em diversos seg mentos No entanto cada caso ex
115. T J SCHOT J eds Managing Technology in Society The Approach of Constructive Technology Assessment Pinter Publishers London 1995 p 307 330 CASSIOLATO J E e LASTRES H M M Sistemas de inova o e desenvolvimento as implica es de pol tica S o Paulo em Perspectiva 2005 v 19 n 1 pp 34 45 COHEN W M LEVINTHAL D A Absorptive capacity a new perspective on learning and innovation Administrative Science Quarterly v 35 n 1 1990 p 128 152 CORALLO A and PROTOPAPA S Business networks and ecosystems rethinking the biological metaphor In Nachira et al Eds Digital Business Ecosystems Luxembourg Office for official publications of the European Communities 2007 Disponivel lt http www digital ecosystems org book 2006 4156_PROOF DCS pdf gt Acesso em 09 05 2011 CORAZZA R I FRACALANZA P S Caminhos do pensamento Neo Schumpeteriano para al m das analogias biol gicas Nova Economia v 14 n 2 p 127 155 DAGNINO R A rela o Pesquisa Produ o em busca de um enfoque alternativo Revista Iberoamericana de Ciencia Tecnolog a Sociedad e Innovaci n n 3 2002 Dispon vel lt http www oei es revistactsi numero3 art01 htm gt Acesso em 13 09 2011 DAGNINO R 4 Rela o Universidade Empresa no Brasil e o Argumento da H lice Tripla Re vista Brasileira de Inova o v 2 n 2 dez 2003 p 267 307 DE PELLEGRIN I et al Redes de inova o constru o e gest o da coopera o
116. XII Simp sio de Administra o da Produ o Log stica e Opera es Internacio 206 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 nais 2009 S o Paulo Anais do SIMPOI 2009 S o Paulo Editora da FGV 2009 v 1 p 1 15 PIERONI J P REIS C e SOUZA J O B A ind stria de equipamentos e materiais m dicos hospitalares e odontol gicos uma proposta de atua o do BNDES Complexo Industrial da Sa de BNDES Setorial 31 185 226 Rio de Janeiro 2010 PORTER M E Estrat gia competitiva Rio de Janeiro Campus 2005 REYDON B P CAVINI R A ESCOBAR H E H FARIA H M A competitividade verde enquanto estrat gia empresarial resolve o problema ambiental Documento interno Cam pinas Instituto de Economia Unicamp 2007 RODRIGUES Angela C 2007 Impactos socioambientais dos res duos de equipamentos el tricos e eletr nicos Estudo da cadeia p s consumo no Brasil Disserta o mestrado Fa culdade de Engenharia Arquitetura e Urbanismo Universidade Metodista de Piracicaba UNIMEP Santa B rbara D Oeste SCHODERBEK C G SCHODERBEK P P KEFALAS A G Management systems concep tual considerations Dallas Business Publications 1980 SCHUMPETER J A Teoria do desenvolvimento econ mico S o Paulo Nova Cultural 1988 SILVEIRA M A Gest o da inova o em sistemas organizacionais In Por que gest o em sistemas e tecnologias de informa o Campinas Komedi 2006 Gest o estrat g
117. a o vai al m do aprendizado tecnol gico e organizacional das empresas e institui es de pesquisa Envolve o aprendizado dos formuladores da pol tica cuja concep o deve ser flex vel e r pida para responder a mudan as Frente a isso considera se o conceito de ecossistemas organizacionais uma ferra menta bastante til para a gest o de arranjos multiorganizacionais por possibilitar a compreens o sist mica das intera es entre os diversos atores importantes para o pro cesso de inova o Mais do que uma ferramenta descritiva o mapeamento de ecossiste mas organizacionais um recurso para a gest o de ecossistemas de inova o em ind s trias e regi es facilitando o planejamento execu o e avalia o de programas e projetos multiorganizacionais Al m disso o componente prescritivo est no enfoque partici pativo com que s o tratados esses arranjos superando a vis o burocr tica e dirigista t picas dos enfoques top dow de concep o e implementa o de pol ticas de inova o O presente cap tulo visa apresentar uma revis o de diversos conceitos te ricos que definem e prop em metodologias de gest o de arranjos multiorganizacionais para a inova o destacando o conceito de ecossistemas organizacionais e sua funcionalidade para o mapeamento e gest o de arranjos inovativos com vistas sustentabilidade am biental econ mica e social das organiza es envolvidas Al m desta introdu o este cap tulo di
118. a jo e Freire 1996 torna os canais informais de grande relev ncia para agregar valor informa o sendo teis para a tomada de decis o e para a cria o de estrat gias que utilizam informa es ainda n o publicadas Com a dissemina o das TICs a velocidade para a troca de informa es formais e informais aumentou vertiginosamente assim as rela es informais disseminam o conhecimento em grande parte das vezes de forma mais r pida que as redes for mais Diante disso o advento da internet permite novas formas para a intera o entre indiv duos possibilitando a constru o de redes de relacionamento com carac ter sticas pr prias A internet sendo uma rede de redes com servi os de correio ele tr nico comunidades de pr ticas como f runs wikis blogs e redes sociais facilita a intera o entre pesquisadores e profissionais de diversas reas No mbito organizacional um problema comum para o gerenciamento da inova o como organizar melhor as reas e laborat rios de P amp D pesquisa e desenvolvi mento Martins et al 2009 enfatizam que as redes sociais constituem o elemento chave para transformar os recursos individuais em recursos organizacionais Nessa conjuntura embora os canais e fontes informais se encontrem desestruturados e de sorganizados no ambiente on line Rizova 2006 e Vital 2006 entendem que esses canais informais eletr nicos s o fontes importantes de informa o para
119. a leis comerciais contratos de transfer ncia de tecnologia etc A inova o induzida pela cria o de arranjos colaborativos interinstitucionais que gerem ciclos virtuosos de aprendizado e transfer ncia tecnol gica pode ser facilitada pela forma o de sistemas setoriais de inova o Malerba 2002 Esses SIs incluem diversos componentes com fun es espec ficas Hekkert et al 2007 desenvolvi mento e difus o do conhecimento influ ncia sobre a dire o das buscas de novas tecnologias promo o de empreendimentos experimentais forma o de mercados mobiliza o de recursos humanos e financeiros legitima o de novas tecnologias e gera o de externalidades positivas Assim a defini o de fun es de um SI um instrumento de gest o que ajuda a definir as atribui es de seus componentes bem como a controlar a execu o dessas fun es Os problemas das pol ticas baseadas na id ia de sistemas de inova o de acordo com o estudo de Azevedo 2010 sobre o Programa de Biodiesel Brasileiro residem nos pressupostos comportamentais que se sup e para os atores especialmente a no o do Estado como corretor de falhas de mercado GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 67 Sem a pretens o de esgotar o assunto tr s obje es podem ser feitas concep o do Estado como corretor de falhas dos mercados de energia atrav s da constru o de sistemas de inova o Em primeiro lugar a con
120. a utilizando por exemplo chama das de projetos de pesquisa cooperativos entre universidades e empresas organizar informa es de interesse por exemplo prospectar mercados atuar sobre fatores ambientais promovendo a es focadas em mercados espec ficos criar mecanismos de aprendizado como cursos e atuar junto a institui es de apoio por exemplo fa cilitando a presta o de servi os tecnol gicos como certifica o acredita o Dessa maneira cabe central de coordena o da rede reduzir o risco das empresas enga jadas em um projeto colaborativo de inova o tecnol gica atrav s da prospec o de oportunidades e da promo o da colabora o entre empresas bem como entre as empresas e outras institui es Hamdouch et al 2008 assim descrevem o seu modelo da inova o em rede ne tworked model Esse modelo reestrutura a inova o bem como as din micas competitivas em ter mos mais coletivos O modelo tamb m aumenta o jogo competitivo de rivalidades entre firmas para rivalidades dentro e ao longo de v rias escalas espaciais cidades re gi es e pa ses Portanto os processos de inova o e acumula o de cria o e difus o do conhecimento sustentam uma din mica organizacional na qual estrat gias indus triais pol ticas p blicas e comportamentos social e institucionalmente determinados criam mecanismos de intera o Hamdouch et al 2008 7 8 tradu o do autor Para os autores
121. a Entrada de energia entradas de mat rias primas e outras entradas f sicas Produtos co produtos e res duos a Emiss es atmosf ricas e descargas de res duos para a gua e solo 7 Processos iterativos s o aqueles que se repetem diversas vezes gerando resultados parciais que s o reutilizados nas repeti es o que permite maior refinamento do resultado final 166 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Como o processo de coleta dos dados pode demandar muitos recursos conv m que as restri es pr ticas quanto coleta de dados sejam consideradas na etapa de defini o de escopo 2 2 2 CORRELA O DOS DADOS AOS PROCESSOS ELEMENTARES E UNIDADE FUNCIONAL Na pr tica muitas vezes os dados coletados n o est o na unidade ou n o atendem a propor o desejada para serem utilizados diretamente no estudo Para tanto uma correla o deve ser feita no sentido de dar as devidas propor es nos fluxos de entra das e sa das permitindo a compara o desses dados Esses dados s o dessa maneira gerados para cada processo elementar referindo se unidade funcional estabelecida no ACV para o sistema de produto a ser mode lado O procedimento de correla o deve incluir Correla o dos dados com os processos elementares Correla o dos dados com os fluxos de refer ncia e com a unidade funcional O c lculo dos fluxos energ ticos especialmente importante nesta etapa e deve considerar os dif
122. a a aplica o da ACV estabelecer os objetivos e o escopo do estudo onde s o definidos a abrang ncia e os limites da avalia o em tr s dimens es AVALIA O DO CICLO DE VIDA COMO FERRAMENTA PARA SUSTENTABILIDADE 163 extens o que define in cio e t rmino da avalia o largura que define quantos e quais subsistemas ser o inclu dos na an lise e profundidade que define o n vel de detalhe do estudo Devido natureza iterativa da ACV o escopo pode sofrer ajustes durante o desenvolvimento do estudo A defini o dos objetivos e escopo do ACV envolve as seguinte etapas 2 1 1 DEFINI O DO OBJETIVO DA ACV O objetivo de uma ACV deve incluir a apli ca o pretendida para o estudo as raz es para sua execu o o p blico alvo das in forma es e se existe a inten o de se utilizar os resultados da ACV em informa es comparativas com outros estudos permitindo sua divulga o p blica 2 1 2 DEFINI O DO ESCOPO DA ACV conveniente que o escopo da ACV seja defi nido de forma a assegurar que a abrang ncia profundidade e detalhamento do estudo sejam compat veis e suficientes para atender ao objetivo declarado Como a ACV uma t cnica iterativa importante considerar que v rios aspectos do escopo podem exigir modifica es medida que os dados e informa es v o sendo coletados dos diversos agentes relevantes para o estudo dessa maneira que a ACV incorpora em suas an li ses e prescri es
123. a complexidade de ecossistemas organizacionais com m ltiplos atores Dependendo do objetivo do estudo o escopo de uma ACV pode incluir O sistema de produto a ser estudado As fun es do sistema de produto ou no caso de estudos comparativos dos sistemas de produto A unidade funcional isto A fronteira do sistema limites estabelecidos para a an lise Os procedimentos de aloca o de qu As categorias de impactos selecionadas mudan as clim ticas acidifica o eutrofiza o etc e a metodologia para a avalia o de impactos bem como para a interpreta o a ser utilizada subsequentemente a Os requisitos para a inclus o de dados Suposi es iniciais pressupostos das an lises interpreta es e conclus es As limita es do estudo defici ncias dos dados imprecis es etc Os requisitos iniciais quanto qualidade dos dados O tipo de revis o cr tica a ser realizado para o estudo A declara o do escopo da ACV deve incluir as fun es do sistema de produto a unidade funcional e os fluxos de refer ncia 5 Conjunto de processos interligados que desempenha uma ou mais fun es definidas ABNT 2009 6 Ea quantifica o do desempenho de um sistema de produto utilizado como unidade de refer ncia ABNT 2009 164 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Um sistema de produto pode ter v rias fun es que devem ser claramente especi ficadas no escopo i
124. a formada principalmente por microeletr nica e software com caracter sticas e din micas pr prias Neste complexo est o as seguintes ind s trias inform tica equipamentos para telecomunica es componentes e bens eletr nicos de consumo software e servi os associados Gutierrez 2010 A ind stria eletr nica mundial extremamente din mica apresentando uma taxa m dia de crescimento de 7 ao ano superior ao de outras ind strias de fronteira tecnol gica como as ind strias aeroespacial farmac utica e automotiva que tive ram um crescimento destacado no per odo de 1996 a 2006 O mercado mundial do complexo eletr nico foi estimado em 1 136 trilh o em 2008 Decision 2009 apud Gutierrez 2010 Contudo tanto a produ o como o consumo desses produtos s o extremamente concentrados A Europa concentra 22 da produ o mundial seguido da Am rica do Norte com 18 e do Jap o com 15 A China concentra 26 e outros pa ses asi ticos est o com 16 da produ o mundial O restante do mundo possui apenas 3 J no mbito do mercado consumidor de bens eletr nicos a Europa consome 32 dos produtos fabricados seguido da Am rica do Norte com 27 O Jap o ocupa a terceira posi o no consumo global consumindo 12 dos equipamentos eletr nicos a China concentra 10 do mercado consumidor sendo a mesma porcentagem dos 134 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 outros pa ses asi ticos e o resto do
125. a organiza o clientes propriet rios fornecedores funcion rios e a sociedade como um todo No primeiro cap tulo foi apresentada uma reflex o visando mostrar que o atendi mento s necessidades dos cinco grupos de stakeholders uma maneira efetiva de alcan ar o desejado estado de equil brio entre as tr s dimens es do trip da sustentabilidade No capitulo mencionado foi tamb m apresentado o capital intelectual como um poderoso instrumento para viabilizar a sustentabilidade em organiza es onde foram destacados os seguintes aspectos Para que um sistema organizacional seja efetivamente sustent vel n o su ficiente a disponibilidade de um conjunto adequado de recursos e de compe GEST O DA SUSTENTABILIDADE EM ECOSSISTEMA ORGANIZACIONAL 193 t ncias necess rio tamb m que estes sejam convenientemente integrados e articulados de modo a criar condi es para produzir os resultados esperados nas dimens es econ mica social e ambiental Como consequ ncia da din mica evolutiva do momento atual a teoria dos re cursos incluiu entre os recursos organizacionais as entidades tang veis e intan g veis que a firma tem sua disposi o e que lhes permitem produzir com mais efici ncia ou efic cia Sveiby 1998 o conjunto de recursos intang veis deno minado por v rios autores como Capital Intelectual entendido como aqueles recursos que n o possuem exist ncia f sica mas assim mesmo representa
126. acionais 1 O Protocolo de Quioto um acordo internacional voltado para a redu o das emiss es de gases de efeito estufa visando prevenir uma interfer ncia humana perigosa para o clima de nosso planeta e que reconhece as mudan as clim ticas globais como uma quest o que requer o esfor o de todos os pa ses Foi elaborado com o objetivo de regulamentar a Conven o Clim tica e assim determinar metas espec fi cas de redu o de emiss es de seis dos principais gases causadores do efeito estufa di xido de carbono CO2 metano CH4 xido nitroso N20 hexafluoreto de enxofre SFs hidrofluorcarbonos HFCs e perfluorcarbonos PFCs a serem alcan adas pelos pa ses desenvolvidos S entrou em vigor em feve reiro 2005 depois da sofrida espera de muitos anos pela ades o de um n mero significativo de pa ses 2 O presente livro o primeiro volume de dois trabalhos relacionados a esse tema O segundo volume trata da rela o entre sustentabilidade gest o do capital humano e excel ncia na gest o 30 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 2 1 Responsabilidade das organiza es e a quest o ambiental At bem pouco tempo as empresas eram livres para atuar sem se preocupar com os impactos ao meio ambiente visando unicamente o seu lucro e crescimento Mas o n vel de degrada o dos nossos ecossistemas chegou a situa es t o alarmantes que a sociedade e seus governantes viram se obrigados a
127. acional e internacional Para conhecer com profundidade os desafios atuais vivenciados pelas empresas do setor ao mesmo tempo em que se desenvolvem as condi es sist micas favor veis e as compet ncias necess rias para enfrentamento desses desafios foi estabelecido como objetivo geral deste projeto piloto Apoiar a adequa o das empresas piloto aos requisitos RoHS WEEE PNRS contribuindo para a sua competitividade e para a inte gra o do capital intelectual das organiza es envolvidas visando sustentabilidade do setor brasileiro de E E Nas sess es seguintes s o apresentados detalhes sobre este projeto piloto com em presas do setor de E E em especial seus fundamento te ricos e metodol gicos a sua estrutura o e os principais resultados alcan ados no per odo de novembro de 2009 a abril de 2011 o projeto dever se estender at julho de 2012 gt 3 Viabilizando a Sustentabilidade Organizacional O enfoque triple bottom line TBL para sustentabilidade ou trip da sustentabilidade equil brio entre as dimens es ambiental econ mica e social aplicado no mbito das organiza es resgata os princ pios subjacentes a uma gest o de excel ncia na medida em que introduz a necessidade de pensar a organiza o de forma hol stica equilibrada e respons vel Isso porque a sustentabilidade organizacional pressup e o equil brio no atendimento dos interesses e das necessidades de todos os stakeholders d
128. agem pura e simples des ses itens no Pa s a partir de um conjunto total de componentes que podem ser importa dos Existem algumas varia es em rela o a essa situa o como a exig ncia de nacio naliza o de gabinetes ou placas de circuito impresso nuas de grande volume em com pensa o importa o de alguns m dulos ou subconjuntos j montados No entanto a esmagadora maioria dos componentes eletr nicos a inclu dos os circuitos integrados sempre importada por inexistir a sua fabrica o local Gutierrez e Alexandre 2003 168 Isso reduz enormemente a cadeia de suprimentos para o montador final ao mesmo tempo em que inviabiliza o desenvolvimento de uma ind stria de componentes no Brasil tornando a cadeia eletr nica fr gil e agravando o problema da depend ncia de elos de projeto e de produ o de componentes que est o fora do Pais Vale ressal tar tamb m que a simples realiza o da montagem final agrega pouco ao valor dos produtos e n o estimula a demanda e fabrica o de produtos nacionais MCT 2002 Como a Lei n o exigiu ndices m nimos de nacionaliza o para os produtos eletr ni cos montados ou fabricados no Brasil esta n o estimulou a demanda por componen tes semicondutores fabricados no pa s As empresas multinacionais foram as primei ras a desativar a produ o passando a atender seus clientes no Brasil via importa es MCT 2002 54 O resultado destas pol ticas foi o crescen
129. alc o Virtual de Solu es Tecnol gicas Facilitar a gest o das atividades do grupo 2 Para compor o projeto conceitual foi realizado um trabalho de benchmarking sobre os tipos de ferramentas colaborativas existentes e quais poderiam e ou deve riam integrar o projeto do portal Cada tipo de ferramenta e ou funcionalidade implementada no portal deveria aten der s caracter sticas de um determinado p blico alvo Foi necess rio promover a intera o de atores diversos que por ess ncia t m necessidades e interesses distintos isto tem caracter sticas muito diferentes Por meio do trabalho de benchmarking realizado pela equipe em diferentes ambien tes on line institucionais foram definidas cerca de 30 funcionalidades para o portal Uma aten o especial foi dada para as ferramentas com potencial de intera o como por exemplo as comunidades de pr tica f runs e wikis e para as que permitiam a integra o de m dias diversas apresenta es v deos etc Com o levantamento dessas funcionalidades iniciais em m os era preciso calcular o custo do desenvolvimento 3 2 Or amento e defini o de prioridades A proposta para a cria o do portal GAIA CTI foi desenvolvida no mbito de um pro jeto aprovado junto ao CNPq para a dissemina o de conhecimentos voltados promo o da inova o no pa s cujo ponto central era a amplia o da divulga o dos conhe 12 Espera se q
130. alguns momentos de forma at um pouco prosaica ou passional come ando por afirmar que sustentabilidade n o importa em qual acep o for tomada traz em sia ideia de sobreviv ncia ao longo do tempo Sobreviv ncia de uma empresa de um nicho ecol gico de um pa s e da sociedade humana tal como a concebemos Esse tema surge com intensidade crescente nos ltimos trinta anos em virtude dos m ltiplos problemas ambientais e sociais decorrentes de muitas a es inadequadas cometidas de forma sucessiva e ininterrupta principalmente a partir do in cio da Revolu o Industrial no s culo XVIII A pegada humana no planeta tem se mostrado de tal forma perniciosa vida em suas v rias manifesta es incluindo pr pria vida dentro de nossa sociedade que n o mais poss vel manter os paradigmas subjacentes a esses modelos que visivel mente trazem o risco de afetar a nossa pr pria sobreviv ncia em condi es minima mente adequadas gt 1 Sustentabilidade e a necessidade de um novo modelo de sociedade e o que neste momento se revelar aos povos surpre ender a todos n o por ser ex tico mas por ter perma necido oculto quando ter sido o bvio CAETANO VELOSO na m sica Um ndio As perturba es no meio ambiente f sico e a deteriora o dos recursos naturais s o as consequ ncias mais vis veis e contundentes de modelos industriais econ micos e pol ticos contr rios ao bem comum que v m sendo adotad
131. aliar os impactos gerados em cada EP 6 3 Inova o para sustentabilidade das Eps Muito embora ainda n o seja poss vel quantificar os impactos financeiros nas EPs de sua adequa o aos requisitos ambientais de interesse no projeto estudos e dados preliminares Mitsue 2010 Silveira Gardesani e Bueno 2010 entre outros apontam para um prov vel aumento nos custos dos componentes do produto e dos processos produtivos associados Visando equacionar a situa o de modo a que a lucratividade associada aos PPs se mantenha pelo menos em valores pr ximos aos atuais viabilizando assim o principio TBL este projeto piloto se estrutura em torno das seguintes hip teses 4 A metodologia Benchstar foi criada pelo Instituto Euvaldo Lodi IEL para auxiliar o desenvolvimento de micro pequenas e m dias empresas pertencentes a um grupo com interesses em comum como as EP s deste projeto Sendo uma ferramenta de benchmarking sua finalidade medir a competitividade avaliando se o posicionamento de cada empresa em rela o ao grupo GEST O DA SUSTENTABILIDADE EM ECOSSISTEMA ORGANIZACIONAL 199 Execu o Equipe Prepara o e Capacita o das Empresas Equipe Identifica o de Necessidades Equipe Empresa Proposta para Inova o Diretoria Empresa Decis o sobre Inova o Equipe Empresa Implanta o das Inova es Capacita o de multiplicadores Requisitos QC 080 000 Sensib
132. alterada em 1991 pela Lei 8 248 passou a tratar do projeto e fabrica o regulando condi es espe ciais de recolhimento de IPI IR e CAP s partes contempladas na lei bem como incentivos P amp D tudo pautado no cumprimento do Processo Produtivo B sico A Lei da Inform tica foi novamente ampliada e revista no ano de 2001 Lei 10 176 e depois em 2004 pela Lei 11 077 Mais recentemente a medida provi s ria 472 de 2009 a ser ainda aprovada pelo Congresso Nacional estende a vig ncia desta lei at o fim de 2019 Os incentivos e benef cios previstos com dura o at 31 de dezembro de 2019 s o redu o de IPI direito de prefer ncia comercializa o para administra o p blica redu o do ICMS concedida pelos Estados suspens o do IPI na entrada As contrapartidas eram investimentos em P amp D produ o com cumprimento do PPB implanta o do Sistema da Qualidade Miguel 2010 13 O PPB uma quantidade m nima de etapas de fabrica o que deve ser realizada no Brasil como con trapartida a incentivos fiscais estabelecidos por Poratarias Interministeriais e espec ficos para diversos produtos POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 143 FARA 4 y soe Lei da Inform tica decorrem do est mulo a atividades de montagem de produtos com componentes importados predominante na ind stria eletroeletr nica brasileira Em geral o PPB para produtos eletr nicos restringe se mont
133. ambien tal econ mica e social para o planejamento de longo prazo alinhado a metas nacio nais atrav s da valoriza o do conhecimento detido por indiv duos e organiza es gt 4 Conclus es e sugest es de estudos futuros As caracter sticas de complexidade a diversidade de compet ncias requeridas e os altos custos dos processos de inova o contempor neos t m levado institui es p blicas e privadas a adotarem a coopera o multiorganizacional como uma ferramen ta para a viabiliza o do desenvolvimento de inova es Tais arranjos todavia n o 72 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Quadro 2 Passo a passo para o planejamento gest o de ecossistemas organizacionais SOHO A Caracteriza o do ecostsistema 1 Defini o da perspectiva de an lise econ mica gerencial cultural e do escopo limites da descri o 2 Defini o dos processos que definem o ecossistema 3 Defini o dos atores e de suas rela es verticais e horizontais B Descri o do ecossistema como uma entidade auto organizativa 1 Caracteriza o dos atratores associados aos estados organizacionais existentes 2 Levantamento de tend ncias de desenvolvimento dos ecossistemas 3 Avalia o da rea o de membros dos ecossistemas a diferentes atratores 4 Identifica o das mudan as poss veis nos atratores 5 Caracteriza o dos fluxos entradas e sa das de recursos e informa
134. an a e de reco nhecimento social em dire o aos n veis de necessidades mais altas nos quais s o buscados relacionamentos humanos verdadeiros e profundos e a realiza o de ideais e de aspira es nobres da vida humana Essa incapacidade de superar os pr prios limites pessoais acarreta preju zos tanto para o pr prio indiv duo que ter uma vida limitada pela falta de crescimento pes soal e de relacionamentos emocionalmente enriquecedores como para toda a socie dade uma vez que o consumismo desenfreado e a busca por acumula o excessiva de riquezas est o na raiz da maioria dos nossos problemas Queremos com isso enfatizar que solu es efetivas para a sustentabilidade devem considerar as caracter sticas e as tend ncias dominantes no ser humano Um caso ilustrativo o Projeto TAMAR considerado uma a o ambiental bem sucedida na prote o de tartarugas marinhas esp cie importante no ecossistema dos oceanos por ser um dos raros vetores de integra o entre as suas praias e suas profundezas Uma das principais amea as para as tartarugas marinhas no Brasil eram os tar tarugueiros moradores das praias que tinham na comercializa o dos ovos de tarta ruga uma das suas nicas fontes de renda Uma decis o importante para o sucesso do empreendimento foi ap s um trabalho de educa o e conscientiza o contratar esses homens como agentes do pr prio Projeto TAMAR fazendo da preserva o dos ovos a sua nova f
135. anagement GUIDE Jr V D R and Van Wassenhove L N 2009 The Evolution of Closed Loop Supply Chain Research Operations Research Vol 57 No 1 pp 10 18 MUNOZ S I Impacto ambiental da rea do aterro sanit rio e incinerador de res duos s lidos de Ribeir o Preto Avalia o dos n veis de metais pesados Ribeir o Preto 2002 PLATCHECK E R et al Methodology of ecodesign for development of more sustainable elec tro electronic equipments Artigo Journal of Cleaner Production Amsterdam Elsevier 2008 Vol 16 pp 75 86 RIBEIRO C M GIANNETI B F e ALMEIDA M V B Avalia o do ciclo de vida ACV uma ferramenta importante da ecologia industrial Peri dico Revista de gradua o de enge nharia qu mica S o Paulo USP jan Jun de 2003 Vol 11 pp 13 22 GRAEDEL T E e B R ALLENBY Industrial Ecology Livro New Jersey Prentice Hall 1995 p 412 WEIDEMA B P BAUER C HISCHIER R MUTEL C NEMECEK T VADENBO C O WER NET G Overview and methodology Data quality guideline for the ecoinvent database ver sion 3 Ecoinvent Report 1 v3 St Gallen The ecoinvent Centre 2011 CAP TULO 8 Gest o da cadeia produtiva de ciclo fechado em empresas do setor eletroeletr nico para adequa o a requisitos ambientais Mar lia Tunes Mazon Daniela G S V M de Moraes gt Introdu o REQUISITOS AMBIENTAIS t m trazido uma s rie de demandas ind stria eletroe letr nica que implicam em mudan
136. aos indicadores de qualidade da p s gradua o a UNICAMP res ponde por cerca de 10 das teses e disserta es do pa s 1 245 disserta es de mestrado e 826 teses de doutorado defendidas em 2010 Aumentaram em mais de 50 os cursos de p s gradua o com n vel de excel ncia conforme avalia o trienal 2004 2006 da Coordena o de Aperfei oamento do Pessoal de N vel Superior CAPES No que diz respeito propriedade intelectual desde 1984 a universidade realiza dep sitos e atual mente a institui o com maior quantidade de pedidos de patentes requerida no INPI O projeto de cria o do PCU resultado das atividades dos diversos centros de pesquisa acad mica ao incentivar a inova o baseada no conhecimento gerado pela universidade De acordo com a Delibera o de Cria o o PCU pertence estrutura organizacional da Ag ncia de Inova o INOVA da Unicamp A INOVA foi criada em 2003 com a miss o de fortalecer as parcerias da UNI CAMP com empresas rg os de governo e demais organiza es da sociedade civil criando oportunidades para que as atividades de ensino e pesquisa se beneficiem des sas intera es e contribua para o desenvolvimento econ mico e social do Pais Possui como objetivos grifo nosso Estimular parcerias com empresas e rg os p blicos dar apoio t cnico na pre para o de projetos cooperativos e em acordos entre a Universidade e seus par ceiros e atuar na divulga o e difus o
137. aquisi o de equi pamentos e realiza o de estudos ampliando as possibilidades de atrair empresas que operam alta tecnologia e de aprimoramento da competitividade de empresas locais 3 5 Parque Cient fico da UNICAMP PCU O PCU tem car ter predominantemente cient fico com a finalidade principal de am pliar a intera o da UNICAMP com os sistemas nacionais e regionais de C amp T amp I por meio de pesquisas colaborativas e multidisciplinares com organiza es p blicas e privadas O parque foi criado a partir das Delibera es internas da UNICAMP CAD A 01 2010 e CONSU 002 2010 que definem os seguintes objetivos para o PCU i Ampliar as oportunidades de forma o de alunos atrav s da valoriza o da pesquisa aplicada e de empreendimentos nascentes inovadores ii Estimular selecionar e acolher projetos inovadores em parceria com grupos de pesquisa e pesquisadores da UNICAMP iii Propiciar a infraestrutura adequada para a resid ncia tempor ria dos projetos inovadores em suas instala es iv Apoiar projetos da comunidade acad mica da Universidade pr incubados com potencial de gerar neg cios inovadores O PCU est pr credenciado no SPTec e tem previs o de instalar se em uma rea de 1 milh o m em sua estrutura final A primeira fase de constru o foi iniciada em maio de 2011 com o projeto de construir 2 750 m em parceria com o Governo do Estado de S o Paulo Nesse espa o estava prevista a instala
138. ara as condi es vigentes na Am rica Latina e no Brasil onde a presen a do Estado nos sistemas de C T amp I se faz sentir com maior intensidade Dessa maneira os arranjos baseados no argumento da h lice tripla 12 A esse respeito ver o cap tulo 3 A Dissemina o do Conhecimento no Apoio Inova o e Sustenta bilidade Organizacional a Import ncia dos Portais Corporativos 70 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 surgem no interior de uma mesma vis o da conjuntura internacional e tamb m de uma mesma matriz ideol gica que privilegia o mercado como ente regulador prin cipal da rela o U E Dagnino 2003 270 Para Dagnino 2003 a inadequa o desse modelo realidade brasileira fica evi dente nos seguintes problemas do sistema brasileiro de C T amp I 1 baixo disp ndio em P amp D das empresas privadas 2 desinteresse das empresas pela realiza o local da P amp D majoritariamente focada na importa o de m quinas e equipamentos 3 desinteresse na contrata o de mestres e doutores pelas empresas 4 baixa oferta de recursos para coopera o universidade empresa gt 3 Ecossistemas Organizacionais O conceito de ecossistemas organizacionais enquadra se nos estudos de economistas de diversas escolas de pensamento que discutem as similaridades entre a evolu o biol gica o desenvolvimento econ mico e os processos de inova o Corallo e Pro topapa 2007 Freeman 19
139. ariedade de intera es entre diferentes processos ao longo do ciclo de vida de um produto ou servi o torna o desenvolvimento da ACV uma metodologia altamente dependente de base de dados Diante desse contexto muitos pa ses come aram a ter iniciativas pr prias para constru o das suas bases de dados a saber Su a Dinamarca Estados Unidos Alemanha e mais recentemente Holanda e Jap o Dentre essas bases de dados devido quantidade de processos e disponibilidade nos softwares mais utilizados em ACV merecem destaque a ecoinvent e as bases de dados integradas ao ILCD International Reference Life Cycle Data System A base de dados ecoinvent apresentou seus primeiros passos em 1990 por meio de projetos para har moniza o e compila o de dados financiados pelos rg os su os de estrada ASTRA constru o e log stica BBL energia BFE agricultura BLW e meio ambiente BUWAL O desenvolvimento do software para gerenciar a base de dados foi financiado pelo centro su o de invent rio do Ciclo de Vida e EMPA Todos esses esfor os deram origem em 2003 a primeira vers o da base de dados ecoinvent V1 01 Atualmente a vers o 2 0 lan ada em 2007 conta com mais de 4000 processos que n o se limitam apenas ao territ rio Su o Weidema 2011 A ILCD uma iniciativa da Uni o Europ ia UE e compreende ICVs da ind stria em nivel de UE A proposta do ILCD disponibilizar os dados de forma gratuita e sem restri es
140. as profundas em seus modelos de neg cio Entre essas demandas est a responsabiliza o de produtores pelo passivo ambiental ge rado por seus produtos ao final de sua vida til a saber os Res duos de Equipamentos Eletroeletr nicos REEEs Os REEEs s o atualmente um grave problema ambien tal tanto devido ao volume gerado decorrente da alta taxa de obsolesc ncia desses produtos e da sua crescente incorpora o em outros produtos como pela grande quantidade de subst ncias nocivas ao meio ambiente contidas nestes equipamentos chumbo merc rio etc A responsabilidade dos fabricantes de eletroeletr nicos pelo descarte de REEEs tem sido exigida por meio de regulamenta es voltadas minimiza o desse passivo ambiental como a diretiva europ ia WEEE Waste Electrical and Electronic Equip ment e a Pol tica Nacional de Res duos S lidos PNRS brasileira Essas regulamen ta es induzem os produtores a adaptarem seus produtos e processos focando n o 1 Entende se aqui por requisitos ambientais as exig ncias colocadas para produtos e processos no sen tido de reduzir seus impactos sobre a qualidade e quantidade de recursos naturais como gua ar e solo Dessa maneira os requisitos ambientais s o fatores institucionais indutores de mudan as em produtos e processos no sentido de torn los verdes Freeman 1996 174 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 s a cadeia de fabrica o mas tamb m a
141. aspecto mais importante a condi o de favorecer a circula o de ideias para cria o do conhecimento Portanto os portais podem ser utilizados como um am biente ba virtual j que sua utiliza o de portais tem aumentado exponencialmente em fun o das mudan as trazidas pela consolida o da sociedade informacional Os avan os tecnol gicos vivenciados nas ltimas d cadas tem alterado o compor tamento das organiza es que buscam novas formas de organiza o do trabalho de estrutura e de comunica o uma vez que caracter sticas como localiza o geogr fica acesso m o de obra de baixo custo a recursos naturais e ao capital financeiro n o se configuram mais como garantia de vantagem competitiva Davenport e Prusak 1999 Uma alternativa utilizada para integra o foram os portais corporativos que apre sentam varia es na forma de aplica o e interesses associados mas se consolidam como uma forma importante de dissemina o do conhecimento Esta tecnologia tem se destacado como alternativa de suporte aos processos de forma o de novas empre sas Terra 2005 Os Portais Corporativos constituem se em um conjunto de aplicativos de software capazes de prover aos usu rios em um nico ponto de acesso acesso r pido e per sonalizado s informa es da organiza o Esse tipo de portal se originou da evo lu o dos Portais Web P blicos tais como My Yahoo Lycos UOL e AOL TERRA amp GORDON 2002 A gran
142. atisfaz seu usu rio para um ciclo de vida secund rio fluxo da cadeia reversa Para o setor de eletroeletr nicos a abordagem da cadeia produtiva de ciclo fechado al m de reduzir os impactos ambientais gerados pelo descarte desses equipamentos pode agregar valor por meio da ado o de novas estrat gias de neg cios Nesse cap tulo apresentaram se duas tend ncias no direcionamento estrat gico consideradas as exig ncias ambientais no setor em quest o o Ecodesign que se baseia na inclus o de novas vari veis no design dos produtos facilitando sua reciclagem e economia de recursos a implementa o do Sistema Produto Servi o que traz ganhos competitivos e implica na constru o de novas rela es mais duradouras e de maior confian a com o cliente 186 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Dentre as exig ncias ambientais impostas ao setor de eletroeletr nicos tratou se que frente ao quadro de internacionaliza o dos mercados as medidas da Comuni dade Europ ia passaram a motivar a ado o de legisla es voltadas aos REEEs em diversos pa ses No Brasil a PNRS apesar de representar os avan os legislativos no tema ao esta belecer a responsabilidade compartilhada diferente da WEEE que adota o princ pio de responsabilidade do produtor acaba dificultando a clara defini o das atua es dos agentes envolvidos Al m disso por n o se tratar de uma legisla o espec fica para o tra
143. atura conceitua como Design for Environment DFE ou Ecodesign Os itens seguintes discorrer o sobre essas oportunidades com base em uma revi s o da literatura que trata dos conceitos relacionados s novas estrat gias desenvolvi das pelas empresas com vistas adapta o s novas regula es 3 1 Design for Environment O design enquanto inova o tecnol gica e estrat gia mercadol gica que agrega valor aos produtos e servi os pode contribuir para o aumento da competitividade de pa ses empresas e comunidades O design dos produtos incorpora as exig ncias dos consu midores inclusive a regula o de maneira a adequar essas exig ncias s possibilida des t cnicas existentes Rose 2000 Assim o Design for Environment ou Ecodesign nada mais do que a adequa o dos projetos de produtos a condicionantes ambientais Para Boks 2006 quatro fatores influenciam a implementa o do ecodesign i press o externa de requisitos legais ii influ ncias econ micas internas iii percep o e valo riza o do consumidor e iv disponibilidade de novas tecnologias Para Venzke 2002 ecodesign uma t cnica de projeto de produto em que objeti vos tradicionais tais como desempenho custo da manufatura e confiabilidade sur gem conjuntamente com objetivos ambientais tais como redu o de riscos ambientais e do uso de recursos naturais aumento da efici ncia energ tica e maiores possibilida des de reciclagem Nos pr
144. atura sobre sistemas de gest o de que os componentes fundamentais de uma organiza o s o os seus processos Esse enfoque n o novo vide por exemplo Schoderbek et alli 1980 Kast e Rosenzweig 1985 e Kirby 1991 tendo sido explorado em trabalhos mais recentes por v rios outros autores como Gon alves 2000 GEST O DA SUSTENTABILIDADE EM ECOSSISTEMA ORGANIZACIONAL 195 As v rias normas de sistemas de gest o como ISO 9001 ISO 14001 entre outras lan adas a partir da d cada passada enfatizam essa forma de se conceber uma organi za o Essa vis o foi explorada em profundidade por Silveira 1999 mostrando as v rias vantagens dessa forma de se visualizar uma organiza o e propondo m todos asso ciados para diagnosticar planejar e conduzir mudan as em sistemas organizacionais O conceito de processo multidimensional por integrar fatores tang veis como ma teriais equipamentos e instala es e intang veis como aqueles associados ao capital intelectual trata se portanto de um conceito que inclui a dimens o humana e a di mens o tecnol gica Assim conceber a organiza o como sendo constitu da por uma rede de processos facilita o gerenciamento integrado dos v rios fatores de interesse sejam esses uma nica empresa vide em Silveira 1999 ou uma rede formada por di versas organiza es vide em Silveira 2004 Com base nessa perspectiva multidimensional de processos foram apresentados em Silveira 20
145. atureza combater sua pr pria natureza Na l gica da qualidade total que esteve na raiz da extraordin ria recupera o japo nesa no j mencionado milagre do p s guerra vale a primazia do capital humano mesclando temas como esp rito de equipe valores compartilhados projeto comum grupos de negocia o como C rculos de Controle de Qualidade al m de outros temas emergentes como ecologia tica coes o iniciativa e criatividade Foi sob a gide da qualidade total que surgiu a no o de responsabilidade social corporativa A vis o ocidental de luta foi contraposta pelas empresas japonesas que sob a batu ta do Ministry of International Trade and Industry MITT praticavam a colabora o e o interc mbio de descobertas tornando poss vel criar uma sinergia industrial e uma massa cr tica de colabora o que permitiu reduzir duplica es e desperd cios importante destacar que nesta vis o sin rgica n o se questiona o princ pio da concorr ncia O que se questiona o aspecto disfuncional da corrida pelo m ximo sob o pretexto da concorr ncia que leva a desperd cios de recursos humanos natu rais e energ ticos Esse contexto cooperativo torna o ambiente organizacional mais prop cio cria tividade com funcion rios comprometidos ativos e pensantes A seguinte frase de Deming um dos maiores pensadores da qualidade total sintetiza esse modo de agir work smarter not harder A
146. base tecnol gica Set 55 000 22 000 55 000 62 000 135 320 36 000 o 32 200 209 500 universidade empresa Capacita o de 0 6 250 13 200 6 000 14 000 0 0 0 30 000 fornecedores Fomento a infraestrutura multiusu rios Servi os tecnol gicos 27 500 1 630 2 000 8 000 16 260 0 40 000 7 000 65 000 Forma o de RH nas empresas 0 0 0 29 000 5 400 20 000 26 000 38 000 0 Apoio a cadeias produtivas 0 9 0 0 0 o 9 980 12 000 o Fonte Elaborado a partir de informa es do SIGCTI 2011 gt 2 Arranjos multiorganizacionais para a inova o Diversas denomina es s o dadas a arranjos multiorganizacionais voltados transfe r ncia de tecnologia para a inova o Entre as mais utilizadas ser o aqui brevemente descritos os conceitos de redes t cnico cient ficas Callon 1992 sistemas nacionais locais e setoriais de inova o Nelson 1993 Cassiolato e Lastres 2000 Malerba 2002 Hekkert et al 2008 clusters Hamdouch 2008 e h lices triplas Leydesdorf e Etzko witz 1996 Etkowitz e Leydesdorf 2000 Como colocado na sess o anterior estas teorias possuem um forte conte do prescri tivo influenciando a formula o de pol ticas de C amp T amp I Ainda que sejam orientadas por um enfoque sist mico que representa um avan o em rela o ao modelo ofertista linear alguns problemas podem ser apontados nesses modelos problemas esses que ser o desc
147. c tiva da ci ncia da informa o TransInforma o v 8 n 2 pag 45 55 maio agosto 1996 Dispon vel em lt http atbibliofurg2011 files wordpress com 2009 05 a rede internet como canal de comunicacao pdf gt BOZEMAN B Technology transfer and public policy a review of research and theory School of Public Policy Georgia Tech Atlanta GA 30332 USA Elsevier Science B V 2000 A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 99 BUKOWITZ W R WILLIAMS R L Manual de Gest o do Conhecimento Tradu o Carlos Al berto Silveira Netto Soares Porto Alegre 2002 com db_area archives 1999 993003 feat1 shtml gt Acesso em 19 de outubro de 2011 CROSS R PRUSAK L PARKER A Where work happens the care and feeding of informal networks in organizations Cambridge IKO 2002 Dispon vel em lt www 304 ibm com jcto3001 services learning solutions pdfs iko_wwh pdf gt DAVENPORT T PRUSAK L Conhecimento Empresarial Rio de Janeiro Ed Campus 1999 DIAS C 2001 Corporate portals a literature review of a new concept in Information Management Disponivel em lt http www elsevier com locate ijinfomgt gt Acesso em 19 de outubro de 2011 ELKINGTON J Cannibals with Forks The Triple Bottom Line of 21st Century Business 1999 FIRESTONE J M Defining the Enterprise Information Portal KMCI Knowledge Management Certification Program 1999 Dispon vel em http www dkms com papers eipdef pdf acesso em
148. ca o de auto ve culos do mercado brasileiro Comunica o sem Fio WIFI Wireless Fidelity e WIMAX Worl dwide Interoperability for Microwave Access e Multim dias digitais moduladores e demoduladores com aplica es em TV e r dio digital CEITEC S A MCT 2010 POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 149 vistados s o membros presidente e ex presidente da Associa o Brasileira de Mi croeletr nica e 1 membro de uma grande empresa de base tecnol gica A escolha desses profissionais deveu se ao envolvimento e import ncia deles com as pol ticas governamentais de microeletr nica As entrevistas tiveram como metodologia uma abordagem explanat ria sobre os resultados das pol ticas governamentais relacionadas s tr s iniciativas priorizadas pelo governo federal para a internaliza o da ind stria de semicondutores no Brasil buscando colher opini es qualitativas dos entrevistados Vale destacar que n o se pretende neste cap tulo realizar avalia es das pol ticas mas sim sintetizar as opi ni es dos entrevistados sobre os planos e programas do governo nesta rea H unanimidade sobre o diagn stico do PNM em propor as tr s iniciativas a for ma o e capacita o de recursos humanos cria o das design houses e a implanta o do CEITEC como primordiais para se iniciar a internaliza o da ind stria de semi condutores no Brasil Tamb m afirmaram que os resultados
149. ca inform tica e qu mica fina Grande parte dos in vestimentos aplicada em setores mais din micos intensivos em tecnologia princi palmente agroindustriais e de servi os de apoio produ o A maioria das ind strias foi instalada ao longo das principais rodovias brasileiras Anhanguera Bandeirantes Dom Pedro I Santos Dumont e Campinas Mogi Mirim e o maior volume de inves timentos foi aplicado nas unidades fabris de inform tica e de montagem de aparelhos celulares instaladas em munic pios lim trofes ao munic pio de Campinas Jaguari na Indaiatuba Hortol ndia e Sumar Cabe ressaltar ainda que a grande concentra o industrial e principalmente a exist ncia de setores tecnologicamente mais din micos est o intimamente relacio nados presen a de institui es de excel ncia em ensino e em pesquisa como a Uni versidade Estadual de Campinas Unicamp a Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas PUC Campinas Laborat rio Nacional de Luz Sincroton LNLS Insti tuto Agron mico de Campinas IAC Instituto Biol gico de Campinas IB Centro da Tecnologia da Informa o Renato Archer CTT Funda o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento CPqD Instituto de Tecnologia de Alimentos ITAL Instituto de Zootecnia IZ unidades da EMBRAPA Embrapa Inform tica Agropecu ria Em brapa Meio Ambiente Embrapa Monitoramento por Sat lite e Escrit rio de Trans fer ncia de Tecnologia Campinas Coordenadoria de
150. ca e as empresas A finalidade apoiar o desenvolvimento tecnol gico das empresas brasileiras dando condi es para o aumento de sua taxa de inova o e assim contribuir para aumento do valor agregado de faturamento produtividade e competitividade nos mercados interno e externo MCTI 2011 s p Institu do pelo Decreto n 6 259 de 20 de novembro de 2007 o SIBRATEC est organizado na forma de tr s tipos de redes denominados componentes Centros de Inova o Servi os Tecnol gicos e Extens o Tecnol gica MCTI 2011 As Redes Tem ticas de Centros de Inova o s o formadas por unidades ou grupos de desenvolvimento pertencentes aos institutos de pesquisa tecnol gica aos centros de pesquisa ou s universidades com experi ncia na intera o com empresas Essas Redes t m como objetivo gerar e transformar conhecimentos cient ficos e tecnol gi cos em produtos processos e prot tipos com viabilidade comercial para promover inova es radicais ou incrementais Como exemplo pode se citar a Rede de Microe TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA INOVA O TECNOL GICA E DESENVOLVIMENTO 107 letr nica coordenada pelo Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTT As Redes Tem ticas SIBRATEC de Servi os Tecnol gicos s o formadas por labo rat rios e entidades acreditadas ou que possuam sistema de gest o da qualidade labo ratorial Esse componente destina se a apoiar a infra estrutura de servi os de calibra o
151. ca e no ciclo de f sforo O consu mo de gua pot vel por humanos chegou a 2 600 km ano perigosamente pr ximo ao limite sugerido de 4 000 km ano Infelizmente nos outros processos sist micos a situa o n o muito animadora tamb m destacando se os seguintes coment rios Embora a Terra tenha passado por muitos per odos de altera es ambientais importantes o ambiente planet rio tem se mantido est vel pelos ltimos 10 mil anos Esse per odo de estabilidade que os ge logos chamam de Holoceno viu civiliza es surgirem se desenvolverem e florescerem Mas tal estabilidade pode estar em risco Desde a Revolu o Industrial um novo per odo surgiu o Antropoceno no qual as a es humanas se tornaram o principal condutor das mudan as ambientais globais Rockstr m et al 2009 273 Esses cientistas argumentam que transgredir uma nica dessas fronteiras plane t rias por um tempo demasiadamente longo o suficiente para promover altera es ambientais abruptas e inaceit veis que ser o muito danosas ou at mesmo catastr fi cas sociedade Al m disso quando um limite derrubado os n veis de seguran a dos outros processos acabam sendo seriamente afetados INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 35 Desempenho Econ mico Equil brio Ambiental Necessidades da Sociedade Figura 2 Integra o das tr s dimens es no trip da sustentabilidade en
152. capital inte lectual especialmente na sua componente capital humano motor propulsor da inova o a qual por sua vez fator de desenvolvimento s cio econ mico Schumpeter 1988 um dos mais importantes economistas da primeira metade do s culo XX foi o precursor da no o de que o desenvolvimento econ mico se efetiva a partir de inova es ou novas combina es de materiais e for as empregadas de forma diversa Esse processo de destrui o criativa se efetiva atrav s de um dos seguin tes modos introdu o de um novo bem ou de uma nova qualidade de um bem j existente introdu o de um novo m todo de produ o baseado em uma descoberta cient fica nova ou ent o em um novo uso comercial abertura de um novo mercado conquista de uma nova oferta de mat rias primas ou produtos semimanufaturados j existentes ou rec m descobertas nova organiza o da ind stria como conquista de mercados ou fragmenta o de posi es de monop lio A inova o de produtos e processos portanto condi o fundamental para o sucesso das organiza es e das cadeias de valor onde est o inseridas nos mercados atuais os quais mudam continuamente e exigem n veis de desempenho sucessiva mente melhores E a gest o competente do capital intelectual o fator que alavanca a inova o de produtos de processos de servi os e de outros aspectos de interesse para uma organiza o empresarial como o design de produto
153. caras e devem operar utilizando mais de 90 da capacidade para manter se lucrativas A natureza c clica do neg cio de circuitos integrados e o curto ciclo de vida dos produtos eletr nicos de ponta por exemplo agravam esta incerteza A flutua o dos pre os de chips de mem rias e sua constante eros o atestam que o risco de manter esta alta capacidade ocupada tem beneficiado os fabricantes e usu rios dos bens finais A ind stria experimenta expans o com eros o de lucratividade muita r pida em produtos n o diferenciados dito commodities como as mem rias 6 Cada etapa de produ o contribui para as receitas finais da industria com a seguinte participa o de sign e seus servi os associados 18 das receitas fabrica o de wafers 64 encapsulamento back end e servi os de teste 12 servi os ao cliente e engenharia de aplica es 6 BNDES 2003 7 Na cadeia global de circuitos integrados as empresas participantes realizam uma ou mais etapas da produ o Somente as empresas l deres no cen rio global que atuam como IDMs produzem em todas as etapas da produ o As dez maiores IDMs em vendas bilh es de US no ano de 2008 foram as se guintes Intel 34 1 Sansung 17 9 Texas Instruments 11 5 Toshiba 11 5 ST Microeletronic 10 7 Renesas Techn 7 86 Sony 7 05 Qulacomm 6 72 Hynix 6 42 Infeneon Techn 6 31 Isuppli 2008 apud Bampi 2008 2009 138 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
154. cep o de que o Estado ou qualquer outra entidade seja capaz de corrigir tais falhas bastante irrealista tais falhas s o caracter sticas essenciais da economia de mercado n o sendo plaus vel conceber que o Estado possa corrigir tais imperfei es A segunda obje o deriva diretamente da primeira a suposi o de que o Estado det m a priori o conhecimento das vari veis envolvidas na pol tica podendo antecipar seus resultados desconsidera que a caracte r stica integrante de qualquer pol tica p blica a presen a de resultados imprevistos Em terceiro lugar o Estado est longe da neutralidade na defini o de pol ticas de interven o em geral constru das a partir da negocia o entre grupos de interesse que por defini o n o est o interessados no equil brio do mercado mas sim na apropria o de poss veis benef cios da pol tica As assimetrias entre os interesses desses atores e os seus efeitos na implementa o da pol tica geram um fator adicional de incerteza sobre os resultados de pol ticas de interven o Azevedo 2010 69 2 3 Clusters de inova o De acordo com Lins 2001 o conceito de clusters remonta a 1881 com o lan amento do livro Princ pios de Economia de Alfred Marshall Nessa obra Marshall destacava a import ncia da localiza o das ind strias em fun o dos benef cios oferecidos em seus entornos chamados por Marshall de vantagens associadas a economias externas O estudo d
155. cializa o que podem ou n o ser de responsabilidade do fabricante Fase 4 Uso do produto pelo consumidor Essa fase fortemente influenciada pelo projeto e pelo grau de intera o do fabricante com seu p blico alvo a Fase 5 Processos de final de vida quando um produto j obsoleto ou defeitu oso reusado recondicionado reciclado recuperado em forma de energia ou descartado A considera o da totalidade do ciclo de vida de um produto permite projetar para o meio ambiente introduzindo no produto caracter sticas que garantam o menor impacto ambiental poss vel t cnica de produ o conhecida como Ecodesing expli cada por Platcheck et al 2008 Para alcan ar esse objetivo minimizando esfor os em atividades de projeto essencial conhecer o mais detalhadamente poss vel todos os impactos negativos e positivos que o produto pode causar sobre o meio ambiente em cada fase do seu ciclo de vida Aplicado ao setor de eletroeletr nicos a avalia o do ciclo de vida pode auxiliar na elabora o de projetos de produtos ambientalmente corretos que contabilizam todas as cargas ambientais associadas a cada fase do ciclo de vida de um produto processo ou atividade Antes mesmo de um produto eletr nico tomar forma o con sumo energ tico bem como impactos ambientais na extra o dos materiais utiliza dos e res duos produzidos no fim de vida j podem ser identificados possibilitando que medidas no sejam tomadas ai
156. cion rios que podem disseminar pr ticas e valores para os outros grupos sociais a que pertencem fam lia igreja entre outros Na pr pria empresa na medida em que essas pr ticas simples s o disseminado ras de novos e saud veis valores e princ pios que tendem a permear de modo direto e indireto outros processos e comportamentos internos empresa Mas as transforma es no mundo empresarial s o historicamente lentas pela pr pria in rcia do sistema e tamb m pelos seus fundamentos hist ricos Segundo Acktouf 1996 232 a ci ncia econ mica em especial os ramos neocl ssico marginalista micro econ mico e econom trico marcou a administra o moderna a qual enxerga a socie dade como uma cole o de produtores consumidores e prestadores de servi os J a vis o de sustentabilidade requer rela es mais enriquecidas enxergando as pessoas como cidad os de modo a que o princ pio de responsabilidade social seja parte inte grante das estrat gias de neg cio e do modo de pensar das empresas e dos seus gestores Os estudos tradicionais da administra o n o levam muito em considera o o 42 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 porque e para quem interessando se primordialmente pelo como Falta por tanto a vis o de responsabilidade socioambiental Torna se necess rio repensar as pr ticas e princ pios em dire o a uma gest o inteligente do
157. cionais Marco Antonio Silveira eisers astea a E a Ae Ra SSi 23 Gest o de arranjos multiorganizacionais para a inova o a contribui o do conceito de ecossistemas organizacionais Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo SE O 2 GERA O E TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA EM ECOSSISTEMAS ORGANIZACIONAIS A dissemina o do conhecimento no apoio inova o e sustentabilidade organizacional a import ncia dos portais corporativos Nanci Gardim Daniela Maria Cartoni e S rgio de Oliveira Caballero Transfer ncia de tecnologia inova o tecnol gica e desenvolvimento Ana uda Vitale TOF KOMI eaii ses cond cond R a a a T nen dd 101 Parque Cient fico da Unicamp papel estrat gico no desenvolvimento do sistema local de inova o de Campinas Josiane Falvo e Iara Regina da Silva Ferreira ssescssssssessssssssesssecssssssssesssseseesssessssssessseesseesseesses 115 SECAO 3 SUSTENTABILIDADE NA IND STRIA ELETR NICA LEGISLA O DESAFIOS E OPORTUNIDADES Pol ticas setoriais de fomento ind stria microeletr nica no Brasil descri o e resultados Ana Karina da Silva Buen 0 esses sessesecaxesossedcivncetsrissaas eattatons adia c ns add tins A ana SD aso 133 Avalia o do Ciclo de Vida como ferramenta para sustentabilidade do setor eletroeletr nico Jos Rocha Andrade da Silva e Tiago Barreto Rocha 157 Gest o da cadeia produtiva de ciclo fechado em empresas do setor eletroeletr nico para adequa o a requ
158. cional sucessivamente maiores EPs setor de E E ind stria eletr nica e ecossistema organizacional de todo o complexo eletroeletr nico Nos n veis organiza cionais mais abrangentes o projeto busca fomentar arranjos organizacionais voltados inova o com base no princ pio das h lices triplas governo academia e empresas Assim podem ser criadas sinergias entre as empresas participantes os seus fornece dores e as IEPs envolvidas ao mesmo tempo em que se preserva a liberdade para que cada EP tome suas pr prias decis es de forma individualizada em fun o de suas prioridades estrat gicas Portanto a proposta aqui apresentada tem v rios aspectos que a fazem original inclusive pelo fato de ter sido estruturada para alcan ar simultaneamente m ltiplos objetivos consideravelmente relevantes entre os quais Buscar a adequa o ambiental de setores intensivos em tecnologia de modo a se ter o seu desenvolvimento sustent vel em acordo com o principio TBL Viabilizar as condi es para que empresas brasileiras de pequeno m dio porte pos sam se adequar aos v rios requisitos ambientais mantendo a sua competitividade Integra o de profissionais de diversas reas do conhecimento articulando um conjunto de compet ncias complementares Gerenciar o ecossistema organizacional com foco nas empresas que o comp em coordenando as diversas institui es baseando se na concep o de h lices triplas Se forem tomados com
159. com categorias espec ficas de impacto e com os indicadores de categoria A avalia o do impacto pode incluir o processo iterativo da revis o do objetivo e AVALIA O DO CICLO DE VIDA COMO FERRAMENTA PARA SUSTENTABILIDADE 167 escopo declarados para o estudo de ACV visando conhecer o grau de atendimento a esses requisitos ou mesmo modificar esses par metros caso se conclua pela impossi bilidade de sua realiza o plena frente aos impactos identificados Quest es como escolha modelagem e avalia o de categorias de impacto podem introduzir subjetividades na fase de AICV Portanto a transpar ncia um fator cri tico na avalia o de impacto para assegurar que os pressupostos estejam claramente descritos e relatados 2 3 1 ELEMENTOS DA AICV Norma ABNT NBR ISO 14040 2009 divide a etapa de AICV em diferentes elementos pelas raz es expostas a seguir Cada elemento da AICV distinto e pode ser claramente definido Os procedimentos pressupostos e outras opera es da AICV dentro de cada elemento podem ser transparentes visando a sua revis o cr tica e comunica o A escolha de valores uso de valores e subjetividade dentro de cada elemento pode ficar transparente para a revis o cr tica e comunica o Dentro dos elementos da AICV o n vel de detalhamento escolha das categorias de impacto e as metodologias empregadas dependem do objetivo e escopo declarado para o estudo de ACV A Figura 4 na pr x
160. conomia Administra o e Contabilidade da Universidade de S o Paulo FEA USP docente do Departamento de Engenharia de Produ o DEP UFSCar desde 1993 tendo ocupado no per odo de novembro de 2009 a julho de 2011 o cargo de Secret ria Adjunta na Secretaria de Desenvolvimento Tecnol gico e Inova o do Minist rio da Ci ncia Tecnologia e Inova o SETEC MCTI Daniela da Gama e Silva Volpe Moreira de Moraes Possui gradua o em Administra o P blica pela Universidade Estadual Paulista J lio de Mes quita Filho 2008 e mestrado em Engenharia de Produ o pela Universidade Federal de S o Carlos 2011 Daniela Maria Cartoni Possui Mestrado em Pol tica Cient fica e Tecnol gica pela Universidade Estadual de Campi nas 2002 MBA em Gest o de Recursos Humanos pela FAV 2008 e Gradua o em Ci ncias Sociais pela Universidade Estadual de Campinas 1998 Atua como professora universit ria e consultora organizacional Jos Rocha Andrade da Silva Possui gradua o em Qu mica pela Universidade Estadual de Campinas 1981 e mestrado em Engenharia Mec nica pela Universidade Estadual de Campinas 2000 Atualmente Pesqui sador do Centro de Pesquisas Renato Archer Josiane Fachini Falvo Doutora e mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Bacha rel em Ci ncias Sociais e Jur dicas S cia diretora da TRIELIS Consultoria em Tecnologia e Inova o e pesquisadora da FIPE Funda o Inst
161. consecu o dos objetivos previstos busca se tamb m desenvolver os mecanismos necess rios para coordenar a es entre as EPs seus fornecedores e IEPs Isso feito visando au mentar o alinhamento entre as atividades produtivas o desenvolvimento tecnol gico e a presta o de servi os tecnol gicos de modo a viabilizar a sustentabilidade do setor de E E e de suas empresas Para tanto todas as a es previstas neste projeto as quais incluem mudan as nas EPs e em suas cadeias de fornecimento desenvolvimento de compet ncias humanas e tecnol gicas nas v rias institui es envolvidas est o organizadas em tr s grandes eixos de a o Pesquisa Desenvolvimento e Inova o relacionados com produtos processos e mecanismos para gest o nas institui es envolvidas Capacita o dos colaboradores para desenvolvimento de compet ncias gerenciais e tecnol gicas de interesse para o projeto Presta o de servi os tecnol gicos em especial aqueles relacionados com ensaios para identifica o de SP e avalia o do n vel de reciclabilidade de produtos Como este projeto tem o prop sito de contribuir para a sustentabilidade da in d stria eletr nica como um todo est o previstas a es visando ao transbordamento progressivo dos resultados para outros setores e conjuntos de empresas Para tanto os resultados obtidos j estar o sendo disseminados ao longo da execu o do projeto GEST O DA SUSTENTABILIDADE EM ECOSS
162. cos por ano utilizando tecnologias de propriedade da Panasonic e visando vender mate riais para companhias de refino de res duos recicladores de pl sticos e empresas produtoras de eletr nicos Panasonic Corporation 2011 180 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Fonte Elabora o Pr pria Distribui o Fornecimento de mat ria primas Produ o Vendas Consumidor isa Servi os adicionais Rejeitos hyrese tenants Sira da cadeia de Coleta valor reverso gt Fluxo da cadeia produtiva direta Fluxo da cadeia reversa Figura 1 Representa o esquem tica de uma cadeia produtiva de ciclo fechado Se no fluxo da cadeia direta verifica se uma possibilidade de previs o no desen volvimento do processo o fluxo da cadeia reversa possui um n vel de incerteza bas tante alto por exemplo quest es como qualidade do material e quantidade s o difi ceis de serem controladas No que diz respeito ao sucesso da implementa o de cadeias reversas verifica se que os objetivos operacionais s o determinantes envolvendo a execu o pr tica dos processos tais como an lise custo benef cio opera es de transporte gest o de esto que gerenciamento de suprimentos processos de remanufatura reciclagem e emba lagem Dowlatshahi 2000 De Brito e Dekker 2002 destacam os atores e processos envolvidos na cadeia re versa Os atores podem ser diferenciados em
163. cria o de conhecimento organizacional a combina o a etapa em que o conhecimento individual expl cito convertido em conhecimento expl cito para o grupo e para a organiza o O conhecimento expl cito pode ser compartilhado por exemplo em reuni es atrav s do uso de relat rios documentos ou por meio de programas de educa o corporativa J no processo de internaliza o onde ocorre a transfer ncia de conhecimento expl cito em t cito as intera es podem ocorrer por um processo de tentativa e erro ou seja pela experimenta o na busca de recupera o de informa es para tomada de decis o nas organiza es o que facilita a compreens o e o uso das mesmas O portal corporativo torna se uma ferramenta valiosa nesse processo atrav s dos com ponentes de busca categoriza o e personaliza o associados a aplica es de apoio a decis o ou simula es de cen rios A gest o do conhecimento apoiada no princ pio da disponibiliza o de conhe cimento cr tico quando necess rio dando suporte sua cria o e dissemina o um importante instrumento para a sustentabilidade organizacional e o processo de 92 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 inova o A utiliza o dos portais corporativos com banco de boas pr ticas uso de reposit rio central de informa o localiza o de especialistas e gest o eletr nica de documentos pode auxiliar as empresas a aumentar a mem ria orga
164. das pelo governo em geral voltadas a miss es p bli cas principalmente defesa e sa de p blica tinham a fun o de ofertar um conjunto de tecnologias que poderiam ser automaticamente adotadas pela sociedade gerando se assim inova es de produtos e processos cr ticas ao modelo ofertista linear est o em Kline e Rosenberg 1986 Dagnino 2002 Godin 2005 e Cassiolato e Lastres 2005 O modelo ofertista linear foi apresentado no livro Science the Endless Frontier publicado pelo diretor do Escrit rio de Pesquisa Cient fica e Desenvolvimento dos Estados Unidos Vannevar Bush em 1945 Moreira e Velho 2008 No livro Bush defendia a superioridade da ci ncia frente a outras formas de conhecimento para promover o progresso econ mico e social Partindo desse pressuposto postulava que a inova o tecnol gica seria um resultado direto de avan os na ci ncia b sica desen volvida em universidades e institutos de pesquisa Estas ideias delinearam a pol tica tecnol gica predominante ap s a Segunda Guerra Mundial que tratava os cientistas 5 As origens do modelo linear de inova o est o descritas em Godin 2005 58 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 como os principais atores nos processos de inova o tecnol gica atribuindo a outros atores especialmente s empresas um papel secund rio Dessa maneira a recomen da o de pol tica explicitamente apresentada em Science the Endless Frontier foi
165. das pelos processos acima talvez cheguemos conclus o de que o aparente barato est saindo muito mais caro do que supomos Qual 0 custo real desses alimentos contaminados por horm nios e agrot xicos se forem consideradas as externalidades dos processos associados como os impactos na sa de p blica e no meio ambiente Qual o custo real da carne bovina se forem considerados os seus impactos no meio ambiente Que modelo este que para alimentar a popula o atual desalimenta as gera es futuras 8 No trabalho de Soares 2010 intitulado Uso dos agrot xicos e seus impactos sa de e ao ambiente uma avalia o integrada entre a economia a sa de p blica a ecologia e a agricultura foi feita a valora o das externalidades negativas em sa de associadas ao uso dos agrot xicos no estado do Paran Os resultados indicam que os custos com a intoxica o aguda podem representar cerca de 64 dos benefi cios dos agrot xicos e na melhor das hip teses quando as caracter sticas de risco dos estabelecimentos encontram se ausentes esses custos representam 8 dos benef cios 38 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 3 2 Teoria de sistemas e coopera o A teoria de sistemas traz uma s rie de conceitos que evidenciam o fato de que padr es cooperativos s o mais ben ficos para a coletividade Ou colocados em outros termos a coopera o uma atitude intrinsecamente sustent
166. de conhecimento de fontes externas refor ando a acumula o interna de conhecimento organizacional ver Fi gura 2 Esta integra o aprimora os principais processos de gest o e reconfigura as formas de acumula o de conhecimento de acordo com as mudan as do ambiente de neg cios Terra e Gordon 2002 neste sentido que os portais d o suporte ao processo de aprendizagem nas orga niza es e emergem como importante ferramenta para catalisar a inova o e promo ver melhor uso do conhecimento A defini o de uma clara e apropriada estrat gia de gest o do conhecimento apoiada por uma tecnologia da informa o bem estruturada A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 91 com as ferramentas adequadas a chave para prover os fundamentos para a inova o e compartilhamento do conhecimento prevalecerem por toda organiza o Senge 2004 Ao permitir que os usu rios colaborem entre si os portais t m sido considerados um dos principais instrumentos de infra estrutura tecnol gica na Gest o do Conhecimento Segundo Toledo 2002 os princ pios da espiral do conhecimento Nonaka e Tac ckeuchi 2006 podem ser aplicados aos portais como uma ferramenta que permite empresa o gerenciamento das diferentes fases da cria o circula o e transforma o do conhecimento Para a autora atualmente os portais buscam integrar diferentes ferra mentas colaborativas para o processo de socializa o do conhecimento
167. de popularidade dos portais deveu se ao sucesso obtido pelo Yahoo com o lan amento em 1996 de um servi o de portal personalizado cha mado MyYahoo que permitiu aos usu rios configurarem suas pr prias interfaces Web definindo as informa es que eram pertinentes e significantes para eles Segundo Amaral 2009 o sucesso dos portais p blicos da internet despertou a aten o das organiza es que logo vislumbraram os benef cios do uso desta tecnologia para organizar e disponibilizar informa es no ambiente empresarial Inicialmente os Portais Corporativos continham apenas v nculos referenciais s informa es da empresa e mecanismos simples de busca Esta arquitetura rapidamente evoluiu para portais mais interativos que al m de proporcionarem acesso a todas as informa es da organiza o integram ferramentas de colabora o que permitem que seus usu rios trabalhem em conjunto As primeiras vers es dos portais corporativos que continham v nculos referenciais s informa es da empresa e mecanismos de busca rapidamente evolu ram para por tais mais complexos que embutem aplica es para aumentar a produtividade individual e do grupo O desenvolvimento da fun o integradora com possibilidade de acesso f cil integrou conte dos e ampliou a associa o com ferramentas colaborativas que podem contribuir para a transfer ncia do conhecimento t cito da organiza o inclusive em diferentes idiomas culturas e zonas com d
168. de produtos e est o presentes mesmo que indiretamente em diversos outros setores Oliveira e Silveira 2009 Por essas mesmas raz es a ind stria eletr nica tem grande import ncia na malha produtiva do Brasil O avan o tecnol gico crescentemente irradiado pelos seus v rios setores o que gera um intenso efeito multiplicador sobre o conjunto da economia ABINEE 2009 Dominado por grandes empresas multinacionais essa ind stria composta por setores bastante din micos produtores de parcela significativa da ri queza mundial e de inova es que se d o de forma constante e acelerada Isto permite que seja caracterizado como um segmento de alto potencial revolucion rio criador de novos paradigmas tanto em termos de produtos e processos como em termos de novas formas de organiza o industrial 190 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 gt 1 O imperativo ambiental e a ind stria eletr nica Al m dos desafios inerentes atua o em ambientes que mudam r pida e continua mente o momento atual imp e outros desafios s empresas resultantes da comple xidade e dos altos n veis de competitividade exigidos por mercados cada vez mais globalizados Como mencionado em outros cap tulos v m adquirindo import ncia crescente a necessidade de as empresas se adequarem aos requisitos ambientais como a rec m lan ada Pol tica Nacional de Res duos S lidos PNRS que trata da responsabilidade ampliada que
169. de projetistas de circuitos integrados em n vel de gradua o e de p s gradua o promo o da implementa o das design houses tanto por meio da atra o de design houses internacionais como atrav s da cria o de design houses nacionais estabelecendo se pol ticas para facilitar seu acesso ao mercado MCT 2002 Outra oportunidade para o Brasil seria a implanta o de uma unidade produtiva em prototipagem de circuitos integrados na escala de foundry de n vel 1 que sur 15 O documento de Gutierrez R Leal C Estrat gias para uma Ind stria de Circuitos Integrados no Brasil BNDES Setorial 2004 tamb m foi um importante norteador das pol ticas p blicas para a inter naliza o da ind stria de semicondutores no Brasil 16 O estudo do BNDES 2003 mostra que os circuitos integrados de aplica es espec ficas ASICs Application Specific Integrated Circuit est o presentes em bens de comunica o particularmente em redes sem fio wireless e bens de consumo possuindo um potencial de agrega o de valor aos produtos e cria o de capacidades tecnol gicas diferenciadas 17 O nivel significa que a foundry fabricaria prot tipos de chips em pequena escala MCT 2002 POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 145 giu a partir da doa o de equipamentos tecnologia CMOS Complementary Metal Oxide Semiconductor pela empresa americana Motorola Esta iniciativa resultou em p
170. definidos pela lei municipal n 12 653 2006 descritos supra O parque disponibiliza edif cios prontos para aluguel ou venda sem defini o do uso unidade fabril ou mero escrit rio As empresas instaladas atuam em segmen tos diversos como Telecomunica es Tecnologia da Informa o Processamento de Dados Outsourcing Biotecnologia Bio engenharia Microeletr nica Sensores Equi pamentos Industriais Consultoria e Administra o Desenvolvimento de Software Usinagem de Precis o Mec nica Centro de Distribui o e Log stica entre outros 3 3 Parque Tecnol gico do Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTI TEC O CTI TEC foi concebido pelo Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTI unidade do Minist rio da Ci ncia e Tecnologia MCT seguindo as diretrizes or ament rias e as metas da autarquia A cria o foi oficializada em outubro de 2010 com previs o de investimento na ordem de R 15 milh es Na primeira etapa est prevista a constru o de cinco pr dios no campus do CTI para abrigar at 16 empre sas prioritariamente da rea de Tecnologia da Informa o e Comunica o TIC e seus componentes microeletr nica softwares semicondutores e displays O objetivo estabelecer parcerias entre uma Institui o de Ci ncia e Tecnologia ICT no caso o pr prio CTI e o setor produtivo da area de TIC que por meio do compartilhamento de infraestrutura laboratorial conhecimento e co
171. dex php racb article viewArticle 480 613 CAP TULO 4 Transfer ncia de tecnologia inova o tecnol gica e desenvolvimento Profa Dra Ana L cia Vitale Torkomian Departamento de Engenharia de Produ o da Universidade Federal de S o Carlos UFSCar gt Introdu o ATUALMENTE A TECNOLOGIA como conhecimento aplicado permeia todas as reas de atividade das organiza es N o se trata mais de um instrumento de competitivi dade mas de um pr requisito para sobreviv ncia em ambientes concorrenciais O grande desafio transformar o conhecimento gerado atrav s de Pesquisa e Desenvol vimento P amp D em inova es capazes de impulsionar o desenvolvimento econ mico do ambiente em que se inserem quer seja do empreendimento do setor da regi o ou por consequ ncia da na o Torkomian Piekarski 2007 No Brasil desafio adicional se imp e uma vez que historicamente t m sido mo destos os investimentos em P amp D sobretudo por parte das empresas privadas Assim a aproxima o entre universidades institutos de pesquisa e empresas apresenta se como o caminho mais curto e mais direto para a moderniza o da ind stria nacional ganhando est mulo as a es que visam a transfer ncia de tecnologia entre as partes Isso porque a contribui o da universidade para a sociedade al m da vertente aca d mica que envolve a atividade de ensino forma o de recursos humanos e pesquisa gera o de conhecimento no
172. dos caminhos que vem sendo trilhados por esta ind stria para enfrentar os altos riscos e crescentes gastos de inova o com P amp D As fabricantes dedicadas dedicated foundries s o as empresas que realizam a pro du o dos semicondutores processos de produ o f sico qu mica dos componentes especificamente atendendo as demandas de outras empresas Com o crescimento da atua o destas foundries na ind stria mundial surgiu uma demanda crescente pelos servi os de projetos design de circuitos integrados criando um grande mercado por projetos de semicondutores Houve ainda uma redu o das barreiras para a entrada na ind stria de empresas especializadas no projeto dos circuitos integrados Isso ocorreu uma vez que as empresas especializadas em design n o necessitavam mais de grandes investimentos para implantar se neste segmento devido s baixas barreiras econ micas e tecnologias entrada principalmente em aplica es espec ficas ASIC Application Specific Integrated Circuit Carvalho 2006 8 As empresas que atuam estritamente como foundries n o det m a marca dos chips que fabricam Bampi 2008 2009 O mercado mundial de foundries dedicadas estava distribu do no ano 2008 de acordo com as seguintes porcentagens a TSMC Taiwan possui 47 2 do mercado seguido da UMC Taiwan com 13 2 Na terceira posi o est a Chartered Cingapura com 7 8 do mercado a quarta posi o pertence a SMIC China com 6 0 do mercad
173. dos casos promove a redu o dos custos viabilizando melhorias como a redu o do uso de materiais e da gera o de res duos al m da diminui o do consumo energ tico O ecodesign foca claramente uma etapa inicial da cadeia de valor o processo de concep o e desenvolvimento de produto De acordo com Schischke Hageluken e Stef fenhagen S D aproximadamente 80 dos impactos ambientais decorrentes de todo o ciclo de vida de um produto s o determinados durante sua fase de concep o Dessa forma os produtos simples e de montagem f cil permitem reduzir n o s os custos de montagem mas tamb m de desmontagem repara o reutiliza o e reciclagem no final de sua vida til Box 1 Exemplo empresarial Funda o Certi A Funda o Certi instituto de tecnologia privado sem fins lucrativos de Santa Catarina recebeu o Pr mio Finep Inova o 2009 pela produ o de um projetor que agrega fun es de proje o de imagem acesso Internet leitura de CDs e DVDs reprodu o de som e outras funcionalidades com conceitos de ecode sign O equipamento esconde uma inova o pouco vis vel mas estrat gica a preocupa o em reduzir o impacto ambiental desse produto Dentre as principais modifica es est o a diminui o do n mero de parafusos maior uso de encaixes elimina o de colas e adesivos identifica o do tipo de material utilizado no gabinete e marca o de pe as para facilitar sua montagem e desmontagem u
174. dos circuitos integrados com a do complexo eletroeletr nico e demais cadeias de bens finais que possuem eletr nica 11 Segundo Bampi 2008 2009 92 o processo de desverticaliza o na cadeia de componentes semi condutores ainda mais acentuado que na produ o de bens finais Al m disto a especializa o dos produtores pode se dar n o somente na etapa como tamb m na classe de produto final ou componente que desenvolvido nas etapas 1 e 2 As empresas de componentes atuam crescentemente de forma espe cializada em etapas espec ficas da cadeia Emerge da o modelo de neg cios de licenciamento ou royalties por propriedade intelectual para empresas de design apenas o que um nicho de alguns bilh es de d lares por ano com tend ncia a altas taxas de crescimento 142 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 embarcada um dos pontos relevantes para explicar porque essa ind stria aumenta seu potencial de sucesso e sustentabilidade quando desenvolve um ecossistema orga nizacional completo Considerando a import ncia econ mica do uso da microeletr nica e a precarie dade de sua oferta no Brasil as evid ncias internacionais mostram que existe a ne cessidade de a es governamentais no sentido de internalizar esta ind stria no pa s fomentando o ecossistema organizacional existente gt 2 Pol ticas governamentais para microeletr nica no Brasil O Brasil foi um dos primeiros pa ses em desenvol
175. dos escrit rios de transfer ncia de tecnologia ETT res pons veis por mediar essas rela es registrar patentes e negociar licen as das novas tecnologias O Minist rio da Ci ncia Tecnologia e Inova o MCTI tem apoiado a cria o de ETT especializados em quest es da propriedade intelectual e comercializa o de tec nologias mais recentemente fomentando a cria o dos N cleos de Inova o Tecnol gica NIT de maneira que as ICT cumpram o que determina a Lei de Inova o S o compet ncias m nimas do N cleo de Inova o Tecnol gica conforme disposto na Lei de Inova o Zelar pela manuten o da pol tica institucional de est mulo prote o das cria es licenciamento inova o e outras formas de transfer ncia de tecnologia a Avaliar e classificar os resultados decorrentes de atividades e projetos de pesquisa para o atendimento das disposi es da Lei n 10 973 de 2004 Avaliar solicita o de inventor independente Opinar pela conveni ncia e promover a prote o das cria es desenvolvidas na institui o a Opinar quanto conveni ncia de divulga o das cria es desenvolvidas na institui o pass veis de prote o intelectual e Acompanhar o processamento dos pedidos e a manuten o dos t tulos de propriedade intelectual da institui o De acordo com informa es prestadas anualmente pelas ICT ao MCT a quanti dade de NIT tem aumentado significativamente bem como os re
176. dos habitats de inova o cujo principal desafio convergir os interesses comuns Para superar essas barreiras al m dos NITs os parques cient ficos e tecnol gicos constituem um interessante instrumento para estimular a gera o e a dissemina o de inova es assunto a ser aprofundado nos pr ximos t picos gt 3 Parques tecnol gicos e cient ficos de Campinas Os parques tecnol gicos e cient ficos s o importantes instrumentos de pol tica p blica no desenvolvimento dos SLIs na medida em que criam condi es mais favo r veis ao interc mbio de agentes p blicos e privados fundamentais no processo de inova o institutos de ci ncia e de tecnologia universidades empresas e sociedade A a o conjunta desses atores favorece a cultura da inova o estrat gica para as empresas se manterem competitivas na economia mundial Com a regulamenta o do SPTec por meio do Decreto n 50 504 2006 o governo do Estado de S o Paulo estimulou a constitui o de parques desde que contemplas sem os quesitos dirimidos no art 3 grifo nosso Os Parques Tecnol gicos para integrar o Sistema Paulista de Parques Tecnol gi cos dever o contemplar os seguintes objetivos i Estimular o surgimento o desenvolvimento a competitividade e o aumento da produtividade de empresas no mbito do Estado de S o Paulo cujas atividades estejam fundadas no conhecimento e na inova o tecnol gica ii Incentivar a intera
177. dos no uso do capital intelectual dispon vel Os arranjos colaborativos multiorganizacionais para a inova o s o discutidos no Cap tulo 2 Gest o de arranjos multiorganizacionais para a inova o a contribui o do conceito de ecossistemas organizacionais de Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo No cap tulo s o revisados os diversos conceitos relacionados a esses arranjos e apresentando o conceito de ecossistema organizacional destacando sua funcionalidade pr tica no apoio gest o de sistemas complexos tais como redes t cnico cient ficas e sistemas de inova o A Se o 2 Gera o e transfer ncia de tecnologia em ecossistemas organizacio nais foca a gest o de sistemas cooperativos para a cria o e difus o de novas tecno logias Desta maneira uma se o voltada apresenta o de ferramentas de gest o da gera o e da circula o de conhecimentos e recursos entre as diversas institui es presentes nos ecossistemas organizacionais visando sustentabilidade das organiza es desses ecossistemas especialmente as empresas privadas A Se o 2 composta de tr s cap tulos Nanci Gardim Daniela Maria Cartoni e S rgio de Oliveira Caballero s o os autores do Cap tulo 3 A dissemina o do conhecimento no apoio inova o e sustentabilidade organizacional a import ncia dos portais corporativos em que se investiga a efetividade dos reposit rios de informa o corporativa na internet como ferra
178. e Tecnologia estrat gias para estrutura o e gest o de N cleos de Inova o Tecnol gica Campinas Komedi 2009 p 21 37 TORKOMIAN A L V amp PIEKARSKI A E T Gest o da Tecnologia In BATALHA M O org Introdu o Engenharia de Produ o Rio de Janeiro Elsevier 2007 p 209 226 CAP TULO 5 Parque Cient fico da UNICAMP papel estrat gico no desenvolvimento do sistema local de inova o de Campinas Iara Regina da Silva Ferreira Josiane Fachini Falvo gt Introdu o NO ATUAL CEN RIO ECON MICO em que a inova o tecnol gica em larga escala dita o ritmo da din mica concorrencial torna se imprescind vel o fortalecimento dos Sis temas Locais de Inova o SLI de modo que o conjunto de institui es que ap iam a inova o em diferentes ecossistemas organizacionais atue de forma coordenada impactando positivamente a competitividade das empresas Nas ltimas d cadas a constitui o de parques cient ficos e tecnol gicos tem desempenhado importante pa pel na forma o de redes de coopera o entre os protagonistas do SLI presentes em ecossistemas organizacionais incrementando assim a competitividade das empresas por meio da alavancagem de sua sustentabilidade econ mica Os parques cient ficos ou tecnol gicos s o reas geogr ficas definidas por planeja mento urbano com a finalidade de promover a Pesquisa o Desenvolvimento e a Ino va o PD amp I por meio do interc mbio de at
179. e clusters de inova o por sua vez vem se intensificando a partir do meio dos anos 1990s Hamdouch 2008 Desde ent o economistas das reas de eco nomia industrial e da nova geografia econ mica bem como sociologistas e admi nistradores com foco em estrat gia empresarial t m realizado pesquisas emp ricas e concentuais sobre o tema elucidando as dimens es e os mecanismos de forma o de clusters em torno de ind strias de alta tecnologia Entre os diversos assuntos tratados destacam se a an lise das l gicas tecno cient fica econ mica financeira hist rica e institucional que encorajam a organiza o e desenvolvimento de clusters de inova o em reas geogr ficas determinadas Paralelamente muitos governos nacionais e organiza es internacionais t m tra balhado em programas de forma o de clusters fundados na convic o de que a com petitividade internacional depende de elementos locais da regi o onde se localizam as organiza es Hamdouch 2008 Apesar dos esfor os de pesquisa e das pol ticas voltadas ao seu desenvolvimen to para Hamdouch 2008 os assuntos relacionados ao conceito de clusters ainda s o muito debatidos e est o longe de um consenso permanecendo d vidas em temas como a defini o do que seja um cluster de inova o quais s o suas fronteiras espaciais ge ogr ficas e quais as condi es determinantes de seu surgimento e desenvolvimento 68 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGA
180. e forte os desafios impostos pelos mercados atuais Visando conhecer melhor essa situa o foram realizadas v rias a es entre janeiro e junho de 2010 envolvendo 3 Na se o 6 4 esse enfoque deve ficar mais claro uma vez que ser o detalhados os objetivos organiza cionais a serem alcan ados neste Projeto e as mudan as relacionadas na rede de processo de cada EP 196 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 estudos de dados dispon veis sobre o setor de E E avalia o em profundidade de al gumas empresas desse setor e discuss es dos resultados preliminares A seguir apre sentado um resumo de cada uma dessas tr s etapas e da estrutura o do projeto piloto feita com base nos resultados obtidos 6 1 Estudos sobre o Setor de E E Inicialmente foi feita uma pesquisa sobre o setor brasileiro de E E utilizando dados secund rios obtidos de institui es confi veis e de trabalhos acad micos atuais vi sando identificar o perfil das empresas que constituem esse setor e tamb m fazer um levantamento preliminar das tecnologias e dos principais desafios enfrentados Dada a sua import ncia estrat gica para o pa s o setor de E E vem sendo priori zado e estudado por diversos organismos governamentais como a Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDI e o Banco Nacional de Desenvolvimento Eco n mico e Social BNDES Tendo como base v rios trabalhos IEMI 2005 ABDI 2008 Pieroni et alli
181. e no est mulo transfer ncia de tecnologia e na gera o de neg cios para as empresas do parque Lalkaka 1990 e Baeta 1997 conceituam o parque como um espa o f sico amplo com m ltiplos edif cios projetado para um conjunto de atividades relacionadas tecnologia como escola de empreendedores centro de inova o unidades para em presas maiores e laborat rios de P amp D Em meio a in meras experi ncias mundiais exitosas na implanta o desses am bientes muitas nasceram de forma espont nea e outras articuladas s iniciativas de grupos de empreendedores egressos de universidades focados na pesquisa cient fica Atualmente essas iniciativas demonstram ser espa os de articula es fortemente engajados com os diversos stakeholders do sistema de inova o local de seus pa ses No Brasil os parques tecnol gicos e as incubadoras s o considerados instrumen tos capazes de transformar ideias em neg cios e o local ideal para a forma o de empreendedores Existem v rios modelos instalados de parques tecnol gicos e cien t ficos mas em geral s o geograficamente localizados numa rea delimitada com os distritos industriais do paradigma passado ou podem estar disseminados na cidade tend ncia que tem crescido nos ltimos anos em decorr ncia de limita es de recursos da possibilidade de maior sinergia dos agentes de inova o e da necessidade de evitar a degrada o do tecido urbano Spolidoro 1997 ap
182. e pesquisa bastan te interessantes para a compreens o das din micas de forma o e funcionamento de ecossistemas organizacionais complexos Em termos de pesquisas te ricas conside ra se de grande interesse o aprofundamento do estudo dos temas aqui tratados bem como a inclus o de novos conceitos como Arranjos Produtivos Locais alian as inter e intrafirmas abordagens latino americanas do problema entre outros Outro tema de interesse estudar a rela o entre as abordagens te ricas e modelos de CjT amp I e a concep o e formula o de pol ticas p blicas nessa rea J em termos de pesquisas aplicadas considera se de grande interesse desenvolver metodologias de mapeamento de ecossistemas organizacionais para a inova o em ind strias e regi es brasileiras visando subsidiar o desenvolvimento de empresas e organiza es que em seu con junto gerem inova es que garantam o desenvolvimento sustent vel em nosso pa s va gt 5 REFER NCIAS AZEVEDO A M M An lise top down e bottom up de um programa de inova o tecnol gi ca na rea de energia o programa nacional de produ o e uso de biodiesel PNPB Tese Doutorado Departamento de Pol tica Cient fica e Tecnol gica Universidade Estadual de Campinas Campinas 2010 331 p AZEVEDO A M M BUENO A K e SILVEIRA M A Intera o e alinhamento de organi za es para a inova o em ecossistemas organizacionais o caso do Instituto Nacional de Tecnologia de S
183. e valor ao produto Gutierrez amp Mendes 2009 Carvalho 2006 Campanario et al 2009 A ind stria de semicondutores passou de um modelo de produ o verticalizada para um arranjo produtivo onde empresas especializadas atuam em segmentos espe c ficos da cadeia de valor criando uma rede de fornecedores e compradores tamb m especializados para as suas opera es Saxenian 1990 Nesta nova forma de organiza o da produ o caracterizada pela separa o das atividades de projetos das atividades de manufatura dos circuitos integrados foram abertas oportunidades para novos entrantes na cadeia de valor da ind stria de semi condutores decorrentes da demanda por novas compet ncias e capacidades criada por este novo modelo Na sia o governo de Taiwan em parceria com a Philips fundou em 1985 a Taiwan Semiconductor Manufacture Company TSMC Outras foundries surgiram na regi o servindo como alternativa de fabrica o em tecnologias defasadas do leading edge tecnologias de ponta de uma ou mais gera es Gutierrez amp Mendes 2009 Com o passar dos anos a sia se tornou um local de grandes opera es A partir da TSMC as atividades de projeto se separaram das atividades de fabrica o inaugurando uma nova forma de organiza o da produ o industrial dos semi 5 Segundo Bampi 2008 2009 96 as plantas industriais do estado da arte e para os volumes requeri dos para amortiza o do investimento s o
184. egras e refer ncias balizadoras das decis es s o as exig ncias da gest o deste tipo de coisas Um mundo de alternativas e op es conceituais e metodol gicas abre se neste contexto O mais curioso que apesar de exigente em modelos este mundo n o muito dado a padr es e pr ticas r gidas aqui que reside a arte de quem se lan a no mar agitado da gest o da inova o em bases sustent veis prover conceitos e ferramentas que deem suporte as duas das PREF CIO 13 caracter sticas mais cr ticas dessa atividade a flexibilidade para lidar com o inesperado e o inusitado e a complexidade dos interesses conflitantes e oscilantes dos agentes da inova o A presente obra contribui com ideias e conceitos promissores se o 1 prop e fer ramentas modelos e casos ilustrativos se o 2 e faz uma aplica o em particular para o ecossistema organizacional da ind stria eletr nica se o 3 Ganham todos com mais esta obra elaborada pelo Grupo GAIA sediado no Cen tro de Tecnologia da Informa o Renato Archer local mais que apropriado para pen sar o desenvolvimento daquela que provavelmente a mais inovativa das ind strias destes nossos tempos Sergio Luiz Monteiro Salles Filho APRESENTA O ESTE LIVRO SE ORIGINA das atividades de pesquisa e extens o desenvolvidas pelo Gru po de Apoio Inova o e Aprendizagem em Sistemas Organizacionais GAIA um grupo de pesquisas aplicadas sediado no Centro de Tecnolo
185. egunda parte do texto trata dos portais corporativos como ferramenta para a inova o J na terceira e ltima se o desse trabalho apresentare mos um exemplo pr tico sobre as primeiras etapas do desenvolvimento de um portal corporativo voltado para a gest o do conhecimento o portal GAIA CTI gt 1 Inova o tecnol gica e redes informais de comunica o O papel do capital humano na transfer ncia de tecnologia est se tornando mais am plamente reconhecido permitindo um olhar diferenciado sobre as v rias formas e meios pelos quais a transfer ncia de conhecimento se desenvolve Bozeman 2000 Em geral as redes sociais informais como as que se formam espontaneamente nas rela es cotidianas mediadas ou n o por Tecnologias da Informa o e Comunica o TIC s o mais flex veis e menos r gidas do que as redes organizacionais e interor ganizacionais constru das com algum grau de formaliza o Nesse contexto para a transfer ncia de informa es t cnicas relevantes os contatos pessoais se destacam principalmente pela velocidade e sensa o de confiabilidade em que a troca de conhe cimento executada como sendo aqueles pelos quais a tecnologia mais eficazmente transferida Ara jo 1979 As redes informais de comunica o afetam mais incisivamente a extens o com 3 O enfoque Triple Bottom Line TBL para sustentabilidade aplicada em organiza es de Elkington 1999 resgata os
186. el depende de processos de aprendizado coletivo destacando se o aprendizado organizacional cont nuo de todos os componentes do ecossistema gestores das redes pesquisadores empresas demandantes de tecnologias e institui es de governo As teorias apresentadas sugerem a es no sentido de aprimorar a intera o e o ali nhamento entre os diversos componentes atuantes nos arranjos multiorganizacionais Essas sugest es alinham se ao conceito de ecossistemas organizacionais Kay et al 1999 sistemas complexos formados de atores heterog neos nos quais as mudan as para um estado desej vel prescindem de a es de coordena o Contudo o conceito de ecossistemas organizacionais vai al m ao caracterizar tais sistemas como sistemas auto organizativos onde o aprendizado adaptativo de todos os envolvidos permite lidar com mudan as constantes tanto dos componentes como do ambiente no qual o ecossistema est inserido Tal aprendizado representa a mudan a de um esquema 14 Um estudo que aponta esses problemas no INCT NAMITEC Instituto Nacional de Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletr nico est em Azevedo Bueno e Silveira 2011 GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 75 de gerenciamento antecipat rio e centralizado para um esquema de gerenciamento adaptativo e com participa o mais ampla nos processos de decis o participat rio Por fim o desenvolvimento desse cap tulo sugere alguns temas d
187. ento dos atores o que resulta na impossibili dade de realizar um gerenciamento antecipat rio capaz de prever as consequ ncias das decis es A solu o apresentada por Kay et al 1999 utilizar esquemas de geren ciamento que considerem as possibilidades dos sistemas complexos caracterizando os seguintes elementos 1 Os atores e seus contextos 2 as caracter sticas hier rquicas do sistema 3 os atratores que delimitam a rbita do sistema e como os atores reagem a esses atratores 4 as entradas e sa das de informa es e recursos que organizam o ecossistema em torno dos atratores tanto em termos de atra o como de repuls o Com esses conceitos em mente os autores prop em um manual para o plane jamento e gerenciamento de ecossistemas organizacionais composto por etapas de a o divididas em sub tarefas Quadro 2 na pr xima p gina A abordagem participat ria dos ecossistemas organizacionais Balloni et al 2011 sugere seis caracter sticas com a fun o de orientar o gerenciamento desses arranjos 1 dissemina o aberta e lateral de compet ncias estimulando se seu compartilha mento 2 liberdade para manifestar opini es contr rias em qualquer n vel hier r quico 3 intera es f sicas frequentes entre os componentes 4 transforma o de co nhecimento t cito em conhecimento expl cito 5 mecanismos de suporte formais e informais para o ecossistema 6 adapta es orientadas pela sustentabilidade
188. er aberto dos clusters conside rando os arranjos que se formam em torno de fontes de conhecimento formando se em reas especificamente localizadas mas interagindo com outras fontes de conheci mento nos n veis regional nacional e internacional o que facilitado pelas Tecnologias de Informa o e Comunica o TICs As vantagens desses arranjos residem na capa GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 69 cidade de atrair novas fontes de aprendizado como investimentos de novas empresas recursos financeiros de investidores como venture capital recursos humanos qualifica dos e conhecimento mais ou menos formalizado A cr tica de Hamdouch 2008 a essa abordagem a dificuldade de se trocar conhecimento t cito em redes eletr nicas uma vez que para os autores essas trocas requerem proximidade espacial e intera o f sica criando se uma identidade geogr fica que baseia rela es de confian a 2 4 H lices triplas O conceito de h lice tripla um modelo de explica o do processo de inova o mul tiorganizacional apresentado em 1995 por Henry Etzkowitz e Loet Leydesdorf no ar tigo The Triple Helix of University Industry Government Relations A Laboratory for Knowledge Based Economic Development Leydesdorf e Etzkowitz 1996 O modelo destaca o papel da universidade como o agente central do processo inovativo em eco nomias intensivas em conhecimento papel esse induzido por inova es ins
189. era o de diversas organiza es e agentes Kline e Rosenberg 1986 que em seu conjunto ge ram e difundem as inova es sendo por isso da maior import ncia as configura es estruturais dos arranjos multiorganizacionais Saviotti 1997 Assim para que uma inven o se torne uma inova o necess ria a participa o de diversas institui es de maneira geral p blicas privadas e do terceiro setor de cuja intera o surgem as condi es necess rias para a gera o de inova es A tecnologia raramente criada e comercializada inteiramente por meio das a es de algum cientista engenheiro ou empreendedor individualmente ou atrav s de pesquisa com abund ncia de recursos e grupos bem organizados em firmas de pesquisa Ao inv s disso a gera o formula o e difus o dependem de intera es complexas entre indi v duos e grupos de pessoas nas organiza es baseadas em pesquisa e ci ncia firmas atuando como vendedores clientes parceiros e competidores e as demandas sempre em mudan a de governos no papel de clientes individuais e reguladores Dodgson 1993 IX tradu o do autor Segundo a concep o evolucionista o processo inovativo uma atividade coletiva onde institui es variadas e dotadas de compet ncias pr prias participam de um pro cesso de aprendizado onde ativos e compet ncias complementares s o colocados em contato o que exige a exist ncia de toda uma infraestrutura de institui es
190. erentes combust veis e fontes de energia el trica que comp em a matriz energ tica do local onde o processo ocorre Igualmente importantes s o os dados de efici ncia relativos aos processos de convers o e distribui o energ ticas e as entradas e sa das associadas gera o e uso da energia 2 2 3 ALOCA O DE FLUXOS DE ENTRADA E SA DA maioria dos processos indus triais fornece mais de um produto final gerando paralelamente produtos intermedi rios descartes etc Determinar dentro de um processo de fabrica o por exemplo o quanto de insumo ou energia foi utilizado para um produto espec fico n o uma quest o de f cil resposta e muitas vezes somente poder ser resolvida alocando os fluxos em rela o ao produto alvo da avalia o Os processos de aloca o podem ser feitos em rela o massa ao valor econ mico ou ao conte do energ tico do produto No caso de uma aloca o por massa por exemplo em um processo P1 no qual as sa das s o os produtos A e B o produto que tiver maior massa ser responsabilizado por maior parte dos impactos ambientais causados pelo processo P1 2 3 Etapa 3 Avalia o do impacto ambiental do ciclo de vida AICV Esta etapa tem como objetivo estudar o quanto s o significativos os impactos ambien tais potenciais do ciclo de vida de um produto utilizando se os resultados do ICV da etapa anterior Em geral esse processo envolve a associa o dos dados do invent rio
191. eri dicos Em contraposi o as estruturas sociais informais n o s o explicitadas ou prescritas pelas organiza es e baseiam se em intera es que dependem dos atributos pessoais dos participantes que fazem escolhas volunt rias 84 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 que o indiv duo aprende e internaliza as regras que envolvem o contexto social e orga nizacional Os trabalhos que analisam as redes informais intraorganizacionais tais como os de Cross e Prusak 2002 e Silva 2003 t m em comum a vis o de que as redes informais s o ferramentas invis veis e poderosas para os gestores da inova o Nessa perspectiva entende se que o conhecimento inerente s pessoas mas sua transmiss o decorre da aplica o de mecanismos para compartilhamento aqui poss vel destacar o papel das ferramentas colaborativas e portais corporativos que d o suporte Gest o do Conhecimento O que de fato novo a maneira como as redes e ou rela es informais est o sendo estabelecidas ou seja quais padr es de comunica o s o utilizados Os canais e ou redes sociais informais inclusive as mediadas por computador mostram se muito efi cientes na perspectiva da intera o entre a fonte e os usu rios da informa o Possibi litam por exemplo os pesquisadores descobrirem mais rapidamente se est o tratando dos mesmos problemas e se os assuntos abordados s o de interesse m tuo permitem aos pesquisador
192. es e o aquecimento global provocado pelo efeito estufa Ficam evidentes as semelhan as nesses dois eventos como destacado na se o anterior as decis es s o tomadas quase sempre para atender aos interesses de poucos grupos econ micos poderosos em detrimento de toda a sociedade muitas vezes de maneira c nica e agressiva ao bom senso como nesses dois casos e em v rios outros que assistimos diariamente no Brasil e no mundo Os recursos naturais e os ecossistemas que se constituem em um bem de toda a humanidade v m sendo agredidos e dilapidados h d cadas com a coniv ncia dos governantes em favor dos lucros econ micos de alguns poucos uma situa o mui to semelhante ao mau uso que se faria se perdidos em uma embarca o em alto mar alguns poucos utilizassem de forma indiscriminada a provis o da gua e de alimen tos necess ria para a sobreviv ncia de todos Os grupos e as pessoas que denunciam esta situa o h d cadas como o Greenpe ace por exemplo s o desqualificados e considerados como rom nticos e exc ntricos Mas felizmente hoje j existe um grande n mero de movimentos e obras v deos filmes livros estudos e palestras mostrando os equ vocos premeditados ou n o dos modelos atuais e propondo alternativas vi veis A seguir iremos destacar alguns aspectos que nos parecem mais importantes no contexto dos dois volumes deste trabalho cuja nfase a gest o da sustentabilidade em sistemas organiz
193. es sentidos de acordo com as modifica es e ou novas tend ncias no meio institucional tais como as regu la es ambientais Essa busca segundo Nelson e Winter 1982 s encontra o seu fim quando selecionada a nova tecnologia a ditar o processo produtivo orientando assim o sucesso ou fracasso na adapta o das empresas ao cen rio que est o sendo inseridas Inicialmente apesar do processo de inova o ser motivado pelo car ter compuls rio da regula o ambiental o que no curto prazo acarreta aumento dos custos num segundo momento as decis es empresariais relacionadas inova o ambiental deixam de ser movidas somente por medidas coercitivas adotando se uma postura pr ativa que busca aliar a adequa o regula o com ganhos econ micos Ou seja as decis es empresariais passam a explorar as oportunidades tecnol gicas ambientais que podem gerar potenciais ganhos em estrat gias concorrenciais Romeiro amp Salles Filho 1999 Dentre as compensa es econ micas salientam se a maior efici ncia produtiva a economia de materiais e de energia a diminui o no n mero de paralisa es devido ao aumento de atividades de monitoramento e manuten o o aproveitamento de sub produtos e res duos a redu o do desperd cio e de custos de manuseio e armazena mento o aumento na seguran a melhorias no produto com possibilidade de sobre pre o e atua o em novos mercados Ansanelli 2008 Os tipos de inova es
194. es tamb m uma especula o mais livre sobre a pesquisa que est o re alizando os caminhos mais produtivos e seus respectivos sucessos e fracassos Garvey e Griffth 1967 Ao planejar as atividades inovativas importante que as institui es fiquem aten tas s caracter sticas dos usu rios da informa o especialmente a transmitida por meios informais As diferen as entre os perfis de profissionais por exemplo se o pro fissional exerce cargo gerencial ou um cientista cujas atividades s o exclusivamente voltadas para o ambiente laboratorial em geral t m implica es diferenciadas para os interessados na troca de informa es O fator mais relevante quando se observa a comunica o tecno cient fica veiculada pelos canais e ou redes sociais informais 6 Para Silveira 2006 a difus o e a assimila o do conhecimento em qualquer rea da ci ncia sup em a disponibilidade de informa es e a necessidade de organiz las para ent o poder se apropriar das mesmas Conforme destaca a gera o dissemina o codifica o compartilhamento e uso do conhe cimento n o s o algo trivial e f cil de ser implementado na medida em que envolve m ltiplos atores e diversos aspectos ligados subjetividade do indiv duo Compartilhar conhecimento sobretudo se for t cito ao mesmo tempo em que se constitui como etapa cr tica para a cria o do conhecimento individual e organizacional tamb m envolve uma s rie de di
195. esenvolver sua pr pria linha de produtos constitui um forte est mulo para o crescimento da capacidade local de design de chips Esta din mica se d em compasso com a crescente especializa o de empresas de projeto e a crescente distribui o pelo mundo das empresas especiali zadas na engenharia do produto final e na engenharia de projeto dos sistemas em chip Bampi 2008 2009 86 Desta forma existem duas formas de governan a que estabelecem a inter rela es entre a cadeia de produ o da ind stria de semicondutores com o complexo das in d strias de eletroeletr nicos a chamada buyer driven commodity chain e a producer driven commodity chain No primeiro caso a coordena o conduzida pelo comprador e representada pela ind stria de bens finais cliente da ind stria eletroeletr nica e que dirige as rela es de poder e imp e suas demandas a esta ind stria No segundo caso representado pela Intel por exemplo a coordena o conduzida pelo produtor do componente neces s rio ao produtor de bens s demais empresas localizadas jusante da cadeia Gereffi 1994 apud Kronmeyer Filho et al 2004 3652 A crescente e acelerada din mica de inova o da ind stria de semicondutores re quer a constante intera o entre as equipes de projeto fabrica o e encapsulamento voltadas produ o de chips para os bens finais Desta forma a coopera o entre diferentes etapas e atores da cadeia de produ o
196. esquisa e da Inova o GEOPI Tem como linhas de pesquisa a economia o planeja mento e a gest o de ci ncia tecnologia e inova o 12 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 fio maior para o planejamento e a gest o N o bastasse isto este desafio vem acompa nhado de contornos polim rficos relacionados sustentabilidade N o basta inovar preciso faz lo atendendo a um mundo cambiante de valores e preocupa es Na verdade os contornos da sustentabilidade acabam definindo rumos e tend ncias que permeiam todos os setores Dos segmentos mais tradicionais aos mais contem por neos dos mais bvios aos nem tanto Automobil stica petroqu mica e siderurgia com seus problemas ambientais intr nsecos mas tamb m eletr nica de consumo sof twares e literatura t m agenda sustent vel pela frente Em alguns casos inova o est se tornando sin nimo de busca de solu es sustent veis O livro que o leitor ora aprecia entra no mar agitado destes temas e coloca uma perspectiva desafiadora para a gest o da inova o na ind stria eletr nica com aten o naquilo que os autores chamam do triple bottom line da sustentabilidade as dimens es econ mica social e ambiental Seu ponto de partida a no o de que os ambientes inovadores operam como ecossistemas e como tal exigem modelos com plexos de organiza o e gest o Mais que isto esses ambientes t m crescentemente diretrizes sustent veis De
197. essas redes requerem grandes esfor os de coordena o que se tor nam ainda mais complexos com a globaliza o das atividades de P amp D criando novos problemas de governan a como gerenciamento de riscos gerenciamento de recursos financeiros e regimes de apropriabilidade A efici ncia dos arranjos para os autores depende de normas e procedimentos que as empresas aceitam e implementam tor nando poss vel que essas empresas gerenciem as atividades colaborativas de inova o explorem suas vantagens e regulem riscos e custos associados 2 2 Sistemas de Inova o Cassiolato e Lastres 2005 conceituam um sistema de inova o como um conjunto de institui es distintas que contribuem para o desenvolvimento da capacidade de inova o e aprendizado de um pa s regi o setor ou localidade afetando os rumos de 66 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 seu desenvolvimento Constituem se de elementos e rela es que interagem na pro du o difus o e uso do conhecimento A ideia b sica do conceito de sistemas de ino va o que o desempenho inovativo depende n o apenas do desempenho de empre sas e organiza es de ensino e pesquisa mas tamb m de como elas interagem entre si e com v rios outros atores Depende tamb m de como as institui es incluindo se a as pol ticas de C T amp I afetam o desenvolvimento dos sistemas Entende se deste modo que os processos de inova o que ocorrem no mbito
198. existentes hoje no pa s significam um avan o na rea de microeletr nica considerando a situa o do pais no in cio da d cada 90 Por m todos os entrevistados consideram que estes avan os s o bastante t midos diante do atraso do Brasil nesta rea Segundo o depoimento de um dos especialistas existe uma in rcia grande para ser vencida e a for a pouca diante do atraso tecnol gico do Brasil Pode se dizer que se despertou para a possibilidade de se fazer circuito integrado no Brasil no entanto afirma se que estamos distante de uma efe tiva pol tica industrial de Estado Os entrevistados tamb m afirmaram que desde a formula o do PNM em 2002 os avan os do marco regulat rio para se internalizar a ind stria de microeletr nica foram realizados Por m acrescentaram que estas pol ticas est o dispersas entre os diversos institutos e rg os do governo al m de existir uma grande burocracia para a obten o de recursos Questionados sobre as pol ticas de forma o e capacita o de recursos humanos os entrevistados argumentaram que os resultados dos Programas CI Brasil e o INCT Na mitec mostram um esfor o neste sentido Por m os especialistas argumentaram que existe a necessidade de formar recursos humanos de maneira alinhada com a forma o do ensino t cnico gradua o p s gradua o e Centros de Treinamentos do Pro grama ClI Brasil Atualmente a maioria dos programas de gradua o n o apresenta
199. ez amp Mendes 2009 Outro grupo de empresas atuantes na cadeia produtiva de circuitos integrados s o as empresas de ATS Assembly e Test Services que realizam a ltima etapa do processo de produ o back end dos chips em atividades relacionadas ao encapsulamento e tes tes finais Essas empresas representam uma parcela menor na agrega o de valor aos semicondutores e t m como principais clientes as IDMs e as fabless Carvalho 2006 Nos anos 90 a especializa o entre os elos da cadeia de produ o se ampliou ainda mais na ind stria de semicondutores surgindo ent o as empresas chipless especiali zadas na comercializa o dos direitos de propriedade intelectual dos semiconduto res tecnologias arquiteturas softwares e projeto dos circuitos e comercializa o de bibliotecas de solu es tecnol gicas espec ficas Carvalho 2006 Estas empresas de propriedade intelectual em sil cio SIP desenvolvem c lulas de projetos chamados IP cores e as licenciam ou vendem a terceiros como IDMs empresas fabless ou ainda design houses podendo ser remuneradas por meio de royalties ou outras formas de pagamento Gutierrez amp Mendes 2009 Esta permanente reconfigura o da organiza o produtiva das empresas envolvi das na produ o de semicondutores uma evid ncia do seu alto dinamismo com plexidade tecnol gica e do crescimento do setor j que novas demandas por servi os surgem continuamente bem como novos ofer
200. facilidades e recursos entre insti tui es cient ficas e empresas Promo o de interc mbio e colabora o cient fica com outros centros p los e empresas do Brasil e do exterior Incentivo para a capta o e a absor o externa de tecnologias e ao estabeleci mento de joint ventures em torno de produtos tecnologias e seu desenvolvimento cooperativo e Estabelecimento de n cleos de controle e certifica o de qualidade de produ tos como parte intr nseca de uma a o permanente de promo o da qualidade como base de estrat gias de marketing de um conjunto de empresas de base tecnol gica Enr quez 2001 10 Em suma em um SLI o processo de inova o depende da capacidade da rede de institui es envolvidas em atividades coletivas de gera o absor o e incorpora o de conhecimentos cient ficos tecnol gicos e mercadol gicos em produtos visando ampliar sua competitividade Nesse ambiente os parques cient ficos e tecnol gicos t m papel estrat gico tanto pela sua composi o f sica delimita o de um espa o urbano e aproxima o de empresas afins quanto por comportar mecanismos de interc mbio e coopera o institucional parceria e apoio gt 2 O Sistema Local de Inova o de Campinas um ecossistema prop cio inova o A regi o de Campinas um polo de P D amp I reconhecido nacional e internacionalmente resultado da concentra o de empresas inovadoras proporcionalmente superior
201. ficuldades inerentes considerando que tal processo altamente dependente da intera o entre pessoas e requer confian a para ser implementado 7 Entendendo que o processamento das informa es a ess ncia da atividade cient fica e tecnol gica Ara jo 1979 classifica os usu rios da informa o em dois grupos os cientistas e os tecnologistas engenheiros O principal objetivo dos cientistas obter a valida o de suas ideias atrav s do reconhe cimento de sua compet ncia utilizando a publica o de trabalhos cient ficos que um canal formal No entanto atrav s dos canais informais os cientistas discutem seus trabalhos adquirindo solu es e divulgando suas pesquisas J o objetivo do tecnologista solucionar problemas da institui o a que pertencem Os tecnologistas precisam de acesso a informa o para entender e formular os problemas t cnicos e acessar informa es de fontes externas ou internas para desenvolver solu es As rela es informais principalmente as de troca de experi ncias s o muito importantes para a coleta dos dados e informa es teis tanto para os cientistas como para os tecnologistas A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 85 o tempo de dissemina o da informa o que na maioria das vezes se inicia antes mesmo do in cio do projeto Ara jo 1979 e Ara jo e Freire 1996 A velocidade na dissemina o de informa es para Ar
202. fissional recursos financeiros financiamentos mer cados bem como artefatos equipamentos cient ficos e tecnol gicos Callon 1995 prop e uma tipifica o que diferencia redes convergentes de redes divergentes uma rede convergente aquela onde os atores apresentam consenso sobre as a es a serem realizadas por exemplo quais tecnologias adotar j uma rede divergente aquela na qual n o existe um consenso estabelecido sobre as a es a serem tomadas coexistin do diferentes op es de a o que dificultam o alinhamento entre os atores Em geral as redes convergentes est o constru das em torno de tecnologias com trajet rias bem estabelecidas j as redes divergentes s o t picas de novas tecnologias sobre as quais existem grandes incertezas sobre a trajet ria a ser seguida exigindo um processo mais intenso de negocia o entre os atores atrav s da troca de intermedi rios o que torna a transfer ncia de tecnologia um processo complexo e incerto Corallo e Protopapa 2007 remetem o conceito de redes de inova o aos estudos de Manuel Castells organizados no livro The Rise of the Network Society de 1996 Di ferente da concep o de Callon Castells considera a empresa privada o locus central das redes de transfer ncia de tecnologia para a inova o Essas redes nada mais s o que uma forma de organiza o adequada a ambientes com alto grau de incerteza nos quais necess rio mudar de uma estrutura de governan a
203. foque triple bot tom line Portanto imperioso que os processos de inova o sejam conduzidos sob a tima de princ pios sustent veis o que inclui o uso de tecnologias verdes log stica reversa consumo consciente entre outros gt 3 Sociedade saud vel economia sustent vel O lan amento em 1962 do livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson conside rado por muitos um marco para o entendimento das inter rela es entre economia meio ambiente e as quest es sociais Mas foi em 1999 atrav s do livro Cannibals with forks de Elkington que se consolidou a ideia de uma abrang ncia ainda maior para o conceito de sustentabilidade integrando dimens o ambiental as dimen s es econ mica e social no que ficou conhecido como trip da sustentabilidade ou enfoque dos 3P s das palavras inglesas Profit econ mico People social e Planet ambiental ou ainda enfoque triple bottom line O equil brio dos aspectos ambiental econ mico e social que est ilustrado na Figura 2 no nosso entender o fundamento para que sejam efetivamente alcan a dos os necess rios modelos de desenvolvimento sustent vel Isso porque a sustenta bilidade com enfoque triple bottom line do ponto de vista socioecon mico o estado que proporciona os melhores ganhos sist micos a m dio e longo prazos em fun o 36 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 das melhores condi es para o uso racional
204. foram promovidos tr s pain is de discuss o envolvendo aproxima damente duzentos profissionais de setenta diferentes institui es empresariais da academia e governamentais incluindo cinco minist rios ABDI Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria ANVISA Ag ncia de Promo o de Exporta es APEX BN DES Financiadora de Estudos e Projetos FINEP e Instituto Nacional de Metrologia Normaliza o e Qualidade Industrial INMETRO GEST O DA SUSTENTABILIDADE EM ECOSSISTEMA ORGANIZACIONAL 197 O primeiro painel de discuss o foi realizado em mar o de 2010 na cidade de Cam pinas SP com cento e vinte profissionais de cinquenta e tr s diferentes institui es p blicas e privadas A programa o incluiu um resumo dos resultados do estudo ex plorat rio a apresenta o das propostas para o projeto seguida por uma plen ria para an lise dessas propostas O segundo painel foi realizado em maio de 2010 na cidade de Bras lia DF com quinze profissionais de quatro Minist rios Ci ncia e Tecnologia Desenvolvimento Ind stria e Com rcio Meio Ambiente Planejamento Or amento e Gest o e de tr s institui es governamentais FINEP INMETRO e IBICT Instituto Brasileiro de In forma o em C amp T O terceiro painel foi realizado em junho de 2010 em S o Paulo SP com cinquenta e dois profissionais do setor produtivo IEPs minist rios e outras institui es p blicas 6 2 Planejamento e inicia o do Projeto Pilo
205. futuro como clama Acktouf Neste novo enfoque devem ser buscados novos conhecimentos alinhados com uma vis o na qual administrar seja conduzir atividades integradas e interdependentes destinadas a combinar meios finan ceiros humanos materiais etc para produzir produtos economicamente e socialmente teis e rent veis Acktouf 1996 25 Essa ruptura com os modelos gerenciais tradicionais v m sendo implantada com sucesso em diversas organiza es Mas provavelmente ainda teremos alguns anos antes que a ruptura das rupturas ocorra isto uma mudan a fundamental de men talidade nos neg cios em dois aspectos centrais e inextricavelmente inter relaciona dos os dirigentes verem trabalhadores como parceiros e n o recursos e por sua vez os sindicatos abandonarem a postura defensiva adotando a estrat gia da parceria 4 2 Desafios para a Sustentabilidade Organizacional O enfoque triple bottom line para sustentabilidade aplicado no mbito das organi za es resgata os princ pios subjacentes a uma gest o de excel ncia na medida em que introduz a necessidade de pensar a organiza o de forma hol stica equilibrada e respons vel A sustentabilidade organizacional pressup e o equil brio no atendimento dos inte resses e das necessidades de todos os stakeholders da organiza o clientes propriet rios fornecedores funcion rios e a sociedade como um todo nos seus v rios estratos comunidade circundante
206. gera es futuras Para harmonizar tantos interesses e necessidades alguns potencialmente conflitan tes entendemos que a melhor maneira para se conseguir a sustentabilidade de uma organiza o ao longo do tempo atrav s da implanta o de sistemas organizacionais desenvolvidos com base no princ pio do bem comum Bem comum um termo utilizado em v rios contextos podendo ser entendido como o fim a ser atingido pela sociedade humana No contexto organizacional pro pomos a seguinte conceitua o deste princ pio importante para se alcan ar a sustenta bilidade organizacional Bem comum um estado organizacional no qual os principais objetivos e necessidades de cada uma das partes da organiza o s o atendidos de modo equilibrado tendo como pro p sito maior o desenvolvimento sustent vel da pr pria organiza o ao longo do tempo Essa conceitua o proposta nos parece fornecer crit rios objetivos necess rios para nortear a gest o estrat gica da organiza o em busca de sustentabilidade ao longo do tempo permitindo o uso de uma s rie de m todos estruturados j dispon veis na lite ratura como a an lise SWOT Strengths Weaknesses Opportunities Threats Threats o m todo balanced scorecard ferramentas para gestao de stakeholders entre outros O bem comum deve ser o crit rio maior na maioria das vezes um crit rio abso luto para tomada de decis o Esse princ pio tem uma rela
207. gia da Informa o Renato Archer CTT unidade de pesquisa diretamente ligada ao Minist rio da Ci ncia Tec nologia e Inova o MCTI localizada em Campinas SP Alinhado com a miss o do CTI o GAIA foi concebido para auxiliar a viabiliza o da ind stria eletr nica no Brasil bem como de outros setores intensivos em tecno logia atuando em iniciativas como a Rede de Tecnologia e Servi os de Qualifica o e Certifica o em Tecnologia da Informa o Rede TSQC o Instituto Nacional de Ci ncia e Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletr nicos INCT NAMITEC entre outras a es relevantes como as conduzidas junto Associa o Brasileira da Ind s tria de Artigos e Equipamentos M dicos Odontol gicos Hospitalares e de Labora t rios ABIMO Um dos objetivos estrat gicos do GATA disseminar informa es de interesse para os seus p blicos alvo raz o de ser dos dois volumes desta s rie Gest o da Sustenta bilidade Organizacional Neste primeiro volume os textos est o focados em quest es relativas a ecossistemas organizacionais O segundo volume intitulado Gest o da Sustentabilidade Organizacional Inova o aprendizagem e capital humano para a excel ncia foca quest es relacionadas com o gerenciamento da inova o da aprendi zagem e do capital humano nas organiza es A proposta desses dois volumes registrar alguns dos v rios temas que foram abor dados nas palestras realizadas nos anos de
208. gia organizacional Aplica o ao estudo comparativo de estrat gias em ind strias In ANPAD Encontro para Estudos de Estrat gia 2003 Curitiba Anais do Encontro para Estudos de Estrat gia da ANPAD 2003 p 1 16 Modelo para sistemas da qualidade como base da estrat gia competitiva Universidade Estadual de Campinas FEM Tese Doutorado 1999 SILVEIRA M A GARDESANI R BUENO A K S Supply and Reverse Supply Chains in the Brazilian Electro Medical Equipment Industry A Multiple Case Study for Compliance with WEEE and RoHS Directives In APMS 2010 International Conference 2010 Como Italia APMS 2010 2010 SLACK N CHAMBERS S JOHSTON R Administra o da Produ o S o Paulo Atlas 2007 SOARES W L Uso dos agrot xicos e seus impactos sa de e ao ambiente Uma avalia o inte grada entre a economia a sa de p blica a ecologia e a agricultura Funda o Osvaldo Cruz FIOCRUZ Tese Doutorado 2010 SVEIBY K E A nova riqueza das organiza es Rio de Janeiro Campus 1998 TIDD J BESSANT J PAVITT K Managing innovation Integrating technological market and organizational change John Wiley amp Sons 1997 CAP TULO 2 Gest o de arranjos multiorganizacionais para a inova o a contribui o do conceito de ecossistemas organizacionais Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo gt Introdu o FRENTE INTENSA CONCORR NCIA nos mercados das ind strias de alto dinamis mo tecn
209. h es no mesmo ano Bampi 2008 2009 83 Se considerarmos os indicadores de emprego e produ o contribu ram 326 empresas fabricantes de material eletr nico b sico com a ocupa o de aproximadamente 16 mil pessoas Daquelas empresas apenas 50 s o associadas ABINEE e 11 destas s o empresas com mais de 500 empregados Acresce ainda que as empresas que atuam no segmento dos componentes tecnologicamente mais di n micos os componentes semicondutores s o em n mero inexpressivo da ordem de cinco empresas industriais apenas A grande maioria das empresas produz componen tes eletr nicos passivos componentes el tricos componentes pticos especializados e 1 Os componentes eletr nicos est o organizados em cinco categorias a Circuitos integrados baseados em semicondutores b Componentes semicondutores discretos diodos e transistores inclusive os foto emissores e fotodetectores c Componentes passivos resistores capacitores e indutores discretos d Mostradores cinesc pios v lvulas mostradores do tipo LCD displays a plasma eletroluminescentes e Outros circuitos impressos componentes submontados etc No caso dos componentes n o semicondu tores a etapa de design do sistema simples que n o requer investimentos significativos por ser muito menos onerosa e complexa do que a dos componentes circuitos integrados Bampi 2008 2009 Vale acrescentar que os componentes discretos t m mercado pr p
210. humanidade e da natureza Suas origens remontam a Arist teles com a sua no o de que as coisas servem a um prop sito O termo teleologia foi empregado no s culo dezoito com o fim de exprimir o modo de explica o baseado em causa final diferentemente do modo de explica o baseado em causas eficientes Apelamos para a causa final ou teleol gica quando ante uma entidade ou processo perguntamos para qu INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 51 Este capitulo bem como todo o livro e o segundo volume desta s rie busca con tribuir para essas reflex es e principalmente para a busca de solu es como aquelas que foram citadas no in cio do cap tulo Nos pr ximos cap tulos deste primeiro volume ser o abordadas quest es relativas gest o da C amp T amp I em ecossistemas organizacionais colaborativos nos cap tulos 2 4 e 5 pol ticas governamentais para apoiar o desenvolvimento da ind stria capi tulo 6 e quest es relativas ao uso das redes sociais um novo instrumento pol tico e corporativo da nova sociedade cap tulo 3 Os cap tulos 7 e 8 apresentam novas abordagens e t cnicas visando sustentabilidade da ind stria eletr nica sendo que no cap tulo 9 apresentado um caso real da aplica o integrada de v rias da meto dologias aqui comentadas em apoio sustentabilidade do setor brasileiro de equipa mentos eletrom dicos gt REFER NCIAS AKTOUE O A Administra o entre a tradi
211. i A es Poss veis exemplos Dar nfase nas comunica es sobre a conformidade do PP aos requisitos ambientais Explorar mercados de produtos Manuten o do Pre o do Produto Diminui o da Margem de Lucro Unit ria Aumento do Volume de Vendas verdes para venda do PP Manter a lucratividade ap s a adequa o do PP aos requisitos RoHS WEE PNRS e Implantar inova es no PP Aumento do Pre o do Produto que aumentem os benef cios Manuten o da Margem de Lucro percebidos pelo cliente Unit ria Manuten o do Volume e Agregar servi os ao PP que de Vendas aumentem os benef cios percebidos pelo cliente 6 4 Gerenciamento das mudan as nas EPs e no ecossistema do Setor de E E Tendo como base o prop sito global deste projeto foram estabelecidos tr s objetivos organizacionais para as EPs a adequar o PP aos requisitos RoHS WEEE e PNRS b manter o n vel de competitividade das empresas c apoiar a consolida o de uma estrat gia de neg cios baseada em inova es A consecu o desses tr s objetivos requer uma s rie de mudan as em cada EP E como discutido na se o 3 4 o gerenciamento da implanta o de mudan as organi zacionais pode ser facilitado atrav s da identifica o das altera es necess rias na rede de processos da organiza o alvo As altera es na rede de processos de cada EP ir o requerer o desenvolvimento de tr s processos organizacionais aq
212. ica da inova o em organiza es Proposta de um modelo com enfoque sist mico In XXIII Simp sio de Gest o da Inova o Tecnol gica 2004 Curitiba XXIII Simp sio de gest o da Inova o Tecnol gica 2004 p 4279 4294 Gest o integrada do capital intelectual Sustentabilidade do setor de equipamentos eletro m dicos do Brasil Documento interno Dispon vel em HTTP www cti gov br gaia 2009 M todo para avalia o de estrat gia organizacional Aplica o ao estudo comparativo de estrat gias em ind strias In ANPAD Encontro para Estudos de Estrat gia 2003 Curi tiba Anais do Encontro para Estudos de Estrat gia da ANPAD 2003 p 1 16 Modelo para sistemas da qualidade como base da estrat gia competitiva Universidade Estadual de Campinas FEM Tese Doutorado 1999 SILVEIRA M A GARDESANI R BUENO A K S Supply and Reverse Supply Chains in the Brazilian Electro Medical Equipment Industry A Multiple Case Study for Compliance with WEEE and RoHS Directives In APMS 2010 International Conference 2010 Como It lia APMS 2010 2010 SLACK N CHAMBERS S JOHSTON R Administra o da Produ o S o Paulo Atlas 2007 SVEIBY K E A nova riqueza das organiza es Rio de Janeiro Campus 1998 TIDD J BESSANT J PAVITT K Managing innovation Integrating technological market and organizational change John Wiley amp Sons 1997
213. idade de se reproduzir indefinidamente at levar morte o pr prio sistema que a abriga No Clube de Roma nos anos de 1970 mostrava se que se continu ssemos crescen do exponencialmente os bens econ micos deveriam se multiplicar por 500 at 2 100 Por esse motivo as discuss es do Clube de Roma foram no sentido de propor n o a estagna o ou crescimento zero mas sim a no o de crescimento diferenciado e qualitativo um reajustamento do crescimento em escala mundial em busca do equi l brio e da recupera o progressiva dos mais necessitados Neste novo momento h de ser repensado o princ pio ainda dominante em pa ses comunidades e organiza es o interesse dos poucos pertencentes s classes domi 26 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 nantes se sobrepondo ao interesse comum A busca do bem comum entendido como um estado em que os interesses coletivos s o priorizados em rela o aos indi viduais sem deixar de contemplar as reais necessidades de todos os envolvidos est impl cita na no o de sustentabilidade Assim o que sempre foi apenas um ideal ut pico de pensadores religiosos e humanistas hoje deve ser tema central na agenda de todo l der consciente a busca do bem comum como caminho para um mundo eco nomicamente vi vel ambientalmente equilibrado e socialmente justo esse tema ser retomado na s tima se o deste cap tulo Isso pode soar num primeiro momen
214. iental Instituto de Econo mia Unicamp Campinas SP Dispon vel em www eco unicamp br projetos gestao_am biental gestaoambiental html Acesso em outubro de 2003 ROGERS D S TIBBEN LEMBKE R S Going backwards reverse logistics trends and prac tices University of Nevada Reno 1999 ROMEIRO A R SALLES FILHO S Din mica de inova es sob restri o ambiental In RO MEIRO A R REYDON B P LEONARDI M L A org Economia do meio ambiente teoria pol ticas e a gest o de espa os regionais Campinas Unicamp IE 1999 ROSE C M Design for environment a method for formulating product end of life strategies Dissertation Doctorate in Philosophy Department of Mechanical Engineering at Stan ford University Stanford 2000 175 p SAVIOTTI P P Innovation Systems and Evolutionary Theories In Edquist C ed Systems of Innovation Technologies Institutions and Organizations 1997 Pinter London pp 180 199 SCHISCKE K HAGELUKEN M STEFFENHAGEN G Introdu o s estrat gias de Ecode sign Porqu e Como Fraunhofer IZM Berlim Alemanha S D SILVA J S G HEEMANN A Eco concep o design tica e sustentabilidade ambiental I EN CONTRO DE SUSTENTABILIDADE EM PROJETOS DO VALE DO ITAJA 2007 TIGRE P B WANDERLEY A FERRAZ J C RUSH H Tecnologia e meio ambiente opor tunidades para a ind stria Rio de Janeiro Editora UFRJ 1994 TINGSTROM J KARLSSON R The relationship between en
215. iferen as de fuso hor rio Scott 1998 A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 89 2 1 Tipos de Portais Corporativos H diferentes tipos de portais corporativos dentre os quais Firestone 1999 distin gue quatro principais Portais de informa es empresariais Portais colaborativos que habilitam as equipes de trabalho a estabelecerem reas para a execu o de projetos virtuais ou comunidades de discuss o atrav s de ferramentas de colabora o Portais de especialistas que conectam pessoas com base em suas experi ncias interesses e informa es que precisam Portais do conhecimento que combinam todas as caracter sticas dos anterio res para prover conte do personalizado com base no perfil de cada usu rio Os portais de informa es empresariais podem se apresentar apenas como um canal de acesso integrado a todas as variedades de conte do o que pode demandar o suporte dos portais de especialistas e os portais do conhecimento pois pretendem prover apoio s v rias atividades dos usu rios Segundo Reynolds e Koulopoulos 1999 alguns aspectos merecem destaque na constru o e utiliza o de portais em fun o de seus objetivos Os portais voltados ao suporte decis o e ao acesso a dados estruturados nas suas aplica es d o maior nfase concep o do portal como de suporte a tarefas fluxo de dados colabora o impli cita e cria o e integra o de conhecimento Para
216. iferentes n veis de acesso usu rios com diferentes permiss es Banco de cases interativos permitindo tanto Upload quanto como downloads Blogs e f runs de discuss o 96 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Escolha do idioma pelo usu rio Indicadores dos conte dos mais bem avaliados Balc o virtual de solu es tecnol gicas espa o para intera es entre diversos agentes Upload de arquivos para usu rios autorizados Backup autom tico dos arquivos Compartilhamento de arquivos e co autoria de documentos atrav s do Google Docs Relat rio log de auditoria para controle detalhado das a es realizadas pelos usu rios inclus o altera o exclus o de conte do Estat sticas do site Gerenciamento de contatos exporta o de dados dos usu rios e parceiros cadastrados Fonte Cria o pr pria de mais agentes em torno dos debates realizados durante nos eventos presenciais ao mesmo tempo que um vetor de dissemina o das informa es veiculadas Um dos aspectos mais importantes do ambiente on line em quest o a inclus o de ferramen tas sociais visando a colabora o atrav s da forma o de comunidades de praticantes e interessados em inova o e em aspectos associados de Capital Humano e Intelectual Um primeiro conjunto de usu rios ser formado pelos pr prios palestrantes e partici pantes dos eventos estes em conjunto com a equi
217. ificam um aumento de custos e maiores barreiras entrada nos mer cados globais por outro trazem a oportunidade de atualiza o tecnol gica e organi zacional das empresas que podem se adaptar a padr es de excel ncia em termos dos sistemas de gest o e tecnologias adotadas Seguir as exig ncias ambientais internacionais pode agravar um problema cr nico da ind stria eletr nica brasileira em rela o importa o de componentes que rara mente s o produzidos no pa s Ansanelli 2008 alerta para os riscos de depend ncia tecnol gica que a necessidade de adequa o regula o pode acarretar no caso ci tado de empresas brasileiras diretiva RoHS Como consequ ncia da falta de forne cedores adequados a competi o pode ser limitada sobretudo atrav s da exclus o de fornecedores pequenos e m dios menos concentrados ou da importa o via rela es matriz filial Ansanelli 2008 131 No entanto as mudan as trazidas pela regula o criam oportunidades de atuali 6 O estudo sobre tecnologias de REEEs mostra se estrat gico ao se considerar o baixo dom nio por empresas brasileiras de tecnologias ambientais de 107 empresas fornecedoras dessas tecnologias no Bra sil Tigre et al 1994 constataram que 32 eram de capital nacional e o restante de capital estrangeiro a maioria europ ia e norte americana GEST O DA CADEIA PRODUTIVA DE CICLO FECHADO EM EMPRESAS DO SETOR 179 za o tecnol gica e
218. ige uma aplica o espec fica que melhor se adapte e considere os aspectos e quest es particulares o que torna essas an lises complexas e custosas An lises de impacto causam controv rsias em parte porque envolvem julgamen AVALIA O DO CICLO DE VIDA COMO FERRAMENTA PARA SUSTENTABILIDADE 169 to de valor na compara o e estimativa de diferentes impactos onde pratica mente inevit vel a interfer ncia do fator subjetivo De acordo com Ribeiro et al 2003 os estudos eficientes de ACV devem apresen tar as seguintes caracter sticas a Permitir compara es diretas entre produtos Ser aplic vel e consistente para diferentes equipes de avalia o Abranger os est gios de ciclo de vida do produto ou processo bem como os aspectos ambientais relevantes definidos para o estudo Ser suficientemente simples para permitir avalia es relativamente r pidas e de baixo custo Nesse sentido necess rio ressaltar a depend ncia por bancos de dados de in vent rios de ICV regionais consistentes com a realidade ambiental da regi o onde ocorre cada fase do ciclo de vida do produto principalmente quanto s caracter sti cas da matriz de produ o energ tica processos de extra o e disponibilidade das mat rias primas A maior parte das bases de dados de invent rios de ciclo de vida ICV dispon veis atualmente descreve apenas as caracter sticas ambientais e tecnol gicas dos ciclos de vida dos produ
219. iliza o de Funcion rios Requisitos Mercado Neg cios Requisitos Requisitos WEEE ANVISA etc Proposta de Plano de A o Produto alvo Processos produtivos Gest o e ou Fornecedores Sim Implantar Plano de A o Produto Processos Gest o e ou Fornecedores Op is Sons x LAY prete meae ecodesign redesenho de Processo campanha de Marketing Figura 1 Sequenciamento das principais etapas do projeto piloto 200 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 a Assume se que os custos finais do PP ir o sofrer um aumento Considerando esse prov vel aumento de custos o lucro total associado ao PP poder ser mantido das seguintes maneiras a mantendo o pre o atual do produto mas aumentando o volume de ven das em um n vel que compense a diminui o da margem de lucro unit ria cen rio A e ou b mantendo a margem de lucro unit ria mas aumentando o valor agregado ao produto de modo a que o mercado possa absorver o aumento de pre o cen rio B O Quadro 2 resume os cen rios e as poss veis a es a serem adotadas visando compensar eventuais aumentos no custo final do produto Destaque se que cada EP poder optar por diferentes caminhos incluindo a ado o total ou parcial de a es previstas nos dois cen rios Quadro 2 Resumo das Estrat gias Poss veis para o Produto Alvo PP Objetivo Cen rios n o conflitantes entre s
220. ima p gina descreve os elementos da AICV 2 4 Etapa 4 Interpreta o do ciclo de vida e revis o cr tica dos resultados A interpreta o do ciclo de vida a etapa da ACV que considera as constata es da an lise de invent rio e da avalia o de impacto buscando fornecer resultados consis tentes com o objetivo e escopo definidos levando em conta as limita es do estudo realizado Essa etapa tamb m pode incluir o processo iterativo de rever e revisar o escopo da ACV assim como a natureza e qualidade dos dados coletados A etapa de interpreta o tamb m visa fornecer uma apresenta o compreens vel completa e consistente dos resultados fornecendo suporte as conclus es e recomen da es Dessa maneira a interpreta o fundamental para a elabora o de mudan as que incrementem a sustentabilidade de um determinado sistema de produ o Os resultados finais de uma ACV devem passar por uma revis o cr tica principal mente quando esses resultados v o se tornar p blicos e destinarem compara o entre diferentes sistemas uma vez que existe a possibilidade de que as conclus es do estudo afetem partes interessadas que s o externas aos envolvidos diretamente no estudo O processo de revis o cr tica deve verificar se a ACV atingiu os resultados deseja dos satisfazendo os requisitos da metodologia dados interpreta o e comunica o de forma consistente com os objetivos e escopo do estudo 168 GEST O DA
221. imento 2 Vale aqui destacar a diferen a entre site e portal O site qualquer uma das p ginas vistas iso ladamente que constitui a internet Tem fun o principal de organizar a informa o estruturando uma hierarquia para que todo o conte do seja entendido e acessado com facilidade J o portal funciona como centro aglomerador e distribuidor de tr fego para uma s rie de outros sites ou subsites internamente assim como subdom nios da empresa gestora externamente O portal mais do que um grande site um guarda chuva para diversos outros sites que podem ser tem ticos ou n o ex Portal Inova o e 82 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 partilhamento de informa es Dentre os diferentes tipos de portais corporativos os desenvolvidos com a finalidade de gerir conhecimento se destacam assim como as ferramentas colaborativas que a eles s o associadas Em linhas gerais os portais corporativos centrados na gest o conhecimento s o sistemas de software que por meio de uma plataforma de acesso unificada t m por finalidade prover de forma simples r pida e integrada o acesso s informa es es truturadas e n o estruturadas internas e externas s institui es Toledo 2002 Per mitem ainda a integra o com sistemas aplicativos para suporte s comunidades de profissionais que compartilham dos mesmos interesses J as ferramentas colabora tivas ganham import
222. ind stria pela legisla o ambiental incidente sobre as cadeias produtivas de equipamentos eletr nicos focando as novas oportunidades de neg cios trazidas pela legisla o especialmente em rela o ao gerenciamento dos Res duos de Equipamentos Eletroeletr nicos REEs Por fim o Cap tulo 9 Gest o da sustentabilidade em ecossis tema organizacional caso ilustrativo na ind stria eletr nica de autoria de Marco Anto nio Silveira descreve o trabalho que o GAIA e seus parceiros v m desenvolvendo para incrementar a sustentabilidade da ind stria eletr nica iniciado com um projeto piloto desenvolvido em nove empresas brasileiras produtoras de equipamentos eletrom dicos 1 A ind stria de eletrom dicos tema de diversos cap tulos deste livro pois o GAIA desenvolve atual mente um projeto piloto em parceria com a Associa o Brasileira da Ind stria de Artigos e Equipamen tos M dicos Odontol gicos Hospitalares e de Laborat rios ABIMO que visa capacitar nove empresas desse setor O projeto est detalhado no Cap tulo 9 Caso Ilustrativo de Gest o em Ecossistemas Projeto Piloto para Sustentabilidade da Ind stria Eletr nica APRESENTA O 19 com o objetivo de aprimorar os processos de gest o dessas empresas de modo a viabili zar a introdu o de tecnologias sustent veis Os organizadores do presente livro esperam que o conjunto da obra auxilie a dis cuss o sobre ferramentas organizacionais e tecnol gicas que p
223. iram manter ou conquistar os mercados mundiais 172 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 gt REFERENCIAS ABNT Gest o Ambiental Avalia o do ciclo de vida Princ pios e estrutura ABNT NBR ISO 14040 S o Paulo ABNT 21 de 05 de 2009 ABNT Gest o Ambiental Avalia o do Ciclo de Vida Requisitos e orienta es ABNT NBR ISO 14044 S o Paulo ABNT 2009 BONILLA S H et al The roles of cleaner production in susteinable development of modern societies an introduction to this special issue Article Journal of Clearner Production Amisterdam Elsevier 2010 Vol 18 pp 1 5 CALDEIRA PIRES A Abordagem do ciclo de vida no Brasil novos projetos Apresenta o In Semin rio avalia o do ciclo de vida e sustentabilidade na gest o da ind stria FIESP S o Paulo 29 09 2010 Dispon vel lt http www fiesp com br arquivos 2010 eventos_cur sos acv armando pdf gt Acesso em 17 10 2011 CHEHEBE J An lise do Ciclo de Vida de Produtos Ferramenta Gerencial da ISO 14000 Li vro Rio de Janeiro Qualitymark 2002 IPCC 2007 Climate Change 2007 Synthesis Report Contribution of Working Groups I H and III to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change IPCC Geneva Switzerland 104 pp KOPICKI R Berg M J Legg L Dasappa V and Maggioni C 1993 Reuse and Recycling Reverse Logistics Opportunities Oak Brook IL Council of Logistics M
224. is os requisitos am bientais dos produtos industriais S o Paulo Edusp 2002 MONT O TUKKER A Product Service Systems reviewing achievements and refining the research agenda Journal of Cleaner Production v 14 n 17 2006 pp 1451 1454 MULDER P RESCHKE C E KEMP R Evolutionary Theorising on Technological Change and Sustainable Development OCFEB Research Memorandum 9912 Environmental Po licy Economic Reform and Endogenous Technology working paper series 2 1999 NELSON R R WINTER S G An evolutionary theory of economic change Cambridge Be lknap Press of Harvard University Press 1982 PANASONIC CORPORATION Panasonic Establishes First Recycling Factory in Chinese Ma rket Global News Exclusive 30 05 2011 Dispon vel lt http news panasonic net archi ves 2011 0530 5431 html gt Acesso em 30 09 2011 PAWAR K BELTAGUI A RIEDEL J The PSO triangle designing product service and or ganization to create value International Journal of Operations amp Production Management 2009 V 29 N 5 pp 468 493 2009 POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS Lei 12 305 de 2 de agosto de 2010 Dispo 188 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 nivel em http www planalto gov br ccivil 03 atoz007 2010 2010 lei l12305 htm Acesso em 11 06 2011 REYDON B P CAVINI R A ESCOBAR H E FARIA H M 2003 A Competitividade verde enquanto estrat gia empresarial resolve o problema amb
225. isitos ambientais Mar lia T Mazon e Daniela da G e S V M de Moraes reeeeeererereeeerereesererereesererentes 173 Gest o da sustentabilidade em ecossistema organizacional caso ilustrativo na ind stria eletr nica Marco AMI OMIO SUVEIN A seia ss Hesse pondera E E EE basta RE Cubas asa 189 8 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 SOBRE OS AUTORES Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo Bacharel em Administra o P blica pela UNESP 1999 mestre 2005 e doutor 2010 em Pol tica Cient fica e Tecnol gica pela UNICAMP Atualmente pesquisador no Departamento de Tecnologias de Suporte Decis o do Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTT e coordenador acad mico do Grupo de Apoio Inova o e Aprendizagem em Sistemas Organizacionais GAIA Tem interesse nas reas de an lise e avalia o de pol ticas de ci ncia tecnologia e inova o e gest o de arranjos multiorganizacionais para a inova o Ana Karina da Silva Bueno Possui gradua o em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina 1998 e mestra do em Ci ncia Econ mica pela Universidade Estadual de Campinas 2004 Tem experi ncia na rea de Economia Fundi ria e do Meio Ambiente Ana L cia Vitale Torkomian Engenheira de Produ o pela Universidade Federal de S o Carlos UFSCar 1987 mestre 1992 e doutora 1997 em Administra o rea de Gest o de Ci ncia e Tecnologia pela Facul dade de E
226. isp em de instala es e equi pamentos para as etapas do processo de concep o desenho fabrica o e teste de circuitos integrados Nestes institutos de pesquisa foram criados dois Centros de Treinamentos o CT1 em Porto Alegre e o CT2 no CTI em Campinas No tocante cria o atra o das design houses no mbito deste programa foram criados sete centros de projetos de circuitos integrados Centro de Excel ncia em Tecnologia Eletr nica Avan ada Ceitec Centro de Pesquisa Renato Archer CTT Laborat rio de Sistemas Integr veis LSI TEC Cen tro de Ci ncia Tecnologia e Inova o do Polo Industrial de Manaus CT PIM Cen tro de Estudos e Sistemas Avan ados do Recife CESAR Laborat rio para Integra o de Circuitos e Sistemas LINCS do Centro para Tecnologias Estrat gicas do Nordeste CETENE e Centro de Pesquisas Avan adas Werher Von Braun Estes centros de pro jetos receberam recursos para aquisi o de equipamentos infraestrutura aquisi o de licen as de uso para as ferramentas de projetos de circuitos integrados Eletronic Design Automation EDA e tamb m bolsas de estudos para projetistas de circuitos integra dos Al m destes outros 15 centros de projetos entre empresas transnacionais e startups s o apoiados pelo programa CI Brasil Somando e interagindo com o Programa CI Brasil na forma o de recursos huma nos em n vel de gradua o e p s gradua o bastante representativa a atua o d
227. istemas Micro e Nanoeletr nicos In Anais do XIV Congreso Latino Ibe roamericano de Gesti n Tecnol gica 2011 Aceito para publica o BALLONI A J RESENDE J P and TARGOWSKI A Brazil of the Future Strategizing with the Socio Technical Management Approach Accepeted for publication in the proceedings of 8th Annual International Conference on Computer Science and Information Systems to be held in Athens Greece on 21 24 May 2012 BORZEL T A What s so special about Policy Networks An Exploration of the Concept and its Usefulness in Studying European Governance European Integration online Papers EIoP V 1 n 16 1997 Dispon vel lt http citeseerx ist psu edu viewdoc download doi 10 1 1 122 6885 amp rep repi amp type pdf gt Acesso em 12 05 2011 CALLON M The dynamic of techno economic networks In R Coombs et al Technological Change and Company Strategies Academic Press London 1992 p 72 102 Technological conceptions and adoption network lessons for the CTA practitioner In 15 Tanto os aspectos te ricos de arranjos multiorganizacionais e ecossistemas como a sua aplica o pr tica em ind strias espec ficas s o abordados em dois projetos de pesquisa em andamento executados pelo GAIA Ecossistema e Demandas de Mercado de Equipamentos Eletrom dicos e Gest o do Ecos sistema de Microeletr nica Nacional 76 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 RIP A MISA
228. ituto de Pesquisas Econ micas SOBRE OS AUTORES 9 lara Regina da Silva Ferreira Bacharel em Direito pela Pontif cia Universidade Cat lica de Campinas 1989 especialista em Gest o da Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa pela UNICAMP 2010 Atualmen te Secret ria Executiva do Parque Cient fico da UNICAMP e Gerente do Centro de Inova o de Software UNICAMP Marco Antonio Silveira Doutor mestre e engenheiro com experi ncia em gest o tecnol gica empresarial e acad mica atrav s de atividades de dire o consultoria ensino e pesquisa Atua desde 1986 no CTI e desde 1994 como docente em diversos cursos de p s gradua o UNICAMP PUC Campinas UNISAL INPG USM entre outras Mar lia Tunes Mazon Graduada em Ci ncias Econ micas e Rela es Internacionais pela FACAMP 2010 Atualmen te pesquisadora do Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTI Nanci Gardim Atua como pesquisadora no Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTI MCT J atuou na elabora o de Estudos de Caso sobre os Licenciamentos de Tecnologias efetuados pela Ag ncia de Inova o Inova Unicamp e no desenvolvimento de cursos e treinamentos pre senciais dist ncia e semipresenciais para capacita o de profissionais de N cleos de Inova o Tecnol gica Projeto InovaNIT Graduada em Comunica o Social R dio e TV pela Universi dade Estadual Paulista J lio de Mesquita Filho UNESP 200
229. iza o de grande interesse para toda a sociedade especialmente daqueles segmentos que s o afetados mais diretamente como os seus funcion rios e as comunida des prejudicadas por eventuais impactos ambientais Uma gest o visando sustentabilidade requer a coordena o de diferentes com pet ncias uma vez que se lida com m ltiplas vari veis associadas aos diversos fatores tang veis e intang veis presentes nos sistemas organizacionais de interesse Esses fato res s o de natureza humana tecnol gica e organizacional o que requer uma gest o integrada que articule um conjunto variado de recursos e de compet ncias internas e externas em diferentes dom nios de conhecimento como por exemplo das enge nharias e das ci ncias sociais aplicadas entre outros componentes que constituem o capital intelectual das institui es do sistema organizacional em foco A id ia de sustentabilidade cont m em si os mais importantes princ pios gerenciais que s o o enfoque sist mico e a vis o de longo prazo Esses dois princ pios trazem o melhor da natureza do mundo corporativo e portanto contribuem para refor ar as boas pr ticas gerenciais o que inclui aspectos como o senso de equipe a percep o dos v rios efeitos de uma mesma a o a identifica o das m ltiplas causas de um mesmo efeito a identifica o das repercuss es futuras de uma a o presente a percep o da intera o din mica da empresa com o seu ambiente o e
230. letr nica como estrat gico para o Brasil foi a Pol tica Industrial Tecnol gica e de Com rcio Exterior PITCE lan ada em mar o de 2004 com execu o focada principalmente no Minist rio do Desenvolvimento Ind stria e Com rcio MDIC e no Minist rio de Ci ncia e Tecnologia MCT A PITCE teve como objetivo geral aumentar a efici ncia da estrutura produtiva da ind stria nacional e a capacidade de inova o das empre sas visando expandir as exporta es e promover maior inser o do pa s no com rcio internacional Quatro setores foram selecionados como priorit rios para apoio direto e indireto f rmacos software bens de capital e semicondutores Os instrumentos da PITCE utilizados para viabilizar objetivos gerais e setoriais ganharam um novo f lego nas diretrizes governamentais com o Plano de A o de Ci ncia Tecnologia e Inova o para o Desenvolvimento Nacional 2007 2010 PACTI e da Pol tica de Desenvolvimento Produtivo PDP lan ado no ano de 2008 na medida em que estas pol ticas refor aram como rea estrat gica o setor de semicondutores As principais a es e medidas do PACTI e da PDP visaram ent o formar e capacitar recursos humanos em microeletr nica apoiar a cria o de empresas de projeto de circuitos integrados estabelecer um marco regulat rio que incentive investimentos 146 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 nesta rea e a mais relevante a o do governo federal a c
231. lidades foram sintetizadas conforme apresenta o Quadro 1 Com a implanta o de boa parte das funcionalidades descritas no Espa o de Atua o A o portal j possibilita o acesso aos v deos e apresenta es dos eventos Manh s da Inova o e demais reuni es e semin rios organizados pelo grupo garantindo a permanente disponibilidade do conhecimento gerado nos ltimos anos O portal GAIA CTI um instrumento estrat gico que possibilita a mobiliza o Quadro 1 Funcionalidades de cada Espa o de atua o do portal GAIA CTI Requisitos ESPA O A Comunica o e Intera o Informa es sobre o GAIA sua atua o pesquisadores projetos atuais e passados Download de arquivos textos cases udio v deo etc Link para hotsites dos projetos mantendo a barra do portal GAIA Link para publica es download de textos Agenda do GAIA e outros eventos de interesse Indicadores dos conte dos mais bem visitados rea para cadastro de visitantes e parceiros Link para acessar rea restrita Link para redes sociais Facebook Twitter etc Link para ferramentas colaborativas wiki Links para ferramentas de e learning Links interessantes Clipping de not cias Galeria de fotos Enquete Deixe seus coment rios Contatos e localiza o etc V deos Sistema de busca avan ada de conte dos do pr prio portal grupos cases artigos e pessoas de refer ncia D
232. lu dos no estudo e dependem da escolha dos elementos do sistema f sico a ser modelado incluindo a defini o do objetivo e escopo da ACV a aplica o pretendida e seu p blico alvo os pressupostos adotados as restri es de dados e custos e os crit rios de corte Desta forma a fronteira do sistema de produto declarada como parte da defini o do escopo uma vez que os crit rios utilizados s o importantes para definir o grau de con fiabilidade dos resultados do estudo e a possibilidade de se atingir os objetivos propostos Para que se obtenha uma an lise mais abrangente dos ecossistemas organizacionais em estudo ao se estabelecer a fronteira do sistema conv m que diversas fases do ciclo de vida processos elementares e fluxos sejam levados em considera o tais como Extra o de mat rias primas Entradas e sa das de materiais e energia na cadeia principal de manufatura e processamento a Distribui o e transporte Produ o e uso de combust veis eletricidade e calor AVALIA O DO CICLO DE VIDA COMO FERRAMENTA PARA SUSTENTABILIDADE 165 Uso e manuten o de produtos Disposi o final de res duos de processos e de produtos Recupera o de produtos usados incluindo reutiliza o reciclagem e recupera o de energia Manufatura de materiais auxiliares Manufatura manuten o e descomissionamento de equipamentos Opera es adicionais tais como aquecimento 2 1 4 DEFI
233. m dicos E E que enfrentam de maneira especialmente intensa os desa fios aqui comentados pois s o em sua maioria empresas de pequeno m dio porte exportadoras e intensivas em tecnologia Devido a essas caracter sticas decidiu se que o projeto piloto seria realizado junto 2 Podem ser citadas duas experi ncias principais a implanta o e coordena o geral de 2002 a 2007 da Rede de Tecnologia e Servi os de Qualifica o e Certifica o em Tecnologia da Informa o Rede TSQC b coordena o de transfer ncia de tecnologia do Instituto Nacional de Ci ncia e Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletr nicos INCT NAMITEC 192 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 a empresas fabricantes de E E decis o que foi totalmente apoiada pela Associa o Brasileira da Ind stria de Artigos e Equipamentos M dicos Odontol gicos Hospi talares e de Laborat rios ABIMO entidade que congrega mais de 80 das empresas desse setor Uma vez que o prop sito da proposta contribuir para o desenvolvimento gradual das condi es sist micas favor veis sustentabilidade das empresas da ind stria ele tr nica o problema associado foi assim definido Como articular os m ltiplos agen tes que atuam no ecossistema do setor brasileiro de E E visando apoiar o desenvolvi mento sustent vel de suas empresas atrav s da adequa o aos requisitos RoHS WEEE PNRS e da promo o da sua competitividade nos mercados n
234. m valor para a empresa Edvisson e Malone 1998 Sveiby identifica tr s conjuntos de fatores que comp em o capital intelectual capital humano representando os conhecimentos e as compet ncias dos co laboradores da empresa capital estrutural envolvendo softwares sistemas de gest o marca patentes e demais ativos organizacionais que possam ser rela cionados na categoria de propriedade intelectual capital de relacionamento correspondente gera o de conhecimento resultante das rela es com outras organiza es como clientes e fornecedores E ainda como destacado no primeiro cap tulo existem tr s principais raz es para que uma organiza o busque vantagens competitivas sustent veis atrav s de estrat gias e opera es baseadas no uso competente do capital intelectual a minimizar os investimentos necess rios por tratar se de um ativo econ mico b aumentar a ca pacidade de gera o de inova es c facilitar a integra o das demandas dos v rios stakeholders uma vez que os processos que envolvem o conhecimento dependem for temente do fator humano gt 4 Estrat gias baseadas em inova o e regula o ambiental Nos anos 1960 poca em que o pensamento gerencial estava orientado para fun es individuais foi identificada a necessidade de uma forma hol stica de se pensar as empresas articulando se para isso o conceito de estrat gia Montgomery e Porter 1998 Desde ent o a import ncia do e
235. m casa no trabalho ou nas f bricas cada vez mais dif cil imaginar a vida moderna sem a presen a de tais equipamentos Setores como medicina administra o manufatura etc s o altamente dependentes da tecnologia da informa o Atualmente todos estes setores demandam sistemas eletroeletr nicos para funcionar eficientemente O dilema ent o se estabelece entre a necessidade de desenvolvimento constante e a finitude dos recursos naturais O presente cap tulo visa mostrar como a Avalia o de Ciclo de Vida ACV pode ser uma ferramenta para a solu o desse dilema ao mapear os diversos impactos implica dos em todo o ciclo produtivo dos eletroeletr nicos e dessa maneira balizar interven es em pontos espec ficos desse ciclo Para isso a primeira parte contextualiza a ACV como ferramenta para sustentabilidade no ciclo de vida a segunda parte tem a fun o de detalhar o passo a passo da t cnica e como deve ser sua implementa o de acordo com a norma NBR ISO 14040 e NBR ISO 14044 ABNT 2009 a terceira parte aponta as limita es e dificuldades da incorpora o da t cnica Na sequ ncia a quarta parte aborda as perspectivas do desenvolvimento da ACV no Brasile por fim as conclus es s o feitas enfatizando a import ncia da Avalia o do Ciclo de Vida como ferramenta para sustentabilidade de ecossistemas organizacionais complexos compostos de di 1 Os sistemas de ciclo fechado s o caracterizados pelo retor
236. m como por intensa atividade de inova o tecnol gica e pela utiliza o de modernos m todos de gest o MCTI 20114 Para tanto disp e de um Comit Consultivo composto pelas seguintes institui es a Secretaria de Desenvolvimento Tecnol gico e Inova o SETEC MCT que o coordena Financiadora de Estudos e Projetos FINEP Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq Minist rio do Desenvolvimento Ind stria e Com rcio Exterior MDIC Banco Nacional de Desenvolvimento Econ mico e Social BNDES Conselho Nacional de Secret rios Estaduais para assuntos de C T amp I CONSECTI Servi o Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE Confedera o Nacional da Ind stria CNI F rum Nacional de Secret rios e Dirigentes Municipais de Ci ncia Tecnologia e Inova o e Associa o Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores ANPROTEC 110 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 gt 5 O papel dos n cleos de inova o tecnol gica Nesse ambiente favor vel coopera o Thursby e Thursby 2002 destacam ser cres cente o n mero de contratos entre empresas e universidades resultado de um maior interesse das partes na aproxima o Como resultado do aumento das rela es de coopera o entre ICT e empresas no vas demandas administrativas surgiram nas universidades e institutos de pesquisa e levaram ao desenvolvimento
237. m sistema de pontua o que determina o per centual de redu o no valor do Imposto Sobre Servi os de Qualquer Natureza ISSQN Imposto Predial e Territorial Urbano IPTU Imposto de Transmiss o de Bens Inter Vivos ITBI e isen o de taxas Para se instalar na CIATEC a empresa precisa cum prir pr requisitos como provar a realiza o de atividades em reas consideradas de conte do tecnol gico e apresentar as seguintes informa es nivel de escolaridade dos s cios e empregados recebimento de recursos de ICTs possuir ou ter depositado requisi es de propriedade industrial e ser residente ou egressa de incubadoras Todas essas declara es geram pontos que podem ser transformados em cr ditos fiscais A CIATEC incorpora uma das principais incubadoras de EBTs do Brasil denomi nada N cleo de Apoio ao Desenvolvimento de Empresas NADE Sua import ncia deve se integra o com diversos ICTs e ao Servi o de Apoio a Micro e Pequena Em presa de S o Paulo SEBRAE SP o que aumenta a possibilidade de sobreviv ncia de micro e pequenas empresas de conte do estritamente tecnol gico O projeto NADE inovou ao adotar a Incuba o Virtual com a oferta de apoio sem exigir que as empre sas nascentes se instalem fisicamente 3 2 Techno Park Campinas Condom nio de empresas criado na d cada de 1990 com localiza o estrat gica junto ao entroncamento de tr s das mais importantes rodovias do Estado de S o Paulo Anhangue
238. ma o do conhecimento que resultado de uma intera o cont nua e din mica entre conheci mento t cito e expl cito do mbito individual para o organizacional inclusive ultra passando esta e alcan ando outras organiza es em redes de coopera o e inova es neste sentido que a empresa busca sua sustentabilidade ao atuar como entidade sintetizadora e criadora de conhecimentos novos No entanto a dimens o humana no mbito social e relacional fundamental pois por meio dela que se desenvolve o que os autores denominam Ba Nonaka e Takeuchi 1996 Ba um ideograma kanji que representam um conceito com forte marca da cultura japonesa e pode ser de dif cil compreens o para os ocidentais Aplicado Gest o do Conhecimento est relacionado a um contexto organizacional que favorece a cria o do conhecimento como um espa o compartilhado em movimento que pode ser traduzido como co munidade de conhecimento Esse contexto favorece as situa es relacionais que energizam as pessoas tornando as criativas dentro de uma intera o positiva e din mica Nonaka e Tackeuhi 2006 88 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 p 94 Pode ser f sico como um escrit rio ou outros locais de trabalho mental expe ri ncias compartilhadas ideias ou ideais virtual uso de recursos tecnol gicos como grupo de discuss o na Internet e ferramentas colaborativas ou a combina o deles sendo o
239. ma equipe de 29 pesquisadores internacionais liderada pelo cientista sueco Johan Rockstr m que estudou os limites para nove pro cessos sist micos essenciais do sistema terrestre a saber 1 acidifica o dos oceanos 2 altera es no uso do solo 3 carga de aeross is atmosf ricos 4 interfer ncia nos ciclos globais de nitrog nio 5 interfer ncia nos ciclos globais de f sforo 6 polui o qu mica 7 taxa de perda da biodiversidade tanto terrestre como marinha 8 uso de gua pot vel 9 mudan as clim ticas A equipe de Rockstr m publicou em 2009 um estudo que d n meros para esses limites Rockstr m et al 2009 Para o ciclo do nitrog nio por exemplo o limite seguro para retirada desse g s da atmosfera de 35 milh es toneladas ano sendo os valores atuais o triplo deste limite aceit vel antes da Revolu o Industrial a quan tidade de nitrog nio removido da atmosfera para uso humano era zero A taxa de perda de biodiversidade calculada em n mero de esp cies extintas por milh o de esp cies por ano tem como valor limite 35 esp cies extintas milh o ano o valor atual passou de 100 O terceiro processo sist mico cujo limite aceit vel j foi ultrapassado o referente s mudan as clim ticas O estudo afirma tamb m que a humanidade est rapidamente se aproximando dos limites no uso de gua na convers o de florestas e de outros ecossistemas natu rais para uso agropecu rio na acidifica o oce ni
240. menta de dissemina o do capital intelectual das organiza es entre seus colabo radores internos e externos e suas possibilidades para a explicita o e dissemina o do conhecimento t cito detido pelos colaboradores da organiza o No Cap tulo 4 Transfer ncia de tecnologia inova o tecnol gica e desenvolvimento Ana L cia Vitale Torkomian discute os problemas da coopera o universidade empresa no Brasil des tacando a import ncia dos N cleos de Inova o Tecnol gica NITs para a transfer n cia de tecnologia de ICTs Institui es de Ci ncia e Tecnologia para o setor produtivo 18 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 A Se o 2 do livro encerra se com o Cap tulo 5 Parque Cient fico da Unicamp papel estrat gico no desenvolvimento do sistema local de inova o de Campinas de Josiane Falvo e Iara Regina da Silva Ferreira Ilustrado por uma descri o dos parques tec nol gicos da regi o de Campinas o cap tulo mostra como a constitui o de parques tecnol gicos pode incrementar a sustentabilidade das organiza es de uma regi o gerando e transferindo tecnologias e aproximando atores importantes dos ecossiste mas organizacionais constitu dos em volta de ind strias de alto conte do tecnol gico A Se o 3 Sustentabilidade na Ind stria Eletr nica Legisla o Desafios e Opor tunidades produto dos trabalhos de pesquisa aplicada do GAIA junto a diversos ato res pertencentes ao ec
241. mentos recebidos das empresas ao or amento do projeto Assim avaliaram se criticamente todas as funcionalidades solicitadas e quais atenderiam aos objetivos com o melhor custo benef cio Como resultado das reuni es com as empresas ocorreu o refinamento dos concei 14 As Manh s da Inova o s o eventos mensais e gratuitos organizados pelo GAIA CTI apoiado pelo CNPq com a presen a de diferentes atores sociais diretamente envolvidos com a tem tica da ino va o Com forte nfase no Capital Humano t m por eixo central a apresenta o e discuss o de estudos de caso cases brasileiros bem como estudos fundamentados em exemplos pr ticos A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 95 tos sobre o sistema que seria implantado e adequa o das funcionalidades gerando novas vers es para o projeto conceitual como indicado na Figura 3 Com o refinamento do projeto conceitual para o portal GAIA CTI as funcionali dades foram divididas em dois espa os de atua o A Espa o de comunica o e inte ra o no qual se enquadram os espa os de comunica o unidirecional constitu dos por p ginas simples para postagem de conte do e as funcionalidades que permitem a intera o entre os agentes formadas por comunidades de pr tica principalmente f runs B Espa o de gest o interna dos projetos do grupo e do portal Na vers o fi nal do projeto conceitual enviado s empresas as funciona
242. mic development option Choices Third quarter 1995 p 13 16 114 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 MINIST RIO DA CI NCIA E TECNOLOGIA MCT www mct gov br Acesso em dezembro de 2010 MINIST RIO DA CI NCIA TECNOLOGIA E INOVA O MCTI 2011 Apresenta o Sibra tec p gina da internet Dispon vel lt http www mct gov br index php content view 313014 html gt Acesso em 25 09 2011 MINIST RIO DA CI NCIA TECNOLOGIA E INOVA O MCTI 2011a Programa Na cional de Apoio s Incubadoras e aos Parques Tecnol gicos PNI Apresenta o Dispon vel lt http www mct gov br index php content view 5228 html gt Acesso em 11 10 2011 OCDE Manual de Oslo Diretrizes para coleta e interpreta o de dados sobre inova o 3 Edi o Rio de Janeiro FINEP 2005 RADOSEVICH R A model for entrepreneurial spin offs from public technology sources Inter national Journal of Technology Management v 10 n 7 8 1995 p 879 893 THURSBY Jerry G THURSBY Marie C Who is selling the ivory tower Sources of growth in university licensing Management Science v 48 n 1 p 90 104 Jan 2002 TORKOMIAN A L V Gest o de tecnologia na pesquisa acad mica o caso de S o Carlos S o Paulo FEA USP 1997 304p tese de doutoramento TORKOMIAN A L V Panorama dos N cleos de Inova o Tecnol gica no Brasil In SAN TOS Marli E R TOLEDO Patricia T M LOTUFO Roberto A orgs Transfer ncia d
243. mpet ncias tecnologias e servi os de alto conte do tecnol gico Entende se que essas parcerias criam um ecossistema favor vel transforma o de parte das in meras inven es geradas no CTI em inova es apropri veis por empresas e pela sociedade como um todo importante ressaltar que o CTI j interage com o ambiente empresarial sendo que em 2010 prestou servi os tecnol gicos e de transfer ncia de conhecimento para 135 empresas nas reas de prototipagem r pida an lise de falhas e ensaios de con fiabilidade de hardware reparos e retrabalhos de displays melhoria de processo e qualidade de software aplica o de benchmarketing industrial e produ o de m sca ras litogr ficas Folder de apresenta o do CTI TEC 2011 3 4 Polis de Tecnologia Parque Tecnol gico do CPqD O Parque Tecnol gico da Funda o Centro de Pesquisa e de Desenvolvimento em Te lecomunica es Funda o CPqD conhecido como Polis de Tecnologia conseguiu o credenciamento provis rio em 2010 O complexo empresarial administrado pela Funda o CPqD incorpora mais 14 empresas de tecnologia da informa o e de comu PARQUE CIENT FICO DA UNICAMP PAPEL ESTRAT GICO NO DESENVOLVIMENTO 125 nica o em uma rea de 360 000 m na rodovia que liga Campinas a Mogi Mirim SP 340 O credenciamento do P lis de Tecnologia habilitou o a receber incentivos fis cais e aporte financeiro estadual para ser aplicado em infraestrutura
244. mponente fabrica o por meio do processamento f sico qu mico do wafer etapa denominada de front end encapsulamento e teste montagem etapa denominada de back end e servi o ao cliente A terceiriza o da fabrica o tem suas origens na d cada de 1970 quando diversas IDMs come aram a realizar opera es de montagem final e testes na sia devido ao crescente custo de instala es das f bricas integradas para a produ o de semicondu 3 Para entender a classifica o dos semicondutores vide Carvalho 2006 e Gutierrez amp Mendes 2009 4 Wafer a placa ou bolacha de substrato semicondutor de algumas micras de espessura no qual s o constru dos os componentes microeletr nicos POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 137 tores que significam elevados riscos devido a v rios fatores entre outros a forte ins tabilidade caracter stica desta ind stria atrelada as varia es c clicas da economia que criam incertezas sobre a demanda futura Carvalho 2006 Bampi 2008 2009 A especializa o de firmas em segmentos espec ficos dos elos da cadeia de produ o possibilitou a explora o das economias de escala com redu o nos custos de pro du o e da capacidade ociosa como forma de aumentar suas margens de lucro Cada uma dessas etapas requer diferentes n veis de conhecimento cient fico e tecnol gico diferentes volumes de investimentos e agregam diferentes n veis d
245. n micos e aos seres humanos em condi es de equi l brio Os sistemas organizacionais saud veis possuem esse princ pio teleol gico em virtude de que estados mais evolu dos tendem a ser aqueles nos quais o sistema se torna mais eficiente e eficaz no atendimento de seus prop sitos 7 1 Buscando solu es onde essas possam ser encontradas Existe uma interessante hist ria da tradi o Sufi ilustrativa do nosso modo de pen sar e agir como indiv duos e grupos sociais Um jovem caminhava noite por uma rua escura quando viu um homem agachado debaixo de um poste de ilumina o Ao ser indagado sobre o que fazia o homem res pondeu procuro uma chave O jovem perguntou voc a deixou cair a e o homem retrucou n o foi do outro lado da rua mas l est muito escuro Esta atitude absurda do homem que procura a sua chave onde obviamente nunca ser encontrada muito comum nas pessoas a s ndrome da zona de conforto sendo uma das causas dos problemas que estamos vivenciando As solu es para os imensos problemas que vivemos hoje n o est o dentro do con junto de solu es at hoje buscadas o nosso poste de luz Teremos que atravessar a rua dos paradigmas vigentes se quisermos encontrar as solu es que permitam pelo menos minimizar as mazelas econ micas sociais ticas e ambientais que hoje enfrentamos 16 A teleologia o estudo dos fins ltimos da sociedade da
246. n o est o conseguindo fazer este portf lio Falta criar pol ticas que propiciem os arranjos cooperativos entre as design houses e a demanda por projetos de circuitos integrado de bens eletr nicos finais De acordo com os entrevistados n o existe nem uma pol tica de Estado nem uma pol tica setorial vinculando o setor produtivo e as design houses brasileiras neces s rio coordenar pol ticas de diferentes naturezas com vistas a incentivar a demanda pelo setor produtivo por servi os qualificados de engenharia e por componentes se micondutores Soma se a este fato a caracter stica cultural do Brasil de fraca intera POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 151 o entre as empresas e as Universidades Institutos de Ci ncia e Tecnologia ICTs A argumenta o dos especialistas que os arranjos institucionais elaborados pelas pol ticas de C amp T amp I no Brasil est o prontos por m existe a necessidade de operacio naliz los atrav s de uma pol tica para gest o das parcerias entre empresas governo e ICTs Segundo um dos especialistas Falta um estudo de prospec o tecnol gica para delinearmos uma pol tica que tenha como compromisso arranjos cooperativos entre os ICTs e as empresas No Brasil os acordos s o realizados sem a participa o dos ICTs brasileiros para a transfer ncia de tecnologia Um exemplo a TV digital As solu es tecnol gicas foram totalmente dispersas
247. nceira en tre o setor p blico e o setor privado para o desenvolvimento de novos produtos m to dos processos e tecnologias de gest o reciclagem reutiliza o tratamento de res duos incentivos fiscais financeiros e credit cios utiliza o de recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico Para Cramer e Zegfeld Cramer e Zegfeld 1991 apud Almeida 2001 as tecnologias ambientais radicalmente inovadoras s o aquelas por eles denominadas de tecnologias integradas de processo limpo clean process integrated technologies pelas quais as consequ ncias ambientais de um produto s o pensadas desde o momento de sua con cep o envolvendo design sele o da mat ria prima e insumos em geral processo produtivo embalagem distribui o e consumo at a disposi o final de seus resi duos Isto s o tecnologias que asseguram a operacionaliza o de processos limpos combinada gera o de produtos limpos Esse o caso das inova es possibilitadas pelas regula es ambientais referentes aos REEEs gt 2 Regula o de REEEs e a ind stria brasileira de eletroeletr nicos oportunidades e desafios A necessidade de estabelecer sistemas de gest o de REEEs imposta pela regula o cria uma s rie de demandas gerenciais e tecnol gicas exigindo a adequa o das em presas brasileiras especialmente aquelas de perfil exportador Se por um lado essas demandas sign
248. ncia devido ao seu car ter din mico e de interdepend ncia dos relacionamentos que propiciam o compartilhamento de informa es e a constru o de conhecimentos essenciais para o desenvolvimento da inova o reconhecimento entre os pares e estabelecimento de contato entre seus usu rios Para uma vis o mais abrangente importante entender que os capitais humano t cnico e ou cient fico inclui n o apenas as capacita es obtidas na educa o formal geralmente englobadas em conceitos de capital humano tradicionais mas tamb m as habilidades know how conhecimento t cito e conhecimento experimental incorpo rados pelos indiv duos Bozeman 2000 Nessa perspectiva diferentes autores Vas concelos e Campos 2010 Toma l Alcar e Di Chiara 2005 afirmam que as redes sociais informais seja ela formada por intera es pessoais diretas ou mediadas por computador s o fontes importantes para a promo o da atividade inovativa Tais re des mant m canais e fluxos de informa o no qual a confiabilidade e o respeito entre os agentes os aproximam e os levam ao compartilhamento do conhecimento Con forme ressaltam Nonaka e Takeuchi 1997 as redes sociais criadas informalmente s o importantes por permitir a circula o do conhecimento que por sua vez precisa ser transformado desenvolvido e trabalhado pelas organiza es caso contr rio ele ser apenas um aglomerado isolado de informa es sem relev ncia Partindo da hip
249. ncluindo caracter sticas de desempenho para o sistema em estudo A import ncia da unidade funcional fornecer uma refer ncia relacionada s en tradas e sa das de materiais e energia servindo de base comum para a compara o entre resultados de estudos de ACV o que particularmente cr tico quando dife rentes sistemas est o sendo comparados Dessa forma as unidades funcionais quan tificam as fun es do produto e devem ser claramente definidas e mensur veis em unidades que permitam compara es Com base nas unidades funcionais escolhidas devem ser definidos os fluxos de refer ncia em cada sistema de produto que quantificam as entradas e sa das necess rias para desempenhar a unidade funcional para o funcionamento de cada unidade funcional visando a realiza o das funcionalidades desejadas para o produto Box 1 Exemplo de defini o de fun o unidade funcional e fluxos de refer ncia Tintas O produto tinta tem a fun o espec fica de recobrir uma superf cie Uma boa unidade funcional para ava liar o produto recobrir 10m2 Para tanto o fluxo de refer ncia ou quantidade necess ria para atender unidade funcional 1 litro de tinta do tipo A Ent o para o produto tinta Fun o Recobrir superf cies Unidade Funcional Recobrir 10m2 Fluxo de refer ncia 1 litro da tinta A 2 1 3 DEFINI O DAS FRONTEIRAS DO SISTEMA As fronteiras dos sistemas definem os processos elementares que ser o inc
250. nctions of innovation systems a new approach for analyzing technologi cal change Technological Forecasting and Social Change v 74 n 4 p 413 432 2007 KAY J J et al An ecosystem approach for sustainability addressing the challenge of complexity Futures v 31 n 7 September 1999 p 721 774 KLINE S J ROSENBERG N 1986 Innovation An Overview in Landau R Rosenberg N eds The Positive Sum Strategy Harnessing Technology for Economic Growth National Academic Press Washington D C pp 275 307 LALL S amp TEUBAL M Market stimulating technology policies in developing countries a fra mework with examples from East Asia World Development v 26 n 8 1998 p 1369 1385 LEYDESDORFE L and ETZKOWITZ H Emergence of a triple helix of university industry government relations Science and Public Policy n 23 1996 p 279 86 LINS H N Cluster industrial Uma experi ncia no Brasil Meridional Revista de Economia v 27 n 25 2001 p 79 101 MARQUES A e ABRUNHOSA A Do Modelo Linear de Inova o a Abordagem Sist mica As pectos Te ricos e de Pol tica Econ mica Discussion Paper n 30 CEUNEUROP Centro de Estudos da Uni o Europeia Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 2005 MALERBA F Sectoral systems of innovation and production Research Policy v 31 n 2 p 247 264 2002 MELO L C P Uma nova gera o de pol ticas de ci ncia tecnologia e inova o Parcerias Estrat gicas v
251. nda no desenvolvimento do produto para mitiga o dos efeitos adversos e redu o dos res duos no fim de vida 4 Mais detalhes sobre o conceito de Ecodesign est o no Cap tulo 10 Gest o da cadeia produtiva de ciclo fechado em empresas do setor eletroeletr nico para adequa o a requisitos ambientais 162 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 gt 2 Etapas de uma ACV A ACV prop e uma an lise bastante complexa com muitas vari veis Por este mo tivo h uma estrutura formal dividida em quatro etapas para a realiza o da avalia o do ciclo de vida de um produto Estas etapas s o as seguintes Etapa 1 Defini o dos objetivos e escopo do estudo Etapa 2 An lise de invent rio de ciclo de vida ICV Etapa 3 Avalia o do impacto ambiental do ciclo de vida AICV Etapa 4 Interpreta o do ciclo de vida e an lise cr tica dos resultados A Figura 2 ilustra o inter relacionamento das etapas que compreendem o estudo de ACV Fonte ABNT 2009 Estrutura da avalia o de ciclo de vida Defini o das metas e escopo do produto au q Planejamento estrat gico An lise de Interpreta o J g invent rio Cria o de pol ticas p blicas Marketing Outros Aplica es diretas Desenvolvimento e melhoria Avalia o de impacto Figura 3 Etapas de uma ACV 2 1 Etapa 1 Defini o dos objetivos e escopo O primeiro passo par
252. ndi es A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 97 de avalia o sobre a correta implementa o dos requisitos por parte da equipe t cnica respons vel por homologar o Portal Para garantir a qualidade do Portal al m da busca pela clareza dos requisitos foi de finida uma estrat gia de testes Desta forma para cada entrega intermedi ria feita pela empresa desenvolvedora foram definidos Casos de Teste onde as v rias possibilida des de falha que poderiam ocorrem na cria o de cada requisito foram documentadas e testadas procurando verificar a qualidade da implementa o sendo que neste con texto adota se qualidade como conformidade com os requisitos As falhas encontradas foram registradas mediante n veis de prioridade com tempos de resposta previamente acordados e posteriormente corrigidas pela empresa desenvolvedora Durante o desenvolvimento do portal foi realizado o gerenciamento de riscos que constou da defini o de oportunidades e amea as de forma qualitativa e a es corre tivas e preventivas ao longo da dura o do projeto De forma geral todos os aspectos cr ticos atenderam ao planejamento os requisitos foram atendidos a estrat gia de teste funcionou de acordo com o esperado e os riscos foram gerenciados a contento As atu aliza es s o frequentes e o conte do disponibilizado pela equipe crescente O Portal GAIA CTI pode ser acessado pelo endere o http www gaia cti com br
253. nfoque estrat gico vem crescendo em propor o direta ao aumento do n vel de competitividade e do ritmo das transforma es no ambiente empresarial Silveira 2003 cita trabalhos de v rios autores Ansoff Mintzberg Ohmae Por ter entre outros afirmando que estrat gias bem formuladas e adequadamente im plantadas constituem se em fatores fundamentais para o sucesso das organiza es A manuten o ao longo do tempo de resultados superiores est relacionada segundo Day e Rebstein 1999 com a capacidade de a organiza o desenvolver vantagens competitivas sustent veis Para tanto a organiza o disp e de tr s grandes grupos 194 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 de estrat gias a saber lideran a por custos lideran a por diferencia o e explora o de nichos de mercado Porter 2005 Estrat gias baseadas em diferencia o consideram a inova o um importante ins trumento como vem sendo demonstrado por v rios autores desde que Schumpeter trouxe luz a ideia de inova o como destrui o criadora 1988 A esse respeito destaca se a cita o abaixo Muito embora vantagens competitivas possam advir do porte da empresa da sua capa cidade de investimentos entre outros recursos tradicionais o padr o est aumentando de forma crescente em favor daquelas organiza es que podem mobilizar conheci mento capacidades tecnol gicas e experi ncia para criar novos produtos processos e
254. nfoque multidisciplinar dos problemas a integra o departamental o respeito entre outros itens gt 5 A dimens o humana da sustentabilidade organizacional ressignifica o do trabalho e dos relacionamentos nas organiza es V rios exemplos hist ricos mostram que erros gerenciais evidentes podem ser man tidos por longo do tempo desde que este seja o paradigma dominante no mercado Um dos mais ilustrativos exemplos ocorreu sob a gide do chamado milagre japon s do p s guerra At o surgimento nas d cadas de 70 e 80 das grandes empresas japo nesas Sony Toyota Mitsubishi etc os paradigmas dominantes nas empresas eram foco na equipe de engenheiros ao inv s de foco no cliente foco no produto ao inv s de foco nos processos enfoque cartesiano e n o sist mico entre outros Aos olhos de hoje s o evidentes os erros gerenciais acima mencionados que eram 13 O sistema organizacional pode ser tanto uma empresa individual como um grupo de empresas um setor econ mico grupos de institui es em arranjos cooperativos como redes organizacionais e INCTs ou qualquer outro conjunto de organiza es 44 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 a regra no mundo corporativo at a d cada de 80 Acreditamos que esse mesmo fen meno ocorrer dentro de alguns anos quando for analisada a maneira pela qual o fator humano ainda hoje pouco considerado na maioria das empresas
255. ni uma das maiores reservas de gua doce do mundo Ao final do evento fui interpelado pelo Secret rio de Desenvolvimento de um dos munic pios da regi o dizendo que tudo isso era mui to interessante e bonito mas que a prioridade deve ser gerar empregos Aquele coment rio vindo na contram o de tudo o que est vamos procurando transmitir foi um choque de realidade que causou no primeiro momento uma rea o indignada aquela autoridade deveria ter entendido a mensagem b sica de bus car o desenvolvimento econ mico com equil brio ambiental Mas aquele coment rio desagrad vel foi til pelo seu aspecto revelador do mencionado modo de pensar mecanicista e desintegrado O outro padr o a destacar o nosso comportamento imediatista direcionado pelas nossas necessidades individuais prementes em detrimento do nosso pr prio futuro e da coletividade O modelo de hierarquia das necessidades humanas proposto por Mas low 1954 no mbito das teorias motivacionais bastante esclarecedor a este respeito Segundo essa teoria existe uma hierarquia interna inerente s pessoas que se inicia pela busca de atender prioritariamente as necessidades fisiol gicas seguida sucessiva mente pela busca de seguran a de reconhecimento social de estima e de autorreali za o Trata se de um poderoso processo subjetivo que modula nossos comportamen tos e as nossas reais hierarquias de valores Assim as necessidades fisiol gicas como
256. niza o seja mais humanizada n o necess rio eliminar as divi s es t cnicas de trabalho ou os n veis hier rquicos Essas estratifica es s o naturais inerente s organiza es sociais e muito embora possa haver exce es n o s o ruins em si mesmas O real problema existente nas organiza es modernas que t m origem na pr pria forma como as primeiras empresas foram estruturadas no s culo XVIII durante a Revolu o Industrial o trabalho alienado A aliena o ie corte separa o estranhamento pode ser explicada por qua tro cortes determinantes que clareiam os fundamentos do trabalho alienado entre o trabalhador e o ato de trabalhar entre o trabalhador e o produto resultante do seu trabalho entre o trabalhador e o empregador que deu origem s lutas de classe e entre o trabalhador e a natureza Segundo Acktouf 1996 107 O ato humano por excel ncia o ato do trabalho Portanto a aliena o corte entre o trabalhador e o trabalho o mais importante e o mais pernicioso pelas implica es psicol gicas e motivacionais Origina se na espe cializa o do trabalho e est na origem da vis o unicista de cria o do valor econ mico onde o ato de produ o guiado pela l gica do crescimento e n o do bem estar da sociedade quando o ser humano passa a vender a sua for a de trabalho e n o o resultado do seu trabalho Dejours 2009 afirma q
257. nizacional di minuir o tempo gasto na busca de informa es e obter maior efici ncia e redu o de custos Scott 1998 neste sentido portanto que os portais auxiliados pela tecnologia da informa o na organiza o pesquisa e administra o compartilhamento das cole es de conheci mento existentes na organiza o gt 3 O Portal GAIA CTI A necessidade de disseminar e aplicar o conhecimento produzido pelo grupo motivou o GAIA Grupo de Apoio a Inova o e Aprendizagem em Sistemas Organizacionais a criar um portal corporativo capaz de integrar n o apenas dados mas tamb m os diferentes atores respons veis pela inova o no pa s a saber institui es de ensino pesquisa p blicas e privadas empresas governo e agentes multiplicadores diversos como professores universit rios e gestores empreendedores Dentre os diferentes tipos de portais corporativos mencionados anteriormente a proposta do GAIA visa atingir o patamar que Firestone 1999 e Dias 2001 chamam de Portal do Conhecimento Entendendo que uma meta audaciosa essa proposta est sendo desenvolvida tendo como base o gradualismo e o aprendizado constante tanto da equipe idealizadora quanto executora do projeto Diante desses princ pios relataremos a seguir algumas de nossas experi ncias vivenciadas durante a cria o do portal GAIA CTI 3 1 Planejamento do projeto O primeiro passo no sentido de planejar a estrutura do portal foi
258. no dos materiais j utilizados para a mesma cadeia do produto Kopicki et al 1993 definido atualmente como um sistema que controla as opera es para maximizar a cria o de valor ao longo do ciclo de vida por meio da valoriza o de materiais ap s seu uso 2 Em pa ses subdesenvolvidos e em desenvolvimento existe ainda outro problema relacionado ao des carte uma vez que a maioria dos equipamentos eletroeletr nicos descartada em aterros sanit rios com pouco controle sobre os impactos ambientais A consequ ncia desse tipo de descarte a lixivia o de subst ncias perigosas como chumbo e outros metais pesados que v o para os len is fre ticos atin gindo as guas subterr neas Mu oz S I S 2002 3 O conceito de ecossistemas organizacionais revisado e discutido no Cap tulo 2 Gest o de arranjos multiorganizacionais para a inova o a contribui o do conceito de ecossistemas organizacionais AVALIA O DO CICLO DE VIDA COMO FERRAMENTA PARA SUSTENTABILIDADE 159 versos atores processo e fluxos de energia e materiais tais como os ecossistemas orga nizacionais que envolvem a produ o da ind stria de eletroeletr nicos Ressalte se que a ACV uma ferramenta cr tica para a competitividade de ind s trias com mercados globais tais como a de eletroeletr nicos permitindo a inser o competitiva de empresas em mercados cada vez mais exigentes em termos de requi sitos ambientais para os produ
259. nologia isso garantido quando o pr prio inventor tamb m se transfere Vantagem adicional a poss vel continuidade de relacionamento com a fonte de tecnologia que est base ada no conhecimento pessoal do inventor com respeito aos sistemas e pessoas da sua organiza o de origem a universidade ou instituto de pesquisa Radosevich 1995 Alguns problemas desse modelo dizem respeito frequente falta de conhecimentos empresariais na forma o desses pesquisadores Tamb m se observa a necessidade de um suporte maior com rela o infra estrutura local e o potencial da empresa nas cente focalizar se excessivamente na parte t cnica do neg cio em detrimento de ou tras reas tamb m importantes por exemplo a gest o mercadol gica essencial para transformar uma t cnica de laborat rio em produto de mercado Uma op o mais realista de aproveitamento das tecnologias geradas nas universi dades via cria o de empresas ocorre quando esse processo encabe ado por pessoas do grupo de pesquisa no qual a tecnologia teve origem alunos de gradua o mestrado ou doutorado e n o seu pesquisador chave o professor universit rio Desta maneira continuaria garantido o acesso fonte do conhecimento e o comprometimento com a tecnologia ao mesmo tempo em que se formariam empreendimentos inovadores A universidade n o perderia seus pesquisadores e estaria contribuindo com tecnologias nela desenvolvidas para o atendimento de necessidade
260. nsequ ncias mais pr ximas em termos de tempo espa o em detrimento da percep o dos enlaces existentes ao longo do tempo e do espa o f sico Nossos modelos mentais s o excludentes parciais e muito limitados Temos a ten 4 Olivro O Ponto de Muta o do f sico e pensador humanista Fritjof Capra uma obra pioneira ao es clarecer para o grande p blico a necessidade de se pensar os problemas de forma hol stica ou sist mica O autor consegue mostrar com didatismo e compet ncia as raz es as limita es e os impactos produzidos pelos nossos atuais paradigmas nas ci ncias f sica e biologia principalmente na medicina na psicologia na economia e em outras reas do conhecimento humano 32 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 d ncia a uma vis o maniqueista e desagregadora onde impera o paradigma do ou isso ou aquilo como por exemplo lucro ou humaniza o desenvolvimento eco n mico ou preserva o ambiental e outros similares Uma experi ncia pessoal vivi da em 2003 ilustrativa disso Naquele ano promovemos um evento reunindo pessoas da academia de empresas e de governo sobre inova o para sustentabilidade no qual foram debatidos temas como a necessidade de desenvolvimento econ mico com equil brio ambiental meios para implantar o princ pio dos 3R s reduzir reutilizar reciclar e problemas ambien tais como a contamina o por agrot xicos do Aquifero Guara
261. nstitucional imprescind vel para gerar oportunidades de atua o de pesquisadores acad micos e empresariais em pesquisas pontuais ou em projetos de C amp T amp I que atenda as prio ridades regionais de competitividade das empresas e do desenvolvimento ambiental econ mico e social A regi o de Campinas consolidou se como um polo de alta tecnologia reconhecido internacionalmente mas semelhante a outras localidades nacionais ainda precisam 4 Na RMC de 1998 a 2002 as grandes empresas que mais investiram foram no setor de telecomunica es a Tess Claro a Motorola a Luccent e a Nortel no setor de inform tica a Compaq automobil stica a Honda eletrodom stico a BS Continental qu mica a Petrobr s OPP e a Rhodia e farmac utica a Prodome Pacheco Cruz 2004 PARQUE CIENT FICO DA UNICAMP PAPEL ESTRAT GICO NO DESENVOLVIMENTO 121 ser implantadas pol ticas p blicas que estimulem a integra o da cadeia do conheci mento ao processo de gera o de inova o de moderniza o das t cnicas nos setores produtivos e de melhoria das condi es de vida da sociedade local O modelo nacional de transfer ncia de tecnologia basicamente realizado pelos N cleos de Inova o Tec nol gica NIT um elemento importante nesse processo e principalmente na inte gra o desses atores que muitas vezes tem linguagens tempos e objetivos diferentes Desse modo compreens vel a morosidade no processo de implanta o
262. ntro da Bolha da Era Industrial realizamos a tarefa de atender s necessidades fundamentais dos seres humanos por energia alimentos e gua al m de por produtos e servi os Durante uns dois bilh es de anos a vida floresceu na Terra com base numa fonte de energia a radia o solar Em contraste 90 ou mais de nossa energia hoje produzida pela queima de combust veis f sseis Do mesmo modo na natureza quase toda a comida local Ao contr rio nossos alimentos raramente s o locais percorrendo milhares de quil metros entre o produtor e o consumidor Na natureza n o h desperd cios todos os subprodutos de um sistema natural s o nutrientes para outros sistemas naturais a nossa sociedade gera enormes quantida des de res duos INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 27 Natureza Era Industrial Figura 1 Contradi es dos modelos adotados pela sociedade moderna em rela o na tureza Fonte Senge et al 2009 36 Essas contradi es se estendem maneira como a sociedade se organiza e define suas prioridades a busca por efici ncia e por padroniza o aos poucos desencadeou for as implac veis que promovem a homogeneiza o da mesma maneira como vem devastan do a diversidade biol gica Em forte contraste com esse impulso pela homogeneiza o vemos em todos os lugares o amor da natureza pela diversidade e pela singularidade Durante mil nios as sociedades sa
263. o A IBM Microelectronics EUA ocupa a quinta posi o e as demais foundries possuem 23 3 do mercado Gutierrez 2009 POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 139 A viabiliza o das dedicated foundries tamb m permitiu a exist ncia de empresas fabless e das demais empresas especializadas da cadeia de produ o de semicondu tores As fabless s o empresas que n o possuem uma planta produtiva para a manu fatura dos semicondutores mas que realizam todas as atividades da concep o do circuito integrado ao servi o ao cliente do produto terceirizando a fabrica o front end e montagem back end do componente Dessa maneira as fabless gerenciam todas as atividades executadas pela cadeia de valor mantendo a independ ncia das empresas ampliando sua intera o desde o projeto passando pelos fabricantes de equipamentos at o mercado final Carvalho 2006 Gutierrez amp Mendes 2009 Nos anos 80 a crescente complexidade dos projetos de semicondutores tornou necess ria a cria o de ferramentas autom ticas para o desenvolvimento de projetos motivando a forma o de empresas especializadas no fornecimento dessas ferramen tas as empresas de EDA Eletronic Design Automation Em 1989 foi formado o EDA Consortium reunindo as novas empresas de ferramentas de projeto de semiconduto res Estima se que o mercado de projetos de semicondutores tem movimentado cerca de US 3 bilh es ao ano Gutierr
264. o Instituto Nacional de Sistemas Micro e Nanoeletr nico INCT Namitec ao reunir em rede os principais Institutos de Ci ncia e Tecnologia ICTs que atuam na forma o e pesquisa em semicondutores no Brasil O INCT Namitec composto por 132 pesquisadores vinculados a 27 unidades de pesquisa sediadas em 23 institui es de 13 estados brasileiros nos dom nios da f sica qu mica ci ncia da computa o engenharia el trica eletr nica e ci ncias agr rias O INCT Namitec financiado pelo CNPq e pela FAPESP com um or amento previsto de cerca de 7 milh es de reais em seus tr s primeiros anos Tem como institui o sede e coordenadora o Centro de Tecnologia da Informa o CTT Renato Archer Seu objetivo principal realizar pesquisa e desenvolvimento em sistemas micro e nanoeletr nicos inte grados inteligentes que propiciem a realiza o de sistemas eletr nicos aut nomos tais como redes de sensores inteligentes sistemas embarcados e sistemas autoajust veis 20 O site http www cibrasil gov br index php option com_content amp view article amp id 2 amp Itemid 3 lista as 22 institui es apoiadas pelo Programa CI Brasil 21 O INCT Namitec formou entre 2008 e 2010 59 inicia es cient ficas 102 em andamento 103 mes trados conclu dos e 138 em andamento 30 doutorados conclu dos e 123 em andamento 12 p s dou torados conclu dos e 22 em andamento Totalizando estes resultados estima se que at o ano de
265. o Jap o e de suas empre sas no p s guerra d cadas de 70 80 ou no surgimento dos tigres asi ticos d cada de 48 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 90 Em ambos os casos a recupera o ocorreu baseada fortemente na otimiza o e na integra o do capital intelectual das diversas organiza es desses pa ses Os equ vocos cometidos de forma sucessiva e cumulativa ao longo de toda a his t ria recente do Brasil resultaram em um pa s que apresenta importantes lacunas em termos de infraestrutura f sica e de capacidade de investimento Isso implica que o setor industrial brasileiro hoje apresenta d ficits comparativos em rela o a um grande n mero de pa ses como aqueles do bloco asi tico que apresentam melhores condi es para atrair investimentos financeiros mais abundantes Nesse contexto adverso a op o por estrat gias e opera es que valorizam o capi tal intelectual pode proporcionar ao Brasil e s suas empresas melhores condi es para superar algumas das restri es resultantes das limita es de investimentos financeiros frente aos demais competidores Vale ressaltar a afirma o anterior de que essa op o pelo foco no capital intelectual foi a estrat gia utilizada para a bem sucedida recupera o e crescimento de diversos pa ses O capital intelectual tamb m est na raiz das inova es fundamentais para as organiza es fazerem frente din mica evolutiva dos mercados atuais O
266. o Programa Nacional de Microeletr nica Design foram o Programa CI Brasil anunciado em 2005 que tem como objetivo a forma o e capacita o de recursos humanos e a cria o das companhias de projeto design houses de circuitos integrados Tamb m s o importantes o Instituto Nacional de Sistemas Micro e Na 2 Paraobter Informa es sobre o d ficit na balan a comercial do segmento de semicondutores e demais com ponentes eletr nicos vide Carvalho 2006 Campanario et al 2009 Gutierrez 2009 Bampi 2008 2009 136 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 noeletr nicos INCT Namitec formado em 2008 e o Centro de Excel ncia em Tec nologia Eletr nica Avan ada Ceitec que contempla um centro de design de chips e a implanta o de uma f brica de chips no Brasil Ceitec S A Diante do desafio exposto o objetivo do presente cap tulo descrever as pol ticas governamentais para a internaliza o da ind stria da microeletr nica no pa s des tacando os principais programas e a es bem como os avan os realizados por es tas pol ticas apresentando resultados de uma s rie de entrevistas realizada com 13 especialistas desta rea no pa s O presente cap tulo est organizado em cinco itens o primeiro item traz uma breve descri o da cadeia de valor da ind stria de semicon dutores o segundo item descreve as principais pol ticas governamentais de incentivo rea de microeletr nica o terceir
267. o clara com o conceito 15 Segundo a Doutrina Social da Igreja na enc clica Pacem in Terris de 1963 pelo Papa Jo o XXIII o conceito de Bem Comum foi formulado como sendo o conjunto de todas as condi es de vida social que consistam e favore am o desenvolvimento integral da personalidade humana o fim das pessoas singulares que existem na comunidade como o fim do todo o fim de qualquer de suas partes Ou seja o bem da comunidade o bem do pr prio indiv duo que a comp e 50 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 de sustentabilidade e num enfoque hol stico inclui os cinco grupos de stakeholders Ele deve sobrepor se aos interesses espec ficos individuais de grupos de stakeholders tendo em vista algumas raz es A primeira delas que o bem comum fortalece ao longo do tempo os elos de rea limenta o positiva entre as v rias partes do sistema a organiza o o que contribui para o fortalecimento do pr prio sistema ao longo do tempo Uma outra importante raz o que o bem comum o estado mais favor vel para a evolu o do sistema uma vez que a condi o na qual existe a maior agrega o de capital intelectual merc das rela es cooperativas estabelecidas que tornam os agen tes do sistema mais colaborativos e predispostos compartilhar seus conhecimentos Vale destacar que a evolu o um prop sito inerente tanto aos sistemas biol gi cos como aos sistemas s cio eco
268. o do centro administra tivo e do novo pr dio da Incubadora de Empresas de Base Tecnol gica da UNICAMP INCAMP possibilitando ampliar de nove para 48 o n mero de EBTs incubadas O projeto completo inclui laborat rios de P amp D em parceria com a UNICAMP finan ciados por empresas e outras institui es p blicas e privadas inovadoras A UNICAMP conta com um importante conjunto de centros n cleos e labora t rios de pesquisas em todas as reas acad micas muitos dos quais com destacada participa o na produ o cient fica dos grupos de pesquisa no estabelecimento de parcerias com setores p blicos e privados bem como na produ o de novos conheci 11 Empresas de Tecnologia da Informa o e Comunica o TIC como Tr pico Padtec Ci amp T Matera Systems Dextra Sistemas Schweitzer Engineering Laboratories Sensedia CoffeeBean ComSoft WxBR J Elabora TeleDesign e Thorus Scisoft al m do pr prio CPqD 126 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 mentos e tecnologia e na sua transfer ncia a diversos setores produtivos De acordo com os dados do Anu rio Estat stico da UNICAMP de 2011 em 2010 a universidade tinha 31 654 alunos matriculados em 66 cursos de gradua o e 144 programas de p s gradua o em seus campi de Campinas Piracicaba Paul nia e Li meira Quase a totalidade 98 dos 1 750 docentes tem titula o m nima de doutor e mant m densa produ o cient fica No que se refere
269. o e a sinergia entre empresas institui es de pesquisa universidades institui es prestadoras de servi os ou de suporte s atividades intensivas em conhecimento e inova o tecnol gica iii Promover parcerias entre institui es p blicas e privadas envolvidas com a pesquisa cient fica a inova o tecnol gica inerente aos servi os e a infra estru tura tecnol gica de apoio inova o 5 No modelo americano o PD amp I ocorre prioritariamente na empresa dispensando se os agentes para transfer ncia em boa parte dos processos de inova o Para maiores detalhes sobre a atua o dos NITs veja o cap tulo 5 Transfer ncia de Tecnologia Inova o Tecnol gica e Desenvolvimento 122 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 iv Apoiar as atividades de pesquisa desenvolvimento e de engenharia n o roti neira em empresas no Estado de S o Paulo v Propiciar o desenvolvimento do Estado de S o Paulo por meio da atra o de in vestimentos em atividades intensivas em conhecimento e inova o tecnol gica A prefeitura ou entidade gestora do parque tecnol gico que quiser obter o creden ciamento provis rio precisa comprovar a propriedade de uma rea de no m nimo 200 mil m Al m disso deve enviar o projeto b sico do empreendimento urbanis tico estudo de viabilidade t cnica financeira e t cnico cient fica e cadastrar um documento de implanta o do parque subscrito por empresas locais e
270. o e desconsiderar a necessidade de aprendizado 13 Self Organizing Holarchic Open Systems na sigla em ingl s O termo hol rquico refere se a uma ca racter stica de sistemas onde os componentes s o ao mesmo tempo parte de um sistema e a totalidade do sistema em cont nua intera o GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 71 adaptativo de monitoramento e de ajuste constante das estruturas de governan a Dessa maneira o gerenciamento eficiente de ecossistemas organizacionais requer a identifica o constante de mudan as no ambiente e nos recursos dispon veis pla nejando interven es que facilitem a auto organiza o do sistema Em fun o das caracter sticas particulares de cada ator essas interven es devem levar em consi dera o as for as que d o coes o ao grupo adotando se assim um enfoque bottom up Essas for as s o denominadas pelos autores de atratores que nada mais s o que os objetivos e aspira es dos componentes de um ecossistema respons veis pela sua manuten o em um determinado dom nio de atividades Assim a cria o ou ma nuten o de atratores um instrumento para manter ou a mudar o estado de um ecossistema por exemplo atratores para estimular cientistas focados na produ o acad mica a dedicarem recursos e tempo para atividades empreendedoras Os ecossistemas organizacionais SOHO t m como caracter stica inerente a incer teza sobre as motiva es e o comportam
271. o fabricante deve ter pelo seu produto desde a origem do ber o at o final da sua vida til ao t mulo Pela sua import ncia econ mica e impactos ambientais a ind stria eletr nica vem merecendo uma aten o especial j h alguns anos sendo que desde 2006 est o em vigor na Uni o Europ ia restri es para a comercializa o de seus produtos atrav s das diretivas Waste of Electro Electronic Equipments Res duos de Equipamentos Ele troeletr nicos WEEE e Restriction of Hazard Substances Restri o de Subst ncias Nocivas Rohs Essas diretivas vem sendo adotadas integral ou parcialmente tamb m em diversos outros pa ses como China Jap o e EUA A diretiva WEEE trata da gest o de res duos de equipamentos eletroeletr nicos definindo requisitos tanto para minimizar a quantidade desses res duos como para tratar os res duos efetivamente gerados J a diretiva RoHS responsabiliza formal mente as empresas caso seus produtos possuam subst ncias nocivas sa de chumbo merc rio c dmio cromo hexavalente e polibromobifenila e ter de difenil polibro mado em quantidades acima de um limite permitido considerando se todas as eta pas da cadeia produtiva desde as mat rias primas utilizadas pelos fornecedores at o uso pelo cliente do produto final 2 Sustentabilidade na ind stria eletr nica um caso ilustrativo Para fazer frente aos v rios desafios que s o enfrentados pela ind stria eletr nica b
272. o indicadores o apoio e a repercuss o que este projeto vem GEST O DA SUSTENTABILIDADE EM ECOSSISTEMA ORGANIZACIONAL 205 tendo junto ABIMO s empresas associadas e s demais institui es p blicas men cionadas pode se afirmar que se trata de um projeto com relev ncia s cio econ mica que tem potencial para contribuir com o desenvolvimento sustent vel do setor produ tivo nacional gt 8 REFER NCIAS ABDI Ag ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial Estudo prospectivo Equipamentos m dicos hospitalares e odontol gicos Bras lia 2008 AKTOUE O A Administra o entre a tradi o e a renova o S o Paulo Atlas 1996 ABINEE Associa o Brasileira da Ind stria el trica e eletr nica A ind stria el trica e eletr nica em 2020 Uma estrat gia de desenvolvimento S o Paulo junho 2009 DAY G S REBSTEIN D J A din mica da estrat gia competitiva Rio de Janeiro Campus 1999 DEJOURS Christophe Entre o desespero e a esperan a como reencantar o trabalho In Re vista CULT S o Paulo n 139 p 49 53 set 2009 EDVINSSON L MALONE M S Capital intelectual S o Paulo Makron 1998 ELKINGTON J Cannibals with forks New Society Publische 1998 EWALD M Implanta o dos requisitos ABNT IECQ QC 080 000 Documento interno Cam pinas Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer 2011 GON ALVES J E L As empresas s o grandes cole es de processos Revista de Administra
273. o item apresenta o resultado das entrevistas com especialistas na rea de microeletr nica avaliando a implementa o do Programa Na cional de Microeletr nica o quarto item dedica se s considera es finais gt 1 A cadeia de valor da ind stria de semicondutores Os componentes semicondutores est o presentes em uma ampla gama de bens finais e s o respons veis pelas suas funcionalidades o que lhes d grande import ncia na cadeia produtiva do complexo eletr nico Tamb m podem ser indiretamente embar cados na maquinaria e componentes que produzem os bens finais de outras cadeias produtivas como por exemplo na ind stria automobil stica na produ o t xtil etc Os termos semicondutor chip e componentes microeletr nicos s o comumente utilizados como sin nimos de circuitos integrados A ind stria de semicondutores representa pelo menos 70 do mercado mundial desse tipo de componente SBMi cro 2006 Essa ind stria movimentou US 255 bilh es em 2008 Gutierrez e Mendes 2009 e a segunda ind stria que possui a maior margem de lucro em suas opera es cerca de 20 superada somente pela ind stria farmac utica Carvalho 2006 At os anos 1960 a ind stria mundial de chips era totalmente verticalizada ou seja as empresas de manufatura integrada IDM Integrated Devices Manufacturers realiza vam todas as etapas da cadeia produtiva dos semicondutores concep o do produto projeto design do co
274. o s culo XXI tema de discuss es em f runs internacionais e item sem pre presente nas agendas de institui es p blicas e privadas Um dos resultados mais percept veis das confer ncias internacionais na ultima d cada foi a incorpora o da sustentabilidade nos debates sobre desenvolvimento Governos universidades ag ncias multilaterais e empresas de consultoria t cnica introduziram em escala e extens o crescentes considera es e propostas que refletem a preocupa o com o esverdeamento de projetos de desenvolvimento e a democratiza o dos pro cessos de tomada de decis o Muitas ONGs adotando um posicionamento cr tico em rela o defini o oficial de desenvolvimento dos governos e ag ncias internacionais entendem sustentabilidade como o princ pio estruturador de um processo de desen volvimento centrado nas pessoas e que poderia se tornar o fator mobilizador e moti vador nos esfor os da sociedade para transformar as institui es sociais os padr es de comportamento e os valores dominantes Rattner 1999 233 Qual a raz o de tal import ncia Por que surge agora com tanta for a nas agen das pol ticas e empresariais E o que significa afinal sustentabilidade 24 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Todas essas quest es v m sendo respondidas por diversos autores alguns com muita propriedade O que queremos destacar neste texto nossa vis o pessoal sobre o tema em
275. oco no fortalecimento das ativi dades de ci ncia e tecnologia Entre as iniciativas importantes est o a Lei da Inform tica 1991 a Lei de Biosseguran a 1995 a Lei da Propriedade Industrial 1996 a Lei de Cultivares 1997 a Lei de cria o do Fundo Setorial do Petr leo e G s CTPetro 1997 e a Lei de Software 1998 Pacheco 2003 10 Para saber mais sobre a concep o e execu o dos Fundos Setoriais consulte Pereira Hasegawa e Azevedo 2006 11 Nos Editais de subven o econ mica a empresas da FINEP um dos crit rios para a avalia o das pro postas a Articula o sist mica de parceiros diversidade e complementaridade de atribui es institui es locais estaduais regionais p blicas privadas de cr dito de fomento de C amp T etc FINEP 2006 GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 63 Quadro 1 Evolu o dos recursos do FNDCT disponibilizados em editais do MCT para a execu o de pesquisa colaborativa por tipo de arranjo e mil Reais R mil por tipo de arranjo Recursos por ano R mil Tipo de arranjo 2008 Arranjos produtivos locais APLS 0 o 0 0 40 000 0 16 100 12 400 0 Redes t cnico cient ficas 0 0 5 000 4 000 50 300 10 000 271 800 90 866 224 500 Parques Tecnol gicos 12 000 0 4 000 0 o 0 0 0 40 000 Incubadoras de empresas Ee 12 000 3 500 5 400 3 400 11 600 14 000 0 15 500 10 000 de
276. oduto e oferecimento de diversos servi os como atualiza o manuten o suporte de opera o e coleta dos produtos descartados Umeda Nonomura amp Tomiyama 2000 149 150 tradu o nossa A segunda op o consiste portanto no Sistema Produto Servi o SPS no qual o produto recircula ap s o final de seu ciclo de vida tornando se assim um ve culo que entrega servi os para os clientes transformando a ind stria manufatureira em uma ind stria que projeta e gerencia todo o ciclo de vida do produto o que exige a reconfigura o dos projetos de produtos Em outras palavras quase imposs vel sem alterar as estrat gias de neg cios do tra dicional ciclo de vida aberto da produ o em massa para o ciclo de vida fechado do desenvolvimento sustent vel O paradigma p s produ o em massa requer uma mu 9 Outro impacto positivo desse modelo a maior demanda por m o de obra que significa a gera o de trabalho e renda em organiza es como cooperativas de reciclagem 182 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 dan a estrutural do projeto ou seja enquanto designers tradicionalmente projetam apenas produtos n s devemos projetar ciclos de vida do produto como um todo Umeda Nonomura amp Tomiyama 2000 150 tradu o nossa A implementa o de cadeias produtivas reversas e os novos modelos de neg cio SPS convergem para uma nova concep o de desenvolvimento de produto que a lite r
277. of the European Parliament and of the council of 27 January 2003 on the restriction of the use of certain hazardous substances in electrical and electronic equipment Official Journal of the European Union DIRECTIVE 2011 65 EU of the European Parliament and the council of 8 June 2011 on the restriction of the use of certain hazardous substances in electrical and electronic equip ment Official Journal ofthe European Union DOWLATSHAHI S Developing a theory or reverse logistics Divis o de Administra o da Universidade de Missouru Kansas 2000 FEAM Funda o Estadual do Meio Ambiente Invent rio de res duos s lidos industriais e miner rios ano base 2009 Belo Horizonte FEAM 2010 FREEMAN C The Greening of Technology and Models of Innovation Technological Fore casting and Social Change v 53 n 1 pp 27 39 1996 FUNDA O CERTI Aplica o do Ecodesign em produtos eletroeletr nicos 2 Oficina Am bientronic Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer Campinas 2009 KEMP R ARUNDEL A Survey Indicators for Environmental Innovation Paper series 8 IDEA 1998 KEMP R Technology and environmental policy innovation effects of past policies and sug gestions for improvement OCDE Environmental policy and technical change 2000 LAMBERT D M STOCK J R VANTINE J G Administra o estrat gica da log stica S o Paulo Vantine 1998 MANZINI E VEZZOLI C O desenvolvimento de produtos sustent ve
278. ojetos de ecodesign o projetista seleciona e articula solu es de projeto se gundo seu impacto nas etapas do ciclo de vida do produto fabrica o embalagem uso troca de pe as e disposi o final O ecodesign tem uma abordagem transversal e multidisciplinar de projeto que contempla todos os aspectos envolvidos na utiliza o do produto inclusive considerando outros produtos e atores necess rios para a sua fabrica o transporte e uso Tingstr m e Karlsson 2006 salientaram a multidisci plinaridade do ecodesign considerando que o desenvolvimento de um novo produto 10 De acordo com Silva e Heemann 2007 o termo Ecodesign foi introduzido em 1971 por Victor Papa nek no livro Design for the Real World Desde ent o diversas varia es t m sido propostas como o Design for Environment Green Design Design for Sustainability Design for Disassembly e Life Cycle Design Para Rose 2000 o termo Ecodesign mais usado nos Estados Unidos sendo o Design for Environment mais comum na Europa GEST O DA CADEIA PRODUTIVA DE CICLO FECHADO EM EMPRESAS DO SETOR 183 n o um processo linear e repetitivo um processo complexo onde intera es ines peradas entre o produto e o meio podem surgir o que requer o uso de modelos n o lineares para a realiza o de testes de produtos Apesar de ser frequente a vis o de que a ado o de estrat gias ambientais implica em aumento de custos o ecodesign uma pr tica que na maioria
279. ol gico a inova o de produtos e processos uma atividade essencial para a competitividade sustent vel das organiza es Contudo o desenvolvimento e difus o de inova es um processo carregado de incertezas e riscos que requer m todos espec ficos de gest o exigindo habilidades e conhecimentos distintos daqueles usados na administra o dos processos rotineiros Tidd Bessant e Pavitt 2005 As incertezas e riscos dos processos de inova o decorrem da complexidade e diversidade das vari veis envolvidas Em primeiro lugar os produtos das ind strias inovativas s o em geral voltados a mercados globais cujas exig ncias est o em cons tante transforma o atendidos por uma concorr ncia tamb m globalizada que se mobiliza regularmente para inovar Em segundo lugar dada a complexidade de seus 1 A defini o de inova o aqui utilizada a proposta pela OECD 1995 produtos ou processos intro duzidos em mercados cuja difus o depende de uma s rie de atividades cient ficas tecnol gicas organi zacionais financeiras e comerciais todas conectadas e convergentes 2 importante observar aqui que essas incertezas dependem de fatores espec ficos a cada processo de inova o e seu ambiente como a complexidade t cnica o grau de maturidade das tecnologias envolvi das a estrutura de mercado para a inova o entre outros fatores internos e externos Kline e Rosenberg 1986 O presente cap tulo se refere s
280. onal Publicacoes Consulta_Expressa Setor Complexo_Eletro nico 201006 01 html Acesso em 22 06 2011 INCT NAMITEC Annual activity report Apr 2009 Mar 2010 year one INCT NA MITEC 2010 74p Dispon vel lt http Namitec ctigov br index php option com galeria amp tmpl component amp no html i amp task getfile amp id 553 amp name relatorio abrilzo1o anexos 13mai pdf gt Acesso em 13 05 2011 KAY J J et al An ecosystem approach for sustainability addressing the challenge of complexity Futures v 31 n 7 September 1999 p 721 774 MIGUEL H O Pol tica de Apoio a Pesquisa Desenvolvimento e Inova o de Componentes Se micondutores Dispon vel em lt http www google com Henrique 20de 20 Oliveira 20Mi guel 20SECRETARIA 20DE 20POL C3 8D TICA 20DE 20INFORM C3 81TICA amp e Acesso em 22 de jun de 2011 MINIST RIO DA CI NCIA E TECNOLOGIA MCT PACTI Principais Resultados e Avan os 2007 2010 dezembro de 2010 168p Dispon vel em lt http www mct gov br upd blob 0214 214525 pdf gt Acesso em 22 06 2011 MINIST RIO DA CI NCIA E TECNOLOGIA MCT Plano Plurianual 2008 2011 Orienta es Estrat gicas do Minist rio da Ci ncia e Tecnologia Bras lia s d 6op Dispon vel em lt http www mct gov br upd_blob o204 204825 pdf gt Acesso em 30 01 2011 MINIST RIO DA CI NCIA E TECNOLOGIA MCT Programa CI Brasil Estrat gias de Fomento cria o e implanta o de EMPRESAS DE PROJETOS DE CIRCUITOS IN
281. onte de renda Essa a o integradora do Projeto TAMAR que ao inv s de negar ou repudiar a realidade da vida daquelas fam lias que dependiam dos ovos para a sua subsist ncia trouxe os para dentro do novo sistema um princ pio importante para se alcan ar a verdadeira sustentabilidade 23 Urg ncia e irreversibilidade grande a probabilidade de ocorrer frustra o se houver a expectativa de que as pessoas tenham espontaneamente comportamentos sustent veis N o se trata de se acomodar diante de comportamentos perniciosos mas de reconhecer as suas ori gens mais profundas e trabalhar com intelig ncia compet ncia e perseveran a para transformar a realidade o que inclui mas n o se limita a a es para conscientiza o sensibiliza o e educa o Para ter solu es sustent veis efetivas preciso conseguir mobilizar as pessoas envolvidas que a melhor op o ou ent o haver respaldos legais eficazes pois infe lizmente nem sempre poss vel adotar uma solu o como a do projeto TAMAR que integre de modo t o harm nico todos os agentes envolvidos com a velocidade e a 34 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 abrang ncia necess rias Muitos dos problemas planet rios exigem a es r pidas e contundentes as quais s podem se viabilizar atrav s da for a da lei Tomemos como refer ncia da necessidade de solu es r pidas e profundas o tra balho desenvolvido em 2009 por u
282. opondo uma mudan a de cria o de valor para o acionista para cria o de valor comparti lhado no qual os interesses dos varios stakeholders s o contemplados Ou Prahalad que h anos mostra como atitudes cooperativas dentro e fora das empresas podem trazer resultados interessantes para os neg cios V rios outros pensadores poderiam ser citados al m desses dois cones da estrat gia empresarial como Kotler e Mintz berg por exemplo Mesmo empresas com impactos diretos ao meio ambiente relativamente peque nos est o iniciando a implanta o de pr ticas e processos que sejam ambientalmente sustent veis Por exemplo uma empresa de servi os que estimula seu funcion rio a n o usar copos pl sticos ou que contabiliza a quantidade de carbono emitida nos transportes de seus funcion rios e na sua cadeia de valor Uma vis o superficial e imediatista poderia considerar essas pr ticas in cuas frente aos grandes volumes de lixo e de outros poluentes gerados por ind strias de grande porte Por m essas pequenas mudan as podem mobilizar efeitos multiplica dores com potencial para produzir impactos positivos em tr s diferentes vertentes Na cadeia de valor onde a empresa se situa em especial junto aos fornecedores das v rias camadas que podem ser estimulados a se alinharem a esse princ pio sustent vel Na sociedade como um todo pois as empresas s o importantes matrizes sociais cujos vetores s o seus fun
283. ores fundamentais no apoio inova o universidades Institutos de Ci ncia e Tecnologia ICTs governo Empresas de Base Tecnol gica EBTs ou de setores tradicionais e a sociedade O objetivo de um parque criar um habitat estimulador de talentos empreendedores com a disponibiliza o de 1 O conceito de ecossistemas organizacionais revisado e discutido no Cap tulo 2 Gest o de arranjos multiorganizacionais para a inova o a contribui o do conceito de ecossistemas organizacionais 116 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 servi os compartilhados visando o melhor aproveitamento dos recursos governamen tais em especial os incentivos oferecidos para as atividades de inova o tecnol gica A maior diferen a entre os parques cient ficos e os tecnol gicos o tipo de v nculo com a universidade O parque cient fico localizado nas proximidades de um cam pus prioriza o desenvolvimento de projetos de parceria entre as empresas e os mais variados grupos acad micos de pesquisa O parque tecnol gico tem maior capilari dade com grande participa o da PD amp I das empresas privadas ou seja a atividade de pesquisa pode ser exclusivamente desempenhada pelas empresas n o havendo a necessidade de ser oriunda da universidade Apesar da distin o entre parque cient fico e tecnol gico estudos apontam a im port ncia do v nculo universidade empresa pois as corpora es que se mant m pr
284. organiza es envolvidas Contudo a simples constitui o desses arranjos n o garante o sucesso dos esfor os inovativos Em primeiro lugar para cumprir o objetivo de somar diferentes com pet ncias os arranjos multiorganizacionais comp em se de institui es heterog ne as o que gera dificuldades de comunica o e integra o cuja supera o depende de 3 Um exemplo da influ ncia da regula o na dire o da inova o est no Cap tulo 8 Gest o da cadeia produtiva de ciclo fechado em empresas do setor eletroeletr nico para adequa o a requisitos ambientais GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 55 mecanismos eficazes de coordena o Em segundo lugar frequentemente tais arran jos s o limitados em termos de institui es participantes Como observado anterior mente isso torna igualmente limitadas as possibilidades de tais arranjos induzirem um processo completo de circula o de tecnologia gerador de inova o para o qual imprescind vel a participa o de uma ampla gama de organiza es que cumprem fun es espec ficas nesse processo por exemplo fun es tecnol gicas regulat rias e mercadol gicas e que trabalham em conjunto A inova o especialmente a tecnol gica mas tamb m a organizacional e comercial hoje reconhecida como um processo coletivo e n o mais como apenas um fen meno f sico e social surgindo do g nio de alguma mente investigativa e genial O p
285. organizacionais A considera o de todos esses fatores como importantes no processo de inova o ao destacar as intera es entre diferentes atores refor a a concep o da inova o como um processo coletivo em que o todo se torna maior do que as somas das partes isola damente Nessa concep o n o fazem mais sentido os modelos ofertistas lineares que supunham a atua o isolada dos diferentes agentes envolvidos no processo inovativo Frequentemente essas novas teorias e conceitos baseados no enfoque sist mico fun cionam como embasamento te rico s o a base te rica de pol ticas de inova o basea das na organiza o e coordena o de arranjos multiorganizacionais Em diversos pa ses as pol ticas tecnol gicas t m enfatizado programas de coopera o entre os setores p blicos e privado para estimular e apoiar os esfor os das empresas reduzir riscos e maximizar os resultados da capacita o cient fica constitu da local mente Esses esfor os al m de incentivar as parcerias entre universidades institutos de pesquisa e empresas est o voltados maior intera o entre as pr prias empresas seja na forma de redes cooperativas de pesquisa centros compartilhados infra estrutu ras comuns ou por meio de pol ticas expl citas de suporte a arranjos e sistemas locais de inova o Lotufo 2009 42 Marques e Abrunhosa apontam que a influ ncia das novas teorias da inova o tamb m afeta as pol ticas de
286. organizacional de empresas brasileiras de eletroeletr nicos po dendo promover o aumento de sua competitividade e sua maior inser o no com rcio internacional A natureza dessas regula es possibilita que as empresas adotem novas estrat gias de neg cios entre elas a inclus o de novas vari veis no design dos produ tos Design for Environment Rose 2000 como a restri o de subst ncias ambien talmente agressivas a reciclabilidade a homogeneiza o de materiais mecanismos para montagem desmontagem de equipamentos Tamb m traz a oportunidade de desenvolver novos modelos de relacionamento com os clientes nos quais as empresas oferecem servi os associados ao equipamento ao inv s de transferir sua propriedade para o cliente Sistema Produto servi o mudando se a l gica de obsolesc ncia pro gramada Manzini amp Vezzoli 2002 Mont amp Tukker 2006 Isso contudo requer que as empresas ampliem seu escopo de atua o visando implementar a cadeia produtiva de ciclo fechado 2 1 Cadeia produtiva de ciclo fechado A cadeia produtiva de ciclo fechado incorpora etapas que v o desde a produ o de mat rias primas at a recupera o do equipamento ao final da vida til e seu repro cessamento Ou seja a implementa o de cadeias produtivas de ciclo fechado requer esquemas de cadeia produtiva reversa envolvendo a integra o das atividades de co leta de produ o reversa desmontagem e reuso e de distribui
287. os autores o portal um sistema de informa es centrado no usu rio integrando e divulgando conhecimentos e experi n cias de indiv duos e equipes atendendo assim s necessidades atuais de organiza es baseadas no conhecimento Uma forma de classificar os portais se refere ao contexto de utiliza o p blico ou corporativo Os portais p blicos t m uma rela o unidirecional com os usu rios Em ge ral o principal prop sito atrair grande n mero de visitantes para construir audi ncias on line onde se discutem tend ncias de assuntos de interesse J os portais corporativos t m como principal prop sito expor e disponibilizar informa es espec ficas de neg cios para auxiliar os usu rios de sistemas informatizados a serem mais competitivos Os diferentes tipos de portais corporativos trazem um conjunto de ferramentas funcionalidades e componentes novos para o enfrentamento dos diversos problemas das organiza es que sob a perspectiva da gest o do conhecimento tem como fun 10 Segundo Reynolds e Koulopoulos 1999 o portal corporativo tem evolu do de forma a integrar o conhecimento expl cito contido em arquivos e bases de dados com o conhecimento t tico como resulta dos de projetos e elementos heur sticos das decis es na organiza o desenvolvimento como ferramenta instrucional dentre outros 90 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Fonte Adaptado de Terra e Gordon 2002
288. os em larga escala h s culos Por m apesar de muito s rias essas n o s o as nicas consequ ncias negativas de tais modelos A m distribui o de renda existente entre diferentes estratos sociais e na es outra de suas faces perversas com consequ ncias s rias para uma parcela significativa da popula o mundial que vive numa situa o de pobreza extrema Existem ainda diversos outros sintomas desses mesmos modelos como sistemas pol ticos dissociados das reais necessidades da sociedade sistemas financeiros asse melhados a cassinos globalizados quando deveriam promover a gera o de rique zas reais dissemina o de valores contr rios ao bem comum e valoriza o do ser humano como consumismo hedonismo e imediatismo tamb m s o aspectos dire tamente ligados aos tais modelos que precisam ser revisados com a profundidade e a urg ncia necess rias INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 25 1 1 Desafios centrais para a sociedade no s culo xx1 Como consequ ncia deste estado pernicioso vida e dignidade humana a socieda de atual se depara com alguns desafios de grande envergadura os quais podem ser sintetizados em duas quest es centrais Como e quando ser substitu do o modelo econ mico vigente do lucro sem responsabilidade que leva acumula o de riquezas numa ponta e ao desem prego e mis ria em outra Como e quando seremos capazes de substituir o paradigma dominante no uni
289. osi o s teorias dominantes na administra o que fazem do homem um objeto a ser dirigido gt 6 Coopera o e capital intelectual para sustentabilidade de ecossistemas O Brasil vem adotando desde a d cada passada principalmente nas reas de ci ncia tecnologia e inova o modelos que privilegiam a coopera o interorganizacional como os INCT Institutos Nacionais de Ci ncia e Tecnologia criados em 2009 as v rias redes organizacionais do SIBRATEC Sistema Brasileiro de Tecnologia em opera o desde 2007 al m de v rias outras modalidades de arranjos organizacio nais como os APL Arranjos Produtivos Locais Parques Tecnol gicos entre outros Os arranjos cooperativos s o mais sustent veis pois al m de proporcionar um melhor aproveitamento dos recursos alocados proporcionam uma abordagem mais abrangente sist mica das quest es envolvidas Os conceitos associados teoria de sistemas apresentados anteriormente per mitem entender as raz es pelas quais esses arranjos cooperativos produzem mais e melhores resultados uma vez que existem tanto ganhos de escala pela sinergia gera da como ganhos de escopo pelas propriedades emergentes do sistema cooperativo Mas para que um sistema organizacional seja efetivamente sustent vel n o sufi ciente a disponibilidade de um conjunto adequado de recursos e de compet ncias necess rio tamb m que estes sejam convenientemente integrados e articulados de
290. ossam contribuir para o desenvolvimento sustent vel em termos ambientais econ micos e sociais da ind s tria eletr nica brasileira Tamb m se espera que o livro aprimore o conhecimento sobre referenciais te ricos e metodol gicos que possam orientar a es em outras ind strias destacando se o conceito de ecossistemas organizacionais colaborativos e sua gest o Para finalizar essa apresenta o oportuno frisar que o livro n o teria sido elabora do sem a frut fera colabora o e interc mbio de ideias entre os autores dos diversos cap tulos pertencentes a diversas institui es mas que compartilham um sentimento comum a colabora o que torna o todo maior que a soma das partes individuais e com esse sentimento colaborativo que deve ser gerido qualquer ecossistema organiza cional Sem esse sentimento esse livro certamente n o teria se materializado Obrigado pela escolha de nosso livro e boa leitura Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo Marco Antonio Silveira organizadores SE O GEST O DE ECOSSISTEMAS ORGANIZACIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO S CIOECON MICO CAP TULO 1 Introdu o sustentabilidade organizacional integrando o capital humano aos ecossistemas organizacionais Marco Antonio Silveira gt Introdu o O TERMO SUSTENTABILIDADE comporta v rias interpreta es e abordagens Mui to embora sua origem remonte aos anos 80 trata se do conceito emergente mais importante d
291. ossistema organizacional da ind stria eletr nica brasileira Nes sa se o s o apresentados resultados de estudos e de a es de interven o do GAIA e de seus colaboradores mais pr ximos A Se o 3 composta de quatro cap tulos No Cap tulo 6 Pol ticas setoriais de fomento ind stria microeletr nica no Brasil des cri o e resultados Ana Karina da Silva Bueno descreve as principais pol ticas desen volvidas para fomentar a ind stria eletr nica brasileira apresentando alguns de seus resultados e defici ncias determinantes do desempenho desse setor t o importante para diversos setores de atividade empresarial O Cap tulo 7 Avalia o do Ciclo de Vida como ferramenta para sustentabilidade do setor eletroeletr nico de Jos Rocha Andrade da Silva e Tiago Barreto Rocha descreve as atividades envolvidas na Ava lia o de Ciclo de Vida ACV de produtos destacando a import ncia desse tipo de avalia o como balizador da busca da sustentabilidade ambiental econ mica e social na produ o de eletroeletr nicos A incorpora o da problem tica ambiental no setor de eletr nicos discutida com base em um estudo do setor brasileiro de equipamentos eletrom dicos no Cap tulo 8 Gest o da cadeia produtiva de ciclo fechado em empresas do setor eletroeletr nico para adequa o a requisitos ambientais Neste cap tulo Mar lia Tunes Mazon e Daniela da G e S V M de Moraes investigam as mudan as introduzi das nessa
292. para os praticantes de ACV presas e do governo no sentido do desenvolvimento da t cnica de ACV no Brasil tais como O Programa de Rotulagem Ambiental da ABNT descrito no Box 3 Os documentos contendo os crit rios do programa s o preparados com base em uma vis o geral sobre aspectos relacionados avalia o do ciclo de vida dos produ tos e em informa es de especifica es para produtos similares desenvolvidos pelos membros do Global Ecolabellin Network GEN Neste sentido e considerando a necessidade de se inserir e tornar efetiva a ACV como um instrumento de apoio sustentabilidade ambiental no Brasil o governo lan ou em 2010 o Programa Brasileiro de Avalia o do Ciclo de Vida PBACV Tal programa estabelece diretrizes para apoiar as a es de ACV no sentido de aumentar a qualidade ambiental da produ o da ind stria brasileira e a promover o acesso aos mercados interno e externo Na mesma tend ncia o Centro de Tecnologia da Informa o Renato Archer CTT com apoio dos minist rios de Ci ncia Tecnologia e Inova o MCTI Desenvolvi mento Ind stria e Com rcio Exterior MDIC e Meio Ambiente MMA criou e coor dena o projeto AMBIENTRONIC Este projeto pretende auxiliar o setor de equipa mentos eletroeletr nicos do Brasil na adequa o s normas ambientais e desenvolvi mento de tecnologias para sustentabilidade incluindo a ACV como uma das t cnicas para alcan ar esse objetivo 9 Mai
293. pe das Manh s da Inova o atuar o formando um mudball a partir do qual outros usu rios e interessados se agregar o conceito de estigmergia 3 3 Gest o do desenvolvimento do Portal Como apresentado anteriormente o desenvolvimento do Portal ficou a cargo de uma empresa especializada em desenvolvimento para a Internet ou seja foi terceirizado ficando a homologa o do Portal sob responsabilidade da equipe t cnica do GAIA Ap s esta defini o foram fixados tr s aspectos cr ticos na gest o do desenvolvimento do Portal defini o dos requisitos estrat gia de teste qualidade e gest o de risco A literatura de gest o de projetos indica que falhas na defini o do escopo sendo parte fundamental deste a correta defini o dos requisitos podem facilmente levar ao fracasso dos projetos Seguindo se ent o pr ticas em gest o de projetos adequadas a este desenvolvimento houve uma grande preocupa o com a qualidade dos requisitos do Portal Foi acordado que a empresa desenvolvedora faria entregas intermedi rias at que todo o desenvolvimento fosse conclu do Como forma de assegurar o enten dimento dos requisitos foram estabelecidos Crit rios de Aceita o Estes crit rios foram elaborados pela equipe t cnica do GAIA e validados pela empresa desenvolve dora provendo desta forma informa es precisas para o desenvolvimento das fun cionalidades por parte da empresa desenvolvedora e tamb m fornecendo co
294. perativos um fator chave para promover a competitividade de uma ind stria APRESENTA O 17 garantindo que os atores estejam alinhados a objetivos comuns que criem sinergias potencializando os resultados positivos das a es dos diversos membros desses ecos sistemas em fun o dos objetivos e motivadores dessas a es A Se o 1 composta de 2 cap tulos cujo objetivo principal apresentar os fundamentos conceituais que norteiam os demais cap tulos do livro tratando portanto das ideias fundadoras que orientam o livro como um todo No Cap tulo 1 Introdu o sustentabilidade organi zacional integrando o capital humano aos ecossistemas organizacionais Marco Anto nio Silveira define e discute o conceito de sustentabilidade organizacional utilizando o enfoque triple bottom line que concebe a sustentabilidade como um estado de equili brio entre as dimens es ambiental econ mica e social O autor argumenta que o uso do capital intelectual presente nas organiza es um meio efetivo para o desenvolvimento equilibrado dessas tr s dimens es N o por acaso este o cap tulo que abre o livro o conceito de sustentabilidade apresentado norteia os cap tulos seguintes que atrav s de diferentes enfoques buscam responder a uma pergunta comum como promover a sus tentabilidade de arranjos colaborativos e organiza es individuais fomentando pro cessos de inova o tecnol gica coletivamente constru dos e basea
295. planta o no pa s da cadeia a montante do processo de montagem final dos bens No entanto vale ressaltar que o incentivo em quest o deve ser implantado de uma forma que n o desincentivem as empresas que s o montadoras de bens finais e que eventualmente n o tenham condi es t cnicas ou de mercado para utilizar os componentes difundidos e ou montados no pa s Os entrevistados mencionaram experi ncias internacionais que mostram que as inova es na rea de microeletr nica requerem arranjos multiorganizacionais que poderiam ser estimulados por pol ticas de coopera o entre as design houses e o setor produtivo Os especialistas afirmam que a constitui o desses arranjos atrav s de legisla es e decretos n o condi o suficiente para internalizar a ind stria de mi croeletr nica no Brasil Apesar dos avan os na elabora o das pol ticas de incentivos e benef cios espec ficos para a rea de microeletr nica destacando o PADIS Lei n 11 484 2007 n o h nenhuma empresa fabricante de semicondutores beneficiada com estes incentivos Al m disso o pa s conta com apenas uma f brica de encap sulamento de mem rias SDRAM duas de semicondutores discretos componentes isolados n o circuitos integrados tais como diodos transistores etc utilizados por exemplo na fabrica o de fontes de alimenta o e uma empresa de projeto de circui tos integrados pertencentes a uma empresa multinacional A cria o do CEITEC
296. processo Essa concep o leva s disparidades usuais entre formula o e implementa o de pol ticas p blicas Pres sman e Wildavsky 1984 resultados inesperados captura por grupos de interesse entre outros problemas que comprometem a sustentabilidade ambiental econ mica e social dos arranjos concebidos No caso dos arranjos concebidos na forma de redes t cnico econ micas como conceituado por Callon fica bem clara a nfase das redes brasileiras no p lo cienti fico produ o de conhecimento e o p lo tecnol gico aplica o do conhecimento Falta contudo a participa o efetiva do p lo de mercado compreendendo as empre sas e os usu rios que materializam a inova o Nas redes brasileiras a maioria dos 74 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 intermedi rios trocados entre os p los que mediam as intera es dos atores s o documentos acad micos palestras e cursos objetivados para a forma o de recursos humanos e vinculados a eventos direcionados para a produ o cient fica Interme di rios de mercado necess rios para concretizar a inova o s o muito raramente trocados em redes como os INCTs Institutos Nacionais de Ci ncia e Tecnologia Para que se promova a atividade inovativa necess rio que as empresas privadas assumam um papel de maior destaque nessa rede como proposto por Castells 1996 apud Corallo e Protopapa 2007 Mais ainda necess ria a atua o coordenada de
297. processos incluindo novas regula es podem inviabilizar uma inova o Rosenberg 1996 A redu o das incertezas inerentes aos processos de inova o tecnol gica exige a utiliza o de uma vasta gama de recursos tang veis e intang veis financeiros intelec tuais organizacionais humanos relacionais etc que podem ser internos ou exter nos s organiza es A busca sele o e utiliza o desses recursos requer uma grande diversidade de compet ncias de gest o que incluem compet ncias para gerir recursos pertencentes s organiza es relacionados aprendizagem organizacional gest o do conhecimento desenvolvimento de produtos processos in house etc e recursos de outras organiza es gest o de coopera es prospec o tecnol gica adequa o re gula o intelig ncia de mercado entre outros Tidd Bessant e Pavitt 2005 Frente a essas exig ncias a organiza o de arranjos multiorganizacionais uma so lu o que diversas organiza es levam a cabo com vistas ao desenvolvimento de ino va es de alta complexidade e custo Faems Van Looy e Debackere 2003 enumeram os seguintes benef cios desses arranjos 1 acesso a ativos complementares necess rios para o sucesso comercial de projetos de inova o 2 aquisi o de conhecimento t cito e codificado pertencente a outras organiza es criando se novas compet ncias 3 dilui o dos custos de Pesquisa e Desenvolvimento P amp D entre as
298. quanto p blicas OCDE 2005 O Manual de Oslo apresenta quatro tipos de inova es inova es de produto ino va es de processo inova es de neg cio e inova es de marketing OCDE 2005 A inova o de produto refere se disponibiliza o ao mercado de produtos ou servi os novos ou com aperfei oamentos significativos No caso da inova o de processo as TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA INOVA O TECNOL GICA E DESENVOLVIMENTO 103 45 000 40 000 38 8 mil mestres titulados em 2009 35 000 30 000 25 000 20 000 11 4 mil doutores titulados em 2009 15 000 10 000 5 000 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 Figura 1 Mestres e doutores formados anualmente MCT 2010 mudan as referem se aos m todos de produ o e distribui o dos produtos Inova es de neg cios envolvem novas formas de comercializar os produtos novas pr ticas de neg cios ou novas estruturas organizacionais A inova o de marketing por sua vez pode incluir novas maneiras de precificar posicionar ou promover os produtos Atualmente o Brasil possui uma Pol tica de Ci ncia e Tecnologia bem sucedida o que pode ser constatado pela evolu o e pela quantidade de mestres e doutores que s o formados anualmente conforme mostra a Figura 1 Al m disso o pa s responde por 2 12 da produ o cient fica mundial e o n mero de artigo
299. que acompanha o produto do ber o ao t mulo ou ao se con siderar o aproveitamento do produto ap s o uso do ber o ao ber o O diagrama sim plificado da Figura 2 ilustra as principais fases do ciclo de vida de um produto Aplicada ao gerenciamento ambiental a ACV auxilia na identifica o dos pontos AVALIA O DO CICLO DE VIDA COMO FERRAMENTA PARA SUSTENTABILIDADE 161 cr ticos de cada fase do processo produtivo e fornece aos planejadores e tomadores de decis o par metros sist micos objetivos para compara o das vantagens e desvanta gens de duas ou mais solu es tecnol gicas Resumidamente as principais fases do ci clo de vida de um produto podem ser descritas da seguinte forma Ribeiro et al 2003 a Fase1 Obten o da mat ria prima extra o de recursos naturais por exem plo o corte de rvores ou a extra o de petr leo Ainda nessa fase inclui se o processamento da mat ria prima para a obten o dos materiais componentes ou pe as de por exemplo papel ou pl stico fabricados a partir de madeira ou petr leo esse exemplo envolve dois produtos com as mesmas funcionalidades mas impactos ambientais significativamente distintos Fase 2 Manufatura do produto onde os materiais constituintes j processa dos s o transformados em produtos que seguindo o exemplo anterior pode riam ser copos descart veis de papel ou pl stico Fase 3 Processos de embalagem transporte e comer
300. ra sileira foi formulada a proposta de um projeto denominado AMBIENTRONIC cujos fundamentos ser o apresentados a seguir visando exemplificar caminhos vi veis para uma a o colaborativa visando sustentabilidade de ecossistemas organizacionais Esta proposta de apoio s empresas eletr nicas foi delineada com base em tr s princ pios desenvolvimento socioecon mico com equil brio ambiental integra o do capital intelectual dispon vel e desenvolvimento gradual de um ecossistema orga nizacional favor vel 1 AMBIENTRONIC um termo criado em 2002 por membros da Divis o de Qualifica o de Compo nentes e Produtos Eletr nicos do CTI MCTI GEST O DA SUSTENTABILIDADE EM ECOSSISTEMA ORGANIZACIONAL 191 O primeiro princ pio diz respeito ao apoio para que as empresas possam se ade quar s boas pr ticas ambientais sem perder de vista a viabiliza o dos seus neg cios e os demais interesses da sociedade Trata se portanto de apoiar o desenvolvimento sustent vel da ind stria integrando efetivamente dimens o ambiental s dimen s es econ mica e social O segundo princ pio desta proposta a coordena o dos agentes que atuam no ecossistema alvo empresa institui es de ensino e pesquisa IEPs entidades gover namentais institui es de fomento e organiza es regulamentadoras com nfase na gest o integrada do capital intelectual presente nessas organiza es A experi ncia do autor com gest
301. ra D Pedro Ie Bandeirantes O empreendimento ocupa uma rea de 524 000 m sendo 70 000 m de rea verde O condom nio abriga 65 empresas que geram 3 500 8 Na rea restante do Polo 2 do CIATEC 1 milh o m que pode ser comercializado e 4 milh es m n o podem ser usadas porque s o reas de Preserva o Permanente APP e reas verdes Atualmente est o instalados o Laborat rio Nacional de Luz S ncroton LNLS a Funda o CPqD dentre outras Os bancos Itau Unibanco e Santander adquiriram reas para implantar os respectivos polos de tecnologia e de pro cessamento no segundo semestre de 2012 9 A Lein 12 653 2006 disp e sobre a Concess o de Incentivos Fiscais para Empresas de Base Tecnol gica no Munic pio de Campinas 10 Para que seja considerada de conte do tecnol gico as empresas devem ser prestadoras de servi os na rea de inform tica e cong neres de biotecnologia biologia qu mica pesquisa e desenvolvimento eletr nica mec nica telecomunica es e reas afins al m de concentrar suas atividades em produtos ou servi os tecnologicamente inovadores de novas variedades ou em gera es atualizadas 124 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 empregos e 2 500 visitas por dia Techno Park 2011 A gest o do Techno Park realizada pelo Grupo Dpaschoal que estabelece uma estrutura empresarial com participa o majorit ria do capital privado Os incentivos fiscais oferecidos s o os
302. ratar os REEEs utilizando as melhores t cnicas de tratamento valoriza o e reciclagem identificar solu es consorciadas ou compartilhadas com outros gerado 3 No Brasil s o gerados aproximadamente 680 mil toneladas de REEEs por ano prevendo se a gera o de 22 milh es de toneladas de REEEs entre 2001 e 2030 FEAM 2010 4 Diretiva 2002 96 EC 5 Diretiva 2011 65 EU de 8 de junho de 2011 que substitui a Diretiva 2002 95 CE de 27 de janeiro de 2003 GEST O DA CADEIA PRODUTIVA DE CICLO FECHADO EM EMPRESAS DO SETOR 177 res de res duos fabricar embalagens com materiais que propiciem a reutiliza o ou a reciclagem disponibilizar pontos de entrega de res duos reutiliz veis e recicl veis J a Diretiva RoHS diz respeito restri o e quantidade m nima permitida para o uso de subst ncias perigosas em equipamentos eletroeletr nicos EEE S o elas chumbo merc rio c dmio cromo hexavalente bifenil polibromados PBB e teres difenil polibromados PBDE Esta diretiva baseia se no princ pio da precau o e sua efic cia depende da sua harmoniza o com a pol tica ambiental De maneira a de monstrar a conformidade dos EEE com os requisitos aplic veis a diretiva os fabrican tes elaboram uma declara o de conformidade Vale ressaltar que a restri o da utiliza o das subst ncias perigosas faz aumentar as possibilidades de reciclagem dos REEEs e a sua rentabilidade econ mica al m de dimi nuir o impacto
303. recho The geographic scope of a cluster can range from a single city or state to a country or even a group of neighbouring countries Porter 1990 16 apud Hamdouch 2008 Assim n o fica claro se as fronteiras de um cluster s o organizacionais ou espaciais tornando essa defini o de clusters muito pr xima de outras defini es de arranjos multiorgani zacionais como redes Outro problema da concep o de Porter supor que as liga es entre as organiza es s o necessariamente informais Hamdouch 2008 argumenta que os arranjos formais entre as organiza es t m papel muitas vezes fundamental no sucesso da mobiliza o de ativos complementares especialmente quando se trata de recursos financeiros e ou quando a apropria o de direitos de propriedade intelectual um fator importante Uma concep o de clusters alternativa de Porter foi apresentada em dois estudos da Organisation for Economic Co operation and Development OECD Boosting Inno vation The Cluster Approach de 1999 e Innovative Clusters Drivers of National Inno vation Systems de 2001 Hamdouch 2008 De acordo com esses trabalhos um cluster uma rede de produtores fortemente interdependentes centros de produ o de co nhecimento incluindo universidades e institutos de pesquisa institui es de liga o como corretoras e consultorias e clientes todos conectados em uma cadeia produtiva de agrega o de valor Essa abordagem destaca o car t
304. recursos federais O Bayh Dole Act tamb m determinava que as universidades e institutos de pesquisa realizassem ativi dades visando a transfer ncia de tecnologia As possibilidades da coopera o interorganizacional nesse per odo ficam bem claras na an lise explicativa de Saxenian 1990 sobre a retomada da competitividade das empresas estadunidenses do Vale do Sil cio na d cada de 1980 Para a autora n o foram empresas nem o Governo isoladamente os promotores da recupera o da re gi o mas sim o surgimento de redes de colabora o entre produtores especializados que geraram um processo de aprendizado coletivo A din mica da revitaliza o do Vale do Sil cio aparece na nova onda de empresas emer gentes de semicondutores Estas empresas junto a centenas de firmas de tecnologia vizi 6 Naverdade a nfase na aplicabilidade um aspecto que distingui o sistema americano de C T amp I desde o s culo XIX J em 1862 o Morrill Act criou o sistema de Land Grant Colleges garantindo suporte federal a Estados para a cria o de universidades que apoiassem setores espec ficos Dez anos depois da cria o do sistema o n mero de escolas de engenharia nos EUA havia passado de seis para setenta Noble 1977 7 Partes da Lei da Inova o implementada no Brasil em 2004 foram inspiradas no Bayh Dole Act Mo reira et al 2004 8 O problema da transfer ncia de tecnologia da universidade para as empresas discutido no Cap t
305. regi es do Brasil possibilitada pelo INCT Namitec Assim estudantes de p s gradua o orientados por professores de universidades perif ricas est o tendo acesso infraestrutura e recursos humanos dos grandes centros Outra recomenda o dos especialistas para formar recursos humanos na rea de microeletr nica a introdu o de cursos de forma o b sica em neg cios e empreendedorismo na rea tecnol gica Para os entrevistados o maior desafio do Programa CI Brasil que implementou 7 das 14 companhias de projeto design houses nacionais garantir a intera o com petitiva destas com o mercado nacional e internacional O depoimento de um dos entrevistados sintetiza e explica o argumento dos demais entrevistados As design houses foram implantadas com recursos p blicos est o no mesmo formato da Universidade e estas precisam ter uma vis o de neg cios O desafio est na intera o das design houses com a demanda por componentes de projeto local no mercado dos bens finais Vamos projetar chips para quem e para qu l gico que o Brasil tem um mercado promissor para se desenvolver projetos de circuito integrados de aplica o espec fica ASIC Mas ainda n o temos a credibilidade com o setor produtivo Neste sentido necess rio que as design houses se esforcem para formar um portf lio de clientes e divulguem seus projetos consolidados para ganhar credibilidade O pro blema que as design houses s o pequenas e
306. rela cionamento correspondente gera o de conhecimento resultante das rela es com outras organiza es como clientes e fornecedores Todos os autores que tratam do tema capital intelectual enfatizam a import ncia do componente capital humano por tr s raz es o seu potencial para aumentar o capital estrutural a sua capacidade para internalizar na empresa os frutos do capital de relacionamento e assim potencializar os resultados advindos a sua capacidade para gerar novos conhecimentos 6 2 Capital intelectual como instrumento para sustentabilidade Feitos esses esclarecimentos iniciais poss vel compreender porque solu es com base no uso competente do capital intelectual principalmente quando est o mobi lizados em algum tipo de arranjo cooperativo interorganizacional tendem a contri buir para a sustentabilidade Isso se fundamenta em tr s conjuntos de fatores que ser o discutidos a seguir o primeiro de natureza econ mica o segundo de natu reza tecnol gica e o terceiro de natureza intrinsecamente sist mica O capital intelectual um ativo econ mico assim como os tr s fatores econ mi cos de produ o cl ssicos terra capital e trabalho O uso competente desse quarto fator econ mico pode se constituir numa interessante alternativa aos investimentos dependentes de recursos financeiros como historicamente se verificou na retomada do desenvolvimento em diversos pa ses seja na recupera o d
307. respons vel pela gest o e pela especifica o das metas de atua o na C amp T amp I municipal O Polo I da CIATEC localizado no Km 104 da Rodovia D Pedro I compreende 73 hectares divididos em 49 lotes de terrenos com reas entre 4 000 m e 23 000 m das quais apenas 30 est o ocupados O Polo II situa se em uma rea de 8 milh es m s margens da Rodovia SP 340 ao lado das universidades UNICAMP e PUCC dos 6 Sobre a formula o das pol ticas de cria o do Polo e Parque de Alta Tecnologia de Campinas con sultar Silva 2008 dentre outros 7 A maior parte do terreno pertence Uni o na disputa judicial pela posse com a antiga Ferrovia Pau lista S A FEPASA S A PARQUE CIENT FICO DA UNICAMP PAPEL ESTRAT GICO NO DESENVOLVIMENTO 123 quais 3 milh es de m est o ocupados com 36 empresas O Plano Diretor da cidade de Campinas estabelece que esta rea pertence Macrozona 3 rea de Urbaniza o Controlada que exige as seguintes instala es eixo empresarial eixo tecnol gico cient fico e de conhecimento eixo institucional rea de preserva o ambiental rea de suporte habitacional rea de hotelaria e conven es e rea de esporte lazer e entre tenimento CIATEC 2011 A CIATEC beneficia as EBTs instaladas nos dois polos com os incentivos fiscais estabelecidos pela Lei municipal n 12 653 institu da em 2006 Para usufruir dos bene f cios as empresas s o enquadradas em u
308. rganiza o A fim de evitar uma vis o reducionista Stewart 1998 alerta sobre a cautela que se deve ter excessiva nfase no uso de tecnologias de informa o para administrar os recursos intang veis o que tem sido encontrados em algumas abordagens e ini ciativas de gest o do conhecimento sendo o exemplo mais comum a constru o de sistemas gerenciais como banco de dados ferramentas de comunica o e tecnologias de sistemas de informa o Sem excluir a import ncia destes recursos os autores destacam que a tend ncia tem sido a amplia o do conceito com maior enfoque na cria o e compartilhamento de recursos do conhecimento de forma integrada com a cultura organizacional e a motiva o dos trabalhadores do conhecimento Nessa perspectiva os portais corporativos podem ser aplicados a duas situa es que auxiliam a sustentabilidade organizacional Organiza o das informa es Permite gerenciar o conhecimento expl cito pois muitas organiza es sofrem com o excesso de informa o ou desorganiza o dos seus dados gerados abundante mente com os avan os tecnol gicos Para lidar com o caos informacional os por tais podem funcionar no compartilhamento de dados organizados facilitando o acesso e uso da informa o Interc mbio de conhecimento O conhecimento al m dos bancos de dados e estrat gias organizacionais est em cada indiv duo no formato t cito Para que esse conhecimento seja socializado
309. ria o e a implanta o da empresa p blica federal denominada Centro Nacional de Tecnologia Eletr nica Avan ada S A Ceitec vinculada ao MCT Swart 2010 269 Outras pol ticas governamentais tamb m consolidaram as medidas para atra o de investimentos para o setor de microeletr nica ao propor o Programa de Atra o de Investimentos Estrangeiros em Microeletr nica PAIEM e o Programa de Atra o de Investimentos em Displays PAIED e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnol gico da Ind stria de Semicondutores PADIS Os incentivos e benef cios s o disponibilizados tanto para empresas da rea de projetos como para empresas de fa brica o de circuitos integrados Os programas espec ficos para a internaliza o da ind stria microeletr nica o Programa CI Brasil e o Instituto Nacional de Ci ncia e Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletr nicos INCT Namitec e a implanta o do Ceitec est o descritos na pr xima sess o do cap tulo 2 2 O programa CI Brasil o INCT Namitec e o Centro de Excel ncia em Tecnologia Eletr nica Avan ada CEITEC O Programa ClI Brasil foi elaborado para atuar em duas frentes Numa frente ob jetiva se atrair para o Brasil uma parcela das atividades de projeto de circuito inte grado desenvolvidas internacionalmente por empresas do setor de Tecnologias de Informa o e Comunica o TICs fabricantes de componentes semicondutores e empresas independentes especializadas
310. riando meca nismos para que o conhecimento necess rio para a inova o circule dentro dos diversos ecossistemas organizacionais de um pa s Portanto a propriedade intelectual um fa tor de grande import ncia em processos de transfer ncia de tecnologia fundamental que al m da prote o e o est mulo inven o o regime de propriedade intelectual fa cilite a transfer ncia do conhecimento de agentes produtores para agentes que efetivem a transforma o desse conhecimento protegido em inova o Nesse sentido a Lei da Inova o e os NIT podem ser entendidos como mecanismos facilitadores da transfer n cia do conhecimento gerado nas IICT para as empresas o que traz ganhos para todas as partes envolvidas em processos de inova o e para a sociedade como um todo gt 3 Mecanismos de transfer ncia de tecnologia Os mecanismos de transfer ncia de tecnologia podem contemplar a coopera o das ICT com empresas j existentes ou utilizando se da cultura empreendedora favore cerem o surgimento de novas empresas as spin offs acad micas A aproxima o entre as empresas e ICT estimulada pelo governo federal atrav s de programas como o Sistema Brasileiro de Tecnologia SIBRATEC que visa a gera o de inova es tecnol gicas atrav s do atendimento s demandas das empresas De acordo com o MCTI 2011 o SIBRATEC um instrumento de articula o e de aproxima o entre a comunidade cient fica e tecnol gi
311. rio sem possibilidade de substitui o pelos circuitos integrados Gutierrez 2009 Neste cap tulo ser discutida somente a produ o dos componen tes de circuito integrado em fun o de sua capacidade de desencadear avan os tecnol gicos em todos os setores da economia POL TICAS SETORIAIS DE FOMENTO IND STRIA MICROELETR NICA NO BRASIL 135 principalmente submontagens eletr nicas ou tamb m montagem de kits que entram na produ o do bem final utilizando outros componentes eletr nicos como insumos que s o por sua vez tamb m consideradas componentes eletr nicos Em s ntese as empresas produtoras de material eletr nico b sico no Brasil t m inexpressiva partici pa o no valor da transforma o na receita l quida no emprego e no investimento da ind stria eletr nica O setor de componentes eletr nicos que exclui os componentes industriais eletromec nicos por exemplo destoa no cen rio da ind stria por sua fragi lidade e pouca express o O valor da transforma o industrial VTI deste subsistema muito baixo e representa apenas 3 9 do valor total da transforma o da ind stria eletr nica no Brasil Representa 0 15 e 0 16 do VTI e da receita l quida respectiva mente de todas as ind strias e sistemas produtivos pesquisados no Estudo Perspectivas de Investimento no Brasil PIB Bampi 2008 2009 83 Vale ressaltar que considerando a balan a comercial do segmento de componen tes os circui
312. ritos nas sess es seguintes 2 1 Redes t cnico econ micas O conceito de redes utilizado em diversos campos da ci ncia para descrever sistemas complexos formados por componentes diversos B rzel 1997 Nas ci ncias sociais 64 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 o conceito utilizado em diversos estudos como redes de ind strias redes de admi nistra o de neg cios e redes de pol ticas p blicas No campo dos estudos de ci ncia tecnologia e inova o B rzel 1997 aponta como seminal o artigo de Michel Callon The Sociology of an Actor Network the Case of the Electric Vehicle publicado em 1986 no livro Mapping the Dynamics of Science and Technology Sociology of Science in the Real World Posteriormente Callon 1992 introduziu o conceito de redes t cnico econ micas descrevendo os componentes das redes de transfer ncia de tecnologia e inova o Se gundo o autor essas redes s o formadas por diversos atores heterog neos pertencen tes a tr s p los um p lo cient fico produtor de conhecimento um p lo tecnol gico voltado aplica o do conhecimento um p lo de mercado empresas e usu rios onde se efetiva a inova o nos mercados Entre estes p los circulam intermedi rios que mediam as intera es entre os atores como documentos cient ficos e tecnol gi cos artigos patentes compet ncias e capacita es que circulam por exemplo atra v s de cursos e mobilidade pro
313. rocesso de inova o complexo combinando potenciais t cnicos e cient ficos enriquecido cons tantemente com recursos humanos de altas habilidades e tamb m com compet ncias tecnol gicas organizacionais financeiras relacionais e comerciais Hamdouch et al 2008 1 tradu o do autor Dessa maneira o sucesso dos arranjos interorganizacionais para a inova o de pende do gerenciamento de todo um portf lio de compet ncias internas e externas s organiza es cuja mobiliza o visando atingir um estado desejado melhorias em produtos processos gest o e comercializa o dificultada pela heterogeneidade das organiza es participantes as estrat gias de inova o implicam na prepara o de arranjos organizacionais de natureza heterog nea tornando o balanceamento dos esfor os de inova o entre diferentes unidades um ponto crucial de aten o do gerenciamento Faems Van Looy e Debackere 2003 4 tradu o do autor As estrat gias de colabora o interorganizacional para a inova o tornam se mais complexas na medida que aos objetivos de sustentabilidade econ mica somam se ob jetivos de sustentabilidade ambiental e social uma vez que a consecu o desses obje tivos requer um leque maior de compet ncias e uma maior variedade de institui es participantes com o fim de balancear os esfor os com vistas sustentabilidade nas dimens es ambiental econ mica e social Como abordado por Azevedo
314. rotocolos de inten es com o PNMicro de 2001 e a ades o do Governo do Estado do Rio Grande do Sul dando origem ao Ceitec Centro de Excel ncia em Tecnologia Ele tr nica Avan ada MCT 2002 A terceira proposta de pol tica para a internaliza o da ind stria de semicondutores seria a atra o de Investimento Direto Estrangeiro IDE para a implanta o de um f brica foundry de larga escala de produ o o que seria viabilizado atrav s de incentivos governamentais Para a execu o destas iniciativas desde 2002 o governo vem implementando po l ticas e programas que t m permitido em parte concretiz las Estas pol ticas e pro gramas envolvem medidas mais horizontais como a expans o e consolida o do Sistema Nacional Ci ncia e Tecnologia e Inova o C amp T amp D leis e planos de governo E ainda programas espec ficos verticais para o setor de microeletr nica entre estes o Programa CI Brasil e o Instituto Nacional de Ci ncia e Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletr nicos INCT Namitec O pr ximo item do cap tulo apresentar as principais medidas institucionais e os programas implementados visando a concretiza o das tr s principais iniciativas para a internaliza o da microeletr nica no Brasil 2 1 O marco regulat rio da PITCE da PDP e do PACTI para a internaliza o da ind stria de semicondutores no Brasil A primeira pol tica de mbito nacional que estabeleceu o setor de microe
315. rsidade e que cresce ram rapidamente Broadhurst 1988 Outras universidades norte americanas seguiram o exemplo de Stanford Algu mas iniciativas tiveram apenas impacto local mas outras como o desenvolvimento ao longo da Rota 128 pr xima ao Massachusetts Institute of Technology MIT leva ram regenera o reas de ind stria decadente e crescente desemprego Um parque tecnol gico consiste em empreendimento imobili rio que propicia o desenvolvimento de empreendimentos inovadores que se beneficiam da proximidade f sica de recursos cient fico tecnol gicos O parque prev a es cooperativas visando a competitividade e melhoria da capacita o gerencial das empresas que abriga Para Lalkaka e Bishop 1997 64 um parque tecnol gico pode ser considerado um desen volvimento imobili rio diferenciado que tira vantagem da proximidade de uma fonte significativa de capital intelectual ambiente favor vel e infraestrutura compartilhada Nesse sentido o governo federal atrav s da Portaria MCT n 139 de 10 de mar o de 2009 instituiu o Programa Nacional de Apoio s Incubadoras de Empresas e Parques Tecnol gicos PNI O objetivo desse programa fomentar a consolida o e o surgi mento de parques tecnol gicos e incubadoras de empresas que contribuam para esti mular e acelerar o processo de cria o de micro e pequenas empresas caracterizadas pelo elevado conte do tecnol gico de seus produtos processos e servi os be
316. s gt 4 A import ncia do PCU para o desenvolvimento regional O PCU se diferencia dos demais parques locais primeiramente por ser o nico com perfil predominantemente cient fico gestado pela UNICAMP por meio da INOVA ag ncia de incentivo inova o e transfer ncia tecnol gica no meio acad mico A INOVA n o delimita os setores econ micos de atua o das empresas para se ins talarem no PCU mas recomenda que sejam vinculadas pesquisa e inova o gerada pelos centros de pesquisa do campus Desse modo o PCU define outro diferencial que a capacidade de articular a pesquisa b sica e aplicada das diversas reas do co nhecimento as empresas instaladas nos limites do campus e da comunidade regional Tendo em vista que a pesquisa acad mica e o meio empresarial t m realidades e rit mos distintos o PCU tem o papel estrat gico de sintonizar os compassos na medida em que aumenta a oportunidade de atua o dos professores e dos alunos em projetos coerentes com a realidade empresarial imprescind vel para o desenvolvimento e a consolida o do SLI de Campinas A universidade segundo Eitzkowitz 2009 al m de sua miss o central de transmi tir conhecimento deve assumir o papel empreendedor na medida em que estimula as investiga es cr ticas promove a transfer ncia de tecnologia incuba empresas nascen tes atrai capital de risco e conduz esfor os de renova o e de sustentabilidade regional Com a instala
317. s de maneira mais abrangente Tem entre seus princ pios o da respon sabilidade compartilhada diferente daquele pelo qual a WEEE regida a saber o da responsabilidade do produtor Em linhas gerais a Lei e a Diretiva apresentam objetivos pr ximos como a ordem de prioridade de n o gera o redu o reutiliza o recicla gem tratamento dos res duos s lidos e disposi o final ambientalmente adequada dos rejeitos Tamb m tem em comum a previs o de incentivos para o desenvolvimento de tecnologias limpas e a redu o do volume e da periculosidade dos res duos Uma caracter stica importante da PNRS para incentivar a ado o de tecnologias ambientais o estabelecimento de prioridade para as aquisi es e contrata es go vernamentais para bens e servi os ambientalmente corretos incluindo a produtos reciclados e recicl veis b bens servi os e obras que adotem tecnologias compat veis com padr es de consumo social e ambientalmente sustent veis Al m disso a PNRS inclui a previs o de elabora o de diagn sticos da situa o atual dos res duos s lidos 178 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 no Brasil metas para o aproveitamento energ tico dos res duos e metas para a elimi na o e recupera o de lix es Lei 12305 2010 A fim de incentivar o desenvolvimento de tecnologias limpas a PNRS igualmente prev o fomento pesquisa cient fica e tecnol gica coopera o t cnica e fina
318. s cient ficos do Brasil indexados no ISI Institute for Scientific Information aumentou 218 entre os anos 2000 e 2008 MCT 2010 como mostra a Figura 2 Entretanto os investimentos brasileiros em P amp D de 1 19 do Produto Interno Bruto PIB em 2009 mostram se bastante inferiores aos realizados por na es de senvolvidas embora a expectativa seja de que em 2014 eles representem 1 8 do PIB MCTI 2011 A Figura 3 apresenta os investimentos em P amp D dos Estados Unidos Jap o China Alemanha e Brasil e indica que existe uma rela o direta entre a lide ran a tecnol gica e econ mica dos pa ses e seus disp ndios em P amp D Esse quadro agrava se ainda mais quando se observa que nos pa ses avan ados mais de 70 dos disp ndios s o realizados pelas empresas o que n o acontece no Brasil conforme ilustra a Figura 4 Isso explica ainda que parcialmente a dificuldade de transformar conhecimento em riqueza atrav s da introdu o de inova es no mercado e aponta a urg ncia de novas a es do governo que estimulem as empresas brasileiras a investirem em P amp D bem como do aperfei oamento dos programas j existentes 104 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 O Brasil responde atualmente por 2 12 da produ o cient fica mundial 35 000 3 5 30 000 3 25 000 2 5 de artigos 20 000 15 000 numero 10 000 5 000 jeipunu oedSnpoud e oedejai w 81
319. s da sociedade Torkomian 1997 108 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 gt 4 Arranjos institucionais facilitadores da transfer ncia de tecnologia Muitas universidades t m criado incubadoras de empresas em seus campi como um est mulo transfer ncia de tecnologia da academia para o meio empresarial Uma incubadora de empresas segundo Anprotec e Sebrae 2002 um Agente nuclear do processo de gera o e consolida o de micro e pequenas empresas a Mecanismo que estimula a cria o e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas industriais ou de presta o de servi os empresas de base tecnol gica ou de manufaturas leves por meio da forma o complementar do empreendedor em seus aspectos t cnicos e gerenciais e Agente facilitador do processo de empresariamento e inova o tecnol gica para micro e pequenas empresas De fato uma incubadora consiste em pr dio ou galp o industrial com m dulos individuais e reas de uso compartilhado entre empresas nascentes que l se instalam temporariamente Al m do espa o f sico a incubadora geralmente oferece s em presas nela instaladas servi os de consultoria orienta o administrativa secretaria seguran a e divulga o Segundo Markley e McNamara 1995 a maioria das incubadoras criada por or ganiza es sem fins lucrativos interessadas no desenvolvimento econ mico de deter minada regi o S o estabelecidas visando aumentar o n
320. s de outras empresas Resumidamente conclui se que as tr s iniciativas propostas pelo Programa Na cional de Microeletr nica PNM est o sendo implementadas a partir dos 1 planos e pol ticas de governo PITCE PACTI e PDP e seus diversos incentivos e benef cios fiscais PADIS PAIEM PAIED e demais instrumentos para inova o nas empresas 2 nos programas C Brasil INCT Namitec e 3 na cria o do CEITEC Estas pol ticas foram objetos de an lise pelos especialistas na rea de microeletr nica que registraram suas opini es e impress es em uma s rie de entrevistas discu tidas no pr ximo item do cap tulo gt 3 Pol ticas governamentais para microeletr nica no Brasil a opini o dos especialistas Em mar o de 2011 foram realizadas entrevistas com 13 especialistas em microeletr nica do pa s Entre os especialistas selecionados 7 s o professores e coordenadores de importantes laborat rios de microeletr nica de grandes universidades p blicas 3 s o coordenadores da rea de microeletr nica de Institutos de Pesquisas 3 entre 22 A atua o do CEITEC foca os nichos de mercado com as seguintes tecnologias RFID Radio Fre quency Identification Chip do Boi usado na rastreabilidade de bovinos o Chip Santana usado para ras treabilidade de mercadorias para garantia de origem o Chip Hemobr s usado para a identifica o e rastreabilidade de bolsas de hemoderivados da Hemobr s e o Chip Siniav usado para a identifi
321. s informa es sobre o AMBIENTRONIC em http www cti gov br index php apresentacao html AVALIA O DO CICLO DE VIDA COMO FERRAMENTA PARA SUSTENTABILIDADE 171 Box 3 O Programa de Rotulagem Ambiental da ABNT No Brasil o programa de Rotulagem Ambiental da ABNT desenvolvido em 2009 teve como objetivo apoiar um esfor o cont nuo para melhorar e ou manter a qualidade ambiental atrav s da redu o do consumo de energia e de materiais bem como minimizar os impactos de polui o gerados pela produ o utiliza o e disposi o de produtos e servi os Selo de qualidade ambiental concedido pela ABNT Os documentos contendo os crit rios do programa s o preparados com base em uma vis o geral sobre aspectos relacionados avalia o do ciclo de vida dos produtos e em informa es de especifica es para produtos similares desenvolvidos pelos membros do Global Ecolabellin Network GEN gt 5 Conclus es Diante dos efeitos adversos do clima e a crescente preocupa o em torno dos impac tos ambientais causados pelo avan o da ind stria eletroeletr nica necess rio um novo modelo produtivo que integre as dimens es ambientais econ micas e sociais tornando se menos agressivo ao meio ambiente e a sa de humana No presente contexto a Avalia o do Ciclo de Vida pode ser uma ferramenta no aux lio sustentabilidade no setor de eletroeletr nicos uma vez que viabiliza a vis o sist mica facili
322. s nacionais e internacionais Como as empresas s o sistemas organizacionais de alta complexidade em cont nua transforma o e intera o com o seu ambiente externo esta proposta foi articulada tendo como base dois fundamentos a a busca de equil brio entre as dimens es am biental econ mica e social como preconizado pelo enfoque de sustentabilidade TBL b o gerenciamento integrado de quest es tecnol gicas mercadol gicas organizacio nais e humanas visando otimizar os resultados obtidos O arcabou o desta proposta cont m uma complexa e inovadora articula o de um grande n mero de vari veis multidimensionais relacionadas com os diversos agentes aspectos e objetivos envolvidos Isso permite o gerenciamento integrado de fatores humanos e tecnol gicos de interesse tanto em uma empresa espec fica como em sis temas organizacionais mais abrangentes entre os quais uma dada cadeia produtiva ou mesmo um setor econ mico espec fico como o setor de E E Para que essa articula o desejada produza os resultados esperados foi necess rio incluir conceitos de gest o aplic veis a ecossistemas organizacionais complexos mecanismos para viabilizar a sustentabilidade TBL em empresas Al m de v rios co nhecimentos e metodologias sobre gest o do capital intelectual estrat gias organiza cionais gest o da inova o sistemas integrados de gest o entre outros No projeto dada nfase ao aproveitamento do capital intelec
323. s relacionamentos humanos Acktouf 1996 228 As empresas e outras institui es s o sistemas organizacionais de alta comple xidade em cont nua intera o com o seu ambiente externo de onde importam os recursos necess rios para a execu o de suas atividades e para onde exportam os seus produtos por isso que o sucesso de um sistema organizacional depende tan to da sua capacidade de entender as demandas de seu ambiente de atua o como da capacidade para se organizar e reorganizar se internamente para oferecer os produtos sejam esses bens tang veis ou servi os que efetivamente possam atender a essas demandas 11 Essa express o se refere ao ex presidente americano Ronald Reagan a quem atribu da a seguinte frase Government is not the solution to our problem Government is the problem 12 V rios autores prop em a empresa como um sistema em transforma o sendo que esse enfoque sis t mico parece oferecer um meio efetivo de prover as capacidades estrat gicas que s o valorizadas pelos mercados atuais INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 41 4 1 O novo ambiente empresarial O universo corporativo parece come ar a perceber que mudan as profundas est o ocorrendo de forma inexor vel e passa a incorporar estrat gias e princ pios mais alinhados com as propostas de um mundo sustent vel Os principais pensadores da administra o trazem novas concep es de neg cio como Michael Porter pr
324. se do modelo de desenvolvimento atual Estou convicto de que hoje nossa sociedade como um todo encontra se numa crise Podemos ler acerca de suas numerosas manifesta es todos os dias nos jornais Temos taxas elevadas de infla o e desemprego crise energ tica crise na assist ncia sa de polui o e outros desastres ambientais uma onda crescente de viol ncia e crimes e assim por diante A tese b sica do presente livro de que tudo isso s o facetas diferen tes de uma s crise que essencialmente uma crise de percep o Capra 1982 13 A nossa experi ncia profissional tem nos mostrado a verdade contida nas afirma es de Churchmann e Capra Percebemos que para conduzir mudan as profundas em qualquer sistema necess rio avaliar a pr pria maneira de pensar o sistema sob pena de comprometer a implanta o das transforma es necess rias A sustentabilidade o estado natural de equil brio dos ecossistemas o ser huma no que com seus equivocados padr es mentais e comportamentos nocivos transgri de esse equil brio Portanto importante identificar tais padr es mentais subjacen tes s nossas a es entre os quais destacamos os dois seguintes a Vis o tendenciosa e fragmentada da realidade em suas v rias manifesta es e denomina es tais como vis o mecanicista cartesiana atom stica n o sist mica entre outras Comportamento imediatista que nos leva a supervalorizar as co
325. se internalizar a ind stria de semicondutores no pa s ter se tornado objeto de pol ticas governamentais os resultados concretos destas pol ticas se mostram modestos diante das experi ncias internacionais De acordo com os especia listas da rea a atua o do governo n o vem sendo efetiva para incentivar empresas que demandem o projeto dos circuitos integrados das design houses nacionais que o ponto fundamental para a efetiva o das pol ticas governamentais e principalmente da continuidade do Programa CI Brasil O desafio existente para concretizar os objetivos das pol ticas de internaliza o da ind stria de semicondutores desenvolver as intera es entre as design houses as Ins titui es de Ci ncia e Tecnologia ICTs e as ind strias de bens eletr nicos finais ou de eletr nica embarcada que desenvolvam no pa s a engenharia do produto Este o fator chave para desenvolver os neg cios das companhias de projeto Design Houses Para que ocorra esta intera o fundamental que se criem instrumentos de pol tica que incentivem o uso de componentes produzidos nacionalmente Segundo especialistas somente conseguiremos participar da ind stria mundial de semicondutores se formos competentes para organizarmos os arranjos coopera tivos de transfer ncia de tecnologia entre empresas ICTs e o governo pois se depen dermos das for as de mercado continuaremos a importar as solu es tecnol gicas e os resultados j conq
326. segmentos sociais espec ficos governo local e nacional entre outros A an lise das rela es dos stakeholders de uma dada organiza o com as tr s dimens es do trip da sustentabilidade leva s seguintes reflex es Dimens o econ mica que contribui para o desenvolvimento dos cinco grupos de stakeholders o sucesso econ mico das organiza es em especial aquelas do setor produtivo um dos principais fatores para o desenvolvimento socioeco n mico do Pa s e beneficia toda a sociedade A viabiliza o econ mica de uma organiza o se d por meio da oferta de produtos que agregam valor aos seus clientes vindo ao encontro dos interesses imediatos de seus propriet rios na for ma de retorno sobre seus investimentos de seus funcion rios pela manuten o de bons empregos e de seus fornecedores pela manuten o de seus neg cios Dimens o social com impactos diretos nos funcion rios e na sociedade a res ponsabilidade social que deve estar presente nas organiza es se reflete em INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 43 primeiro lugar nas condi es de trabalho oferecidas a seus funcion rios Essas boas condi es de trabalho ir o beneficiar tamb m a sociedade como um todo na forma de empregos qualificados entre outros benef cios diretos e indiretos Dimens o ambiental que impacta diretamente funcion rios e a sociedade o equil brio ambiental nos processos e produtos produzidos pela organ
327. sultados por eles gerados em termos de prote es de propriedade intelectual requeridas e concedidas Figuras 5 e 6 Al m dos requerimentos e concess es de prote o da propriedade intelectual em avalia o realizada pela FINEP foram identificados os seguintes resultados da a o dos NIT FINEP 2008 Aumento no interesse dos pesquisadores em proteger suas cria es intelectuais em fun o do aumento do atendimento dos NIT aos mesmos TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA INOVA O TECNOL GICA E DESENVOLVIMENTO 111 ano base 2006 2007 2008 2009 140 120 100 t Federal 80 o Estadual 60 4 Municipal 40 em P BLICA 20 E ses PRIVADA 0 2006 2007 2008 2009 NATUREZA 2006 2007 2008 2009 2009 Federal 34 45 69 94 60 26 Estadual 6 11 12 34 21 79 Municipal 0 1 1 2 1 28 P BLICA 40 130 Bae PRIVADA ao 16 67 Tom as m2 otot ase 100 80 60 Sudeste mSul 40 aeCentro Oeste 20 mm Nordeste eim Norte 0 T r 2006 2007 2008 2009 TEREA SE EE Sudeste 28 oe 37 82 Sul 5 z z 36 206 Centro Gone 4 4 6 13 833 Nordeste 21 15 Norte 9 62 prota 63 72 10 156 100 Figura 5 Informa es das ICT ao MCT MCT 2010 Quantidade de Prote es MCT 2010 Brasil 1600 1434 1400 1200 1021 Ti 1000 800 400 200 Requeridas e Concedidas Exterior LLL 2007 2009 Brasil Exterior 12
328. t ncia via WEB e de documentos em geral relat rios e trabalhos cient ficos Avalia o Inicial e Final avaliar as empresas piloto visando qualificar e quantificar os impactos gerados 198 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Quadro 1 Produto alvo e localiza o das empresas piloto Empresa Piloto EP Produto Alvo PP no Projeto Piloto Localiza o estado A Bisturi cir rgico eletr nico SP interior B Bisturi cir rgico eletr nico SP interior c Bomba de Infus o RS interior D Diagn stico Oftalmol gico SP interior E Produto fisioterapico SP interior F Incubadora SP interior G Mesa cir rgica SP capital H Produto fisioter pico SP interior I Ventilador pulmonar SP interior Fonte Dados da Pesquisa O desenvolvimento do projeto previsto para o periodo de maio de 2011 a julho de 2012 sendo as principais etapas envolvidas e o seu sequenciamento apresentados na Figura 1 No per odo de maio a junho de 2011 foi feita a avalia o inicial de cada EP utili zando se a metodologia BenchStar envolvendo aspectos de gest o estrat gia finan ceira marketing e pessoas processos produtivos qualidade produ o e inova o e rela es com a sociedade e o meio ambiente meio ambiente sa de e seguran a responsabilidade social Ao final do projeto ser feita uma nova avalia o adotando se a mesma metodo logia visando av
329. t o dispon veis atrav s de servi os de compartilhamento ou transfer ncia de arquivos Ara jo e Freire 1996 e Vital 2006 9 Segundo Davenport amp Prusak 1999 a Gest o do Conhecimento pode ser considerada uma iniciativa formal e estruturada para melhorar a cria o distribui o ou uso do conhecimento em uma organiza o um processo formal de transforma o do conhecimento organizacional em valor para a empresa 86 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 gia A conquista de resultados efetivos que fornecem suporte sustentabilidade orga nizacional implica em mudan as amplas no estilo de gerenciamento com programas integrados de desenvolvimento de compet ncias individuais e organizacionais que s o implantados concomitantemente introdu o de sistemas para gerenciamento da informa o como softwares banco de dados intranet e portais gt 2 O uso de portais para dissemina o do conhecimento os portais corporativos Os portais como ferramenta da Gest o do Conhecimento permitem a uma organiza o gerenciar seus ativos intang veis e transform los em fontes de valor e resultados por meio da gera o de inova es Como destacou Sveiby 2002 o conhecimento s til se for associado a o e n o pode ser separado de seu contexto Isto implica em um processo estruturado para derivar valor do conhecimento a partir da identifica o e do gerenciamento dos seus fluxos dentro da o
330. tamento dos res duos eletroeletr nicos n o contempla aspectos importan tes como a obrigatoriedade de informa es sobre a identifica o dos componentes e materiais utilizados nesses equipamentos o incentivo a concep o e produ o de EEE que levem em conta a facilidade de desmontagem e recupera o de seus componentes Embora ainda existam algumas lacunas na PNRS regula es que fornecem tempo suficiente de adequa o e que contemplam as diferen as setoriais tendem a gerar r pi das e significativas respostas tecnol gicas Kemp 2000 Segundo o autor em alguns casos somente a expectativa da regula o j incitaria a mudan a de comportamento das empresas embora n o isente a necessidade da mesma Pela tica empresarial o alcance do resultado desejado depende da percep o dos gerentes da adequa o s legisla es ambientais como oportunidade econ mica e com petitiva e n o como um custo ou amea a Pressup em se portanto que estes agentes devem avaliar os impactos ambientais da produ o de equipamentos eletroeletr nicos reconhe am o custo de oportunidade dos recursos n o utilizados mostrem se favor veis a solu es inovativas e definam novos tipos de relacionamentos com os reguladores gt REFER NCIAS ALMEIDA L Harmoniza o internacional de regula es ambientais Um Estudo da Petroqut mica Brasileira Campinas 200 Disserta o Mestrado em Economia Programa de P so gradua o em Economia
331. tando a identifica o e mitiga o de impactos adversos desde a extra o da mat ria prima at a disposi o final Inserida no desenvolvimento de produtos a ACV pode fornecer informa es que ajudem na escolha por materiais processos ou servi os que apresentem menor im pacto ambiental tornando se uma t cnica de an lise estrat gica que envolve diferen tes atores de ecossistemas organizacionais Contudo a maior vantagem da ACV que a incorpora o de diferentes atores processos e fluxos na avalia o da sustentabilidade de um produto torna imprescin d vel que a aplica o dessa t cnica obede a a uma metodologia rigorosa O presente cap tulo procurou descrever as etapas dessa metodologia bem como descrever suas principais limita es Ressalte se aqui a necessidade de cria o de bases de dados de invent rios de ciclo de vida ICV adaptadas realidade brasileira Tal medida imprescind vel para an lises precisas que garantam a sustentabilidade ambiental econ mica e social de sistemas de produ o brasileiro o que um fator chave para o aumento da competitividade da ind stria nacional No caso da ind stria de eletroele tr nicos especialmente cr tica a aplica o fundamentada da ACV devido tanto aos impactos ambientais associados como ao car ter global de seu mercado o que exige que seus fabricantes estejam sempre atualizados em termos da certifica o da susten tabilidade dos produtos caso que
332. tantes empresas especializadas em seg 9 As dez maiores empresas mundiais fabless no ano de 2004 de acordo com o crit rio de vendas em milh es de d lares s o as seguintes Qualcomm Calif rnia 3 224 0 Broadcom Calif rnia 2 400 6 ATI Technologies Canad 2 140 9 Nvidia Calif rina 2 010 0 SanDisk Calif rnia 1 777 01 Xilinx Cali fornia 1 588 7 Media Tek Taiwan 1 252 5 Marvell Semiconductor Calif rnia 1 224 6 Altera Calif r nia 1 016 4 e Conexant Calif rnia 914 6 Carvalho 2006 140 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 mentos emergentes como as chipless dos anos 90 e as foundries e fabless da d cada de 80 Carvalho 2006 Os comandantes da cadeia produtiva onde h maior agrega o de valor devido aos significativos investimentos necess rios para a capacita o tecnol gica e gera o de empregos s o as IDMs e as foundries Em torno destas empresas transitam as demais empresas respons veis por algum processo de fabrica o dos semicondutores Na cadeia global as empresas l deres da cadeia de semicondutores controlam e coordenam a produ o transfronteiri a Esta produ o realizada por subsidi rias pr prias e ou firmas associadas ou subcontratadas situadas em diversas etapas da cadeia e trabalhando em conjunto para fazer os produtos servi os ou sistemas ofer tados pela firma l der da cadeia O controle da cadeia ocorre atrav s do seu poder de compra e ou
333. tares e interdependentes dos n veis mais desagregados grupos e institui es tamb m essenciais para o processo inovativo que garantem vantagens competitivas sustent veis diferenciando as empresas de seus concorrentes Entendem se aqui como vantagens sustent veis aquelas que garantem a manuten o da sustentabilidade organizacional em suas tr s dimens es a saber dimens es ambiental econ mica e social enfoque triple bottom line Na concep o do GAIA a harmonia entre essas tr s dimens es a chave para o desenvolvimento sustent vel das organiza es no longo prazo O presente livro busca apresentar alguns dos fundamentos te ricos que embasam a concep o do GAIA sobre sustentabilidade organizacional bem como os problemas espec ficos vividos pela ind stria eletr nica Para isso divide se em tr s se es Se o 1 Gest o de ecossistemas organizacionais para o desenvolvimento socioecon mico Se o 2 Gera o e transfer ncia de tecnologia em ecossistemas organizacionais Se o 3 Sustentabilidade na ind stria eletr nica legisla o desafios e oportunidades A Se o 1 Gest o de ecossistemas organizacionais para o desenvolvimento socio econ mico foca as intera es entre os diversos agentes que atuam em uma determi nada ind stria ou regi o envolvendo de maneira geral institui es do setor produ tivo da academia e do governo Considera se que a gest o das intera es em sistemas coo
334. te a rela o entre regula o am biental e inova es gerenciais e tecnol gicas expondo as regula es para o descarte de REEEs e suas implica es em termos de demandas por tecnologias que visam imple mentar a cadeia produtiva de ciclo fechado gt 1 Requisitos ambientais e estrat gias de inova o no setor de equipamentos eletroeletr nicos 1 1 A regula o ambiental e sua influ ncia no ritmo e direcionamento da inova o As pol ticas ambientais incorporam em regras formalmente institu das demandas da sociedade relacionadas melhoria da oferta e qualidade de recursos naturais Para as empresas muito comum que a adequa o s regula es seja vista como sin nimo de eleva o de custos perda de competitividade e retorno incerto com gastos em pes quisa e desenvolvimento P amp D implicando na redu o do lucro com suas opera es O escopo de estudo que trata das consequ ncias das exig ncias ambientais sobre a competitividade dos setores envolvidos restrito em termos de referencial te rico A maior parte das publica es sobre o tema formada por estudos de casos dispersos que analisam situa es particulares As implica es da regula o ambiental para a competitividade das organiza es s o tratadas por autores da economia da tecnologia que investigam as implica es das regu lamenta es em inova es tecnol gicas em produtos e processos Dentro dessa linha GEST O DA CADEIA PRODUTIVA DE
335. te d ficit na balan a comercial de mi croeletr nica do pa s O ac mulo crescente do peso negativo da microeletr nica na balan a comercial tornou se estrutural ao longo dos anos As exporta es brasileiras de componentes semicondutores em geral de baixa com plexidade passaram de US 50 milh es em 2000 para US 57 milh es em 2009 As importa es por sua vez passaram de US 2 bilh es em 2000 para US 3 2 bilh es em 2009 Swart 2010 269 Com o agravamento destes sucessivos d ficits e o reconhecimento da import ncia da ind stria de semicondutores como um setor base para a inova o tecnol gica e a competitividade da economia iniciaram se no ano de 2002 discuss es para a for maliza o do Programa Nacional de Microeletr nica PNM O Programa Nacional de Microeletr nica foi elaborado tendo como refer ncia um 14 A an lise dos principais resultados da Lei da Inform tica divulgados pelo MCT est em Gutierrez 2010 144 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 documento titulado Programa Nacional de Microeletr nica Contribui es para a formula o de um Plano Estruturado de A es MCT 2002 elaborado pela Secre taria Executiva do Minist rio da Ci ncia e Tecnologia MCT A elabora o deste do cumento contou com a contribui o de diversos t cnicos e institui es envolvidas no tema incluindo a Secretaria de Pol tica de Inform tica do MCT e o Grupo de Traba lho do F
336. tese de que as redes informais de comunica o atuam comple mentarmente s a es formais para promo o da inova o e transfer ncia de tecno logia tanto as desenvolvidas por ICTs Institutos de Ci ncia e Tecnologia quanto as desenvolvidas por empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento e que os portais corporativos podem contribuir para o fortalecimento dessas redes de intera o este estudo tem como objetivo apontar quais s o os principais conceitos que envolvem a tem tica sobre os portais corporativos e como estes podem auxiliar Portal UOL Al m de concentrarem diferentes tipos de informa es artigos imagens sons e v deos oferecem diversos tipos servi os e acessos com forte nfase em comunidades de pr tica como f runs e ferramentas colaborativas Integram fontes heterog neas de informa o atrav s de uma interface nica com o usu rio isto em geral o usu rio tem acesso a todos os segmentos trabalhados por determinado portal logo na p gina inicial A DISSEMINA O DO CONHECIMENTO NO APOIO INOVA O 83 a dissemina o do conhecimento no apoio sustentabilidade organizacional Para isso na primeira parte deste apresentaremos os principais v nculos existentes entre as redes informais de comunica o e a inova o tecnol gica discorrendo sobre os prin cipais aspectos que envolvem a dissemina o do conhecimento e os diferentes tipos de portais corporativos A s
337. ticas que afetam negativamente toda popula o Isso vem for ando empresas governos e organiza es do terceiro setor a buscar alternativas que possam ser ao mesmo tempo economicamente vi veis socialmente justas e ambientalmente corre tas sendo esses os pilares do desenvolvimento sustent vel A transi o para esse novo modelo de desenvolvimento est estreitamente relacio nada com os seguintes aspectos ambientais Uso mais eficiente e consciente das mat rias primas buscando a conserva o dos recursos naturais n o renov veis Platcheck et al 2008 a Uso mais eficiente e consciente das fontes de energia visando reduzir o 158 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 consumo e acelerar a integra o de fontes renov veis nos processos de manufatura Bonilla et al 2010 Redu o das emiss es e de seus impactos sobre o meio ambiente minimizando a quantidade de res duos descartados e portanto reduzindo a polui o ambiental Platcheck et al 2008 Implanta o de sistemas economicamente vi veis para a recupera o de materiais no final dos ciclos de vida dos produtos Platcheck et al 2008 Expans o e implanta o de sistemas de ciclos fechados para o uso dos materiais dentro de um empreendimento ou entre empreendimentos diferentes Bonilla et al 2010 A ind stria de eletroeletr nicos se insere neste contexto sendo um setor que pro duz bens de consumo indispens veis seja e
338. tiliza o de papel recicla do para embalagem e manual do produto aumento da seguran a do produto prote o de altofalantes redu o e elimina o de pe as mec nicas Funda o Certi 2009 3 2 Sistema Produto Servi o Pautar a estrat gia empresarial somente na oferta de produtos f sicos pode n o ser mais suficiente para garantir vantagens competitivas em algumas ind strias espe cialmente naquelas relacionadas manufatura de bens tecnol gicos A concorr ncia de mercado exige cada vez mais produtos de alta complexidade tecnol gica e que por isso requerem servi os cada vez mais especializados Borchardt et al 2010 Dialogando com esse cen rio o Sistema Produto Servi o tem como foco a venda da utilidade e da funcionalidade e n o necessariamente o produto em si Ou seja o cliente obt m a utilidade desejada mas n o possui o produto pagando o somente durante o tempo de seu usufruto Na tabela abaixo seguem algumas caracter sticas particulares desse modelo 184 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Tabela 2 Caracter sticas do Sistema Produto Servi o Caracter sticas Sistema Produto Sistema Produto Servi o Natureza do neg cio Tang vel material Intang vel imaterial Pagamento Transfer ncia de propriedade Unidade de desempenho Produ o Centralizada In loco Armazenamento e troca Poss veis N o poss veis Responsabilidade Transferida ao comprador
339. titucionais criadas pelo governo que buscam aproximar a universidade das empresas Etzkowitz e Leydesdorf 2000 Identificam se dessa maneira as tr s h lices do modelo universidades empresas e governo As rela es entre as h lices podem tomar tr s formas Etzkowitz e Leydes dorf 2000 a h lice tripla I caracterizada pelo controle do Governo sobre a universi dade e empresas a h lice tripla II em que as institui es s o nitidamente separadas e cujos relacionamentos s o circunscritos a contatos eventuais modelo liberal con traposto h lice 1 a h lice tripla III representada pela justaposi o das tr s esferas o que significa que cada uma das esferas assume pap is tradicionalmente atribu dos s outras por exemplo a universidade capitaneando arranjos multiorganizacionais o governo produzindo ou consumindo bens e as empresas gerando conhecimento cient fico e tecnol gico de interesse Resumidamente o modelo da h lice tripla busca entender as rela es entre esses tr s atores que se combinam e recombinam cons tantemente de forma adaptativa s condi es de transfer ncia de recursos humanos financeiros e tecnol gicos Para Dagnino 2003 o argumento da h lice tripla vem influenciando de forma contundente as pol ticas que visam aproximar universidades de empresas no Bra sil arranjos Universidade Empresa U E Contudo para o autor esse argumento importado dos pa ses centrais pode ser inadequado p
340. to Ap s terem sido apresentadas e debatidas nos tr s pain is mencionados algumas propostas foram replanejadas entre as quais a de um projeto piloto com apenas tr s empresas pois havia nove empresas interessadas em participar Se por um lado isso aumentaria muito o esfor o da equipe executora por outro permitiria a obten o de resultados mais ricos Optou se ent o por aumentar o n mero de Empresas Piloto EPs concentrando se em apenas um de seus produtos aqui denominados de Produto Piloto PP O perfil dessas EPs reflete as caracter sticas dominantes do setor de E E apresentado na se o anterior sendo que os seus PPs e a sua localiza o s o apresentados no Quadro 1 Foi criada uma estrutura para organizar as compet ncias necess rias para o desenvol vimento das atividades do projeto com as seguintes reas e respectivas responsabilidades Coordena o Executiva coordenar as v rias atividades do projeto planejando e controlando as diversas a es Adequa o norma ABNT IECQ QC 080 000 e WEEE PNRS implantar os requisitos ROHS WEEE PNRS nas EPs Gest o do Ecossistema e das Demandas do Mercado organizar informa es ligadas ao setor de E E articular a participa o das v rias institui es de interesse para o projeto Centro para Gest o do Conhecimento coletar e organizar informa es contribuir para sua difus o atrav s de mecanismos presenciais palestras e cursos a dis
341. to como uma vis o rom ntica da realidade uma utopia inalcan vel Por m se considerarmos o esgotamento dos recursos naturais a deteriora o de muitos ecossistemas o n vel de mis ria em v rias regi es do planeta a fal ncia do sistema financeiro internacional evidenciada por crises sucessivas e insol veis as crises dos sistemas pol ticos entre outras mazelas caracter sticas do nosso s cu lo conclu mos que tais problemas n o comportam mais tergiversa es ou procrastina es V rias fronteiras seguras j foram ultrapassadas e nesses casos s resta minimizar as sequelas de nossas transgress es como por exemplo nos processos de aquecimento global da perda da biodiversidade entre outros exemplos que podem ser citados Temos a responsabilidade de evitar que outros limites seguros sejam ultrapassados 1 2 Buscando os novos modelos sustent veis Este texto n o tem a pretens o de originalidade mas t o somente a de se somar a outras obras como o livro A revolu o decisiva de Senge at al 2009 de onde foram extra das as seguintes cita es as quais est o ilustradas na Figura 1 Como diz o prov rbio a gravidade n o apenas uma boa ideia a lei A Bolha da Era Industrial transgride v rios aspectos da gravidade mais ampla do mundo natural N s que vivemos dentro desta bolha agora devemos reconhecer este fato para vis lumbrar o caminho adiante Veja por exemplo a maneira como de
342. tos Dessa maneira a ACV torna se uma ferramenta fundamental para a certifica o da sustentabilidade ambiental e social de produtos nos mercados mais exigentes garantindo assim a competitividade e a sustentabilidade econ mica das empresas produtoras gt 1 A Avalia o do Ciclo de Vida como ferramenta para a produ o e consumo ambientalmente corretos A solu o do dilema desenvolvimento econ mico ou preserva o ambiental exige uma nova vis o sobre o modo como s o fabricados consumidos e descartados os equipa mentos eletroeletr nicos EEEs Essa nova vis o inclui eliminar subst ncias ambien talmente agressivas na fabrica o desses produtos e aumentar sua durabilidade redu zindo dessa maneira a gera o de res duos em todas as fases do ciclo de vida o que inclui seu reaproveitamento no ciclo produtivo Fonte Herrmann 2009 apud Caldeira Pires 2010 Eliminar subst ncias perigosas Usar fontes renov veis Reduzir materiais Material pr produtos Extra o Sub montagem Montagem es Vo Desmontagem Sele o lt lt lt Descarte Ss Aumentar a durabilidade Tratar adequadamente Figura 1 Abordagem do ciclo de vida fechado na produ o de um dispositivo eletroeletr nico 160 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Fonte Adaptada de Graedel et al 1995 Fabrica o de mat rias primas Usinagem de materiais Extra o
343. tos utilizando dados importados dos pa ses desenvolvidos que possuem invent rios consolidados o que torna os modelos de ACV existentes mais adequados para os processos ambientais dessas regi es indispens vel portanto o levantamento de invent rios de ciclo de vida que en globem os dados caracter sticos de pa ses em desenvolvimento visando incorporar corretamente as diferen as tecnol gicas naturais populacionais e mercadol gicas relativas matriz energ tica geologia clima densidade populacional biomas tipos de produtos etc No Brasil a falta desses dados al m de prejudicar a aplica o da t c nica de ACV nos produtos e processos nacionais pode restringir as exporta es bra sileiras devido dificuldade para atender s exig ncias internacionais de rotulagem ambiental que normalmente s o embasadas em estudos de ACV Chehebe 2002 gt 4 Perspectivas para ACV no Brasil Existe uma forte tend ncia no sentido de um cen rio em que haver uma grande press o de mercado no qual os r tulos ambientais criar o barreiras que impedir o a circula o de produtos que n o atendam crit rios ambientais espec ficos conside rando todo o ciclo de vida Tal perspectiva ir demandar maiores esfor os das em 8 Dados de processos para utiliza o em softwares especializados de ACV 170 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Box 2 Base de dados de invent rio do ciclo de vida A grande v
344. tos integrados somados com os mostradores de informa es como LCDs representaram mais de 78 3 das importa es de componentes eletr nicos para o Bra sil em 2007 Bampi 2008 2009 O saldo deficit rio da balan a comercial mostra que a importa o maci a dos cir cuitos integrados ocorre fundamentalmente por que n o h fabrica o destes compo nentes em escala no pa s Estima se que a participa o das poucas empresas atuantes em componentes semicondutores representa cerca de 0 2 do faturamento da ind s tria eletroeletr nica no Brasil Bampi 2004 Os elevados d ficits estruturais dos componentes semicondutores revelam defici ncia da produ o local destes componentes e a necessidade de se internalizar a pro du o destes componentes no pa s A pol tica industrial do Brasil nesta rea tem sido direcionada pelo Programa Nacio nal de Microeletr nica Design elaborado no ano de 2002 e refor ado em 2004 ano em que a ind stria de semicondutores foi elencada como estrat gica pela Pol tica Industrial e Tecnol gica de Com rcio Exterior PITCE Al m disso o Plano de A o de Ci ncia Tecnologia e Inova o para o Desenvolvimento Nacional 2007 2010 PACTT e a Poli tica de Desenvolvimento Produtivo PDP de 2008 tamb m refor aram a ind stria de semicondutores como estrat gica para o desenvolvimento tecnol gico nacional Os principais programas organizados pelo governo federal para concretizar as propostas d
345. tres 2009 15 afirmam que longe de ter se tornado global a tecnologia a inova o e o conhecimento t m se caracteri zado como componentes crescentemente estrat gicos de cunho localizado Desse modo o fortalecimento dos SLIs tem sido estrat gico para a competitividade do con junto de empresas localizadas em reas que compartilham institui es de P D amp I As pol ticas p blicas direcionadas consolida o dos sistemas locais de inova o apostam no potencial dos parques cient ficos e tecnol gicos como locus privilegiado de articula o de atores estrat gicos para o desenvolvimento regional da inova o De modo geral os parques cient ficos e tecnol gicos funcionam como habitats que PARQUE CIENT FICO DA UNICAMP PAPEL ESTRAT GICO NO DESENVOLVIMENTO 117 propiciam a inova o a competitividade e a transfer ncia de tecnologia estimulando a cria o de empresas e a consolida o competitiva das j existentes em diversos ecos sistemas organizacionais A International Association of Science Parks LASP define os parques tecnol gicos ou cient ficos como espa os f sicos que Mant m rela es de coopera o com Universidades Centros de Pesquisa e outras institui es de ensino superior S o concebidos para fomentar a cria o e o crescimento de empresas inovadoras de base tecnol gica e empresas do setor terci rio e Disp e de equipe de gest o permanente que participa ativament
346. tual como fator de 204 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 produ o uma vez que o seu uso competente pode proporcionar os meios necess rios para que se consigam as desejadas vantagens competitivas sustent veis ao longo do tempo nos mercados atuais Enfatiza se tamb m a gest o integrada das v rias institui es envolvidas pelo fato de que a competitividade e a sustentabilidade de um dado setor econ mico e por tanto de cada uma de suas empresas s o propriedades sist micas emergentes isto dependem fortemente da forma como os agentes que influenciam o sistema de inte resse est o articulados entre si A proposta inclui algumas solu es inovadoras como a viabiliza o de sustenta bilidade TBL nas empresas atrav s do desenvolvimento de estrat gias baseadas em diferencia o as quais s o implantadas atrav s da coordena o entre as inova es ne cess rias em produtos e processos com a gest o integrada do composto de marketing do produto e a integra o dos v rios sistemas de gest o da empresa Como ainda pequeno o n mero de empresas do setor de E E adequadas aos re quisitos ambientais derivados da ROHS WEEE e PNRS busca se tamb m explorar as janelas de oportunidade derivadas de segmentos de mercado mais sens veis quest o ambiental como meio de viabilizar a sustentabilidade das EPs No projeto est o inclu dos mecanismos para a o em quatro n veis de abrang n cia organiza
347. ud veis e duradouras fomentaram o senso de inclu s o e de seguran a para que cada indiv duo cres a e expresse seus dons e aspira es nicos Em contraste dentro da bolha o bem estar social geralmente se reduz a cresci mento material mormente expans o do PIB Senge et al 2009 36 Divulgar os problemas e as suas causas importante para conscientiza o e mobili za o todavia os textos aqui reunidos n o se limitam a isso Neles s o buscados cami nhos e apresentadas algumas propostas visando contribuir para o desenvolvimento de modelos industriais e organizacionais sustent veis Entre os caminhos aqui discutidos para a sustentabilidade se destacam os seguintes Abordagem de cadeias produtivas de ciclo fechado onde os fabricantes s o res pons veis pelos seus produtos desde a sua origem o ber o at o final da sua vida til o t mulo 28 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Aprofundamento do princ pio de desmaterializa o do produto onde as em presas buscam lucros mais na presta o de servi os do que na comercializa o de bens f sicos em substitui o ao insustent vel princ pio da obsolesc ncia programada Gest o do capital intelectual como ativo empresarial e econ mico uma vez que os processos a ele relacionados dependem fundamentalmente do fator huma no o que o torna um importante instrumento da sustentabilidade em suas dimens es ambiental
348. ud Enriquez 2001 9 Al m da conviv ncia f sica entre empresas de todos os portes e institui es de C amp T o parque tamb m assegura mecanismos de parceria e de apoio fundamentais para o bom funcionamento do ecossistema como um todo tais como Coopera o entre institui es cient ficas empresas e escolas t cnicas na for ma o aperfei oamento e educa o cont nua de recursos humanos para a pes quisa cient fica e o desenvolvimento tecnol gico 118 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Colabora o entre institui es cient ficas e empresas para a pesquisa cient fica e desenvolvimento tecnol gico com especial aten o para a colabora o pr competitiva entre empresas de forma consorciada gerando resultados com propriedade compartilhada entre os participantes Apoio gerencial e t cnico cient fico para empresas nascentes em regime de in cubadora de empresas Apoio gerencial e t cnico cient fico para a implanta o de centros de P amp D e de escalonamento industrial de tecnologias avan adas em empresas associadas residentes no parque ou n o Capta o de recursos financeiros p blicos e privados capital de risco e finan ciamentos e incentivos fiscais para a implanta o e a consolida o de ativida des de P amp D nas empresas Racionaliza o de investimentos atrav s da explora o de ativos complementa res e utiliza o compartilhada das principais
349. ue a ferramenta seja um canal facilitador da intera o entre pesquisadores institui es e centros de pesquisa com as empresas demandantes de tecnologia Entendemos que h um esfor o isolado das institui es intensivas em P amp D em comunicar suas inven es a fim de atingir poss veis interessados para a transfer ncia da tecnologia e garantir a inser o e ou continuidade de seu esfor o no processo de inova o A expectativa que se torne um diferencial para mobiliza o dos atores e seus diferentes inte resses ou seja um espa o para que os profissionais divulguem as tecnologias desenvolvidas e as inten es de parcerias Este cadastro deve ser alimentado pelos pr prios interessados com diferentes n veis de usu rios e permiss es a partir de crit rios definidos pelo Gaia como cada um dos itens descritivos da tecnologia por exemplo descri o resumo de 5 linhas rea de aplica o link para patente original inventor status da patente palavras chave etc 13 No segmento industrial a t cnica de Benchmarking entendida como a busca das melhores pr ticas que podem conduzir determinada organiza o a um desempenho superior Em geral percebido como um processo positivo e pr ativo por meio do qual uma institui o verifica como as demais realizam determinada atividade fun o visando implementar melhorias internas principalmente na execu o da mesma atividade fun o ou em atividade fun o semelhante
350. ue faz desses estratos sociais massa de manobra de pol ticos que se sustentam exatamente da ignor ncia de seus eleitores Pessoas sem poder aquisitivo n o impulsionam a economia um dos principais fatores atribu dos para a dinamiza o da economia brasileira nos ltimos anos foi o acesso ao mercado de parcelas da popula o que estavam economicamen te marginalizadas A l gica subjacente ao neoliberalismo econ mico que dominou os mercados mun diais durante os anos 90 pregada pelos pa ses de primeiro mundo e aplicada princi palmente nos de terceiro mundo onde o poder de manipula o das classes dominan tes bem maior o da livre empresa No neoliberalismo selvagem se buscava na verdade a aus ncia total de obst culos o que significa barb rie e n o liberdade Para uma distribui o de renda mais equ nime n o necess rio migrar desse neoliberalismo selvagem para sistemas pol ticos autorit rios e radicais como foram as experi ncias comunistas do s culo XX permeadas por altos n veis de corrup o viol ncia e ou agress o s liberdades individuais poss vel compatibilizar a livre ini ciativa que mobiliza o esp rito empreendedor e criativo com regula o social atrav s 40 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 de uma s rie de mecanismos efetivos tais como um sistema tribut rio que desonere o trabalho e cobre mais do capital acumulado mecanismos de incentivo distribui
351. ue o trabalho possui papel central na constru o da iden tidade dos indiv duos e para a sua sa de mental Portanto as condi es no trabalho INTRODU O SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL 45 podem afetar v rios aspectos da vida das pessoas familiar cidadania etc al m de outras poss veis repercuss es em sua sa de f sica e mental O sistema nervoso central do ser humano feito para agir n o para ser inibido sendo de uma complexidade inusitada concebido para situa es ricas e variadas raz o pela qual se demonstra que manter um trabalhador no mais baixo grau de suas capacidades provoca sofrimentos e somatiza es Existem tamb m numerosas formas de viol ncia simb lica que os n veis hier r quicos descarregam uns sobre os outros para compensar os seus pr prios problemas tais como o exerc cio patol gico da comunica o pela recusa em dar a palavra pelo abuso da autoridade ou pelas pr ticas de controle e regras degradantes 5 1 Humaniza o dos neg cios integrando competitividade e vis o social Uma empresa mais humanizada desej vel e poss vel e isso n o um ideal rom ntico nem utopia nem filantropia gratuita mas uma necessidade Acktouf cita ainda frases do bi logo Albert Jacquard reveladoras da insusten tabilidade de nossos valores como por exemplo Enfraquecer seu semelhante ou a natureza enfraquecer sua esp cie e a si mesmo ou O homem a nica criatura cuja n
352. ui denominados de processos P1 P2 e P3 como apresentado no Quadro 3 e comentado a seguir GEST O DA SUSTENTABILIDADE EM ECOSSISTEMA ORGANIZACIONAL 201 Quadro 3 Altera es na Rede de Processos para a Consecu o dos Objetivos do Projeto Processo Alvo a ser Desenvolvido Principal Objetivo Relacionado Produzir em conformidade com os Garantir que o PP produzido esteja conforme requisitos ROHS WEEE PNRS Processo P1 com os requisitos ROHS WEEE PNRS Gerenciar a sustentabilidade Alavancar o n vel de competitividade da empresa da empresa Processo P2 mantendo as boas pr ticas ambientais Gerenciar a estrat gia para inova o Manter a sustentabilidade da empresa ao longo cont nua na empresa processo P3 do tempo atrav s de estrat gias baseadas em inova o O planejamento para desenvolvimento do processo P1 teve como uma de suas prin cipais refer ncias o trabalho de Ewald 2011 que apresenta as v rias possibilidades existentes para que uma empresa possa declarar a sua conformidade aos requisitos de rivados da RoHS como autodeclara o ou ensaios em lotes individuais A op o neste projeto foi pela implanta o da norma ABNT IECQ QC 080 000 pois por trata se da defini o de requisitos para o sistema de gest o a sua implanta o favorece a cria o de condi es sist micas para manuten o da sustentabilidade da empresa Al m disso esses requisitos devem ser aplicados em conjunto com a norma ABNT NBR
353. uistados principalmente do Programa ClI Brasil em formar recursos humanos e criar as design houses estar o seriamente comprometidos gt REFERENCIAS ASSOCIACAO NACIONAL DE PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS INOVADORAS ANPEI Guia Pr tico de Apoio Inova o s d 102p Dispon vel em lt http proinova anpei org br ClickDownload asp arquivo Downloads Guia Inova cao Empresas pdf gt Acesso em 30 01 2011 BAMPI S coord Perspectivas do investimento em eletr nica Rio de Janeiro UFRJ Insti tuto de Economia 2008 2009 272 p Relat rio integrante da pesquisa Perspectivas do Investimento no Brasil em parceria com o Instituto de Economia da Unicamp financiada pelo BNDES Dispon vel em lt http www projetopib org p documentos com gt Acesso em outubro de 2011 BNDES Relat rio do Estudo sobre a Atra o de Investimentos em F brica de Semicondutores 2003 CAMPANARIO M A SILVA M M da COSTA T R Pol tica Industrial de Apoio ao Desen 154 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 volvimento da Ind stria Brasileira de Semicondutores In Revista de Ci ncias da Adminis tra o v 11 n 24 p 69 101 maio agosto 2009 Dispon vel em lt http www periodicos ufsc br index php adm article download 12183 12617 gt Acesso em 02 03 2011 CARVALHO P Uma perspectiva para a ind stria de semicondutores no Brasil o desenvolvi mento das design houses Campinas SP s n 2006
354. ulo 4 Transfer ncia de Tecnologia Inova o Tecnol gica e Desenvolvimento GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 59 nhas est o forjando um modelo flex vel de produ o na regi o Por se beneficiarem de redes sociais e infraestrutura industrial que haviam sido criadas e abandonadas pelas fir mas convencionais de semicondutores estas empresas de pequeno e m dio porte s o pio neiras de um novo Vale do Sil cio um que encoraja a colabora o e a inova o rec proca entre redes de produtores especializados Saxenian 1990 89 90 tradu o do autor Frente a essa nova realidade a concep o linear e ofertista do processo de inova o foi revisada introduzindo se uma vis o sist mica do processo A inova o passa a ser entendida como resultado de uma s rie de atividades n o conectadas de forma linear envolvendo o aprendizado cumulativo e espec fico de diversas institui es e fontes de informa o cient fica e tecnol gica Cassiolato e Lastres 2005 Essa vis o sist mica aliada a princ pios de ci ncias naturais como a biologia evolutiva e a ter modin mica de sistemas abertos deu origem ao pensamento econ mico evolucio nista que come a a se consolidar como uma abordagem unificada em 1982 com o lan amento do livro An Evolutionary Theory of Economic Change de Richard Nelson e Sidney Winter Saviotti 1997 A concep o evolucionista entende a inova o como resultado da int
355. um deles 5 A inten o da ABNT IECQ QC 080 000 especificar requisitos para desenvolvimento dos processos de identifica o controle quantifica o e relato de quantidades de SP subst ncias perigosas em pro dutos fabricados ou fornecidos por eles 202 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 Quadro 4 Principais Processos para a Consecu o dos Objetivos do Projeto Principais Processos Objetivo Associado Desenvolver uma cadeia de fornecedores apta a P1 1 Desenvolver fornecedores capacitados fornecer os itens em conformidade com os requisitos RoHS em condi es econ micas vi veis para a EP Manter a conformidade ao longo do Ei Piz Gerenciar oemateriais US tempo dos materiais utilizados no PP Desenvolver e manter processos de produ o P1 3 Controlar produ o LSP e de fornecimento de modo a manter a conformidade ao longo do tempo do PP E Fornecer o PP conforme com os requisit Gerenciar o composto de marketing do RETO CO E cayos P2 RA ah RoHS WEEE PNRS mas mantendo o lucro PP que viabilize a sustentabilidade da empresa liquido decorrente de sua venda P2 Implantar um sistema integrado de gest o que P2 2 Gerenciar a integra o do sistema proporcione meios para integrar processos de gest o da empresa piloto e requisitos ambientais s demais demandas regulamentares e do neg cio Para facilitar a implanta o nas EPs de todas essas a es planejadas e a
356. um lado e de outro inovar e ter sucesso torna se a meta a buscar e a defender O inesgot vel debate sobre as rela es entre ambiente acad mico ind stria e gover no precisa de fato de uma abordagem sist mica para prosperar Antes estacionado na sombra de assertivas de lugar comum como a de que esses tr s grupos de atores s o diferentes e t m linguagens diferentes necessitando tradu es o debate tem se renovado com perspectivas sist micas e mais recentemente ecossist micas Uma nova tecnologia por mais bem desenvolvida e tecnicamente bem avaliada e testada que seja nada mais que uma nova tecnologia Da a ela ser usada por empre sas consumidores finais governo etc vai uma dist ncia oce nica Algu m tem que produzir vender distribuir querer comprar consertar renovar etc S o realmente animais diferentes esses que povoam os ambientes inovativos T m vis es e interesses diferentes que n o se orientam com a mera tradu o de linguagem Trata se sobretudo de uma quest o de compromisso entre as partes pois como se sabe quando um n o quer dois n o fazem Assim com jogos coletivos talentos e vis es individuais complementam se em a es conjuntas que podem levar ao sucesso Quanto mais bem compromissados e orquestrados mais n tidas ficam as chances de bons resultados embora nada possa de verdade garantir o sucesso Modelos organizacionais e de gest o espec ficos modelos institucionais com suas r
357. vel de empregos e de arreca da o dentro da economia local dar suporte a empreendedores e empresas nascentes e encorajar a diversifica o econ mica Em se tratando de incubadoras de empresas de base tecnol gica os v nculos com universidades e institutos de pesquisa s o ainda mais importantes sendo que o fator locacional proximidade f sica um pr requisito As incubadoras devem ser instrumentos de desenvolvimento econ mico regional e mecanismos de difus o da cultura empreendedora S o organiza es ncora para os demais instrumentos de agrega o de empresas de base tecnol gica como os par ques tecnol gicos O movimento dos parques tecnol gicos teve in cio nos Estados Unidos em 1949 quando a Universidade de Stanford viu a oportunidade de desenvolver a rea que possu a nas proximidades do campus de Palo Alto como um lugar privilegiado para as empresas obterem facilidades de pesquisa e desenvolvimento Depois de um lento come o a universidade conseguiu atrair grandes empresas como a Kodak e a Varian 1 Um estudo sobre parques tecnol gicos regionais est no Cap tulo 7 Parque Cient fico da Unicamp Papel Estrat gico no Desenvolvimento do Sistema Local de Inova o de Campinas TRANSFER NCIA DE TECNOLOGIA INOVA O TECNOL GICA E DESENVOLVIMENTO 109 Associates para o local Tamb m possibilitou a cria o de novas empresas como a Hewlett Packard e a Syntex criadas por pessoas ligadas Unive
358. vidido em 4 partes A primeira parte do cap tulo busca contextualizar rapidamente o assunto descrevendo o surgimento de aportes te ricos sist micos que transformaram as pol ticas ofertistas lineares que en xergavam a academia como o locus da inova o Esses novos aportes te ricos desta cavam a import ncia da participa o de organiza es n o acad micas especialmente do setor privado no processo de inova o at ent o considerados meros receptores de conhecimento Dessa forma estimulavam a constitui o de arranjos multiorga nizacionais para impulsionar a atividade inovativa em setores e ou regi es o que se tornou bastante comum nas pol ticas de Ci ncia Tecnologia e Inova o CT amp I A segunda parte do cap tulo discorre sobre diversos conceitos de arranjos multiorgani zacionais redes sistemas de inova o clusters e h lices triplas mostrando as distintas GEST O DE ARRANJOS MULTIORGANIZACIONAIS PARA A INOVA O 57 concep es de cada conceito sobre os arranjos multiorganizacionais destacando se as contribui es de cada um desses valiosos aportes te ricos Na terceira parte do cap tulo introduzido o conceito de ecossistemas organizacionais buscando se expor sua funcionalidade para descrever arranjos multiorganizacionais complexos bem como para sustentar processos de gest o que estimulem a cria o coletiva de inova es que promovam a sustentabilidade ambiental econ mica e social das organiza
359. vimento a utilizar e produzir equi pamentos eletr nicos At o final dos anos 80 existiam 23 empresas instaladas no Brasil representando significativa produ o de computadores e perif ricos al m de componentes microeletr nicos MCT 2002 No in cio da d cada de 90 a ind stria de semicondutores brasileira sofreu uma perda dr stica da sua capacidade produtiva decorrente de diversos fatores de ordem econ mica pol tica e tecnol gica tanto no mbito nacional quanto internacional No mbito nacional os fatores negativos incluem o fim da pol tica de reserva de mercado e a abertura para as importa es no setor realizada pelo governo Collor 1990 1992 Outro fator importante para a perda da capacidade produtiva da ind stria de semi condutores foi a altera o da Lei da Inform tica Lei 8248 de 1991 Do ano de 1991 at o ano de 2001 esta lei era o nico instrumento de pol tica a re gular o complexo eletr nico brasileiro A Lei estabelece que as empresas que aplicarem um dado percentual da sua receita bruta com bens e servi os de inform tica em Pes quisa e Desenvolvimento P amp D poder o beneficiar se da redu o do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI sobre os produtos para os quais estejam cumprindo o Processo Produtivo B sico PPB Guttierez amp Alexandre 2003 Os problemas da 12 A Lei da Inform tica 7 232 de 1984 primeiramente tratava do controle das importa es Posterior mente
360. vironmental analyses and the dialogue process in product development Journal of Cleaner Production v 14 pp 1409 1419 2006 UMEDA Y NONOMURA A TOMIYAMA T Study on life cycle design for the post mass production paradigm Artificial Intelligence for Engineering Design Analysis and Manu facturing 2000 V 14 n 2 pp 149 161 UNEP Product Service Systems and Sustainability Opportunities for Sustainable Solutions UNEP Paris 2002 VENZKE C A situa o do ecodesign em empresas Moveleiras da regi o de Bento Gon alves RS An lise das Posturas e Pr ticas Ambientais Porto Alegre 2002 Disserta o Mestrado em Administra o Programa de P s gradua o em Administra o UFRGS CAP TULO 9 Gest o da sustentabilidade em ecossistema organizacional caso ilustrativo na ind stria eletr nica Marco Antonio Silveira gt Introdu o AP S UM PER ODO de decl nio das atividades industriais no Pa s notadamente nos anos 1990 vive se no Brasil um processo de retomada do crescimento industrial que apesar de apresentar fortes varia es tem sido positivo ao longo dos anos 2000 Entre os setores considerados priorit rios para a retomada do desenvolvimento in dustrial no Pa s incluem se aqueles que comp em a ind stria eletr nica como com ponentes eletr nicos inform tica telecomunica es e eletr nica de consumo Esses setores t m um papel crucial no sistema econ mico pois geram um grande n mero
361. vo pode ocorrer tamb m atrav s da intera o com em presas em pesquisas conjuntas consultorias presta o de servi os ou com a gera o de novos empreendimentos Tratam se de vias de m o dupla pelas quais tamb m a 102 GEST O DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL VOLUME 1 universidade beneficiada devido possibilidade de formar melhor seus recursos hu manos e de retroalimentar a pesquisa nela desenvolvida Focaliza se aqui a transfer ncia do conhecimento gerado nas universidades e ins titutos de pesquisa para o mercado por meio das empresas atrav s de dois meca nismos a coopera o dessas institui es com o mercado empresas j existentes e a cria o de novas empresas por parte de profissionais que constitu ram temporaria mente ou n o o quadro de tais institui es essas novas empresas s o denominadas spin offs acad micos As atuais pol ticas de promo o da inova o estimulam essas duas vertentes s em presas inovadoras est dispon vel uma gama de possibilidades de obten o de recursos financeiros e humanos S o exemplos as bolsas do Programa Recursos Humanos em reas Estrat gicas RHAE operacionalizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvi mento Cient fico e Tecnol gico CNPq os financiamentos viabilizados pela Financia dora de Estudos e Projetos FINEP e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Eco n mico e Social BNDES e os incentivos fiscais propiciados pela Lei do Bem Lei n

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