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SILVANEY DE OLIVEIRA - ppgecm - Universidade Federal do Paraná

1. rrenan 148 4 3 4 Alfabetiza o Cient fica Profissional a 150 4 3 5 Alfabetiza o Tecnol gica Pr tica esee 151 4 3 6 Alfabetiza o Tecnol gica C vica re cancion 152 4 3 7 Alfabetiza o Tecnol gica Cultural esee 154 4 4 Categoria Emergente Estrat gias Did ticas sess 161 4 4 1 A Din mica das Aulas ee etr it aaa 162 4 4 2 A Import ncia da Experimenta o no Ensino de QU MICA 166 4 4 3 A Escrita e o Aprendizado no Ensino de Qu mica sss 169 CONSIDERA ES FINAIS i ir nnee raa aiaiai aa iiS 173 REFERENCIAS iia sn 179 APENDICES unta ar roer tn o e de se o de o A 193 INTRODUCAO Desde o ltimo s culo a humanidade tem experimentado um avanco sem precedentes na rapidez com que os desenvolvimentos cient ficos e tecnol gicos se incorporam ao nosso cotidiano Os limites da ci ncia parecem cada vez mais distantes e os aparatos tecnol gicos cada dia mais complexos polivalentes e indispens veis Imersos nesse admir vel mundo novo moldado pela tecnoci ncia fica quase imposs vel n o nos impressionarmos com a quantidade de mudangas introduzidas em nosso modo de vida em um espaco de tempo t o curto dif cil imaginar nosso dia a dia sem algumas facilidades contempor neas como internet smartphone cart o banc rio televis o ou autom veis Por ou
2. 8 Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da participa o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente 9 Refer ncias AULER D DELIZOICOV D Alfabetiza o cient fico tecnol gica para qu Ensaio Pesquisa em educa o em ci ncias v 3 n 1 2001 CHALMERS A F O que ci ncia afinal S o Paulo Brasiliense 1993 DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 248 MORTIMER E F MACHADO A H Qu mica ensino m dio S o Paulo Scipione 2010 SANTOS W L P M L G S Coord Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implica es sociais Volume 1 12 ed S o Paulo Nova Gera o 2010 SHEID N M J FERRARI N DELIZOICOV D Concep es sobre a natureza da ci ncia num curso de ci ncias biol gicas imagens que dificultam a educa o cient fica Investiga es em Ensino de Ci ncias p 157 181 2007 Dispon vel em lt http www if ufrgs br public ensino vol12 n2 v12_n2_a1 htm gt Acesso em 25 jul 2013 TEIXEIRA M Z Homeopatia ci ncia filosofia e arte de curar Rev Med S o Paulo p 30 43 abr jun 2006 Dispon vel em lt http www if u
3. Modelos cient ficos podem muito bem serem estabelecidos usando como base os sentidos fazendo experimentos que tenham como fim ver ouvir enfim detectar certas mudan as ou a raz o n o dependendo necessariamente de experimentos A finalidade disso tudo poder entender o que acontece realmente sem precisar ver o que at agora n o p de ser visto ou aprendido D078 A partir do texto e das perguntas descobrimos que os cientistas tamb m s o humanos e por isso podem ser influenciados por algu m ou dizer que alguma pesquisa tal coisa para ganhar dinheiro ou outra coisa Por exemplo algum cientista est prestes a falar qual o resultado de sua pesquisa sobre os fones de ouvido mas esse cientista conclui que o fone de ouvido n o faz mal ao ouvido porque o cara que vende fones fez com que ele conclu sse isso para vender mais fones D081 Uma teoria cient fica nunca est acabada e as chamadas verdades cient ficas ou provado cientificamente algo aceito baseado nas pesquisas atuais Isso quer dizer que n o tem como os pesquisadores chegarem a uma resposta concreta Eles n o t m como testar em todas as pessoas do mundo para saber que determinado produto n o faz mal para ningu m DO82 Na verdade os cientistas nunca sabem o que os alimentos transg nicos podem fazer no organismo pois cada organismo diferente eles s t m uma hip tese do que pode acontecer D083
4. RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Logo ap s nossa entrada em sala um dos estudantes perguntou se haveriam experimentos nesta aula Esclarecemos que n o haviam atividades pr ticas propostas para este momento e houve um lamento generalizado Procuramos motivar os estudantes argumentando que continuar amos nossa an lise dos experimentos e que esta an lise seria t o interessante quanto os pr prios experimentos Como prometido iniciamos nosso estudo retomando a an lise dos experimentos realizados na aula anterior procurando destacar as correla es dos fatos observados com as hip teses do modelo de part culas e em especial salientando a influ ncia do catalisador no desenrolar do segundo experimento Nosso objetivo com esta breve retomada foi al m de revisar os conceitos estudados anteriormente introduzir a pergunta relativa sess o de problematiza o inicial prevista para esta aula Deste modo perguntamos aos estudantes qual era o mecanismo de funcionamento dos catalisadores como eles influenciavam na rapidez de uma rea o Inicialmente n o houve hip tese alguma e ap s insistirmos no questionamento um estudante sugeriu que os catalisadores influenciavam na temperatura das rea es e com isso aumentavam sua rapidez Muito embora estivesse enganado em sua suposi o ficamos satisfeitos com o fato do estudante ter associado o aumento da temperatura com o aumento de velocidade de uma rea o um assunto analisado em aulas a
5. 16 As abordagens com Enfoque CTS enfatizam as rela es entre o contexto sociocultural dos personagens envolvidas no processo de ensino aprendizagem e os conceitos cient fico tecnol gicos possibilitando discuss es sobre a natureza da ci ncia a natureza da tecnologia seus desdobramentos sociais e inter relac es AULER DELIZOICOV 2001 SANTOS MORTIMER 2002 SANTOS SCHNETZLER 2003 PINHEIRO SILVEIRA BAZZO 2007 BOCHECO 2011 STRIEDER 2012 Assim uma proposta que contemple os conte dos cient ficos atrav s das relac es CTS demanda em ensinar estes saberes associados ao seu contexto tecnol gico e social no qual os estudantes integram o conhecimento cient fico e tecnol gico s suas experi ncias pessoais GARCIA CEREZO LUJ N 1996 A partir dessa concepc o de ensino defendo nesta pesquisa que uma abordagem com Enfoque CTS nas aulas de Qu mica pode se concretizar como uma das formas de promover a alfabetizac o cient fica e tecnol gica dos estudantes Entretanto ainda que as discuss es em relac o sigla CTS no campo educacional j existam h cerca de cinquenta anos e mesmo considerando a presenca de abordagens CTS no Ensino de Ci ncias em diferentes momentos na educac o brasileira AULER 2011 MIRANDA 2012 STRIEDER 2012 constata se que devido complexidade intr nseca s quest es relacionadas ci ncia tecnologia e sociedade poss vel desenvolver propostas CTS com diferentes enfoques
6. QA13 No meu ponto de vista todos os conhecimentos trabalhados forma bons pois se me perguntarem sobre qualquer um dos temas saberei responder de forma correta N o detalhadamente em certos pontos pois muita informa o mas sim aprendi muito mais com 361 esse formato de aula QA15 Achei criativo e produtivo cada vez que chegava o dia de aula de qu mica eu n o queria faltar porque sabia que ia ser divertido e que eu ia descobrir coisas que nem sabia ser poss vel acontecer QA 18 Para mim essa aula foi muito legal e interessante pois fizemos um experimento sobre os odores que se espalham no ar e outro no qual foi colocada am nia e cido clor drico num tubo o que formou como se fosse uma divis o dos gases impedindo que eles se misturassem Depois fizemos algumas perguntas referentes aos experimentos e discutimos um pouco sobre os frascos colocados nas mesas Eu achei muito interessante a aula pois n o tinha visto experimentos qu micos na aula Eu gostei da aula D018 Neste dia a aula foi muito legal Na aula aprendemos muitas coisas tivemos duas experi ncias uma foi sobre o cheiro e o g s e a outra era uma experi ncia que usava um tubo que usava am nia e outro com cido As experi ncias foram muito legais pois nunca tinha visto nada do tipo como na segunda experi ncia D022 Eu achei muito legal pois nunca tinha feito neg cios qu micos assim e tive a op
7. funcionamento do sistema ar condicionado pelos ocupantes QUADRO 4 PRINCIPAIS AGENTES QUE AFETAM A QAI E SUAS FONTES FONTE Adaptado de Santos 2010 p 8 Percebemos por meio do Quadro 4 que grande parte dos problemas relacionados polui o do ar em ambientes interiores poderia ser evitada a partir da diminui o do uso de determinados produtos da mudan a de h bitos ou do controle de suas fontes Segundo Brickus e Neto 1999 a literatura est repleta de estudos indicando que a maioria das reclama es dos ocupantes em rela o QAI envolve procedimentos de manuten o inadequados tais como filtros de ar condicionado empoeirados ou mesmo a falta de filtros fotocopiadoras sem sistema pr prio de exaust o ou dutos e bandejas de ar condicionado sujos Os autores afirmam que o conhecimento pelos ocupantes desses ambientes de situa es que poderiam contribuir para o aumento das concentra es de agentes qu micos e biol gicos em recintos fechados possibilitaria uma r pida remedia o ou uma a o de manuten o mais efetiva no sentido de evitar esses problemas 66 No entanto a mera disponibilidade de informac es sobre os fatores que interferem na OAI n o basta O uso da informac o depender da motivac o do indiv duo e de sua disponibilidade de ac o O controle da QAI no interior dos edif cios sem d vida um problema que necessita soluc o em benef cio dos seus ocupantes VERDELHOS 2011
8. Ao afirmar que o conhecimento cient fico pode ser constru do tanto a partir de considera es te ricas quanto de evid ncias experimentais alguns estudantes demonstram uma compreens o mais aprofundada da atividade cient fica e apontam que a inser o did tica conseguiu perturbar uma concep o estereotipada de ci ncia segundo a qual apenas dados emp ricos validam esse conhecimento Os ltimos pontos analisados nessa subcategoria remetem imagem que os estudantes t m dos cientistas e sua percep o sobre as influ ncias externas na constru o do conhecimento cient fico Sobre estes aspectos basta uma pesquisa r pida na internet para perceber o imagin rio social sobre a figura do cientista e a atividade cient fica De modo geral o cientista retratado como um indiv duo do sexo masculino solit rio desleixado e genial Este indiv duo exc ntrico interage apenas com seu pr prio mundo e tem o laborat rio como principal refer ncia de trabalho KOSMINSKY GIORDAN 2002 Desse retrato caricato propagado na m dia e socialmente aceito deriva uma falsa impress o de que a ci ncia uma atividade para alguns poucos escolhidos uma minoria especialmente favorecida Para Gil P rez et al 2001 isso transmite expectativas negativas aos estudantes desestimulando seu interesse pela ci ncia ao caracteriz la como uma atividade individualista elitista e eminentemente masculina Relacionado mesma problem tica Gil P rez
9. Instrumentos did ticos Objetivos de aprendizagem em relac o ao estudante Construindo Texto A Teoria Compreender o modelo de part culas e a Teoria Cin tica dos Gases m Model d e es poros es E acao Cin tica dos Gases Compreender as transforma es isot rmicas para os CA nue 4 un Quadro de giz isob ricas e isoc ricas de um g s Materiais Roteiro do estudante Interpretar o comportamento dos gases e as suas Gasosos E transforma es a partir do modelo de part culas Compreender as vantagens e limitac es de um Pr tica Caixas modelo cient fico Modelos pretas Caracterizar as principais etapas presentes na 5 Cient ficos Quadro de giz construc o de um modelo cient fico Roteiro do estudante Refletir sobre o car ter transit rio das verdades cient ficas Refletir sobre a ci ncia como uma construc o f 3 humana transit ria e sujeita a influ ncias internas e Texto Os caminhos z Re externas ao seu processo de construc o A Natureza da da ci ncia Em z P Refletir sobre a import ncia de superar as impress es 6 Ci ncia Quadro de giz Ep de senso comum sobre o conhecimento cient fico e Roteiro do estudante A ETA z adotar uma postura cr tica em rela o s informa es divulgadas pela m dia l l Compreender a Equa o dos Gases Ideais Texto Gases reais e EE a a Refletir sobre as generaliza es e aproxima es Equa o dos gases ideais es R N
10. O primeiro ponto a ser analisado nesta subcategoria remete ao processo de formula o dos modelos e teorias cient ficas Procuramos levantar nas produ es textuais dos estudantes como eles entendem que se daria este processo buscando evidenciar em suas respostas a exist ncia de elementos que possam caracterizar a atividade cient fica Investigar portanto qual caminho deve ser trilhado para a formula o de um modelo de uma lei ou teoria cient fica bem como as limita es que essas representa es apresentam Em rela o s respostas dadas pelos estudantes destacam se os relatos abaixo A aula falava sobre o que seria um modelo cient fico e qual sua utilidade E tipo uma prov vel representa o de algo que nem sempre igual ou parecido realidade E a utilidade representar algo que n o se pode ver ou muito pequeno para podermos saber D068 grifos nossos um modelo cient fico n o o modelo exato das coisas mas tem caracter sticas semelhantes e sempre pode estar mudando em algum detalhe Ele serve para explicar ou representar alguma teoria D076 grifos nossos Gases ideais s o modelos representa es dos gases que existem no mundo real Como foi visto na aula sobre modelos praticamente imposs vel estabelecer um modelo que seja perfeitamente condizente com a realidade Modelos como o dos gases ideais s o perfeitamente mensur veis Como poss vel medir pesar um g s real E para is
11. PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 3 Introduc o Nesta aula construiremos um modelo para os materiais gasosos atrav s do modelo de part culas O estudo ser norteado por algumas experi ncias pr ticas que visam caracterizar a Teoria Cin tica dos Gases TCG 2 Conte do Espec fico Estudo dos Gases 3 Durac o 50 min 4 Objetivos Caracterizar a TCG atrav s da tica do modelo de part culas e compreender os efeitos da variac o da temperatura do volume e da press o no comportamento dos gases 5 Conte dos privilegiados Teoria cin tica dos gases e o modelo de part culas 6 Orientac o did tica Para oportunizar o entendimento da TCG atrav s do a b modelo de part culas utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a construc o reconstruc o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematizac o inicial organiza o e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematizac o inicial a aula se iniciar atrav s da introduc o do seguinte questionamento Uma das caracter sticas dos gases a sua capacidade de difus o Sabemos que a massa molecular influencia na velocidade de difus o d
12. muito mais polu do que o ar externo pois nos ambientes internos h muitos fatores que n o conhecia e que colaboram para a polui o como por exemplo cigarro spray aerossol purificadores de ar impressoras a laser D008 Eu achei interessante pois a maioria das pessoas acha que a polui o est no exterior por causa das fuma as industriais e o cheiro que surge no ar N s achamos que o ar mais polu do o exterior porque j estamos acostumados com esse ar Com essa aula aprendi que em lugares fechados que tem mais polui o que no exterior Foi uma descoberta pois jamais tinha pensado nisso D011 Eu n o sabia e nunca tinha parado para pensar em quantas coisas que temos em nossa casa e que poluem mais do que carros f bricas etc Foi muito legal essa aula pois eu soube parar e pensar sobre o que devemos fazer para que n o haja polui o em nossas casas mesmo que seja quase imposs vel pois s o coisas que usamos no nosso dia a dia D015 Acredito que seja importante estudar a tem tica da Qualidade do Ar pois um assunto n o comentado nas escolas e h muitos perigos relacionados ao ar interior visto que mais polu do que o exterior Esses assuntos podem nos ajudar a melhorar a qualidade do ar e nos manter mais atentos aos produtos que potencialmente fariam isso QF01 muitas vezes acreditamos que o ar de fora muito ruim para a sa de mas nem sempre prestamos aten o ao ar
13. necess rio avaliar o pre o s vezes pode ser caro mas n o ser t o bom quanto parece e um mais barato pode ser melhor Tem que ver se a qualidade realmente boa se economiza energia se faz realmente bem ao ambiente ao ar QF07 grifos nossos As diferen as entre cada um dos equipamentos pode passar despercebida para a maioria de n s mas elas existem Al m disso podemos levar em conta e avisar as pessoas pr ximas do perigo de cada um deles e tamb m da pouca influ ncia que purificadores naturais exercem no ambiente como plantas A compra deve ser feita levando em considera o a pot ncia o n mero de pessoas na casa o tamanho do espa o nada que libere oz nio etc QF14 grifos nossos 154 Percebemos que os relatos dos estudantes ressaltam a necessidade de crit rios para a sele o e aquisi o de um dispositivo de climatiza o ou purifica o do ar interior Os alunos destacam que apesar da maioria dos equipamentos apresentarem caracter sticas semelhantes s o as caracter sticas particulares de cada equipamento que devem ser pesadas no momento da compra Ressalta se tamb m que as reflex es auxiliaram os alunos a perceber seu papel como formadores de opini o Seu conhecimento mais aprofundado sobre o tema pode e deve influenciar nas escolhas das pessoas ao seu redor Dessa forma evidencia se que conhecer sobre as caracter sticas implica es perigos e cuidados necess rios para a aqui
14. o em algumas de suas concep es sobre a natureza da ci ncia da tecnologia e sobre seu papel na conjuntura social que se apresenta Em especial s o significativos os ind cios de ACT relacionados com a percep o dos conceitos cient ficos no cotidiano com o car ter human stico da atividade cient fica e com a consci ncia da intr nseca liga o da tecnologia com a sociedade sua historicidade e suas rela es com a cultura A partir destas constata es achamos relevante apontar um segundo aspecto que consideramos decisivo em rela o ao desenvolvimento de inser es CTS a import ncia da sele o de uma tem tica adequada A literatura aponta basicamente duas maneiras para se definir um tema prop cio para uma abordagem com Enfoque CTS Uma delas defende que a escolha deve partir do professor enquanto outra alega que a sele o do tema deve vir dos anseios e desejos dos pr prios alunos Entretanto Santos e Mortimer 2002 argumentam que a despeito da fonte as propostas com abordagem CTS devem ser estruturadas sempre de temas socialmente relevantes e que fa am parte da vida dos estudantes Por outro lado como destaca Strieder 2008 esses temas tamb m devem propiciar abertura discuss o de quest es sociais econ micas pol ticas e ticas sobre o desenvolvimento cient fico tecnol gico O professor deve atentar para a necessidade de selecionar um tema que seja significativo para os estudantes que lhes pare a impo
15. 362 descobrir mais sobre o assunto Tamb m gostei porque gosto de aulas com experimentos D185 Eu adorei as experi ncias s o coisas que eu nunca poderia imaginar que pudesse ser t o simples de entender Achei super divertido e muito bom QF02 Eu gostaria que as aulas continuassem assim n s aprendendo com fazer experi ncias e anotando as diferencas Isso torna bem mais interessante para os alunos QF11 Foi uma ideia muito boa e pelo que parece com bons resultados j que ao escrever o que aconteceu na aula e o que foi estudado o aluno estudava indiretamente o assunto e tinha uma opini o concreta do foi estudado conseguindo guardar melhor o assunto e a mat ria estudada Al m disso o professor tamb m podia avaliar como suas aulas estavam e como os alunos aprendiam usando isso para melhorar seu m todo de ensino QA02 Ficou muito melhor porque por causa desses di rios fica mais f cil n o precisa ficar fazendo trabalhos ou fazendo textos As contas ainda continuaram mas ficaram muito mais divertidas porque cada um pode dizer o que achou da aula e o que aprendeu Ajuda tamb m para quem n o sabe muito fazer textos porque a come amos a ter mais interesse em escrever QA03 Muito melhor que a prova porque nele n s colocamos o que entendemos do assunto e n o a coisa decorada das provas As vezes o que voc cabe n o cai na prova e voc fica com sentimento de n o saber
16. SANTOS M S AMARAL C L C MACIEL M D Tema sociocient fico cacha a em aulas pr ticas de qu mica na educac o profissional uma abordagem CTS Ensaio Pesquisa em Educac o em Ci ncias v 14 n 01 p 227 239 2012 SANTOS W L P O ensino de qu mica para formar o cidad o principais caracter sticas e condi es para a sua implanta o na escola secund ria brasileira Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Estadual de Campinas Campinas 1992 Contextualizac o no ensino de ci ncias por meio de temas CTS em uma perspectiva cr tica Ci ncia amp Ensino vol 1 n mero especial novembro de 2007a Educac o cient fica na perspectiva de letramento como pr tica social fun es princ pios e desafios Revista Brasileira de Educa o v 12 n 36 n mero especial set dez 2007b 189 Educac o cient fica humanista em uma perspectiva freireana resgatando a func o do ensino de CTS Alexandria v 1 n 1 p 109 131 2008 SANTOS W L P MORTIMER E F Tomada de decis o para ac o social respons vel no ensino de ci ncias Ci ncia 8 Educac o v 7 n 1 p 95 111 2001 Uma an lise de pressupostos te ricos da abordagem CTS Ci ncia Tecnologia Sociedade no contexto da educac o brasileira Ensaio v 2 n 2 p 1 23 2002 SANTOS W L P SCHNETZLER R P O que significa ensino de qu mica para formar o cidad o Qu mica Nova na Escola n 4 p 28 34 nov 1
17. considera es sobre a pr tica educacional em f sica In XI Encontro de Pesquisa em Ensino de F sica Curitiba 2008 TEIXEIRA E As tr s metodologias acad mica da ci ncia e da pesquisa 4 ed Bel m UNAMA 2002 191 TEIXEIRA P M M A educac o cient fica sob a perspectiva da pedagogia hist rico cr tica e do movimento CTS no ensino de ci ncias In Ci ncia amp Educa o n 2 S o Paulo p 177 190 2003 Dispon vel em lt http www scielo br pdf ciedu v9n2 03 pdf gt Acesso em 26 06 2013 TEIXEIRA R M O Simulac o da qualidade do ar interior em ambiente escolar Dissertac o Mestrado em Engenharia do Ambiente Universidade de Aveiro Portugal 2012 TERRAZZAN E A AULER D Repensando a f sica no ensino m dio In Formac o de professores um desafio Goi nia UCG p 213 229 1996 TORRES J E et al Resignificac o curricular contribui es da Investiga o Tem tica e da an lise textual discursiva Revista Brasileira de Pesquisa em Educac o em Ci ncias v 8 n 2 p 1 13 2008 TRIVELATO S L F O ensino de ci ncias e as preocupa es com as rela es CTS Educac o em foco v 5 n 1 p 43 54 2000 TRIVINOS A N S Introduc o pesquisa em ci ncias sociais a pesquisa qualitativa em educac o S o Paulo Atlas 1987 VACCAREZZA L S Ciencia tecnolog a y sociedad el estado de la cuesti n en Am rica Latina In Revista Iberoamericana de Educaci n n 18 cienci
18. las depois tamb m particip vamos das atividades em sala para podermos relat las QAO5 Esses relatos apontam que os estudantes atribu ram especial import ncia para o ato de escrever como elemento de motiva o para sua participa o nas aulas revis o solidifica o e sistematiza o dos conceitos aprendidos Al m dos pontos destacados achamos significativo o fato de que durante a an lise das produ es textuais dos estudantes n o encontramos nenhuma opini o negativa em rela o reda o dos di rios de bordo Ao contr rio constatamos que os alunos elogiaram a estrat gia foi uma ideia muito boa e nos ajudou muito QAO2 e em momento algum apresentaram resist ncia ou relataram dificuldades para redigir suas impress es sobre as aulas Segundo Oliveira e Carvalho 2005 os estudantes valorizam as atividades escritas nas aulas de ci ncias por representarem um momento em que eles t m a possibilidade de expressar suas compreens es de forma individual acerca das atividades desenvolvidas No entanto as autoras tamb m apontam para a import ncia da constru o de olhares mais atentos por parte de professores sobre os materiais escritos produzidos pelos estudantes em situa es de ensino Esse olhar cuidadoso permite ao professor perceber o n vel de entendimento do aluno sobre as atividades 171 suas eventuais dificuldades e caso seja necess rio utilizar outras abordagens ou estrat gias de ensino
19. nico m todo utilizado pela ci ncia ele ainda o mais difundido e valorizado Nesse m todo o papel da verifica o experimental fundamental Voc acredita que os cientistas podem construir o conhecimento cient fico s a partir de ideias de teorias sem fazer experimentos Justifique a sua resposta Os alimentos transg nicos s o geneticamente modificados com o objetivo de incrementar certas caracter sticas naturais das plantas aumentar a produ o e a resist ncia s pragas visando o lucro Existe muita controv rsia em rela o sua produ o e uso Muitos transg nicos desenvolvidos nas pesquisas cient ficas ainda n o s o autorizados para serem comercializados em decorr ncia da pol mica gerada pelos impactos ambientais e poss veis rea es adversas no organismo humano Em rela o a assuntos pol micos como a produ o e uso de transg nicos n o seria suficiente ouvir a opini o dos cientistas para proibi los ou liber los para consumo humano Por qu 250 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 7 Introduc o Nesta aula discutiremos as vari veis de estado dos gases a equa o geral de um g s ideal e as aproxima es necess rias para a construc o do modelo representativo para o comportamento dos gases O estudo ser realizado atrav s de uma an lise das princip
20. o Universidade Federal de S o Carlos S o Carlos 2012 MORAES R Uma tempestade de luz a compreens o possibilitada pela an lise textual discursiva Ci ncia amp Educa o v 9 n 2 p 191 211 2008 MORAES R GALIAZZI M C An lise textual discursiva Iju UNIJU 2007 MOREIRA H CALEFFE L G Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador Rio de Janeiro DP amp A editora 2006 MORTIMER E F Linguagem e forma o de conceitos no ensino de ci ncias Belo Horizonte Ed UFMG 2000 MORTIMER E F MACHADO A H Qu mica volume 1 S o Paulo Scipione 2011 MUENCHEN C Configura es curriculares mediante o Enfoque CTS desafios a serem enfrentados na EJA Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2006 A dissemina o dos tr s momentos pedag gicos um estudo sobre pr ticas docentes na regi o de Santa Maria RS Tese Doutorado em Educa o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2010 187 MUENCHEN C et al Enfoque CTS configura es curriculares sens veis a temas contempor neos In V Encontro Nacional de Pesquisa em Educac o em Ci ncias Bauru 2005 MUNDIM J V SANTOS W L P Ensino de ci ncias no ensino fundamental por meio de temas sociocient ficos an lise de uma pr tica pedag gica com vista superac o do ensino disciplinar Ci ncia amp Educac o v 18 n 4 p 78
21. o destes conte dos com a es de seu cotidiano Como tanto a vida di ria como o entorno social do aluno est o impregnados de rela es tecnol gicas e cient ficas a interpreta o do mundo contempor neo exige a articula o dessas rela es Por outro lado isso tamb m implica compreender o conhecimento cient fico e tecnol gico para al m do dom nio estrito dos conceitos da Qu mica Nesse contexto uma educa o com Enfoque CTS se apresenta como alternativa para destacar a relev ncia da articula o desses saberes fora da sala de aula Um Ensino de Qu mica que favore a a problematiza o de conceitos e auxilie a construir conhecimentos e habilidades necess rios para tomar decis es respons veis sobre os impactos sociais da ci ncia e da tecnologia bem como atuar na solu o de tais quest es SANTOS SCHNEZTLER 2003 COELHO 2005 DREWS 2011 Em uma sociedade altamente orientada por intera es cient fico tecnol gicas estes conhecimentos s o vitais para uma leitura integrada de mundo e ao relacionar os saberes espec ficos da Qu mica com os elementos da tr ade CTS enfatiza se o potencial transformador de um ensino voltado para a constru o da cidadania A partir dessas infer ncias pretendemos no pr ximo cap tulo explicitar os detalhes relativos articula o da tem tica com os conte dos espec ficos da disciplina e com os par metros de ACT bem como discutir as estrat gias de ensino utilizadas para o d
22. o do conhecimento durou aproximadamente 30 minutos e para a aplica o do conhecimento solicitamos aos alunos que respondessem individualmente uma quest o sobre o dimensionamento de um aparelho de ar condicionado Esta etapa durou aproximadamente 12 minutos e a aula terminou pouco ap s a entrega da quest o resolvida pelos alunos Os alunos n o apresentaram dificuldades para a resolu o da atividade No entanto como n o houve tempo para discutir a quest o no grande grupo entregamos uma c pia da quest o resolvida e comentada pelo professor para que o representante da turma a repassasse aos colegas DI RIO DE AULA 10 31 10 2013 A d cima aula da unidade did tica teve como objetivo analisar o princ pio de funcionamento dos aparelhos de purifica o de ar conhecer suas utilidades e limita es Esta aula se caracterizou por um car ter informativo e foi planejada para utilizar um texto de apoio indicado na proposta did tica como subs dio para as discuss es em sala Registramos o comparecimento de 13 alunos 72 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Iniciamos a aula com uma breve exposi o sobre os equipamentos de climatiza o interior assunto da aula anterior a fim de motivar os alunos para as 210 discuss es e introduzir os questionamentos referentes sess o de problematizac o inicial Salientamos que a fun o prim ria dos equipamentos de climatiza o interior era a de melh
23. o do professor construir o suas respostas relativas sess o 251 Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discussdes e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Aplicac o do conhecimento a aplicac o do conhecimento se dar atrav s de uma atividade que apresenta uma an lise gr fica e tem como objetivos al m de discutir as vari veis de estado dos gases introduzir a tem tica dos ambientes climatizados mencionando o princ pio de funcionamento dos aparelhos de ar condicionado ATIVIDADE PROPOSTA Os modelos criados para a compreender o comportamento e as propriedades dos gases apesar de possu rem limita es apresentam v rias aplica es pr ticas Um exemplo a utiliza o da propriedade dos gases de absorver ou liberar calor a partir de sua expans o compress o como o princ pio b sico para o funcionamento dos aparelhos de ar condicionado De um modo geral quando um g s passa por um processo de mudan a resfriamento aquecimento compress o ou descompress o dizemos que ele se transforma alterando os valores da sua press o temperatura e volume j que a modifica o de uma dessas grandezas vari veis de estado do g s modificar tamb m as outras Para entendermos melhor essas varia es vamos analisar a situa o proposta pelo exerc cio da UFF em 2009 adaptado Uma amostra de um g s ideal sofre
24. organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema c Aplica o do conhecimento aplica o do conhecimento ser realizada atrav s da retomada dos questionamentos iniciais e de discuss es orientadas pelo professor no intuito de refletir sobre a maneira como nos relacionamos com a tecnologia e como podemos influenciar em seus caminhos 7 Recursos did ticos Roteiro do estudante Texto A filosofia da tecnologia 8 Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da participa o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente 9 Refer ncias AULER D DELIZOICOV D Alfabetiza o cient fico tecnol gica para qu Ensaio Pesquisa em educac o em ci ncias v 3 n 1 2001 CUPANI A A Tecnologia como problema filos fico tr s enfoques Scientiae Studia S o Paulo v 2 n 4 p 493 518 2004 Filosofia da tecnologia Revista Filosofia Ci ncia amp Vida S o Paulo ed 63 set 2011 Mat ria da capa Dispon vel em lt http filosofiacienciaevida uol com br ESFl Edicoes 63 artigo239056 1 asp gt Acesso em 11 ago 2013 DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 FEENBERG A Tra
25. pesquisas qualitativas t m cada vez mais se utilizado de an lises textuais quando pretendem aprofundar a compreens o dos fen menos investigados e n o apenas testar hip teses para comprov las ou refut las ao final da pesquisa Assim no intuito de descrever e interpretar os fen menos observados de maneira detalhada buscando apreender as compreens es dos sujeitos envolvidos na investigac o recorremos t cnica da An lise Textual Discursiva ATD Moraes e Galiazzi 2007 explicam que a ATD pode ser entendida como um processo de desconstruc o seguido da reconstruc o de um conjunto de materiais lingu sticos e discursivos Neste contexto envolve identificar e fragmentar os materiais submetidos an lise denominados de corpus da pesquisa buscando categoriz los atrav s de um processo descritivo e interpretativo tendo como base para sua elaborac o o sistema de categorias constru do Desse modo a realizac o da ATD emerge a partir do conjunto de documentos denominado corpus Esses documentos representam as informac es da pesquisa e carregam consigo discursos que necessitam ser descritos e interpretados pelo pesquisador para a construc o de significados aos fen menos investigados Partindo desta infer ncia definimos e delimitamos o corpus de an lise atrav s de uma s rie de documentos produzidos durante o processo e descritos na sec o anterior como indicado no Quadro 6 Corpus da Pesquisa Sujeitos da
26. um agente antimicrobiano Segundo informa es dos fabricantes o filtro HEPA ret m 99 5 das part culas de at 0 3 micr metro esse tamanho cerca de 230 vezes menor que o di metro de um fio de cabelo Enquanto vassouras e espanadores levantam as part culas de poeira e dispersam caros pelo ar os aspiradores equipados com esses filtros coletam a sujeira com muito mais efici ncia e conseguem prender o que foi sugado O resultado que nesses ambientes mais limpos se respira melhor A partir da descri o acima poder amos classificar os aspiradores de p equipados com esses filtros como um tipo de aparelho de purifica o do ar Justifique sua resposta 272 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 11 Introduc o Nesta aula discutiremos as relac es da tecnologia com a sociedade O estudo ser realizado atrav s de uma reflex o sobre a natureza da tecnologia e suas implica es em nosso modo de vida 2 Conte do Espec fico Estudo dos Gases 3 Durac o 50 min Objetivos Reconhecer a tecnologia como dimens o da vida humana e refletir sobre seus usos valores e influ ncias 5 Conte dos privilegiados Filosofia da tecnologia 6 Orientac o did tica Para oportunizar reflex es a respeito da natureza da a b tecnologia utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos
27. 1 Introduc o Esta aula visa iniciar o estudo dos gases atrav s da tem tica da Qualidade do Ar Interior QAI Neste primeiro momento haver maior nfase aos perigos associados a poluic o do ar interior seus principais agentes e as maneiras de prevenir ou minimizar os efeitos indesejados desses poluentes N Conte do Espec fico Estudo dos Gases C Durac o 50 min 4 Objetivos Conhecer os principais poluentes encontrados em ambientes interiores bem como possibilitar a discuss o de maneiras para se evitar ou minimizar os efeitos nocivos da poluic o do ar interior e seu impacto na sa de dos ocupantes desses locais 5 Conte dos privilegiados Doencas e poluentes relacionados a QAI 6 Orientac o did tica Para oportunizar o entendimento do estudo dos gases atrav s da tem tica da QAI utilizaremos como estrat gia did tica os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematizac o inicial organizac o e aplicac o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira a b c 220 Problematizac o inicial a aula se iniciar atrav s da introduc o de alguns questionamentos 1 Quando se fala em poluig o do ar qual a primeira ideia que lhes v m cabe a 2 Voc
28. 2002 ao discutirem os pressupostos te ricos que amparam as abordagens tem ticas com Enfoque CTS tamb m defendem uma abordagem a partir de temas socialmente relevantes Os autores destacam que alguns pesquisadores prop em a inclus o de temas locais e outros de temas globais mas todos concordam que o tema deve fazer parte do cotidiano dos estudantes Ao refletir sobre a possibilidade de correlac o entre as duas perspectivas sugerem como ideal uma abordagem a partir de problemas locais que se articulem com a dimens o global Santos e Mortimer 2002 tamb m analisam os principais temas sugeridos na literatura internacional em curr culos CTS e fazem uma projec o para o contexto brasileiro identificando nove tem ticas 1 explorac o mineral e desenvolvimento cient fico tecnol gico e social enfatizando quest es atuais como a explorac o mineral por empresas multinacionais a privatizac o da Companhia Vale do Rio Doce ou as propostas de privatizac o de outras grandes companhias nacionais como a Petrobr s 2 ocupac o humana e poluic o ambiental discutindo problemas de ocupac o desordenada nos grandes centros urbanos saneamento b sico poluic o da atmosfera e dos rios sa de p blica xodo de popula es regionais ou a quest o agr ria 3 o destino do lixo e o impacto sobre o ambiente refletindo sobre h bitos de consumo na sociedade tecnol gica 4 controle de qualidade dos produtos qu micos comercializados envolven
29. 30 04 2014 PARAN Secretaria de Estado da Educac o Diretrizes curriculares da educac o b sica Qu mica Curitiba 2008 PEGAS P N et al Indoor air quality in elementary schools of Lisbon in spring Environ Geochem Health n 33 p 455 468 2011 PINHEIRO N A M Educac o cr tico reflexiva para um ensino m dio cient fico tecnol gico a contribuic o do enfoque CTS para o ensino aprendizagem do conhecimento matem tico Tese Doutorado em Educac o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2005 PINHEIRO N A M SILVEIRA R M C F BAZZO W A Ci ncia tecnologia e sociedade a relev ncia do enfoque CTS para o contexto do ensino m dio Ci ncia amp Educac o v 13 n 1 p 71 84 2007 POSTMAN N Tecnop lio a rendic o da cultura tecnologia S o Paulo Nobel 1994 188 PRAIA J GIL P REZ D VILCHES A O papel da natureza da ci ncia na educac o para a cidadania Ci ncia 8 Educac o v 13 n 2 p 141 156 2007 QUEIROZ S L FERREIRA L N A IMASATO H Textos de divulgac o cient fica no ensino superior de qu mica aplicac o em uma disciplina de Qu mica Estrutural Educaci n Quimica v 23 n 1 p 49 54 2012 RAMSEY J The science education reform movement implications for social responsibility Science Education v 77 n 2 p 235 258 1993 REZENDE L A Hist ria das ci ncias no ensino de ci ncias contribui es dos
30. ANVISA A resolu o RE n 9 de 16 de janeiro de 2003 indica que os propriet rios ou locat rios de estabelecimentos comerciais com climatiza o artificial tem algumas responsabilidades dentre elas a de divulgar aos ocupantes dos ambientes climatizados os procedimentos e resultados das atividades de avalia o corre o e manuten o realizadas Por que importante a divulga o e a manuten o regular dos equipamentos de climatiza o artificial 262 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 9 Introduc o Nesta aula discutiremos os aparelhos de climatizac o interior O estudo ser realizado atrav s de uma an lise das caracter sticas dos principais tipos de equipamentos dom sticos utilizados para climatizac o 2 Conte do Espec fico Estudo dos Gases 3 Durac o 50 min Objetivos Compreender as func es utilidades e cuidados necess rios para utilizac o dos aparelhos dom sticos climatizac o do ar interior e estabelecer crit rios para aquisic o de um desses equipamentos 5 Conte dos privilegiados Aparelhos de climatiza o a b Orientac o did tica Para oportunizar discuss es sobre os aparelhos de climatizac o interior utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula ent
31. D DELIZOICOV D Alfabetiza o cient fico tecnol gica para qu Ensaio Pesquisa em educa o em ci ncias v 3 n 1 2001 DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 EPA U S Environmental Protection Agency 2012 Ozone Generators That Are Sold as Air Cleaners An Assessment of Effectiveness and Health 269 Consequences Washington DC Dispon vel em lt http www epa gov iaq pubs ozonegen html gt Acesso em 06 ago 2013 EPA U S Environmental Protection Agency 2013 Residential Air Cleaners A Summary of Available Information Washington DC Dispon vel em lt http www epa gov iaq pubs airclean html gt Acesso em 12 jul 2013 FIGUEIREDO L Componentes para salas limpas Revista SBCC S o Jos dos campos n 14 p 20 23 jul ago 2003 Artigo T cnico Dispon vel em lt http www sbcc com br revistas_pdfs ed 2014 14ArtigoTecnicoSalasLimpas pdf gt Acesso em 07 ago 2013 270 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 10 Texto Aparelhos de purificac o do ar interior Os aparelhos de purificac o do ar s o dispositivos auxiliares utilizados para a melhoria da qualidade do ar em nossa casa ou local de trabalho importante salietar que normalmente a maneira mais efetiva de resolver esses problemas reduzindo as fontes da polui o e utilizando uma ventila o adequada Os equipamentos sozinhos raramente removem de forma adequada
32. D146 QF06 a D122 D127 D133 D134 D140 D142 QF02 QF03 QF05 QF07 amp zeng og QF08 QF11 QF12 QF13 QF14 C vica Rd D148 D149 D150 D151 D152 D153 D155 D156 D157 D158 jq a D160 QF01 QF02 QF03 QFO5 QF06 QF08 QF12 QF14 QF17 QUADRO 8 RELATOS ASSOCIADOS S CATEGORIAS DE ACT FONTE O Autor 2015 O Quadro 8 aponta que os maiores n meros de relatos classificados encontram se nas categorias relacionadas alfabetizac o cient fica cultural e pr tica Tamb m s o significativos os relatos associados alfabetizac o tecnol gica cultural Por outro lado foi identificado um nico relato de alfabetizac o cient fica profissional Dadas as especificidades da tem tica e dos conte dos abordados natural que aspectos relacionados a algumas categorias sejam mais frequentes nos relatos dos alunos que outros Entretanto conforme afirmamos anteriormente apesar das categorias possu rem sentidos pr prios o desenvolvimento de cada uma delas tem implica es diretas nas demais seu conjunto que proporciona a integra o das discuss es sobre a ci ncia a tecnologia e seus desdobramentos sociais Integra o que al m de valorizar cada um desses elementos e ressaltar suas rela es imbricadas tamb m evidencia as m ltiplas dimens es de um ensino com orienta o CTS 134 Desse modo antes do in cio do processo de discuss o das categorias definidas a priori conv m ressaltar que apesar de ana
33. Desse modo buscamos superar estas dificuldades atrav s da associa o dos conte dos espec ficos da disciplina e as discuss es relacionadas tem tica com os quatro par metros de alfabetiza o cient fica e com os tr s par metros de alfabetiza o tecnol gica sugeridos por Bocheco 2011 Nosso intuito com essa associa o foi o de proporcionar um encaminhamento did tico pedag gico que valorizasse todos os elementos da tr ade CTS e suas intera es O Quadro 5 sintetiza a maneira como os t picos abordados na proposta did tica foram relacionados com estes par metros Logo a seguir explicitamos detalhes de sua articula o com a tem tica Par metros T picos para abordagens relacionadas com o Estudo dos Gases e da Cin tica Qu mica atrav s do tema Qualidade do Ar Interior Potencial para Alfabetiza o Cient fica Pr tica Compreens o das propriedades dos gases e dos principais fatores que alteram a rapidez das rea es Reconhecimento dos poluentes usualmente encontrados em ambientes internos e suas fontes de emiss o Compreens o dos par metros de qualidade do ar interior recomendados pela legisla o atual Potencial para Alfabetiza o Cient fica C vica Discuss o de atitudes e alternativas para se evitar ou minimizar os efeitos nocivos da polui o do ar em interiores Reflex o sobre o modo como as patologias relacionadas polui o do ar interior interferem na qualidade de v
34. MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 12 Introdu o Nesta aula abordaremos a cin tica qu mica atrav s da tica do modelo de part culas O estudo ser realizado atrav s da an lise da influ ncia da temperatura e da superf cie de contato na rapidez de uma reac o 2 Conte do Espec fico Cin tica Qu mica 3 Durac o 50 min 4 Objetivos Compreender a influ ncia da temperatura e da superf cie de contato na rapidez das rea es e explicar essa influ ncia atrav s da hip tese do modelo de part culas 5 Conte dos privilegiados Fatores que interferem na velocidade das rea es 6 Orienta o did tica Para oportunizar o entendimento da cin tica qu mica a b atrav s do modelo de part culas utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial organiza o do conhecimento e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial a aula se iniciar atrav s da introdu o dos seguintes questionamentos O que pode tornar uma rea o qu mica mais ou menos r pida Ser que podemos controlar a velocidade das rea es Os alunos ser o instigados a emitir suas opi
35. Nesse sentido o primeiro aspecto a destacar sobre a necessidade de definir claramente os pressupostos educacionais que norteiam o desenvolvimento de uma proposta de ensino com Enfoque CTS A multiplicidade de experi ncias que v m sendo denominadas CTS e as diferentes concep es educacionais identificadas sob esta designa o permitem uma infinidade de direcionamentos com as mais diferentes nfases Se por um lado essa conjuntura favorece a produ o de propostas diversificadas e d ao enfoque certa evid ncia por outro lado a aus ncia de diretrizes claras tamb m permite uma infinidade de interpreta es Essas interpreta es eventualmente produzem iniciativas que acabam apresentando em comum com as abordagens CTS apenas a sua designa o STRIEDER 2012 Como destaca Bocheco 2011 um dos problemas encontrados na an lise dessas propostas que sua organiza o did tico pedag gica normalmente concentra se sobre o puro desenvolvimento de conceitos cient ficos ou ao contr rio em debates de controv rsias sociais ligadas ci ncia O autor ressalta que qualquer uma das op es evidencia o desequil brio entre os componentes da sigla e acaba omitindo a import ncia de se discutir o contexto tecnol gico essencial quando se prop e a abordar os pontos de vista influ ncias e transforma es que o conceito de tecnologia vem sofrendo ao longo dos anos Embora reconhe amos a relev ncia de alguns desses recortes entendemos
36. Os alunos participaram ativamente interagindo conosco e com os colegas Percebemos que alguns estudantes possu am fortes convic es em rela o neutralidade da tecnologia e cren a de que ela era aut noma seguindo seus pr prios caminhos e obedecendo apenas os des gnios de seus desenvolvedores enquanto outros defendiam posi es contr rias a uma ou ambas das afirma es Na busca de ampliar as discuss es apresentamos exemplos que corroboravam e que contrariavam cada um dos pontos de vista O debate com a turma durou aproximadamente 17 minutos e a etapa de organiza o do conhecimento finalizou com cerca de 43 minutos A aplica o do 212 conhecimento foi realizada atrav s da retomada dos questionamentos iniciais e de discuss es orientadas pelo professor com intuito de refletir sobre a maneira como nos relacionamos com a tecnologia e como podemos influenciar em seus caminhos DI RIO DE AULA 12 07 11 2013 A d cima segunda aula da unidade did tica teve como objetivo compreender a influ ncia da temperatura e da superf cie de contato na rapidez das rea es e explicar essa influ ncia atrav s da hip tese do modelo de part culas A aula foi estruturada objetivando a compreens o dos conceitos atrav s de uma reflex o amparada sobre dois experimentos pr ticos Registramos o comparecimento de 15 alunos 83 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Pouco antes do in cio da aula enquant
37. P Udo de oc z a E vuda el ASMA E 2 FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF04 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajudaram a ver a Quimica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar as mat rias cientificas Por que Mans Nam APOVOIUAZR Q LUCA OS 4 US mo falna FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QFO5 6 Voc acredita que importante discutir a influ ncia da tecnologia na sociedade atual Por que N s podemos ajudar a decidir os caminhos da tecnologia ou ela segue seus pr prios caminhos independente de nossa opini o Justifique sua resposta F 4 y Loma babaen oa eftt ano quie Mimas arenam marlin P E PA PPP 14 me Y Y FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QFO6 345 2 Voc acredita que seja Importante estudar a tem tica da Qualidade do Ar Interior Como a compreens o dos agentes e perigos da polui o interior pode auxiliar no seu dia a dia Existe alguma utilidade pr tica para os assuntos relatives ao tema Justifique sua resposta M enum aminan Ano Jonah dolador dali Ana E a s i 0 t r man DO ALC A ACA on tt AJA d AAA YOAN A Pelo FAJA y OCA CULO I CLA Qu X muvAacaago VIDA oc Locus e var QM COMO cmo um MAU LAO uecunao Aires poles 5 As aulas deste trimestre ajudaram a compreender a utilidade dos equipamentos de climatiza o e purifica o de ar Von se acha capaz de auxiliar seus pais a comprar um de
38. Segundo Alves 2009 p 10 essa perspectiva fundamental uma melhor compreens o da atividade cient fica e para acabar com o mito de que o cientista uma pessoa que pensa melhor que as outras Muito embora n o tenha havido men o ao fato de que a atividade cient fica n o se configura como um trabalho masculino ignorando se que tanto homens quanto mulheres praticam e fazem ci ncia com a mesma frequ ncia e compet ncia acreditamos que as reflex es em sala conseguiram perturbar alguns conceitos ou preconceitos difundidos sobre a natureza da ci ncia ao evidenciar o car ter humano e subjetivo do trabalho cient fico Do mesmo modo procuramos enfatizar que assim como aqueles que a praticam a pr pria ci ncia n o se caracteriza como uma atividade desconectada da realidade da conjuntura social e do momento hist rico em que se insere A pr tica da ci ncia moderna n o um ato individual e de livre pensar como foi em maior ou menor extens o em outras pocas Ao contr rio resultado da interven o de um 148 conjunto de interesses e de atores sociais n o necessariamente cientistas atuando como parceiros ou advers rios que determinam os limites e amplitude de determinada produc o cient fica a partir de suas pr prias agendas LATOUR 1987 Nesse sentido cabe tamb m destacar que alguns estudantes exemplificaram em suas produg es textuais o papel da m dia como formadora de opini o o fator econ
39. alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Refer ncias DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 SANTOS W L P M L G S Coord Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implicacdes sociais Volume 1 1 ed S o Paulo Nova Gerac o 2010 281 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 13 a 1 EXPERIMENTO Procedimento 1 Com dois pedacos de l de aco faca duas bolinhas de mesmo tamanho 2 Coloque 5 mL da solu o de sulfato de cobre em um tubo de ensaio tubo1 3 Coloque 1 mL da soluc o de sulfato de cobre em outro tudo de ensaio e acrescente 4 mL de gua tubo 2 Agite a soluc o 4 Coloque ao mesmo tempo uma bolinha de l de aco em cada tubo 5 Observe por 5 minutos e anote An lise de dados 1 Descreva o que ocorreu nos tubos 1 e 2 2 O que aconteceu l de a o Por que 3 Represente por meio de desenhos as reacdes ocorridas nos tubos 1 e 2 destacando a diferenca entre elas 4 Em qual dos tubos a concentra o de CuSO era maior 5 Neste tubo a rapidez da reac o foi maior ou menor b 22 EXPERIMENTO Procedimento 1 Em uma placa de Petri coloque um pedaco de batata crua e
40. diferentes formas de conceber as propostas de implementa o do Enfoque CTS em 7 Lorenzetti 2008 utilizando como base a epistemologia de Ludwig Fleck analisou disserta es e teses que abordavam as pr ticas de educa o ambiental desenvolvidas no cotidiano escolar identificando dois Estilos de Pensamento o Ecol gico e o Cr tico Transformador No Estilo de Pensamento Cr tico Transformador o meio ambiente formado pela intera o e inter rela o dos componentes f sicos e biol gicos do meio social cultural econ mico e pol tico 43 sala de aula nos diferentes n veis de ensino Santos 2001 destaca que as reformas dos curr culos de ci ncias t m dado origem a configura es que incluem em maior ou menor extens o um grande n mero de modalidades CTS No tocante a presente pesquisa o interesse est voltado para propostas pass veis de serem desenvolvidas no Ensino M dio Nesse sentido Walks 1990 e Medina e Sanmart n 1990 afirmam que as experi ncias que t m sido desenvolvidas com abordagens com Enfoque CTS no ensino secund rio podem ser classificadas em geral em tr s grandes grupos introdu o de CTS nos conte dos das disciplinas de ci ncias enxerto CTS a ci ncia vista por meio de CTS e CTS puro O primeiro grupo engloba o enxerto CTS que consiste em introduzir temas CTS nas disciplinas de ci ncias do curr culo tradicional possibilitando discuss es e questionamentos do que seja ci ncia e tecnol
41. e esta situac o se mostra mais preocupante se levarmos em considerac o o fato de que os h bitos de consumo e entretenimento da sociedade atual est o intimamente relacionados com ambientes fechados normalmente sujeitos climatizac o interior como shopping centers cinemas restaurantes e casas noturnas Dessa forma defendemos a necessidade de discuss es sobre a QAI no contexto educacional dada sua relev ncia social sua import ncia para a sa de p blica e por revelar uma preocupac o de car ter mundial 2 3 A Qualidade do Ar Interior o Estudo dos Gases e a Cin tica Qu mica Ao propor uma inserc o did tica que articule os conte dos disciplinares de Qu mica com uma abordagem CTS a partir da tem tica da QAI necess rio considerar tanto as caracter sticas da disciplina quanto as especificidades do tema Nesse sentido o foco de nossa proposta volta se para o estabelecimento de relac es entre a QAI e os conte dos disciplinares da Qu mica enfatizando se como os conceitos cient ficos e tecnol gicos envolvidos neste estudo impactam na vida dos alunos Dentre as poss veis modalidades de implementa o de uma abordagem tem tica com Enfoque CTS para o Ensino M dio optamos pela correlac o do tema com os conte dos espec ficos da disciplina de Qu mica subordinando a escolha dos conceitos cient ficos a serem trabalhados compreens o da tem tica Assim na busca por uma proposta de ensino com Enfoque CTS que val
42. ed S o Paulo Nova Gerac o 2010 278 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 12 a 1 EXPERIMENTO Procedimento 1 Divida o comprimido efervescente em quatro partes iguais 2 Coloque gua fria em um b quer mais ou menos at a metade de seu volume 3 Coloque a mesma quantidade de gua em temperatura ambiente em outro b quer 4 No terceiro b quer coloque a mesma quantidade de gua quente n o fervendo 5 Adicione simultaneamente um peda o do comprimido efervescente a cada b quer 6 Observe e anote o que acontece marcando o tempo de cada dissolu o An lise de dados 1 Como voc explica o que voc observou 2 Que fator influenciou a rapidez da rea o 3 De acordo com os resultados obtidos nesse experimento o que necess rio para aumentar ou diminuir a rapidez de uma rea o 4 Como o modelo de part culas poderia ser utilizado para explicar o que ocorreu b 2 EXPERIMENTO Procedimento 1 Divida o comprimido efervescente em duas partes iguais 2 Triture uma das partes no almofariz transformando a em um p bem fino 3 Coloque a mesma quantidade de gua nos dois b queres 4 Simultaneamente adicione a um b quer a parte do comprimido que foi triturada e ao outro b quer a parte sem triturar 5 Observe e anote marcando o tempo de cada dissolu o An lise de dados 1 Qual parte do comprimido que reagiu mais r pido 2 Como voc chamaria o fator que influenciou a rapidez da rea
43. es textuais dos estudantes nas quais enfatizavam as atitudes e alternativas para se evitar ou minimizar os efeitos nocivos da polui o do ar em ambientes interiores Buscamos tamb m informa es para identificar nas falas dos alunos reflex es sobre o modo como as patologias relacionadas polui o do ar interior interferem em sua qualidade de vida Procuramos atrav s desses elementos verificar se os estudantes foram capazes de questionar as informa es apresentadas de analisar alternativas e de se posicionarem frente s contradi es e desafios apresentados pela discuss o da tem tica da QAI Entendemos que esse posicionamento pode ocorrer de duas formas uma relacionada s percep es dos alunos em rela o situa o e outra relacionada possibilidade de a es concretas para o enfrentamento do problema No que diz respeito percep o dos alunos em rela o problem tica envolvida alguns alunos colocaram que a inser o contribuiu para que eles 141 passassem a ter uma opini o a respeito da situac o Estes aspectos s o retratados nos relatos a seguir Foi passado um v deo mostrando o ar condicionado por dentro com uma c mera foi encontrada muita poeira sujeiras restos de ratos mortos bolores e etc E no v deo falava que os edif cios mal constru dos mal iluminados e mal ventilados com o tempo podem adquirir a S ndrome do Edif cio Doente mais conhecida como SED E se um edificio fica doent
44. grande quantidade de di rios constru dos pelos alunos optamos por reproduzir no AP NDICE 7 apenas os trechos dos di rios citados na presente pesquisa 102 cada uma das aulas isso n o implica que a referida aula se proponha a enfatizar apenas aqueles par metros mencionados ou ignore as rela es imbricadas entre os demais Como se trata de uma intervenc o pontual em uma situac o real de sala de aula que pretende contemplar as dimens es pr ticas c vicas culturais e econ micas de um processo de ACT fez se necess rio estabelecer prioridades para cada um dos encontros Por outro lado dada a especificidade da tem tica e dos conte dos disciplinares natural que algumas das dimens es de ACT sejam mais frequentes que outras ao longo do conjunto de aulas Aula 01 A Qualidade do Ar Interior A primeira aula da proposta did tica objetivou introduzir o estudo dos gases atrav s da tem tica da QAI Neste primeiro momento houve maior nfase aos perigos associados polui o do ar interior seus principais agentes e as maneiras de prevenir ou minimizar os efeitos indesejados desses poluentes Buscamos por meio de um texto constru do a partir de trabalhos acad micos e de dados da Ag ncia de Prote o Ambiental Norte americana advertir sobre a relev ncia da tem tica para a sa de em bem estar da popula o Descri o da aula No in cio da aula introduzimos os seguintes questionamentos 1 Quando se fala em polui o
45. nem todo projeto precisa de experi ncias para saber se vai dar certo e outra coisa nem tudo que voc for fazer pode dar certo E igual a receita de um bolo voc pode colocar tudo que pede mas n o significa que vai dar certo D084 Em geral uma teoria cient fica baseada em informa es e observa es feitas por v rios outros cientistas que chegaram mesma conclus o v rias vezes Mas nem mesmo o fato de ter sido testada v rias vezes por v rios cientistas distintos deixa completamente verdade incontest vel pois sempre podem haver contradi es DO85 N o podemos parar de acreditar na ci ncia mas mesmo que a gente acredite n o podemos confiar cegamente porque nada relacionado ci ncia totalmente confi vel comprovado A ci ncia chega ao mais pr ximo poss vel da verdade O cientista um cidad o comum como todos n s a diferen a que ele estudou sobre a ci ncia fez experimentos pesquisas Ele pode sim ter ajuda de outras pessoas e ser influenciado por elas em suas decis es D086 Nunca me ocorreu a ideia de que o conhecimento cient fico nem sempre t o certo pois os cientistas confiam naquilo que chamado de racioc nio indutivo que muito de n s confiamos tamb m Por exemplo como sei que essa cadeira n o se quebrar quando eu me sentar nela Como sei que o sol se levantar amanh Por que j vi coisas como essas muitas e muitas vezes Por m nada impede que a cadeira se q
46. o Tecnol gica Pr tica mediante a compreens o do princ pio de funcionamento de aparelhos port teis utilizados para climatizac o de ambientes internos e potencial para Alfabetizac o Tecnol gica C vica pela an lise dos crit rios para aquisic o de um equipamento de climatizac o ou purifica o do ar levando em considera o a necessidade o valor as fun es e as rela es de custo benef cio envolvidas 121 Aula 10 Aparelhos de Purificac o do Ar Interior Esta aula se destinou a discutir os aparelhos de purificac o do ar interior O estudo foi realizado com a classificac o destes aparelhos e com a discuss o sobre sua efici ncia Descri o da aula Para iniciar a aula foram introduzidos alguns questionamentos relativos problematiza o inicial 1 Na aula anterior n s discutimos as caracter sticas dos aparelhos de climatiza o Estes equipamentos podem auxiliar na diminui o da polui o interior mas existem aparelhos espec ficos para a melhoria da QAI s o os purificadores de ar Voc sabe a diferen a entre um aparelho de climatiza o e um aparelho de purifica o do ar 2 Como funcionam os aparelhos de purifica o do ar interior Os alunos responderam que n o sabiam a diferen a entre os dois aparelhos e tamb m que n o conheciam o princ pio de funcionamento de um equipamento de purifica o do ar Para a organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizaram a leitura de
47. o atmosf rica seria um fator capaz de alterar o comportamento dos gases Como os alunos n o pareciam muito envolvidos insistimos no questionamento retomando o conceito de difus o gasosa relembrando o experimento realizado na aula anterior Depois disso surgiram as hip teses de que as correntes de ar e a temperatura tamb m influenciavam no comportamento dos gases Em func o da pouca participac o dos alunos a problematizac o inicial durou aproximadamente 4 minutos Para a organizac o do conhecimento pedimos aos alunos que organizassem grupos de tr s ou quatro integrantes para que realizassem os experimentos e respondessem as quest es propostas no roteiro do estudante Foram organizadas cinco equipes e cada uma delas analisou um experimento de cada vez Os experimentos est o detalhados no plano de aula e procuravam investigar a influ ncia da temperatura e da press o no comportamento dos gases bem como avaliar a capacidade de compress o gasosa A etapa de organizac o do conhecimento durou aproximadamente 37 minutos e desta vez notamos um grande interesse dos alunos nas situa es propostas e na realizac o dos experimentos Houve curiosidade em relac o ao funcionamento da manta de aquecimento e a nomenclatura da vidraria utilizada erlenmeyer kitasato bal o volum trico N o houve dificuldades na representac o das mol culas segundo o modelo de part culas e alguns alunos comentaram que se tratava de uma no o intuitiva Perce
48. ou a ser questionado pois nem sempre os resultados das pesquisas em ci ncia e tecnologia se revertiam em avangos econ micos e sociais Segundo Cerezo Luj n e Gordillo 2003 a degradac o ambiental os acidentes nucleares e a bomba at mica foram fatores determinantes para fomentar a crescente inseguranca em relac o aos caminhos da ci ncia e da tecnologia Associado a esse sentimento os questionamentos sociais e pol ticos desencadeados pelas obras Silent Spring 1962 da bi loga Rachel Carson e A Estrutura das Revolu es Cient ficas 1962 do f sico e historiador Thomas Kuhn se apresentaram como elementos de perturbac o na crenca de um modelo progressivo de desenvolvimento econ mico cient fico e tecnol gico conduzindo a uma melhora na qualidade de vida do cidad o comum GARCIA CEREZO LUJ N 1996 Bazzo 1998 destaca que no per odo entre as d cadas de 1960 e 1970 o desenvolvimento cient fico tecnol gico conseguiu passar de um extremo ao outro deixando de ser a resposta para todos os males da humanidade e se mostrando como uma real ameaca vida Sobre este aspecto ressalta Linsingen 2003 num clima gerado pela guerra do Vietn pela guerra fria pela difus o midi tica das cat strofes ambientais e dos horrores provocados pelo aparato tecnol gico de destruic o posto a servico da morte napalm desfolhante armas qu micas e biol gicas dos efeitos da ampliac o do poder destrutivo das armas nuclear
49. s da an lise da participac o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente 9 Refer ncias DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 EVANS J Mon xido de carbono mais do que um g s letal Traduc o de ROCHA FILHO R C Qu mica Nova na Escola S o Paulo n 9 mai 1999 Dispon vel em lt http qnesc sbq org br online qnescO9 atual pdf2 Acesso em 13 ago 2013 MORTIMER E F MACHADO A H Qu mica ensino m dio S o Paulo Scipione 2010 SANTOS W L P M L G S Coord Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implicacdes sociais Volume 1 1 ed S o Paulo Nova Gerac o 2010 284 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 14 Texto Catalisadores Mais de 80 dos produtos qu micos s o obtidos utilizando se catalisadores alguns dos quais s o caros componentes no processo de qualquer modo seus benef cios devem compensar esse custo A palavra catalisador usada coloquialmente no sentido de facilitar um processo com um dado objetivo e isso d uma boa id ia da ac o qu mica O processo facilitado tornando se mais r pido por meio do abaixamento da barreira de energia ou energia d
50. 5 velocidade das reacdes 14 ames Um gesdeia Refletir sobre as aplica es dos catalisadores em Catalisadores Quadro de giz p ica Roteiro do estudante diversos processos industriais QUADRO 7 O ENSINO DE QU MICA E A QAI FONTE O Autor 2015 Para uma melhor organiza o desta se o apresentamos separadamente a descri o de cada uma das aulas Como instrumentos de dados para auxiliar no processo de descri o utilizamos os di rios de bordo do professor e dos estudantes objetivando possibilitar o resgate da maior quantidade de elementos que permearam o conjunto de aulas desenvolvidas ao longo do ltimo trimestre letivo de 2013 Apresentamos a seguir a descri o de cada uma das 14 aulas destacando as etapas dos momentos pedag gicos e as estrat gias did ticas utilizadas para o seu desenvolvimento Ao final de cada aula tamb m salientamos as poss veis articulacdes com os par metros de ACT Entretanto antes do detalhamento da intervenc o conv m explicitar que apesar de destacarmos a possibilidade da discuss o de alguns dos par metros de ACT em 14 Em geral durante a transcri o dos textos produzidos pelos estudantes tomamos o cuidado de n o alterar a vers o original desses materiais Em alguns casos foram realizadas pequenas correc es ortogr ficas e gramaticais Esta op o se deu unicamente para facilitar o entendimento e somente quando as consideramos imprescind veis para a leitura Devido
51. 50 51 H a necessidade de evidenciar que uma concep o de ensino que considere os saberes pr vios dos estudantes constru dos por meio de seu conv vio social ou da intera o com as diversas m dias presentes na sociedade atual n o implica no abandono dos conte dos da Qu mica N o se pode defender um ensino reducionista que em favor de uma suposta contextualiza o relegue a um plano inferior ou ignore o conhecimento cient fico desenvolvido nas aulas de Qu mica Muitas vezes o termo contextualiza o utilizado no mesmo sentido que a abordagem do cotidiano e da valoriza o dos saberes populares sendo visto apenas como uma forma de abordar os conhecimentos atrelando os a fatores cotidianos mais pr ximos do estudante RICHETTI MILAR PINHO ALVES 2009 No entanto Ricardo 2005 p 218 argumenta que a ess ncia da contextualiza o vai muito al m desse entendimento e reside em problematizar a rela o entre esses dois mundos saber cient fico e conhecimento cotidiano pois a natureza faz parte de ambos Tamb m preciso destacar que n o se pretende com a contextualiza o partir do que o aluno j sabe para alcan ar o conhecimento cient fico pois esse n o pode ser considerado uma pr xima etapa uma melhoria do senso comum Cabe sim esclarecer que o conhecimento do senso comum v lido mas que muitas vezes precisa de um olhar cr tico por n o se constituir um fim em si mesmo e nem ser sufic
52. A ci ncia melhor compreendida com a linguagem ao inv s dos n meros QA13 timo pois como escrev amos tudo que aprend amos de cada aula isso fazia com que compreend ssemos o conte do de cada aula melhor QA16 o melhor jeito de se avaliar pois n o tem como faz lo sem prestar aten o Assim nos for a a interagir e saber cada vez mais O relat rio serve para que fortale amos nossa mem ria a partir do conhecimento fixando o em nossa mente Sem decorar apenas aprender QA17 Os relat rios foram importantes para lembrarmos o que foi dito nas aulas e para n s dizermos o que entendemos das aulas Muitas vezes n s n o prestamos atenc o nas aulas e saber que n s amos ter que relatar a aula fez com que a gente prestasse mais aten o QA18 A Redac o e o Aprendizado no Ensino de Qu mica
53. Abaixo est a transcri o de uma propaganda de um purificador de ar veiculada na internet O nome real do aparelho foi substitu do pela palavra DISPOSITIVO DISPOSITIVO um aparelho gerador de ons negativos e oz nio Oz nio um g s de cheiro caracter stico e cor ligeiramente azulada constitu do de tr s tomos de oxig nio e conhecido principalmente por seu efeito no equil brio ecol gico da Terra Ele um componente natural da atmosfera e forma se a partir da a o de raios ultravioleta sobre o oxig nio e de descargas el tricas atmosf ricas raios Por sua capacidade de absor o dos raios UV o oz nio respons vel pela vida sobre a Terra A propaganda apresenta as caracter sticas do g s oz nio e valoriza o equipamento devido sua capacidade de emitir esse g s A partir da leitura do texto de apoio e das recomenda es sobre equipamentos emissores de oz nio como voc classificaria esta propaganda correta confusa ou enganosa Justifique sua resposta Recursos did ticos Roteiro do estudante Texto Aparelhos de purifica o do ar interior Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da participa o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Refer ncias AULER
54. Agency Indoor air facts No 4 revised sick building syndrome 1991 Dispon vel em lt http www epa gov iag pdfs sick building factsheet pdf gt Acesso em 12 12 2013 IAQ tools for schools indoor air quality and student performance U S Government Printing Office Washington D C 2013 EVANS J Mon xido de carbono mais do que um g s letal Tradu o de ROCHA FILHO R C Qu mica Nova na Escola S o Paulo n 9 mai 1999 Dispon vel em lt http qnesc sbq org br online qnescO9 atual pdf Acesso em 10 01 2014 FABRI F O ensino de ci ncias nos anos iniciais do ensino fundamental sob a tica CTS uma proposta de trabalho diante dos artefatos tecnol gicos que norteiam o cotidiano dos alunos Dissertac o de Mestrado Mestrado Profissional em Ensino de Ci ncia e Tecnologia Universidade Federal Tecnol gica do Paran Ponta Grossa 2011 183 FEENBERG A Questioning technology London and New York Routledge 1999 Transforming technology A critical theory revisited Oxford Oxford University Press 2002 Heidegger and Marcuse the catastrophe and redemption of history London and New York Routledge 2005 FERRARI P C Temas contempor neos na formac o docente a dist ncia uma introduc o teoria do caos Tese Doutorado em Educac o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2008 FIRME R N AMARAL E M R Concepc es de professores de qu mi
55. Ap s os questionamentos realizados e o registro das opini es os alunos individualmente dever o propor um modelo para explicar a difus o do g s pela sala de aula Este modelo dever ser descrito atrav s de um desenho representando a subst ncia inicialmente dentro do frasco e depois espalhando se pela sala de aula Ap s a reuni o dos alunos em equipes os integrantes devem selecionar um modelo consensual para ser representado no roteiro do estudante 1 Experimento Neste experimento os alunos reunidos em equipes e auxiliados pelo professor ir o investigar a velocidade de deslocamento de dois gases o cido clor drico HCI e a am nia NHs A experi ncia ser realizada atrav s da inser o de dois chuma os de algod o embebidos com as subst ncias e colocados individualmente nas extremidades opostas de um tubo de vidro Alguns segundos depois haver a forma o de um anel gasoso dentro do tubo e mais distante da extremidade embebida com am nia Ap s a realiza o do experimento os alunos reunidos em suas equipes realizar o a an lise da pr tica respondendo aos questionamentos propostos no roteiro do estudante Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar os experimentos Neste momento o professor deve relacionar o comportamento dos gases com a qualidade do ar interior e caracterizar o modelo de part culas co
56. Indoor Air Quality QUADRO 1 QUADRO 2 QUADRO 3 QUADRO 4 QUADRO 5 QUADRO 6 QUADRO 7 QUADRO 8 QUADRO 9 QUADRO 10 LISTA DE QUADROS TRADI ES CTS EUROPEIA E AMERICANA 36 PAR METROS DE ALFABETIZA O CIENT FICA 47 PAR METROS DE ALFABETIZA O TECNOL GICA 48 PRINCIPAIS AGENTES QUE AFETAM A QAI E SUAS FONES MN EENE DSO EEE A O dE 64 PAR METROS DE ACT E A TEM TICA DA QAl 69 CORPUS DA PESQUISA 94 O ENSINO DE QU MICA E A QAI c 99 RELATOS ASSOCIADOS S CATEGORIAS DE ACT 133 A TECNOLOGIA OS VALORES E AS CAPACIDADES HUMANAS tt rte a aio 157 RELATOS ASSOCIADOS COM AS ESTRAT GIAS E DID TICAS resi itae aite de 3MP ACT ANVISA ATD COV CTS CTSA DCE PR DCNEM EPA HEPA IOESTE OCEM OMS PCN PCNEM QAI SED LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURA Tr s Momentos Pedag gicos Alfabetizac o Cient fica e Tecnol gica Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria An lise Textual Discursiva Compostos Org nicos Vol teis Ci ncia Tecnologia e Sociedade Ci ncia Tecnologia Sociedade e Ambiente Diretrizes Curriculares Estaduais do Paran Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino M dio United States Environmental Protection Agency High Efficiency Particulate Air Filters International Organization for Science and Technology Education Orientacdes Curriculares para o Ensino
57. NDICE 2 Ao final do desenvolvimento da proposta did tica obtivemos 254 di rios de bordo relativos ao conjunto de 14 aulas o que nos d uma m dia de aproximadamente 18 di rios por aula De modo a organiz los e preservar a identidade de seus respons veis atribu mos a cada di rio de bordo um c digo D001 a D254 Esta nomenclatura segue a ordem de recebimento dos di rios em sala e n o baseada na numera o do registro de classe da turma ou em qualquer outra ordem preestabelecida Como nem todos os alunos compareceram a todas as aulas ou entregaram suas impress es nas aulas subsequentes houve pequena diferenca entre o n mero previsto e o n mero de di rios recebidos Enquanto parte integrante do processo procurei ao longo do desenvolvimento das atividades da proposta did tica tamb m produzir meu pr prio di rio o di rio do professor PO1 a P14 Imediatamente ap s cada aula da proposta did tica registrei minhas impress es como professor da turma tomando o cuidado de fazer a leitura do processo enquanto parte integrante do mesmo A sequ ncia num rica da nomenclatura dos di rios do professor est relacionada sequ ncia das aulas P01 relativo a aula 01 PO2 relativo a aula 02 etc Estes registros aula ap s aula deram origem aos di rios do professor AP NDICE 3 e cont m as descric es relativas s experi ncias e impress es sobre o desenvolvimento de cada aula bem como os eventuais problemas enfrentados
58. Nesse primeiro ciclo da an lise n o necess rio que o pesquisador limite se aos conte dos dos textos havendo a possibilidade da constru o de unidades de an lise a partir de sentidos impl citos No entanto para surgirem tais interpreta es necess rio um profundo envolvimento com o material de an lise indispens vel para emerg ncia de novas compreens es Segundo Moraes e Galiazzi 2007 A impregna o persistente nas informa es dos documentos do corpus passa por um processo de desorganiza o e desconstru o antes que se possa atingir novas compreens es E preciso 96 desestabilizar a ordem estabelecida desorganizando o conhecimento existente Tendo como refer ncia as ideias dos sistemas complexos esse processo consiste em levar o sistema sem ntico ao limite do caos A unitarizac o um processo que produz desordem a partir de um conjunto de textos ordenados Torna ca tica o que era ordenado Nesse espaco uma nova ordem pode constituir certa desordem O estabelecimento de novas relac es entre os elementos unit rios de base possibilita a construc o de uma nova ordem representando novas compreens es em rela o aos fen menos investigados MORAES GALIAZZI 2007 p 21 A partir da defini o das unidades de significado ocorre seu agrupamento em categorias Nessa etapa h compara o entre as unidades originadas do corpus conduzindo a agrupamentos de elementos com sentidos semelhantes Essas c
59. Tecnol gica Definidos o problema e os objetivos da pesquisa selecionamos uma turma do segundo ano do Ensino M dio em um col gio estadual da regi o metropolitana de Curitiba PR e a partir da proposta pedag gica curricular do estabelecimento elaboramos e desenvolvemos uma unidade did tica composta de 14 aulas intitulada O Estudo dos Gases a Cin tica Qu mica e a Qualidade do Ar Interior Assim levando se em considerac o a natureza da investigac o utilizamos como t cnicas de constitui o de dados grava es em udio das aulas atividades desenvolvidas pelos alunos e question rios e relatos das aulas em di rios de bordo produzidos pelos alunos e pelo professor As ac es realizadas na construc o e desenvolvimento dessa intervenc o bem como as informa es obtidas por meio dos di rios de bordo dos question rios das atividades realizadas em sala e das impress es do professor foram objeto de an lises 19 e reflex es A proposta did tica os instrumentos para a constitui o dos dados bem como os dados constitu dos em sua maior parte est o anexados ao final do texto Estruturado em quatro cap tulos o presente trabalho faz uma revis o te rica abrangente bem como apresenta as op es metodol gicas empregadas e os resultados da an lise dos dados constitu dos No primeiro cap tulo Ci ncia Tecnologia Sociedade e o Ensino de Qu mica apresentado um primeiro olhar para o Ensino de Qu mi
60. a tica do modelo de part culas Aula 14 Cin tica Qu mica Catalisadores Esta aula objetivou discutir os poss veis usos dos catalisadores O estudo foi realizado mediante a an lise do princ pio de ac o dos catalisadores e sua influ ncia na rapidez das rea es qu micas Utilizamos aqui um texto adaptado de uma revista de divulgac o cient fica para explicitar o uso dos catalisadores em diversos processos industriais Descric o da aula A aula teve in cio com a seguinte problematizac o inicial No segundo experimento da aula anterior aquele em que usamos gua oxigenada em batata crua e cozida percebemos que a presenca de catalisadores no caso enzimas acelera a reac o de decomposic o Mas afinal como eles fazem isso Inicialmente n o houve hip tese alguma e ap s insist ncia no questionamento um estudante sugeriu que os catalisadores influenciavam na temperatura das rea es e com isso aumentavam sua rapidez Muito embora a hip tese estivesse incorreta destacamos o fato do estudante ter associado o aumento da temperatura com o aumento da rapidez de uma reac o um assunto analisado em aulas anteriores Para a organizac o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizaram a leitura de um texto de apoio que discutia as caracter sticas e as utilidades dos catalisadores para diversas reas do setor produtivo EVANS 1999 Ap s a leitura do texto os estudantes elaboraram suas respostas s quest es propostas
61. a 1055 J ou 252 2 cal Para o c lculo da capacidade de refrigerac o de um AC s o considerados v rios fatores como o tamanho do ambiente o seu Os antigos AC utilizavam como fluido de refrigera o o g s R 22 clorodifluorometano O R 22 isolamento a sua exposi o ao sol ou sombra e o n mero de pessoas que frequentar o o ambiente ou seja para o quarto de solteiro a pot ncia do aparelho pode ser menor do que a necess ria para a sala de TV onde mais pessoas permanecem ao mesmo tempo Outra quest o a ser considerada ao adquirir um AC al m de sua capacidade de refrigera o s o os recursos tecnol gicos presentes nesses equipamentos Geralmente todos os aparelhos possuem termostato que mant m de forma autom tica a temperatura selecionada tamb m chamado de HCFC 22 foi o fluido de refrigera o mais utilizado em sistemas de ar condicionado por mais de quatro d cadas Ele um g s da fam lia dos CFCs gases contendo cloro fl or e carbono e infelizmente para o meio ambiente pesquisas indicaram que os CFCs contribuem para a destrui o da camada de oz nio e tamb m para o aquecimento global Com o Protocolo de Montreal ao qual o Brasil aderiu em 1990 ficou decidido eliminar gradativamente a produ o e uso de todos os CFCs Outras fun es desej veis que podem ser encontradas em determinados modelos s o controle dist ncia por infravermelho regulagem autom tica de temperatura
62. a import ncia atribu da s evid ncias emp ricas no processo de constru o e valida o desse conhecimento Segundo esses relatos Modelos cient ficos podem muito bem serem estabelecidos usando como base os sentidos fazendo experimentos que tenham como fim ver ouvir enfim detectar certas mudan as ou a raz o n o dependendo necessariamente de experimentos A finalidade disso tudo poder entender o que acontece realmente sem precisar ver o que at agora n o p de ser visto ou aprendido D078 nem todo projeto precisa de experi ncias para saber se vai dar certo e outra coisa nem tudo que voc for fazer pode dar certo E igual a receita de um bolo voc pode colocar tudo que pede mas n o significa que vai dar certo D084 Esses relatos indicam que os estudantes reconheceram que a exist ncia de dados experimentais n o implica necessariamente na valida o de uma determinada teoria Segundo Gil P rez et al 2001 atribuir valor apenas para evid ncias experimentais implica em uma concep o emp rico indutivista e a te rica de ci ncia 146 que ofusca o papel fundamental do sujeito na constru o do conhecimento cient fico Segundo os autores esse posicionamento unilateral caracteriza outra vis o deformada de ci ncia ao entender o trabalho cient fico como produto de observa es e experimenta es neutras isentas de hip teses e teorias dispon veis que orientam todo o processo investigativo
63. a sinaliza o de preocupa o com a ACT a tecnologia quase ignorada podendo at mesmo ser encarada apenas como elemento problematizador para as quest es sociais a partir de males ocasionados pelo desenvolvimento tecnol gico Apesar de concordarmos com as ressalvas da autora de que o lema CTS abarca uma vasta gama de tend ncias e de correspondentes modalidades curriculares SANTOS 2001 p 52 cada uma com sua devida import ncia n o h como negar que nas propostas de implementa o de abordagens CTS em geral a tecnologia n o contemplada de maneira semelhante aos outros componentes da sigla Desse modo na busca por uma concep o de ensino que tenha como objetivos garantir a integra o de conhecimentos cient ficos e tecnol gicos e sua rela o com a sociedade assim como contemplar uma vis o mais ampla de tecnologia distante de consider la como simples aplica o do conhecimento cient fico encontramos correla o nos par metros de ACT sugeridos por Bocheco 2011 Estes par metros objetivam a articula o dos pressupostos te ricos do Enfoque CTS com quatro categorias de alfabetiza o cient fica e tr s categorias de alfabetiza o tecnol gica Segundo Bocheco 2011 p 21 a not ria lacuna existente entre a ci ncia escolar e a realidade de uma sociedade orientada cient ica e 46 tecnologicamente forcam um re pensar a respeito do que b sico na educac o cient fica e tecnol gica E
64. alguma diferen a em rela o as outras aulas de qu mica Quais os pontos positivos e negativos desta metodologia 2 Em rela o a proposta did tica como um todo como voc avalia o desenvolvimento da tem tica depois das 14 aulas 3 Destaque dois aspectos que voc considera positivos se houver sobre o desenvolvimento da proposta did tica 4 No seu entender que aspectos deveriam ser modificados ou melhorados 5 Durante a proposta did tica voc construiu di rios relatando suas impress es sobre as aulas Qual sua opini o sobre a utiliza o dos di rios como instrumentos de avalia o 6 Como voc avalia sua aprendizagem em rela o aos conhecimentos trabalhados 7 Como voc avalia sua participa o nas aulas durante a proposta did tica 8 Em rela o ao trabalho em equipe como voc avalia sua participa o nas discuss es decis es do seu grupo E a participa o dos colegas de equipe eles lhe ajudaram 9 Analisando sua participa o e sua dedica o durante este trimestre existe algo que voc faria diferente se a proposta did tica iniciasse novamente AP NDICE 6 PROPOSTA DID TICA O Estudo dos Gases a Cin tica Qu mica e a Qualidade do Ar Interior Uma proposta did tica para a utilizac o do Enfoque CTS no Ensino M dio PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 1
65. ao argumentar que um modelo de ensino que n o leve em considera o uma reflex o epistemol gica da ci ncia estar longe de colaborar com o processo de alfabetiza o cient fica e ao minimizar a import ncia das complexas rela es existentes entre a ci ncia a tecnologia e a sociedade tamb m compromete os objetivos educacionais de uma abordagem com Enfoque CTS 143 Desse modo a categoria relacionada a Alfabetizac o Cient fica Cultural pretende investigar se os estudantes incorporaram em seus discursos aspectos relacionados hist ria filosofia e sociologia da ci ncia GIL P REZ et al 2001 PRAIA GIL P REZ VILCHES 2007 e se apresentaram em suas produ es textuais uma vis o de ci ncia diferente do estere tipo simplista normalmente propagado Conforme dito anteriormente a categoria foi subdividida em duas outras subcategorias intermedi rias a natureza da ci ncia e novos olhares para a ci ncia A primeira subcategoria foi estruturada na an lise em torno de alguns pontos fundamentais a validade e as limita es dos modelos e teorias cient ficas o papel dos dados emp ricos na ci ncia as influ ncias externas em seu processo de constru o e a vis o de cientista apresentada pelos estudantes Na segunda subcategoria procuramos identificar o modo como as reflex es realizadas impactaram na imagem que os estudantes apresentam da pr pria ci ncia e das disciplinas cient ficas 4 3 3 1 A Natureza da Ci ncia
66. aprender coisas novas e com esse tipo de aula estou aprendendo bem mais Eu n o tinha a m nima no o de que as batatas continham enzimas e que perdiam a maior parte delas quando cozidas D177 A utilidade pr tica do conhecimento cient fico 352 Eu particularmente gostei da aula e tamb m aprendi muito mais Por exemplo eu n o sabia que as enzimas das batatas poderiam acelerar uma reac o qu mica Agora com a experi ncia eu aprendi e gostei muito mesmo D180 Sim as aulas deste trimestre me fizeram ver a Qu mica e outras mat rias cient ficas de modo diferente pois para mim essas mat rias eram s contas aprender como fazer essas contas Vejo diferente agora vejo que as mat rias cient ficas n o s o s contas s o coisas que vemos ou fazemos no dia a dia e que n o sabemos que considerado ci ncia como as reac es qu micas QF01 Em todas as aulas foi poss vel aprender um pouco mais sobre a Qu mica em diferentes lugares que podemos encontr la em nosso dia a dia Todas as aulas que tive me ajudaram a ver como mat rias cient ficas podem nos ajudar a ter melhores vis es do que nos rodeia e saber como funcionam certas coisas que as vezes at parecem sem import ncia para algu m que n o preste atenc o mas que podem fazer toda a diferenca em certas ocasi es QF03 a Qu mica n o s laborat rio com jaleco e luvas fazemos qu mica em nossa casa tamb m como
67. cidad o para pensar sobre quest es que permitem v rias respostas muitas vezes conflitantes demanda que ele seja alfabetizado em ci ncias Considerando que de um lado h um crescimento marcadamente amplo da ci ncia e da tecnologia e de outro situa es que agravam a mis ria a degrada o ambiental e os conflitos tnicos sociais e pol ticos preciso que os cidad os estejam em condi es de usar seus conhecimentos para fundamentar suas posi es e a es KRASILCHICK MARANDINO 2004 p 34 Quanto dimens o cultural de alfabetiza o cient fica e tecnol gica esta relaciona se discuss o de aspectos hist ricos sociais e filos ficos envolvidos na ci ncia e na tecnologia Trata se de considerar a natureza do conhecimento cient fico e a natureza do conhecimento tecnol gico de modo distinto no sentido de que cada um deles ci ncia e tecnologia t m seus pr prios questionamentos e especificidades Entretanto apesar de suas caracter sticas particulares ambos s o constru es humanas e portanto transit rios e sujeitos a in meras influ ncias em seu processo de constru o e desenvolvimento Sobre a dimens o cultural da alfabetiza o cient fica Bocheco 2011 esclarece que Consiste em conceber a ci ncia como resultado de uma constru o hist rica e social Admitir o seu car ter provis rio e incerto a sua n o linearidade os seus conflitos fracassos e interesses Estes pontos permiti
68. cient fica c vica ao oportunizar discuss es sobre atitudes e alternativas para se evitar ou minimizar os efeitos nocivos da polui o do ar em interiores bem como reflex es sobre o modo como as patologias relacionadas a polui o do ar interior interferem na qualidade de vida das pessoas Aula 02 Construindo um Modelo para os Materiais Gasosos Na primeira aula foram abordadas quest es referentes poluic o interior e algumas fontes de subst ncias presentes nos ambientes internos que podem causar problemas de sa de Grande parte desses poluentes se encontra no estado gasoso e a capacidade de difus o dos gases aumenta sua mobilidade e deslocamento Desse modo os assuntos discutidos na primeira aula foram utilizados como elementos introdut rios para a segunda aula Para abordar os conceitos relacionados ao estudo dos gases e compreender o princ pio da difus o gasosa foi realizada uma atividade e um experimento A atividade apresentou a dupla func o de introduzir os questionamentos da problematizac o inicial e por meio de sua interpretac o proporcionar uma das etapas da organizac o do conhecimento Descric o da aula Antes do in cio da aula deixamos alguns frascos de perfume abertos na sala sem alertar antecipadamente os alunos Quando eles perceberam o odor diferenciado houve a introdu o dos questionamentos relativos problematiza o inicial 1 Por que ao abrir este frasco poss vel sentir o cheiro do perfume
69. climatiza o no inverno seria adequado um aquecedor e no ver o um aparelho de ar condicionado Um dos alunos mencionou que o maior cuidado para a compra de um destes aparelhos seria atrav s da an lise do potencial de dano a sa de enquanto outro alegou que este crit rio n o era v lido porque todos seriam potencialmente danosos e que devido a aula anterior ele havia se conscientizado dos perigos relacionados perman ncia em ambientes com climatiza o artificial A problematiza o inicial durou aproximadamente 5 minutos e para a etapa de organiza o do conhecimento apresentamos um v deo informativo sobre as principais caracter sticas dos aquecedores vaporizadores e umidificadores dura o 3 minutos Logo ap s o t rmino do v deo pedimos aos alunos que se organizassem em duplas para a leitura do texto de apoio e resolu o das quest es propostas no roteiro do estudante Os alunos demonstraram interesse no assunto abordado e n o percebemos dificuldades para resolver as perguntas propostas para an lise e reflex o Em uma das equipes houve elogios escolha do tema e ressaltou se a relev ncia das informa es para a vida di ria Durante a discuss o das quest es e retomada dos questionamentos iniciais no grande grupo notamos que os alunos n o apresentaram dificuldades para diferenciar os aparelhos de climatiza o artificial e selecionar crit rios para a aquisi o de um destes equipamentos A etapa de organiza
70. cnicos engenheiros e cientistas passava a ser questionada e tinha in cio um movimento em 26 defesa de um modelo de ensino que apresentasse significado para o cidad o comum e superasse a vis o puramente tecnicista Esses estudos passaram a ser mais contundentes nos Estados Unidos e na Europa j a partir de 1950 em pleno per odo do movimento cientificista e desde ent o a tem tica tornou se um grande slogan surgindo um movimento mundial em defesa da educac o cient fica SANTOS 2007b p 474 Apesar da maioria dos pesquisadores concordar que o prop sito da ci ncia escolar ajudar os estudantes a alcancar n veis mais altos de alfabetizac o cient fica BYBEE 1995 LORENZETTI 2000 LORENZETTI DELIZOICOV 2001 existindo um acordo significativo de sua import ncia para a vida cotidiana de qualquer indiv duo antes mesmo de comecarmos a discutir o conceito de ACT acreditamos ser necess rio tecer alguns coment rios referentes aos motivos da utilizac o neste trabalho do termo alfabetiza o Alguns autores brasileiros prop em uma distinc o entre as express es alfabetizac o e letramento argumentando que seria adequado utilizar uma vers o para o portugu s da palavra da l ngua inglesa literacy e que nesse caso como argumentam Santos e Mortimer 2001 p 96 letramento cient fico e tecnol gico seria a condic o de quem n o apenas reconhece a linguagem cient fica e tecnol gica mas cultiva e exerce p
71. coisas novas e d vontade de querer fazer mais experimentos para que possamos descobrir mais coisas DO31 Quando o professor falou para n s fazermos experimentos eu gostei muito porque eu adoro coisas novas e fazer experimento muito diferente e legal eu aprendi muito com as experi ncias e com a aula E muito legal saber sobre a movimenta o das mol culas e para saber ou ter uma no o sobre a movimenta o das mol culas preciso ter imagina o por que apesar e n o estarmos vendo nada a olhos nus n s estamos imaginando o que muito legal D037 A aplica o do conhecimento se deu por meio de uma situa o problema que busca relacionar os efeitos da varia o da press o com uma situa o comumente enfrentada em nosso cotidiano A varia o de press o tem grande influ ncia no 109 comportamento dos gases Porque ficamos com a audic o alterada quando descemos ou subimos a Serra do Mar A maioria dos alunos conseguiu responder satisfatoriamente a quest o proposta e relacionar a variac o da press o interna do corpo humano com a variac o da press o atmosf rica Acreditamos que os experimentos e as discuss es realizadas em sala cumpriram os objetivos propostos para a aula Articulac o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetizac o cient fica pr tica por meio da compreens o do modelo cient fico atualmente aceito para explicar o comportamento dos gases e das pri
72. conte dos alcance e modalidades de implementac o desse movimento no campo educacional Segundo esse autor O enfoque CTS abarca desde a ideia de contemplar intera es entre Ci ncia Tecnologia Sociedade apenas como fator de motivac o no ensino de ci ncias at aquelas que postulam como fator essencial desse enfoque a compreens o dessas intera es a qual levada ao extremo em alguns desses projetos faz com que o conhecimento cient fico desempenhe um papel secund rio AULER 2002 p 31 Essa diversidade pode ser verificada por exemplo atrav s das diferentes designa es que o enfoque tem recebido Dentre as quais merece destaque a CTSA 42 Ci ncia Tecnologia Sociedade Ambiente que vem sendo usada para evidenciar a dimens o ambiental nos componentes da sigla Para alguns essa incorpora o da letra A na sigla desnecess ria uma vez que as consequ ncias ambientais sempre estiveram presentes nas relacdes CTS Santos 2007a No entanto Vilches Gil P rez e Praia 2011 ressaltam que aqueles que promovem a express o CTSA n o negam que a A n o esteja contida em CTS mas pretendem com sua utilizac o que haja uma maior nfase s quest es ambientais quando se incorporam as rela es CTS Segundo Abreu Fernandes e Martins 2013 p 20 este um debate atual dentro do campo e ainda n o h consensos estabelecidos com rela o natureza dessas duas abordagens no sentido delas serem exclude
73. da seringa removendo assim parte do ar contido no frasco Obstruam o tubo de l tex que liga a seringa ao frasco para obter v cuo parcial dentro do frasco Se voc s puxarem o mbolo lentamente o processo ocorre quase sem variac o de temperatura Facam esse procedimento e soltem de repente a obstru o do tubo de l tex Observem o que ocorre com o mbolo da seringa Representem as mol culas do g s dentro do kitasato antes e depois de puxar a seringa 234 Antes de puxar o mbolo l aM Depois de puxar o mbolo 3 ATIVIDADE RELATIVA AO 3 EXPERIMENTO AQUECIMENTO DE UM ERLENMEYER CHEIO DE AR Conectem um bal o de l tex boca do erlenmeyer Em seguida com o aux lio de uma garra de madeira segurem o erlenmeyer e aque am no em uma manta el trica Representem as mol culas do g s dentro do sistema erlenmeyer bal o antes e depois do aquecimento v gt i ul Antes do aquecimento Depois do aquecimento 235 4 QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O SOBRE OS EXPERIMENTOS a Se voc s determinarem a massa do ar nos sistemas iniciais dentro da seringa do kitasato e do erlenmeyer com o bal o antes m1 e depois ma da compress o do v cuo e do aquecimento em cada caso m ser maior que m2 menor ou igual Justifiquem a resposta em cada caso Se voc s determinarem a densidade do ar nos sistemas iniciais dentro da seringa do kitasato e do erlenmeyer com o bal o antes d1
74. da mat ria sendo que sabe muita coisa QA04 Na minha opini o isso nos ajudou muito pois t nhamos al m das aulas algo para ser lembrado e escrito em casa Isso ajudou porque al m de termos que prestar aten o nas aulas para podermos escrev las depois tamb m particip vamos das atividades em sala para podermos relat las QAO5 Eu acho que mais pr tico pois da o professor vai saber a opini o do aluno O que ele gostou o que ele achou ruim Se entendeu o conte do quais dificuldades de entender as d vidas etc QAO7 Nesse di rio n s podemos escrever tudo o que entendemos interessante tamb m porque sempre quando eu relia a folha de volta tinha uma parte que eu n o tinha reparado e da eu via a import ncia de p r no papel QA09 Eu acho bom porque com os di rios podemos expressar o que compreendemos quais nossas d vidas se houve algo que n o compreendemos e com isso melhorar nossa forma de entendimento QA12 Os di rios ajudaram na fixa o nem que seja parcial de alguma parte do conte do o que impede a necessidade de termos de estudar sempre e sempre o mesmo assunto Al m disso com o desenvolvimento progressivo da escrita sobre ci ncia ajuda na expans o de eloqu ncia para quem quer fazer um curso na rea acad mica cientifica O di rio faz parte do desenvolvimento da unidade did tica Ver ouvir e escrever principalmente mant m o conte do fresco na cabe a
75. de uma cultura cient fica e tecnol gica imprescind vel para a compreens o do mundo em que vivemos Com o intuito de analisar at que ponto esse objetivo foi alcancado as informa es obtidas por meio dos relatos question rios e atividades realizadas pelos alunos foram objeto de an lise e reflex o especificamente quanto s dimens es de alfabetiza o cient fica e tecnol gica enfatizadas durante a constru o da proposta e desenvolvimento das aulas A seguir no Quadro 8 apresentamos os relatos identificados em cada uma das categorias e subcategorias de ACT 133 Categorias Subcategorias Fonte dos Relatos Total D003 D004 D006 D007 D008 DO11 D015 A relac o do tema q a QF01 QF02 QFO03 QF04 QFO7 QFO08 Alfabetizac o com a vida cotidiana QF12 QF17 Cient fica 28 Pr tica Als a do 5033 D039 D050 D051 D062 D171 D176 onhe D177 D180 QF01 QFO3 QF05 QF10 cient fico Alfabetizac o Cient fica D108 D112 D114 D116 D118 QF14 QF15 QAOS 09 C vica D067 D068 D076 D078 D081 D082 D083 D084 D085 D086 D091 D093 D096 D104 Alfabetiza o A natureza da ci ncia D106 QF02 QF03 QF04 AFOS QFO7 Cient fica QF09 QF12 QF16 30 Cultural N Ih enar ares para Qf02 QFO3 QF05 QF07 QF08 QF13 QF14 Alfabetizac o Cient fica D095 01 Profissional Baa D110 D122 D124 D125 D128 D135 D136 D138 D140 D143 44 PI D144 D145
76. de uma teoria e seu objetivo final seria uma aplica o pr tica Apesar dessa rela o entre a teoria e a constru o dos modelos cient ficos eles n o souberam afirmar se os modelos seriam c pias ou representa es da realidade Quando questionados se um modelo cient fico estaria finalizado ap s sua formula o os alunos n o tiveram d vidas em afirmar que os modelos n o eram definitivos e sempre poderiam ser modificados Segundo eles um modelo poderia ser acrescido ou diminu do agregando ou retirando partes de sua estrutura de acordo com a necessidade Em rela o aos cientistas que os prop em alguns alegaram os modelos seriam constru es coletivas enquanto outros acreditavam que seriam propostas de um nico indiv duo 204 A problematizac o inicial durou aproximadamente 6 minutos e logo em seguida pedimos aos alunos que se reunissem em quatro equipes para realizarem a din mica das caixas pretas Deixamos a organizac o das equipes aos pr prios alunos para que formassem grupos de acordo com suas prefer ncias pessoais A din mica foi realizada com quatro caixas numeradas Cada grupo recebeu uma delas para avaliar seu conte do sem abrir de acordo com a proposta presente no roteiro do estudante Ap s avaliar sua caixa e descrever seu conte do as equipes realizavam um rod zio das caixas Durante a an lise do conte do das caixas houve grande interac o entre os integrantes de cada equipe e foram v rias as hip
77. decis es s o restritas a um grupo de especialistas Ao contr rio o que se espera que o cidad o possa participar das decis es democr ticas sobre ci ncia e tecnologia e questionar a ideologia dominante do desenvolvimento tecnol gico Para isso esperado que o estudante consiga fazer rela es entre os conhecimentos cient ficos e tecnol gicos para al m da sala de aula buscando compreender a dimens o social da ci ncia e da tecnologia tanto do ponto de vista da influ ncia da sociedade em seu desenvolvimento como tamb m das consequ ncias sociais deste desenvolvimento VIEIRA MARTINS 2009 Pensar ent o em um Ensino de Ci ncias que oportunize ACT implica inevitavelmente em um ensino que contemple tanto a natureza da ci ncia e a natureza da tecnologia quanto seus desdobramentos sociais e imbricamentos Nessa perspectiva propostas curriculares com nfase nas inter rela es CTS surgem como alternativas promissoras ao evidenciar como os contextos sociocultural e ambiental influenciam e s o influenciados pela ci ncia e pela tecnologia Para Garcia Cerezo e Luj n 1996 trabalhar os conte dos cient ficos segundo a perspectiva CTS significa ensinar os conte dos no contexto aut ntico do seu meio tecnol gico e social no qual os estudantes integram o conhecimento cient fico com a tecnologia e o mundo social de suas experi ncias cotidianas Uma proposta curricular envolvendo as rela es CTS corresponde assim a u
78. denotando a car ncia de reflex es no planejamento de experimentos com os quais poss vel estreitar o elo entre motiva o e aprendizagem FRANCISCO JUNIOR FERREIRA HARTWIG 2008 Neste sentido Hodson 1994 argumenta que h necessidade de um enfoque mais cr tico em rela o ao trabalho experimental e destaca que nem todos os aspectos das pr ticas experimentais funcionam como elementos motivadores ou facilitadores da aprendizagem dos alunos Segundo o autor n o basta propor atividades nas quais os alunos sigam um receitu rio previamente estabelecido ou pr ticas em que apenas um pequeno n mero de estudantes realiza os experimentos 81 enguanto os demais copiam ou observam passivamente Hodson 1994 tamb m alerta gue nem todas as guest es demandam trabalho experimental e mesmo para aguelas gue reguerem este tratamento o experimento por si s n o motiva nem garante a compreens o de conceitos cient ficos Para Giordan 1999 uma abordagem experimental bem conduzida pode representar um papel importante na elaborac o do conhecimento cient fico n o tanto pelos assuntos de que trata os fen menos naturais mas fundamentalmente porque a organizac o desses saberes pode ser dar nos entremeios desse processo de investigac o O autor explica que a experimentac o pode ser conduzida de duas formas ilustrativa ou investigativa Em sua modalidade ilustrativa a experimenta o empregada para demonstrar conceitos apresentado
79. diferenciadas Esse fato tamb m pode ser observado no primeiro relato destacado quando o aluno argumenta que atrav s da leitura dos textos dos estudantes o professor tamb m podia avaliar como suas aulas estavam e como os alunos aprendiam usando isso para melhorar seu m todo de ensino QAO2 Percebe se que o aluno demonstrou consci ncia da import ncia de seus relatos n o apenas em func o da melhoria de seu aprendizado individual mas como um instrumento til para reflex o e aperfeicoamento de todo o processo pelo professor Em outros fragmentos os estudantes destacam que a produc o dos di rios de bordo tamb m auxiliou no desenvolvimento de sua capacidade de escrita e se revelou til para al m das aulas de Qu mica Segundo estes relatos Ficou muito melhor porque por causa desses di rios fica mais f cil n o precisa ficar fazendo trabalhos ou fazendo textos As contas ainda continuaram mas ficaram muito mais divertidas porque cada um pode dizer o que achou da aula e o que aprendeu Ajuda tamb m para quem n o sabe muito fazer textos porque a come amos a ter mais interesse em escrever QAO3 Os di rios ajudaram na fixa o nem que seja parcial de alguma parte do conte do o que impede a necessidade de termos de estudar sempre e sempre o mesmo assunto Al m disso com o desenvolvimento progressivo da escrita sobre ci ncia ajuda na expans o de eloqu ncia para quem quer fazer um curso na rea acad mica
80. do ar qual a primeira ideia que lhes v m cabe a 2 Voc s acham que poss vel que o ar dentro de casa se torne polu do 3 Voc s j ouviram falar em polui o do ar interior 4 Voc s conhecem alguma subst ncia que pode contaminar o ar interior 5 De onde v m os poluentes do ar interior 6 Como podemos controlar a polui o do ar interior Estas quest es objetivaram identificar as concep es pr vias dos estudantes em rela o a qualidade do ar que respiramos em ambientes fechados e motiv los a refletir sobre a import ncia da tem tica caracterizando a problematiza o inicial Segundo nosso di rio PO1 os alunos n o conheciam a tem tica e apresentavam a impress o de que a qualidade do ar que respiravam estava estreitamente relacionada qualidade do ar exterior Os alunos foram un nimes em afirmar que poderia haver polui o do ar interior e justificaram que isto ocorria devido m qualidade do ar exterior Afirmaram que esta era a nica fonte da polui o e que atrav s da restri o do fluxo de ar exterior haveria incremento da qualidade do ar interior Quando perguntamos especificamente sobre as diferen as na qualidade do ar interior e do ar exterior as respostas foram variadas Alguns acreditavam que o ar exterior era mais 103 polu do devido s f bricas enquanto outros argumentaram que seria o ambiente interno devido falta de ventilac o Quando questionados sobre as express es polu
81. dos EUA EPA existem alternativas que devem ser evitadas pois auxiliam muito pouco ou pioram a qualidade do ar interior GERADORES DE OZ NIO N o aconselh vel ao p blico usar os chamados purificadores de ar que s o projetados especificamente para gerar oz nio dentro de casa Estes dispositivos podem tamb m ser combinados com um ionizador ou outras tecnologias No entanto estes aparelhos est o na verdade emitindo oz nio O oz nio um g s vital para o equil brio do planeta quando encontrado na estratosfera mas um poluente do ar bastante nocivo quando encontrado nas camadas de ar pr ximas do solo Respirar oz nio pode ser prejudicial especialmente para crian as idosos e pessoas com asma enfisema bronquite e outras doen as respirat rias Geradores de oz nio causam polui o interna e com emiss es em n veis seguros n o limpam o ar Assim importante destacar que voc nunca deve usar um filtro de ar que deliberadamente produz oz nio 271 EXAUSTORES DE COZINHA Os filtros de ar na cozinha exaustores s o utilizados para diminuir os gases e subprodutos do cozimento e frituras No entanto eles n o removem eficazmente os poluentes do ar e umidade produzida por cozimento ou por aparelhos de cozinha que queimam g s natural ou propano Apenas os exaustores que permitem o escape dos gases para o exterior devem ser usados PURIFICADORES DE AR DE MESA Pequenos purificadores de ar de mesa desktop t m d
82. e perspectivas educacionais variando em func o dos encaminhamentos dados s atividades e s discuss es propostas ainda que envolvendo um ou mais dos tr s elementos da sigla e suas articula es STRIEDER 2012 Apesar dessa diversidade de posicionamentos h um razo vel consenso de que para a implementac o de abordagens com Enfoque CTS recomendam se propostas educacionais que preconizam uma nova organizac o curricular baseada em temas GARCIA CEREZO LUJ N 1996 AULER 2002 SANTOS MORTIMER 2002 SANTOS SCHNETZLER 2003 BOCHECO 2011 STRIEDER 2012 Nesta organizac o os conte dos das disciplinas s o discutidos juntamente com a an lise de temas contempor neos complexos de impacto social e n o compreens veis ou abarc veis apenas pelo olhar da ci ncia ou da tecnologia Assim ao propor uma abordagem tem tica com Enfoque CTS torna se necess rio selecionar temas que 3 Utilizamos a express o Enfoque CTS para nos referirmos aos desdobramentos do Movimento CTS no cen rio educacional por essa ser a mais utilizada na literatura do Ensino de Ci ncias J a express o Movimento CTS utilizada para designar as discuss es CTS em um contexto social mais amplo Por fim o termo Abordagem CTS empregado para nos referirmos s propostas did tico pedag gicas que contemplam as rela es CTS 17 favore am reflex es e a es fundamentadas em crit rios que envolvam e ultrapassem aqueles relacionados unicament
83. e depois dz da compress o do v cuo e do aquecimento em cada caso d ser maior que dz menor ou igual Justifiquem a resposta em cada caso lembrando que a densidade a rela o entre massa e volume d m v A partir da an lise realizada nos itens a e b discuta com seus colegas de grupo sobre os modelos propostos nas atividades relativas aos experimentos quest es 1 a 3 Esses modelos devem explicar o fato de o ar comprimir se sob press o poder ser retirado do kitasato e dilatar se sob aquecimento Refa am os modelos se acharem necess rio e descrevam as altera es realizadas se houver alguma 236 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 4 Introduc o Nesta aula ampliaremos nossa an lise do modelo constru do para os materiais gasosos atrav s do modelo de part culas O estudo ser realizado atrav s de uma sistematizac o dos pressupostos da Teoria Cin tica dos Gases TCG enfocando as vari veis de estado dos gases e as transforma es gasosas de uma massa fixa de g s 2 Conte do Espec fico Estudo dos Gases Durac o 50 min 4 Objetivos Compreender a TCG e relacionar as transforma es gasosas com a o modelo de part culas Conte dos privilegiados Teoria cin tica dos gases transforma es gasosas e o modelo de part culas Orientac o did tica Para oportu
84. e discutimos os instrumentos utilizados para a constitui o dos dados durante a investiga o Nesse cap tulo tamb m destacamos o procedimento adotado para a an lise dos dados constitu dos No quarto cap tulo Do Discurso Pr tica Resultados e Reflex es apresentamos e discutimos nossa an lise das informa es constitu das por meio da reflex o sobre o processo referente s atividades te ricas argumenta es e pr ticas experimentais realizadas nas aulas que compuseram o desenvolvimento da proposta did tica Para tanto realizamos uma categoriza o dos dados emp ricos provenientes das produ es textuais dos estudantes mediante a An lise Textual Discursiva MORAES GALIAZZI 2007 As categorias elaboradas consistiram em a priori e emergentes sendo as categorias definidas a priori associadas com os par metros de ACT utilizados para constru o e desenvolvimento da proposta enquanto a categoria 20 emergente foi relacionada com as percep es dos estudantes sobre encaminhamentos metodol gicos utilizados E por fim a partir da an lise conjunta dos dados constitu dos s o apresentadas algumas considera es sobre nossas quest es de investiga o principalmente no que se relaciona com os limites e potencialidades para a utiliza o do Enfoque CTS como promotor de ACT no Ensino de Qu mica Esperamos com este trabalho refletir sobre as atividades desenvolvidas em nossa interven o did tico pedag gica e p
85. em toda a sala O que acontece com o perfume quando o frasco aberto Como poder amos explicar o fato do cheiro se espalhar por toda a sala 2 Em um mesmo ambiente voc s acham que os gases se movimentam sempre na mesma velocidade ou existem gases que se deslocam mais r pidos que outros 3 Como esta caracter stica dos gases se relaciona com a polui o do ar interior Em suas falas os estudantes apresentaram opini es distintas sobre a rela o do cheiro com o g s e das velocidades de deslocamento de diferentes gases Nesse momento nenhum aluno associou aspectos relacionados ao deslocamento dos gases com a polui o interior Como destacado no di rio P02 Eles argumentaram que o ar estaria levando o cheiro porque os frascos estavam abertos Quando questionados se o ar estaria carregando o cheiro ou se o cheiro que se deslocava pelo ar houve 105 opinides distintas Seguimos nosso questionamento perguntando se em um mesmo ambiente dois gases distintos se espalhariam a mesma velocidade Um dos alunos argumentou dependeria da densidade dos gases enquanto outro acreditava que aquele que possu sse cheiro mais forte se deslocaria mais r pido Alguns alunos concordaram com as argumenta es e associaram as duas hip teses teorizando que quanto mais denso um g s mais forte seria seu cheiro e maior sua velocidade de deslocamento Quando questionados sobre a rela o entre a facilidade de deslocamento dos gases e a polui o do
86. encontra ferramentas e t cnicas para ajud lo a na observac o participante no seu mais amplo sentido b nas entrevistas estruturadas semiestruturadas e n o estruturadas c em di rios grava o cont nua da pesquisa em virtude de estar no trabalho de campo d mem rias anal ticas interpreta es indutivas emergentes enquanto ainda est executando o trabalho de campo e e gravac o de fitas de v deo para an lises mais profundas MOREIRA CALEFFE 2006 p 64 89 Desse modo tratando se especificamente de nosso trabalho de pesquisa poss vel considerar que suas caracter sticas desde o in cio foram compat veis com uma abordagem do tipo qualitativa Em vista disso este estudo est fundamentado em uma pesquisa descritiva com procedimentos b sicos de uma pesquisa qualitativa de natureza interpretativa e com observa o participante 3 2 Descri o do Contexto de Investiga o a realidade escolar Para o desenvolvimento de nossa pesquisa buscamos analisar os limites e potencialidades da abordagem tem tica com Enfoque CTS no Ensino de Qu mica por meio de uma interven o did tico pedag gica com uma turma escolar de Ensino M dio da rede estadual de ensino A escolha da turma se baseou a partir da atividade docente ao longo do ano letivo de 2013 Naquele ano lecionei a disciplina de Qu mica para turmas da segunda e terceira s ries a proposta de abordagem tem tica conforme vimos no cap
87. encontram se as iniciativas relacionadas ACT na qual os alunos adquirem conhecimentos em ci ncia e tecnologia por meio da 45 discuss o de quest es sociais culturais ou de valores Para Santos 2001 p 62 segundo essa perspectiva a ci ncia e a tecnologia s o meios para comprometer os jovens na soluc o dos graves problemas que hipotecam o futuro da humanidade e a aprendizagem conceitual fica estritamente dependente de situa es sociais e de contextos Essas abordagens privilegiam a problem tica sociocultural e objetivam preparar os alunos para exercer a cidadania em um contexto social impregnado de rela es cient fico tecnol gicas A autora ressalta que em propostas mais radicais ocorre uma supervaloriza o das quest es envolvidas e os conceitos cient ficos s o relegados a um segundo plano Verifica se na classifica o proposta por Santos 2001 que aspectos relacionados ci ncia e sociedade s o enfatizados nas tr s categorias n o ocorrendo o mesmo em rela o tecnologia Na primeira categoria proposta a ci ncia apresentada com seus v nculos sociais e human sticos enquanto a tecnologia reduzida ao status de ci ncia vista unicamente atrav s dos aspectos pr ticos relacionados s t cnicas de manipula o dos aparatos tecnol gicos ou como pano de fundo para discutir a rela o entre os conhecimentos cient ficos e o contexto social dos estudantes Por fim na terceira na qual ocorre
88. espa o e tempo rela es sociais limites morais e pol ticos individuais foram poderosamente reestruturados no decorrer do desenvolvimento tecnol gico O autor esclarece que se produziram grandes transforma es na estrutura de nosso mundo comum em um curto espa o de tempo sem levar em conta o que implicavam estas altera es Por fim a dimens o profissional ou econ mica da alfabetiza o cient fica consiste em envolver conhecimentos cient ficos mais espec ficos e complexos que n o envolvem situa es presentes no dia a dia mas que por outro lado s o importantes para determinadas reas profissionais e encaixam se com as ci ncias aplicadas e o setor produtivo BOCHECO 2011 p 91 Esta categoria se destina principalmente a despertar o interesse dos alunos em determinadas carreiras cient ficas Em nosso caso procuramos contemplar o potencial de alfabetiza o cient fica profissional ao discutir o princ pio de funcionamento e a utilidade dos catalisadores em diversas reas do setor produtivo Dessa forma nossa proposta de ensino priorizou abordar os conceitos sobre o estudo dos gases e a cin tica qu mica de forma a possibilitar aos alunos estabelecer rela es entre a ci ncia a tecnologia e a sociedade por meio das conex es estabelecidas pelos sete par metros de ACT buscando promover a integra o dos conhecimentos qu micos atrav s da tem tica da QAI 2 4 A Din mica das Aulas e as Estrat gias de Ensi
89. espec ficas Por exemplo existem os removedores de part culas e os removedores de g s Um deles remove as part culas de poeira e o outro tira odores g s etc D140 Dando continuidade aula sobre purificadores de ar ar condicionado vaporizadores e aquecedores Nesta aula podemos ver sobre os purificadores eficientes segundo a EPA a ag ncia de prote o ambiental norte americana Primeiramente h duas maneiras de purifica o removedores de part culas que prendem a sujeira como em uma armadilha e removedores de g s que removem gases e odores Ambos s o ligeiramente eficientes por m h certos meios de purifica o que dever ser evitados como geradores de oz nio exaustores e plantas os quais podem ser n o muito eficientes ou prejudiciais D143 Existem outras formas de purifica o e limpeza do ar ambiente como por exemplo geradores de oz nio exaustores de cozinha purificadores de ar de mesa e plantas que n o fazem muito efeito Um bom removedor de part culas o aspirador de p especialmente com filtros HEPA D144 Vassouras levantam muito p e caros por isso importante usarmos aspiradores de p com tecnologia HEPA pois eles absorvem part culas at 230 vezes menores que um fio de cabelo D145 Conclu mos que a maneira mais efetiva de resolver esses problemas reduzindo as fontes de polui o e utilizar uma ventila o adequada Depois discutimos sobre os aspiradores de
90. estabelece padr es referenciais que informam popula o sobre a qualidade do ar interior em ambientes p blico e coletivo climatizados artificialmente cujo desequil brio pode causar agravos sa de dos seus ocupantes assim como instrumentaliza as equipes de profissionais envolvidas no controle de qualidade do ar ambiental interior no planejamento elabora o an lise e execu o de projetos f sicos e nas a es de inspe o A legisla o refor a a preocupa o compartilhada por organiza es governamentais como a EPA Estudos desenvolvidos pela ag ncia de prote o ambiental americana demonstram que o n vel de polui o do ar no interior dos edif cios pode atingir valores duas a cinco vezes e ocasionalmente mais de 100 63 vezes superiores ao do ar exterior EPA 2013 Outros estudos semelhantes foram elaborados em pa ses da Europa e da sia com resultados id nticos SPAETH 2000 Segundo Lee 2006 a situac o mais cr tica em relac o aos ambientes climatizados artificialmente por estes apresentarem uma infinidade de componentes qu micos subst ncias t xicas carcinog nicas e radioativas e biol gicos microrganismos patog nicos emitidos por diversas fontes e que dependendo das condi es f sicas umidade do ar temperatura do ar e ventila o inadequada do ambiente podem interagir entre si A QAI afeta o bem estar geral devido poss vel presen a de uma combina o de fatores
91. et al 2001 tamb m argumentam que a imagem dos cientistas como seres desconectados da realidade isentos da necessidade de fazer escolhas e acima do bem e do mal refor a uma concep o de ci ncia socialmente neutra Segundo essa concep o a atividade cient fica n o apresenta rela es com a sociedade ou com o meio ambiente Os autores ressaltam que parece razo vel supor que uma vis o individualista e elitista da ci ncia apoie implicitamente a ideia empirista de descoberta e contribua al m do mais para uma leitura descontextualizada e socialmente neutra da atividade cient fica realizada por g nios solit rios GIL P REZ et al 2001 p 134 Deriva desse contexto uma perspectiva de que a ci ncia a tecnologia e a sociedade s o entidades aut nomas e diferentes sem conex es e cujas implica es n o afetam umas s outras Tendo em vista as infer ncias acima buscamos contemplar em nossa proposta did tica discuss es que permitissem uma reflex o sobre a imagem do cientista sobre 147 as influ ncias externas em seu trabalho e na atividade cient fica em geral Em relac o a esses aspectos destacam se os relatos abaixo N o podemos parar de acreditar na ci ncia mas mesmo que a gente acredite n o podemos confiar cegamente porque nada relacionado ci ncia totalmente confi vel comprovado A ci ncia chega ao mais pr ximo poss vel da verdade O cientista um cidad o comum como todo
92. faz com que o feij o ou seja l o que estiver na panela cozinhar mais depressa D176 Eu particularmente gostei da aula e tamb m aprendi muito mais Por exemplo eu n o sabia que as enzimas das batatas poderiam acelerar uma rea o qu mica Agora com a experi ncia eu aprendi e gostei muito mesmo D180 Esses relatos indicam que alguns alunos conseguiram associar v rios conceitos espec ficos da disciplina como a influ ncia da temperatura da press o da superf cie de contato e dos catalisadores enzimas em rea es qu micas e processos f sicos que se apresentam em situa es corriqueiras como o cozimento dos alimentos ou uma viagem para o litoral Essa associa o fundamental para que os estudantes percebam a import ncia da Qu mica em suas vidas fora da escola e ressaltam a necessidade de um ensino que tamb m apresente significado imediato aos alunos e n o apenas em um momento posterior Um ensino que se apresente til no momento em que se aprende que enfatize a estreita rela o entre o saber e o fazer Conv m ressaltar que n o se trata de advogar em favor de um ensino meramente utilit rio e imediatista preocupado apenas com a simples aplica o dos conhecimentos escolares adquiridos Ao contr rio trata se em procurar dar sentido ao que se ensina e de defender um modelo de ensino que tamb m se mostre capaz de lidar com problemas concretos Como destaca Ricardo 2005 parece que h um abismo entre os s
93. ficas Acreditamos que a utilizac o dos Tr s Momentos Pedag gicos DELIZOICOV 1982 1983 1991 DELIZOICOV ANGOTTI PERNAMBUCO 2002 como estrat gia did tica auxiliou a imprimir uma nova din mica para as aulas e ao valorizar o di logo em sala evidenciou aos alunos seu papel de protagonistas do processo educativo e de correspons veis pelas as ac es que fazem parte desse contexto Eles passaram a colocar suas opini es sem receio de cr ticas ou repreens es por parte do professor ou dos pr prios colegas Dessa postura o debate e argumentac o nas aulas de Qu mica comecaram a ser vistos com naturalidade A import ncia dos 3MP como estruturadores do trabalho em sala tamb m percept vel em outros relatos dos estudantes como os que se seguem Logo ap s estas 14 aulas o modo de ver as aulas de qu mica ficou muito mais interessante o modelo de ensino aplicado deixou as aulas de qu mica um tanto mais especiais em rela o s aulas das outras mat rias Este modelo de ensino al m de transmitir ao aluno o conhecimento com mais facilidade colocaram certa filosofia aplicada 165 em cada uma das aulas Quando o professor chegava na sala e fazia algumas perguntas antes de aplicar o conte do fazia assim os alunos pensarem sobre o assunto antes de aprend lo e deixava suas mentes abertas para o conhecimento entrar QA02 Achei muito boa porque comecava com perguntas do professor que n s respond amos aquilo que sab amos
94. imediata com o conceito de modelo utilizado nas ci ncias e foi necess rio 112 intervir para que a discuss o se encaminhasse para os objetivos da aula De acordo com o di rio do professor P05 Outra suposic o similar foi a de que um modelo seria um molde algo para se copiar Neste momento resolvemos intervir e salientar que est vamos falando de modelos cient ficos perguntando novamente O que um modelo cient fico assim como o modelo de part culas representa Trata se de uma c pia fiel da realidade Os alunos argumentaram que um modelo cient fico era constru do a partir de uma teoria e seu objetivo final seria uma aplica o pr tica Apesar dessa rela o entre a teoria e a constru o dos modelos cient ficos eles n o souberam afirmar se os modelos seriam c pias ou representa es da realidade Quando questionados se um modelo cient fico estaria finalizado ap s sua formula o os alunos n o tiveram d vidas em afirmar que os modelos n o eram definitivos e sempre poderiam ser modificados Segundo eles um modelo poderia ser acrescido ou diminu do agregando ou retirando partes de sua estrutura de acordo com a necessidade Em rela o aos cientistas que os prop em alguns alegaram os modelos seriam constru es coletivas enquanto outros acreditavam que seriam propostas de um nico indiv duo P05 Para a organiza o do conhecimento propusemos uma atividade conhecida como experimento das caixas pretas Nest
95. interior que est dentro da nossa casa e que pode causar muitos problemas para nossa sa de O p que fica dentro da nossa casa acumulado nas cortinas tapetes e etc Esse p cont m bact rias prejudiciais sa de muitas vezes prejudiciais para nossa pele tamb m QF02 Sim muito importante saber como anda a qualidade do ar dentro de lugares fechados pois 351 assim podemos saber como cuidar de nossa sa de e como tentar purificar o ar onde n s vivemos aprendemos muita coisa com este tema e podemos usufruir desse tema fora da escola para o bem pr prio j que com os estudos desse tema poss vel aprender mais a se prevenir de doen as e males que nos rodeiam QF03 Sim muito importante estudar sobre isso qualidade do ar interior porque podemos descobrir como melhorar nossa sa de como tudo funciona desde a polui o do ar at como melhorar a qualidade do ambiente para que possamos viver melhor QF04 Na minha opini o acho importante estudar sobre isso qualidade do ar interior pois eu n o sabia que o ar interior era mais polu do que o exterior Pode causar irritac o nos olhos dor de cabeca asma renite entre outras coisas QFO7 Tamb m precisa se ter cuidado com a poluic o interior pois ela nos prejudica muito mesmo usando ar condicionado Se voc n o limpar seu ar condicionado as doen as e os poluentes podem acabar prejudicando muito mais a sua sa de E n o
96. la como uma tem tica global Entretanto estat sticas apontam que atualmente passamos cerca de 80 a 90 do tempo em ambientes fechados WANG ANG TADE 2007 ASHMORE DIMITROULOPOULOU 2009 HERBERGER et al 2010 caracterizando tamb m sua import ncia local Assim evidencia se a relev ncia do estudo das implicac es da QAI para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas independente da condi o econ mica ou social Dada a import ncia do tema nas pr ximas secdes analisamos o referencial te rico referente QAI e sua correlac o com os conte dos espec ficos da Qu mica referentes ao estudo dos gases e a cin tica qu mica enfatizando sua relac o com os par metros de ACT utilizados na pesquisa e seu potencial para o desenvolvimento de uma postura cr tica e participativa dos alunos atrav s do Enfoque CTS Destacamos que apesar de sua relev ncia s o poucos os trabalhos na literatura nacional sobre a QAI em especial na rea da educac o Justifica se assim o fato de que a maioria absoluta dos referenciais utilizados para caracterizac o do tema estrangeira e em grande parte de rea ligada sa de engenharia e arquitetura ou correlatas 61 2 2 A Qualidade do Ar Interior Na busca pela valoriza o e melhoria da qualidade de vida das pessoas torna se indispens vel um maior cuidado com a qualidade do ar que respiramos Num primeiro momento nossa maior preocupa o repousa na qualidade do ar exterior princ
97. lhe permitiu revolucionar a astronomia a m quina a vapor impulsionou a revolu o industrial e foi inventada antes dos princ pios da termodin mica terem sido estabelecidos CASTELFRANCHI 2008 OGIBOSKI 2012 Por outro lado h in meras teorias cient ficas que surgiram independentemente de qualquer descoberta tecnol gica Desse modo torna se fundamental que os estudantes percebam que apesar da ideia de que a hibridiza o desses campos de saberes numa perspectiva linear de 156 desenvolvimento pesquisa ci ncia tecnologia seja bastante fecunda n o explica a complexidade e as especificidades de cada uma dessas reas do conhecimento humano Tamb m percept vel nos discursos dos estudantes sua preocupac o em mensurar o qu o abrangente a tecnologia se tornou e o quanto interfere em nossas vidas Argumentam que dif cil separar o mundo natural do mundo artificial que suas fronteiras apresentam se cada vez mais t nues e estamos cercados de tecnologia o tempo todo e de todos os modos QF14 Esta sensac o de onipresenca causa certo desconforto principalmente se levarmos em considerac o que a relac o nem sempre parece consensual Ao mesmo tempo em que os alunos concordam que a tecnologia torna nossas vidas melhores e mais f ceis tamb m demonstram inquietac o com os rumos da atividade tecnol gica e principalmente com seu poder de decis o nesse processo No entanto a velocidade de crescimento da tecnolo
98. mas houve grandes dificuldades em relacion las em compreender a influ ncia que elas t m umas nas outras Acreditamos que a utiliza o de recursos audiovisuais como slides ou v deos poderiam melhorar o entendimento dessas inter rela es Como n o houve a previs o desse elemento complicador coube a n s a tarefa de tentar superar esse obst culo A op o escolhida foi refletir sobre o significado individual dos conceitos atrav s da retomada dos experimentos realizados na aula anterior e do texto de apoio para estabelecer suas inter rela es atrav s de exemplifica o verbal e gestual A an lise do texto e discuss o das atividades propostas levou cerca de 30 minutos e ap s a retomada das quest es com a turma toda procedemos entrega da pergunta relativa sess o de aplica o do conhecimento Nesta etapa pedimos aos alunos para estenderem o modelo de part culas inicialmente constru do para o estado gasoso aos estados l quido e s lido Foram propostos dois crit rios de diferencia o adicionais o sensorial e a rela o entre forma e volume Os alunos n o apresentaram dificuldades em resolver esta quest o e houve alguns que optaram por representar seu entendimento dos estados f sicos segundo o modelo de part culas atrav s de desenhos A leitura an lise e resolu o da atividade proposta levou aproximadamente 10 minutos Depois da entrega da quest o resolvida reunimos novamente os alunos em um grande grupo
99. mesma conclus o v rias vezes Mas nem mesmo o fato de ter sido testada v rias vezes por v rios cientistas distintos deixa completamente verdade incontest vel pois sempre pode haver contradi es D085 Nunca me ocorreu a ideia de que o conhecimento cient fico nem sempre t o certo pois os cientistas confiam naquilo que chamado de racioc nio indutivo que muito de n s confiamos tamb m Por exemplo como sei que essa cadeira n o se quebrar quando eu me sentar nela Como sei que o sol se levantar amanh Por que j vi coisas como essas muitas e muitas vezes Por m nada impede que a cadeira se quebre quando eu me sentar ou que uma panda infl vel de um milh o de quil metros ilumine nosso dia Outro exemplo sobre a an lise de v rias coisas e a conclus o de que todas s o iguais O racioc nio indutivo portanto compromete as verdades cient ficas e faz nossa confian a nelas diminuir DO91 Estes relatos indicam que os estudantes come aram a questionar a concep o tradicional de ci ncia que a caracteriza como um processo definitivo fi vel e objetivo Segundo Gil P rez et al 2001 e Praia Gil P rez e Vilches 2007 uma vis o de ci ncia r gida como resultado de um m todo cient fico infal vel no qual um conjunto de etapas a seguir mecanicamente um tratamento quantitativo e controle rigoroso 145 evitam a ambiguidade distorce o car ter incerto das teorias cient ficas e configura se como um
100. mesmos conceitos do cotidiano dos estudantes Pretendemos dessa maneira ao inv s de diminuir a import ncia dos conte dos conceituais agregar novos significados a estes mesmos conte dos para que sua 138 apropriac o possibilite novas compreens es sobre sua import ncia na vida dos estudantes Reproduzimos a seguir alguns trechos das produ es textuais dos alunos nos quais s o apresentados relatos que descrevem implica es pr ticas dos conte dos abordados em sala Uma coisa que achei muito legal foi a ltima pergunta sobre a Serra do Mar Nossos ouvidos tampam quando descemos a serra O ar comprime o ouvido formando um tamp o at nos acostumarmos com a press o do ar exterior DO33 E no segundo experimento foram usados dois copos com gua temperatura ambiente Nesses copos foram colocados dois peda es de um comprimido efervescente A primeira parte foi triturada em um almofariz e a outra foi usada inteira Foram jogados ao mesmo tempo na gua e o mais triturado derreteu rapidamente enquanto o outro demorou para diluir Ent o aqui o que influenciou foi o tamanho Por isso que cortamos os alimentos em partes para cozinhar mais r pido D171 Foi aprendido e tratado atrav s de experimentos nessa aula que as rea es qu micas ou ao menos parte delas podem ser controladas E fazemos isso v rias vezes no cotidiano sem perceber Ao usar uma panela de press o para cozinhar por exemplo h uma influ ncia que
101. mico e o contexto social como influ ncias decisivas para a escolha dos rumos da atividade cient fica Isso demonstra que houve ind cios de supera o de concep es deturpadas e simplistas de ci ncia como as apontadas por Gil P rez et al 2001 que a caracterizam como individualista elitista e socialmente neutra Desse modo acreditamos que a an lise dos dados constitu dos durante e ap s o desenvolvimento da inserc o did tica apontam avancos em direc o a uma proposta de ensino que promova a alfabetizac o cient fica cultural dos alunos ao possibilitar o engajamento reflexivo dos estudantes na discuss o de quest es relativas natureza do conhecimento cient fico 4 3 3 2 Novos Olhares para a Ci ncia Outro aspecto importante para a alfabetizac o cient fica cultural est relacionado com a imagem que os estudantes apresentam da ci ncia e das disciplinas cient ficas Apesar da sua grande import ncia em nossa sociedade o conhecimento cient fico que apresentado nas escolas n o reflete nenhum dos aspectos da ci ncia como um empreendimento humano nem desperta a curiosidade ou interesse dos estudantes Muito ao contr rio a tradic o de um ensino cient fico pautado na memoriza o repeti o e treinamento da destreza matem tica para a resolu o de exerc cios repudiado pela maioria dos alunos que n o veem sentido nem finalidade nesta aprendizagem CARVALHO 2007 Em uma sociedade na qual a informac o enc
102. n 9 p 1980 1989 2009 BOCHECO O Par metros para a abordagem de evento no enfoque CTS Dissertac o Mestrado em Educac o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2011 BORREGO C et al How bias correction can improve air quality forecast over Portugal Atmospheric Environment n 45 p 6629 6641 2011 BRASIL LDB Lei 9394 de 23 de dezembro de 1996 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 1996 Minist rio da Sa de Portaria n 3 523 de 28 de agosto de 1998 Di rio Oficial da Uni o Bras lia DF 31 ago 1998 Dispon vel em lt http e legis anvisa gov br gt Acesso em 16 jan 2009 Minist rio da Educa o e Desporto Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino M dio Bras lia MEC 1998 Minist rio da Educa o MEC Secretaria de Educa o Fundamental SEF Par metros curriculares nacionais ci ncias naturais Bras lia MEC SEF 1998 Minist rio da Educa o MEC Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica SEMTEC Par metros Curriculares Nacionais ensino m dio Bras lia MEC SEMTEC 1999 Minist rio da Sa de Resolu o n 176 de 24 de outubro de 2000 Di rio Oficial da Uni o Bras lia DF 29 out 2000 Dispon vel em lt http e legis anvisa gov br gt Acesso em 16 jan 2009 181 Minist rio da Educac o MEC Secretaria de Educac o M dia e Tecnol gica SEMTEC PCN Ensino M dio Orienta es Edu
103. n o s laborat rio com jaleco e luvas fazemos qu mica em nossa casa tamb m como no ato de cozinhar e cortar os alimentos para um cozimento mais r pido QFO5 grifos nossos agora eu penso que a Qu mica n o s a mat ria que se estuda na escola e s precisa dela para fazer a prova mas uma coisa que faz parte do nosso dia a dia Muito do que aprendi eu uso para o meu cotidiano agora QF10 grifos nossos Constata se nos relatos destacados que al m de apresentar aplica es cotidianas pontuais dos conhecimentos qu micos a pr pria disciplina come ou a ser designada como algo til para al m dos muros escolares ou dos laborat rios Ao perceber a utilidade dos conhecimentos cient ficos estudados em sala os fragmentos apresentados indicam que os alunos passaram a adotar uma postura diferente em rela o import ncia desses conhecimentos Desse modo al m de contribuir com o desenvolvimento de conhecimentos cient ficos b sicos necess rios para a interpreta o do mundo em que vivem a dimens o pr tica em um processo de alfabetiza o cient fica nas aulas de Qu mica tamb m auxilia na mudan a da imagem que os estudantes t m da pr pria disciplina Esse aspecto percep es sobre a ci ncia e a atividade cient fica ser discutido durante a an lise da categoria relacionada alfabetiza o cientifica cultural 140 Contudo achamos pertinente apresentar esses relatos aqui por estarem d
104. n s n o procuramos saber Essas aulas estimulam a aprender mais e mais sobre esses assuntos DO50 Bem eu estou compreendendo muito bem as explica es do professor e com a explica o da aula passada eu aprendi que no inverno o odor de um g s demora mais para se espalhar pelo ar pois as mol culas vibram menos no inverno diminuindo sua velocidade em rela o as mol culas no ver o D051 quando a mexerica est sem descascar as mol culas de g s est o juntas Quando descascamos a fruta as mol culas se expandem e o calor influencia muito o movimento delas D062 E no segundo experimento foram usados dois copos com gua temperatura ambiente Nesses copos foram colocados dois peda es de um comprimido efervescente A primeira parte foi triturada em um almofariz e a outra foi usada inteira Foram jogados ao mesmo tempo na gua e o mais triturado derreteu rapidamente enquanto o outro demorou para diluir Ent o aqui o que influenciou foi o tamanho Por isso que cortamos os alimentos em partes para cozinhar mais r pido D171 Foi aprendido e tratado atrav s de experimentos nessa aula que as rea es qu micas ou ao menos parte delas pode ser controlada E fazemos isso v rias vezes no cotidiano sem perceber Ao usar uma panela de press o para cozinhar por exemplo h uma influ ncia que faz com que o feij o ou seja l o que estiver na panela cozinhar mais depressa D176 Eu adoro
105. o 3 De que forma esse fator aumenta ou diminui a rapidez de uma rea o 4 Considerando o modelo de part culas como voc explica o aumento da rapidez da rea o em virtude do aumento da superf cie de contato 5 No preparo de alimentos cite exemplos em que o tamanho do material utilizado como forma de alterar a rapidez de um processo qu mico 279 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 13 Introduc o Nesta aula abordaremos a cin tica qu mica atrav s da tica do modelo de part culas O estudo ser realizado atrav s da an lise da influ ncia da concentrac o dos reagentes e dos catalisadores na rapidez de uma reac o 2 Conte do Espec fico Cin tica Qu mica 3 Durac o 50 min Objetivos Compreender a influ ncia da concentrac o dos reagentes e dos catalisadores na rapidez das rea es e explicar essa influ ncia atrav s da hip tese do modelo de part culas 5 Conte dos privilegiados Fatores que interferem na velocidade das rea es a b Orienta o did tica Para oportunizar o entendimento da cin tica qu mica atrav s do modelo de part culas utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento
106. o qualquer tema que pode ser trabalhado sob o Enfoque CTS pois a sua discuss o deve evidenciar o poder de influ ncia que os alunos podem ter como cidad os bem como as quest es ticas e os valores humanos relacionados ci ncia e tecnologia SANTOS MORTIMER 2002 p 9 Desse modo podemos sintetizar que na busca pelo desenvolvimento da capacidade de decis o consciente e negociada que envolva ci ncia e tecnologia as propostas tem ticas com Enfoque CTS devem ser organizadas em torno de temas sociais e estrat gias de ensino que valorizem a participac o efetiva dos estudantes LISINGEN 2007 Al m disso segundo Bocheco 201 1 independente do referencial te rico que balize sua constru o uma proposta pautada no Enfoque CTS deve planejar uma s lida abordagem conceitual e concomitantemente concentrar o seu planejamento did tico pedag gico no desenvolvimento das inter rela es pol tico sociais existentes entre a ci ncia a tecnologia e a sociedade Tendo essas considerac es em mente nos afastamos dos referenciais freireanos para a escolha dos temas e selecionamos a tem tica da QAI como norteadora da nossa proposta de ensino Salienta se que essa escolha n o implica em um abandono da problematizac o e do di logo caracter sticas da concepc o freireana de educac o mas na opc o por uma tem tica social altamente relevante e abrangente Especificamente em relac o a sua abrang ncia poder amos classific
107. o com as aulas desse trimestre eu aprendi que nem toda pesquisa verdade e que se achamos que est errado devemos sim questionar bater o p e falarmos o que pensamos e n o aceitar tudo de cabe a baixa QF 12 A sociedade com certeza interfere nos caminhos da ci ncia pois por exemplo se a ci ncia desenvolve um produto e n s n o gostamos desse produto n o iremos compr lo Isso faz com que esse produto n o gere lucro Isso faz com que a ci ncia fa a o que a sociedade precisa QF16 355 Esse trimestre me ajudou a ver que a Qu mica n o assim t o ruim A maneira que foram dadas Novos Olhares as aulas ajudaram muito Eu vejo a Qu mica de outra forma agora tudo que a gente pensa que A ds est certo s vezes n o t o certo assim Tiramos v rias d vidas sobre as coisas que nos para a Ci ncia cercam QF02 Todas as aulas que tive me ajudaram a ver como mat rias cient ficas podem nos ajudar a ter melhores vis es do que nos rodeia e saber como funcionam certas coisas que s vezes at parece algo sem import ncia para algu m que n o preste ateng o mas que pode fazer toda a diferenca em certas ocasi es Isso porque essas aulas deixaram de certa forma os alunos mais s bios e atentos aos estudos e a prestar mais aten o no mundo em que vivemos QF03 Hoje eu respeito muito mais a Qu mica do que antes porque est tudo nossa volta s ter um pouco de conhecimen
108. o cient fica busca aproximar os estudantes de conceitos cient ficos espec ficos associados a determinadas reas profissionais Visa especificamente motivar o interesse por reas que necessitam de profissionais especializados A seguir no Quadro 2 explicitamos os quatro par metros de alfabetiza o cient fica e tamb m apresentamos indicativos de como abord los atrav s de uma tem tica CTS 47 Par metros O que consiste Como abordar no evento ou tema CTS Alfabetizac o Cient fica Pr tica Atrav s do conhecimento cient fico compreender fen menos naturais processos e o funcionamento de artefatos tecnol gicos presentes no dia dia Identificar conceitos cient ficos e elementos da linguagem cient fica que permitam aos estudantes representar e entender um fen meno natural um processo ou um artefato tecnol gico Alfabetiza o Cient fica C vica Estimular os estudantes a lidarem com decis es individuais e coletivas relacionadas sa de meio ambiente e o bem estar social Identificar pontos de conflito e discuss o que permitam os estudantes contextualizarem socialmente os conceitos cient ficos elementos da linguagem cient fica e aspectos s cios cient ficos Alfabetiza o Cient fica Cultural Desencadear um ensino de ci ncias que leve em considera o os contextos hist rico filos fico e social dos conhecimentos cient ficos bem como ficar atento a de
109. o de seu papel investigativo e de sua fun o pedag gica em auxiliar o aluno na compreens o dos fen menos qu micos Desse modo as atividades experimentais se revestem em instrumentos auxiliares da pr tica docente que podem instigar a curiosidade dos alunos em rela o aos assuntos abordados em sala apresentando um car ter motivador e contribuir para a constru o do conhecimento cient fico No entanto Francisco J nior Ferreira e Hartwig 2008 argumentam que para que a fun o pedag gica das atividades experimentais estreite o elo entre a motiva o e a aprendizagem o papel do educador de suma import ncia pois qualquer que seja o recurso did tico ou metodologia utilizada o que vai tornar a aula mais atraente ao aluno o planejamento realizado pelo docente Torna se necess rio que o 167 professor pondere as v rias possibilidades do trabalho experimental para que possa focalizar suas a es naquelas que pare am mais coerentes com a metodologia de aula com os conte dos abordados com a tem tica a ser discutida com a complexidade dos experimentos com a turma com os recursos o espa o e o tempo dispon vel para realiz las Tendo estes v rios aspectos em mente procuramos realizar experimentos com materiais de baixo custo que pudessem ser desenvolvidos em pequenos grupos na pr pria sala de aula e articulados din mica dos 3MP Conforme dissemos anteriormente esta op o implica em uma perspectiva i
110. o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da media o do professor construir o suas respostas relativas sess o Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Aplica o do conhecimento a aplica o do conhecimento se dar atrav s de uma atividade que visa ampliar o modelo de part culas inicialmente desenvolvido para o estado gasoso para outros dois estados da mat ria o l quido e o s lido ATIVIDADE PROPOSTA Construa e preencha um quadro em seu caderno com quatro colunas estabelecendo crit rios para classificar os materiais nos diferentes estados f sicos Na primeira coluna indique os estados f sicos s lido l quido e gasoso na segunda o primeiro crit rio sensorial na terceira o segundo crit rio forma e volume Na quarta coluna voc dever indicar as caracter sticas de cada estado f sico considerando o modelo de part culas que voc construiu at esta aula Crit rio 1 Crit rio 2 2 ESTADO FISICO Sensorial Forma e volume Modelo de part culas SOLIDO L QUIDO GASOSO Recursos did ticos Roteiro do estudante Texto A teoria cin tica dos gases Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da pa
111. o econ mico ao destacar esse mecanismo e afirmar que certos aparatos possuem intencionalidade seu relato se caracteriza como uma concep o de tecnologia humanamente controlada e carregada de valores Segundo Feenberg 2002 esta uma vis o cr tica da tecnologia e ampara se na cren a de que a a o humana pode transformar a sociedade tecnol gica em um lugar melhor para se viver Ao contr rio das concep es tradicionais apresentadas a teoria cr tica da tecnologia define a a partir da rela o que ela possui com a sociedade moderna Segundo essa concep o as ideias de que a tecnologia seja neutra aut noma ou de que apresenta consequ ncias catastr ficas para a humanidade s o postas parte A tecnologia desenvolve se historicamente e compreendida a partir do modo como estrutura o mundo social por meio dos servi os que presta aos indiv duos A atividade tecnol gica por isso definida como pertencente na ordem sociopol tica do mundo moderno e desta forma tal como a lei a economia a cultura e as pr prias 161 institui es encontra se sujeita a transforma es suscet veis a o humana FEENBERG 2002 De acordo com teoria cr tica os valores incorporados na tecnologia podem ser socialmente definidos e n o s o representados adequadamente por conceitos abstratos tais como a efici ncia ou o controle Desse modo o problema n o reside na tecnologia como tal mas na busca em criar institui es aprop
112. o que faz menos mal a nossa sa de QF11 al m de saber comprar e limpar corretamente tem que saber da qualidade do que acontece dentro do equipamento se isso mesmo que precisamos e o custo do equipamento tamb m importante QF 12 Sim porque com o decorrer das aulas eu pude aprender que um ar condicionado ou um purificador de ar tem que ser limpos frequentemente e a melhor escolha para um ar condicionado aquele que permite que o comprador possa realizar a limpeza com facilidade Se o ar condicionado estiver sujo e mal cuidado as chances de pegar uma doen a v o aumentar QF13 As diferen as entre cada um dos equipamentos pode passar despercebida para a maioria de n s mas elas existem Al m disso podemos levar em conta e avisar as pessoas pr ximas do perigo de cada um deles e tamb m da pouca influ ncia que purificadores naturais exercem no ambiente como plantas A compra deve ser feita levando em considera o a pot ncia o n mero de pessoas na casa o tamanho do espa o nada que libere oz nio etc QF14 Categorias definidas a priori Alfabetiza o Tecnol gica Cultural Unidades de Significado A reflex o sobre a tecnologia para que ela foi feita para que est sendo usada e o que ser dela no futuro tem um car ter muito peculiar afinal aqui discutido sobre uma cria o propriamente humana n o como falar de pol tica ou metaf sica por exemplo Di
113. outros tipos que s o usadas na guerra porque essas s t m o objetivo de matar ou ferir D156 QUADRO 9 A TECNOLOGIA OS VALORES E AS CAPACIDADES HUMANAS FONTE O Autor 2015 No primeiro relato D149 o estudante alega que praticamente tudo ao nosso redor tecnologia e que segue seus pr prios caminhos n s nos adaptamos a ela e somos influenciados por ela apresentando uma vis o determinista de tecnologia Para Feenberg 2002 esta concepc o neutra e aut noma da atividade tecnol gica resulta de uma compreens o funcional que acredita no avango tecnol gico como forca motriz da humanidade Os deterministas defendem que a tecnologia n o humanamente controlada e que ao contr rio molda a sociedade atrav s das exig ncias de efici ncia e progresso do mundo moderno Segundo essa concepc o os avancos tecnol gicos sempre agem no sentido de melhorar a vida de todos e se configuram como imperativo do progresso Nosso papel nesse contexto n o o de adaptar a tecnologia s nossas necessidades e sim de nos adaptarmos a ela Do ponto de vista determinista o n o cumprimento social das restri es que s o impostas pela tecnologia implica em restri o do progresso ou diminui o de sua efici ncia a efici ncia que direciona toda atividade tecnol gica e nela que repousa a confian a no progresso humano Segundo Winner 1986 essa postura pode ser caracterizada como uma esp cie de sonambulismo t
114. para a manuten o desses espa os Conte dos privilegiados S ndrome dos Edif cios Doentes e Qualidade do Ar Climatizado Orienta o did tica Para oportunizar reflex es a respeito da SED utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial organiza o e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial A aula se iniciar atrav s da introdu o de alguns questionamentos 1 Onde respiramos um ar mais puro dentro de um shopping center ou andando na rua em Arauc ria 2 Voc s j ouviram falar em S ndrome do Edif cio Doente 3 Como voc s descreveriam um pr dio doente Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e haver uma breve discuss o com o objetivo de levantar d vidas em rela o qualidade do ar que respiramos em ambientes climatizados Organiza o do conhecimento Logo ap s o questionamento inicial os alunos assistir o um v deo sobre os perigos associados a manuten o do ar 256 climatizado durac o 6 min Em seguida reunidos em duplas os alunos realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da mediac o do professor construir o suas respostas relati
115. participac o ativa em debates sociais explicando a utilidade e a problem tica das transforma es globais atreladas Qu mica contribuindo para sua alfabetiza o cient fica e tecnol gica No entanto somente conhecimentos rudimentares como a leitura e a escrita n o s o mais suficientes para a autonomia do sujeito imerso neste meio totalmente influenciado pelas tecnoci ncias e a ACT entendida como o conhecimento indispens vel em um mundo cada vez mais impregnado de tecnologia e em uma sociedade caracterizada pela informa o FOUREZ et al 1997 As consequ ncias do analfabetismo cient fico e tecnol gico s o muito mais perigosas em nossa poca do que em qualquer outro per odo anterior Nesse sentido Bocheco 2011 esclarece que Em determinados momentos uma tomada de decis o individual isenta de conhecimentos cient ficos e tecnol gicos pode ocasionar riscos popula o Um cidad o que decide pela automedica o toma uma decis o arriscada por desconhecer a rela o do corpo humano com subst ncias qu micas Um pescador que negligencia o car ter probabil stico da previs o do tempo e se lan a ao mar poder correr riscos por desconhecer as limita es que cercam os equipamentos tecnol gicos BOCHECO 2011 p 22 Embora haja clareza de que as situa es de risco como as mencionadas pelo referido autor exigem a articula o de saberes e conhecimentos de diferentes reas para sua compreens o n o po
116. por causa do ar condicionado mas descobrimos que dentro dos pr dios mais polu do e causa at doen as D110 A vida nos ambientes fechados bem complicada pois existem dificuldades para circula o do ar e por isso tem mais chance de aparecer bact rias Para evitar esses riscos temos que trocar os filtros que existem no ar condicionado e limp lo mais vezes Eu gostei dessa aula pois consegui entender bem o assunto E um assunto que convivemos e muitas vezes n o prestamos aten o D115 A aplica o do conhecimento foi realizada mediante um exerc cio que propunha a an lise de um gr fico relacionando a taxa de absente smo faltas ao trabalho antes e depois da mudan a para um edif cio com ventila o inadequada Os alunos n o apresentaram dificuldades para responder corretamente quest o proposta Articula o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetiza o cient fica pr tica por meio da compreens o dos par metros de QAI 16 Dispon vel em lt http www youtube com watch v mmYNf FOdRI gt Acesso em 06 ago 2013 119 recomendados pela legislac o atual e potencial para alfabetizac o cient fica c vica ao oportunizar discuss es sobre atitudes e alternativas para se evitar ou minimizar os efeitos nocivos da polui o do ar em interiores bem como reflex es sobre o modo como as patologias relacionadas a polui o do ar interior interferem na qualidade de vida das pes
117. por diversos fatores provis ria suscet vel de reformula o e reconstru o Conte dos privilegiados Natureza da ci ncia Orienta o did tica Para oportunizar reflex es a respeito da natureza da ci ncia utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial organiza o e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial a aula se iniciar atrav s da introdu o de alguns questionamentos 1 Como s o constru das as teorias cient ficas Como voc imagina que foi constru da a atual teoria cin tica dos gases 2 O que preciso para se chegar a um fato cient fico 3 Existem fatores externos comunidade cient fica que interferem no desenvolvimento da ci ncia Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e o professor encaminhar os alunos para a leitura do texto de apoio e an lise do roteiro do estudante Organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da 247 mediac o do professor construir o suas respostas relativas sess o Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discuss es
118. poss vel controlar seu desenvolvimento Os outros estudantes concordaram com a hip tese apresentada pelo colega e houve um consenso em rela o influ ncia da temperatura na rapidez das rea es Perguntamos se al m haveria outro fator capaz de influenciar na rapidez das rea es mas nenhuma outra hip tese foi levantada A etapa de problematiza o inicial durou aproximadamente 4 minutos e em seguida pedimos aos alunos que se reunissem em equipes para a realiza o de dois experimentos relativos a sess o de organiza o do conhecimento Foram formadas tr s equipes e cada uma delas realizou simultaneamente os dois experimentos O primeiro experimento investigava a influ ncia da temperatura na rapidez das rea es atrav s da introdu o de peda os de comprimido efervescente em copos com gua fria quente e temperatura ambiente O segundo experimento foi realizado atrav s da inser o de dois peda os similares de um comprimido efervescente em 213 copos com gua Um dos pedacos foi triturado e o outro foi colocado inteiro em dois copos com gua a temperatura ambiente Este experimento investigava a influ ncia da superf cie de contato na rapidez das reac es Assim como nas aulas anteriores em que houve a realizac o de experimentos pr ticos notamos um grande envolvimento dos alunos nas atividades propostas Eles participaram ativamente da execuc o e da discuss o dos experimentos Conv m ressaltar que durante a prim
119. problematizac o inicial encerrou se rapidamente Logo a seguir apresentamos as experi ncias pr ticas para an lise Desse modo a organizac o do conhecimento se deu atrav s da an lise e discuss o de experimentos propostos por Santos e M l 2010 e realizados em sala sob a orienta o do professor Segue a descri o das pr ticas 1 Experimento Os alunos reunidos em equipes e auxiliados pelo professor investigaram a influ ncia da concentrac o dos reagentes na velocidade das reac es qu micas A experi ncia foi realizada com a inserc o de dois pedacos de l de aco em tubos de ensaio com o reagente sulfato de cobre penta hidratado em diferentes concentrac es Ap s a realizac o do experimento os alunos reunidos em suas equipes analisaram os resultados obtidos respondendo aos questionamentos propostos Mais uma vez houve notamos que houve bastante interesse nos alunos na condu o das atividades experimentais Eles se mostraram particularmente interessados na manipula o dos equipamentos e das vidrarias em especial no uso da pipeta volum trica e da pera de suc o para a prepara o das solu es iniciais Quanto an lise dos resultados do experimento os estudantes n o apresentaram dificuldades para associar a maior rapidez da deposi o com o incremento da concentra o No entanto o fator que mais causou lhes causou estranheza foi a diferen a de densidade entre as solu es evidenciada pelo fato de que e
120. profundidade as concep es dos alunos optamos pela pesquisa qualitativa Segundo Andr 1988 p 16 os fen menos humanos e sociais s o muito complexos e din micos o que torna quase imposs vel o estabelecimento de leis gerais como na f sica e na biologia e desse modo faz se necess rio dispor de mecanismos que priorizem a interpretac o dos fatos sua simples mensurac o Com este intuito no presente cap tulo pretendemos esbocar a opc o metodol gica adotada para a pesquisa Aqui tamb m caracterizaremos o contexto de aplica o os instrumentos e a t cnica utilizada para constitui o e an lise dos dados obtidos na investigac o 3 1 A Metodologia de Pesquisa At o presente momento tivemos nos concentrado em apresentar a fundamenta o te rica que norteia nossa pesquisa esperando que a mesma al m de dar suporte nossa proposta de ensino tamb m possa indicar caminhos a professores que buscam novas pr ticas docentes voltadas educac o cient fica e tecnol gica Todavia neste momento nossa preocupac o metodol gica avancar para al m do dom nio das discuss es pedag gicas visto que a consecuc o dos objetivos 86 de uma pesquisa est intimamente relacionada ao processo de constituic o dos dados sua an lise e interpretac o SEVERINO 1996 Desse modo pretendemos a seguir explicitar a nossa opc o metodol gica para constituir os dados de nossa pesquisa e assim poder responder quest o centra
121. propostas Durante a retomada dos questionamentos e discuss o das atividades no grande grupo notamos a disposi o dos estudantes em participar expondo suas respostas e comentando alguns pontos do texto A etapa de organiza o do conhecimento durou aproximadamente 30 minutos e para a aplica o do conhecimento solicitamos aos alunos que respondessem individualmente uma quest o que apresentava uma propaganda de um aparelho de purifica o de ar Esta etapa durou aproximadamente 12 minutos e ap s a entrega da quest o resolvida pelos alunos reunimos novamente o grande grupo para discutir o exerc cio proposto Os alunos n o apresentaram dificuldades para resolver a atividade e foram un nimes em afirmar que a propaganda era enganosa Acreditamos que a aula cumpriu seus objetivos e ficamos satisfeitos ao perceber o senso cr tico dos estudantes na discuss o das quest es propostas no texto e sobretudo na an lise da quest o de aplica o do conhecimento onde houve a discuss o em torno das inten es das propagandas veiculadas nos meios de comunica o e do perigo do oz nio presente nas camadas mais pr ximas da atmosfera DI RIO DE AULA 11 04 11 2013 A d cima primeira aula da unidade did tica intitulada Filosofia da tecnologia teve como objetivo discutir os impactos da tecnologia na sociedade atual e refletir sobre seus usos valores e influ ncias Esta aula se caracterizou por um car ter dial gico e foi utilizado um texto
122. purifica o de ar Voc se acha capaz de auxiliar seus pais a comprar um destes equipamentos Por que Juslifique sua resposta 6 Voc acredita que importante discutir a influ ncia da tecnolog a na sociedade atual Por que N s podemos ajudar a decidir os caminhos da tecnologia cu ela segue seus pr prios caminhos independente de nossa opini o Justifique sus resposta FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF14 349 2 Voc acredita que seja importante estucar a tem tica da Qualidade do Ar Interior Como a compreens o dos agentes a perigos da polui o interior pode auxiliar no seu dia a dia Existe alguma utilidade pr tica para os assuntos re ifivos ao tema Justifique sua resposta _ Y Adi AJ t E e act 1 roll I dnde Y dai uale FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF15 AP NDICE 8 UNIDADES DE SIGNIFICADO E CATEGORIAS Categorias definidas a priori Alfabetiza o Cient fica Pr tica S Dia Categorias Unidades de Significado ize g Intermedi rias O que eu aprendi sobre essa aula que o ar pode causar muitos problemas a nossa sa de A relac o do mesmo o ar que est dentro de nossa casa que o ar interior tem sido a causa de doencas e de t id riscos para a sa de da populac o e que muitos n o t m essa noc o e n o se preocupam muito ema com a vida com isso muitos dos nossos aparelhos dom sticos est o contribuindo para que a nossa cotidiana sa de piore com o ar que
123. qualidade de vida tendo em vista a expectativa de vida humana Vivemos mais mas vivemos bem O ser humano provou de uma vez por todas que possui um intelecto incr vel ao conceber tais tecnologias Falta descobrir se a capacidade humana ser capaz de controlar o que sai da sua imagina o D148 Praticamente tudo ao nosso redor tecnologia desde a luz de dentro de casa at as armas que os militares usam tem tecnologia para o bem e para o mal A tecnologia segue seus pr prios caminhos e n s nos adaptamos a ela somos influenciados por ela D151 A aplica o do conhecimento foi realizada com a retomada dos questionamentos iniciais e de discuss es orientadas com intuito de refletir sobre a maneira como nos relacionamos com a tecnologia e como podemos influenciar em seus caminhos Articula o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetiza o tecnol gica c vica e cultural por meio da reflex o sobre a natureza da tecnologia sua interfer ncia em nossa percep o e intera o com a realidade bem 124 como as relac es de neutralidade intencionalidade e autonomia controle dos diversos aparatos tecnol gicos que fazem parte de nossa vida Aula 12 A Cin tica das Rea es e o Modelo de Part culas Esta aula se destinou a abordar a cin tica qu mica pela tica do modelo de part culas O estudo foi realizado mediante a an lise da influ ncia da temperatura e da superf cie de contato na rapid
124. que os mesmos n o s o suficientes para cumprir com os objetivos educacionais das abordagens com Enfoque CTS 175 Com a intenc o de buscar um enquadramento mais abrangente assumimos como diretriz prim ria a utilizac o de uma s rie de par metros de alfabetizac o cientifica e de alfabetizac o tecnol gica para nortear a construc o e desenvolvimento de nossa inserc o did tico pedag gica Buscamos assim ao discutir quest es relacionadas ao desenvolvimento cient fico tecnol gico e suas implica es sociais propiciar aos educandos reflex es sobre a ci ncia a tecnologia e a sociedade bem como caracterizar a import ncia dessas reflex es para sua formac o Consideramos que esta opc o foi essencial para cumprir com as metas propostas para nossa investigac o Independentemente do referencial te rico que as balize muito embora reiteramos a necessidade de diretrizes qualquer proposta did tica com Enfoque CTS precisa necessariamente contemplar os sentidos e significados atribu dos a cada um e ao conjunto dos elementos que comp em a tr ade CTS Em linhas gerais percebemos atrav s da an lise das produ es textuais dos estudantes que o estudo dos conte dos de Qu mica articulados tem tica da QAI por meio de uma abordagem com Enfoque CTS cumpriu grande parte dos objetivos elencados pelos par metros de ACT Apesar do contexto de interven o ser apenas de 14 aulas a an lise dos dados constitu dos indica uma perturba
125. que tudo qu mica Por m o melhor de tudo que n o encaro mais a ci ncia como s contas mas como algo mais Envolve n o s significados e axiomas mas o uso e a interpreta o da linguagem e do mundo que nos cerca QF 14 Percebemos nos fragmentos destacados que a ci ncia e as disciplinas cient ficas deixaram de ser vistas apenas como disciplinas chatas complicadas e descontextualizadas A atividade cient fica passou a ser encarada como um meio para 150 interpretac o da realidade da linguagem e do mundo QF14 constituindo se assim em um mecanismo de aprimoramento pessoal que est ao alcance de todos Acreditamos que a admirac o pela ci ncia demostrada em algumas das produ es textuais dos estudantes se configura como mais uma etapa de um processo de alfabetiza o cient fica cultural a partir do qual apesar do reconhecimento das limita es e contradi es presentes na constru o e desenvolvimento do conhecimento cient fico a ci ncia ainda entendida como uma ferramenta necess ria para a compreens o do mundo em que vivemos 4 3 4 Alfabetizac o Cient fica Profissional Esta categoria foi constru da para analisar ind cios de que o desenvolvimento da proposta did tica incentivou os estudantes para o trabalho com a ci ncia ou em reas correlatas A dimens o profissional de um processo de alfabetizac o cient fica busca enfatizar a import ncia econ mica de determinado tem
126. qui Te UNA y SU Vag DI RIO DE BORDO D146 324 P i S Adj da M imigino o DI RIO DE BORDO D148 325 q 1 Pu la y 3 PA 4091 Cu Ca O Tw LE wo AnA 21 PLA gt 2 man QWAN y nO ue A LU ION uu CUYA 2 UI PS e OURO QUO QAMOA MAS 4 E quando Loma suo Hoton mibvaminty 4 Ny RM Y LIS QA Udo Y Jom suado Y ME AAN P er pt JUS Ann Doo Hg dsg dupla art un Ao NO m diria DI RIO DE BORDO D149 326 UTE inca E jue sstregimramels malo Leme dla wui cam a Gindego de po Lia nns pinh dera gyak mua els mon Secus que mod DI RIO DE BORDO D150 DI RIO DE BORDO D155 328 DI RIO DE BORDO D156 329 Torno tu ponto de vta ul i alu usina Lom sa sramplo da MOV 4 c bombo uu ocho gue Y cauagado de oleo vs Av ore vijl a que a di Jowt panoa Da R ud a queda var valido ch ooo mentos aS uo mal uno dla pu vous DI RIO DE BORDO FRENTE E VERSO D158 330 DI RIO DE BORDO D167 DI RIO DE BORDO FRENTE E VERSO D171 331 332 Fei opum a Rda cinni eu A MI ms codo qu o persa qu micos ex pio we Uma podr Ata pau Amn eminada dos sad ima ninoi uiu EIA E DI RIO DE BORDO D177 333 Padwa acalma Lima ma o quimico agoe cum DI RIO DE BORDO D180 334 DI RIO DE BORDO D181 335 DI RIO DE BORDO D189 336 DI RIO DE BORDO D190 2 Em rela o u
127. s sobre a limpeza do aparelho que precisamos tomar cuidado com a maneira de us lo Se usarmos de maneira errada podemos poluir ainda mais o ar interior Tamb m precisamos tomar cuidados com produtos de limpeza pois o cheiro muito forte e muitas vezes faz mal sa de QF08 Com a compreens o dos perigos da polui o fica mais f cil de entender os riscos os agentes causadores da polui o e com isso agir de acordo com o que aprendemos na sala de aula QF12 importante pois estamos expostos a perigos irrevers veis que podem levar morte O pior dos problemas nos edif cios doentes que n o podemos saber que estamos expostos Muitas vezes nos deparamos com situa es desconfort veis ou mal estar nesses locais e n o sabemos o porqu Na realidade a manuten o prec ria os filtros n o atendem demanda etc QF17 Uma coisa que achei muito legal foi a ltima pergunta sobre a Serra do Mar Nossos ouvidos tampam quando descemos a serra O ar comprime o ouvido formando um tamp o at nos acostumarmos com a press o do ar exterior D033 No segundo experimento fizemos uma bexiga encher sozinha Isso acontece porque aquecendo as mol culas come am a se locomover rapidamente e isso vai enchendo a bexiga Quanto mais quente mais r pido as mol culas se locomovem D039 Gostei muito dessa aula pois esses assuntos s o para refletir coisas que est o no nosso dia a dia e
128. s acham que poss vel que o ar dentro de casa se torne polu do 3 Voc s j ouviram falar em polui o do ar interior 4 Voc s conhecem alguma subst ncia que pode contaminar o ar interior 5 De onde vem os poluentes do ar interior 6 Como podemos controlar a polui o do ar interior Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e haver uma breve discuss o com o objetivo de levantar d vidas em rela o qualidade do ar que respiramos em ambientes fechados Organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da media o do professor construir o suas respostas relativas sess o Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Aplica o do conhecimento a aplica o do conhecimento se dar a partir da retomada das quest es propostas na problematiza o inicial e atrav s de uma atividade proposta pelo ENEM no ano de 2003 adaptada que prop e uma reflex o sobre os perigos de gases associados a polui o interior e que podem ser produzidos pela manipula o incorreta dos produtos de limpeza ATIVIDADE PROPOSTA Produtos de limpeza indevidamente guardados ou manipulados est o entre as principais causas de acidentes dom sticos Leia o relato de u
129. ser um fator que influencia o julgamento das pessoas quanto qualidade do ar interior QAI e os seus efeitos sa de A OMS contabilizou a PERIGOS EM NOSSA CASA contribuic o de v rios fatores de Segundo a EPA as principais fontes de risco para o desenvolvimento de contamina o do ar interior nas resid ncias s o as doen as e determinou que a poeiras encontradas nos travesseiros m veis carpetes pel cias tapetes cobertores e roupas de cama mofo encontrados nos banheiros e locais midos da casa mon xido de carbono emitido polui o do ar interior o 8 fator de risco mais importante sendo respons vel por 2 7 do por lareiras ou fog es fuma a de cigarro COVs conjunto de casos doen as no provenientes do armazenamento de produtos de Mundo OMS 2010 Tamb m a limpeza nos arm rios pesticidas normalmente EPA atrav s do Science utilizados para evitar insetos dentro de casa e Advisory Board SAB emiss es de rad nio nos por es o rad nio um classificou a polui o do ar g s t xico que pode entrar nas casas atrav s de interior entre os cinco principais aberturas ou rachaduras no subsolo das riscos ambientais para a sa de resid ncias 224 A contaminac o do ar interior pode ter origem tanto no interior do pr prio edif cio como no exterior Algumas fontes de polui o do ar interior incluem para al m do ar exterior o organismo humano a sobre ocupa o do local defici ncias
130. sobre o texto Ao t rmino das discuss es a turma foi organizada em um grande grupo para socializar as conclus es dos estudantes e discutir o tema sob a mediac o do professor Os estudantes demonstram em seus di rios que compreenderam as propriedades e utilidades dos catalisadores em diversas rea es e processos industriais Segundo esses relatos O catalisador tem muitas vantagens como a opera o do processo em temperaturas e press es menores poupando se custos Outro aspecto importante que o catalisador engendrado para ter alta seletividade para o produto requerido para minimizar produtos secund rios Al m de levar a um uso mais eficiente dos recursos do ponto de vista econ mico tamb m reduz a quantidade de rejeitos o que melhor para o meio ambiente D189 um catalisador pode ser uma subst ncia um substrato ou um equipamento sempre depende de como ser utilizado Ele nunca participa de uma rea o qu mica O processo de um catalisador pode 129 ser operado em temperatura e press o menores e isso ajuda a economizar energia e reduzir custos Outra vantagem importante que o catalisador pode ser til para a alta seletividade assim a pessoa poder concentrar em maior quantidade o produto mais importante e com isso reduz a quantidade de rejeitos o que melhor para o meio ambiente D190 A aplicac o do conhecimento foi realizada por meio da retomada do questionamento inicial e de discuss es orie
131. t MINIST RIO DA EDUCA O UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN U F P R SETOR DE CI NCIAS EXATAS PROGRAMA DE P S GRADUA O EM EDUCA O EM CI NCIAS E EM MATEM TICA 3IDADE FE PARAN PARECER Defesa de Disserta o de SILVANEY DE OLIVEIRA intitulada LIMITES E POTENCIALIDADES DO ENFOQUE CTS NO ENSINO DE QU MICA UTILIZANDO A TEM TICA QUALIDADE DO AR INTERIOR para obten o do T tulo de Mestre em Educa o em Ci ncias e em Matem tica De acordo com o Protocolo aprovado pelo Colegiado do Programa a Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados arguiu nesta data o candidato acima citado Procedida argui o a Banca Examinadora de Parecer que o candidato est apto ao T tulo de MESTRE EM EDUCA O EM CI NCIAS E EM MATEM TICA tendo merecido as aprecia es abaixo BANCA ASSINATURA APRECIA O 3 7 Prof Dr Orliney Maciel Guimar es orientadora Prof Dr Rosemari Monteiro Foggiatto Silveira Prof Dr Jo o Amadeus Pereira Alves l3 prova Apuovado Curitiba 27 de Margo de 2015 Prof Dr Carlos Roberto Vianna Coordenador do Programa de P s Graduac o em Educa o em Ci ncias e em Matem tica Centro Polit cnico s n Edif cio da Administra o 4 Andar CEP 81 531 990 CP 19 081 Jardim das Am ricas Curitiba PR ppgecmQufpr br www ppgecm ufpr br A minha filha Yasmin por se fazer presente mes
132. tendo em mente que no contexto da educac o b sica o desafio da sala de aula alfabetizar os alunos cient fica e tecnologicamente identificamos a necessidade de um ensino que incorpore al m dos pressupostos de alfabetizac o cient fica as m ltiplas dimens es da educac o tecnol gica natureza linguagem conceitos e aspectos s cio tecnol gicos A partir desta constatac o elegemos os par metros sugeridos por Bocheco 2011 como norteadores de nossa proposta de abordagem CTS e a seguir explicitamos suas principais caracter sticas 1 3 3 1 Par metros de Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica Os quatro par metros de alfabetizac o cient fica utilizados por Bocheco 2011 s o a alfabetizac o cient fica pr tica a alfabetizac o cient fica c vica a alfabetizac o cient fica cultural e a alfabetiza o cient fica profissional ou econ mica Enquanto a alfabetizac o cient fica pr tica envolve conhecimentos de utilidade imediata para situa es cotidianas a c vica engloba saberes teis para processos de tomada de decis o em rela o s implica es do conhecimento cient fico em situa es individuais e coletivas J a alfabetiza o cient fica cultural envolve conhecimentos que apesar de normalmente n o apresentarem utilidade imediata auxiliam em processos decis rios e modificam o modo como as pessoas encaram o conhecimento e a atividade cient fica Por fim a dimens o profissional de alfabetiza
133. ter l dico e motivacional da pr tica Meu grupo comecou com a caixa n mero 1 chacoalhamos bastante e n o ouvimos barulho algum achamos que pudesse ter algod o Depois o professor abriu a caixa e descobrimos que tinha uma bexiga cheia Nem passou pela nossa cabe a que tivesse isso l dentro Eu gostei muito da aula foi uma coisa diferente sempre tive curiosidade em saber como seria uma aula com coisas novas diferentes e essa aula foi uma dessas E legal de se fazer e d mais vontade de aprender D064 Essa aula foi muito interessante e legal pois fizemos um jogo com quatro caixas de papel o e t nhamos que adivinhar o que tinha dentro das caixas sem abri las Eu achei a aula bem legal diferenciada das outras e eu estou entendendo bem mais a mat ria de qu mica do que antes D065 Na aula hoje estudamos sobre o modelo cient fico e de como ele criado O professor nos deu quatro caixas fechadas e a gente tinha que adivinhar ou chegar pr ximo ao objeto que estava l dentro E nessa brincadeira podemos entender como o modelo cient fico estudado que nem sempre o modelo exatamente como n s vemos que ele se assemelha ao real E uma forma de entendermos como e podermos estudar com maior facilidade e entendimento A aula foi muito divertida e clara No meu ponto de vista pude entender melhor como feito o modelo cient fico D067 A aplica o do conhecimento se deu por meio de um exerc c
134. um tipo espec fico de sociedade dedicada a valores tais como efici ncia e poder WINNER 1986 FEENBERG 1999 Um exemplo extremo dessa vis o pessimista de tecnologia apresentado no romance Admir vel Mundo Novo de Aldous Huxley 1932 Nesse hipot tico futuro n o existe o conceito de fam lia ou religi o A tecnologia domina a humanidade e os seres humanos s o produzidos em linhas de montagem destinados a prop sitos sociais espec ficos e condicionados a viver em harmonia segundo as leis e regras de uma sociedade organizada por castas Nesse ambiente mecanicamente organizado n o h espa o para a individualidade e as pessoas s o pouco mais que engrenagens de uma grande m quina O livro apresenta o confronto entre a tradi o e o mundo moderno reiterando a impossibilidade de conviv ncia entre os valores tradicionais e os preceitos do mundo tecnol gico Trata se essencialmente de uma vis o substantivista levada ao seu extremo mas configura se em um exemplo bastante representativo do pren ncio de hostilidade para o homem representado pela tecnologia segundo esta concep o No quarto relato apresentado no Quadro 8 o estudante argumenta que podemos decidir os caminhos da tecnologia e que n o deveriam existir determinadas solu es tecnol gicas como as armas porque essas s t m o objetivo de matar ou ferir D156 Apesar do estudante considerar que o nico mecanismo de controle da atividade tecnol gica
135. um pedaco da cozida 2 Coloque 3 gotas de gua oxigenada em cada pedaco observe e anote An lise de dados 1 A gua oxigenada se decomp e naturalmente produzindo gua e g s oxig nio Essa reac o pode ter sua rapidez aumentada produzindo maior quantidade de oxig nio Represente essa reac o 2 Compare a rapidez da reac o ocorrida em cada placa de Petri O que diferenciou a rapidez das rea es 3 Como voc chamaria o fator que alterou a rapidez da reac o 282 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 2 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 14 Introduc o Nesta aula discutiremos o conceito dos catalisadores O estudo ser realizado atrav s de uma an lise do princ pio de ac o dos catalisadores e de sua influ ncia na rapidez das rea es qu micas 2 Conte do Espec fico Cin tica Qu mica 3 Durac o 50 min Objetivos Compreender a influ ncia dos catalisadores na rapidez das rea es qu micas 5 Conte dos privilegiados Catalisadores 6 Orienta o did tica Para discutir caracter sticas dos catalisadores a utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial organiza
136. 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial sistematiza o e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial A aula se iniciar atrav s da introdu o de alguns questionamentos 1 Nas ltimas aulas discutimos as funcionalidades e limita es de aparatos eletr nicos que se prop em a melhorar a qualidade do ar interior Hoje vamos encarar a mesma tem tica de um ngulo diferente vamos falar de Tecnologia com t mai sculo Voc j parou para pensar sobre a influ ncia da tecnologia no seu dia a dia Como a tecnologia interfere na sua vida 2 Ser que discutir tecnologia se resume a falar de equipamentos eletr nicos Afinal como definir tecnologia Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es e haver uma breve discuss o sobre o tema O professor encaminhar os alunos para a leitura do texto de apoio e an lise do roteiro do estudante Organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da 273 mediac o do professor construir o suas respostas relativas sess o Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser
137. 5 356 Nesta aula discutimos e aprendemos a diferenca entre vaporizadores umidificadores e ar condicionado Suas diferengas para a nossa sa de H in meras marcas modelos e vantagens assim como desvantagens Acho importante aulas assim E mais f cil de entender D128 Essa aula eu achei muito interessante pois sempre achei que os purificadores de ar melhoravam muito a qualidade do ar e as plantas tamb m mas vi que estava enganado D135 Na aula de hoje estudamos sobre aparelhos de purifica o do ar Um assunto muito legal que eu n o sabia s conhecia os aparelhos de ar condicionado Mas tamb m n o s o t o eficientes como deveriam Tem v rios tipos de purificadores como o removedor de part culas removedores de g s e at mesmo as plantas Mas eles podem sim ajudar com a purifica o do ar sempre tendo uma ventila o adequada e reduzindo as fontes de polui o Uma descoberta bem legal tamb m foi a de um aspirador que remove as part culas de p e tamb m prende micro organismos ajudando na limpeza D136 Alguns aspiradores de p utilizam filtros do tipo HEPA Esse tipo muito bom porque eles s o projetados para reter as part culas que fazem mal sa de enquanto as vassouras e espanadores levantam part culas de poeira e dispersam caros pelo ar D138 Nesta aula falamos sobre os aparelhos para purifica o do ar interior Existem muitos aparelhos para a es
138. 7 802 2012 NASCIMENTO T G LINSINGEN I Articulac o entre o enfoque CTS e a pedagogia de Paulo Freire como base para o ensino de ci ncias Converg ncia Toluca v 13 p 95 116 2006 NIEZER T M Ensino de solu es qu micas por meio da abordagem ci ncia tecnologia sociedade CTS Dissertac o de Mestrado Mestrado Profissional em Ensino de Ci ncia e Tecnologia Universidade Federal Tecnol gica do Paran Ponta Grossa 2012 NORRIS S P PHILLIPS L M How literacy in its fundamental sense is central to scientific literacy Science Education v 87 n 2 p 224 240 2003 OGIBOSKI V Reflex es sobre a tecnoci ncia uma an lise cr tica da sociedade tecnologicamente potencializada Dissertac o Mestrado em Ci ncia Tecnologia e Sociedade Universidade Federal de S o Carlos S o Carlos 2012 OLIVEIRA C M A CARVALHO A M P Escrevendo em aulas de ci ncias Ci ncia amp Educa o Bauru v 11 n 3 p 347 366 2005 Dispon vel em lt http www scielo br pdf ciedu v1 1n3 01 pdf gt Acesso em 30 10 2014 OMS Programmes and projects indoor air pollution 2008 Guidelines for Indoor Air Quality Dampness and Mould 2009 Dispon vel em lt http www euro who int __data assets pdf file 0017 43325 E92645 pdf gt Acesso em 22 nov 2013 Household air pollution and health Fact sheet n 292 2014 Dispon vel em lt http www who int mediacentre factsheets fs292 en gt Acesso em
139. 74 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA A aula programada para durar 50 minutos iniciou com cerca de 5 minutos de atraso O professor da aula anterior solicitou alguns instantes para finalizar uma atividade e isso ocasionou o atraso no in cio de nossa s tima aula Antes de recolhermos os di rios da aula anterior solicitamos aos alunos que tivessem mais empenho na produ o dos seus di rios Percebemos que alguns alunos n o estavam dando a devida import ncia as suas reda es e que seus textos apresentavam se demasiadamente sucintos Pedimos mais seriedade na realizac o da atividade e salientamos que n o esper vamos respostas corretas apenas um n mero maior de impress es pessoais e de descri es Alguns alunos argumentaram que n o tiveram tempo de redigir seus di rios no dia da aula e que quando resolveram escrev los j n o lembravam de muitos detalhes Reiteramos que os di rios deveriam ser produzidos logo depois da aula preferencialmente no mesmo dia e sugerimos que uma maneira de auxiliar no seu detalhamento seria atrav s de anota es realizadas durante as aulas Depois do recado fizemos uma breve retomada dos princ pios da teoria cin tica dos gases e perguntamos aos alunos se as hip teses apresentadas eram v lidas para todos os gases em quaisquer situa es esta a etapa de problematiza o inicial descrita no plano de aula Os alunos foram un nimes em afirmar que estas h
140. 996 Educac o em qu mica compromisso com a cidadania 3 ed lju RS Ed Uniju 2003 SANTOS W L P et al Qu mica e sociedade um projeto brasileiro para o ensino de qu mica por meio de temas CTS Educaci Qu mica n 3 p 20 28 2009 SANTOS W L P M L G S Coord Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implica es sociais v 1 18 ed S o Paulo Nova Gera o 2010 SASSERON L H CARVALHO A M P Almejando a alfabetiza o cient fica no ensino fundamental a proposi o e a procura de indicadores do processo Investiga es em Ensino de Ci ncias n 3 v 13 p 333 352 2008 SCHNETZLER R P ARAG O R M R Import ncia sentido e contribui es de pesquisas para o ensino de qu mica Qu mica Nova na Escola n 1 p 27 31 1995 SEPKA F H Recep o transmiss o e processamento de dados aplica o de uma sequ ncia did tica no ensino m dio de f sica estruturada sob a perspectiva CTS Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2004 SEVERINO A J Metodologia do trabalho cient fico S o Paulo Cortez 1996 SHEN B S P Science literacy In American Scientist v 63 p 265 268 may jun 1975 SILVA M J O ensino de CTS atrav s de revistas de divulga o cient fica Disserta o Mestrado em Educa o Cient fica e tecnol gica Universidade Federal de Santa Catar
141. Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial organiza o do conhecimento e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial a aula se iniciar atrav s da introdu o do seguinte questionamento Existem outros fatores al m da temperatura e da superf cie de contato dos reagentes capazes de aumentar a rapidez de uma rea o Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e o professor apresentar as experi ncias pr ticas para an lise Organiza o do conhecimento para a organiza o do conhecimento s o propostos dois experimentos 1 Experimento Os alunos reunidos em equipes e auxiliados pelo professor ir o investigar a influ ncia da concentra o dos reagentes na velocidade das rea es qu micas A experi ncia ser realizada atrav s da inser o de dois peda os de l de a o em tubos de ensaio com o reagente sulfato de cobre penta hidratado em diferentes concentra es Ap s a realiza o do c 280 experimento os alunos reunidos em suas equipes realizar o a an lise da pr tica respondendo aos questionamentos propostos no roteiro do estudante 22 Experimento Neste experimento os alunos reunidos em equipes e auxiliados pelo professor ir o investigar a influ ncia dos catalisadores na velocidade das reacdes qu micas A experi ncia ser realizada da an lise da decomposic o da gua oxigenada em p
142. Como fonte complementar de dados optamos por gravar o udio de cada aula Antes do in cio do desenvolvimento das atividades da proposta did tica informamos aos estudantes de que pretend amos realizar as grava es e n o houve obje es por parte do grupo os respons veis pelos alunos autorizaram as grava es por meio de contato telef nico realizado pela equipe pedag gica da escola Esclarecemos que 93 estas grava es objetivavam apenas construir um retrato das aulas e que n o haveria nenhum motivo para que mudassem seu comportamento em sala Nesse sentido optamos pelo registro em udio e n o pelo registro em v deo de modo a n o intervir no contexto de desenvolvimento das atividades Para o registro em udio inicialmente utilizamos um dispositivo port til de forma discreta mas no decorrer do conjunto de aulas optamos por deix lo vis vel sobre a mesa do professor para facilitar a captac o das falas dos alunos Em nenhum momento os estudantes pareceram desconfort veis com este fato e houve at alguns alunos que sugeriram gravar as aulas em seus aparelhos de telefone argumentando que os dispositivos apresentavam uma boa captac o de som e que isso ajudaria ao professor Os registros em udio das aulas foram utilizados para auxiliar na constru o dos di rios do professor Ao t rmino das atividades previstas na proposta did tica foram aplicados aos estudantes dois conjuntos de quest es abertas sob a forma question r
143. Dimens o 2009 LEE T Relationship between indoor and outdoor bio aerosois collected with a button inhalable aerosol sample in urban homes Indoor Air Copenhagen v 16 p 37 47 2006 LINSINGEN I O enfoque CTS e a formac o em engenharia converg ncias curriculares Cobenge 2003 Dispon vel em lt http www abenge org br CobengeAnteriores 2003 artigos OUT660 pdf gt Acesso em 20 06 2013 Perspectiva educacional CTS aspectos de um campo em consolidac o na Am rica Latina Ci ncia amp Ensino v 1 n mero especial novembro de 2007 LORENZETTI L Alfabetizac o cient fica no contexto das s ries iniciais Dissertac o Mestrado em Educac o Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2000 Estilos de pensamento em educac o ambiental uma an lise a partir das disserta es e teses Tese Doutorado em Educa o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2008 LORENZETTI L DELIZOICOV D Alfabetiza o cient fica no contexto das s ries iniciais Ensaio v 3 n 1 p 37 50 mar o 2001 L DCKE M ANDR M Pesquisa em educa o abordagens qualitativas S o Paulo EPU 1986 186 LUZ M SABINO C MATTOS R S A ci ncia como cultura do mundo contempor neo a utopia dos saberes das bio ci ncias e a construc o midi tica do imagin rio social Sociologias ano 15 n 32 p 236 254 jan abr 2013 MARCUSCHI L A Produc o textual
144. E BORDO FRENTE E VERSO D113 DI RIO DE BORDO D114 313 mo vho 24 40 13 O domo da subo Jai udiotian dorit 2 graon uaa um indo gara dayo dm duplo a DI RIO DE BORDO D115 DI RIO DE BORDO D116 DI RIO DE BORDO D118 314 315 DI RIO DE BORDO D122 316 DI RIO DE BORDO D123 317 QUINA LOW PUUAINES tennis macia 4 orleans e poney a e T o N ATDS YE Mutis utens dades EK M DES ANG BI humos Uma du daa NON m A na n mico Aa km Dos de non vm alto 19 alos aa solitis uma m frio Duce Y S ua apen Dd a ac love e a ld E A Ax aa Tara cmo aros Ao 2 tan E cun 2o dnte meta T As Ane ms NN ls 3 SNN eg E a soci da tum recto raza menes po zet Mwnekovl aulos Ou E moss k zl de ulimdan DI RIO DE BORDO D128 DI RIO DE BORDO D133 318 vo ra Maua PURO pou m mus da Ap pl uu molta sl cen Hora AS TS ON Corda evecda Tm mual mula quis da aX mee o odas v TOS Jada dame um LUMINOSO OX YN LOM cendo credo SA US Ov SIDA Juega num emi SALOS PAD AZ RSmpon S a mua LOLA gu pau nal vali mirma A uolelon y vos erouciorada MANS DI RIO DE BORDO FRENTE E VERSO D134 319 O O e x SI LA v An Lyn AD RALO r 4 DC L6 D DI RIO DE BORDO D136 320 DI RIO DE BORDO D138 321 pi G apanlhos de pu progo de ar DI RIO DE BORDO D142 322 DI RIO DE BORDO D144 323 chambre Al cu devendo c Fue LS uU olge
145. Ensino M dio nos Par metros Curriculares Nacionais do Ensino M dio PCNEM BRASIL 1999 e PCN Ensino M dio BRASIL 2002 h uma clara proposi o curricular com Enfoque CTS que surge com a denomina o de contextualiza o SANTOS 2007b em que se explicita a inclus o de propostas que englobem as inter rela es entre ci ncia e tecnologia com v rias recomenda es de compet ncias que as inserem em um processo hist rico social e cultural assim como a discuss o de aspectos pr ticos e ticos da ci ncia no mundo contempor neo Conforme destacado a seguir Os objetivos do Ensino M dio em cada rea do conhecimento devem envolver de forma combinada o desenvolvimento de conhecimentos pr ticos contextualizados que respondam s necessidades da vida contempor nea e o desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos que correspondam a uma cultura geral e a uma vis o de mundo Um Ensino M dio concebido para a universaliza o da Educa o B sica precisa desenvolver o saber matem tico cient fico e tecnol gico como condi o de cidadania e n o como prerrogativa de especialistas O aprendizado n o deve ser centrado na intera o individual de alunos com materiais instrucionais nem se resumir exposi o de alunos ao discurso professoral mas se realizar pela 41 participac o ativa de cada um e do coletivo educacional numa pr tica de elaborac o cultural na proposta de conduc o de cada
146. M dio Organizac o Mundial da Sa de Orienta es Educacionais Complementares aos Par metros Curriculares Nacionais Par metros Curriculares Nacionais do Ensino M dio Qualidade do Ar Interior S ndrome dos Edif cios Doentes SUM RIO INTRODU O ss E aa 13 CAP TULO 1 CI NCIA TECNOLOGIA SOCIEDADE E O ENSINO DE QU MICA 21 1 1 Um Olhar para o Ensino de Qu mica as ai reb tre ob eb bio 21 1 2 O Processo de Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica 25 1 3 O Enfoque CTS e o Ensino de Ci ncias patita tia 33 1 3 1 Origem do Movimento CTS AAA AAA ASS 33 1 3 2 O Movimento CTS e a EdUCA O oder ertet prata rediit iR 37 1 3 3 A Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica e o Enfoque CTS 41 1 3 3 1 Par metros de Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica 46 1 4 O Enfoque CTS e o Ensino de Qu mica esee 49 CAP TULO 2 O ENSINO DE QU MICA E A QUALIDADE DO AR INTERIOR 53 2 1 Uma Abordagem Tem tica com Enfoque CTS sese 53 22 A Qualidade OA eta elteszi 61 2 3 A Qualidade do Ar Interior o Estudo dos Gases e a Cin tica Qu mica 66 2 4 A Din mica das Aulas e as Estrat gias de Ensino 72 2 4 1 Os Tr s Momentos Pedag gicos eese tete 73 2 4 2 As Estrat gias Did ticas pa
147. M BRINQUEDO CHEIO DE AR QUEBRA CABEGAS INFANTIL A tarefa consiste em desvendar o conte do das caixas As caixas ser o repassadas a todos os grupos de modo que seja poss vel a todos os membros de cada grupo proceder com a an lise Cada grupo dever descrever as poss veis propriedades dos objetos Depois de observadas todas as caixas os grupos apresentar o suas conclus es a respeito dos objetos no roteiro do estudante Ap s a formulac o de um modelo comum para cada caixa as caixas ser o abertas de modo que seja poss vel comparar os modelos produzidos com os objetos representados Neste momento ser poss vel identificar opini es em comum bem como os crit rios que levaram formula o das representa es Depois de confrontados com o conte do das caixas os alunos construir o suas respostas relativas sess o Quest es para an lise e reflex o propostas no roteiro do estudante Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar a din mica das caixas O professor deve coordenar a discuss o em torno do significado de modelo cient fico enfatizando que modelos s o representa es e n o c pias da realidade c Aplica o do conhecimento a aplica o do conhecimento se dar atrav s de um exerc cio que visa al m de ampliar a vis o de modelo cient fico introduzir os primeiros questionamentos a re
148. O QUESTION RIO AVALIATIVO QA15 5 Durante a unidade did tica voc construiu di rios relatando suas impress es sobre as aulas Qual sua opini o sobre a utiliza o dos di rios coma instrumentos de avalia o NAD Sono Que Josiah San 43 7 o AET u Yun ala FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO QA17 1 Cada uma das aulas que tivemos neste trimestre seguiu uma determinada sequ ncia Qual sua opini o sobre o modo como se desenvolveram as aulas Houve alguma diferen a em rela o as outras aulas de quimica Quais os pontos positivos e negativos desta metodologia FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO QA18 342 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre Meu a ver a Quimica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar as mat rjas cientifi Por que P f aj A Lia 02 Es e PA 5 A FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF01 5 As aulas deste trimestre ajudaram a compreender a utilidade dos equipamentos de climatiza o e purifica o de ar Voc se acha capaz de auxiliar seus pais a comprar um destes equipamentos Por que Justifique sua resposta um Xeno di22n por 00 e 9 Ma 9 Sha E TT a Ora Yo Q e VON UTAL Ss e Lera dagad 3 9 O CAS O OU GA SVO QOL 1740 420 NULA Lol Tons MAY art ds omgno nuaa DA SITIO OID PNG la dr Dala ala ana CANA u annd Za doceka Dib moro 7 9 DAL LOL 4 FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF02 2 Voc acredita que s
149. ON intr nsecas Teoria Cin tica dos Gases e as demais 7 Gases Ideais Quadro de giz pos teorias cient ficas Roteiro do estudante E Pcr Diferenciar um g s real de um g s ideal Trecho V deo Min Refletir sobre a gualidade do ar em ambientes Qualidade do Ar due climatizados A S ndrome Interior em z ON Conhecer a legisla o nacional sobre a qualidade do do Edif cio ambientes E Mi ar interior em ambientes climatizados Doente e os climatizados HE 8 Heo Compreender os cuidados necess rios para a Ambientes Texto Edif cios a HN Ner te manutenc o de ambientes climatizados Climatizados doentes eles podem i xy Conhecer os sintomas e doencas associados ser letais 7 D S ndrome dos Edif cios Doentes Roteiro do estudante Trecho V deo Diferenciar os principais tipos de aparelhos Umidificadores dom sticos utilizados para climatizac o de ambientes Aparelhos de Texto Aparelhos interiores Climatiza o dom sticos de Compreender as fun es utilidades e cuidados 9 Interior climatiza o interior necess rios para utiliza o dos aparelhos dom sticos Quadro de giz de climatiza o do ar Roteiro do estudante Estabelecer crit rios para aquisi o de um equipamento dom stico de climatiza o do ar interior Texto Aparelhos de Conhecer os principais dispositivos utilizados para Aparelhos de purifica o do ar purifica o do ar interior 10 Purifica o do interior Compre
150. Pesquisa 14 di rios de bordo 01 Professor de Qu mica da EB 254 di rios de bordo 20 question rios finais 20 Estudantes do 2 Ano do Ensino 20 question rios avaliativos M dio QUADRO 6 CORPUS DA PESQUISA FONTE O Autor 2015 Moraes 2003 esclarece que uma vez definido o corpus da pesquisa a ATD configura se como um processo auto organizado de construc o de compreens o em que novos entendimentos emergem de uma sequ ncia recursiva de tr s componentes desconstru o do corpus unitariza o estabelecimento de rela es entre os elementos unit rios categoriza o e o captar do novo emergente em que a nova compreens o comunicada e validada comunica o O autor compara essa metodologia a uma tempestade de luz em que a partir da constru o da desordem 95 surgem insights percep es que possibilitam desvelar novas vis es novas compreens es em rela o aos fen menos investigados No mbito da ATD a desconstru o o processo de transforma o do corpus em elementos textuais significativos caracterizando os de forma a buscar uma compreens o ampla das possibilidades de sentidos atribu dos pelos atores Nessa fragmenta o pretende se perceber os sentidos dos textos em seus m ltiplos aspectos embora se saiba que um limite final e absoluto nunca atingido MORAES GALIAZZI 2007 p 18 Um aspecto importante a ser considerado nesta etapa a perspectiva te rica adotada pelo pe
151. S ndrome dos Edif cios Doentes SED No primeiro momento os alunos acharam a express o engracada e disseram que n o haveria como um edif cio ficar doente Uma aluna sugeriu que a escola estava doente pois passava por uma reforma Aproveitamos a colocac o para perguntar como seria poss vel descrever um edif cio doente e as foram apresentadas algumas hip teses como falta de ilumina o m circula o de ar pintura antiga paredes rachadas e presen a de mofo A problematiza o inicial durou aproximadamente 5 minutos e para a etapa de organiza o do conhecimento apresentamos um v deo informativo sobre a qualidade do ar em ambientes climatizados dura o 6 minutos Os alunos demonstraram bastante interesse nas informa es apresentadas no v deo e alguns afirmaram que 208 nunca haviam tomado conhecimento dos perigos relativos aos ambientes climatizados ou aos edif cios doentes Seguindo o planejamento da aula pedimos aos alunos que se reunissem em grupos de 2 ou 3 integrantes para fazer a leitura do texto de apoio e responder as perguntas propostas no roteiro do estudante N o percebemos dificuldades nas equipes para a compreens o do texto ou para a resolu o das quest es propostas e durante a retomada das quest es iniciais e discuss es no grande grupo houve grande participa o dos alunos A etapa de organiza o do conhecimento durou aproximadamente 35 minutos e para a aplica o do conhecimento pedimos aos alun
152. S education A Rose by any other name In CROSS R Ed A vision for science education responding to the work of Peter J Fensham p 59 75 New York Routledge Falmer 2003 ALVES R Filosofia da ci ncia introdu o ao jogo e as suas regras 14 edi o S o Paulo Loyola 2009 AMORIM A C O Ensino de biologia e as rela es entre Ci ncia Tecnologia Sociedade o que dizem os professores e o curr culo do Ensino M dio Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Estadual de Campinas Campinas 1995 ANDR M E D A Etnografia da pr tica escolar Campinas Papirus 1998 ANGOTTI J P Solu o alternativa para a forma o de professores de Ci ncias um projeto educacional desenvolvido na Guin Bissau Disserta o Mestrado em Ensino de Ci ncias Universidade de S o Paulo S o Paulo 1982 ARAIA E Edif cios doentes eles podem ser letais Revista Planeta S o Paulo n 425 fev 2008 Se o Sa de Dispon vel em lt http revistaplaneta terra com br secao saude edificios doentes eles podem ser letais gt Acesso em 10 01 2014 ARROIO A GIORDAN M O v deo educativo aspectos da organiza o do ensino Qu mica Nova na Escola v 24 n 1 p 8 11 2006 ASHMORE M R DIMITROULOPOULOU C Personal exposure of children to air pollution Atmospheric Environment v 43 p 128 141 2009 AULER D Intera es entre ci ncia tecnologia sociedade no contexto da forma o de professor
153. S nos pa ses capitalistas do hemisf rio norte e sua repercuss o no contexto educacional brasileiro Pretendemos tamb m ao identificar os objetivos apresentados na literatura do Ensino de Ci ncias para as propostas de abordagem com Enfoque CTS caracterizar os par metros de ACT que balizaram nossa pesquisa 1 3 1 Origem do Movimento CTS Na atual conjuntura dos estudos sobre as abordagens que contemplam as intera es CTS diversas publica es retratam com diferentes nfases a g nese dessa sigla AULER 2002 SANTOS MORTIMER 2002 BOCHECO 2011 STRIEDER 2012 No entanto conv m destacar que os desdobramentos do Movimento CTS no cen rio educacional mais precisamente no cerne do Ensino de 34 Ci ncias possuem v nculos com propostas de reformas curriculares imersas em novas concepc es sociol gicas e epistemol gicas BOCHECO 2011 Essas propostas de reformas t m origem em meados do s culo XX quando foi crescendo um sentimento na sociedade dos pa ses capitalistas do hemisf rio norte de que o desenvolvimento econ mico cient fico e tecnol gico n o estavam conduzindo naturalmente a uma melhora na qualidade de vida GARCIA CEREZO LUJ N 1996 At ent o prevalecia uma concepc o essencialista em que se acreditava que o desenvolvimento cient fico tecnol gico gerava riqueza e consequentemente mais bem estar social BAZZO 1998 BAZZO et al 2003 SILVEIRA 2007 Esse modelo linear de desenvolvimento come
154. TS desde seu in cio v m se desenvolvendo em tr s grandes direc es no campo da pesquisa no campo da pol tica p blica e no campo da educac o Segundo esse autor 1 No campo da pesquisa os estudos CTS foram se adiantando como uma alternativa a reflex o tradicional em filosofia e sociologia da ci ncia promovendo uma nova vis o n o essencialista e contextualizada da atividade cient fica como processo social 2 No campo das pol ticas p blicas os estudos CTS t m defendido a regulamentac o p blica da ci ncia e tecnologia promovendo a criac o de diversos mecanismos democr ticos que facilitem a abertura dos processos de tomada de decis o em quest es concernentes a pol ticas cient fico tecnol gicas 3 No campo da educac o esta nova imagem da ci ncia e da tecnologia na sociedade se cristaliza no aparecimento em numerosos pa ses de programas e materiais CTS em ensino secund rio e universit rio CEREZO 2002 p 9 10 Para Auler 2002 fundamental considerar que apesar das direc es apontadas por Cerezo 2002 n o se confundirem os tr s campos de investiga o est o relacionados e influenciam se mutuamente As rela es e imbricamentos dos elementos da sigla CTS d o origem a uma s rie de recortes e entendimentos que perpassam diferentes campos do conhecimento e refletem em diversas reas Desse modo os avangos em cada um dos campos contribuem para as discuss es nos demais A seguir concentraremos no
155. TUDANTE AULA 07 Texto Gases reais e gases ideais e LEI GERAL DOS GASES Com base nas tr s leis dos gases Lei de Boyle Lei de Charles e Lei de Charles e Gay Lussac podemos estabelecer uma lei geral que vai nos permitir a elaborac o de modelos explicativos para o comportamento da mat ria Como toda lei ela ser uma generaliza o te rica e possuir limita es Consequentemente os modelos desenvolvidos a partir dela como todo modelo cient fico tamb m ser o aproxima es da realidade Se combinarmos a Lei de Boyle com a Lei de Charles constatamos que o volume inversamente proporcional press o e diretamente proporcional temperatura Matematicamente quando temos uma propor o ela pode ser representada pela constante k que ir depender da quantidade de g s Desta forma temos ek u P V k T Se submetermos uma mesma quantidade de g s a qualquer variac o suas condic es iniciais ndices 1 e finais ndices 2 ser o dadas pela equac o AV k 2 i 2 A como ki k gt ep ES Ti l3 T T Essas rela es caracterizam o estado gasoso e demonstram que as tr s propriedades press o volume e temperatura variam umas em fun o das outras Por tal motivo s o conhecidas como vari veis do estado gasoso O qu mico e f sico italiano Amedeo Avogadro 1776 1856 fez outra importante descoberta para o estudo dos gases ele concluiu que volumes iguais de gases sob as mesmas condi es de tem
156. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN SILVANEY DE OLIVEIRA LIMITES E POTENCIALIDADES DO ENFOQUE CTS NO ENSINO DE QUIMICA UTILIZANDO A TEMATICA QUALIDADE DO AR INTERIOR CURITIBA 2015 SILVANEY DE OLIVEIRA LIMITES E POTENCIALIDADES DO ENFOQUE CTS NO ENSINO DE QUIMICA UTILIZANDO A TEMATICA QUALIDADE DO AR INTERIOR Dissertac o apresentada como requisito parcial obtenc o do grau de Mestre em Educac o em Ci ncias e em Matem tica no curso de P s Graduac o em Educac o em Ci ncias e em Matem tica Setor de Ci ncias Exatas Universidade Federal do Paran Orientadora Prof Dr Orliney Maciel Guimar es Coorientador Prof Dr Leonir Lorenzetti CURITIBA 2015 Oliveira Silvaney de Limites e potencialidades do enfoque CTS no ensino de qu mica utilizando a tem tica qualidade do ar interior Silvaney de Oliveira Curitiba 2015 362 f il color 30 cm Dissertac o Universidade Federal do Paran Setor de Ci ncias Exatas Programa de P s graduac o em Educac o em Ci ncias e em Matem tica 2015 Orientador Orliney Maciel Guimar es Co orientador Leonir Lorenzetti Bibliografia p 181 192 1 Ci ncia e tecnologia Aspectos sociais 2 Educac o Sociedade e Tecnologias digitais 3 Qu mica Estudo e ensino 4 Qu mica Ensino m dio 5 Poluic o do ar de interiores I Universidade Federal do Paran II Guimar es Orliney Maciel III Lorenzetti Leonir IV T tulo CDD 540 7
157. UO O O Qu IA 22a a y Mm Dan cia OD DOM Cy Q A Ha Q QU A a5 3 Q EN DOTA STC eumd Voc SO 9 Melis C FAQ FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO 0409 1 Cada uma das aulas que tivemos neste trimestre seguiu uma determinada sequ ncia Qual sua opini o sobre o modo como se desenvolveram as aulas Houve alguma diferenca em relac amp o as outras aulas de quimica Quais os pontos positivas e negativos desta metodologia VAN DO Dea esqui CD TAO LLOYD USOUTYD DW OA ceeoaud LO Oli OU 300 vou ran NAS QUA 3 Cenmieo U TE DUDO MUD LCA WAS XOU MMA AO FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO QA12 340 1 Cada uma das aulas que tivemos neste trimestre seguiu uma determinada sequ ncia Qual sua opini o sobre o modo como se desenvolveram as aulas Houve alguma diferen a em rela o as outras aulas de quimica Quais os pontos positivos e negativos desta metodologia 5 Durante a unidade did tica voc construiu di rios relatando suas impress es sobre as aulas Qual sua opinido sobre a utiliza o dos di rios como Instrumentos de avalia o FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO QA13 341 ps Como voc avalia sus aprendizagem em rela o aos conhecimentos trabalhados oe Y de wind x Quo Abs dig ss li Abra Men OS Usus Lorna dan v E us 1 F a E a Aia ps CAUTE j ais Os Ds Pubs MS facts 5 ys I td al e fo Pie y Poe Lu lE Penn ase Mana aula du its FRAGMENTO D
158. a energia de ativa o O gr fico a seguir representa a rea o de decomposi o da gua oxigenada A an lise do gr fico nos permite afirmar que a rea o ocorre em duas etapas o catalisador influ ncia nas propriedades dos produtos Ha02 a s a curva A representa a reac o na E HOgy 6502 presenca de um catalisador e e d acurva B representa a reac o na presenca de um catalisador sem o catalisador n o poderia haver reac o Caminho da reac o AP NDICE 7 RELATOS DOS ESTUDANTES DI RIO DE BORDO D001 287 DI RIO DE BORDO D009 288 x L 4 SHA DI RIO DE BORDO D011 DI RIO DE BORDO D012 289 290 DI RIO DE BORDO D016 291 c Ju Co IAS axo not Our amp cdi NH epe TE rms dB Tube O AS vos proa Que a OUA SODA MaD IPI Qui a DI RIO DE BORDO FRENTE E VERSO D019 292 DI RIO DE BORDO D026 293 DI RIO DE BORDO FRENTE E VERSO D031 294 DI RIO DE BORDO D034 DI RIO DE BORDO FRENTE E VERSO D037 295 296 Morzjevmez e ineveluwmidbuco domibtim Cerco come Ue Buc LD qunt Ome o Jc cu UL E de veda DI RIO DE BORDO D047 297 i ioni do a dido fado o ana L o apanho sro forma vou ra mao Jaen fnamurrraa dae abo A Cano ama sx rroddo 4 DI RIO DE BORDO FRENTE E VERSO D064 298 DI RIO DE BORDO D065 299 Y dl LAON AOU az Aden Que tara La Oy O AAA b AJA AA
159. a fadiga vertigens olhos vermelhos odores Problemas respirat rios olhos secos irrita o de pele e mucosas tosse Irritac o nos olhos e garganta cansa o tosse bronquite cr nica 226 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS 1 Plano de Aula 2 Introduc o Na aula anterior abordamos quest es referentes a poluic o interior e conhecemos algumas fontes de subst ncias presentes nos ambientes internos que podem causar problemas de sa de atrav s da contamina o Grande parte dos poluentes do ar interior se encontram no estado gasoso A capacidade de difus o dos gases dificulta o controle de seu deslocamento Para entender porque t o dif cil controlar o deslocamento de uma subst ncia no estado gasoso realizaremos uma atividade e um experimento ambos relacionados a essa problem tica 2 Conte do Espec fico Estudo dos Gases 3 Durac o 50 min 4 Objetivos Caracterizar o princ pio da difus o gasosa e das diferentes velocidades de deslocamento dos gases atrav s do modelo de part culas 5 Conte dos privilegiados Difus o gasosa e o modelo de part culas 6 Orientac o did tica Para oportunizar o entendimento da difus o gasosa a atrav s do modelo de part culas utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento d
160. a tecnolog a y sociedad ante la educaci n set dez 1998 Dispon vel em lt http www oei es oeivirt rie18a01 htm gt Acesso em 28 03 2014 VASCONCELOS F C G C LE O M B C A utiliza o de programas televis o como recurso did tico em aulas de qu mica In XV Encontro Nacional de Ensino de Qu mica Bras lia 2010 VERDELHOS V M M Caracterizac o da qualidade do ar interior em espacos p blicos com permiss o de fumar Dissertac o Mestrado em Engenharia do Ambiente Universidade de Coimbra Portugal 2011 VIEIRA H J FIGUEIREDO FILHO L C S FATIBELLO FILHO O Um experimento simples e de baixo custo para compreender a osmose Qu mica Nova na Escola n 26 p 37 39 2007 VIEIRA R M MARTINS I P Pr ticas de professores do Ensino B sico orientadas numa perspectiva CTS PC Revista CTS p 79 86 2009 VILCHES A GIL P REZ D PRAIA D De CTS a CTSA educac o por um futuro sustent vel In SANTOS W L P AULER D org CTS e educac o cient fica desafios tend ncias e resultados de pesquisas Bras lia UNB p 161 184 2011 VOGT C POLINO C Percepc o p blica da ci ncia resultados da pesquisa na Argentina Brasil Espanha e Uruguai Campinas Ed Unicamp S o Paulo FAPESP 2003 WAKS L J Educaci n en ciencia tecnolog a y sociedad or genes desarollos internacionales y desaf os intelectuales In MEDINA M SANMARTIN J Ciencia tecnolog a y sociedad est di
161. a concepc o deformada de ci ncia N o se trata de ignorar as normas h bitos e t cnicas da ci ncia mas de compreender que n o a mera observ ncia de um conjunto de regras que fundamenta a atividade cient fica Este conjunto de regras configura se em uma s rie de recomenda es socialmente aceitas pela comunidade cient fica mas por si s n o implica em certeza alguma Segundo Strieder 2012 a racionalidade cient fica e sua capacidade de ju zo repousam na maneira como a comunidade cient fica encontra por meio do debate da argumentac o e das controv rsias uma conclus o razo vel dentre as v rias poss veis Podemos considerar portanto que a an lise dos relatos dos estudantes aponta que a proposta contribuiu para mostrar que o pensamento cient fico se modifica com o tempo evidenciando que os modelos e teorias cient ficas n o s o construc es definitivas mas objeto de constante revis o Para Solomon 1998 considerar a provisoriedade as incertezas atribuir valor as tentativas e entender a atividade cient fica como um processo em permanente constru o al m de apresentar uma vis o mais realista da ci ncia possibilita aos estudantes avaliarem suas aplica es considerando os posicionamentos controvertidos dos especialistas e a aceitar as diferentes alternativas para resolver um determinado problema Outro aspecto relacionado com a natureza do conhecimento cient fico destacado nos textos dos estudantes sobre
162. a de discutir a QAI e surpresa em rela o aos perigos associados ao ar interior come amos a debater sobre a qualidade do ar das casas em geral e das cidades com f bricas mais pr ximas No come o da aula eu sinceramente achava que o ar dentro das casas tinha uma qualidade melhor mas lendo o texto e com a explica o do professor vi que dentro de casa existem mais materiais que possam poluir o ar D002 chegamos conclus o de que o ar que respiramos dentro de casa de uma qualidade bem inferior ao ar externo e isso porque existem dentro de nossa casa v rios produtos poluentes N s quase sempre pensamos o contr rio porque a polui o interna sempre invis vel sem que n s percebamos ela nos faz mal enquanto a polui o do ar externo bem mais vis vel e tamb m menor j que o ar est em circula o constantemente D012 A etapa de aplica o do conhecimento se deu por meio da retomada das quest es propostas na problematiza o inicial e atrav s de uma atividade que propunha uma reflex o sobre os perigos de gases associados polui o interior e que podem ser produzidos pela manipula o incorreta dos produtos de limpeza 104 Articulac o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetizac o cient fica pr tica por meio da caracterizac o dos principais poluentes encontrados em ambientes internos e suas principais fontes de emiss o e potencial para alfabetizac o
163. a de setenta como consequ ncia da crise energ tica que se procurou conservar a maior quantidade de energia melhorando o isolamento e reduzindo a ventila o nos edif cios Esta situa o originou um aumento do risco da exposi o aos contaminantes interiores emitidos pelos materiais de constru o e por todos os elementos presentes nos espa os Estudos desenvolvidos pela U S Environmental Protection Agency EPA indicam que os n veis de poluentes no interior de edif cios podem ser duas a cinco vezes e ocasionalmente mais de 100 vezes superiores aos n veis exteriores Estes n veis de contamina o revestem se de especial import ncia quando se tem em considera o que a sociedade moderna passa grande parte da sua vida em ambientes fechados cerca de 80 90 do seu tempo As causas da polui o do ar interior s o uma combina o de fatores f sicos qu micos e biol gicos estando tamb m relacionadas com a adequa o da ventila o Nos ltimos anos o n mero de queixas relacionadas com a Qualidade do Ar Interior QAI tem aumentado contribuindo para isso diversos fatores como o aumento da densidade de edif cios o crescente uso de materiais sint ticos as medidas de conserva o de energia e a polui o do ar exterior A natureza evidente da polui o do ar externo nos aspectos visuais e sensoriais pode ser contrastada com a caracter stica um tanto quanto invis vel da polui o nos ambientes internos Este pode
164. a din mica conhecida como experimento das caixas pretas Os alunos foram desafiados a descobrir o conte do de quatro caixas lacradas Logo que entramos em sala houve grande curiosidade em rela o s caixas e como seriam empregadas na aula Com o intuito de aproveitarmos o componente motivacional n o revelamos imediatamente aos alunos em que circunst ncia elas seriam utilizadas Propositadamente evitando mencionar as caixas recolhemos os di rios da aula anterior e procedemos as quest es relativas a etapa de problematiza o inicial perguntando classe Estamos construindo uma representa o para o comportamento dos gases a partir do modelo de part culas Em nossa hip tese os gases s o compostos por part culas que se encontram em constante movimento e que possuem grande espa o entre elas Estamos utilizando este modelo para nortear nosso estudo Mas afinal o que um modelo cient fico Os alunos inicialmente associaram a ideia de modelo ao significado trivial da palavra indicando se tratar de uma refer ncia um elemento norteador a ser seguido Outra suposi o similar foi a de que um modelo seria um molde algo para se copiar Neste momento resolvemos intervir e salientar que est vamos falando de modelos cient ficos perguntando novamente O que um modelo cient fico assim como o modelo de part culas representa Trata se de uma c pia fiel da realidade Os alunos argumentaram que um modelo cient fico era constru do a partir
165. a no fato de que durante as ltimas d cadas os h bitos de trabalho divers o e lazer est o cada vez mais associados aos ambientes interiores e consequentemente os efeitos da qualidade do ar nestes locais impactam de forma mais direta na sa de das pessoas especialmente nos edif cios climatizados artificialmente Entretanto muito embora a garantia de um ar interior saud vel ser reconhecida como um direito b sico do ser humano pela Organiza o Mundial da Sa de OMS e um fator determinante para a sa de e bem estar de todos OMS 2009 apresentando possibilidades para debates e reflex es em sala de aula a maioria dos estudos sobre o assunto de origem estrangeira e de trabalhos ligados rea da sa de ou engenharias BRICKUS NETO 1999 BORREGO et al 2008 BLUYSSEN 2009 SANTOS 2010 VERDELHOS 2011 TEIXEIRA 2012 Assim apesar de n o haver muitas refer ncias sobre a tem tica na literatura do Ensino de Ci ncias identificamos na QAI um tema de enorme abrang ncia e import ncia social e que apresenta potencial para articular os conte dos espec ficos da disciplina com o contexto cient fico tecnol gico da sociedade atual 18 Desse modo considerando se a atualidade das discuss es apresentadas e a necessidade de reflex es quando se busca contemplar as intera es CTS nos curr culos escolares em especial no Ensino de Qu mica constitu mos o problema de investigac o da presente pesquisa a partir do seguinte ques
166. a ou ressaltar aspectos relacionados formac o profissional dos estudantes Segundo Milar Richetti e Pinho Alves 2009 envolve abordar conhecimentos mais espec ficos e complexos que n o s o t o aplic veis no cotidiano mas que por outro lado s o bastante importantes em determinadas reas profissionais e enquadram se na Qu mica aplicada ao setor produtivo A an lise das produ es textuais produzidas durante e ao t rmino da inser o apresentou um nico relato que faz menc o direta ao interesse em seguir uma determinada carreira cient fica Segundo este relato Bem hoje o professor fez uma pergunta As mol culas se comportam do mesmo jeito que a teoria prev A resposta n o at porque o professor nos deu um texto falando sobre as teorias existentes sobre esse assunto e conseguimos calcular o movimento das mol culas Nessa parte de calcular a parte que mais gosto pois tenho muita facilidade em fazer contas principalmente quando consigo realiz las Eu quero ser engenheira ou arquiteta pois s o as coisas que eu tenho muita facilidade e que gosto tamb m D095 Percebe se no relato destacado que a estudante objetiva envolver se em atividades profissionais associadas com a rea das disciplinas exatas arquitetura ou engenharia em um futuro pr ximo Argumenta que sempre apresentou facilidade para realiza o de c lculos e sinaliza que essa caracter stica a fez adquirir afinidade pelas disciplinas cien
167. a para utilizar um texto de apoio e um v deo informativo indicados na proposta did tica Registramos o comparecimento de 16 alunos 84 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Para a realizac o desta aula se fez necess rio mudar a turma de local pois as salas da escola n o possuem cortinas e no caso espec fico do ambiente em que a turma se encontrava o excesso de luminosidade impedia a projec o de v deos Como hav amos programado a utilizac o de um equipamento de multim dia solicitamos antecipadamente direc o da escola se haveria a possibilidade da mudanca de sala Nosso pedido foi atendido e n o houve dificuldades para a projec o No in cio da aula a turma demonstrou curiosidade em relac o ao projetor e a maioria dos alunos escolheu lugares pr ximos ao ponto de projec o Iniciamos a aula introduzindo um dos questionamentos relativos a sess o de problematizac o inicial Onde respiramos um ar mais puro dentro de um shopping center ou andando na rua em Arauc ria A maioria dos alunos respondeu que seria na rua e um dos alunos discordou sem muita seguranca e sem propor argumentos para amparar sua hip tese Os defensores do ar exterior argumentaram que os shoppings estavam sempre lotados principalmente as pracas de alimentac o e este seria o principal motivo da m qualidade do ar em seus interiores Seguimos com a problematizac o inicial questionando se os alunos j haviam ouvido o termo
168. a que o aluno compreenda n o s os conceitos mas a diferente forma de pensar e falar sobre o mundo por meio da ci ncia Nessa modalidade de abordagem experimental o conte do a ser trabalhado se revela como resposta aos questionamentos e inquieta es geradas nos educandos durante a intera o com o contexto criado pela atividade pr tica Exige se assim que o 82 aluno assuma uma postura ativa e cr tica n o se limitando apenas observac o ou execuc o do experimento proposto de forma mec nica e repetitiva Essas caracter sticas s o compat veis din mica dos momentos pedag gicos Assim optamos em nossa proposta did tica por utilizar uma perspectiva investigativa de experimentac o integrada aos 3MP visando a discuss o conceitual dos experimentos associada a sua problematizac o Segundo Francisco Junior Ferreira e Hartwig 2008 nesta estrat gia de ensino denominada experimentac o problematizadora o professor recorre da observac o da leitura da escrita e do di logo durante as aulas pr ticas objetivando a constru o do conhecimento cr tico do aluno Os autores destacam que quando associada aos 3MP a experimentac o problematizadora deve funcionar como integrante de pelo menos um dos momentos pedag gicos No caso espec fico do presente estudo o uso de experimentos foi empregado para a problematizac o inicial e em determinados momentos para a organizac o do conhecimento Contudo nada impede que um exp
169. a sequ ncia de processos descrita pelo gr fico press o versus temperatura mostrado a seguir P atm 150 300 TAK Justificando sua escolha assinale a alternativa gue indica como variou o VOLUME do g s no trechos indicados a diminui no trecho AB permanece constante no trecho BC aumenta no trecho CD b aumenta no trecho AB permanece constante no trecho BC diminui no trecho CD c aumenta no trecho AB diminui no trecho BC permanece constante no trecho CD 252 d permanece constante no trecho AB aumenta no trecho BC diminui no trecho CD e permanece constante no trecho AB aumenta no trecho BC permanece constante no trecho CD 7 Recursos did ticos Roteiro do estudante Texto Lei Geral dos Gases 8 Avaliac o A avaliac o ser realizada atrav s da an lise da participac o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente 9 Refer ncias DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 SANTOS W L P M L G S coords Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implica es sociais Volume 1 ensino m dio 1 edi o S o Paulo Nova Gera o 2010 253 ROTEIRO DO ES
170. a temperatura e da superf cie de contato na rapidez das reacdes como estrat gia para a introdu o dos questionamentos relativos sess o de problematiza o inicial Nesta etapa perguntamos se haveriam outros fatores capazes de aumentar a rapidez de uma rea o al m daqueles apontados na aula anterior Os estudantes n o apresentaram nenhuma hip tese e a problematiza o inicial encerrou se em aproximadamente 4 minutos Para a organiza o do conhecimento solicitamos aos alunos que se reunissem em tr s equipes para a realiza o dos dois experimentos previstos e resolu o das atividades propostas no roteiro do estudante O primeiro experimento foi planejado para investigar a influ ncia da concentra o dos reagentes na rapidez das rea es Nesta pr tica foi solicitado as equipes que analisassem o tempo de deposi o em duas solu es de sulfato de cobre uma concentrada e outra dilu da No segundo experimento foi analisado o tempo de decomposi o da gua oxigenada em peda os de batata um cru e o outro cozido Em rela o ao primeiro experimento percebemos que os estudantes estavam bastante motivados para a condu o da atividade Eles se mostraram particularmente interessados na manipula o dos equipamentos e das vidrarias em especial no uso da pipeta volum trica e da pera de suc o para a prepara o das solu es iniciais Quanto a an lise dos resultados do experimento os estudantes n o apresentaram difi
171. aberes formais e a realidade e os alunos que frequentemente 139 apreendem a estrutura formal do conhecimento cient fico t m dificuldades em relacion lo com o mundo real Esta uma das caracter sticas mais relevantes da dimens o pr tica de um processo de alfabetizac o cient fica seu potencial para agregar significados aos saberes escolares e aproximar o conhecimento cient fico da realidade dos estudantes abandonando a falsa no o de que estes saberes s o um fim em si mesmo Tamb m recorrente no discurso dos estudantes que a percepc o de novas possibilidades para utilizac o dos conte dos disciplinares modificou sua maneira de encarar a Qu mica e as demais disciplinas cient ficas Vejamos alguns desses relatos Vejo diferente agora vejo que as mat rias cient ficas n o s o s contas s o coisas que vemos ou fazemos no dia a dia e que n o sabemos que considerado ci ncia como as rea es qu micas QFO1 grifos nossos Em todas as aulas foi poss vel aprender um pouco mais sobre a Qu mica em diferentes lugares que podemos encontr la em nosso dia a dia Todas as aulas que tive me ajudaram a ver como mat rias cient ficas podem nos ajudar a ter melhores vis es do que nos rodeia e saber como funcionam certas coisas que as vezes at parecem sem import ncia para algu m que n o preste aten o mas que podem fazer toda a diferen a em certas ocasi es QFO3 grifos nossos a Qu mica
172. ac o e elementos pr prios da linguagem cient fica Para Silva 2005 p 51 essas leituras podem ser utilizadas n o s para discutir conceitos cient ficos e tecnol gicos mas tamb m para refletir sobre aspectos relativos ao processo de produc o desses conhecimentos bem como suas relac es com o contexto pol tico econ mico e sociocultural em que as atividades cient ficas e tecnol gicas est o inseridas e at mesmo os interesses envolvidos na difus o destes conhecimentos Desse modo ao tomar contato com uma variedade de textos cient ficos desde reportagens de m dia impressa at produ es disponibilizadas na internet o aluno aumenta sua capacidade de interpretac o da realidade num processo em direc o a sua alfabetizac o cient fica e tecnol gica 2 4 2 3 Experimenta o Problematizadora H um razo vel consenso entre os professores de ci ncias de que as atividades experimentais devem permear as rela es de ensino e aprendizagem uma vez que estimulam o interesse dos alunos em sala de aula e sua participa o em atividades subsequentes GIORDAN 1999 LABUR 2006 Tamb m comum ouvir relatos de professores afirmando que a experimenta o aumenta a capacidade de aprendizado ao propiciar um maior engajamento dos alunos nos assuntos discutidos em sala GIORDAN 1999 No entanto apesar de extensivamente debatida e defendida em geral os professores tratam a experimenta o de forma intuitiva e gen rica
173. acad mico por reformas curriculares nessa rea ganham forca ap s a emiss o do relat rio Project Synthesis em 1977 Esse projeto tinha como objetivo tracar um panorama do Ensino de Ci ncias nos Estados Unidos atrav s de uma s rie de entrevistas com professores e diretores de escolas observa es em sala an lise de artigos em peri dicos especializados e livros did ticos O relat rio pretendia justificar a inclus o de ci ncias em escolas em torno de quatro grupos de metas 1 Ci ncia para necessidade pessoal A educa o cient fica deveria formar indiv duos capazes de usar a ci ncia para melhorar sua pr pria vida e para acompanhar o crescimento da tecnologia no mundo 2 Ci ncia para resolver quest es sociais A educa o cient fica deveria produzir cidad os informados e preparados para tratar responsavelmente problemas relacionando ci ncias e quest es sociais 3 Ci ncia para ajudar na escolha de carreira A educa o cient fica deveria dar a todos os estudantes consci ncia da natureza e da variedade de carreiras relacionadas com ci ncia e tecnologia Tais carreiras podem atender diferentes aptid es e interesses 4 Ci ncia para formar cientistas a educa o cient fica poderia preparar os estudantes para a carreira acad mica SOUZA CRUZ ZYLBERSZTAJN 2001 p 178 O relat rio concluiu que a ci ncia ensinada nas escolas norte americanas n o acolhia os tr s primeiros grupos de metas e portanto auxilia
174. adores da polui o e com isso agir de acordo com o que aprendemos na sala de aula QF12 Estes relatos apresentam ind cios de que alguns estudantes compreenderam a import ncia do tema e constata se que esse processo n o se restringiu apenas aquisi o de informa es Como destacado por um dos estudantes a relev ncia da QAI repousa em descobrir como melhorar nossa sa de como tudo funciona desde a polui o do ar at como melhorar a qualidade do ambiente para que possamos viver melhor QF04 Evidencia se assim atrav s dos fragmentos apresentados que o dom nio dos assuntos relacionados tem tica vai al m da simples descri o de caracter sticas da polui o interior e tamb m envolve compreender quais s o os agentes equipamentos cuidados e a es necess rias para a melhoria do ar em ambientes fechados Enquanto em suas primeiras produ es alguns estudantes ressaltavam surpresa e preocupa o com os impactos da QAI ao final da proposta quando estimulados a refletir sobre o tema al m de reafirmar essa preocupa o enfatizaram especialmente a necessidade da tomada de atitudes para preven o e combate polui o interior Esses resultados indicam que possivelmente a curiosidade inicial em rela o a um assunto o qual n o possu am muitas informa es serviu como instrumento de motiva o para sua compreens o e conscientiza o de sua import ncia explicitando a necessidade de saber mais sobre alg
175. ados no in cio da investigac o Os motivos para esse fato repousam nas caracter sticas espec ficas do per odo vespertino descritas anteriormente Um segundo aspecto est relacionado faixa et ria dos estudantes a qual gira em torno dos 16 anos m dia Destes 17 estudantes 85 possu am 16 anos de idade dois estudantes possu am 17 anos de idade e um deles possuia 22 anos Por fim um terceiro aspecto observado est no fato de que 10 dos estudantes desta turma moravam em outro munic pio deslocando se todos os dias cerca de 18 quil metros para estudar pois residiam no munic pio no momento da matr cula e mesmo ap s mudarem se para outra cidade seus pais preferiram que permanecessem na escola at o t rmino do aluno letivo Na sec o a seguir detalharemos os instrumentos utilizados bem como os procedimentos adotados para a constituic o dos dados necess rios para a nossa an lise 91 3 3 Instrumentos Utilizados para Constitui o de Dados Com o prop sito de investigar os limites e potencialidades Enfoque CTS como promotor de ACT no Ensino de Qu mica a partir da tem tica da OAI selecionamos como esclarecemos na sec o anterior uma turma de segunda s rie do Ensino M dio em um col gio que lecionamos quele per odo Analisamos o curr culo da disciplina de Qu mica contida na proposta pedag gica curricular do estabelecimento de ensino e selecionamos dentre os conte dos espec ficos da disciplina naquela s ri
176. ais de isolamento m veis madeira Irritac o nos olhos nariz garganta e pele compensada solventes colas pesticidas Problemas respirat rios Dores de cabe a desinfetantes fumo de tabaco adesivos Enj os Fadiga Poluente COVs Compostos Org nicos Vol teis Principais fontes Efeitos na sa de Colas vernizes tintas solventes Odores Sintomas de alergia N useas materiais de constru o perfumes Leucemia C ncer de pele e pulm o Olhos produtos de limpeza pesticidas vermelhos Secura das mucosas e do nariz e inseticidas fumo de tabaco garganta Dores de cabe a Fadiga Vertigens Poluente Os Oz nio Principais fontes Efeitos na sa de Fotocopiadoras impressoras a laser Problemas respirat rios Irritac o nos olhos aparelhos de limpeza rea es Dores de cabe a Sonol ncia Edema pulmonar fotoqu micas desinfetante de gua Rea o asm tica e al rgica Secura da boca e garganta Press o no peito e Tosse Poluente Material Particulado Principais fontes Efeitos na sa de Processos de queima re suspens o Problemas respirat rios Olhos secos Alergia e sistema de ventila o e ar condicionado Asma Irritac o da pele e mucosas Tosse e ocupantes Espirros Poluente Rad nio Rn Principais fontes Efeitos na sa de Solo materiais de constru o Aumenta o risco de c ncer de pulm o 225 Poluente Bact
177. ais diferencas entre um g s ideal e um g s real 2 Conte do Espec fico Estudo dos Gases Durac o 50 min 4 Objetivos Compreender a equac o geral dos gases e as principais diferencas a b entre um g s ideal e um g s real Conte dos privilegiados Equac o geral dos gases vari veis do estado gasoso e gases reais Orienta o did tica Para oportunizar reflex es sobre as aproxima es necess rias para a formula o do modelo representativo do estado gasoso utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial organiza o e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial a aula se iniciar atrav s da introdu o de alguns questionamentos 1 Todos os gases se comportam da maneira prevista pelo modelo de part culas 2 Existe alguma limita o no modelo proposto para o comportamento dos gases Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e o professor encaminhar os alunos para a leitura do texto de apoio e an lise do roteiro do estudante Organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da media
178. alfabetiza o cient fica diferentes defini es conceituais do termo diferentes prop sitos para essa educa o assim como as diferentes estrat gias utilizadas para mensura o do n vel de alfabetiza o das pessoas sobre ci ncia Milar Richetti e Pinho Alves 2009 argumentam que a alfabetiza o cient fica envolve uma perspectiva diferenciada sobre o Ensino de Ci ncias defendida por diversos professores e pesquisadores em diferentes pa ses como um processo necess rio para que todos tenham um m nimo de conhecimentos cient ficos necess rios ao exerc cio da cidadania Para os autores este novo discurso decorrente de investiga es que t m sua origem no campo da Did tica das Ci ncias e que objetivam direcionar a educa o cient fica como parte de uma educa o b sica a todos os estudantes Esta concep o visa superar a pr tica tradicional caracterizada por um modelo dogm tico centrado em verdades baseado na reprodu o de conceitos estanques e distantes da realidade dos estudantes voltado unicamente para a forma o de especialistas Nessa perspectiva o processo de alfabetiza o cient fica implica necessariamente em um Ensino de Ci ncias contextualizado e pautado pelo argumento da busca de uma participa o democr tica na sociedade FOUREZ et al 28 1997 LAUGKSCH 2000 LORENZETTI DELIZOICOV 2001 AULER 2003 No entanto para que isso se concretize preciso que esse processo atinja determi
179. amente contribuiu para as preocupa es atuais com a QAI Esse movimento concebeu edif cios hermeticamente fechados no intuito de minimizar o consumo de energia e otimizar o uso de aparelhos de refrigera o e aquecimento Paralelamente e com a mesma motiva o houve um expressivo aumento na diversidade de produtos para forra o acabamento e mobili rio que em geral cont m subst ncias qu micas danosas a sa de e pass veis de serem dispersas no ar de interiores Segundo os autores a combina o desses dois fatores favorece uma baixa qualidade do ar de interiores que pode ocasionar dentre outras patologias uma doen a conhecida como S ndrome do Edif cio Doente SED 10 Segundo a EPA 1991 o termo S ndrome do Edif cio Doente SED usado para descrever situa es em que os ocupantes de edif cios experimentam efeitos agudos na sua sa de ou conforto que parecem estar relacionados com a perman ncia no seu interior e n o com uma doen a espec fica ou uma causa identificada 62 Embora nos ltimos anos se tenha observado grandes avancos no n vel de conhecimento da QAI ainda se verifica a falta de sensibiliza o e informa o acerca deste tema sobretudo por parte dos ocupantes desses ambientes O ar interior ainda visto como resultado do clima interior estando apenas relacionado com os aspectos do conforto t rmico e normalmente as pessoas apresentam maiores preocupag es com o ar exterior do que com o ar que
180. amente ao progresso outro aluno argumentou que isso n o era verdade e que s vezes a tecnologia resultava em efeito contr rio em destruig o como no caso das bombas P11 Para a organizac o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizaram a leitura de um texto de apoio que discutia a filosofia da tecnologia CUPANI 2011 e com a mediac o do professor responderam s quest es propostas sobre a tem tica Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes foi organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Houve grande envolvimento dos alunos no debate e foram muitas as reflex es apresentadas nos di rios Alguns estudantes apresentaram fortes convic es em rela o neutralidade da tecnologia e cren a de que ela segue caminhos pr prios obedecendo apenas os des gnios de seus desenvolvedores enquanto outros defendiam posi es contr rias a uma ou ambas das afirma es Segundo os di rios dos estudantes A reflex o sobre a tecnologia para que ela foi feita para que est sendo usada e o que ser dela no futuro tem um car ter muito peculiar afinal aqui discutido sobre uma cria o propriamente humana n o como falar de pol tica ou metaf sica por exemplo Diferentemente desses termos a tecnologia pode ou poderia ser controlada de todos os modos por seu criador Mas n o parece bem o caso E dito que a tecnologia melhorou a
181. amento do que propriamente a sa de de seu usu rio Al m disso as menores part culas respir veis exatamente as que gostar amos de eliminar s o as que mais facilmente driblam os filtros E por ironia o uso de aspiradores de p convencionais levanta essas part culas do carpete onde est o depositadas e as dispersa novamente na rea respir vel de onde elas s v o lentamente sair noite FONTE Revista Planeta Ed 425 Fev 2008 http revistaplaneta terra com br edicao 425 261 QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 Os problemas relacionados as constru es urbanas n o s o recentes V rios autores relatam que as condi es de sa de e higiene nos castelos e resid ncias medievais eram bastante prec rias as pessoas coabitavam com animais n o havia preocupa o com banho ou higiene pessoal a umidade era grande devido ao ch o de terra batida n o haviam divis es internas e faltava ventila o j que geralmente havia uma nica janela e permanecia quase sempre fechada para manter o calor da casa No entanto a caracteriza o SED como doen a muito mais recente A partir da leitura do texto responda a Quando a SED foi oficialmente reconhecida como uma doen a Qual epis dio hist rico motivou este reconhecimento b Quais os sintomas que caracterizam um edif cio doente No Brasil os padr es para os sistemas de ar climatizado s o regulamentados pela Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria
182. an lise de g neros e compreens o S o Paulo Par bola Editorial 2008 MARTINS I CASSAB M ROCHA M An lise do processo de re elaborac o discursiva de um texto de divulgac o cient fica para um texto did tico Revista Brasileira de Pesquisa em Educac o em Ci ncias v 1 n 3 p 1 9 set dez 2001 MARTORANO S A A A transi o progressiva dos modelos de ensino sobre cin tica qu mica a partir do desenvolvimento hist rico do tema Tese Doutorado em Ensino de Ci ncias Universidade de S o Paulo S o Paulo 2012 MEZALIRA S M Enfoque CTS no ensino de ci ncias naturais a partir de publica es em eventos cient ficos Disserta o Mestrado em Ensino de Ci ncias Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Iju 2008 MILAR T RICHETTI G P PINHO ALVES J Alfabetiza o cient fica no ensino de Qu mica uma an lise dos temas da se o Qu mica e Sociedade da Revista Qu mica Nova na Escola Qu mica Nova na Escola v 31 n 3 p 165 171 ago 2009 Uma an lise dos direcionamentos da abordagem de rea es qu micas em livros de ci ncias do ensino fundamental In VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educa o em Ci ncias Florian polis 2009a MIRANDA E M Tend ncias das perspectivas Ci ncia Tecnologia e Sociedade CTS nas reas de educa o e ensino de ci ncias uma an lise a partir de teses e disserta es brasileiras e portuguesas Tese Doutorado em Educa
183. apresentam dentre outras potencialidades a finalidade de popularizar as atividades da ci ncia e da tecnologia familiarizando o p blico em geral com a linguagem do discurso cient fico Segundo Queiroz Ferreira e Imasato 2012 estas pesquisas se amparam na import ncia que deve ser dada em sala de aula a pr ticas que facilitam a incorpora o do conhecimento cient fico e contribuem para a forma o de h bitos e atitudes que se mant m mesmo fora dos ambientes educativos Rocha 2010 em pesquisa realizada com professores de ci ncias constatou a import ncia da divulga o cient fica para a contextualiza o dos conte dos abordados e para possibilitar aos alunos o acesso a informa es que contribuem para a forma o de cidad os cr ticos e conscientes de seu papel na sociedade Segundo o autor o trabalho com esses textos possibilita I a reflex o a intera o e a interpreta o dos fatos facilitando o processo de reelabora o das informa es pelos alunos o que fundamental para constru o do conhecimento Il a amplia o da vis o de mundo do aluno na medida em que permite a discuss o e a troca de opini es a respeito dos fatos apresentados III a amplia o do universo lexical e da compet ncia lingu stica do aluno IV a vincula o dos conte dos curriculares realidade fazendo com que o aluno perceba o sentido e a aplicabilidade do que aprende na 79 escola e V o desenvolvimento do h bito d
184. aquecem ou resfriam em fun o da temperatura interior desumidificador programa o para economizar energia e para um maior conforto 266 pode se selecionar e programar os intervalos de funcionamento fluxo de ar regul vel e velocidade da ventoinha b AQUECEDORES S o equipamentos dom sticos utilizados para aumentar a temperatura do ambiente Os tipos mais comuns s o os aquecedores el tricos e os aquecedores a leo No caso destes aparelhos a fonte de energia utilizada para o aquecimento a energia el trica c UMIDIFICADORES A umidade relativa do ar a relac o entre a quantidade de gua existente no ar e a quantidade m xima que poderia haver na mesma temperatura O n vel baixo de umidade no ar principalmente durante o inverno e a primavera causa v rios inc modos para a sa de Problemas respirat rios e al rgicos como rinite sinusite espirros tosse e sangramento nasal podem surgir e piorar com o clima seco A baixa umidade do ar resseca a pele e as mucosas provocando coceiras no nariz garganta e nos olhos A pele pode ficar irritada e apresentar rachaduras At mesmo dor de cabeca pode ser sintoma de baixa umidade Os umidificadores s o aparelhos que possuem a func o de regular a umidade no ambiente A maioria destes equipamentos utiliza a tecnologia ultrass nica O umidificador ultrass nico possui uma peca que vibra em freg ncia alta eliminando uma neblina fria no ambiente Quando a gua acaba o umidif
185. ar criticamente a sociedade em que vivem Utilizarei a primeira pessoa do singular no decorrer do texto nos momentos em que estiver me referindo a uma ideia pr pria n o necessariamente in dita ou a experi ncias e considera es particulares 15 Os conte dos da disciplina s o apresentados de forma fragmentada abstrata e isolada o que dificulta a compreens o de suas relac es com a conjuntura social e ignora sua influ ncia em nosso modo de vida N o estou minimizando a import ncia dos conte dos mas defendendo que fundamental al m de uma s lida base conceitual o desenvolvimento de saberes e habilidades que tornem esses conhecimentos te ricos v lidos para al m dos bancos escolares Um ensino capaz de contemplar as diversas situa es cotidianas ou n o que envolvem conhecimentos cient ficos e tecnol gicos bem como enfatizar valores ticos e morais necess rios para o conv vio social respons vel oportunizando a tomada de atitudes frente aos problemas que afetam a vida de todos n s Trata se antes de tudo da necessidade de uma mudanca de postura epistemol gica em relac o ao conhecimento qu mico e sua relac o com a formac o da cidadania na sociedade atual Tenho consci ncia de que n o se configura em uma tarefa simples ou de que somente as aulas de Qu mica s o suficientes para propiciar essa formac o No entanto al m de pesquisador sou professor dessa disciplina e encaro o conhecimento qu mico como fer
186. ar interior nenhum dos alunos se pronunciou P02 Ap s os alunos apresentarem suas opini es foi proposta a an lise de uma atividade e a realiza o de um experimento Esta an lise caracterizou a etapa da organiza o do conhecimento A seguir descrevemos a atividade e o experimento Atividade Os alunos individualmente tiveram que propor um modelo para explicar a difus o pela sala do g s contido nos frascos deixados propositadamente pelo professor antes do in cio da aula Este modelo foi descrito atrav s de um desenho representando a subst ncia inicialmente dentro do frasco e depois espalhando se pela sala de aula Os alunos reunidos em equipes selecionaram um modelo consensual para ser apresentado ao professor e aos demais grupos N o houve dificuldades para representar um modelo caracter stico do sistema proposto como explicitado em nosso di rio Neste exerc cio foi pedido para que fizessem dois desenhos um representando as mol culas do g s dentro do frasco e outro representando as mol culas ap s sua difus o pela sala de aula A maioria dos estudantes intuitivamente representou as mol culas por pontos mais pr ximas no primeiro desenho e espalhadas no segundo P02 Experimento Os alunos reunidos em equipes e auxiliados pelo professor investigaram a velocidade de deslocamento de dois gases o cido clor drico HCI e a am nia NHs A experi ncia foi realizada inserindo dois chuma os de algod o embebidos co
187. arelhos de ar condicionado observa As pessoas com a SED em geral n o t m nenhuma doen a que um m dico possa detectar mas seu sofrimento ineg vel comenta Richard Lockey diretor da Divis o de Alergia e Imunologia da Universidade do Sul da Fl rida Em alguns casos os sintomas s o t o s rios que a pessoa n o pode mais trabalhar no edif cio em quest o A origem da SED data de meados dos anos 1970 quando a eleva o brusca dos pre os do petr leo provocou uma crise energ tica sem paralelo no mundo A rea o de arquitetos e engenheiros foi projetar e construir edif cios mais fechados com poucas aberturas para ventila o Com isso manter a circula o e a refrigera o do ar exigiria um consumo menor de energia Simplificar a realidade por m sempre embute um pre o que mais cedo ou mais tarde ser cobrado A nova tend ncia implicava automatizar os sistemas de ar condicionado e a economia de custos concentrou os controles em apenas duas vari veis temperatura e umidade relativa do ar interno Com isso diversos outros fatores relativos qualidade do ar mais importantes para os usu rios dos edif cios ficaram esquecidos Com a renova o do ar interno drasticamente restringida nesses pr dios o n vel dos poluentes existentes dentro deles subiu em propor es assustadoras Entre eles est o o mon xido e o di xido de carbono CO e CO2 al m de caros fungos algas protozo rios e bact rias que s
188. arelhos de ar condicionado t m como prop sito prim rio aumentar o conforto t rmico dos ambientes O correto dimensionamento desses equipamentos fundamental para sua efici ncia Vamos analisar a quest o proposta pelo ENEM 2012 que trata do dimensionamento dos aparelhos de ar condicionado A capacidade m nima em BTU h de um aparelho de ar condicionado para ambientes sem exposi o ao sol pode ser determinada da seguinte forma e 600BTU h por mf considerando se at duas pessoas no ambiente para cada pessoa adicional nesse ambiente acrescentar 600BTU h acrescentar mais 600BTU h para cada equipamento eletroeletr nico em funcionamento no ambiente Ser instalado um aparelho de ar condicionado em uma sala sem exposi o ao sol de dimens es 4m x 5m em que permane am quatro pessoas e possua um aparelho de televis o em funcionamento A capacidade m nima em BTU h desse aparelho de ar condicionado deve ser a 12000 b 12600 c 13200 d 13800 e 15000 Recursos did ticos Roteiro do estudante Trecho V deo Umidificadores Texto Aparelhos dom sticos de climatizac o interior Avaliac o A avaliac o ser realizada atrav s da an lise da participac o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Ref
189. art culas O estudo foi realizado atrav s da organiza o dos pressupostos da Teoria Cin tica dos Gases TCG enfocando as vari veis de estado dos gases e as transforma es gasosas de uma massa fixa de g s A aula foi programada para utilizar um texto de apoio indicado na proposta did tica que sintetizava aspectos da TCG relacionados aos conceitos cient ficos envolvidos nas pr ticas realizadas na aula anterior Nesta aula registramos o comparecimento de 19 alunos 98 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA A aula programada para durar 50 minutos iniciou com atraso de cerca de 3 minutos O sinal sonoro que indica o in cio e t rmino das aulas esteve desligado durante todo o dia devido reforma que se realiza concomitantemente com o per odo letivo e este fator causou confus o na entrada e sa da das aulas No in cio da aula a turma estava mais agitada do que de costume e havia muito barulho na sala em fun o da movimenta o de alunos nos corredores e nas salas adjacentes Al m disso ao contr rio das aulas anteriores a turma estava em sua sala de origem localizada pr xima a uma das principais avenidas da cidade O ru do do tr fego intenso de ve culos dificulta naturalmente a concentra o e n o favorece a comunica o no ambiente Devido a esses fatores houve a necessidade de chamar a aten o dos alunos para que a aula pudesse ser iniciada como planejado Com a aten o da turma pe
190. as o aspirador de p especialmente com filtros HEPA D144 122 A aplicac o do conhecimento se deu por meio de uma atividade que discutiu as informa es veiculadas pelos meios de comunica o em rela o aos aparatos tecnol gicos e suas aplica es O exerc cio apresentava uma propaganda de um aparelho de purifica o de ar que funciona atrav s da emiss o de oz nio e de maneira enganosa argumentava que esta caracter stica auxiliava na manuten o da camada de oz nio Os alunos n o apresentaram dificuldades para resolver a atividade e foram un nimes em afirmar que a propaganda era enganosa Articula o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetiza o tecnol gica pr tica e c vica mediante a compreens o dos aspectos pr ticos do princ pio de funcionamento dos aparelhos de purifica o de ar e da reflex o sobre as informa es veiculadas na m dia sobre as caracter sticas desses dispositivos Aula 11 A Natureza da Tecnologia Nesta aula buscamos introduzir discuss es sobre a filosofia da tecnologia e suas rela es com a ci ncia e com a sociedade Optamos por abordar estas reflex es logo ap s a an lise das caracter sticas de diversos equipamentos de climatiza o e purifica o de ar realizadas nas duas aulas anteriores Deste modo procuramos enfatizar as m ltiplas dimens es da tecnologia evitando limitar sua discuss o apenas aos aparatos tecnol gicos O estudo fo
191. as aplica es c conhecimento do que vem a ser ci ncia d independ ncia no aprendizado de ci ncia e capacidade de pensar cientificamente f habilidade de usar conhecimento cient fico na solu o de problemas g conhecimento necess rio para participa o inteligente 31 em quest es sociais relativas ci ncia h compreens o da natureza da ci ncia incluindo as suas relac es com a cultura i apreciac o do conforto proporcionado pela ci ncia incluindo curiosidade por ela j conhecimento dos riscos e benef cios da ci ncia e k habilidade para pensar criticamente sobre ci ncia e negociar com especialistas NORRIS PHILIPS 2003 p 225 traduc o nossa Os cinco primeiros objetivos destacados pelos autores remetem a habilidades espec ficas relativas atividade cient fica enquanto os seis ltimos destacam conhecimentos habilidades e valores associados s fun es pr tica social e cultural do Ensino de Ci ncias Deste modo independentemente dos argumentos utilizados para sustentar os posicionamentos dos diferentes autores encontramos na literatura dois grandes grupos de categorias para a alfabetiza o cient fica um que incorpora as relativas especificidade do conhecimento cient fico e outro que abrange as categorias relativas fun o social SANTOS 2007b p 478 No entanto apesar de corroborar com os aspectos apresentados quando objetivamos a formac o de alfabetizac o cient fica e tecn
192. as aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Refer ncias DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 MORTIMER E F MACHADO A H Qu mica ensino m dio S o Paulo Scipione 2010 229 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 02 1 QUESTIONAMENTO RELATIVO A 12 ATIVIDADE Ap s a an lise e discuss o dos modelos propostos pelos integrantes da equipe represente as mol culas do g s antes e depois do espalhamento pela sala de aula dl ANTES no frasco DEPOIS na sala 2 QUESTIONAMENTO RELATIVO AO 1 EXPERIMENTO anel de Reagente B Reagente A 2 As quest es abaixo devem ser respondidas durante a realizac o do experimento a Ap s o chumago de algod o ter sido embebido com am nia NHs e com cido clor drico HCI e colocados nas extremidades do tubo de vidro o que ocorreu dentro do tubo Com uma r gua me a a dist ncia em cm entre cada uma das extremidades do tubo e a parte do tubo em que houve a forma o de vapores brancos Extremidade NH Extremidade HCI Por que os vapores n o se formaram no meio do tubo de vidro Existe diferen a na velocidade em que os vapores de NH e HCI se difundiram a partir das extremidades do tubo Por que isso ocorre Voc consegue explicar qual a subst ncia formada dentro do tubo Represente a reac o qu mica entre a am nia e o cido clor drico 230
193. as compreens es dos estudantes sobre a dimens o pr tica de alfabetiza o cient fica a rela o do tema com a vida cotidiana e a utilidade pr tica do conhecimento cient fico 4 3 1 1 A Rela o do Tema com a Vida Cotidiana O primeiro ind cio encontrado nos textos dos estudantes e associado ao potencial de alfabetiza o cient fica pr tica est relacionado compreens o dos alunos sobre a import ncia da tem tica desenvolvida Conforme dissemos anteriormente entendemos que para participar ou formar opini o sobre determinado assunto antes de tudo preciso compreend lo Especificamente no caso da tem tica da QAI antes do desenvolvimento da proposta em sala de aula a grande maioria dos alunos n o possu a nenhuma 135 informac o concreta sobre o tema ou mesmo uma vaga noc o de sua import ncia como podemos perceber atrav s dos relatos em alguns de seus di rios Nessa aula discutimos sobre a poluic o interna e esse era um assunto que n o tinha quase ou nenhum conhecimento Tamb m n o sabia que o ar interno em muitas das vezes muito mais polu do que O ar externo pois nos ambientes internos h muitos fatores que n o conhecia e que colaboram para a poluic o como por exemplo cigarro spray aerossol purificadores de ar impressoras a laser D008 grifos nossos Eu achei interessante pois a maioria das pessoas acha que a polui o est no exterior por causa das fuma as industriais e o cheir
194. as enzimas P13 Ao t rmino das discuss es em grupo sobre e conclus es das equipes foi organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar os experimentos Neste momento auxiliamos os alunos na interpretac o das pr ticas Em seus di rios os alunos enfatizaram a import ncia dos experimentos para a compreens o dos conceitos estudados e o car ter motivacional das aulas pr ticas Segundo um desses relatos Eu adoro aprender coisas novas e com esse tipo de aula estou aprendendo bem mais Eu n o tinha a m nima noc o de que batatas continham enzimas e que perdiam a maior parte de suas enzimas quando cozidas D177 A aplica o do conhecimento se deu mediante a seguinte situa o A partir de uma an lise das pr ticas realizadas durante aula explique por que ao abanarmos uma churrasqueira a chama aumenta Buscamos com este questionamento verificar se os alunos conseguiam associar um fato observado corriqueiramente com o conceito cient fico relativo a influ ncia da concentrac o dos reagentes na rapidez das reac es Como este conceito havia sido discutido no primeiro experimento da etapa de organizac o do conhecimento a grande maioria dos alunos n o apresentou dificuldades em responder quest o proposta 128 Articulac o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetizac o cient fica pr tica por meio da an lise dos fatores que alteram a rapidez das rea es sob
195. as que favorecessem a participac o ativa dos alunos valorizassem o di logo o car ter investigativo e o debate de ideias Estes aspectos n o passaram despercebidos pelos estudantes em suas produc es textuais e s o significativas as impress es destacadas nos relatos a seguir A aula foi muito interessante v rias pessoas participaram e deram suas opini es foi muito boa e participativa Na minha opini o eu gostei da aula pois foi uma aula interativa e fiquei sabendo de coisas que n o sabia D009 Houve bastante diferenca em relac o s aulas de qu mica do in cio do ano Como o assunto envolvia teoria cient fica parece ser mais f cil para abordar os assuntos dessa maneira Cada uma das aulas comecava com uma introduc o e se desenvolvia com experimentos pensamentos escrita etc E isso claro n o se parece com uma aula de ensino m dio se aproxima mais de uma aula acad mica As aulas foram sempre um terreno preparat rio para a aula seguinte e ap s o t rmino as ideias se organizavam automaticamente na cabeca Ao inv s de haver choques entre as ideias passadas nas aulas ocorre uma intera o m tua os assuntos se completam facilitando as conclus es e a fixac o As aulas seus demais 164 exerc cios e di rios eram todas pecas de um quebra cabeca que s seria montado com todas elas QA13 No meu ponto de vista todos os conhecimentos trabalhados foram bons pois se me perguntarem sobre qualquer
196. as subst ncias gasosas Quais outros fatores podem alterar o comportamento dos gases Os alunos ser o instigados a emitir suas opinides a respeito do assunto e o professor apresentar as experi ncias pr ticas para an lise Organizac o do conhecimento a organizac o do conhecimento se dar atrav s da an lise e discuss o de alguns experimentos realizados em sala sob a orientac o do professor 1 Experimento Neste experimento os alunos ir o comprimir o ar que est dentro de uma seringa observando o sistema antes e depois da compress o 231 Ap s a reuni o dos alunos em equipes os integrantes devem selecionar um modelo consensual para ser representado no roteiro do estudante Este modelo ser descrito atrav s de um desenho representando o sistema inicial antes da compress o e final depois da compress o 22 Experimento Os alunos utilizar o para este experimento um sistema formado por um kitassato cheio de ar fechado e conectado a uma seringa Ao puxarem o mbolo da seringa ser removida parte do ar contido no frasco Ap s realizarem esse procedimento os alunos devem observar as altera es no sistema e propor atrav s de um desenho transcrito no roteiro do estudante uma representa o para o sistema inicial antes de puxar o mbolo e final ap s puxar o mbolo 3 Experimento Neste experimento os alunos ir o conectar um bal o de l tex boca de um erlenmeyer Em seguida com o aux lio de uma gar
197. aspecto importante que o catalisador engendrado para ter alta seletividade para o produto requerido isto para minimizar produtos secund rios Isso al m de levar a um uso mais eficiente dos recursos do ponto de vista econ mico tamb m reduz a quantidade de rejeitos o que melhor para o meio ambiente Mon xido de carbono e cat lise A maioria das pessoas sabe que o mon xido de carbono um g s t xico perigoso emitido por exemplo pelo escapamento de carros e chamas a g s mal reguladas Entretanto o mon xido de carbono tamb m pode ser uma mat ria prima b sica til para a ind stria qu mica ajudando na produ o de importantes compostos org nicos Como exemplo podemos seguir os passos at micos desde o g s natural at o cido etan ico cido ac tico talvez mais conhecido como o cido contido no vinagre e seu anidrido etan ico Quadro 1 O anidrido etan ico comumente 285 denominado de anidrido ac tico um produto qu mico valioso na fabricac o de solventes e pl sticos Quadro1 Catalisadores industriais em uma sequ ncia de g s natural a cido ac tico e anidrido ac tico os principais elementos usados nos catalisadores s o mostrados en tre colchetes Ni Etapa 1 CH H O CO 3H reforma a vapor Fel heterog nea Etapa2 CO HO CO deslocamento gasoso da gua cu Zn heterog nea Etapa3 CO 2H CH OH s ntese do metanol IE heterog nea Eta
198. ategorias podem ser produzidas por diferentes metodologias dentre estas se destacam o m todo dedutivo e o m todo indutivo A partir do m todo dedutivo as categorias s o definidas a priori ou seja s o constru das atrav s do referencial te rico do pesquisador antes de examinar o corpus Enquanto que no m todo indutivo as categorias emergem durante a an lise das unidades produzidas do corpus H tamb m sempre a possibilidade de produzir categorias atrav s da mescla dos m todos dedutivo e indutivo em um processo intuitivo Segundo essa perspectiva partindo de categorias definidas a priori o pesquisador faz altera es gradativas no conjunto inicial de categorias atrav s do exame das informa es do corpus de an lise aperfei oando um conjunto pr vio de categorias produzidas por dedu o Segundo Moraes e Galiazzi 2007 p 24 as categorias produzidas por intui o originam se de inspira es repentinas que se apresentam ao pesquisador a partir de uma intensa impregna o assim por meio de um processo intuitivo emergem novas compreens es No entanto ressalta se que de certo modo os m todos dedutivo e indutivo sempre requerem um pouco de intui o Desse modo independentemente do m todo utilizado para a produ o das categoriais esta fase se constitui em um processo que busca estabelecer articula es entre as unidades de an lise para a elabora o de uma nova ordena o de forma a ampliar o entendime
199. ativos presentes na referida aula Lembre se de apresentar suas ideias com clareza descrevendo a aula com o m ximo de detalhes Esta atividade dever ser entregue ao professor no dia AP NDICE 3 DI RIOS DE BORDO DO PROFESSOR DI RIO DE AULA 01 19 09 2013 A primeira aula da unidade did tica teve como objetivo iniciar o estudo dos gases atrav s da tem tica da Qualidade do Ar Interior QAI Esta aula se caracterizou por um car ter informativo e houve maior nfase aos perigos associados a polui o do ar interior suas caracter sticas seus principais agentes e as maneiras de se prevenir ou minimizar os efeitos indesejados desses poluentes Registramos o comparecimento de 18 alunos 96 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA A aula programada para durar 50 minutos iniciou cerca de 2 minutos antes do hor rio previsto devido sa da antecipada do professor da aula anterior A turma participou ativamente das discuss es e demonstrou interesse pela tem tica Conv m mencionar como ponto negativo o excesso de barulho externo A sala de aula localiza se no piso superior da escola e bastante pr xima a uma das principais avenidas da cidade Este fator atrapalhou a comunica o em alguns instantes e exigiu maior concentra o dos estudantes durante a leitura do texto proposto no roteiro do estudante Iniciamos a aula propondo os questiona
200. autonomia no contexto tecno cient fico atual e auxiliam a instrumentalizar o cidad o para interagir com esses dispositivos Nesse sentido aproveitamos a tem tica da OAI para refletir com os estudantes sobre as funcionalidades e a simbologia associada aos aparelhos de purificac o e climatizac o do ar interior Sobre estes aspectos destacam se os fragmentos abaixo Na aula de hoje estudamos sobre aparelhos de purificac o do ar Um assunto muito legal que eu n o sabia s conhecia os aparelhos de ar condicionado Mas tamb m n o s o t o eficientes como deveriam Tem v rios tipos de purificadores como o removedor de part culas removedores de g s e at mesmo as plantas Mas eles podem sim ajudar com a purificac o do ar sempre tendo uma ventilac o adequada e reduzindo as fontes de poluic o Uma descoberta bem legal tamb m foi a de um aspirador que remove as part culas de p e tamb m prende micro organismos ajudando na limpeza D136 Alguns aspiradores de p utilizam filtros do tipo HEPA Esse tipo muito bom porque eles s o projetados para reter as part culas que fazem mal sa de enquanto as vassouras e espanadores levantam part culas de poeira e dispersam caros pelo ar D138 152 Conclu mos que a maneira mais efetiva de resolver esses problemas reduzindo as fontes de polui o e utilizar uma ventila o adequada Depois discutimos sobre os aspiradores de p que utilizam filtros do tipo HEPA Vimos que
201. belecer crit rios para aquisic o de um equipamento de climatizac o ou purificac o do ar levando em considerac o as relac es de custo benef cio envolvidas Buscamos atrav s dessa discuss o auxiliar aos estudantes no desenvolvimento de autonomia nas negocia es que envolvem produtos tecnocient ficos em especial no que se refere real necessidade de adquiri los e ao seu impacto ambiental Sobre estes aspectos destacam se v rios relatos produzidos pelos alunos durante a inser o did tica dos quais selecionamos alguns para reprodu o logo abaixo Quais as maneiras mais efetivas de propiciar uma melhoria na qualidade do ar interior A resposta simples a maneira mais efetiva de resolver esse problema reduzindo as fontes de polui o e utilizando uma ventila o adequada Se todo mundo fizer isso o ar dentro de casa vai melhorar muito Eu particularmente gostei muito da aula e aprendi que a melhor coisa voc ter uma ventila o adequada e diminuir a polui o Isso favorece mais a nossa sa de do que comprar os aparelhos de purifica o do ar interior D142 grifos nossos Sim porque agora eu posso dizer para eles que n o adequado comprar aquele equipamento Que o mais adequado um que n o prejudique nossa sa de e eu entendo agora qual seria o melhor E meus pais quando eu falo alguma coisa que eu aprendi na escola eles acreditam e procuram seguir QF02 grifos nossos Acho que para comprar
202. bemos que os maiores problemas encontrados para a resoluc o das atividades ocorreram nas atividades que relacionavam a variac o da densidade dos gases em func o da alterac o de sua massa e volume Os alunos demonstraram 200 dificuldades em manipular a equac o matem tica que representa a densidade e compreender as rela es de proporcionalidade envolvidas Com o t rmino da an lise dos experimentos e discuss es nas equipes reunimos a turma em grande grupo buscando superar algumas lacunas no entendimento do modelo proposto e principalmente na manipula o da express o matem tica representativa da densidade Propusemos ent o a quest o relativa a sess o de aplica o do conhecimento A atividade proposta relacionava a varia o da press o interna do corpo humano com a varia o da press o atmosf rica Esta etapa durou aproximadamente 7 minutos Depois de recolhermos a quest o resolvida discutimos as hip teses apresentadas pelos alunos e percebemos que a maioria dos estudantes conseguiu estabelecer a rela o proposta no exerc cio Acreditamos que a aula transcorreu como esperado e que os experimentos e suas reflex es auxiliaram na constru o de um modelo representativo para o estado gasoso DI RIO DE AULA 04 07 10 2013 A quarta aula da unidade did tica intitulada A teoria cin tica dos gases teve como objetivo principal ampliar a an lise do modelo constru do para os materiais gasosos sob a tica do modelo de p
203. bito desta pesquisa a formulac o das categorias definidas a priori partiu do pr prio referencial te rico utilizado para a construc o da proposta e desenvolvimento das aulas Os par metros de ACT utilizados como norteadores da proposta did tica e descritos nos cap tulos anteriores constitu ram se naturalmente em categorias de an lise preestabelecidas em func o do problema de pesquisa 130 Assim a partir dessa infer ncia e ancorados na metodologia da ATD estabelecemos sete categorias de an lise a priori que permitiram a elaborac o de outras subcategorias que emergiram desse processo anal tico As categorias definidas a priori foram Alfabetizac o Cient fica Pr tica Alfabetizac o Cient fica C vica Alfabetizac o Cient fica Cultural Alfabetizac o Cient fica Profissional Alfabetizac o Tecnol gica Pr tica Alfabetiza o Tecnol gica C vica e Alfabetiza o Tecnol gica Cultural A primeira categoria denominada Alfabetizac o Cient fica Pr tica refere se a ind cios de apropriac o de conceitos cient ficos b sicos e de utilidade imediata para a vida dos estudantes Durante o processo de identificac o das unidades de significado associadas a esta categoria identificamos duas subcategorias relacionadas a relac o do tema com a vida cotidiana e a utilidade pr tica do conhecimento cient fico Esta se refere ao modo como os estudantes associaram os conceitos cient ficos abordados com situac es encontradas em seu
204. bst ncia respons vel pela polui o do ar em ambientes fechados al m do ar exterior Em rela o a alternativas para a melhoria da qualidade do ar interior um dos alunos sugeriu a utiliza o de aparelhos de purifica o de ar 197 A problematizac o inicial durou aproximadamente 6 minutos e em seguida pedimos aos alunos que se organizassem em duplas para a leitura do texto de apoio e resoluc o das quest es propostas no roteiro do estudante relativas organizac o do conhecimento N o houve resist ncia a leitura do texto e o debate nas equipes foi bastante produtivo Os alunos n o apresentaram dificuldades em resolver as quest es propostas e nas discuss es houve refer ncias as diversas fontes de poluic o do ar interior como o tabaco os sistemas de ar condicionado os materiais de construc o e o armazenamento incorreto dos produtos de limpeza A etapa relativa a organiza o do conhecimento teve dura o de aproximadamente 35 minutos e durante o debate realizado com a turma fizemos uma retomada dos questionamentos iniciais Desta vez os alunos n o tiveram d vidas em afirmar que a polui o do ar interior um fator muito mais preocupante do que a polui o externa pois esta impacta diretamente naquela e al m disso ainda existem uma s rie de outras fontes quase impercept veis de polui o nos ambientes internos Esta retomada durou aproximadamente 8 minutos e caracterizou a etapa de aplica o do conhecimento p
205. c o da import ncia de seu papel nesse contexto No entanto antes de explicitar os detalhes da construc o de nossa proposta de implementac o alvo do pr ximo cap tulo conv m discutir o Enfoque CTS e seu potencial como promotor de ACT especificamente em relac o ao Ensino de Qu mica 1 4 O Enfoque CTS e o Ensino de Qu mica Aikenhead 1997 explica que o Movimento CTS surgiu em um contexto diferente do movimento de ACT Enquanto o primeiro originou se a partir de cr ticas ao modelo de desenvolvimento cient fico e tecnol gico o segundo nasceu por press es sociais pelas mais diferentes raz es desde as econ micas at as pr ticas Apesar disso Santos 2007 destaca que tanto as abordagens CTS quanto os preceitos de ACT apresentam similaridades quando enfatizam a func o social do Ensino de Ci ncias Desse modo quando se pretende articular uma proposta de ensino a partir de um Enfoque CTS como vistas a ACT h que se ter em mente a func o social do Ensino de Ci ncias em especial no Ensino de Qu mica e seu potencial transformador Como afirmam Santos e Schnetzler 2003 p 98 se a qu mica est presente na vida do cidad o poderemos ensin lo a participar da sociedade ativamente por meio do conhecimento dos seus problemas sociais relacionados a ela Niezer 2012 argumenta que a compreens o dos conceitos cient ficos pode levar os alunos ao interesse pela ci ncia facilitando o aprendizado e possibilitando a 50
206. c pio de a o dos catalisadores e apesar de n o ser nosso intuito inicial adiantamos que este assunto seria abordado de maneira mais aprofundada em um pr ximo encontro 215 A etapa de organizac o do conhecimento durou aproximadamente 40 minutos e para a aplicac o do conhecimento solicitamos aos estudantes que respondessem individualmente uma quest o que relacionava a influ ncia da concentrac o dos reagentes na rapidez das reacdes Questionamos o motivo pelo qual abanamos a churrasqueira para aumentar a chama Esta etapa durou aproximadamente 6 minutos e os estudantes conseguiram finalizar a atividade alguns poucos instantes depois do t rmino da aula A aula cumpriu seus objetivos e acreditamos que as atividades pr ticas auxiliaram no entendimento das situac es propostas Ressaltamos que durante o debate das quest es nas equipes e no grande grupo houve disposic o dos estudantes em participar expondo suas ideias e hip teses DI RIO DE AULA 14 14 11 2013 A d cima quarta aula da unidade did tica intitulada Catalisadores teve como objetivo analisar o princ pio de ac o dos catalisadores e sua influ ncia na rapidez das reac es A aula foi programada para utilizar um texto de apoio indicado na proposta did tica que sintetizava as principais caracter sticas dos catalisadores e sua import ncia para v rios processos industriais Nesta aula registramos o comparecimento de 14 alunos 78 dos estudantes matriculados na turma
207. ca procurando evidenciar os problemas enfrentados por uma abordagem descontextualizada da disciplina que em geral pautada pela nfase na memoriza o e no formalismo matem tico Neste cap tulo tamb m fazemos uma revis o bibliogr fica sobre o Movimento CTS enfatizando o surgimento hist rico das discuss es e estudos sobre as intera es entre ci ncia tecnologia e sociedade seus desdobramentos no campo educacional e uma reflex o sobre seu potencial como promotor de alfabetiza o cient fica e tecnol gica no Ensino de Qu mica O segundo cap tulo O Ensino de Qu mica e a Qualidade do Ar Interior apresenta o referencial te rico que ampara propostas de utiliza o do Enfoque CTS a partir de uma organiza o curricular baseada em eventos ou temas Em seguida discutimos a relev ncia da tem tica enfatizando seu potencial como elemento de articula o dos conte dos espec ficos de Qu mica relacionados ao estudo dos gases e a cin tica qu mica a partir de uma s rie de par metros de alfabetiza o cient fica e tecnol gica Por fim destacamos a din mica das aulas e as estrat gias de ensino selecionadas para o desenvolvimento da proposta de ensino No terceiro cap tulo Qualidade do Ar Interior Caminhos da Investiga o apresentado em um primeiro momento um conjunto de considera es te ricas em torno da metodologia adotada para a pesquisa Na sequ ncia apresentamos a descri o do contexto escolar
208. ca sobre ci ncia tecnologia sociedade e suas inter rela es um estudo preliminar para o desenvolvimento de abordagens CTS em sala de aula Ci ncia 8 Educac o v 14 n 2 p 251 269 2008 FL R C C CASSIANI S Qual qu mica ensinar Reflex es a respeito da educac o qu mica Algumas de suas configura es no ensino m dio In XVI Encontro Nacional de Ensino de Qu mica e X Encontro de Educac o Qu mica da Bahia Salvador 2012 FORGIARINI M S A abordagem de temas pol micos no curr culo da EJA o caso do Florestamento no RS Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2007 FOUREZ G A construc o das ci ncias introduc o filosofia e tica das ci ncias S o Paulo Editora da Universidade Estadual Paulista 1995 FOUREZ et al Alfabetizaci n cient fica y tecnol gica Acerca de las finalidades de la ense anza de las ci ncias Traduc o Elsa G mez de Sarria Buenos Aires Ediciones Colihue 1997 FRANCISCO JUNIOR W E FERREIRA L H HARTWIG R Experimentac o problematizadora fundamentos te ricos e pr ticos para a aplicac o em salas de aula de ci ncias Qu mica Nova na Escola n 30 p 34 41 nov 2008 FREIRE P Extens o e comunicac o Traduc o de Rosisca Darcy de Oliveira Rio de Janeiro Paz e Terra 1977 Educac o como pr tica da liberdade 108 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1980 Pedagogia do oprimido 17 ed Rio d
209. cacionais complementares aos Par metros Curriculares Nacionais Ci ncias da natureza matem tica e suas tecnologias Bras lia MEC SEMTEC 2002 Minist rio da Educa o MEC Secretaria de Educa o B sica SEB Orienta es curriculares nacionais para o Ensino M dio Ci ncias da natureza matem tica e suas tecnologias Bras lia MEC SEB 2006 BRICKUS L S R NETO F R A A qualidade do ar de interiores e a Qu mica Qu mica Nova v 22 p 65 74 1999 BRITO D L SOUZA M L FREITAS D Forma o inicial de professores de ci ncias e biologia a vis o da natureza do conhecimento cient fico e a rela o CTS Intera es n 9 p 129 148 2008 BYBEE R W Achieving scientific literacy The science teacher v 62 n 7 p 28 33 Arlington United States oct 1995 CARVALHO A M P Habilidades de professores para promover a encultura o cient fica Contexto amp Educa o ano 22 n 77 p 25 49 jan jun 2007 CASSIANI S LINSINGEN Forma o inicial de professores de Ci ncias perspectiva discursiva na educa o CTS Educar em Revista v 34 p 127 147 2009 CASTELFRANCHI J As serpentes e o bast o tecnoci ncia neoliberalismo e inexorabilidade Tese Doutorado em Sociologia Universidade Estadual de Campinas Campinas 2008 CEREZO J A L Ci ncia tecnologia e sociedade o estado da arte na Europa e nos Estados Unidos Revista Iberoamericana de Educaci n ci ncia te
210. caram exclusivamente discuss o dessa tem tica al m da publica o de livros sobre o assunto SOLOMON 1993 YAGER 1993 SOLOMON AIKENHEAD 1994 Na Am rica Latina a origem do Movimento CTS se encontra na reflex o da ci ncia e da tecnologia como compet ncia das pol ticas p blicas O pensamento latino americano sobre esta perspectiva nasce no final dos anos 1960 como cr tica situac o da ci ncia e da tecnologia e de alguns aspectos da pol tica estatal VACCAREZZA 1998 Especificamente no Brasil os curr culos de ci ncias comecaram a incorporar as discussdes CTS no final da d cada de 1980 quando passou a ser reivindicado um Ensino de Ci ncias que atendesse as relag es cient fico tecnol gicas do mundo contempor neo e promovesse a consolidac o da democracia STRIEDER 2008 Segundo Krasilchick 1987 a crise econ mica a busca por industrializac o informatizac o e desenvolvimento associadas ao momento de transic o pol tica pelo qual o pa s passava contribu ram para que essas discuss es fossem introduzidas no pa s Apesar disso de acordo com Santos 2008 foi s a partir da d cada de 1990 que comecam a surgir pesquisas em Programas de P s Graduac o envolvendo a tem tica CTS no Ensino de Ci ncias O autor destaca os trabalhos de Santos 1992 Trivelato 1993 Amorim 1995 Cruz 2001 Auler 2002 e Koepsel 2003 40 Em 1990 organizada pelo Minist rio da Educac o em Bras lia a Con
211. cessidade de abordar rela es CTS A autora tamb m esclarece que al m dos crit rios relacionados sua selec o a abrang ncia dos temas na perspectiva freireana pode diferir em relac o ao Enfoque CTS Enquanto em Freire os temas s o necessariamente abertos vivenciados pelos alunos e sem respostas exatas na vertente CTS eles podem ser eventos fechados simulados e com ju zos estabelecidos Desse modo apesar de possu rem em comum o objetivo de possibilitar a participa o cr tica dos cidad os na sociedade e defenderem o uso de abordagens tem ticas para a concretiza o destes objetivos tanto o Enfoque CTS quanto a pedagogia freireana possuem algumas especificidades que precisam ser consideradas no momento de sua articula o Assim cabem as ressalvas de Strieder 2008 no sentido de que escolher esta op o implica inevitavelmente em considerar elementos de ambas as propostas e abrir m o de outros 9 A proposta de investiga o tem tica freireana envolve cinco etapas sendo as quatro primeiras dedicadas sele o do tema e a ltima a abordagem em sala de aula S o elas levantamento preliminar an lise das situa es e escolha das codifica es di logos descodificadores redu o tem tica e trabalho em sala de aula Para compreens o mais ampla do processo de investiga o tem tica particularmente em rela o ao Ensino de Ci ncias consultar Delizoicov Angotti e Pernambuco 2002 59 Santos e Mortimer
212. cida Gostei DO30 Essa aula de qu mica foi muito legal pois fizemos v rias experi ncias aprendemos tamb m os c lculos das experi ncias e foi super legal Eu entendi a mat ria finalmente a qu mica est ficando legal pois n o estamos fazendo s de conta DO34 Eu gostei muito da aula pois aprendi coisas novas e gostaria que as aulas continuassem assim mais divertidas descontra das e claro n s aprendendo a fazer experimentos D040 J no segundo experimento o pozinho se dissolveu mais rapidamente por causa da superf cie de contato Quanto maior maior a rea que haver choque e quando menor o peda o mais r pido o cozimento acontece Portanto foi mais uma aula interessante divertida e proveitosa Deu para aprender mais um pouco sobre como a temperatura influ ncia nas rea es qu micas D167 Eu gostei desse estilo de aula pois nunca tinha feito experi ncias pr ticas assim e estou gostando muito D169 Eu gostei dessa aula porque gosto de aula com experimentos aulas diferentes Gosto mais do as outras aulas que s o de escrever e n o tem experimentos D172 Esses experimentos tornam a aula bem mais legal todos participam e n o existe o certo e o errado pois est todo mundo aprendendo D181 Gostei dessa aula foi bom pois ficamos curiosos e deu vontade de querer saber mais e mais A Import ncia da Experimenta o no Ensino de Qu mica
213. cient fica O di rio faz parte do desenvolvimento da unidade did tica Ver ouvir e escrever principalmente mant m o conte do fresco na cabe a A ci ncia melhor compreendida com a linguagem ao inv s dos n meros QA13 Enquanto um dos estudantes destaca que o desenvolvimento progressivo da escrita sobre ci ncia ajuda na expans o de eloqu ncia para quem quer fazer um curso na rea acad mica cientifica QA13 outro estudante amplia a import ncia do h bito da escrita para sua forma o e esclarece que a produ o dos di rios de bordo ajuda tamb m para quem n o sabe muito fazer textos porque a come amos a ter mais interesse em escrever QAO03 Ao mesmo tempo em que concordamos com o argumento de que a ci ncia pode ser compreendida com a linguagem ao inv s dos n meros QA13 acreditamos que escrever tamb m auxilia o estudante a construir argumentos a realizar leituras menos ing nuas e a posicionar se criticamente atrav s de suas pr prias palavras Segundo Giraldi 2010 em um mundo permeado por in meras pr ticas sociais de escrita e leitura torna se fundamental conduzir atividades que propiciem o desenvolvimento dessas capacidades 172 Desse modo da mesma forma como defendemos a necessidade de abordagens que considerem as m ltiplas dimens es da ci ncia e da tecnologia e suas rela es e inter rela es com o contexto social tamb m acreditamos que os sentidos atribu dos s compre
214. cient ficos s o selecionados a partir da necessidade de serem trabalhados para o entendimento de uma situac o real e significativa para a comunidade escolar Os temas chamados de geradores resultam de um processo denominado de investiga o tem tica FREIRE 1987 Assim um tema social com este enfoque obrigatoriamente um tema de relev ncia local que prov m da an lise dos anseios dos sujeitos envolvidas no processo educativo Em outras palavras na pedagogia freireana atrav s de temas geradores que se investigam a percepc o dos sujeitos sobre a sua realidade no intuito de que possa ser compreendida e superada Este um dos pontos de disc rdia entre os signat rios das duas perspectivas educacionais Em geral o Enfoque CTS sugere que a selec o dos temas seja feita pelos professores optando por eventos que potencializem discuss es relacionadas ci ncia e tecnologia enquanto que nos trabalhos de orientac o freireana a escolha dos temas surge a partir da investigac o tem tica S o eventos que prov m da realidade dos alunos da pr pria comunidade em que se encontra o ambiente escolar e que se configurem em um problema social significativo naquele local Nesse sentido Strieder 2008 ressalta que atualmente a grande maioria dos problemas ligados realidade dos estudantes tem alguma relac o com os desdobramentos cient ficos e tecnol gicos muito embora tamb m se possa discutir temas socialmente relevantes sem a ne
215. cnologia e sociedad ante la educacion n 18 p 41 68 sept dic 1998 Ci ncia Tecnologia e Sociedade o estado da arte na Europa e nos Estados Unidos In SANTOS L W Org Ci ncia tecnologia e sociedade o desafio da interac o Londrina IAPAR p 3 38 2002 CEREZO J A L LUJ N J L GORDILLO M M Introduc o aos estudos CTS Ci ncia Tecnologia e Sociedade Madrid OEI 2003 CHASSOT A I A educa o no ensino da Qu mica Iju Ed Uniju 1990 Catalisando transforma es na educa o Iju Ed Uniju 1993 Para que m til o ensino Alternativas para um ensino de Qu mica mais cr tico Canoas Ed Da ULBRA 1995 Alfabetiza o cient fica uma possibilidade para a inclus o social Revista Brasileira de Educa o Jan Fev Mar Abr n 22 p 89 100 2008 Alfabetiza o cient fica quest es e desafios para a educa o 5 ed Iju Uniju 2010 182 COELHO J C A chuva cida na perspectiva de tema social um estudo com professores de Qu mica de Crici ma SC Dissertac o Mestrado em Educac o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2005 CRUZ S M S ZYLBERSTAJN A O enfoque ci ncia tecnologia e sociedade e a aprendizagem centrada em eventos In PIETROCOLA M org Ensino de f sica conte do metodologia e epistemologia numa concepc o integradora Florian polis Editora da UFSC 2001 CUPANI A Fil
216. contrar um ponto de equil brio entre o ouvir e o explicar oportunizando ao aluno interagir com suas d vidas exercitar sua curiosidade e tornar se efetivamente um agente do seu pr prio aprendizado Desse modo apesar de nenhuma de suas etapas problematizac o inicial organiza o do conhecimento aplica o do conhecimento ter sido nomeada diretamente pelos estudantes em suas produ es textuais acreditamos que os 3MP foram fundamentais para que os alunos mantivessem uma participa o ativa ao longo de todo o processo e apresentassem uma vis o mais positiva da disciplina 4 4 2 A Import ncia da Experimenta o no Ensino de Qu mica A busca por metodologias que facilitem o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem nas aulas de Qu mica tem ganhado espa o nos ltimos anos com a consolida o da pesquisa no Ensino de Ci ncias no Brasil SCHNETZLER ARAG O 1995 Dentre as possibilidades apresentadas na literatura destaca se a nfase no ensino experimental em oposi o s tradicionais aulas expositivas A experimenta o vem sendo intensamente debatida entre pesquisadores da rea de educa o em ci ncias e geralmente tem sido apontada como um importante recurso no desenvolvimento de saberes conceituais procedimentais e atitudinais GALIAZZI et al 2001 Santos e Schnetzler 1996 ressaltam que especificamente no mbito do Ensino de Qu mica a import ncia da experimenta o reside na caracteriza
217. cujos nomes ainda perambulam em nossas mem rias como cad veres insepultos quantas configura es eletr nicas de elementos qu micos quantas f rmulas de f sica sabidas por um tempo at o dia de uma prova e depois desejadamente esquecidas CHASSOT 2003 p 90 grifo do autor Para Niezer 2012 muitos dos professores de Qu mica de Ensino M dio concordam que a maioria das pessoas ap s frequentar a escola sabe pouco de qu mica e que pouqu ssimas delas conseguem se posicionar sobre problemas que exijam algum conhecimento dessa mat ria Segundo a autora para superar esta concepc o de ensino h a necessidade de configurar uma estrutura curricular que contextualize os conte dos disciplinares de forma a ofertar uma educac o que apresente significado para os alunos e aumente sua compreens o sobre o mundo em que vivem tornando os mais cr ticos para exercer sua cidadania com possibilidades de argumentar e agir frente a diversas informa es Por outro lado Kuenzer 2005 destaca que a falta de conhecimento em Qu mica poder ser um fator de exclus o do aluno por dificultar a compreens o dos fen menos e das transforma es da mat ria e por consequ ncia a interpreta o do meio em que vivem Faz se necess rio que o aluno perceba a import ncia de adquirir outros conhecimentos diferentes do saber popular ou do senso comum mas tamb m indispens veis para compreender e atuar na sociedade contempor nea Corroborand
218. culdades para associar a maior rapidez da deposi o com o incremento da concentra o No entanto o fator que mais causou lhes causou estranheza foi a diferen a de densidade entre as solu es evidenciada pelo fato de que em uma delas a solu o mais dilu da a palha de a o flutuava enquanto na outra a solu o mais concentrada ela se apresentava no fundo do tubo de ensaio Com rela o ao segundo experimento os estudantes apresentaram dificuldades para representar a rea o de decomposi o da gua oxigenada e foi necess ria nossa interven o Quanto a realiza o da pr tica os integrantes das equipes associaram a rapidez da rea o na batata crua com a presen a de maior quantidade de gua nela e novamente foi preciso intervir para esclarecer que se tratava da influ ncia de outra subst ncia Salientamos que na batata crua existiam enzimas que agiam como catalisadores para a rea o de decomposi o e que durante o processo de cozimento havia a quebra desnatura o destas enzimas Ap s as discuss es nas equipes organizamos o grande grupo para retomarmos as quest es iniciais e ampliarmos o debate com toda a turma Neste momento analisamos as representa es das rea es relativas aos dois experimentos e retomamos a an lise da influ ncia da temperatura da superf cie de contato da concentra o dos reagentes e dos catalisadores na rapidez das rea es Os estudantes demonstraram curiosidade em rela o ao prin
219. da ci ncia e das disciplinas cient ficas A categoria relacionada Alfabetiza o Cient fica Profissional pretende apontar se as atividades realizadas estimularam os estudantes a ponderar sobre a possibilidade de escolher uma atividade profissional na rea cient fica ou tecnol gica 131 Em relac o s tr s ltimas categorias associadas a alfabetizac o tecnol gica procuramos na categoria de Alfabetizac o Tecnol gica Pr tica verificar se os estudantes identificaram as principais diferencas entre os aparelhos de climatizac o e purificac o do ar interior enquanto que na categoria de Alfabetizac o Tecnol gica C vica buscamos analisar se houve reflex o em fun o da necessidade de crit rios para adquirir um destes aparelhos Por fim na ltima categoria definida a priori a categoria relativa Alfabetizac o Tecnol gica Cultural analisamos se os estudantes apresentaram reflex es sobre a filosofia da tecnologia Nesta categoria buscou se identificar se os alunos discutiram o conceito de tecnologia em suas produ es textuais ou se apresentaram questionamentos sobre a atividade tecnol gica e sua influ ncia em nosso modo de vida Vale ressaltar que essas categorias definidas antecipadamente apresentam correla o direta com os par metros de ACT utilizados para a constru o e desenvolvimento da proposta did tica ou seja com os pressupostos te ricos que amparam a pesquisa Se por um lado a exist ncia de um s lid
220. da natureza e dos processos tecnol gicos que permeiam a sociedade oportunizando maior autonomia para fazer escolhas individuais e coletivas com vistas sua transforma o pelo exerc cio consciente de suas acdes e do seu modo de vida Nesse sentido educadores t m defendido que o Ensino de Qu mica no Ensino M dio deveria propiciar o desenvolvimento da cidadania SANTOS SCHNETZLER 1996 2003 SANTOS 2002 SANTOS MORTIMER 2002 COELHO 2005 STRIEDER 2008 NIEZER 2012 Educar para a cidadania de acordo com Santos e Schnetzler 2003 implica em desenvolver valores ticos de compromisso para com a sociedade Segundo os autores a quest o da cidadania apresenta uma amplitude que supera a do simples ensino de conceitos qu micos e envolve a necessidade de abandonar a concepc o ing nua de que estaremos educando cidad os ao ensinar qu mica SANTOS SCHNETZLER 2003 p 36 Uma educac o cidad conforme afirmam os autores configura se em encarar o desafio de preparar nossos alunos para sua participac o em uma sociedade democr tica por meio da garantia de seus direitos e compromisso com seus deveres No entanto esse n o o significado atribu do ao Ensino de Qu mica que ainda est fortemente presente nas escolas brasileiras conforme apontado por pesquisadores da rea CHASSOT 1990 1995 SCHNETZLER ARAG O 1995 SANTOS SCHNETZLER 2003 Na maioria das vezes os conceitos de Qu mica s o apresentados de forma in
221. da retomada de alguns dos conceitos abordados nas aulas anteriores Logo em seguida foi introduzida a etapa de problematizac o inicial com alguns questionamentos 1 Como s o constru das as teorias cient ficas Como voc imagina que foi constru da a atual teoria cin tica dos gases 2 O que preciso para se chegar a um fato cient fico 3 Existem fatores externos comunidade cient fica que interferem no desenvolvimento da ci ncia Sobre as falas dos alunos durante os questionamentos da problematizac o inicial destacamos em nosso di rio Os alunos argumentaram que as teorias cient ficas eram constru das atrav s de pesquisas modelos observac o da realidade e experi ncias pr ticas Em relac o teoria cin tica dos gases eles apontaram que foi uma constru o de v rios cientistas em lugares e momento diferentes cada um deles melhorando a hip tese do antecessor Quando questionados sobre o que significaria um fato cient fico eles afirmaram que seria qualquer fato que pudesse ser provado como verdadeiro e para conseguir esta comprova o haveria obrigatoriamente a necessidade de realizar testes com a finalidade de valid lo experimentalmente Em rela o s influ ncias externas ao processo de produ o cient fica eles foram un nimes em afirmar que nenhum outro fator al m daqueles intr nsecos ao pr prio desenvolvimento da pesquisa interferiria nas conclus es de um trabalho cient fico Argumentaram qu
222. dades de uma abordagem com Enfoque CTS no Ensino de Qu mica a partir da tem tica da QAI Para tal a partir do referencial te rico apresentado nos cap tulos anteriores buscamos estruturar uma proposta did tica articulada aos conte dos espec ficos da disciplina relativos ao ensino dos gases e a cin tica qu mica e desenvolv la junto a estudantes que estivessem cursando a segunda s rie do Ensino M dio 99 Tendo em vista a amplitude do tema bem como as caracter sticas do curr culo da escola onde essa proposta seria desenvolvida destinamos abordagem tem tica um total de 14 aulas as quais foram ministradas no segundo semestre de 2013 Como a organizac o curricular da instituic o de ensino feita trimestralmente as atividades foram realizadas no ltimo trimestre letivo entre os meses de setembro e novembro de 2013 respeitando a grade curricular da escola que prev um total de duas aulas semanais de 50 minutos totalizando sete semanas A proposta de distribui o das aulas durante as sete semanas a lista de recursos e os objetivos de aprendizagem de cada aula s o apresentados no Quadro 7 A proposta em sua ntegra encontra se dispon vel no AP NDICE 6 Proposta Did tica O Estudo dos Gases a Cin tica Qu mica e a Qualidade do Ar Interior Instrumentos Objetivos de aprendizagem em relac o ao Aula P Eos did ticos estudante Discutir maneiras para se evitar ou minimizar Texto Qualidade
223. dag gicas No Brasil 1 A palavra tecnoci ncia foi cunhada pelo fil sofo belga Gilbert Hottois no final da d cada de 1970 e utilizada extensivamente por Bruno Latour a partir dos anos 1980 De modo geral um recurso de linguagem para denotar a ntima rela o entre ci ncia e tecnologia Neste trabalho o termo utilizado para designar situa es nas quais a ci ncia e tecnologia encontram se inseparavelmente associadas ou hibridizadas em algum sentido 14 desde a d cada de 1980 iniciativas educacionais apontam para a necessidade de propiciar um modelo de ensino que aborde diretamente as quest es que envolvam a ci ncia e a tecnologia e mais recentemente nas diretrizes e par metros do Ensino M dio em que se sinaliza a import ncia do contexto social nestas discuss es STRIEDER 2008 2012 Na perspectiva de Auler e Delizoicov 2001 um dos caminhos para repensar a formac o escolar e seguir em direc o a um ensino condizente com as especificidades de nosso tempo parte do pressuposto de que a sociedade analfabeta cient fica e tecnologicamente e que num ambiente crescentemente vinculado aos avangos cient fico tecnol gicos a democratizac o desses conhecimentos considerada fundamental Fourez 1995 destaca que n o se trata de enfatizar as maravilhas da ci ncia e da tecnologia mas de preparar o cidad o para agir tomar decis es e compreender as implica es dos discursos dos especialistas Neste contexto o
224. de apoio indicado no plano de aula como subs dio para as discuss es Registramos o comparecimento de 16 alunos 84 dos estudantes matriculados na turma 211 RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Iniciamos a aula esclarecendo aos alunos que ir amos tratar de um assunto que interessava a todos a tecnologia Com este intuito fizemos uma curta explanac o sobre os aparelhos de climatizac o e de purificac o do ar interior resgatando os assuntos abordados nas aulas anteriores Conclu mos nossa introdu o argumentando que a tecnologia est cada vez mais presente em nossas vidas e introduzimos os primeiros questionamentos referentes sess o de problematiza o inicial Voc j parou para pensar sobre a influ ncia da tecnologia no seu dia a dia Como a tecnologia interfere na sua vida Alguns alunos disseram que a tecnologia estava presente em tudo e exemplificaram que ela se mostrava nos meios de transporte na produ o de energia e nos equipamentos de diagn stico e tratamento de sa de Quando questionados se discutir tecnologia era o mesmo que discutir equipamentos de cunho tecnol gico um dos estudantes mencionou que havia muito estudo envolvido para a produ o destes dispositivos e que isso tamb m deveria ser levado em considera o Ampliamos o debate perguntando qual seria a defini o de tecnologia Um dos estudantes associou tecnologia a progresso e quando questionamos a turma se eram sin nimos ou se a tecnologia conduzia a
225. de produtos utilizados na limpeza ou um ajustamento das taxas de ventila o dos espa os interiores FONTES 1 CAMPOS C SANTOS P Factores que determinam a qualidade do ar interior A Ramalh o Consultoria Porto Portugal 2 EPA U S Environmental Protection Agency 2013 Publications and Resources Washington DC 3 SANTOS J C Avalia o da Qualidade do Ar em Jardins de Inf ncia Disserta o de mestrado Faculdade de Engenharia Universidade do Porto Portugal 2010 4 VERDELHOS V M M Caracteriza o da Qualidade do Ar Interior em Espa os P blicos com Permiss o de Fumar Disserta o de mestrado Faculdade de Ci ncias e Tecnologia Universidade de Coimbra Portugal 2011 QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O Segundo o texto A contamina o do ar interior pode ter origem tanto no interior do pr prio edif cio como no exterior Al m do ar exterior quais s o as principais fontes da polui o do ar em ambientes internos Voc se interessou muito pela tem tica da QAI durante as aulas de qu mica e resolveu que iria estudar Medicina para auxiliar no tratamento e combate as doen as relacionadas com a polui o do ar interior Para ajud lo em seus estudos voc organizou uma lista de sintomas em pacientes imagin rios e resolveu associ los com os poluentes e suas fontes Utilizando este racioc no complete a tabela Paciente Sintomas Poluente s Fontes Problemas respirat rios dores de cabe
226. demos ignorar o papel dos conhecimentos espec ficos da Qu mica nesse contexto Especialmente se considerarmos como destacam Santos e Schnetzler 2003 que o objetivo central do Ensino de Qu mica para formar o cidad o preparar o indiv duo para que ele compreenda e fa a uso das informa es qu micas b sicas necess rias para sua participa o efetiva na sociedade tecnol gica em que vive Acerca deste aspecto os autores destacam que Com o avan o tecnol gico da sociedade h tempos existe uma depend ncia muito grande com rela o qu mica Essa depend ncia vai desde a utiliza o di ria de produtos qu micos at as in meras influ ncias e impactos no desenvolvimento dos pa ses nos problemas gerais referentes qualidade de vida das pessoas nos efeitos ambientais das aplica es tecnol gicas e nas decis es solicitadas aos indiv duos quanto ao emprego de tais tecnologias SANTOS SCHNETZLER 2003 p 47 Esta perspectiva est presente nos documentos oficiais e as diretrizes curriculares nacionais assumem explicitamente que o conhecimento qu mico 51 fundamental para instrumentalizar o aluno na tomada de decis es e julgamentos promovendo condi es para que exer a sua cidadania Segundo esses documentos O aprendizado de Qu mica pelos alunos de Ensino M dio implica que eles compreendam as transforma es qu micas que ocorrem no mundo f sico de forma abrangente e integrada e assim possam julgar c
227. dependente e dissociados da realidade dos alunos com prop sitos que se fazem vis veis quando isso acontece apenas para o professor Uma pr tica de ensino encaminhada quase exclusivamente para a memoriza o por parte do aluno de enormes quantidades de informa es unicamente para que sejam reproduzidas do mesmo modo como foram apresentadas Sobre este aspecto Fl r e Cassiani 2012 argumentam que tradicionalmente se abordam conceitos cuja nica serventia para a aquisi o de novos conceitos para o pr ximo bimestre semestre ou ano letivo e que quando os estudantes questionam o porqu de se estudar Qu mica a resposta mais comum a de que aquele conte do necess rio para adquirir os pr ximos conte dos para ter um diploma passar no 23 vestibular e ap s ingressar em uma universidade enfim ser algu m na vida Assim os alunos n o conseguem perceber a import ncia destes saberes para sua vida e cria se um ciclo intermin vel de conhecimentos descart veis De acordo com Chassot 2003 s o v rios os exemplos de situac es similares vivenciadas pelos estudantes durante o per odo em que passam nos bancos escolares Talvez mais de um dos leitores deste texto poder recordar quantos conhecimentos in teis amealhou especialmente quando foram feitas as primeiras inicia es na rea de ci ncias que h muito afortunadamente os deletou Quantas classificac es bot nicas quantas fam lias zool gicas
228. desafio que se apresenta para a educac o o de promover um ensino voltado para alfabetizac o cient fica e tecnol gica ACT dos estudantes apontando pr ticas que permitam uma leitura cr tica do mundo contempor neo capaz de contribuir para uma formac o que oportunize o exerc cio da cidadania MILAR RICHETTI PINHO ALVES 2009 Paradoxalmente a escola n o propicia uma formac o escolar para a ci ncia e a tecnologia que v al m da informac o e de relac es meramente ilustrativas ou motivacionais entre esses campos de saberes RICARDO 2007 Normalmente as iniciativas apresentadas se limitam a destacar o mecanismo de funcionamento de determinados aparatos tecnol gicos ou exemplificar situa es cotidianas que possuam correlac o com princ pios cient ficos Ignoram se outras dimens es fundamentais em um processo de ACT como a natureza subjetiva inerente ao processo de construc o e desenvolvimento da ci ncia e da tecnologia sua profunda influ ncia em nosso modo de vida suas consequ ncias sociais e ambientais Como professor de Qu mica atuando h mais de dez anos na Educa o B sica especificamente no Ensino M dio e T cnico pude lecionar em col gios da rede p blica e privada de ensino e constatar que essas quest es se apresentam distantes da realidade escolar O Ensino de Qu mica ainda se limita a pr ticas conteudistas e de nfase extremamente conceitual pelas quais os alunos n o conseguem observar e analis
229. dia a dia enquanto aquela apresenta as impress es dos alunos sobre a relev ncia de conhecer aspectos relacionados tem tica da QAI J em rela o categoria de Alfabetiza o Cient fica C vica procuramos identificar nos discursos dos estudantes relatos que apontassem para a necessidade de um posicionamento mais cr tico e respons vel em relac o aos perigos da exposi o polui o do ar interior Por meio da an lise dessa categoria pretendemos avaliar se a proposta desenvolvida contribuiu para evidenciar a import ncia da tomada de atitudes e de uma postura ativa para a solu o de problemas que afetam diretamente a nossa qualidade de vida Na categoria de Alfabetiza o Cient fica Cultural analisamos se as reflex es realizadas durante as aulas auxiliaram os alunos a perceber a ci ncia como uma atividade essencialmente humana e subjetiva Esta categoria divide se em duas outras subcategorias intermedi rias a natureza da ci ncia e novos olhares para a ci ncia Na primeira subcategoria analisamos se os estudantes apresentaram questionamentos e reflex es em rela o s supostas verdades cient ficas validade dos modelos e teorias cient ficas as influ ncias no processo de constru o do conhecimento cient fico e s motiva es dos cientistas J na segunda subcategoria novos olhares para a ci ncia procuramos identificar a maneira como as reflex es realizadas impactaram na imagem que os estudantes apresentam
230. dimos aos alunos que entregassem os di rios relativos a aula anterior Uma aluna mencionou durante a entrega de seu di rio que finalmente estava entendendo o conte do de qu mica e que cogitava seguir carreira na rea ap s o t rmino do ensino m dio Dois alunos pediram para entregar os relat rios na aula subsequente um deles porque esquecera em casa e outro porque n o conseguira terminar a tempo Optamos por aceit los atrasados em fun o da import ncia que o feedback possui em nossa proposta did tica e por acreditarmos que 201 a reflex o sobre a aula e o registro escrito auxiliam consideravelmente o entendimento dos conceitos estudados Ap s o recolhimento dos di rios propusemos o primeiro questionamento previsto no plano de aula na sess o relativa problematiza o inicial A hip tese de que um g s seja constitu do de part culas muito pequenas que se movimentam no espa o vazio um modelo interessante para explicar algumas propriedades dos gases A partir desse modelo como podemos explicar a compress o e a difus o dos gases Por relacionar dois conceitos optamos por realizar o questionamento em duas etapas No primeiro momento enfocamos a propriedade de difus o dos gases por se tratar de um assunto abordado nas duas aulas anteriores mas ao contr rio do previsto n o houve resposta dos alunos Partimos ent o para a segunda parte da pergunta e neste momento os alunos responderam prontamente relacionando a propri
231. disciplina e no tratamento interdisciplinar de diversos temas que esse car ter ativo e coletivo do aprendizado afirmar se BRASIL 1999 p 6 7 Al m das recomenda es dos documentos oficiais com o aumento da produtividade acad mica ligada ao enfoque CTS a partir do in cio deste s culo comecam a ser publicados estudos do estado da arte a fim de mapear e discutir o teor de publica es ligadas sigla em eventos cient ficos e peri dicos da rea MEZALIRA 2008 SUTIL et al 2008 STRIEDER 2012 ABREU FERNANDES MARTINS 2013 Estas pesquisas de levantamento da produtividade acad mica da rea CTS procuram apontar os caminhos pelo qual o movimento tem se desenvolvido no cen rio educacional brasileiro Percorrer este caminho auxilia a identificar a diversidade de ideias e posicionamento vinculados aos estudos CTS configurando se assim em importantes ferramentas para a construc o de novas propostas Com a mesma intencionalidade pretendemos a seguir analisar os referenciais que nos levaram selec o dos crit rios utilizados para fundamentar nossa proposta de abordagem CTS 1 3 3 A Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica e o Enfoque CTS Desde os primeiros passos do Enfoque CTS v m sendo elaboradas desenvolvidas e avaliadas v rias propostas de ensino que possuem como refer ncia as relac es CTS No entanto Auler 2002 em uma revis o bibliogr fica verificou que n o havia um consenso quanto aos objetivos
232. do processo de escolha e do pr prio desenvolvimento tecnol gico pois a racionalidade tecnol gica respons vel pela determinac o dos valores sociais aut noma completamente independente da vontade humana e do contexto no qual se insere FEENBERG 1999 Al m disso o substantivismo defende ainda que a tecnologia determina tamb m o pr prio homem atrav s da sua ac o sobre a percepc o dos indiv duos sobre o mundo que o cerca Segundo Winner 1986 ao determinar quais os valores sociais do contexto no qual se insere a tecnologia determina tamb m as concepc es de mundo que s o constru das individualmente por cada homem A exclusividade da tecnologia no substantivismo extrema e pessimista ou rejeita se a tecnologia dos nossos dias no seu todo ou admite se ser transformado por ela Nesse contexto decidir utilizar a tecnologia n o se configura como a escolha de um modo de vida mais eficiente mas como a op o por um modo de vida diferente Para Winner 1986 essa vis o admite que a tecnologia carrega consigo certos valores que t m o mesmo car ter exclusivo das crencas religiosas Entretanto o autor argumenta que a tecnologia ainda mais persuasiva que a religi o visto que n o 160 requer nenhuma crenca para que se reconheca sua exist ncia e que se obedecam seus des gnios Uma vez que uma sociedade opte pelo caminho do desenvolvimento tecnol gico ela ser inevitavelmente transformada em uma sociedade tecnol gica
233. do aprendizado Estas subcategorias foram 132 agrupadas em uma nova categoria emergente formada a posteriori e nomeada Estrat gias Did ticas Descritas brevemente as categorias logo a seguir pretendemos discutir os dados constitu dos luz dessas categorias e com isso retomar nosso problema de pesquisa ao analisar os limites e potencialidades da utilizac o de uma abordagem tem tica com Enfoque CTS no Ensino de Qu mica objetivando a promo o de ACT no Ensino M dio 4 3 Categorias de Alfabetizac o Cient fica e Tecnol gica Ao inserir no contexto escolar uma abordagem com Enfoque CTS articulada perspectiva de ACT almejamos contribuir para o desenvolvimento de uma base formativa necess ria para que os estudantes possam participar de quest es sociais relacionadas ao desenvolvimento cient fico tecnol gico Quando se objetiva contribuir para a formac o de cidad os respons veis em uma sociedade influenciada pelo contexto cient fico tecnol gico faz se necess rio compreender o mundo em que se est inserido e principalmente o papel de cada um nesse contexto Esse processo de conscientizac o implica caminhar em busca do desenvolvimento de uma postura ativa frente aos desafios encontrados de uma atitude cr tica e de ac es respons veis Entretanto para agir de maneira respons vel necess rio avancar para al m da simples compreens o e do desejo de mudanca A tomada de atitudes tamb m se relaciona formac o
234. do foi realizado por meio da caracteriza o das principais diferen as entre um g s ideal e um g s real Descri o da aula A aula se iniciou com a seguinte problematiza o inicial 1 Todos os gases se comportam da maneira prevista pelo modelo de part culas 2 Existe alguma limita o no modelo proposto para o comportamento dos gases 15 Ap s a entrega da atividade resolvida na aula seguinte verificou se que a maioria dos alunos cerca de 70 n o apresentou dificuldades para resolver o exerc cio proposto 116 Os alunos foram un nimes em afirmar que nem todos os gases se comportam da maneira prevista pelo modelo de part culas mas n o souberam especificar quais seriam as limita es do modelo Para a organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizaram a leitura de um texto de apoio que apresentava a Lei Geral dos Gases e suas limita es SANTOS M L 2010 Ap s a leitura os estudantes responderam as quest es propostas Ao t rmino das discuss es e conclus es das equipes sob a orienta o do professor foi organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Segundo o di rio do professor P07 Durante a resolu o das atividades propostas na sess o relativa organiza o do conhecimento notamos que n o houve dificuldades na compreens o das limita es do modelo proposto para o comportamento dos gases e que ficaram claras as diferen as entre um g s
235. do os direitos do consumidor os riscos para a sa de as estrat gias de marketing usadas pelas empresas 5 a produ o de alimentos e a fome que afeta parte significativa da popula o brasileira a quest o dos alimentos transg nicos 6 o desenvolvimento da agroind stria e a distribui o de terras no meio rural custos sociais e ambientais da monocultura 7 o processo de desenvolvimento industrial brasileiro sua depend ncia tecnol gica num mundo globalizado enfatizando por exemplo a exporta o de sil cio bruto ou industrializado 8 as fontes energ ticas no Brasil seus efeitos ambientais e aspectos pol ticos 9 a preserva o ambiental as pol ticas de meio ambiente e o desmatamento Santos e Mortimer 2002 argumentam que v rios dos temas sugeridos pertencem atualmente ao curr culo da disciplina de geografia mas por possu rem um forte componente cient fico e tecnol gico apresentam potencial para serem explorados no Ensino de Ci ncias atrav s de uma abordagem tem tica CTS Os autores esclarecem que os temas devem ser explorados em car ter multidisciplinar e com nfase nas v rias dimens es do conhecimento estudado Salientam que a abordagem desses temas deve estar relacionada ao desenvolvimento cient fico e tecnol gico da sociedade e possibilitar a discuss o de contradi es da ci ncia e da tecnologia bem como as suas influ ncias na vida dos estudantes 60 Portanto para Santos e Mortimer 2002 n
236. do os efeitos nocivos da poluic o do ar interior A Qualidade Ar Interior Conhecer os sintomas e as doencas relacionadas do Ar Interior Quadro de giz com a qualidade do ar interior Roteiro do estudante Conhecer os principais poluentes encontrados em ambientes interiores e seu impacto na sa de Construindo um Modelo para os Materiais Gasosos Atividade Frasco de perfume aberto Pr tica Difus o do cido clor drico e da am nia Roteiro do estudante Refletir sobre as dificuldades de manter a qualidade do ar em ambientes interiores devido a caracter sticas inerentes ao estado gasoso Compreender o fen meno da difus o gasosa Compreender os fatores que influenciam na velocidade de difus o dos gases Construindo um Modelo para os Materiais Gasosos Pr ticas Seringa com ar Aquecimento de um bal o de erlenmeyer cheio de ar V cuo em um frasco Compreender a influ ncia da variac o da press o do volume e da temperatura no comportamento dos gases Relacionar o efeito da temperatura com a energia cin tica e a variac o da velocidade das mol culas de um g s Associar o comportamento dos gases com as hip teses do modelo de part culas 13 O n mero de aulas alocadas na proposta did tica se deu em fun o da carga hor ria anual da disciplina de Qu mica Na escola em que as atividades foram desenvolvidas esta carga hor ria de 80 horas 100 Aula
237. dora que o aluno perceba a import ncia do uso da estrutura do conhecimento cient fico para resolver v rias outras situa es significativas que inevitavelmente encontrar em sua vida Segundo Delizoicov e Angotti 1991 p 31 pretende se que din mica e evolutivamente o aluno perceba que o conhecimento al m de ser uma constru o historicamente determinada desde que aprendido acess vel a qualquer cidad o que dele pode fazer uso Desde sua proposi o inicial os 3MP se difundiram no contexto educacional brasileiro e apesar de terem sido originalmente propostos como desdobramento da concep o freireana de educa o aplicada ao Ensino de Ci ncias atualmente eles s o utilizados como estruturadores do trabalho em sala de aula para propostas embasadas em diferentes referenciais te ricos FERRARI 2008 MUENCHEN 2010 Assim apesar de nos afastarmos do referencial freireano quanto aos crit rios para sele o e abordagem dos temas optamos por utilizar os 3MP no desenvolvimento das aulas de nossa proposta did tica Essa op o se justifica pelo fato de acreditarmos que os 3MP se apresentam como uma estrat gia did tica coerente com os prop sitos da ACT com Enfoque CTS ao oportunizarem que a partir do conhecimento pr vio dos alunos do di logo e da reflex o cr tica em sala seja poss vel estabelecer conex es com as m ltiplas dimens es do conhecimento cient fico fundamentais num processo de alfabetiza o cie
238. dos alunos Os autores enfatizam que uma adequada QAI exige boas condi es de arejamento e ventila o a efici ncia energ tica do edif cio e equipamentos e se poss vel um controle da umidade e temperatura Apesar destas pesquisas terem sido realizadas em pa ses da Europa onde devido as baixas temperaturas m dia anuais a maioria dos pr dios p blicos e privados apresenta sistema de calefa o artificial Esta realidade n o t o distante da que se enfrenta aqui no Brasil durante os invernos rigorosos em estados do sul do 64 pa s Guardadas as devidas propor es nos meses mais frios do ano comum encontrar salas de aula fechadas lotadas e com pouca ventilac o no sul do Brasil Por outro lado ampliando a discuss o para um contexto mais amplo durante as altas temperaturas nos verdes as pessoas procuram cada vez mais ambientes com ar condicionado Assim independente de especificidades regionais a poluic o do ar interior configura se como um grave problema de sa de p blica que precisa ser enfrentado e para isso antes de tudo necess rio conhecer suas caracter sticas e implicac es De acordo com Bluyssen 2009 a OAI pode ser definida segundo tr s pontos de vista o humano a qualidade do ar interior nos edif cios e as fontes que contribuem para a poluic o do ar interior Do ponto de vista humano a QAI de um local o efeito f sico da exposic o de pessoas ao ar interior dos espacos que visitam ou ocupam
239. duca o em Ci ncias e em Matem tica Setor de Ci ncias Exatas Universidade Federal do Paran Curitiba 2013 244 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 05 ATIVIDADE RELATIVA A DIN MICA DAS CAIXAS a Ap s a an lise do conte do das caixas preencha a tabela abaixo Objeto s Caracter sticas CAIXA 1 CAIXA 2 CAIXA 3 CAIXA 4 b Faca um modelo representativo na forma de um desenho que melhor represente o s objeto s que voc identificou na caixa CAIXA 1 CAIXA 2 CAIXA 3 CAIXA 4 245 QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 Os modelos elaborados correspondem s caracter sticas reais dos objetos Por qu 2 O que seria um modelo cient fico Qual a utilidade de um modelo cient fico 246 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS a b Plano de Aula 6 Introduc o Nesta aula discutiremos a concepc o tradicional de ci ncia Buscaremos questionar esta concepc o de ci ncia baseada em um m todo nico e infal vel que a caracteriza como neutra racional aut noma e positivista O estudo ser realizado atrav s de questionamentos objetivando reflex es sobre a natureza do conhecimento cient fico Conte do Espec fico Estudo dos Gases Durac o 50 min Objetivos Compreender a Ci ncia como uma constru o humana influenci vel
240. duzir um texto narrativo sobre essas aulas denominado di rio de bordo no qual deveria registrar o m ximo de informa es poss veis sobre as mesmas estrat gias did ticas interfer ncias externas e internas hor rios conte dos ministrados eventuais d vidas impress es suas e de seus colegas etc Sempre na aula subsequente o estudante entregava ao professor seu relato da aula anterior Desta pr tica resultaram 254 di rios de bordo produzidos pelos alunos ao final da interven o Al m de representarem uma fonte de dados para a pesquisa esses di rios desempenharam um importante papel como instrumentos facilitadores do aprendizado nas aulas de Qu mica ao estimularem a escrita a mem ria a reflex o e ao propiciarem aos estudantes meios para expressar suas pr prias ideias Segundo Oliveira e Carvalho 2005 a discuss o de ideias e a reda o de textos nas aulas de ci ncias podem se revelar como uma importante ferramenta para a apreens o de conceitos dado o potencial singular da escrita para organizar e refinar ideais sobre um tema espec fico Procuramos durante a an lise das respostas dos estudantes aos question rios aplicados ao t rmino da proposta did tica identificar suas impress es sobre o ato de redigir seus di rios de bordo ao final de cada aula Sobre estes aspectos destacamos alguns relatos 170 Foi uma ideia muito boa e pelo que parece com bons resultados j que ao escrever o que aconteceu na aula
241. e imagine uma pessoa que vive nele No v deo mostrou que existe uma doen a chamada Legionella que pode levar uma pessoa at mesmo morte tudo por causa de um ar condicionado sem cuidado e sem manutenc o constante Essa bact ria assassina em 1970 originou 182 casos de pneumonia e 30 pessoas mortas Tudo por causa de um descuido de um hotel na Filad lfia Por isso muito importante a manutenc o constante e a divulga o de quando foi feito a manuten o e se tudo est certo porque s vezes por descuido de uma pessoa muitos podem pagar D113 Na minha opini o foi muito boa essa aula porque eu nunca escutei falar nessa doen a SED Acho que deveria ser mais divulgada e tamb m o professor puxar mais sobre esses assuntos pois assim n s podemos aprender mais e ficar mais atentos aos riscos D114 N o faz muito tempo que os estudos sobre essa doen a come aram SED e tamb m n o muito comum de ouvir falar nesse tipo de doenca A maioria das pessoas nem mesmo sabem que existe o que Tem aquelas que at brincam pensando que algum tipo de piada O problema combater esse problema j que est em todos os lugares e quase ningu m se importa D116 No decorrer da aula discutimos sobre o qu o mal um ar condicionado pode fazer para nossa sa de sendo que pode nos levar morte Edif cios doentes s o um problema e n o devemos permanecer nesses locais e se for o caso nos informar sobre a manutenc o dos
242. e autoria Tese Doutorado em Educa o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2010 GON ALVES F P MARQUES C A Contribui es pedag gicas e epistemol gicas em textos de experimenta o no ensino de qu mica Investiga es em Ensino de Ci ncias v 11 n 2 p 219 238 2006 GUIMAR ES C C Experimentac o no ensino de Qu mica caminhos e descaminhos rumo a aprendizagem significativa Qu mica Nova na Escola v 31 n 3 p 198 202 2009 HERBERGER S et al Detection of human effluents by a MOS gas sensor in correlation to VOC quantification by GC MS Building and Environment p 2430 2439 2010 HERRERA A O Los determinantes sociales de la pol tica cient fica en Am rica Latina pol tica cient fica expl cita y pol tica cient fica impl cita Redes v 2 n 5 p 117 131 1995 HODSON D Hacia un enfoque m s cr tico del trabajo de laboratorio Ense anza de las Ciencias v 12 n 3 p 299 313 1994 HUNSCHE S DELIZOICOV D A abordagem tem tica na perspectiva da articulac o Freire CTS um olhar para a instaurac o e disseminac o da proposta In VII Encontro Nacional de Pesquisa no Ensino de Ci ncias Campinas 2011 JENKINS E W Comprensi n p blica de la ciencia y ense anza de la ciencia para la acci n Revista de Estudios del Curr culum v 2 n 2 p 7 22 1999 JULIO A B As atitudes de alunos do ensino m dio em relac o ci ncia
243. e desenhos Articulac o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetiza o cient fica pr tica mediante a compreens o do modelo cient fico atualmente aceito para explicar o comportamento dos gases das principais propriedades do estado gasoso compressibilidade difus o e expansibilidade e da Lei Geral dos Gases Ideais Aula 05 Os Modelos Cient ficos Nas aulas de Qu mica bastante comum utilizarmos o termo modelo em diferentes momentos Os modelos desempenham um papel fundamental nas diferentes abordagens do conhecimento cient fico Esta aula objetivou discutir alguns aspectos da natureza dos modelos utilizados pela ci ncia al m de caracterizar suas rela es com as teorias cient ficas e suas limita es como representa es da realidade Descric o da aula A aula se iniciou com alguns questionamentos 1 Estamos construindo uma representac o para o comportamento dos gases a partir do modelo de part culas Mas afinal o que um modelo 2 O que um modelo cient fico representa Ele expressa fielmente a realidade Os alunos foram instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e logo a seguir apresentamos a din mica que seria realizada para an lise do tema Esta etapa caracterizou a problematizac o inicial Os alunos incialmente associaram a ideia de modelo ao significado trivial da palavra indicando se tratar de uma refer ncia algo a ser seguido N o houve correlac o
244. e est relacionada com o bem estar das pessoas nestes ambientes Do ponto de vista do ar interior a QAI por vezes expressa por determinada taxa de ventilac o em L s por pessoa ou L s por m de rea til ou em concentrac es de compostos espec ficos Estas concentrac es s o influenciadas pelas fontes presente no interior ou provenientes de fontes exteriores O Quadro 4 sintetiza os principais agentes e fatores que afetam a QAI e suas respectivas fontes Agente Fator Fonte Interiores Fontes Exteriores Tintas produtos de limpeza impressoras Compostos fotocopiadoras computadores solventes e org nicos isolantes derivados de silicone carpetes Emiss es de ve culos vol teis COVs mobili rio adesivos inseticidas herbicidas Emiss es industriais produtos de combust o fumo de tabaco cosm ticos e outros produtos de uso pessoal Utilizac o de equipamentos a g s ou outros combust veis em espacos mal ventilados Ocupantes respira o humana Emiss es de ve culos Emiss es industriais Di xido de carbono CO2 Fibras Artificiais E Isolantes e impermeabilizantes utilizados na Emiss es industriais fibra de vidro e l DE SEE constru o civil Constru o civil mineral Isolamento de espuma de ureia madeira O formalde do Formalde do prensada madeira aglomerada pain is de raramente encontrado HCHO revestimento de paredes carpetes tecidos em ambientes colas adesivos e produ
245. e secundariamente Tecnologia ci ncia Car ter te rico e descritivo Car ter pr tico e valorativo Marco explicativo ci ncias sociais Marco avaliativo tica teoria da educa o etc sociologia psicologia antropologia etc QUADRO 1 TRADI ES CTS EUROP IA E AMERICANA FONTE Garcia Cerezo e Luj n 1996 p 69 Por m Alvarez 2001 apud Auler 2002 argumenta que h a necessidade de reinterpretar e recriar as tradi es dos estudos das rela es CTS pois considera que esta polarizac o exerce grande influ ncia nos estudos contempor neos de CTS e inibe a presen a de outras tradi es Sobre este aspecto Dagnino 2008 exemplifica que na Am rica Latina mais especificamente na Argentina j entre as d cadas 1960 e 1970 um conjunto de professores universit rios pesquisadores das reas de ci ncias naturais e exatas mobilizaram se em busca do que denominaram de um projeto nacional que contemplasse os desafios relativos ci ncia e tecnologia Esse movimento dos pesquisadores argentinos culminou no nascimento do Pensamento Latino Americano de Ci ncia Tecnologia Sociedade PLACTS vertente que se insere de certa forma assim como as duas tradi es do hemisf rio norte como um dos precursores das discuss es sobre as rela es CTS DAGNINO 2008 No mesmo sentido Garcia Cerezo e Luj n 1996 destacam que muito embora tenha sido importante no in cio das discuss es a divis o nas tradi es n
246. e Janeiro Paz e Terra 1987 Pedagogia da autonomia saberes necess rios pr tica educativa 33 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 2006 GALIAZZI M C et al Objetivos das atividades experimentais no ensino m dio a pesquisa coletiva como modo de formac o de professores de ci ncias Ci ncia 8 Educa o v 7 n 2 p 249 263 2001 Educar pela pesquisa ambiente de formac o de professores de ci ncias Iju Editora Uniju 2003 184 GALIAZZI M C GON ALVES F P A natureza pedag gica da experimenta o uma pesquisa na licenciatura em Qu mica Qu mica Nova v 27 n 2 p 326 331 2004 GARCIA M I G CEREZO J A L LUJ N J L Ci ncia tecnologia y sociedad una introducci n al est dio social de la ciencia y la tecnologia Madrid Tecnos 1996 GIL P REZ D et al Para uma imagem n o deformada do trabalho cient fico Ci ncia amp Educa o v 7 n 2 p 125 153 2001 GIL P REZ D VILCHES A Una alfabetizaci n cient fica para el siglo XXI Obst culos y propuestas de actuaci n Investigaci n en la Escuela Sevilla v 4 n 3 p 27 37 2001 GIORDAN M O papel da experimenta o no ensino de ci ncias Qu mica Nova na Escola n 10 p 43 49 1999 GIORDAN M KOSMINSKY L Vis es de ci ncias e sobre cientista entre estudantes do ensino m dio Qu mica Nova na Escola n 15 p 11 18 2002 GIRALDI P M Leitura e escrita no ensino de ci ncias espa os para produ o d
247. e ao conhecimento t cnico ou cient fico AULER 2011 Desse modo buscamos uma tem tica que articulasse os conte dos espec ficos da Qu mica com discuss es relacionadas ci ncia e tecnologia e ao mesmo tempo enfatizasse a import ncia da forma o de uma cultura cient fica para a vida dos estudantes Um tema que apresentasse significado para a vida dos estudantes para al m do espa o escolar transcendendo o simples ato de resolver problemas de forma algor tmica ou meramente instrumentaliz los para intervir em situa es cotidianas Com este intuito inicialmente nosso foco de interesse se voltou para o local em que seria implementada a proposta e em uma an lise preliminar identificamos potencial para discutir a tem tica da qualidade do ar em especial a polui o atmosf rica devido intensa atividade industrial na regi o trata se de uma cidade da rea metropolitana de Curitiba PR caracterizada pelo grande polo industrial No entanto apesar de constatarmos durante a revis o da bibliografia especializada sobre o assunto que as preocupa es sobre a polui o atmosf rica em sua maioria t m sido mais direcionadas para a polui o do ambiente exterior em fun o do aumento das emiss es associadas ao tr fego rodovi rio e aos processos industriais tamb m encontramos alguns trabalhos sobre uma faceta muito relevante e pouco destacada deste problema a Qualidade do Ar Interior QAI A import ncia da QAI repous
248. e apenas a opini o de algu m qualificado outro cientista poderia influenciar os caminhos de uma pesquisa cient fica P06 Para a organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizaram a leitura de um texto de apoio que tratava de quest es relativas natureza do conhecimento cient fico refletindo sobre a metodologia cient fica e a validade do conhecimento cient fico AP NDICE 6 Ap s a leitura em grupo os estudantes responderam s quest es propostas para an lise e reflex o sobre o tema Ao t rmino das discuss es e conclus es das equipes a discuss o foi ampliada para toda a turma com a orienta o do professor Estas discuss es foram de vital import ncia na busca de superar a vis o dominante comumente transmitida nas escolas brasileiras e nos livros did ticos que caracterizam o processo de constru o 115 do conhecimento cient fico como neutro imparcial e por vezes pautado no positivismo BRITO SOUZA FREITAS 2008 Ap s a leitura do texto de apoio e o debate com a turma alguns alunos apresentaram em seus di rios uma vis o distinta daquela comumente associada ao processo de construc o do conhecimento cient fico e aos cientistas A partir do texto e das perguntas descobrimos que os cientistas s o humanos tamb m e por isso podem ser influenciados por algu m ou dizer que alguma pesquisa tal coisa para ganhar dinheiro ou outra coisa Por exemplo algum cientista est prestes a fala
249. e aqueles que se relacionavam com a tem tica Procedemos ent o articulac o desses conte dos com uma s rie de par metros de alfabetizac o cient fica e tecnol gica para propor uma sequ ncia de aulas Juntamente com esta articulac o organizamos os assuntos a cada aula segundo a din mica recomendada pelos tr s momentos pedag gicos Tendo isso em mente estabelecemos um cronograma pr vio para o desenvolvimento de nossas atividades A estruturac o de uma proposta did tica levou em considerac o a carga hor ria anual da matriz curricular do curso 80 horas Concebemos uma proposta did tica O Estudo dos Gases a Cin tica Qu mica e a Qualidade do Ar Interior de 14 aulas que seriam ministradas no per odo do m s de setembro e novembro de 2013 com durac o de 7 semanas Uma semana antes do in cio do desenvolvimento da proposta did tica conversamos com os estudantes expondo que desenvolver amos um trabalho diferenciado no ltimo trimestre do ano letivo Lembramos a todos os estudantes que por se tratar de conte dos previstos no planejamento anual da disciplina estas atividades estariam integradas ao cronograma da escola e desse modo iriamos realizar os procedimentos avaliativos e o registro de frequ ncia normalmente Os alunos foram informados sobre os objetivos desta pesquisa e para participar do estudo solicitou se a autorizac o dos respons veis por meio de um termo espec fico encontrado no AP NDICE 1 Por esta in
250. e ativac o Assim a reac o ocorre mais rapidamente para produzir a mol cula almejada usando uma opc o de possibilidades energeticamente favorecidas Poder amos considerar uma ag ncia computadorizada de namoro como uma boa analogia para um catalisador Ela possibilita um acesso r pido a poss veis parceiros um mecanismo para que novas relac es em potencial ocorram mais rapidamente o que se assemelha a uma reac o qu mica sendo acelerada Os catalisadores alteram a rapidez das rea es qu micas e apresentam ainda uma importante peculiaridade n o s o Po nan o EJ f N consumidos durante O processo No 2 Entalpia de ativa o experimento realizado na aula anterior o rea o n o catalisada s que fez aumentar a rapidez da a Entalpia de ativa o decomposi o da gua oxigenada na amp rea o catalisada batata crua foi a presen a de catalisadores Esses catalisadores biol gicos s o chamados de enzimas Os alimentos crus t m enzimas por isso sua rea o acelerada comparada ao alimento cozido no qual o a enzima foi Figura 1 Um catalisador prov uma energia desnaturada quebrada pela a o do de ativa o mais baixa para uma rea o calor Progresso da rea o Em geral a vantagem de se usar um catalisador para aumentar a velocidade de uma rea o qu mica que o processo pode ser operado em temperaturas e press es menores poupando se energia e reduzindo se custos Outro
251. e experimento foram utilizadas quatro caixas numeradas previamente embaladas e lacradas Os alunos foram distribu dos em equipes e cada um dos grupos recebeu uma caixa Cada caixa continha um objeto desconhecido pelos estudantes bal o de l tex um livro quatro pe as de um quebra cabe as e um brinquedo infantil e a tarefa consistiu em desvendar o conte do das caixas As caixas foram repassadas a todos os grupos de modo que foi poss vel a todos os membros de cada grupo proceder a an lise e descrever as poss veis propriedades dos objetos Depois de analisadas todas as caixas os grupos apresentaram suas conclus es a respeito dos objetos Ap s a formula o de um modelo comum para cada caixa as caixas foram abertas e foi poss vel comparar os modelos produzidos com os objetos representados Nesse momento foi poss vel identificar opini es em comum bem como os crit rios que levaram formula o das representa es Ao t rmino das discuss es e conclus es das equipes foi organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar a din mica realizada A discuss o foi organizada em torno do significado de modelo cient fico e houve nfase no fato de que modelos s o representa es Os estudantes destacaram em seus di rios as dificuldades encontradas para descobrir os objetos contidos nas caixas associaram estas dificuldades com o 113 processo de formula o de modelos cient ficos e salientaram o car
252. e leitura seja por prazer ou por necessidade de buscar informa es ROCHA 2010 p 32 No Paran as Diretrizes Curriculares Estaduais DCE PR provocaram a discuss o sobre a relac o dos textos cient ficos com a aprendizagem no Ensino de Qu mica Ao fazer isso elas corroboram com essa perspectiva e explicitam que Considera se importante propor aos alunos leituras que contribuam para a sua formac o e identificac o cultural que possam constituir elemento motivador para a aprendizagem da Qu mica e contribuir eventualmente para a criac o do h bito da leitura PARAN 2008 p 68 As DCE enfatizam que as leituras devem ser utilizadas como instrumento de mediac o entre o conhecimento abordado o aluno e o professor Tamb m alertam para os cuidados em sua selec o estabelecendo como crit rios a linguagem o conte do do texto o aluno a quem ele se destina e principalmente o que pretende o professor atingir ao propor a atividade de leitura Por fim essas diretrizes sugerem uma s rie de enderecos eletr nicos onde o educador pode encontrar textos que subsidiem sua pr tica pedag gica Os enderecos sugeridos aos professores no documento apontam para revistas acad micas espec ficas para o Ensino de Qu mica normalmente dirigidas a um p blico especializado Esses materiais s o importantes ferramentas auxiliares para estruturac o do trabalho docente em sala de aula mas que apresentam um tipo de reda o dotada de termos
253. e multiplicam rapidamente quando a limpeza de carpetes tapetes e cortinas n o feita de forma adequada organismo que caracteriza a SED O reconhecimento oficial da nova doenca veio em 1982 quando a Organizac o Mundial de Sa de OMS atribuiu a ela as consequ ncias de um incidente ocorrido na d cada de 1970 em um hotel da Filad lfia nos Estados Unidos A contaminac o do ar interno do estabelecimento provocada por uma das maiores vil s da SED a bact ria Legionella originou 182 casos de pneumonia e a morte de 30 pessoas Dezesseis anos depois a Legionella incluiu em sua lista de v timas nada menos do que um ministro brasileiro S rgio Motta das Comunica es teve seu quadro cl nico agravado pela bact ria abrigada nos dutos do sistema de climatiza o do hospital onde estava internado e n o resistiu 260 a a o desses poluentes sobre o Legionella a BACT RIA assassina Uma das amea as mais terr veis do j sinistro elenco da SED a Legionella pneumophila bact ria causadora de uma forma rara e grave de pneumonia a doen a do legion rio ou legionelose capaz de matar pessoas idosas ou com pouca resist ncia Seu nome vem do caso que se tornou o emblema da s ndrome a contamina o de diversos h spedes de um hotel na Filad lfia EUA todos idosos e participantes de uma conven o da Legi o Americana veteranos de guerra em 1976 Das pessoas contaminadas 182 tiveram pneumonia e 30 mor
254. e o que foi estudado o aluno estudava indiretamente o assunto e tinha uma opini o concreta do que foi estudado conseguindo guardar melhor o assunto e a mat ria estudada Al m disso o professor tamb m podia avaliar como suas aulas estavam e como os alunos aprendiam usando isso para melhorar seu m todo de ensino QAO2 Na minha opini o isso nos ajudou muito pois t nhamos al m das aulas algo para ser lembrado e escrito em casa Isso ajudou porque al m de termos que prestar aten o nas aulas para podermos escrev las depois tamb m particip vamos das atividades em sala para podermos relat las QAO05 o melhor jeito de se avaliar pois n o tem como faz lo sem prestar aten o Assim nos for a a interagir e saber cada vez mais O relat rio serve para que fortale amos nossa mem ria a partir do conhecimento fixando o em nossa mente Sem decorar apenas aprender QA17 Nos fragmentos apresentados os estudantes destacam a import ncia da reda o como mecanismo para retomada dos assuntos abordados em sala pois ao escrever o que aconteceu na aula e o que foi estudado o aluno estudava indiretamente o assunto e conseguia guardar melhor o assunto e a mat ria estudada QA02 sem decorar apenas aprender QA17 Tamb m argumentam que a responsabilidade de escrever sobre as aulas implicou em maior participa o e aten o visto que al m de termos que prestar aten o nas aulas para podermos escrev
255. e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema c Aplica o do conhecimento a aplica o do conhecimento se dar atrav s de um exerc cio proposto pela FUVEST no ano 2000 adaptado que visa refletir sobre o significado de teoria cient fica ATIVIDADE PROPOSTA O tema teoria da evolu o tem provocado debates em certos locais dos Estados Unidos da Am rica com algumas entidades contestando seu ensino nas escolas Nos ltimos tempos a pol mica est centrada no termo teoria que no entanto tem significado bem definido para os cientistas Levando em considera o as discuss es realizadas durante a aula e justificando sua escolha uma teoria cient fica a Sin nimo de lei cient fica que descreve regularidades de fen menos naturais mas n o permite fazer previs es sobre eles b Sin nimo de hip tese ou seja uma suposi o ainda sem comprova o experimental c Uma ideia sem base em observa o e experimenta o que usa o senso comum para explicar fatos do cotidiano d Uma ideia apoiada no conhecimento cient fico que tenta explicar fen menos naturais relacionados permitindo fazer previs es sobre eles e Uma ideia apoiada pelo conhecimento cient fico que de t o comprovada pelos cientistas j considerada uma verdade incontest vel 7 Recursos did ticos Roteiro do estudante Texto Os caminhos da ci ncia
256. e revis o das aulas anteriores Logo ap s a retomada seguimos o planejamento proposto no plano de aula e iniciamos os questionamos perguntando como seriam constru das as teorias cient ficas e em especial como fora constru da a teoria cin tica dos gases Os alunos argumentaram que as teorias cient ficas eram constru das atrav s de pesquisas modelos observac o da realidade e experi ncias pr ticas Em relac o a teoria cin tica dos gases eles apontaram que foi uma construc o de v rios cientistas em lugares e momento diferentes cada um deles melhorando a hip tese do antecessor Quando questionados sobre o que significaria um fato cient fico eles afirmaram que seria qualquer fato que pudesse ser provado como verdadeiro e para conseguir esta comprovac o haveria obrigatoriamente a necessidade de realizar testes com a finalidade de valid lo experimentalmente Em relac o as influ ncias externas ao processo de produc o cient fica eles foram un nimes em afirmar que nenhum outro fator al m daqueles intr nsecos ao pr prio desenvolvimento da pesquisa interferiria nas conclus es de um trabalho cient fico Argumentaram que apenas a opini o de algu m qualificado outro cientista poderia influenciar os caminhos de uma pesquisa cient fica A etapa de problematiza o inicial durou aproximadamente 8 minutos e em seguida pedimos aos alunos que se organizassem em duplas para a leitura do texto de apoio e resolu o das quest e
257. e uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematizac o inicial organizac o do conhecimento e aplicac o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematizac o inicial a aula se iniciar com o professor deixando alguns frascos de perfume abertos ao redor da sala O professor n o deve alertar antecipadamente os alunos Quando os alunos perceberem o odor diferenciado haver a introdu o de alguns questionamentos por parte do professor 1 Por que ao abrir este frasco poss vel sentir o cheiro do perfume em toda a sala O que acontece com o perfume quando o frasco aberto Como poder amos explicar o fato do cheiro se espalhar por toda a sala 2 Em um mesmo ambiente voc s acham que os gases se movimentam sempre na mesma b 227 velocidade ou existem gases que se deslocam mais r pidos que outros 3 Como esta caracter stica dos gases se relaciona com a poluic o interior Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e o professor apresentar as experi ncias pr ticas para an lise Organizac o do conhecimento para a organizac o do conhecimento s o propostos uma atividade e um experimento 1 Atividade Nesta atividade realizada no in cio da aula e descrita acima o professor deixou alguns frascos de perfume abertos ao redor da sala
258. ecnol gico segundo o qual as pessoas apresentam um 158 comportamento conformado perante a atividade tecnol gica e seus produtos derivados O autor argumenta que o avanco tecnol gico n o se desenvolve em um meio socialmente neutro e que alguns grupos favorecem a produc o de determinadas tecnologias em detrimento a outras Contrariando a concepc o determinista Winner 1986 esclarece que a atividade tecnol gica encontra se inevitavelmente sujeita s ac es de diversos grupos sociais com as mais variadas concep es de efici ncia progresso e bem estar Naturalmente nem todos esses agentes influenciam seus rumos com a mesma intensidade ou intencionalidade Dessa forma a atividade tecnol gica n o pode ser encarada de modo inflex vel e descontextualizado A tecnologia apresenta ntima relac o com os interesses sociais e seu desenvolvimento se encontra dependente em maior ou menor extens o desses interesses No segundo relato destacado D155 o estudante exemplifica que armas n o matam pessoas pessoas matam pessoas denotando uma concep o instrumentalista de tecnologia Segundo Feenberg 2005 a posi o instrumentalista entende a tecnologia como um meio neutro subjugado aos desejos interesses do homem e deriva de uma concep o de pura instrumentalidade generalizada pelo senso comum assumida naturalmente pela maioria das pessoas Para os instrumentalistas a tecnologia n o possui prop sitos inerentes e seus a
259. edacos de batata Um dos pedacos estar cru e o outro cozido Ap s a realizac o do experimento os alunos reunidos em suas equipes realizar o a an lise da pr tica respondendo aos questionamentos propostos no roteiro do estudante Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar os experimentos Neste momento o professor dever auxiliar os alunos na interpretac o das pr ticas mas dever ser cuidadoso ao tratar do 25 Experimento pois os catalisadores ser o abordados de maneira espec fica na aula seguinte Aplicac o do conhecimento a aplicac o do conhecimento se dar atrav s de um exerc cio que relaciona a concentrac o dos reagentes e sua influ ncia na velocidade das reac es e sua aplicac o em nosso dia a dia ATIVIDADE PROPOSTA A partir de uma an lise das pr ticas realizadas durante aula explique por que abanamos a churrasqueira quando queremos que a chama aumente Recursos did ticos Roteiro do estudante Experimentos realizados em sala 8 Materiais a Primeiro experimento 2 tubos de ensaio l de aco soluc o de 10 cobre penta hidratado CuSO4 H20 de concentra o 0 1 mol L conta gotas b Segundo experimento uma batata crua uma batata cozida gua oxigenada a 10 volumes 2 placas de petri ou pires conta gotas Avaliac o A avaliac o ser realizada atrav s da an lise da participac o dos
260. edade de compress o dos gases com o modelo de part culas e com um dos experimentos realizados na aula anterior compress o da seringa com ar Acreditamos que a propriedade de compress o gasosa foi compreendida e relacionada satisfatoriamente com o modelo de part culas por se tratar de uma situa o que se observa facilmente no cotidiano calibrando pneus inflando uma bexiga etc e por ter sido alvo de um experimento bastante simples Na sequ ncia seguindo com as quest es propostas na problematiza o inicial perguntamos aos alunos como o modelo de part culas explica a press o exercida por um g s e os alunos relacionaram a press o com a for a das part culas intensidade dos choques N o se trata de um entendimento que nos causa surpresa visto que a rela o da for a com a superf cie uma das defini es de press o normalmente estudada em F sica Em seguida perguntamos aos alunos sobre o efeito da varia o da temperatura no comportamento dos gases e os alunos associaram a temperatura com a agita o das mol culas A partir desta associa o questionamos os alunos se haveria alguma temperatura na qual cessaria todo o movimento das mol culas de um g s e alguns responderam que n o enquanto outros imaginavam que deveria ser uma temperatura muito baixa negativa embora ningu m tenha afirmado se tratar do zero absoluto 0 kelvin Tamb m em rela o ao movimento das mol culas no estado gasoso argumentamos que
261. efender que independente do grau de complexidade das pr ticas implementadas a experimenta o no Ensino de Qu mica constitui um importante recurso pedag gico que pode auxiliar na constru o de conceitos por se tratar de uma estrat gia eficiente para a cria o de problemas reais que permitam a contextualiza o e o est mulo de questionamentos de investiga o Tendo esclarecido as principais estrat gias did ticas utilizadas pretendemos a seguir apresentar algumas considera es sobre os caminhos metodol gicos de nossa investiga o CAP TULO 3 QUALIDADE DO AR INTERIOR CAMINHOS DA INVESTIGACAO Nesta pesquisa objetivamos investigar os caminhos conceituais e as alternativas pedag gicas para o desenvolvimento de abordagens com Enfoque CTS no Ensino M dio para a partir disso analisar os limites e potencialidades de tais abordagens na busca por um processo de alfabetizac o cient fica e tecnol gica Como destacado anteriormente pretendemos refletir sobre estas quest es por meio da discuss o de uma experi ncia pr tica implantada em um ambiente educacional formal Considerando o contexto escolar em espec fico a sala de aula como principal foco de investigac o optamos por desenvolver uma intervenc o pontual em uma escola p blica da regi o metropolitana de Curitiba PR Dadas as particularidades de um estudo social realizado em seu ambiente natural e a necessidade de obter dados capazes de revelar com maior detalhe e
262. eira pr tica os integrantes de uma das equipes demonstravam estar mais interessados em realizar os experimentos do que em discutir os fatos observados Neste momento agimos chamando a atenc o para a import ncia da an lise dos resultados com os colegas da equipe retomando o eixo condutor da aula Em geral os estudantes n o apresentaram dificuldades em associar o aumento da temperatura e da superf cie de contato com o aumento da velocidade de dissoluc o do comprimido mas houve a necessidade de nossa intervenc o para auxili los a relacionar as observac es com o modelo de part culas Com o t rmino da an lise dos experimentos e discuss es nas equipes reunimos a turma em grande grupo buscando superar algumas lacunas no entendimento do modelo proposto Durante o debate no grande grupo retomamos os questionamentos iniciais e salientamos o aspecto da influ ncia da superf cie de contato na rapidez das rea es visto que este fator foi o que apresentou maior dificuldade para correlac o da situac o observada no segundo experimento e as hip teses do modelo de part culas A etapa de organizac o do conhecimento durou aproximadamente 38 minutos e seguindo o planejamento proposto em nosso plano de aula solicitamos aos alunos que respondessem a pergunta relativa sess o de aplicac o do conhecimento A etapa de organizac o do conhecimento durou aproximadamente 38 minutos e para a aplicac o do conhecimento solicitamos aos alunos que resp
263. eja importante estudar a tem tica da Qualidade do Ar Interior Como a compreens o dos agentes e perigos da polui o interior pode auxiliar no seu dia a dia Existe alguma utilidade pr tica para os assuntos relativos ao tema Justifique sua resposta eo himi s mijo mpo haben taras do a dcn aut ea an didas de lugoner fechado pon abria pilla habta sons lui dan 4 me o a 4 343 3 A vis o tradicional da ci ncia a encara como express o da verdade Segundo esta vis o a ci ncia neutra e validada por um m todo infal vel o m todo cientifico Voc acredita que a ci ncia seja mesmo neutra Ser que o m todo cientifico mesmo infalivel Quando algum cientista desenvolve uma pesquisa ele est apenas interessado em melhorar a vida das pessoas A ci ncia a express o da verdade A sociedade n o interfere nos caminhos da ci ncia Justifique sua resposta 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajudaram a ver a Qu mica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar as mat rias cientificas Por que FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF03 344 2 Voc acredita que seja importante estudar a tem tica da Qualidade do Ar Interior Como a compree is io dos agentes e perigos da polui o interior pode auxiliar no seu dia a dia Existe alguma utilidade pr tica para os assuntos relativos ao tema Justifique sua resposta ALL L De pi meo de xdi af EU Za fo e slap Adidas novos remo m WW OTT
264. eles podem ser considerados aparelhos de purifica o pois quando s o utilizados na limpeza da casa sugam toda a sujeira e seguram dentro deles Diferente das vassouras que s levantam a poeira e depois de alguns minutos o p cai tudo de novo no ch o D146 Sim pois a partir disso vamos saber qual o aparelho eletr nico adequado para n s e suas fun es Aprendemos a como entender suas especifica es t cnicas tornando melhor e mais segura a sua manuten o QF06 Em seus relatos os alunos destacaram algumas caracter sticas t cnicas sobre a opera o de aparatos desenvolvidos para purifica o e climatiza o interior como seus usos fun es e limita es Como destacamos anteriormente este um aspecto importante para um processo de alfabetiza o tecnol gica pois apesar do entendimento do princ pio b sico de funcionamento de equipamentos estar relacionado com a alfabetiza o cient fica entender suas funcionalidades enquadra se na dimens o pr tica de alfabetiza o tecnol gica N o conhecer as caracter sticas de determinados aparatos de uso cotidiano al m de impedir o cidad o de interagir satisfatoriamente com esses equipamentos normalmente implica em seu mau uso e eventualmente em riscos para o usu rio Alguns alunos tamb m destacam a nomenclatura de alguns filtros presentes em aspiradores de p HEPA Estes filtros proporcionam a limpeza de ambientes dom sticos e auxiliam na purifica o do ar i
265. em 359 qualquer coisa com ela Para os pr ximos anos n o sei se poderei dizer o mesmo que acontece agora pois as criangas crescem e sabe se l o que v o se tornar no futuro pr ximo QF12 Estamos cercados de tecnologia o tempo todo e de todos os modos e geralmente quando n o h reflex o sobre o que nos cerca a tend ncia estagnar Ao pensarmos criticamente conclu mos que a tecnologia influ ncia de maneira estrondosa em nossa sociedade e a reflex o foi deixada de lado por causa dela Para evitar o dom nio da cria o sobre o criador necess rio que se tenha consci ncia dos fins das demais tecnologias e dos meios que elas influenciam em nossas vidas como se tivessem vida pr pria E essa reflex o n o h certeza pode ser que nos ajude a iluminar algumas concep es ajudando nos a decidir seus caminhos e fazer o uso da tecnologia em fun o de seu objetivo melhorar a vida das pessoas Cabe a cada um de n s n o ser negligente Podemos definir tecnologia como tudo o que foi desenvolvido por m os humanas no decorrer da hist ria Discutir tecnologia discutir a ci ncia as constru es e tamb m os equipamentos e sua influ ncia na sociedade e tamb m na Terra QF14 importante discutirmos sobre ela para poder entende la N o influenciamos que rumo ela tomar pois cada vez mais precisamos dela Tornou se nossa salvadora muitas vezes Tem progredido tanto que nem se quer podemos acompanha
266. em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial organiza o do conhecimento e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial a aula se iniciar atrav s da introdu o do seguinte questionamento 1 Estamos construindo uma representa o para o comportamento dos gases a partir do modelo de part culas Mas afinal o que um modelo 2 O que um modelo cient fico representa Ele expressa fielmente a realidade Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e o professor apresentar a din mica que ser realizada para an lise do tema Organiza o do conhecimento para a organiza o do conhecimento o professor realizar uma atividade conhecida como experimento das caixas pretas 242 ATIVIDADE PROPOSTA Neste experimento ser o utilizadas quatro caixas numeradas previamente embaladas e lacradas Os alunos ser o distribu dos em equipes e cada um dos grupos receber uma caixa Cada caixa dever conter um objeto desconhecido pelos estudantes Utilizaremos em nossa preparac o das caixas materiais de baixo custo e com propriedades f sicas distintas A tabela abaixo representa o conte do presente nas caixas utilizadas em nosso experimento CAIXA 1 CAIXA 2 CAIXA 3 CAIXA 4 UM BALAO DE LATEX UM LIVRO 4 PEGAS DE UM U
267. emonstrado que t m muito pouco efeito sobre os poluentes interiores PLANTAS Plantas de casa n o removem eficazmente poluentes do ar interior Apesar de alguns relatos indicando que certas plantas de casa podem remover quantidades significativas de poluentes do ar interior v rios outros estudos indicam que plantas de interior t m muito pouco se algum efeito sobre os n veis de poluentes interiores Podem ocorrer efeitos pequenos mas s com um n mero exageradamente grande de plantas o que pode facilmente causar outros problemas tal como o excesso de umidade FONTE U S Environmental Protection Agency 1990 Residential Air Cleaners A Summary of Available Information Washington DC adaptado traduc o nossa QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 Aparelhos de purifica o de ar s o ferramentas auxiliares para a evitar a polui o do ar interior Quais as maneiras mais efetivas de propiciar uma melhoria na qualidade do ar interior 2 Alguns aspiradores de p utilizam filtros do tipo HEPA High Efficiency Particulate Air Filters que em uma tradu o livre poder amos cham los de filtros de part culas de alta efici ncia O termo descreve os tipos de filtro projetados para capta o e reten o de part culas submicr micas normalmente micro organismos como caros fungos e bact rias Este filtro al m de reter estes micro organismos tem a fun o de inibir sua prolifera o uma vez que em sua composi o h
268. ender o princ pio de funcionamento dos Ar Interior Quadro de giz aparelhos de purifica o de ar suas utilidades e Roteiro do estudante limita es 101 11 Aula A Natureza da Tecnologia Instrumentos did ticos Texto A filosofia da tecnologia Quadro de giz Roteiro do estudante Objetivos de aprendizagem em relac o ao estudante Refletir sobre a intencionalidade intr nseca a diversos aparatos tecnol gicos Refletir sobre a natureza da Tecnologia e o modo como interfere em nossa percepc o e interac o com a realidade Discutir as relac es de neutralidade intencionalidade e autonomia controle dos diversos aparatos tecnol gicos que fazem parte de nossa vida A Cin tica das Pr tica Voc pode Refletir sobre a cin tica das rea es sob a tica do Rea es e o controlar rea es modelo de part culas 12 Modelo de Como Compreender a influ ncia da temperatura e da Part culas superf cie de contato na velocidade das rea es MN Je a Refletir sobre a cin tica das rea es sob a tica do A Cin tica das Pr tica Voc pode y 2 modelo de part culas Rea es e o controlar rea es ZEE a Compreender a influ ncia concentrac o dos 13 Modelo de Como z reagentes e dos catalisadores na velocidade das Part culas e rea es Texto Mon xido de PUN EAT Compreender a influ ncia dos catalisadores na Cin tica carbono mais do gue B XM
269. ens es sobre as influ ncias da ci ncia e tecnologia na sociedade atual s o produzidos por discursos subjetivos com as mais variadas intens es Esses discursos eventualmente precisam ser traduzidos normalmente precisam ser interpretados e s vezes necessitam ser reescritos Tais preocupa es justificam a necessidade de propiciar espa os para que estudantes sejam levados a trabalhar formas de leitura e de escrita que ampliem suas possibilidades de reflex o GIRALDI 2010 e tamb m salientam a import ncia de um Ensino de Ci ncias preocupado com a forma o de indiv duos mais cr ticos em rela o crescente influ ncia da ci ncia e da tecnologia em nossas vidas na atualidade CONSIDERACOES FINAIS Levando em considerac o as informac es obtidas no decorrer de nossa pesquisa poss vel tecer algumas considera es em rela o aos limites e potencialidades para as abordagens com Enfoque CTS no Ensino M dio A an lise da literatura indica que essas abordagens representam um caminho vi vel para possibilitar uma forma o capaz de oportunizar a inser o social das pessoas no sentido de se tornarem aptas a participar dos processos de tomadas de decis es em assuntos que envolvam ci ncia e tecnologia CASSIANI LISINGEN 2009 Apesar das publica es de relevantes trabalhos sobre abordagens com Enfoque CTS no Ensino de Qu mica nos ltimos anos verifica se que no mbito do contexto escolar ainda h muito que se estr
270. ente na compreens o de conceitos e propiciem meios para que os educandos realizem uma leitura cr tica do mundo contempor neo MILAR RICHETTI PINHO ALVES 2009 174 Em um segundo momento delimitamos nossa discuss o em torno das bases te ricas que fundamentam o processo de ACT Essa discuss o envolveu realizar um aprofundamento de referenciais te ricos para com isso relacionar as m ltiplas dimens es desse processo com as diferentes propostas de ensino pautadas nos estudos CTS Assim ao correlacionar os objetivos educacionais do Enfoque CTS com uma s rie de par metros de ACT foi poss vel amparados no di logo entre estes referenciais estabelecer os princ pios norteadores de nossa proposta did tica Por meio desta proposta organizada a partir da tem tica da Qualidade do Ar Interior buscamos enfatizar o potencial do tema como elemento de articula o dos conte dos espec ficos da Qu mica relacionados ao Estudo dos Gases e Cin tica Qu mica com as rela es inter rela es e imbricamentos da ci ncia da tecnologia e da sociedade O processo brevemente descrito acima foi realizado de modo a atingir a meta central deste trabalho analisar os limites e potencialidades para o desenvolvimento de uma abordagem com Enfoque CTS com vistas promo o de ACT no Ensino de Qu mica na Educa o B sica Ap s percorrer o caminho acima nos apropriamos de elementos que nos permitiram refletir sobre o processo como um todo
271. entro desses ambientes fechados por m pode ser bem complicada A pouca ventila o origin ria dos pr prios projetos que os conceberam fabrica aut nticas armadilhas para seus usu rios especialmente os idosos e os que t m dist rbios respirat rios Quando est nesses edif cios parte consider vel dessas pessoas cerca de 60 do total de acordo com um estudo divulgado pela revista Environmental Health apresenta sintomas como ressecamento da mucosa nasal com eventual sangramento agravamento dos sintomas de rinite e ou asma lacrimejamento congest o e outros problemas nos olhos al m de dores de cabe a n useas tonturas e fadiga Mas se elas saem do pr dio em quest o e ficam algum tempo longe dele j se sentem melhor Por isso mesmo o problema ganhou o nome de S ndrome do Edif cio Doente SED Segundo M nica Aidar Menon Miyake otorrinolaringologista e alergista do Hospital S rio Liban s em S o Paulo a SED observada em pessoas que passam grande parte do seu tempo dentro de ambientes impr prios mal ventilados e mal constru dos frequente nelas o desencadeamento ou a piora dos sintomas de rinite al rgica e n o al rgica al m da rinite ocupacional Isso pode ocorrer por defici ncia de insola o luz solar e de ventila o do ambiente bem como ac mulo de al rgenos subst ncias ou micro organismos que desencadeiam a alergia e irritantes respirat rios sem contar a falta de manuten o adequada dos ap
272. envolvimento da proposta did tica foi uma instituic o p blica de ensino localizada na regi o metropolitana de Curitiba O col gio encontra se jurisdicionado pela rede estadual na chamada rea Metropolitana Sul regi o que engloba uma s rie de munic pios do estado do Paran Agudos do Sul Arauc ria Balsa Nova Campo do Tenente Campo Largo Contenda Fazenda Rio Grande Lapa Mandirituba Pi n Quitandinha Rio Negro S o Jos dos Pinhais e Tijucas do Sul A instituic o oferta cursos em n vel m dio formac o geral e t cnica e atende um p blico de cerca de 2000 estudantes Possui alunos provenientes de todos os bairros e localidades do munic pio al m de atender alguns alunos oriundos das cidades pr ximas Para a pesquisa foram considerados os dados constitu dos prioritariamente nas aulas de Qu mica de uma turma de segunda s rie do Ensino M dio totalizando 20 estudantes sendo 11 alunas e nove alunos Destes apenas 18 estudantes assistiam s aulas regularmente os demais compareciam eventualmente um deles devido a tratamentos de sa de e o outro apesar de constantes tentativas da equipe pedag gica n o justificava satisfatoriamente suas aus ncias Em relac o ao perfil da turma primeiramente destacamos que considerada pequena para os padr es da escola Em geral as turmas apresentam entre 35 e 40 alunos ou seja quase o dobro desse n mero Esta turma iniciou o ano com 36 alunos mas possu a apenas 20 matricul
273. er ncias DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 EPA U S Environmental Protection Agency 2013 What You Should Know about Refrigerants When Purchasing or Repairing a Residential A C System or Heat Pump Washington DC Dispon vel em lt http www epa gov ozone title6 phaseout 22phaseout html gt Acesso em 28 ago 2013 264 PEREIRA M R S Como funciona o ar condicionado ABCMC Associac o brasileira de centros e museus de ci ncias Dispon vel em http www abcmc org br publique1 cgi cgilua exe sys start htm infoid2557 amp sid 213 Acesso em 06 ago 2013 Umidificadores SP TV Projeto RespirAR S o Paulo Rede Globo 9 7 2011 Programa de televis o Dispon vel em lt http www youtube com watch v P6d5EXwqEUg gt Acesso em 06 ago 2013 UMIDADE do ar sa de no inverno CEPAGRI Centro de pesquisas meteorol gicas e clim ticas aplicadas agricultura Campinas SP Dispon vel em lt http www cpa unicamp br artigos especiais umidade do ar saude no inverno html gt Acesso em 06 ago 2013 265 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 09 Texto Aparelhos dom sticos de climatizac o interior Atualmente encontramos diversas op es de aparelhos dispon veis para melhorar a qualidade do ar que respiramos Enfocaremos em nosso estudo os aparelhos dom sticos por serem os mais comuns em nosso pa s e por n o necessitarem de co
274. er odos em que a umidade relativa do ar est abaixo dos 40 Tanto nos per odos de clima seco como em ambientes com ar condicionado essencial repor a umidade do ar para preservar a qualidade da respira o Quais as principais diferen as entre um vaporizador e um umidificador Quais os cuidados que devemos ter ao utilizar um desses aparelhos 267 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 10 Introduc o Nesta aula discutiremos os aparelhos de purificac o do ar interior O estudo ser realizado atrav s da classificac o dos aparelhos de purificac o de ar e da discuss o sobre a efici ncias desses equipamentos 2 Conte do Espec fico Estudo dos Gases 3 Durac o 50 min Objetivos Compreender o princ pio de funcionamento dos aparelhos de purifica o de ar conhecer suas utilidades e limita es 5 Conte dos privilegiados Aparelhos de purificac o do ar interior 6 Orientac o did tica Para discutir os aparelhos de purificac o do ar interior a b utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a constru o reconstru o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematiza o inicial organiza o e aplica o do conhecimento Nesta a
275. erado e que houve grande participac o dos alunos Esperamos ter superado algumas lacunas de entendimento em relac o a difus o gasosa ao conceito de reac o qu mica e sua representac o DI RIO DE AULA 03 29 09 2013 A terceira aula da unidade did tica teve como objetivo caracterizar a teoria cin tica dos gases atrav s da tica do modelo de part culas e compreender os efeitos da variac o da temperatura do volume e da press o no comportamento dos gases A aula foi estruturada objetivando a compreens o dos conceitos atrav s de uma reflex o amparada sobre uma s rie de experimentos pr ticos Registramos o comparecimento de 18 alunos 96 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Logo no in cio da aula solicitamos aos alunos a entrega dos relat rios relativos a aula anterior e reforcamos a necessidade de que os relatos fossem detalhados e fidedignos Salientamos que nosso objetivo n o era o de encontrar respostas certas e sim de conhecer as impress es deles sobre o andamento das aulas Ap s o recado procedemos ao in cio efetivo da aula atrav s do questionamento introdut rio relativo sess o de problematizac o inicial Na aula passada discutimos a capacidade de difus o dos gases Sabemos que a massa molecular influencia na velocidade de difus o das subst ncias gasosas Quais outros fatores podem alterar o comportamento dos gases Inicialmente a nica hip tese apresentada foi a de que a press
276. erimento seja utilizado na etapa de aplicac o do conhecimento ou ainda nos tr s momentos pedag gicos Ao utilizar um experimento como primeiro momento pedag gico deve se ter o cuidado de n o apresentar explicacdes para as experi ncias buscando problematizar as observa es dos alunos instigando os a questionar suas conclus es e perceber a necessidade de outros conhecimentos para interpretar os resultados encontrados Em geral recomenda se privilegiar nessa etapa o trabalho em pequenos grupos de dois ou tr s integrantes para que haja oportunidade para a discuss o e argumentac o com os colegas ao tentar construir sua pr pria leitura dos eventos FRANCISCO JUNIOR FERREIRA HARTWIG 2008 J quando utilizados como segundo momento pedag gico os experimentos propostos devem auxiliar aos alunos a responder os questionamentos introduzidos pelo professor durante o primeiro momento pedag gico Esses questionamentos podem surgir de perguntas abertas ou de outras observac es experimentais que necessitem ser reelaboradas para uma interpretac o mais ampla do fen meno observado Em nossa proposta n o utilizamos a experimentac o como terceiro momento pedag gico No entanto importante destacar que existem v rias possibilidades para sua utilizac o na etapa de aplicac o do conhecimento Algumas dessas alternativas s o propostas por Francisco Junior Ferreira e Hartwig 2008 Os autores argumentam que ao fazer esta escolha necess
277. es de ci ncias Tese Doutorado em Educa o Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2002 Alfabetiza o cient fico tecnol gica um novo paradigma Ensaio v 5 n 1 p 1 16 2003 180 Enfoque Ci ncia Tecnologia Sociedade pressupostos para o contexto brasileiro Ci ncia amp Ensino v 1 n especial 2007 Novos caminhos para a educac o CTS ampliando a participac o In SANTOS W AULER D org CTS e educac o cient fica desafios tend ncias e resultados de pesquisas Bras lia Editora Universidade de Bras lia 2011 AULER D DELIZOICOV D Alfabetizac o cient fico tecnol gica para qu Ensaio v 3 n 1 p 1 13 2001 AULER D FENALTI V S DALMOLIN A M T Abordagem tem tica natureza dos temas em Freire e no enfoque CTS Alexandria v 2 n 1 p 67 84 mar 2009 BAZZO W A Ci ncia tecnologia e sociedade e o contexto da educac o tecnol gica Tese Doutorado em Educac o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 1998 BAZZO W A et al Introdu o aos estudos CTS Cadernos de Ibero Am rica ed OEI n 1 172p 2008 BENITE A M C BENITE C R M O laborat rio did tico no ensino de qu mica uma experi ncia no ensino p blico brasileiro Revista Iberoamericana de Educaci n v 2 n 48 p 1 10 2009 BLUYSSEN P Towards an integrative approach of improving indoor air quality Building and Environment v 44
278. es revelados nos testes do Pac fico e nos desertos da Am rica do Norte e pelos esforcos que levaram assinatura do tratado de limitac o de tais testes dos movimentos ambientalistas e da contracultura que se iniciavam e tamb m da cr tica acad mica da tradi o positivista da 5 A concep o tradicional linear de progresso era de que o desenvolvimento cient fico DC gera desenvolvimento tecnol gico DT que por sua vez gera o desenvolvimento econ mico DE culminando em desenvolvimento ou bem estar social DS DC DT gt DE DS AULER DELIZOICOV 2001 35 filosofia e da sociologia da ci ncia que se estabelecem as condic es para uma nova forma de ver as intera es entre ci ncia tecnologia e sociedade LINSINGEN 2003 p 2 Com o intuito de compreender as rela es entre a ci ncia e a tecnologia e seus desdobramentos pol ticos e sociais comecam a surgir alternativas principalmente na Europa e nos Estados Unidos atrav s dos primeiros ind cios do Movimento CTS PINHEIRO 2005 Segundo Garcia Cerezo e Luj n 1996 a origem dos estudos CTS pode ser dividida em duas tradic es a norte americana e a europeia a tradic o norte americana apresentava um car ter mais social da qual faziam parte grupos pacifistas ativistas dos direitos humanos e que se preocupavam em como a tecnologia poderia influenciar a din mica social Uma tradi o marcada por questionamentos ticos pol ticos e educacionais q
279. es vivenciadas pelos estudantes em seu cotidiano A Qu mica assim como as demais disciplinas cient ficas possui grande potencial para apresentar explica es para diversos fen menos naturais e experi ncias rotineiras possibilitando a interpretac o do mundo a partir da tica do conhecimento cient fico No entanto muitas vezes na escola esse mesmo conhecimento se reduz resoluc o de exerc cios nos quais o aluno aprende determinado conceito unicamente para aplic lo em atividades propostas pelo professor Esse tratamento estritamente conceitual al m de resultar em desinteresse pelas disciplinas cient ficas PRAIA GIL P REZ VILCHES 2007 tamb m relega aos pr prios estudantes a tarefa de estabelecerem a relac o entre conceitos disciplinares estanques e a sua vida di ria BOCHECO 2011 Outras vezes a aplicac o do conhecimento cient fico se restringe realiza es cient ficas distantes da realidade do estudante sem sentido para um aluno que muitas vezes n o compreende situa es recorrentes em sua pr pria viv ncia e obrigado a compreender quest es relacionadas a um mundo que n o seu RICHETTI MILAR PINHO ALVES 2009a Na busca por superar esse distanciamento da realidade e extrema abstra o conceitual que caracterizam o Ensino de Qu mica procuramos abordar os conte dos espec ficos da disciplina atrelando os ao seu contexto de aplica o e ao enfocar sua fun o pr tica aproximar esses
280. esenvolvimento de nossa proposta CAP TULO 2 O ENSINO DE QU MICA E A QUALIDADE DO AR INTERIOR Os desdobramentos dos avancos cient ficos e tecnol gicos t m se mostrado cada vez mais presentes em nossa sociedade evidenciando a relev ncia de se conhecer e discutir sua influ ncia em nosso modo de vida Nesse sentido faz se necess rio um Ensino de Ci ncias que seja capaz de relacionar as implica es sociais da ci ncia e da tecnologia atribuindo novos significados aos saberes desenvolvidos em sala de aula Nesse caso defendemos que o enfoque sobre a perspectiva CTS possibilita o estabelecimento dessas rela es na Educa o B sica oportunizando o desenvolvimento do aluno como cidad o atrav s de sua alfabetiza o cient fica e tecnol gica No entanto esses objetivos demandam uma organiza o curricular diferenciada e estrat gias did ticas que propiciem uma reflex o cr tica sobre a ci ncia e a tecnologia em suas m ltiplas dimens es sejam elas pr ticas sociais culturais ou profissionais Tendo isso em mente neste cap tulo inicialmente analisaremos o referencial te rico que ampara propostas de abordagens com Enfoque CTS a partir de uma organiza o curricular baseada em eventos ou temas Em seguida discutiremos a relev ncia da tem tica escolhida para a presente pesquisa a Qualidade do Ar Interior enfatizando seu potencial como elemento de articula o dos conte dos espec ficos do Ensino de Qu mica relacionad
281. espec ficos que geram dificuldades para os n o especialistas MARTINS CASSAB ROCHA 2001 No entanto quando se pretende ir al m do trabalho em sala de aula e incentivar o h bito da leitura textos divulgados na internet e revistas dirigidas ao p blico n o especializado s o mais apropriadas para os estudantes do Ensino M dio pois como explicam Martins Cassab e Rocha 2001 p 23 no que diz respeito linguagem empregada tanto o texto de divulga o quanto o texto did tico est o organizados a partir de pressupostos acerca do p blico alvo seus interesses necessidades e compet ncias enquanto leitores J em mbito nacional os Par metros Curriculares Nacionais do Ensino M dio PCNEM realizam essa diferencia o e recomendam a incorpora o de uma variedade de textos informativos como fontes alternativas de conhecimento cient fico Explicitam que o aluno deve procurar ser um leitor cr tico e atento das not cias cient ficas divulgadas de diferentes formas v deos programas de televis o sites da Internet ou not cias de jornais BRASIL 1999 p 27 80 Esse aspecto destacado por Martins Cassab e Rocha 2001 ao argumentar que os textos cient ficos provenientes de outras origens podem contribuir para o aprendizado em ci ncias disponibilizando aos alunos uma maior diversidade de informa es al m de propiciar o desenvolvimento de habilidades de leitura o dom nio de conceitos formas de argument
282. est o muito afastadas e praticamente n o interagem entre si Contudo quando aumentamos a press o ou diminu mos a temperatura a valores pr ximos temperatura de condensa o as mol culas dos gases come am a interagir umas com as outras causando desvios da equa o geral Esse fato n o a invalida mas revela limita es Podemos dizer que a equa o geral dos gases seria perfeitamente v lida para um g s cujas mol culas n o interagissem entre si Na verdade isso n o acontece com nenhum g s Al m disso de acordo com a equa o na temperatura de O K zero absoluto o volume de qualquer g s seria nulo o que tamb m n o acontece no mundo f sico Desse modo a equa o v lida para um g s imagin rio ou seja um g s ideal Note que um g s ideal n o existe ele apenas um modelo Mesmo assim muitos gases reais quando submetidos altas temperaturas e baixas press es comportam se de acordo com as leis estabelecidas como se fossem gases ideais FONTE SANTOS W L P M L G S coords Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implica es sociais Vol 1 ensino m dio 12 edi o S o Paulo Nova Gera o p 153 154 2010 QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 A partir da leitura e an lise do texto de apoio podemos perceber que o modelo explicativo para o comportamento dos gases possui limita es Ele pode ser considerado v lido para um modelo idealizad
283. est o relativa a sess o de aplica o do conhecimento Nesta etapa perguntamos aos alunos se um modelo cient fico poderia ser constru do a partir de uma teoria ou se era obrigat ria uma valida o experimental Ap s a entrega da quest o resolvida pelos alunos reunimos um grande grupo e esclarecemos que determinados modelos cient ficos s o constru dos sem comprova o experimental enquanto outros s o validados experimentalmente Em suma a aula transcorreu de forma tranquila e houve grande participa o dos alunos Creditamos curiosidade dos alunos em rela o ao conte do das caixas um dos fatores que motivaram o interesse pela din mica e pelo assunto abordado DI RIO DE AULA 06 17 10 2013 A sexta aula da unidade did tica intitulada Os caminhos da ci ncia teve como objetivo principal discutir a natureza do conhecimento cient fico encarando a ci ncia como uma constru o humana influenci vel por diversos fatores provis ria e suscet vel de reformula o ou reconstru o A aula foi programada para utilizar um texto de apoio indicado na proposta did tica como elemento auxiliar nas reflex es 205 Nesta aula registramos o comparecimento de 19 alunos 98 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Iniciamos a aula pedindo aos alunos que entregassem o di rio referente a aula anterior e antes de introduzir os questionamentos da sess o de problematizac o inicial fizemos uma brev
284. etam os fen menos da natureza S o o resultado de hip teses ou leis testadas e confirmadas com bastante crit rio por diversos estudos e experimentos Apesar disso uma teoria cient fica nunca est acabada e as chamadas verdades cient ficas aquilo que normalmente rotulado como provado cientificamente caracteriza apenas algo aceito momentaneamente baseado nas pesquisas atuais no conhecimento existente nos interesses e na tecnologia dispon vel Isso n o implica em dizer que todas as teorias cient ficas est o erradas mas em perceber a Ci ncia como uma constru o humana provis ria suscet vel de reformula o e reconstru o FONTES 1 SANTOS W L P M L G S coords Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implica es sociais Volume 1 ensino m dio 13 edi o S o Paulo Nova Gera o 2010 2 SHEID N M J FERRARI N DELIZOICOV D Concep es sobre a natureza da ci ncia num curso de ci ncias biol gicas imagens que dificultam a educa o cient fica Investiga es em Ensino de Ci ncias p 157 181 2007 QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 A objetividade do conhecimento cient fico associada ao rigor de um de seus m todos de investiga o o chamado M todo Cient fico Este m todo pode ser descrito em quatro fases fundamentais Observa o Hip tese Experimenta o e Formula o de leis Apesar do m todo cient fico n o ser o
285. eu deveria comprar um ar condicionado ou o que se deve levar em considera o para se comprar um Nesse dia eu aprendi at mesmo a calcular o ar condicionado aprovado para tal lugar Foi muito legal mesmo D134 357 No final da aula cheguei conclus o de que o melhor a escolher na hora da compra o removedor de part culas pois estas part culas de poeira podem ocasionar um grande mal para a sa de de quem tem asma bronquite etc D140 Quais as maneiras mais efetivas de propiciar uma melhoria na qualidade do ar interior A resposta simples a maneira mais efetiva de resolver esse problema reduzindo as fontes de polui o e utilizando uma ventila o adequada Se todo mundo fizer isso o ar dentro de casa vai melhorar muito Eu particularmente gostei muito da aula e aprendi que a melhor coisa voc ter uma ventilac o adequada e diminuir a poluig o Isso favorece mais a nossa sa de do que comprar os aparelhos de purificac o do ar interior D142 Sim porque agora eu posso dizer para eles que n o adequado comprar aquele equipamento Que o mais adequado um que n o prejudique nossa sa de e eu entendo agora qual seria o melhor E meus pais quando eu falo alguma coisa que eu aprendi na escola eles acreditam e procuram seguir QF02 Sim acho que sou capaz de auxiliar a escolherem um produto que n o fa a muito mal sa de j que estudamos isso e deu para entender como funcionam cer
286. ever o 27 que se entende Implica n o uma memorizac o visual e mec nica de sentencas de palavras de s labas desgarradas de um universo existencial coisas mortas ou semimortas mas numa atitude de criac o e recriac o Implica numa autoformac o de que possa resultar uma postura interferente do homem sobre seu contexto FREIRE 1980 p 111 Nesta perspectiva alfabetizar possui um significado mais abrangente do que a mera aquisic o da escrita e leitura englobando a ideia de letramento e indo al m do dom nio do c digo escrito constituindo se em um instrumento indispens vel para auxiliar na construc o de uma consci ncia mais cr tica da realidade Explicitada nossa opc o pelo termo alfabetizac o ainda faz se necess rio destacar que assim como as diverg ncias em relac o denominac o empregada a alfabetizac o cient fica tamb m abrange uma gama muito ampla de significados e s o muitos os objetivos que a norteiam Segundo Aikenhead 1997 isso se justifica pelo fato da educac o cient fica ser um conceito amplo que depende do contexto hist rico no qual ela proposta bem como de pressupostos ideol gicos e filos ficos que a norteiam Em artigo de revis o sobre a alfabetizac o cient fica Laugksch 2000 identificou v rios fatores que influenciam interpreta es do significado da educa o cient fica Para o autor tais fatores incluem o envolvimento de diferentes grupos sociais preocupados com a
287. ez de uma reac o qu mica Optamos por utilizar dois experimentos simples para discutir a relac o desses fatores com a variac o da rapidez das reac es Descri o da aula A aula foi iniciada a partir da problematiza o inicial O que pode tornar uma reac o qu mica mais ou menos r pida Ser que podemos controlar a velocidade das reac es Os alunos apresentaram d vidas em relac o possibilidade de controlar a rapidez de uma reac o e se poss vel como isso poderia ser feito A princ pio as opini es estavam bastante divididas alguns acreditavam que poder amos controlar a velocidade de uma rea o qu mica enquanto outros acreditavam que n o seria poss vel Quando questionamos se haveria algum fator espec fico capaz de aumentar ou diminuir a rapidez de uma rea o um dos estudantes argumentou que se houvesse a possibilidade de variar a temperatura seria poss vel controlar seu desenvolvimento Os outros estudantes concordaram com a hip tese apresentada pelo colega e houve um consenso em rela o influ ncia da temperatura na rapidez das rea es Perguntamos se al m desse haveria outro fator capaz de influenciar na rapidez das rea es mas nenhuma outra hip tese foi levantada P12 Finda a etapa de problematiza o inicial foram propostas duas pr ticas para auxiliar na compreens o do efeito da temperatura e da superf cie de contato na rapidez de uma rea o Assim a organiza o do conhecimento se deu p
288. f sicos qu micos e biol gicos com diferentes causas e fontes ocasionando problemas respirat rios e outros efeitos de sa de relacionados como o caso da asma principal doen a respirat ria cr nica em crian as alergias respirat rias doen a pulmonar obstrutiva cr nica hipertens o pulmonar apneia do sono e at eventualmente c ncer BORREGO et al 2008 Segundo Teixeira 2012 as criancas s o o grupo mais suscet vel de serem afetadas pela polui o do ar interior j que em rela o aos adultos respiram um maior volume de ar relativamente ao seu peso corporal e al m disso o seu sistema imunol gico est mais vulner vel varia o das condi es ambientais A OMS estima que mais de 50 das mortes prematuras por pneumonia entre as crian as com menos de cinco anos resultam das part culas inaladas em ambientes interiores OMS 2014 Especificamente em rela o ao ambiente escolar Pegas et al 2011 alertam que os problemas com a QAI podem ser ainda mais graves nas escolas do que em outros tipos de edifica es devido maior densidade de ocupa o e ao insuficiente fornecimento de ar exterior agravada pela fraca qualidade de constru o e manuten o de edif cios escolares Borrego et al 2008 destacam que os alunos passam diariamente muitas horas nas escolas sendo o segundo microambiente onde passam mais tempo e al m dos perigos sa de uma m QAI nas escolas influencia o desempenho escolar
289. fer ncia Internacional sobre Ensino de Ci ncias para o s culo XXI ACT Alfabetiza o em Ci ncia e Tecnologia na qual foram apresentados v rios trabalhos do movimento internacional de CTS no Ensino de Ci ncias considerada um momento hist rico para a difus o das discuss es sobre abordagens CTS SANTOS 2008 Quanto aos documentos oficiais os Par metros Curriculares Nacionais PCN para o ensino fundamental mencionam o curr culo CTS no item do hist rico do Ensino de Ci ncias e suas tend ncias No ensino de Ci ncias Naturais a tend ncia conhecida desde os anos 80 como Ci ncia Tecnologia e Sociedade CTS que j se esbo ara anteriormente e que importante at os dias de hoje uma resposta quela problem tica No mbito da pedagogia geral as discuss es sobre as rela es entre educa o e sociedade se associaram a tend ncias progressistas que no Brasil se organizaram em correntes importantes que influenciaram o ensino de Ci ncias Naturais em paralelo CTS enfatizando conte dos socialmente relevantes e processos de discuss o coletiva de temas e problemas de significado e import ncia reais Questionou se tanto a abordagem quanto a organiza o dos conte dos identificando se a necessidade de um ensino que integrasse os diferentes conte dos com um car ter tamb m interdisciplinar o que tem representado importante desafio para a did tica da rea BRASIL 1998 p 20 21 Em rela o ao
290. ferentemente desses termos a tecnologia pode ou poderia ser controlada de todos os modos por seu criador Mas n o parece ser bem o caso E dito que a tecnologia melhorou a qualidade de vida tendo em vista a expectativa de vida humana Vivemos mais mas vivemos melhor O ser humano provou de uma vez por todas que possui um intelecto incr vel ao conceber tais tecnologias Falta descobrir se a capacidade humana ser capaz de controlar o que sai da sua imagina o D148 um assunto que d muito pano para a manga porque existem v rios tipos de tecnologia para v rias situa es e usos mas a tecnologia n o tem um certo ou um errado varia da forma de cada um pensar e utilizar a tecnologia Praticamente tudo ao nosso redor tecnologia desde a luz de dentro de casa at as armas que os militares usam tem tecnologia para o bem como tamb m para o mal A tecnologia segue seus pr prios caminhos n s nos adaptamos a ela e somos 358 influenciados por ela D149 Existem muitas coisas que s o tecnologia e n o duvido que anos mais tarde tudo vai ser e existir em func o da tecnologia Na minha opini o a tecnologia vai chegar ao ponto de ningu m mais conseguir parar ela de crescer e se modificar D150 Na verdade eu acho que n o a tecnologia que ruim e mata as pessoas com excec o das bombas at micas pois as armas se ningu m usar n o v o fazer mal n o v o matar nem machuca
291. fessor no intuito de compreender o modo como os catalisadores interferem na rapidez das rea es e suas aplica es Devido ao interesse demonstrado pelos estudantes durante as discuss es acreditamos que a aula cumpriu seus objetivos ao analisar as caracter sticas dos catalisadores e ressaltar sua utilidade em diversos processos qu micos AP NDICE 4 QUESTION RIO FINAL 1 Qual sua opini o sobre a din mica das aulas neste trimestre Houve alguma diferen a em rela o as aulas do primeiro semestre Quais os pontos positivos e negativos desta metodologia 2 Durante este trimestre n s estudamos o comportamento dos gases atrav s das hip teses do modelo de part culas Como o modelo de part culas explica a difus o ou compress o de um g s Qual a influ ncia da temperatura no comportamento dos gases O que representa a press o de um g s 3 Voc acredita que seja importante estudar a tem tica da Qualidade do Ar Interior Como a compreens o dos agentes e perigos da polui o interior pode auxiliar no seu dia a dia Existe alguma utilidade pr tica para os assuntos relativos ao tema Justifique sua resposta 4 A vis o tradicional da ci ncia a encara como express o da verdade Segundo esta vis o a ci ncia neutra e validada por um m todo infal vel o m todo cient fico Voc acredita que a ci ncia seja mesmo neutra Ser que o m todo cient fico mesmo infal vel Quando algum cientista desenvolve uma pesquisa e
292. frgs br public ensi no vol12 n2 v12 n2 a1 htm Acesso em 04 set 2013 249 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 06 Texto Os caminhos da ci ncia Ao contr rio de muitas teorias que foram propostas por um cientista apesar de v rios terem dado subs dios para sua elaborac o a teoria cin tica dos gases resultado dos estudos e propostas de v rios cientistas em locais e momentos hist ricos diferentes Podemos citar como exemplos Daniel Bernoulli 1700 1782 matem tico e f sico sui o Rudolf Clausius 1822 1888 f sico alem o James Clerk Maxwell 1831 1879 matem tico e f sico escoc s Ludwig Eduard Boltzmann 1844 1906 f sico austr aco dentre v rios outros cientistas que contribu ram para a elaborac o da atual teorica cin tica dos gases importante mencionar que o processo de construc o da atual teoria cin tica dos gases assim como o processo de construc o de qualquer teoria cient fica n o se trata de uma narrativa linear em que cada cientista agrega suas contribui es s pesquisas do antecessor ampliando suas aplicac es e provando sua veracidade A construc o de uma teoria cient fica um processo complexo e influenciado por v rios fatores como por exemplo a conjuntura hist rica os interesses econ micos o contexto social interesses individuais e coletivos Durante esse processo encontram se v rias rupturas avancos retrocessos e abandonos Teorias cient ficas s o estruturas que explicam e interpr
293. gativos ta metodologia Acht rulo DOA JU UPEO Lin pergunta cho lt a QUE MD UUI AC ID Gui n Aa ba 2 NS dat QUYM AS JO AN SEZ Da a at SUE ye AUTA 42 ns max Denis N e 9 ni A ALA D A ADAL LL pu I A 030 7293 PAR B ADO A LAVADO ONA Grat n PY I BAHASA AK IMUR E AM Q ALON A irQ DSC OS ls Quat Jd nea Quy 2 Em rela o unidade did tica como um todo como voc avalia o desenvolvimento da tem tica depois das 14 aulas UENO A Quis DAA pt O ya A AL A ALD Qd a r Ot O ML O AUASI DAL ans a a VA NAA ALA DAS 2 Sx LAU A AS LA 12 U yA d AX Dan rola Ona meli AMM AM 119 ana GOL FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO 0404 5 Durante a unidade did tica voc construiu di rios relatando suas impress es sobre as aulas Qual sua opini o sobre a m dos di rios como instrumentos de avalia o 3 i i 4 E FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO QAO5 339 1 Cada uma das aulas que tivemos neste trimestre seguiu uma determinada sequ ncia Qual sua opini o sobre o modo como se desenvolveram as aulas Houve alguma diferen a em rela o as outras aulas de quimica Quais os pontos positivos e negativos desta metodologia DOM gum pt LOYOLA 10 ma aj QE LO ut e Y i 4 ij Y D CAE ILO Voas AU am ELOLA 007 ert Oo ue 4 DARE nO enim JM QU iunio a20x0 ND Qoo cy QUO TELEN Cim en y Culo OA lu times YA Oud Na S SM BVT MO y ao 1 Ae mJ QUO MUNI O y Ex 2724
294. gia e sua influ ncia nos mais diversos aspectos da vida do homem parece n o dar espaco para a uma reflex o aprofundada sobre suas implicac es Tendo estes aspectos em mente em um segundo momento da an lise classificamos as reflex es dos estudantes sobre a atividade tecnol gica atrav s dos eixos de neutralidade intencionalidade e de autonomia controle humano propostos por Feenberg 2002 Enquanto no primeiro eixo a tecnologia pode ser encarada como neutra ou carregada de valores no segundo eixo ela se distingue por seguir seus pr prios des gnios ou apresentar se sujeita ao controle humano Buscamos atrav s dessa classifica o explicitar as distintas formas pelas quais a atividade tecnol gica pode ser entendida e no decorrer desse processo compreender as concep es de tecnologia apresentadas pelos alunos Salientamos que a despeito do processo de an lise que ser apresentado o debate em sala foi conduzido de modo a n o atribuir julgamentos sobre posicionamentos corretos ou errados Ao mesmo tempo em que nenhuma dessas escolhas bvia cada uma delas implica em uma concep o de tecnologia Independentemente de concordarmos ou n o com os posicionamentos dos estudantes nosso prop sito foi de faz los refletir sobre a natureza da atividade tecnol gica e suas implica es em nosso modo de vida No Quadro 9 listamos alguns relatos representativos das impress es dos estudantes sobre as rela es da tecnologia com os valore
295. i o do ar interior ou poluic o indoor os alunos afirmaram que nunca haviam ouvido tais termos e que tamb m n o conheciam nenhuma subst ncia respons vel pela polui o do ar em ambientes fechados al m do ar exterior Em rela o a alternativas para a melhoria da qualidade do ar interior um dos alunos sugeriu a utiliza o de aparelhos de purifica o de ar P01 Logo ap s na etapa de organizac o do conhecimento os alunos realizaram a leitura de um texto de apoio que apresentava a tem tica da QAI AP NDICE 6 Esse texto destacava os principais poluentes do ar interno suas fontes e efeitos na sa de Em duplas os alunos constru ram suas respostas relativas s quest es propostas para an lise e reflex o Sobre este momento destacamos o interesse demonstrado em relac o ao texto e ao assunto apresentado N o houve resist ncia a leitura do texto e o debate nas equipes foi bastante produtivo Os alunos n o apresentaram dificuldades em resolver as quest es propostas e nas discuss es houve refer ncias as diversas fontes de polui o do ar interior como o tabaco os sistemas de ar condicionado os materiais de constru o e o armazenamento incorreto dos produtos de limpeza P01 Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes foi organizado um grande grupo para socializar as respostas e analisar o tema Sobre essa etapa os estudantes relatam em seus di rios sensibiliza o sobre a import nci
296. i realizado atrav s de uma reflex o sobre a natureza da tecnologia e suas implica es em nosso modo de vida Descri o da aula A problematiza o inicial se deu a partir dos seguintes questionamentos 1 Nas ltimas aulas discutimos as funcionalidades e limita es de aparatos eletr nicos que se prop em a melhorar a qualidade do ar interior Hoje vamos discutir a mesma tem tica sob um ngulo diferente vamos falar de Tecnologia Voc j parou para pensar sobre a influ ncia da tecnologia no seu dia a dia Como a tecnologia interfere na sua vida 2 Ser que discutir tecnologia se resume a falar de equipamentos eletr nicos Afinal como definir tecnologia Alguns alunos disseram que a tecnologia estava presente em tudo e exemplificaram que ela se mostrava nos meios de transporte na produ o de energia e nos equipamentos de diagn stico e tratamento de sa de Quando questionados se a tecnologia se resumia aos equipamentos um dos estudantes argumentou que havia muito estudo envolvido para a produ o destes dispositivos e que isso tamb m deveria ser levado em considera o 123 Quando o professor perguntou qual seria a defini o de tecnologia houve correlac o de tecnologia com progresso Segundo o di rio do professor Ampliamos o debate perguntando qual seria a definic o de tecnologia Um dos estudantes associou tecnologia a progresso e quando questionamos a turma se eram sin nimos ou se a tecnologia conduzia automatic
297. ia a express o da verdade A sociedade n o interfere pos caminhos da ci ncia Justifique sug resposta A AN AMAX he am Y PEZAN HEU FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF09 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajudaram a ver a Quimica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar as mat rias cientificas Por que FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF10 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajudaram a ver a Quimica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar as mat rias cientificas Por que ra Dos 19 Q h OUO LOS Ona v ou A Ge tn boo A Sra a PD IDO OZ T A do s AN j QA j x Quas len chawan l caza o toma dn alumen td qa qui ca alar Lu QS Sa Q aA Q a C zv AA cn AA Orale E pn e PE z CASO Oi ADOSADOS ADA MARA LILA Loc A 0 a Quo Gn Ss X uS de jaen Lo dramas AIN cA CASI ANDAMIOS QUISO ry cx FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF11 347 2 Voc acredita que scja importante estudar a tem tica da Qualidade do Ar Interior Como a compreens o dos agentes e perigos da polui o interior pode auxiliar no seu dia a dia Existe alguma utilidade pr tica para os assuntos relativos ao tema Justifique 3 A vis o tradicional da ci ncia a encara como express o da verdade Segundo esta vis o a ci ncia neutra e validada por um m todo infal vel o m todo cientifico Voc acredita que a ci ncia seja mesmo neutra Ser
298. ica das D103 D108 D192 QF03 QF06 QF17 QA02 aulas QA03 QA04 QA09 QA11 QA12 QA13 QA15 QA18 Estrat gias A import ncia da D018 D022 D024 D025 D026 D028 D029 Did ticas experimenta o no D030 D034 D040 D167 D169 D172 D181 Ensino de Qu mica D185 QF02 QF06 QF11 A escrita O OA02 QA03 QA04 QA05 QA07 QA09 QA12 aprendizado no Ensino de Qu mica QA13 QA16 QA17 QA18 51 QUADRO 10 RELATOS ASSOCIADOS COM S ESTRAT GIAS DID TICAS FONTE O Autor 2015 O Quadro 10 indica que a categoria emergente apresentou um maior n mero de relatos quando comparada individualmente com qualquer uma das categorias definidas a priori No intuito de analisar esse n mero expressivo de relatos a seguir discutiremos cada uma das subcategorias relacionadas com as estrat gias did ticas utilizadas durante o desenvolvimento da intervenc o pedag gica 4 4 1 A Din mica das Aulas Em geral a disciplina de Qu mica encontra resist ncia por parte dos alunos Segundo Mortimer e Machado 2011 essa resist ncia deriva de um modelo de ensino que n o visa a construc o de conceitos e encontra se pautado pela memorizac o de f rmulas macetes ou pela simples aplicac o de saberes de pouco uso cotidiano 163 Ainda que a crescente especializac o tenha afastado alguns conceitos qu micos da cultura geral ineg vel sua import ncia para a vida das pessoas Isso ocorre n o s atrav s d
299. icador desliga automaticamente Se for utilizado um aquecedor no ambiente os aparelhos com ar mido frio s o mais indicados pois n o superaquecem o ambiente d VAPORIZADORES Estes equipamentos tamb m possuem a func o de regular a umidade no ambiente S o conhecidos pelo nome de vaporizadores pois fervem a gua e jogam vapor aquecido no ambiente da mesma forma que um chuveiro el trico no banheiro Quando a gua acaba muitos aparelhos desligam automaticamente Como sua tecnologia simples eles costumam ser mais baratos FONTES 1 EPA U S Environmental Protection Agency 2013 What You Should Know about Refrigerants When Purchasing or Repairing a Residential A C System or Heat Pump Washington DC 2 PEREIRA M R S Como funciona o ar condicionado ABCMC Associa o brasileira de centros e museus de ci ncias 3 UMIDADE do ar sa de no inverno CEPAGRI Centro de pesquisas meteorol gicas e clim ticas aplicadas agricultura Campinas SP QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 Os aparelhos de ar condicionado s o equipamentos utilizados para manter o conforto t rmico em ambientes fechados Existem v rios tipos e modelos dispon veis no mercado A partir da leitura do texto de apoio quais crit rios voc estabeleceria al m do custo para a compra de um aparelho de ar condicionado 2 Vaporizadores e umidificadores s o equipamentos que tem como fun o regular a umidade do ambiente Eles s o bastante teis em p
300. ida das pessoas Potencial para Alfabetiza o Cient fica Cultural An lise do conceito de modelo cient fico e das limita es das teorias cient ficas visando caracterizar a ci ncia como uma atividade humana transit ria e sujeita a influ ncias internas e externas ao seu processo de constru o Potencial para Alfabetiza o Cient fica Profissional Compreens o do princ pio de funcionamento dos catalisadores e sua aplica o em diversos processos industriais Potencial para Alfabetiza o Tecnol gica Pr tica Compreens o da simbologia e da funcionalidade de aparelhos port teis utilizados para climatiza o de ambientes internos Potencial para Alfabetiza o Tecnol gica C vica Estabelecimento de crit rios para aquisi o de um equipamento de climatiza o ou purifica o do ar Potencial para Alfabetiza o Tecnol gica Cultural Reflex o sobre a natureza da tecnologia e o modo como interfere em nossa percep o e intera o com a realidade Discuss o das rela es de neutralidade intencionalidade e autonomia controle da atividade tecnol gica QUADRO 5 PAR METROS DE ACT E A TEM TICA DA QAI FONTE O Autor 2015 70 Em relac o dimens o pr tica dos par metros de alfabetizac o cient fica e tecnol gica procuramos contempl los em nossa proposta enfatizando a necessidade da compreens o dos conceitos cient ficos ou tecnol gicos associados aos conte do
301. idade dos gases enquanto outro acreditava que aquele que possu sse cheiro mais forte se deslocaria mais r pido Alguns alunos concordaram com as argumenta es e associaram as duas hip teses teorizando que quanto mais denso um g s mais forte seria seu cheiro e maior sua velocidade de deslocamento Quando questionados sobre a rela o entre a facilidade de deslocamento dos gases e a polui o do ar interior nenhum dos alunos se pronunciou A problematiza o inicial durou aproximadamente 10 minutos e para a organiza o do conhecimento foram propostos dois exerc cios no roteiro do estudante um relativo ao primeiro experimento e outro relativo a um segundo experimento cujo objetivo era investigar as diferentes velocidades de difus o dos gases N o houve dificuldades em responder quest o relativa ao primeiro experimento Neste exerc cio foi pedido para que fizessem dois desenhos um representando as mol culas do g s dentro do frasco e outro representando as mol culas ap s sua difus o pela sala de aula A maioria dos estudantes intuitivamente representou as mol culas por pontos mais pr ximas no primeiro desenho e espalhadas no segundo Em rela o ao segundo exerc cio percebemos que houve bastante interesse no experimento muito embora eles tenham demonstrado dificuldades em responder os questionamentos propostos Neste experimento foram introduzidos dois gases diferentes em um tubo de vidro e ap s alguns minutos houve a f
302. iente para explicar todos os problemas do mundo RICHETTI 2008 A valoriza o das v rias formas em que o conhecimento se apresenta e a difus o de m ltiplos saberes cada um com seu papel e import ncia na forma o do aluno oportuniza novas maneiras para interpretar a realidade e viabiliza diferentes posicionamentos em rela o s situa es vivenciadas Nessa perspectiva justifica se falar em um Ensino de Qu mica que priorize o aprendizado de forma contextualizada que possibilite articular o ensino aos acontecimentos do cotidiano do aluno para que 25 estes possam perceber a import ncia da qu mica numa sociedade avangada nas dimens es cient fica e tecnol gica Ainda segundo as Orienta es Curriculares Nacionais BRASIL 2006 articular os conte dos tradicionais da disciplina de Qu mica com suas implica es sociais apresenta se como uma necessidade para a compreens o do mundo em que vivemos e como um caminho para um processo de tomada de decis o em dire o a um modo de vida mais sustent vel Segundo esse documento Articular os aspectos s cio cient ficos e o contexto aos conte dos de Qu mica fundamental pois propicia que os alunos compreendam o mundo social em que est o inseridos e desenvolvam a capacidade de tomada de decis o com maior responsabilidade na qualidade de cidad os sobre quest es relativas Qu mica e Tecnologia e desenvolvam tamb m atitudes e valores comprometidos com a cidadania p
303. igos i media peste negra html gt Acesso em 14 set 2013 PERIGO no ar interno que respiramos Fant stico Rio de Janeiro Rede Globo 8 2 2009 Programa de televis o Dispon vel em http www youtube com watch v2mmY Nf FOdRI Acesso em 06 ago 2013 SANGUESSUGA M S G S ndroma dos Edif cios Doentes Estudo da qualidade do ar interior e despiste da eventual exist ncia de SED entre a populac o do edif cio E de um estabelecimento de ensino superior Dissertac o Mestrado em Seguranca e Higiene do Trabalho Escola Superior de Tecnologia da Sa de de Lisboa Instituto Polit cnico de Lisboa Lisboa 2012 STELING T D et al A epidemiologia dos edif cios doentes Rev Sa de p bl S o Paulo n 25 p 56 63 1991 Dispon vel em lt http Awww scielo br paf rsp v25n1 12 pdf gt Acesso em 14 set 2013 259 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 08 Texto Edif cios doentes eles podem ser letais Surgidos a partir dos anos 1970 os arranha c us envidra ados que enfeitam as grandes cidades s o o principal foco potencial de uma tem vel doen a de nossos tempos a S ndrome do Edif cio Doente SED Ela afeta at 60 das pessoas que vivem e trabalham em constru es encaixadas nesse perfil e pode ser letal A primeira vista os imponentes pr dios envidra ados que se espalham pelas metr poles do mundo parecem maravilhas da tecnologia contempor nea invulner veis chuva aos ventos e a outras amea as externas A vida d
304. in tica Apenas no zero da escala Kelvin equivalente a 273 C cessaria todo o movimento das part culas E os materiais gasosos s o constitu dos por part culas muito pequenas e que se movimentam porque possuem energia cin tica e n o existem for as atrativas ou repulsivas entre elas E tamb m vimos que no inverno como a temperatura baixa faz com que as part culas se movimentam mais lentamente J no ver o diferentemente do inverno o calor faz as mol culas ficarem mais agitadas D047 111 Houve a necessidade de nossa intervenc o para auxiliar na compreens o de alguns dos exerc cios e na an lise das situa es propostas Apesar dos alunos apresentarem entendimento do significado atribu do pelo modelo de part culas as vari veis de estado P V T individualmente houve dificuldades em relacion las em compreender a influ ncia que elas t m umas nas outras A aplicac o do conhecimento foi realizada por meio de uma atividade que buscou ampliar o modelo de part culas inicialmente desenvolvido para o estado gasoso para outros dois estados da mat ria o l quido e o s lido Neste exerc cio os alunos comparavam as caracter sticas de cada estado f sico atrav s dos crit rios de forma e volume sensorial e do modelo de part culas MORTIMER MACHADO 201 1 Os alunos n o apresentaram dificuldades em resolver esta quest o e houve alguns que optaram por representar seu entendimento dos estados f sicos atrav s d
305. ina Florian polis 2005 SILVA H C ALMEIDA M J P M O deslocamento de aspectos do funcionamento do discurso pedag gico pela leitura de textos de divulga o cient fica em aulas de f sica Revista Electr nica de Ense anza de las Ciencias v 4 n 3 p 155 179 2005 SILVEIRA M G Avaliac o da qualidade do ar em um grande aeroporto na cidade do Rio de Janeiro Tese Doutorado em Ci ncias Fundac o Oswaldo Cruz Rio de Janeiro 2001 190 SILVEIRA R M C F Inovac o tecnol gica na vis o dos gestores e empreendedores de incubadoras de empresas de base tecnol gica do Paran IEBT PR desafios e perspectivas para a educac o tecnol gica Tese Doutorado em Educag o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2007 SOARES M Letramento um tema em tr s g neros Belo Horizonte Aut ntica 1998 SOLBES J VILCHES A STS interactions and the teaching of physics and chemistry Science Education v 81 n 4 p 377 386 1997 SOLOMON J Teaching science technology and society Buckingham Open University Press 1993 Science technology and society courses tools for thinking about social issues International Journal of Science Education v 10 n 4 p 357 366 1988 SOLOMON J AIKENHEAD G STS education international perspectives on reform New York Teachers College Press 1994 SOUZA S L GON ALVES T V O Bases epistemol gicas subjacente
306. indispens veis para uma melhoria na sua qualidade de vida Isso reflete por exemplo na capacidade de escolher entre um alimento produzido atrav s da agricultura convencional ou de um produto org nico de reconhecer os riscos de misturar determinados produtos de limpeza ou os perigos da automedica o Assim a alfabetiza o cient fica pr tica configura se como uma necessidade de todos os cidad os independentemente de sua condi o econ mica ou social e suprir esta necessidade requer um esfor o conjunto de toda a sociedade Para Shen 1975 As organiza es nacionais e internacionais governamentais e n o governamentais deveriam assumir os pap is principais no projeto implementa o e avalia o nos programas de alfabetiza o cient fica pr tica A tarefa ser rdua Tradi es prejudiciais precisam ser afastadas supersti es dissipadas e interesses individuais precisam ser superados A oportunidade para participar n o deve ser fornecida somente para os cientistas mas tamb m para o p blico leigo 29 incluindo especialistas em educac o comunit ria e comunicac o de massas A alfabetizac o cient fica pr tica importante demais para ser deixada apenas para os cientistas SHEN 1975 p 266 traduc o nossa Em rela o alfabetiza o cient fica c vica o autor esclarece que o objetivo dessa categoria de alfabetizac o cient fica seria o de permitir que os cidad os se tornem conscientes de q
307. intera es CTS Por fim por meio de uma revis o bibliogr fica analisamos o surgimento do Movimento CTS seus desdobramentos no cen rio educacional e seu potencial como promotor de alfabetiza o cient fica e tecnol gica no Ensino de Qu mica 1 1 Um Olhar para o Ensino de Qu mica A Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei 9 394 96 em seu artigo 22 estabelece como finalidade para Educa o B sica proporcionar um ensino que oportunize uma forma o comum indispens vel para o exerc cio da cidadania BRASIL 1996 Os Par metros Curriculares Nacionais do Ensino M dio PCNEM as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino M dio DCNEM e as Diretrizes Curriculares Estaduais DCE tamb m incorporam essa tend ncia e destacam que as transforma es que ocorrem no Brasil em fun o da consolida o do regime 22 democr tico da imers o de novas tecnologias e demais mudangas que impactam o cen rio contempor neo demandam uma abordagem metodol gica que possibilite aos estudantes uma formac o geral para exercer dignamente sua cidadania na sociedade contempor nea BRASIL 1996 1998 2006 PARAN 2008 A Qu mica como ci ncia historicamente constru da estuda a composic o da mat ria sua constituic o e transformag es contribuindo para o desenvolvimento cient fico e tecnol gico da humanidade Esta ci ncia quando transposta para o contexto escolar possui o potencial para ampliar a compreens o
308. io que visava al m de ampliar a vis o de modelo cient fico introduzir os primeiros questionamentos a respeito do processo de constru o do conhecimento cient fico Um modelo uma representa o da realidade que constru mos para nos ajudar a entend la Para possibilitar a constru o de um modelo cient fico precisamos de uma valida o experimental ou podemos constru lo a partir de uma teoria Ou precisamos das duas coisas Em suas respostas os alunos relacionaram os conceitos discutidos na pr tica das caixas e foram un nimes em afirmar que um modelo cient fico pode ser constru do das duas maneiras teoricamente ou experimentalmente Articula o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetiza o cient fica pr tica mediante a compreens o do modelo cient fico atualmente aceito para explicar o comportamento dos gases e potencial para alfabetiza o cient fica cultural oportunizando reflex es sobre o conceito de modelo cient fico e suas limita es 114 Aula 06 A Natureza da Ci ncia Esta aula se destinou a discutir a concepc o positivista do conhecimento cient fico Buscou se questionar esta concepc o na qual a ci ncia caracterizada como neutra racional aut noma e objetiva O estudo foi realizado por meio de questionamentos que objetivavam proporcionar reflex es sobre a natureza subjetiva do conhecimento cient fico Descric o da aula A aula se iniciou atrav s
309. ios O primeiro conjunto de quest es denominado question rio final QF01 a QF20 teve o intuito de analisar em que medida os estudantes reagiram abordagem CTS dos conte dos relacionados disciplina a tem tica e sua articulac o com os par metros de ACT utilizados O segundo conjunto de quest es abertas trata se de um question rio avaliativo QAO1 a QA20 que buscou captar as impress es dos alunos sobre o desenvolvimento da proposta did tica e sobre sua pr pria participac o nas discussdes realizadas em sala Ambos os question rios produzidos pelos estudantes foram tabulados sem uma ordenac o previamente estabelecida visando proteger a identidade dos alunos Os modelos utilizados para a produc o dos question rios encontram se no AP NDICE 4 e AP NDICE 5 Todas as atividades produzidas em sala foram utilizadas para o acompanhamento do aprendizado e foram analisadas para a composic o parcial da nota trimestral para a disciplina Essas atividades ap s terem sido discutidas com os estudantes foram recolhidas e juntamente com os question rios propostos ao t rmino do conjunto de aulas comp em outra fonte de dados para an lise da pesquisa 3 4 Metodologia para An lise dos Dados Para a an lise dos dados constitu dos durante o contexto da investigac o optamos por utilizar a An lise Textual Discursiva MORAES GALIAZZI 2007 devido natureza qualitativa e interpretativa de nossa pesquisa 94 Segundo Moraes 2003
310. ip teses n o eram v lidas em todas as situa es mas n o souberam especificar quais seriam as limita es do modelo proposto A problematiza o inicial durou aproximadamente 3 minutos e logo em seguida pedimos aos alunos que se reunissem em duplas para a leitura do texto de apoio e resolu o das atividades previstas no roteiro do estudante Percebemos que n o houve resist ncia a leitura do texto muito embora em uma das equipes os alunos demonstraram que n o haviam realizado uma leitura cuidadosa optando por seguir rapidamente para a resolu o das atividades propostas Orientamos que este procedimento n o auxiliava na resolu o das quest es e prejudicava o entendimento do assunto abordado Durante a resolu o das atividades propostas na sess o relativa a organiza o do conhecimento notamos que n o houve dificuldades na compreens o das limita es do modelo proposto para o comportamento dos gases e que ficaram claras as diferen as entre um g s real e um g s ideal Os alunos tamb m n o apresentaram dificuldades no exerc cio de aplica o da equa o geral dos gases ideais e apresentaram facilidade na manipula o dos dados retirados de um gr fico de PxV e convers o de unidades Alguns alunos alegaram afinidade para os c lculos enquanto a maioria creditou seu sucesso a resolu o de exerc cios semelhantes durante as aulas de F sica e Matem tica A an lise do texto e discuss o das atividades propostas levo
311. ipalmente devido polui o atmosf rica Entretanto atualmente a grande maioria das pessoas passa a maior parte do seu tempo no interior de edif cios ou em meios de transporte e nesses ambientes ao contr rio do que se imaginava tamb m h uma carga elevada de poluentes t picos desses espa os e a qualidade de vida acaba condicionada pelas limita es que estes possam apresentar VERDELHOS 2011 Nas ltimas d cadas houve um grande aumento de reclama es relacionadas qualidade de ar em locais fechados em diversos pa ses principalmente em na es da Am rica do Norte e Europa Essas queixas geraram estudos indicando se que o ar dentro de casa e outros locais fechados pode estar mais polu do do que o ar externo nas grandes cidades industrializadas BRICKUS NETO 1999 A QAI tem sido referida como um dos principais riscos ambientais para a sa de p blica e segundo a Organiza o Mundial de Sa de OMS a polui o do ar interior o oitavo fator de risco mais importante respons vel por 2 7 dos casos de doen as no mundo OMS 2008 e um fator determinante para sa de e bem estar de todos OMS 2009 Tamb m a United States Environmental Protection Agency EPA classificou a polui o do ar interior entre os cinco principais riscos ambientais para a sa de p blica EPA 2013 Segundo Brickus e Neto 1999 foi o movimento mundial de conserva o de energia em virtude da crise do petr leo na d cada de 1970 que ironic
312. iretamente relacionados com as implicacdes pr ticas do conhecimento cientifico e tamb m porque desse modo enfatizamos novamente que nenhuma das categorias de ACT encontra se desvinculada das outras 4 3 2 Alfabetizac o Cient fica C vica Esta categoria est relacionada ao desenvolvimento de um posicionamento cr tico para a tomada de decis o dos estudantes em relac o a problemas que afetam diretamente sua vida Defendemos que para a formac o de um cidad o respons vel e atuante n o basta ter dom nio da informac o Estes conhecimentos apesar de necess rios n o implicam em mudancas preciso analisar e discutir problemas atrav s de uma postura questionadora levando em considerac o as opinides divergentes e reconhecendo a necessidade da tomada de atitudes Em suma em um processo de alfabetizac o cient fica a dimens o c vica enfatiza os princ pios que envolvem as a es necess rias para que o cidad o tome decis es fundamentadas e participe ativamente da escolha dos rumos dados ao desenvolvimento cient fico tecnol gico Segundo Bocheco 2011 para desenvolver essa capacidade exige se que os estudantes sejam estimulados a lidar com decis es que requerem negocia es e escolhas principalmente referentes aos cuidados que se deve ter em rela o sa de ao meio ambiente e ao bem estar comum Desse modo para analisar os ind cios de alfabetiza o cient fica c vica utilizamos como objeto de an lise as produ
313. is did ticos Dentre as op es dispon veis o uso de v deos ou filmes pode estabelecer uma rela o positiva das m dias com o espa o educativo Segundo Leal 2010 a aplica o destes recursos surge como uma alternativa para auxiliar na contextualiza o dos conceitos cient ficos ao representarem uma op o interessante e motivadora para transmitir informa es que traduzem valores culturais sociais e ideol gicos J Arroio e Giordan 2006 destacam que a for a da linguagem audiovisual e o apelo emocional provocado pelos v deos ou filmes fornecem alternativas para 77 repensar as atividades em sala de aula a partir das sensac es dos alunos antes de adentrar na discuss o de conceitos ou teorias Para Arroio e Giordan 2006 Um filme ou programa multim dia tem um forte apelo emocional e por isso motiva a aprendizagem dos conte dos apresentados pelo professor Ou seja o sujeito compreende de maneira sensitiva conhece por meio das sensac es reage diante dos est mulos dos sentidos n o apenas diante das argumenta es da raz o N o se trata de uma simples transmiss o de conhecimento mas sim de aquisi o de experi ncias de todo o tipo conhecimento emo es atitudes sensa es etc Al m disso a quebra de ritmo provocada pela apresenta o de um audiovisual saud vel pois altera a rotina da sala de aula e permite diversificar as atividades ali realizadas ARROIO GIORDAN 2006 p 9 Os autores des
314. is f ceis e r pidas a exist ncia mais confort vel diversas doen as ou limita es s o superadas e sobretudo possibilidades fant sticas voar prolongar a vida surgem continuamente Ao mesmo tempo a tecnologia suscita d vidas ou temores como os relativos clonagem energia nuclear e ao controle e manipula o das nossas vidas que os recursos tecnol gicos permitem S o muitas as quest es que podem ser levantadas quando pensamos em tecnologia Um exemplo s o as reflex es sobre o impacto da tecnologia nas culturas tradicionais A primeira e essencial modifica o consiste na transforma o paulatina de todos os problemas pr ticos sociais existenciais em quest es t cnicas abordadas com crit rios como racionalidade e ci ncia planifica o rapidez facilidade produtividade etc O conhecimento entendido cada vez mais como n informa o dados o artificial sistematicamente preferido ao natural D se 275 tamb m uma mudanca na percepc o e valorac o da temporalidade o futuro a dimens o da projec o e da planificac o passa a ser mais importante do que o passado o que foi superado e de algum modo que o presente o instante controlado pelo rel gio A personalidade humana se transforma a espontaneidade substitu da pela sujeic o a regras a viv ncia pr pria cede experi ncia comum possibilitada pelos recursos t cnicos o sentimento se curva escolha racional e o indiv du
315. ist ncia Sa de Instituto Nacional de C ncer INCA Tabagismo um grave problema de sa de p blica Rio de 222 Janeiro INCA 2007 Dispon vel em lt http www1 inca gov br inca Arquivos t Tabagismo pdf gt Acesso em 03 set 2013 SANTOS J C Avalia o da Qualidade do Ar em Jardins de Inf ncia Dissertac o Mestrado em Engenharia de Seguranca e Higiene Ocupacionais Faculdade de Engenharia Universidade do Porto Portugal 2010 VERDELHOS V M M Caracterizac o da Qualidade do Ar Interior em Espacos P bllicos com Permiss o de Fumar Dissertac o Mestrado em Engenharia do Ambiente na Especialidade de Tecnologia e Gest o do Ambiente Faculdade de Ci ncias e Tecnologia Universidade de Coimbra Portugal 2011 223 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 01 Texto Qualidade do Ar Interior A garantia de um ar interior saud vel reconhecida como um direito b sico Segundo a Organizac o Mundia da Sa de OMS a qualidade do ar que respiramos no interior dos edif cios um fator determinante da sa de e bem estar A poluic o do ar exterior foi alvo de v rios estudos epidemiol gicos que tentaram correlacionar as doencas respirat rias e outras patologias com os poluentes presentes na atmosfera Contudo grande parte da investiga o desenvolvida atualmente no mbito da qualidade do ar tem procurado identificar os poluentes existentes no interior de edif cios as suas fontes e os efeitos na sa de Foi a partir da d cad
316. ito com mat rias cientificas e depois dessas aulas com experimentos e relat rios a Qu mica fica muito mais f cil de se entender A partir da que fica muito mais claro e mais simples de se encarar a mat ria cientifica QF03 antes era muito confuso para mim mas a partir desse novo modelo de aula juntando pr tica e teoria me fizeram entender mais facilmente as an lises de conte do Os resumos a serem entregues tamb m nos fizeram prestar atenc o nas aulas pois nossos relat rios dependem da aula QF06 Vivenciando as experi ncias fazendo relat rios que me forcaram a encarar os experimentos com mais ardor entendi algumas rea es e a es que na teoria n o sairiam muito conforme o esperado As aulas trazem a curiosidade e a vontade de sempre querer mais QF17 Logo ap s estas 14 aulas o modo de ver as aulas de qu mica ficou muito mais interessante o modelo de ensino aplicado deixou as aulas de qu mica um tanto mais especiais em relac o as aulas das outras mat rias Este modelo de ensino al m de transmitir ao aluno o conhecimento com mais facilidade colocaram uma certa filosofia aplicada em cada uma das aulas Quando o professor chegava na sala e fazia algumas perguntas antes de aplicar o conte do fazia assim os alunos pensarem sobre o assunto antes de aprend lo e deixava suas mentes abertas para o conhecimento entrar QAO2 Foi muito bom modificar um pouco o jeito de aprender determinados assun
317. itos cient ficos e o estabelecimento de debates pol tico filos ficos ligados a ci ncia e a sociedade relegando a uma posi o inferior o segundo elemento da tr ade a tecnologia 44 Outro exemplo a classificac o proposta por Santos 2001 que assim como Garcia et al 1996 tamb m distingue as abordagens CTS a partir de tr s categorias mas as organiza a partir da import ncia atribu da a cada um dos elementos presentes na sigla CTS aquelas que apresentam a ci ncia como primeira refer ncia CTS aquelas que apresentam a tecnologia como primeira refer ncia CTS e aquelas que apresentam a sociedade como primeira refer ncia CTS As categorias como explicitadas pela autora s o descritas a seguir Abordagem CTS essas tend ncias s o direcionadas para a renovac o da ci ncia existente nos curr culos Enfocam os conceitos cient ficos explicitando sua relev ncia para a tecnologia e para a sociedade valorizando aspectos da hist ria e filosofia da ci ncia bem como t picos com utilidade social e valor human stico A finalidade principal dessa perspectiva a melhoria da aprendizagem cient fica e apesar de favorecer o desenvolvimento de uma consci ncia tecnol gica ao oportunizar reflex es sobre as implica es sociais pessoais morais econ micas e ambientais dos avan os tecnol gicos a tecnologia normalmente apresentada como ci ncia aplicada Sobre esse aspecto a autora destaca que De facto h
318. itua es Mas tamb m h aquela tecnologia que j tem um objetivo para ser usado como as armas de fogo que foram criadas com a intens o de ferir outras pessoas Eu particularmente defino a tecnologia como algo usado e elaborado para facilitar a nossa vida e muitas vezes para alguns ser um pequeno modo de busca pela verdade A tecnologia usada dependendo de que a usa mas s o pequenas coisas que mudam s vezes por completo a vida de uma pessoa QF03 Tudo tem uma ponta de tecnologia mesmo n o sendo um equipamento tecnol gico foi feito por um Acho que n o vivemos mais sem tecnologia Por causa dela hoje se pode ver um beb na barriga m e e saber se tem alguma doenca Podemos salvar vidas atrav s de cirurgias e v rias outras coisas que n o seriam poss veis se n o tiv ssemos a tecnologia como a luz N o conseguir amos viver sem ela QF05 Mesmo n o sendo poss vel decidir o rumo da tecnologia n s podemos ajudar pois de acordo com nossos coment rios o produto pode ser evolu do na sua pr xima gera o QF06 N s decidimos sobre os caminhos da tecnologia pois a tecnologia est sempre em mudan a Est sempre se desenvolvendo e tornando se melhor QF08 A tecnologia est avan ando r pido e ainda controlada por m eu acho que n s s vamos poder decidir o caminho da tecnologia at um certo ponto pois agora as crian as est o crescendo base da tecnologia e achando que pod
319. ituac o estudada Assim quando engajado em uma pesquisa qualitativa o pesquisador n o deve menosprezar a import ncia de sua capacidade de interpretac o do processo e precisa considerar a hip tese de utilizar uma grande diversidade de dados para analisar e compreender a din mica do fen meno investigado Sobre os instrumentos para a constituic o de dados Trivi os 1987 cita o question rio aberto a observac o livre a entrevista semiestruturada e os di rios entre outros com potencial para permitir ao pesquisador atingir os objetivos a que se prop s no in cio de seu trabalho O autor alerta para o fato de que ao lidar com dados qualitativos o pesquisador precisa considerar a participac o do sujeito como um dos elementos de seu fazer cient fico e deve apoiar se em t cnicas e m todos que re nam caracter sticas espec ficas capazes de ressaltar a import ncia do observador e daqueles que fornecem as informac es Assim levando em considerac o a natureza deste estudo utilizamos como t cnicas de constituic o de dados gravac es em udio das aulas atividades desenvolvidas pelos alunos e question rios e relatos das aulas em di rios produzidos pelos alunos e pelo professor denominados aqui como di rios de bordo Com estas escolhas nos alinhamos a Moreira e Caleffe 2006 quando argumentam que o pesquisador ao buscar a interpretac o do contexto investigado aceita a si pr prio como instrumento para constituic o de dados e
320. iva o para novos aprendizados sua falha em responder satisfatoriamente todas as situa es apresentadas tamb m torna poss vel surgir a necessidade de novos conhecimentos capazes de responder problematiza o introduzida Entretanto como destacam Delizoicov Angotti e Pernambuco 2002 importante salientar a necessidade de uma interfer ncia direta do professor para que essa curiosidade demonstrada pelos alunos em rela o situa o apresentada durante a problematiza o inicial n o se perca e se desdobre em uma curiosidade epistemol gica pelos problemas cient ficos Nesse contexto significativo outro relato destacado no qual o estudante explica que a aula sempre se iniciava com uma pergunta dif cil de responder e que no decorrer das aulas nos descobr amos que n o era bem assim QAO09 O estudante finaliza afirmando que atrav s das interven es do professor n s v amos como era f cil Ressalta se aqui mais uma vez a import ncia da fun o do professor desta vez como mediador em todas as etapas do processo de ensino e aprendizagem incentivando a participa o do aluno na abordagem da situa o problema 166 estimulando explanac o de suas ideias pr vias no desenvolvimento do assunto e sua conclus o Conclui se assim que a op o pela din mica dos 3MP como estruturadores do trabalho em sala implica tamb m em uma opc o por uma postura dial gica por parte do professor que precisa en
321. izar as respostas apresentadas e analisar os dados obtidos Neste momento relacionamos o fen meno de difus o dos gases e os fatores que afetam a velocidade dessa difus o com a qualidade do ar interior e caracterizou o modelo de part culas corrigindo eventuais lacunas na representac o dos desenhos referentes atividade Em relac o ao experimento salientamos que podem existir outros fatores al m da massa molecular respons veis por alterar a velocidade de difus o dos gases A aplicac o do conhecimento se deu mediante o seguinte questionamento No in cio da aula voc s sentiram o cheiro do perfume pouco tempo depois do vidro ter sido aberto Da mesma forma quando deixamos o g s de cozinha vazando sentimos o cheiro que nos alerta do perigo Nas duas situac es descritas acima quando sentimos um cheiro significa que o g s j se difundiu pelo ambiente ou o odor e o g s s o coisas distintas Ap s a realizac o da atividade e do experimento seguidos de sua discuss o os alunos n o apresentaram dificuldades para responder ao questionamento proposto Como ressalta o estudante no di rio DO16 no final da aula o professor deu uma pergunta para a gente responder N s t nhamos que falar se o g s de cozinha quando est vazando a mesma coisa que o cheiro dele E sim porque se n o tiver g s vazando n o ter o odor ou o cheiro s existe um porque tem o outro DO16 Articulac o com os par metros de ACT Esta aula apre
322. izeram presentes nas diversas etapas deste trabalho e colaboraram para sua realiza o Sempre houve fantasmas na m quina Segmentos de c digo ao acaso que se agrupam para formar protocolos inesperados Imprevistos estes radicais livres engendram quest es de livre arb trio de criatividade Quando um esquema de percepc o poder ser chamado de consci ncia Quando calcular probabilidades inicia uma busca pela verdade Quando uma simula o de personalidade se torna o doloroso tomo de uma alma Dr Alfred Lanning em Eu Rob de Isaac Asimov RESUMO As propostas de abordagens que contemplam as intera es ci ncia tecnologia sociedade CTS t m se mostrado como alternativa para um Ensino de Ci ncias que promova a Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica ACT dos estudantes por meio da apropria o de conhecimentos cient ficos e tecnol gicos associados incorpora o de atitudes e valores necess rios para o exerc cio da cidadania na sociedade atual Nesta perspectiva investigamos a partir da an lise de uma interven o pontual os limites e potencialidades desta abordagem para o Ensino de Qu mica na Educa o B sica Para tal selecionamos uma turma do Ensino M dio em um col gio estadual da regi o metropolitana de Curitiba PR e a partir das caracter sticas da proposta pedag gica curricular do estabelecimento elaboramos e desenvolvemos uma inser o did tico pedag gica de 14 aulas A refe
323. l deste trabalho quais s o os limites e potencialidades da abordagem CTS no Ensino de Qu mica a partir da tem tica da QAI como promotora de alfabetiza o cient fica e tecnol gica Com este intuito a partir da definic o da tem tica e sua articulac o com uma s rie de par metros de alfabetizac o cient fica e alfabetizac o tecnol gica elaboramos uma proposta did tica com Enfoque CTS integrada proposta curricular do estabelecimento de ensino buscando contemplar conte dos relacionados ao ensino dos gases e cin tica qu mica Por fim desenvolvemos as atividades previstas na proposta did tica junto a uma turma de estudantes do segundo ano do Ensino M dio De modo a constituir elementos para uma an lise que permita responder ao nosso problema de pesquisa e considerando a natureza da investigac o buscamos uma metodologia que admitisse a coparticipac o do pesquisador e possibilitasse investigar a din mica da realidade sociocultural dos estudantes Optamos ent o por uma abordagem qualitativa de natureza interpretativa e com observac o participante Moreira e Caleffe 2006 esclarecem que a observac o participante uma t cnica que possibilita ao pesquisador entrar no mundo social dos participantes do estudo O pesquisador vai a campo no intuito de captar a din mica do fen meno analisado no contexto em que ocorre e do qual tamb m parte integrante Ao aceitar a ideia do pesquisador como parte do processo de an lise op
324. l original Um exemplo de proposta organizada a partir dessa perspectiva est no livro Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implica es sociais SANTOS M L 2010 Esta obra um livro did tico que busca sistematizar uma estrat gia de ensino em que o conte do disciplinar de Qu mica 8 A cole o formada por tr s volumes relativos ao 1 2 E 3 ano do Ensino M dio foi aprovada pelo Plano Nacional do Livro Did tico PNLD 2012 Qu mica BRASIL 2011 promovido pelo Minist rio da Educa o e Cultura MEC 55 trabalhado a partir de um tema socialmente relevante apresentado por meio de um texto gerador Os autores explicam que os temas s o desenvolvidos por meio de textos espec ficos atrav s dos quais se busca fazer uma abordagem ampla do tema atrav s das relac es CTS objetivando proporcionar ao estudante a compreens o dos processos qu micos e seus aspectos ambientais pol ticos ticos econ micos e culturais Em linhas gerais esta estrat gia consiste em criar um momento inicial de problematiza o a partir dos textos da se o tema em foco estabelecendo rela es com determinados conceitos qu micos que ser o necess rios para sua abordagem Em seguida esses conceitos s o apresentados ao aluno e ap s essa fase s o exploradas novas problem ticas e novos textos que retomam o tema em pauta na unidade Na an lise desta etapa surge a necessidade do es
325. lanet ria em busca da preserva o ambiental e da diminui o das desigualdades econ micas sociais culturais e tnicas BRASIL 2006 p 119 Portanto torna se fundamental na busca por uma forma o cidad em uma sociedade cient fica e tecnologicamente orientada abordar os conte dos da Qu mica relacionados aos contextos hist ricos pol ticos econ micos sociais e culturais que os produzem e modificam Ou seja promover o aprendizado contextualizado dos conceitos qu micos com possibilidades alfabetiza o cient fica e tecnol gica dos estudantes atrav s da correla o dos conte dos da disciplina com a conjuntura tecnocient fica que caracteriza a sociedade contempor nea Diante dessa perspectiva consideramos importante esclarecer a amplitude das discuss es sobre ACT 1 2 O Processo de Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica De forma geral at o final da d cada de 1960 o Ensino de Ci ncias estava centrado no ensino de F sica Qu mica e Biologia e seu objetivo priorit rio era a forma o de engenheiros e cientistas BOCHECO 2011 In meros estudos sobre concep es alternativas DRIVER et al 1999 e sobre a percep o p blica da ci ncia JENKINS 1999 realizados nos pa ses do hemisf rio norte evidenciavam os baixos ndices de aprendizagem e interesse das pessoas pelas reas das ci ncias propiciados por esse tipo de ensino A concep o de uma educa o cient fica voltada apenas para formar t
326. le est apenas interessado em melhorar a vida das pessoas A ci ncia a express o da verdade A sociedade n o interfere nos caminhos da ci ncia Justifique sua resposta 5 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajudaram a ver a Qu mica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar as mat rias cient ficas Por que 6 As aulas deste trimestre ajudaram a compreender a utilidade dos equipamentos de climatiza o e purifica o de ar Voc se acha capaz de auxiliar seus pais a comprar um destes equipamentos Por que Justifique sua resposta 7 Voc acredita que importante discutir a influ ncia da tecnologia na sociedade atual Por que N s podemos ajudar a decidir os caminhos da tecnologia ou ela segue seus pr prios caminhos independente de nossa opini o Justifique sua resposta 8 Discutir o impacto da tecnologia em nossa vida significa apenas discutir os equipamentos tecnol gicos Afinal o que tecnologia AP NDICE 5 QUESTION RIO AVALIATIVO Contamos com sua ajuda para avaliar o desenvolvimento da tem tica Qualidade do Ar Interior Para sabermos suas impress es sobre o desenvolvimento da proposta did tica e sobre sua participa o nesse processo voc n o precisa se identificar gostar amos que respondesse as seguintes quest es 1 Cada uma das aulas que tivemos neste trimestre seguiu uma determinada ordem Qual sua opini o sobre o modo como se desenvolveram as aulas Houve
327. lisarmos separadamente os objetivos apontados por cada uma das categorias de alfabetizac o cient fica e tecnol gica pr tica c vica cultural e profissional est o relacionados entre si e representam um objetivo maior que a formac o de cidad os capazes de compreender e atuar no contexto cient fico tecnol gico da sociedade atual A seguir nos debru amos sobre a an lise dessas categorias Durante sua discuss o explicitamos a relev ncia de cada uma delas e de seu conjunto para o processo de ACT dos estudantes 4 3 1 Alfabetiza o Cient fica Pr tica Esta categoria se relaciona com a capacidade dos estudantes em reconhecer novos significados e utilidades para os conceitos enfocados nas aulas de Qu mica Buscamos aqui encontrar ind cios nos discursos dos alunos sobre sua apropria o de saberes que associados aos conte dos cient ficos e a linguagem cient fica permitam compreender fen menos e processos presentes na sua vida di ria A categoria engloba compreens es que precisam ser discutidas n o somente do ponto de vista do conhecimento cient fico mas tamb m de suas implica es cotidianas Caracteriza se pela nfase nas aplica es desses conhecimentos manifestando se ao apresentar situa es em um contexto no qual apresentem significado pr tico para os estudantes Durante a an lise do corpus da pesquisa a categoria foi identificada atrav s de duas subcategorias constru das para melhor expressar
328. luc es aos problemas apresentados e participar ativamente das aulas Segundo Ferrari 2008 a origem dos 3MP remonta a d cada de 1980 quando durante o desenvolvimento de um projeto de Ensino de Ci ncias em Guin Bissau na frica Delizoicov 1982 e Angotti 1982 inspirados nas ideias de Paulo Freire estruturaram uma din mica para abordar temas em sala de aula Esta din mica prop e o estabelecimento de uma pr tica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos e caracterizam se por tr s etapas problematizac o inicial organizac o do conhecimento e aplicac o do conhecimento Na problematizac o inicial os alunos s o desafiados a expor o que pensam sobre as situac es apresentadas Delizoicov 1982 p 149 alerta que este o momento em que tudo que for dito ou que possa ser dito apenas o aluno dir tendo o professor a fun o de estimul lo ouvi lo e desafi lo para sua leitura e descri o dos fatos Assim neste momento cabe ao educador assumir a postura de n o apresentar respostas imediatas aos problemas propostos incentivando a discuss o e buscando potencializar a problematizac o atrav s de novos questionamentos sobre os argumentos apresentados pelos estudantes Por outro lado tamb m nesse momento pedag gico que atrav s dos questionamentos ou das situac es apresentadas pelo professor s o identificados os 12 importante destacar que apesar de serem utilizados em nossa proposta como e
329. luno do curso de Mestrado do Programa de P s Graduac o em Educac o em Ci ncias e em Matem tica da Universidade Federal do Paran sob a orientac o da Professora Doutora Orliney Maciel Guimar es e do Professor Doutor Leonir Lorenzetti O projeto a ser desenvolvido tem como objetivo principal avaliar uma proposta did tica na disciplina de Qu mica atrav s do Enfoque CTS Tal proposta destinada para estudantes da Educac o B sica O pesquisador pretende utilizar os dados obtidos para futuras publicac es sejam eles na forma eletr nica ou impressa assim como em trabalhos para congressos simp sios e encontros da rea Conto com a sua colaborac o e participac o para a conclus o deste projeto e gostaria de esclarecer que nenhum participante ter seu nome identificado no material a ser elaborado para a conclus o da pesquisa Por favor caso esteja de acordo assinale e assine abaixo colocando nome e RG Obrigado Atenciosamente Professor Silvaney de Oliveira silvaney oliveira ogmail com de acordo Nome do aluno Nome do respons vel RG Data II AP NDICE 2 MODELO DE DI RIO DE BORDO DO ESTUDANTE Nome N DI RIO DO ESTUDANTE Aula Data 2013 A partir de suas anota es e observa es sobre a ltima aula produza um texto dissertativo descrevendo as suas impress es Em seu texto procure relatar os fatos ocorridos com um olhar cr tico destacando os aspectos positivos e neg
330. lv las e principalmente de programas de forma o continuada que possibilitem novas perspectivas em relac o ao papel desempenhado pelos saberes escolares Acreditamos que a an lise de cada um desses aspectos e as reflex es aqui apresentadas podem contribuir para a construc o e desenvolvimento de abordagens com Enfoque CTS Temos consci ncia de que existem outras perspectivas a serem investigadas e destacamos que longe de procurarmos dar respostas definitivas s quest es que levantamos discuss o pretendemos com este trabalho indicar caminhos para se pensar em pr ticas educacionais voltadas para a formac o da cidadania na sociedade atual REFER NCIAS ABREU T B FERNANDES J P MARTINS I Levantamento sobre a produc o CTS no Brasil no per odo de 1980 2008 Alexandria v 6 n 2 p 3 32 junho 2013 ABREU L N FERREIRA J Q S L QUEIROZ Textos de divulga o cient fica no ensino de ci ncias In MARTINES E A L M W E FRANCISCO JUNIOR Org Professores de ci ncias um encontro de guas S o Carlos Pedro e Jo o Editores p 79 89 2009 AIKENHEAD G S What is STS science teaching In SOLOMON J AIKENHEAD G S STS education international perspectives on reform New York Teachers College Press p 47 59 1994 STL and STS common ground or divergente scenarios In JENKINS Edgar Ed Innovations in science and technology education v VI Paris UNESCO Publishing p 77 93 1997 ST
331. m as aulas e havia a necessidade de distribuir antecipadamente alguns frascos de perfume abertos ao redor da sala para a realiza o do primeiro experimento Nosso pedido foi atendido mas infelizmente o primeiro experimento n o ocorreu como planejado porque nesta sala havia um forte odor de tinta que mascarava o cheiro do perfume Apesar deste contratempo a aula transcorreu normalmente e n o houve problemas com o barulho da constru o Logo ap s a entrada na sala de aula os alunos reclamaram do odor de tinta e alguns observaram que havia um outro cheiro mas n o conseguiram identificar qual 198 seria Aproveitamos o coment rio para introduzir os questionamentos relativos sess o de problematiza o inicial Informamos os alunos que o cheiro que estavam sentindo al m do odor de tinta emanava dos frascos de perfume o primeiro experimento e perguntamos Por que ao abrir este frasco poss vel sentir o cheiro do perfume em toda a sala O que acontece com o perfume quando o frasco aberto Como poder amos explicar o fato do cheiro se espalhar por toda a sala Eles argumentaram que o ar estaria levando o cheiro porque os frascos estavam abertos Quando questionados se o ar estaria carregando o cheiro ou se o cheiro que se deslocava pelo ar houve opini es distintas Seguimos nosso questionamento perguntando se em um mesmo ambiente dois gases distintos se espalhariam a mesma velocidade Um dos alunos argumentou dependeria da dens
332. m as subst ncias e colocados individualmente nas extremidades opostas de um tubo de vidro Alguns segundos depois houve a forma o de um anel gasoso vapores de cloreto de am nio dentro do tubo localizado mais distante da extremidade embebida com am nia Ap s a realiza o do experimento os alunos propuseram hip teses para explicar o fen meno e a raz o pela qual os vapores de cloreto de am nio se formaram mais pr ximo da extremidade em que havia o chumaco de algod o contendo HCI e n o no meio do tubo O di rio do estudante D019 apresenta uma descri o do experimento realizado e suas conclus es 106 No experimento o professor chamou todos para perto da mesa onde havia um tubo de vidro dois cotonetes com tamp es e dois vidros com subst ncias Pegamos um cotonete cada um e mergulhamos eles em subst ncias Cada um colocou um cotonete na ponta do tubo de vidro e ficamos esperando alguns minutos quando de repente surge um vapor um pouco antes do meio do tubo e a fica a pergunta o que ocorreu ali Ocorreu uma reag o qu mica que formou uma terceira subst ncia e s era poss vel ver porque o clor drico vis vel e s n o se formou vapor no meio do tubo de vidro porque uma subst ncia mais pesada que a outra e isso faz com que uma se espalhe mais r pido que a outra DO19 Ao t rmino das discuss es mediadas pelo professor e a elaborac o das conclus es das equipes foi organizado um grande grupo para social
333. m como postulado no modelo D106 A etapa de aplica o do conhecimento ocorreu por meio de um exerc cio que apresentava uma an lise de um gr fico e tinha como objetivos al m de discutir as vari veis de estado dos gases introduzir a tem tica dos ambientes climatizado e o princ pio de funcionamento dos aparelhos de ar condicionado Sobre o exerc cio proposto destacamos 117 Nesta etapa apresentamos aos alunos uma quest o que propunha a an lise de um gr fico que apresentava a variac o de press o e temperatura PxT mas questionava a alterac o de volume do g s O exerc cio apresentava alternativas e solicitava uma justificativa para a resposta selecionada Alguns alunos argumentaram que n o havia como justificar sua escolha pois tratava se de uma simples leitura do gr fico Alertamos que uma an lise mais cuidadosa do exerc cio talvez apresentasse subs dios para uma justificativa e alguns alunos questionaram se a resposta era t o bvia como parecia a princ pio P07 Articula o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetiza o cient fica pr tica por meio da compreens o do modelo cient fico atualmente aceito para explicar o comportamento dos gases e potencial para alfabetiza o cient fica cultural ao oportunizar reflex es sobre as teorias cient ficas e suas limita es Aula 08 A S ndrome do Edif cio Doente e os Ambientes Climatizados Nesta aula foi discutida a S ndr
334. m uma delas a solu o mais dilu da a palha de a o flutuava enquanto na outra a solu o mais concentrada ela se apresentava no fundo do tubo de ensaio P13 127 2 Experimento Neste experimento os alunos em equipes e auxiliados pelo professor investigaram a influ ncia dos catalisadores na velocidade das reac es qu micas A experi ncia realizada consistiu na an lise da decomposic o da gua oxigenada em pedacos de batata Um dos pedacos estava cru e o outro cozido Ap s a realizac o do experimento e an lise dos resultados os alunos responderam a algumas quest es relativas ao experimento realizado Na an lise do segundo experimento houve dificuldades para representar a equac o que representava a reac o e para identificar o fator respons vel pelo incremento da rapidez do processo de decomposic o da gua oxigenada Com relac o ao segundo experimento os estudantes apresentaram dificuldades para representar a reac o de decomposic o da gua oxigenada e foi necess ria nossa intervenc o Quanto a realizac o da pr tica os integrantes das equipes associaram a rapidez da reac o na batata crua com a presenca de maior quantidade de gua nela e novamente foi preciso intervir para esclarecer que se tratava da influ ncia de outra subst ncia Salientamos que na batata crua existiam enzimas que agiam como catalisadores para a reac o de decomposic o e que durante o processo de cozimento havia a quebra desnaturac o dest
335. ma breve retomada dos assuntos abordados anteriormente edif cios doentes e sistemas de climatiza o para facilitar a introdu o dos questionamentos referentes sess o de problematiza o inicial Nosso interesse neste momento era o de perceber o entendimento pr vio dos alunos sobre os aparelhos port teis utilizados para climatizar os ambientes dom sticos Com este intuito questionamos Voc sabe a diferen a entre um aparelho de ar condicionado um aquecedor um vaporizador e um umidificador Os alunos alegaram que a diferen a entre os equipamentos estaria relacionada ao fato de que alguns deles eram utilizados para aquecer enquanto outros serviam para resfriar os ambientes No caso espec fico dos aparelhos de ar condicionado argumentaram que estes possuiam tanto a fun o de aquecer quanto a de resfriar Em rela o aos vaporizadores e umidificadores um dos alunos ressaltou que eram utilizados para melhorar a qualidade do ar regulando o teor de umidade 209 Quando questionados quanto a diferenca entre os aparelhos os alunos cogitaram a possibilidade de haver sim alguma diferenca por m sem conseguir identific la Por fim perguntamos quais crit rios poder amos estabelecer para adquirir um aparelho de climatizac o interior e al m do preco as respostas foram bastante variadas Houve menc o marca modelo do equipamento e n vel de ru do Al m disso a estac o do ano tamb m influenciaria na escolha de um aparelho de
336. ma integra o entre educa o 33 cient fica tecnol gica e social em que os conte dos cient ficos e tecnol gicos s o estudados juntamente com a discuss o de seus aspectos hist ricos ticos pol ticos e socioecon micos SANTOS AMARAL MACIEL 2012 Desse modo a seguir pretendemos discutir como articular os prop sitos de uma educac o voltada para o desenvolvimento de ACT com uma proposta de ensino que apresenta como foco as intera es CTS Com este intuito faz se necess rio analisar a origem das discuss es envolvendo a tr ade CTS e seus desdobramentos no cen rio educacional em especial no Ensino de Ci ncias configurando os pr ximos t picos de discuss o 1 3 O Enfoque CTS e o Ensino de Ci ncias No mundo contempor neo as atividades cient ficas e tecnol gicas podem criar v rias possibilidades de desenvolvimento assim como tamb m gerar problemas sociais e ambientais para o ser humano Este contexto implica em um processo de educa o cient fica que se proponha a discutir quest es pertinentes ao papel da ci ncia e da tecnologia na sociedade FIRME AMARAL 2008 Entretanto para compreendermos os diferentes sentidos atribu dos aos estudos envolvendo as rela es entre a ci ncia a tecnologia e a sociedade torna se necess rio analisar a conjuntura hist rica que originou o Movimento CTS Assim nessa se o buscamos elucidar aspectos que desencadearam as discuss es para o surgimento dos estudos CT
337. ma pessoa que perdeu o olfato por ter misturado gua sanit ria amon aco e sab o em p para limpar um banheiro A mistura ferveu e come ou a sair uma fuma a asfixiante N o conseguia respirar e meus olhos nariz e garganta come aram a arder de maneira insuport vel Sa correndo procura de uma janela aberta para poder voltar a respirar Assinale a alternativa que apresenta como o trecho destacado poderia ser reescrito em linguagem cient fica justificando sua escolha a As subst ncias qu micas presentes nos produtos de limpeza evaporaram b Com a mistura qu mica houve produ o de uma solu o aquosa asfixiante c As subst ncias sofreram transforma es pelo contato com o oxig nio do ar 221 d Com a mistura houve transforma o qu mica que produziu rapidamente gases t xicos e Com a mistura houve transforma o qu mica evidenciada pela dissolu o de um s lido Assinale qual dentre os procedimentos recomendados para reduzir acidentes com produtos de limpeza deixou de ser cumprido na situa o discutida na quest o anterior justificando sua escolha a N o armazene produtos em embalagens de natureza e finalidade diferentes das originais b Leia atentamente os r tulos e evite fazer misturas cujos resultados sejam desconhecidos c N o armazene produtos de limpeza e subst ncias qu micas em locais pr ximos a alimentos d Verifique nos r tulos das embalagens originais todas as instru es para o
338. mbiente Tamb m importante verificar se h mais algum eletr nico no ambiente A aula de hoje foi bem proveitosa porque essa aula serviu para eu saber o modelo de um climatizador e serviu tamb m para eu saber diferenciar um do outro D122 O melhor equipamento a se usar o umidificador pois o menos perigoso Os outros s o perigosos se n o souber usar e ter os devidos cuidados O umidificador libera uma neblina fria no ambiente j o vaporizador ferve a gua e joga vapor aquecido no ambiente causando bolores em lugares da casa D123 Discutimos um pouco sobre os crit rios para a compra de um desses aparelhos pois esses aparelhos se usados de maneira errada podem acabar prejudicando a sa de O umidificador por exemplo para deixar o ar mais mido e se usado incorretamente como em ambientes fechados causa mofos o que prejudica a nossa sa de Eu estou gostando muito dessas aulas pois eu estou aprendendo muitas coisas interessantes D133 A aplicac o do conhecimento ocorreu por meio de uma quest o que discutia crit rios para o correto dimensionamento de aparelhos de ar condicionado Os alunos n o apresentaram dificuldades para a resoluc o do exerc cio proposto No entanto n o houve tempo para correc o em sala e optamos por deixar uma c pia da atividade resolvida e comentada para os alunos Articulac o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para Alfabetizac o Cient fica Pr tica e Alfabetizac
339. mentos relativos a sess o de problematiza o inicial conforme previsto no plano de aula A primeira pergunta pretendia investigar o entendimento pr vio dos alunos sobre a polui o do ar Quando se fala em polui o do ar qual a primeira ideia que lhes v m cabe a As respostas associaram polui o do ar com polui o atmosf rica mencionando a fuma a das ind strias e dos autom veis Outras situa es mencionadas foram o saneamento b sico os esgotos a c u aberto e o lixo urbano Com vistas a introduzir nossa tem tica perguntamos aos alunos se eles acreditavam que o ar no interior de suas casas ou dentro da sala de aula estivesse polu do Os alunos foram un nimes em afirmar que poderia haver polui o do ar interior e justificaram que isto ocorria devido m qualidade do ar exterior Afirmaram que esta era a nica fonte da polui o e que atrav s da restri o do fluxo de ar exterior haveria incremento da qualidade do ar interior Quando perguntamos especificamente sobre as diferen as na qualidade do ar interior e do ar exterior as respostas foram variadas Alguns acreditavam que o ar exterior era mais polu do devido as f bricas enquanto outros argumentaram que seria o ambiente interno devido falta de ventila o Quando questionados sobre as express es polui o do ar interior ou polui o indoor os alunos afirmaram que nunca haviam ouvido tais termos e que tamb m n o conheciam nenhuma su
340. mesmos D118 Nesse sentido uma caracter stica que merece atenc o que todos os alunos que se posicionaram apontaram a relev ncia do tema e a necessidade de cuidados com o ar interior de pr dios e edif cios em especial naqueles com ambientes climatizados Destacou se a preocupac o com a regularidade das manutenc es e com a divulga o de informa es sobre a qualidade do ar dos sistemas de ar condicionado Isso indica que os estudantes relacionaram a import ncia da QAI para sua qualidade de vida e reflete sua percepc o de que a tem tica faz parte de seu contexto sociocultural J outros alunos argumentaram especificamente sobre a necessidade da tomada de atitudes em relac o aos problemas associados OAI como mostram os relatos abaixo O ar condicionado deve ser limpo semanalmente porque a sujeira pode causar doengas nas pessoas Nos shoppings o perigo sempre 142 maior porque nunca sabemos se est limpo ou n o n o sei explicar muito em palavras o que entendi mas agora eu sei que posso processar um pr dio se eu passar mal naquele estabelecimento D108 para saber se prevenir voc deve saber o que acontece e ent o tomar prevenc es j mudei v rios h bitos meus para melhorar a qualidade do ar interior QF15 Percebemos nos relatos que a preocupac o desses alunos com QAI avancou para al m da aquisi o de informa es ou do conhecimento de suas implica es e ap
341. mo quando n o estava pr xima A D bora pelo companheirismo amor e apoio incondicional AGRADECIMENTOS Esta dissertac o o resultado de um intenso trabalho realizado em dois anos constru do atrav s do aux lio de v rias pessoas algumas das quais gostaria de agradecer a seguir Primeiramente agradeco minha orientadora professora Orliney Maciel Guimar es pelo cuidado e atenc o que sempre dedicou Pelos ensinamentos solicitude e sobretudo por acreditar nesta proposta desde seu in cio e n o medir esforcos para sua concretizac o Ao meu coorientador professor Leonir Lorenzetti pelas in meras sugest es paci ncia e incentivo Agradeco seu apoio e ressalto sua gentileza e cortesia qualidades dignas de serem seguidas Aos professores Jo o Amadeus Pereira Alves e Nilc ia Aparecida Maciel Pinheiro sou grato pelos coment rios sugest es e cr ticas que auxiliaram na melhoria deste trabalho Aos professores do PPGECM UFPR pelas reflex es propiciadas antes durante e depois das aulas Agradeco tamb m a Antonyhella pelo extremo profissionalismo no exerc cio de suas fun es na secretaria do programa Agradeco as minhas colegas de mestrado Viviane Maria Rauth e M rcia Zago pelos papos teis e principalmente pelos papos in teis durante os quais compartilhamos ideias preocupa es e esperan as Agrade o em especial aos meus familiares amigos alunos e colegas educadores que cada um de sua forma se f
342. morizam e repetem Eis a a concep o banc ria de educa o em 57 que a nica margem de educac o que se oferece aos educandos de receberem os dep sitos guard los e arquiv los Margem para serem colecionadores ou fixadores das coisas que arquivam No fundo por m os grandes arquivados s o os homens nesta na melhor das hip teses equivocada concepc o banc ria de educac o Arquivados porque fora da busca fora da pr xis os homens n o podem ser Educador e educando se arquivam na medida em que nesta distorcida vis o de educa o n o h criatividade n o h transforma o n o h saber S existe saber na inven o na reinven o na busca inquieta impaciente permanente que os homens fazem no mundo com o mundo e com os outros FREIRE 1987 p 33 O princ pio b sico dessa teoria educacional a problematiza o por meio do di logo Problematiza o que segundo a acep o freireana a reflex o conjunta sobre uma determinada situa o buscando agir no sentido de transform la em algo melhor Transforma o esta que por sua vez s se efetiva atrav s do di logo entre os homens Para tal o educador prop e pr ticas que possibilitem aos sujeitos compreender melhor seu papel no contexto em que est o inseridos e atuarem em busca de sua transforma o Segundo Ferrari 2008 p 3 nesta perspectiva o papel do professor essencialmente o de um mediador que tamb m contribui com
343. n o constante Essa bact ria assassina em 1970 originou 182 casos de pneumonia e 30 pessoas mortas Tudo por causa de um descuido de um hotel na Filad lfia Por isso muito importante a manuten o constante e a divulga o de quando foi feito a manuten o e se tudo est certo porque s vezes por descuido de uma pessoa muitos podem pagar D113 Na minha opini o foi muito boa essa aula porque eu nunca escutei falar nessa doen a SED Acho que deveria ser mais divulgada e tamb m o professor puxar mais sobre esses assuntos pois assim n s podemos aprender mais e ficar mais atentos aos riscos D114 N o faz muito tempo que os estudos sobre essa doen a come aram SED e tamb m n o muito comum se ouvir falar nesse tipo de doen a A maioria das pessoas nem mesmo sabem que existe o que Tem aquelas que at brincam pensando que algum tipo de piada O problema combater esse problema j que est em todos os lugares e quase ningu m se importa D116 No decorrer da aula discutimos sobre o qu o mal um ar condicionado pode fazer para nossa sa de sendo que pode nos levar morte Edif cios doentes s o um problema e n o devemos permanecer nesses locais e se for o caso nos informar sobre a manuten o dos mesmos D118 O ar deveria ser a primeira preocupa o do ser humano Saber que gases s o inalados em que circunst ncias e tamb m como funciona a circula o de ar em esses espa
344. nados objetivos Considerando a necessidade de abarcar os m ltiplos significados atribu dos alfabetizac o cient fica Shen 1975 prop e a sua classificac o em tr s categorias alfabetizac o cient fica pr tica alfabetizac o cient fica c vica e alfabetizac o cient fica cultural A alfabetizac o cient fica pr tica representa a aquisic o de conhecimento cient fico e t cnico que pode ser imediatamente usado para ajudar a melhorar a vida das pessoas Como a maioria das necessidades humanas b sicas s o alimento sa de e moradia esta categoria relaciona se aos conhecimentos associados a essas necessidades O autor apresenta como exemplo o h bito em algumas cidades da frica sia e da Am rica Latina de alimentar criancas com mamadeiras ao inv s de amament las a despeito das in meras vantagens nutritivas do leite materno Este h bito associado ao fato de que muitas vezes a gua utilizada para preparar o leite se encontrar contaminada aumenta a taxa de mortalidade infantil nessas regi es Desse modo a disponibilidade de algumas informag es cient ficas essenciais pode representar a diferen a entre sa de e doen a vida e morte SHEN 1975 p 265 tradu o nossa Shen 1975 tamb m destaca que a falta de informa es cient ficas b sicas n o exclusividade dos pa ses em desenvolvimento Mesmo em locais onde as condi es econ micas s o melhores as pessoas em geral carecem de informa es
345. nalisar os experimentos Os estudantes n o apresentaram dificuldades em associar o aumento da temperatura e da superf cie de contato com o aumento da velocidade de dissoluc o do comprimido mas houve a necessidade de intervenc o para auxili los a relacionar as observa es com o modelo de part culas Os alunos tamb m demonstraram grande interesse na realizac o das atividades pr ticas Sobre este aspecto destacamos Assim como nas aulas anteriores em que houve a realizac o de experimentos pr ticos notamos um grande envolvimento dos alunos nas atividades propostas Eles participaram ativamente da execuc o e da discuss o dos experimentos Conv m ressaltar que durante a primeira pr tica os integrantes de uma das equipes demonstravam estar mais interessados em realizar os experimentos do que em discutir os fatos observados Neste momento agimos chamando a atenc o para a import ncia da an lise dos resultados com os colegas da equipe retomando o eixo condutor da aula P12 A aplicac o do conhecimento ocorreu por meio de um exerc cio que buscava demonstrar o princ pio da influ ncia da temperatura na rapidez das reac es atrav s de uma situac o cotidiana Por que os alimentos se conservam por muito mais tempo quando guardados na geladeira do que quando est o em temperatura ambiente Trata se de uma situac o frequentemente observada em nosso dia a dia e que apresenta uma rela o a influ ncia da temperatura nas rea es
346. naturais tamb m engloba reflex es sobre a hist ria e filosofia da ci ncia a natureza do conhecimento cient fico e suas implica es sociais Esta integra o de saberes favorece uma forma o mais abrangente isenta de uma preocupa o voltada unicamente para a forma o de especialistas sem no entanto desconsider la Visando a constru o de uma proposta de ensino que abarque todas as dimens es de um processo de ACT Bocheco 2011 prop e tr s outros par metros 48 inter relacionados aos primeiros estes associados alfabetizac o tecnol gica QUADRO 3 Par metros O que consiste Como abordar no evento ou tema CTS As Consiste em oportunizar aos Identificar elementos da linguagem Alfabetiza o estudantes a compreens o de tecnol gica termos t cnicos gr ficos Tecnol gica conhecimentos tecnol gicos histogramas tabelas s mbolos de Pr tica imersos em aparatos periculosidade t cnicas e habilidades de tecnol gicos do dia a dia manuseio dos aparatos tecnol gicos Identificar potenciais de debates existentes 1 entre a tecnologia e as atividades econ mica e industrial 2 entre a tecnologia e as atitudes respons veis de profissionais engenheiros tecn logos i 2 Promover discuss es acerca sd 2 Alfabetiza o usu rios e consumidores Identificar Sai da s cio tecnologia 2L Tecnol gica 9 potenciais de debates sobre os valores C vica Basicamente contex
347. nava o termo a alguma patologia Conforme destacamos no di rio do professor No primeiro momento os alunos acharam a express o engracada e disseram que n o haveria como um edif cio ficar doente Uma aluna sugeriu que a escola estava doente pois passava por uma reforma Aproveitamos a colocac o para perguntar como seria poss vel descrever um edif cio doente e foram apresentadas algumas hip teses como falta de ilumina o m circula o de ar pintura antiga paredes rachadas e presen a de mofo P08 Para a organiza o do conhecimento apresentamos um v deo sobre os perigos associados manuten o do ar climatizado dura o 6 min Em seguida os alunos reunidos em duplas realizaram a leitura de um texto de apoio que apresentava e discutia a SED ARAIA 2008 e com a media o do professor responderam s quest es propostas para entendimento do texto Ao t rmino das discuss es foi organizado um grande grupo para socializar as respostas apresentadas e analisar o tema Os alunos demonstraram interesse pelas discuss es relativas SED destacando a import ncia de cuidados com a manuten o dos equipamentos de ar condicionado e a necessidade da divulga o de informa es sobre a qualidade do ar em ambientes climatizados Nessa aula discutimos sobre os poluentes do ar onde o ar mais polu do dentro de um pr dio ou em um ambiente ao ar livre Na verdade eu pensei que dentro dos pr dios o ar era mais limpo
348. ncia As categorias propostas por Shen em 1975 influenciaram e ainda influenciam pesquisas sobre a alfabetiza o cient fica sendo revistas e ampliadas por v rios autores do Ensino de Ci ncias Fourez et al 1997 e Henriksen e Froyland 2000 apud Vogt e Polino 2003 elegeram atrav s de suas releituras al m das finalidades pr tica c vica e cultural a categoria profissional ou econ mica como uma das dimens es da alfabetiza o cient fica Para os autores a alfabetiza o profissional ou econ mica engloba conhecimentos espec ficos de pouca aplicabilidade cotidiana e que por outro lado s o importantes para determinadas reas profissionais e para o setor produtivo A partir de uma an lise das categorias apresentadas e dos objetivos de um ensino voltado para a alfabetiza o cient fica Milar Richetti e Pinho Alves 2009 destacam que s o pontos centrais dessa perspectiva a As pessoas em geral devem possuir um m nimo de conhecimento cient fico b O ensino de Ci ncias deve ser diferente do ensino proped utico centrado em conte dos que se encerram em si mesmos c Aspectos sociais e culturais devem ser considerados no Ensino MILAR RICHETTI PINHO ALVES 2009 p 167 J Norris e Philips 2003 identificam onze objetivos a serem alcan ados pela alfabetiza o cient fica a conhecimento do conte do cient fico e habilidade em distinguir ci ncia de n o ci ncia b compreens o da ci ncia e de su
349. ncia dos sujeitos em relac o ao mundo em que vivem potencializando reflex es e a es no sentido de sua transforma o Desde sua proposic o seus pressupostos t m sido utilizados como refer ncia para propostas educativas em diversos n veis e modalidades de ensino inclusive na educac o cient fica e tecnol gica FERRARI 2008 No conjunto do pensamento de Paulo Freire encontra se a ideia de que o homem um sujeito em constante transforma o e imerso em uma realidade inacabada Por isso n o h futuro definido e o ser humano deve sempre buscar agir sobre si mesmo e sobre a realidade que o cerca No entanto a realidade n o se mostra a priori como objeto cognosc vel e o primeiro passo consiste em tomar consci ncia de sua capacidade de transforma o e a o FREIRE 1987 Para Freire a tomada de consci ncia de todos pode ser facilitada atrav s de um processo de ensino aprendizagem que supere a passividade e a cultura do sil ncio na qual alguns setores sociais est o inseridos Ele prop e a supera o da educa o banc ria a qual transforma os homens em vasilhas em recipientes a serem preenchidos pelos que julgam educar e ao inv s disso busca defender uma educa o dos homens por meio da conscientiza o da desaliena o e da problematiza o Nas palavras do autor Em lugar de comunicar se o educador faz comunicados e dep sitos que os educandos meras incid ncias recebem pacientemente me
350. ncipais propriedades do estado gasoso compressibilidade difus o e expansibilidade Aula 04 Construindo um Modelo para os Materiais Gasosos Nesta aula buscamos ampliar a an lise do modelo constru do para os materiais gasosos por meio do modelo de part culas O estudo foi realizado mediante a sistematizac o dos pressupostos da teoria cin tica dos gases enfocando as vari veis de estado dos gases e as transforma es de uma massa fixa de g s Descric o da aula A programada para durar 50 minutos iniciou com atraso de cerca de 3 minutos O sinal sonoro que indica o in cio e t rmino das aulas esteve desligado durante todo o dia devido reforma que se realizava concomitantemente ao per odo letivo A turma estava mais agitada do que de costume e que havia muito barulho na sala em fun o da movimenta o de alunos nos corredores e nas salas adjacentes Devido a esses fatores houve a necessidade de chamar a atenc o dos alunos para que a aula pudesse ser iniciada como planejado Contornados estes imprevistos a problematizac o inicial ocorreu com uma s rie questionamentos 1 A hip tese de que um g s seja constitu do de part culas muito pequenas que se movimentam no espaco vazio um modelo interessante para explicar algumas propriedades dos gases A partir desse modelo como podemos explicar a compress o e a difus o dos gases E a press o exercida por um g s E a influ ncia da variac o de temperatura no comportamento d
351. nclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar os experimentos Aplicac o do conhecimento a aplicac o do conhecimento se dar atrav s de um exerc cio que busca relacionar a influ ncia da temperatura na velocidade das reag es e sua aplicac o em nossa vida cotidiana ATIVIDADE PROPOSTA Por que os alimentos se conservam por muito mais tempo quando guardados na geladeira do que quando est o em temperatura ambiente Recursos did ticos Roteiro do estudante Experimentos realizados em sala 8 Materiais a Primeiro experimento 3 b queres de 100 ml 1 comprimido 10 efervescente gua fria gua quente gua a temperatura ambiente b Segundo experimento 1 comprimido efervescente 2 b queres de 100 ml gua em temperatura ambiente almofariz e pistilo Avaliac o A avaliac o ser realizada atrav s da an lise da participac o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Refer ncias DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos S o Paulo Cortez 2009 SANTOS W L P M L G S Coord Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implicacdes sociais Volume 1 1
352. ndo aprendendo D181 Desse modo acreditamos que as impress es positivas apresentadas nos fragmentos das produ es textuais dos alunos se devem principalmente articula o das pr ticas propostas com as etapas dos momentos pedag gicos e com a discuss o conceitual Essa articula o oportuniza analisar dialogar e propor hip teses para a 169 soluc o de problemas ou a pensar e fornecer explicac es para os fen menos observados nos experimentos Como destacam Galiazzi e Goncalves 2004 ao estimular os alunos a tomar decis es e expressar suas ideias para outras pessoas ainda que n o sejam coerentes e o professor precise corrigi las os estudantes desenvolvem habilidades necess rias para enfrentar novas situa es nas quais necessitem tomar iniciativas dentro ou fora da escola Assim evidencia se o fato de que quando os experimentos s o associados sua problematizac o em uma perspectiva dial gica GALIAZZI 2003 eles contribuem para despertar o interesse dos estudantes em relac o a ci ncia e para a formac o de uma vis o mais realista da atividade cient fica evitando ficar s fazendo de conta D034 al m de estimul los a tomar atitudes diante dos problemas enfrentados em suas vidas 4 4 3 A Escrita e o Aprendizado no Ensino de Qu mica Conforme destacamos anteriormente no decorrer das aulas que compuseram o desenvolvimento da proposta did tica cada um dos estudantes ficou respons vel por pro
353. nhecimento especializado para aquisic o uso e manutenc o PRINCIPAIS TIPOS DE APARELHOS DE CLIMATIZACAO a APARELHOS DE AR CONDICIONADO Os aparelhos de ar condicionado AC s o os mais conhecidos dentre os dispositivos usados para melhorar o clima interior Existem v rios tipos e modelos dispon veis mas o processo de funcionamento desses equipamentos bastante similar ao dos refrigeradores basicamente o mesmo o ciclo de refrigerac o se inicia com um ventilador que suga o ar do ambiente e o faz passar por um conjunto de serpentinas preenchidas por um fluido refrigerante O fluido em estado l quido e baixa temperatura aprox 7 C ao absorver o calor do ar que vem do ambiente externo evapora enquanto o ar resfriado e lancado novamente para o ambiente Em seguida o g s dentro da serpentina passa por um compressor sofrendo um aumento de press o Esse aumento de press o faz que ele se aqueca at uma temperatura aproximada de 52 C sendo ent o enviado para um condensador que fica do lado de fora do aparelho L ele cede calor para o ambiente tornando se liquido novamente e voltando ao in cio do ciclo de refrigera o A escolha de um AC feita atrav s de sua carga capacidade de refrigerac o carga t rmica Normalmente este valor expresso em BTU h O BTU british thermal unit uma unidade de energia utilizada pelos pa ses de lingua inglesa e n o faz parte do sistema m trico internacional SI Um BTU equivale
354. ni es a respeito do assunto e o professor apresentar as experi ncias pr ticas para an lise Organiza o do conhecimento para a organiza o do conhecimento s o propostos dois experimentos 1 Experimento Neste experimento os alunos reunidos em equipes e auxiliados pelo professor investigar o a influ ncia da temperatura na velocidade das rea es qu micas A experi ncia ser realizada atrav s da inser o de tr s peda os similares de um comprimido efervescente em copos com gua Um dos copos ser preenchido com gua gelada outro com gua a c 277 temperatura ambiente e o ltimo com gua guente Ap s a realizac o do experimento os alunos reunidos em suas eguipes realizar o a an lise da pr tica respondendo aos guestionamentos propostos no roteiro do estudante 22 Experimento Os alunos reunidos em eguipes e auxiliados pelo professor ir o investigar a influ ncia da superf cie de contato dos reagentes na velocidade das reac es qu micas A experi ncia ser realizada atrav s da inser o de dois peda os similares de um comprimido efervescente em copos com gua Um dos pedacos do comprimido ser triturado e o outro ser colocado inteiro em dois copos com gua a temperatura ambiente Ap s a realizac o do experimento os alunos reunidos em suas equipes realizar o a an lise da pr tica respondendo aos questionamentos propostos no roteiro do estudante Ao t rmino das discuss es e respectivas co
355. nidade did tica como um todo como voc avalia o desenvolvimento da tem tica depois das 14 aulas Te Tas 4 He Re L Coso gucibigrdta Sudie ado o pisco cHedAuA ut aah aplicada o conleido CAVI Aaa TAB Altos e E F3 s O 337 4 No ceu entender que aspectos deveriam ser modificados ou melhorados 5 Durante a unidade did tica voc construiu di rios relatando suas impress es sobre as aulas Qual sua Opini o sobre a utiliza o dos di nos como instrumentos de avalia o Son T as Q AM O a d ez A tu la a a da d cud Q a 4 B s y yz A ale O AS d nak OL an Q a f Pc G aJe x des QE FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO QA02 5 Durante a unidade did tica voc construiu di rivs setalando suas impress es subre as aulas Qual sua opini o sobre a utilizag o dos di rios como instrumentos de avaliac o sexo oula cama lo ee a DALA y BACA AMT A Ar e E 1 Que Var tasa NO sto quado order Lola Loans naea af erat RE MT Orla o5 hg EN NAA ALA AL 9 IA go IDA X PAPA CHAN amp AAA I UI 20 e rta a ados dna At DRA D IAS cAPITMEDURPES CUN CORN YE cssc di ld ue D ro OVAL FRAGMENTO DO QUESTION RIO AVALIATIVO QA03 338 1 Cada uma das aulas que tivemos neste trimestre seguiu uma determinada sequ ncia Qual sua opinido sobre o modo como se desenvolveram as aulas Houve alguma diferen a em rela o as outras aulas de qu mica Quais os pontos positivos e ne
356. nizar o entendimento da TCG atrav s do modelo de part culas utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica em sala de aula entre o professor e os alunos objetivando a construc o reconstruc o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematizac o inicial organiza o e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial a aula se iniciar atrav s da introdu o de alguns questionamentos 1 A hip tese de que um g s seja constitu do de part culas muito pequenas que se movimentam no espa o vazio um modelo interessante para explicar algumas propriedades dos gases A partir desse modelo como podemos explicar a compress o e a difus o dos gases E a press o exercida por um g s E a influ ncia da varia o de temperatura no comportamento dos gases 2 Normalmente quando uma part cula qualquer se choca com outra ela diminui sua velocidade Por que as part culas que formam os gases n o param visto que se chocam constantemente 3 Voc sabe o que uma transforma o isot rmica E uma isob rica ou isoc rica b c 8 237 Como o modelo de part culas explica essas transforma es Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e o professor encaminhar os alunos para a leitura do texto de apoio e an lise do roteiro do estudante Organiza
357. no Para a elabora o e aplica o de nossa proposta de ensino na perspectiva de alfabetiza o cient fica e tecnol gica no Ensino de Qu mica com Enfoque CTS partimos de duas premissas primeiro a articula o do conjunto de aulas com os par metros de ACT propostos por Bocheco 2011 e segundo a necessidade de estrat gias de ensino e de uma din mica para o andamento das aulas que incentivasse a participa o dos estudantes valorizando seus conhecimentos e buscando a supera o do dogmatismo que caracteriza as aulas tradicionais de Qu mica 73 Na sec o anterior destacamos a correlac o da tem tica e dos conhecimentos espec ficos da disciplina com os par metros de ACT selecionados Na sequ ncia explicitaremos a din mica escolhida para o andamento das aulas e logo a seguir descreveremos as estrat gias did ticas utilizadas para seu desenvolvimento 2 4 1 Os Tr s Momentos Pedag gicos Para o desenvolvimento das aulas utilizamos como estrat gia did tica os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP DELIZOICOV 1982 1983 1991 DELIZOICOV ANGOTTI PERNAMBUCO 2002 Os 3MP estabelecem uma perspectiva diferenciada para a atuac o docente ao inverter a l gica da metodologia tradicional em que o professor apresenta respostas prontas antes de qualquer questionamento descaracterizando seu papel como detentor nico do saber e ao valorizar os conhecimentos pr vios dos alunos tamb m instiga sua curiosidade para buscar so
358. no sistema de ventila o o fumo de tabaco a emiss o de fibras a partir de materiais de constru o amianto l de vidro mobili rio a utiliza o de pl sticos e produtos sint ticos tintas e vernizes a presen a de carpetes cortinas fotocopiadoras impressoras e computadores Diversos compostos org nicos vol teis como o formalde do tamb m contribuem para a contamina o do ar interior podendo ser liberados durante a utiliza o e armazenamento de produtos de limpeza Alguns dos poluentes do ar interior s o apresentados a seguir Quadro 1 onde tamb m s o indicadas suas principais fontes e efeitos na sa de Quadro 1 Principais poluentes do ar interno suas fontes e efeitos na sa de Poluente CO Mon xido de Carbono Principais fontes Efeitos na sa de Queima de combust veis aquecedores Carboxihemoglobina impede a capta o de fornos fog es aquecedores a g s ou a oxig nio Dores de cabe a N useas Cansa o querosene fumo de tabaco Efeitos no sistema nervoso central e do sistema escapamentos de ve culos cardiovascular Poluente CO Di xido de Carbono Principais fontes Efeitos na sa de Ocupantes suor transpirac o respirac o Efeitos no sistema nervoso central e do sistema digest o e fumo de tabaco cardiovascular Dores de cabe a Irritac o nos olhos e garganta Fadiga Falta de ar Poluente H2CO Formalde do Principais fontes Efeitos na sa de Materi
359. no ato de cozinhar e cortar os alimentos para um cozimento mais r pido QF05 agora eu penso que a Qu mica n o s a mat ria que se estuda na escola e s precisa dela para fazer a prova mas uma coisa que faz parte do nosso dia a dia Muito do que aprendi eu uso para o meu cotidiano agora QF10 Categorias definidas a priori Alfabetiza o Cient fica C vica Unidades de Significado O ar condicionado deve ser limpo semanalmente porque a sujeira pode causar doen as nas pessoas Nos shoppings o perigo sempre maior porque nunca sabemos se est limpo ou n o n o sei explicar muito em palavras o que entendi mas agora eu sei que posso processar um pr dio se eu passar mal naquele estabelecimento D108 importante a divulga o e a manuten o regular dos sistemas de ar condicionado para evitar os casos e as v timas D112 Foi passado um v deo mostrando o ar condicionado por dentro com uma c mera foi encontrada muita poeira sujeiras restos de ratos mortos bolores e etc E no v deo falava que os edif cios mal constru dos mal iluminados e mal ventilados com o tempo podem adquirir a S ndrome do Edif cio Doente mais conhecida como SED E se um edif cio fica doente imagine uma pessoa que vive nele No v deo mostrou que existe uma doen a chamada Legionella que pode levar uma pessoa at mesmo morte tudo por causa de um ar condicionado sem cuidado e sem manute
360. no que se aproprie dos conhecimentos qu micos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que est inserido PARAN 2008 Nessa perspectiva os PCN BRASIL 2002 p 87 enfatizam que a Qu mica pode ser um instrumento da forma o humana que amplia os horizontes culturais e a autonomia no exerc cio da cidadania por m isso s ocorre se o conhecimento qu mico for visto como um meio de analisar o mundo e interferir na realidade n o deixando de consider las como uma ci ncia que tem seus conceitos m todos e linguagem que lhes s o pr prias e frutos de uma constru o hist rica atrelada ao desenvolvimento tecnol gico e social Assim entendemos que na busca por um Ensino de Qu mica que promova a ACT dos alunos necess rio superar o modelo de ensino tradicional praticado atualmente que notoriamente tem se pautado na mera transmiss o de informa es defini es e leis isoladas sem qualquer rela o com a vida do aluno Exigindo quase sempre pura memoriza o de denomina es ou nomenclaturas defini es e 52 f rmulas atribuindo excessiva import ncia aos aspectos te ricos em n veis de abstrac o inadequados relegando a compreens o dos conceitos iniciativa do aluno SOUZA GON ALVES 2011 Para que o aluno possa perceber as m ltiplas faces do conhecimento qu mico relacionando os conte dos tradicionalmente abordados em sala de aula sua realidade torna se necess rio a correla
361. nos e o objetivo principal se eles conseguiram aprender os conceitos ali trabalhados ou se pelo menos houve uma mobiliza o deles para trabalhar estes conceitos em atividades posteriores Sendo assim cabe ao professor saber como melhor utilizar o recurso visual para atingir os objetivos pr definidos por ele a serem alcan ados pelos alunos VASCONCELOS LE O 2010 p 2 78 No caso espec fico de nossa proposta de ensino pesando as vantagens e os cuidados necess rios para a utiliza o dos recursos audiovisuais os v deos foram introduzidos com uma dupla func o 1 motivar os alunos atrav s da utilizac o em sala de um recurso diferenciado nos moldes propostos por Arroio e Giordan 2006 e 2 introduzir trechos de reportagens veiculadas nos meios de comunicac o como elementos auxiliares para o aprofundamento dos conceitos cient ficos e tecnol gicos discutidos Buscamos deste modo a integra o dos recursos audiovisuais com os conte dos espec ficos da Qu mica visando facilitar a organizac o das atividades de ensino e ao optar por um recurso e linguagem familiares aos alunos introduzir um elemento motivador nas aulas 2 4 2 2 Divulgac o Cient fica Os textos de divulgac o cient fica t m sido listados em pesquisas da rea de educac o em ci ncias como elementos complementares ao uso de materiais educativos tradicionais SILVA ALMEIDA 2005 ABREU FERREIRA QUEIROZ 2007 QUEIROZ FERREIRA IMASATO 2012 e
362. nsforming technology A critical theory revisited Oxford Oxford University Press 2002 WINNER L The whale and the reactor A search for limits in an age of high technology Chicago The University of Chicago Press 1986 274 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 11 Texto A filosofia da tecnologia Nas ltimas aulas n s discutimos os equipamentos utilizados para melhorar a qualidade do ar que respiramos em nossas casas Compreender o funcionamento dos dispositivos tecnol gicos e as possibilidades de utiliz los para melhorar nossa qualidade de vida sem d vida um aspecto bastante importante de nossa relac o com a tecnologia mas falar em tecnologia n o se resume a discutir as funcionalidades dos equipamentos eletr nicos de ltima gerac o A tecnologia est presente na vida de todos n s de maneira direta ou indireta Pode se afirmar que estamos imersos em toda uma mentalidade tecnol gica uma atitude tecnol gica diante da realidade e em um mundo tecnol gico do qual se torna cada vez mais dif cil de se separar Uma das maneiras de definir a tecnologia seria dizer que ela designa modos de agir e fazer coisas de acordo e ciente com aux lio da informa o cient fica Esta ltima contribuic o diferencia a tecnologia da simples t cnica ou seja de modos padronizados de ac o que fazem parte da vida humana desde seus prim rdios Produzir fogo maneira primitiva friccionando madeira ou fabricar p o sup e t cnicas modos de kn
363. nt fica e tecnol gica 2 4 2 As Estrat gias Did ticas para o Ensino de Qu mica Para constru o e implementa o de nossa proposta de investiga o foi necess rio pesar al m das dificuldades intr nsecas s quest es relacionadas tr ade CTS e sua transposi o para o contexto educacional as estrat gias did ticas que podem ser utilizadas para concretiza o dos objetivos educacionais estabelecidos No entanto qualquer discuss o desta natureza envolve muitas vari veis que d o margem para uma s rie de recortes e entendimentos A possibilidade de se promover na disciplina de Qu mica reflex es sobre as intera es CTS precisa considerar as especificidades do conhecimento qu mico e sua rela o com a cultura escolar principalmente no contexto do Ensino M dio Nesta modalidade de ensino os curr culos tradicionais t m enfatizado na maioria das vezes aspectos formais da Qu mica transformando seus conceitos em algo desvinculado de suas origens cient ficas e de qualquer conjuntura social ou tecnol gica MORTIMER MACHADO 2010 76 Desse modo dentro das alternativas poss veis para a utilizac o do Enfoque CTS nas aulas de Qu mica este estudo considerou a utilizac o de diferentes estrat gias did ticas tais como experimentac o v deos textos de livros did ticos de revistas de divulgac o cient fica trabalhos acad micos e not cias da internet Na sequ ncia ser o discutidas estas estrat gias enfati
364. ntadas no intuito de compreender o modo como os catalisadores interferem na rapidez das rea es e suas aplica es Articulac o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetizac o cient fica pr tica mediante a an lise dos fatores que alteram a rapidez das rea es sob a tica do modelo de part culas e alfabetiza o cient fica profissional por meio da compreens o do princ pio de funcionamento dos catalisadores e da an lise de sua import ncia em diversos processos industriais Apresentada a proposta did tica destacamos que a mesma se encontra dispon vel no AP NDICE 6 Nele descrevemos os objetivos a metodologias e as atividades propostas para cada aula bem como as indicac es bibliogr ficas necess rias Na sequ ncia destacamos a an lise dos dados constitu dos durante a pesquisa 4 2 As Categorias de An lise Segundo Moraes e Galiazzi 2007 a elaborac o das categorias de an lise caracteriza se por uma organizac o ordenamento e agrupamento de unidades pelos quais segundo Moraes e Galiazzi 2007 p 75 um conjunto desorganizado de elementos unit rios ordenado no sentido de expressar novas compreens es atingidas no decorrer do processo Como explicitado pelos mesmos autores esse processo pode partir de dois pontos opostos um deles de natureza objetiva e dedutiva produzindo as categorias a priori e outro indutivo e subjetivo produzindo categorias emergentes Especificamente no m
365. ntas principalmente quando consigo realiz las Eu quero ser engenheira ou arquiteta pois s o as coisas que eu tenho muita facilidade e que gosto tamb m D095 Categorias definidas a priori Alfabetiza o Tecnol gica Pr tica Unidades de Significado Por isso precisamos limpar de tempos em tempos o ar condicionado porque sem perceber isso causa muitas doen as e ainda mesmo se n o causar doen as pode prejudicar muito sua sa de Ent o precisamos limpar pelo menos uma vez por m s o filtro e uma vez por ano fazer uma limpeza geral para que a sujeira n o prejudique sua sa de D110 Na aula o professor passou um v deo sobre os tipos de climatizadores que devemos comprar para n o prejudicar a sa de e devemos ter muito cuidado ao escolher um A aula de hoje foi bem proveitosa porque essa aula serviu para eu saber o modelo de um climatizador e serviu tamb m para eu saber diferenciar um do outro D122 Os AC aparelhos de ar condicionado parecem oferecer mais riscos Tudo que bom demais tem um pre o As diferen as entre os aparelhos s o t cnicas demais para um consumidor leigo as diferen as que importam que busca um aparelho que n o ofere a riscos sua sa de D124 Aprendi que os umidificadores s o as melhores op es para escolha Eu gostei muito da aula pois aprendi coisas que eu nem sabia e gostaria que tivesse mais aulas falando desse assunto D12
366. nterior removendo caros e micro organismos Este um exemplo significativo de que compreender elementos da linguagem tecnol gica possibilita ao cidad o escolher com mais propriedade otimizar o uso dos v rios recursos tecnol gicos dispon veis e por meio do reconhecimento de suas potencialidades melhorar sua qualidade de vida Desse modo conclu mos que os relatos dos estudantes apresentam ind cios de que a proposta cumpriu seus objetivos em rela o dimens o pr tica de alfabetiza o tecnol gica 4 3 6 Alfabetiza o Tecnol gica C vica Enquanto a categoria associada alfabetiza o tecnol gica pr tica buscou verificar se os estudantes apresentaram familiaridade com a simbologia e com a funcionalidade dos aparatos tecnol gicos presentes em seu cotidiano a categoria relacionada com a alfabetiza o tecnol gica c vica pretende identificar ind cios de 153 reflex es sobre a real necessidade desses aparatos e sobre o papel que cada indiv duo possui como usu rio e consumidor dessas tecnologias Segundo Santos e Mortimer 2002 limitar a educac o tecnol gica ao entendimento de como funcionam os equipamentos tecnol gicos pode favorecer uma pr tica de ensino alienante permitindo a manutenc o do processo de dominac o do homem pelos ideais de lucro desmedido e ignorando a busca por um desenvolvimento sustent vel Nesse sentido procuramos identificar se as discuss es em sala auxiliaram os estudantes a esta
367. nteriores Como n o foram apresentadas outras hip teses a etapa de problematiza o inicial durou aproximadamente 4 minutos Logo em seguida pedimos aos alunos que se organizassem em duplas para a leitura do texto de apoio e resolu o das quest es propostas no roteiro do estudante relativas organiza o do conhecimento 216 Notamos que houve uma resist ncia inicial a leitura do texto e foi necess ria nossa intervenc o nas equipes para motivar os integrantes a realizar a leitura e resoluc o das atividades Com o decorrer da aula os estudantes demonstraram maior interesse no tema e houve v rios questionamentos nas equipes sobre a utilidade dos catalisadores suas caracter sticas e fontes Dois estudantes demonstraram especial interesse no seu princ pio de funcionamento pois haviam tido contato com tipos espec ficos de catalisadores em seus locais de trabalho uma f brica de papel e uma ind stria produtora de resinas Ap s as discuss es nas equipes organizamos o grande grupo para retomarmos o questionamento inicial e analisar outros aspectos do funcionamento dos catalisadores Neste momento houve enfoque na seletividade e na an lise gr fica da diminui o da energia de ativa o das rea es sob a a o dos catalisadores A etapa de organizac o do conhecimento durou aproximadamente 35 minutos e a aplicac o do conhecimento foi realizada atrav s da retomada do questionamento inicial e de discuss es orientadas pelo pro
368. ntes ou n o entre si Os autores tamb m destacam que se no campo te rico a diferencia o reside na incorpora o da dimens o ambiental no campo da pesquisa as abordagens ainda s o muito semelhantes No presente trabalho optamos por manter a designa o CTS por defendermos um Estilo de Pensamento Cr tico Transformador atrav s da qual os elementos sociais e naturais s o indissoci veis e interdependentes apresentando rela es din micas e interativas Os seres humanos encontram se integrados natureza e os problemas ambientais precisam ser encarados por todas as pessoas de maneira cr tica tica e democr tica em suas m ltiplas dimens es naturais hist ricas culturais sociais econ micas e pol ticas LORENZETTI 2008 Ou seja esse Estilo de Pensamento engloba as rela es e inter rela es entre o meio ambiente e a sociedade sem dissoci los Segundo essa perspectiva defendemos que n o h necessidade de enfatizar ou adicionar uma nova letra aos demais componentes da sigla CTS pois uma abordagem que se proponha a superar a simples conscientiza o em rela o aos problemas ambientais e buscar alternativas para formar cidad os empenhados em agir para melhorar seu relacionamento com o mundo ao contemplar as discuss es entre as inter rela es da ci ncia da tecnologia e da sociedade invariavelmente incorpora uma vertente ambiental Entretanto assim como em rela o designa o a literatura expressa
369. nto sobre a investiga o dos fen menos Segundo Torres et al 2008 Essa etapa consiste no cotejo cont nuo entre as unidades de an lise estabelecidas previamente de forma a aglutinar elementos textuais que apresentam proximidades de sentidos e significa o em que se originam as categorias Esse procedimento deve ser recursivo para a lapida o das categorias e se processa atrav s dos mecanismos sensoriais de dedu o indu o e intui o do pesquisador que 97 concomitantemente permeiam o processo de investigac o anal tica TORRES et al 2008 p 5 grifos dos autores Uma vez definidas as categorias inicia se outro processo a construc o textos descritivos e interpretativos que visam a explicitac o de relac es entre as categorias Segundo Moraes e Galiazzi 2007 podem ser produzidos diferentes tipos de textos a partir do processo de ATD dependendo da nfase dada descric o e interpretac o e dos diferentes objetivos da an lise Nesse sentido alguns textos ser o mais descritivos resultando em aproximac o com o corpus da pesquisa enquanto outros ser o mais interpretativos ocasionando um afastamento maior em relac o ao corpus analisado Contudo independente da forma em que os textos s o apresentados Moraes 2003 destaca que a qualidade originalidade e confiabilidade dessa representac o discursiva t m como fatores determinantes o conhecimento dos materiais de an lise e os referenciais te rico
370. ntos encaminhamos os alunos reunidos em duplas para a leitura do texto de apoio e resoluc o das quest es propostas no roteiro do estudante Durante a leitura do texto de apoio um dos alunos reclamou do barulho e de que n o havia colaborac o por parte dos colegas para que houvesse uma leitura apropriada do texto Concordamos com a argumentac o e percebemos que alguns alunos n o se interessaram por uma leitura cuidadosa do texto de apoio e seguiram para a resoluc o das quest es propostas Fomos obrigados a advertir alguns estudantes de modo a garantir um ambiente favor vel ao desenvolvimento da atividade Durante a resoluc o das atividades propostas na sess o relativa a organizac o do conhecimento notamos que o conceito de difus o gasosa e a influ ncia da variac o de temperatura neste processo foi compreendido pela maioria dos alunos A associac o da temperatura com o movimento das mol culas no estado gasoso foi facilitada pela experi ncia realizada na aula anterior aquecimento do ar em um erlenmeyer com um bal o de l tex acoplado Em relac o as transformac es isot rmicas isob ricas e isoc ricas houve dificuldades em compreender os questionamentos e fazer as associac es Nossa intervenc o se fez necess ria para auxiliar na compreens o dos exerc cios e na an lise das situa es propostas Percebemos que houve entendimento do significado atribuido pelo modelo de part culas as vari veis de estado P V T individualmente
371. nvestigativa de experimenta o que visa superar a simples manipula o de materiais ou a exemplifica o de conceitos e possibilitar a discuss o dos experimentos associados a sua problematiza o Buscamos por meio da associa o dos momentos pedag gicos com a observa o leitura escrita e com o di logo durante as aulas pr ticas oportunizar a constru o do conhecimento cient fico e concomitantemente desenvolver uma postura questionadora e cr tica do aluno em rela o aos assuntos abordados Sobre esses aspectos a an lise das produ es textuais dos estudantes apresentou uma s rie de relatos sobre suas impress es dos experimentos realizados em sala A seguir apresentamos alguns desses relatos Antes dessa experi ncia havia uma outra pequena experi ncia na qual dev amos representar em desenho o espalhamento de mol culas de g s pelo resto da sala Chegamos conclus o de que aprender com uma pr tica muito mais proveitoso para a aula D026 Eu achei legal essa aula porque gosto de coisas que envolvem experi ncias pois uma coisa que n s nunca ir amos parar para raciocinar sobre essas coisas Quando fazemos esse tipo de aula aprendemos e descobrimos coisas novas D vontade de querer fazer mais experimentos para que possamos descobrir mais coisas que jamais descobrir amos S fazendo essas aulas mesmo muito legal a do bal o da manta aquecida Gostei D031 Essa aula de qu mica foi muito legal p
372. o conservada Essa transforma o regida pela Lei de Charles e Gay Lussac O que acontece com o volume de um g s se numa transforma o isob rica a temperatura for aumentada A transforma o isovolum trica tamb m pode ser chamada isoc rica e neste caso n o ocorre varia o de volume Esta transforma o regida pela Lei de Charles O que acontece com a press o de um g s se numa transforma o isoc rica a temperatura for aumentada 241 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS ooppp a b Plano de Aula 5 Introduc o Nas aulas de Qu mica bastante comum utilizarmos o termo modelo em diferentes momentos Os modelos desempenham um papel fundamental nas diferentes abordagens do conhecimento cient fico Nesta aula discutiremos alguns aspectos da natureza dos modelos utilizados pela Ci ncia al m de caracterizar suas rela es com as teorias cient ficas e suas limita es como representac es da realidade Conte do Espec fico Estudo dos Gases Durac o 50 min Objetivos Compreender o conceito de modelo cient fico e suas limita es Conte dos privilegiados Modelos cient ficos Orientac o did tica Para oportunizar o entendimento dos modelos cient ficos utilizaremos os Tr s Momentos Pedag gicos 3MP Os 3MP prop em o estabelecimento de uma din mica dial gica
373. o que surge no ar N s achamos que o ar mais polu do o exterior porque j estamos acostumados com esse ar Com essa aula aprendi que em lugares fechados que tem mais poluic o que no exterior Foi uma descoberta pois jamais tinha pensado nisso D011 grifos nossos Durante e ap s o desenvolvimento das aulas foi poss vel perceber que houve a apropriac o de conhecimentos sobre o assunto por parte dos alunos percept vel em suas falas em sala e evidenciado nas respostas apresentadas nos question rios aplicados ao t rmino da intervenc o Abaixo seguem alguns trechos retirados dos relatos produzidos pelos estudantes ao final da proposta did tica Sim muito importante saber como anda a qualidade do ar dentro de lugares fechados pois assim podemos saber como cuidar de nossa sa de e como tentar purificar o ar onde n s vivemos aprendemos muita coisa com este tema e podemos usufruir desse tema fora da escola para o bem pr prio j que com os estudos desse tema poss vel aprender mais a se prevenir de doencas e males que nos rodeiam QFO03 Sim muito importante estudar sobre isso porque podemos descobrir como melhorar nossa sa de como tudo funciona desde a polui o do ar at como melhorar a qualidade do ambiente para que possamos viver melhor QF04 Na minha opini o acho importante estudar sobre isso pois eu n o sabia que o ar interior era mais polu do que o exterior Pode causar irrita o no
374. o com este ponto de vista as Orienta es Curriculares Nacionais BRASIL 2006 sugerem que se estabeleca uma relac o entre os conhecimentos pr vios dos alunos e o conhecimento escolar historicamente constru do De acordo com essas orientac es Utilizamos neste trabalho a distin o entre saber popular e senso comum explicitada por Chassot 2010 na qual o saber popular caracterizado pelos conhecimentos associados s pr ticas cotidianas das pessoas que comp em as classes sociais com menos acesso educac o formal enquanto o senso comum engloba os saberes que se difundem por toda sociedade 24 As pessoas explicam muitas coisas utilizando o que se poderia chamar de senso comum Essas explicacdes s o limitadas a situa es espec ficas e superficiais o conhecimento cient fico possui caracter sticas bem diferentes e tem de romper com o senso comum pois se origina de problemas bem formulados mas o aluno chega escola com conhecimentos emp ricos chamados comumente de senso comum e originados das suas intera es com o cotidiano e com os outros Na contextualiza o dos saberes escolares busca se problematizar essa rela o entre o que se pretende ensinar e as explica es e concep es que o aluno j tem pois a natureza faz parte tanto do mundo cotidiano como do mundo cient fico Todavia os conhecimentos do aluno s o frequentemente inconsistentes e limitados a situa es particulares BRASIL 2006 p
375. o conhecimento cujos roteiros foram constru dos a partir das atividades propostas por Mortimer e Machado 2011 1 Experimento Neste experimento os alunos comprimiram o ar que estava dentro de uma seringa observando o sistema antes e depois da compress o Ap s a discuss o em grupo os integrantes selecionaram um modelo consensual para ser representado Este modelo foi descrito em um desenho representando o sistema inicial antes da compress o e final depois da compress o 2 Experimento Os alunos utilizaram para este experimento um sistema formado por um bal o kitassato cheio de ar fechado e conectado a uma seringa Ao puxarem o mbolo da seringa foi removido parte do ar contido no frasco Ap s realizarem esse procedimento os alunos observaram as altera es no sistema e propuseram um desenho que representava o sistema inicial antes de puxar o mbolo e final ap s puxar o mbolo 3 Experimento Os alunos conectaram um bal o de l tex boca de um erlenmeyer Em seguida com o aux lio de uma garra de madeira aqueceram o sistema com uma manta el trica observando as altera es antes e depois do aquecimento Ap s realizarem esse procedimento os alunos propuseram um modelo 108 explicativo por meio de um desenho representando o sistema inicial antes do aquecimento e final ap s o aquecimento Ap s as conclus es das equipes foi organizada uma grande discuss o com toda a sala para socializar as respostas d
376. o de g s mas n o para um g s real Aponte as principais diferen as entre um g s real e um g s ideal 2 A equa o dos gases ideais estabelece a rela o matem tica entre as quatro vari veis de estado que caracterizam uma amostra gasosa P V n R T P press o exercida pelo g s V volume ocupado pela amostra n quantidade de mat ria mols T temperatura absoluta da amostra Tk Tc 273 R constante dos gases 0 082 atm L K mol 0 1 mol de g s ideal sofre as transforma es indicadas no gr fico a seguir Volume em litros 6 72 5 60 5 Press o atm A temperatura em graus Celsius no ponto III aproximadamente a 273 C b 546 C c 1776 C d 1912 C e 2186 C 255 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU MICA S rie ano do Ensino M dio 22 S RIE N mero de aulas 14 AULAS Plano de Aula 8 Introdu o Nesta aula discutiremos a S ndrome dos Edif cios Doentes SED e os perigos associados aos ambientes climatizados O estudo ser realizado atrav s da descri o das doen as e dos sintomas associados SED e por uma an lise dos riscos relacionados a falta de manuten o dos aparelhos de climatiza o artificial 2 Conte do Espec fico Estudo dos Gases Dura o 50 min 4 Objetivos Conhecer as doen as e sintomas relacionados a SED a b compreender os perigos da polui o interior em ambientes climatizados e a legisla o existente
377. o e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial a aula se iniciar atrav s do seguinte questionamento No segundo experimento da aula anterior aquele em que usamos gua oxigenada em batata crua e cozida percebemos que a presen a de catalisadores no caso enzimas acelera a rea o de decomposi o Mas afinal como eles fazem isso Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e o professor encaminhar os alunos para a leitura do texto de apoio e an lise do roteiro do estudante b Organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da media o do professor construir o suas respostas relativas sess o Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema 283 C Aplicac o do conhecimento aplicac o do conhecimento ser realizada atrav s da retomada dos questionamentos iniciais e de discuss es orientadas pelo professor no intuito de compreender o modo como os catalisadores interferem na velocidade das reac es e sua import ncia em diversos processos industriais 7 Recursos did ticos Roteiro do estudante Texto Catalisadores 8 Avaliac o A avaliac o ser realizada atrav
378. o nos dirig amos para a sala encontramos duas estudantes no corredor Elas precisavam entregar alguns documentos secretaria da escola e solicitaram encarecidamente para que esper ssemos a volta delas antes de darmos in cio a aula Concordamos em aguard las e ficamos satisfeitos com a demonstrac o de responsabilidade e principalmente com o interesse em nossas aulas segundo suas palavras n o queremos perder nada Iniciamos a aula solicitando aos alunos que entregassem o di rio e a quest o de aplicac o do conhecimento referentes a aula anterior Antes de introduzirmos os questionamentos da sess o de problematizac o inicial fizemos uma breve retomada das hip teses propostas pelo modelo de part culas para o comportamento da mat ria Esta retomada se fez necess ria porque as discuss es dos experimentos estavam amparadas nesse modelo Finda a retomada iniciamos a problematizac o inicial atrav s do seguinte questionamento O que pode tornar uma rea o qu mica mais ou menos r pida Ser que podemos controlar a velocidade das rea es A princ pio as opini es da estavam bastante divididas alguns acreditavam que poder amos controlar a velocidade de uma rea o qu mica enquanto outros acreditavam que n o seria poss vel Quando questionamos se haveria algum fator espec fico capaz de aumentar ou diminuir a rapidez de uma rea o um dos estudantes argumentou que se houvesse a possibilidade de variar a temperatura seria
379. o que afeta diretamente sua qualidade de vida Atribu mos articula o entre o tema e a realidade dos alunos como os fatores respons veis pelo alcance deste objetivo Entendemos que a correla o de cada um destes elementos se constitui em uma ferramenta indispens vel para a formula o de uma abordagem que agregue significados os saberes escolares Nessa perspectiva Delizoicov Angotti e Pernambuco 2002 afirmam que preciso superar a tradicional transmiss o de conhecimentos escolares abandonando um modelo de ensino orientado para a memoriza o e supervaloriza o de conceitos distantes da realidade dos alunos Como destacam os autores o ideal vincular os assuntos abordados em sala aos problemas da realidade uma vez que o ponto de 137 partida e de chegada o mundo em que a vida se d DELIZOICOV ANGOTTI PERNAMBUCO 2002 p 154 Al m disso considerando se que um ind cio que possibilita a alfabetizac o cient fica pr tica a busca por solu es de problemas que afetam nossa vida entendemos que problematizar conhecimentos diretamente relacionados ao dia a dia dos estudantes evidencia a import ncia da dimens o pr tica de um processo de ACT e contribui para a apropriac o desse conhecimento por parte dos mesmos 4 3 1 2 A Utilidade Pr tica do Conhecimento Cient fico Outra faceta do processo de alfabetizac o cient fica pr tica consiste em correlacionar os conte dos abordados em sala com situa
380. o referencial te rico auxilia na constru o de categorias a priori por outro lado como destacado por Moraes e Galiazzi 2007 isto tamb m pode se tornar um empecilho para o surgimento de novas categorias ao condicionar o pesquisador a enxergar apenas significados que se enquadram nas categorias j determinadas Desse modo ao analisar o corpus da pesquisa procuramos desvincular nosso olhar dos par metros de ACT e buscar novas compreens es reconstru das dos discursos dos estudantes Nesse processo ao estabelecer rela es e reunir elementos semelhantes entre as unidades textuais definidas tamb m identificamos tr s novas subcategorias de an lise relacionadas din mica das aulas import ncia da experimenta o e rela o entre a reda o e aprendizado nas aulas de Qu mica Estas subcategorias foram obtidas com base na interpreta o do pesquisador sobre as unidades de sentido identificadas durante a fragmenta o do corpus e ao contr rio das categorias definidas previamente surgiram atrav s das m ltiplas vozes emergentes nos textos analisados Na primeira subcategoria os alunos destacam as diversas estrat gias utilizadas para o desenvolvimento das aulas enquanto na segunda mencionam especificamente a import ncia da experimenta o nas aulas de ci ncias J a terceira subcategoria enfoca os relatos dos estudantes em rela o s vantagens da utiliza o dos di rios de bordo como ferramenta facilitadora
381. o representa o aumento da taxa de absente smo faltas de um mesmo grupo de trabalho quando mudou de um edif cio com ventila o e ilumina o natural para um novo edif cio moderno e fechado 257 Taxa de absentelsmo semanal ah o O a O NO OC o 0 Ago Semanas no i Ago Semanas no Fev 1978 edificio anterior 1979 edificio atual 1980 Fonte Sterling e Sterling 1983 Figura 1 Taxa de Absentelsmo pr e p s mudan a para um novo edif cio Em relac o a SED e ao gr fico apresentado assinale a alternativa incorreta justificando sua escolha a b c a A SED pode ser considerada uma guest o de sa de ocupacional visto gue est relacionada com as condic es ambientais de trabalho e os sintomas de desconforto e mal estar verificados nesses locais A ventilac o inadequada origina o aumento gradual da concentrac o interna dos poluentes e a mais importante causa da SED e a principal causa dos problemas da qualidade do ar interior A taxa de absente smo representada no gr fico relaciona as faltas semanais de um determinado grupo de trabalho associada a mudanca para um edif cio doente O gr fico demonstra que o n mero de faltas aumentou consideravelmente ap s a mudanca Os sintomas do SED podem ocorrer isoladamente ou combinados uns com os outros Em muitos dos casos os sintomas s o dif ceis de relacionar com a s ndrome transmitindo a ideia de um resfriado comum ou doenca respirat
382. o se desenraiza cada vez mais do seu passado social para inserir se no mundo abstrato da tecnologia v lida em qualquer contexto As morais ancestrais s o substitu das pelo imperativo tecnol gico o que pode ser feito deve ser feito Pelo mundo afora as culturas tendem a se assemelhar os governos s o tentados pela tecnocracia e a disseminac o da mentalidade e dos produtos tecnol gicos obscurece a possibilidade de viver de outra maneira Apesar de todos os argumentos dos cr ticos da tecnologia e sua influ ncia em nosso modo de vida temos tamb m a opini o contr ria daqueles que v em na tecnologia recursos essencialmente favor veis e libertadores do ser humano Para eles os riscos e as perdas que os cr ticos atribuem tecnologia ou n o s o tais ou s o exagerados ou s o ainda compensados pelas vantagens trazidas pela tecnologia facilitando as atividades necess rias vida humana e abrindo lhe constantemente novos horizontes Encontrar uma resposta para todas essas perguntas n o tarefa f cil e talvez nem exista uma nica resposta para cada uma delas mas o simples ato de refletir sobre o assunto nos ajuda a entender melhor a poca e o mundo em que vivemos FONTE CUPANI A Filosofia da tecnologia Revista Filosofia Ci ncia amp Vida S o Paulo ed 63 set 2011 adaptado QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 No romance de fic o cient fica Admir vel Mundo Novo publicado em 1932 o escritor Aldous H
383. ob essa perspectiva a motivac o uma contribui o importante na tentativa de envolver os alunos em atividades que lhes estimulem a querer compreender os conte dos da disciplina Por m esse aspecto questionado por alguns pesquisadores HODSON 1994 GON ALVES MARQUES 2006 que argumentam que o simples desenvolvimento de atividades experimentais n o facilita obrigatoriamente a aprendizagem Segundo Hodson 1994 eventualmente pode at dificultar a apropria o de determinados conceitos visto que os experimentos n o s o encarados da mesma forma por todos os alunos e que seu entusiasmo com as atividades pr ticas diminui com o passar dos anos principalmente em abordagens essencialmente demonstrativas Por entender que a rela o entre motiva o e aprendizagem se constituem em um contexto mais amplo que o da experimenta o concomitantemente realiza o das pr ticas utilizamos outras estrat gias para manter a aten o dos alunos sobre as atividades propostas tais como a solicita o de registros escritos dos fen menos observados questionamentos realizados antes durante e ao t rmino dos experimentos associados aos 3MP e sempre que poss vel estimulamos os alunos a participarem das v rias etapas de cada atividade Estes aspectos tamb m s o destacados pelos estudantes ao relatarem que os experimentos tornaram as aulas mais interessantes porque todos participam e n o existe o certo e o errado pois est todo mu
384. oc ricas nenhum dos alunos respondeu Logo em seguida optamos por perguntar sobre uma transforma o isovolum trica informando se tratar de sin nimo para transforma o isoc rica e houve associa o com volume constante P04 Para a organiza o do conhecimento foi realizada a leitura do texto de apoio adaptado de Santos e M l 2010 e Mortimer e Machado 2011 que apresentava de forma sucinta a teoria cin tica dos gases e as hip teses do modelo de part culas para explicar o comportamento dos gases em transforma es isot rmicas isovolum tricas e isob ricas O texto tamb m apresentava alguns questionamentos Quando voc descasca uma mexerica as pessoas sua volta sentem o cheiro da fruta Como voc explica o fen meno de o cheiro se espalhar Por que o cheiro seria menos percept vel no inverno Ap s as conclus es das equipes mediante a media o do professor a discuss o foi ampliada para toda a turma para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema O texto utilizado e a resolu o das atividades propostas auxiliaram os estudantes a compreenderem o conceito de difus o gasosa e a influ ncia da varia o de temperatura e da press o no comportamento dos gases De acordo com o di rio do estudante D047 N s aprendemos que como as part culas est o em constante movimento e a energia cin tica diretamente proporcional temperatura mesmo a temperaturas muito baixas elas possuem energia c
385. ogia e as suas rela es com a sociedade O segundo grupo refere se ci ncia e tecnologia por meio de CTS que nesse caso segundo Silveira 2007 p 96 a ci ncia e a tecnologia s o ensinadas atrav s de CTS com orienta o CTS o que significa estruturar os conte dos cient ficos segundo as coordenadas CTS Esta estrutura o pode ser realizada por meio de disciplinas isoladas ou mediante uma abordagem multidisciplinar O terceiro grupo caracteriza se por um complemento curricular introduzindo o CTS como mat ria pura e na qual o conte do cient fico tem papel subordinado PINHEIRO 2005 As classifica es apresentadas s o bastante abrangentes e a escolha de uma delas em detrimento a outra est condicionada ao significado atribu do a um ensino com orienta o CTS Por outro lado Santos e Mortimer 2002 destacam que a despeito do entendimento daquilo que seria um Enfoque CTS nem todas as propostas que v m utilizando essa denomina o est o centradas nas inter rela es entre ci ncia tecnologia e sociedade como seria razo vel supor Constata se atrav s da an lise de pesquisas em sala de aula como as realizadas por Cruz e Zylberstajn 2001 Sepka 2004 e Julio 2010 que um dos obst culos encontrados para implementa o dessas abordagens que independentemente da nfase dada ci ncia ou sociedade as propostas t m concentrado suas discuss es de forma a privilegiar apenas o desenvolvimento de conce
386. ogia n o s os aparelhos eletr nicos e que ela est presente em nossa vida mais do que a gente imaginava Hoje em dia dif cil se separar do mundo tecnol gico A tecnologia muito boa e importante para a nossa vida pois ela facilita nossas tarefas e torna mais f cil nossa vida Diversas doen as e limita es s o superadas e a vida se prolonga atrav s da tecnologia Mas ao mesmo tempo ela traz algumas desvantagens como o controle e manipulac o da nossa vida D158 N s podemos decidir os caminhos da tecnologia porque podemos escolher usar ou n o usar e se n o fosse por n s nunca iriam fazer aparelhos mais avan ados D160 Acredito que seja importante sim discutir a influ ncia da tecnologia porque querendo ou n o a tecnologia est por toda parte em nossas vidas Acho que n o podemos mudar ou decidir os caminhos dela podemos auxiliar mas a pessoa que realmente pode mud la quem criou QF01 A tecnologia est em praticamente tudo que usamos no nosso dia a dia como tamb m em armas e bombas nucleares Hoje em dia a tecnologia usada para fabricar nossos alimentos roupas sapatos e todo tipo de utens lios Est at mesmo nos shampoos cremes e sabonetes Resumindo est em tudo A tecnologia se tornou parte de nossas vidas QF02 O homem criou a tecnologia e precisa saber guiar sua cria o A tecnologia uma coisa neutra algo que foi feito para que se possa ser usado em diferentes s
387. ogia passou a ser encarada como um campo de saberes que n o se resume a manufatura de dispositivos e que apesar de sua fecunda e intr nseca rela o tamb m n o se configura em ci ncia aplicada que ambas ci ncia e tecnologia podem trilhar caminhos distintos Sobre estes aspectos s o significativos os relatos abaixo 155 Vimos que a tecnologia n o s o s os aparelhos eletr nicos e que ela est presente em nossa vida mais do que a gente imaginava Hoje em dia dif cil se separar do mundo tecnol gico A tecnologia muito boa e importante para a nossa vida pois ela facilita nossas tarefas e torna mais f cil nossa vida Diversas doen as e limita es s o superadas e a vida se prolonga atrav s da tecnologia Mas ao mesmo tempo ela traz algumas desvantagens como o controle e manipulac o da nossa vida D158 Estamos cercados de tecnologia o tempo todo e de todos os modos e geralmente quando n o h reflex o sobre o que nos cerca a tend ncia estagnar Ao pensarmos criticamente conclu mos que a tecnologia influ ncia de maneira estrondosa em nossa sociedade e a reflex o foi deixada de lado por causa dela Para evitar o dom nio da criac o sobre o criador necess rio que se tenha consci ncia dos fins das demais tecnologias e dos meios que elas influenciam em nossas vidas como se tivessem vida pr pria E essa reflex o n o h certeza pode ser que nos ajude a iluminar algumas concep es ajudando no
388. ois fizemos v rias experi ncias aprendemos tamb m os c lculos das experi ncias e foi super legal Eu entendi a mat ria finalmente a qu mica est ficando legal pois n o estamos fazendo s de conta D034 J no segundo experimento o pozinho se dissolveu mais rapidamente por causa da superf cie de contato Quanto maior maior a rea que haver choque e quando menor o peda o mais r pido o cozimento acontece Portanto foi mais uma aula interessante divertida e proveitosa Deu para aprender mais um pouco sobre como a temperatura influ ncia nas rea es qu micas D167 168 Esses experimentos tornam a aula bem mais legal todos participam e n o existe o certo e o errado pois est todo mundo aprendendo D181 Eu gostaria que as aulas continuassem assim n s aprendendo com fazer experi ncias e anotando as diferen as Isso torna bem mais interessante para os alunos QF11 Quando os alunos relatam que chegaram conclus o de que aprender com uma pr tica muito mais proveitoso para a aula D026 e que d vontade de querer fazer mais experimentos para que possamos descobrir mais coisas que jamais descobrir amos D031 ressalta se o aspecto motivador das atividades experimentais e seu potencial para agucar a curiosidade dos alunos em relac o ao conhecimento cient fico Segundo Giordan 1999 tanto professores quanto alunos costumam atribuir s pr ticas experimentais um car ter motivador e s
389. ol gica n o podemos esquecer do terceiro elemento da sigla a tecnologia Desse modo poss vel afirmar que promover a ACT envolve a promo o de alfabetiza o cient fica e tamb m a promo o de alfabetiza o tecnol gica Bocheco 2011 p 23 argumenta que uma supervalorizac o da alfabetizac o cient fica em detrimento da alfabetizac o tecnol gica acaba emudecendo a tecnologia e pode ocasionar tr s problemas educacionais comprometer a alfabetizac o tecnol gica causar a impress o de que a ci ncia e a tecnologia possuem os mesmos questionamentos e reduzir a tecnologia ao status de ci ncia aplicada Nesse sentido destacamos as considera es de Auler e Delizoicov 2001 a respeito do modo como a tecnologia se apresenta em processos de ACT Para os autores existem duas perspectivas uma reducionista e outra ampliada Na reducionista existe a concepc o de neutralidade da ci ncia e da tecnologia gerando esta compreens o tr s mitos o da superioridade do modelo de decis es tecnocr ticas da perspectiva salvacionista da ci ncia e da tecnologia e do determinismo tecnol gico Nesta perspectiva a tecnologia encarada como um conhecimento neutro e superior cujas decis es s o tomadas apenas por especialistas e n o h lugar para questionamentos ou participac o social Os autores destacam a necessidade de superac o desses mitos por meio da perspectiva ampliada de ACT que busca a compreens o das intera es en
390. olares baseada em temas SANTOS 1992 AULER 2002 SANTOS MORTIMER 2002 SANTOS SCHNETZLER 2003 COELHO 2005 BOCHECO 2011 DREWS 2011 Estas propostas encontram respaldo em documentos oficiais principalmente no que diz respeito sele o e contextualiza o dos conte dos program ticos intera o entre as diferentes disciplinas e participa o dos professores na elabora o do curr culo na defini o de metodologias e estrat gias de ensino HUNSCHE DELIZOICOV 2011 Essa tend ncia j foi demarcada por Santos e Schnetzler 2003 que ao realizarem uma revis o bibliogr fica sobre as propostas de ensino pautadas no Enfoque CTS apontam que todos os artigos revisados recomendam o desenvolvimento de abordagens CTS a partir de temas sociais por esses evidenciarem as inter rela es dos aspectos CTS e propiciarem condi es para o desenvolvimento de atitudes de tomada de decis o dos alunos SANTOS SCHNETZLER 2008 p 74 Uma grande parte dessas propostas tem sua estrutura o baseada nos pressupostos de Aikenhead 1994 nos quais o estudo de um determinado tema orientado a partir de alguns passos 1 Introdu o de uma problem tica social 2 Levantamento da tecnologia relacionada ao tema 3 Estudo dos conte dos cient ficos que s o definidos em fun o do tema e da tecnologia relacionada a ele 4 Estudo da tecnologia correlata em fun o dos conte dos cient ficos e 5 Discuss o da problem tica socia
391. om as paredes de um recipiente s o perfeitamente el sticos ou seja o tipo de choque que ocorre quando ap s a colis o os corpos seguem separados e a energia cin tica conservada e essas part culas praticamente n o interagem o que significa que n o existem for as atrativas ou repulsivas significativas entre elas FONTES 1 MORTIMER E F MACHADO A H Qu mica ensino m dio S o Paulo Scipione 2010 2 SANTOS W L P M L G S coords Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implica es sociais Volume 1 ensino m dio 1 edig o S o Paulo Nova Gera o 2010 240 QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 Quando voc descasca uma mexerica as pessoas sua volta sentem o cheiro da fruta a Como voc explica o fen meno de o cheiro se espalhar b Por que o cheiro seria menos percept vel no inverno 2 A partir do modelo de part culas analise as situa es propostas abaixo justificando sua resposta para cada um dos casos a A palavra isot rmica se refere a mesma temperatura logo uma transforma o isot rmica de um g s ocorre quando n o h varia o de temperatura A lei f sica que expressa essa rela o conhecida com Lei de Boyle O que acontece com o volume de um g s se numa transforma o isot rmica a press o for diminu da Da mesma forma que a transforma o isot rmica quando h uma transforma o isob rica a press
392. om fundamentos as informa es advindas da tradi o cultural da m dia e da pr pria escola e tomar decis es autonomamente enquanto indiv duos e cidad os Esse aprendizado deve possibilitar ao aluno a compreens o tanto dos processos qu micos em si quanto da constru o de um conhecimento cient fico em estreita rela o com as aplica es tecnol gicas e suas implica es ambientais sociais pol ticas e econ micas Tal a import ncia da presen a da Qu mica em um Ensino M dio compreendido na perspectiva de uma Educa o B sica BRASIL 1998 p 30 Em mbito estadual a educa o em n vel de Ensino M dio norteada pelas Diretrizes Curriculares Estaduais DCE institu das em 2008 e fruto do trabalho coletivo que envolveu professores da rede estadual de ensino Esse documento em seus princ pios te ricos prop e que o curr culo da educa o b sica deve priorizar uma estrutura curricular que valorize e contextualize os conte dos disciplinares estabelecendo se entre eles rela es interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles PARAN 2008 p 14 Especificamente em rela o ao Ensino de Qu mica as diretrizes estaduais estabelecem como prioridade ofertar uma educa o que apresente significado para os alunos atrav s de novos direcionamentos e abordagens da pr tica docente voltadas para formar um alu
393. ome dos Edif cios Doentes SED e os perigos associados aos ambientes climatizados Optamos aqui pela utiliza o de um recurso audiovisual que apresentava uma reportagem alertando para os perigos encontrados em ambientes de climatizado e de um texto de apoio que caracterizava a SED O estudo foi realizado por meio da descri o e an lise das doen as e sintomas associados SED bem como uma an lise dos riscos relacionados falta de manuten o dos aparelhos de climatiza o artificial Descri o da aula A problematiza o inicial foi realizada a partir dos seguintes questionamentos 1 Onde respiramos um ar mais puro dentro de um shopping ou andando nas ruas de nossa cidade 2 Voc s j ouviram falar em S ndrome do Edif cio Doente 3 Como voc s descreveriam um pr dio doente Os alunos foram instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e houve uma breve discuss o com o objetivo de questionar a qualidade do ar que respiramos em ambientes climatizados A maioria dos alunos argumentou que a qualidade do ar seria maior na rua Um dos alunos discordou sem muita seguran a e sem propor argumentos para amparar sua hip tese Os defensores do ar exterior argumentaram que os shoppings estavam sempre lotados principalmente nas pra as de alimenta o e este seria o principal motivo da m qualidade do ar em seus interiores P08 118 Em relac o SED a maioria dos estudantes n o conhecia a express o ou relacio
394. ondessem individualmente uma quest o que pretendia relacionar a influ ncia da temperatura na velocidade das reac es e sua aplicac o em nossa vida cotidiana Perguntamos a raz o pela qual os alimentos se conservam por mais tempo quando guardados na geladeira do que quando armazenados temperatura ambiente Esta etapa durou aproximadamente 5 minutos e a aula terminou pouco ap s a entrega da atividade resolvida pelos alunos Os alunos n o apresentaram dificuldades para relacionar o decr scimo da temperatura com a diminui o das rea es de decomposi o dos alimentos Acreditamos que a aula atingiu seus objetivos e que as atividades pr ticas cumpriram a dupla fun o de suscitar reflex o sobre os fen menos observados bem como auxiliar no entendimento dos conceitos desenvolvidos a partir destes experimentos DI RIO DE AULA 13 11 11 2013 A d cima terceira aula da unidade did tica teve como objetivo compreender a influ ncia da concentra o dos reagentes e dos catalisadores na rapidez das rea es e explicar essa influ ncia atrav s da hip tese do modelo de part culas A aula foi estruturada objetivando a compreens o dos conceitos atrav s de uma reflex o 214 amparada sobre dois experimentos pr ticos Registramos o comparecimento de 14 alunos 78 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Iniciamos a aula retomando a an lise dos dois experimentos realizados na aula anterior influ ncia d
395. ongo de todo o processo de investiga o tamb m nos permitem destacar que para potencializar a concretiza o dos objetivos educacionais de propostas com Enfoque CTS faz se necess rio al m de um referencial te rico claro que balize sua constru o selecionar uma tem tica apropriada e utilizar estrat gias de ensino diferenciadas Palavras chave CTS ACT Ensino M dio Ensino de Qu mica Qualidade do Ar Interior ABSTRACT Proposals for approaches that consider the interactions science technology society STS have emerged as alternative to a science education that promotes scientific and technological literacy STL of the students through the appropriation of scientific and technological knowledge associated with incorporation attitudes and values necessary for the exercise of citizenship in today s society In this perspective we investigate from the analysis of a specific intervention limits and potential of this approach for the Chemistry Teaching in Fundamental Education To this end we selected a group of high school in a state school in the metropolitan region of Curitiba PR and from the characteristics of the course pedagogical proposal of the establishment we have designed and developed with the class a didactic and pedagogical integration of 14 classes The proposal is characterized by a thematic approach with focus STS and was built by theme analysis of Indoor Air Quality IAQ associated with the subject matter for the Ga
396. onte dos cient ficos Destacam tamb m que na abordagem dos temas que enfatizem as relac es CTS em cada unidade mant m se uma coes o e atrav s da sequ ncia de informac es explora se globalmente a tem tica em seus diferentes aspectos sociais cient ficos e tecnol gicos 56 Independentemente das cr ticas que podem ser realizadas obra de Santos e M l 2010 em relac o aos pressupostos te ricos do Enfoque CTS do ponto de vista pr tico a proposta apresenta se bastante funcional dadas as dificuldades encontradas na realidade educacional brasileira Como destaca Bocheco 2011 a organizac o sugerida pelos autores possibilita aos professores continuarem seu trabalho explorando temas e n o apenas conte dos cient ficos introduzindo novas perspectivas em rela o ao Ensino de Qu mica sem grandes altera es na programac o escolar ou na grade curricular No que concerne forma de abordar uma tem tica de relev ncia social h tamb m algumas iniciativas no contexto brasileiro no sentido de aproximar pressupostos do educador Paulo Freire aos encaminhamentos dados pelo Enfoque CTS a exemplo dos trabalhos de Auler 2002 Muenchen 2006 Forgiarini 2007 e Strieder 2008 Os fundamentos educacionais da proposta freireana chamada de educac o problematizadora foram originalmente sistematizados por Freire 1977 1987 objetivando um processo educativo que pudesse desempenhar um papel de elevac o do n vel de consci
397. ontou a necessidade de a es para enfrentamento do problema Essas a es podem envolver mudan as de h bitos ou atitudes diretas como destacado nos relatos dos estudantes De qualquer modo a consci ncia de que h essa necessidade indica que o conhecimento escolar passou a ser encarado como um meio e n o mais como um fim como uma ferramenta necess ria para julgamentos tomada de decis es e a es Estas constata es apontam ind cios do desenvolvimento de princ pios relacionados alfabetiza o cient fica c vica seja atrav s das percep es em rela o a problem tica associada QAI ou atrav s da consci ncia da necessidade de a es e refor am que o Ensino de Ci ncias precisa mais do que contextualizar o conhecimento cient fico propiciar condi es para uma interpreta o cr tica da realidade e oportunizar meios para que os estudantes possam tomar consci ncia de seu papel no contexto social em que est o imersos 4 3 3 Alfabetiza o Cient fica Cultural Nesta se o pretendemos analisar se o desenvolvimento da inser o did tico pedag gica perturbou as concep es dos estudantes sobre a natureza do conhecimento cient fico de modo a inferir se esta proposta contribuiu para que percebessem a ci ncia como uma atividade essencialmente humana cujas implica es pol ticas sociais e econ micas influenciam em seu processo de constru o e desenvolvimento Este aspecto destacado por Bocheco 2011
398. ontra se ao alcance dos dedos e basta um leve clique no mouse para descobrir por exemplo f rmulas rea es e usos para qualquer subst ncia qu mica ou processo industrial publicado o argumento de que necess rio ir para a escola apenas para adquirir conhecimentos j n o se sustenta Por outro lado um imagin rio social marcado por uma racionalidade cient fica amplamente divulgada pelos meios de comunicac o e informac o que atribui novos significados e sentidos realidade requer uma postura mais cr tica e questionadora para o modo como a ci ncia interfere nos v rios aspectos do nosso viver 149 Essa conjuntura implica em uma perspectiva educacional que se afaste da mera reproduc o de saberes e que se preocupe em propiciar meios para que os estudantes percebam o conhecimento cient fico como parte importante de suas vidas Em outras palavras o conhecimento cient fico precisa ser encarado n o apenas em func o de sua utilidade cotidiana de seus c digos e linguagem espec ficos ou de seu potencial para entendimento das relac es da tecnoci ncia com a sociedade mas como parte da diversidade cultural que caracteriza o tempo em que vivemos Sabemos que o processo de formac o de cultura acontece tanto em ambientes formais quanto informais de modo espont neo e cont nuo No entanto acreditamos que tamb m papel da escola auxiliar os estudantes a perceberem a ci ncia como mais uma dentre as pr ticas culturais socialmen
399. or meio da an lise e discuss o desses experimentos Os experimentos descritos abaixo foram realizados em sala sob a orienta o do professor e seguem o roteiro proposto por Santos e M l 2010 1 Experimento Esta atividade pr tica realizada em equipes pelos alunos sob aux lio do professor objetivou investigar a influ ncia da temperatura na velocidade das rea es qu micas A experi ncia foi realizada com a inser o de tr s peda os similares de um comprimido efervescente em copos com gua Um dos copos foi preenchido com gua gelada outro com gua em temperatura ambiente e o ltimo com gua quente Ap s a realiza o do experimento os alunos reunidos em suas 125 equipes realizaram a an lise da pr tica e responderam aos questionamentos propostos 2 Experimento Os alunos reunidos em equipes e auxiliados pelo professor investigaram a influ ncia da superf cie de contato dos reagentes na velocidade das rea es qu micas A experi ncia foi realizada com a inser o de dois peda os similares de um comprimido efervescente em copos com gua Um dos pedacos do comprimido foi triturado e o outro foi colocado inteiro em dois copos com gua e temperatura ambiente Ap s a realizac o do experimento os alunos reunidos em suas equipes discutiram os resultados obtidos a partir de quest es contidas no roteiro de aula Em seguida a discuss o foi ampliada para toda a turma para socializar as respostas dos estudantes e a
400. or meio da an lise uma experi ncia concreta em sala de aula propiciar elementos que possam contribuir para a introdu o de abordagens com Enfoque CTS no Ensino M dio CAP TULO 1 CI NCIA TECNOLOGIA SOCIEDADE E O ENSINO DE QU MICA Consideramos que a abordagem com Enfoque CTS no Ensino de Ci ncias tem como um dos objetivos a promoc o da alfabetizac o cient fica e tecnol gica dos estudantes possibilitando acesso s formas de pensar que o mundo contempor neo apresenta e ao mesmo tempo capacitando os a exercer sua cidadania assumindo uma postura cr tica em relac o ao papel da ci ncia e da tecnologia na sociedade em que vivem Em relac o especificamente ao Ensino de Qu mica na Educac o B sica defendemos que o mesmo precisa al m de desenvolver a compreens o de conceitos qu micos ampliar o seu entendimento para outras quest es de car ter social ambiental e tecnol gico uma vez que os avancos cient ficos e tecnol gicos repercutem diretamente na vida de todos A partir dessas considera es no presente cap tulo inicialmente apresentamos um primeiro olhar para o Ensino de Qu mica enfatizando as limita es de uma abordagem descontextualizada dos conceitos da disciplina e sinalizando caminhos para um ensino com foco em uma forma o cidad Em seguida discutimos conceito de alfabetiza o cient fica e tecnol gica relacionando as m ltiplas dimens es desse processo com as propostas de ensino pautadas nas
401. orar o conforto t rmico dos ambientes e que haviam outros tipos de aparelhos desenvolvidos especificamente para reduzir a polui o do ar interior Com o intuito de investigar o conhecimento pr vio dos alunos em rela o ao assunto perguntamos Voc sabe a diferen a entre um aparelho de climatiza o e um aparelho de purifica o do ar Os alunos responderam que n o sabiam a diferen a entre os dois aparelhos e tamb m que n o conheciam o princ pio de funcionamento de um equipamento de purifica o do ar A etapa de problematiza o inicial durou aproximadamente 2 minutos e percebemos que o assunto era novidade para a grande maioria dos alunos sen o para todos Seguindo o planejamento da aula pedimos aos alunos que se reunissem em duplas para fazer a leitura do texto de apoio e responder as perguntas propostas no roteiro do estudante Esta etapa caracterizou a sess o relativa organiza o do conhecimento Com algumas exce es a maior parte dos estudantes presentes leu o texto e se empenhou em responder s quest es propostas Durante a discuss o nas equipes percebemos que o texto de apoio motivou alguns alunos a relacionar as caracter sticas de equipamentos dom sticos como os aspiradores de p e os exaustores de cozinha com as propriedades de alguns aparelhos de purifica o de ar Notamos tamb m que a leitura auxiliou na interpreta o das quest es e que os alunos n o apresentaram dificuldades em responder as perguntas
402. orizasse a import ncia do conhecimento qu mico e que contemplasse as m ltiplas dimens es de um processo de ACT a partir da tem tica da QAI num primeiro momento selecionamos dentre os conte dos espec ficos da disciplina aqueles que possu am um maior potencial de articulac o com o tema Os conte dos escolhidos foram o estudo dos gases e a cin tica qu mica Esses assuntos s o normalmente abordados na segunda s rie do Ensino M dio e sua afinidade com a tem tica grande visto que a maioria das subst ncias respons veis 67 pela polui o do ar interior apresenta se no estado gasoso e sua transforma o envolve mecanismos que s o objeto de estudo da cin tica qu mica Cada pessoa inala em m dia 10 m de ar por dia e quando comparado com os cerca de dois quilogramas de alimentos s lidos e l quidos que cada indiv duo consome diariamente percebe se a import ncia do entendimento de caracter sticas inerentes ao estado gasoso TEIXEIRA 2010 O estudo da cin tica qu mica proporciona ao aluno o entendimento de diversos processos que est o presentes no seu cotidiano como por exemplo o uso de catalisadores nos ve culos ou os princ pios da conserva o dos alimentos Do mesmo modo o estudo da velocidade de uma reac o qu mica dos fatores que a determinam ou a modificam leva ao entendimento de mecanismos respons veis pela formac o de diversos poluentes atmosf ricos e interiores Devido a esses fatores defendemos
403. orma o de um anel esbranqui ado dentro do tubo A maior parte dos alunos acreditava que o anel branco era devido a maior concentra o dos gases naquele local e que isso impedia seu deslocamento Mesmo ap s termos explicado que os gases haviam reagido e que o anel se tratava de uma terceira subst ncia os alunos n o conseguiram representar a equa o qu mica relativa a rea o A etapa de organiza o do conhecimento durou aproximadamente 30 minutos e ao t rmino da resolu o das quest es propostas reunimos os alunos para discutir as atividades e retomar os questionamentos iniciais Esclarecemos que a representa o feita no primeiro exerc cio era conhecida como modelo de part culas e que um dos fatores que influenciava na velocidade de difus o gasosa era o valor da massa molecular da subst ncia Representamos a equa o qu mica relativa ao segundo experimento e salientamos a import ncia da linguagem cient fica e seus s mbolos Para a etapa de aplica o do conhecimento buscando retomar o primeiro experimento e seus questionamentos utilizamos como exemplo o vazamento do g s de cozinha para perguntar aos alunos se o cheiro e o g s eram coisas distintas Esta etapa durou aproximadamente 8 minutos Com a entrega da quest o resolvida 199 esclarecemos que o cheiro e o g s n o s o coisas distintas e que quando sentimos um odor significa que a subst ncia j chegou at n s Acreditamos que a aula transcorreu como esp
404. orte americana e europeia a mesma est superada e n o constitui um problema Os autores argumentam que ambas se complementam e coincidem ao explicitar a dimens o social da ci ncia e da tecnologia opondo a vis o anacr nica sobre a natureza da ci ncia como forma aut noma de conhecimento e da tecnologia como ci ncia aplicada contribuindo para desmistificar suas imagens tradicionais Em sua ess ncia o PLACTS defendia que as inova es tecnol gicas n o s o socialmente neutras e que os fatores econ micos pol ticos e sociais implicam no desenvolvimento de determinadas solu es em detrimento de outras Nesse sentido o PLACTS tamb m chamava a aten o para o fato de que a festejada importa o de tecnologia que se fazia poca de forma acr tica trazia nos artefatos uma s rie de caracter sticas culturais muitas vezes estranhas s culturas locais HERRERA 1995 37 Cerezo 2002 tamb m defende que n o h mais sentido em polarizar as discuss es CTS em torno de duas tradi es distintas e atualmente os estudos CTS constituem uma vasta diversidade de programas de colaborac o multidisciplinar que ao enfatizar a dimens o social da ci ncia e da tecnologia compartilham tr s aspectos a rejei o da imagem da ci ncia como atividade pura a cr tica da concep o da tecnologia como ci ncia aplicada e neutra e a condenac o da tecnocracia CEREZO 2002 p 9 O autor aponta que os estudos e programas C
405. ortunidade de ver um experimento de perto Isso foi muito interessante e divertido Finalmente estou gostando de qu mica e de seus conte dos D024 Novamente tivemos uma aula com total imers o ao experimento conduzido podendo observar uma ocorr ncia qu mica incomum de perto Como eu j havia ressaltado valorizo mais o experimento do que a especulac o desinteressada pois assim fica mais f cil levar os porqu s das ocorr ncias qu micas ao escrut nio cr tico DO25 Antes dessa experi ncia havia uma outra pequena experi ncia na qual dev amos representar em desenho o espalhamento de mol culas de g s pelo resto da sala Chegamos conclus o de que aprender com uma pr tica muito mais proveitoso para a aula D026 Eu gostei muito da aula e aprendi bastante tamb m Achei que a aula devia ser sempre assim Com experimentos um jeito interessante de chamar nossa aten o D028 Eu achei muito interessante e gostei muito Acho que o professor deveria fazer mais aulas assim com experi ncias DO29 Eu achei legal essa aula porque gosto de coisas que envolvem experi ncias pois uma coisa que n s nunca iriamos parar para raciocinar sobre essas coisas Quando fazemos esse tipo de aula aprendemos e descobrimos coisas novas D vontade de querer fazer mais experimentos para que possamos descobrir mais coisas que jamais descobrir amos S fazendo essas aulas mesmo muito legal a do bal o da manta aque
406. os ao estudo dos gases e cin tica qu mica a partir de uma s rie de par metros de alfabetiza o cient fica e tecnol gica Por fim destacamos a din mica das aulas e as estrat gias de ensino selecionadas para seu desenvolvimento 2 1 Uma Abordagem Tem tica com Enfoque CTS Para Delizoicov Angotti e Pernambuco 2002 o Ensino de Ci ncias na escola fundamental e m dia deve dentre outras fun es permitir que o aluno se aproprie da estrutura do conhecimento cient fico e de seu potencial explicativo e transformador Nessa perspectiva o trabalho docente deve ser estruturado por pr ticas pedag gicas condizentes com as necessidades de uma sociedade caracterizada pelas influ ncias do desenvolvimento cient fico e tecnol gico 54 No mbito escolar o estudo das intera es CTS possibilita uma interpreta o mais realista desse quadro social influenciado pelas tecnoci ncias Quando n o s o introduzidas tais interac es observa se que os estudantes desenvolvem uma vis o de ci ncia e tecnologia que deslocada do mundo no qual eles vivem e que deste modo pouco contribui para desenvolver o conhecimento sobre as rela es m tuas entre ci ncia tecnologia e os ambientes naturais e sociais nos quais eles est o inseridos SOLBES VILCHES 1997 No tocante implementac o do Enfoque CTS na Educac o B sica v rias propostas educacionais para o Ensino de Ci ncias preconizam uma nova organiza o dos conte dos esc
407. os estudantes e analisar os experimentos Neste momento apresentamos alguns elementos da Teoria Cin tica dos Gases mediante o modelo de part culas corrigindo eventuais lacunas na representac o dos desenhos referentes aos experimentos e nas respostas s quest es propostas para sua compreens o N o houve dificuldades para a realizac o dos experimentos ou para as representa es dos modelos propostos As maiores d vidas surgiram durante a manipula o das equa es matem ticas associadas aos modelos Conforme destacamos em nosso di rio N o houve dificuldades na representac o das mol culas segundo o modelo de part culas e alguns alunos comentaram que se tratava de uma no o intuitiva Percebemos que os maiores problemas encontrados para a resolu o das atividades ocorreram nas atividades que relacionavam a varia o da densidade dos gases em fun o da altera o de sua massa e volume Os alunos demonstraram dificuldades em manipular a equa o matem tica que representa a densidade e compreender as rela es de proporcionalidade envolvidas P03 Apesar das dificuldades encontradas os estudantes ao analisar o desenvolvimento da aula enfatizaram em seus di rios a import ncia da experimenta o nas aulas de Qu mica Eu achei legal essa aula porque gosto de coisas que envolvem experi ncia pois apresentam coisas que n s nunca parar amos para raciocinar e quando fazemos esse tipo de aula aprendemos e descobrimos
408. os gases 2 Normalmente quando uma part cula qualquer se choca com outra ela diminui sua velocidade Por que as part culas que formam os gases n o param visto que se chocam constantemente 3 Voc sabe o que uma transformac o isot rmica E uma transforma o isob rica ou isovolum trica Como o modelo de part culas explica essas transforma es Nesse primeiro momento os alunos apresentaram dificuldades para relacionar a compress o e difus o gasosa com o modelo discutido na aula anterior J em 110 relac o influ ncia da temperatura e da press o no comportamento dos gases houve associa o com a agita o molecular e com a for a dos choques das mol culas nas paredes de um recipiente Sobre as transforma es gasosas houve confus o com os termos endot rmico exot rmico e isot rmico Em relac o a esse assunto destacamos em nosso di rio Em relac o s transformag es gasosas questionamos o significado de uma transforma o isot rmica e um dos alunos argumentou que se tratava de uma transformac o que cede calor evidentemente confundindo transforma o isot rmica com uma rea o exot rmica aquela que libera calor Outro aluno discordou afirmando que uma rea o isot rmica seria aquela que mant m o calor Utilizou como justificativa a marca de um ve culo refrigerado que mant m a temperatura de sua carga constante Quando questionados sobre o significado de transforma es isob ricas e is
409. os grupos sociais ou m quinas financeiramente dispendiosas produzidas especificamente para diminuir a presenca humana nas f bricas WINNER 1986 Desse modo nem sempre os avan os tecnol gicos s o guiados pelos princ pios da efici ncia e da universalidade n o apresentam a mesma funcionalidade para todos e eventualmente s o desenhados com prop sitos diferentes daqueles assumidos pelos seus usu rios No terceiro relato apresentado o estudante argumenta que tudo vai ser e existir em func o da tecnologia e que a tecnologia vai chegar ao ponto de ningu m mais conseguir parar ela de crescer e se modificar D150 Esta concepc o designada de substantivista entende que a tecnologia aut noma e carregada de valores Segundo Feenberg 2002 o termo foi escolhido para descrever uma posi o que atribui valores substantivos tecnologia em contraste com as vis es do instrumentalismo e do determinismo que compreendem a tecnologia como intrinsecamente neutra Partindo da interpretac o desses valores o substantivismo entende que a tecnologia se constitui como uma amea a aos princ pios human sticos da sociedade moderna Ao contr rio do instrumentalismo e do determinismo o substantivismo entende a tecnologia como uma tend ncia para o controle e apesar de encontrar se intimamente relacionada com os valores sociais determina os de acordo com a racionalidade intr nseca dos seus pr prios valores O homem deixado de fora
410. os interdisciplinares en la universidad en la 192 educaci n y en la gesti n p blica Barcelona Anthropos 1990 WANG S ANG H M TADE M O Volatic organic compounds in indoor environment and photocatalytic oxidation State of the art Environment Internacional v 33 p 694 705 2007 WINNER L The whale and the reactor A search for limits in an age of high technology Chicago The University of Chicago Press 1986 YAGER R E Ed The science technology and society movement Washington National Science Teachers Association NSTA 1993 AP NDICE AP NDICE AP NDICE AP NDICE AP NDICE AP NDICE AP NDICE AP NDICE 1 ac c 4 5 6 7 8 AP NDICES TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 194 MODELO DE DI RIO DE BORDO DOS ESTUDANTES 195 DI RIOS DO PROFESSON iia dico ia 196 QUESTION RIO FINAL eeeeeeeeeeete terere tte theres 217 QUESTION RIO AVALIATIVO eene 218 PROPOSTA DID TICA O ESTUDO DOS GASES A CIN TICA QU MICA E A QUALIDADE DO AR INTERIOR 219 RELATOS DOS ESTUDANTES iot 286 UNIDADES DE SIGNIFICADO E CATEGORIAS 350 AP NDICE 1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado a Estudante Gostaria de comunicar que ser desenvolvido um projeto de pesquisa no decorrer do terceiro trimestre de 2013 para a realizac o do trabalho de dissertac o de Silvaney de Oliveira a
411. os para responderem individualmente uma quest o de an lise gr fica que relacionava a taxa de absente smo ao trabalho com os sintomas da SED Esta etapa durou aproximadamente 9 minutos e ap s a entrega da quest o resolvida pelos alunos reunimos novamente o grande grupo para discutir o exerc cio proposto Os alunos n o apresentaram dificuldades para responder corretamente quest o proposta A aula transcorreu como esperado e acreditamos que cumpriu seu papel de informar e conscientizar a respeito dos perigos encontrados nos edif cios doentes e nos ambientes climatizados DI RIO DE AULA 09 28 10 2013 A nona aula da unidade did tica teve como objetivos compreender as fun es utilidades e cuidados necess rios para utiliza o dos aparelhos dom sticos climatiza o do ar interior e estabelecer crit rios para aquisi o de um desses equipamentos A aula foi planejada para utilizar um texto de apoio e um v deo informativo indicados na proposta did tica Registramos o comparecimento de 16 alunos 84 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA A aula programada para durar 50 minutos iniciou cerca de 4 minutos depois do hor rio Houve a necessidade de mudan a de sala pouco antes do in cio da aula devido ao processo de reforma que ocorre na escola O deslocamento dos alunos e a remontagem do equipamento de multim dia resultaram no atraso para o in cio efetivo da aula Iniciamos a aula fazendo u
412. os pode influenciar em nossa qualidade de vida E n o h qualidade de vida sem ter o melhor do essencial QF 14 para saber se prevenir voc deve saber o que acontece e ent o tomar preven es j mudei v rios h bitos meus para melhorar a qualidade do ar interior QF15 353 As aulas expandiram meu conhecimento de forma significativa tanto que usei muito do que aprendi em debates com amigos QA03 Categorias definidas a priori Alfabetiza o Cient fica Cultural Unidades de Significado Categorias Intermedi rias O professor nos deu quatro caixas fechadas e a gente tinha que adivinhar ou chegar pr ximo ao objeto que estava dentro E nessa brincadeira podemos entender como um modelo cient fico estudado que nem sempre o modelo exatamente como n s vemos que ele se assemelha ao real E uma forma de entendermos como e poder estudar com maior facilidade e entendimento D067 A aula falava sobre o que seria um modelo cient fico e qual sua utilidade tipo uma prov vel representac o de algo que nem sempre igual ou parecido realidade E a utilidade representar algo que n o se pode ver ou muito pequeno para podermos saber D068 um modelo cient fico n o o modelo exato das coisas mas tem caracter sticas semelhantes e sempre pode estar mudando em algum detalhe Ele serve para explicar ou representar alguma teoria DO76
413. os produtos derivados mas por meio de sua presenca nas inovac es da medicina no aprimoramento de t cnicas produtivas nas melhorias da qualidade e tempo de vida das pessoas al m dos conhecimentos necess rios para embasar o debate e participac o em v rias guest es sociais ambientais e pol ticas Estes e v rios outros exemplos auxiliam a justificar a necessidade de pr ticas em sala de aula que favorecam uma melhor aprendizagem e estimulem o interesse pelo Ensino de Qu mica Segundo Santos e Schnetzler 2003 n o se pode ignorar que o objetivo da Educac o B sica o de assegurar ao indiv duo uma formac o capaz de habilitar sua participac o como cidad o na vida em sociedade Os autores argumentam que isso implica em um Ensino de Qu mica que apresente sentido para os estudantes no qual o foco n o pode ser o conhecimento cient fico em si mas o preparo para o exerc cio consciente da cidadania Nesse contexto acreditamos que uma nova atitude frente aos conte dos disciplinares por meio de uma abordagem com Enfoque CTS al m de oportunizar a formac o de cidad os conscientes e cr ticos uma das poss veis formas de resgatar o interesse dos estudantes pela Qu mica Entretanto defendemos que a efetiva implementac o de uma abordagem com Enfoque CTS n o se reduz somente a mudancas organizacionais e de conte do mas envolve tamb m a din mica das aulas Desse modo procuramos privilegiar durante as aulas atividades e pr tic
414. osofia da tecnologia Revista Filosofia Ci ncia 8 Vida S o Paulo ed 63 set 2011 Dispon vel em lt http filosofiacienciaevida uol com br ESFl Edicoes 63 artigo239056 1 asp Acesso em 11 01 2014 DAGNINO R As trajet rias dos estudos sobre ci ncia tecnologia e sociedade e da pol tica cient fica e tecnol gica na Ibero Am rica Alexandria v 1 n 2 p 3 36 2008 DELIZOICOV D Concepc o problematizadora para o ensino de ci ncias na educac o formal Dissertac o Mestrado em Ensino de Ci ncias Universidade de S o Paulo S o Paulo 1982 Ensino de F sica e a concepc o freiriana de educac o Revista de Ensino de F sica v 5 n 2 p 85 98 1983 Conhecimento tens es e transi es Tese Doutorado em Ensino de Ci ncias Universidade de S o Paulo S o Paulo 1991 DELIZOICOV D ANGOTTI J A F sica S o Paulo Cortez 1991 DELIZOICOV D ANGOTTI J A PERNAMBUCO M M Ensino de Ci ncias fundamentos e m todos S o Paulo Cortez 2002 DREWS F Abordagem de tem ticas ambientais no ensino de qu mica um olhar sobre textos destinados ao professor da escola b sica Disserta o Mestrado em Educa o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2011 DRIVER R et al Construindo conhecimento cient fico na sala de aula Tradu o de MORTIMER E Qu mica Nova na Escola n 9 p 31 40 1999 EPA United States Environmental Protection
415. ow how De igual modo fazer um c lculo ou tocar um instrumento implica o dom nio de t cnicas Um vestido confeccionado por uma modista ou uma cadeira fabricada por um marceneiro s o objetos t cnicos Na utiliza o de tais objetos ou na execu o de atividades t cnicas n o precisamos ser conscientes do conhecimento exigido pela sua fabrica o ou inven o e o seu aperfei oamento pode reduzir se estrat gia de ensaio e erro No entanto a melhoria ou at a repara o de objetos t cnicos requer certo grau de pensamento abstrato Quando ele parcialmente cient fico e a inova o t cnica sistem tica fala se em tecnologia Hoje em dia a imensa maioria dos objetos com que lidamos e que consumimos s o produtos de atividades tecnol gicas As mais diversas atividades s o agora tecnol gicas Administra o Arquitetura Medicina Agronomia Pedagogia Esporte Vivemos mediante sistemas tecnol gicos s o principalmente not rios os de transporte e comunica o pensamos e valoramos cada vez mais em fun o de categorias tecnol gicas A mentalidade e a atitude tecnol gicas s o f ceis de advertir bastando reparar no uso cada vez mais disseminado de express es como programar se para tal ou qual coisa na avidez com que optamos por dispositivos que facilitem a nossa vida na expectativa de que aparelhos e servi os sejam eficientes As vantagens trazidas pela tecnologia s o evidentes muitas atividades se tornaram ma
416. p que utilizam filtros do tipo HEPA Vimos que eles podem ser considerados aparelhos de purifica o pois quando s o utilizados na limpeza da casa sugam toda a sujeira e seguram dentro deles Diferente das vassouras que s levantam a poeira e depois de alguns minutos o p cai tudo de novo no ch o D146 Sim pois a partir disso vamos saber qual o aparelho eletr nico adequado para n s e suas fun es Aprendemos a como entender suas especifica es t cnicas tornando melhor e mais segura a sua manuten o QF06 Categorias definidas a priori Alfabetiza o Tecnol gica C vica Unidades de Significado Antes de sairmos comprando qualquer um aparelho de climatiza o temos que verificar o tamanho do ambiente o seu isolamento a sua exposi o ao sol ou a sombra e o n mero de pessoas que ir o frequentar o ambiente E tem uma coisa muito importante tamb m verificar se h mais algum eletr nico no ambiente D122 Nessa aula eu aprendi a import ncia de utilizar um aparelho desses e quais os crit rios que devemos ter quando formos escolher um para comprar D127 Nessa aula falamos sobre os aparelhos de climatiza o ar condicionado aquecedores umidificadores e vaporizadores Discutimos um pouco sobre os crit rios para a compra de um desses aparelhos pois esses aparelhos se usados de maneira errada podem acabar prejudicando a sa de D133 antes eu n o sabia como
417. p e que as part culas do g s se movimentam livremente distribuindo se uniformemente e preenchendo todo espaco dispon vel Dessa forma as part culas que estavam no kitasato passaram a ter espaco tamb m dentro da seringa No caso do aquecimento do erlenmeyer com o bal o de l tex percebemos que o aumento da temperatura provoca um aumento da energia cin tica das part culas do ar ocasionando maior movimentac o e consequentemente aumentando o espaco entre elas Como as part culas est o em constante movimento e a energia cin tica diretamente proporcional temperatura mesmo a temperaturas muito baixas elas possuem energia cin tica pois essas temperaturas s o diferentes do chamado zero absoluto o zero kelvin K Apenas no zero dessa escala equivalente a 273 C cessaria todo o movimento das part culas Quando as part culas de um g s colidem com as paredes de um recipiente cada uma delas exerce uma forca na parede A forca total exercida na parede do recipiente por unidade de rea representa press o de um g s e est portanto relacionada com a frequ ncia das colis es Podemos sistematizar esse modelo que conhecido como modelo cin tico molecular modelo de part culas ou teoria cin tica dos gases dizendo que e os materiais gasosos s o constitu dos por part culas infinitamente pequenas que se movimentam continuamente no espa o vazio por possu rem energia cin tica e os choques entre as mol culas ou c
418. pa 4 CO 3H pio CH OH H O s ntese do metanol Ah 1 heterog nea Etapa5 CHOH CO CH CO H carbonilac o do metanol Ah 1 homog nea Etapa 6 CH CO CH CO CH CO O s ntese do anidrido ac tico E homog nea As rea es acima enunciadas mostram que o mon xido de carbono pode ser uma mat ria prima b sica muito til para a ind stria ao mesmo tempo que mostram a import ncia do uso da cat lise Catalisadores s o parte essencial da ind stria qu mica e na realidade seu uso est ficando cada vez mais disseminado seja no preparo de simples produtos petroqu micos como aqui descrito seja na forma o precisa de mol culas mais complicadas como aquelas de subst ncias usadas como rem dios FONTE EVANS J Mon xido de carbono mais do que um g s letal Tradu o de ROCHA FILHO R C Qu mica Nova na Escola S o Paulo n 9 mai 1999 QUEST ES PARA AN LISE E REFLEX O 1 Os catalisadores s o subst ncias que atuam nas rea es qu micas proporcionando um caminho alternativo que apresenta uma barreira de energia de ativa o mais baixa Assim com menor energia de ativa o as rea es qu micas ocorrem mais rapidamente Com base na leitura do texto de apoio cite outras vantagens da utiliza o de catalisadores nas rea es qu micas Rea es qu micas ocorrem geralmente como resultado de colis es entre part culas reagentes Toda rea o requer um certo m nimo de energia denominad
419. para comentar a resolu o da pergunta e sintetizar a proposta do modelo de part culas para os estados f sicos s lido l quido e gasoso corrigindo eventuais lacunas de entendimento Houve problemas em rela o ao tempo de aula visto que ocupamos parte do hor rio destinado para a pr ximo professor aproximadamente uns 5 minutos durante a discuss o da quest o relativa a aplica o do conhecimento Apesar dos problemas ocasionados pelo barulho e pela agita o da turma acreditamos que a aula transcorreu como planejado Cabe ressaltar a necessidade da 203 utiliza o de recursos alternativos para a exemplifica o das inter rela es entre as vari veis de estado e as transforma es gasosas DI RIO DE AULA 05 10 10 2013 A quinta da aula da unidade did tica intitulada Modelos cient ficos teve como objetivo principal ampliar a vis o do conceito de modelos cient ficos O estudo foi realizado atrav s de um experimento denominado din mica das caixas pretas Nesta aula registramos o comparecimento de 20 alunos 100 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA A aula iniciou e terminou dentro do per odo previsto 50 minutos Os alunos estavam tranquilos sem a agita o demonstrada na aula anterior e a turma se mostrou bastante receptiva Os ru dos da constru o estavam concentrados no segundo bloco do pr dio e n o atrapalharam o andamento das atividades Nesta aula utilizamos um
420. para sua compreens o No entanto tradicionalmente o ensino dos gases e a cin tica qu mica s o enfocados separadamente A correlac o entre os dois assuntos feita quando isso ocorre em situa es pontuais ou atrav s da retomada de alguns conceitos em momentos bastante espec ficos 68 Tendo essa preocupac o em mente atrav s das hip teses do modelo de part culas iniciamos o estudo dos gases e de modo a ampliar as aplicac es do conceito tamb m abordamos os fatores que interferem na velocidade das reac es a fim de introduzir os princ pios da cin tica qu mica e relacionar os dois conte dos atrav s da tem tica Por outro lado independente do referencial te rico que balize a sua construc o a literatura aponta para a necessidade de crit rios para orientar a escolha de temas e conte dos que comp em o programa escolar organizado a partir do Enfoque CTS BOCHECO 2011 STRIEDER 2008 2012 Para Santos e Mortimer 2002 a aus ncia de crit rios previamente estabelecidos ou a falta de clareza sobre os mesmos pode contribuir para mascarar curr culos algo como dourar a p lula introduzindo algum fator de motiva o com o objetivo de disfar ar a abstra o excessiva do ensino tradicional Segundo os autores Isso se diferencia do modismo do assim chamado ensino do cotidiano que se limita a nomear cientificamente as diferentes esp cies de animais e vegetais os produtos qu micos de uso di rio e os proces
421. peratura e press o cont m o mesmo n mero de constituintes ou seja o mesmo n mero de mol culas Com bases em seus estudos percebeu se que a constante anterior k est relacionada com a quantidade de mat ria que pode ser representada por n Substituindo k por n R na equa o anterior chegamos conhecida equa o geral dos gases em que R denominada constante dos gases P V n R T A letra n o s mbolo de quantidade de mat ria uma grandeza que nos permite saber quantas mol culas existem em certa massa de subst ncia A equa o geral dos gases fundamental na Qu mica pois nos possibilita fazer diversas previs es sobre o comportamento dos gases por meio do conhecimento de algumas propriedades Essas previs es s o v lidas levando se me conta algumas condi es Por isso essa equa o tamb m conhecida como equa o do g s ideal 254 e GASES REAIS E GASES IDEAIS O estabelecimento da equac o geral dos gases partiu de uma pr condic o b sica a de que as leis dos gases s o v lidas em todas as condi es de temperatura press o e volume Mas ser que s o mesmo N o exatamente Mais tarde descobriu se que a equa o apresenta algumas restri es Ela descreve muito bem o comportamento dos gases quando est o submetidos a baixas press es press es menores que 100000 Pa e a elevadas temperaturas bem superiores temperatura de condensa o do g s Nessas condi es as mol culas dos gases
422. produzem o ar poluente D003 Aprendi nessa aula que n o s o ambiente aberto que tem polui o Dentro de casa tamb m tem e nem imaginava que isso era poss vel que os produtos ou mesmo os aparelhos dom sticos podem poluir a casa D004 N s aprendemos que tem muitas coisas em nossa casa que fazem mal sa de como por exemplo os produtos de limpeza computador inseticidas e etc Eu quando limpava a casa tinha o costume de misturar os produtos de limpeza tais como desinfetantes gua sanit ria lcool e etc mas agora n o fa o mais porque aprendi que faz mal a minha sa de Antes de aprender sobre a Polui o do Ar Interior PAI eu achava que o interior da casa era mais saud vel que o ar exterior mas n o porque no interior de nossa casa tem muitas poeiras mofos pesticidas e n o bem ventilado J fora de casa no exterior o ar circula bem melhor D006 O ar para n s muito importante por isso temos que cuidar com os perigos em nossas casas Na aula de hoje foi falado sobre a qualidade do ar interior as reac es de cada produto e os tipos de males que podem fazer nossa sa de Essa aula foi muito importante porque tem alguns itens da tabela de poluentes interiores que eu n o sabia que poderiam fazer mal D007 Nessa aula discutimos sobre a polui o interna e esse era um assunto que n o tinha quase ou nenhum conhecimento Tamb m n o sabia que o ar interno em muitas das vezes
423. programas de ci ncias que se reclamam de CTS mas em que a rela o ci ncia tecnologia ainda muito afastada A tecnologia continua a aparecer por acr scimo apenas como um facilitador do entendimento das ci ncias Assim embora tais programas incorporem aplica es tecnol gicas e ilustra es da ci ncia em ac o a sua estrutura o continua a ter por base quase exclusivamente princ pios e conceitos cient ficos As achegas tecnol gicas incorporadas s o pontuais e servem apenas para ilustrar aplica es das ci ncias em situa es capazes de despoletar o interesse dos alunos SANTOS 2001 p 57 Abordagem CTS segundo essa nfase h uma valoriza o da tecnologia e sua utilidade pr tica para o desenvolvimento de conceitos cient ficos relacionados ao cotidiano Para Santos 2001 p 59 algumas propostas mais radicais defendem que a tecnologia deve constituir a primeira refer ncia nos curr culos CTS com base no argumento de que ela o motor da ci ncia A autora destaca que essas tend ncias em geral t m como prop sito capacitar o aluno para usar os conhecimentos tecnol gicos de maneira relevante fora do sistema educativo e estabelecer rela es com o trabalho Como ponto negativo salienta que ao supervalorizar a import ncia de artefatos ou dispositivos tecnol gicos pode criar uma falsa impress o de que existe uma depend ncia da ci ncia em rela o tecnologia Abordagem CTS nesse caso
424. quando uma part cula se choca com a outra ocorre naturalmente uma diminui o em sua de velocidade e como o estado gasoso se caracteriza por choques frequentes segundo o modelo de part culas perguntamos se eventualmente as mol culas n o parariam de se mover em fun o da perda de velocidade Os alunos responderam que n o pois as part culas seriam t o pequenas e leves por estarem no estado gasoso que os choques n o seriam suficientes para reduzir substancialmente a velocidade de suas mol culas Em rela o as transforma es gasosas questionamos o significado de uma transforma o isot rmica e um dos alunos argumentou que se tratava de uma transforma o que cede calor evidentemente confundindo transforma o isot rmica com uma rea o exot rmica aquela que libera calor Outro aluno discordou afirmando que uma rea o isot rmica seria aquela que mant m o calor Utilizou como justificativa a marca de um ve culo refrigerado que mant m a temperatura de sua carga constante Quando questionados sobre o significado de transforma es isob ricas e isoc ricas nenhum dos alunos respondeu Logo em seguida optamos por perguntar sobre uma transforma o isovolum trica informando se tratar de sin nimo para transforma o isoc rica e houve associa o com volume constante Desta 202 forma ap s cerca de 9 minutos finalizamos os questionamentos relativos a problematizac o inicial Com o t rmino dos questioname
425. que a compreens o dos aspectos cient ficos e tecnol gicos envolvidos no exame da QAI passa necessariamente pela an lise dos princ pios que norteiam o comportamento dos gases e os fatores que interferem na velocidade das reac es qu micas Contudo os alunos do Ensino M dio geralmente apresentam dificuldades na compreens o destes conceitos devido ao seu car ter emp rico e um tanto abstrato Seu entendimento envolve a interpretac o de dados experimentais e o reconhecimento do car ter din mico das part culas O aluno precisa transitar entre o mundo macrosc pico e o submicrosc pico exigindo uma compreens o mais ampla da natureza da mat ria MARTORANO 2012 No intuito de superar essas dificuldades e proporcionar uma integrac o entre os assuntos relacionados ao ensino dos gases e a cin tica qu mica no estudo em tela optamos por uma modelo similar a abordagem curricular em espiral SANTOS M L 2010 na qual a partir do tema introduz amos os conceitos cient ficos de Qu mica e a partir desses volt vamos ao tema utilizando o modelo de part culas como fio condutor entre os conceitos Segundo Mortimer e Machado 2011 o uso do modelo de part culas de fundamental import ncia para que os estudantes compreendam e interpretem muitos fen menos que ocorrem no mundo em que vivem Soma se a isso o fato de que este modelo apresenta uma estrutura b sica comum a diversos outros modelos mais sofisticados da Qu mica servindo como base
426. que h uma concord ncia sobre a import ncia da utilizac o de estrat gias que favorecam abordagens interativas como por exemplo os trabalhos em grupo a aprendizagem cooperativa as discuss es centradas nos estudantes as simula es o debate e as controv rsias Estrat gias que envolvam diretamente os estudantes que favorecam sua participac o Tendo em vista estas infer ncias optamos pela din mica dos 3MP DELIZOICOV 1982 1983 1991 DELIZOICOV ANGOTTI PERNAMBUCO 2002 para o desenvolvimento das aulas e pelos di rios de bordo como instrumento para sistematiza o dos assuntos estudados Estas escolhas oportunizaram aos estudantes participar diretamente da condu o das aulas e mesmo ap s as aulas durante a reda o de seus di rios de apresentar suas impress es das atividades e discuss es realizadas Acreditamos que a valoriza o da fala do aluno favorece seu aprendizado e tamb m os auxilia a adquirir seguran a para expressar se fora de sala de aula em outros ambientes sociais Defendemos que para a melhoria do processo ensino e aprendizagem fortemente influenciado pela intera o entre os sujeitos envolvidos precisamos romper com as pr ticas de simples transmiss o recep o memoriza o do conhecimento e atentar que professor e aluno desenvolvem conjuntamente as aulas Ao optar pela utiliza o de estrat gias que possibilitam o di logo em sala buscamos superar a passividade que os estudantes normalmente ap
427. que o m todo cientifico mesmo infaliver Quando algum cientista desenvolve uma pesquisa ele est apenas interessado em melhorar a vida das pessoas A ci ncia a express o da verdade A sociedade n o interfere nos caminhos da ci ncia Justifique sua resposta NOS LC o Oi DOC 4 D ILO o DN m One ma 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajudaram a ver a Qu mica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de as mat rias centificae Por quo NA di ODIT cc sa n a CO MU COS as DU D QIO iH O11 YO ANDO CA 05 o DO AMAS OA 9 DUALO gt E 3 loge pintura Je uala u quis de 1 no hoya rat ga him of his io querias a uiis N Jiu en ru SA Q A 3 ave Ha en duh q y x 4 Mo candido Ha 000 c em th t O OS KAOMA LA C cci taa Joda aim NO 7 NEXEXCC a aki ha an A a VOLAN 10 201 AMO ra A O de FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF12 348 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajudaram a ver a Qu mica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar es mat rias cientificas Por que FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF13 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajudaram a ver a Qu mica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar as mat rias cient ficas Por que el YUCA x mas A UC CALOMALA berr Me 5 As aulas deste trimestre ajudaram a compreender a utilidade dos equipamentos de cirnatiza o e
428. que o maior cuidado para a compra de um destes aparelhos seria atrav s da an lise do potencial de danos sa de enquanto outro alegou que este crit rio n o era v lido porque todos seriam potencialmente danosos e que devido aula anterior ele havia se conscientizado dos perigos relacionados perman ncia em ambientes com climatiza o artificial PO9 Para a organiza o do conhecimento o professor apresentamos um v deo sobre as diferen as entre os aparelhos port teis de climatiza o interior dura o 3 min 17 Dispon vel em lt http www youtube com watch v P6d5EXwqEUg gt Acesso em 06 ago 2013 120 Em seguida os alunos reunidos em duplas realizaram a leitura de um texto de apoio que apresentava e discutia os aparelhos dom sticos de climatizac o interior Ao t rmino das discuss es e conclus es das equipes foi organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Os alunos destacaram em seus di rios a import ncia de saber diferenci los conhecer suas fun es limita es e os poss veis usos para cada um dos equipamentos Na aula o professor passou um v deo sobre os tipos de climatizadores que devemos comprar para n o prejudicar a sa de e devemos ter muito cuidado ao escolher um Antes de sairmos comprando qualquer um temos que verificar o tamanho do ambiente o seu isolamento a sua exposic o ao sol ou a sombra e o n mero de pessoas que frequentam o a
429. r o ao cidad o em forma o conhecer as limita es dos conhecimentos cient ficos quando comparados com outras formas de saberes aproximando os estudantes deste componente da cultura humana evitando a vis o de que a ci ncia constitui se como uma verdade nica e acabada BOCHECO 2011 p 90 91 Em nossa proposta procuramos contemplar o potencial de alfabetiza o cient fica cultural ao discutir as limita es das explica es do modelo de part culas para interpretar a natureza da mat ria e ao analisar as diversas hip teses apresentadas em diferentes momentos hist ricos para a constru o da teoria cin tica dos gases Buscamos assim enfatizar o car ter transit rio das teorias e verdades difundidas pela ci ncia J para enfocar a dimens o cultural da alfabetiza o tecnol gica nos valemos de conceitos da filosofia da tecnologia pretendendo questionar a caracter stica quase descart vel dos dispositivos tecnol gicos atuais e a depend ncia que adquirimos 72 destes equipamentos Desse modo buscamos discutir a maneira sutil como a tecnologia interfere em nosso modo de vida Sutil no sentido de que n o percebemos as modificac es que ela introduz naturalizando sua influ ncia e poder de transforma o sem refletir sobre sua intencionalidade Segundo Winner 1986 esta situac o caracteriza uma esp cie de sonambulismo tecnol gico atrav s do qual nossos h bitos percepc es conceitos ideias de
430. r ticas sociais que usam tal linguagem Segundo Sasseron e Carvalho 2008 outros autores que usam a mesma express o justificam sua escolha apoiando se no significado do termo defendido por duas grandes pesquisadoras da Lingu stica Soares 1998 e Kleiman 1995 Soares 1998 define letramento como o resultado da ac o de ensinar ou aprender a ler e escrever estado ou condic o que adquire um grupo social ou um indiv duo como consequ ncia de ter se apropriado da escrita SOARES 1998 p 18 enquanto Kleiman 1995 ao ressaltar a complexidade do conceito adota sua definic o como sendo o conjunto de pr ticas sociais que usam a escrita enquanto sistema simb lico e enquanto tecnologia em contextos espec ficos para objetivos espec ficos KLEIMAN p 19 Assim segundo as autoras um indiv duo alfabetizado n o se torna um indiv duo letrado se a leitura e a escrita se restringirem apenas a uma func o t cnica No entanto neste estudo ser mantido o termo Alfabetizac o Cient fica e Tecnol gica amparados no conceito de alfabetizac o concebido por Paulo Freire no qual aponta para a necessidade do uso consciente das ferramentas da leitura e da escrita para caracterizar um cidad o alfabetizado Segundo Freire 1980 a alfabetiza o mais do que o simples dom nio psicol gico e mec nico de t cnicas de escrever e de ler E o dom nio dessas t cnicas em termos conscientes E entender o que se l e escr
431. r e talvez pode acabar sendo manipuladora de nossas mentes QF17 Categoria emergente Encaminhamentos Metodol gicos Categorias Unidades de Significado Docs Intermedi rias Por se tratar de um assunto que exige reflex o e discernimento referentes ao cotidiano a referida A Din mica das aula despertou um grau mais elevado de atenc o e ponderac o em toda a turma o tempo todo e de todos os modos Al m disso a aula foi produtiva por n o ter delongas e ao meu ver Aulas transformou uma aula de uma mat ria exata em uma palestra coletiva que atingiu v rios pontos sobre um assunto que nos cerca nos afeta mas que n s comumente n o damos muita import ncia durante a turbul ncia e a press o da vida D005 A aula foi muito interessante v rias pessoas participaram e deram suas opini es foi muito boa e participativa Na minha opini o eu gostei da aula pois foi uma aula interativa e fiquei sabendo de coisas que n o sabia D009 Na minha opini o as mat rias e os m todos est o sendo muito bem explicados sendo assim minhas d vidas est o sendo bem poucas ou quase nenhuma DO55 Eu gostei dessa aula foi uma coisa diferente Sempre tive curiosidade em saber como seria uma aula com coisas novas diferentes e essa aula foi uma dessas E legal de se fazer e d mais vontade de aprender Essa aula por exemplo deu a entender que o ar como uma caixa que n o se pode abrir para ver A gen
432. r ningu m S o as pessoas que as usam que s o as culpadas D151 Temos tecnologia presente no nosso dia a dia e n o temos controle sobre ela como se depend ssemos dela cada vez mais Fomos questionados sobre se realmente necessitamos dela E sim precisamos na maioria de nossas atividades E como se estivesse nos manipulando a todo momento e a verdade que n o h quem n o foi corrompido D152 Na minha opini o n s podemos seguir nossos caminhos sem a tecnologia e talvez consigamos decidir os caminhos da tecnologia D153 A tecnologia pode ser neutra como no caso das armas Elas n o disparam sozinhas n s que escolhemos us las ou n o como se diz armas n o matam pessoas pessoas matam pessoas D155 Podemos decidir os caminhos da tecnologia pois se n o gostarmos n o compramos e isso faz com que n s tenhamos a tecnologia a nosso gosto Tamb m acho que n o deveria existir tecnologias como as usadas com as armas bombas nucleares e outros tipos que s o usadas na guerra porque essas s t m o objetivo de matar ou ferir D156 A tecnologia boa depende de quem usa Por exemplo as armas t m prop sitos ruins mas tem gente que usa para defesa pr pria Igual internet ela foi criada para uma coisa espec fica mas ningu m usa com este prop sito hoje Tem gente que usa para coisas boas como para o trabalho e outras pessoas para fazer maldades D157 Vimos que a tecnol
433. r o conforto t rmico e a qualidade do ar que respiramos bem como na nfase da simbologia associada ao funcionamento desses equipamentos Para contemplar a an lise da dimens o c vica da ci ncia e da tecnologia enfocamos a necessidade de uma postura cr tica em relac o problem tica da OAI tanto ao questionar e exigir a qualidade do ar em ambientes climatizados p blicos ou privados quanto ao estabelecer crit rios para a aquisic o de um aparelho de ar condicionado Nessa categoria de ACT busca se oportunizar condi es para que os alunos possam discutir as implica es do desenvolvimento cient fico e tecnol gico na sociedade Para tanto importante estimular os alunos a reconhecerem a import ncia 11 Alguns aspiradores de p utilizam filtros do tipo HEPA High Efficiency Particulate Air Filters que em uma tradu o livre poder amos cham los de filtros de part culas de alta efici ncia O termo descreve os tipos de filtros projetados para capta o e reten o de part culas submicr micas normalmente micro organismos como caros fungos e bact rias Este filtro al m de reter estes micro organismos tem a fun o de inibir sua prolifera o uma vez que em sua composi o h um agente antimicrobiano 71 da tomada de decis o frente aos problemas sociais relacionados ci ncia e a tecnologia sejam eles locais ou globais Sobre esses aspectos Krasilchick e Marandino 2004 esclarecem que Preparar o
434. r qual o resultado de sua pesquisa sobre os fones de ouvido mas esse cientista conclui que o fone de ouvido n o faz mal ao ouvido s porque o cara que vende fones fez com ele conclu sse isso para poder vender mais fones E n o d para dizer que uma pesquisa verdade pois a pesquisa est mudando toda hora O tema foi legal eu achava que para ser um cientista tinha que ser louco n obcecado por pesquisas e que um cientista um sujeito bem diferente de pessoas normais Mas aprendi que como todas as pessoas normais os cientistas podem sim ser influenciados por parentes ou qualquer outra pessoa D081 A aplicac o do conhecimento se deu com um exerc cio que visava discutir as limita es das teorias cient ficas atrav s de uma reflex o sobre a Teoria da Evolu o Devido ao interesse e grande participac o dos alunos nas discuss es n o houve tempo para resolver a quest o proposta em sala e os alunos levaram a atividade para ser realizada em casa Articulac o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetiza o cient fica cultural por meio da an lise do conceito de modelo cient fico e das limita es das teorias cient ficas Aula 07 Equa o dos Gases Ideais Esta aula teve o objetivo de analisar as vari veis de estado dos gases a equa o geral de um g s ideal e as aproxima es necess rias para a constru o do modelo representativo para o comportamento dos gases O estu
435. ra de madeira aquecer o o sistema com uma manta el trica observando as altera es antes e depois do aquecimento Ap s realizarem esse procedimento os alunos devem propor um modelo explicativo a ser transcrito no roteiro do estudante atrav s de um desenho representando o sistema inicial antes do aquecimento e final depois do aquecimento Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes em rela o aos experimentos e s perguntas relacionadas no roteiro do estudante ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar os experimentos Neste momento o professor deve caracterizar a TCG atrav s do modelo de part culas corrigindo eventuais lacunas na representa o dos desenhos referentes aos experimentos e nas quest es propostas c Aplica o do conhecimento a aplica o do conhecimento se dar atrav s de um exerc cio que busca relacionar os efeitos da varia o da press o com uma situa o comumente enfrentada em nosso cotidiano ATIVIDADE PROPOSTA A varia o de press o tem grande influ ncia no comportamento dos gases Porque ficamos com os ouvidos tapados quando descemos a Serra do Mar Recursos did ticos Roteiro do estudante Experimentos realizados em sala Materiais a Primeiro experimento uma seringa descart vel sem agulha b Segundo experimento um kitasato uma seringa descart vel sem agulha uma mangueira de l tex para conectar a seringa ao ki
436. ra o Ensino de Qu mica 75 2 4 2 1 Recursos Audiovisuais ic osito ette pus ah rosas pa 76 24 2 2 Divulga o CISMA ete e pa 78 2 4 2 3 Experimenta o Problematizadora essere 80 CAP TULO 3 QUALIDADE DO AR INTERIOR CAMINHOS DA INVESTIGA O 85 3 1 A Metodologia de PESQUISA casas AAA AAA 85 3 2 Descri o do Contexto de Investiga o a realidade escolar 89 3 3 Instrumentos Utilizados para Constitui o de Dados 91 3 4 Metodologia para An lise dos Dados eese 93 CAP TULO 4 DO DISCURSO PR TICA RESULTADOS E REFLEX ES 98 4 1 A Pro posia Did tica isto fruta eio ar ote Rave ads 98 4 2 As Categorias de An llSG odo tton b AA A A 129 4 3 Categorias de Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica 132 4 3 1 Alfabetiza o Cient fica Pr tica sesenta 134 4 3 1 1 A Rela o do Tema com a Vida Cotidiana esses 134 4 3 1 2 A Utilidade Pr tica do Conhecimento Cient fico sss 137 4 3 2 Alfabetiza o Cient fica C vica essent 140 4 3 3 Alfabetiza o Cient fica Cultural rrenan 142 4 3 3 1 A Natureza da Ci ncia cuore 143 4 3 3 2 Novos Olhares para a Ci ncia
437. ragem de v rias maneiras grupos de pessoas que t m hist rias e interesses diversos Esses fatores interferem na maneira como o professor conduz seu trabalho na escola e afetam naturalmente o ensino e a aprendizagem apresentando um grande desafio ao entendimento das rela es que se estabelecem nestes locais MOREIRA CALEFFE 2006 No entanto apesar das dificuldades inerentes a especificidade desse tipo de investiga o poss vel esbo ar algumas de suas caracter sticas Bogdan e Biklen apud L dke e Andr 1996 apresentam cinco caracter sticas b sicas que configuram uma pesquisa qualitativa 1 A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento Segundo as autoras a pesquisa requer o contato direto e prolongado com o contexto em que est situado o fen meno de interesse sem a interven o intencional do pesquisador 2 Os dados constitu dos s o predominantemente descritivos Nessa pesquisa todos os dados obtidos do ambiente s o considerados importantes pois eles s o resultado de interpreta es de fen menos associados a um contexto e momento espec ficos As autoras destacam a riqueza de informa es obtidas nessa pesquisa as quais s o puramente descritivas descri o de acontecimentos pessoas situa es etc 3 A preocupa o com o processo muito maior do que com o produto Neste tipo de pesquisa observa se que a quest o a ser inves
438. ramenta indispens vel para a compreens o do mundo em que vivemos Abordar esses saberes vinculados a suas implicac es pr ticas sociais pol ticas filos ficas e culturais apresentam se como op es para uma educa o que promova o conhecimento e a cidadania Desse modo acredito que sejam v lidas as ac es em direc o a um processo de ensino preocupado com a ACT dos alunos ainda que sejam ac es pontuais Outrossim defendo que um ensino que objetive a formac o de cidad os n o pode ser pautado em uma vis o utilitarista da Qu mica ou em uma concep o neutra e determinista de ci ncia e tecnologia No primeiro caso em favor de uma suposta aproximac o dos conte dos disciplinares com a vida do estudante meramente apresentam se curiosidades em relac o aos poss veis usos cotidianos dos saberes abordados durante as aulas enquanto que no segundo caso tanto a ci ncia quanto a tecnologia s o apresentados como conhecimentos superiores que seguem suas pr prias regras Regras imut veis e dissociadas da realidade complexas demais para a compreens o de qualquer um que n o possua aptid o natural e treinamento especializado Na esteira dessas discuss es e na busca de agregar novos sentidos e significados aos saberes tradicionalmente abordados nas aulas de ci ncias apresentam se como alternativa as ramificac es educacionais de um movimento social surgido em meados do s culo passado o Movimento Ci ncia Tecnologia Sociedade CTS
439. re o professor e os alunos objetivando a construc o reconstruc o do conhecimento Caracterizam se por tr s etapas problematizac o inicial organiza o e aplica o do conhecimento Nesta aula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematizac o inicial A aula se iniciar atrav s da introduc o de alguns questionamentos 1 Voc sabe a diferenca entre um aparelho de ar condicionado um aquecedor um vaporizador e um umidificador 2 Como estabelecer crit rios para comprar um desses equipamentos Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e haver uma breve discuss o sobre o tema Organizac o do conhecimento Logo ap s o questionamento inicial os alunos assistir o um v deo sobre as diferencas entre os aparelhos port teis de climatizac o interior durac o 3 min A seguir os alunos reunidos em duplas realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da mediac o do professor construir o suas respostas relativas sess o Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discuss es e respectivas c 263 conclus es das eguipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Aplicac o do conhecimento a aplicac o do conhecimento se dar atrav s de uma atividade proposta pelo ENEM no ano de 2012 relacionada ao dimensionamento dos aparelhos de ar condicionado ATIVIDADE PROPOSTA Os ap
440. real e um g s ideal Os alunos tamb m n o apresentaram dificuldades no exerc cio de aplica o da equa o geral dos gases ideais e apresentaram facilidade na manipula o dos dados retirados de um gr fico de PxV e convers o de unidades Alguns alunos alegaram afinidade para os c lculos enquanto a maioria creditou seu sucesso resolu o de exerc cios semelhantes durante as aulas de F sica e Matem tica PO7 Em relac o diferenca entre um g s ideal e um g s real encontramos os seguintes relatos nos di rios dos estudantes Na verdade um g s ideal n o existe pois um g s inventado para idealizar como seria poss vel calcular a temperatura mediana de um g s A temperatura mais baixa que um g s real pode chegar O K zero absoluto e pelo que se sabe na ci ncia hoje em dia ainda n o foi poss vel chegar a esta temperatura mas se um g s a atingisse seu volume se anularia independente do g s mas isso n o acontece no mundo f sico D093 Gases ideais s o modelos representa es dos gases que existem no mundo real Como foi visto na aula sobre modelos praticamente imposs vel estabelecer um modelo que seja perfeitamente condizente com a realidade Modelos como os gases ideais s o perfeitamente mensur veis Como poss vel medir pesar um g s ideal E para isso que existe o modelo Gases se comportam de maneiras diferentes em certas temperaturas Por m h casos em que os gases reais se comporta
441. recorrente em diversos conte dos da Qu mica Os alunos n o apresentaram dificuldades para relacionar o decr scimo da temperatura com a diminui o das rea es de decomposi o dos alimentos Articula o com os par metros de ACT Esta aula apresenta potencial para alfabetiza o cient fica pr tica mediante a an lise dos fatores que alteram a rapidez das rea es sob a tica do modelo de part culas 126 Aula 13 A Cin tica das Reag es e o Modelo de Part culas Esta aula teve como objetivo abordar a cin tica qu mica atrav s da tica do modelo de part culas O estudo foi realizado mediante a an lise da influ ncia da concentrac o dos reagentes e dos catalisadores na rapidez de uma reac o Para esta aula mais uma vez nos valemos da an lise de dois experimentos para discutir os conceitos relativos a dois dos fatores que interferem na rapidez das rea es Descric o da aula A aula se iniciou atrav s da retomada da an lise dos dois experimentos realizados na aula anterior influ ncia da temperatura e da superf cie de contato na rapidez das rea es Esta retomada foi utilizada como estrat gia para a introduc o dos questionamentos relativos sess o de problematizac o inicial desta aula Existem outros fatores al m da temperatura e da superf cie de contato dos reagentes capazes de aumentar a rapidez de uma reac o Ainda segundo o di rio do professor os estudantes n o apresentaram nenhuma hip tese e a
442. recursos audiovisuais Ci ncia em Tela v 1 n 2 p 1 7 2008 RICARDO E C Compet ncias interdisciplinaridade e contextualizac o dos par metros curriculares nacionais a uma compreens o para o ensino das ci ncias Tese Doutorado em Educac o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2005 Educac o CTSA Obst culos e possibilidades para sua implementac o no contexto escolar Ci ncia amp Ensino v 1 n mero especial p 1 12 2007 RICHETTI G P A automedicac o como tema social no ensino de qu mica para o desenvolvimento da alfabetizac o cient fica e tecnol gica Dissertac o Mestrado em Educac o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2008 RICHETTI G P MILAR T PINHO ALVES J Uma an lise dos direcionamentos da abordagem de reac es qu mica em livros de ci ncias do ensino fundamental In VII Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ci ncias Florian polis 2009 ROCHA M Textos de divulgac o cient fica na sala de aula a vis o do professor de ci ncias Revista Augustus v 14 n 29 p 24 34 2010 SANTOS J C Avaliac o da qualidade do ar em jardins de inf ncia Dissertac o Mestrado em Engenharia de Seguranca e Higiene Ocupacionais Universidade do Porto Portugal 2010 SANTOS M E A cidadania na voz dos manuais escolares O que temos O que queremos Lisboa Livros Horizonte 2001
443. reram Os problemas com a Legionella j come am na identifica o complicada e prosseguem nas dificuldades de combat la A bact ria tem origem na terra mida e prolifera em gua estagnada No incidente da Filad lfia constatou se que ela veio da bacia das torres de resfriamento do sistema de ar condicionado que embora localizadas fora do edif cio estavam bem perto da tomada de ar exterior do ar condicionado Gra as a essa proximidade a tomada de ar aspirou o ar contaminado e levou o ao interior do hotel Estudos mostraram depois que a bact ria est presente em outros locais de edif cios onde existe gua morna estagnada Alguns exemplos bacias de banheiros bacias de umidifica o e sistemas assemelhados cisternas de distribui o de gua quente Foi a partir da que a Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria Anvisa rg o regulador do sistema de sa de brasileiro determinou que todos os pr dios climatizados artificialmente deveriam elaborar e manter um plano de manuten o e controle dos sistemas de ar condicionado A qualidade do ar interno tem dominado o debate sobre a sa de dos edif cios pois estudos indicaram que o funcionamento adequado do sistema de ventila o que remove ou dilui os poluentes associados SED soluciona cerca de 90 das queixas Quanto a isso importante observar que os sistemas de filtros dos aparelhos de ar condicionado s o em geral preparados para proteger mais o equip
444. resentam em uma abordagem tradicional e com isso al m de discutir os conceitos de uma forma diferenciada fazer dos alunos participantes ativos de todo o processo A valoriza o do di logo e do debate em sala fundamental para o sucesso de abordagens CTS pois a compreens o das rela es da ci ncia e da tecnologia com o contexto social envolve necessariamente a consci ncia da import ncia da participa o de cada um nesse processo Por fim al m dos aspectos destacados o desenvolvimento desta pesquisa nos trouxe outros questionamentos Estes questionamentos se relacionam especificamente aos desafios que se estabelecem aos professores para a inser o de discuss es e reflex es em sala de aula que sejam capazes de contemplar as especificidades dos conte dos disciplinares as intera es CTS e a realidade escolar vivenciada Para o professor optar ou n o por desenvolver abordagens com Enfoque 178 CTS envolve dentre outros fatores uma formac o que seja capaz de articular estes elementos A formac o inicial se configura em um obst culo dif cil de ser superado e que por isso n o pode ser ignorado Desse modo n o podemos deixar de salientar que para a implementac o de propostas educacionais que contemplem metodologias diferentes das tradicionais aulas expositivas necess rio antes de tudo oportunizar condi es para implement las Os professores precisam de tempo para planejar suas aulas de condi es para desenvo
445. respiram dentro de suas casas Para Santos 2010 um dos fatores que influencia o julgamento das pessoas quanto QAI e os seus efeitos sa de a natureza evidente da polui o do ar externo nos aspectos visuais e sensoriais em contraste com a caracter stica um tanto quanto invis vel da poluic o nos ambientes internos Atualmente apesar de t mida est havendo uma conscientizac o da imprensa no Brasil sobre a import ncia da QAI em locais n o industriais tais como escolas resid ncias edif cios p blicos e comerciais No tocante a legislac o em meados de 1996 o Governo Federal Brasileiro proibiu o fumo em lugares fechados de uso coletivo e em 1998 o Minist rio da Sa de atrav s da Secretaria Nacional de Vigil ncia Sanit ria aprovou um regulamento t cnico contendo medidas b sicas referentes aos procedimentos de limpeza e manutenc o dos sistemas de climatizac o e os padr es referenciais para a qualidade do ar de ambientes interiores BRASIL 1998 Devido ao seu car ter preventivo a publicac o foi considerada um marco importante na rea da sa de p blica pois a literatura aponta que a maioria dos problemas relacionados qualidade do ar de ambientes interiores se deve m conservac o dos sistemas de ventilac o mec nica e a baixa taxa de renovac o do ar SILVEIRA 2001 A regulamentac o foi complementada pela Resoluc o n 176 da Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria ANVISA BRASIL 2000 que
446. responder algumas perguntas QA11 A forma que as aulas foram realizadas foi muito boa porque logo no in cio da aula o professor nos fazia algumas perguntas sobre o conte do e isso nos fazia pensar em cada possibilidade de resposta Nas aulas antigas al m de n s alunos faltarmos bastantes a gente n o tinha o compromisso que a gente teve nessas aulas QA12 Eu participei bastante nas aulas na maioria das vezes eu conseguia explicar o conte do da aula com muita facilidade pois durante a explica o do professor eu procurava prestar bastante aten o para poder dar a minha opini o no decorrer da aula QA12 Houve bastante diferen a em rela o s aulas de qu mica do in cio do ano Como o assunto envolvia teoria cientifica parece ser mais f cil para abordar os assuntos dessa maneira Cada uma das aulas come ava com uma introdu o e se desenvolvia com experimentos pensamentos escrita etc E isso claro n o se parece com uma aula de ensino m dio se aproxima mais de uma aula acad mica As aulas foram sempre um terreno preparat rio para a aula seguinte e ap s o t rmino as ideias se organizavam automaticamente na cabe a Ao inv s de haver choques entre as ideias passadas nas aulas ocorre uma intera o m tua os assuntos se completam facilitando as conclus es e a fixa o As aulas seus demais exerc cios e di rios eram todas pe as de um quebra cabe as que s seria montado com todas elas
447. ria piorando medida que o dia avanca e desaparecendo quando o ocupante abandona o edif cio e A taxa de absente smo representada no gr fico relaciona as faltas semanais de um determinado grupo de trabalho associada a mudanca para um edif cio doente O gr fico demonstra que o n mero de fallas se manteve constante ap s a mudan a 8 10 258 Recursos did ticos Roteiro do estudante Trecho V deo Perigo no ar interno que respiramos Texto Edif cios doentes eles podem ser letais Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da participa o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Refer ncias ANVISA Resolu o n 9 16 de janeiro de 2003 Bras lia D O U 2003 ARAIA E Edif cios doentes eles podem ser letais Revista Planeta S o Paulo n 425 fev 2008 Se o Sa de Dispon vel em lt http revistaplaneta terra com br secao saude edificios doentes eles podem ser letais gt Acesso em 11 mai 2018 DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 GUSM O JR A M A epidemia da peste negra no s culo XIV MiniWebEduca o Dispon vel em lt http www miniweb com br historia art
448. riadas ao exerc cio do controle humano sobre ela Segundo Feenberg 2002 o desafio que se imp e a cada um de n s e a todos nesse processo de democratiza o da atividade tecnol gica o de propiciar meios para o aumento da participa o social nas decis es sobre sua produ o e desenvolvimento Ao longo desta subcategoria foram analisadas as produ es textuais dos estudantes relacionadas s suas concep es de tecnologia Perante a complexidade hist rica e filos fica que permeia cada uma das perspectivas discutidas nos limitamos a explorar suscintamente as bases te ricas que as amparam No processo de atribuir sentidos e procurar compreender as ideias fundamentais apresentadas nos relatos dos estudantes identificamos algumas concep es de tecnologia um tanto ing nuas e outras com certa dose de criticidade N o poderia ser diferente visto que um processo de alfabetiza o tecnol gica cultural n o acontece espontaneamente demanda tempo para a discuss o de uma s rie de pontos de vista divergentes e implica em reflex es sobre a natureza da atividade tecnol gica A tecnologia influencia profundamente nosso modo de vida e essas reflex es s o essenciais para que os estudantes consigam perceber a abrang ncia e as implica es dessa influ ncia Nesse sentido evidencia se a necessidade de pr ticas em sala de aula que oportunizem condi es para que os estudantes possam analisar os diferentes aspectos que caracterizam o con
449. rias fungos legionella Principais fontes Efeitos na sa de Sistemas de ventila o e ar condicionado Alergias rinite sinusite asma Infec es p len zonas midas do edif cio p los tuberculose pneumonia Irrita es nos olhos penas e excrementos de insetos nariz garganta e pele Dores de cabe a Febre ocupantes bact rias gua estagnada Fadiga e dores musculares Doen a do legionella e fungos legion rio Poluente NO Di xido de Nitrog nio Principais fontes Efeitos na sa de Processos de combust o aquecedores e Problemas respirat rios Irritac o nos olhos e fumo de tabaco garganta Tosse e cansa o Bronquite cr nica Poluente Benzeno Principais fontes Efeitos na sa de Produtos derivados da madeira tabaco C ncer Poluente Naftaleno Principais fontes Efeitos na sa de Fumo de tabaco naftalina Irrita o nos olhos e do sistema respirat rio Adaptado de Campos e Santos 2010 Embora seja mais eficaz prevenir os problemas de OAI utiliza o de produtos materiais e equipamentos pouco poluentes localiza o correta das entradas de ar nos edif cios proibi o de fumar nos espa os interiores correto dimensionamento dos sistemas de climatiza o do que resolv los muitas situa es requerem simples solu es como por exemplo altera es nos h bitos dos ocupantes substitui o de alguns materiais utilizados na decora o ou
450. rida proposta caracteriza se em uma abordagem tem tica com Enfoque CTS e foi constru da pela an lise do tema da Qualidade do Ar Interior QAI associada aos conte dos disciplinares relativos ao Estudo dos Gases e Cin tica Qu mica As aulas foram desenvolvidas segundo a din mica dos Tr s Momentos Pedag gicos 3MP e a proposta did tica foi estruturada por meio dos par metros sugeridos por Bocheco 2011 objetivando a articula o dos pressupostos te ricos da sigla com quatro categorias de Alfabetiza o Cient fica e tr s categorias de Alfabetiza o Tecnol gica A pesquisa teve cunho qualitativo e a constitui o de dados se deu a partir dos relatos de 20 estudantes de uma turma de segunda s rie do Ensino M dio em seus di rios de bordo grava es em udio das aulas di rios do professor e question rios de avalia o da proposta Para o tratamento dos dados foram utilizadas as contribui es da An lise Textual Discursiva ATD de Moraes e Galiazzi 2007 O processo de an lise forneceu subs dios para concluirmos que de fato esta abordagem contribuiu para a apropria o dos conceitos qu micos e apresentou ind cios de que as discuss es relacionadas tem tica e s intera es CTS propiciaram mudan as de percep o dos alunos em rela o natureza da ci ncia da tecnologia e da import ncia do contexto cient fico tecnol gico na sociedade atual A an lise dos dados constitu dos e as reflex es realizadas ao l
451. rio que o professor atente para abordar o conhecimento estudado a partir de um prisma distinto em relac o aos outros dois momentos pedag gicos De acordo com os autores 83 O professor pode apresentar um experimento que envolva a interpretac o a partir dos mesmos conceitos exigindo dessa forma que os alunos apliquem os conhecimentos desenvolvidos em um contexto diferente Tamb m h a possibilidade de descrever um procedimento experimental apresentando os resultados e solicitando aos estudantes explicac es FRANCISCO JUNIOR FERREIRA HARTWIG 2008 p 36 Assim ao associar uma postura investigativa com a din mica proposta pelos 3MP evidencia se a estreita relac o entre a teoria e a pr tica nas aulas de Qu mica bem como seu potencial para desenvolver conhecimentos e atitudes relacionados aos processos de reflex o e tomada de decis es imprescind veis para uma alfabetizac o cient fica e tecnol gica Outro ponto importante a considerar em relac o experimentac o o fato de que as escolas p blicas brasileiras enfrentam problemas de adequac o para suas aulas experimentais Segundo Benite e Benite 2009 as escolas sofrem com o alto custo de implantac o e manutenc o de laborat rios al m da necessidade de compra de materiais e reagentes que precisam frequentemente ser renovados ou substitu dos Os autores destacam que os empecilhos relacionados ao tamanho das turmas sua disposic o no ambiente e seu deslocamento
452. roposta no plano de aula como o terceiro momento pedag gico Al m disso propusemos aos alunos a resolu o de uma atividade que enfocava os riscos da manipula o e mistura de diferentes produtos de limpeza Como n o houve tempo para realiz la devido ao t rmino da aula pedimos aos alunos para que resolvessem a atividade em casa e entregassem na aula seguinte Acreditamos que a aula transcorreu como esperado e que os alunos compreenderam a relev ncia da tem tica Informamos a turma que cada aluno deveria produzir um relat rio sobre a aula e entregar na aula subsequente Indicamos o dia 26 09 2013 como data para entrega desta atividade e tamb m informamos que esta seria uma pr tica constante durante o desenvolvimento da unidade did tica DI RIO DE AULA 02 26 09 2013 A segunda aula da unidade did tica teve como objetivos caracterizar o princ pio da difus o gasosa e analisar as diferentes velocidades de deslocamento dos gases atrav s da tica do modelo de part culas A proposta foi constru da objetivanto uma reflex o sobre a difus o gasosa atrav s de dois experimentos pr ticos Registramos o comparecimento de 18 alunos 96 dos estudantes matriculados na turma RELATO DO PROFESSOR DA TURMA Para a realiza o desta aula solicitamos a dire o da escola a possibilidade de mudar a turma de sala Havia muito barulho no pavilh o em que a turma estava localizada devido a reforma que est sendo realizada concomitantemente co
453. rrigindo eventuais lacunas na representa o dos desenhos referentes a 1 Atividade Em rela o ao 1 Experimento o professor deve salientar que podem existir outros fatores al m da massa molecular respons veis por alterar a velocidade de difus o dos gases Aplica o do conhecimento a aplica o do conhecimento se dar atrav s de uma atividade que se destina a abordar a difus o gasosa atrav s de um vi s diferente daquele normalmente abordado Em geral os estudantes t m a falsa impress o de que o odor e a subst ncia s o coisas distintas ATIVIDADE 10 228 PROPOSTA No in cio da aula voc s sentiram o cheiro do perfume pouco tempo depois do vidro ter sido aberto Da mesma forma quando deixamos o g s de cozinha vazando sentimos o cheiro que nos alerta do perigo Nas duas situa es descritas acima quando sentimos um cheiro significa que o g s j se difundiu pelo ambiente ou o odor e o g s s o coisas distintas Recursos did ticos Roteiro do estudante Atividade e Experimento realizados em sala Materiais a Primeira atividade Frasco com perfume b Primeiro experimento tubo de vidro algod o cido clor drico am nia suporte para o tubo de vidro Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da participa o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma d
454. rtante de ser discutido e que ao mesmo tempo apresente o 176 potencial para envolver as reflexdes necess rias para a compreens o do papel que a ci ncia e a tecnologia representam na sociedade atual Desse modo acreditamos que a OAI uma tem tica bastante pertinente do que se espera de um tema capaz de potencializar as discuss es CTS por se tratar de um assunto presente no meio sociocultural dos estudantes e se caracterizar como uma entidade h brida que demanda conhecimentos imbrincados de ci ncia tecnologia e sociedade Para conhec la buscamos suporte na literatura estrangeira pois a despeito de sua abrang ncia e relev ncia social s o poucas as refer ncias na literatura nacional Durante esse processo constatamos que a QAI um assunto que envolve diretamente todas as pessoas uma vez que os h bitos da sociedade est o estreitamente ligados aos ambientes interiores Atualmente a maioria das pessoas passa boa parte de suas vidas em ambientes fechados tais como escolas resid ncias edif cios p blicos e comerciais trabalho transporte e at mesmo em locais de lazer justificando se a preocupac o com a qualidade do ar desses ambientes VERDELHOS 2011 Esses aspectos foram de fundamental import ncia para a introduc o de elementos problematizadores relacionados tem tica Elementos que se revelaram decisivos para que os alunos se sentissem motivados a participar das discuss es em sala Durante as aulas foi po
455. rtefatos derivados n o possuem intencionalidade intr nseca Assim como a posi o determinista o cumprimento dessas metas atingido pela m xima efici ncia dos dispositivos tecnol gicos Diferentemente dos deterministas os instrumentalistas acreditam nas pessoas sempre possuem controle dos des gnios da atividade tecnol gica Segundo Feenberg 2002 esta ideia justificada por dois argumentos 1 a tecnologia em si neutra por n o possuir qualquer tipo de rela o com os valores morais ou pol ticos que caracterizam qualquer contexto sociocultural e 2 a tecnologia universal por n o possuir nenhuma intencionalidade al m da m xima efici ncia que comprometa o seu car cter racional objetivo O primeiro argumento refutado pelos mesmos motivos apresentados anteriormente na cr tica realizada por Winner 1986 ao determinismo tecnol gico J em rela o ao segundo argumento o mesmo autor esclarece que o desenvolvimento de determinada tecnologia ou aparato nem sempre pautado pela objetividade ou pela racionalidade Independentemente da vontade daqueles que utilizam as solu es tecnol gicas alguns artefatos s o produzidos com fins espec ficos nem sempre expl citos para os usu rios e carregam consigo interesses sociais culturais pol ticos ou religiosos embutidos em seu projeto pontes constru das especificamente para 159 impedir a passagem de alguns tipos de ve culos dificultando o acesso de determinad
456. rticipa o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Refer ncias DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 MORTIMER E F MACHADO A H Qu mica volume 1 S o Paulo Scipione 2011 238 SANTOS W L P M L G S Coord Qu mica cidad materiais subst ncias constituintes qu mica ambiental e suas implicacdes sociais Volume 1 1 Ed S o Paulo Nova Gerac o 2010 239 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 04 Texto A Teoria Cin tica dos Gases Nosso modelo de representac o do estado gasoso parte da hip tese de que os gases s o formados por min sculas part culas de tamanho desprez vel que se movimentam aleatoriamente no espaco vazio Como as part culas est o em constante movimento e preenchem todo espa o dispon vel isso ajuda a explicar a capacidade de difus o dos gases J a capacidade de compress o e expans o dos gases como no caso da experi ncia da seringa cheia de ar facilmente compreendida levando se em considerac o que as part culas no estado gasoso est o bastante afastadas e considerando que n o h interac o entre elas De forma similar no caso da experi ncia do kitasato com a seringa nosso modelo su
457. s para a interpretac o das situac es cotidianas Assim o aluno pode perceber a necessidade de manter os alimentos perec veis conservados na geladeira ou os benef cios de utilizar um aspirador de p equipado com um filtro HEPA ao inv s de um aspirador tradicional Esta a dimens o de ACT que remete aplicac o imediata do conhecimento cient fico visto que apresenta os conte dos cl ssicos e os correlaciona com sua utilidade na vida cotidiana das pessoas Desse modo n o s o necess rias muitas alterac es na programac o curricular para introduzir a dimens o pr tica de alfabetizac o cient fica J em relac o alfabetizac o tecnol gica pr tica a articulac o n o se apresenta de modo t o direto O professor deve procurar concentrar sua an lise na utilidade dos aparatos seu princ pio de funcionamento e sua relac o com a tem tica Para abordar esta dimens o de alfabetizac o tecnol gica n o basta compreender cientificamente como funciona um equipamento com um filtro HEPA dimens o pr tica de alfabetizac o cient fica se a n o interac o do indiv duo com esta linguagem o impede de optar por um dispositivo com esta tecnologia Assim al m de discutirmos os filtros que auxiliam na purificac o do ar interior nosso foco para abordar essa dimens o de alfabetiza o tecnol gica se deu nas caracter sticas dos equipamentos port teis de climatizac o interior enfatizando suas vantagens e limitac es em incrementa
458. s Studies and Chemical Kinetics The classes have been developed through the dynamics of Three Pedagogical Moments 3PM and the didactic proposal was structured according to the parameters suggested by Bocheco 2011 aiming at the articulation of acronym theoretical assumptions with four categories of Scientific Literacy and three categories of Technological Literacy The research was qualitative approach and the data constitution took from the reports of 20 students in a class of second high school series in their logs audio recordings of classes daily teacher and bid evaluation questionnaires For the treatment of the data we used the contributions of Discursive Textual Analysis DTA of Moraes and Galiazzi 2007 The review process provided subsidies to conclude that in fact this approach contributed to the promotion of chemical concepts and presented evidence that the discussions related to themes and STS interactions have provided the students perception of changes in the nature of science technology and the importance of scientific and technological context in today s society The analysis of data made and discussions held throughout the research process also allow us to point out that to enhance the achievement of educational goals of STS proposals is necessary a clear theoretical framework that guides its construction selecting an appropriate theme and use different teaching strategies Keywords STS STL High School Chemistry teaching
459. s a decidir seus caminhos e fazer o uso da tecnologia em func o de seu objetivo melhorar a vida das pessoas Cabe a cada um de n s n o ser negligente Podemos definir tecnologia como tudo o que foi desenvolvido por m os humanas no decorrer da hist ria Discutir tecnologia discutir a ci ncia as constru es e tamb m os equipamentos e sua influ ncia na sociedade e tamb m na Terra QF14 Os relatos indicam que os estudantes perceberam que n o s o os objetos em si que definem a tecnologia Que esses artefatos s o apenas produtos da atividade tecnol gica resultados decorrentes de uma s rie de ac es humanas e n o humanas aspectos organizacionais t cnicos sociais e culturais que fazem com que os objetos se materializem e adquiram valor LINSINGEN 2007 Alguns alunos tamb m demonstram a compreens o de que a tecnologia envolve um grupo pr prio de estudos bastante heterog neo e distinto daqueles associados com a atividade cient fica Segundo a concepc o cl ssica cabe a ci ncia fornecer a fundamentac o te rica para a construc o tecnol gica Nesse esquema a ci ncia sempre antecede a tecnologia Por m tal distinc o bastante abstrata e s o v rios os exemplos na literatura que desmistificam esse posicionamento cl ssico reconhecendo que a tecnologia tamb m capaz de gerar ci ncia a tecnologia das lentes surgiu antes da ci ncia tica e Galileu n o imaginava como e por que funcionava o telesc pio que
460. s ao enfoque CTS no ensino de qu mica Revista ACTA Tecnol gica v 6 n 2 jul dez 2011 Dispon vel em lt http portaldeperiodicos ifma edu br index php actatecnologica article view 55 gt Acesso em 26 jun 2013 SOUZA CRUZ S M Aprendizagem centrada em eventos uma experi ncia com enfoque ci ncia tecnologia e sociedade no ensino fundamental Tese Doutorado Educac o Cient fica e Tecnol gica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2001 SOUZA CRUZ S M ZYLBERTAJN A O enfoque ci ncia tecnologia e sociedade CTS In Ensino de F sica conte do metodologia e epistemologia numa concep o integradora PIETROCOLA M org p 171 196 Ed UFSC Florian polis 2001 SPAETH K R Dont hold your breath personal exposures to volatile organic compounds and other toxins in indoor air and what s not being done about it Preventive Medicine n 31 p 631 637 2000 STERN A Air pollution the effects of air pollution v 2 3rd ed United Kingdom Academic Press Inc 1977 STRIEDER R B Abordagem CTS e ensino m dio espacos de articulac o Dissertac o Mestrado em Ensino de Ci ncias Universidade de S o Paulo S o Paulo 2008 Abordagens CTS na educac o cient fica no Brasil sentidos e Perspectivas Tese Doutorado em Ensino de Ci ncias Universidade de S o Paulo S o Paulo 2012 SUTIL N et al CTS e CTSA em peri dicos nacionais em ensino de Ci ncias F sica 2000 2007
461. s e capacidades humanas 157 TECNOLOGIA RELATOS um assunto que d muito pano para a manga porque existem v rios tipos de tecnologia para v rias situac es e usos mas a e tecnologia n o tem um certo ou um errado varia da forma de cada Neutra e aut noma um pensar e utilizar a tecnologia Praticamente tudo ao nosso DETERMINISMO redor tecnologia desde a luz de dentro de casa at as armas que os militares usam tem tecnologia para o bem como tamb m para o mal A tecnologia segue seus pr prios caminhos n s nos adaptamos a ela e somos influenciados por ela D149 Neutra e humanamente A tecnologia pode ser neutra como no caso das armas Elas n o controlada disparam sozinhas n s que escolhemos us las ou n o como se INSTRUMENT ALISMO diz armas n o matam pessoas pessoas matam pessoas D155 Carregada de valores e Existem muitas coisas que s o tecnologia e n o duvido que anos mais tarde tudo vai ser e existir em func o da tecnologia Na minha opini o a tecnologia vai chegar ao ponto de ningu m mais conseguir parar ela de crescer e se modificar D150 aut noma SUBSTANTIVISMO Podemos decidir os caminhos da tecnologia pois se n o Carregada de valores e gostarmos n o compramos e isso faz com que n s tenhamos a humanamente tecnologia a nosso gosto Tamb m acho que n o deveria existir controlada tecnologias como as usadas com as armas bombas nucleares e TEORIA CR TICA
462. s e epistemol gicos do investigador Tendo em vista as considera es apresentadas no pr ximo cap tulo faremos a an lise e discuss o dos dados constitu dos durante o desenvolvimento da pesquisa CAP TULO 4 DO DISCURSO A PR TICA RESULTADOS E REFLEX ES No presente cap tulo pretendemos apresentar uma an lise dos dados constitu das atrav s da reflex o sobre o processo referente s atividades discuss es te ricas e pr ticas experimentais realizadas nas aulas que compuseram o desenvolvimento da proposta did tica O Estudo dos Gases a Cin tica Qu mica e a Qualidade do Ar Interior Com esse intuito num primeiro momento faremos a descri o do desenvolvimento das atividades da proposta por meio dos relatos dos sujeitos envolvidos professor e estudantes e a partir de tais relatos teceremos algumas considera es em torno do processo Num segundo momento analisaremos os dados constitu dos durante a investiga o luz do referencial te rico da ATD de modo a inferir em que medida a abordagem contribuiu para a alfabetiza o cient fica e tecnol gica dos estudantes 4 1 A Proposta Did tica O objetivo principal desta se o consiste em apresentar uma leitura de todo o processo realizado na escola referente s atividades e aos encaminhamentos realizados nas aulas que compuseram o desenvolvimento de nossa interven o Conforme j dissemos o objetivo da pesquisa consiste em analisar quais os limites e potenciali
463. s em sala buscando a comprova o de uma teoria discutida anteriormente Nesta abordagem n o h espa o para a problematiza o ou discuss o dos resultados experimentais al m daqueles esperados e anunciados previamente pelo professor Ao eliminar a possibilidade do erro a experimenta o ilustrativa tamb m impede qualquer aprendizado que poderia surgir dessa constata o limitando seu potencial como promotora de reflex o para o aluno em favor de uma previsibilidade entediante Sobre este aspecto Guimar es 2009 argumenta que Quando o experimento realizado unicamente com a inten o de que os alunos obtenham os resultados esperados pelo professor n o h problema algum a ser resolvido e o aluno n o desafiado a testar suas pr prias hip teses ou encontrar inconsist ncia entre sua forma de explicar e a aceita cientificamente Ter apenas que constatar a teoria e desprezar as diverg ncias entre o que ele percebeu e o que acha que o professor espera que ele obtenha GUIMAR ES 2009 p 198 J em rela o experimenta o investigativa esta parte de uma l gica inversa ao da experi ncia demonstrativa sendo utilizada anteriormente a qualquer discuss o conceitual apresentada pelo professor Segundo Francisco Junior Ferreira e Hartwig 2008 p 34 a pr tica desenvolvida de modo investigativo se prop e a obter informa es que subsidiem a discuss o a reflex o as pondera es e as explica es de form
464. s gases ideais s o perfeitamente mensur veis Como poss vel medir pesar um g s real E para isso que existe o modelo Gases se comportam de maneiras diferentes em certas temperaturas Por m h casos em que os gases reais se comportam como postulado no modelo D106 o m todo cient fico pode ser fal vel j que n o h certeza de que pode ser comprovado ap s um experimento por exemplo A ci ncia n o tem total controle ou total certeza de que algo que os cientistas imaginam pode ser verdade a ci ncia n o a express o da verdade apenas a busca por ela ou a representa o do que talvez ela possa ser QF03 Acredito que os cientistas tentam fazer tudo para melhorar a vida das pessoas porque atrav s de pesquisas e experimentos um cientista pode fazer uma pessoa ficar melhor Por outro lado atrav s da ci ncia eles podem manipular as pessoas fazer com que elas fiquem dependentes de certos produtos QF04 n o devemos acreditar cem por cento na ci ncia porque nada pode ser testado em todos os tipos de pessoas e as pesquisas nem sempre s o verdadeiras pois s vezes s o s para influenciar na compra ou no uso do produto Alguns itens s o pesquisados pela ci ncia s vezes para manipular a opini o das pessoas que pretendem utiliz los Por exemplo se eu quero vender gua de coco mas o povo n o confia no meu produto eu pago para algum cientista fazer uma pesquisa sobre meu produ
465. s n s a diferen a que ele estudou sobre a ci ncia fez experimentos pesquisas Ele pode sim ter ajuda de outras pessoas e ser influenciado por elas em suas decis es D086 Acho que a sociedade interfere sim porque se um cientista for fazer um experimento ou algo assim e algu m falar n o faz isso coloca aquilo pega aquele esse n o com certeza vai estar interferindo QFO9 N o acho que a ci ncia seja neutra pois assim como tem pessoas que a usam de modo certo tem pessoas que usam para coisas erradas e que acabam prejudicando outras pessoas e a si mesmo eu sempre achei que a ci ncia explicava a verdade o fato de alguma coisa Toda vez que eu ouvia pessoas na televis o falando que alguma pesquisa foi realizada e que tal coisa fazia mal ou bem s pessoas eu n o questionava Eu achava que era tudo verdade e que se foram os cientistas que falaram eu n o posso fazer nada Mas n o com as aulas desse trimestre eu aprendi que nem toda pesquisa verdade e que se achamos que est errado devemos sim questionar bater o p e falarmos o que pensamos e n o aceitar tudo de cabe a baixa QF12 Os relatos selecionados indicam que a partir do desenvolvimento da proposta e das reflex es realizadas em sala os estudantes comecaram a perceber a figura do cientista como a de uma pessoa comum que assim como qualquer outro profissional enfrenta desafios encontra contradi es e sofre m ltiplas influ ncias em seu trabalho
466. s olhos dor de cabe a asma renite entre outras coisas QFO7 18 Devido grande quantidade de di rios e textos produzidos pelos alunos selecionamos alguns relatos significativos de cada categoria para discuss o neste cap tulo A totalidade dos relatos classificados unidades de significado em suas respectivas categorias encontra se dispon vel no APENDICE 8 19 Assim como no caso dos di rios de bordo na apresenta o dos fragmentos de textos relativos aos question rios produzidos pelos estudantes optou se por sua transcri o com pequenas corre es de reg ncia e de concord ncia verbal objetivando melhorar seu entendimento e interpreta o sem no entanto alterar o significado atribu do pelos alunos Os trechos originais dos question rios citados encontram se dispon veis no AP NDICE 7 136 Tamb m necess rio ter cuidado com a polui o interior pois ela nos prejudica muito mesmo usando ar condicionado Se voc n o limpar seu ar condicionado as doencas e os poluentes podem acabar prejudicando muito mais a sua sa de E n o s sobre a limpeza do aparelho que precisamos tomar cuidado com a maneira de us lo Se usarmos de maneira errada podemos poluir ainda mais o ar interior Tamb m precisamos tomar cuidados com produtos de limpeza pois o cheiro muito forte e muitas vezes faz mal sa de QF08 Com a compreens o dos perigos da polui o fica mais f cil de entender os riscos os agentes caus
467. s primeiros socorros e Mantenha os produtos de limpeza em locais absolutamente seguros fora do alcance de crian as 7 Recursos did ticos Roteiro do estudante Texto Qualidade do Ar Interior 8 Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da participa o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente 9 Refer ncias CAMPOS C SANTOS P Factores que determinam a qualidade do ar interior A Ramalh o Consultoria Porto Portugal Dispon vel em lt http www aramalhao com img_upload Factores que determinam a qualidade do ar interior Comunicacao pdf gt Acesso em 15 jun 2013 COSTA J M S Qualidade do Ar Interior e Conforto T rmico um estudo em espa os de estacionamento em Natal RN com tipologias arquitet nicas diferenciadas Disserta o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo Centro de Tecnologia Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal 2005 DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 EPA U S Environmental Protection Agency 2013 Publications and Resources Washington DC Dispon vel em lt http www epa gov iaq pubs index html Acesso em 12 jul 2013 MINIST RIO DA SA DE Secretaria de Ass
468. s propostas no roteiro do estudante relativas organiza o do conhecimento N o houve resist ncia a leitura do texto e os alunos demonstraram muito interesse nas quest es propostas Durante a resolu o das atividades constatamos que a vis o de ci ncia predominante entre os alunos era a tradicional que a encara como neutra objetiva e produtora de verdades Cabe ressaltar que apesar disso n o encontramos resist ncia s cr ticas ou aos argumentos utilizados para desconstruir esta vis o de ci ncia Devido grande participa o dos alunos nas discuss es em suas equipes e no grande grupo a etapa de organiza o do conhecimento durou aproximadamente 40 minutos e n o houve tempo para realizar a atividade proposta na sess o relativa aplica o do conhecimento Pedimos aos alunos para que resolvessem a atividade em casa e entregassem na aula seguinte Apesar disso acreditamos que a aula cumpriu seus objetivos e ficamos muito satisfeitos com o interesse demonstrado pelos alunos DI RIO DE AULA 07 21 10 2013 A s tima aula da unidade did tica intitulada Gases reais e gases ideais teve como objetivo principal compreender a equa o geral dos gases ideais e as principais diferen as entre um g s real e um g s ideal A aula foi programada para utilizar um texto de apoio indicado na proposta did tica e enfatizava a resolu o de exerc cios e 206 an lise gr fica Nesta aula registramos o comparecimento de 14 alunos
469. s relacionados n o deve ser entendida separadamente De maneira alguma as categorias de ACT est o isoladas umas das outras e o desenvolvimento de cada uma delas ter implica es diretas nas demais Assim como a capacidade de compreender as implica es cotidianas de fen menos naturais e a simbologia associada aos artefatos tecnol gicos auxiliar um 49 profissional ligado alguma carreira cient fica ou um cidad o quanto a sua responsabilidade social estas ltimas n o ser o satisfeitas de maneira c vica caso n o seja levado em considerac o a subjetividade inerente ao processo de construc o do conhecimento cient fico ou a influ ncia da tecnologia em nosso modo de vida Ou seja a composic o das categorias envolve tanto sua discuss o individual quanto sua an lise conjunta esse conjunto por meio de suas finalidades pr tica c vica cultural e profissional que proporciona a integrac o da ci ncia da tecnologia e seus desdobramentos sociais Integrac o que al m de valorizar todos os aspectos da sigla sem privilegiar ou ignorar nenhum de seus elementos tamb m ressalta as m ltiplas dimens es de um ensino com orientac o CTS Desse modo defendemos que a articulac o desses par metros com o Enfoque CTS oportuniza a construc o de uma proposta de ensino que possibilita aos alunos uma compreens o mais abrangente das relac es entre o conhecimento cient fico tecnol gico e a conjuntura social bem como a percep
470. senta potencial para alfabetiza o cient fica pr tica mediante a compreens o do modelo cient fico atualmente aceito para explicar a capacidade de dispers o dos gases 107 Aula 03 Construindo um Modelo para os Materiais Gasosos Esta aula objetivou construir um modelo para os materiais gasosos atrav s do modelo de part culas O estudo foi norteado por algumas experi ncias pr ticas que visavam apresentar as principais caracter sticas relacionadas Teoria Cin tica dos Gases Descric o da aula A aula teve in cio a partir do seguinte questionamento relativo problematizac o inicial Uma das caracter sticas dos gases a sua capacidade de difus o Sabemos que a massa molecular influencia na velocidade de difus o das subst ncias gasosas Quais outros fatores podem alterar o comportamento dos gases Os alunos apresentaram algumas hip teses como destacamos em nosso di rio Inicialmente a nica hip tese apresentada foi a de que a press o atmosf rica seria um fator capaz de alterar o comportamento dos gases Como os alunos n o pareciam muito envolvidos insistimos no questionamento retomando o conceito de difus o gasosa relembrando o experimento realizado na aula anterior Depois disso surgiram as hip teses de que as correntes de ar e a temperatura tamb m influenciavam no comportamento dos gases P03 Depois dos alunos emitirem suas opini es foram propostos tr s experimentos para auxiliar na organiza o d
471. seus conhecimentos mas principalmente cria condi es para que os estudantes se apropriem criticamente dos saberes institu dos Especificamente em rela o aproxima o entre Freire e CTS Auler 2002 destaca que esta possibilidade ampara se na similaridade existente entre os objetivos de ambas Enquanto o Enfoque CTS busca a participa o e a democratiza o das decis es em temas sociais que envolvem ci ncia e tecnologia Freire defende que alfabetizar muito mais que ler palavras tamb m deve propiciar a leitura cr tica da realidade e sua transforma o Auler 2002 tamb m enfatiza que a leitura cr tica da sociedade defendida por Freire implica necessariamente no mbito da sociedade contempor nea em desenvolver compreens es sobre as intera es CTS por considerar que a din mica social atual est fortemente marcada pela presen a da ci ncia e da tecnologia Nas palavras do autor um avan o para al m de Freire tendo o como inspirador AULER 2002 p 23 Nesse sentido Nascimento e Lisingen 2006 argumentam que a articula o Freire e CTS apresenta ganhos para ambas as propostas Para o Enfoque CTS por lhe proporcionar uma base educacional s lida e coerente e para a pedagogia freireana por oportunizar a abordagem de temas de dimens o social pol tica e econ mica particularmente no mbito do ensino de ci ncias e tecnologias 58 Sob a perspectiva freireana articulada ao Enfoque CTS os conceitos
472. si o ou utiliza o de determinado aparato tecnol gico vital para uma educa o tecnol gica preocupada com a forma o de consumidores respons veis Longe de fomentar uma postura anti tecnol gica refor ando apenas as caracter sticas negativas da tecnologia e dos dispositivos associados trata se de incentivar os estudantes a adotarem uma atitude cr tica em rela o necessidade e s implica es do uso indiscriminado desses aparatos 4 3 7 Alfabetiza o Tecnol gica Cultural Nesta categoria analisamos se o desenvolvimento da inser o did tico pedag gica auxiliou os estudantes a estabelecerem uma concep o do que vem a ser a tecnologia de modo a inferir se a proposta contribuiu para que percebessem a atividade tecnol gica como decorrente de uma rede de rela es humanas com suas pr prias motiva es influ ncias valores contradi es e interesses Nesse sentido buscamos encontrar nas produ es textuais dos estudantes ind cios de que por meio das atividades e dos debates realizados em sala eles conseguiram se posicionar criticamente sobre a natureza da tecnologia e sua estreita rela o com o contexto social em que se insere Com este intuito inicialmente direcionamos a an lise no sentido de identificar nas falas dos alunos se houve diferencia o entre a atividade tecnol gica a atividade cient fica e o mero uso ou produ o de aparatos tecnol gicos Procuramos verificar ind cios de que a tecnol
473. so que existe o modelo Gases se comportam de maneiras diferentes em 144 certas temperaturas Por m h casos em que os gases reais se comportam como postulado no modelo D106 grifos nossos Podemos constatar pelos fragmentos destacados que as atividades e discuss es realizadas em sala auxiliaram os estudantes a perceberem que os modelos cient ficos n o s o c pias da realidade mas representacdes teis para a compreens o de determinados fen menos ou para a formulac o de teorias Nem sempre essas representa es apresentam correla o direta com fatos observ veis no mundo natural ou expressam fielmente algum fen meno ou evento Essa constata o importante para que os estudantes percebam algumas limita es intr nsecas natureza do trabalho cient fico Outro ponto importante a considerar sobre a transitoriedade e validade desses modelos e teorias destacados acima no di rio DO76 e presente tamb m em outros relatos Uma teoria cient fica nunca est acabada e as chamadas verdades cient ficas ou provado cientificamente algo aceito baseado nas pesquisas atuais Isso quer dizer que n o tem como os pesquisadores chegarem a uma resposta concreta Eles n o t m como testar em todas as pessoas do mundo para saber que determinado produto n o faz mal para ningu m D082 Em geral uma teoria cient fica baseada em informa es e observa es feitas por v rios outros cientistas que chegaram
474. soas Aula 09 Aparelhos de Climatizac o Interior Nesta aula foram discutidos os aparelhos de climatizac o interior Utilizamos um recurso audiovisual para apresentar e diferenciar os modelos de equipamentos dom sticos dispon veis venda para climatizac o do ar interior O estudo foi realizado por meio da an lise das caracter sticas de funcionamento e utilidades destes equipamentos Descric o da aula A problematizac o inicial se deu com os seguintes questionamentos 1 Voc sabe a diferenca entre um aparelho de ar condicionado um aquecedor um vaporizador e um umidificador 2 Como estabelecer crit rios para comprar um desses equipamentos Os alunos associaram a diferenca entre os equipamentos sua func o em aquecer ou resfriar os ambientes No caso espec fico dos aparelhos de ar condicionado argumentaram que estes possu am tanto a func o de aquecer quanto a de resfriar J em relac o aos vaporizadores e umidificadores um dos alunos ressaltou que eram utilizados para melhorar a qualidade do ar regulando o teor de umidade Sobre os crit rios a serem utilizados al m do valor para adquirir um equipamento de climatizac o houve respostas variadas Houve menc o a marca modelo do equipamento e n vel de ru do Al m disso a estac o do ano tamb m influenciaria na escolha de um aparelho de climatizac o no inverno seria adequado um aquecedor e no ver o um aparelho de ar condicionado Um dos alunos mencionou
475. sobre o assunto e o professor perguntava de outra forma Nosso pensamento mudava de opini o e a ele deixava a d vida e entregava os textos Ap s a leitura e a explicac o das perguntas v amos que nossa opini o estava certa ou errada Apesar da vergonha de falar em sala de aula at nisso me surpreendi Quando eu sabia de algo eu falava e nas experi ncias tamb m me dispunha a compartilhar meus entendimentos e minhas d vidas com as experi ncias Isso me motivou mais ainda a aprender QAO4 Interessante porque sempre come ava as aulas com umas perguntas bem dif ceis de responder e no decorrer das aulas nos descobr amos que n o era bem assim O professor ia explicando e n s v amos como era f cil QAO9 A forma que as aulas foram realizadas foi muito boa porque logo no in cio da aula o professor nos fazia algumas perguntas sobre o conte do e isso nos fazia pensar em cada possibilidade de resposta Nas aulas antigas al m de n s alunos faltarmos bastantes a gente n o tinha o compromisso que a gente teve nessas aulas QA12 Quando o estudante relata que o professor possibilitava aos alunos pensarem sobre o assunto antes de aprend lo QAO2 evidencia se a relevante contribui o que os conhecimentos pr vios dos alunos apresentam como elementos facilitadores da aprendizagem Como argumenta Muenchen 2010 do mesmo modo como as concep es alternativas dos alunos podem naturalmente servir como elementos de mot
476. sos f sicos envolvidos no funcionamento dos aparelhos eletroeletr nicos Um ensino que contemple apenas aspectos dessa natureza seria a nosso ver puramente enciclop dico favorecendo uma cultura de almanaque SANTOS MORTIMER 2002 p 7 Assim al m do cuidado de n o incorrer nas simplifica es apontadas pelos autores uma proposta de ensino com Enfoque CTS tamb m precisa evitar o desequil brio das classifica es propostas por Santos 2001 ao concentrar a abordagem de modo a valorizar apenas as implica es sociais em detrimento ao desenvolvimento de conhecimentos cient ficos e tecnol gicos ou enfocar tal abordagem considerando apenas conhecimentos espec ficos relacionados ci ncia ou tecnologia Segundo Bocheco 2011 necessita se pontuar didaticamente quais elementos dever o ser levados em considera o durante uma abordagem tem tica de modo que se possa cumprir os objetivos educacionais de uma abordagem com Enfoque CTS O autor tamb m destaca a import ncia de equilibrar e diferenciar os questionamentos relativos a cada um dos elementos da sigla ao se explorar um tema ou evento fica claro o equil brio que se deve ter em rela o a par metros oriundos de aspectos de uma alfabetiza o cient fica e de uma alfabetiza o tecnol gica Caso isso n o ocorra pode se inferir equivocadamente que as mencionadas 69 alfabetiza es dizem BOCHECO 2011 p 47 respeito aos mesmos questionamentos
477. speito da constru o do conhecimento cient fico Reflex es sobre os caminhos percorridos pela ci ncia ser o alvo da pr xima aula ATIVIDADE PROPOSTA Um modelo uma representa o da realidade que constru mos para nos ajudar a entend la Para possibilitar a constru o de um modelo cient fico precisamos de uma valida o experimental 243 ou podemos constru lo a partir de uma teoria Ou precisamos das duas coisas 7 Recursos did ticos Roteiro do estudante Experimento realizado em sala 8 Materiais Quatro caixas numeradas com conte do desconhecido pelos 10 alunos Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da participa o dos alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Refer ncias AULER D DELIZOICOV D Alfabetiza o cient fico tecnol gica para qu Ensaio Pesquisa em educa o em ci ncias v 3 n 1 2001 DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 MORTIMER E F MACHADO A H Qu mica ensino m dio S o Paulo Scipione 2010 ROCHA T U As contribui es da hist ria e filosofia da ci ncia para o ensino de f sica qu ntica na educa o b sica Disserta o Mestrado em E
478. squisador de modo consciente ou n o visto que ainda que se possa admitir o esfor o em p r entre par nteses essas teorias qualquer leitura implica ou exige algum tipo de teoria para poder concretizar se MORAES GALIAZZI 2007 p 16 ou seja praticamente imposs vel ler e interpretar sem teoria Como destacam os autores Se as teorias est o sempre presentes em qualquer leitura tamb m o estar o nas diferentes etapas da an lise Essas teorias podem ser impl citas ou expl citas O conhecimento das teorias que fundamentam uma pesquisa pode facilitar o processo da an lise textual Isso entretanto n o uma exig ncia uma vez que o pesquisador tamb m pode ter pretens es de construir teorias a partir do material que analisa N o significa que nesse caso n o haja teorias que o orientem mas o pesquisador exercita um esfor o de construir novas teorias a partir de elementos te ricos de seus interlocutores emp ricos manifestados por meio dos textos que analisam MORAES GALIAZZI 2007 p 15 Desse modo o pesquisador atribui significados para as produ es analisadas baseado em seus conhecimentos inten es e teorias Nesse processo surgem novas compreens es novos sentidos e significados que s o os objetivos da an lise Dessa fase de desconstru o emergem as unidades de an lise tamb m denominadas unidades de significado ou de sentido unitariza o que s o definidas em fun o dos prop sitos da pesquisa
479. ss vel perceber uma mudanca de postura dos estudantes em relac o aos assuntos abordados como se houvesse mudado a disciplina e o professor N o se tratava mais de Qu mica mas de outra mat ria que de alguma forma auxiliava os alunos a encontrar respostas para quest es que lhes apresentavam sentido e que precisavam ser respondidas Os conte dos da disciplina foram trabalhados concomitantemente com as discuss es relacionadas tem tica e assim como estas desenvolveram se naturalmente Este aspecto foi destacado pelos estudantes em suas produ es textuais quando um deles relata que n o se pareciam com aulas de Ensino M dio Ao reconhecer a import ncia da QAI para al m da sala de aula os alunos tamb m atribu ram valor para as outras atividades desenvolvidas estando elas relacionadas diretamente com a tem tica ou n o Nesse sentido conv m salientar o terceiro aspecto relevante sobre as abordagens com Enfoque CTS a necessidade da utiliza o de estrat gias de ensino diferenciadas Quando o estudante relata que as aulas n o se pareciam com aquelas com as quais estava habituado creditamos essa impress o import ncia atribu da s 177 discuss es relacionadas com a QAI bem como tamb m s diferentes estrat gias utilizadas para o desenvolvimento das aulas Apesar da literatura indicar que o ensino com Enfoque CTS n o apresenta m todos ou t cnicas de ensino considerados exclusivos Koepsel 2003 argumenta
480. ssa an lise nos desdobramentos dos estudos CTS no contexto educacional por ser o foco da presente pesquisa 1 3 2 O Movimento CTS e a Educac o Segundo Waks 1990 os crescentes problemas ambientais as quest es ticas relacionadas a aplica es da ci ncia e da tecnologia a qualidade de vida na sociedade industrializada a necessidade de participac o popular efetiva nas decis es 38 p blicas e o crescente temor em relac o aos excessos tecnol gicos propiciaram as condi es necess rias para o surgimento de propostas de ensino CTS Da mesma forma de acordo com Santos e Mortimer 2002 os estudos na rea da epistemologia da ci ncia que incorporam quest es relativas aos aspectos econ micos e pol ticos da ci ncia tamb m contribu ram para o aparecimento dessa nfase Aikenhead 2003 destaca que Jim Galegher em 1971 e Paul Hurd em 1975 est o dentre os primeiros a defender a necessidade de um ensino voltado para as rela es entre a ci ncia a tecnologia e a sociedade De acordo com o mesmo autor no final da d cada de 1970 e in cio de 1980 havia um consenso entre os educadores em ci ncias sobre a necessidade de um ensino que contemplasse essas rela es por m ainda existia uma grande variedade de pontos de vista e n o havia unanimidade sobre a designac o deste movimento Para Souza Cruz e Zylbersztajn 2001 o elevado grau de insatisfa o com relac o ao Ensino de Ci ncias tradicional e o interesse do meio
481. ssunto cient fico ao formular uma lei tamb m ajuda as pessoas a posicionarem se em rela o a quest es cient ficas socialmente relevantes O autor enfatiza que o processo de alfabetiza o cient fica c vica muito mais complexo e demorado do que o de alfabetiza o cient fica pr tica A ltima categoria proposta por Shen 1975 a alfabetiza o cient fica cultural aquela motivada pelo desejo de conhecer algo sobre a ci ncia como uma grande conquista humana Para este autor Quando um estudante ingressa em um curso de F sica para n o cientistas quando um artista l um artigo sobre DNA em uma revista 30 ou quando um advogado assiste a um programa de televis o sobre a Nebulosa do Caranguejo eles est o empenhados em aumentar sua alfabetiza o cient fica cultural Eles fazem isso com o mesmo esp rito em que um estudante de ci ncias estuda hist ria antiga um engenheiro l poesia ou um m dico encanta se com uma trag dia grega SHEN 1975 p 267 tradu o nossa Percebe se que esta categoria n o envolve a resolu o de situa es pr ticas diretamente mas auxilia a estreitar os la os da ci ncia com a cultura human stica Contudo apesar de n o possuir objetivos utilit rios a alfabetiza o cient fica cultural pode ser determinante para auxiliar a diminui o de supersti es e cren as que permeiam a sociedade bem como incentivar as pessoas a refletir sobre a hist ria e a filosofia da ci
482. stes equipamentos Por que Justifique sua resposta y A x y ACA AAA DA AAA Lodo A DOLL AA a y OOOO ra ri s A t Mercit D COT n AMOO OZ A a L4 a re rr f Or mm Iu p AA Y e m ISO Valida Ll e ECA A y lxxi d ZIP FALI e EV IU E ALBI WES LAE i AY i QUA ami gin Vito TL gt Um y Ci 222 Vo LAA f N Va 4 rri Ji Lo 1 3224 n 3 Ly x DD nA 1 ab OR JO LU Aca a Gn 4 s EE FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF07 2 Voc acredita que seja importante estudar a tem tica da Qualidade do Ar Interior Como a compreens o dos agentes e perigos da polui o interior pode auxiliar no seu dia a dia Existe alguma utilidade pr tica para os assuntos relativos ao tema Justifique sua resposta 346 4 Voc acredita que as aulas deste trimestre ajud ram a ver a Qu mica de um outro modo As aulas modificaram sua maneira de encarar as mat rias cient ficas Por que i A Q As O 4 i fe a Dom es j Cr MTO 03 DAMA i d ata a go E Oy MA ra QU CAPA 1 te eo LO AS a FRAGMENTO DO QUESTION RIO FINAL QF08 3 vis o tradicional da ci ncia a encara como express o da verdade Segundo esta vis o a ci ncia neutra e validada por um m todo infalivel o m todo cient fico Voc acredita que a ci ncia seja mesmo neutra Ser que o m todo cientifico mesmo infal vel Quando algum cientista desenvolve uma pesquisa ele est apenas interessado em melhorar a vida das pessoas A ci nc
483. strat gia did tica para organizar o trabalho em sala de aula os 3MP possuem uma abrang ncia maior e a literatura do Ensino de Ci ncias aponta diferentes formas para sua utiliza o Nesse sentido recomendamos a leitura dos trabalhos de Ferrari 2008 e Muenchen 2010 para maiores informac es 74 conhecimentos pr vios dos estudantes sobre a tem tica revelando seus conceitos intuitivos e motivando os a buscar novos conhecimentos que eles ainda n o possuem para se obter respostas para a problematizac o Nas palavras de Delizoicov e Angotti 1991 Mais do que simples motivac o para se introduzir um conte do espec fico a problematizac o inicial visa a ligac o deste conte do com situac es reais que os alunos conhecem e presenciam mas que n o conseguem interpretar completa ou corretamente porque provavelmente n o disp e de conhecimentos cient ficos suficientes DELIZOICOV ANGOTTI 1991 p 29 No segundo momento durante a organiza o do conhecimento s o trabalhados os conte dos necess rios para a solu o dos problemas levantados na problematiza o inicial Estabelecidos os questionamentos surge a necessidade de discutir em profundidade os conceitos cient ficos e nesta etapa a resolu o de problemas e exerc cios como os apresentados nos livros did ticos podem auxiliar na apropria o de conhecimentos espec ficos importante ressaltar que o professor n o deve se limitar a responder apenas as q
484. t ficas 151 Apesar da an lise das produc es textuais dos estudantes apresentar este nico relato que pode ser relacionado com a categoria de alfabetizac o cient fica profissional acreditamos que o desenvolvimento da inserc o did tica auxiliou de maneira direta ou indireta a realcar uma caracter stica vocacional pr existente 4 3 5 Alfabetizac o Tecnol gica Pr tica Conforme dito anteriormente uma proposta de ensino condizente com os objetivos e intencionalidade de um Enfoque CTS deve contemplar de modo equilibrado as rela es inter rela es e imbricamentos dos tr s elementos que comp em a sigla Com este intuito constru mos nossa proposta preestabelecendo uma s rie de par metros de alfabetizac o cient fica e de alfabetizac o tecnol gica Nas sec es anteriores concentramos nossa an lise nos quatro primeiros par metros relacionados alfabetizac o cient fica e a partir deste momento enfocaremos os tr s par metros restantes relativos alfabetizac o tecnol gica Esta primeira categoria de an lise busca identificar se os estudantes apresentaram em suas produc es textuais ind cios da apreens o de conhecimentos tecnol gicos b sicos e de utilidade imediata A alfabetizac o tecnol gica pr tica envolve tanto o entendimento do funcionamento de equipamentos quanto a compreens o de s mbolos e da linguagem tecnol gica presente em aparatos de uso cotidiano Essas habilidades s o fundamentais para a
485. tacam que especificamente no mbito do Ensino de Qu mica os v deos podem servir por exemplo para simular experi ncias perigosas de serem reproduzidas em laborat rio financeiramente dispendiosas ou at mesmo processos industriais aos quais os alunos normalmente n o t m acesso Do mesmo modo por meio de uma imagem podemos discutir a representa o da f rmula de uma mol cula complexa identificando as intera es entre os elementos que a comp e e ou refletindo sobre os alcances e limita es da teoria que ampara essa representa o Tamb m um v deo possibilita a reflex o sobre os perigos da manipula o incorreta de produtos agr colas ou sobre os riscos presentes em ambientes climatizados sem a devida manuten o S o v rias alternativas que se apresentam devido aos acervos de materiais audiovisuais did ticos de divulga o cient fica de filmes comerciais e de arquivos presentes na internet ou mesmo em fun o da facilidade de produ o de um v deo dom stico Apesar de configurar uma s rie de ganhos para a pr tica educativa a utiliza o dos recursos audiovisuais demanda alguns cuidados e determinados aspectos precisam ser considerados quando se pretende lan ar m o desses recursos Como advertem Vasconcelos e Le o 2010 A intera o que os alunos possam ter com o recurso vai depender de como a aula ser desenvolvida ap s a exibi o do mesmo quais impactos positivos ou negativos ser o criados nos alu
486. tamb m s o fatores determinantes para o reduzido n mero de aulas experimentais no Ensino de Qu mica Tendo em mente que a maioria das escolas p blicas n o possui estrutura reagentes ou equipamentos necess rios para a realizac o de experimentos complexos selecionamos em nossa proposta did tica pr ticas com materiais de baixo custo e poss veis de serem realizadas em sala de aula Conv m ressaltar que n o pretendemos com esta op o isentar os rg os mantenedores de suas responsabilidades em prover materiais e condi es de trabalho para a realiza o de aulas te ricas ou pr ticas No entanto al m de exigir das autoridades competentes o exerc cio de suas fun es tamb m cabe ao professor atentar a realidade encontrada nas escolas p blicas brasileiras e buscar meios para a realiza o de experi ncias pr ticas nas aulas de Qu mica Vieira Figueiredo Filho e Fatibello Filho 2007 corroboram com a necessidade de buscar alternativas e defendem que um dos caminhos para superar as dificuldades operacionais encontradas nas escolas repousa na utiliza o de experimentos de baixo custo Argumentam que al m de apresentar a possibilidade de diminui o do custo operacional dos laborat rios oportunizando um aumento na quantidade de experi ncias poss veis de serem realizadas durante o ano letivo tamb m implicam na gera o de menor quantidade de lixo qu mico 84 Desse modo tamb m nos alinhamos a Guimar es 2009 ao d
487. tamos pela interac o direta entre os atores envolvidos o pesquisador atuou como professor regente da turma durante o desenvolvimento do estudo Acreditamos que dessa forma como o professor j estava inserido no contexto de sala de aula prevaleceu uma relac o de confianca entre o grupo Sobre a definic o do que vem a ser uma pesquisa qualitativa Moreira e Caleffe 2006 esclarecem que se trata de uma abordagem essencialmente interpretativa que se preocupa em descrever e investigar a realidade social por meio do seu entendimento subjetivo buscando compartilhar significados com outros Esse processo caracterizado por uma interac o cont nua desde o momento de sua concep o at o seu t rmino no qual o investigador e o investigado est o interligados de uma tal forma que os resultados da investigac o s o uma criac o literal do processo de investigac o MOREIRA CALEFFE 2006 p 63 Estas caracter sticas s o ressaltadas por Teixeira 2002 p 123 124 ao argumentar que a pesquisa qualitativa pautada pela l gica da an lise 87 fenomenol gica isto da compreens o dos fen menos fatos que acontecem naquele ambiente que est sendo pesquisado a qual ir descrever e interpretar tais fen menos Desse modo tamb m importante considerar o contexto nesta modalidade de pesquisa visto que este exerce influ ncia sobre seus atores As escolas e as salas de aula s o ambientes sociais complexos em que inte
488. tasato c Terceiro experimento um bal o de l tex do tipo de anivers rio um erlenmeyer de 250 ml uma manta el trica uma garra de madeira 232 9 Avalia o A avalia o ser realizada atrav s da an lise da participa o dos 10 alunos durante a aula das atividades propostas no roteiro do estudante e dos di rios de bordo Os di rios de bordo s o relatos produzidos pelos alunos descrevendo cada uma das aulas Estes di rios devem ser entregues na aula subsequente Refer ncias DELIZOICOV D ANGOTTI J A P PERNAMBUCO M M Ensino de ci ncias Fundamentos e M todos 3 ed S o Paulo Cortez 2009 MORTIMER E F MACHADO A H Qu mica volume 1 S o Paulo Scipione 2011 233 ROTEIRO DO ESTUDANTE AULA 03 1 ATIVIDADE RELATIVA AO 1 EXPERIMENTO SERINGA COM AR Utilizando uma seringa descart vel sem agulha e com aux lio de um dos dedos para impedir a sa da do ar voc s devem comprimir o ar contido na seringa Observem o sistema antes e depois da compress o Ap s a an lise e discuss o do experimento representem as mol culas do g s dentro da seringa antes e depois da compress o e Za Antes da compress o 24 Y 2 Depois da compress o mE mE 2 ATIVIDADE RELATIVA AO 2 EXPERIMENTO V CUO EM UM FRASCO Utilizando um kitasato cheio e ar bem fechado e conectado a uma grande seringa simularemos uma bomba de v cuo De posse do dispositivo puxem o mbolo
489. te legitimadas Especificamente no mbito de nossa pesquisa buscamos evidenciar a import ncia da atividade cient fica como express o cultural atrav s de discuss es e reflex es em sala que possibilitassem aos alunos novos olhares para a ci ncia e para as disciplinas cient ficas em especial para a Qu mica Sobre este aspecto a an lise das respostas dos alunos aos question rios propostos ao final da inserc o did tica apresentou alguns relatos significativos Todas as aulas que tive me ajudaram a ver como mat rias cient ficas podem nos ajudar a ter melhores vis es do que nos rodeia e saber como funcionam certas coisas que s vezes at parece algo sem import ncia para algu m que n o preste atenc o mas que pode fazer toda a diferenca em certas ocasi es lsso porque essas aulas deixaram de certa forma os alunos mais s bios e atentos aos estudos e a prestar mais aten o no mundo em que vivemos QF03 Sim as aulas de Qu mica foram bem melhores e bem mais interessantes aprendi bem mais coisas No meu ponto de vista as mat rias cient ficas eram muito chatas e complicadas mas esse trimestre eu pude entender bastante QF08 para mim qu mica era um assunto que s os grandes cientistas conseguiam lidar e isso mentira porque na verdade qualquer pessoa pode compreender a qu mica QF13 J achava ci ncia em geral fascinante mas as aulas expandiram meu gosto pela mesma Al m de refor ar como sempre
490. te sente e imagina do nosso jeito como s o as mol culas pois n o tem como abrir uma caixa para saber como elas realmente s o D064 Eu achei a aula bem legal diferenciada das outras e eu estou entendendo bem mais a mat ria de qu mica do que antes D065 Foi legal divertido e muito massa Eu gostei muito mesmo at porque eu j havia falado que gosto de coisas novas e uma forma de aprendermos melhor e de um jeito bem divertido Foi muito bom o professor ter escolhido essa forma de nos dar aula Continue assim est muito divertido e eu estou gostando muito D075 A aula foi muito boa e at engracada Foi um m todo novo de ensino e foi aprovado pelos alunos Estes novos experimentos e m todos de ensino determinados pelo professor est o sendo bem recebidos pelos alunos que est o se interessando mais pela aula e aprendendo mais tamb m Al m do fato de terem que prestar aten o na aula para que possam fazer um bom relat rio D077 Foi super legal a aula dos experimentos e a das caixas Acho que com esse tipo de aula n s participamos mais e um jeito de unir a turma D103 Nessa aula eu gostei muito do v deo eu acho que devia se repetir porque assim mais divertido que ficar s na sala D108 Essas aulas anteriores e esse novo modelo de aula me surpreenderam bastante pois passei a me interessar mais pela mat ria D192 360 ningu m se importava mu
491. tecnologia sociedade e ambiente CTS A no contexto da produc o da cana de ac car e etanol Dissertac o Mestrado em Educac o Universidade Metodista de Piracicaba Piracicaba 2010 185 KLEIMAN A B Modelos de letramento e as pr ticas de alfabetizac o na escola In Kleiman A B org Os significados do letramento uma nova perspectiva sobre a pr tica social da escrita Campinas Mercado das Letras 1995 KOEPSEL R CTS no Ensino M dio aproximando a escola da sociedade Dissertac o Mestrado em Educac o Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis 2003 KRASILCHIK M O professor e o curr culo das ci ncias S o Paulo EDUSP 1987 KRASILCHIK M MARANDINO M Ensino de ci ncias e cidadania S o Paulo Moderna 2004 KUENZER A Z Org Ensino m dio construindo uma proposta para os que vivem do trabalho 4 ed S o Paulo Cortez 2005 KUHN T The structure of scientific revolutions Chicago Chicago University Press 28 ed 1972 LABUR C E Fundamentos para um experimento cativante Caderno Brasileiro de Ensino de F sica v 23 n 3 p 382 404 2006 LATOUR B Science in action how to follow scientists and engineers through society Cambridge Harvard University Press 1987 LAUGKSCH R C Scientific literacy a conceptual overview Science Education v 84 n 1 p 71 94 2000 LEAL M C Did tica da Qu mica fundamentos e pr ticas para o ensino m dio Belo Horizonte
492. terminadas ressignifica es populares de determinados conceitos cient ficos Identificar o contexto hist rico de desenvolvimento ou evolu o dos conceitos cient ficos e elementos da linguagem cient fica ou seja a oportunidade de proporcionar discuss es filos ficas e sociol gicas da Ci ncia Alfabetiza o Cient fica Profissional ou Econ mica Consiste em abordar conceitos cient ficos e elementos da linguagem cient fica mais espec ficos e complexos que n o possuem tanta aplicabilidade no dia dia mas que possuem relev ncia em determinadas reas profissionais e que por vezes se enquadram com o setor produtivo A ideia estimular o interesse dos estudantes pela rea cient fica e tecnol gica Identificar no evento ou tema conceitos cient ficos e elementos da linguagem cient fica espec ficos e complexos com pouca aplicabilidade no dia dia mas importantes a uma rea profissional ou do setor produtivo QUADRO 2 PAR METROS DE ALFABETIZA O CIENT FICA FONTE Bocheco 2011 p 131 Percebemos atrav s da an lise do Quadro 2 que os par metros propostos por Bocheco 2011 possuem clara inspira o nas categorias de Shen 1975 e nas v rias releituras realizadas desde sua proposi o Segundo Bocheco 2011 a integra o desses quatro par metros al m de valorizar a dimens o tradicional do Ensino de Ci ncias atrav s da discuss o de conceitos processos e fen menos
493. teses apresentadas Todos os alunos participaram da construc o dos modelos representativos para os objetos que estariam dentro das caixas A din mica das caixas pretas durou aproximadamente 31 minutos e finalizou se com a abertura das caixas e com a revelac o de seu conte do Depois disso solicitamos aos alunos que permanecessem em seus grupos para responder as duas perguntas propostas na segunda parte do roteiro do estudante 1 Os modelos elaborados correspondem s caracter sticas reais dos objetos Por qu 2 O que seria um modelo cient fico Qual a utilidade de um modelo cient fico A resoluc o das perguntas propostas durou cerca de 9 minutos e questionamos os alunos em rela o as suas conclus es No tocante aos modelos propostos para os objetos presentes nas caixas a maioria das equipes apresentou sugest es que possu am caracter sticas bastante similares s dos objetos reais embora apenas em uma das caixas houve sucesso em prever o objeto que se apresentava em seu interior Os alunos argumentaram que era muito dif cil prever quais seriam os objetos que estavam dentro das caixas sem algum detalhe pudesse facilitar a descoberta Em rela o ao conceito de modelo cient fico os alunos conclu ram que os modelos eram representa es da realidade desenvolvidas para explicar algum fen meno ou fato e que se tratavam de constru es provis rias e nunca estavam finalizados Ao t rmino das discuss es procedemos a entrega da qu
494. texto tecnol gico que permeia as rela es sociais na atualidade 4 4 Categoria Emergente Estrat gias Did ticas Conforme destacado anteriormente o embasamento te rico utilizado para a constru o e desenvolvimento da proposta did tica naturalmente se configurou em um grupo de categorias de an lise definidas a priori Essas categorias foram descritas nas se es anteriores Entretanto durante o processo de desconstru o do corpus da pesquisa e estabelecimento das unidades de significado a leitura e interpreta o das 162 produc es textuais dos estudantes apresentaram uma s rie de elementos comuns que se constitu ram em uma nova categoria de an lise definida a posteriore A categoria emergente foi denominada Estrat gias Did ticas e se relaciona com as percep es dos alunos sobre o desenvolvimento das aulas sua participa o nas discuss es em sala e suas impress es das atividades realizadas No esforco para estabelecer compreens es sobre os diversos aspectos contidos nos relatos dos estudantes subdividimos esta nova categoria de an lise em outras tr s subcategorias A Din mica das Aulas A Import ncia da Experimenta o no Ensino de Qu mica e A Escrita e o Aprendizado no Ensino de Qu mica O Quadro 10 destaca o n mero de relatos identificados nas subcategorias que comp em a categoria emergente Categoria Subcategorias Fonte dos Relatos Total D005 D009 D055 D064 D065 D075 D077 A din m
495. tigada manifesta se nas atividades realizadas ao longo da investiga o Aqui reitera se a import ncia de todo o processo para a composi o dos dados para an lise N o basta constituir dados antes e ao final do processo para atrav s da compara o destes estados inicial e final tecer considera es sobre o fen meno investigado 4 O significado que as pessoas d o s coisas e sua vida s o focos de aten o especial pelo pesquisador Nesse sentido a expectativa do participante bastante valiosa e o pesquisador deve estar sempre atento a todas as sutilezas que emergem do ambiente investigado N o s em rela o a informa es intelectuais racionais mas as emo es valores cren as e pontos de vista dos indiv duos envolvidos naquele contexto social 88 5 A an lise dos dados tende a seguir um processo indutivo Na pesquisa qualitativa o pesquisador n o se preocupa em procurar dados ou buscar evid ncias para comprovac o de hip teses e suposic es definidas a priori O pesquisador inicia seu trabalho com um quadro te rico e com um conjunto de problemas que s o examinados na medida em que os dados v o sendo coletados mas n o pode propor um projeto de pesquisa qualitativo que estabeleca previamente aquilo que seja importante encontrar L dke e Andr 1986 esclarecem que a pesquisa qualitativa envolve a captac o de dados descritivos os quais s o obtidos atrav s do contato direto do pesquisador com a s
496. tionamento Quais s o os limites e potencialidades da abordagem com Enfoque CTS no Ensino de Qu mica a partir da tem tica da QAI como promotora de Alfabetizac o Cient fica e Tecnol gica no Ensino M dio Apesar de haver v rias pesquisas e trabalhos que discutem as inserc es de abordagens com Enfoque CTS na Educac o B sica ainda s o incipientes as reflex es a partir de pr ticas efetivas STRIEDER 2008 Dessa forma neste trabalho buscamos encaminhamentos para o problema proposto amparados na investigac o de uma experi ncia concreta desenvolvida em sala de aula Com esta meta estabelecemos o objetivo geral da pesquisa Analisar os limites e potencialidades da abordagem com Enfoque CTS no Ensino de Qu mica a partir da tem tica da OAI como promotora de Alfabetizac o Cient fica e Tecnol gica no Ensino M dio Para elucidar o problema da pesquisa e concretizar seu objetivo geral determinamos tr s outros objetivos espec ficos a identificar na literatura do Ensino de Ci ncias pressupostos te ricos que amparem a construc o de propostas educacionais com Enfoque CTS b elaborar desenvolver e analisar uma proposta did tica para o Ensino de Qu mica atrav s de uma abordagem tem tica CTS junto a alunos do Ensino M dio em uma escola p blica da Educac o B sica e c discutir os limites e potencialidades da abordagem com Enfoque CTS no Ensino de Qu mica a partir da tem tica da OAI como promotora de Alfabetizac o Cient fica e
497. to No final ele obt m um resultado positivo e ap s isso muitos compram de mim pois viram que os cientistas aprovaram meu produto QF06 Na minha opini o ela a ci ncia n o cem por cento confi vel pois depende da inten o de cada cientista Ele n o vai fazer experimentos sozinho pode ter sua opini o ter ajuda de uma segunda pessoa ou at de uma terceira QF07 A ci ncia serve para muitas coisas como cosm ticos alimentos rem dios e etc Resumindo ela est presente em nossa vida sempre Mas dizer que a sociedade n o interfere nos caminhos da ci ncia um pouco verdade e um pouco mentira Nem sempre a sociedade se importa com isso ent o para mim meio a meio QF02 Acho que a sociedade interfere sim porque se um cientista for fazer um experimento ou algo assim e algu m falar n o faz isso coloca aquilo pega aquele esse n o com certeza vai estar interferindo QF09 N o acho que a ci ncia seja neutra pois assim como tem pessoas que a usam de modo certo tem pessoas que usam para coisas erradas e que acabam prejudicando outras pessoas e a si mesmo eu sempre achei que a ci ncia explicava a verdade o fato de alguma coisa Toda vez que eu ouvia pessoas na televis o falando que alguma pesquisa foi realizada e que tal coisa fazia mal ou bem s pessoas eu n o questionava Eu achava que era tudo verdade e que se foram os cientistas que falaram eu n o posso fazer nada Mas n
498. to do assunto que voc enxerga tudo de outra maneira QF05 A Qu mica me fez mudar meu jeito de olhar para as coisas sempre quando vejo algo que me lembra as aulas eu lembro do que n s estudamos QF07 Sim as aulas de Qu mica foram bem melhores e bem mais interessantes aprendi bem mais coisas No meu ponto de vista as mat rias cient ficas eram muito chatas e complicadas mas esse trimestre eu pude entender bastante QF08 para mim qu mica era um assunto que s os grandes cientistas conseguiam lidar e isso mentira porque na verdade qualquer pessoa pode compreender a qu mica QF13 J achava ci ncia em geral fascinante mas as aulas expandiram meu gosto pela mesma Al m de refor ar como sempre que tudo qu mica Por m o melhor de tudo que n o encaro mais a ci ncia como s contas mas como algo mais Envolve n o s significados e axiomas mas o uso e a interpreta o da linguagem e do mundo que nos cerca QF 14 Categorias definidas a priori Alfabetiza o Cient fica Profissional Unidades de Significado Bem hoje o professor fez uma pergunta As mol culas se comportam do mesmo jeito que a teoria prev A resposta n o at porque o professor nos deu um texto falando sobre as teorias existentes sobre esse assunto e conseguimos calcular o movimento das mol culas Nessa parte de calcular a parte que mais gosto pois tenho muita facilidade em fazer co
499. todos os poluentes interiores das casas Para compreender melhor sua utilidade e funcionamento podemos classific los em duas categorias removedores de part culas e removedores de g s a REMOVEDORES DE PART CULAS Alguns tipos de purificadores podem remover efetivamente part culas como poeira e al rgenos do ar e podem ser classificados em mec nicos ou eletr nicos Os purificadores de ar mec nicos extraem o ar e atrav s da passagem desse ar por filtros porosos de tamanhos variados ret m as part culas como em uma armadilha J no caso dos purificadores de ar eletr nicos existem tr s tipos de tecnologias dispon veis geradores de oz nio precipitadores eletrost ticos ESPs e ionizadores Geradores de oz nio produzem oz nio e ser o discutidos mais tarde ESPs usam uma pequena carga el trica para coletar part culas de ar atra dos atrav s do dispositivo lonizadores ou geradores de ons negativos fazem com que haja ades o das part culas a materiais perto do ionizador como o carpete e paredes b REMOVEDORES DE G S Dispositivos de limpeza de ar residenciais que removem gases e odores s o relativamente dispendiosos tanto para comprar quanto para manter Poluentes gasosos s o tipicamente aprisionados ou destru dos quando o ar atravessa esses equipamentos No entanto na maioria dos casos um filtro de part culas tudo que se precisa SITUA ES QUE DEVEM SER EVITADAS Segundo a Ag ncia de Prote o Ambiental
500. tos coisas que talvez fosse mais dif cil de entender foi feito com facilidade por causa das experi ncias e da participa o dos alunos nas aulas Aprendi muito mais que eu imaginava aprendi algumas coisas que nem sabia que existia ou como eram feitas Esse foi o melhor m todo de ensino que j vi at hoje QA03 Achei muito boa porque come ava com perguntas do professor que n s respond amos aquilo que sab amos sobre o assunto e o professor perguntava de outra forma Nosso pensamento mudava de opini o e a ele deixava a d vida e entregava os textos Ap s a leitura e a explica o das perguntas v amos que nossa opini o estava certa ou errada Definitivamente foram as melhores aulas de qu mica j tive agrade o ao professor por ter tido essa iniciativa porque voltei a adorar qu mica QA04 Apesar da vergonha de falar em sala de aula at nisso me surpreendi Quando eu sabia de algo eu falava e nas experi ncias tamb m me dispunha a compartilhar meus entendimentos e minhas d vidas com as experi ncias Isso me motivou mais ainda a aprender QA04 Interessante porque sempre come ava as aulas com umas perguntas bem dif ceis de responder e no decorrer das aulas nos descobr amos que n o era bem assim O professor ia explicando e n s v amos como era f cil QA09 Eu achei muito boa pois as perguntas que o professor fazia no come o da aula no ajudava a compreender o motivo de n s lermos um texto
501. tos de combust o exteriores Fumo do tabaco Cigarros charutos 65 Agente Fator Fonte Interiores Fontes Exteriores Microrganismos e outros contaminantes biol gicos gua estagnada em sistemas de ar condicionado umidade desumidificadores condensadores torres de refrigerac o plantas e animais Vegetac o e flora microbiana ambiental Deposic o de res duos Animais Mistura de gases inorg nicos Produtos de limpeza produtos de combust o e fumo de tabaco Emiss es industriais Fumo de tabaco Utilizac o de equipamentos a g s ou outros combust veis em espacos mal ventilados Mon xido de Carbono CO Emiss es de ve culos Produtos de combust o de cozinhas e aquecedores a g s fumo de tabaco e gases de solda Di xido de nitrog nio NO2 Emiss es de ve culos Emiss es industriais Fotocopiadoras impressoras ambientadores Oz nio O3 descargas el tricas Smog fotoqu mico Emiss es de ve culos Material Fumo de tabaco papel isolamento de Emissdesindisinals Partic lado tubagens res duos de gua carpetes filtros Construc o civil de ar condicionado e atividades de limpeza B Vegeta o e Solo e x 3 Rad nio Rn Materiais de construc o d en subterr neas Ventilac o Medidas de economia de energia e manutenc o falhas no projeto e e dimensionamento do sistema de ventila o altera o do sistema de inadequada
502. tos equipamentos e como podemos escolher do melhor jeito Escolhendo um produto que resolva os problemas que queremos e que n o sejam t o prejudiciais nossa sa de e sa de da nossa fam lia QFO3 Porque com a aula tive um conhecimento mais aprofundado sobre esses equipamentos Tenho que saber para qual finalidade ser utilizado o equipamento porque n o existe um equipamento s para todas essas fun es por exemplo as plantas n o s o t o eficazes para purificar o ar mas podem ajudar outro equipamento como os aspiradores de p que retiram e seguram os micro organismos evitando de espalh los pelo ambiente como fazem as vassouras QFO5 Acho que para comprar necess rio avaliar o preco s vezes pode ser caro mas n o ser t o bom quanto parece e um mais barato pode ser melhor Tem que ver se a qualidade realmente boa se economiza energia se faz realmente bem ao ambiente ao ar QF07 Sim na hora da compra desses aparelhos devemos levar em considera o a qualidade e n o o dinheiro pois se voc comprar e usar de maneira errada pode at prejudicar mais ainda o ar Por exemplo se voc comprar um umidificador deve ter cuidado para que n o deixe o ar muito mido pois isso pode provocar mofos que podem prejudicar mais ainda a sa de QF08 Sim eu acho que sou capaz porque eu aprendi qual que o melhor Que nem sempre a gente tem que ir pelo pre o ou pela marca Voc tem que ver
503. tre a CTS salientando que tanto o desenvolvimento cient fico quanto o desenvolvimento 32 tecnol gico interferem nas estruturas sociais e que preciso pesar o fato de que nem a ci ncia e nem a tecnologia s o alavancas para a mudanca que afetam sempre no melhor sentido aquilo que transformam AULER DELIZOICOV 2001 p 4 Santos e Mortimer 2002 p 9 tamb m refutam uma concepc o simplista de tecnologia e ressaltam que a educac o tecnol gica vai muito al m de preparar o cidad o para saber lidar com essa ou aquela ferramenta tecnol gica ou desenvolver no aluno representa es que o instrumentalize a absorver as novas tecnologias Para esses autores necess ria a superac o da noc o meramente utilit ria da tecnologia que vem sendo propagada e essencial que haja uma discuss o em torno dos valores envolvidos nos processos decis rios relacionados ao contexto sociotecnol gico Corroborando com esse ponto de vista Santos 2007b enfatiza que apesar de iniciativas pontuais a educa o tecnol gica n o tem sido adequadamente contemplada nas disciplinas cient ficas da Educa o B sica no Brasil e quando ocorre em geral se restringe ao conhecimento de princ pios de funcionamento de determinados aparatos tecnol gicos O autor tamb m concorda com as considera es de Auler e Delizoicov 2001 e destaca que atribuir a import ncia devida tecnologia n o implica em aceit la como conhecimento superior cujas
504. tro lado ao mesmo tempo em que ficamos maravilhados com as novidades tecnol gicas e com as diversas possibilidades apresentadas pela ci ncia fica tamb m mais evidente a necessidade de um olhar cr tico para os problemas que este modelo de desenvolvimento carrega consigo Os impactos da produc o industrial nos ecossistemas o consumo desenfreado as guerras tecnologicamente potencializadas a eterna falta de tempo e as doen as relacionadas ao acelerado modo de vida urbano s o exemplos de situa es que n o faziam parte de nossa realidade h algumas d cadas atr s Gradativamente a ilus o de progresso cont nuo associada aos avan os cient ficos e tecnol gicos come a a ser questionada Para alguns a lista de benef cios j se equipara aos males ocasionados por este modelo de desenvolvimento e t m aumentado os clamores por maior participa o social nas decis es que envolvem a ci ncia e a tecnologia em especial no que se refere s suas implica es Aliado a isso h uma crescente necessidade por conhecimentos cient ficos e tecnol gicos para a tomada de decis es cotidianas e as gigantescas quantidades de informa es digitais dispon veis em tempo real requerem um tipo diferente de indiv duo que seja capaz n o apenas de interagir mas tamb m de questionar e refletir sobre esse conhecimento Independentemente de suas origens pol ticas ou sociais estes desafios produzem implica es no contexto educacional e nas pr ticas pe
505. tualizar es E c digos de tica h bitos e crencas de socialmente a atividade FERE Be tecnol gica progresso tend ncias de est tica e beleza que permeiam a atividade tecnol gica Identificar regulamenta es normas e padr es de qualidade tangentes a circula o de produtos tecnol gicos Identificar potencial para problematizar a natureza da tecnologia e sua rela o com a ci ncia e a sociedade Enfim identificar algum ponto do evento ou tema que permita abrir a seguinte pergunta o que Tecnologia De forma que a mesma seja respondida com base em uma concep o de Tecnologia Alfabetiza o Consiste em discutir a respeito Tecnol gica da natureza da tecnologia Cultural suas implica es com a ci ncia e a sociedade QUADRO 3 PAR METROS DE ALFABETIZA O TECNOL GICA FONTE Bocheco 2011 p 134 Da mesma forma que os par metros de alfabetiza o cient fica a alfabetiza o tecnol gica tamb m ocorre por meio da intera o entre suas subcategorias Estas subcategorias objetivam enfocar a tecnologia tanto a partir da utilidade dos aparatos tecnol gicos e das t cnicas para seu manuseio quanto a partir de reflex es sobre quest es sociais culturais e ticas relacionadas ao desenvolvimento tecnol gico importante destacar que a abordagem dos tr s par metros de alfabetiza o tecnol gica e dos quatro par metros de alfabetiza o cient fica por meio dos conhecimentos a ele
506. tudo de novos conceitos e assim sucessivamente em um modelo curricular em espiral Por fim evidenciam se novamente as dimens es sociais do tema e atrav s de uma s rie de atividades busca se oportunizar a discuss o de quest es sociocient ficas e s cio tecnol gicas associadas a tem tica Os autores prop em atrav s desta estrat gia oportunizar a discuss o de temas CTS concomitantemente com o desenvolvimento de conceitos espec ficos de Qu mica utilizando os textos para fomentar os debates sem no entanto impor uma separac o entre tema e conte do cient fico Cabe aqui ressaltar um aspecto importante a respeito do modelo apresentado por Santos e M l 2010 diferente de propostas de abordagem tem tica com Enfoque CTS que defendem a escolha de um tema para ent o listar os conte dos que ser o abordados os autores do livro Qu mica Cidad elegem esses temas a partir da programac o cl ssica dos conte dos de qu mica das escolas brasileiras lsso configura uma invers o na ordem normalmente adotada para as propostas de ensino com Enfoque CTS segundo a qual os conte dos s o subordinados ao tema Em Santos et al 2009 os autores comentam esta invers o por m justificam a escolha salientando que a proposta se diferencia de livros cl ssicos de ci ncias nas quais as aplicac es de CTS s o introduzidas de forma pontual espor dica e acess ria em uma estrutura centrada exclusivamente numa organizac o tradicional dos c
507. tulo anterior foi desenhada para ser desenvolvida concomitantemente com o estudo de conte dos de Qu mica associados segunda s rie do Ensino M dio Dentre as possibilidades dispon veis para escolha haviam duas turmas de segunda s rie no per odo matutino e uma do per odo vespertino Ap s uma conversa com a dire o e com a equipe pedag gica da escola optamos por desenvolver a interven o na nica turma do per odo da tarde Esta escolha se deu em fun o de sugest o proposta pela coordena o pedag gica da escola Apesar de n o haver nenhum impedimento para seu desenvolvimento em qualquer um dos turnos recomendou se sua implanta o no per odo da tarde na expectativa de que a proposta auxiliasse a amenizar a elevada taxa de evas o tradicionalmente verificada nesse per odo escolar Segundo relato da equipe pedag gica os alunos argumentam que preferem estudar pela manh buscando remanejamento sempre que surgem vagas e no caso de arranjarem um emprego ou est gio eles normalmente mudam para o per odo noturno ou solicitam transfer ncia da escola Neste contexto as turmas do vespertino apresentam um n mero reduzido de alunos e sofrem com os remanejamentos e transfer ncias durante o ano Desse modo selecionamos para o desenvolvimento de nossa proposta uma turma de segunda s rie do Ensino M dio e seguindo sugest o da equipe pedag gica da escola optamos pela turma do per odo vespertino 90 O contexto de des
508. u cerca de 35 minutos e ap s a retomada das quest es com a turma toda procedemos entrega da pergunta relativa sess o de aplica o do conhecimento Nesta etapa apresentamos aos alunos uma quest o que propunha a an lise de um gr fico que apresentava a varia o de press o e temperatura PxT mas questionava a altera o de volume do g s O exerc cio apresentava alternativas e 207 solicitava uma justificativa para a resposta selecionada Alguns alunos argumentaram que n o havia como justificar sua escolha pois tratava se de uma simples leitura do gr fico Alertamos que uma an lise mais cuidadosa do exerc cio talvez apresenta se subs dios para uma justificativa e alguns alunos questionaram se a resposta era t o bvia como parecia a princ pio Infelizmente n o houve tempo para discutir a quest o de aplicac o do conhecimento no grande grupo devido ao t rmino da aula pois sua resoluc o levou aproximadamente 8 minutos Apesar disso acreditamos que a aula transcorreu como esperado e que n o fosse pelo atraso inicial ter amos tempo suficiente para analisar a quest o com a turma DI RIO DE AULA 08 24 10 2013 A oitava aula da unidade did tica intitulada Edif cios doentes eles podem ser letais teve como objetivos conhecer as doencas e sintomas relacionados a SED compreender os perigos da poluic o interior em ambientes climatizados e a legislac o existente para a manutenc o desses espacos A aula foi planejad
509. ue proporcionaram a fundac o do Greenpeace e da Environmental Protection Agency EPA Ag ncia de Protec o Ambiental dos EUA Essa ltima criada pelo governo norte americano com o intuito de realizar avalia es sobre o impacto ambiental de projetos tecnol gicos de responsabilidade federal b tradic o europeia possu a como caracter stica marcante uma tradic o de investigac o acad mica por cientistas soci logos engenheiros e humanistas que possu am um interesse maior em investigar as influ ncias da sociedade sobre o desenvolvimento cient fico tecnol gico Segundo Pinheiro 2005 a tradic o de origem norte americana centrava se mais nas consequ ncias sociais e ambientais que o desenvolvimento cient fico tecnol gico pode causar enquanto que a tradic o europeia colocava nfase na ci ncia como processo buscando explicag es para a origem das teorias cient ficas questionando a natureza do conhecimento cient fico e enfatizando a dimens o social anterior ao desenvolvimento cient fico tecnol gico O Quadro 1 sintetiza as principais diferencas entre as duas tradic es CTS 36 Tradic o europeia Tradic o americana Institucionalizac o acad mica na Europa Institucionalizac o administrativa e acad mica em suas origens nos Estados Unidos em suas origens nfase nos fatores sociais antecedentes nfase nas consequ ncias sociais Aten o ci ncia e secundariamente Aten o tecnologia
510. uebre quando eu me sentar ou que uma panda infl vel de um milh o de quil metros ilumine nosso dia Outro exemplo sobre a an lise de v rias coisas e a conclus o de que todas s o iguais O racioc nio indutivo portanto compromete as A Natureza da Ci ncia 354 verdades cient ficas e faz nossa confian a nelas diminuir D091 Na verdade um g s ideal n o existe pois um g s inventado para idealizar como seria poss vel calcular a temperatura mediana de um g s A temperatura mais baixa que que um g s ideal pode chegar O K zero absoluto e pelo que se sabe na ci ncia hoje em dia ainda n o foi poss vel chegar a esta temperatura Se um g s chegasse a isso seu volume se anularia independentemente do g s Mas isso tamb m n o acontece no mundo f sico DO93 descobri que o g s ideal n o existe e apenas um modelo Muito gases reais quando submetidos a altas temperaturas e baixas press es comportam se de acordo com as leis estabelecidas para os gases reais DO96 A intera o geral dos gases seria perfeitamente v lida para um g s cujas mol culas n o interagissem entre si Mas na verdade isso n o acontece com nenhum g s D104 Gases ideais s o modelos representa es dos gases que existem no mundo real Como foi visto na aula sobre modelos praticamente imposs vel estabelecer um modelo que seja perfeitamente condizente com a realidade Modelos como o do
511. uest es p blicas relacionadas ci ncia e ao desenvolvimento cient fico para que deste modo participem ativamente dos processos democr ticos envolvendo ci ncia e tecnologia O autor destaca que apesar da enorme quantidade de recurso financeiro p blico investido em ci ncia e tecnologia as pessoas relutam em participar das decis es relativas a estes gastos por n o possu rem os conhecimentos necess rios para opinar sobre esses assuntos Shen 1975 argumenta que para solucionar esta limitac o e adquirir um m nimo de alfabetizac o cient fica c vica pelo menos duas atitudes precisam ser tomadas a o p blico deve ser muito mais exposto ci ncia do que atualmente SHEN 1975 p 267 tradu o nossa As not cias cient ficas nos meios de comunicac o deveriam aumentar tanto em qualidade quanto em quantidade para ajudar na familiarizac o do cidad o comum com os conceitos pr prios das ci ncias E tamb m se faz necess rio repensar o Ensino de Ci ncias em todos os n veis de ensino com vistas a criar uma consci ncia permanente das implica es sociais do conhecimento cient fico b a complexidade inerente aos assuntos cient ficos de utilidade p blica deve ser analisada por especialistas em uma linguagem clara para o cidad o comum SHEN 1975 p 267 tradu o nossa Desta forma al m de auxiliar um legislador a separar os aspectos pol ticos dos aspectos t cnicos quando decide sobre um a
512. uest es relacionadas ao problema proposto Durante a organiza o do conhecimento comum surgirem novos questionamentos e cabe ao educador sempre que poss vel responder a estas perguntas Como afirmam Terrazan e Auler 1996 Estes conhecimentos selecionados transformados em conte do escolar devem permitir n o s a compreens o das situa es problema inicialmente escolhidas como tamb m daquelas situa es emergentes durante o processo de ensino TERRAZZAN AULER 1996 p 217 Por fim na aplica o do conhecimento ocorre a retomada da situa o inicial utilizando os conceitos desenvolvidos nas etapas anteriores para sua an lise e interpreta o O conhecimento sistematizado empregado para analisar e interpretar as situa es propostas inicialmente e outras que possam ser explicadas e compreendidas pelo mesmo corpo de saberes De acordo com Delizoicov 1982 Na Aplica o do Conhecimento podemos tamb m ampliar o quadro das informa es adquiridas ou ainda abranger conte do distinto da situa o original abstra da do cotidiano do aluno mas decorrente da pr pria aplica o do conhecimento particularmente importante considerar esta fun o da Aplica o do Conhecimento ela que ampliando o conte do program tico extrapola o para uma esfera que transcende o cotidiano do aluno DELIZOICOV 1982 p 150 75 Desse modo busca se nesse momento al m do reencontro com a quest o problematiza
513. ula os 3MP estar o divididos da seguinte maneira Problematiza o inicial A aula se iniciar atrav s da introdu o de alguns questionamentos 1 Na aula anterior n s discutimos as caracter sticas dos aparelhos de climatiza o Estes equipamentos podem auxiliar na diminui o da polui o interior mas existem aparelhos espec ficos para a melhoria da QAI s o os purificadores de ar Voc sabe a diferen a entre um aparelho de climatiza o e um aparelho de purifica o do ar 2 Como funcionam os aparelhos de purifica o do ar interior Os alunos ser o instigados a emitir suas opini es a respeito do assunto e haver uma breve discuss o sobre o tema O professor encaminhar os alunos para a leitura do texto de apoio e an lise do roteiro do estudante Organiza o do conhecimento os alunos reunidos em duplas realizar o a leitura do texto de apoio presente no roteiro do estudante e atrav s da media o do professor construir o suas respostas relativas sess o c 268 Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Aplicac o do conhecimento a aplicac o do conhecimento se dar atrav s de uma atividade que visa discutir as informag es veiculadas pelos meios de comunica o em rela o aos aparatos tecnol gicos e suas aplica es ATIVIDADE PROPOSTA
514. um dos temas saberei responder de forma correta N o detalhadamente em certos pontos pois muita informac o mas sim aprendi muito mais com esse formato de aula QA15 Achei criativo e produtivo cada vez que chegava o dia de aula de qu mica eu n o queria faltar porque sabia que ia ser divertido e que eu ia descobrir coisas que nem sabia ser poss vel acontecer QA18 Os estudantes destacam a diferenca entre as aulas desenvolvidas durante a proposta did tica e as aulas tradicionais de Qu mica Ressaltam que v rias pessoas deram suas opini es DOO9 e que as atividades propostas pareciam pecas de um quebra cabeca que s seria montado com todas elas QA13 denotando sua impress o de que as aulas foram bem articuladas e se apresentaram mais interativas participativas e instigantes Apesar de demonstrarem certo espanto com o modo como foram conduzidas destacando que n o se parece com uma aula de ensino m dio se aproxima mais de uma aula acad mica QA13 os alunos apresentaram uma avaliac o positiva do planejamento e desenvolvimento das aulas durante a inserc o pedag gica Salientam que cada vez que chegava o dia de aula de qu mica eu n o queria faltar porque sabia que ia ser divertido e que eu ia descobrir coisas que nem sabia ser poss vel acontecer QA18 evidenciando que a exist ncia de um clima favor vel durante as aulas essencial para mobilizar a aprendizagem e o interesse pelas disciplinas cient
515. um texto de apoio AP NDICE 6 que analisava os principais dispositivos utilizados para purifica o do ar interior e com a media o do professor responderam s quest es propostas Ao t rmino da atividade em grupo as discuss es e conclus es das equipes foram ampliadas para toda a classe Os alunos relataram surpresa em rela o falta de efici ncia da utiliza o de plantas ou equipamentos de purifica o do ar para melhoria da qualidade do ar interior Destacaram que al m das plantas e de outros equipamentos de purifica o do ar como determinados filtros presentes em alguns aspiradores de p torna se necess rio utilizar ventila o adequada e buscar reduzir as fontes de polui o interior Nesta aula discutimos e aprendemos a diferen a entre vaporizadores umidificadores e ar condicionado Suas diferen as para a nossa sa de H in meras marcas modelos e vantagens assim como desvantagens Acho importante aulas assim E mais f cil de entender D128 antes eu n o sabia como eu deveria comprar um ar condicionado ou o que se deve levar em considera o para se comprar um Nesse dia eu aprendi at mesmo a calcular o ar condicionado aprovado para tal lugar Foi muito legal mesmo D 134 Existem outras formas de purifica o e limpeza do ar ambiente como por exemplo geradores de oz nio exaustores de cozinha purificadores de ar de mesa e plantas que n o faz muito efeito Um bom removedor de part cul
516. utomaticamente ao progresso outro aluno argumentou que isso n o era verdade e que s vezes a tecnologia resultava em efeito contr rio em destrui o como no caso das bombas A problematiza o inicial durou aproximadamente 5 minutos e em seguida pedimos aos alunos que se organizassem em duplas para a leitura do texto de apoio e resolu o das quest es propostas no roteiro do estudante relativas organiza o do conhecimento A leitura do texto e a resolu o das atividades nas equipes duraram aproximadamente 26 minutos e percebemos que em geral as duplas se esfor aram em ler e responder s quest es propostas Notamos que alguns estudantes demonstraram bastante interesse no assunto e principalmente nas informa es presentes no texto de apoio Durante esta etapa debatemos com os integrantes das equipes buscando identificar seus pontos de vista sobre as rela es de neutralidade intencionalidade e autonomia controle da tecnologia Enquanto aprofund vamos as discuss es nas equipes percebemos que havia preocupa o dos estudantes em encontrar respostas corretas para as quest es propostas Procuramos esclarecer que n o havia respostas certas ou erradas apenas pontos de vista e que a import ncia residia em discutir as suas implica es em nossa vida na busca de uma vis o cr tica das rela es entre tecnologia e sociedade Ap s as discuss es nas equipes organizamos o grande grupo para ampliarmos o debate com toda a turma
517. uturar Entretanto acreditamos que s o as considera es sobre pr ticas desenvolvidas em sala de aula que permitem avaliar a abrang ncia de suas contribui es e ao mesmo tempo explicitar suas limita es Tendo estes aspectos em mente pretendemos a partir de uma experi ncia emp rica refletir sobre a implementa o de abordagens com Enfoque CTS Para tanto importante retomarmos o caminho que percorremos Inicialmente buscamos subs dios no referencial te rico das pesquisas do Ensino de Qu mica para apresentar um primeiro olhar sobre a disciplina enfatizando a problem tica envolvida em abordagens com nfase na transmiss o reprodu o de conceitos estanques e desconexos da realidade social dos alunos A partir desta constata o focamos nossa investiga o nos documentos oficiais nacionais e estaduais bem como em trabalhos de pesquisadores do Ensino de Ci ncias para subsidiar a implementa o de propostas que desenvolvessem a compreens o de conceitos qu micos e possibilitassem ampliar seu entendimento para atender s necessidades sociais de um ensino voltado para a constru o da cidadania Neste sentido constatamos que a literatura indica que em uma sociedade caracterizada pela forte presen a da ci ncia e da tecnologia o desafio que se apresenta o de promover pr ticas educativas voltadas para alfabetiza o cient fica e tecnol gica dos estudantes Pr ticas que extrapolem um ensino de conhecimentos focado som
518. uxley descreve um hipot tico mundo futurista onde o Estado cient fico totalit rio rege uma sociedade dividida em castas em que as pessoas s o pr condicionadas biologicamente e condicionadas socialmente para viver em harmonia suprimindo quaisquer emo es As pessoas s o como engrenagens de uma grande m quina seguindo as regras estabelecidas e sem possibilidades de escolha Neste contexto a tecnologia se apresenta como uma divindade um ser supremo claro que estamos falando de um romance mas ser que n s pessoas comuns podemos decidir os caminhos da tecnologia Ser que podemos realmente fazer escolhas em rela o a nossa maneira de viver ou os avan os tecnol gicos moldam nossas vidas independentemente de nossa vontade Justifique sua resposta Em pa ses com uma forte tradi o b lica como no caso dos Estados Unidos o direito de adquirir e portar armas defendido com bastante intensidade comum justificar o uso de armas atrav s da seguinte argumenta o Armas n o matam pessoas pessoas matam pessoas Esta uma vis o neutra da tecnologia Por outro lado podemos argumentar que a nica finalidade das armas a de ferir as pessoas Esta seria uma vis o que encara a tecnologia como carregada de valores Voc acredita que toda tecnologia neutra depende do uso que fazemos dela ou carregada de valores Justifique sua resposta 276 PROPOSTA DID TICA Conte do Geral ESTUDO DOS GASES E CIN TICA QU
519. va apenas a forma o de cientistas Ap s esta constata o sugeriu se um ensino que enfocasse as rela es 39 entre ci ncia tecnologia e sociedade como a melhor soluc o para esta lacuna SOUZA CRUZ ZYLBERSZTAJN 2001 Conclus es como as do Project Synthesis e de outros estudos realizados por diversos pesquisadores evidenciavam a prec ria formac o cient fica e tecnol gica dos tradicionais curr culos de Ensino de Ci ncias de pa ses industrializados como os EUA e a Inglaterra frente ao agravamento de problemas ambientais quest es ticas qualidade de vida da sociedade industrializada e anseio de uma maior participac o popular nas decis es p blicas BOCHECO 201 1 Havia um terreno prop cio para mudancas nos rumos do Ensino de Ci ncias e a escolha do lema CTS foi decidida em uma reuni o durante o simp sio da IOSTE International Organization for Science and Technology Education de 1982 com a presen a de educadores em ci ncias da Austr lia Canad It lia Holanda e Inglaterra A maior influ ncia para essa escolha foi o livro de John Ziman 1980 Teaching and learnig about science and society Ziman refere se constantemente STS Science Tecnology Society AIKENHEAD 2003 Nos anos seguintes intensificam se em diversos pa ses pesquisas relacionadas tem tica CTS Para Santos 2008 destaca se a publicac o de v rios artigos cient ficos em peri dicos do Ensino de Ci ncias alguns destes se dedi
520. vas sess o Quest es para an lise e reflex o Ao t rmino das discuss es e respectivas conclus es das equipes ser organizado um grande grupo para socializar as respostas dos estudantes e analisar o tema Aplicac o do conhecimento a aplicac o do conhecimento se dar atrav s de um exerc cio que prop e a an lise de um gr fico relacionando a taxa de absente smo faltas ao trabalho antes e depois da mudanca para um edif cio com ventila o inadequada ATIVIDADE PROPOSTA A s ndrome dos edif cios doentes SED foi oficialmente reconhecida como doenca pela Organizac o Mundial da Sa de OMS em 1982 O termo SED utilizado para descrever casos de desconforto e ou de sintomas n o espec ficos apresentados pelos trabalhadores ou ocupantes de determinados edif cios sem que uma doen a ou causa espec fica possa ser identificada Os principais sintomas apresentados pelos ocupantes de um edif cio doente s o dor de cabe a fadiga letargia coceira e ardor nos olhos irrita o do nariz e garganta problemas cut neos e dificuldade de concentra o Normalmente os sintomas desaparecem algum tempo ap s a sa da do edif cio A OMS calcula que a n vel mundial 30 dos edif cios p blicos novos ou reformados s o afetados pela SED As causas ou fatores que podem contribuir para a SED s o a ventila o inadequada contaminantes qu micos originados dentro ou fora do edif cio e contaminantes biol gicos O gr fico abaix
521. vestigac o se tratar de uma pesquisa qualitativa e de natureza interpretativa selecionamos para a constituic o de dados alguns instrumentos espec ficos Os instrumentos constitu dos foram os di rios de bordo produzidos estudantes professor as atividades realizadas pelos alunos e as gravac es em udio das aulas Como parte integrante do processo avaliativo e consequentemente da composic o da nota trimestral da disciplina avisamos antes do in cio do desenvolvimento da proposta did tica que cada estudante ficaria respons vel por 92 sistematizar cada uma das 14 aulas ministradas Sempre na aula subsequente o estudante entregaria o di rio de bordo relativo aula anterior Neste di rio o qual se tratava de um texto narrativo o estudante apresentaria suas impress es sobre a aula observada registrando o m ximo de informa es poss veis sobre a mesma metodologia empregada interfer ncias externas e internas hor rios conte dos ministrados impress es suas e de suas colegas etc Tivemos o cuidado de salientar aos estudantes de que sua nota estava condicionada a entrega dos di rios de bordo e n o ao conte do destes Buscamos assim explicitar que o importante eram suas impress es sobre o desenvolvimento das aulas sendo elas positivas ou negativas Com este instrumento pretendemos captar as vis es dos estudantes acerca do desenvolvimento das aulas O modelo usado para a produc o da sistematizac o encontra se no AP
522. yo ABRO GU A LA LO Ley L A 7 f e tm Ug aaa nA PO MINA NDA ADD hm CY ULANG LAENA a F ij DI RIO DE BORDO D067 300 DI RIO DE BORDO D068 DI RIO DE BORDO D076 302 DI RIO DE BORDO D078 O dea Ja buno adora Pm UA voantialo Jabo out mr douro dacgcode per puquian TO VUE Og ce Ops SUD Jadon san PURO mevroir e estudo lm dim au imc 0 ado pa porfin su quolquie guita para DI RIO DE BORDO FRENTE E VERSO D081 304 DI RIO DE BORDO D082 DI RIO DE BORDO D084 305 2 i ho epi gt 7 e DI RIO DE BORDO D085 306 DI RIO DE BORDO D086 DI RIO DE BORDO D091 307 Es 5 e e Tor xz 3 e e POL p ME dode Sen ide cado quedo slo a T LI v 77 E j 0 1 cal Fe A Ten r y ao Ve Zero o e z rem P UP sb 2 du DI RIO DE BORDO D093 o Rato cda hey do amin b sico 56 que po HR MR A O S SE e eg qu VA TT woo Jada pique a pretende meo deu a cle Jotonde EE A A e Qprispcen soleulos a mmepcso dorn neluculos Losso posta A solido in Us alie Gli quado ae cem s dub que ao poa cbe e A A om uap qais m guum RAT uu mr FECE T pm M qo qem qnin recen np WO poxo KOR Lad ooo ia epa estas da mato odev Jos quit de alen DI RIO DE BORDO D095 DI RIO DE BORDO D106 310 DI RIO DE BORDO D108 DI RIO DE BORDO D110 311 DI RIO D
523. zando sua import ncia no processo de alfabetizac o cient fica e tecnol gica no Ensino de Qu mica 2 4 2 1 Recursos Audiovisuais A utilizac o de recursos audiovisuais vem sendo h muito tempo discutida e incorporada ao Ensino de Ci ncias como demonstram as publica es dispon veis na rea e a produ o constante de filmes e v deos sobre temas cient ficos REZENDE 2008 A escola n o acompanha o ritmo em que as informa es s o divulgadas pelos meios de comunica o e se evidencia a lacuna existente entre os saberes habitualmente abordados em sala de aula as informa es veiculadas na m dia Como destaca Zamboni 2001 p 96 o discurso da divulga o cient fica est presente nas sociedades modernas em diversos espa os sociais e em m ltiplos meios de comunica o n o existindo um nico ve culo ou suporte para difundir a ci ncia Devido a isso a ci ncia encontra se presente tamb m nos v deos filmes e demais recursos que permeiam o ambiente social Assim em uma sociedade altamente influenciada pela ci ncia e pela tecnologia o Ensino de Qu mica necessita de alternativas para superar um modelo de ensino tradicionalmente caracterizado pela transmiss o de conceitos e pelo ac mulo de f rmulas no quadro negro Na busca por caminhos para relacionar a pr tica em sala de aula com a realidade dos alunos o processo de aprendizagem pode ser mediado pela a o do professor com o uso de novos recursos e materia

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