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- Museologia

1. 4 1 N mero do processo 4 2 Classifica o no caso de tombamento pelo Iphan indicar os Livros do Tombo dd contexto objeto 4 INFORMA ES SOBRE O PROCESSO DE PROTE O DO IPHAN 4 3 mm aaaa Se houver Se houver Se houve 4 4 Pareceres sobre a prote o incidente federal estadual e ou municipal Inserir informa es relativas aprecia o t cnica sobre a prote o do contexto objeto cultural analisado 4 5 Mapas desenhos croquis documentos e outras informa es complementares do poligono de prote o e entorno especialmente Inserir mapas desenhos croquis e descri es complementares com localiza o dos arquivos 4 6 Fontes e localiza o dos documentos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia IX MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Inserir informa es sobre as fontes documentais e bibliogr ficas utilizadas para o preenchimento da ficha obedecendo as normas da ABNT Toda A iconografia dev numerada legendada e identificada com nome do autor data identifica o do contexto analisado e indica o do arquivo ou entidade a que pertence 9 1 Entidade 9 2 Data 9 3 Respons vel Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia X
2. Todas as atividades relatadas acima envolvem de alguma forma o patrim nio constru do e est o diretamente relacionadas a a es de percep o do Patrim nio Cultural inclus o social fortalecimento de identidade e cidadania 1 3 A arquitetura dos museus na hist ria Julga se importante compreender como se deu a constru o da ideia de guardar os indicadores de mem ria em um local criado para este fim Neste subcap tulo identificam se momentos que indicam mudan as de paradigma na rela o entre a arquitetura e a museologia Quando se trata do surgimento dos museus sempre se reporta sua origem mitol gica ou seja s Musas as sedutoras e magn ficas cantoras e dan arinas descendentes dos principais deuses do Olimpo geradas por Mnem sina a deusa da mem ria e Zeus rei dos deuses Louren o 1999 fez uma analogia entre o que cada uma dessas musas representa e as diferentes fun es e demandas dos museus da atualidade em especial os de arte moderna No entanto cabe ressaltar que muito anterior a esta alegoria elaborada pelo homem grego a vontade de lembrar e o desejo de mem ria estavam presentes no homem da pr hist ria Antes mesmo da cria o das primeiras cidades lembra Mumford 1961 1991 o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 79 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidad
3. e F E r x 43 A Para Choay 2006 foi a institucionaliza o do Museu que pavimentou o caminho da conserva o dos monumentos arquitet nicos pois colocou em evid ncia a preserva o de objetos antigos e de arte Entre os s culos XVI e XIX a maior preocupa o da rea de preserva o era com a cataloga o das pe as coletadas para a forma o de invent rios Pessoas das mais diferentes reas que tinham em comum grande interesse pelas antiguidades e obras de arte trabalharam 4 N o se pode falar que esta aprecia o era totalmente desinteressada pois arquitetos e artistas buscavam compreender os segredos da boa forma art stica para se apropriarem deles em seus trabalhos E Papa Greg rio o Grande pont fice entre 590 e 604 prop e a es de preserva o dos edif cios antigos e o Papa Pio II autor da bula Cum alman nostram urbem Com amor a nossa cidade de 1462 que se ocupa da preserva o das ru nas antigas e cria a figura do curador para as antiguidades 2 Pio II utilizou pedras do Coliseu e do Capit lio nas constru es do Vaticano e de S o Pedro A Galeria Uffizi s c XVI considerado por alguns autores como o primeiro museu privado da Europa e o Museu Brit nico que abriu as portas em 1759 como o primeiro museu p blico do mundo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 46 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim n
4. Por fim verifica se por meio dos textos apresentados a import ncia que assume a disciplina arquitet nica no cotidiano das pessoas e como a discuss o sobre a participa o do usu rio nos processo de projeto tomou corpo A esta no o cabe especular o valor da arquitetura enquanto patrim nio cultural testemunho do habitat humano e na sua rela o com o homem como agente da Sociomuseologia 1 2 1 Ecomuseus Museus Comunit rios e Museus de Territ rio Os Ecomuseus surgiram na Europa na d cada de 1970 como uma forma nova de trabalhar a museologia e o patrim nio global Varine prop s como defini o em 1978 o seguinte O ecomuseu uma institui o que administra estuda explora com fins cient ficos educativos e em geral culturais o patrim nio global de uma determinada comunidade compreendendo a totalidade do ambiente natural e cultural dessa comunidade Por essa raz o o ecomuseu um instrumento de participa o popular no planejamento do territ rio e no desenvolvimento comunit rio Para tanto o ecomuseu emprega todos os recursos e m todos de que disp e para fazer com que essa comunidade apreenda analise critique e domine de maneira livre e respons vel os problemas que se apresentam a ela em todos os dom nios da vida O ecomuseu utiliza essencialmente a linguagem do objeto do quadro real da vida cotidiana das situa es concretas Ele antes de tudo um fator almejado de mudan a 2000
5. dele de sua maneira de usar e de se identificar com o espa o Elaborou v rios projetos em Urbino inclusive o Plano Diretor da cidade de 1958 a 1965 e para a universidade local Identificou duas possibilidades de desenvolvimento da cidade uma era o crescimento da universidade e a outra era a valoriza o do patrim nio arquitet nico No Plano Diretor incluiu a es de conscientiza o da popula o acerca do patrim nio cultural da cidade e das possibilidades de desenvolvimento a partir deste Al m disto fomentou o desenvolvimento da pr pria universidade ampliando o campus e diversificando sua rea de a o com novos cursos Como cidade hist rica neste texto entende se a por o da cidade tombada ou em processo de tombamento por representar per odos representativos do lugar Numa perspectiva mais ampliada pode se pensar que a cidade sempre hist rica mas dentro de alguns conceitos urban sticos entende se desta forma O Team X era um grupo formado por arquitetos que buscavam uma revis o dos conceitos da arquitetura moderna e reivindicava um olhar mais social sobre a realidade das cidades Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 67 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ainda com rela o ao Plano Diretor de Urbino procurou tornar os espa os mais human
6. filariose depois de ter estudado o ciclo do mosquito transmissor O Museu Paulista MPUSP tamb m conhecido como Museu do Ipiranga foi inaugurado no dia 07 de setembro de 1895 como um marco na cidade de S o Paulo alusivo Independ ncia do Brasil Pensado cerca de dez anos antes da abertura de suas portas foi constru do no local do Grito do Ipiranga evento que marcou a independ ncia do pa s em 1822 Al m do car ter hist rico seu acervo era constitu do de um n cleo de Hist ria Natural Posteriormente houve a transfer ncia de parte deste acervo para outras institui es como o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de S o Paulo USP O projeto do engenheiro arquiteto italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi atendia s especula es formais i Informa es obtidas no site do Museu Paraense Emilio Goeldi 5o governador Paes de Carvalho em homenagem ao cientista rebatizou a institui o que passou a ser denominado de Museu Paraense Emilio Goeldi Antecedendo as atividades relacionadas ao tema por Oswaldo Cruz em 1910 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 99 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga ligadas poca pois situava se entre o neocl ssico e o ecl tico Aos moldes de um pal cio renascentista italiano a planta possui uma forma de
7. o para dentro do museu Foram trabalhadas diversas formas de tratar os objetos para que as pessoas pudessem apropriar se dos conte dos apresentados e mais que isto perceber como estes objetos eram concebidos e utilizados no passado e quais as suas rela es com o presente Houve grande participa o da comunidade em geral No processo hist rico de constru o de uma identidade comum cada indiv duo e a coletividade dos indiv duos elaboram sentidos e percep es sobre as experi ncias vivenciadas e compartilhadas sentidos e significados que ser o expressos e representados para fins de comunica o e de transmiss o no processo cultural atrav s de signos verbal a linguagem a fala os dialetos as g rias os jarg es ou concreta os gestos artefatos imagens s mbolos constru es monumentos etc cujo uso e manuten o v o garantir o reconhecimento m tuo dos membros do grupo entre si e a comunica o e express o de sua bagagem e identidade cultural Horta M L 2000 p 29 No Museu Did tico Comunit rio de Itapo o objetivo e a miss o definidos no Plano Pol tico Pedag gico era o avan o em desenvolvimento social numa escola de 1 e 2 graus com o Curso de Magist rio Foram desenvolvidas as seguintes a es a concep o inicial do museu a mobiliza o da escola a defini o de temas e a es a programa o e execu o de atividades e a concep o do novo museu As refer
8. o com o espa o urbano ao criar uma rua coberta com p direito muito alto na antiga sala das turbinas ligando duas reas da cidade al m de uma grande livraria e caf trazendo vida para a cena urbana A rea de exposi o se constitui de salas mais intimistas e de desenho tradicional Esta adequa o devolveu cidade uma edifica o obsoleta e sem utilidade e diferente do proposto para a Gare d Osay fez uma interven o grande no espa o interno Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 95 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Herzog amp De Meuron trouxeram ideia da caixa polifuncional idealizada pelo modernismo e relida por muitos arquitetos em diferentes situa es Com isso acabaram por ratificar a ideia do grande espa o de exposi o adaptando o de diversas formas e tamanhos de acordo com a necessidade e fazendo uso cada vez mais de novas tecnologias Projetos como os de Peter Zumtor o Kunsthaus na ustria 1997 e o Museu O no Jap o 1999 de Kazuo Sejima remetem a outra vis o da arquitetura a que se apropria da luz da ilumina o da transpar ncia e da tend ncia desmaterializa o S o trabalhos que derivam da caixa polifuncional mas que buscam imprimir sensa es visuais novas dentro do espa o expositivo e de servi os de apoio A ar
9. o com o objetivo de modific la Assim ao mesmo tempo que realiza um diagn stico e a an lise de uma determinada situa o a pesquisa a o prop e ao conjunto de sujeitos envolvidos mudan as que levem a um aprimoramento das pr ticas analisada Severino 2008 p 120 Mas tamb m serviram de base para a pesquisa de forma adaptada aos objetivos a serem atingidos os estudos de Santos A Pesquisa A o em pauta trabalhou com coleta de dados obtidos por meio de pesquisa bibliogr fica documental hist ria oral e pesquisa de campo levada a cabo por meio de levantamentos entrevistas com os atores envolvidos e question rios com alunos do ensino fundamental estudantes de arquitetura funcion rios do museu e outros visitantes De acordo com Barbier 2007 a Pesquisa A o pedag gica e pol tica pois se presta educa o do homem cidad o e pertence por excel ncia categoria da forma o a um processo de cria o de formas simb licas interiorizadas estimulado pelo sentido do desenvolvimento do potencial humano Barbier 2007 p 19 Nela o pesquisador envolve se com a comunidade observando a realidade e depois ouvindo os principais problemas a serem solucionados As t cnicas de coleta de dados da pesquisa cl ssica podem ser utilizadas nas fases da pesquisa que pode desenvolver se em espiral planejamento a o observa o reflex o e um novo planejamento da experi ncia Na Pesquisa A o o pe
10. o do itiner rio proposto As diferen as entre as salas possibilitavam as adequa es s tipologias expositivas A ilumina o natural era utilizada sempre que poss vel mas come aram a surgir preocupa es em rela o preserva o dos objetos o que provocou estudos sobre o controle de ilumina o temperatura e umidade Esta rea central foi alvo de uma interven o conclu da em 2000 projeto do arquiteto Norman Foster O p tio foi transformado em local de distribui o de fluxo o que permitiu uma reestrutura o do funcionamento do museu A cobertura transl cida para o local antes aberto propiciou dinamismo ao espa o que agora independe das condi es clim ticas para ser utilizado Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 86 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Com a valoriza o do objeto come aram os estudos sobre como fazer altera es nas salas por meio de modifica o nas cores das paredes e da constru o de novas e diferentes ambienta es diminuindo a interfer ncia da arquitetura e da decora o na exposi o O Pal cio de Cristal embora n o tenha sido realizado para abrigar um museu merece men o pela influ ncia que exerceu sobre a tipologia Foi constru do para a primeira exposi o universal mostra das inova
11. Cro C Recep o Edifica es Figura 55 Planta baixa do Projeto de Exposi o de Longa Dura o ProMusAA do MVMC Na Recep o est o imagens dos encontros com a comunidade na coleta dos dados na apresenta o dos projetos de reconstru o da mem ria e do Posto de Benef cios imagens da obra e lista com o nome das pessoas que viveram na casa M dulo 1 Contexto Urbano O m dulo Contexto Urbano contempla as informa es relacionadas aos acampamentos pioneiros da constru o de Bras lia incluindo o do HJKO e sua rela o com o crescimento da cidade procurando envolver o visitante por meio de imagens de onde vive atualmente Na parede 01 Figura 56 um texto cont m informa es sobre a constru o de Bras lia e ao lado sobrep em se imagens projetadas do marco zero da constru o dos principais edif cios dos acampamentos dos caminh es com trabalhadores chegando da rodovi ria da cidade desde a sua inaugura o at hoje passando lentamente Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 174 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Imagens fF Figura 56 M dulo Contexto Urbano Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 Na parede 02 Figura 57 uma lousa interativa digital apresenta mapas do DF con
12. E A fachada possui elementos ecl ticos com uma imponente escadaria na entrada e no hall principal O paisagista Ars nio Puttemans foi o autor do jardim do Parque da Independ ncia pensado no estilo dos jardins franceses que fica em frente ao museu e faz a liga o com outras edifica es de valor hist rico Figura 29 Figura 30 e Figura 31 Segundo Lemos 1987 foi a partir dos anos de 1880 que surgiram os primeiros projetos neocl ssicos em S o Paulo que tentavam reproduzir os exemplos europeus Em 1882 Gaud ncio Bezzi iniciou o projeto do grande edif cio comemorativo de nossa Independ ncia no Ipiranga Ali foi procurada antes de tudo a grandiosidade a grandiloqu ncia a comemorar um grande feito Esse exemplo define bem os exemplares do segundo grupo de obras ecl ticas Esse partido neocl ssico no entanto j n o tem a singeleza dos primitivos exemplos da corrente e j ataviado com pormenores decorativos renascentistas especialmente as bossagens do primeiro pavimento Lemos 1987 p 79 A refer ncia arquitet nica dos museus brasileiros era europeia Portanto vemos a constru o de suntuosos espa os que lembram os pal cios franceses que constitu am ent o modelo para o Brasil Figura 29 Museu Paulista S o Figura 30 Museu Paulista S o Paulo Figura 31 Museu Paulista S o Paulo Constru o Fonte Vista do Jardim em Paulo Interior Fonte www mp usp br historia html frente Fonte ww
13. de f cil apreens o pois se caracteriza pela simplicidade e clareza do risco original o que n o exclui conforme se viu a variedade no tratamento das partes cada qual concebida segundo a natureza peculiar da respectiva fun o resultando da a harmonia de exig ncias de apar ncia contradit ria E assim eficiente acolhedora e ntima E ao mesmo tempo derramada e concisa buc lica e urbana l rica e funcional O tr fego de autom veis se processa sem cruzamentos e se restitui o ch o na justa medida ao pedestre E por ter o arcabou o t o claramente definido de f cil execu o dois eixos dois terraplenos uma plataforma duas pistas largas num sentido uma rodovia no outro rodovia que poder ser constru da por partes primeiro as faixas centrais como um trevo de cada lado depois as pistas laterais que avan ariam com o desenvolvimento normal da cidade As instala es teriam sempre campo livre nas faixas verdes cont guas s pistas de rolamento As quadras seriam apenas niveladas e paisagisticamente definidas com as respectivas cintas plantadas de grama e desde logo arborizadas mas sem cal amento de qualquer esp cie nem meios fios De uma parte t cnica rodovi ria de outra t cnica paisag stica de parques e jardins Bras lia capital a rea e rodovi ria cidade parque Sonho arqui secular do Patriarca Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VHI MARIA CEC LIA FIL
14. o das lembran as estava menos tenso mas n o com menos emo o Procurou registrar a carga afetiva de seus entrevistados esmaecendo a fronteira entre a mem ria pessoal e social familiar e grupal Importava o que fosse lembrado sem se preocupar com a veracidade importava a vis o ou o recorte do que para aquelas pessoas deveria permanecer na hist ria Bosi 1994 p 37 Este recorte do texto de Bosi revela uma caracter stica interessante de sua pesquisa que buscou mesclar a mem ria individual com a mem ria social A escolha de se envolver no processo teve um objetivo espec fico o de captar por meio do foco individual elementos para a forma o da hist ria do lugar como se este gancho emocional pudesse estabelecer outros v nculos com outras pessoas que vivenciaram hist rias diferentes mas que podem captar dentro dos relatos apresentados pontos de recorda o com hist rias contadas por seus antepassados ou mesmo com as suas pr prias Este mecanismo acabou despertando outras mem rias Mem ria puxa mem ria Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 109 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Na constru o do referido texto sobre mem ria Bosi dialoga com Bergson e Halbwachs Bergson trabalha com a fenomenologia da lembran a e p
15. o foi a do m dico franc s Vicq d Azyr sobre a pr tica dos invent rios dos monumentos hist ricos O resultado de sua interven o foi a dissocia o do conceito de monumento hist rico e de suas concep es ideol gicas o que resultou a incorpora o aos estudos das produ es do g tico da arquitetura cl ssica e neocl ssica al m dos vest gios grecorromanos todos sendo avaliados como produ es da Fran a Para Choay 2006 a Revolu o Francesa promoveu a um s tempo a destrui o do patrim nio e formas de proteg lo Isso porque acredita que os elementos necess rios para a cria o de uma pol tica de conserva o do patrim nio monumental na Fran a foram delineados a partir de 1789 com a concep o do termo monumento hist rico que estava na base dos invent rios Todas as a es ficaram a cargo do estado e estavam jur dica e tecnicamente embasadas Com o fim da Revolu o Napole o I dedicou se pol tica de apropria o de bens para formar as cole es em especial a do Louvre No per odo de 1796 a 1830 os rg os ligados conserva o dos monumentos passaram por s rias dificuldades pois superaram a capacidade do estado de mant los No s culo XIX houve avan os te ricos e pr ticos com rela o pr tica da conserva o do monumento hist rico da hist ria da arte e da arqueologia Mas as propostas de renova o urbana trouxeram consigo a destrui o de muitos monumentos hist
16. planejadas e esperando condi es de implementa o Na d cada de 1990 o museu era muito conhecido na comunidade do DF principalmente em fun o das oficinas Havia lista de espera para participar destas atividades A equipe fazia um trabalho interdisciplinar com reuni es semanais onde eram discutidos seus conceitos geradores O trabalho com as escolas consistia em um treinamento com os professores que faziam uma visita preliminar ao museu recebiam informa es acerca do acervo incluindo o n cleo urbano participavam das visitas com os alunos As crian as fixavam os conte dos com trabalhos de artes no pr prio museu e posteriormente com os professores O museu tamb m tinha um jornal publicava livros montava semin rios e tinha pesquisadores trabalhando em suas depend ncias Atualmente a falta de funcion rios qualificados para as fun es um s rio problema que o museu enfrenta Os que l est o s o todos funcion rios da Secretaria de Cultura ou da Secretaria de Educa o lotados temporariamente na institui o De acordo com o folheto que distribu do na visita ao local O Museu Vivo da Mem ria Candanga espa o de registro preserva o e difus o das hist rias e da cultura candanga cumpre seu papel social propondo e realizando a es que contribuem para a educa o e forma o de crian as jovens e adultos em diferentes programas representando ainda um espa o de transforma o social e de desenvol
17. rea inicial era de 1 000m e a estrutura foi calculada para suportar dois pavimentos No denominado Acampamento HJKO havia al m do hospital seis edifica es com duas casas geminadas para moradia de m dicos e funcion rios e cinco alojamentos para os m dicos e funcion rios solteiros Segundo relatos todos os que ali trabalhavam partilhavam a mesma vizinhan a e espa o comum SECDF DePHA 1985 p 05 Tamb m compunha o conjunto a primeira Delegacia do Trabalho de Bras lia a Delegacia do IAPI o Posto de Benef cios a Ag ncia e um posto odontol gico Estavam lotados inicialmente no hospital seis m dicos enfermeiros e funcion rios da equipe de administra o e de apoio Em atividade 24 horas por dia s possu a gerador at meia noite depois deste hor rio funcionava com lampi es a querosene Chegou a atender 200 leitos muito acima de sua capacidade programada O Conv nio com o Hospital Rassi foi extinto quando o HJKO passou a ser subordinado ao IAPI O n mero de m dicos aumentou para dez e o atendimento m dico da 152 V rias edifica es do tipo foram demolidas exce o feita ao Catetinho e s Igrejas da Vila Planalto e de S o Jo o Bosco conhecida como Igreja do Padre Roque O Catetinho foi tombado em 1959 pela Diretoria do Patrim nio Hist rico e Art stica Nacional como a primeira resid ncia presidencial de Bras lia Consta que ele teria sido inaugurado anteriormente com o nome do presidente de
18. 140 142 144 145 146 147 148 150 155 179 183 200 201 221 225 255 1 Comunidade 10 16 18 19 26 27 29 30 32 33 34 35 36 40 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 57 58 59 67 68 69 71 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 87 88 100 116 117 119 120 122 123 124 129 130 131 132 133 134 135 136 138 139 140 142 144 145 146 147 149 150 153 164 166 168 169 170 172 173 176 179 180 181 182 183 185 186 187 195 200 204 206 207 212 218 219 221 222 226 231 235 236 243 244 247 248 IV VII XI Contexto Urbano 20 21 22 139 152 187 188 189 204 206 208 235 237 241 247 Costa 20 69 111 154 156 157 158 159 160 205 208 209 252 257 II Cultura 16 29 32 34 39 41 45 47 49 52 53 57 58 68 69 75 77 79 80 81 83 84 89 95 98 101 111 116 123 124 125 129 133 137 138 144 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 243 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania 145 148 149 150 173 174 185 188 225 235 253 255 I II D Desenvolvimento Social 27 30 33 41 45 46 47 49 58 69 79 80 81 83 84 128 129 130 135 138 146 232 246 E Ecomuseus 39 44 45 47 67 69 255 Edifica es 10 22 28 32 51 53 57 62 68 108 110 130 153 158 16
19. LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 3 3 1 Mais possibilidades de comunica o do acervo arquitet nico Al m da proposta da Exposi o de Longa Dura o sobre a hist ria do MVMC foram pensadas outras iniciativas com a finalidade de aproximar o p blico de seu patrim nio constru do l O tratamento adequado dos acessos ao museu de forma a torn los f ceis e seguros especialmente para pedestres e usu rios de transporte p blico Localizada a cerca de 3km da esta o de metr mais pr xima que fica ao lado de um importante shopping da cidade a rea servida por linhas de nibus mas o acesso Candangol ndia que fica em frente separada apenas pela Estrada Parque Ind stria e Abastecimento EPIA de dif cil travessia A passarela fica a 100m de dist ncia e o lugar ermo Portanto apesar de ter uma localiza o estrat gica em termos de vias de circula o o acesso para os pedestres bastante complicado e nada estimulante Uma das estrat gias pensadas pela atual dire o a disponibiliza o de um micro nibus circulando entre a referida esta o de metr e as comunidades do entorno A organiza o de uma Agenda Cultural no pr prio museu com a participa o da comunidade Como exemplo poderia ser pensada uma Semana da M sica Brasileira ou da Gastronomia Brasileira nos jardins do m
20. MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ficha M301 Cadastro de bens M DULO CADASTRO 1 IDENTIFICA O 1 4 Recorte Territorial Identifica o da regi o estudada Preencher com as informa es necess rias para a identifica o da regi o estudada S o exemplos de recorte territorial as regi es geogr ficas Regi es Norte Nordeste Centro Oeste Sudeste e Sul as Unidades da Federa o Estados do Piau Santa Catarina Mato Grosso etc e recortes espec ficos Vale do Parna ba Vale do Itaja Pantanal etc Preenchimento obrigat rio 1 2 Recorte Tem tico Identifica o do tema do estudo Preencher com as informa es necess rias para a identifica o do tema estudado S o exemplos de recorte tem tico o processo urbanizador e ou econ mico de determinada regi o geogr fica como a do gado no Nordeste a arqueologia como a do Piau etc preenchimento obrigat rio 1 3 Identifica o do Bem denomina o oficial denomina o popular outras 1 4 C digo Identificador denomina es Iphan 2 LOCALIZA O DO UNIVERSO OBJETO DE AN LISE 2 4 UF 2 2 Munic pio 2 3 Localidade 2 4 Endere o Completo logradouro n complemento 2 5 C digo Postal 2 6 Coordenadas 2OPRIE
21. Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga associa es formado por representantes de grupos de volunt rios e de representantes do maior n mero poss vel de segmentos da comunidade O Ecomuseu Le Creusot Montceau Les Mines foi um projeto piloto numa comunidade urbana em uma regi o sider rgica carbon fera e de gado constitu da com base nos princ pios estabelecidos por Rivi re Varine e Marcel Evrard A interven o na rea compartilhada e democr tica Participam setores do governo da iniciativa privada t cnicos profissionais de alto n vel de qualifica o e a comunidade com representantes do mais variados segmentos Possui uma grande diversidade de equipamentos centros de anima o de reuni o de pesquisa de ensino e culturais os chamados antenas O programa de trabalho usa a comunidade urbana como um laborat rio vivo e interdisciplinar O Ecomuseu contribuiu para um aprofundamento dos fen menos sociais da civiliza o industrial da hist ria da tecnologia e da economia e da cultura dos trabalhadores contribuindo para uma reflex o cr tica da museologia e de sua a o cultural Carre o 2004 p 76 O Museu do Homem e da Ind stria Ecomuseu da Comunidade Urbana de Le Creusot Montceau les Mines considerado a primeira proposta real da tipologia No col quio internacional do ICOM realizado em Lourmarin 1972 foram definido
22. N osei 1 Sim N o 1 Q2 17 Voc ficou orgulhoso de ter este Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia IV MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 12 Q2 18 Voc vai convidar outras pessoas para virem ao Museu Vivo da Mem ria Candanga 1 Sim 1 2 N o 3 N osei 13 Q2 19 Quem JIS o A EAN E 1 Professora 2 PaiouM e 3Av ouAv 4 Amigos 5 Ningu m 14 Q2 20 Agora que voc conheceu um pouco mais da hist ria de sua cidade por meio da visita a este museu como voc pretende cuidar dos monumentos que lembram os acontecimentos e pessoas da sua cidade e das cidades que voc visita 1 N o me importo muito com isso 2 A minha atitude de respeito valoriza e ajuda a cuidar dos monumentos 3 Acho que este lugar de todos os que vivem na cidade por isso temos que ajudar a cuidar dele 4 Acho que s os que trabalham nestes lugares devem cuidar deles 5 Falando para as pessoas sobre ele 6 Cuidando para n o sujar e nem danificar o jardim A A xw na n O 15 Q2 21 Deixe aqui a sua mensagem Use este espa o para escrever ou desenhar Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia V MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inc
23. Tamb m foram feitas entrevistas com a esposa do m dico respons vel pelo posto de sa de improvisado e pela dire o do HJKO Marilda Moraes Porto com o segundo diretor do hospital o m dico Gustavo Ribeiro e com os funcion rios Nirma Porto Dalva Castro e Ant nio Lima Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 169 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga O objetivo maior do diagn stico realizado na comunidade por meio das lideran as comunit rias est relacionado s necessidades culturais da comunidade e a forma como o MVMC pode contribuir com a comunidade neste sentido al m de participar com sugest es sobre os processos museol gicos a serem disponibilizados na exposi o Apesar do MVMC pertencer Regi o Administrativa do N cleo Bandeirante seu v nculo muito mais forte com a comunidade da Candangol ndia pois as pessoas que viviam na rea do HJKO foram remanejadas para l e dele est o separados apenas pela Via EPIA 6 Para Santos o Plano Pol tico Pedag gico do museu deve ser seu referencial te rico filos fico e pol tico Nele devem estar expressos a forma de atua o e a caracteriza o do museu do setor de a o cultural e educativa o marco referencial o diagn stico as diretrizes para o desenvolvimento dos projetos as estrat gias e as re
24. cidade monumento hist rico e desenvolvimento sustent vel foram trabalhados com a comunidade visando seu desenvolvimento social Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 61 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 2 Grande preocupa o notada em Choay 2006 o espa o urbano no qual o patrim nio edificado est inserido e sobre a forma como trabalhada sua rela o com as novas fun es os acessos o fluxo de turistas sua preserva o e a do entorno S o quest es de ordem pr tica t cnica e de salvaguarda da din mica urbana pois a corrida aos monumentos pode colocar em risco sua perman ncia Costa define arquitetura como sendo constru o concebida com o prop sito de organizar e ordenar plasticamente o espa o e os volumes decorrentes em fun o de uma determinada poca de um determinado meio de uma determinada t cnica de um determinado programa e de uma determinada inten o Costa 1902 1998 p 21 Ou seja est associada ao seu tempo e cultura que a produziu Rossi 2001 compreende a cidade como resultado provis rio de uma hist ria em permanente reconstru o Construiu sua an lise com base em uma vis o multidisciplinar onde incorporou estudos sobre gest o pol tica mem ria tra ado e estrutura da propriedade urbana e de for
25. como no entender de cada concorrente uma tal cidade deve ser concebida Ela deve ser concebida n o como simples organismo capaz de preencher satisfatoriamente e sem esfor o as fun es vitais pr prias de uma cidade moderna qualquer n o apenas como urbs mas como civitas possuidora dos atributos inerentes a uma capital E para tanto a condi o primeira achar se o urbanista imbu do de uma certa dignidade e nobreza de inten o porquanto dessa atitude fundamental decorrem a ordena o e o senso de conveni ncia e medida capazes de conferir ao conjunto projetado o desej vel car ter monumental Monumental n o no sentido de ostenta o mas no sentido da express o palp vel por assim dizer consciente daquilo que vale e significa Cidade planejada para o trabalho ordenado e eficiente mas ao mesmo tempo cidade viva e apraz vel pr pria ao devaneio e especula o intelectual capaz de tornar se com o tempo al m de centro de governo e administra o num foco de cultura dos mais l cidos e sens veis do pa s Dito isto vejamos como nasceu se definiu e resolveu a presente solu o 1 Nasceu do gesto prim rio de quem assinala um lugar ou dele toma posse dois eixos cruzando se em ngulo reto ou seja o pr prio sinal da cruz FIGURA 1 2 Procurou se depois a adapta o topografia local ao escoamento natural das guas melhor orienta o arqueando se um dos eixos a fim de cont lo no tri ngulo equil
26. desenvolvido a partir da hist ria da arquitetura do HJKO com o objetivo de disponibilizar para a comunidade suas mem rias Seis m dulos comp em o percurso expositivo o contexto urbano a t cnica construtiva as edifica es que formam o Acampamento HJKO a m o de obra sua implanta o e a mem ria O prop sito aproximar o p blico de seu patrim nio constru do valorizando sua mem ria e enfatizando a import ncia de se conhecer o trabalho e a contribui o das gera es passadas na forma o e na conscientiza o da identidade das novas gera es M dulo Contexto Urbano A parede 03 Figura 86 parte do m dulo Contexto Urbano Apresenta uma cronologia da mudan a da capital para Bras lia desde a poca dos portugueses at sua inaugura o em 21 de abril de 1960 Segue o Texto 03 A ideia de transferir a Capital Federal para o Planalto Central tem longa hist ria Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 190 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 1751 Francesco Tosi Colombina cart grafo Italiano faz o levantamento de Goi s a pedido do Marques de Pombal que pensava na transfer ncia da capital para o Planalto Central como estrat gia de manuten o dos limites da col nia portuguesa 1789 A Inconfid ncia Mineira tem como um dos po
27. detalhes hidr ulicos materiais peculiares e sua fabrica o etc 5 5 Temas correlatos a serem desenvolvidos a partir das t cnicas construtivas Identifica o de temas atuais que possam ser abordados a partir das informa es relacionadas com as t cnicas construtivas descritas anteriormente 6 EDIFICA O 6 1 Hist rico da edifica o Hist rico do im vel contendo a cronologia de sua constru o at o tombamento Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 221 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 6 2 Imagem Data Iconografia da edifica o com fonte e data 6 3 Imagem Data Iconografia da edifica o com fonte e data 6 4 Imagem Data Iconografia da edifica o com fonte e data 6 5 Imagem Data Iconografia da edifica o com fonte e data 6 6 Observa o Coment rios sobre a iconografia acima 6 7 Observa o Coment rios sobre a iconografia acima 6 8 Observa o Coment rios sobre a iconografia acima 6 9 Observa o Coment rios sobre a iconografia acima 6 10 Fatos relevantes acontecidos na edifica o Detalhar informa es sobre o bem 6 11 Pessoas ou grupos relacionados com a hist ria da edifica o Detalhar a participa o de pessoas ou grupos na hist ria da edi
28. ele passa a ser alvo de a es de comunica o de seu conte do com o fim de situar o visitante no presente por meio da hist ria vivida no local Trabalhar o objeto pensar na linguagem que vai intermediar a exposi o e determinar o que ele tem a falar de si mesmo de sua fun o de sua feitura e de sua import ncia E a comunica o de seu conte do que vai estabelecer a rela o entre o homem e o objeto vai explicitar a cultura qual pertence Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 123 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A constru o dos monumentos comemorativos ainda serve para perpetuar lembran as e pode revelar tamb m as rela es sociais da comunidade na produ o de seus artefatos Considerando a arquitetura como um artefato como o faz Rossi 2001 pode se pensar que ela uma potencial ferramenta de compreens o das sociedades que a conceberam Se considerarmos por exemplo o Arco de Tito em Roma e o Arco do Triunfo em Paris veremos que os dois monumentos remetem a acontecimentos ligados a vit rias mas seu modus faciendi difere s o outros tempos outras t cnicas e vis es de mundo que est o impressas na execu o de cada um deles Um dos locais onde se estabelece a rela o entre o homem e o seu patrim nio o museu P
29. es de que trata a exposi o foram constru dos em madeira a import ncia do manejo sustent vel e as possibilidades de utiliza o da madeira na constru o civil Que vejam tamb m a import ncia da utiliza o de recursos naturais renov veis em reas onde h esta disponibilidade e sua import ncia para o desenvolvimento e prote o ambiental do mundo M dulo 3 Edifica es Neste m dulo o objetivo contar a hist ria das edifica es que comp em o chamado Conjunto HJKO at serem tombadas e transformadas em sede do Museu Vivo da Mem ria Candanga Neste m dulo as pessoas que aqui viveram s o representadas em v rios momentos com imagens e depoimentos Na parede 01 Figura 65 um texto explicativo permeado por fotografias conta de forma sucinta e por meio de uma linha do tempo a hist ria da edifica o do HJKO e das casinhas que comp em o conjunto Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 178 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga E Figura 65 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 Na parede 02 Figura 66 apresentada uma rela o com nomes e imagens dos m dicos e funcion rios que trabalharam no HJKO Van e a O mig Figura 66 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede
30. ficava o Posto de Benef cios esquerda e a Ag ncia do IAPI direita O HJKO possu a enfermarias salas de cirurgias aparelhos de Raios X laborat rio de an lises cl nicas sala de ortopedia maternidade ber rio farm cia e consult rio odontol gico al m dos compartimentos de administra o e apoio Sua capacidade inicial era de 50 leitos Foi equipado com o que havia de mais moderno em termos de equipamentos hospitalares no Brasil EQUIPE PIONEIRA A primeira equipe do HJKO foi constitu da pelos seguintes m dicos Edson Porto Dire o e Pediatria mas atendia a todas as especialidades Giovani Cisneros An lises Clinicas Jorge Nabut Cl nica Geral Elias Jorge Haun Cl nica Geral e Cirurgia Augusto Valente Ornelas Cirurgia Gilvan Juvenal Dutra Radiologia Isaac Barreto Ribeiro Cirurgia Orlando Marum Ginecologia Jo o Batista Mendon a Ortopedia C lio Menicucci Cl nica Geral Cl udio Costa Oftalmologia e An lises Cl nicas Carlo Strossi Cl nica M dica Gustavo Ribeiro Cirurgi o Renato Portela Oontologia Gustavo Dermeval da Fonseca Odontologia e Carlos Henrique Saf Carneiro Odontologia Eug nio Moraes Sarmento Ortopedia era do 2 grupo e foi Diretor em 1959 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 194 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Ca
31. museologia um instrumento de voz Santos compreende como sendo os princ pios norteadores da Nova Museologia o reconhecimento das identidades e das culturas de todos os grupos humanos a utiliza o da mem ria coletiva como referencial b sico para o entendimento e a transforma o da realidade o incentivo apropria o e reapropria o do patrim nio para que a identidade seja vivida na pluralidade e na ruptura o desenvolvimento de a es museol gicas considerando como ponto de partida a pr tica social e n o as cole es a socializa o da fun o de preserva o a interpreta o da rela o entre o homem e o seu meio ambiente e da influ ncia da heran a cultural e natural na identidade dos indiv duos e dos grupos sociais a a o comunicativa dos t cnicos e dos grupos comunit rios objetivando o entendimento a transforma o e o desenvolvimento social Santos M 1999 p 12 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 40 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Alguns novos conceitos foram incorporados e outros foram adequados a esta nova concep o de atua o museol gica dos quais destacam se tr s definidos por Santos 1999 patrim nio global ou integral museu integral e museologia ativa Patrim nio global ou integral a compreens o do patrim
32. nico Na pesquisa de Bosi 1994 a mem ria individual foi mesclada com a mem ria social a fim de reconstruir a hist ria do lugar Isso permitiu o estabelecimento de v nculos emocionais entre pessoas que vivenciaram hist rias diferentes mas que conseguiam captar dentro das narrativas expostas pontos de identifica o com passagens contadas por seus antepassados ou mesmo com as suas pr prias Este mecanismo acabou despertando outras mem rias Se a mem ria t o importante para a manuten o de uma comunidade como garantir que ela seja preservada A resposta passa sempre pela apropria o de objetos e documentos que creditem o fato ou o feito a ser lembrado pela conserva o e pela comunica o do patrim nio cultural fun es que s o inerentes aos museus A Sociomuseologia dota o museu da importante miss o de ser meio facilitador de desenvolvimento e transforma o social por meio de uma vis o embasada nas ci ncias sociais Assim compreende se que o patrim nio arquitet nico sede das institui es museol gicas pode ser suporte para a comunica o de uma s rie de conte dos capazes de aproximar ainda mais o p blico de seu patrim nio cultural Nos ltimos anos a Sociomuseologia vem procurando trabalhar o patrim nio cultural de forma a reinseri lo no presente por meio de atividades pedag gicas e educacionais que induzam a pr ticas reflexivas Ao pensar o patrim nio arquitet nico do museu como acervo
33. nio no espa o e no tempo em todas as dimens es culturais naturais materiais imateriais o meio ambiente o homem o saber e o fazer Museu integral aquela institui o que tem a nfase no homem como sujeito das a es de conhecimento e de transforma o do meio como resultado da compreens o da totalidade dos problemas da sociedade de seu territ rio do patrim nio e da popula o E museologia ativa a que experimenta a es referenciadas nos preceitos da Nova Museologia e podem ser traduzidos em experi ncias de ecomuseus museus comunit rios museus de vizinhan a e outras formas de integra o do fazer museal com a comunidade A Nova Museologia definida por Santos como sendo um movimento organizado a partir da iniciativa de um grupo de profissionais em diferentes pa ses dentro dos sistemas de pol ticas culturais institu das organizando museus de forma criativa interagindo com os grupos sociais aplicando as a es de pesquisa preserva o e comunica o com a participa o dos membros de uma comunidade de acordo com as caracter sticas dos diferentes contextos tendo como objetivo principal utilizar o patrim nio cultural como um instrumento para o exerc cio da cidadania e para o desenvolvimento social Santos 1999 p 13 A participa o de profissionais ligados museologia em Portugal na cria o do MINOM foi muito expressiva Moutinho foi o respons vel pela reda o do docu
34. o t tulo nome t tulo atribu do cole o documento fun o origem dataf poca autorfabricante pseud nimo assinaturas marcas forma aquisi o datafentrada nn e anterior proced ncia ocaliza o 2 Dados T cnicos material t cnica E altura E espessura comprimento dimens o c suporte E Conserva o e regular p ssimo procedimentos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia I MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 5 Hist rico o 6 Refer ncia bibliogr fica tederal Jestadual municipal Tombamento data individual livro C conjunto p gina Respons vel cadastro data Q Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia H MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Anexo 02 Relat rio do Plano Piloto de Bras lia Lucio Costa Jos Bonif cio em 1823 prop e a transfer ncia da Capital para Goi s e sugere o nome de BRAS LIA Desejo inicialmente desculpar me perante a dire o da Companhia Urba
35. o 2 6 1 No Brasil 2 6 2 Em rela o ao contexto limites Inserir mapa 2 6 3 Na regi o estado Inserir mapa Inserir mapa 2 7 Munic pios lim trofes nominar Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia IV MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Preencher com os nomes dos munic pios limitrofes Preenchimento opcional Esses campos permitir o a plotagem e o cruzamento das informa es coletadas no mapa Neste campo importante enquadrar o universo ou o objeto de an lise no panorama da hist ria do Brasil e da regi o onde se insere Esse panorama servir como base de um texto introdut rio sobre os bens identificados dentro do universo ou recorte territorial tem tico escolhido Preenchimento obrigat rio 4 INFORMA ES SOBRE CONTEXTO GEOGR FICO DO UNIVERSO OBJETO DE AN LISE 4 1 Caracter sticas ambientais relevo hidrografia zonas clim ticas cobertura vegetal altitudes etc As informa es sobre o contexto geogr fico dever o relacionar o universo objeto de an lise com o seu meio Eventualmente estas informa es ser o cruzadas tamb m com as informa es hist ricas especialmente naqueles casos onde as condi es geogr ficas foram condicionantes no desenvolvimento de um processo de ocupa o do territ rio preenchimento obrigat ri
36. o Patrimonial englobando temas e produ o de material ligado s crian as jovens adultos e idosos tendo como fio condutor a hist ria da arquitetura e do urbanismo relacionados com o patrim nio constru do Dentro Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 173 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga desta a o foram pensados materiais de divulga o cat logo da exposi o uma agenda cultural blogs confec o de material alusivo ao museu e sua hist ria al m de um programa permanente de capta o de documentos imagens e hist ria oral O intuito da exposi o disponibilizar informa es que podem ser acessadas e aprofundadas de acordo com a curiosidade e o interesse do visitante Os recursos de m dia entram como atrativos interativos e como auxiliares de acesso aos portadores de necessidades especiais como defici ncias visuais impossibilidade de acesso aos textos escritos e defici ncias auditivas As maquetes f sicas e de modela o tridimensionais tamb m s o recursos facilitadores da percep o dos espa os e das informa es disponibilizadas A seguir uma planta mostra a disposi o dos ambientes de visita o que ter o seus conte dos detalhados Figura 55 Contexto Edifica es Urbano T cnicas Construtivas
37. o Tempor ria descritas a seguir no subcap tulo 3 3 4 O ProMus A do MVMC tem como pressuposto baseado em Santos a inser o da comunidade nos processos museol gicos para que desta forma possa atingir uma das metas desta iniciativa que a de trabalhar com o reconhecimento do patrim nio arquitet nico pela Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 168 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga comunidade O necess rio diagn stico da situa o atual deve ter como objetivo o levantamento de expectativas e necessidades da comunidade para que seja feita uma operacionaliza o ou plano de a o com o estabelecimento de metas estrat gias e objetivos A avalia o deve ser cont nua grupal participativa e educativa e prever a es de reprograma o a partir de dados da avalia o cont nua repensada a cada momento Esta metodologia foi desenvolvida para trabalhar museus did ticos comunit rios Como o universo relacionado ao MVMC muito amplo envolve as Regi es Administrativas do N cleo Bandeirante da Candangol ndia e da Ceil ndia cidades sat lites de Bras lia optou se por trabalhar com pessoas que viveram no acampamento e com a comunidade da Candagol ndia onde se encontra a maioria dos antigos moradores e funcion rios da rea do HJKO Para Santos os o
38. o de equipamentos p blicos Estes espa os s o fundamentais para a compreens o da identidade local O Conjunto do HJKO quando comparado aos acampamentos o que sofreu menos invas es e acr scimos provavelmente por estar cercado Segundo o relat rio pode ser considerado como o nico local restante ligado ao viver comunit rio deste per odo da sua import ncia como objeto de valor hist rico Na Justificativa do projeto o autor ressalta sua localiza o estrat gica entre o N cleo Bandeirante e a Candangol ndia como sendo suposta rea de lazer formando um eixo cultural equipamento de import ncia fundamental para a din mica s cio urbana da poca referente constru o de Bras lia comparece hoje como um dos poucos testemunhos do viver oper rio que escreveu a hist ria popular deste per odo SECDF DePHA 1985 A rela o da comunidade com o HJKO p de ser percebida quando o pedido de seu tombamento foi feito por meio de uma A o Popular embasada na import ncia de sua exist ncia para a mem ria das pessoas que foram assistidas no HJKO onde nasceram seus filhos e onde eram atendidos os oper rios Vale ressaltar que o atendimento era feito a todos que viveram a experi ncia da constru o da capital independente de classe social Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 157 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquite
39. para Santos 1996 s o muito diferentes O acervo institucional aquele adquirido ou cedido e o acervo operacional aquele que faz a articula o do patrim nio cultural com o ambiental onde se encontram o meio ambiente natural as estruturas urbanas e a cultura da sociedade Por isso a import ncia de se trabalhar o acervo o com a comunidade para que ela se veja refletida no espa o do museu e para que haja identifica o compreens o e possibilidade de an lise e de reflex o da realidade Para a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 13 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga autora citando Suano A an lise o estudo e a divulga o desse acervo tornaria sic o museu um p lo irradiador de conhecimento da cidade e da regi o e no sentido inverso captador de quest es e f rum por onde passaria a sua discuss o e encaminhamento Santos M 1996 p 46 Hansen citado por Santos defende que al m de novas metodologias os museus devem portar se como meios de transforma o social colocando em pauta os grandes problemas a serem enfrentados pela comunidade tais como racismo o crescimento material a pobreza a car ncia de habita o o desemprego as drogas a deteriora o das cidades o planejamento urbano a educa o e todos os aspectos relati
40. pole Grega e o Pal cio do Itamaraty no Eixo Monumental de Bras lia partilham do mesmo tipo Uma constru o central contornada por colunas que deixam antever o volume interno onde est o abrigadas as fun es do edif cio Os materiais s o totalmente diferentes as fun es s o diversas e a est tica outra claro todos est o em conson ncia com o seu momento construtivo Mas h um di logo entre a ess ncia dos dois edif cios E para este valor que Rossi chama aten o em sua teoria Rossi foi buscar na Teoria das Perman ncias de Po te e Lavedan a sustenta o de seu estudo que considera a cidade como artefato e entende como perman ncias um passado que ainda experimentamos Ampliando a tese de Halbwachs gostaria de dizer que a pr pria cidade a mem ria coletiva dos povos e como a mem ria est ligada a fatos e lugares a cidade o l cus da mem ria coletiva assim entendida a mem ria se torna o fio condutor de toda a complexa estrutura nisso a arquitetura dos fatos urbanos se destaca da arte enquanto elemento que existe em si mesmo at os maiores monumentos da arquitetura est o intimamente ligados cidade Rossi A 2001 p 198 Por monumento entende os acontecimentos arquitet nicos que s o guardados na mem ria e que falam das hist rias da arquitetura signos concretos do espa o onde repousam os conte dos que a sociedade lhes deu Pois acredita que os fatos u
41. rea de exposi o Subsolo Fonte Arquivo Gabriel Dorfman ces Ga Ea E ROME GI Ta 91 Figura 16 Neue Nationalgalerie Berlim 1968 P tio interno Fonte Arquivo Gabriel NORMA NO earnen n E ad E E RR aa 91 Figura 19 Museu Romano de M rida Entrada Fonte museoarteromano mcu es 93 Figura 20 Museu Romano de M rida Nave principal Fonte museoarteromano mcu es 93 Figura 21 Museu Judaico Berlim Vista a rea Fonte Arquitetura e afins 94 Figura 22 Museu Judaico Berlim Vista do caminho para o ex lio Fonte Arquitetura e afins Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 15 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 23 Museu Judaico Berlim Vista do jardim Fonte Arquitetura e afins 94 Figura 24 Museu d Orsay Paris Vista interna Fonte www cambridge2000 com gallery html P6241486 html 95 Figura 25 Museu Guggenheim Bilbao Planta t rreo Fonte www guggeheim bilbao es 97 Figura 26 Museu Guggenheim Bilbao Planta primeiro piso Fonte www guggeheim BilbaG es EEEE catia ganas dino rees ES 97 Figura 27 Museu Guggenheim Bilbao Planta segundo piso Fonte www guggenheim bilbao ES canada matos n Seca BRAS raspa Ai neTa Ea e lua Edo aa AU TTE E O Caras Rom a E E 97 Figura 2
42. reas residenciais como esfera p blica e esfera privada 63 o Pe w ega g i Rossi compreende o conjunto urbano subdividido em tr s fun es principais resid ncia atividades fixas e tr fego Como atividades fixas est o o com rcio os edif cios p blicos e de servi o al m dos equipamentos p blicos e a infraestrutura Dentro deste pensamento as atividades fixas est o contidas no conjunto dos elementos prim rios Estes refletem o p blico aquilo que foi constru do coletivamente e para a comunidade Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 63 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga respectivamente Nesta rela o existe uma polariza o mas tamb m uma troca que configura o car ter da cidade Um edif cio hist rico um fato urbano medida que gerador de uma forma da cidade Rossi 2001 p 116 Os elementos prim rios s o capazes de acelerar o processo de urbaniza o de uma cidade e caracterizantes dos processos de transforma o espacial do territ rio Rossi 2001 p 116 no caso de reas mais amplas agindo muitas vezes como catalisadores Isto significa que n o necessariamente referem se a um edif cio mas podem ser referentes a um acontecimento que viabiliza uma transforma o espacial Em Rossi 2001 o fato urban
43. reconhecem como parte integrante de seu patrim nio cultural Este patrim nio cultural imaterial que se transmite de gera o em gera o constantemente recriado pelas comunidades e grupos em fun o de seu ambiente de sua intera o com a natureza e de sua hist ria gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo assim para promover o respeito diversidade cultural e criatividade humana Para os fins da presente Conven o ser levado em conta apenas o patrim nio cultural imaterial que seja compat vel com os instrumentos internacionais de direitos humanos existentes e com os imperativos de respeito m tuo entre comunidades grupos e indiv duos e do desenvolvimento sustent vel UNESCO Para Bellaigue 1992 o museu uma cria o do homem para atender necessidade de mem ria que permite o reconhecimento do passado estabelecendo refer ncias que servem para explicar o presente Em sua concep o o museu n o um fim em si o meio o lugar 113 O Memorial da Resist ncia foi criado em 2002 com o nome de Memorial da Liberdade e est vinculado ao Arquivo P blico do Estado de S o Paulo Em 2007 na Esta o Pinacoteca recebeu da Secretaria de Estado da Cultura um novo projeto de cunho educativo e cultural 114 Informa o contida na p gina oficial da Pinacoteca do Estado de S o Paulo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 118 MARIA CE
44. ria do lugar SM 3 2 N O 8 5 Q1 11 Voc j ouviu falar no Museu Vivo da Mem ria Candanga SIM 2 N O PAM Se a resposta foi sim responda as quest es 6 7 e 8 6 Q1 12 Quem falou dele para voc 1 Professora 2 Paiou M e 3 Av ou Av 4 Amigos 5 Ningu m 7 Q1 13 Voc sabe o que funcionava l antigamente 1 Escola 2 Hospital 3 Parque 4Lojas 5 N osei 8 Q1 14 Voc acha que ele faz parte da sua hist ria e da hist ria de sua fam lia 1 Sim 2 N o 3 N osei Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia H MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga UNIVERSIDADE LUS FONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS Faculdade de Arquitectura Urbanismo e Artes Departamento de Museologia Programa de Doutoramento em Museologia Pesquisadora Respons vel Maria Cec lia Filgueiras Lima Gabriele Professora Assistente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia Q2 1 QUESTION RIO N 02 POSTERIOR VISITA GUIADA Crian as do __ Ano do Ensino Fundamental Antigo __ Ano Os dados coletados por meio deste instrumento de avalia o ser o utilizados t o somente para fins de pesquisa acad mica Q2 2 Question rio aplicado na Escola 02 3 Data __ ___ Q2 4 Prof
45. ria pode ser trabalhada no presente reconstruindo novas formas de heran a cultural No Museu Vivo da Mem ria Candanga h uma s rie de oficinas chamadas Saberes e Fazeres que trabalham com artesanato a partir do estudo do que era feito pelos trabalhadores provenientes de todas as partes do Brasil para a constru o da nova capital Os alunos pesquisam sobre os materiais utilizados no momento da feitura das pe as por pessoas de diferentes origens e que se miscigenaram trocaram experi ncias no fazer utilizaram instrumentos da poca alguns improvisados e que de certa forma repercutiam na apresenta o final do produto Fazem levantamento dos produtos cores formas e motivos com a finalidade n o de reproduzir o foi feito mas de recriar em cima de novos materiais e buscando a pr pria identidade trabalhada dentro do que foi gerado naquela complexa comunidade Neste exemplo a mem ria trabalhada e continua viva Aqui ela cria la os identit rios Outra experi ncia que trata a mem ria como algo vivo deu se em torno dos Pafios 10 de Gualaceo Somente oito mulheres de cerca de 70 anos da primitiva comunidade de pastores sabiam a t cnica de produzir uma trama tecida a partir do fio tingido e marcado 109 O Museu Vivo da Mem ria Candanga est situado em Bras lia DF e o estudo de caso desta pesquisa O levantamento do museu pode ser encontrado no item 3 2 desta tese 110 Esta experi ncia aconteceu em
46. ricos em nome de ideais higienistas per odo que se encerra na d cada de 1960 com a Carta de Veneza Segundo Choay a ruptura com o pensamento dos antiqu rios e da Revolu o Francesa deu se a partir de dois textos a que ela se refere como sendo simb licos e complementares 2006 p 127 O primeiro oficial e administrativo o Rapport au roi de 1830 escrito por Guizot Ministro do Interior franc s que prop s a cria o do cargo de Inspetor Geral dos Monumentos Hist ricos da Fran a e o segundo contestador e po tico escrito por John Ruskin em 1854 sobre A abertura do Pal cio de cristal e suas rela es com o futuro da arte No texto de Guizot foi destacada a import ncia do monumento para a constru o de um sentimento nacional por meio dos estudos provenientes dos historiadores da arte que se Vicq d Azyr era membro da Comiss o Provis ria das Artes de 1792 e prop s a se o XI da Instruction sur la mani re d inventorier Choay 2006 pp 115 49 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 54 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga distanciavam dos eruditos antiqu rios e viam a arquitetura antiga como objeto de uma pesquisa sistem tica relativa sua cronologia t cnica morfologia g nese e fontes sua decora o cons
47. sse em verdadeira escultura Para finalizar este breve panorama da arquitetura de museus no Brasil importante tratar do rec m inaugurado Museu Iber Camargo do arquiteto portugu s lvaro Siza Sua constru o considerada um marco na arquitetura de museus no Brasil um projeto que apresenta uma express o pl stica importante na paisagem tem um apuro t cnico elogi vel quer na execu o da obra quer nas quest es relacionadas museologia propriamente dita Ademais busca tirar partido das visuais do entorno mesmo configurando se num espa o fechado para as exposi es pois nos percursos propiciados pelas al as que o envolvem exteriormente e que servem de rampa de acesso a outros pavimentos franqueado ao visitante descortinar a paisagem Figura 37 Figura 38 Figura 37 Funda o Iber Camargo Porto Alegre Figura 38 Funda o Iber Camargo Porto Alegre Corte longitudinal Fonte www iberecamargo org br Vista externa Fonte www iberecamargo org br Atualmente est o cadastrados no Instituto Brasileiro de Museus 2 778 institui es Ao se considerar que a ustria possui duas mil institui es museol gicas e menos de 9 milh es de habitantes a situa o do Brasil ainda est aqu m do que se deseja para um pa s com mais de 190 milh es de habitantes Encerra se este cap tulo com uma reflex o sobre o percurso da arquitetura de museus no Brasil O que se percebe que a apropria o de paradigma
48. t o imposs vel quanto ressuscitar os mortos restaurar qualquer coisa que j tenha sido bela ou grandiosa em arquitetura Ruskin 1849 2008 p 79 pois o esp rito a alma e a vida dos que a edificaram e usufru ram jamais ser o restabelecidas na execu o de algo que n o ostentar os desgastes do tempo na pe a e que contribu ram tamb m para sua valoriza o Para ele a restaura o uma mentira do come o ao fim mais pode ser resgatado da devastada N nive do que jamais o ser da reconstituida Mil o Ruskin 1849 2008 p 81 No final do s culo XIX outra quest o distanciava duas a es distintas o conhecimento da arte e a experi ncia da arte Riegl em seus estudos de axiologia do monumento aprofundou se sobre a distin o entre os valores cognitivos e os valores art sticos numa busca pelo valor essencialmente est tico dos monumentos a fim de experimentar uma frui o com a obra de arte representada pelo monumento hist rico Como Conservador do Museu de Artes Decorativas de Viena e presidente da Comiss o de Monumentos Hist ricos da ustria Riegl recebeu a atribui o de pensar a nova legisla o para a conserva o dos monumentos do pa s Seus estudos voltaram se para o valor do monumento hist rico como objeto social e filos fico e para o sentido que lhe atribu do pela sociedade Acreditava que s poss vel construir uma pr tica de conserva o quando se compreende a percep
49. 1972 Para Santos 1999 tamb m relevante compreender a estrutura do encontro de Santiago onde todos os expositores eram profissionais latinoamericanos e comprometidos i aa g i E EET Er com suas realidades sociais O pedagogo brasileiro Paulo Freire foi indicado para presidir o encontro mas embora n o tenha podido participar pessoalmente teve suas ideias de 2 Candido 2008 menciona como importantes para a forma o da Nova Museologia al m da Mesa Redonda de Santiago do Chile de 1972 a Jornada de Lurs em 1966 e o Col quio Museu e Meio Ambiente na Fran a 1972 Santos 1999 em Reflex es sobre a Nova Museologia enxerga no Semin rio Regional da UNESCO no Rio de Janeiro em 1958 que tinha como objetivo discutir a fun o dos museus como educativo um prenuncio das mudan as posteriores 22 A Mesa Redonda de Santiago do Chile foi organizada pelo ICOM a pedido da UNESCO e aconteceu entre os dias 20 a 31 de maio de 1972 em Santiago O objetivo era pensar o papel do museu na Am rica Latina Tornou se um marco na Museologia pelas novas proposi es de atua o desta disciplina na sociedade 2 Os temas tratados pelos palestrantes do encontro estavam relacionados ao desenvolvimento social e tratavam de educa o meio ambiente e urbaniza o 2 Em entrevista a M rio Chagas Varine 1996 comenta a import ncia dos textos de Paulo Freire para a Museologia e a discord ncia do governo brasileiro com a indica o de s
50. 217 218 219 229 231 233 236 246 248 249 250 256 IV I VI XI B Bellaigue 127 131 251 Bosi 34 117 118 119 132 251 Brasil 16 25 27 31 32 33 34 37 42 44 48 56 58 59 106 107 108 109 110 111 112 113 114 122 145 149 154 155 156 157 161 170 172 190 191 198 201 204 205 208 218 219 229 252 254 256 257 II VI XI V IV Bras lia 13 25 30 32 35 73 85 122 153 154 155 157 158 159 160 161 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 178 179 181 183 184 185 186 187 188 189 193 195 199 201 203 204 205 206 207 210 212 213 214 215 216 217 219 221 223 225 247 249 251 252 253 254 256 257 I II IV VI VII IX X XI XII M VI Bruno 33 34 125 128 134 142 148 216 217 251 253 257 Museu Vivo da Mem ria Candanga C Candangol ndia 23 162 164 169 170 172 179 181 182 185 195 197 203 206 207 214 217 220 221 223 224 225 247 250 I Cartas Patrimoniais 33 Casa De Rui Barbosa 25 Ch Choay 39 51 52 53 55 59 60 61 63 64 69 252 C Cidadania 1 3 10 16 26 27 28 31 32 33 34 47 87 116 127 130 137 139 140 148 149 186 222 223 225 249 I Cidade Livre 20 161 162 163 164 165 176 190 196 200 207 212 218 Comunica o 16 27 28 29 33 42 47 62 67 68 74 78 80 82 101 116 124 125 128 129 130 132 133 134 139
51. Barcelona Gustavo Gili Ruskin J 1849 2008 A l mpada da mem ria M L Bressan Trad Cotia S o Paulo Ateli Editorial Santos M C 2002 Os museus e a busca de novos horizontes II Forum de Profissionais de reservas T cnicas de Museus Salvador COFEM BA Santos M 2002 Cultura Globaliza o e Cr tica Social In J P Silva Cr tica Contempor nea S o Paulo Annablume Santos M 2000 Estrat gias museais e patrimoniais contribuindo para a qualidade de vida dos cidad os diversas formas de musealiza o Ci ncias amp Letras Revista da Faculdade Porto Alegrense de Educa o Ci ncias e Letras 103 120 Santos M 6 11 de Novembro de 2000 Museu e Comunidade Uma rela o Necess ria S o Paulo S o Paulo Brasil Santos M 2001 Museu e Educa o conceitos e m todos Artigo extra do do texto produzido para a aula inaugural do Curso de Especializa o em Museologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP Santos M 1999 n 31 Agosto Reflex es sobre a Nova Museologia S o Paulo Santos M 1996 Uma abordagem museol gica do contexto urbano Cadernos de Sociomuseologia N 05 41 65 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 240 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga SCDF 02 de Abril de 2010 Secretaria d
52. Candanga germ nicos O segundo eixo leva ao Jardim do Ex lio e emigra o Representado por um corredor estreito com o piso desnivelado que dificulta a caminhada tem em seu final a luz do dia que aumenta de intensidade medida que se vai se aproximando do jardim composto por quarenta e nove colunas entremeadas por oliveiras s mbolo da paz e da esperan a O terceiro eixo o que leva morte ou a torre do Holocausto uma sala em concreto fria fechada por onde se v apenas uma r stia de luz Neste museu a arquitetura tem a pretens o de ser o pr prio objeto Apresenta se como uma grande instala o Ao percorrer os seus espa os h uma apropria o da mensagem que pretende ser passada ao longo da visita Esta postura merece uma reflex o pois h quem vai experimentar somente o museu e que v a exposi o de longa dura o como um adendo pr pria arquitetura Figura 19 Museu Judaico Berlim Figura 20 Museu Judaico Berlim Figura 21 Museu Judaico Berlim Vista a rea Fonte Arquitetura e Vista do caminho para o ex lio Vista do jardim Fonte Arquitetura afins Fonte Arquitetura e afins e afins A esta o de trem d Orsay em Paris constru o de 1900 j abrigou v rias fun es Em 1977 foi decidido que passaria a funcionar em suas depend ncias o Museu do S culo XX O projeto de arquitetura dos arquitetos Bardon Philippon e Colboc mas a adapta o da esta o para a fun o de mu
53. Como o museu est no local exato onde o di rio foi escrito as pessoas podem vivenciar momentaneamente a vida no s t o Longe da experi ncia real a passagem pelo anexo secreto induz a reflex es pessoais importantes trabalhando na forma o de ideias sobre um tema que tem v rias faces mas que infelizmente est ainda hoje sempre presente na hist ria da humanidade 112 Ford e i O Museu Anne Frank est situado em Amsterd e funciona na casa que serviu de esconderijo para Anne sua fam lia e mais quatro pessoas Inaugurado em 1960 recebe um grande fluxo de pessoas que acorrem casa n o s para se inteirar da hist ria da adolescente judia perseguida pelo nazismo mas tamb m para fazer pesquisas e participar de semin rios promovidos no local Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 117 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga O Memorial da Resist ncia como o nome sugere partiu da resist ncia como conceito gerador A concep o museol gica procurou utilizando a es educativas e culturais focar nas possibilidades reflexivas acerca da mem ria da resist ncia e da repress o A equipe interdisciplinar teve a participa o do F rum Permanente dos Ex Presos e Perseguidos Pol ticos do Estado de S o Paulo e do Arquivo P blico do Estado de S o Paulo ond
54. D El dia sua m e morou com ele at a chegada da esposa D Marilda Moravam na casa direita mais pr xima ao hospital Nesta casa nasceu a primeira filha do casal Val ria Moraram no acampamento at 1961 Em frente o clubinho congregava o que era uma fam lia para os que tinham aceitado o desafio de construir uma cidade no meio do cerrado Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 200 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga s a k 4 e Figura 94 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 08 do m dulo Edifica es contendo informa es sobre o m dico Dr Edson Porto M dulo T cnica Construtiva A parede 09 Figura 95 do m dulo T cnica Construtiva busca explicar a t cnica utilizada na constru o do hospital que era tamb m a dos galp es de constru o da poca e que foi escolhida por se entender que seria demolido posteriormente Em frente ao painel encontra se tamb m uma maquete na escala de 1 50 da casinha utilizada pelo Dr Porto Aqui se fala um pouco de como a madeira um material que pode ser usado para edifica es permanentes e da import ncia do seu manejo sustent vel al m da especificidade da t cnica do siding wall que tem preocupa es clim ticas e ainda hoje bastante utilizada em pa ses desenvolvidos
55. Documentos fundamentais Organiza o e Apresenta o ULHT Ed Cadernos de Sociomuseologia 15 Primo J 2008 Museus Locais e Ecomuseologia Estudos para o projecto do ecomuseu da Murtosa Cadernos de Sociomuseologia N 30 Primo J 1999 Pensar contemporaneamente a museologia Cadernos de Sociomuseologia N 16 05 38 Processo de Preserva o de Patrim nio Hist rico Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira 06 de Fevereiro de 1987 Ramos J R Junho de 1989 La museografia comunitaria como alternativa para la preservaci n del patrimonio cultural La experiencia de los Museos Comunitarios del INAH S ptimo Coloquio Nacional de Museos Museo y Patrimonio Comit Nacional Mexicano ICOM M xico Ribeiro G L 2008 O capital da esperan a Bras lia Distrito Federal Brasil Universidade de Bras lia Riegl A 2006 O culto moderno dos monumentos sua ess ncia e sua g nese E R Peixoto amp A Vincentine Trads Goi nia Ed UCG Rodrigues M 2002 Preservar e consumir o patrim nio hist rico e o turismo In P Orgs Funari amp J Pinsky Turismo e patrim nio cultural 2 ed pp 15 24 S o Paulo Contexto Rossi A 2001 A arquitetura da cidade 2 Edi o ed E Brand o Trans S o Paulo Martins Fontes Rossi A 2001 A arquitetura da cidade S o Paulo Martins Fontes Roth L M 2003 Entender la arquitectura sus elementos historia y significado
56. Fonte Arquivo p blico do DF 151 Figura 50 Imagens do N cleo Bandeirante antiga Cidade Livre acampamento que se tornou refer ncia de com rcio e servi os mesmo depois da inaugura o de Bras lia Fonte Arquivo P blico do DE monroe do sogra asda E E ne iai Gp adj SUS a o 151 Figura 51 Invas o do IAPI Fonte Arquivo P blico do DF 152 Figura 52 Instala o de barracos na Ceil ndia Fonte Arquivo p blico do DF 152 Figura 53 HJKO Bras lia Alameda central na entrada no final da d cada de 1950 Fonte Arquivo P blico do DE mano Sp ga a E A QU E pa 159 Figura 54 Museu Vivo da Mem ria Candanga Bras lia Alameda de entrada atualmente Fonte Gabriela TENONio cassia ansmiodian pas indo isais tao aA A ara daba anda ad Ud ira Aa Sa a 159 Figura 55 Museu Vivo da Mem ria Candanga Bras lia Implanta o Fonte SEC DF Folder da OSCIP Atte Vida ssa na a us pa Rn Des R aiaa dista gana 163 Figura 56 Planta Baixa da Ag ncia de Benef cios do API local para a Exposi o de Longa Bb os o 2 ro PAPA RR JRRD RR RODE AR UR DR RR DR RR DO stiai 172 Figura 57 Planta baixa do Projeto de Exposi o de Longa Dura o ProMusAA do MVMC MORRO ERAS UR PORRA RR RO ARS PIER DURE RAP O ARE VSEE NOR DR CARO DURO RR RR 174 Figura 58 M dulo Contexto Urbano Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 175 Figura 59 M dulo Contexto Urbano Planta baixa e
57. IAPI 171 9 934 ACERVO da usa na AA E A E E E A E a Eopert eta alastna 172 3 3 4 2 M se pralia ss socos nora ciogasaniosnbitia das asa LRM Er E RERE Dad a OR REE Ir PEE O REESE s 173 3 3 4 2 ProMusAA do Museu Vivo da Mem ria Candanga Exposi o Tempor ria 187 3 34 21 M SCopralia issciicsi coa norisbera asanasanoieDo ro rnn E a SE EE REE E EE ON REE E TEE ET TR ESSER 189 3 3 5 Como ele ou n o visto pela comunidade ir ereeeeeererenceeeeranaa 205 3 3 1 Mais possibilidades de comunica o do acervo arquitet nico 211 CAP TULO 4 TRABALHANDO O PATRIM NIO ARQUITET NICO COMO CONSIDERA ES FINAIS ias ana as da a ada 200 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 13 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 14 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga NDICE DE FIGURAS E FOTOGRAFIAS Figura 1 S ntese te rico metodol gica do processo museol gico como a o interativa de Santos 1999 P 19 ca orionas serens ana eria Uai ga d asd gue isa ata EEEa S Snap asianad a o 61 Figura 2 Ecomuseu do
58. LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Planta baixa de todos os n veis da edifica o No caso de serem v rias edifica es elas devem ser identificadas na implanta o Caso hajam modifica es devem ser inclu das plantas do per odo original e as interven es Planta contendo o terreno e a edifica o no lote Se necess rio devem ser inclu das as imagens da implanta o original e da atual 4 11 Observa es Coment rios sobre as plantas apresentadas acima 5 T CNICAS CONSTRUTIVAS posteriores 4 12 Observa es Coment rios sobre as plantas apresentadas acima 5 1 Descri o da 5 2 Local 5 3 Imagens 5 4 Como a t cnica original t cnica feita na atualidade Obs Veda o Identificar o local Imagens das Breve estrutura e funda o das informa es se informa es contextualiza o da poss vel com t cnica na atualidade indica o em planta Cobertura Identificar o local Imagens das Breve das informa es se informa es contextualiza o da poss vel com t cnica na atualidade indica o em planta Esquadrias etc Identificar o local Imagens das Breve Se for necess rio das informa es se informa es contextualiza o da podem ser inclu das e poss vel com t cnica na atualidade analisadas outras indica o em planta t cnicas construtivas como piso
59. O objetivo foi tamb m trazer quest es ambientais discutidas na atualidade para a exposi o O texto do m dulo Texto 09 o seguinte O acampamento do HJKO foi constru do em madeira pois a inten o era demolir as edifica es ap s a inaugura o de Bras lia O sistema construtivo chamado Siding Wall A madeira um material de constru o sustent vel ainda muito utilizado em diversos lugares do mundo e considerado ecologicamente correto o nico recurso natural renov vel com propriedades estruturais um dos materiais mais resistente por unidade de peso f cil de trabalhar e possibilita uma grande diversidade de formas relativamente leve barateando o custo de transporte e montagem e biodegrad vel o que faz com que seus res duos possam ser totalmente aproveitados O manejo florestal um conjunto de t cnicas empregadas para explorar a madeira comercial de uma floresta de tal maneira que as rvores de pequeno porte a serem exploradas futuramente sejam protegidas Com um manejo bem elaborado a produ o de madeira pode ser cont nua ao longo dos anos Consultoria T cnica do M dulo Prof Julio Mello FAUUnB Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 201 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 95 Exposi o HJKO arquitetu
60. Pode se at pensar que algumas vezes esta rela o n o t o agrad vel mas n o se pode negar que ela existe Esta tese pensa a arquitetura por meio de mais uma de suas poss veis faces como acervo museol gico quando Z Eos RS Eu fis E 2 ela reconhecida como um patrim nio constitu do sob a tica da Sociomuseologia Esta ideia teve origem em uma visita t cnica na Funda o Casa de Rui Barbosa com os alunos de gradua o do Curso de Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRio A visita guiada foi bastante elucidativa sobre o ilustre ex ocupante da casa seus livros h bitos e os v rios projetos culturais desenvolvidos na institui o mas o edif cio em si ficou de fora dos temas abordados O curioso que esta obra arquitet nica um significativo exemplar das resid ncias neocl ssicas do final do s culo XIX no Brasil onde podem ser abordados por meio de sua an lise diferentes aspectos de ordem sociol gica tecnol gica urban stica e est tica Do ponto de vista de sua organiza o espacial de acordo com a disposi o dos c modos observam se as rela es sociais dos que a habitavam e as novas tecnologias introduzidas na poca Sobre o aspecto urban stico a implanta o possui a caracter stica das ch caras da aristocracia carioca e possibilita a leitura do antigo bairro que atualmente apresenta uma fei o muito distante da do passado Foi um dos lugares mais privi
61. Portugal que veio visitar as obras da cidade logo ap s o t rmino de sua constru o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 153 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga cidade em constru o era feito em sua expressiva maioria no HJKO at 1960 quando foi inaugurado o Hospital Distrital de Bras lia no Plano Piloto atual Hospital de Base Em 1966 o HJKO foi desativado e passou a funcionar como Posto de Sa de atendendo os moradores da Cidade Livre Invas o do IAPI e Velhacap Os acr scimos feitos em alvenaria s o deste per odo Em 1973 o ent o Posto de Sa de JKO foi desativado em virtude da cria o de servi os de sa de no N cleo Bandeirante Parte de seus equipamentos foi remanejada para outros locais e parte ficou no galp o de dep sitos do pr prio hospital servindo inclusive de brinquedo para as crian as que ali vivam Seguiu abandonado pelo poder p blico at 1984 entretanto os moradores por iniciativa pr pria pintaram algumas vezes as instala es do HJKO o que de certa forma serviu para mant lo temporariamente Mas outras obras foram feitas como o acr scimo nas habita es com puxados e garagens e a invas o do terreno com a constru o de alguns barracos Consta do processo de tombamento que a d cada de 1980 foi marcada pela dete
62. Possui um car ter de contemporaneidade Para o autor h tamb m os valores de contemporaneidade que podem ser percebidos pelo homem moderno e que imprimem satisfa o dos sentidos ou do esp rito como uma obra nova S o os valores de uso e de arte O valor de uso est atrelado a edif cios que recebem fun es Por isto devem estar fisicamente aptos a receb las e devem ser alvo de interven es que dependendo do projeto ficam mais ou menos evidentes O valor de arte se divide em arte relativa e de novidade A arte relativa est vinculada poca em que foi concebida e a de novidade est relacionada forma cores e integridade das obras novas De acordo com Reigl a percep o que se tem dos monumentos enfatizada pelas diferentes posturas relacionadas com a sua conserva o e restaura o que abre para as v rias possibilidades de interven es O alargamento do conceito de patrim nio propiciou o surgimento de novas concep es de museus Santos M 1999 p 17 como os ecomuseus os museus comunit rios os museus de vizinhan a e outras experi ncias da chamada museologia ativa Decorre deste fato a demanda por formas mais criativas de desenvolver as a es de pesquisa preserva o e comunica o relacionadas segundo Santos aos processos museol gicos Estas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 59 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiz
63. a participar de uma visita guiada na qual foram respondidas perguntas sobre o local Sem que fosse solicitado a exposi o HJKO arquitetura e mem ria entrou no circuito habitual do museu feita pela equipe de educadores da institui o A identidade pode ser reconhecida em especial pelos que viveram no local ou tiveram algu m de sua fam lia que foi atendido ou trabalhou no HJKO Destaco aqui D Sebastiana de Lima que foi a l der do movimento para o tombamento do local mas cedeu seu Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 233 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga lugar para o Sr Nilton Rosa porque passou a ser ame ada por aqueles que queriam apropriar se das casinhas Sua emo o foi muito grande enquanto seus dedos deslizaram pelos nomes dos vizinhos do acampamento Contou ainda como a vida era dura nos primeiros anos de Bras lia E finalmente o sentido de cidadania veio pelos olhinhos apertados de D Maria Salom de Andrade que depois de uma manh visitando o espa o disse que se sentia gente novamente por ter sido convidada para aquele passeio que lhe trouxe tantas lembran as Porque foi lembrada foi valorizada e teve a oportunidade de vivenciar sua cidadania Esta experi ncia trouxe muitos frutos Certamente o Museu Vivo da Mem ria Cand
64. a visita ao Museu Vivo da Mem ria Candanga pelas crian as do 4 ano da Escola Classe 2 da Candangol ndia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 209 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga sua transfer ncia para a Candangol ndia j apresentado na Figura 91 D Sebastiana foi uma das respons veis pela A o Popular que impediu a demoli o do HJKO e comentou sobre a import ncia de se zelar pela mem ria da cidade e de convidar os mais novos para conhecer e valorizar o caminho percorrido at aqui Outro grupo que foi peculiar embora n o tenha deixado registros escritos mas gravados foi o dos Seniores Candangos D Maria Salom de Andrade atualmente com cem anos e oito meses ao final da visita quando perguntada se havia gostado do passeio respondeu Voc agora nossa verdadeira amiga porque est fazendo de n s gente novamente est fazendo n s viver de novo sic Isto foi o que mais se queria ouvir e tinha sido procurado por meio de question rios a fim de decifrar o que representa para as pessoas tomar ci ncia de seu patrim nio cultural Aquela senhora simples com um sorriso franco nos l bios e os olhos com um brilho de quem j viveu e passou por muitos sacrif cios disse de uma forma t o direta Com estas palavras ela e outras pessoas em
65. am tomar vacinas ou as ambul ncias com os pacientes Por tr s da ala esquerda da alameda ficavam os alojamentos dos m dicos e funcion rios solteiros divididos em setores masculinos e femininos 23 28 A constru o apesar de singela tem um car ter aglutinador Passagens internas ligam os alojamentos entre si e um corredor com venezianas d acesso aos quartos Entre os alojamentos ficou configurada uma rea de conviv ncia para os que trabalhavam e viviam no HJKO Internamente muito pouco se guardou da distribui o original pois as casas foram bastante modificadas O projeto de adapta o da estrutura hospitalar em museu foi desenvolvido pelo DePHA DF sob a orienta o do arquiteto Silvio Cavalcante com a colabora o dos arquitetos Ant nio Menezes Junior e Carlos Madson Reis A situa o das edifica es era bastante prec ria por conta do tempo em que estavam sem manuten o e da Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 163 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga a o de cupins Alguns pr dios j estavam praticamente destru dos e o tombamento era referente ao espa o urbano ou seja ao espa o composto pelas casas dos m dicos e funcion rios com fam lia dispostas ao longo da alameda do hospital no final do conjunto e dos alojamentos dos servidores e m
66. ampla de patrim nio cultural In R e Abreu Mem ria e patrim nio Ensaios contempor neos pp 57 76 Rio de Janeiro DP amp A Gabriele M F 2010 O patrim nio arquitet nico no discurso dos museus cultura e identidade In C Org Guimaraens Museografia e Arquitetura de Museus pp 134 151 Rio de Janeiro FAU PROARQ Ghirardo D 2002 Arquitetura Contempor nea Uma hist ria concisa S o Paulo Martins Fontes Giraudy D 1977 O museu e a vida Porto Alegre Instituto Estadual do Livro Gon alves J 2003 Os museus e a cidade In R e Abreu Mem ria e Patrim nio Ensaios contempor neos pp 175 189 Rio de Janeiro DP amp A Gorovitz M 1985 Bras lia uma quest o de escala S o Paulo Projeto GT Bras lia 1983 Acampamento HJKO Bras lia Guarnieri W 1990 Conceito de cultura e sua inter rela o com o patrim nio cultural e a preserva o pp 07 12 IBPC Guarnieri W 1990 Museologia e Identidade In Cadernos Museol gicos N I amp 2 S o Paulo IBPC Hall S 2006 4 identidade cultural na p s modernidade Tradu o Tomaz Tadeu da Silva e Guaracira Lopes Louro Rio de Janeiro DP amp A Hernandez F 2006 Planteamientos Te ricos de la Museologia Gij n Ediciones Trea Holanda F 2010 Bras lia cidade moderna cidade eterna Bras lia Universidade de Bras lia Horta M d 1995 20 anos depois de Santiago A Declara o de Caracas 1992 A Me
67. ao M rcio Buson Oscar Ferreira e Liza Andrade s minhas queridas alunas D bora De Boni Nynive Jana e Eduarda que me ajudaram na maquete A Soemes e ao Josu pelo apoio e incentivo A Eliane ao Marcus e Fernanda A Professora Angela Virgolim A Jeanette Bastos do DIGEPHAC a Sandra do Arquivo P blico do DF Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 6 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Aos amigos Virginia e S rgio Ribeiro Tamar Gueiros e Bete Noronha a amizade de voc s foi fundamental nesta pesada caminhada Ana Cas Hernandez e Antonio Morales obrigada pela acolhida em Madrid e pelo carinho de sempre Lu za Carneiro e Andr a Alvarenga por todo o cuidado que tiveram comigo e ao Lucas pela alegria que traz nossa casa pelo seu humor inteligente e pela generosidade Agrade o Secretaria de Cultura do DF Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias na figura do Magn fico Reitor Professor Doutor M rio Moutinho e da Coordenadora do Departamento de Museologia Professora Doutora Judite Primo aos professores do CEAM UniRio por meio dos professores Ivan de S Helena Uzeda e Anaildo Bara al Certamente minha mem ria n o foi fiel como eu gostaria para lembrar me de todos os que de alguma maneira colaboraram com a elabora o deste tr
68. aos nascidos em Bras lia e as formas discriminat rias atribu das palavra Ser Candango Regigihgkibkh liuoiuoiuoij hoijjkh Fhgfhjfkjhgfkjhgk jlkjhkhkjhikhjhkhhjhkjhh Hfhgfhg bkjhkljhlkjh kjhkjhlkjhkjhkh Fhfhgfhfhg hjhgjhgjhgjhg kjhkjhkjhkjhkjh Fdhfhgfhgfh jhkjhkjhkjhkjhkh Fdgfdgfdgfhgfjhgjhejhgjhghjghjgkjhgjhgihgjb Hfjhgjhgjhkjhkjhkjhkj Vjhvjh bgjhb b mbkjhkjhgkjhl Vhgvhgvhgvhgvhv Jhgjhgjhgg vejgfhgfhgjhgljhglhkjhjhjjhjhlkhikh Figura 73 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 Na parede 02 Figura 74 um grande painel atravessa as duas salas e trata de dois temas que se completam como chegaram os candangos e para onde foram depois de 1960 A parede que d para a primeira sala tem a imagem da chegada dos trabalhadores em caminh es Na segunda sala a vis o que se tem a do deslocamento deles para as cidades do entorno ou de volta para casa Por cima da imagem pequenos textos relatam de onde vieram como vieram e para onde foram os candangos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 182 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Para onde foram De onde vieram m mi m mmm C Figura 74 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 02 Na parede 03 Figura 75 encontram se i
69. arquitetura enquanto territ rio lugar e espa o constru do Encerra se o cap tulo com uma breve an lise de como se deu a constru o dos lugares de mem ria ou os espa os para as atividades museol gicas ao longo da hist ria identificando alguns exemplos que tornaram se paradigm ticos na constru o da arquitetura projetada para museus e na museologia 2 A United Nations Educational Scientific and Cultural Organization UNESCO foi criada em 1946 com vistas a promover a identifica o prote o e preserva o do patrim nio cultural e natural de todo o mundo considerado especialmente valioso para a humanidade 20 O International Council of Museums ICOM foi criado em 1946 como uma organiza o n o governamental vinculada UNESCO e atua de forma consultiva no Conselho Econ mico e Social da Organiza o das Na es Unidas ONU Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 34 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 1 1 Sociomuseologia e a rela o comunidade territ rio e patrim nio cultural E a partir da Declara o de Santiago que a comunidade museol gica j n o pode ignorar que o museu come a a ter um papel decisivo na educa o da comunidade e a ser agente de desenvolvimento Por entender que a maior potencialidade dos museus a sua ac o
70. arte os cat logos de cole es e os primeiros guias e hist rias da arte Carre o 2004 No final do s culo XVI o Pal cio dos Medici uma esp cie de edif cio de escrit rios localizado em Floren a de onde Cosimo I gerenciava seus neg cios na Toscana o ltimo pavimento foi destinado a abrigar a cole o de artes da fam lia A Galeria Uffizi como foi chamada considerado o primeiro museu privado da Europa O pr dio administrativo projeto de Vasari foi constru do numa rea residencial e ligava se ao pal cio da fam lia por meio de um corredor sobre o rio Amo O edif cio em forma de U possui duas galerias paralelas que se unem por uma rea central O terra o era usado pelos membros da corte para desfrutar de m sica no final da tarde Com o final da dinastia dos Medici a cole o foi doada cidade de Floren a O espa o adaptado possu a ilumina o natural e uma configura o linear que facilitava a exposi o dos objetos Esta tipologia conhecida como galeria passou a ser frequentemente utilizada para fins expositivos O descobrimento da Am rica e os achados arqueol gicos das escava es feitas em Roma nos s culos XV e XVI incrementaram as cole es de zoologia e de artefatos o que motivou a constru o ou a designa o de locais para abrigar o que estava sendo coletado O humanista italiano Paolo Giovio usou o termo museo em 1520 para designar o local onde guardava suas cole es de
71. artistas que tinham toda liberdade de trabalhar de outra forma se o quisessem Morris apud Choay 2006 p 157 As vis es antag nicas deram origens a trabalhos bem diferentes mas que n o ficaram restritos ao mbito de seus defensores A restaura o aos moldes do que preconizava Viollete le Duc avan ou na Europa Como uma s ntese dos dois pensamentos surgiram no s culo XIX os escritos de Camilo Boito que questionavam sob a tica cada vez mais presente e avan ada da arqueologia e da hist ria da arte os modos de restauro levados a cabo se gundo os preceitos de Viollet le Duc Entre 1879 e 1886 Boito envolvido em congressos de engenharia na It lia prop s uma s rie de diretrizes voltadas para a conserva o e restaura o dos monumentos hist ricos adotados pela It lia em 1909 Num tom de concilia o entre os dois pensamentos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 56 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Boito recorreu a Ruskin e Morris ao defender a autenticidade dos monumentos e a preserva o dos acr scimos recebidos ao longo do tempo Por outro lado preconizava a restaura o como forma de adequar o passado ao presente mas advertia que a pr tica s deveria acontecer quando todos os outros meios de salvaguarda manuten o consolida o
72. cidade 14 Vera hist ria que tamb m sua e de sua fam lia representada em um museu 15 Aprender mais sobre as dificuldades encontradas pelos migrantes e por aqueles que deixam suas cidades por falta de oportunidade de trabalho 16 Compreender como se deu a ocupa o e distribui o da terra em Bras lia 17 Estas hist rias contadas n o dizem respeito nem a voc nem sua fam lia 18 N o ajudou em nada k a a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia Suas expectativas foram atendidas Mais ou zZ AR e Sim 1 1 1 1 1 dj iN ND N NN N N NNYPNY 1 N o sei zZ AR O Sim aaa a aa a ES lt 0 0 O o O t S a NNN N NNNNNYN 00 AA ooo aana e 00 0 O o o IX MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 24 Q3 10 A que fatos e pessoas voc liga o Museu Vivo da Mem ria Candanga 1 Ao in cio da constru o de Bras lia 2 import ncia da mobiliza o das pessoas por um ideal 3 A todos os que vivem na cidade de Bras lia porque de alguma forma conta a hist ria da realiza o de um projeto que diz respeito a todo cidad o de Bras lia 4 A todos os brasileiros porque conta a hist ria da realiza o de um projeto que diz respeito a todo cidad o do Brasil 5 So
73. cio da cidadania no mbito do Patrim nio Hist rico Cultural deve envolver a es do poder p blico e da sociedade civil sob tr s aspectos educa o patrimonial pesquisa e preserva o Ainda outro aspecto que se deve lembrar a quest o do direito difuso que segundo o Dicion rio Acad mico de Direito pode ser definido como Prerrogativa jur dica cujos 123 Ei A io Raia BAR P z Art 215 O Estado garantir a todos o pleno exerc cio dos direitos culturais e acesso s fontes da cultura nacional e apoiar e incentivar a valoriza o e a difus o das manifesta es culturais Constitui o Federal do Brasil 1988 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 138 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 2 titulares s o indeterminados difusos Um direito difuso exercido por um e por todos indistintamente sendo seus maiores atributos a indetermina o e a indivisibilidade Acquaviva 1999 p 286 Portanto os bens referentes cultura identidade e mem ria s o entendidos pelo direito constitucional como bem ambiental difuso e de acordo com a Constitui o al m do poder p blico da compet ncia da comunidade a prote o do patrim nio cultural brasileiro Para Fernandes 1993 educa o patrimonial pode ser compreendida como a
74. como acervo e verificar a import ncia desta rela o na constru o de la os sociais que possam ser revertidas em a es de desenvolvimento social 3 Desenvolver uma metodologia de trabalho com o acervo arquitet nico que viabilize de forma mais contundente sua inclus o nas a es de musealiza o do patrim nio constru do visando reflex es em torno da realidade social 4 Aplicar a metodologia desenvolvida na constru o de um Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico no Museu Vivo da Mem ria Candanga MVMC em Bras lia e 5 Avaliar sua aplica o por meio de question rios com alunos do ensino fundamental e funcion rios do museu Inicialmente foram definidos dois princ pios norteadores fundamentais para a investiga o O primeiro foi determinar a que tipo de edif cio que assume a fun o de museu se aplica a hip tese da tese Para tanto buscou se as diretizes contidas nos principais textos sobre preserva o patrimonial e como ponto de partida foi estabelecido que a hip tese se aplica a edif cios cuja arquitetura j declarada patrim nio pelas inst ncias competentes O processo de tombamento uma forma de afirma o do valor patrimonial do edif cio para a comunidade e por isso digno de ser culturalmente disponibilizado sua sociedade como algo que a representa e a identifica Portanto o tombamento da obra Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Mus
75. composta pelos rios Guandu S o Francisco da Guarda al m de canais abertos na poca dos jesu tas A regi o conhecida como sert o carioca viu seu perfil de atividades ser modificado com a transfer ncia da capital federal do Rio de Janeiro para Bras lia na d cada de 1960 e a instala o do Distrito Industrial de Santa Cruz rea industrial criada para dar suporte ao rec m criado Estado da Guanabara Ao mesmo tempo foram removidas para o local comunidades que viviam em reas de risco nos morros do Rio de Janeiro o que ocasionou incha o na estrutura prevista al m de crescimento desordenado e o agravamento dos problemas j existentes de infraestrutura Sem qualifica o para o servi o ofertado na regi o a popula o transplantada e sem emprego originou bols es de mis ria acarretando uma s rie de problemas que caminham sempre juntos com os males da pobreza viol ncia descaracteriza o do bairro e mudan a do perfil psicossocial Atualmente o bairro composto por v rios conjuntos habitacionais o que propicia a diversidade cultural local mas demanda de melhorias de vida da popula o e de pol ticas p blicas para a regi o A Figura 2 mostra o Ecomuseu do Quarteir o Cultural do Matadouro Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 17 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Muse
76. consertos impercept veis tiverem fracassado Choay 2006 p 165 Neste sentido entende que a restaura o n o deve pretender passar despercebida como parte original da edifica o Para isto podem ser utilizados v rios artif cios como materiais e cores diferentes sinaliza o da restaura o com as datas das interven es relato das informa es fotografias dos processos de restaura o e finalmente a conserva o se poss vel das pe as substitu das O importante compreender que a restaura o uma interven o realizada numa poca diferente da constru o original e com t cnicas dispon veis no momento de sua execu o Com estes conceitos Boito segundo Choay estabeleceu os fundamentos cr ticos da restaura o como disciplina 2 Para Ruskin a preserva o da arquitetura essencial para se rememorar e se compreender seu significado hist rico Se os monumentos recebem cuidados n o precisam de restaura o Por isto questiona as habita es feitas de forma provis ria e sem dignidade da poca da revolu o industrial e v no aspecto transit rio e prec rio um desprezo pelos valores sagrados da fam lia impostos pelas condi es de vida do momento A manuten o das casas pelos filhos vista pelo autor como respeito aos ensinamentos e dedica o dos pais pela manuten o da fam lia e cita exemplares preciosos advindos de pequenas constru es familiares europeias que s o capazes d
77. d cada de 1990 o IPHAN assumiu a necessidade de qualificar as informa es do patrim nio tombado a fim de preserv lase dispnibiliz las ao p blico em geral contribuindo com a produ o de conhecimento capaz de auxiliar a concep o de pol ticas e a es relacionadas sua preserva o inclusive com a elabora o do Invent rio Nacional de Bens Im veis em S tios Urbanos INBI SU O INBI SU gerou uma publica o com uma s rie de formul rios e uma esp cie de manual de preenchimento com a finalidade de divulgar o m todo a fim de inventariar de forma sistem tica os bens im veis em s tios urbanos tombados Esta pr tica estava associada ideia de que o registro sistem tico permite disponibilizar os dados e informa es produzidos para as comunidades e os poderes p blicos estabelecendo condi es justas para parcerias e para um trabalho de carater democr tico IPHAN 2001 p 146 O INBU SU foi pensado a partir de tr s formas de an lise do s tio urbano com o objetivo de compreender sua dimens o como patrim nio cultural a pesquisa hist rica os levantamentos f sico arquitet nicos e as entrevistas com moradores e usu rios A pesquisa hist rica utilizava como base o preenchimento de quatro formul rios 2 constru dos com a finalidade de compreender os s tios tombados em sua rela o com o territ rio e o contexto hist rico de sua origem e de seu desenvolvimento Essa pesquisa hist rica servia
78. da Conven o com mandatos de quatro ou seis anos Mas h que se observar que a preocupa o com o s tio n o se limita ao bem conforme ressalta Machado 2010 Cabe portanto ao gestor p blico a responsabilidade de cuidar e valorizar um patrim nio que de toda a humanidade prestar contas desse trabalho ao conjunto dos Estados parte da Conven o al m de claro valer se do t tulo como parte da sua estrat gia para ampliar os benef cios socioecon micos do patrim nio para a popula o que nela vive Machado amp Braga 2010 p 19 No Brasil o Programa Monumenta criado em 2000 no mbito do Minist rio da Cultura tem como objetivo principal conjugar recupera o e preserva o do patrim nio hist rico com desenvolvimento econ mico e social Minist rio da Cultura Suas a es acontecem em cidades hist ricas protegidas pelo IPHAN por meio de obras de restaura o e recupera o de bens tombados e das reas adjacentes da capacita o de m o de obra para trabalhar com restauro forma o de agentes locais de cultura e turismo e promo o de atividades e programas educacionais e de gera o de emprego e renda Conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID e apoio da UNESCO al m da participa o dos estados e munic pios comum atribuir novos usos aos monumentos e im veis adjacentes recuperados a fim de permitir independ ncia financeira na sua l Note se que
79. de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 110 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Bosi identifica como primordial em Bergson o princ pio da mem ria como sendo a conserva o do passado invocado pelas lembran as ou em estado inconsciente Ou seja poss vel estabelecer v nculos com a mem ria por meio de provoca es Em Halbwachs a nfase sobre as rela es entre mem ria e hist ria p blica O soci logo trata a mem ria como fen meno social e entende que h uma preced ncia do fato social e do sistema social sobre acontecimentos psicol gicos e individuais Para o soci logo a mem ria produto do meio e vislumbra a possibilidade dos acontecimentos despertarem na pois muitas vezes as lembran as surgem quando s o provocadas por outras pessoas esta a forma pela qual se pretende estabelecer a conex o entre o patrim nio constru do h muito tempo com a comunidade que o possui Estes la os podem ser conectados por meio da rela o entre as gera es Halbwachs estuda a mem ria atrelada aos acontecimentos sociais do sujeito que a det m N o restrita ao sujeito corpo e esp rito mas de acordo com as rela es estabelecidas entre este sujeito e as institui es sociais que o cercam Na afirma o de que a lembran a n o o retrato fiel dos acontecimentos passados p
80. de divers es da cidade com os cinemas os teatros os restaurantes etc FIGURA 5 6 O tr fego destinado aos demais setores prossegue ordenado em m o nica na rea t rrea inferior coberta pela plataforma e entalada nos dois topos mas aberta nas faces maiores rea utilizada em grande parte para o estacionamento de ve culos e onde se localizou a esta o rodovi ria interurbana acess vel aos passageiros pelo n vel superior da plataforma FIGURA 6 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia NI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Apenas as pistas de velocidade mergulham j ent o subterr neas na parte central desse piso inferior que se espraia at nivelar se com a esplanada do setor dos minist rios 7 Desse modo e com a introdu o de tr s trevos completos em cada ramo do eixo rodovi rio e outras tantas passagens de n vel inferior o tr fego de autom veis e nibus se processa tanto na parte central quanto nos setores residenciais sem qualquer cruzamento Para o tr fego de caminh es estabeleceu se um sistema secund rio aut nomo com cruzamentos sinalizados mas sem cruzamento ou interfer ncia alguma com o sistema anterior salvo acima do setor esportivo e que acede aos edif cios do setor comercial ao n vel do subsolo contornando o centro c vico em cot
81. de subs dio para a montagem de guias bibliogr ficos sobre o s tio e informa es que alimentavam de forma sintetizada o Formul rio Geral do S tio Urbano Al m de informa es bibliogr ficas iconogr ficas e cartogr ficas os formul rios forneciam bastante material para compreens o do processo de produ o uso e transforma o de tais espa os Os formul rios criados para os levantamentos f sico arquitet nicos tinham como objetivo coletar dados dos im veis por meio de plantas fotografias caracter sticas do lote caracter sticas arquitet nicas e avalia o do estado de conserva o Informa es importantes para as a es de fiscaliza o e aprova o de projetos por parte do IPHAN Existiam ainda formul rios preenchidos por meio de entrevistas com moradores e usu rios dos im veis e da regi o o que possibilitava uma aproxima o da comunidade com o 193 O INBI SU foi criado na d cada de 1980 com a finalidade de apoiar as a es relacionadas a conserva o restaura o promo o e gest o do patrim nio tombado em reas urbanas 4 Os formul rios utilizados na pesquisa hist rica s o formul rio I A e B e Formul rio Geral do S tio Urbano Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 215 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga bem e com o pr
82. dicos elaborados pelos gestores com informa es sobre seu estado de conserva o a manuten o dos elementos que contribu ram para sua inclus o na Lista do Patrim nio da Humanidade e poss veis riscos ou amea as Com a identifica o de grave risco integridade do bem a UNESCO pode pedir autoriza o ao pa s para proceder ao Monitoramento Reativo com a elabora o de recomenda es e poss veis solu es que podem ser de natureza t cnica pol tica ou financeira Machado amp Braga 2010 50 Para as autoras o turismo importante gerador de emprego e renda e pode ser aliado a iniciativas de redu o de pobreza dos grupos sociais envolvidos Cita ainda que segundo o setor para cada unidade habitacional hoteleira s o gerados 1 5 empregos diretos e 2 5 empregos indiretos al m de aproveitamento de m o de obra com pouca especializa o Machado amp Braga 2010 p 21 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 49 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Internacional de Estudos de Conserva o e Restaura o do Patrim nio Cultural ICCROM Ap s as inst ncias consultivas de complementa o dos documentos e de vistorias o dossi deve ser aprovado na reuni o anual do comit do Patrim nio Mundial composto por representantes de 21 pa ses dentre os signat rios
83. discurso dos museus cultura e identidade apresentado no 2 Semin rio Museografia e Arquitetura de Museus que aconteceu no Rio de Janeiro em novembro de 2010 e na publica o de um cap tulo no livro hom nimo organizado pela arquiteta Ce a Guimaraens Gabriele 2010 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 120 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Admitindo se pois o patrim nio arquitet nico como acervo do museu pretende se que seu conte do hist rico urban stico t cnico est tico e social seja exposto para a comunidade em toda sua dimens o cognitiva com fins de trabalhar la os de pertencimento As institui es museol gicas dignificam as a es humanas preservando refer ncias culturais que permitem a constru o de processos hist ricos e identit rios Bruno 2006 p 01 Tornar seu acervo dispon vel para a sociedade deve ser fun o priorit ria dos museus pois de outra forma seriam apenas dep sitos de vest gios da hist ria Este di logo entre o homem e o objeto musealizado pode acontecer de infinitas formas que dependem da abordagem escolhida pelos profissionais do museu para intermediar a a o Diversas a es podem ser inclu das na pr tica das visitas a edifica es tombadas As escolas podem trabalhar os mais va
84. do Piau o recorte territorial ser o pr prio estado O recorte tem tico poder ser o processo econ mico de expans o do gado no Nordeste e o universo objeto de an lise os Caminhos do Gado no Piau Preenchimento obrigat rio 2 LOCALIZA O DO UNIVERSO OBJETO DE ANALISE 2 A 2 2 Munic pio s 2 3 Localidade s UF s preenchimento obrigat rio preenchimento obrigat rio 2 4 Mesorregi o es Dados IBGE 2 5 Microrregi o es Dados IBGE preenchimento obrigat rio preenchimento obrigat rio 2 6 Mapa de Localiza o 3 S NTESE HIST RICA S ntese do hist rico do objeto contexto em an lise No caso de uma cidade hist rica tratar se da sua evolu o urbana econ mica e social com especifica o dos espa os urbanos e obras mais relevantes Preenchimento obrigat rio 4 ASPECTOS GEOGR FICOS Estat sticos e S cio econ micos Este campo dever ser preenchido com dados estat sticos pol ticos e s cio econ micos da regi o geogr fica em estudo e seu conte do cultural s tio hist rico de um bem m vel monumento s tio arqueol gico etc Deve se considerar a pertin ncia dos universos analisados na ficha M01 01 e do contexto cultural analisado com foco na perspectiva de constru o de pactos locais e planos de preserva o e gest o da rea Deve se atentar para as diferen as entre o contexto geogr fico apontado pela ficha M1 01 contexto geogr fico do univ
85. do tempo em que estavam sem manuten o e da a o de cupins Alguns pr dios j estavam praticamente destru dos e o tombamento era referente ao espa o urbano ou seja ao espa o composto pelas casas dos m dicos com fam lia dispostas ao longo da alameda do hospital no final do conjunto e dos alojamentos dos servidores e m dicos solteiros esquerda e n o rea interna das edifica es O Projeto Cidade Livre inclui o Museu Vivo da Mem ria Candanga e outros equipamentos culturais Figura 97 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 12 sobre a implanta o do Museu Vivo da Mem ria Candanga no local do ex acampamento HJKO Os cr ditos est o na parede 13 Figura 98 Figura 98 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 13 contendo os cr ditos da exposi o A exposi o HJKO arquitetura e mem ria foi inaugurada durante a 9 Semana Internacional de Museus com a palestra Hist ria da arquitetura como fio condutor da mem ria no audit rio do Museu Vivo da Mem ria Candanga A mostra aproximou pessoas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 204 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga que haviam morado no acampamento HJKO al m de setores ligados ao patrim nio ao turismo e s Faculdades de Arquitetura e Urbanismo e Museologia da Univers
86. dom stica compreende as superquadras ao longo do Eixo Rodovi rio como uma nova proposta de moradia Os blocos possuem gabarito de seis pavimentos com o pilotis que assegura livre acesso aos espa os abertos cobertos de vegeta o As superquadras ligadas entre si duas a duas pelas entrequadras onde ficam equipamentos religiosos supermercados escolas ou clube de vizinhan a s o separadas por vias de com rcio local como padarias farm cias lojas e servi os r pidos A escala greg ria ou de conv vio est situada na circunvizinhan a do encontro entre os dois eixos o monumental e o rodovi rios considerada o centro urbano e onde se percebe maior diversidade de usos al m de volumetria mais diversificada A encontra se a plataforma rodovi ria elemento de liga o entre os v rios setores centrais da cidade e a esta o rodovi ria urbana A escala buc lica ou de lazer est relacionada ao conceito de cidade parque aludido por Lucio Costa no Relat rio do Plano Piloto Esta escala est presente nas reas livres ao lado das edificadas e valoriza paisagisticamente o conjunto urbano como que costurando e integrando as outras escalas De certa forma a escala buc lica delimita o territ rio com um cintur o verde ao mesmo tempo que o integra os espa os de produ o agr cola e paisag sticos do entorno Houve a preocupa o com a integra o das v rias escalas urbanas por meio da articula o dos setor
87. dos terraplenos e dos arrimos chineses e das auto estradas e dos viadutos americanos Diamantina o contraponto local Ao listar tais ingredientes Lucio n o citou prov veis influ ncias de teorias urban sticas europ ias e omitiu intencionalmente Le Corbusier e os postulados do urbanismo dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna Ciams Bras lia como definiu seu autor uma cria o original e nativa Original no sentido do que feito pela primeira vez no que tem car ter pr prio no que n o procura imitar ou seguir ningu m e que pode servir de modelo Nativa no sentido do que natural do que n o estrangeiro do que singelo e desartif cioso e que pertence a uma terra e a um pa s Schlee 2009 p 14 Do Relat rio constam os desenhos com a proposta da cidade que nasceu do gesto prim rio de quem assinala um lugar ou dele toma posse dois eixos cruzando se em ngulo reto ou seja o pr prio sinal da cruz Costa L 2009 e as solu es pensadas para todos os 136 setores O Plano Diretor proposto por L cio Costa para Bras lia parte do cruzamento de dois eixos o Monumental e o Rodivi rio que dividem a cidade em Norte Sul e Leste Oeste O ponto central abriga a plataforma rodovi ria A leste do Eixo Monumental est o os edif cios administrativos e representativos do Governo Federal e a oeste ficam dispostos os relativos ao Governo do Distrito Federal Na extens o das chama
88. e ideias que rec m foram apresentadas Quantas pessoas mudam de pa s de cidade por se identificarem com outro lugar com outras formas de relacionamento outras formas de viver No Museu do Holocausto n o somente os judeus v o se identificar ali com o conte do exposto o tema pode irmanar as pessoas Para se identificar ou responder a uma demanda de envolvimento com o tema n o necessariamente se viveu o fato Esta identifica o pode ter um nexo com a mem ria e com o esquecimento e o estabelecimento da rela o homem objeto varia de intensidade pela forma com que estes fatos objetos s o expostos A efetiva liga o das institui es museol gicas com a comunidade com a finalidade de propiciar v nculos com a mem ria e a identidade fundamental para estabelecer uma conex o entre a comunidade e seu patrim nio Da a import ncia de se compreender os processos que possibilitam o estabelecimento de tais rela es Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 131 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Bruno 2008 considera a museologia como uma disciplina das ci ncias sociais e aplicadas e por isso v como prioridade o di logo entre campo te rico e a pr tica de forma interdisciplinar Para a autora a partir da compreens o das rela es que as sociedades es
89. e Funda o Nacional Pr Mem ria FNpM rg o executivo Em 1990 ocorre a extin o do SPHAN e da FNpM e a cria o do Instituto Brasileiro do Patrim nio Cultural IBPC Em 1994 a Medida Provis ria 752 determina que o IBPC passe a denominar se Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IPHAN 105 Decreto N 3551 de 4 de agosto de 2000 que institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem patrim nio cultural brasileiro e cria o Programa Nacional do Patrim nio Imaterial ne Segundo Louren o desde os anos de 1930 estava sendo gestado o projeto de cria o dos MAMs no Brasil mas a aproxima o com os EUA com o objetivo de afastar Vargas do poder contribuiu para o distanciamento das matrizes europeias em especial da Fran a e a entrada americana no circuito cultural do Brasil Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 103 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro projeto de Affonso Eduardo Reidy 1953 68 seguia os princ pios da planta livre O MAM Rio tem no pilotis um espa o expositivo aberto Os andares abrigam os sal es de exposi o de onde se pode apreciar a bela paisagem do entorno Para Montaner a tradi o racionalista e abstrata teve seu momento culminante na aud cia es
90. e circula Este processo pode despertar nele a ideia de pertencimento de respeito pelo patrim nio e contribuir para a constru o de suas refer ncias pessoais Esta tese busca alternativas de como essas informa es podem ser transmitidas ao visitante de um museu a partir da contextualiza o do edif cio em si e de sua rela o com a hist ria da arquitetura e do urbanismo Esse processo abriria um caminho para promover o trabalho com a mem ria dos membros da comunidade fazendo a ponte para seu reconhecimento como cidad os Nesta perspectiva defende se a ideia de que a arquitetura pode servir para comunicar sua import ncia do ponto de vista simb lico art stico e cultural com vistas educa o para o patrim nio ao reconhecimento de identidades e da import ncia do exerc cio da cidadania Assim a arquitetura deixa de ser apenas o cen rio onde o fato museal acontece e passa a ser estudada como objeto em si pass vel de ser musealizado O objetivo incorporar a arquitetura do museu quando patrim nio cultural como acervo a ser comunicado A incorpora o da arquitetura no mbito de a es museol gicas de comunica o pode contribuir para aproximar a comunidade de seu patrim nio e estabelecer a retroalimenta o do sistema patrim nio comunidade territ rio e como consequ ncia desse 9 O tema cidadania est contemplado no Cap tulo 2 7 O tema da educa o patrimonial parte do desenvolvimento d
91. e valoriza o Machado amp Braga 2010 Para Machado e Braga 2010 a perten a de um s tio na lista do Patrim nio Mundial acarreta benef cios sociais educacionais culturais e pol ticos pois contribui para a melhoria na qualidade de ambientes urbanos Al m disso a valoriza o dos im veis atrai investidores p blicos e privados que agem na sua conserva o e em obras que costumam aumentar o afluxo de turistas Para fazer parte da Lista do Patrim nio da Humanidade o bem deve estar inscrito pelo pa s em uma lista pr via de bens considerados potencialmente aptos para a inscri o ou seja de excepcional valor universal Posteriormente o dossi contendo os valores peculiares ao bem juntamente com um plano de administra o e prote o avaliado por especialistas de rg os t cnicos consultivos que d o apoio UNESCO dentre os quais destacam se o ICOMOS a Uni o Mundial para Conserva o da Natureza IUCN e o Centro a Choay cita como associa o religiosa a Church Building Society e como associa es arqueol gicas a Oxford Architectural Society e Cambridge Camden Society de 1839 a Cambridge Antiquariam de 1840 e a British Archeological Society de 1843 48 Em 2009 a conven o j possu a 186 Estados parte e 890 s tios inscritos Atualmente s o 195 o n mero de membros oficiais da UNESCO 4 A UNESCO faz o monitoramento dos s tios considerados Patrim nio Mundial por meio de Relat rios Peri
92. educativa e a educa o verdadeira aquela que serve liberta o questionamento e reflex o que as novas correntes da museologia ap s esta Declara o se aportou do m todo pedag gico defendido por Paulo Freire que entende a educa o como pr tica da liberdade e constr i a teoria da Educa o Dial gica e Problematizadora na qual a rela o educador educando horizontal ou seja acredita se que a partir do di logo e da reflex o os homens se educam em comunh o Primo 1999 p 20 Em diferentes lugares do mundo surgiram reflex es sobre a fun o social dos museus fomentando experi ncias inovadoras dentro de uma nova vis o de mundo e da museologia Julga se importante compreender o caminho percorrido at a formula o das propostas te ricas que comp em atualmente o que se entende por Sociomuseologia e a rela o que ela estabelece com o patrim nio cultural Na Mesa Redonda de Santiago do Chile 1972 houve uma apresenta o sobre a situa o sociopol tica econ mica e t cnica da Am rica Latina Ao final do encontro os participantes chegaram conclus o de que os museus poderiam ter uma participa o mais ativa na comunidade assumindo seu car ter educativo formativo e difusor de conhecimento Neste evento foi definido e proposto um novo conceito de a o dos museus o museu integral destinado a proporcionar comunidade uma vis o de conjunto de seu meio material e cultural ICOM
93. entrar agachado pois foram feitas nos lugares mais rec nditos da gruta demonstrando o cuidado na escolha do local Para Kostof 1996 tais pinturas podem representar um ritual sagrado ou uma forma de expia o Talvez nunca se saiba ao certo o verdadeiro prop sito destas a es mas h fortes ind cios de que havia desejo de mem ria de transmiss o de conhecimento produzido e de cuidados com sua preserva o Portanto pode se pensar que as atitudes de observar selecionar valorizar expor e guardar foram contempladas nestes epis dios Em 3 000 a C na regi o da Mesopot mia os Ass rios que pilhavam as outras comunidades exibiam com orgulho seus feitos por meio de pinturas e relevos nos pal cios n Sagrado no sentido de que est separado por que merece respeito e venera o por estar ligado a divindades ou for as que se admira ou teme 76 Para o autor e outros estudiosos s o v rios os motivos que podem ter dado origem s pinturas rupestres a inten o de aprisionar a alma do animal a ser abatido e facilitar a luta a expia o pela ofensa de estar subtraindo da m e natureza outra forma de vida onde a morte de um significa a possibilidade de exist ncia do outro e ainda a preocupa o com a capacidade de reposi o da natureza e dos recursos uma esp cie de devolu o deste animal por meio da pintura pois havia a preocupa o com a subsist ncia e n o tinham no o de quantos mais sobrariam para se
94. esquem tica da parede 07 nesta parede E Na parede 08 Figura 72 est o expostos os documentos da luta pela manuten o do HJKO e os dilemas enfrentados para que se concretizasse o seu tombamento l Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 181 mo MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 72 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 07 Pretende se que ao final da visita ao m dulo haja uma compreens o da import ncia do HJKO na vida das pessoas que vivenciaram a constru o da cidade Ao mesmo tempo acredita se que a comunidade do DF em especial da Candangol ndia conseguir identificar moradores ali representados o que propiciar um momento de valoriza o da sua identidade e de sensibiliza o da vida que se levava aqui O som ambiente deste m dulo s o m sicas do final da d cada de 1950 e da d cada de 1960 M dulo 4 M o de obra O m dulo da m o de obra tenta resgatar e disponibilizar a hist ria contada por meio de livros e pesquisas sobre a vida que se levava nos acampamentos candangos A parede 01 Figura 73 cont m frases com o significado do dicion rio da palavra candango e os sentidos a ela atribu dos Est o inseridos no texto a utiliza o da palavra no dia a dia das pessoas a atribui o dada
95. estudo e integra os participantes do processo T cnica de semin rio entrevistas coletivas reuni es e discuss es com os interessados podem contribuir no encaminhamento do processo A educa o vem sendo percebida pelos museus n o s como campo estrat gico e de extraordin rio potencial mas at como aquele capaz de justificar por si s sua exist ncia e quem sabe redimi la dos pecados do passado como o elitismo o esteticismo redutor o papel homologat rio dos interesses dominantes a aliena o social os compromissos ideol gicos etc preciso estar atento por m para os riscos de a educa o transformar se numa c moda t bua de salva o anestesiando as consci ncias e responsabilidades profissionais que n o se empenham nas exig ncias amplas rigorosas e profundas que a a o educacional imperiosamente determina Meneses U 1979 p 93 Como forma de estabelecer o confronto entre distintas realidades e a reflex o sobre o outro Moutinho sugere que os museus urbanos promovam exposi es sobre as tecnologias que podem contribuir para o desenvolvimento rural apresentando solu es alternativas para a resolu o de problemas sociais e ecol gicos visando o aumento da consci ncia cr tica das popula es e o refor o dos la os nacionais Por outro lado sugere tamb m exposi es sobre problemas rurais nos meios urbanos exposi es itinerantes e a cria o de museus de territ rio O autor acredita que os
96. excepcional do ponto de vista da historia da arte ou da ci ncia Os lugares obras do homem ou obras conjuntas do homem e da natureza assim como as zonas inclu dos os lugares arqueol gicos que tenham um valor universal excepcional desde o ponto de vista hist rico est tico etnol gico ou antropol gico Os monumentos naturais constitu dos por forma es f sicas e biol gicas ou por grupos dessa forma o que tenham um valor universal excepcional desde o ponto de vista est tico ou cient fico As forma es geol gicas e as zonas estritamente delimitadas que constituam o habitat de esp cies animal e vegetal amea adas que tenham um valor universal excepcional desde o ponto de vista est tico ou cient fico Os lugares naturais ou as zonas naturais estritamente delimitadas que tenham um valor universal excepcional desde o ponto de vista da ci ncia da conserva o ou da beleza natural UNESCO A palavra monumento tem suas ra zes no latim monumentum e deriva de monere que significa advertir ou lembrar mas quando utilizada na defini o de patrim nio da UNESCO percebe se uma altera o no seu significado O termo era inicialmente entendido como algo erguido para lembrar s pessoas e a seus descendentes sobre um acontecimento um fato ou at mesmo um rito e estava relacionado mem ria de um povo Era capaz de contribuir para manter e preservar a identidade de uma comunidade tnica ou religiosa nacional tribal
97. experi ncia da montagem da Exposi o Tempor ria realizada no Museu Vivo da Mem ria Candanga A partir das demandas de informa o e sempre com o objetivo de pensar de forma sociomuseol gica imaginou se a generaliza o dos princ pios adotados de forma pontual no estudo de caso Ao se pensar a arquitetura quando um bem reconhecido como patrim nio cultural como acervo do museu que abriga imaginou se em conceber uma ficha catalogr fica para este acervo espec fico nos moldes do que ocorre com todo acervo de museu Como no Brasil o rg o respons vel pelas informa es mais relevantes sobre os bens constru dos e sua prote o o IPHAN procurou se identificar quais os instrumentos existentes e utilizados pelo rg o na coleta dos dados mais relevantes Verificou se que est em andamento a constru o de uma base de dados que pretensamente ir formar uma Rede de Prote o do Patrim nio no qual este estudo baseou se para formular a Ficha Catalogr fica de Acervo Arquitet nico de Museus a FICAA com um v nculo direto para acessar as informa es disponibilizadas pela base de dados que dever estar implementada e em funcionamento no ano de 2012 A seguir em linhas gerais apresentado o caminho percorrido pelo IPHAN at a constru o deste instrumento que serviu de base para a formula o da FICAA A preocupa o inicial do IPHAN quando foi criado era com a salvaguarda de s tios do per odo colonial em vias
98. ficos na arquitetura No friso do Parthenon pode se perceber que cada figura ocupa um lugar destinado a ela em fun o do formato do front o Em Roma as cole es privadas formadas principalmente pelos botins de guerra eram utilizadas para decorar pal cios e jardins Muitas c pias foram produzidas a partir dos originais gregos e as obras de arte ganharam uma nova atribui o a de propagar as atividades e fa anhas dos grandes estrategistas por meio de exposi es itinerantes As esculturas e relevos eram fi is s fisionomias dos retratados com a finalidade de facilitar sua identifica o e a divulga o de seus m ritos Foi Imperador Octavio Augusto quem primeiro determinou que as cole es fossem expostas ao p blico e criou as primeiras leis para sua prote o Na Idade M dia a arte serviu religi o crist como meio did tico com temas relacionados a cenas b blicas vida dos santos e como advert ncia sobre os horrores do inferno Os templos abrigavam esculturas mosaicos e pinturas de grande valor art stico mas era nos monast rios que estavam guardados os mais valiosos conhecimentos que variavam entre preciosos manuscritos relic rios e o patrim nio natural como plantas medicinais e informa es sobre sua utilidade Este ltimo pode ser considerado como antecedente dos jardins bot nicos Com as cruzadas os tesouros antes vistos como profanos acabaram nas igrejas transformados em moeda de troca pela salv
99. fun o onde as solu es s o dadas a partir de uma resposta ideal para o homem tipo Os crit rios metodol gicos adotados para apresentar a vis o cient fica da cidade foram elaborados tomando por base os conceitos de lugar de tipo de monumento e de forma urbana Segundo Evers 2006 seu estudo deteve se na teoria da mem ria coletiva de Halbwachs nas teses urban sticas de Sitte e nas pesquisas de Tricart sobre estrutura social Montou sua an lise cr tica em cima de objetos urbanos de Gr cia e Roma fazendo um contraponto com Mil o Viena e Berlim Para Rossi quando nos ocupamos da descri o de uma cidade apegamo nos descri o de formas pois a experi ncia concreta que captamos primeira vista Acontece que ao se analisar os monumentos que nos chamam aten o percebe se que em muitos casos a fun o que eles abrigam distinta de sua fun o original As formas s o o que fica impresso na mente e elas independem das fun es Alguns valores e algumas fun es originais permaneceram outros mudaram completamente de alguns aspectos da forma temos uma certeza estil stica enquanto outros sugerem contribui es remotas Nesse ponto dever amos falar da ideia que temos desse edif cio da mem ria mais geral desse edif cio enquanto produto da coletividade e da rela o que temos com a coletividade atrav s dele Rossi A 2001 p 16 Decorrente desta ideia v rias quest es se apre
100. identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga e do urbanismo pode se compreender um pouco mais sobre a cidade e as pessoas ligadas a esta hist ria O intuito faz las compreender a rela o do objeto de estudo no caso o Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira com outros espa os da cidade e perceber o significado destas informa es na constru o de sua mem ria coletiva e de sua identidade al m de propiciar a valoriza o de seu patrim nio cultural A Figura 83 mostra o percurso expositivo e a indica o de todas as paredes parede 13 parede 10 parede 12 Es De ede 8 parede 2 N parede parede 5 gt lt proje o parade 9 Us F ON parede 7 No F parede 3 parede 6 parede 1 Figura 83 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Planta baixa da Sala de Exposi es Tempor rias do Museu Vivo da Mem ria Candanga onde foi realizada 3 3 4 2 1 Museografia A parede 01 Figura 84 a de abertura da exposi o A imagem escolhida foi feita no dia da inaugura o do HJKO em 06 de julho de 1957 Figura 85 Nela est o retratadas as pessoas que trabalharam na constru o do hospital al m de autoridades que vieram do Rio de Janeiro e de Goi nia Por meio desta foto pode se perceber a inten o da exposi o que a de incluir as pessoas no discurso que se desenvolve a partir da hist ria da arquitetura do hospital Ao lado da foto est a cita o do Dr Erasto Villa Verde de Carvalh
101. ligados s tradi es seguiram o pensamento de Morris que pregava a retomada da arte popular A Fran a enxergou a industrializa o como uma marcha para o futuro lidou com seus monumentos com sentimento nacionalista e hist rico dentro de um conceito ligado museologia de preserva o e eterniza o de s mbolos que pertencem na o A legisla o francesa foi pensada de forma centralizada como iniciativa do governo revolucion rio e funcionou a partir da comiss o institu da pelo estado agindo de maneira mais uniforme por m a falta de verbas limitou suas a es Na Inglaterra como as a es ficaram a cargo das associa es dos antiqu rios foram mais d spares entre si e a quantidade 9 Posteriormente Morris ampliou as fronteiras de sua a o e agiu em defesa da conserva o em pa ses como a Turquia e o Egito Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 55 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga de edifica es que receberam interven es para salv las da destrui o e do abandono foi muito maior Outro tema importante a falta de pessoal qualificado para atuar na restaura o das obras Ap s um longo per odo de tentativas e erros o governo franc s reconheceu a premente necessidade de formar profissionais habilitados para o exerc cio des
102. moderne Denkmalkultus em 1903 como uma esp cie de arrazoado te rico para suas a es no cargo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 58 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 2 considerado pelo autor como o que est direcionado sensibilidade e capaz de ser reconhecido por qualquer pessoa provocando ainda um sentimento de piedade pelo objeto j castigado pelo tempo Entende que o valor de antiguidade sobrep e se com evid ncia ao valor hist rico que repousa sobre um fundamento cient fico e portanto s acess vel por um esfor o de reflex o Riegl 2006 p 75 aprecia o do valor hist rico importa o momento de feitura do monumento e suas caracter sticas originais O que decorre do tempo significa obstru o para o entendimento da obra e acredita ainda que a interven o especulativa s deve acontecer em c pias O trabalho de restaura o deve ser feito procurando sua preserva o como fonte hist rica Em muitas ocasi es os valores de antiguidade e hist rico entram em choque nas quest es de preserva o O valor de rememora o intencional tem como objetivo a imortalidade do monumento que ele possa permanecer atrav s das gera es exercendo sua fun o memorial e isto depende da efic cia de sua restaura o e preserva o
103. museus urbanos devem se preocupar com os problemas contempor neos de desenvolvimento n o s por meio de exposi es mas tamb m criando meios de pesquisa Os museus melhor aparelhados devem suscitar a cria o de museus nas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 136 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga reas suburbanas e desenvolver a sua atividade focando as condi es de vida nas grandes cidades Moutinho 1989 p 14 educar promover a autonomia do ser consciente que somos capazes de proceder a escolhas hierarquizar alternativas formular e guiar se por valores e crit rios ticos definir consci ncias m ltiplas e seus efeitos reconhecer erros e insufici ncias propor e repropor dire es Meneses U 1979 p 94 A pesquisa pode ser vista como o elo entre a ci ncia e a comunidade As concep es museol gicas mais contempor neas vislumbram a integra o entre o objeto e o meio no qual ele foi coletado entendendo este meio n o apenas como o espa o f sico mas as rela es sociais que contribuem para a significa o do objeto A comunica o o que possibilita ou dificulta a democratiza o do conhecimento produzido no museu ao mesmo tempo em que busca compreender as rela es do homem com sua heran a patrimonial e trabalha na
104. n o Governamental ONG internacional denominada Instituto Ecum nico para o Desenvolvimento dos Povos Institut Oecumenique pour le D veloppement d s peuples INODEP O Semin rio Regional da UNESCO sobre a Fun o Educativa dos Museus contou com a participa o do ICOM e profissionais do Brasil Esta a o era parte de um projeto da UNESCO para discutir o tema em v rias regi es do mundo O Semin rio contou com a participa o de nomes importantes no cen rio museol gico nacional e internacional Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 37 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga a hist ria da comunidade ressaltando sua identidade cultural valorizando suas caracter sticas mais relevantes procurando orgulhar seus participantes com a finalidade de trabalhar os problemas que estavam aflingindo a comunidade e buscar solu es para problemas sociais e urbanos Esta proposta continha uma mudan a importante na estrutura do museu pois na pr tica passava o seu papel da forma passiva de simples coletor para a ativa na qual trabalha com a comunidade suas reflex es suas contradi es os seus problemas e as poss veis solu es Para Almeida apud Santos 1999 p 04 esta revolu o na museologia foi promovida por George Henri Rivi re quando passou a defender q
105. ncia 1 4 Os percursos da arquitetura de museus no Brasil O Brasil descoberto pelos portugueses em 1500 foi col nia de Portugal at 1808 quando passou a ser sede do governo Luso No per odo colonial sofreu algumas invas es por parte de holandeses e franceses que deixaram suas marcas na arquitetura local A chegada da Fam lia Real Portuguesa no Brasil trouxe importantes mudan as socioecon micas e culturais que propiciaram a funda o e o desenvolvimento da vida urbana da col nia Em 1822 o Brasil ficou independente de Portugal A primeira iniciativa museol gica no Brasil aconteceu em Recife na Cidade 21091 E Maur cia onde os holandeses se estabeleceram entre os anos de 1630 e 1654 O Pal cio de Friburgo constru do em 1639 possu a o primeiro jardim zoobot nico das Am ricas que foi destru do com a expuls o dos holandeses No Brasil dos portugueses a Casa de Xavier dos P ssaros no Rio de Janeiro funcionava como uma esp cie de Casa de Hist ria Natural e entreposto comercial de esp cimes nativas desde 17784 Em 1813 o Pr ncipe Regente D Jo o extinguiu a institui o e em 1818 com a vinda da Fam lia Real para o Brasil foi criado o Museu Real posteriormente denominado Museu Imperial e atualmente Museu Nacional da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro que incorporou o acervo da Casa dos P ssaros O Jardim de Aclima o atual Jardim Bot nico criado no mesmo ano de 1818 foi institu do c
106. ncia da capital para o planalto central o ent o Presidente Eurico Gaspar Dutra seguindo o artigo 4 das Disposi es Transit rias da Constitui o Federal de 1946 institui em novembro daquele ano a Comiss o de Estudos para Localiza o da Nova Capital do Brasil comandada pelo general Poli Coelho e composta por agr nomos engenheiros ge grafos ge logos higienistas m dicos e militares A comiss o amplia a rea demarcada por Cruls de 14 400km para 77 254km apresenta o Relat rio Final ao Presidente e este ao Congresso Nacional ainda em 1948 Somente ap s cinco anos o Congresso debate o assunto e em 05 de janeiro de 1953 sancionada a Lei n 1 803 que autoriza a realiza o dos estudos definitivos para a localiza o da nova capital Silva 1975 2006 130 Em maio de 1955 o Governador de Goi s Jos Ludovico de Almeida decreta a suspens o de aliena o de terras devolutas e do dom nio estadual na rea destinada ao Distrito Federal e arredores e constr i uma pista de pouso com uma simples esta o de passageiros na regi o onde hoje se encontra a rodoferrovi ria de Bras lia Ela foi executada pelo Vice Governador Bernardo Say o a pedido do Marechal Pessoa Em julho o governador de Goi s juntamente com os senadores e deputados do estado formalizaram solicita o ao Presidente da Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 143 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Mu
107. ncias trabalhadas foram identidade tempo espa o e transforma o O acervo era o institucional o universo do trabalho da escola do bairro do material arquiv stico e iconogr fico Como instrumentos legais constam a Ata de Cria o o Regimento o Estatuto e Projeto Pedag gico da Escola e 120 O Museu de Arqueologia e Etnologia da Bahia funciona no local do antigo Real Col gio dos Jesu tas Sua constru o original data do s culo XVI Ap s a expuls o dos jesu tas do Brasil a edifica o abrigou o Hospital Militar e depois a Escola de Cirurgia No s culo XIX sofreu uma s rie de modifica es para abrigar a Faculdade de Medicina Ap s a interven o realizada na d cada de 1970 o edif cio passou a abrigar o Museu de Arqueologia e Etnologia da Bahia 121 Diz se Terreiro de Jesus rea que ocupava a frente das Igrejas Jesu tas 122 A instala o do Museu Did tico Comunit rio de Itapo MDCI fruto de uma a o integrada entre o Curso de Museologia e o Doutorado em Educa o da Universidade Federal da Bahia a Secretaria de Educa o do Estado da Bahia Instituto An sio Teixeira 1 e 2 Graus do Col gio Estadual Governador Lomanto Junior e os moradores do Bairro Itapo de Salvador BA O MDCI trabalhou com o cotidiano da escola e do bairro de Itapo qualificado como patrim nio cultural Santos M C Museu e Comunidade Uma rela o Necess ria 2000 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias De
108. nio Hist rico Art stico e Cultural DOCOMOMO International Working Party for Documentation and Conservation of Buildings Sites and Nieghbourhoods of the Modern Movement DPHAN Departamento de Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional DUA Departamento de Urbanismo e Arquitetura EUA Estados Unidos da Am rica EBC Empresa Brasileira de Comunica o FAUUnB Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia FICAA Ficha Catalogr fica de Acervo Arquitet nico de Museus FNpM Funda o nacional Pr Mem ria FJPN Funda o Jos de Paiva Netto HJKO Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 10 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga IAPAS Instituto de Administra o Financeira de Previd ncia e Assist ncia Social IAPI Instituto de Aposentadoria e Pens es dos Industri rios IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBPC Instituto Brasileiro do Patrim nio Cultural IBRAM Instituto Brasileiro de Museus ICCROM Centro Internacional de Estudos de Conserva o e Restaura o do Patrim nio Cultural ICOM International Council of Museums ICOMOS International Council of Monuments and Sites INBI SU Invent rio Nacional de Bens Im veis em S tios Urbanos INRC Invent
109. no Brasil 102 A Lei de cria o do SPHAN a de N 378 do governo de Get lio Vargas E anteprojeto de lei foi elaborado em 1936 e promulgado em 30 de novembro de 1937 como Decreto Lei N 25 Curiosamente como na Europa entre as quest es trabalhadas pelo Movimento Moderno encontra se a preocupa o com a preserva o do patrim nio cultural Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 102 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga mago do pensamento moderno encontram se as justificativas para a busca do passado Sim o 2001 p 28 Esta iniciativa foi de grande import ncia para a preserva o do patrim nio brasileiro per ds PA 104 E A nomenclatura do rg o foi modificada diversas vezes e hoje se chama Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IPHAN O conceito de Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional definido no Brasil pelo Decreto Lei 25 de 1937 o seguinte o conjunto dos bens m veis e im veis existentes no pa s e cuja conserva o seja de interesse p blico quer por sua vincula o a fatos memor veis da hist ria do Brasil quer por seu excepcional valor arqueol gico ou etnogr fico bibliogr fico ou art stico Este conceito se ateve aos monumentos chamados de pedra e cal Mas em 2000 o
110. o Brasil foi descoberto em abril de 1500 A primeira tentativa de coloniza o teve in cio em 1530 Em 1630 os Holandeses se estabeleceram em Recife onde constru ram o Pal cio de Friburgo que mantinha um jardim zoobot nico Mas foi com a vinda da Fam lia Real em 1808 que o Principe Regente D Jo o criou o Museu Real o atual Museu Nacional da Quinta da Boa Vista 2 Em 1973 foi criado no Recife o Programa Integrado de Reconstru o das Cidades Hist ricas do Nordeste Em 1975 foi criado o Programa Integrado de Reconstru o das Cidades Hist ricas PCH pelo Minist rio da Educa o e Cultura com a finalidade de abrir linhas de cr dito para recupera o de edifica es de interesse hist rico restaurar im veis para fins tur sticos e conceder incentivos tribut rios para a forma o de m o de obra especializada em restauro al m de outras atividades associadas Rodrigues 2002 O Programa Monumenta atua desde 2000 nas cidades mediante conv nios entre o Minist rio da Cultura e as prefeituras e ou estados As equipes de trabalho s o compostas por t cnicos do munic pio ou do estado e do IPHAN que agem em conformidade com as orienta es da Unidade Central de Gerenciamento com sede no Minist rio da Cultura Atualmente s o 26 as cidades que participam do Programa Monumenta Escolhidas de acordo com seu valor hist rico e art stico e com a necessidade das obras de recupera o o acervo do programa composto de museus igreja
111. o data do s culo VIII e o mausol u Taj Mahal do s culo XII 49 Winckelmann publica Geschichte der Kunst des Alterums em 1767 de Le Roy e a segunda edi o de Les Ruines des plus beaux monuments de la Gr ce de 1770 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 48 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A Inglaterra foi o primeiro pa s a defender seus monumentos arquitet nicos da destrui o As catedrais g ticas amea adas pela Reforma foram salvas por um movimento c vico que contou com a participa o dos antiqu rios e dos jornais por meio de campanhas de esclarecimento da import ncia da manuten o dos monumentos representativos da hist ria a 47 da na o A UNESCO aprovou em 1972 em Confer ncia Geral a Conven o para Prote o do Patrim nio Mundial Cultural e Natural com a inten o de identificar e proteger s tios considerados de excepcional valor universal em todo o mundo Os pa ses signat rios da Conven o e que possuem lugares considerados Patrim nio Mundial comprometem se a conserv los por meio de sua identifica o prote o valoriza o e divulga o cabendo UNESCO a monitora o da conserva o dos bens inscritos a facilita o de tr mites para a coopera o internacional e a promo o de sua divulga o
112. objeto museal capaz de agir em processos museol gicos com vistas inclus o social reconhecimentos de identidade e pr ticas relacionadas cidadania e educa o para o patrim nio Palavras chave Arquitetura Museologia Sociomuseologia Museu Vivo da Mem ria Candanga Patrim nio Arquitet nico Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 8 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga ABSTRACT This thesis aims to study the architectural heritage recognized by the State and under governmental trust and that houses a museum entity as a museum patrimony according to the Sociomuseology principles In some cases architecture may be considered a patrimony that holds another patrimony Seen even when it s decided not to enter a museum the architecture treated as a museum object can be used to communicate an era its symbols the social relationships that made its edification possible and its constructive technique making History emerge again and with it elements that can activate to the community the bonds of belonging to their constructed patrimony Aiming to study the practical application of the hypothesis and later identifying the points that can be used in the musealization of the architectural patrimony of other museums in buildings under governmental trust it has been deve
113. objetos mas um conjunto diversificado de bens coletivos o patrim nio museu a servi o de um p blico que o visita por entretenimento e lazer mas a servi o do desenvolvimento de uma popula o ou comunidade NOPH N cleo de Orienta o e Pesquisa Hist rica http www quarteirao com br territorio html Pas informa es sobre o Ecomuseu de Santa Cruz podem ser encontradas na p gina eletr nica do museu dispon vel em http www quarteirao com br NOPH N cleo de Orienta o e Pesquisa Hist rica 74 O N cleo de Orienta o e Pesquisa Hist rica foi criado em 1983 com a finalidade de levantar preservar e divulgar a hist ria do bairro de Santa Cruz no Rio de Janeiro e a restaura o do Palacete do Matadouro antiga sede administrativa do Matadouro a fim de transform lo em Centro Cultural de Santa Cruz polo irradiador de cultura para a zona oeste da cidade Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 76 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga O Ecomuseu do Quarteir o Cultural do Matadouro est situado no bairro de Santa Cruz na Zona Oeste do Rio de Janeiro a 65km do centro da cidade Possui uma popula o de cerca de 280 000 habitantes localiza se na XIX Regi o Administrativa da cidade e possui uma rede hidrogr fica de import ncia hist rica na regi o
114. ou familiar Choay 2006 p 18 ou seja possu a um car ter antropol gico Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 44 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Por muito tempo os edif cios da antiguidade cl ssica serviram para ratificar o que diziam os historiadores Ali s este foi o primeiro argumento para a sua conserva o como 37 E atestou Alberti em seus escritos Na Idade M dia as invas es b rbaras foram respons veis por grande parte da demoli o dos monumentos mas deve se aliar a isto o fato de que muitos deles foram desmanchados para que seu material de constru o fosse utilizado em outras edifica es A igreja que era propriet ria dos mais importantes documentos produzidos na era cl ssica viabilizou a conserva o de muitos pr dios pag os dando lhes novas atribui es Choay 2006 acredita que esta atitude estava associada tanto a quest es pr ticas de ordem econ mica como tamb m de respeito erudi o ou seja envolviam intelecto e sensibilidade Nesta poca havia grandes dificuldades em atingir a perfei o t cnica e est tica por isso salvar da destrui o alguns destes exemplares cl ssicos utilizando os como adere o em outras constru es era considerada uma forma de preserva o e uma possibilidade de cont
115. ou objeto de an lise A identifica o do Universo Objeto de An coincidente com o Recorte Territorial dependendo da escolha do recorte tem tico e da aproxima o que se faz com o objeto Por exemplo na perspe estudo sobre o patrim nio cultural do Estado do Piau o recorte territorial ser o pr prio estado O recorte tem tico poder ser o processo econ mico d Nordeste e o universo objeto de an lise os Caminhos do Gado no Piau Preenchimento obrigat rio 2 LOCALIZA O DO UNIVERSO OBJETO DE AN LISE gi es Norte No Vale do Itaja Pa 1 2 Recorte Tem tico Identifica o do tema do estudo Preencher com as informa es necess rias para a identifica o do tema estudado S o exemplos de recorte tem tico o processo urbanizador e ou econ m lise poder ser tiva de se fomen e expans o do g T 2 2 Municipio s 2 3 Localidade s preenchimento obrigat rio preenchimento obrigat rio 2 4 Mesorregi o es Dados IBGE 2 5 Microrregi o es Dados IBGE preenchimento obrigat rio preenchimento obrigat rio 3 INFORMA ES SOBRE LEGISLA O INCIDENTE NO BEM municipal estadual e ou federal Reproduzir ou listar todas as legisla es de prote o do patrim nio ambiental de planejamento urbano entre outras que reca rem sobre o analisado Trata se do registro dos atributos jur dicos que influenciam na utiliza o gest o e poss veis interven es do bem protegido
116. p 62 O conceito foi pensado por George Henri Rivi re e Hugues de Varine na ocasi o da organiza o da IX Confer ncia Geral do ICOM em Paris Dijon e Grenoble 1971 quando pensaram como um dos objetivos do encontro relacionar museu com o meio ambiente O termo ecomuseu sugerido por Varine foi mencionado publicamente pela primeira vez em setembro daquele ano abrindo caminho para uma nova tipologia museol gica Em seguida Varine foi convidado por Marcel Evrard da Associa o dos Amigos do Museu do Homem e da Ind stria para implementar um projeto inovador no munic pio de Creusot A proposta era a de implanta o de um museu espalhado por toda a comunidade numa rea de 500Km e a participa o dos 90 000 habitantes O prop sito da institui o era o de trabalhar o seu patrim nio natural ambiental e cultural visando o seu desenvolvimento De acordo com Varine 2000 seus estatutos diferenciavam se daqueles dos museus tradicionais por dois aspectos principais o primeiro que o patrim nio era comunit rio e coletivo n o sendo trabalhado com a no o de cole o e aquisi o de pe as e segundo que as fun es de concep o programa o controle anima o e avalia o do museu seriam de um conselho de 683 Sobre o hist rico dos Ecomuseus ver Varine Hugues de O Ecomuseu 2000 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 69 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE
117. p 88 Com isso procurou passar a dimens o art stica da obra de arte por meio da frui o do deleite na aprecia o do objeto ato que s poss vel no contato direto com a obra Os cat logos e invent rios cheios de imagens mediadores did ticos n o eram capazes de propiciar a intera o do observador com a obra em si Da a preocupa o com os processos de conserva o das antiguidades pois embora os museus j se ocupassem do tema os monumentos arquitet nicos seguiam em processos de desintegra o de suas partes para participarem na composi o de acervos dos grandes museus europeus As viagens a s tios hist ricos passaram a acontecer com mais frequ ncia e a aus ncia de pol ticas de conserva o tornaram nos ainda mais vulner veis A exce o eram os monumentos que possu am uma fun o mesmo que diferente do uso para a qual foram criados Da a import ncia de se atribuir ao lugar possibilidades de uso pois assim ele notado pelo poder p blico ou privado e pode reclamar cuidados com sua manuten o e preserva o Hera Netuno e Ceres al m de ru nas da antiga cidade grega casas termas anfiteatros e outros edif cios blicos Neste mesmo per odo os monumentos do mundo isl mico tamb m passaram a ser merecedores de aten o Como exemplo podem ser destacados a grande Mesquita de Damasco de 705 715 a Mesquita de Samarra de 838 a Mesquita de C rdoba Espanha cujo in cio da constru
118. para a pintura O que se percebe que houve um grande respeito pelo conceito do projeto inicial e que a adapta o da fun o para a museologia tem uma l gica refletida nas escolhas dos espa os A alameda central acolhe o visitante e o local onde est o a exposi o de longa dura o sobre o Mestre Popular a rea de administra o o espa o pedag gico e a to Programa de necessidades de uma edifica o o conjunto de demandas funcionais da constru o gerado partir da expectativa de a es que devem desenvolver se nos espa os e suas rela es entre si 173 No per odo em que a OSCIP Arte Vida esteve frente da institui o compunham ainda o programa uma lojinha uma sala de exposi o de artesanato e a lanchonete O lugar da lanchonete funciona atualmente como apoio para os funcion rios e pode ser utilizado pela comunidade na eventual programa o de almo os ou festas 1 4 As paredes foram transformadas em parte em portas pivotantes resguardando o desenho original da constru o e propiciando ventila o e ilumina o adequadas s atividades desenvolvidas 175 Forma carinhosa como s o chamadas as ex resid ncias dos m dicos e funcion rios casados que moravam com suas fam lias Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 164 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu V
119. por m assegura que toda a o humana seja permeada pelas experi ncias anteriores Toda a o humana uma a o com carga de mem ria e se n o houvesse mem ria a cultura n o seria poss vel Meneses U 1980 p 10 Portanto o grande mediador entre o homem e o objeto no processo museol gico a linguagem expositiva ela que vai determinar o que o objeto tem a falar de si mesmo de sua fun o de sua feitura e de sua import ncia A priori o objeto est destitu do de sua fun o original A comunica o de seu conte do que vai estabelecer a rela o entre o homem e o objeto Para complementar a discuss o do termo mem ria h que se definir o que cultura Telles 1977 entende como cultura a soma de conhecimentos adquiridos pelo homem ao longo de sua exist ncia Para Santos uma defini o mais ligada antropologia e s ci ncias sociais a de um conjunto de pr ticas que produzem significados capazes de orientar os indiv duos por meio da constru o e negocia o das formas simb licas Santos M 2002 p 15 Mas Guarnieri 1990 trabalha com um conceito que encontra na ess ncia do homem e de suas rela es sociais afetivas e pol ticas o ponto de origem de tudo o que ele produz e de suas conex es com a comunidade e com o meio ambiente este o conceito que mais se coaduna com os objetivos desta tese cultura o fazer e o viver cotidiano cultura o trabalho
120. protocolo uma vez que a Igreja separada do Estado como por uma quest o de escala tendo se em vista valorizar o monumento e ainda principalmente por outra raz o de ordem arquitet nica a perspectiva de conjunto da esplanada deve prosseguir desimpedida at al m da plataforma onde os dois eixos urban sticos se cruzam 10 Nesta plataforma onde como se via anteriormente o tr fego apenas local situou se ent o o centro de divers es da cidade mistura em termos adequados de Piccadilly Circus Times Square e Champs Elys es A face da plataforma debru ada sobre o setor cultural e a esplanada dos minist rios n o foi edificada com exce o de uma eventual casa de ch e da Opera cujo acesso tanto se faz pelo pr prio setor de divers es como pelo setor cultural cont guo em plano inferior Na face fronteira foram concentrados os cinemas e teatros cujo gabarito se fez baixo e uniforme constituindo assim o conjunto deles um corpo arquitet nico cont nuo com galeria amplas cal adas terra os e caf s servido as respectivas fachadas em toda a altura de campo livre para a instala o de pain is luminosos de reclame FIGURA 11 As v rias casas de espet culo estar o ligadas entre si por travessas no g nero tradicional da rua do Ouvidor das vielas venezianas ou de galerias cobertas arcades e articuladas a pequenos p tios com bares e caf s e loggias na parte dos fundos com vista para o parque tudo no prop sito de
121. questionamentos que auxiliaram a estrutura o da tese S o eles A quais os edif cios museus se aplica esta hip tese Os fatores determinantes s o o edif cio hist rico o motivo ou acontecimento gerador do fato museal ou o acervo que est relacionado com o edif cio Que conte dos podem ser trabalhados a partir da comunica o do acervo arquitet nico Como contar a hist ria do edif cio Ao pesquisar sobre o tema arquitetura e museologia no Banco de Teses Disserta es da Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CAPES percebe se que as pesquisas est o comumente relacionadas a museus espec ficos tais como o Museu de Arte No Banco de Teses Disserta es da CAPES dentro dos temas museologia e arquitetura encontram se os trabalhos Arquitetura em suspens o O edif cio do Museu de Arte de S o Paulo Museologias e museografia de Alexander Miyoshi 2007 Museus infantis uma quest o contempor nea de Ana Cl udia Breier 2006 Templos da verdadeira arte espa os interativos locais de propaganda o que se ensina no Museu de Arte de Clarice Pinto Ben 2006 Arquitetura de Museus de Cristiana Serrao Casellato 1998 MAC de Niter i Pr ticas relatos e impress es de um espa o vivenciado de M rcia Martins Campos 2003 Arquitetura da arte o paradoxo nos museus de arte moderna de Maria Cristina N Cabral 2003 Arquitetura da arte o paradoxo nos mu
122. se articula ao eixo rodovi rio e tamb m pista aut noma de acesso direto do aeroporto ao centro c vico por onde entrar o na cidade os visitantes ilustres podendo a respectiva sa da processar se com vantagem pelo pr prio eixo rodovi rio residencial Prop e se ainda a localiza o do aeroporto definitivo na rea interna da represa a fim de evitar lhe a travessia ou contorno 21 Quanto numera o urbana a refer ncia deve ser o eixo monumental distribuindo se a cidade em metades Norte e Sul as quadras seriam assinaladas por n meros os blocos residenciais por letras e finalmente o n mero do apartamento na forma usual assim por exemplo N Q3 L ap 201 A designa o dos blocos em rela o entrada da quadra deve seguir da esquerda para a direita de acordo com a norma Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 22 Resta o problema de como dispor do terreno e torn lo acess veis ao capital particular Entendo que as quadras n o devem ser loteadas sugerindo em vez da venda de lotes a venda de quotas de terreno cujo valor depender do setor em causa e do gabarito a fim de n o entravar o planejamento atual e poss veis remodela es futuras no delineamento interno das quadras Entendo tamb m que esse planejam
123. se destacam o entendimento de cultura como processo social de produ o o uso da mem ria coletiva como referencial base de TA experi ncia do Museu Did tico Comunit rio de Itapo faz parte da tese de Doutorado da Muse loga Maria C lia Teixeira de Moura Santos intitulada Processo Museol gico e Educa o construindo um museu did tco comunit rio e foi desenvolvida no Col gio Estadual Governador Lomanto Junior Atualmente o museu encontra se desarticulado Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 14 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga entendimento e transforma o da realidade o fato de atuar em um territ rio com a es conjuntas com as comunidades ajudando as a definir seus objetivos e potencialidades em busca de seus pr prios meios o uso da mem ria preservada como importante para a sobreviv ncia social em seus aspectos social pol tico econ mico e cultural e as transforma o decorrentes como importantes para a forma o do cidad o atividades que visam a apropria o e reapropria o do patrim nio para a viv ncia da identidade a constru o de pr ticas museol gicas que tomam como ponto de partida a pr tica social e n o as cole es atividades que enfatizam a rela o homem natureza a conscientiza o da necessidade de uma nova postura mus
124. seguinte O Hospital formado por cinco galp es de madeira est praticamente arruinado restando de p apenas dois de seus pavilh es um dos quais parcialmente destelhado mas todos os dois pass veis de restaura o com relativa facilidade uma vez que a documenta o relativa a seu aspecto original farta e acess vel junto aos moradores da rea ex funcion rios que j n o moram no local ou junto ao IAPAS propriet rio do terreno Essa situa o favor vel a uma poss vel restaura o n o se aplica ao caso dos tr s demais pavilh es j completamente arruinados dos quais nos restaria apenas a perman ncia como registro hist rico dos seus alicerces ainda presentes O acampamento goza de situa o bem diferente estando muito bem conservado gra as ao empenho dos moradores O segmento mais representativo e melhor conservado o da alameda que d acesso ao Hospital A popula o atual de 500 pessoas 88 fam lias em sua maioria de pioneiros em Bras lia ex funcion rios do Hospital ainda com v nculos empregat cios com o atual IAPAS MPAS mesmo que aposentados SECDF DePHA 1985 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 156 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Mais da metade do edifico onde funcionava o hospital estava em ru nas e a part
125. ser real no princ pio com os acampamentos as pr ticas sociais se davam em plenitude e sem estratifica o e as resid ncias que compunham este acampamento assim como os outros cada um dentro de suas particularidades eram de modo a locar se m dico e enfermeiro funcion rio e diretor cozinheira todos partilhando a mesma vizinhan a e espa o comum a nica diferen a se dava a n vel dos alojamentos dos solteiros e das casas das primeiras fam lias GT Bras lia 1983 p 05 17 O Grupo de Trabalho Bras lia ou GT Bras lia foi formado em 1981 por profissionais do DePHA SECDF SPHAN Pr Mem ria e UnB visando a preserva o do patrim nio hist rico e cultural de Bras lia Preocupados com a salvaguarda do patrim nio cultural local e nacional e com a falta de apoio por parte do governo propuseram a inclus o do tema dos acampamentos pioneiros de Bras lia nos temas do GT A primeira etapa do trabalho foi verificar o arruamento original os ndices de ocupa o mais usuais os lotes a identifica o das edifica es de um pavimento os afastamentos a vegeta o abundante e amadurecida ao longo de praticamente tr s d cadas a representatividade das constru es a popula o de pioneiros e a hist ria viva que representavam GT Bras lia 1983 p 03 A equipe do GT que trabalhou no tombamento do HJKO era formada pelos seguintes profissionais Augusto C sar Puccinelli Carlos Madson Reis Lib nia Lopes Cabezon Luana
126. sobre a nossa cidade a sair do museu para entrar no museu e musealizar fora do museu Santos M 2000 p 108 Para Santos o patrim nio deve ser visto e compreendido como algo que tem sentido para as pessoas e acredita que o grande desafio dos museus sair de seu contexto linear e fechado ampliar sua a o educativa a fim de fazer integra o com a escola e com o meio e colocar se a servi o do capital social e cultural da sociedade O pensamento de Horta converge com o discurso de Santos Todo sentido prov m de uma rela o que estabelecemos entre uma coisa um elemento significante e um significado espec fico que a ela atribu mos num plano individual ou num plano coletivo Trabalhar educacionalmente com o patrim nio cultural n o pode ser apenas uma tarefa de passagem de informa es e discursos pr fabricados mas levar o aluno ou o aprendiz no processo de conhecimento a identificar os signos e os significados atribu dos s coisas por uma determinada cultura a mergulhar no universo de sentidos e correla es que elas oferecem descoberta a procurar entender a linguagem cultural espec fica utilizada naquelas manifesta es e finalmente a envolver se afetivamente com elas atrav s de viv ncias e experimenta es de modo a ser capaz de apropriar se desses signos e textos culturais incorporando os ao sistema de sua enciclop dia mental Horta M L 2000 p 30 Se a pesquisa
127. social com base no patrim nio cultural e natural tang vel e intang vel da humanidade Este conceito enfatiza a aproxima o da museologia com os valores sociais e comunit rios e a participa o da comunidade em todo o processo desde o incentivo aos movimentos ligados mem ria at a escolha dos objetos a serem musealizados e sua forma de exposi o a Sociomuseologia assume se como uma nova rea interdisciplinar que resulta da articula o entre as demais reas do saber que contribuem para o processo museol gico contempor neo Entre o paradigma do museu ao servi o das colec es e o paradigma do museu ao servi o da sociedade est o lugar da Sociomuseologia Moutinho 2007 p 03 No Brasil foram criados v rios cursos de gradua o em Museologia alguns dos quais possuem uma liga o forte com a Sociomuseologia por meio de professores visitantes que fazem parte do quadro docente dos Cursos de Segundo e Terceiro Ciclo na Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias ULHT em Lisboa No entanto os curr culos n o expressam esta op o e permanecem ligados linha mais tradicional do ensino da museologia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 42 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Desde 2006 est em funcionamento o Cadastro Naciona
128. tero que define a rea urbanizada FIGURA 2 3 E houve o prop sito de aplicar os princ pios francos da t cnica rodovi ria inclusive a elimina o dos cruzamentos t cnica urban stica conferindo se ao eixo arqueado correspondente s vias naturais de acesso a fun o circulat ria tronco com pistas centrais de velocidade e pistas laterais para o tr fego local e dispondo se ao longo desse eixo o grosso dos setores residenciais FIGURA 3 4 Como decorr ncia dessa concentra o residencial os centros c vico e administrativo o setor cultural o centro de divers es o centro esportivo o setor administrativo municipal os quart is as zonas destinadas armazenagem ao abastecimento e s pequenas ind strias locais e por fim a esta o ferrovi ria foram se naturalmente ordenando e dispondo ao longo do eixo transversal que passou assim a ser o eixo monumental do sistema FIGURA 4 Lateralmente intersec o dos dois eixos mas participando funcionalmente e em termos de composi o urban stica do eixo monumental localizaram se o setor banc rio e comercial o setor dos escrit rios de empresas e profiss es liberais e ainda os amplos setores do varejo comercial 5 O cruzamento desse eixo monumental de cota inferior com o eixo rodovi rio residencial imp s a cria o de uma grande plataforma liberta do tr fego que n o se destine ao estacionamento ali remanso onde se concentrou logicamente o centro
129. todos os segmentos que a comp em desde seus representantes oficiais at os que s o minorias dentro do conjunto populacional Esta representatividade importante para que sejam detectados os des gnios e necessidades da coletividade assim como a forma o dos multiplicadores das a es E para Varine 2000 p 71 o objetivo principal do Ecomuseu ser instrumento privilegiado do desenvolvimento comunit rio Ap s detectar os problemas a serem encaminhados o patrim nio suporte e material da a o do museu Resumindo estas iniciativas explica que o museu cl ssico conserva com vistas ao gozo dos indiv duos ao passo que o Ecomuseu comunit rio consome com vistas ao desenvolvimento do grupo Varine 2000 p 71 S o conceitos fundamentais dos Ecomuseus territ rio patrim nio e popula o O territ rio onde acontece a vida o cotidiano das pessoas O patrim nio trabalhado in situ compreendido no sentido mais alargado poss vel aqui entram a cultura o saber e o fazer o material e o imaterial a paisagem e o que foi constru do pelo homem A popula o a raz o de ser do Ecomuseu Para Moreira 1996 o Ecomuseu instrumento de desenvolvimento social cuja miss o social e cultural contribui para o fortalecimento do sentido de pertencimento da da comunidade e a forma o de grupos de trabalho Os gestores orientaram a comunidade para que ela tomasse decis es sobre as tem ticas das expo
130. utiliza o das refer ncias patrimoniais de um povo incluindo seus monumentos e entidades culturais no processo educativo com a finalidade de sensibilizar e desenvolver a conscientiza o da import ncia dos bens culturais e de sua preserva o Sua pr tica pode se dar junto aos curr culos escolares em todos os n veis em cursos para educadores agentes comunit rios e profissionais ligados cultura com o objetivo de formar pessoal capacitado para trabalhar na miss o de promover o entendimento da import ncia de se preservar os indicadores da mem ria social Neste sentido quando se pensa na comunica o do acervo arquitet nico o que se tem em mente justamente permitir que mais pessoas tenham acesso a um conte do que pode aproximar ainda mais as pessoas de seu patrim nio cultural utilizando o patrim nio constru do como meio de sensibilizar a comunidade para quest es relacionadas sua constru o e que podem envolver transitar por diversos temas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 139 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Cap tulo 3 MUSEALIZA O DO ACERVO ARQUITET NICO Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 140 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclu
131. 010 r O Programa Viva o Museu a visita guiada que atende grupos de estudantes das escolas p blicas e particulares Nele trabalhado o hist rico do local na rea externa veiculado um pequeno filme sobre a constru o de Bras lia e s o disponibilizadas as exposi es permanentes O projeto Hist rias Contadas um programa de coleta de dados documentos e imagens da hist ria da cidade mas que na pr tica ainda n o funciona por falta de apoio e financiamento Em sua maioria estas iniciativas buscam incentivar a apropria o espacial do museu pela comunidade circunvizinha No Projeto Rodas da Paz a ideia a de utiliza o de bicicletas de propriedade do museu na rea externa uma tentativa de disponibilizar o espa o externo para a comunidade mas a iniciativa atualmente est parada O projeto Casa das Rodas Candangas que ainda n o est funcionando por conta de entraves burocr ticos enfatiza a utiliza o da rea externa para aulas de educa o para o tr nsito com o Departamento de Tr nsito Detran O MVMC tem estrutura para receber tr s turmas de escola por turno com at quarenta e cinco alunos cada H uma s rie de projetos pensados para serem implantados com a comunidade principalmente com as escolas da Candangol ndia e do N cleo Bandeirante e pautados nas oficinas Destacam se os projetos Manga Verde vinculado oficina de pintura o Menino do Pote ofi
132. 02 A parede 03 Figura 67 cont m frases das pessoas que trabalharam e utilizaram o hospital e uma estante com equipamentos utilizados nos procedimentos m dicos e cir rgicos da poca No canto direito um totem com computador torna acess veis informa es sobre a evolu o da medicina neste per odo al m de reportagens de jornais revistas e documentos que tratam da luta do processo de tombamento do HJKO Rytryrtyufuygjhvjhbj kjgkjhgkjhkjhkjhk kijhyo iyuiouoiuo i hjgjhghjajhggjajgkjhgggjajhgjgghg kjhajkghjghjajhgjhg hgljhgjhgjhvajhvajh Hgfhkgihg hjgjhgjhgjhgjhgjhgjhg jhghjgjhgjhgljkhglkjhgkjhkjk Ghtdghidg Jhglkjkjhkinkhh jhkjhkjhkjhkjhnkjhkhkjh Jhigijhgihgkjhgkjhkjhikjikjikjikjikjk kjhgkljhgkijhkjhkhkhkjhhjhgjg Higfkhiaihahigkigkihbakiokmbmnnnn bhvakhahighialihahialihahiaihih do Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 179 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 67 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 03 A parede 04 Figura 68 cont m exposi o de parte do acervo de Marilda Porto esposa do Dr Porto primeiro m dico do HJKO Ao longo dos anos ela guardou importantes documentos e imagens sobre a hist ria de Bras lia e do pr prio hospital onde residiu com o marido at 1959 Estas imagens foram cedidas para que m
133. 18 119 120 121 122 123 124 127 128 129 131 132 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 148 149 150 152 153 169 170 177 178 179 180 182 185 186 187 188 199 200 201 202 203 204 206 208 210 211 214 215 216 217 218 219 221 224 246 248 249 250 251 252 254 256 257 I XI XII I Meneses 34 121 123 134 142 254 255 Monumento 23 25 50 54 59 60 61 62 63 65 66 69 70 72 73 74 100 143 152 222 I XI XII IV VI Moutinho 9 33 44 47 48 49 129 147 255 Museologia 27 29 33 39 40 41 43 44 45 46 47 48 49 62 67 68 76 77 78 80 82 84 85 87 92 97 99 100 103 110 114 128 130 134 142 144 148 174 177 246 251 256 Muse logo 31 83 100 113 128 Museu 10 26 27 28 30 34 35 36 40 41 42 43 44 45 48 49 50 53 67 74 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 91 92 93 94 95 96 97 98 100 101 102 103 104 105 106 107 108 113 122 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 139 140 142 143 144 145 146 147 152 153 171 172 173 174 176 177 178 179 181 182 183 184 185 186 188 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 244 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania 201 213 218 220 223 224 226 229 235 246 247 24
134. 1984 200 Figura 96 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 08 do m dulo Edifica es contendo informa es sobre o m dico Dr Edson Porto rea 201 Figura 97 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 09 do m dulo T cnica Construtiva e maquete da casa destinada aos m dicos e funcion rios do HJKO 202 Figura 98 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 10 do m dulo M o de obra 203 Figura 99 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 12 sobre a implanta o do Museu Vivo da Mem ria Candanga no local do ex acampamento HJKO i 204 Figura 100 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 13 contendo os cr ditos da EXPOSI O massive na raoe avion EER AEEA EAA aa NA RAIA APS DUDA ALSO Leda Rca pad cana an 204 Figura 101 Question rio aplicado a frequentadores do MVMC Resultados Gr fico sobre o conhecimento pr vio do MVMC por parte dos entrevistados 206 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 19 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 102 Question rio aplicado a frequentadores do MVMC Resultados Gr fico com a forma de conhecimento pr vio do MVMC por parte dos entrevistados nas escolas 207 Figura 103 Question rio aplicado
135. 32 233 234 236 244 246 247 248 249 251 252 253 254 256 IV VI IX XI Museu Vivo da Mem ria Candanga Patrim nio Arquitet nico 16 26 39 68 117 129 130 133 137 140 152 179 246 Patrim nio Cultural 26 33 44 49 60 75 81 87 116 123 125 127 129 133 135 140 145 152 166 178 232 233 246 256 Patrim nio Da Humanidade 16 32 56 153 Pesquisa A o 35 251 Plano Piloto 20 22 155 157 158 159 160 162 163 165 186 188 189 205 206 220 221 247 252 W Primo 9 33 39 43 44 48 49 98 130 256 Processos Museol gicos 10 47 49 67 68 125 142 143 181 182 Projeto De Musealiza o Do Acervo Arquitet nico 10 30 32 34 36 153 177 178 179 180 201 247 R Reigl 39 66 Rivi re 43 77 79 Rossi 33 39 69 70 71 72 73 74 76 109 117 132 133 137 256 Ruskin 39 61 62 63 64 249 257 S Santos 8 18 22 34 35 39 40 41 42 43 46 47 67 68 81 82 83 124 125 135 136 142 143 144 145 147 177 180 181 182 206 257 I Sociomuseologia 10 16 25 27 28 29 30 31 32 33 34 39 40 44 47 48 49 59 68 76 116 133 140 178 246 252 253 254 255 256 257 258 T T cnica Construtiva 167 174 190 204 212 U UNESCO 14 39 40 41 42 50 51 55 56 57 86 101 122 125 127 154 219 254 Urban sticos 27 74 103 IV Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departame
136. 4 165 166 168 171 174 176 191 194 200 202 204 207 208 210 213 215 218 226 231 232 242 XI Educa o Patrimonial 26 33 34 125 130 135 136 145 149 150 222 226 F Fran oise Choay 33 Freire 40 41 42 252 G Guarnieri 33 124 125 128 133 135 140 142 253 H Hist ria Da Arquitetura 202 HJKO 12 20 22 23 36 153 161 164 165 166 167 168 169 170 171 172 174 175 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 189 190 191 192 193 195 199 200 201 202 203 204 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 221 224 225 247 249 250 253 257 I HI X XI I Horta 34 123 136 144 145 155 253 Hospital Juscelino Kubistcheck De Oliveira 164 I ICOM 13 39 40 42 43 44 45 46 48 71 18 97 251 253 254 256 Identidade 1 3 10 26 28 31 32 34 36 41 43 46 50 51 54 62 76 79 80 82 83 84 87 98 104 105 110 111 Museu Vivo da Mem ria Candanga 116 120 122 127 129 131 134 135 136 137 139 140 141 142 143 146 149 169 179 181 186 195 199 202 204 216 234 249 253 I IX XII Inclus o Social 1 3 10 27 28 36 48 87 116 131 137 181 249 K K hl 58 132 254 L Le Goff 34 116 117 254 M M o De Obra 56 57 153 195 204 Mem ria 5 9 22 23 26 29 31 33 34 36 39 46 48 49 51 69 70 72 73 74 80 81 83 86 87 88 95 116 117 1
137. 57 M dulo Contexto Urbano Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 02 Na parede 03 Figura 58 imagens dos acampamentos pioneiros suas disposi es e a organiza o interna mostram a diferen a entre eles Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 175 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga DA tr fr Doo Figura 58 M dulo Contexto Urbano Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 03 Na parede 04 Figura 59 dois mapas do DF Um contendo as principais estradas que ligavam e abasteciam a regi o de 1957 a 1970 e uma compara o com os dias atuais No outro uma radiografia dos fluxos das principais vias de acesso ao Plano Piloto a partir das cidades do entorno Figura 59 M dulo Contexto Urbano Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 No centro da sala Figura 60 uma maquete f sica mostra o acampamento do HJKO onde est o Museu Vivo da Mem ria Candanga com as principais vias de acesso E Figura 60 M dulo Contexto Urbano Planta baixa com localiza o da maquete f sica Ao final deste m dulo espera se que o visitante tenha apreendido a dimens o territorial do projeto de Bras lia e a rela o do pr prio HJKO seu acampamento e os equipamentos de apoio necess rios com a constru o da cidade A inclus o de dados a
138. 67 283 a C e seu filho Ptolomeu II Filadelfo era lugar de encontro de poetas artistas e s bios Sofreu tr s grandes inc ndios que acabaram por destru la tendo o ltimo ocorrido na Idade M dia Restaram apenas ru nas da institui o que teve um importante papel na preserva o e difus o da cultura Em 2002 foi inaugurada nas suas imedia es uma nova biblioteca com o mesmo nome Fe Designa se peristilo a colunata no exterior de um edif cio ou em volta de um p tio go Propileus uma esp cie de p rtico de entrada que segundo Kostof n o era uma solu o muito comum Na Acr ples de Atenas ele servia para acolher os visitantes e era um local de parada onde se podiam refazer da subida ngreme que levava ao lugar dos templos mais importantes da cidade para depois retomar a prociss o a Opistodomo o vest bulo da parte posterior dos templos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 81 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga foi pensada como um lugar de contempla o e de exposi o L trabalharam os melhores escultores da poca e a disposi o dos elementos constru dos foi determinada em fun o de valorizar suas perspectivas acentuando efeitos visuais e propiciando uma hierarquiza o dos pr dios As esculturas eram elaboradas para ocupar locais espec
139. 7 SAPS 1957 Fonte Arquivo p blico do DF Arquivo P blico do DF O acampamento conhecido como Cidade Livre foi pensado para ser uma rea de com rcio e servi os Recebeu este nome porque n o eram cobrados impostos dos estabelecimentos comerciais ali instalados Em pouco tempo possu a mercearias a ougues escolas barbearia cabeleireiros lojas de tecido pens es e toda sorte de neg cios As casas que foram surgindo a despeito das orienta es contr rias foram constru das em madeira com telhados de zinco alum nio e at de palha e pintadas de cores variadas abrigando a popula o que cresceu em uma propor o assustadora Em dois anos j contava com 6 000 habitantes e em 1960 eram mais de 12 000 moradores A energia el trica era fornecida por meio de geradores particulares a gua era obtida no c rrego de Vicente Pires e as ruas eram de terra batida Figura 48 Figura 48 Imagens do N cleo Bandeirante antiga Cidade Livre acampamento que se tornou refer ncia de com rcio e servi os mesmo depois da inaugura o de Bras lia Fonte Arquivo P blico do DF Entre a Cidade Livre e o acampamento da Lonal ndia muito pr ximo sede da Novacap foi instalado o hospital mantido pelo IAPI sigla batizou tamb m a maior invas o da regi o que se desenvolveu nas imedia es da rea depois da inaugura o da cidade e era formada pelos trabalhadores da constru o civil e de suas fam lias que com a fina
140. 8 249 252 253 255 258 I IV V VOL X XI XII Museu Da Vizinhan a 43 Museu Vivo Da Mem ria Candanga 1 3 8 10 11 14 30 32 35 36 122 153 161 170 171 173 174 175 177 178 179 180 183 189 191 200 201 203 207 212 218 219 223 224 225 229 232 235 247 248 249 253 254 I II DI IV V VII X XI XII II Museus 10 16 27 29 31 32 34 39 40 41 42 43 44 47 48 49 55 57 60 66 69 77 80 81 82 83 86 87 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 103 106 107 108 109 110 112 113 114 116 117 120 129 130 132 133 136 137 141 143 144 147 148 177 181 232 246 248 251 253 255 257 VII IV Museus Comunit rios 27 39 44 47 67 69 120 Museus De Territ rio 27 39 69 147 N Niemeyer 113 155 173 174 184 207 208 Nora 34 120 121 123 252 256 Nova Museologia 13 31 33 39 40 44 45 46 47 67 68 83 129 246 255 257 P PAC 58 Patrim nio 10 25 26 27 28 29 30 32 33 34 35 36 37 39 40 41 44 46 47 48 49 50 51 56 57 58 59 60 61 66 68 69 72 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 87 90 107 109 111 112 116 119 123 124 125 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 142 143 144 145 146 148 149 150 152 153 156 166 170 171 173 178 179 180 181 183 184 185 186 200 201 202 204 219 220 222 223 224 225 229 230 231 2
141. 8 Museu Guggeheim Bilbao Fonte www guggenheim bilbao es 97 Figura 29 Museu Guggenheim Bilbao Interior Fonte Montaner i 97 Figura 30 Museu Guggenheim Bilbao Fonte Montaner iree 97 Figura 31 Museu Paulista S o Paulo Constru o Fonte www mp usp br historia html 100 Figura 32 Museu Paulista S o Paulo Vista do Jardim em frente Fonte www mp usp br historia html sssessesssesssesesseeessseesseessersseesseeesseeesseesseesseeesees 100 Figura 33 Museu Paulista S o Paulo Interior Fonte www mp usp br omuseu html 100 Figura 34 Ponta do Calabou o Fonte Augusto Malta re 102 Figura 35 Museu Hist rico Nacional Fonte Rosa Beloto 102 Figura 36 MAC Niter i Planta baixa subsolo Fonte www macniteroi com br 104 Figura 37 MAC Niter i Planta baixa do 1 piso Fonte www macniteroi com br 104 Figura 38 MAC Niter i Planta baixa do 1 piso rrenan 104 Figura 39 Funda o Iber Camargo Porto Alegre Corte longitudinal Fonte WWW iberecamargso Oro DE rss sro ousar oass amina mais erie dna gasta Tulsa Dad una Pa Rand daN Ens 105 Figura 40 Funda o Iber Camargo Porto Alegre Vista externa Fonte WWW IDErecamar so Org DE nein n gos pernas A E AE San dan RES aaa 2 DS aqua 105 Figura 41 Oficina de Ikat t cnica utilizada para tecer os Pa os
142. 80 Figura 70 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 180 Figura 71 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 05 180 Figura 72 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 06 181 Figura 73 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 07 181 Figura 74 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 07 182 Figura 75 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede O1 182 Figura 76 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 02 183 Figura 77 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 03 183 Figura 78 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 184 Figura 79 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 05 184 Figura 80 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 06 185 Figura 81 M dulo Mem ria Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 185 Figura 82 M dulo Mem ria Planta baixa esquem tica das paredes 02 e 03 186 Figura 83 M dulo Mem ria Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 186 Figura 84 M dulo rea Externa e Implanta o Planta b
143. BREMC Associa o Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunit rios http www abremc com br artigos1 asp id 9 Varine H d 1996 Respostas de Huges de Varine perguntas de M rio Chagas Cadernos de Sociomuseologia N 05 ULHT 05 21 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 241 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga NDICE REMISSIVO Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 242 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania A Acervo 10 25 26 27 28 29 30 32 33 34 35 36 53 57 67 68 74 80 82 83 107 108 112 116 117 123 124 125 128 129 130 133 134 135 139 144 145 146 150 152 171 172 173 174 179 181 184 185 193 225 229 235 236 246 247 248 1 Acervo Arquitet nico 29 35 36 116 Alois Riegl 33 65 Arquitetura 10 25 26 27 28 29 30 31 32 33 35 36 39 40 50 51 53 60 61 62 64 68 69 70 71 72 73 74 75 76 87 90 93 94 95 96 97 98 100 101 102 103 104 106 109 110 112 113 114 117 123 126 130 131 133 134 135 136 137 138 139 140 152 153 156 157 178 179 180 183 184 185 186 199 201 202 203 204 206 208 210 211 214 215 216
144. Brasil No Cap tulo 2 O acervo pela Sociomuseologia desenvolve se o tema da mem ria e da cultura como acervo da Sociomuseologia e foi introduzido o tema do patrim nio arquitet nico como acervo Isso foi feito por meio de aportes te ricos e do estudo de experi ncias j realizadas visando a cria o de um Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico como iniciativas voltadas para a educa o patrimonial e a es ligadas identidade e cidadania Este cap tulo relaciona se com o segundo objetivo espec fico da tese e tamb m se baseia em pesquisa bibliogr fica e documental Destacam se nesse espa o os textos sobre mem ria e cultura de Bosi Nora Le Goff Meneses e Belegue al m da produ o acad mica de tr s muse logas A primeira delas Maria C lia Teixeira Moura Santos por possuir trabalhos que coadunam com as expectativas geradas nesta tese de inclus o do patrim nio arquitet nico na din mica dos museus Seus textos te ricos e narrativas de experi ncias museol gicas relatam uma aproxima o da teoria com a pr tica e valorizam a viv ncia concreta da cultura material e imaterial levando a reflex es e a es frut feras junto comunidade A segunda Maria de Lourdes Parreiras Horta por ser refer ncia na rea da educa o patrimonial Seus textos dotados de sensibilidade e senso pr tico t m sido de grande contribui o para trabalhos ligados mem ria social e apropria o dos bens cultura
145. C LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga onde se afina se aprofunda se expressa esse elo entre o homem e o real Bellaigue 1992 p 03 O homem visto como gerador do museu que deve ser concebido como meio para viabilizar respostas a uma necessidade de mem ria Para Guarnieri o museu um cen rio institucionalizado mas facilitador de mudan a social O museu permite ao homem a leitura do mundo A grande tarefa do museu contempor neo pois a de permitir esta clara leitura de modo a agu ar e possibilitar a emerg ncia onde ela n o existir de uma consci ncia cr tica de tal sorte que a informa o passada pelo museu facilite a a o transformadora do homem Guarnieri 1990 p 08 Neste conceito Russio dota o museu de uma atitude ativa em rela o sociedade identificando a grande import ncia da comunica o do acervo como fator indutivo de reflex o sobre a sociedade abrindo espa o para a transforma o social o museu como agente Aqui cabe incluir as possibilidades de comunica o do fato arquitet nico Acredita se que o patrim nio constru do pode ser explorado como objeto a ser comunicado e assumir tamb m a miss o de facilitador da reflex o cr tica sobre a sociedade Para Bruno 2006 o museu vive o dilema de ter a guarda da heran a cultural por isso deve ser comprometido c
146. Chordeleg na prov ncia de Azuay no Equador conduzida pela muse loga Ione Carvalho que havia estudado com Georges Henri Riviere e est relatada no item 2 2 deste trabalho Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 113 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga com n s que deixavam os fios com a cor original em determinados pontos para construir os desenhos Esta t cnica pr pria do lugar estava morrendo com as mulheres O motivo principal do desinteresse na t cnica era a falta de perspectiva econ mica com a venda das pe as produzidas Ap s uma a o originada de uma demanda museol gica que partiu da UNESCO Organiza o dos Estados Americanos OEA foi feita uma oficina para ensinar as mulheres mais novas da comunidade Verificou se que a anilina usada estava desbotando descobriu se ent o um senhor que sabia como as cores eram fixadas no tecido A partir desta informa o um engenheiro qu mico da universidade local foi acionado e descobriu como poderia fixar a tinta por meio de um processo qu mico mais pr tico barato e eficiente Ou seja a mem ria foi trabalhada para que a t cnica n o se perdesse mas que ao mesmo tempo pudesse servir de gerador de renda para a comunidade local Portanto registrar mem rias pode significar proteg las do esquecimento e trabalhar
147. DAD Geogr ficas Latitud paan ie sau g P blica 3 1 Identifica o do Propriet rio Longitu Privada de auia Mista 3 2 Contatos m Erro Horiz m Outra A 0 07 0 7 PROTE O 4 NATUREZA DO BEM 5 CONTEXTO EXISTENTE PROPOSTA B maraucol dico Rural Patrim nio Patrim nio q g mundial mundial Bem Urb no Federal Federal paleontol gico individual individual Patrim nio natural Entorno Federal Federal conjunto preservado conjunto Bem im vel Entorno alterado ti E stadual gi E stadual individual individual E Estadual Estadual Bem m vel Forma conjunto gt conjunto conjunto E Municipal Municipal Bem integrado Bem isolado individual individual 4 1 Classifica o Municipal Municipal conjunto conjunto Exemplos de classifica o para bem arqueol gico sambaqui s tio cer mico pintura rupestre bem paleontol gico restos f sseis ou em processo de fossiliza o moldes rastros pegadas bens Entorno de bem Entorno de bem im veis arquitetura obra de engenharia e infra estrutura patrim nio id tegid natural jardim hist rico gruta forma o rochosa bens m veis e protegido protegido integrados documento obra de arte talha altar artes gr ficas numism tica etc 8 ESTADO DE 9 ESTADO DE Nenhuma Ne huta PRESERVA O CONSERVA O ntegro Bom D 6 1 Tipo legisla o ss 7 4 Tipo legisla o incidente incidente Pouco alterado Prec rio Muito alterado Em arruinamento Descaracterizado Arruin
148. Decreto 3 551 passou a incluir diferentes possibilidades de express o da cultura nacional Louren o 1999 identifica na cria o dos museus de arte moderna brasileiros os DES ape PE z 106 MAM s uma forte liga o com o modelo americano em decorr ncia do momento pol tico O MAM S o Paulo estabeleceu se inicialmente em um edif cio dos Di rios Associados no centro da cidade Foi para o Parque do Ibirapuera em 1958 no Museu da Aeron utica e em 1962 foi para o Pavilh o Armando Arruda Pereira Em 1968 mudou se para a nova sede sob a marquise do Ibirapuera Em 1982 o local passou por uma reforma concebida por Lina Bo Bardi que o idealizou como uma galeria privilegiando os espa os expositivos audit rio e bar Foram negligenciadas as reas de reserva t cnica e de preserva o do acervo cuja adequa o s aconteceu em 1993 Neste nterim foram incorporadas reas como o parque de esculturas e de exposi o junto ao caf privilegiando a intera o entre o p blico e as obras Atualmente o MAM SP conta com mais duas sedes e uma diversidade de atividades culturais e art sticas Foi o primeiro MAM da Am rica Latina 104 Em 1946 o SPHAN passa a se chamar Departamento do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional DPHAN em 1970 transformado em Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IPHAN em 1979 dividido em Secretaria do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional SPHAN rg o normativo
149. Distrito Federal SEBRAE Servi o Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SESI Servi o Social da Ind stria SICG Sistema Integrado de Conhecimento e Gest o SIGNUD Sistema de Interpreta o e Gest o do N cleo Documental SPHAN Servi o do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional UFBa Universidade Federal da Bahia UNESCO United Nations Educational Scientific and Cultural Organization UniRio Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 12 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga NDICE TIN ERRO DO AO ala S a 1 CAP TULO 1 SOCIOMUSEOLOGIA E ARQUITETURA cceemeereereeeeeee 33 1 1 Sociomuseologia e a rela o comunidade territ rio e patrim nio cultural 35 1 1 O processo de reconhecimento do patrim nio cultural es 44 1 2 O sentido de preserva o dos Monumentos Hist ricos eres 53 1 2 O patrim nio arquitet nico como meio de atua o da Sociomuseologia cess 61 1 2 1 Ecomuseus Museus Comunit rios e Museus de Territ rio eesoseseenesesreresesrerrreerrrrererrsrerese 69 1 3 A arquitetura dos museus na hist ria cccceccrerererecrseererererenesecreereseresecrsncro soro se
150. EMOLIDO b Igreja S o Jo o Bosco PRESERVADA c Catetinho PRESERVADO d Servi os A reos Cruzeiro do Sul DEMOLIDO e Escola J lia Kubitscheck DEMOLIDA e f Banco Franc s e Brasileiro DEMOLIDO Fonte Arquivo P blico do DF A inten o de colocar a planta com o nome dos antigos moradores da rea foi traz los ao museu juntamente com seus familiares e amigos S o pessoas comuns que s o tamb m respons veis pelo fato de o museu estar ocupando uma edifica o que faz parte de forma muito forte da hist ria da constru o da cidade portanto um reconhecimento pelo seu feito Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 199 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 93 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 07 contendo o hist rico da A o Popular e o levantamento das pessoas que vivam no local em 1984 A parede 08 Figura 94 uma homenagem ao m dico mineiro Dr Edson Porto que com apenas 23 anos rec m formado em medicina aceitou o desafio de abrir o pequeno Posto M dico ao lado do escrit rio da Novacap e assessorou a constru o do Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira Ficaria apenas por dois meses mas vive em Bras lia at o momento Quando as casas da alameda ficaram prontas sua m e El dia veio morar com ele ao lado do ho
151. Figura 79 est um texto sobre a import ncia da mem ria para o reconhecimento da identidade de um povo IE pes Figura 79 M dulo Mem ria Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 185 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Na parede 02 Figura 80 ficam em exibi o alguns document rios sobre a constru o de Bras lia e sobre o HJKO S o pequenos filmes que podem ser escolhidos na parede 03 L Figura 80 M dulo Mem ria Planta baixa esquem tica das paredes 02 e 03 Na parede 04 do m dulo Mem ria Figura 81 est o listados os nomes dos livros escritos sobre o tema Bras lia e seus autores em cima de uma imagem em marca d gua contendo o pal cio do Planalto ao fundo e os trabalhadores na frente Figura 81 M dulo Mem ria Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 M dulo 6 rea Externa e Implanta o O ltimo espa o pertencente ao m dulo rea Externa e Implanta o sobre o projeto da Cidade Livre de autoria do arquiteto Silvio Cavalcante quando estava frente do DePHA DF As paredes cont m as pranchas digitalizadas do projeto em sua totalidadeque al m das propostas para revitaliza o do Museu Vivo da Mem ria Candanga sugeria a forma o de recant
152. GUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga a Jos E Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VII MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Anexo 03 Convite para a Exposi o HJKO arquitetura e mem ria EXPOSI O neste hospital JK nasceram os primeiros brasilienses e morreram os primeiros candangos arquitetura e mem ria erastovilas Realiza o Governo do Distrito Federal Secretaria de Cultura do Distrito Federal F DA MEMORA rei sonaas CANDANGA anaron aana GDF Apoio A Museu Vivo da Mem ria Candanga mm KZ Secretaria de Cultura do Distrito Federal N ua UnB Fac de Arquitetura e Urbanismo da UnB Laborat rio de Modelo Reduzido Nono np ao redpv programa o visual como chegar Goi nia Guar ll Museu Vivo da Mem ria Candanga Park Shopping SIA Rio de ji Janeiro q i Candangol ndia Jardim Linha do Zool gico Metr Plano Piloto TEdPV prosrama o vsul Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia I MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Convite para a abertur
153. HJKO GT Bras lia 1983 p 03 Justificativa no processo de tombamento do HJKO equipamento de import ncia fundamental para a din mica s cio urbana da poca referente constru o de Bras lia comparece hoje como um dos poucos testemunhos do viver oper rio que escreveu a hist ria popular deste per odo SECDF DePHA 1985 Equipe do GT Bras lia Coordena o Walter Albuquerque Mello Diretor do DePHA SEC e Briane Panitz Bicca Coordenadora do GT Bras lia Equipe que trabalhou no projeto do HJKO Augusto C sar Puccinelli Carlos Madson Reis Lib nia Lopes Cabezon Luana Nogueira Le Roy Maria das Gra as S Coutinho S lvio Cavalcante e Zil Ferreira Messeder Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 198 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 91 Planta do levantamento feito pela equipe do DePHA com o nome de todas as pessoas que se encontravam morando nas casinhas e acr scimos feitos durante o per odo de 1974 a 1984 Ainda nesta parede est o fotografias de edifica es significativas da poca da constru o de Bras lia que poderiam ter sido poupadas da demoli o e duas que ainda se encontram em atividade Figura 92 Figura 92 Edifica es contempor neas ao HJKO e o destino que receberam a Catetinho D
154. IMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 87 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 04 Continua o do m dulo Contexto Urbano M dulo Edifica es Na parede 06 contada a hist ria da constru o do Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira e das edifica es adjacentes Em seu painel est o os nomes dos m dicos e funcion rios que fizeram parte da primeira equipe do hospital e dos moradores das casinhas e dos alojamentos levantados at o momento na pesquisa documental e por meio de entrevistas ou hist ria oral O Texto 06 O ACAMPAMENTO HJKO E SEUS MORADORES Inaugurado oficialmente em 6 de julho de 1957 o HJKO era o rg o de assist ncia m dico hospitalar do Instituto de Aposentadoria e Pens es dos Industri rios o IAPI Foi constru do em madeira em apenas dois meses Atendia os segurados do IAPI os funcion rios da Novacap e todas as pessoas que recorressem institui o Em 1958 a m dia era de 3 000 atendimentos por m s O projeto foi elaborado pelo Departamento de Urbanismo e Arquitetura DUA da Novacap dirigido por Oscar Niemeyer e executado pelos engenheiros do IAPI de S o Paulo Vicente Paes Barreto e Marcelo Colares Moraes Duas fileiras de casas geminadas voltadas para o jardim eram separadas por uma rua de servi o por onde entravam as ambul ncias e caminh es Na entrada do acampamento
155. IMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga morfol gicos tipl gicos e de apropria o dos espa os N o aplicado a bens isolados A Ficha M 103 aplic vel a conjuntos rurais ou urbanos que j t m algum tipo de prote o No M dulo de Gest o s o identificadas as reas j protegidas Suas fichas abordam de forma sistem tica o patrim nio cadastrado e protegido com o fim de respaldar estrat gias de gest o e de valoriza o A metodologia busca construir proposi es por meio da an lise As sete fichas que comp em o m dulo trabalham com informa es sobre as normas que regem as reas protegidas fazem diagn stico urbanos sobre quest es ligadas a reabilita o com relat rios fotogr ficos e diagn sticos de de conserva o da arquitetura A inten o do programa inserir ainda fichas com as rotinas de fiscaliza o em bens e s tios tombados diagn sticos de conserva o de bens m veis e integrados gest o do patrim nio ferrovi rio arqueol gico entre tantos outros temas de pesquisas desenvolvidas pelo rg o A Ficha M 201 Pr Setoriza o tem o objetivo de compreender setorialmente os v rios componentes dos s tios e conjuntos rurais e urbanos j protegidos ou em processo bem como as regi es do entorno visando a normatiza o da rea e de planos de preserva o Este formul rio deve gerar uma proposta de pr s
156. IRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ficha M102 Contexto Imediato M DULO CONHECIMENTO 1 IDENTIFICA O 1 2 Recorte Territorial Identifica o da regi o estudada Preencher com as informa es necess rias para a identifica o da regi o estudada S o exemplos de recorte territorial as regi es geogr ficas Regi es Norte Nordeste Centro Oeste Sudeste e Sul as Unidades da Federa o Estados do Piau Santa Catarina Mato Grosso etc e recortes espec ficos Vale do Parna ba Vale do Itaja Pantanal etc Preenchimento obrigat rio 1 2 Recorte Tem tico Identifica o do tema do estudo Preencher com as informa es necess rias para a identifica o do tema estudado S o exemplos de recorte tem tico o processo urbanizador e ou econ mico de determinada regi o geogr fica como a do gado no Nordeste a arqueologia como a do Piau etc preenchimento obrigat rio 1 3 Identifica o do Universo Objeto de An lise Preencher com as informa es necess rias para a identifica o do universo ou objeto de an lise A identifica o do Universo Objeto de An lise poder ser ou n o coincidente com o Recorte Territorial dependendo da escolha do recorte tem tico e da aproxima o que se faz com o objeto Por exemplo na perspectiva de se fomentar um estudo sobre o patrim nio cultural do Estado
157. Invas o do IAPI No in cio da d cada de 1970 foi escolhida uma rea para a transfer ncia da comunidade de forma pac fica Foram doados lotes com infra estrutura urbana para parte dos assentados A Secretaria de Servi o Social promoveu uma campanha de esclarecimento para evitar resist ncia e viol ncia temendo o ocorrido em remo es anteriores e disponibilizou ajuda para a constru o das casas O local escolhido para o novo assentamento era perto de Taguatinga na rea denominada Ceil ndia nome derivado da Comiss o de Erradica o de Invas es Na poca a a o foi vista como uma vit ria social e o balan o da CEI indicava a transfer ncia de 82mil pessoas que moravam em reas de invas o para regi es com certa infraestrutura urbana Este n cleo foi bastante explorado pelos visitantes que participaram das visitas guiadas Foram feitas muitas perguntas no m dulo principalmente sobre a transfer ncia dos moradores para as reas adjacentes Vale inclusive ressaltar a apropria o do material exposto pelo professor de um Curso de Educa o Patrimonial que estava acontecendo nas instala es do Museu Vivo da Mem ria Candanga O docente percorreu toda a exposi o com os alunos e deteve se demoradamente neste m dulo onde os alunos sentaram no ch o e ele ficou por bastante tempo fazendo explana es Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 193 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS L
158. MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Orientador Professor Doutor Jos Diogo da Silva Mateus Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia Lisboa 2012 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Tese apresentada para obten o do Grau de Doutor em Museologia no Curso de Doutoramento em Museologia conferido pela Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Orientador Professor Doutor Jos Diogo da Silva Mateus Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia Lisboa 2012 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A mem ria o perfume da alma George Sand A mem ria a consci ncia inserida no tempo Fernando Pessoa Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 3 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Pai e m e Dedico a voc s este trabalho pelo cuidado com as quatro Marias e com tudo que lhes diz respeito Unive
159. Museu Vivo da Mem ria Candanga riscos de descontinuidades das a es e de posterga o da implanta o em especial por conta de conflitos oriundos de concep es elaboradas por t cnicos distantes da realidade local 1 1 2 O sentido de preserva o dos Monumentos Hist ricos Para Choay 2006 a cria o do termo monumento hist rico deve ser atribu da ao antiqu rio naturalista Aubin Louis Millin Na apresenta o Assembl ia Nacional Constituinte francesa do primeiro volume de Antiquit s nationales ou Recueil de monuments ele recomendou a urgente elabora o da representa o dos v rios tipos de monumentos que estavam sendo destru dos pela a o do tempo Esta a o motivou o tombamento e o invent rio das diversas categorias de bens que foram em seguida deixados nos chamados dep sitos A Comiss o dos Monumentos da Constituinte ficou respons vel pelos invent rios era composta por especialistas e pessoas comuns e foi dividida em dez se es de acordo com a natureza dos objetos a serem inventariados Nenhuma delas tratava especificamente de arquitetura mas de objetos relacionados antiguidade e hist ria Entre as medidas adotadas para fins de prote o dos bens de interesse coletivo destacam se a adapta o dos bens nacionalizados para novos fins e a sua venda a particulares para arrecadar fundos para o Estado Os bens m veis foram paulatinamente transferidos dos dep sitos provis rios p
160. N 04 POSTERIOR VISITA GUIADA Jovens adultos e idosos moradores do Distrito Federal Os dados coletados por meio deste instrumento de avalia o ser o utilizados t o somente para fins de pesquisa acad mica 04 1 Data Q4 2 Profiss o Q4 3 Nome Q4 4 Tel Q4 5 E mail Q4 6 Bairro ou Cidade onde mora Q3 7 Idade 1 Entre 13e 18 2 Entre 18e25 3 Entre 25e50 4 Entre50e 75 5 Acima de 75 22 Q3 8 Quando voc veio ao Museu Vivo da Mem ria Candanga o que voc esperava encontrar Suas expectativas foram atendidas Procurava encontrar 1 Informa es sobre a hist ria do museu 2 Informa es sobre a hist ria de Bras lia 3 A hist ria dos candangos 4 Obras de arte de artistas famosos 1 Obras de arte das pessoas que moravam em Bras lia na poca da constru o 6 Filmes sobre a cidade 7 Informa es sobre os acampamentos pioneiros de Bras lia 8 Informa es sobre as pessoas que moravam no acampamento do HJKO 9 N o tinha pensado sobre isto 23 03 9 Esta visita ao Museu Vivo da Mem ria Candanga contribuiu para voc 9 Saber mais sobre a hist ria de Bras lia 0 Compreender o desenvolvimento do Distrito Federal 11 Valorizar a contribui o dos que trabalharam na constru o da capital do pa s 2 Compreender a estrutura de vida na poca da constru o da cidade 3 Compreender a luta das comunidades pela perman ncia na
161. Nogueira Le Roy Maria das Gra as S Coutinho S lvio Cavalcante e Zil Ferreira Messeder A Coordena o do GT Bras lia era de Walter Albuquerque Mello Diretor do DePHA SEC e de Briane Panitz Bicca Ressalte se ainda a participa o de Jos Carlos C rdova Coutinho e Maria Elaine Kohlsdorf 158 Esta frase encontra se no relat rio do GT Bras lia mas n o h identifica o do autor Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 155 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga No relat rio do GT Bras lia citado o reconhecimento da entidade como Hospital de Campanha Modelo pela Organiza o Mundial da Sa de mas n o se encontrou at o momento documento comprobat rio de tal fato 159 O parecer emitido em 1983 sugeriu algumas a es para prevenir a destrui o do local mas que n o foram seguidas pelo IAPAS Como consequ ncia houve a piora das condi es f sicas do local Em maio de 1984 um inc ndio destruiu por completo um dos alojamentos destinados no projeto original aos funcion rios solteiros Em todo o processo de tombamento a comunidade local organizada manifestou se veementemente pela defesa do HJKO junto aos rg os estaduais e federais como foi divulgado pela imprensa O documento de 17 de junho de 1985 elaborado pelo GT Bras lia sobre
162. Quarteir o Cultural do Matadouro dispon vel em http www quarteirao com br territorio html s scasasspascaliarapeoniagensadagastalnando consadiosadinadhasida a o 78 Figura 3 Museu Did tico Comunit rio Nicar gua Constru o Fonte Arquivo Ione CaValhO es neta IR ERRO GR RT RR RA ER Eai 79 Figura 4 Museu Did tico Comunit rio Nicar gua Material constru do pela comunidade Fonte Arquivo Tone Carvalhos sae a a a A E E OERS 79 Figura 5 Museu Did tico Comunit rio Nicar gua Interior Fonte Arquivo Ione Carvalho 79 Figura 6 Glyptothek de Munique 1816 30 Planta baixa Fonte University of Hertforshire 86 Figura 7 Altes Museum 1823 30 Planta baixa Fonte University of Pittsbureg 86 Figura 8 Glyptothek de Munique 1900 Interior Fonte de academic ru 86 Figura 9 Altes Museum 1823 30 Corte Fonte www lifeloo com 263HistArchl htm 86 Figura 10 Museu do Crescimento Ilimitado Le Corbusier 1939 Fonte www amikanki com ada A da SR a go A E E 89 Figura 11 MoMA 1939 Fonte The Guardian sos ssa el andares passada ap 89 Figura 12 Museu Guggenheim Nova York Corte transversal Fonte Montaner 91 Figura 13 Museu Guggenheim Nova York Vista exterior Fonte Bradburn 91 Figura 14 Neue Nationalgalerie Berlim 1968 Vista exterior Fonte www berlim de 91 Figura 15 Neue Nationalgalerie Berlim 1968
163. Reuni o de Oaxtepec tamb m em 1984 no M xico ficou ainda mais evidente a dissocia o entre a chamada Nova Museologia e a chamada Museologia Tradicional A rela o territ rio patrim nio comunidade foi considerada indissoci vel e a museologia passou a considerar essencial a efetiva participa o da comunidade na interpreta o de seus s mbolos in situ Tais id ias contribu ram para o alargamento do conceito de patrim nio cultural e o entrosamento da museologia com os problemas sociais econ micos e pol ticos das regi es A museologia passou a assumir o papel de poss vel agente de desenvolvimento comunit rio e com isto ficou patente a necessidade de capacita o da comunidade para gerir seu patrim nio cultural Primo 1999 No encontro de Quebec foi decidido que era necess rio viabilizar o interc mbio das novas experi ncias museol gicas e dos ecomuseus estabelecer as rela es com a museologia oficial e discutir os conceitos e as pr ticas em curso Estas proposi es tomaram como base o conceito de museu impresso na Declara o de Santiago que como se percebe era bem mais comprometido com a sociedade do que o empregado oficialmente pelo ICOM na poca o museu uma institui o a servi o da sociedade da qual parte integrante e que possui nele mesmo os elementos que lhe permitem participar na forma o da consci ncia das comunidades que ele serve que ele pode contribuir para o eng
164. S o Paulo Cosac Naify Montaner J 2001 Depois do Movimento Moderno Arquitetura da segunda metade do s culo XX Barcelona Gustavo Gili Montaner J 2003 Museus para o s culo XXI Barcelona Gustavo Gilli Moreira C 1996 Parques Naturais e Patrim nio Os ecomuseus como instrumentos de desenvolvimento cultural Cadernos de Sociomuseologia N 05 Edi es ULHT 27 40 Moreira J 1999 O processo de cria o de um museu local In Cadernos de Sociomuseologia Lisboa Edi es Universit rias Lus fona Moutinho M Setembro de 2007 Defini o evolutiva de sociomuseologia XIII Atelier Internacional do MINOM Lisboa Portugal Moutinho M 2001 Hist ria do Capuchinho Vermelho Texto apresentado no Simp sio Internacional O processo de comunica o nos Museus de Arqueologia e Etnologia da USP S o Paulo Universidade de S o Paulo Moutinho M 1989 Museus e Sociedade Reflex es sobre a fun o social do Museu In Cadernos de Patrim nio N 5 Monte Redondo Moutinho M 2008 Os museus como institui es prestadoras de servi os Revista de Humanidades e Tecnologias Cadernos de Sociomuseologia MPEG 2010 Museu Paraense Em lio Goeldi Acesso em 05 de Abril de 2010 dispon vel em Museu Paraense Em lio Goeldi www museu goeldi br MPUSP s d Museu Paulista Acesso em 12 de Abril de 2010 dispon vel em Museu Paulista www mp usp br Mumford L 1961 1991 A cidade na hist ri
165. UEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Cartaz de divulga o da Mesa Redonda Museu e Arquitetura por ocasi o da 9 Semana de Museus mesa redonda museu e arquitetura Arq Angelina Nardelli Quaglia coordenadora Dr lone Carvalho Unieuro Arq Maria Cec lia Filgueiras Gabriele FAU UnB Arq Pedro Paulo Palazzo FAU UnB 18 de maio 14h 17h Galeria da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo ICC Ala Norte Bloco Universidade de Bras lia a semana de museus museu e mem ria ANGELINA QUAGLIA ARQUITETURA DESIGN 16 a 22 de maio alphagraphios OT E Ce PT Css or Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia NI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Fichas do SICG IPHAN com as instru es de preenchimento Ficha M101 Contextualiza o Geral 1 IDENTIFICA O 1 1 Recorte Territorial Identifica o da regi o estudada Preencher com as informa es necess rias para a identifica o da regi o estudada S o exemplos de recorte territorial as regi es geogr ficas Regi es Norte Nordeste Centro Oeste Sudeste e Sul as Unidades da Federa o Estados do Piau Santa Catarina Mato Grosso etc e recortes espec ficos Vale
166. a Cl udio Costa Oftalmologista e laboratorista e Dalva Castro Auxiliar de Enfermagem Lu za Auxiliar de Enfermagem Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 195 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 88 Levantamento da rea do acampamento HJKO realizado em 1963 pelo DUA e que cont m as casas os alojamentos o HJKO e o clubinho al m de algumas casas da invas o e outras edifica es de apoio Como era pr prio do ideal de Bras lia e chegou a ser real no princ pio com os acampamentos as pr ticas sociais se davam em plenitude e sem estratifica o e as resid ncias que compunham este acampamento assim como os outros cada um dentro de suas particularidades eram de modo a locar se m dico e enfermeiro funcion rio e diretor cozinheira todos partilhando a mesma vizinhan a e espa o comum a nica diferen a se dava a n vel dos alojamentos dos solteiros e das casas das primeiras fam lias Complementavam o conjunto a primeira Delegacia do Trabalho de Bras lia a Delegacia do IAPI Instituto de Aposentadoria e Pens es dos Industri rios rg o gerente da rea Posto odontol gico com rcio etc GT Bras lia 1983 p 05 Mep ppe NH ripe Figura 89 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 06 do m dulo E
167. a emo o doce vis o amor incondicional minhas queridas filhas que tanto me ensinam e enchem minha vida de alegria e generosidade Ao meu orientador Professor Doutor Diogo Mateus pelo apoio nesta tarefa repleta de desafios Sua serenidade e objetividade me ajudaram a trilhar este caminho Obrigada professor pela confian a A Maria Isabel minha irm Doutora minha incentivadora obrigada por seu apoio incondicional por suas palavras valiosas e por acreditar em mim A Maria Helena minha assistente e companheira de viagem de estudos obrigada pelo caf americano e por toda a disposi o em ouvir as divaga es museol gicas A Maria Claudia por acreditar neste projeto A Gabriela Tenorio minha amiga t o querida companheira desta rdua e prazerosa jornada de escrever uma tese sobre algo em que acreditamos e por ser um exemplo de coer ncia e bondade Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 5 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Obrigada Claudinha Garcia por sua amizade preciosa por sua sensibilidade pelas horas de leitura deste trabalho por me ajudar na apresenta o e pelo seu incentivo constante Ao Andrey Schlee mestre e amigo que acreditou neste trabalho desde o in cio e contribuiu com coment rios sugest es leituras e muitos muit
168. a o e podem ser tidos como coletivos como fruto do pensamento de uma poca ou registro de uma situa o Estes fatos urbanos est o presentes na mem ria coletiva e comp em a individualidade e a forma da cidade Moneo 2008 enxerga em Rossi um arquiteto que perseguiu o objetivo de tratar a arquitetura como uma disciplina cient fica mas que sucumbiu aos sentimentos De certa forma medida que Rossi enxerga a arquitetura como constru o que possui uma determinada inten o est tica compreendendo a como signos concretos do espa o onde Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 64 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga repousam os conte dos que a sociedade lhes deu Moneo 2008 p 99 atribuindo forma arquitet nica um valor pr prio ele corrobora a ideia da arquitetura como monumento com valor art stico reconhecido e retorna se ent o ao conceito de patrim nio cultural Segundo Evers Rossi era contr rio ao que chamou de funcionalismo ing nuo e tinha como objetivo tratar a arquitetura como disciplina cient fica por isso apoiou se em argumenta o hist rica bastante aprofundada Evers 2006 p 258 Muito embora n o se coloque frontalmente contra o Movimento Moderno contr rio experimenta o vazia pautada na m xima a forma segue a
169. a o das almas Deste per odo vale ressaltar os chamados deambulat rios espa os para deambular ou passear Ali eram guardadas as rel quias e as esculturas dos santos da igreja cat lica Era um local de exposi o mantido pela igreja e aberto ao p blico para a contempla o destes objetos sem perturbar a liturgia que seguia acontecendo na nave principal Era o espa o imediatamente atr s do semic rculo entre o altar mor e as capelas radiais A largura do deambulat rio da catedral g tica de Amiens Fran a por exemplo de aproximadamente 10 metros um consider vel espa o de contempla o pois as imagens eram colocadas nas capelas radiais A altura das catedrais g ticas e sua ilumina o proporcionada pelos vitrais Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 82 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 82 E dotavam nas de uma atmosfera sublimeo que segundo o Abade Suger deveria provocar a sensa o da presen a de Deus no interior destes templos O humanismo renascentista do s culo XV trouxe a valoriza o dos aspectos hist ricos art sticos e documentais dos objetos destacando o potencial cient fico e did tico das cole es pertencentes aristocracia ao clero e burguesia culta Os mecenas surgiram nesta poca e com eles os cr ticos de
170. a o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga a es descritas a seguir est o de acordo com os postulados da Nova Museologia segundo a teoria de Santos 1999 A pesquisa vista como constru o de conhecimento com base no cotidiano dentro e para a a o museal interagindo com os diversos grupos envolvidos tendo como objetivo uma nova pr tica social Deve fazer parte de todas as a es museol gicas n o se encerrando na simples descri o e an lise dos objetos Fazem parte da preserva o as a es de coleta classifica o e registro e a conserva o Na coleta definido o acervo do museu como um conjunto de bens din micos e em transforma o fica fora a concep o est tica de cole o S o bens que n o necessariamente pertencem institui o que podem ser de propriedade particular ou da comunidade e ficam expostos para que a comunidade tenha acesso a eles Ao museu cabe trabalhar com o acervo dito institucional ou seja material arquiv stico e iconogr fico plantas maquetes depoimentos e com o acervo operacional como a paisagem os monumentos as t cnicas o tecido urbano Finalmente a comunica o que n o se esgota na exposi o em si vista como um processo museol gico produto de um trabalho interativo gerador do conhecimento exposto e de consequente reflex o Espera se que seja ainda ponto de partida para novas a e
171. a Suas origens transforma es e perspectivas 3 ed N Silva Trad S o Paulo Martins Fontes Napolitano M 2005 A Hist ria depois do papel In C B Pinsky Fontes Hist ricas pp 235 289 S o Paulo Contexto Nesbitt K 2006 Uma nova agenda para a arquitetura Antologia te rica 1965 1995 S o Paulo Cosac Naify NOPH N cleo de Orienta o e Pesquisa Hist rica s d Ecomuseu Comunit rio de Santa Cruz M Crisostomo Produtor Acesso em 27 de Junho de 2011 dispon vel em Ecomuseu Quarteir o Cultural do Matadouro http www quarteirao com br Nora P 1981 Entre mem ria e hist ria A problem tica dos lugares Projeto Hist ria Revista do Programa de Estudos P s Graduados em Hist ria do Departamento de Hist ria da PUC SP 7 28 OMCC Agosto de 2006 Observat rio de Museus e Centros Culturais Boletim N 1 Piza J outubro de 2003 Vitruvius Acesso em 03 de Abril de 2010 dispon vel em Resenhas on Line Vida e Obra de Giancarlo de Carlo http www vitruvius com br resenhas textos resenha0 4 asp Primo J 2006 Museologia e Design na constru o de objetos comunicantes Revista Caleidosc pio Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 239 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Primo J 1999 Museologia e Patrim nio
172. a autora desta tese constru ram nas baseadas nas plantas de levantamentos feitas pela equipe do DePHA em v rias ocasi es At o momento n o foram localizadas as plantas originais das edifica es concebidas pelo DUA A casa da alameda foi reconstru da com base nas informa es fornecidas por antigas moradoras com bastante precis o Com rela o ao hospital n o se conseguiu avan ar como se gostaria pois as pessoas entrevistadas n o se lembravam dos espa os e tinham dificuldade para ler a planta Imaginou se que com a maquete e as fotos as lembran as seriam ativadas Este procedimento ainda est em processo de levantamento com a visita o pois ao lado da maquete com n meros em cada compartimento est um caderno de anota o para os visitantes que quiserem deixar informa es sobre o local A Exposi o Tempor ria tem como t tulo HJKO arquitetura e mem ria A escolha foi feita com o objetivo de refor ar a ideia de que por meio da hist ria da arquitetura 179 As alunas D bora de Boni Eduarda Aun Lara Caldas Ninivy e Jana na trabalharam sob a coordena o do Professor Ivan do Valle e da Profa Maria Cec lia F L Gabriele 180 O convite para a abertura da exposi o com a palestra e o oficial est no anexo da tese Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 188 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social
173. a da exposi o e palestra no Museu Vivo da Mem ria Candanga por ocasi o da 9 Semana Nacional de Museus O Museu Vivo da Mem ria Candanga em comemora o a Semana de Museus e ao dia Internacional dos Museus realizar dia 21 de maio s 11h a palestra Museu Vivo da Mem ria Candanga O patrim nio Arquitet nico como fio condutor da hist ria e sua import ncia para o reconhecimento da identidade do Distrito Federal A palestra ser proferida pela Arquiteta e doutoranda em Museologia Sra Maria Cecilia F Lima Gabriele no audit rio do Museu Via Epia Sul SPMS Lote D N cleo Bandeirante DF Na ocasi o ser aberta a exposi o com o mesmo t tulo no Sal o de Exposi es do Museu MUSEU VIVO DA MEM RIA CANDANGA PLANO PLOTO MUSEU VIVO DA MEM RIA CANDANGA Via EPIA Sul Lote D N cleo Bandeirante DF CEP 71735 000 Telefone 61 3301 3590 Hor rio de funcionamento ter a a domingo das 9h s 17h exposi es e rea externa ter a a sexta 9h s 17h Biblioteca tele centro segunda a sexta administra o O museu abre em alguns feriados Favor consultar por telefone Agendamento de visitas guiadas para grupos pelo telefone 61 3301 3590 www sc di gov br RSA wo Subsecretaria de DA MEM RIA Patrim nio Hist rico Secretaria E CANDANGA AtstieoeCuhurai de Cutura GDF Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia H MARIA CEC LIA FILG
174. a e ocupa o ilegal em reas de interesse ambiental Considerada a quarta cidade do pa s em n mero de habitantes possui um dos melhores ndices de qualidade de vida apesar de as cidades do entorno apresentarem altos ndices de criminalidade Cheia de contrastes desde sua constru o a cidade Patrim nio Mundial da Humanidade exemplo de beleza arquitet nica e urban stica e segue em busca de solu es para suas mazelas sociais 3 2 Museu Vivo da Mem ria Candanga Neste Hospital JK nasceram os primeiros brasilienses e morreram os primeiros candangos Villas 1985 Em 1957 foi escolhido o projeto para a constru o da nova capital do Brasil Bras lia H muito pensada como uma forma de apropria o do interior do pa s a empreitada atraiu trabalhadores de todos as regi es dispostos a tornar realidade o projeto do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira atendendo a seus chamados veiculados por r dio jornais e revistas da poca seduzidos pela possibilidade de emprego e pelo desejo de participar da obra quase ut pica mas intensamente propagada Enquanto a cidade era constru da a partir do cruzamento dos dois eixos principais e consolidavam se a Esplanada dos Minist rios e a Pra a dos Tr s Poderes seguia crescendo no mesmo compasso outra realidade bem distinta a dos acampamentos das construtoras que abrigavam os chamados candangos 142 Erasto de Carvalho Villas foi o advogado da A o Popu
175. a forma o das profiss es e dos artesanatos Al m disso funcionam como introdu o a uma pedagogia geral do civismo os cidad os s o dotados de uma mem ria hist rica que ter o papel efetivo de mem ria viva uma vez que mobilizar o sentimento de orgulho e superioridade nacionais Choay 2006 p 117 Um dos passos iniciais desta pesquisa foi a defini o do patrim nio arquitet nico de que trata a tese Com as leituras sobre patrim nio e cultura decidiu se que seria considerado para efeito deste estudo o patrim nio arquitet nico que abriga a fun o de museu e que j tenha passado pelas inst ncias governamentais para a es que culminaram no seu reconhecimento como patrim nio cultural e seu consequente tombamento Salienta se ainda que quando se refere a patrim nio arquitet nico inclui se no termo seu conte do urban stico por entender que o edif cio n o est isolado na cidade reconhecendo como um dos conte dos mais ricos a ser trabalhado nas a es de comunica o justamente o desenvolvimento urbano 2 do s tio onde se encontra Al m disso o contexto urbano considerado uma importante ferramenta de inclus o do visitante do museu numa poss vel reflex o sobre o passado e o tempo presente e Anota es de aula do CEAM no semin rio proferido pelo Prof M rio Moutinho em julho de 2008 no Rio de Janeiro 16 Da constru o deste cap tulo teve origem o texto O patrim nio arquitet nico no
176. a frequentadores do MVMC Resultados Gr fico sobre como os estudantes se sentem com rela o ao MVMC como monumento da cidade 208 Figura 104 Question rio aplicado a frequentadores do MVMC Resultados Gr fico com as op es mais escolhidas de como tornar as visitas aos monumentos mais atraentes 208 Figura 105 Visita exposi o HJKO arquitetura e mem ria com as crian as da Escola Classe Hda Candancolandia Spina E E a TD 234 Figura 106 D Sebastiana e Sr Ant nio Lima identificando seus nomes e de seus amigos no levantamento feito em 1984 pelo DEPHA DF eee reereacereanas 234 Figura 107 D Maria Salom de Andrade com cem anos e oito meses feliz com a ida ao Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 20 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga INTRODU O Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 21 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A arquitetura pode ser estudada sob diversos ngulos por suas atribui es como artefato obra de arte monumento territ rio constru o e em todas elas poss vel perceber a rela o que ela estabelece com o ser humano
177. a inferior com galerias de acesso previstas no terrapleno FIGURA 7 8 Fixada assim a rede geral do tr fego autom vel estabeleceram se tanto nos setores centrais como nos residenciais tramas aut nomas para o tr nsito local dos pedestres a fim de garantir lhes o uso livre do ch o FIGURA 8 sem contudo levar tal separa o a extremos sistem ticos e antinaturais pois n o se deve esquecer que o autom vel hoje em dia deixou de ser o inimigo inconcili vel do homem domesticou se j faz por assim parte da fam lia Ele s se desumaniza readquirindo vis vis do pedestre fei o amea adora e hostil quando incorporado massa an nima do tr fego H ent o que separ los mas sem perder de vista que em determinadas condi es e para comodidade rec proca a coexist ncia se imp e 9 Veja se agora como nesse arcabou o de circula o ordenada se integram e articulam os v rios setores Destacam se no conjunto os edif cios destinados aos poderes fundamentais que sendo em n mero de tr s e aut nomos encontraram no tri ngulo equil tero vinculado arquitetura da mais remota antiguidade a forma elementar apropriada para cont los Criou se ent o um terrapleno triangular com arrimo de pedra vista sobrelevado na campina circunvizinha a que se tem acesso pela pr pria rampa da auto estrada que conduz resid ncia e ao aeroporto FIGURA 9 Em cada ngulo dessa pra a Pra a dos Tr s Poderes poderia
178. a no exterior do monumento Os materiais s o diferentes mas a l gica a mesma Como edif cio urbano inusitado trouxe para o debate dos museus uma contribui o inovadora Na transparente fachada principal possibilita que do exterior se contemple a riqueza dos acontecimentos internos o contr rio do objeto fechado em si mesmo Neste particular necess rio comentar a interven o posterior de Gae Aulenti no sentido de estabelecer par metros por meio de divis rias para agregar uma certa defini o espacial s exposi es A escada rolante tamb m transparente movimenta e torna viva a fachada E a generosa pra a fronteiri a ao edif cio pode ser lida como um foyer a c u aberto que agrega calor humano ao pr dio de ascend ncia moderna Foi sem d vida uma nova concep o de museu Em 1979 a revista Museum editada pela UNESCO publicou um n mero dedicado Arquitetura dos Museus onde sugeria que os novos projetos e as adapta es dos j existentes fossem desenvolvidos por uma equipe interdisciplinar A almejada interdisciplinaridade exig ncia do concurso foi alcan ada mediante um projeto de circula o livre onde toda a rea interna dispon vel para as atividades desenvolvidas no complexo A midiateca como tamb m referida abriga um museu de arte moderna um centro de cria o industrial um instituto de pesquisa um instituto de cria o ac stica e m sica uma biblioteca p blica de i
179. abalho Mas agrade o de todo cora o a valiosa contribui o de cada um Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 7 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga RESUMO Esta tese tem por finalidade estudar o Patrim nio Arquitet nico reconhecido e tombado pelos rg os do Estado e que abriga uma entidade museol gica como acervo deste museu de acordo com os princ pios da Sociomuseologia Algumas vezes a arquitetura pode ser considerada como um acervo que abriga outro acervo Vista mesmo quando n o se decide a entrar no museu a arquitetura trabalhada enquanto objeto museol gico pode servir para comunicar uma poca seus s mbolos as rela es sociais que possibilitaram sua edifica o e suas t cnicas construtivas fazendo ressurgir a hist ria e com ela elementos que podem ativar os la os de pertencimento de uma comunidade com o seu patrim nio constru do Com o objetivo de estudar a aplica o pr tica da hip tese e posteriormente identificar pontos que podem ser utilizados na musealiza o do Patrim nio Arquitet nico de outros museus que ocupam edifica es tombadas ao longo da pesquisa desenvolveu se um Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico para o Museu Vivo da Mem ria Candanga A tese finda por real ar as caracter sticas da arquitetura como potencial
180. acordo com o que se vinha discutindo em termos de espa os arquitet nicos e quanto museologia apresentou se completamente devotado ao objeto O museu foi concebido em andares na vertical e inseriu no rol das cole es a fotografia o cinema a arquitetura e o desenho industrial Sua arquitetura aceita muitas possibilidades museogr ficas onde o grande protagonista a obra de arte O MoMA ainda hoje refer ncia das tend ncias pl sticas da contemporaneidade Outro ponto importante neste tipo de museu que o circuito j n o predeterminado seguindo uma l gica evolutiva O visitante pode escolher o seu percurso N o h uma imposi o do circuito de aprecia o do conte do expositivo Figura 11 Figura 10 Museu do Crescimento Ilimitado Le Figura 11 MoMA 1939 Fonte The Guardian Corbusier 1939 Fonte www amikanki com Depois da Segunda Guerra Mundial foi criado o Conselho Internacional dos Museus ICOM em 1946 com vistas a sua moderniza o e transforma o Em 1948 a reuni o do ICOM decidiu pelo reconhecimento e forma o dos t cnicos que trabalham nos museus Em 1950 os conservadores foram reconhecidos como profissionais Em 1953 em Mil o foi admitida a necess ria inclus o de especialistas em pedagogia no trabalho de educa o dentro dos museus Estas a es valorizaram as atividades museol gicas e foram estabelecidas novas formas de conceber o museu Soa do ERR Na Europa com o Estado d
181. ades de interven o em todas as faixas et rias Em sua an lise da cidade Rossi utilizou estudos antropol gicos psicol gicos geogr ficos art sticos econ micos de gest o pol tica de mem ria de tra ado e de estrutura da propriedade urbana Ressalta ainda a diversidade de maneiras com que as pessoas se relacionam com a mat ria pois os fatos pessoais as diferentes vis es de mundo e as diferentes percep es ligadas forma o das pessoas influenciam na atribui o de valor dos objetos Por isto acredita que a perman ncia da arquitetura uma condi o atemporal e desvinculada das obriga es funcionais Da a import ncia de se enxergar al m dos aspectos da forma os valores espirituais que mudam com o tempo e compreender o edif cio como produto da coletividade e da rela o que temos com a coletividade atrav s dele Rossi A 2001 p 16 No Museu da Escola de Amsterdam ou Het Schip houve a apropria o do patrim nio arquitet nico como objeto O complexo projeto de Michel de Klerck constru do entre 1913 e 1920 representa um conceito de urbaniza o desenvolvido por Berlage no sul da cidade Amasterdam Zuid As habita es foram pensadas para atender a popula o de baixa renda Os blocos ocupam o per metro das quadras e deixam o interior livre para a cria o de jardins O Het Schip um bloco de 2 4 e 5 pavimentos de unidades residenciais com uma escola infantil e uma ag ncia de corre
182. ado Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia XI Inserir imagens gerais ilustrativas das informa es preenchidas nos itens anteriores Deve se atentar para a representa o n o apenas do bem cadastrado mas tamb m das rela es existentes entre este a o MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania 10 IMAGENS copiar quantas linhas forem necess rias Inserir imagens de Por edifica es ou elementos da Ina magens somi detalhes do bem cadastrado paisagem de destaque entorno edificado ou natural nas diferentes escalas 11 DADOS COMPLEMENTARES 11 1 Informa es Hist ricas s ntese Museu Vivo da Mem ria Candanga Inserir imagens das principais manifesta es culturais associadas ao objeto cadastrado Caso n o ocorra registrar pormenores do bem cadastrado Sintetizar em breves par grafos ou itens a evolu o hist rica do bem apontando todas as informa es dispon veis 11 2 Outras informa es especializadas tem ticas 12 1 Entidade Informa es complementares s hist ricas manifesta es culturais vinculadas ao bem e outras ocorr ncias preenchimento obrigat rio 12 2 Data preenchiment 12 3 Respons vel preenchimento obrigat rio o obrigat rio Universidade Lus fona de Hu
183. agens tr s cidades que se formaram a partir de acampamentos pr ximos ao HJKO Candangol ndia N cleo Bandeirante e Ceil ndia al m de um breve texto sobre a cria o destas localidades O Texto 05 o seguinte CIDADES FORMADAS A PARTIR DOS ACAMPAMENTOS PR XIMOS AO HJKO CANDANGOL NDIA 184 Todas as imagens utilizadas nesta parede s o do Arquivo P blico do DF H que se ressaltar a dificuldade em se escolher as mais representativas pois a grande maioria das imagens tem muita express o e delas podem ser retiradas in meras informa es sobre a poca No projeto de Exposi o de Longa Dura o pretende se que todas elas fiquem disponibilizadas para acesso visual da comunidade Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 192 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga O acampamento que deu origem Candangol ndia foi constru do em 1956 com a instala o do Escrit rio Central da Novacap um caixa forte para o pagamento dos funcion rios um Posto de Sa de um Posto Policial e os restaurantes do Servi o de Alimenta o da Previd ncia Social SAPS Tamb m fizeram parte deste n cleo inicial algumas resid ncias para as equipes t cnicas e administrativas da Novacap uma escola e o acampamento que abrigava cerca de 12 000 trabalhadores a Vila Oper ria ou Lonal ndia S
184. ais pessoas tivessem acesso a este precioso acervo No centro desta primeira sala do m dulo Edifica es est uma maquete f sica do HJKO com suas depend ncias e parte do mobili rio da poca Figura 68 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 Nas paredes 05 e 06 Figura 69 e Figura 70 respectivamente um painel apresenta a planta baixa mobiliada de todas as casinhas da alameda e de todos os alojamentos Ao lado uma lista cont m o nome das pessoas que viveram nas casinhas e nos alojamentos at 1960 e algumas imagens da poca E Figura 69 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 05 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 180 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga m hm Figura 70 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 06 Na parede 07 Figura 71 uma c pia do levantamento do terreno feita por ocasi o do in cio do processo de tombamento da rea indica o estado de ocupa o das edifica es as altera es feitas nos im veis e o nome de cada pessoa que vivia na rea Imagens destas pessoas suas hist rias e o processo de desapropria o podem ser vistos no totem que fica E Figura 71 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o
185. aixa e eleva o esquem tica da parede Ola lapa apso pigs rh gatas Lo Angop pb E q O SE aaa Pd antena 186 Figura 85 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Planta baixa da Sala de Exposi es Tempor rias do Museu Vivo da Mem ria Candanga onde foi realizada 189 Figura 86 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 01 A linha que aparece no meio do painel marca o da iMpress o aan caspa doisasa Spina dia SRoeata adfRaaO dada SECAS SO ga RR 190 18 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 87 Foto da inaugura o do HJKO em 1957 Fonte Arquivo P blico do Distrito elsio 20774 PORRA ERROR RRPORI A READ DRE PRO RNSRO R ERR PE AROA 190 Figura 88 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria a Parede 03 contendo o m dulo Contexto Urbano e b Amplia o da rea das imagens Da esquerda para a direita um mapa com as dist ncias entre Bras lia e as capitais do pa s as rodovias existentes que ligavam Bras lia ao Rio de Janeiro e ao porto de Santos a abertura de estradas um mapa com as Rodovias Federais em 2002 as manchas urbanas do Distrito Federal em 1955 1960 1965 1975 1991 e 2007 e o mapa com a localiza o do Plano Piloto e os acampamentos pioneiros 192 Figura 89 Expo
186. ajamento destas comunidades na ac o situando suas actividades em um quadro hist rico que permita esclarecer os problemas atuais isto ligando o passado ao presente engajando se nas mudan as de estrutura em curso e provocando outras mudan as no interior de suas respectivas realidades nacionais ICOM 1972 Tamb m no documento gerado em Quebec ficou estabelecido que a museologia contempor nea deveria ser mais ativa dentro da sociedade com a es voltadas para o homem 31 Este documento foi traduzido por M rio Moutinho e publicado pelas Edi es Lus fonas Cadernos de Sociomuseologia N 15 2 O conceito de museu utilizado pelo ICOM est na nota de rodap de N 25 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 39 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga e seu meio ambiente procurando agir de forma interdisciplinar por meio de novas metodologias buscando interagir com o seu p blico Al m de pensar na conserva o material dos testemunhos da hist ria a Nova Museologia que recebia v rias denomina es ligadas chamada museologia ativa tais como ecomuseologia e museologia comunit ria voltava sua preocupa o principalmente para o desenvolvimento social destas comunidades e para o seu futuro A Nova Museologia faz uso dos recursos correntes da discipl
187. am o p blico O Museu Anne Frank foi constru do a partir de um vest gio O di rio da adolescente confinada na casa de tr s por dois anos com mais sete pessoas conta seus dias no esconderijo preparado por seu pai para proteg los dos nazistas Seu relato foi recolhido logo ap s sua pris o e guardado sob sigilo por uma das pessoas que ajudava a fam lia s sendo divulgado ap s a constata o de sua morte As fotos documentos da poca e a pr pria arquitetura tratam do drama pessoal vivido por Anne como tema central Mas al m deste trabalha a Segunda Guerra Mundial o anti semitismo e o holocausto o extremismo de direita o racismo e a discrimina o O mote para cria o do museu em si j muito comovente mas quando amplia a partir do foco gerador quest es relacionadas ao tema busca sensibilizar qualquer pessoa que se importe com os direitos humanos As a es educativas procuram estabelecer um di logo com crian as e adolescentes em seu universo escolar pois oferece um suporte educacional sobre a tem tica da Segunda Grande Guerra incentivando os trabalhos e expondo os na p gina do museu O espa o para exposi es com temas da atualidade trata das possibilidades de express o de ideias e da import ncia da democracia trazendo a problem tica que algumas vezes se estabelece entre a liberdade de express o e o direito diferen a Vale tamb m ressaltar a explora o do conte do arquitet nico do lugar
188. amb m imagens da Cidade Livre onde as casas eram constru das em madeira e muito coloridas Figura 62 a Oo Figura 62 M dulo T cnicas Construtivas Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 02 Na parede 03 deste m dulo Figura 63 uma lousa interativa traz informa es sobre a import ncia do manejo sustent vel nas florestas a utiliza o da madeira na constru o civil os tipos de madeira que podem ser encontrados no Brasil e os cuidados que se deve ter na sua utiliza o S o apresentadas tamb m experi ncias positivas existentes atualmente no Brasil e no mundo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 177 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Lousa Interativa ar N Figura 63 M dulo T cnicas Construtivas Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 03 Na parede 04 do m dulo Figura 64 um painel com os diferentes tipos de madeira utilizados na constru o civil e suas utilidades mais frequentes com desenho ilustrativos destas fun es fica dispon vel para manuseio O diagrama cont m tamb m as regi es do Brasil onde podem ser encontradas Ad ar nN Figura 64 M dulo T cnicas Construtivas Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 Ao final deste m dulo espera se que o visitante tenha compreendido que as edifica
189. amento e Coordena o da Mudan a da Capital Federal passa a ser presidida pelo Marechal Jos Pessoa e como seu ajudante de ordens chama o m dico militar Ernesto Silva 1956 JK sanciona a Lei N 2 874 que trata da transfer ncia da capital para o Planalto Central Cria o da Novacap defini o do nome Bras lia e lan amento do Concurso do Plano Piloto 1957 Escolha do Projeto de L cio Costa e in cio da constru o da cidade 1960 21 de abril Inaugura o de Bras lia A figura seguinte um mapa do pesquisador Gustavo Lins Ribeiro que mostra a situa o do Plano Piloto de Bras lia e dos assentamentos pioneiros que abrigavam os trabalhadores da constru o civil Ao lado est o imagens do Laborat rio DIMPU coordenado pelo Prof Frederico Holanda com as manchas urbanas do Distrito Federal em seis momentos 1955 1960 1965 1975 1991 e 2007 Ao final desta parede encontram se imagens com a abertura de estradas um mapa da dist ncia entre Bras lia e as capitais do pa s 182 O mapa foi desenvolvido em sua disserta o de mestrado no Programa de P s Gradua o em Antropologia da Universidade de Bras lia e publicado em 2008 pela Editora da Universidade de Bras lia Ribeiro 2008 183 DIMPU Dimens es Morfol gicas do Processo de Urbaniza oo Laborat rio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento d
190. anga obteve maior visibilidade e aos poucos vem retomando seu lugar na hist ria Sua equipe muito comprometida e arrisca se dizer apaixonada pelo museu As a es desenvolvidas aqui podem ser aplicadas em outros monumentos arquitet nicos e certamente h o de aproximar a sociedade de seu patrim nio constitu do pois como disse Ruskin bom ter ao alcance n o apenas o que os homens pensaram e sentiram mas o que suas m os manusearam e sua for a forjou e seus olhos contemplaram durante todos os dias de suas vidas Inclus o Social Identidade Cidadania wal Ad Figura 103 Visita exposi o Figura 104 D Sebastiana e Sr Figura 105 D Maria Salom de HJKO arquitetura e mem ria com Ant nio Lima identificando seus Andrade com cem anos e oito as crian as da Escola Classe II da nomes e de seus amigos no meses feliz com a ida ao MVMC Candangol ndia levantamento feito em 1984 pelo DEPHA DF Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 234 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga BIBLIOGRAFIA ABREMC 2008 Sobre a Associa o Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunit rios Retrieved 2010 29 Setembro from Site da Associa o Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunit rios http www abremc com br Abreu R 2003 A emerg ncia do patrim
191. ania Museu Vivo da Mem ria Candanga homem j se reunia e voltava aos lugares onde sepultava seus mortos e a outros que E 15 as P considerava sagrados identificando os com elementos como pedras ou rvores Come avam a ser erguidos os primeiros monumentos com a acep o de memorial Alguns epis dios na pr hist ria ilustram este pensamento Em Chapelle aux Saint na Fran a um anci o primitivo foi cuidadosamente enterrado na dire o leste oeste com ferramentas de ferro em sua volta e uma pata de bis o em cima Estes cuidados demonstram uma aten o especial com este corpo a presen a das ferramentas ao seu lado e o enterro o evidenciavam do grupo Presumidamente este homem teve uma participa o importante na comunidade pois s alguns corpos eram enterrados outros eram queimados ou deixados ao l u em decomposi o Em um acampamento em Dolni Vestonici a m scara de uma mulher com o rosto parcialmente afundado em um dos lados foi encontrada em v rios lugares da aldeia O corpo que segundo as pesquisas seria dela foi o nico encontrado junto aos vest gios do acampamento Quem seria esta mulher e que sentido tinham estas m scaras Seriam amuletos Esta mulher seria uma feiticeira do grupo Mais uma vez houve distin o entre os diversos objetos produzidos pela comunidade Na cova de Altamira Espanha onde h importantes pinturas rupestres o acesso ao lugar onde elas se encontram muito complicado e s se pode
192. aos intr pidos trabalhadores da cidade Segue o Texto 10 O termo Candango vem da frica onde era utilizado para se referir aos portugueses Em nosso idioma significa trabalhador bra al vindo de outra regi o Assim foram chamados os milhares de brasileiros que vieram de todos os estados para construir a nova Capital independente da qualifica o ou da regi o de origem Em 1959 a palavra ganhava outro estatuto o de sin nimo de pioneiro de desbravador de homem que confia no progresso de brasileiro comum de oper rio de Bras lia A palavra evocava os valores da coragem da ousadia da perseveran a da f da dedica o ao trabalho Resumia enfim todas as boas qualidades do brasileiro os aspectos positivos da identidade nacional Luisa Videsott Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 202 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Em 1958 Bras lia possu a cerca de 35 mil moradores As constru es seguiam num ritmo de trabalho acelerado com turnos alternados durante 24 horas diariamente Em 1959 eram 60 mil habitantes e em 1960 100 mil O n mero de desabrigados da constru o de Bras lia foi estimado em 30 mil ex trabalhadores e suas fam lias Em 1962 o governo admitia que cerca de 57 mil pessoas viviam em reas desprovidas de infra estrutura no N c
193. ar teoricamente as a es que seriam desenvolvidas no Cap tulo 3 Com estas leituras foi poss vel uma reflex o sobre como de acordo com os principios da Sociomuseologia o acervo pode ser trabalhado com a comunidade Neste momento tamb m se apresentou a arquitetura como poss vel agente destas a es Os Cap tulos 3 e 4 abrigaram os seguintes objetivos espec ficos Desenvolver uma metodologia de trabalho com o acervo arquitet nico que viabilize de forma mais contundente sua inclus o nas a es de musealiza o do patrim nio constru do visando reflex es em torno Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 231 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga da realidade social Aplicar a metodologia desenvolvida na constru o de um Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico no Museu Vivo da Mem ria Candanga em Bras lia e Avaliar sua aplica o por meio de question rios com alunos do ensino fundamental e funcion rios do museu Esta foi a parte pr tica da tese onde foi feito o levantamento hist rico do Museu Vivo da Mem ria Candanga local onde funcionou o primeiro hospital da capital que estava sendo constru da Bras lia Foi ent o feito o registro sucinto do Projeto Bras lia e da import ncia do Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira HJKO para a comunida
194. ara Guarnieri 1990 o museu deve ter uma atitude ativa em rela o sociedade trabalhando o acervo como fator indutivo de reflex o e abrindo espa o para a transforma o social O di logo entre o homem e o objeto musealizado depende da abordagem escolhida pelos profissionais do museu para intermediar a a o Quando os museus passam da condi o passiva de meros expositores e ganham as ruas no sentido de conquistar as pessoas ganham tamb m vida reciclam se renovam se e participam ativamente da forma o de cidad os comprometidos A inser o da arquitetura do museu no rol de seu acervo pode contribuir para a conquista deste objetivo uma vez que a pr pria dimens o do objeto que acolhe o visitante pode propiciar tamb m pela viv ncia do espa o arquitet nico uma experi ncia a mais As pr ticas museol gicas mais atuais conduzem a reflex es de temas que incluem as no es de identidade e o papel social do museu Este fato contribuiu para a constru o de uma nova imagem do museu que passou de uma institui o est tica e entorpecida para um estado de processo experimental din mico Bellaigue 1992 p 02 refletindo na rela o que ele estabelece com o p blico Os te ricos da museologia referem se s quest es de identidade como fundamentais na constru o deste novo modelo comprometido com a sociedade O trabalho pode ser feito em rela o ao objeto em si promovendo sua l
195. ara ele a constru o da imagem necessita do corpo f sico mas tamb m das impress es do meio f sico e social que o cerca O sistema meio ambiente imagem c rebro pode resultar em dois esquemas distintos imagem c rebro a o ou imagem c rebro representa o O primeiro origina uma a o por isso definido como motor O segundo identificado como perceptivo age na forma o de signos de consci ncia por isso n o menos importante O tempo em seu estudo o lugar onde se insere a lembran a Para Bergson o universo das lembran as n o se constitui do mesmo modo que o universo das percep es e das ideias Todo o esfor o cient fico e especulativo de Bergson est centrado no princ pio da diferen a de um lado o par percep o ideia par nascido do cora o de um presente corporal continuo de outro o fen meno da lembran a cujo aparecimento descrito e explicado por outros meios Bosi 1994 p 46 A autora destaca que lembran a em franc s souvenir sous venir significa vir tona o que estava submerso Quando Bergson admite que n o h percep o que n o esteja impregnada de lembran as Bosi 1994 p 46 imprime mem ria a importante tarefa de ligar o corpo presente ao passado das lembran as produzindo uma nova percep o Pela mem ria o passado n o s vem tona das guas presentes misturando se com as percep es imediatas como tamb m empurra desloca e
196. ara mudar de vida conseguiu superar se e nunca mais deixou de trabalhar em hospitais Com o passar dos anos foi se aperfei oando e melhorando seu n vel profissional Durante a pesquisa descobriu se que o acesso s casas n o era feito pela alameda central mas pelo jardim A alameda era uma via de servi o por onde entravam as ambul ncias com os pacientes e os caminh es com os trabalhadores que chegavam e tinham que tomar as vacinas de tifo e t tano Atualmente as casas abrem para a via central como forma de integra o das atividades que ali se desenvolvem Em frente a esta parede 06 est o um caderno caneta e c pias das fotos onde se pretende identificar mais pessoas das fotografias A maquete do hospital constru da com base nos levantamento feitos por ocasi o do tombamento tamb m comp e este m dulo Esta uma tentativa de obter mais informa es sobre o edif cio uma vez que as pessoas que trabalharam no local t m dificuldade de lembrar por meio das plantas baixas apresentadas Figura 90 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Imagens da Maquete do HJKO constru da em polietileno na escala de 1 100 Na parede 07 Figura 93 est o texto que trata da A o Popular que impediu a demoli o do pr dio do HJKO Aqui est o que se considera uma das descobertas mais importantes da pesquisa uma planta com o levantamento dos nomes de todas as pessoas que Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Depar
197. ara os dep sitos definitivos que deveriam expor todo o patrim nio para ilustra o da Na o Estes dep sitos come am a ser chamados de museus Esta mesma comiss o prop s que os dep sitos fossem constru dos em cada um dos oitenta e tr s departamentos que comp em a Fran a que fossem o mais completos poss vel e que ficassem pr ximos a institui es de instru o p blica justamente para que pudessem beneficiar se dos museus Note se a preocupa o do acesso da sociedade ao seu patrim nio cultural AULAS 58 x Com a transfer ncia dos bens do Clero da Coroa e dos emigrados para a Na o foi refor ada a ideia de patrim nio nacional e sua necess ria conserva o Para Choay esta ideia de patrim nio provocou uma homogeneiza o do sentido dos valores 2006 p 99 e 7 A obra completa possui seis volumes Os quatro primeiros foram publicados entre 1790 e 1792 De acordo com a Constituinte de 02 de outubro de 1789 os bens do Clero deveriam ficar disposi o da Na o assim como o dos emigrados e os da Coroa Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 53 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga os monumentos arquitet nicos recentes passaram a ter o mesmo significado hist rico e afetivo das antiguidades nacionais Outra importante contribui
198. artir do item 04 t m in cio as informa es que devem ser levantadas para fins de trabalho com o acervo arquite nico de forma sociomuseol gica da a inclus o da comunidade nos dados solicitados No m dulo sobre o Contexto Urbano s o solicitados levantamentos existentes sobre a evolu o do s tio em que se encontra o bem a implanta o original e a atual se houver modifica es e a planta baixa dos pavimentos tamb m informando se houve altera es com o passar dos anos O campo das observa es deve ser utilizado para relatar a situa o do bem em rela o ao crescimento da cidade o acesso ao museu via transporte p blico e a rela o do bem com outros equipamentos culturais No item 05 T cnicas Construtivas trata se do levantamento do modus faciedi original e de como ele feito atualmente Na ficha v m algumas sugest es de materiais a serem abordados mas h espa o para se incluir outras op es H um espa o tamb m para se investigar temas relacionados s t cnicas e materiais construtivos que possam ser de interesse para a comunidade como o manejo sustent vel sobre determinado material explorado na regi o ou sobre as condi es de trabalhadores que ficam expostos a determinado tipo de subst ncia ou preocupa es desta natureza O item 06 aborda a tem tica da edifica o em si o hist rico de sua constru o um registro iconogr fico em v rios momentos e o relato de fatos relevantes acontec
199. as que nasceram no hospital ou trabalharam l e da foi se formando uma teia de informa es e comunica o Mais de 75 das crian as da escola da Candangol ndia conhecia pessoas que vieram trabalhar na constru o de Bras lia e praticamente todas se sentiram representadas no museu Para as crian as preservar os monumentos importante pois eles ajudam a saber mais sobre a hist ria da cidade e de sua gente exce o de dois alunos todos se sentiram orgulhosos de ter o MVMC em sua cidade e declararam que ir o convidar outras pessoas para visit lo Como pode ser visto na Figura 101 os alunos acharam que a visita tamb m contribuiu para saber mais sobre a hist ria da cidade e que o respeito e cuidado com estes monumentos ajuda a mant los Esta quest o do orgulho pela presen a do monumento pode ser trabalhada sob aspectos ligados cidadania e educa o patrimonial com o intuito de aproximar as pessoas de sua hist ria ressaltando o necess rio zelo pelo patrim nio p blico Ressaltando inclusive Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 207 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga a import ncia de se transmitir para as gera es futuras informa es relacionadas com o passado da comunidade Sentiram orgulho de V o convidar
200. as econ micas sociais e pol ticas dos diversos per odos relacionados s cole es O objeto era visto como resultado das rela es sociais que os produziram em diferentes pocas e contextos o que permitiu a observa o percep o tamb m do presente Nesta experi ncia obteve expressiva participa o dos alunos Dando continuidade a o apresentou o Museu aos professores de uma grande escola do bairro com um planejamento de adequa o dos conte dos das disciplinas s cole es do museu Os alunos manifestaram interesse em receber informa es tamb m sobre a evolu o hist rica da cidade pois a escola est situada no Centro Hist rico de Salvador Foi ent o que surgiu a ideia de uma a o educativa que partiu do museu mas que ganhou as ruas do entorno O processo de musealiza o do espa o urbano realizado em intera o com os alunos professores e moradores locais proporcionou a ado o de m todos e t cnicas at ent o desconhecidos no Curso de Museologia permitindo nos avan ar n o s em rela o aplica o das a es museais em diferentes contextos tendo como objeto de estudo o patrim nio global ou seja o homem o meio ambiente o saber e o artefato em suas dimens es de tempo e espa o bem como em rela o constru o de processos museol gicos gestados a partir da intera o com diversos sujeitos sociais Aprendemos na intera o com o outro a lan ar um olhar museol gico
201. as novidades importadas prejudicavam o desempenho t rmico de suas habita es e al m disso tornavam nas mais fr geis com rela o aos frequentes abalos s smicos Figura 40 e Figura 41 Atualmente a comunidade vive outra vez em torno da produ o de um trabalho que a identifica e que foi resgatado dentro do processo museol gico A mem ria foi trabalhada para que a t cnica n o se perdesse e ao mesmo tempo pudesse servir de gera o de renda Al m do crescimento da autoestima e da consci ncia social do grupo houve um reconhecimento do patrim nio cultural quando se desvelaram as marcas identit rias que estavam para se perder definitivamente Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 128 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 39 Oficina de Ikat t cnica Figura 40 Museu Did tico Figura 41 Museu Did tico utilizada para tecer os Pa os de Comunit rio Chordeleg Equador Comunit rio Chordeleg Equador Gualaceo Chordeleg Equador Situa o em que se encontrava a Situa o ap s a restaura o pelos Fonte Arquivo Ione Carvalho casa doada Fonte Arquivo Ione membros da comunidade Fonte Carvalho Arquivo Ione Carvalho Com base nos estudos elaborados na feitura desta tese nos exemplos estudados e na prepara o da Exposi o Tempor ria no Mus
202. assarelas levam de uma a outra galeria permitindo ver as exposi es sob diferentes ngulos com facilidade de localiza o de salas e servi os Por tr s da complexa forma arquitet nica h ordem Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 e Figura 28 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 96 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 23 Museu Guggenheim Figura 24 Museu Guggenheim Figura 25 Museu Guggenheim Bilbao Planta t rreo Fonte Bilbao Planta primeiro piso Bilbao Planta segundo piso www guggeheim bilbao es Fonte www guggeheim bilbao es Fonte www guggenheim bilbao es Figura 26 Museu Guggeheim Figura 27 Museu Guggenheim Figura 28 Museu Guggenheim Bilbao Fonte www guggenheim Bilbao Interior Fonte Montaner Bilbao Fonte Montaner bilbao es interessante ressaltar que Gehry dota ao seu discurso pl stico a busca por identidade da cidade de Bilbao quando faz alus o por meio dos materiais escolhidos s atividades de pesca e da ind stria do local Mas o fato que o museu atribui uma identidade nova cidade a partir de sua exist ncia um arquiteto artista pl stico que concebe uma obra inspirado no lugar e que confere a este lugar notoriedade justamente porque foi a concebida e instalada Portanto temos dois fato
203. bjetivos do diagn stico s o coletar dados sobre a comunidade para que o planejamento das a es educativas comunit rias possam servir na melhoria de sua qualidade de vida gerar motiva o e uma atitude positiva com rela o ao projeto iniciar uma experi ncia participativa da comunidade e identificar as lideran as locais Neste caso concreto a coleta de dados foi feita com o fim de reconstruir a hist ria do HJKO para que ele se torne uma refer ncia identit ria para a comunidade da Candangol ndia e seja visto como ponto de apoio cultural da regi o As t cnicas de pesquisa utilizadas foram a hist ria oral e consulta a fontes documentais Existem na Candangol ndia 26 associa es comunit rias de diversas naturezas Foram contatadas cinco delas as que est o associadas a temas relacionados a quest es de hist ria e de mem ria e todas colaboraram com a constru o das informa es que comp em os m dulos expositivos e com a es relacionadas com a divulga o das propostas Destacam se as associa es e seus presidentes Associa o dos Seniores Candangos Raimunda Maria Leal Associa o dos Moradores da Velhacap Alcides Divino Rocha Caldeira Centro Comunit rio de Assist ncia Candangol ndia Creche Sebastiana Silva de Lima Associa o Grupo da Mem ria Candanga Carlos Paulista Conselho Comunit rio da Candangol ndia Zoroastro Martins Prates e Prefeitura Comunit ria da Candangol ndia Wagner Dantas
204. cas desenvolvem se num contexto democr tico Fonseca 2003 p 67 Este cap tulo tem in cio com a apresenta o e o hist rico da cidade de Bras lia Patrim nio Mundial da Humanidade com nfase na sua constru o Em seguida trata se do Museu Vivo da Mem ria Candanga o estudo de caso desta tese para onde foi concebido um Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico ProMusAA e onde se realizou uma exposi o piloto sobre o tema A proposta foi desenvolvida no sal o de exposi es tempor rias do museu sobre a arquitetura do edif cio do Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira ou HJKO como era conhecido O cap tulo prossegue relatando o ProMus AA em duas vers es na Exposi o de Longa Dura o e na Exposi o Tempor ria feita tamb m a an lise dos question rios aplicados antes e depois da visita exposi o Fechando o cap tulo s o apresentadas propostas para a divulga o de atividades relacionadas ao patrim nio arquitet nico do museu 3 1 Bras lia Patrim nio da Humanidade O Conjunto Urban stico de Bras lia foi inscrito na Lista do Patrim nio Mundial em 11 de dezembro de 1987 com base nos crit rios 1 e IV Segundo a UNESCO sua constru o concretizou o pensamento urban stico internacional dos anos de 1950 expressos 124 ERR N Representar uma obra prima do g nio criativo humano 125 nos f v Didi AE Ser um exemplo de um tipo de edif cio ou conjunto arquitet n
205. ces A mem ria involunt ria o que Bergson chama de mem ria espont nea e mem ria lembran a o que Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 111 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga segundo Proust inst vel e descont nua Segundo a autora ao longo dos anos a hist ria privilegiou a mem ria volunt ria mas a contemporaneidade tem chamado fala a mem ria dos homens comuns alimentada de sonhos de sensibilidade e de utopias Neste aspecto encontram se os museus comunit rios que t m procurado resgatar os modos de vida da comunidade e seus meios de produ o valorizando seus aspectos de identidade e seus saberes espec ficos O outro momento de encontro entre Bergson e Proust segundo Seixas 2002 a rela o mem ria a o Para Bergson apud Seixas a mem ria tem um destino pr tico realiza a s ntese do passado e do presente visando ao futuro Seixas 2002 p 76 e funciona como uma esp cie de alavanca para a es de enfrentamento das demandas do tempo presente Este paradigma norteia o produto desta pesquisa por se acreditar que o resgate da mem ria pode fortalecer a comunidade e propiciar reflex es cr ticas que a posicionem frente a quest es importantes para sua vida pr tica Para Nora mem ria e hist ria est o intrinsecamente relaciona
206. cesserencraaas 79 1 4 Os percursos da arquitetura de museus no Brasil seessessoesossssesocesoesessessoossoeessesessossoesesesssse 98 CAP TULO 2 O ACERVO PELA SOCIOMUSEOLOGIA cceceeeeeereeereeerseerse 107 2 1 Mem ria e cultura acervo da Sociomuselogia cecesccrererereresecresererererecrscereseresecessereneros 108 2 2 O patrim nio arquitet nico como acervo seeseeseeseeseeeeeesesoeesoesoeesoeoeesoereseoeroeesorsoecoesoeeseeseseeesoe 120 2 3 Educa o patrimonial identidade e cidadania oooossoessoosoesesessssoossoessesessosssosssseseseessoessose 129 CAP TULO 3 MUSEALIZA O DO ACERVO ARQUITET NICO 140 3 1 Bras lia Patrim nio da Humanidade ecee crer reerrereeereseresmesneosesaneoneosnesneosno nesses sntanasaa 142 3 2 Museu Vivo da Mem ria Candanga cccccsecrerererecrseererererenesecresereseresecesacreseresecescereneros 149 3 3 Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico do Museu Vivo da Mem ria Candanga1l65 3 93 Apresenta o sau lisazsrasitisoasa ca sab Pass E sas apa unindo a cia ssia ga suada dand asa 166 332 AODILVOS cria o E docinuat orcudtis E O E E E R E E 167 3 3 3 Pressupostos Metodol BICOS s isisisiscasarsoracrapocaebasbrnerRo LOS Pons sor onen EEKE N OKEn EOE REE OKERE EERS 168 3 94 AS EXPOSICO Scrip a E E O ERR E RE R E EE 171 3 3 4 1 Exposi o de Longa Dura o Reconstru o da Ag ncia de Benef cios do
207. cetas do cotidiano e das necessidades da comunidade com o fim de induzir reflex es sobre a situa o atual por meio da medita o de sua hist ria a fim de pensar em alternativas para o desenvolvimento social 70 Reto A O sentido de trabalhar o acervo o de receber as a es ligadas museologia de coleta conserva o e comunica o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 12 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ramos 1989 p 09 entende que a museologia comunit ria a voz da comunidade expressada musealmente Deve ser constru da com a comunidade fazendo a parceira na miss o de preservar seu patrim nio cultural dotando a de ferramentas te ricas e pr ticas para construir a forma mais genu na de sua mem ria Este processo feito por meio da sensibiliza o interpreta o e utiliza o do territ rio da cria o e recria o da mem ria hist rica e da cultura popular com o fim de preservar pesquisar e difundir o patrim nio cultural coletivo A a o museol gica torna se ent o mais pr xima das demais pr ticas sociais globais e aponta para a necessidade de buscar novos caminhos que sejam trilhados a partir da a o conjunta de t cnicos e grupos comunit rios tendo como objetivo maior o desenvolvimento social Santos 1996
208. cina de barro o Lan ando Fio de tecelagem e o Fazendo Papel de reciclagem de papel O p blico do ano de 2010 foi de doze mil quinhentos e sessenta e cinco visitantes Nove mil duzentos e noventa e tr s eram alunos de escolas p blicas e privadas que participaram de visitas organizadas O Museu Nacional Honestino Guimar es recebeu no mesmo per odo quinhentos e oitenta e quatro mil quinhentos e sessenta e tr s pessoas O que mais atrai pessoas ao museu s o as oficinas de marcenaria papel tecelagem e cer mica Novos equipamentos foram comprados por meio de verba vinda de emenda parlamentar e de um conv nio de R 450 mil reais com o Minist rio da Ci ncia e Tecnologia 168 Entrevista da gestora do MVMC para o Correio Braziliense 1 O Museu Nacional Honestino Guimar es projeto do arquiteto Oscar Niemeyer foi constru do em Bras lia cont guo Esplanada dos Minist rios e inaugurado em dezembro de 2006 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 160 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Dentro do Plano de A o Anual o patrim nio arquitet nico visto como o principal acervo do museu H uma s rie de a es que buscam incentivar a apropria o espacial do museu pela comunidade por meio de v rias atividades algumas em andamento outras
209. cipal Bem integrado Bem isolado individual individual 4 1 Classifica o i Municipal Municipal conjunto conjunto Entorno de bem Entorno de bem protegido protegido 8 ESTADO DE 9 ESTADO DE N nh ma Nenhuma PRESERVA O CONSERVA O ntegro Bo 6 1 Tipo legisla o o 7 4 Tipo legisla o incidente incidente Pouco alterado Prec rio Muito alterado Em arruinamento Descaracterizado Arruinado 10 IMAGENS copiar quantas linhas forem necess rias 11 DADOS COMPLEMENTARES Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia XII MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ficha M301 Cadastro de bens M DULO CADASTRO 1 IDENTIFICA O 1 5 Recorte Territorial Identifica o da regi o estudada 1 2 Recorte Tem tico Identifica o do tema do estudo 1 3 Identifica o do Bem denomina o oficial denomina o popular outras 1 4 C digo Identificador denomina es Iphan 11 1 Informa es Hist ricas s ntese 11 2 Outras informa es especializadas tem ticas 12 1 Entidade 12 2 Data 12 3 Respons vel Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia XIV
210. cnamar se localizou se uma das casas ficando as do Governo e do Supremo Tribunal na base e a do Congresso no v rtice com frente igualmente para uma ampla esplanada disposta num segundo terrapleno de forma retangular e n vel mais alto de acordo com a topografia local igualmente arrimado de pedras em todo o seu per metro A aplica o em termos atuais dessa t cnica oriental milenar dos terraplenos garante a coes o do conjunto e lhe confere uma nfase monumental imprevista FIGURA 9 Ao longo dessa esplanada o Mall dos ingleses extenso gramado destinado a pedestres a paradas e a desfiles foram dispostos os minist rios e autarquias FIGURA 10 Os das Rela es Exteriores e Justi a ocupando os cantos inferiores cont guos ao edif cio do Congresso e com enquadramento condigno os minist rios militares constituindo uma pra a aut noma e os demais ordenados em sequ ncia todos com rea privativa de estacionamento sendo o ltimo o da Educa o a fim de ficar vizinho do setor cultural tratado maneira de parque para melhor ambienta o dos museus da biblioteca do planet rio das academias dos institutos etc setor este tamb m cont guo ampla rea destinada Cidade Universit ria com o respectivo Hospital das Cl nicas e onde tamb m se prev a instala o do Observat rio A Catedral ficou igualmente localizada nessa esplanada mas numa pra a aut noma disposta lateralmente n o s por quest o de
211. co da industrializa o Problemas te ricos de restauro Cotia SP Ateli Editorial Le Goff J 1996 Hist ria e Mem ria Campinas Editora da Unicamp Leit o F 2009 Bras lia 1960 2010 passado presente e futuro Bras lia Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Lemos C 1987 Ecletismo em S o Paulo In A Fabris Ecletismo na Arquitetura Brasileira pp 69 103 S o Paulo Nobel Edusp Louren o M 1999 Museus acolhem moderno S o Paulo Edusp Lynch K 1959 1980 A imagem da Cidade S o Paulo Martins Fontes MAC Niter i 2010 MAC Niter i Acesso em 20 de Abril de 2010 dispon vel em MAC Niter i www macniteroi com br Machado J amp Braga S 2010 Comunica o e Cidades Patrim nio Mundial no Brasil Bras lia UNESCO IPHAN Maciel N 12 de Janeiro de 2010 Sem visibilidade Museu Vivo da Mem ria Candanga o nico dedicado hist ria da capital Correio Braziliense Meneses S 2005 A mem ria do trabalho e os trabalhos da mem ria O caso do Museu da Ind stria de Chapelaria Introdu o da disserta o apresentada na Unversidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias para a obten o do grau de Mestre Meneses U 1979 Educa o e Museus sedu o riscos e ilus es Ci ncias amp Letras Revista da Faculdade Porto Alegrense de Educa o Ci ncias e Letras 91 101 Meneses U 1980 O objeto material como documento Patrim n
212. comenda es para operacionaliza o das a es al m das formas de avalia o do processo e dos instrumentos usados para o aprimoramento das a es desenvolvidas O Museu Vivo da Mem ria Candanga n o possui a posse do terreno por esta raz o n o uma institui o independente e n o possui autonomia Est vinculado Secretaria de Cultura do DF e depende do rg o para todos os assuntos Tamb m n o possui plano museol gico aprovado nem plano pol tico pedag gico O diagn stico desta pesquisa foi feito em cima dos planos de a o e das publica es do museu onde se percebe a inten o de que a institui o se volte para a comunidade adjacente com a es inclusivas e de valoriza o de seu maior patrim nio que o espa o arquitet nico Vale ressaltar que o nico acampamento da constru o de Bras lia que sobreviveu ao tempo As adapta es feitas para abrigar as atividades museol gicas modificaram bastante seu espa o interno que se encontrava bem deteriorado e com muitas altera es mas percebe se a inten o de valoriza o do conjunto arquitet nico As a es identificadas pelos funcion rios do museu como sendo de comunica o da arquitetura s o duas o filme que conta a hist ria do surgimento da nova capital desde os primeiros estudos at sua inaugura o e a explica o por parte dos funcion rios da casa Acontece que o filme n o trabalha a arquitetura do HJKO n o diz claramente o que func
213. como condutor de um processo sociomuseol gico Atingiu se o objetivo geral por meio da parte pr tica da tese Prop s se trabalhar a arquitetura de museus quando patrim nio constitu do como acervo museol gico dentro dos conceitos da Sociomuseologia Paralelamente ao objetivo geral foram desenvolvidos os objetivos espec ficos S o eles O primeiro Estudar os princ pios que norteiam a Sociomuseologia e sua rela o com o patrim nio cultural em especial com a arquitetura e o urbanismo Este objetivo foi contemplado no primeiro cap tulo com a leitura das cartas patrimoniais dos principais textos sobre a Nova Museologia em especial sobre a Sociomuseologia procurando entender em que medida o patrim nio arquitet nico pode ser visto como potencial campo de a o Neste sentido procurou se tambem compreender como se deu a aproxima o da arquitetura com a museologia num patamar hist rico com a constru o dos lugares de mem ria Al m disso foram estudadas quest es conceituais sobre o patrim nio cultural e o patrim nio arquitet nico O segundo Estudar a rela o da Sociomuseologia com a arquitetura e o urbanismo por meio de experi ncias que j incluem o patrim nio arquitet nico como acervo e verificar a import ncia desta rela o na constru o de la os sociais que possam ser revertidos em a es de desenvolvimento social No Cap tulo 2 da tese este objetivo serviu juntamente com o primeiro para respald
214. comuseus foi criado o Ecomuseu da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro com o reconhecimento do trabalho desenvolvido desde 1983 pelo N cleo de Orienta o e Pesquisa Hist rica NOPH Denominado Ecomuseu do Quarteir o Cultural do Matadouro passou a fazer arte da estrutura da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro em 1995 quando foi sancionada a Lei do Ecomuseu pela Prefeitura do Rio Comunidade territ rio e patrim nio est o relacionados em projetos cujas a es s o desenvolvidas com e pela comunidade Estes projetos s o de diversos tipos campanhas exposi es a es pedag gicas na educa o formal e n o formal que envolvem a apropria o do patrim nio Como produtos verifica se a constru o de maquetes e gr ficos elabora o de monografias disserta es e teses participa o em eventos e constru o de um pequeno museu a partir de doa es da pr pria comunidade atestando a valoriza o de seu patrim nio O trabalho do NOPH que teve in cio em 1983 refer ncia no cen rio brasileiro como experi ncia inovadora na museologia Desta experi ncia os participantes referem que Ecomuseu uma a o museol gica consciente da comunidade com o objetivo de desenvolver o territ rio que habita a partir da valoriza o da hist ria local e do patrim nio natural e cultural nele existente E ecomuseu n o museu em um nico pr dio mas num territ rio museu de cole o de
215. culadas ao objeto de estudo para reconstruir a hist ria do HJKO incluindo as pessoas que por ali passaram como funcion rios pacientes e moradores da rea a fim de resgatar v nculos do patrim nio com a comunidade Montar um projeto expositivo sobre o HJKO atual Museu Vivo da Mem ria Candanga com base na hist ria da arquitetura e do urbanismo do local conduzindo o visitante a temas que ligam a hist ria contada ao seu universo e ao cotidiano com cinco eixos tem ticos 1 Contexto urbano 2 T cnicas construtivas 3 Edifica es 4 M o de obra e 5 Mem ria Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 167 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Sensibilizar o olhar do visitante para a import ncia dos monumentos hist ricos na compreens o da realidade em que est o inseridos e viabilizar momentos de reflex o sobre os fatos apresentados Propiciar alternativas de inser o deste importante patrim nio constru do e tombado no circuito cultural e de lazer da comunidade adjacente e da popula o do DF al m de turistas e pesquisadores 3 3 3 Pressupostos Metodol gicos O Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico do Museu Vivo da Mem ria Candanga foi elaborado como uma Pesquisa A o com base nos procedimentos te rico metodol gicos de Santos ada
216. da as visitas mostraram tamb m o sentido de respeito pela mem ria que ele representa e como as hist rias passadas no local remetem ao prazer de se encontrar com um passado recente mas que diz respeito a uma parcela grande da popula o do DF Neste sentido foram extra das li es da concep o da exposi o para que no cap tulo seguinte fosse constru da a Ficha Catalogr fica do Acervo Arquitet nico uma forma de contribuir para a es semelhantes em outros museus Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 232 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga preciso ressaltar que ao longo da pesquisa no Museu Vivo da Mem ria Candanga tomou se consci ncia de que o processo de tombamento do antigo Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira apesar de ter passado pelas inst ncias oficiais do estado foi iniciado pela comunidade que vivia no terreno abandonado pelo poder p blico havia quase uma d cada Portanto a ressalva que se fez na introdu o justamente porque se acredita que as a es levadas a cabo nesta iniciativa museol gica tiveram xito em parte pela representatividade que este patrim nio arquitet nico tem diante da comunidade Esta experi ncia que contou com a participa o genu na da sociedade em seus diversos n veis pode ser o ponto de partida
217. da Academia Por isso o ano oficial de sua cria o 1937 A arquitetura neocl ssica do MNBA remete aos grandes espa os expositivos com nichos utilizados para expor as esculturas e representava os aspectos da poca de sua constru o A escadaria no v o de entrada um reflexo da monumentalidade dos pal cios dedicados s artes O edif cio tamb m abrigou a Faculdade de Arquitetura dentro da Escola Nacional de Belas Artes e foi palco de importantes discuss es sobre os caminhos da profiss o no Brasil Atualmente o Museu conta com uma s rie de laborat rios ligados preserva o e restauro Somente no in cio do s culo XX come aram a surgir a es com o intuito de formar profissionais para atuar nos museus Em 1932 foi criado o primeiro Curso de Museologia no Brasil Idealizado por Gustavo Barroso que se encontrava exilado nos anos de 1931 e 1932 foi inaugurado por Rodolfo Garcia Ap s Barroso reassumir o Museu Hist rico Nacional seu modelo foi difundido pelo pa s Neste per odo outras institui es foram criadas a fim de registrar a diversidade racial cultural religiosa natural e sua import ncia na forma o da na o brasileira Havia uma preocupa o com a consolida o de uma identidade nacional S o desta poca o Museu Hist rico Nacional no Rio de Janeiro de 1922 o Museu Imperial de Petr polis de 1940 e o Museu da Inconfid ncia em Ouro Preto de 1944 8 CONDEPHAAT o Conselho de Defesa
218. dade infantil ligada falta de cuidados b sicos de higiene Estas mat rias foram abordadas dentro da institui o que se transformou numa esp cie de base de dados para a popula o As informa es eram Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 78 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga centralizadas no espa o f sico constru do pela pr pria comunidade a partir de seus conhecimentos tradicionais e repassados para as escolas e comunidade em geral A Figura 33 mostra a prepara o do barro para confeccionar os tijolos da sede do museu segundo o costume local Na Figura 44 vemos que o material feito pelos professores de diferentes escolas ficava disponibilizado para alunos de outras escolas no museu A Figura 55 mostra o interior do museu sendo visitado por um morador local Os temas tratados nas exposi es eram todos ligados s necessidades da popula o Esta experi ncia evidencia a potencialidade do museu enquanto agente de inclus o e transforma o social Figura 3 Museu Did tico Figura 4 Museu Did tico Figura 5 Museu Did tico Comunit rio Nicar gua Comunit rio Nicar gua Material Comunit rio Nicar gua Interior Constru o Fonte Arquivo Ione constru do pela comunidade Fonte Arquivo Ione Carvalho Carvalho Fonte Arquivo Ione Carvalho
219. damental Isso Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 91 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga propicia uma ruptura da imagem fechada da arquitetura de museus representada apenas pelo pr dio em si Em outra dimens o da atividade museol gica aconteceu no per odo a constru o do Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou em Paris 1977 A iniciativa do governo franc s dentre outras a es visava ratificar a posi o da Fran a no circuito cultural internacional O projeto do arquiteto brit nico Richard Rogers e do italiano Renzo Piano foi escolhido por meio de concurso p blico O objetivo era a cria o de um espa o original voltado para as artes moderna e contempor nea que al m das exposi es oferecesse ao p blico espa os dedicado ao teatro cinema biblioteca e demais cria es art sticas al m de espa os de estudo e de forma o Ele se enquadraria no conceito de centro de artes multifuncional idealizado pelo muse logo Pontus Hulten Montaner 2003 p 40 Em seus primeiros 30 anos de exist ncia passaram por ele mais de 190 milh es de pessoas Fazendo um contraponto tecnol gico com um dos s mbolos da capital francesa a catedral de Notre Dame tamb m uma alus o ao g tico que tem como caracter stica a exposi o de sua estrutur
220. das Em entrevista concedida a Corradine 2006 estabelece a diferen a entre os dois conceitos e diz que a hist ria nasce e se apoia na mem ria Que a mem ria a recorda o de um passado vivido ou imaginado e carregada por grupos que viveram os fatos ou acreditam t lo feito emotiva afetiva vulner vel s manipula es pode permanecer em estado latente e despertar de repente um fen meno coletivo mesmo que vivido individualmente Quanto hist ria ele a entende como uma constru o sempre incompleta daquilo que existiu e que deixou rastros O trabalho do historiador juntar e interpretar estes rastros provenientes de v rios segmentos um trabalho intelectual e que exige an lise e discurso cr tico Segundo Nora a hist ria permanece e re ne a mem ria se esvai e divide Acredita que a mem ria foi absorvida pela hist ria e que a morte da mem ria pode ser percebida por meio da necessidade que as pessoas t m de ressuscitar o passado que deixa seus vest gios em lugares denominados de mem ria Para Nora h locais de mem ria porque n o h mais meios de mem ria Nora 1981 p 07 Em sua concep o a peculiaridade das sociedades mem ria est al m da sua forma de transmiss o est no conte do repassado pois havia o cuidado de identificar o que seria deixado como heran a cultural para as gera es futuras como subs dio para os desafios que estavam por vir Com o que ele chama de mundial
221. das Asas Sul e Norte ao longo do eixo rodovi rio est o dispostas as edifica es residenciais A prioridade das constru es estava direcionada para os edif cios representativos O projeto foi se desenvolvendo pari passu com a constru o da cidade entre os anos de 1957 e 1960 O DUA funcionou no Rio de Janeiro at 1960 quando um dos arquitetos foi para Bras lia e em 1964 o escrit rio foi transferido definitivamente para a capital Desde a poca do concurso Lucio Costa afirmava que s gostaria de participar do desenvolvimento do projeto como consultor mas ficou acompanhando sua evolu o Assim a implanta o ficou a cargo do engenheiro Augusto Guimar es Filho O acompanhamento sistem tico da obra pelo autor foi suspenso ap s o ano de 1966 quando passou a se pronunciar somente quando requisitado ou eventualmente quando sentia necessidade Figura 42 e Figura 43 136 O projeto est contemplado no Relat rio do Plano Piloto de Bras lia constante dos Anexos desta tese 137 Para ler sobre as altera es do projeto original do Plano Piloto ver Bras lia 57 85 do plano piloto ao Plano Piloto Costa amp Lima 2009 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 146 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Em 1974 o arquiteto foi a Bras lia convida
222. de Gualaceo Chordeleg Equador Fonte Arquivo Ione Carvalho c eee eceeeeeerercereracareanaas 129 Figura 42 Museu Did tico Comunit rio Chordeleg Equador Situa o em que se encontrava a casa doada Fonte Arquivo Ione Carvalho ie reeecerereeereracana 129 Figura 43 Museu Did tico Comunit rio Chordeleg Equador Situa o ap s a restaura o pelos membros da comunidade Fonte Arquivo Ione Carvalho 129 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 16 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 44 Plano Piloto de Bras lia apresentado por Lucio Costa ao Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital 1957 Fonte Bras lia 1960 2010 passado presente e futuro 147 Figura 45 Mapa da cidade de Bras lia atualmente onde se percebem as modifica es feitas no Plano Piloto 2000 Fonte Site da Seduma arena 147 Figura 46 Altera es do plano piloto original Fonte Site da Seduma 148 Figura 47 Mapa das escalas predominantes Em azul a monumental em amarelo a residencial em vermelho a greg ria e em verde a buc lica Fonte Suplan Seduma 148 Figura 48 Barrac o da Novacap 1957 Fonte Arquivo P blico do DF 151 Figura 49 SAPS 1957
223. de Museologia 216 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga viabiliza o da articula o das a es compartilhadas pelo IPHAN na esfera federal estadual e municipal Como o SICG utiliza modelo e metodologia padronizados a documenta o e o invent rio servem de base para a cartografia do patrim nio pois t m em sua matriz informa es de georreferenciamento e classifica o de acordo com sua categoria tema e territ rio de estudo utilizado tamb m como subs dio na gest o do patrim nio cultural embasando planos estrat gicos a es de reabilita o urbana e cria o de normas de preserva o A pretens o de que as edifica es e ou reas protegidas sejam trabalhadas em conson ncia com as demandas da popula o e da din mica pr pria de cada aglomerado urbano inclusive como fator de desenvolvimento social e econ mico As fichas que formam o SICG est o divididas em tr s m dulos Conhecimento Gest o e Cadastro As informa es partem do geral para o particular com recortes tem ticos e territoriais possibilitando sua integra o com outros instrumentos e metodologias de informa o como o Invent rio Nacional de Refer ncias Culturais o INRC que se ocupa da identifica o de bens imateriais O SICG um instrumento que ainda est em constru o por esta raz o as fichas est
224. de destrui o por isso os levantamentos eram feitos s pressas com a produ o na grande maioria das vezes de um material informativo prec rio das Pon E o condi es dos im veis 2 Na d cada de 1970 tornou se urgente e necess rio que se elaborassem planos diretores vislumbrando o crescimento das cidades e sua rela o com os centros hist ricos tombados Neste per odo foi produzido material mais elaborado sobre estes s tios contemplando levantamento cadastral e hist rico mas dentro ainda de um olhar voltado para o planejamento em escala municipal sem um aprofundamento no desenho urbano IPHAN 2001 p 147 Na d cada de 1980 come ou a ser produzido um material mais denso com aprofundamento nas quest es hist ricas e an lise dos s tios em rela o ao desenvolvimento do territ rio no qual est o inseridos Este material foi arquivado e as informa es apesar de muito importantes ficaram defasadas 2 O nico invent rio dos primeiros anos do IPHAN de que se tem registro foi feito pelo arquiteto Silvio de Vasconcelos em Ouro Preto em 1948 e cont m fotos de todas as fachadas data de constru o e estado de conserva o dos edif cios IPHAN 2001 p 147 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 214 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Na
225. de pesquisa acad mica Q1 2 Question rio aplicado na Escola Q1 3 Data I Q1 4 Professora Q1 5 Nome do aluno a Q1 6 Q1 6 Bairro ou Cidade onde mora 1 Q1 7 Quais destes lugares de Bras lia voc j visitou Marque com um X no bonequinho o que voc achou de sua visita Bom gt M dio O e Ruim E 1 Esplanada dos Minist rios 2 Catetinho 3 Torre de TV 4 Catedral O 0 10 90 0 10 90 0 1 0 O 0 1 Pal cio da Alvorada 2 Pra a dos Tr s Poderes 3 Memorial JK 4 Nenhum O 0 10 9 0 2 Q1 8 Por que voc gostou de ir l N z SIM O SEI NAO 1 O dia estava bonito e foi divertido 1 20 8 2 Voc estava com pessoas que gosta 1 B 2 Q 8 3 Aprendeu mais sobre a hist ria da cidade em que voc vive 1 2 Q 3 8 4 Voc acha que aquele lugar faz parte de sua hist ria e de sua fam lia i 92 2 8 3 Q1 9 O que voc acha que poderia deixar o seu passeio ainda mais agrad vel Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia I MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 1 M sicas 2 Filmes 3 Revistas p colorir 4 Algu m explicando tudo para as crian as 4 Q1 10 Algu m contou para voc a hist
226. de que vivia praticamente em um canteiro de obras Identificados os principais aspectos que deveriam ser comunicados Contexto Urbano Hist rico da Edifica es T cnicas Construtivas M o de Obra e Mem ria Foram elaboradas duas propostas uma Exposi o de Longa Dura o com a utiliza o de recursos tecnol gicos com a reconstru o do Posto de Benef cios do IAPI e a de uma Exposi o Tempor ria com a disponibiliza o do conte do levantado A dire o do MVMC disponibilizou o espa o e a Secretaria de Cultura financiou o projeto A iniciativa foi de tal forma incorporada e aceita pelos funcion rios do museu que a exposi o que foi inaugurada em 21 maio de 2011 e estava prevista para durar tr s meses at hoje encontra se dispon vel para visita o tendo sido inclusive solicitado que ela permanecesse at que o material pudesse ficar definitivamente no museu Foram constru das maquetes para que as pessoas compreendessem a dimens o do hospital e das casinhas dos m dicos e funcion rios As visitas guiadas foram feitas com cinco turmas de duas escolas uma escola do Plano Piloto de Bras lia e outra da Candangol ndia uma rea muito pr xima ao museu Tamb m foram alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e idosos moradores da rea As respostas mostram como um importante patrim nio que foi tombado gra as iniciativa popular mant m se longe dos olhos da grande maioria dos moradores do DF Em contraparti
227. dentidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 5 Q2 11 Voc conhece algu m que morou nos acampamentos da poca da constru o de Bras lia 1 Sim 1 2 N o 3 N osei 6 Q2 12 Se voc conhece qual era a profiss o dele ou dela 1 Marceneiro 2 Comerciante 3 Cozinheiro 4 Motorista 5 Pintor 6 Bombeiro 7 Pedreiro 8 Engenheiro 9 M dico 10 Enfermeiro 11 Arquiteto 12 Professor 13 Outra profiss o 14 N o Conhe o 7 Q2 13 Voc lembrou se desta pessoa aqui no Museu Vivo da Mem ria Candanga 1 Sim 1 2 N o 3 N osei 8 Q2 14 Marque no quadro abaixo por que voc acha que importante saber a hist ria da sua cidade e do seu povo Lembre se uma hist ria puxa a outra Voc pode escolher v rias op es 1 Para compreender a hist ria da nossa gente 2 Para a gente aprender que unidos podemos conseguir melhorias na nossa E comunidade 3 Para a gente entender a import ncia de fazer os nossos governantes verem o que E precisamos 4 Para n o deixar que os monumentos que falam hist ria estragarem com o tempo 5 N o acho importante 9 Q2 15 Alguma coisa neste museu lembrou voc ou a sua fam lia N o 3 N osei N a 1 Sim 10 Q2 16 Voc acha que vir aqui hoje e saber da hist ria do museu Ihe ajudou a entender a hist ria de Bras lia 3 N osei Museu em sua cidade 1 Sim 2 N o 3
228. deve alimentar as a es museol gicas a escolha do tema deve estar em sintonia com a demanda da comunidade e com a miss o da institui o Santos prop e a intera o de v rias reas do conhecimento no repensar o museu Este n o pode ser visto como 2 ci ncia contemplativa mas que interage E necess rio trabalhar n o com a possibilidade do Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 133 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga conhecimento dado mas constru do e reconstru do substituindo o sujeito passivo que observa o que o t cnico faz para o sujeito que parte integrante do processo Julga necess rio trabalhar com a museologia como um processo no qual as a es de pesquisa preserva o e comunica o s o aplicadas tendo como referencial os objetivos e diretrizes definidos com a participa o dos sujeitos envolvidos Santos M 2000 p 110 A comunica o capaz de integrar e eliminar fronteiras mas as identidades precisam ser preservadas e valorizadas pois elas t m um papel transformador Segundo Santos papel da educa o ajudar os estudantes a constru rem seus pr prios quadros valorativos a partir de suas pr prias culturas e as escolas e os museus podem atuar como um sistema aberto em permanente rela o com o meio diminuindo a d
229. deve ser comunicado e como Que recursos utilizar Como envolver o visitante Como tornar este Museu refer ncia identit ria Como trazer os moradores das regi es adjacentes que t m rela o com a hist ria do lugar para usufruir o espa o que foi feito para eles Participaram das pesquisas e do processo de elabora o do projeto museol gico diferentes setores da comunidade A Exposi o Tempor ria serviu de apresenta o da pesquisa j realizada mas tamb m de ponto de coleta de mais informa es pois muitos dos que foram at o museu voltaram com outros familiares Este cap tulo est relacionado aos objetivos espec ficos 3 e 4 da tese No Cap tulo 4 Trabalhando o patrim nio arquitet nico como acervo s o feitas as reflex es e as leituras das a es desenvolvidas na pesquisa e em sua aplica o pr tica S o apresentados tamb m o produto dos question rios aplicados e a ficha catalogr fica do acervo arquitet nico que pode servir de apoio para uma a o semelhante o momento em que se desenha o que pode ser generalizado na tese e aplicado genericamente em outras situa es As fichas do Sstema Integrado de Conhecimento e Gest o SICG do Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IPHAN foram consultadas para a elabora o da Ficha Catalogr fica do Acervo Arquitet nico para que houvesse a conson ncia entre os rg os federais que trabalham com o patrim nio no Brasil e para que assim pud
230. dice da tese e est dispon vel para consulta e download em http www cosem cultura pr gov br modules conteudo conteudo php conteudo 22 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 219 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Em conson ncia com a experi ncia levada a cabo no desenvolvimento do ProMusAA com o projeto de Exposi o de Longa Dura o no Museu Vivo da Mem ria Candanga e com a montagem da Exposi o Tempor ria tomou se por base para a montagem da FICAA os mesmos parmetros Contexto Urbano T cnicas Construtivas M o de Obra Edifica es e Mem ria Verificou se como o preenchimento das fichas do SICG podem suprir informa es sobre o bem e buscou se criar uma ficha direcionada para o trabalho com o E Se z dci E 198 acervo arquitet nico de um museu segundo os indicativos privilegiados pela tese A FICAA tem como primeiro item a identifica o do bem com o nome do museu sua fun o e nome original e o C digo Identificador do IPHAN o que vai remeter para as informa es que ser o disponibilizadas pelo SICG por meio da Rede de Prote o do Patrim nio No item 02 s o relacionadas informa es a respeito do tombamento e em seguida no item 03 s o apresentados informa es complementares sobre interven es e um invent rios de fotografias A p
231. dicos solteiros esquerda e n o rea interna das edifica es O programa de necessidades do museu contempla reas para exposi es permanentes e tempor rias administra o biblioteca rea de atividades pedag gicas telecentro rea de copa e lanches galp o para oficinas banheiros reserva t cnica almoxarifado sal o de eventos sala de seguran a dep sito rea de lazer para crian as campo de futebol e um pequeno bosque A concep o arquitet nica do museu tem potencial para induzir o visitante a apreender muito sobre o lugar e sua utiliza o inicial Os espa os foram ajustados s condi es clim ticas e no local destinado s oficinas onde estavam os alojamentos dos solteiros houve reestrutura o funcional compat vel H banheiros em bom estado e todo o aparato f sico necess rio ao desenvolvimento das fun es O conjunto foi pintado com tons fortes cada ambiente de uma cor As cores originais foram identificadas a partir de pesquisas com antigos moradores do local Esta peculiaridade segue a l gica das constru es da Cidade Livre pintadas de cores diferentes atribuindo uma caracter stica muito peculiar ao acampamento Assim as casinhas s o identificadas pelos funcion rios e visitantes pelas cores de sua fachada Al m do colorido da antiga Cidade Livre eventualmente as cores s o modificadas por quest es de ordem pr tica como a disponibilidade de material doado
232. dida a autoriza o para a transfer ncia da capital federal e estabelecido o per metro definitivo do Distrito Federal 132 Foram feitas 63 inscri es por m apenas 26 propostas foram apresentadas at 11 de mar o de 1957 A comiss o julgadora do concurso p blico foi presidida pelo engenheiro Israel Pinheiro e pelo arquiteto Oscar Niemeyer da Novacap pelo engenheiro Luiz Hildebrando Horta Barbosa do Clube de Engenharia pelo arquiteto Paulo Antunes Ribeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil e pelos convidados estrangeiros William Holford professor da Universidade de Londres Andr Sive professor em urbanismo de Paris e Stamo Papadaki arquiteto americano Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 144 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga seus relatos descreve que esta visita o fez encontrar o passado do Brasil no seu mais puro e despojado estado para ele at ent o desconhecido 3 onde Fez viagens Europa e a Minas Gerais e em 1929 escreveu um artigo procurou estabelecer padr es gerais de an lise da arquitetura brasileira Schlee 2009 p 13 Em sua r pida passagem pela dire o da Escola de Belas Artes entre dezembro de 1930 e setembro de 1931 reestruturou o ensino e contratou Gregori Warchavchik e Affonso Eduardo Reidy como professores Este ges
233. difica es acima e amplia o de seu lado esquerdo abaixo At o momento n o foram encontradas as plantas originais do projeto A imagem do acampamento que aparece para a identifica o das casinhas e dos alojamentos de 1963 mas cont m todas as edifica es inclusive o local que as pessoas entrevistadas referem se como clubinho Neste lugar os moradores do acampamento costumavam ir para dan ar tocar Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 196 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga viol o e jogar E a nica planta que cont m esta informa o Os outros levantamentos da rea n o o representam As entrevistas com pessoas que viveram no local foram sempre muito emocionantes Todas se referem ao local como sin nimo de um tempo muito bom de dificuldades de desafios mas tamb m de muita solidariedade Eram todos muito jovens n o havia idosos nem crian as s as que nasceram depois Estavam todos sem fam lia portanto ajudavam se e partilhavam os seus sonhos Uma das entrevistadas conta que quando chegou trazida por um primo vinha da ro a e n o sabia fazer nada Aprendeu a datilografar e rapidamente passou a ser a melhor no servi o Depois de ter sido treinada por um dos m dicos foi trabalhar no laborat rio Conta que se agarrou a esta chance p
234. do local Imagem Bom Regular P ssimo Identifica o do local Imagem Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 224 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Bom Regular P ssimo 7 M O DE OBRA 7 1 Fun o 7 2 Vinculo 7 3 N vel de 7 4 Observa es empregat cio origem escolaridade t cnico Engenheiros ou respons veis pela obra Mestre de obras Especialistas DD Artistas po Trabalhadores o 8 MEM RIA 8 1 Pesquisas 8 2 Livros 8 3 Artigos 8 4 Filmes ER 4 DIS ONTA D DO 14 D OK O N DIV O 9 1 Nome 9 2 Data Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 225 1 1 Nome Museu Nome institui o 1 5 Localiza o Cidade do da 2 TOMBAMENTO 2 2 Individual 2 3 Conjunto 1 2 Uso original Uso para o qual foi constru do 1 6 Tipologia Museol gica Museu hist rico antropol gico de arte etc 2 4 Municipal 2 5 Estadual 2 6 Federal 3 DADOS COMPLEMENTARES 3 1 Autor e data do Projeto Original Nome e data 3 2 Autor e data do Projeto Atual Nome e data 3 4 rea total do terreno 3 6 Imagem Atual 3 5 rea edificada 3 7 Imagem Imagem ou iconografia do per odo identificado com
235. do Parna ba Vale do Itaja Pantanal etc Preenchimento obrigat rio 1 2 Recorte Tem tico Identifica o do tema do estudo Preencher com as informa es necess rias para a identifica o do tema estudado S o exemplos de recorte tem tico o processo urbanizador e ou econ mico de determinada regi o geogr fica como a do gado no Nordeste a arqueologia como a do Piau etc preenchimento obrigat rio 1 3 Identifica o do Universo Objeto de An lise Preencher com as informa es necess rias para a identifica o do universo ou objeto de an lise A identifica o do Universo Objeto de An lise poder ser ou n o coincidente com o Recorte Territorial dependendo da escolha do recorte tem tico e da aproxima o que se faz com o objeto Por exemplo na perspectiva de se fomentar um estudo sobre o patrim nio cultural do Estado do Piau o recorte territorial ser o pr prio estado O recorte tem tico poder ser o processo econ mico de expans o do gado no Nordeste e o universo objeto de an lise os Caminhos do Gado no Piau Preenchimento obrigat rio 2 LOCALIZA O DO UNIVERSO OBJETO DE AN LISE 2 sile 2 2 Munic pio s 2 3 Localidade s UF s preenchimento obrigat rio preenchimento obrigat rio 2 4 Mesorregi o es Dados IBGE 2 5 Microrregi o es Dados IBGE preenchimento obrigat rio preenchimento obrigat rio 2 6 Mapa de Localiza
236. do Patrim nio Hist rico Arqueol gico Art stico e Tur stico e est vinculado Secretaria de Estado da Cultura de S o Paulo criado para proteger valorizar e divulgar o patrim nio cultural no Estado de S o Paulo De acordo com Louren o esta pr tica vai ocorrer na cria o de v rios museus de arte sempre tendo esta cria o ligada a institui es de ensino das Belas Artes 10 Adolfo Morales de los Rios arquiteto escritor e professor de hist ria da arte na Academia Imperial Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 101 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga O Museu Hist rico Nacional criado no mbito das comemora es do centen rio da Independ ncia do Brasil ocupa edifica es constru das a partir do s culo XVII S o elas a Fortaleza de S o Tiago de 1603 e a Casa do Trem de 1762 Em 1921 o complexo foi reformado para abrigar a Exposi o Comemorativa do Centen rio da Independ ncia Neste per odo o projeto neocolonial de Archimedes Mem ria e Francisco Cuchet que transformou as edifica es no Pal cio das Grandes Ind strias depois do evento comemorativo passou a abrigar o Museu Hist rico Nacional que ainda ampliou suas instala es Este processo de expans o foi at 1960 Paulatinamente o Museu foi se adequando s novas demandas e
237. do a participar de um Semin rio organizado pelo Senador Catete Pinheiro presidente da Comiss o do Distrito Federal estranho o fato esta sensa o ver aquilo que foi uma simples ideia na minha cabe a transformado nessa cidade enorme densa imensa viva que a Bras lia de hoje Os senhores me d em um pouco de tempo porque estou emocionado Lucio Costa Semin rio do Senado Bras lia 1974 Figura 42 Plano Piloto de Bras lia apresentado por Figura 43 Mapa da cidade de Bras lia atualmente Lucio Costa ao Concurso Nacional do Plano Piloto onde se percebem as modifica es feitas no Plano da Nova Capital 1957 Fonte Bras lia 1960 2010 Piloto 2000 Fonte Site da Seduma passado presente e futuro Em mar o de 1985 com a proximidade dos 25 anos de inaugura o da cidade e perto dos 30 do concurso do plano o Governador do Distrito Federal Jos Aparecido de Oliveira por meio da Secretaria de Via o e Obras SVO e da Companhia Imobili ria de Bras lia Terracap convidaram o arquiteto para fazer uma avalia o do projeto e opinar sobre alguns temas como a expans o da cidade Deste encontro foi redigido o documento Bras lia revisitada 1985 1987 complementa o preserva o adensamento e expans o urbana Costa L 2009 onde foram destacadas as caracter sticas fundamentais do Plano Piloto de 139 Bras lia A primeira delas justamente a intera o entre as quatro escalas urbanas a monum
238. do homem em todas as suas manifesta es e aspectos cultura a rela o do homem com seu meio com os outros seres incluindo os outros homens Cultura a proje o em que o homem se realiza ou melhor a atividade em que ele se realiza Cultura percep o experi ncia express o cultura a vida vivida Guarnieri 1990 p 10 a cultura que constitui o patrim nio de um povo Abreu 2003 p 31 ressalta duas novas atribui es sem nticas ao termo advindas como desdobramento da Revolu o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 115 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Francesa a no o de bens que podem representar culturalmente uma sociedade atribuindo import ncia a objetos e monumentos em fun o de fatos hist ricos ou de pessoas ligadas a acontecimentos significativos e a de bens ligados esfera p blica e n o mais somente relacionados aos bens privados como na acep o inicial da palavra Neste sentido temos que a mem ria de um povo e sua cultura formam o seu patrim nio cultural portanto seu acervo Como acervo compreende se o conjunto de bens culturais de natureza material ou imaterial m veis ou im veis que constituam ind cios hist ricos cient ficos culturais e de costume que configurem a documenta o relevante sobre um d
239. do n o somente pelos monumentos mais importantes mas tamb m pelos conjuntos que constituem as cidades antigas e os povoados tradicionais em seu ambiente natural ou constru do Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 22 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga como acervo museol gico Apresenta se portanto como uma oportunidade para tratar de o E ENG zada z assuntos relevantes na forma o da cidadania e da educa o patrimonial de jovens e crian as al m de promover intera o independente da idade com o patrim nio cultural ai f ts A E x 8 propiciando o reconhecimento e a valoriza o de signos de identidade Acredita se por exemplo que o contato de um adolescente com o bairro que ele descompromissadamente frequenta ou atravessa de nibus no seu trajeto habitual pode assumir um novo significado quando ele passa a reconhecer esse lugar luz de uma perspectiva hist rica conhecendo o processo de expans o da cidade em que vive Nesse caminho ele pode se aperceber dos outros modos de apropria o da cidade no passado conhecer o antigo caminho dos bondes as tecnologias incorporadas nas habita es os diferentes usos do solo atrav s do tempo os tipos de investimentos p blicos ou a falta deles quem se apropriou das reas e como quem ali habita
240. do pelo SPHAN Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 171 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga condutor da exposi o a hist ria da arquitetura do hospital focando o conte do nas pessoas que o constru ram e estabelecendo conex es com o tempo presente O projeto executivo conta com a colabora o de professores e alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia e reproduz o espa o da Ag ncia em alvenaria com marca es horizontais numa alus o constru o de madeira original A ideia n o construir uma imita o mas lembrar o que foi um dia edificado naquele local uma forma tamb m de proteger o acervo e os equipamentos ali instalados e Figura 54 Planta Baixa da Ag ncia de Benef cios do API local para a Exposi o de Longa Dura o 3 3 4 1 1 Acervo O acervo da Exposi o de Longa Dura o formado por imagens e documentos do Acervo P blico do Distrito Federal do acervo da Diretoria de Gest o do Patrim nio Hist rico Art stico e Cultural DIGEPHAC da SEC DF de Marilda Porto de Sebastiana Lima de Luiz Rassi e de Silvio Cavalcante o patrim nio arquitet nico onde est instalado o museu al m de filmes e udio de entrevistas livros teses e publica es sobre a constru o de Bras lia Es
241. e Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 119 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga As a es de ressignifica o agem em cima de objetos musealizados Para Moutinho o objeto o ponto mais importante do processo museol gico Da a import ncia de compreend lo e de inserir o observador no seu processo de comunica o O trajeto desde a coleta at a exposi o longo A leitura deste objeto n o universal S o in meras as formas de apreens o da sua simbologia e elas s o mescladas s mem rias e ao imagin rio do visitante do curador e do pesquisador Para Moutinho 2008 a pr pria escolha do objeto reflete na rela o que se vai estabelecer com quem o observa Por isto dentre as preocupa es da Nova Museologia est a aproxima o da equipe t cnica do museu com a comunidade visando atribuir uma nova dimens o din mica dos museus viabilizando sua a o de agente de transforma o e desenvolvimento social por meio do trabalho sociomuseol gico com a mem ria e a cultura das comunidades e A o Ao 116 2 2 O patrim nio arquitet nico como acervo eles os monumentos permitem construir uma multiplicidade de hist rias hist ria pol tica dos costumes da arte das t cnicas ao mesmo tempo que auxiliam na pesquisa intelectual e n
242. e restante carecia de provid ncias urgentes para sua sustenta o e posterior recupera o Como nenhuma provid ncia fora tomada no momento do relato a restaura o do pr dio deveria ser compreendida como reconstru o j que pouco do material original poderia ser reaproveitado As unidades da alameda eram as que se encontravam em melhor estado de conserva o Os galp es de alojamento apesar da precariedade de suas condi es eram pass veis de recupera o No relat rio foi ressaltada a ambi ncia do conjunto que vinha tornando se mais agrad vel com o passar dos anos pelo crescimento de rvores de grande porte reas sombreadas e de sua localiza o privilegiada Na justificativa do Processo de Tombamento foi destacada a mensagem do bem a ser preservado e seu valor hist rico sua intera o com a comunidade suas condi es f sicas sua localiza o e instala es e a possibilidade de abrigar um equipamento urbano que trouxesse benef cios para a comunidade O projeto de revitaliza o do HJKO de autoria do arquiteto S lvio Cavalcante Coordenador do Patrim nio Cultural membro da equipe formada pelo GT Bras lia GDF Minc e UnB Com rela o ao valor hist rico foi ressaltada a import ncia dos acampamentos pioneiros no processo de constru o e implanta o da cidade SECDF DePHA 1985 p 11 que pensados para serem provis rios foram transformando se em assentamentos permanentes com a incorpora
243. e Cultura do Distrito Federal Acesso em 02 de Abril de 2010 dispon vel em www sc df gov br Schlee A R 2009 L cio Costa o senhor da mem ria In F L Org Bras lia 1960 2010 passado presente e futuro pp 11 15 Bras lia Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente SECDF DePHA 1985 Processo de Tombamento do HJKO Bras lia DF Seixas J 2002 Os campos in el sticos da mem ria reflex es sobre a mem ria hist rica In J A Seixas Raz o e paix o na pol tica Bras lia Editora Universidade de Bras lia Severino A 2008 Metodologia do trabalho cient fico 23 ed S o Paulo Cortez Editora Silva E 1975 2006 Hist ria de Bras lia um sonho uma esperan a uma realidade 5 ed Bras lia Charbel Gr fica e Editora Sim o M 2001 Preserva o do Patrim nio Cultural em Cidades Belo Horizonte Aut ntica Telles L 1977 Manual do Patrim nio Hist rico Caxias do Sul Universidade de caxias do Sul Prefeitura Municipal de Rio pardo Varine H d 1995 A respeito da Mesa Redonda de Santiago In M Araujo amp M O Bruno 4 mem ria do pensamento musel gico contempor neo Documentos e depoimentos S o Paulo Varine H d 2000 O Ecomuseu Ci ncias e Letras Revista da Faculdade Porto Alegrense de Educa o N 27 61 90 Varine H d 2005 un 02 Fevereiro O museu comunit rio her tico OMP Trans Retrieved 2010 u 03 Agosto from A
244. e Museologia 191 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga e um mapa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT com as principais rodovias federais de 2002 que ligam Bras lia ao resto do pa s O Texto 04 finaliza esta etapa BRAS LIA E O BRASIL Para garantir a constru o de Bras lia foi preciso abrir estradas recrutar um grande contingente de trabalhadores para as obras de constru o civil e viabilizar servi os de apoio vida destas pessoas por meio de com rcio bancos escolas hot is farm cias cinemas e outras atividades al m da assist ncia m dica As Manchas Urbanas de Bras lia e o Brasil Bras lia ao longo de sua hist ria Para garantir a constru o de Brasa dos b Figura 86 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria a Parede 03 contendo o m dulo Contexto Urbano e b Amplia o da rea das imagens Da esquerda para a direita um mapa com as dist ncias entre Bras lia e as capitais do pa s as rodovias existentes que ligavam Bras lia ao Rio de Janeiro e ao porto de Santos a abertura de estradas um mapa com as Rodovias Federais em 2002 as manchas urbanas do Distrito Federal em 1955 1960 1965 1975 1991 e 2007 e o mapa com a localiza o do Plano Piloto e os acampamentos pioneiros 184 das Na continua o do m dulo Contexto Urbano est o expostas algumas im
245. e Provid ncia a arte e a cultura passaram a ser considerados direito de todos e vistos como agentes modificadores da a o do cidad o O Estado deveria cuidar dos bens culturais ter a salvaguarda da identidade nacional e promover a igualdade de oportunidade no acesso ao bem cultural 88 Estado de Provid ncia ou de Bem Estar Social foi um modelo de organiza o pol tica e econ mica p s Segunda Grande Guerra adotado por diversos pa ses europeus onde o estado assumiu a responsabilidade de propiciar emprego servi os sociais e assistenciais popula o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 89 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Entre os anos 60 e 80 al m da salvaguarda o setor estatal ligado gest o dos bens culturais passou a suprir as defici ncias econ micas e fornecer igualdade de oportunidade de acesso e de produ o da arte al m da cria o de equipamentos culturais e da introdu o da forma o em educa o art stica A gest o e o financiamento das quest es ligadas cultura e o Pe es 89 papel do estado foram decisivos na cria o de equipamentos culturais Dentro dos exemplos de museus ligados s artes o Museu de Louisiana na Dinamarca 1958 tem uma proposta muito rica de intera o entre arte moderna arquitetura e paisage
246. e a es de pesquisa preserva o e comunica o objetivando a constru o de uma nova pr tica social Santos 1999 p 19 Estas considera es sobre a Nova Museologia Museologia Participativa ou Sociomuseologia demonstram que esta maneira de se pensar o fazer museol gico veio somar ao conceito de patrim nio cultural o olhar da comunidade a que ele pertence Com isso fomentam se processos museol gicos onde efetivamente sejam despertados os la os de reconhecimento cultural e identit rios com o acervo que apresentado aos cidad os e ou por eles reconhecido 1 2 O patrim nio arquitet nico como meio de atua o da Sociomuseologia Entre os bens incomensur veis e heterog neos do patrim nio hist rico escolho como categoria exemplar aquele que se relaciona mais diretamente com a vida de todos o patrim nio hist rico representado pelas edifica es Choay F 2006 p 12 Nesta tese o patrim nio arquitet nico o tema central e condutor das a es sociomuseol gicas portanto necess rio enfatizar que a arquitetura neste estudo sempre considerada dentro de seu contexto urbano n o h dissocia o entre o edif cio em si e seu lugar na cidade A rela o da Sociomuseologia com o patrim nio arquitet nico foi evidenciada em experi ncias desenvolvidas em processos da museologia ativa com a cria o de ecomuseus museus comunit rios e museus de territ rio quando os conceitos de arquitetura
247. e acabavam perdendo se na grandiosidade dos espa os e na profus o da decora o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 85 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 6 Glyptothek de Munique 1816 30 Planta Figura 7 Altes Museum 1823 30 Planta baixa baixa Fonte University of Hertforshire Fonte University of Pittsburg Figura 8 Glyptothek de Munique 1900 Interior Figura 9 Altes Museum 1823 30 Corte Fonte Fonte de academic ru www lifeloo com 263HistArchl htm O Museu Brit nico deste mesmo per odo come ou a funcionar na Montagu House e mudou se para a sede atual em 1857 O espa o central aberto e a sala de leitura no interior do edif cio de planta quadrangular serviam como rea de descanso Esta disposi o possibilitava a sa da do visitante no meio do percurso o que foi feito considerando se uma realidade dos grandes museus a imensa carga de informa o disponibilizada durante o circuito A RE PES a E i r 84 possibilidade de pausa na visita o torna a caminhada mais agrad vel Os projetos mencionados apresentam simetria das plantas em um ou nos dois eixos e articula o nas salas internas A dire o e a sala de conserva o est o em locais de f cil acesso s outras depend ncias e era comum a indica
248. e antes de entrar no eixo rodovi rio residencial despedida psicologicamente desej vel Previram se igualmente nessa extensa plataforma destinada principalmente tal como no piso t rreo ao estacionamento de autom veis duas amplas pra as privativas dos pedestres uma fronteira ao teatro da Opera e outra simetricamente disposta em frente a um pavilh o de pouca altura debru ado sobre os jardins do setor cultural e destinado a restaurantes bar e casa de ch Nestas pra as o piso das pistas de rolamento sempre de sentido nico foi ligeiramente sobrelevado em larga extens o para o livre cruzamento dos pedestres num e outro sentido o que permitir acesso franco e direto tanto aos setores do varejo comercial quanto ao setor dos bancos e escrit rios FIGURA 8 11 Lateralmente a esse setor central de divers es e articulados a ele encontram se dois grandes n cleos destinados exclusivamente ao com rcio lojas e magasins e dois setores distintos o banc rio comercial e o dos escrit rios para profiss es liberais representa es e empresas onde foram localizados respectivamente o Banco do Brasil e a sede dos Correios e Tel grafos Estes n cleos e setores s o acess veis aos autom veis diretamente das respectivas pistas e aos pedestres por cal adas sem cruzamento FIGURA 8 e disp em de auto portos para estacionamento em dois n veis e de acesso de servi o pelo subsolo correspondente ao piso inferior da pla
249. e ficavam expostas nos peristilos e p rticos dos templos tamb m chamados de mouseion Mas no Propileus da Acr pole de Atenas Erro Fonte de refer ncia n o encontrada havia um espa o a pinacoteca destinado a exposi o de pinturas esculturas e objetos alusivos aos atos her icos e possu a uma esp cie de banco para a aprecia o dos visitantes Nos thesaurus ou opistodomo eram armazenados os tesouros dos templos ex votos e imagens e seu invent rio e guarda era responsabilidade dos sacerdotes podendo os cidad os ter acesso a eles Carrefio 2004 Note se que a Acr pole No p tio p blico que antecedia a sala do trono no Pal cio de Mari podiam ser observadas pinturas com cenas de sacrif cios e da posse do Rei Mari ratificada pela deusa Ishtar No grandioso Pal cio de Korsabad ap s o p rtico de entrada chega se ao P tio de Honra uma esp cie de sala de espera da audi ncia real onde os muros est o cobertos com relevos que retratam o rei e s ditos em tamanho maior que o natural olhando os que ali estavam Na sala do trono as imagens mostravam Sarg o em seu carro de guerra em cima de corpos dos inimigos e uma pilha de cabe as ao lado Note se que os lugares escolhidos n o eram simples passagens mas locais de espera onde era poss vel contemplar tais imagens mesmo que num sentido de advert ncia com rela o ao poder do rei Kostof 1996 78 A Biblioteca de Alexandria projeto de Ptolomeu I 3
250. e outras pessoas possam aprender mais precisamos zelar Gabriel N Temos que cuidar bem para aprendermos mais Caio Barbosa O Museu Vivo da Mem ria Candanga al m dos outros monumentos tem que ser cuidado J E a a ps 190 para que mais pessoas saibam da historia da constru o de Brasilia Hugo Pelas mensagens as crian as deixaram transparecer que compreenderam a import ncia da ida ao museu e de sua preserva o Como o tema estava muito ligado ao universo delas contaram conversas com seus av s com suas fam lias e a todo instante um dizia que traria algu m para visitar o museu Ao longo destes meses entre pesquisa e exposi o muitas foram as visitas que deixaram transparecer a import ncia do local em suas vidas Dona Sebastiana Lima desceu do carro respirou fundo e disse Eu lutei muito pelo tombamento disso aqui E foi tomada de emo o quando viu a planta baixa contendo os nomes de seus companheiros de moradia e de luta pela preserva o do antigo hospital de madeira pois o que se considera o maior tesouro da exposi o o levantamento feito pelo DePHA da popula o que habitava o local visando 18 Era sabido que outros passeios destas crian as haviam sido cancelados por falta de transporte por esta raz o estavam todos preocupados com o xito da visita uma escola com muito alunos carentes e que n o podem pagar pelo aluguel de um nibus 1 Estas frases foram escritas ns question rio aplicado ap s
251. e pode trabalhar o patrim nio no sentido de colaborar com a constru o de identidades Estas preocupa es refletem na cria o de estrat gias mais eficientes de comunica o entre o p blico e o objeto a ser comunicado Admitindo ent o o patrim nio arquitet nico sede do museu como acervo entende se que seu conte do hist rico t cnico est tico e social podem ser comunicados com vistas inclus o e desenvolvimento social V rias a es podem ser desenvolvidas na pr tica das visitas As escolas por exemplo podem trabalhar aspectos do conte do curricular incluindo a educa o patrimonial o estabelecimento da rela o homem arquitetura enquanto refer ncia patrimonial Para Guarnieri 1990 musealizar sup e preservar porque os objetos t m um significado para as pessoas Se o objeto for trabalhado e comunicado ele ganha uma nova dimens o O respeito pelo patrim nio cultural em todos os sentidos um desafio mas um dos poss veis caminhos a cria o de la os identit rios com este patrim nio O conte do inerente arquitetura pode estar relacionado a v rios aspectos como o perfil da cidade a hist ria do lugar as t cnicas construtivas e as rela es sociais que podem levar a quest es pol ticas de inclus o e exclus o social O acesso f sico e de conte do outra quest o que deve ser considerada O tratamento cr tico do patrim nio arquitet nico pode ser elaborado a partir do hist ric
252. e se encontra o arquivo do Departamento Estadual de Ordem Pol tica e Social DEOPS de S o Paulo SP O projeto museol gico enfatiza os meios de repress o e as estrat gias de resist ncia com base em seis linhas de a o Centro de Refer ncia Lugares de Mem ria Coleta Regular de Testemunhos Exposi es A o Educativa e A o Cultural Por meio de pain is interativos foram trabalhadas as estrat gias de controle repress o e resist ncia com base numa linha do tempo que abrange o per odo de 1889 a 2008 Al m de homenagens aos desaparecidos e mortos nas depend ncias do DEOPS SP h um momento de reflex o sobre a solidariedade entre os presos H tamb m um centro de documenta o acess vel aos visitantes e de apoio a educadores As a es desenvolvidas coadunam com o objetivo de conscientiza o dos valores ligados democracia cidadania e aos direitos humanos A aproxima o com as ci ncias humanas nos estudos relacionados ao patrim nio conduziu a uma amplia o do conceito de patrim nio e foram incorporadas demandas culturais e ambientais Como consequ ncia em 2003 a UNESCO definiu o conceito de Patrim nio Cultural Imaterial Entende se por patrim nio cultural imaterial as pr ticas representa es express es conhecimentos e t cnicas junto com os instrumentos objetos artefatos e lugares culturais que lhes s o associados que as comunidades os grupos e em alguns casos os indiv duos
253. e traduzir o esmero e a import ncia de suas constru es do s culo XV da It lia Este pensamento de Ruskin procura atribuir s casas das pessoas comuns que fazem a hist ria de sua cidade o status de monumentos a serem preservados por constitu rem ind cios da trajet ria familiar e comunit ria h apenas dois fortes vencedores do esquecimento dos homens Poesia e Arquitetura e a ltima de alguma forma inclui a primeira e mais poderosa na sua realidade bom ter ao alcance n o apenas o que os homens pensaram e sentiram mas o que suas m os manusearam e sua for a forjou e seus olhos contemplaram durante todos os dias de suas vidas Ruskin 1849 2008 p 54 Para Ruskin importam dois aspectos tornar hist rica a arquitetura contempor nea e a preserva o da arquitetura Para o autor a palavra restaura o a pior destrui o que um edif cio pode sofrer pois acompanhada pela falsa descri o do objeto destru do Entende 61 eg x x T ni E Sobre esta ideia de Ruskin consultar sua autobiografia onde comenta sua inf ncia e as viagens com os pais s reas rurais onde apreciava as moradias constru das com esmero e dedica o pelos camponeses Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 57 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga que
254. eleva o esquem tica da parede 02 175 Figura 60 M dulo Contexto Urbano Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 03 176 Figura 61 M dulo Contexto Urbano Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 176 Figura 62 M dulo Contexto Urbano Planta baixa com localiza o da maquete f sica 176 Figura 63 M dulo T cnicas Construtivas Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 T E a A e aa St RR E E a 177 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 17 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 64 M dulo T cnicas Construtivas Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 02 a aE da a E AAAS AEAEE A DD eada Local tau abs R EA EASA MEIO sia Gal asd ETEA S ida ES AAE IEEE ado 177 Figura 65 M dulo T cnicas Construtivas Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 03 E A EE E E EEE A E EEE E E Ra EE 178 Figura 66 M dulo T cnicas Construtivas Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 e a CREA SE a E E a RR A R S A SR 178 Figura 67 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 179 Figura 68 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 02 179 Figura 69 M dulo Edifica es Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 03 1
255. ental a residencial a greg ria e a buc lica Figura 45 O princ pio das escalas do plano de Lucio Costa agrega portanto constru o dos espa os uma ordem relativa ao homem e seu tempo ou seja rela o geom trica do espa o somam se as refer ncias culturais e as formas de apropria o social nesse sentido que o conceito de propor o reinterpretado e adquire o significado pleno presente nas escalas urbanas de Luci Costa que alicer am o plano piloto da nova capital e que por essa raz o s o a via mestra da preserva o do conjunto urban stico de Bras lia Botelho 2009 p 89 A escala monumental a simb lica e coletiva que dota a cidade do status de capital do pa s compreendida pelo Eixo monumental desde a Pra a dos Tr s Poderes at a Pra a 138 Nesta ocasi o foram elaborados alguns projetos para a rea central da cidade al m de um projeto para um parque p blico na beira do lago 139 Este documento est nos Anexos da tese Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 147 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga vai es O a 14 do Buriti Nesta escala o autor utilizou a milenar t cnica dos terraplenos p com massas o o 141 E edificadas refer ncias verticais e o canteiro central todo gramado e livre A escala residencial ou
256. ento recebeu a grande pir mide de cristal por onde se d a entrada subterr nea Esta solu o centralizou o acesso s diversas partes do museu al m de expandir seus iniciais 5 de reas de servi o para 18 6 78 400 m de locais destinados ao p blico trabalhos t cnicos administrativos e cient ficos Atualmente a rea total do Louvre de 420 000m Uma refer ncia dentro da arquitetura e da museologia o Louvre um exemplo de trabalho interdisciplinar que resultou na concep o de espa os mais adequados funcionais e facilitadores do pleno desenvolvimento das a es inerentes institui o inclusive com a incorpora o de atividades que j eram recorrentes em museus de menor porte e import ncia Houve grande cr tica com rela o constru o da pir mide na frente do antigo edif cio mas esta solu o viabilizou a percep o do espa o externo a partir do foyer possibilitando a ilumina o natural e uma integra o das reas externas e internas al m de solucionar um grave problema de fluxo interno Percebe se neste exemplo a volta da rotunda do s culo XIX que servia como espa o de distribui o de p blico O projeto da Tate Modern Londres 2001 dos arquitetos Herzog amp De Meuron foi uma adapta o da antiga esta o de eletricidade para um museu de arte O edif cio era um marco visual importante no panorama da cidade em uma rea que carecia de interven o A proposta buscou a integra
257. ento deveria de prefer ncia anteceder a venda das quotas mas nada impede que compradores de um n mero substancial de quotas submetam aprova o da Companhia projeto pr prio de urbaniza o de uma determinada quadra e que al m de facilitar aos incorporadores a aquisi o de quotas a pr pria Companhia funcione em grande parte como incorporadora E entendo igualmente que o pre o das quotas oscil vel conforme a procura deveria incluir uma parcela com taxa fixa destinada a cobrir as despesas do projeto no intuito de facilitar tanto o convite a determinados arquitetos como a abertura de concursos para a urbaniza o e edifica o das quadras que n o fossem projetadas pela Divis o de Arquitetura da pr pria Companhia E sugiro ainda que a aprova o dos projetos se processe em duas etapas anteprojeto e projeto definitivo no intuito de permitir sele o pr via e melhor controle da qualidade das constru es Da mesma forma quanto ao setor do varejo comercial e aos setores banc rio e dos escrit rios das empresas e profiss es liberais que deveriam ser projetados previamente de modo a se poderem fracionar em subsetores e unidades aut nomas sem preju zo da integridade arquitet nica e assim se submeterem parceladamente venda no mercado imobili rio podendo a constru o propriamente dita ou parte dela correr por conta dos interessados ou da Companhia ou ainda conjuntamente 23 Resumindo a solu o apresentada
258. entos em cultura e como exemplos dos grandes museus americanos citam se os de J M Smithsonian de Salomon Guggehheim e Paul Getty O Parque de Skansen em Estocolmo onde fica o Museu N rdico de 1891 abriga o jardim bot nico e zool gico al m de uma mostra de casas transplantadas de seu s tio original Preocupados com a perda da hist ria rural do pa s que passava por uma grande transforma o industrial este museu parque procurou representar o modo de vida das comunidades ao longo de sua hist ria A reprodu o de espa os urbanos se deu com a introdu o tamb m de atividades t picas das comunidades Era uma nova forma de veicular o conte do muse stico permitindo a participa o do visitante nas cenas apresentadas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 87 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Para Montaner 2003 a ruptura provocada pelas vanguardas no in cio do s culo XX refletiu se nas institui es museol gicas Lembra que o Manifesto Futurista de Marinetti de 1909 considerava os museus e bibliotecas como cemit rios pregando sua destrui o e Cocteau chamou o Louvre de dep sito de cad veres Este conflito foi t o s rio que os arquitetos das vanguardas no in cio quase n o fizeram projetos para museus J em 1933 Louis Hautecoeur publico
259. eol gica comprometida com a transforma o e com o desenvolvimento social a inten o de contribuir para que o cidad o possa desde sua forma o b sica ver a realidade expressar se e transformar a realidade Na implanta o do Museu Did tico Comunit rio o Bairro de Itapo foi abordado como forma urbana como lugar de a o das for as sociais e como imagem Santos 1996 Portanto o museu trabalhou o significado do bairro no que diz respeito cidade ao contexto urbano de Salvador e ao seu papel com rela o ao contexto urbno ao longo da hist ria e no presente O acervo institucional foi formado ao longo do processo de instala o do museu Montaner 2003 identifica esta gera o de museus norte americanos como museus bunker fechados para o exterior dentro de uma caixa de concreto e usando a ilumina o artificial como preconizava o muse logo Garry Thompson sempre considerando os contextos sociais e hist ricos procurando agregar informa es relevantes para a comunidade Os objetos nem sempre possu am valor est tico ou art stico mas sempre estavam relacionados a fatos e processos hist ricos ligados ao cotidiano e ao trabalho Foram tamb m coletados e disponibilizado por pesquisadores material iconogr fico arquiv stico plantas fotografias maquetes depoimentos testemunhos O acervo operacional foi formado pela paisagem natural e urbana pelos monumentos mobili rio urbano e pelas reas e equipame
260. eologia 26 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga arquitet nica pelas autoridades competentes pode ser visto como sinal de sua import ncia para a mem ria coletiva como alus o a uma personalidade um fato um per odo hist rico ou social ou por seu valor art stico capacitando o como mediador do processo de reconhecimento de identidade e de cidadania Por m mesmo admitindo se este crit rio h que se reconhecer que este n o o nico e exclusivo meio de avalia o do valor memorial e cultural de um bem Este crit rio foi utilizado por uma quest o de ordem pr tica e ao final mostrou caminhos que podem ainda ser desvelados por outros estudos como est explicitado nas considera es finais O segundo princ pio norteador refere se ao embasamento te rico da tese que est pautada nos conceitos da Nova Museologia e mais especificamente na Sociomuseologia Embora o estudo esteja sendo desenvolvido no mbito da Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias no Departamento de Museologia que desenvolve seus trabalhos tomando por base tais princ pios destaca se tamb m o perfil da autora que desde sua atua o na rea da teoria e hist ria da arquitetura e do urbanismo em universidades federais do Brasil e na Escola de Museologia do Rio de Janeiro vem trabalhando com o papel social do arquit
261. epartamental e j sofreu tr s amplia es Pode se dizer que este museu o ponto de inflex o das constru es museol gicas Posicionou se frente vanguarda como arauto das novas contribui es no campo das artes e da arquitetura Como solu o pl stica 85 Esta obra foi reeditada por Andr s Desvall s em 1993 com resumos de palestras proferidas durante a Confer ncia de Madrid 36 A exposi o intitulada The International Style com curadoria de Henry Russel Hitchcock e Phillip Johnson deixou de fora importantes experimenta es no campo da arquitetura como o Expressionismo Russo o Organicismo de Wright e o Expressionismo Alem o Segundo Montaner a vanguarda europeia foi apresentada num contexto americano resultando num reducionismo do Movimento Moderno traduzido em projetos de fachadas c bicas e brancas apresentadas em imagens frontais e em preto e branco Esta mostra foi t o importante que ainda hoje muitos se referem ao Movimento Moderno pelo t tulo da exposi o 87 A ltima projeto de Yoshio Tanigushi e praticamente dobrou sua rea Atualmente ocupa 630 000 m com uma extensa programa o pedag gica e de apoio a estudantes professores e pesquisadores Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 88 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga estava de
262. eriormente s constru o da cidade a es de 3 Se ele se sente representado no MVMC comunica o do 4 Seele percebe a import ncia dos lugares de Patrim nio mem ria para o reconhecimento de identidade e de cidadania Arquitet nico do MVMG Projeto de Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico do Museu Vivo da Mem ria Candanga Santos SICG do IPHAN Pesquisadora Diretora do MVMC Associa o dos ex moradores do acampamento do HJKO Associa o de Moradores da Candangol ndia Ficha Catalogr fica de Acervo Arquitet nico Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ap ndice 02 Question rios aplicados antes e depois das visitas guiadas aa MVMC UNIVERSIDADE LUS FONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS Faculdade de Arquitectura Urbanismo e Artes Departamento de Museologia Programa de Doutoramento em Museologia Pesquisadora Respons vel Maria Cec lia Filgueiras Lima Gabriele Professora Assistente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia QUESTION RIO n 01 ANTERIOR VISITA GUIADA Q1 1 Crian as do Ano do Ensino Fundamental Antiga __ S rie Os dados coletados por meio deste instrumento de avalia o ser o utilizados t o somente para fins
263. erso cultural e o observado nesta ficha Preenchimento obrigat rio 5 CARACTERIZA O MORFOL GICA E TIPOL GICA DO S TIO OBJETO DE AN LISE Descri o 5 1 Morfologia da paisagem caracter sticas da implanta o do bem Caracteriza o geral da regi o geogr fica quanto morfologia topografia cobertura vegetal recursos h dricos etc No caso de cidades hist ricas ou s tios rurais deve se atentar para a tipologia urbana e arquitet nica tra ado urbano arruamentos arquitetura etc A caracteriza o poder ser acompanhada de mapas tem ticos tantos quantos forem necess rios ou estiverem dispon veis Os mapas tem ticos poder o ser utilizados para o embasamento das propostas de acautelamento de cidades hist ricas bens im veis m veis e paisagens naturais e ou culturais Caso as informa es tratem de cidades hist ricas ou s tios rurais elas ser o base para propostas de setoriza o do s tio M dulo 2 com vistas ao planejamento urbano e normatiza o de reas Preenchimento obrigat rio 6 1 Imagens repetir tantas linhas quanto forem necess rias inserir legenda abaixo da imagem Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Inserir imagens conjunto dos registros iconogr ficos represen
264. es advindas da Revolu o Industrial que aconteceu em Londres em 1851 O car ter provis rio da obra pode ser aferido pela escolha da sua arquitetura de ferro e vidro O projeto de Paxton caracterizado como um grande galp o e inspirado numa estufa foi montado em apenas 10 meses e depois remontado em outra parte de Londres Eram 90 000m de rea coberta seguindo uma modula o que contribuiu para a organiza o interna do evento A exposi o incrementou o di logo dos setores tecnol gico e comercial e serviu de palco para os artistas da poca Esta tipologia construtiva serviu de par metro para espa os expositivos configurando se como uma ideia inovadora no campo dos museus ao longo do s culo XX Foi no s culo XIX que os Estados Unidos come aram a construir seus lugares de mem ria Foram criados alguns museus privados ligados a universidades com fins pedag gicos Em 1870 o Metropolitan Museum of Art abriu as portas em Nova York O projeto atual de 1890 do arquiteto americano Richard Morris Hunt formado segundo os padr es da Academia de Belas Artes de Paris j sofreu v rias interven es por m sua fachada permanece inalterada Instalado no cora o de Nova York o museu tem uma clara defini o pelo vi s educacional Como sugere Giraudy 1977 este o prot tipo dos museus que representam a fus o do templo antigo e da bas lica monumental com nave central e c pula Os incentivos fiscais viabilizaram mais investim
265. es que as comp em Figura 44 Altera es do plano piloto original Fonte Figura 45 Mapa das escalas predominantes Em azul Site da Seduma a monumental em amarelo a residencial em vermelho a greg ria e em verde a buc lica Fonte Suplan Seduma 2 Terraplenos presentes na Pra a dos Tr s Poderes e Esplanada dos Minist rios 141 As refer ncias verticais s o a torre do Congresso Nacional e a Torre de TV Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 148 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ainda que fosse diretriz do plano a n o ocupa o da rea suburbana cidades sat lites foram constru das ao mesmo tempo que a cidade Atualmente menos de 10 da popula o vive no Plano Piloto estando orestante vivendo longe do centro de empregos da cidade pagando tarifas de transporte p blico das mais altas do pa s Dos problemas surgidos com o crescimento de Bras lia decorre a proposta de implanta o das quadras econ micas ou comunit rias nos eixos quea ligam s cidades sat lites Atualmente o Distrito Federal possui cerca de 2 563 milh es de habitantes segundo o censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE e uma s rie de problemas relacionados falta de moradia para a popula o de baixa renda grande especula o imobili ri
266. esenvolvimento sociocultural o patrim nio arquitet nico e urban stico vinculado aos pressupostos pol tico sociais e utilizado como meio de vincula o do passado para intervir no presente e no futuro Para Bellaigue 1992 o objeto pode ser visto como s mbolo mensagem ou int rprete ou seja poliss mico Neste sentido acredita se no potencial do patrim nio arquitet nico como portador de muitas mensagens como revelador de identidade de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 121 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga mudan a de pergunta de conflito de solidariedade Bellaigue 1992 p 05 Da a import ncia da escolha do objeto do patrim nio edificado que abriga a institui o museol gica A sele o uma a o pol tica assim como possibilitar o acesso s informa es contidas na experi ncia museol gica Como sugere Bourdieu 2007 a obra de arte considerada enquanto bem simb lico n o existe como tal a n o ser para quem detenha os meios de apropriar se dela ou seja de decifr los Bourdieu 2007 p 71 Esta cita o instiga a pensar como o conte do inerente arquitetura e urbanismo pode ser comunicado ao visitante do museu Quantas informa es relacionadas ao perfil da cidade s rela es s cias hi
267. essem utilizar informa es j obtidas por outras fontes Neste cap tulo est contemplado o objetivo 5 da tese Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 31 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Em Considera es Finais O que nos diz a musealiza o do patrim nio arquitet nico est o as reflex es do processo da pesquisa sua aplicabilidade e as proposi es finais Quanto aos objetivos uma pesquisa explicativa e a norma da American Psychiatric Association APA foi a utilizada na reda o do presente trabalho Como a tese se baseou em uma experi ncia pr tica com o envolvimento de muitas pessoas ligadas ao tema possui um vi s fortemente ligado hist ria do lugar e das pessoas que ali viveram o que tornou a pesquisa emocionante em v rios momentos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 32 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Cap tulo 1 SOCIOMUSEOLOGIA E ARQUITETURA Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 33 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Mu
268. essora Q2 5 Nome do aluno a Q2 6 Bairro ou Cidade onde mora Caro estudante Hoje muitas coisas foram mostradas sobre o come o da cidade em que voc vive Gostaria de saber como voc se sente ouvindo hist rias sobre as pessoas que viveram naquela poca e neste lugar Por favor responda estas perguntas para que as pessoas que trabalham com a hist ria de Bras lia possam cont las s crian as de uma forma cada vez mais legal 1 pa 4 O lugar onde hoje funciona o Museu Vivo da Mem ria Candanga foi constru do para ser ADE m gt 1 A primeira escola de 2 O primeiro 3 O Parque da 4 Lojas de artesanato 5 N o sei Bras lia Hospital de Bras lia Cidade de Bras lia conhecido como HJKO 2 Q2 8 Por quem ele foi constru do Pelos ndios Pelos portugueses Pelos candangos Pelos americanos q ROON gt A Sea Aa Saad a a N o sei 3 Q2 9 Foi preciso construir r pido por isso eles utilizaram que material 1 Oferro 2 A madeira 3 O concreto 4 Apalha 4 Q2 10 Os candangos vieram de muitos lugares do Brasil para trabalhar na constru o da cidade de Bras lia Voc conhece algu m que veio morar aqui na poca da constru o da cidade 1 Sim 1 2 N o 3 N osei Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia M MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social i
269. est es de conforto t rmico A t cnica foi parcialmente mantida na restaura o em alguns lugares foram constru das paredes de alvenaria e revestidas em madeira 11 Em 2003 quando uma Organiza o da Sociedade Civil de Interesse P blico OSCIP administrava o local permitiu a constru o de um galp o para exposi o de carros antigos Esta edifica o ainda permanece no local Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 162 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga a TAB 28 27 LI ASN 5 mamam 25 3 ss 24 e o Entrada Figura 53 Museu Vivo da Mem ria Candanga Bras lia Implanta o Fonte SEC DF Folder da OSCIP Arte Vida A partir da Figura 53 observa se que a entrada era feita pela via central que corta o conjunto carinhosamente chamada atualmente de alameda onde ficavam as casas dos m dicos e funcion rios casados Eram casas geminadas voltadas para o jardim tr s de cada lado com espa o para doze fam lias 15 20 A alameda central se bifurca no final onde estava implantado no centro o hospital 1 interessante ressaltar que tal como foi proposto nas superquadras e nas resid ncias unifamiliares das quadrs de n mero 700 ao longo da Avenida W3 a alamenda era na verdade uma via de servi o por onde entravam os caminh es com trabalhadores que
270. eterminado assunto e que possam ser trabalhados dentro de a es de pesquisa nlll preserva o e comunica o A cria o da UNESCO em 1946 foi um importante passo no mbito da preserva o do patrim nio cultural Neste per odo teve se a ilus o de que seria poss vel estabelecer o relacionamento entre as na es por meio da cultura A ideia de aldeia global considerava as manifesta es culturais como possibilidade de conviv ncia respeitosa entre os povos Musealiza o pressup e ou implica em preservar Preservar porque Porque os objetos t m para n s um significado a atribui o de significados tamb m um dado cultural Na medida em que estes significados entram para a nossa hierarquia de valores ou seja de simples coisas res passam a bens transfiguram se em patrim nio conjunto de bens e em patrim nio cultural Guarnieri 1990 p 10 A a o de musealiza o segundo Guarnieri implica em preserva o Mas n o significa que necessariamente este objeto est fora do circuito da vida Se o objeto for trabalhado e comunicado ele ganha uma nova dimens o no contexto Sua fun o primeira foi abstra da mas no momento em que se torna conte do did tico reativado seu grau de pertencimento ao ciclo do homem Al m do que j se comentou sobre seu conte do did tico em v rios n veis n o se pode relevar tamb m o papel da educa o patrimonial Ensinar o respeito pelo patrim nio cu
271. eto e do muse logo no desenvolvimento das comunidades Portanto tomou se como desafio apresentar um contributo in dito disciplina museol gica por meio do estudo da arquitetura de museus A tese est estruturada em 4 cap tulos conforme o esquema a seguir Com rela o ao estudo de caso da tese h uma peculiaridade o processo de tombamento partiu de uma iniciativa da comunidade 18 Professora de teoria e hist ria da arquitetura e do urbanismo na FAUUnB e de museografia na UniRio sempre procurou introduzir temas como o papel social do arquiteto e do muse logo nas aulas e nos textos utilizados na pr tica did tica procurando aproximar a pr tica profissional da sociedade O Curso de Estudos Avan ados em Museologia CEAM tamb m foi importante meio de aproxima o com a Sociomuseologia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 27 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Sociomuseologia e a rela o comunidade territ rio e Cap tulo 1 patrim nio cultural Bras lia Patrim nio da Humanidade Sociomuselogia e arquitetura O patrim nio arquitet nico como meio de atua o da Sociomuseologia A arquitetura de museus na hist ria Museu Vivo da Cap tulo 3 Mem ria Candanga Os percursos da arquitetura Musealiza o do de museus no Brasil e acerv
272. etoriza o e ap s as visitas ao local devem ser estabelecidas alguas propostas de normatiza o e um planejamento estrat gico para a rea tombada A Ficha M 202 Caracteriza o dos setores detalha os setores definidos na ficha anterior identificando problemas demandas e potencialidades com o fim de definir diretrizes para os planos estrat gicos voltados para o desenvolvimento em conson ncia com a preserva o do patrim nio cultural Na Ficha M 203 Averigua o e proposi o local s o testadas as diretrizes definidas nas fichas M 201 e M 202 quadra a quadra identificando as exce es A Ficha M 204 Diagn stico reas urbanas Lote um levantamento mais detalhado sobre as condi es de uso dos lotes para subsidiar poss veis projetos de reabilita o urbana ou de investimentos em reas degradadas A Ficha M 205 Diagn stico reas urbanas quadra tamb m serve de subs dio para poss veis inerven es mas as informa o que disponibiliza s o relativas a ocupa o infraestrutura urbana e equipamentos dispon veis A ficha M 206 Diagn stico de conserva o Arquitetura religiosa destina se a orientar vistorias em im veis tombados e auxiliar as a es relacionadas a sua conserva o Outras fichas encontram se em desenvolviemtno para im veis de outras categorias A Ficha M 207 Relat rio fotogr fico est voltada para a documenta o e organiza o das imagens feitas no local e podem ser anexadas aos mais variados documen
273. eu Vivo da Mem ria Candanga foram definidos os seguintes conte dos a serem trabalhados com o acervo arquitet nico Contexto Urbano Edifica es T cnicas Construtivas M o de Obra e Mem ria 2 3 Educa o patrimonial identidade e cidadania A maior participa o da comunidade processo que deve provir de ampla e fundamentada conscientiza o imperativa para que exista um efetivo reconhecimento desses bens As comunidades devem chamar a si parcela da responsabilidade atrav s da percep o desse patrim nio como parte integrante de sua heran a cultural e de sua identidade que constitui e que qualifica seu presente e que fundamenta seu futuro para que a quest o n o se limite a mais um procedimento burocr tico administrativo desprovido de legitimidade social Mas esse processo envolve sem d vida pontos fundamentais que levar o muito tempo para serem enfrentados e resolvidos no o de pertencimento de cidadania e educa o num sentido profundo K hl 2009 p 119 Acredita se que a comunica o da arquitetura com base na hist ria pode contribuir para a constru o de um olhar mais comprometido com o patrim nio constitu do fortalecendo a rela o de pertencimento a um lugar As hist rias da edifica o do bairro e da cidade podem desvelar informa es aos visitantes a partir deste potencial acervo museol gico que a arquitetura e o urbanismo A inten o de se resgatar la os ident
274. eu nome feita pela UNESCO para que o pedagogo presidisse o encontro de Santiago do Chile Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 35 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga conscientiza o e mudan a por meio da educa o e engajamento sociopol tico permeando as discuss es e as propostas finais do encontro No conceito de museu integral Santos enxerga um importante marco na museologia a introdu o do tema da percep o da realidade e da conscientiza o da cultura e da identidade no discurso da institui o museol gica evidenciando a import ncia da compreens o dos problemas da sociedade em sua totalidade Para ela a formula o deste conceito pode ser entendida como o ponto de inflex o da museologia contempor nea como a passagem do sujeito passivo e contemplativo para o sujeito que age e transforma a realidade Nessa perspectiva o preservar substitu do pelo apropriar se do patrim nio cultural buscando a constru o de uma nova pr tica social Santos 1999 p 09 O documento gerado no encontro propunha algumas recomenda es UNESCO entre as quais se destacam a divulga o deste novo entendimento da fun o museol gica e a necessidade de forma o de profissionais em v rios n veis para atuar nos museus Sugere ainda que os museus sejam
275. fica o ou do lugar 6 12 Relev ncia de sua constru o Comentar a import ncia de sua constru o para a cidade e ou para a comunidade 6 14 Conserva o da Edifica o 6 15 Descri o Identifica o de problemas 6 13 Peculiaridades hist ricas Registrar lendas ou hist rias contadas sobre a edifica o 6 16 Procediment os Quais os procedimentos mais adequados 6 17 Observa es Identifica o do local Imagem Imagem de pontos cr ticos da edifica o Bom Regular P ssimo Identifica o do local Imagem Imagem de pontos cr ticos da edifica o Bom Regular P ssimo Identifica o do local Imagem Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 228 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Imagem de pontos cr ticos da edifica o Bom Regular P ssimo Identifica o do local Imagem Imagem de pontos cr ticos da edifica o Bom Regular P ssimo 3 7 M O DE OBRA 7 1 Fun o 7 2 Vinculo 7 3 N vel de 7 4 Observa es empregat cio origem escolaridade t cnico ou Engenheiros respons veis Mestre de obras Especialistas O Artistas o o Trabalhadores 8 MEM RIA 8 1 Pesquisas 8 2 Livros 8 3 Artigos 8 4 Filmes Teses Li
276. fonte 4 CONTEXTO URBANO 4 1 Contexto Urbano Data Mapa com fonte e data 4 2 Contexto Urbano Data Mapa com fonte e data MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania 1 3 Nome Original Nome original do Bem 1 7 Projeto Museol gico Se possui projeto museol gico Sim N o 2 7 Processo 2 8 Livro 2 9 P gina 3 3 Hist rico de interven es Se for necess rio incluir mais linhas 3 8 Imagem Imagem ou iconografia do per odo identificado com fonte 4 3 Contexto Urbano Data Mapa com fonte e data Museu Vivo da Mem ria Candanga FICHA CATALOGR FICA DE ACERVO ARQUITET NICO 1 IDENTIFICA O 1 4 C digo Identificador IPHAN C digo definido pelo SICG 1 8 A o Educativa Se possui educativa a o Sim N o Data 3 9 Imagem Imagem ou iconografia do per odo identificado com fonte 4 4 Contexto Urbano Data Mapa com fonte e data 4 5 Observa es Informa es relevantes sobre a imagem acima 4 6 Observa es Informa es relevantes sobre a imagem acima 4 7 Observa es Informa es relevantes sobre a imagem acima 4 8 Observa es Informa es relevantes sobre a imagem acima 4 9 Implanta o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 4 10 Planta Baixa 226 MARIA CEC
277. forma incentivos p blicos e ou privados para sua conserva o e manuten o gra as principalmente ao status alcan ado com o reconhecimento de sua import ncia no universo de bens representativos culturalmente no cen rio mundial No entanto h que se estudar de forma mais aprofundada as consequ ncias destas a es Tamb m se destaca no Monumenta a preocupa o com t cnicas artesanais em vias de extin o que receberam incentivos por meio de cursos e iniciativas similares no contexto Ri x UP RE 5 da revitaliza o e recupera o dos im veis e reas adjacentes No entanto um alerta que deve ser feito sobre a quest o de algumas atividades tornarem se esvaziadas de seus sentidos culturais quando tornam se meras atividades c nicas para os turistas Outro programa de grande relev ncia no mbito nacional e que prev a participa o das tr s esferas p blicas de governo e da comunidade o PAC Cidades Hist ricas implantado em outubro de 2009 Com o objetivo de incrementar o desenvolvimento socioecon mico e cultural do pa s por meio da revitaliza o urbana de cidades hist ricas e da recupera o de monumentos o PAC Cidades Hist ricas foi concebido para ser implantado em 173 cidades at 2012 Minist rio do Turismo Segundo o Presidente Lula a recupera o do patrim nio deve ser acompanhada de visita o de uso sustent vel que gere emprego e renda Para Machado 2010 p 53 o PAC Cidades His
278. ga antes de virar um museu Goal Escola Hospital Parque Com rcio 11 12 Outra cidade N o sei Obrigada por responder a estas perguntas Elas fazem parte de uma pesquisa sobre a percep o dos monumentos arquitet nicos pela comunidade Gostaria de convid lo para participar de um evento no Museu Vivo da Mem ria Candanga no dia 21 de maio de 2011 s 11 00hs da manh Solicito ainda sua autoriza o para a utiliza o dos dados do question rio na pesquisa que est sendo desenvolvida Sua identidade ser preservada Bras lia _ 12011 EE Autoriza o Assinatura Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia XI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga ANEXOS Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia XI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Anexo 01 Ficha Cadastral de acervo Registro do Museu Nacional do Paran dispon vel em http www cosem cultura pr gov br arquivos File 02 pdf MUSEU RG MP Ficha cadastral de acervo registro Classifica o arqueologia l C hist ria _ antropologia _ numism tica Classifica o Gen rica 1 Identifica
279. gens da via expressa de maior movimento do Distrito Federal possui dif cil acesso para a popula o adjacente que poderia ser a maior benefici ria da privilegiada implanta o do museu no lote O Museu Vivo da Mem ria Candanga possui alguns projetos de integra o com a comunidade imaginados pela atual diretora entre os quais o de coleta da mem ria da gera o que viveu a implanta o de Bras lia Enfrenta atualmente uma s rie de problemas para firmar se como fiel deposit rio da mem ria candanga Neste aspecto acredita se que por meio da comunica o de sua arquitetura e de sua import ncia para a mem ria da cidade poss vel contribuir para a consolida o da identidade do lugar aproximando as pessoas do seu patrim nio constru do Portanto a musealiza o deste significativo conjunto urbano que um equipamento cultural de destaque no cen rio da capital brasileira pode viabilizar a apropria o de seu significado enquanto parte da hist ria da constru o da cidade 3 3 2 Objetivos O Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico do Museu Vivo da Mem ria Candanga tem como objetivo geral sensibilizar o visitante do conjunto HJKO para a percep o de seu patrim nio cultural tomando como fio condutor da mem ria a hist ria da arquitetura e do urbanismo ligada ao patrim nio constru do S o objetivos espec ficos do projeto Estabelecer contato com v rios segmentos sociais que tiveram suas vidas vin
280. gera o de novas propostas de musealiza o Para Bruno a preocupa o essencial com rela o atua o da museologia com o que chama de interlocu o e proje o A interlocu o a atividade de identifica o e compreens o da rela o do homem com o seu patrim nio e a proje o como a partir deste conhecimento poss vel trabalhar este patrim nio no sentido de colaborar com a constru o de identidades Estas preocupa es recaem no mbito da cria o de estrat gias mais eficientes de comunica o entre o p blico e o objeto a ser comunicado na utiliza o de novas tecnologias na criatividade para tentar inserir e atrair o p blico alvo e em a es que devem ser pensadas de acordo com as equipes ligadas s pesquisas As possibilidades de a es museol gicas dependem da inten o pol tico social da organiza o dos lugares de mem ria que deve definir de que forma ser feita a exposi o dos objetos escolhidos para serem preservados como heran a cultural Para Bruno 2006 se os museus s o abrigo dos indicadores de mem ria h que se ter um cuidado especial com os processos de musealiza o pela import ncia que t m na educa o dos sentidos e significados patrimoniais Bruno 2006 p 06 A autora afirma que os museus s o importantes para as comunidades porque possibilitam a percep o da realidade e a proje o deste olhar para a preserva o da heran a cultural incentivam o apeg
281. h uma a o continuada com este objetivo formativo Os 184 000m de rea verde com muitas rvores frut feras contam com apenas oito funcion rios para fazer a guarda que tem constantemente a cerca cortada por moradores de uma invas o pr xima N o raro principalmente com a comemora o dos 50 anos da Capital Federal chegam pessoas com fotos antigas querendo visitar o museu e contar hist rias passadas no local S o momentos de muita emo o mas o nico museu dedicado hist ria da capital recebe poucas visitas Entre os fatores destacam se uma deficiente infraestrutura e empecilhos administrativos A lojinha e a lanchonete n o funcionam por quest es de legisla o Por esta mesma raz o o museu tamb m n o cobra ingresso A Secretaria de Cultura planeja entregar o museu a uma Organiza o Social OS o que poderia viabilizar a implementa o de projetos por meio de leis de incentivo cultura O projeto do HJKO foi concebido pelo escrit rio da Novacap cujo Departamento de Urbanismo e Arquitetura era dirigido pelo arquiteto Oscar Niemeyer O conjunto do antigo HJKO formado por 17 edifica es originais e foi restaurado por uma equipe de arquitetos engenheiros antrop logos e t cnicos A t cnica construtiva do hospital utilizava como fechamento do v o entre os pilares dupla camada de t buas de madeira com um espa o interno que funcionava como um colch o de ar Este artif cio atuava como auxiliar nas qu
282. i o de subempregos Estas a es convergem tamb m para o entendimento da cidadania medida que as classes mais desfavorecidas s o inseridas no mercado formal de trabalho e passam a ter ci ncia de seus deveres e direitos garantidos por lei A educa o sistematizada abre novas perspectivas de compreens o do mundo as exig ncias se ampliam e s o externadas de forma mais precisa ao mesmo tempo que as demandas sociais tornam se cada vez mais elaboradas e pertinentes Na Sociomuseologia as quest es de identidade s o importantes para a constru o deste novo modelo de museu mais comprometido com a sociedade As a es podem ser feitas tanto com rela o ao objeto em si promovendo sua liga o com a mem ria como nas a es educativas trabalhando o patrim nio cultural com a comunidade Na contextualiza o o passado se v refletido no presente e a arquitetura em seu contexto urbano pode ser vista como meio de apropria o do patrim nio cultural capaz de ativar tais la os de identidade O tratamento cr tico do patrim nio arquitet nico pode ser elaborado a partir do hist rico da constru o do edif cio e de seu contexto urbano A arquitetura como patrim nio cultural pode resgatar conte dos hist ricos sociol gicos est ticos e t cnicos capazes de infundir as quest es de pertencimento e resgate de identidades Identidade e mem ria s o assim ingredientes fundamentais da intera o social presentes em qua
283. ia SEC DF Por uma quest o de pol tica financeira o cargo de Diretor do Museu exercido e remunerado como Gerente de Museu e atualmente est frente da institui o a Educadora Art stica Luciana Maya Ricardo Nesta situa o o MVMC n o tem como requerer a es de restaura o e portanto s o realizados apenas reparos via SEC DF com todos os tr mites burocr ticos que envolvem estas a es nos governos de forma geral Assim o museu n o se pode beneficiar dos projetos via Lei de Incentivo Cultura por n o ser uma entidade independente o que restringe muito as a es que podem ser ali desenvolvidas Sem um Projeto Museol gico aprovado o Museu trabalha com Planos de A o O acervo do museu identificado como sendo composto principalmente pelas edifica es hist ricas al m de pe as objetos e fotos da poca da constru o da nova capital 6 A institui o tem por objetivo ser refer ncia dos saberes e fazeres das v rias manifesta es art sticas e regionais que constitu ram Bras lia Al m da exposi o de longa dura o Poeira Lona e Concreto que trabalha a hist ria de Bras lia desde sua concep o at a inaugura o em1960 h mais duas exposi es Casa do Mestre Popular e Renova o e Tradi o Novos Caminhos As Oficinas dos Saberes e Fazeres de artesanato e arte popular s o oferecidas comunidade em geral com o intuito de divulgar o espa o do museu promovendo integ
284. ia e o hosp cio conquanto afastados do centro urbanizado fazem igualmente parte deste setor 14 Acima do setor municipal foram dispostas as garagens da via o urbana em seguida de uma banda e de outra os quart is e numa larga faixa transversal o setor destinado ao armazenamento e instala o das pequenas ind strias de interesse local com setor residencial aut nomo zona esta rematada pela esta o ferrovi ria e articulada igualmente a um dos ramos da rodovia destinada aos caminh es 15 Percorrido assim de ponta a ponta esse eixo dito monumental v se que a flu ncia e unidade do tra ado FigURA 9 desde a pra a do Governo at pra a Municipal n o exclui a variedade e cada setor por assim dizer vale por si como organismo plasticamente aut nomo na composi o do conjunto Essa autonomia cria espa os adequados escala do homem e permite o di logo monumental localizado sem preju zo do desempenho arquitet nico de cada setor na harmoniosa integra o urban stica do todo 16 Quanto ao problema residencial ocorreu a solu o de criar se uma sequ ncia cont nua de grandes quadras dispostas em ordem dupla ou singela de ambos os lados da faixa rodovi ria e emolduradas por uma larga cinta densamente arborizada rvores de porte prevalecendo em cada quadra determinada esp cie vegetal com ch o gramado e uma cortina suplementar intermitente de arbustos e folhagens a fim de resguardar melhor qualquer que
285. icipantes da sociedade em que vivem Os bens culturais n o podem e n o devem ser tratados como se fossem alienados da realidade em toda a sua complexidade incluindo se nisso aspectos socioecon micos e pol ticos A preserva o motivada pelo fato de nesses bens ser reconhecido um significado cultural seu valor hist rico art stico memorial ou simb lico tornando os dignos de medidas para ser tutelados para as pr ximas gera es para que continuem a ser documentos fidedignos e efetivos suportes do conhecimento e da mem ria coletiva K hl 2009 p 58 Outra experi ncia desta natureza seria a que gerou a j relatada exposi o com os Pa os de Gualaceo em Chordeleg Equador Figura 39 Mais que uma exposi o a muse loga Ione Carvalho percebeu que l deveria ser feito um trabalho de conscientiza o da cultura aliada a a es de desenvolvimento social Na ocasi o foi feita tamb m a montagem do Museu Did tico Comunit rio O edif cio doado carecia de uma grande reforma que foi executada pelos membros da comunidade Sob o ponto de vista do patrim nio arquitet nico este fato valorizou as t cnicas construtivas locais Os moradores da pequenina cidade de Chordeleg fizeram as telhas os tijolos e as esquadrias nos moldes da arquitetura vern cula que vinha sendo substitu da pelas inova es trazidas de fora Com o processo os moradores passaram a valorizar suas t cnicas pois perceberam que
286. ico tecnol gico ou de paisagem que ilustre est gios significativos da hist ria humana Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 142 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga na Carta de atenas de 1933 referendada por importantes arquitetos do per odo relacionado ao Movimento Moderno Sua inscri o no Livro do Tombo Hist rico foi feita em 1990 por seu valor hist rico e import ncia na ocupa o do interior do pa s IPHAN 2001 p 133 A solicita o do tombamento foi feita pelo pr prio autor o arquiteto e urbanista Lucio Costa preocupado com a preserva o das quatro escalas da cidade assegurando s gera es seguintes o direito de conhec la tal como haviam sido concebidas monumental residencial greg ria e buc lica O pleito foi apoiado pelo IPHAN A ideia de transfer ncia da capital para o interior do pa s foi pensada desde a poca em que o Brasil era col nia de Portugal e possu a um forte vi s estrat gico de defesa nacional A concretiza o desta empreitada s se deu em 21 de abril de 1960 Em 1955 durante a campanha pol tica para presidente em Jata Goi s o ent o candidato Juscelino Kubitscheck de Oliveira JK foi questionado se faria a mudan a da capital para o planalto central Ele um pouco reticente respondeu que cumpriria o p
287. ico do Museu Vivo da Mem ria Candanga Exposi o de Longa Dura o foi pensado para viabilizar uma a o concreta de comunica o do patrim nio constru do no Museu Vivo da Mem ria Candanga O projeto foi apresentado Diretora Luciana Maya Ricardo que deu in cio s conversas na Secretaria de Cultura do DF para sua implementa o No entanto considerando que demandaria um tempo muito longo para sua completa realiza o foi apresentada tamb m a possibilidade de se fazer um piloto do que seria constru do na antiga Ag ncia de Benef cios do IAPI com uma mostra em uma das casinhas dos antigos moradores do HJKO No dia 02 de maio de 2011 a Diretora Luciana ofereceu o espa o de Exposi es Tempor rias para que a Exposi o Tempor ria fosse montada como atividade para a Semana Internacional de Museus acrescida de uma palestra sobre o projeto que est sendo desenvolvido A partir daquele momento a Exposi o Tempor ria tomou corpo como uma a o bastante significativa da hip tese da tese 178 A Semana Internacional de Museus teve como tema definido pelo Conselho Internacional de Museus no ano de 2011 Museus e Mem ria Mais de tr s mil eventos em todo o Brasil foram realizados entre os dias 16 e 22 de maio Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 187 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidada
288. idade de Bras lia Em consequ ncia da mostra houve tamb m dois convites para palestras sobre a exposi o uma promovida pelo escrit rio de Angelina Quaglia no dia 18 de maio de 2011 e outra no DOCOMOMO Brasil realizado em Bras lia no dia 08 de junho de 2011 A participa o no Semin rio Iberoamericano de Museologia em Madrid e no Seminario Internacional de Espa os Culturais e Tur sticos Lus fonos no Rio de Janeiro com a publica o do artigo apresentado em um livro de mesmo nome O Jornal Correio Braziliense divulgou reportagem sobre a exposi o em sua p gina eletr nica e v rias publica es t m feito men o mostra al m das publica es mensais de agenda cultural da cidade At meados de agosto tinham visitado a exposi o cerca de 3 730 estudantes das redes p blica e particular enquanto que o p blico espont neo ficou em torno de 286 pessoas Um problema apontado pelos gestores do MVMC Justamente a escassez de p blico 3 3 5 Como ele ou n o visto pela comunidade Isso aqui o HJKO para mim foi uma vida eu briguei muito por esse tombamento Sebastiana Silva de Lima ex moradora do Acampamento HJKO O Museu Vivo da Mem ria Candanga o nico acampamento pioneiro da poca da constru o de Bras lia que est em p No entanto pessoas das mais variadas profiss es e proveni ncias quando questionadas se conhecem o local dificilmente j o visitaram Algumas j o
289. idos no local 18 As fichas do SICG e as que foram preenchidas com os dados do Museu Vivo da Mem ria Candanga encontram se no ap ndice da tese Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 220 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga al m de procurar identificar pessoas temas ou grupos relacionados com sua constru o Outro aspecto descrito o estado da edifica o e as poss veis interven es Sobre o item 07 que trata da M o de obra a nfase est nas pessoas que colaboraram com a constru o como era a rela o de trabalho vigente na poca como era a forma o das pessoas respons veis pela obra e peculiaridades sobre os que constru ram o local O item 08 sobre a Mem ria e possui levantamento de obras que tratam do assunto livros teses disserta es filmes m sicas de poca tudo o que possa informar sobre o tema Esta ficha foi concebida com a finalidade de induzir uma pr tica reflexiva sobre o acervo arquitet nico procurando extrair elementos capazes de sugerir uma maior aproxima o da sociedade com seu patrim nio constru do por meio de temas que possam despertar o interesse dos mais variados visitantes sobre o lugar Isso porque se acredita que medida que a hist ria da arquitetura vai sendo contada as pessoas passam a orgulhar se de te
290. ifica o com o tema objeto via processos museol gicos como parte do processo de fortalecimento da condi o de pertencimento e de conscientiza o de seu lugar no processo hist rico Simultaneamente a preserva o proporciona a constru o de uma mem ria que permite o reconhecimento de caracter sticas pr prias ou seja a identifica o E a identidade cultural algo extremamente ligado autodefini o soberania ao fortalecimento de uma consci ncia hist rica Guarnieri 1990 p 10 Para Santos 2000 o uso de estrat gias e metodologias que propiciem a interface da a o cultural e educativa na rela o patrim nio cultural museu e sociedade fundamental e pode ser usada em diferentes contextos Santos M 2000 p 104 Em seu trabalho junto ao Museu de Arte Sacra da Bahia Santos promoveu visitas guiadas onde enfatizava as caracter sticas dos monumento e dos objetos contextualizando os 119 Tema apresentado no Curso de Estudos Aprofundados em Museologia no Semin rio proferido pela Professora Maria C lia Moura Santos em agosto de 2008 no Rio de Janeiro Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 132 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga com dados obtidos por meio de pesquisas que mostravam al m do objeto em si caracter stic
291. iga o com a mem ria e nas a es educativas trabalhando o patrim nio cultural com a comunidade Mas necess rio que o posicionamento pol tico da institui o assuma a miss o de viabilizar este compromisso social Meneses 1979 v a hist ria e a identidade como importantes ferramentas para se trabalhar a forma o cr tica Segundo o autor identidade e hist ria n o podem ser objetivos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 124 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga de um museu mas objetos seus de tratamento cr tico at mesmo para fundamentar uma a o educacional leg tima e socialmente fecunda 1979 p 95 Sob esta tica trabalhar os objetos de modo a somente atribuir lhes dados que servir o no m ximo para preencher question rios de pesquisa desdenhar da capacidade de comunica o do acervo Quando o objetivo da institui o propiciar reflex o importante agir no sentido de envolver o p blico criando possibilidades de identifica o com o exposto e com a constru o de conhecimento Bruno 2006 destaca duas a es fundamentais neste processo museol gico a interlocu o e a proje o A interlocu o a compreens o da rela o do homem com o seu patrim nio A proje o como a partir deste conhecimento s
292. igura 34 MAC Niter i Planta Figura 35 MAC Niter i Planta Figura 36 MAC Niter i Planta baixa subsolo Fonte baixa do 1 piso Fonte baixa do 1 piso www macniteroi com br www macniteroi com br Fonte www macniteroi com br A Pinacoteca do Estado de S o Paulo ocupa o pr dio do antigo Liceu de Artes e Of cios de S o Paulo desde 1905 tendo sido reformado em 1990 O arquiteto Paulo Mendes da Rocha fez uma proposta que como identifica Montaner transformou a tipologia do edif cio existente sim trico e acad mico em uma tipologia longitudinal e din mica Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 104 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Montaner 2003 p 55 As interven es s o facilmente identific veis pois a proposta era mostrar o que foi acrescido ao espa o original O Museu Brasileiro da Escultura MuBE outro projeto de Paulo Mendes da Rocha de 1986 95 em S o Paulo apresenta se como um lugar p blico uma pra a definida pelo grande p rtico e como cripta tesouro ou escava o arqueol gica na forma enterrada Montaner 2003 p 55 O projeto ao mesmo tempo que define o espa o f sico do museu devolve paisagem urbana o terreno em forma de pra a ora coberta e semi enterrada ora descoberta e livre como se a pr pria obra se constitu
293. ilberto Freire e Darcy Ribeiro Introdu o ou o enigma do chapeuzinho preto da Tese apresentada na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro para a obten o do grau de Doutor Chagas M 2003 Mem ria pol tica e pol tica de mem ria In R e Abreu Mem ria e Patrim nio pp 141 171 Rio de Janeiro DP amp A Choay F 2006 A alegoria do patrim nio 3 Edi o ed L V Machado Trans S o Paulo Esta o Liberdade UNESP Choay F 2006 4 alegoria do patrim nio S o Paulo Esta o Liberdade UNESP Comiss o de Planejamento da Constru o e da Mudan a da Capital Federal 2009 Edital para o Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil In F L Org Bras lia 1960 2010 passado presente e futuro pp 27 33 Bras lia Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Congresso Internacional de Arquitetos e T cnicos dos Monumentos Hist ricos 1964 Carta de Veneza Carta Internacional sobre a conserva o e o restauro de monumentos e s tios N 15 Veneza Edi es ULHT Corradini L 15 de Mar o de 2006 No hay que confundir memoria con historia dijo Pierre Nora La visi n del fil sofo y acad mico franc s Acesso em 10 de Abril de 2010 dispon vel em La Nacion com http www lanacion com ar nota asp nota 1d 788817 Costa L 1902 1998 Arquitetura Rio de Janeiro Jos Olympio Editora Costa L 2009 Bras lia revisitada 1985 1987 Comple
294. im possuem locais onde seguem seus rituais e que podem tam m ser chamados de lugares de mem ria Os ensinamentos s o passados de gera o a gera o e h uma valoriza o da fun o social da mem ria Os mais velhos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 114 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga cumprem o seu papel de mantenedores da heran a cultural Sem falar das comunidades que dividem o patrim nio entre seus membros Para Horta a mem ria individual familiar ou coletiva est na base ou na ess ncia daquilo que se convencionou chamar de patrim nio cultural Horta M L 2000 p 29 Ent o o que se pretende preservar o patrim nio cultural de uma sociedade por meio de objetos que constituem o vest gio da civiliza o Para Meneses 1980 uma das principais fun es do objeto a transfer ncia do invis vel para o vis vel sendo o invis vel tudo aquilo que n o est associado experi ncia concreta do observador O instrumento que secreta o invis vel por excel ncia a linguagem que a respons vel pela cultura a linguagem que o mecanismo de exerc cio da mem ria Sem a mem ria n o existiria a vida humana Sem mem ria toda atividade humana seria uma experi ncia a cada momento recome ada A mem ria
295. ina museol gica tais como coleta conserva o e pesquisa mas tem tamb m a preocupa o de se colocar a servi o da comunidade como forma de aproxima o dos povos com sua cultura contemplando tamb m os aspectos cient ficos socioculturais e econ micos Como o Encontro de Quebec aconteceu quinze anos depois do in cio destas experimenta es museol gicas foi poss vel discutir sobre as dificuldades os sucessos as possibilidades de a es e os entraves das experi ncias em curso Com rela o quest o do reconhecimento do movimento e a organiza o das reflex es te ricas dos projetos j implantados ficou acordado que a museologia ativa seria apresentada comunidade museal internacional O objetivo seria a obten o de seu reconhecimento como uma tipologia museol gica a fim de viabilizar parcerias com os poderes p blicos e a cria o de duas estruturas permanentes o Comit Internacional Ecomuseus Museus Comunit rios no quadro do ICOM e uma federa o internacional com sede provis ria em Quebec possivelmente associada ao ICOM e ICOMOS com a miss o de elaborar sua estrutura e objetivos al m de um plano trienal de encontros e de colabora o internacional Para Santos o surgimento da Nova Museologia pode ser visto como uma resposta s demandas da sociedade que se viu capaz de se mobilizar de forma organizada cr tica e reflexiva de definir metas de a o que promovessem sua melhoria social e que viu na
296. inuar tendo acesso a eles para admir los Apesar destas a es pouco ortodoxas aos olhos 39 i As de hoje a igreja conseguiu conservar muitos monumentos com finalidades religiosas Foi no Renascimento contudo que os humanistas atribu ram uma dimens o hist rica aos monumentos pois encontraram nos vest gios da Roma Antiga a confirma o do que fora escrito pelos historiadores Os t mulos dos romanos e os vest gios de sua antiga magnific ncia que vemos nossa volta nos ensinam a dar cr dito aos testemunhos dos historiadores latinos que com toda a certeza de outro modo nos pareceriam menos cr veis Alberti apud Choay 2006 p 46 A aprecia o dos monumentos pelo seu valor art stico s teve in cio entre os s culos XIV e XV quando escultores e arquitetos passaram a investigar a arte antiga procurando compreender suas rela es formais com base na geometria no ritmo na escala na simetria e 37 O humanista italiano Leon Battista Alberti nasceu em G nova em 1404 Te rico da arte e da arquitetura escreveu o tratado De re aedificatoria libri decem finalizado em 1452 onde exp s suas reflex es sobre o papel do arquiteto e a fun o da arquitetura O ltimo dos dez livros foi dedicado s t cnicas de conserva o dos edif cios existentes Biermann Gr nert amp Jobst 2006 No tratado fez uma leitura multidisciplinar da Roma Antiga e para Choay inaugurou a historiografia da arq
297. io Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga compreens o de seu significado O trin mio homem objeto cen rio passa a ser visto como sociedade patrim nio territ rio Neste processo de forma o do conceito de patrim nio cultural percebeu se o amadurecimento de seu entendimento e o reconhecimento de sua import ncia na valoriza o da identidade dos povos 1 1 1 O processo de reconhecimento do patrim nio cultural Patrim nio em sua origem etimol gica significa os bens herdados dos pais pelos filhos Ferreira 1975 mas com o passar dos tempos o termo foi ganhando novos significados que variam de acordo com os adjetivos que lhe s o atribu dos Sua abrang ncia tamb m foi estendida pois saiu da circunscri o familiar e passou a ser visto tamb m como atributo do Estado ou seja passou da esfera privada para a coletiva A UNESCO estabeleceu na Confer ncia Geral realizada em Paris em 1972 o conceito de Patrim nio Cultural e Natural como sendo o seguinte Os monumentos obras arquitet nicas de escultura ou de pintura monumentais elementos ou estruturas de car ter arqueol gico inscri es cavernas e grupos de elementos que tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da historia da arte ou da ci ncia os conjuntos grupos de constru es isoladas ou reunidas cuja arquitetura unidade e integra o na paisagem lhes confiram um valor universal
298. io Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga na constru o destes cat logos Eram religiosos m dicos diplomatas juristas artistas enfim eram colecionadores eruditos que passaram a ser conhecidos como antiqu rios e armazenavam tanto os objetos como volumes com informa es e ilustra es sobre eles Alguns destes exemplares foram publicados na Europa e serviram de base para debates entre estudiosos de diversos pa ses pois eram traduzidos para v rias l nguas Os monast rios tiveram um importante papel na manuten o do acervo escrito As catedrais guardavam e expunham obras de arte contribuindo para a forma o de uma cultura local Choay 2006 lembra tamb m a importante participa o de Montfaucon que a partir de 1719 passou a publicar Monuments de la Monarchie Fran aise e ainda estimulou os eruditos a documentarem os achados iconogr ficos a fim de identificarem particularidades dos diversos povos europeus fato importante na atribui o de valores identit rios que possibilitaram o reconhecimento da produ o art stica de determinadas comunidades Os estudos sobre as antiguidades come aram a ser feitos com base em documentos cient ficos com descri es minuciosas e confi veis dos objetos que aliadas s ilustra es permitiam a compara o entre objetos semelhantes ou do mesmo autor a fim de elaborar cronologias tipologias e compreender as maneiras de e
299. io cultural pol ticas e perspectivas Meneses U T 1979 Educa o e Museus sedu o riscos e ilus es Ci ncias amp Letras Revista da Faculdade Porto Alegrense de Educa o Ci ncias e Letras 91 101 Minist rio da Cultura IPHAN s d Sobre o IPHAN Acesso em 15 de Julho de 2011 dispon vel em Site do IPHAN http www iphan gov br Minist rio da Cultura Janeiro de 2009 Attp www cultura gov br Acesso em 20 de Mar o de 2010 dispon vel em Minist rio da Cultura http www cultura gov br site 2009 01 21 presidente lula sanciona criacao do instituto brasileiro de museus ibram Minist rio da Cultura s d Sobre o programa Monumenta Acesso em 22 de Mar o de 2011 dispon vel em Site do Programa Monumenta http www monumenta gov br Minist rio do Turismo s d Sobre o Minist rio do Turismo Acesso em 22 de Mar o de 2010 dispon vel em Site do Minist rio do Turismo http www turismo gov br MINOM 1984 Declara o de Quebec Z Atelier Internacional Ecomuseus Nova Museologia N 15 pp 223 225 Lisboa Edi es ULHT Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 238 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Moneo R 2008 Inguieta o te rica e estrat gia projetual na obra de oito arquitetos contempor neos F Coddou Trans
300. ionava onde informa o que tampouco eram de conhecimento dos funcion rios da casa que s sabem parcialmente como se dava esta ocupa o Quando se entra no conjunto n o h 176 A EPIA Estrada Parque Ind stria e Abastecimento uma via de tr fego intenso e pesado Sua presen a dificulta a liga o entre a Candangol ndia e o MVMC Existe uma passarela de pedestre mas n o h linha de nibus que fa a este curto trajeto com frequ ncia Por esta raz o apesar de estarem pr ximos o acesso muito dif cil o que inviabiliza a apropria o do excelente espa o do museu para a comunidade adjacente Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 170 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga indica o nas fachadas ou internamente da fun o das casinhas Muito menos de como elas eram antes das v rias interven es As oficinas tamb m n o deixam transparecer por nenhum meio a instala o dos funcion rios que a viviam O mesmo acontece dentro do hospital Fica claro que houve uma interven o mas n o se consegue identificar o que original e quais adapta es foram feitas Em suma foram diagnosticados os seguintes problemas a serem solucionados pelas a es museol gicas Em rela o comunidade principalmente dificuldade de acesso f sico ao museu po
301. ios onde atualmente est instalado o Museu da Escola de Amsterd A proposta arquitet nica foi considerada muito luxuosa na poca da constru o mas os apartamentos possuem 2 ou 3 quartos com sala cozinha e um banheiro sendo os c modos de dimens es reduzidas Em 1968 os edif cios que estavam em p ssimas condi es foram revitalizados e uma das unidades est aberta desde ent o a visita o p blica O tema do museu justamente a arquitetura do lugar refer ncia do pensamento da poca e que possibilitou a valoriza o da identidade local um exemplo claro da utiliza o do Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 127 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga patrim nio arquitet nico musealizado que causa orgulho aos moradores de uma rea da periferia A compreens o da cidade importante na forma o das pessoas Trabalhar conceitos de cidadania e de inclus o social por meio da cultura e da educa o pode ser facilitado se no discurso dos museus estiver presente a fala do patrim nio arquitet nico como uma aula da hist ria da cidade do espa o p blico das rela es sociais e da forma o da sociedade Estes aspectos podem contribuir para a reflex o cr tica e para a forma o de cidad os mais conscientes de suas possibilidades enquanto part
302. ios importantes come aram a ser ocupados para fins museol gicos tornando ainda mais premente a necessidade de organiza o t cnica dos acervos e a separa o entre as reas de exposi es de estudo de guarda al m do necess rio aporte s atividades educacionais e de a es pedag gicas Todas estas preocupa es foram refletidas nos projetos de arquitetura Na poca estavam consolidadas tr s tipologias muse sticas museu de arte museu de ci ncias naturais e museu arqueol gico tienne Louis Boull e em seu livro Architectura Ensayo sobre a arte de 1783 apresentou a tem tica dos projetos para museus por meio de um desenho ainda vago Kiefer 2000 sem muitas especifica es Figura 05 demonstrando quanto ainda era desconhecido o caminho para solucionar os espa os destinados essa fun o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 84 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga No s c XIX o acesso do grande p blico s cole es passou a ser politicamente importante Neste per odo foram criados por arquitetos de prest gio edif cios monumentais para abrigar os novos museus Alguns pa ses como Fran a e It lia utilizaram antigos pal cios e outras constru es com refer ncias cl ssicas Em Berlim Munique e Viena foram constru dos conj
303. is As informa es disponibilizadas devem ter linguagem apropriada a cada p blico alvo e ser ligadas a preserva o e valoriza o do s tio e da comunidade al m de se destinar a subsidiar capacita es para o setor tur stico e de educa o patrimonial com o fim de estreitar as rela es entre a comunidade e seus visitantes 5 A articula o com outras edifica es hist ricas como o Catetinho e a igreja do Padre Roque ou S o Jo o Oper rio de um circuito de nibus tur stico uma vez por semana como op o de turismo cultural hist rico 6 O envio de informa es do museu para revistas especializadas atingindo n o apenas turistas mas tamb m estudiosos 7 A elabora o de mapas explicativos do circuito do museu e 8 A organiza o de um cat logo da Exposi o de Longa Dura o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 212 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Cap tulo 4 TRABALHANDO O PATRIM NIO ARQUITET NICO COMO ACERVO Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 213 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Este cap tulo pensa o patrim nio arquitet nico como acervo a partir da
304. is na educa o formal e n o formal E finalmente Maria Cristina Oliveira Bruno cujos textosexpressam grande preocupa o com a apropria o por parte do p blico das refer ncias patrimoniais Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 29 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Muitos outros autores colaboraram para a composi o desta tese mas estes de algum modo deixaram marcas mais profundas nas escolhas feitas neste percurso O intuito foi promover o di logo dos conceitos com a pr tica museol gica inserindo o patrim nio arquitet nico no discurso do museu Estes dois primeiros cap tulos formam o arcabou o te rico da Pesquisa A o que toma forma no cap tulo 3 O Cap tulo 3 Musealiza o do acervo arquitet nico tem in cio com a apresenta o de Bras lia como cidade Patrim nio Cultura da Humanidade onde est inserido o Museu Vivo da Mem ria Candanga estudo de caso do presente trabalho Em seguida discutida a aplica o da metodologia desenvolvida com foco na musealiza o do acervo arquitet nico do referido museu e o projeto desenvolvido com sua aplica o pr tica A metodologia utilizada no desenvolvimento dos capitulos 3 e 4 foi a Pesquisa A o que segundo Severino 2008 busca a compreens o de uma realidade visando a sua interven
305. isfatoriamente e sem esfor o as fun es vitais pr prias de uma cidade moderna qualquer n o apenas como urbs mas como civitas possuidora dos atributos inerentes a uma 133 O artigo O Aleijadinho e a arquitetura brasileira causou pol mica ao comentar que a obra de Aleijadinho importante artista brasileiro do s c XVIII n o era condizente com o verdadeiro esp rito da arquitetura brasileira 134 Os texto a que o autor se refere s o Documenta o necess ria de 1937 Notas sobre a evolu o do mobili rio luso brasileiro de 1937 A arquitetura dos jesu tas no Brasil de 1941 e Considera es sobre o ensino da arquitetura de 1945 135 O memorial justificativo da proposta apresentada por Lucio Costa denominado Relat rio do Plano Piloto de Bras lia inicia com a sugest o de Jos Bonif cio sobre a mudan a da capital para Goi s e a sugest o do nome da cidade Bras lia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 145 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga capital Costa L 2009 p 36 Desta forma assume o car ter monumental que defende para a cidade capital ao mesmo tempo em que lembra sua visita a Diamantina quando enxergou o passado genuinamente brasileiro Ao lado dos eixos e das perspectivas de Paris dos grandes gramados ingleses
306. ist ncia entre a educa o formal e a n o formal Para Horta a forma o dos novos conceitos depende do que se tem armazenado ao longo da vida e o educador pode enriquecer e organizar o acervo registrado na mem ria Pertencem a esse acervo palavras ideias imagens sensa es odores gostos sentimentos e viv ncias que foram percebidos no meio ambiente sociocultural e interagiram no c rebro e na mem ria e contribu ram na forma o de conceitos de ideias de julgamentos e de novas formula es Este processo contribui para a organiza o e forma o do pensamento consciente da reflex o da an lise cr tica que nos permite tomar decis es e chegar a conclus es em nossa vida cotidiana Horta M L 2000 p 28 Santos entende como fato museal a qualifica o da cultura em um processo interativo de a es de pesquisa preserva o e comunica o objetivando a constru o de uma nova pr tica social Santos M 2001 e afirma que no processo de musealiza o Pesquisa Preserva o e Comunica o fundamental a intera o do patrim nio cultural com os sujeitos sociais Ela acredita que somente quando o acervo institucional e operacional for visto como parte do processo de musealiza o e que haver verdadeiramente uma apropria o difus o e frui o do patrim nio cultural visando constru o de uma nova pol tica social Estas quest es est o presentes no que se entende por ed
307. it rios a partir da institui o museu tem sido uma dos grandes intentos da Sociomueselogia uma forma de manter viva a institui o que objetiva guardar a mem ria dos povos Com a inser o da arquitetura do museu no rol do acervo que recebe a es de comunica o pode se contribuir para a conquista deste objetivo uma vez que a pr pria dimens o do objeto pode propiciar pela viv ncia de seu espa o uma experi ncia a mais na visita Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 129 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Para Guarnieri 1990 a institui o museol gica n o pode estar separada da vida e da realidade pois reconhece como um de seus pap is fundamentais a difus o de conhecimentos a fim de instigar a capacidade de reflex o e questionamento Ele acredita que a difus o do conhecimento cient fico e tecnol gico uma forma de alcan ar a independ ncia econ mica pol tica e cultural Guarnieri delega educa o primordial imprt ncia na independ ncia de um pa s de fato a possibilidade mais segura de emancipa o de uma na o Em poucas gera es pode se constatar a capacidade de soerguimento em bases s lidas e que tendem a melhorar com o passar dos anos Os frutos s o percebidos na melhoria de qualidade de vida da sociedade em geral e na diminu
308. itet nico no 5 Se a crian a conhece o MVMC e por meio de MVMC quem 6 Que conhecimento pr vio ela tem do museu 7 Em caso de j ter ido l se ela se sente representado no museu 1 Se ela apreendeu os aspectos mais relevantes SPSS Pesquisadora Question rio n 02 da hist ria do museu Gil Professoras dos alunos Aplicado 2 Se ela se orgulha de ter este monumento em do 3 e 4 Ano do posteriormente s sua cidade Ensino Fundamental de a es de 3 Seela acha importante respeitar os duas escolas e seus comunica o do monumentos alunos Patrim nio 4 Seela se sente representado no museu Arquitet nico no MVMC 1 Se os entrevistados j visitaram algum dos SPSS Pesquisadora Jovense Question rio n 03 principais monumentos de Bras lia Gil Adultos moradores do Aplicado 2 Qual o motivo da visita DF anteriormente s 3 Como os entrevistados percebem os principais a es de monumentos hist ricos da cidade comunica o do 4 Se os monumentos visitados representam algum Patrim nio v nculo identit rio com os entrevistados Arquitet nico do 5 Sej foram ao MVMC MVMC 6 Que conhecimento pr vio ele tem do museu 7 Como chegou at ele 8 Seele se sente representado no museu 1 Seo entrevistado se sentiu contemplado com as SPSS Pesquisadora Jovens e Question rio n 04 informa es que ele esperava obter no MVMC Adultos moradores do Aplicado Se ele percebeu a rela o do HJKO com a DF post
309. itetura quando esta se caracteriza como cen rio do fato museal e por conseguinte como primeiro acervo do museu Esta comunica o pode ser vista como mais um desafio fun o social do museu O Palazzo della Ragione um monumento cujas fun es n o s o for osamente leg veis do exterior Os monumentos deste g nero s o pontos culminantes indispens veis a qualquer cidade O seu vigor expressivo a sua import ncia para a constitui o fision mica e identit ria da cidade n o resultam da fun o pelo menos em primeiro lugar mas da forma O grande objetivo de Rossi voltar a dar ao monumento aquilo que o funcionalismo o privara a forma significativa a forma decisiva Evers 2006 p 530 Um arquiteto que traduziu na pr tica o seu discurso te rico quanto comunica o e a participa o da comunidade no processo de projeto foi o italiano Giancarlo de Carlo Sempre em busca do car ter pol tico da arquitetura trabalhou com a participa o dos usu rios no processo de projeto sem perder o seu lugar de autor da proposta mas procurando fazer a leitura dos contextos urbanos Foi ativista pol tico e formou se primeiro em engenharia Participou do Team X pois encontrava se descontente com os postulados funcionalistas dos CIAM Para ele habitar implica pertencer a um lugar E esta leitura do contexto feita por meio do entendimento da natureza f sica e espacial do lugar da percep o que as pessoas t m
310. ivo da Mem ria Candanga lanchonete No local do antigo hspital fica a sala da exposi o de longa dura o Poeira Lona e Concreto e duas salas de exposi es tempor rias Na implanta o o espa o indicado com o 1 de informa o da poca da OSCIP era o necrot rio Os espa os 11 e 12 foram constru dos nesta mesma ocasi o para abrigar uma exposi o de carros antigos Este projeto ainda segue mesmo sem a aprova o dos que trabalham no museu somente no espa o 12 O espa o 11 funciona como dep sito assim como o antigo necrot rio A rea externa possui muitas rvores frut feras que comp em uma rea de lazer bastante agrad vel Este espa o utilizado eventualmente pelas professoras das escolas nas visitas Apesar do cuidado que houve com a preserva o do conceito original e com a adapta o da fun o para a museologia o museu n o tem autonomia para funcionar Por maior boa vontade que a gestora do museu tenha as atividades de manuten o e as pr ticas ligadas ao bom funcionamento da institui o esbarram em quest es de ordem pr tica 3 3 Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico do Museu Vivo da Mem ria Candanga necess rio buscar o restabelecimento dos v nculos das comunidades com seus monumentos para que sejam entendidos como aquilo que deveriam ser e o s o do ponto de vista etimol gico elementos portantes da mem ria coletiva Mem ria que deve ser percebida n
311. iza o aconteceu uma mudan a na forma de percep o recep o transmiss o dos saberes e da pr pria percep o hist rica que acabou Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 112 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga substituindo uma mem ria voltada para a heran a de sua pr pria intimidade pela pel cula ef mera da atualidade Nora 1981 p 08 Meneses evidencia que sempre se toma a mem ria como algo que necessariamente est no passado mas para o autor ela pode ser induzida e provocada pois a elabora o da mem ria se d no presente e para responder a solicita o do presente Meneses U 1979 p 93 Neste trabalho ser utilizado o conceito de mem ria de Pierre Nora A mem ria a vida sempre carregada por grupos vivos e nesse sentido ela est em permanente evolu o aberta dial tica da lembran a e do esquecimento inconsciente de suas deforma es sucessivas vulner vel a todos os usos e manipula es suscept vel de longas lat ncias e de repentinas revitaliza es Nora 1981 p 09 Acredita se que a mem ria n o morre com as gera es que a consolidam A mem ria mesmo documentada passa pelo filtro de quem a registra A pr pria hist ria n o a mesma se constru da sob diferentes olhares E a mem
312. l de Museus que tem por finalidade mapear e conectar os 2 500 museus brasileiros Em 2009 foi criado o Instituto Brasileiro de Museus IBRAM uma autarquia vinculada ao Minist rio da Cultura respons vel pelos museus federais e que busca a melhoria dos servi os a formula o de pol ticas relacionadas manuten o das entidades e a cria o de a es integradas entre os museus brasileiros Encontram se em rg os ligados cultura e ao patrim nio profissionais que acreditam que os museus t m a possibilidade de propor iniciativas que permitam o conhecimento o respeito e a aproxima o das comunidades com seu patrim nio cultural por meio de processos museol gicos Moutinho destaca a import ncia de se entender o museu como uma entidade prestadora de servi os Como tal deve lan ar m o de recursos t cnicos tecnol gicos e de marketing para conquistar o p blico Lembra que o produto do museu intang vel Sua produ o pode ou n o assentar se em bens materiais mas n o pode ser apropriada para consumo posterior elaborada e consumida em simult neo durante a visita Moutinho 2008 p 02 Esta vis o corrobora com a amplia o dos programas de necessidades dos museus na atualidade o que propicia uma utiliza o cada vez maior dos espa os f sicos das institui es museol gicas que representam importante papel no desenvolvimento social e na economia de alguns pa ses Nesta tese entende se a Sociomuseol
313. labora o das pe as ou dos monumentos Os desenhos tinham de ser feitos diante das obras originais para que o material iconogr fico tivesse maior credibilidade al m disso os antiqu rios solicitavam a mesma iconografia a diferentes artistas A medi o e a pesagem seguiam tamb m algumas normas para diminuir as possibilidades de erro nos registros Estas regras visavam imprimir mais confiabilidade aos estudos Portanto naturalistas e antiqu rios dependiam dos ilustradores para a cataloga o de suas cole es O monumento arquitet nico al m de cen rio dos acontecimentos suporte de inscri es pinturas e esculturas que evidenciam peculiaridades hist ricas pol ticas e sociais despertando o interesse pela sua preserva o No s culo XVIII com as escava es de Pompeia Herculano Pesto e outros s tios foi ampliado o escopo dos estudos que passaram a incluir o espa o urbano 4 Pompeia e Herculano foram cidades romanas destru das em 79 d C por uma erup o do vulc o Ves vio que acabou por cobri las com cinzas Os primeiros vest gios foram encontrados entre os anos de 1594 e 1600 Mas foi partir de 1748 com Carlos de Bourbon Rei de N poles que foram iniciadas as escava es arqueol gicas de forma ininterrupta E Pesto ou Paestum foi fundada pelos gregos no s culo VI a C conquistada pelos romanos em 273 aC e abandonada possivelmente por um surto de mal ria A cidade foi descoberta por ocasi
314. lano Piloto ou seja mais distantes do local aqueles que tinham conhecimento pr vio o adquiriram principalmente por meio dos professores enquanto que os da Candangol ndia receberam mais informa es dos pais av s e amigos Este fato pode ser atribu do rela o que muitas pessoas da comunidade possuem com o antigo hospital Al m do fato de as pessoas que ocupavam a rea do antigo HJKO terem sido removidas para a Candangol ndia como foi explicado anteriormente h o fato de o hospital ter funcionadou at 1974 como posto de sa de da rea 188 n o PRE Os question rios encontram se no ap ndice da tese Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 206 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga E Escola Plano Piloto E Escola Candangol ndia Figura 100 Question rio aplicado a frequentadores do MVMC Resultados Gr fico com a forma de conhecimento pr vio do MVMC por parte dos entrevistados nas escolas Quanto pergunta sobre o que funcionava no MVMC enquanto nenhum aluno do Plano Piloto acertou 54 dos alunos da Candangol ndia respondeu que era um hospital o que mostrou mais uma vez que apesar da pouca visita o o antigo hospital est presente na mem ria da comunidade Nas v rias visitas escola surgiram pessoas que conheciam outr
315. lar contra o Instituto de Administra o Financeira de Previd ncia e Assist ncia Social IAPAS que ordenara a demoli o do HJKO em 1985 o Segundo o Dicion rio Michaellis candango o trabalhador bra al vindo de fora da regi o como se designam os trabalhadores comuns que participaram da constru o de Bras lia Esta palavra de origem africana era utilizada pelos negros para designar os portugueses Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 149 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga No vazio do planalto central chegava gente de todos os estados do pa s para trabalhar principalmente na constru o civil Os candangos foram se instalando em acampamentos e vilas improvisadas pelas construtoras e pela Companhia de Urbaniza o da Nova Capital a Novacap Para dar apoio a todos os trabalhadores que viviam a intensa rotina da constru o foi erguido ao lado de um destes assentamentos pretensamente provis rios tamb m em 1957 o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira HJKO posteriormente transformado no Museu Vivo da Mem ria Candanga MVMC O primeiro n cleo de apoio constru o da cidade teve in cio ainda em 1956 com a constru o do barrac o da Novacap Figura 46 um caixa forte onde ficava o pagamento dos trabalhadores a Lonal ndia um post
316. legiados da cidade mas passou por profundas transforma es tornando se um bairro de passagem e com rcio Para al m da casa e do terreno outros temas que envolvem a ocupa o da cidade como o transporte a especula o imobili ria e a escolha dos investimentos p blicos na rea poderiam ser explorados na visita Funda o se o patrim nio arquitet nico fosse trabalhado Nesta tese o termo arquitetura refere se n o s ao edif cio constru do em si mas sua inser o urbana e seu valor como elemento formador do espa o da cidade Este tema est discutido e contemplado no Cap tulo 1 2 O tema da Sociomuseologia est contemplado no Cap tulo 1 A Funda o Casa de Rui Barbosa est localizada no antigo bairro de Botafogo na cidade do Rio de Janeiro na casa onde o diplomata viveu de 1893 a 1923 Na p gina eletr nica podem ser encontradas muitas informa es sobre a casa e o morador www casaruibarbosa gov br 4 A autora arquiteta professora assistente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia FAUUnB e lecionou por tr s anos na Escola de Museologia da UniRio Considera se neste estudo como patrim nio arquitet nico n o somente a edifica o em si mas seu conte do urban stico pois o edif cio n o est isolado na cidade De acordo com o Manifesto de Amsterdam a Carta Europeia do Patrim nio Arquitet nico de outubro de 1975 o patrim nio arquitet nico europeu constitu
317. leiros de todos os lugares est o presentes na capital do meu pa s 5 Por que me sinto representada neste lugar como 1 2 3 4 5 6 cidad o 6 Por que quero conhecer mais sobre a hist ria do meu pa s T Porque me faz lembrar de algu m da minha fam lia 8 Por nenhum destes motivos TOG 2 3 4 S 6 12 Q3 11 Como voc acha que as visitas aos monumentos e museus poderiam ficar mais interessantes Sim N o Indiferente 1 Por meio de visitas guiadas com pessoas que expliquem a hist ria do 1 2 3 lugar 2 O 2 Pormeio de filmes e imagens 1 2 3 3 Com m sicas e poesias 1 2 3 4 Com depoimentos escritos ou falados de pessoas que vivenciaram fatos O 24 3 relacionados ao tema dos monumentos j i 5 Com transportes gratuitos para os lugares importantes da cidade tAE 2 3 6 N o preciso acrescentar nada s visitas 1 2 3 7 Com atividades para as crian as 1 2 3 8 Com atividades shows feiras e outras tipos para o p blico jovem e adulto 1 2 3 13 03 12 O que lhe desestimula a visitar monumentos e museus em sua cidade N o sei o que tem l de interessante Nunca sei se tem atividades interessantes para levar crian as al m das exposi es J fui e n o tenho motivo ou interesse de ir outra vez O transporte caro e dif cil N o entendo muito sobre lugares onde s v o pessoas cultas N o lugar para interagir com outras
318. leo Bandeirante na Candangol ndia na Vila Planalto e nas cidades sat lites Escultura Os Candangos de Bruno Giorgi Batizada originalmente pelo autor de Os guerreiros a escultura conhecida como Os Candangos pois foi concebida como uma homenagem a todos os trabalhadores da constru o de Bras lia Seus mais de oito metros de altura representando dois corpos em p est o fincados na Pra a dos Tr s Poderes Sem dirigir se especificamente a nenhum deles legislativo executivo ou judici rio lembra os o motivo pelo qual foram concebidos zelar pelo povo brasileiro Em todas as visitas guiadas este m dulo propiciou coment rios sobre familiares peculiaridades do dia a dia da poca sobre as dificuldades enfrentadas pelos que vieram aceitar o desafio da constru o Principalmente comentou se sobre a quest o de como estas pessoas que abandonaram suas cidades e vieram atendendo a um chamado do presidente JK para construir a nova capital ficaram repentinamente sem emprego e moradia Falou se muito sobre a falta de planejamento e de solu es eficientes para lidar com o fato Figura 96 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 10 do m dulo M o de obra M dulo Mem ria Este m dulo teria na parede 05 a proje o do filme intitulado Bras lia Contradi es de uma Cidade Nova de 1967 que trata da constru o da cidade e o destino dos milhares de trabalhadores que a constru ram e depois ficaram marge
319. lhacap entre outros 145 O acampamento da Lonal ndia recebeu este nome porque era formado por barracos feitos de lona 146 No SAPS eram servidas refei es para os trabalhadores a pre os simb licos 147 Com a cria o da Novacap foram feitos contatos com o Departamento Nacional de Endemias Rurais com o Instituto de Aposentadoria e Pens es dos Industri rios IAPI o Servi o Social da Ind stria SESI e o Servi o Nacional de Tuberculose e da Lepra Foi tamb m montado o Departamento de Sa de da Novacap sob a dire o do m dico Jairo de Almeida 148 A vacina o contra var ola tifo paratifo febre amarela poliomielite e tr plice era feita nos acampamentos nas cidades e munic pios vizinhos a fim de prevenir surtos epid micos As quatro primeiras vacinas citadas e o exame de abreugrafia eram obrigat rios entre os trabalhadores Nenhuma companhia podia dar emprego a um trabalhador que n o apresentasse a Carteira de Sa de 149 As Regi es Administrativas s o geridas por um administrador indicado pelo governador do DF Alguns pesquisadores as entendem como bairros Estas regi es eram entendidas como cidades sat lites Atualmente Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 150 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 46 Barrac o da Novacap 1957 Fonte Figura 4
320. liza o das principais obras ficou sem moradia e emprego Figura 49 A Secretaria de comp em o Distrito Federal 30 Regi es Administrativas A RA I a que se refere ao Plano Piloto e ao Parque Nacional 5 Os dados apresentados foram obtidos junto Administra o Regional do N cleo Bandeirante 5 Nesta poca os institutos previdenci rios estavam ligados s diferentes categorias e o IAPlera o mais expressivo deles Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 151 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A o Social instituiu a Comiss o de Erradica o de Invas es a CEI e promoveu uma campanha de esclarecimento da popula o sobre a import ncia de ir para reas com certa infraestrutura mesmo que mais distantes do Plano Piloto com a finalidade de evitar conflitos graves inclusive com derramamento de sangue que se tornaram frequentes durante a es de remo o de pessoas das chamadas reas de invas o Parte das fam lias que residiam no terreno do hospital foram transferidas para lotes com alguma infraestrutura b sica na cidade sat lite denominada Ceil ndia nome derivado da CEI Figura 50 Figura 49 Invas o do IAPI Fonte Arquivo P blico Figura 50 Instala o de barracos na Ceil ndia Fonte do DF Arquivo p blico do DF A estrutura dos acampament
321. loped throughout the research a Project of Musealization of the Architectural Patrimony for the Museu Vivo da Mem ria Candanga The thesis is concluded by highlighting the characteristics of architecture as a potential object of a museum capable of acting in museum processes aiming social inclusion identity recognition and practices related to citizenship and education about patrimony Keywords Architecture Museology Sociomuseology Museu Vivo da Mem ria Candanga Architectural Patrimony Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 9 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga ABREVIATURAS APA American Psychiatric Association BID Banco Interamericano de Desenvolvimento CAPES Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CEAM Curso de Estudos Avan ados em Museologia CHESF Companhia Hidrel trica de S o Francisco CIAM Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna CONDEPHAAT Conselho de Defesa do Patrim nio Hist rico Arqueol gico Art stico e Tur stico DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DEOBPS Departamento Estadual de Ordem Pol tica e Social DePHA Departamento do Patrim nio Hist rico e Art stico Distrito Federal Detran Departamento de Tr nsito DIGEPHAC Diretoria de Gest o do Patrim
322. ltural em todos os sentidos um grande desafio Mas um dos poss veis caminhos buscar refor ar la os identit rios com o patrim nio Segundo Bruno 2006 os processos museol gicos partem sempre de um conceito gerador que pode ser um vest gio uma problem tica social um dado cient fico um fato hist rico enfim um motivo para se refletir quest es preferencialmente pertinentes sociedade Quanto mais pr ximos estiverem das demandas sociais tanto maior ser a 1I Este conceito foi constru do com base na defini o de acervo do Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e dos escritos de Santos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 116 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga probabilidade de criar a es que tenham um entendimento maior por parte do p blico Mas al m da tem tica importante que os meios utilizados para comunicar o conte do expositivo estejam adequados ao p blico que se pretende atingir Neste sentido a es inovadoras que demandam criatividade e sensibilidade costumam captar a aten o do visitante S o atitudes que podem incrementar a participa o intera o do p blico pois agem com o fim de facilitar a compreens o da mensagem e das informa es que se quer passar fazendo uso de elementos que sensibilizem atinj
323. lus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga UNIVERSIDADE LUS FONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS Faculdade de Arquitetura Urbanismo e Artes Departamento de Museologia Programa de Doutoramento em Museologia Pesquisadora Respons vel Maria Cec lia Filgueiras Lima Gabriele Professora Assistente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Bras lia Orientador da Pesquisa Prof Dr Diogo da Silva Mateus Professor da Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias QUESTION RIO N 03 ANTERIOR VISITA GUIADA Jovens adultos e idosos moradores do Distrito Federal Os dados coletados por meio deste instrumento de avalia o ser o utilizados t o somente para fins de pesquisa acad mica Q3 1 Data Q3 2 Profiss o Q3 3 Nome Q3 4 Tel Q3 5 E mail Q3 6 Bairro ou Cidade onde mora Q3 7 Idade 1 Entre 13e 18 2 Entre 18e25 3 Entre 25e50 4 Entre50e75 5 Acimade 75 9 Q3 8 Dos monumentos de Bras lia listados abaixo quais voc j visitou Indique tamb m o n vel de satisfa o de sua visita Local Bom Regular Ruim 1 Esplanada dos Minist rios 1 2 3 2 Catetinho 1 2 3 3 Torrede TV 1 2 3 4 Catedral 1 2 3 5 Pal cio da Alvorada 1 2 3 6 Pra a dos Tr s Poderes 1 2 3 7 Memorial JK 1 2 3 8 Nenhum destes 1 2 3 10 Q3 9 Marque com um X o motivo de sua visita a este s l
324. m um museu que desfruta do lugar em que est inserido por meio de um projeto de arquitetura que conseguiu integrar os ambientes expositivos com a natureza privilegiada A escala humana e buc lica acolhe os visitantes Os espa os agrad veis unidos din mica do museu que disponibiliza uma s rie de lugares destinados a diferentes atividades permitiram a apropria o do local pelos moradores da cidade uma forma diferente nova e integradora de pensar o museu de arte moderna Em 1959 foi inaugurado o Museu Solomon Guggenheim em Nova York projeto do arquiteto Frank Lloyd Wright Considerado um paradigma de arquitetura e de interven o urbana o projeto pode ser lido como uma s ntese das id ias de Wright A inser o urbana do edif cio coaduna com o car ter antiurbano do autor do projeto pois medida que se fecha para o exterior nega o espa o urbano e tem a pretens o de valorizar o que est no interior do museu fazendo uma alus o caverna como protetora N o possui aberturas para a cidade Externamente emprega o dinamismo da forma que parece devolver terra a espiral que se movimenta A ideia subir ao ltimo pavimento pelo elevador e descer suavemente pela rampa interior banhada pela luz natural que entra pelo culo central e que ao mesmo tempo forma o espa o expositivo A rampa lugar de contempla o est tico e de descida movimento justamente neste ponto que a museologia faz sua maior cr
325. m ria do Pensamento Museol gico Contempor neo Documentos e Depoimentos M M Bruno Compiler Petr polis Horta M L 2000 Fundamentos da Educa o Patrimonial Ci ncias amp Letras Revista da Faculdade Porto Alegrense de educa o Ci ncias e Letras 25 35 ICOM 1992 Declara o de Caracas Cadernos de Sociomuseologia N 15 Edi es Lus fona ICOM 1995 Estatuto do ICOM Cadernos de Sociomuseologia N 15 ICOM 1972 Mesa Redonda de Santiago do Chile Cadernos de Sociomuseologia N 15 105 115 ICOMOS 1964 Carta de Veneza Cadernos de Sociomuseologia N 15 pp 105 110 Lisboa Edi es ULHT IPHAN 2001 Invent rio nacional de bens im veis S tios urbanos tombados Manual de preenchimento Vol 82 Bras lia Edi es do Senado Federal IPHAN DEPAM 2009 SICG Sistema Integrado de Conhecimento e Gest o Bras lia IPHAN Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 237 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Kiefer F Fevereiro de 2000 Arquitetura de Museus Acesso em 01 de Abril de 2010 dispon vel em Site da UFRGS PROPAR http www ufrgs br propar publicacoes ARQtextos PDFs revista 1 1 Kiefer pdf Kostof S 1996 Historia de la Arquitectura Alianza K hl B M 2009 Preserva o do patrim nio arquitet ni
326. m da moderniza o Proibido na poca de sua produ o o curta foi recentemente restaurado Al m deste outras reportagens sobre os cinquenta anos da capital e uma exposi o com livros sobre a cidade deveriam compor o m dulo mas sua implementa o n o foi poss vel por falta de apoio log stico Implanta o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 203 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Finalizando a exposi o na parede 12 Figura 97 est exposto o Projeto Cidade Livre do arquiteto Silvio Cavalcante que pensou que este espa o poderia ser um equipamento cultural como um dos equipamentos culturais para a rea do Museu Vivo da Mem ria Candanga Desta forma mostra se sociedade o produto de um trabalho realizado por anos dentro do espa o do acampamento HJKO para a comunidade do entorno do Distrito Federal e por que n o dizer de todos os brasileiros Afinal os brasilienses se formaram a partir de pessoas que vieram de todas as regi es do Brasil A seguir o Texto 12 O projeto de adapta o da estrutura hospitalar em museu foi desenvolvido pelo DePHA DF sob a orienta o do arquiteto Silvio Cavalcante com a colabora o dos arquitetos Ant nio Menezes Junior e Carlos Madson Reis A situa o das edifica es era bastante prec ria por conta
327. m infraestrutura urbana adequada e Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 152 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga reconhecimento do Estado Por outro lado houve a descaracteriza o do modo de vida dos assentamentos iniciais Constru do em madeira o hospital Hospital Juscelino Kubistcheck de Oliveira HJKO tamb m tinha um car ter provis rio pois a inten o era destru lo ap s a inaugura o da capital A constru o do hospital levou 60 dias e embora sua conclus o tenha ocorrido em fins de janeiro de 1957 sua inaugura o aconteceu somente em 06 de julho de 1957 quando a instala o dos servi os hospitalares achava se conclu da possibilitando o seu funcionamento O pice da constru o de Bras lia foi entre os anos 1957 e 1960 e o HJKO foi um importante equipamento de apoio popula o que crescia rapidamente nos primeiros acampamentos Concebido como hospital de campanha o HJKO possu a 50 leitos e fazia atendimentos em cl nica m dica cl nica cir rgica pediatria obstetr cia raios X laborat rio servi os de enfermagem pronto socorro maternidade e sala de gesso Al m da administra o fazia parte da edifica o um setor de apoio como lavanderia cozinha refeit rio rea de isolamento instituto m dico legal e capela A
328. m ler ou que n o compreendem plantas ou n o podem ver fazendo uso de linguagens como maquetes auriculares v deos e imagens em tr s dimens es al m do treinamento dos agentes educativos da institui o 2 Estas a es podem ser encontradas em museus comunit rios e museus de territ rio como o caso do Museu Did tico Comunit rio de Itapo e Museu Did tico Comunit rio em Chodeleg no Equador apresentados no Cap tulo 1 13 Muito embora o recorte deste trabalho tenha foco nas institui es museol gicas acredita se que as a es de comunica o a serem discutidas e sugeridas na tese podem ser aplicadas em outros espa os arquitet nicos 14 Mesmo em um museu de pr ticas tradicionais poss vel que haja a preocupa o com a integra o social por m pela pr tica percebe se que n o comum encontrar a es desta natureza 5 A Carta de Atenas foi redigida pela Sociedade das Na es e Escrit rio Internacional dos Museus em outubro de 1931 durante o I Congresso Internacional de Arquitectos e T cnicos em Monumentos O tema do encontro foi a prote o a monumentos hist ricos sujeitos a amea as externas Este documento visto como a primeira normatiza o internacional dedicada essencialmente ao patrim nio e que reflete as quest es relacionadas ao restauro de monumentos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 24 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Pat
329. m seu valor est tico Esta forma de ver os monumentos nem sempre era partilhada pelos ilustrados humanistas De acordo com Choay 2006 para os historiadores a s ntese do que ela chama de abordagem art stica e letrada ter se ia concretizado em fins do s culo XIV quando os artistas procuravam sensibilizar o olhar dos humanistas Eles por sua vez apresentavam aos escultores e arquitetos dentro de uma perspectiva hist rica os valores e a riqueza da cultura grecorromana influenciando sua percep o das formas cl ssicas Apesar desta simbiose entre o olhar do erudito humanista e a sensibilidade do artista foi o conhecimento hist rico que prevaleceu como definidor dos exemplares a serem considerados importantes Enquanto os objetos m veis eram colecionados por intelectuais humanistas pr ncipes e artistas em suas pr prias casas nos jardins ou ainda em locais reservados para sua aprecia o a preserva o das obras arquitet nicas estava atrelada a quest es pol ticas A forma corrente de preserva o de Roma que vinha sendo demolida a passos largos era o reaproveitamento de pe as como colunas e pedras de edifica es sem uso na constru o de novas Somente com a percep o da arquitetura como obra art stica que os papas come aram a instituir leis reguladoras e multas para os que praticassem a es y So 2 F 42 destruidoras No entanto a mesma m o que definia a penalidade cometia as infra es
330. ma met dica estudou a cidade a partir de diversos pontos de vista antropol gico psicol gico geogr fico art stico econ mico e pol tico Para Rossi a arquitetura se prop e a criar ambientes mais favor veis s atividades humanas com uma n tida intencionalidade est tica Em sua teoria a cidade compreendida como arquitetura no sentido de constru o de cria o do ambiente em que vive a comunidade Portanto a arquitetura coletiva j que na rela o que h entre o que particular ou privado e o que p blico que a cidade vai sendo formada e as constru es nicas ou particulares v o tomando forma como objeto da comunidade A cidade ou sua arquitetura faz se coletivamente e cresce de acordo com novas necessidades mas dentro de uma l gica que deve estar relacionada com sua consci ncia e com a mem ria de si mesma embora novos motivos de desenvolvimento surjam medida de seu crescimento Neste contexto Os monumentos sinais da vontade coletiva expressos atrav s dos princ pios da arquitetura parecem colocar se como elementos prim rios pontos de refer ncia da din mica urbana Rossi 2001 p 04 Em Rossi a cidade pode ser vista sob dois ngulos diferentes como um grande artefato de engenharia e arquitetura que cresce com o tempo ou como fatos urbanos que possuem uma forma pr pria No entanto ele ressalta a import ncia de se perceber que a cidade na verdade um aspecto de
331. magens das chamadas do Presidente JK para os trabalhadores de todo o pa s virem trabalhar na constru o da nova capital al m de documentos que tratam da admiss o dos funcion rios as regras o almo o a rotina e folhas com os nomes de alguns deles Um totem na frente cont m m sicas e propagandas da poca da constru o da cidade e imagens do com rcio na Cidade Livre EU oo L L pa Figura 75 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 03 Na parede 04 Figura 76 seguindo o mesmo esquema da parede 02 h um grande painel com imagens das moradias antes e depois de 1960 e dos diferentes locais de trabalho dos trabalhadores da constru o e seus familiares O texto do m dulo enfatiza a diferen a de sal rios e de condi es de vida depois da inaugura o da cidade Como o governo pensou a vinda dos candangos e o que seria deles depois da finaliza o das principais obras da capital aquelas que viabilizaram a transfer ncia da m quina administrativa A demanda de empregadores diminuiu bastante e junto com ela o n vel dos sal rios oferecidos Esta dif cil situa o marcou os primeiros anos da d cada de 1960 refletindo de forma preocupante na forma o das cidades do entorno que registram altos ndices de viol ncia e problemas sociais Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 183 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim
332. manidades e Tecnologias Departamento de Museologia XI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ficha M301 Cadastro de bens M DULO CADASTRO 1 IDENTIFICA O 1 5 Recorte Territorial Identifica o da regi o estudada 1 2 Recorte Tem tico Identifica o do tema do estudo 1 3 Identifica o do Bem denomina o oficial denomina o popular outras 1 4 C digo Identificador denomina es Iphan 2 LOCALIZA O DO UNIVERSO OBJETO DE AN LISE 2 1 UF 2 2 Munic pio 2 3 Localidade 2 4 Endere o Completo logradouro n complemento 2 5 C digo Postal 2e coordenados 3 PROPRIEDADE Geogr ficas Latitude P blica 3 1 Identifica o do Propriet rio Longitude Privada Altitude m Mista 3 2 Contatos Erro Horiz m Outra 6 PROTE O 7 PROTE O 4 NATUREZA DO BEM 5 CONTEXTO EXISTENTE PROPOSTA Bem arqueol dic Rural Patrim nio Patrim nio q g mundial mundial Bem paleontol gico Urbano si F a Federal individual individual Patrim nio natural Entorno Federal Federal conjunto preservado conjunto Bem im vel Entorno alterado E das E rg gds E dd individual individual Bem m vel Forma conjunto Estadual Estadual conjunto conjunto Municipal Muni
333. mar uma base de informa es para a constru o de uma Rede de Prote o do Patrim nio em todos os estados e munic pios Entende se por Invent rio de Conhecimento ou de varredura qualquer estudo que vise conhecer o universo de bens culturais de determinada regi o ou relacionados com determinado tema visando a identifica o e o cadastro das ocorr ncias materiais ainda existentes e apontando para a necessidade de estudos mais detalhados como aqueles voltados para o registro das manifesta es culturais imateriais Os invent rios de conhecimento ou varredura funcionam como um mapeamento abrangente do patrim nio cultural cujo objetivo final sua prote o e valoriza o IPHAN DEPAM 2009 p 11 Estes Invent rios de Conhecimento t m o objetivo de identificar o conjunto de bens culturais de determinada regi o ou tema com o cadastramento das ocorr ncias materiais existentes e a poss vel necessidade de aprofundamento de tais evid ncias visando o registro das manifesta es culturais imateriais possibilitando o mapeamento destas manifesta es sua prote o e valoriza o As Redes de Patrim nio revelam se ent o como instrumentos de 195 E 3 Da l ai 5 As frentes de pesquisa apontavam para outros temas como caminhos hist ricos migra o japonesa e teuto brasileira paisagem cultural arquitetura ferrovi ria entre v rias outras Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento
334. mas que afetam diretamente a sa de e a autoestima do grupo social 2 O International Comit e for Museology ICOFOM foi criado em 1977 no intuito de contribuir com a pesquisa o estudo e a difus o das bases te ricas da museologia Atua promovendo encontros cient ficos em diferentes pa ses a fim de propiciar o interc mbio entre os profissionais da rea 30 Esta experi ncia aconteceu em Uruguaiana 1976 no Rio Grande do Sul com a constru o do Museu Crioulo primeiro museu comunit rio do Brasil com a participa o efetiva da comunidade em sua montagem Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 38 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga de Quebec Princ pios de Base de uma Nova Museologia Em 1985 em Lisboa no II Encontro Internacional Nova Museologia Museus Locais foi efetivamente criado o Movimento Internacional para a Nova Museologia MINOM que em 1986 passou a ser reconhecido como organiza o afiliada do ICOM Primo 1999 identifica como essencial no MINOM a interdisciplinaridade o car ter social e o valor atribu do s pesquisas e interpreta o no contexto museol gico A museologia assumiu como objetivo o desenvolvimento comunit rio e n o s a preserva o de artefactos materiais de civiliza es passadas Primo 1999 p 13 Na
335. meios de difus o dos progressos das reas cient ficas tecnol gicas e culturais trabalhando junto aos minist rios de educa o e cultura participando da elabora o de materiais did ticos sobre a hist ria e os problemas a serem enfrentados pelas cidades em desenvolvimento na Am rica Latina tendo sempre como objetivo atingir o maior p blico poss vel Estas propostas refletem a conscientiza o da grande dist ncia existente entre o papel dos museus nos pa ses que se desenvolviam a passos largos na Europa e na Am rica do Norte e nas sociedades que caminhavam ao largo de tal crescimento nos pa ses da Am rica Latina No mesmo documento o Comit do ICOM 1972 enfatizou a import ncia da 5 id s Srs po DS a RE E institui o museol gica na forma o da consci ncia das comunidades como agente capaz de possibilitar a reflex o da situa o presente por meio da difus o do conhecimento e da proposi o de an lise do passado fomentando a cria o de a es que promovam melhorias das condi es sociais Esse fazer museol gico estava mais pr ximo da realidade de acordo com as reflex es apontadas no encontro de Santiago e evidenciou tanto a import ncia da inclus o da 25 De acordo com o ICOM at este momento o Museu era definido como uma institui o permanente sem finalidade lucrativa ao servi o da sociedade e do seu desenvolvimento aberta ao p blico e que realiza investiga es que dizem res
336. menta o preserva o adensamento e expans o urbana In F L Org Bras lia 1960 2010 passado presente e futuro pp 69 77 Brasilia Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Costa L 2009 Relat rio do Plano Piloto de Bras lia In F L Org Bras lia 1960 2010 passado presente e futuro pp 35 43 Bras lia Costa M E 2001 Com a palavra Lucio Costa Rio de Janeiro Aeroplano Costa M E amp Lima A V 2009 Bras lia 57 85 do plano piloto ao Plano Piloto In F L Org Bras lia 1960 2010 passado presente e futuro pp 45 67 Bras lia Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente DePHA 2007 Museu Vivo da Mem ria Candanga Dicion rio Acad mico de Direito Evers B 2006 Teoria da Arquitetura do Renascimento at aos nossos dias M d Bol o Trad Colonia Taschen Fernandes J R 1993 Educa o Patrimonial e Cidadania uma proposta alternativa para o ensino de Hist ria Revista Brasileira de Hist ria N 13 25 26 265 276 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 236 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ferreira A H 1975 Novo Dicion rio da L ngua Portuguesa Rio de Janeiro Nova Fronteira Fonseca M 2003 Para al m da pedra e cal por uma concep o
337. mente aos que trabalharam e moraram no terreno do HJKO Somente aos que moraram nos acampamentos da constru o de Bras lia A voc ou sua fam lia Ao JK A ningu m apenas mais um museu cheio de coisas antigas que foram preservadas O OLN D 25 Q3 11 Voc se sentiu representado no Museu Vivo da Mem ria Candanga Sim N o 26 Q3 12 De que forma 7 Na hist ria da constru o da capital do seu pa s 8 Porque voc reconheceu pessoas nas imagens apresentadas 9 Porque viu a evolu o da cidade desde os acampamentos pioneiros at hoje e que estes fatos est o ligados ao seu cotidiano 10 Porque viu como importante valorizar a hist ria da cidade para entender os espa os de hoje 11 Porque importante passar a hist ria dos lugares para as gera es posteriores e voc se considera da gera o representada ou descendente dela 12 Porque o museu est tratando de trabalhadores comuns de pessoas que como voc t m de ultrapassar as barreiras do cotidiano 27 Q3 13 Vir ao Museu Vivo da Mem ria Candanga desperta em voc quais sentimentos Vontade de saber mais sobre a hist ria da cidade Orgulho por ver resgatado a mem ria destes trabalhadores Orgulho por ter um monumento destes na cidade em que vive Orgulho de ser brasileiro Vergonha de ser brasileiro Alegria por se sentir retratado no povo trabalhador de que trata o museu Tristeza por n o se sentir representado neste museu Lembran a de s
338. mento emitido no I Atelier Ecomuseus Nova Museologia ou a Declara o de Quebec e tem contribu do com a forma o continuada de profissionais para atuar nos museus e rg os de fomento da cultura principalmente nos pa ses de l ngua portuguesa Implementou cursos de Segundo e Terceiro Ciclo em Museologia onde foi estabelecido o conceito de Sociomuseologia e s o desenvolvidas importantes pesquisas sobre o tema com a possibilidade de entrosamento entre os pesquisadores de todo o mundo importante tamb m citar eventos que difundiram as preocupa es com o papel da x 33 museologia na sociedade tais como as Jornadas sobre a Fun o Social do Museu e os 334 Encontros Nacionais de Museologia e Autarquias Neles a efetiva participa o de profissionais de diversas reas ligadas aos museus e s comunidades de todas as partes do 33 As Jornadas sobre a Fun o Social do Museu organizadas pelo MINOM aconteceram em Vila Franca de Xira 1988 Portim o 1989 Vilarinho da Furna 1990 Lisboa 1991 e Set bal 1992 34 Os Encontros Nacionais de Museologia e Autarquias foram realizados em Lisboa 1990 Beja 1991 e Set bal 1992 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 41 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga pa s comprovaram o grande in
339. na poca de sua inaugura o em 1957 era o nico hospital do DF podendo ser considerado patrim nio hist rico por ser o primeiro hospital de fato e de direito do DF Informava ainda que estava amea ado de destrui o o que s n o havia ocorrido ainda por que os moradores tomaram sua defesa No documento ressalta ainda a import nica das edifica es do entorno do hospital que formam com o mesmo um conjunto harm nico que merece a aprecia o das autoridades documento anexado ao Processo de Tombamento do HJKO Secretaria de Cultura do DF 56 O Juiz Federal Dario Abranches Viotti assinou a liminar no pr prio dia 22 de setembro de 1983 citando Jos Francisco Mendes Del Pelovo Superintendente do IAPAS Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 154 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga tamb m solicitou o tombamento do HJKO Secretaria de Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional SPHAN Em outubro de 1983 os t cnicos da 8 Diretoria Regional do SPHAN e do Grupo de Trabalho Bras lia GT Bras lia iniciaram o levantamento da rea e o contato com a comunidade O GT Bras lia identificou como valor art stico do HJKO em seu relat rio o seguinte Simplicidade de linhas arquitet nicas e materiais construtivos madeira imposta pela necessidade de ra
340. na qual a comunidade parte integrante de todo o processo Para ele os Museus Comunit rios s o instrumentos de democratiza o da cultura e n o podem ser concebidos dissociados do n vel de desenvolvimento econ mico e cultural da comunidade Acredita que a museografia comunit ria propicia um local de reencontro das pessoas com sua hist ria e sua cultura pois todo o acervo trabalhado pelos atores que de alguma forma t m rela o com os objetos Desta forma a museologia comunit ria se utiliza das rela es entre as pessoas e tudo feito de forma participativa o que contribui para o reconhecimento do patrim nio cultural que exposto no museu Una naci n se construye se enriquece y se constituye por el aporte cultural de cada regi n de cada munic pio y de cada pueblo en este proceso la museograf a comunit ria constituye uma alternativa seria para la preservaci n de la cultura popular Ramos 1989 p 05 Os objetos preservados nos Museus Comunit rios representam efetivamente a cultura daquela comunidade a mem ria de gera es S o muitas vezes pe as do cotidiano que adquirem valor de preserva o cultural e uma vez preservados em seus lugares de origem reafirmam a identidade cultural Estes objetos chegam aos museus carregados de hist rias e emo es o que propicia muitas vezes o desvelar de seu processo hist rico Tais objetos relacionam se com o trabalho o sofrimento os desejos e as diferentes fa
341. ncia das fachadas e a pra a com esculturas que contorna a galeria proporcionam uma integra o do espa o urbano com o espa o da arte Por m s os que entram desfrutam da melhor parte que o jardim de esculturas do piso inferior por onde se tem acesso a outras reas expositivas caf e onde est o as reas administrativas e de servi o Figura 14 Figura 15 e Figura 16 Figura 14 Neue Nationalgalerie Figura 15 Neue Nationalgalerie Figura 16 Neue Nationalgalerie Berlim 1968 Vista exterior Berlim 1968 Area de exposi o Berlim 1968 P tio interno Fonte Fonte www berlim de Subsolo Fonte Arquivo Gabriel Arquivo Gabriel Dorfman Dorfman Na Mesa Redonda de Santiago do Chile em 1972 ao se discutir o papel dos museus na Am rica Latina houve a compreens o de que as institui es museol gicas podem trabalhar a servi o da comunidade e atuar como agentes de mudan a social Na ocasi ofoi proposto o conceito de Museu Integral no qual se situa a cria o do Ecomuseu instalado na antiga cidade sider rgica e mineradora de Le Creusot Montceau Les Mines no ano de 1971 referido no subcap tulo 1 2 cuja proposta caracterizava se pela conserva o das cole es in situ Carrefio 2004 p 69 As iniciativas da chamada museologia ativa indicavam novos conceitos museol gicos identificados n o somente com o edif cio museu mas com o territ rio no qual a participa o da comunidade se baseia e onde ela fun
342. ndanga Trabalhavam na administra o Cardoso Administra o Luis Rioja Contabilidade Nirma Porto Contabilidade e An lises Cl nicas Almir Vieira Administra o Aquiles Ferreira Contabilidade Jos M rio de Castro Tesouraria Aloisio Ferreira Lima Assit ncia Social Raimundo Almoxarife Como funcion rios do hospital citam se Vit ria Nabut Farmac utica Jandira Auxiliar de Enfermagem Dalva Castro Auxiliar de Enfermagem Rosirene Enfermagem e Raimundo Enfermagem Se voc reconhece algu m nas fotografias ajude o Museu Vivo a contar a hist ria do HJKO deixando sua informa o por escrito e o seu contato MORADORES DO HJKO Casa 01 Jos M rio Castro Tesoureiro e Dalva Auxiliar de Enfermagem Casa 15b Aquiles Contador e Neuza Casa 16a Edson Porto Diretor do HJKO e Marilda Casa 16b Cardoso Diretor Administrativo e Ros lia Casa 17a Almir Vieira Administrador e Estela Casa 17b Raimundo Almoxarife e Rosa Enfermeira Casa 18a Isac Barreto M dico e Lolita Casa 18b Renato Portela Dentista e Cumari Casa 19a Gustavo Dermeval da Fonseca Dentista e Marisa Casa 19b Gustavo Ribeiro M dico Casa 20a Jorge Nabut M dico e Luci Casa 20b Eug nio Sarmento M dico e ngela Casa 21 Posto de Benef cios Casa 22 Ag ncia de pagamento Tesouraria e Laborat rio Alojamento 01 Nirma Porto e Vit ria Nabut Alojamento 02 Carlos Henrique Safe Carneiro Dentista Jos M rio Laboratorist
343. nforma o com documentos nas mais variadas m dias servi os de laborat rios de idiomas salas de proje o e de exposi es Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 92 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A partir da d cada de 1980 e no in cio dos anos de 1990 houve um incremento na constru o de museus principalmente na Europa Jap o e Estados Unidos Contribu ram para o surgimento de centros art sticos e culturais a expans o do mercado de arte as leis tribut rias de incentivo cultura e o aumento do turismo internacional a onda de cria o de museus c vicos a pr tica da utiliza o destes equipamentos na revitaliza o de reas espec ficas ou negligenciadas al m da chamada cultura do cio Ghirardo 2002 Com a aflu ncia dos visitantes surgiu a necessidade de diversifica o dos servi os dos museus e da amplia o do papel do museu na sociedade contempor nea No projeto do Museu de Arte Romana em M rida 1980 86 o arquiteto Rafael Moneo lembrou os ensinamentos de Venturi sobre a comunica o na arquitetura e fez refer ncias forma de construir dos habitantes da Roma Antiga Situado no conjunto arqueol gico de M rida desde a entrada com a escolha do tipo de letra at o espa o que lembra o das grandes bas licas faz men o cultu
344. nia Museu Vivo da Mem ria Candanga Com os mesmos objetivos da Exposi o de Longa Dura o a Exposi o Tempor ria ainda incluiu mais um objetivo espec fico o de fazer um diagn stico da percep o do museu e de sua import ncia como refer ncia da mem ria de Bras lia Isso seria feito por meio de question rios aplicados a estudantes do ensino fundamental de duas escolas do DF uma p blica e uma particular e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Bras lia a funcion rios do museu e a alguns visitantes Os question rios foram elaborados levando se em conta um n mero expressivo de quest es fechadas para que os dados fossem entabulados de forma mais precisa Em visita Secretaria de Cultura do DF com os dois projetos foram definidas duas estrat gias 1 a viabiliza o da execu o da constru o da Ag ncia de Benef cios para abrigar a Exposi o de Longa Dura o com a constru o de parcerias e 2 a libera o de recursos e apoios necess rios montagem da Exposi o Tempor ria O arquiteto e professor da FAUUnB programador visual Joe Rodrigues foi importante parceiro na montagem da exposi o uma vez que de posse do projeto museol gico e museogr fico trabalhou os textos e imagens para a impress o em grande formato na gr fica Foram elaboradas duas maquetes para a exposi o a de uma das casinhas da alameda e a do hospital Alunas da Faculdade de Arquitetura da UnB e
345. nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Onde moravam E Onde trabalhavam Figura 76 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 04 Na parede 05 Figura 77 s o relatadas as lutas pela perman ncia na cidade por meio de imagens e textos Do lado esquerdo uma lousa interativa fornece informa es das cidades do entorno das medidas que foram tomadas com a finalidade de resolver os problemas como a falta de infraestrutura b sica em especial na Candangol ndia na Ceil ndia e no N cleo Bandeirante Mostra ainda como os trabalhadores reagiram idea de que deveriam retornar suas cidades de origem e se organizaram politicamente para conseguir moradia e a perman ncia em Bras lia Tamb m constam depoimentos de pessoas que ficaram na cidade como era a luta pela sobreviv ncia p s 1960 Do lado direito imagens das cidades ficam passando lentamente ao lado da lousa Figura 777 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 05 Na parede 06 deste m dulo Figura 78 prop e se um momento de reflex o sobre o tema da migra o em busca de melhores condi es de vida Um mapa do Brasil mostra os movimentos migrat rios Um totem disponibiliza informa es sobre os ndices de desenvolvimento humano no pa s e sua rela o com a oferta de emprego n vel de escolaridade e pol ticas de fixa o do homem em suas cidades e
346. nio gen tico e a nova configura o do campo do patrim nio In R Abreu amp M Chagas Mem ria e Patrim nio Ensaios contempor neos pp 30 45 Rio de Janeiro DP amp A Acquaviva M C 1999 Dicin rio Acad mico de Direito S o Paulo Editora Jur dica Brasileira Alberti V 2005 Hist rias dentro da Hist ria In C B Pinsky Fontes Hist ricas pp 155 202 S o Paulo Contexto Alves Neto R R O S crates de Hannah Aredndt Natal Ara jo M e 1999 A Mem ria do Pensamento Museol gico Contempor neo Documentos e depoimentos C B ICOM Ed Barbier R 2007 Pesquisa A o L Didio Trad Bras lia Liber Livro Editora Ltda Bauman Z 2005 Identidade entrevista a Benedetto Vecchi tradu o de Carlos Alberto Medeiros Rio de Janeiro Jorge Zahar Bellaigue M 1992 O desfio Museol gico Forum de Museologia do Nordeste Salvador Biermann V Gr nert A amp Jobst C 2006 It lia Leon Battista Alberti In P Lamers Schiitze Teoria da Arquitectura do renscimento at nossos dias M d Bol o Trad p 565 Colonia Taschen Bosi E 1994 Mem ria e sociedade lembran as dos velhos S o Paulo Companhia das Letras Botelho L A 2009 O princ pio das escalas no plano urban stico de Bras lia sentido e valor al m de propor o In F L Org Bras lia 1960 2010 passado presente e futuro pp 87 97 Bras lia Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urba
347. nizadora e a Comiss o Julgadora do Concurso pela apresenta o sum ria do partido aqui sugerido para a nova Capital e tamb m justificar me N o pretendia competir e na verdade n o concorro apenas me desvencilho de uma solu o poss vel que n o foi procurada mas surgiu por assim dizer j pronta Compare o n o como t cnico devidamente aparelhado pois nem sequer disponho de escrit rio mas como simples maquis do urbanismo que n o pretende prosseguir no desenvolvimento da ideia apresentada sen o eventualmente na qualidade de mero consultor E se processo assim candidamente porque me amparo num racioc nio igualmente simpl rio se a sugest o v lida estes dados conquanto sum rios na sua apar ncia j ser o suficientes pois revelar o que apesar da espontaneidade original ela foi depois intensamente pensada e resolvida se n o o a exclus o se far mais facilmente e n o terei perdido o meu tempo nem tomado o tempo de ningu m A libera o do acesso ao concurso reduziu de certo modo a consulta quilo que de fato importa ou seja concep o urban stica da cidade propriamente dita porque esta n o ser no caso uma decorr ncia do planejamento regional mas a causa dele a sua funda o que se dar no ensejo ao ulterior desenvolvimento planejado da regi o Trata se de um ato deliberado de posse de um gesto de sentido ainda desbravador nos moldes da tradi o colonial E o que se indaga
348. no campo Esta estrat gia busca propiciar um olhar sobre as condi es de vida e as dificuldades da popula o situada Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 184 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga em locais com altos ndices de pobreza Tamb m s o contadas hist rias de supera o por meio de iniciativas de diversas naturezas As informa es s o disponibilizadas tamb m em udio para os que n o podem ler Figura 78 M dulo M o de obra Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 06 Com a visita ao m dulo espera se uma reflex o sobre as dificuldades vividas pelos candangos durante e depois da inaugura o da cidade e tamb m sobre o tema da migra o recorrente nos dias atuais Estas considera es buscam tamb m trazer para o presente uma realidade recorrente e as possibilidades de interven o a partir de a es governamentais M dulo 5 Mem ria Este m dulo trabalha as v rias faces da historiografia de Bras lia De acordo com o foco escolhido pelo autor de livros filmes teses e disserta es o produto prioriza a arquitetura o urbanismo as pessoas a sociedade as dificuldades as incoer ncias ou o g nio criativo dos autores da constru o da cidade considerada Patrim nio Mundial da Humanidade Na parede 01 do m dulo Mem ria
349. no e Meio Ambiente Bourdieu P e 2007 O amor pela arte Os museus de Arte na Europa e seu P blico S o Paulo EDUSP Zouk Bruno M 2008 Museu e museologia id ias e conceitos Abordagens para um balan o necess rio ICOFOM LAM Rio de Janeiro Bruno M 2006 Museus e Pedagogia Museol gica os caminhos para a administra o dos indicadores da mem ria In LEPA As v rias faces do Patrim nio Santa Maria LEPA UFSM Bruno M 2004 Principais Campos da A o Museol gica S o Paulo CCBB Bruno M amp Ara jo M 1995 A mem ria do pensamento museol gico contempor neo Documentos e depoimentos Comit Brasileiro do ICOM Canclini N 2001 Por qu legislar sobre industrias culturales In Nueva Sociedad N 175 Setembro Outubro Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 235 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga C ndido M 2008 As ondas do pensamento museol gico Balan o sobre a produ o brasileira In Museus como agentes de mudan a social e desenvolvimento Propostas e reflex es museol gicas pp 53 72 Carre o F 2004 Curso de Museolog a Gij n Trea Carta de Atenas 1931 Cadernos de Sociomuseologia N 15 83 89 Chagas M 2003 Imagina o museal museu mem ria e poder em Gustavo Barroso G
350. no no qual est inserida A cidade um organismo vivo e que est em constante mudan a fruto das rela es sociais que se Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 141 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga estabelecem para sua ocupa o e que prescinde da interdisciplinaridade para ser compreendida A pr pria defini o do lugar para a cria o de um equipamento cultural decorre da posi o que ocupa na cidade O segundo tema a hist ria da edifica o ou das edifica es que comp em o conjunto arquitet nico focando nas pessoas nos fatos e nos objetos que fazem daquele um local de mem ria A m o de obra e as t cnicas construtivas podem servir de reflex o sobre as rela es sociais e as pr ticas trabalhistas ao longo do tempo com possibilidades de incluir temas relevantes para a comunidade na atualidade Finalmente a mem ria o levantamento dos dados existentes sobre o bem e aquela comunidade relacionada ao fato arquitet nico fica claro que a elabora o e a aplica o de instrumentos legais como o tombamento n o s o suficientes para assegurar que um bem venha a cumprir efetivamente sua fun o de patrim nio cultural junto a uma sociedade necess ria uma constante atualiza o das pol ticas espec ficas tanto mais se tais pol ti
351. nsino M dio visando a Educa o para o Patrim nio com conte dos envolvendo temas como identidade cidadania e sociologia Promo o de eventos culturais gastron micos e musicais envolvendo toda a comunidade do DF O museu deve servir de apoio para o desenvolvimento de linhas de pesquisas sobre Bras lia arquitetura acampamentos pioneiros e mem ria da cidade Destacam se como atividades a serem incrementadas com a Exposi o de Longa Dura o no museu conserva o higieniza o cataloga o e acondicionamento de documenta o textual pesquisa coleta de depoimentos exposi es tempor rias com temas ligados s atividades e pesquisas desenvolvidas no museu e encontros culturais 3 3 4 1 2 Museografia O ProMusAA do MVMC tem tr s eixos de a o O primeiro concentra se na reconstru o do antigo Posto de Benef cios do IAPI com a finalidade de abrigar a Exposi o de Longa Dura o sobre a mem ria do HJKO A expografia est associada hist ria da Arquitetura e do Urbanismo ligada a Bras lia e ao edif cio seguindo cinco m dulos expositivos Contexto urbano Edifica es T cnica construtiva M o de obra e Mem ria O segundo eixo de a o est associado inclus o do MVMC nos programas e circuitos hist ricos de Bras lia fazendo uma conex o com outros programas j existentes e associando o aos monumentos do Plano Piloto e adjac ncias O terceiro eixo de a o com rela o Educa
352. nto de Museologia 245 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Vv Varine 33 41 42 43 76 77 78 79 81 257 258 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 246 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga AP NDICES Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia I MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ap ndice 01 Quadro de Sistematiza o com a rela o dos instrumentos produzidos para a realiza o do estudo QUADRO DE SISTEMATIZA O Crit rios a serem analisados Fontes de Participantes Instrumentos Refer ncia 1 Se a crian a j visitou os principais monumentos SPSS Pesquisadora Question rio n 01 hist ricos de Bras lia Gil Professoras dos alunos Aplicado 2 Como a crian a percebe esses monumentos do 3 e 4 Ano do anteriormente s 3 Se ela tem alguma identifica o ou se sente Ensino Fundamental de a es de representado por ele duas escolas e seus comunica o do 4 Como o monumento que ela visitou pode ser alunos Patrim nio melhor percebido Arqu
353. ntos percebidos pela comunidade como formadores da imagem que eles t m do lugar A inten o do projeto foi a de por meio de a es museol gicas inovadoras comprometidas com o desenvolvimento social possibilitar a es de enfrentamento de quest es urbanas como 72 Mesmo que n o fossem pe as de arte o importante era fazer a ponte entre a realidade a hist ria e o objeto apresentado no museu Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 15 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga problemas habitacionais desemprego transporte saneamento b sico polui o higiene sa de entre tantas outras necess rio buscar no nosso dia a dia com a participa o dos diversos segmentos da sociedade a identifica o do nosso territ rio da nossa popula o dos seus interesses da sua rela o com o patrim nio cultural e natural e conjuntamente construirmos a museologia que se faz com a vida e n o simplesmente com os objetos Santos 1996 p 63 mo nr 73 i A experi ncia do Ecomuseu Comunit rio de Santa Cruz surgiu no cerne de uma crise de identidade cultural por ocasi o da implanta o do Distrito Industrial e a consequente transfer ncia de favelas para conjuntos habitacionais provis rios Em maio de 1992 durante o I Encontro Internacional de E
354. ntos de reivindica o a mudan a da capital do Rio de Janeiro para S o Jo o del Rey 1823 Jos Bonif cio de Andrada e Silva prop e na Assembl ia Constituinte a transfer ncia da capital do Imp rio para Minas Gerais e sugere dois nomes Bras lia e Petr polis 1891 Art 3 da primeira Constitui o da Rep blica Fica pertencente Uni o no Planalto Central da Rep blica uma zona de 14 400km que ser oportunamente demarcada para nela estabelecer se a futura Capital Federal 1892 A Comiss o Exploradora do Planalto Central do Brasil institu da pelo Presidente Floriano Peixoto e chefiada pelo engenheiro e astr nomo belga Luiz Cruls estuda e demarca a rea onde seria instalada a nova capital do Brasil 1922 O Presidente Epit cio Pessoa assina um Decreto determinando o lan amento da pedra fundamental da nova capital no Planalto Central o que acontece de fato no centen rio da Independ ncia do Brasil em Planaltina 1934 No art 4 da Constitui o est escrito Ser transferida a Capital da Uni o para o ponto central do Brasil 1946 Nesta Constitui o da Rep blica fica estabelecido o seguinte A Capital da Uni o ser transferida para o Planalto Central Desta forma o Presidente Eurico Dutra estabelece uma comiss o que tem frente o Marechal Polli Coelho para definir sua localiza o 1954 Criada no ano anterior pelo Presidente Vargas a Comiss o de Planej
355. o 5 SELE O DE IMAGENS repetir quantas linhas forem necess rias inserir legenda abaixo da imagem Inserir imagens gerais a Inserir imagens ilustrativa Inserir imagens ilustrativ Inserir imagens ilustrativ eei sb das ped Pa peder d das im es pon po das ni a i das informa es preenchidas it 9 no it e E it a nos itens anteriores itens anteriores itens anteriores nos itens anteriores Inserir Mapas e apontamentos que serviram de base para o in cio do processo de conhecimento e tamb m que foram sendo desenvolvidos ao longo do processo Os arquivos podem ser anexados em formato reduzido na ficha ou permaneceram na base original base cartogr fica do IBGE mapas produzidos em arquivos dwg cdr shp e outros Importante Nem todas as informa es coletadas ao longo do trabalho precisam ser inseridas nas fichas e sim uma compila o que possibilite o entendimento do estudo e a contextualiza o dos bens que ser o identificados ao longo do trabalho Listagem das fontes consultadas e utilizadas como base para a constru o dos textos mapas e demais informa es inseridas nas fichas Palavras chave que possibilitem a busca r pida das informa es especialmente quando da constru o do sistema informatizado interligado 9 1 Entidade 9 2 Data 9 3 Respons vel Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia V MARIA CEC LIA FILGUE
356. o arquitetura referem se funcionalidade dos espa os nos edif cios museu Por outro lado h tamb m por parte da museologia pouca valoriza o e consequente baixa explora o do valor museol gico das edifica es de carater hist rico art stico e cultural que frequentemente a gt 2s 1 possuem algumas instala es museol gicas Acredita se que o Patrim nio Cultural trabalhado sob a tica da Sociomuseologia pode ser agente de a es que envolvam os conceitos de reconhecimento identidade cidadania e consequentemente atuem na integra o social Na Carta de Atenas 1931 foi destacado o papel da educa o com rela o ao respeito pelos monumentos A Confer ncia plenamente convencida que a melhor garantia de conserva o dos monumentos e obras de arte prov m do respeito e da afei o dos pr prios povos considerando que esses sentimentos podem ser amplamente favorecidos por uma a o adequada dos poderes p blicos expressa o desejo que os educadores habituem a inf ncia e O termo inclus o social refere se s diversas camadas sociais e aos portadores de necessidades especiais ou seja quest o da acessibilidade prevista na Constitui o Federal do Brasil A inclus o social a que se refere portanto a possibilidade de um maior n mero de pessoas conseguir apreender o significado do que est sendo exposto no museu por meio de t cnicas que viabilizem o acesso s informa es dos que n o sabe
357. o advogado da A o Popular contra o IAPAS que sustou a ordem de demoli o do HJKO Texto 01 Neste Hospital JK nasceram os primeiros brasilienses e morreram os primeiros candangos 181 O Rio de Janeiro era a capital do pa s na ocasi o da constru o de Bras lia De Goi nia capital do Estado de Goi s onde est inserida a regi o do Distrito Federal veio o Dr Luiz Rassi respons vel pela cria o do Posto de Sa de da Novacap e que convidou o m dico rec m formado no Rio de Janeiro o mineiro Dr Edson Porto para efetivamente mont lo na rea hoje conhecida como Candangol ndia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 189 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga HJKO arteta e mem ria Figura 84 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 01 A linha que aparece no meio do painel marca o da impress o Figura 85 Foto da inaugura o do HJKO em 1957 Fonte Arquivo P blico do Distrito Federal A parede 2 cont m o seguinte texto Texto 2 de apresenta o da exposi o O Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira o HJKO foi criado em 1957 para dar assist ncia aos Candangos trabalhadores que vieram de todas as partes do Brasil para construir a nova capital Esta exposi o est baseada em um trabalho de pesquisa acad mica
358. o da constru o de uma estrada no s culo XVIII Com as escava es encontraram tr s belos templos d ricos de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 47 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga No s culo XVIII foram introduzidas e publicadas algumas especula es em torno da arte destacam se no per odo as buscas tanto por uma periodiza o como por leituras cr ticas das obras As exposi es passaram a ser acompanhadas de cat logos enquanto que o mercado de obras de arte e a forma o de grandes cole es particulares possibilitaram a aproxima o das artes e sua aprecia o por v rias camadas da popula o Nesse per odo surgiram tamb m as cr ticas de exposi es nos peri dicos Tinha in cio a reflex o sobre a arte Burke que inventa o sublime e Baumgarten que empresta o seu nome est tica levam a Kant A Cr tica do ju zo 1790 d arte identidade e dignidade novas atribuindo sua origem a uma faculdade aut noma do esp rito Choay 2006 p 85 desse per odo tamb m a obra do antiqu rio Caylus que elaborou uma hist ria da arte pautada nos valores pl sticos das obras com o intuito de mostrar que a arte contribui com os pr prios meios para transmitir o esp rito dos povos e das civiliza es Choay 2006
359. o e o segundo foi inaugurado dia 21 de maio de 2011 no sal o de exposi es do museu para uma temporada de tr s meses 3 3 1 Apresenta o O Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico do Museu Vivo da Mem ria Candanga uma iniciativa museol gica de apropria o da hist ria da arquitetura do antigo Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira o HJKO como fio condutor da mem ria dos que em Bras lia se estabeleceram na poca de sua constru o A inten o aproximar as pessoas de seu patrim nio constru do por meio das hist rias dos que viveram os primeiros anos de Bras lia e tiveram suas vidas de algum modo relacionadas ao HJKO Os conte dos trabalhados na exposi o foram colhidos na pr tica da historiografia da arquitetura mas foram conduzidos de modo a aplicar os conceitos da Sociomuseologia buscando uma aproxima o da sociedade com seu patrim nio cultural O patrim nio constru do tem grande import ncia no reconhecimento de identidades de um povo Por meio dele se pode contar hist rias que aproximam as pessoas de seus valores culturais e da mem ria social de sua gente Este projeto foi pensado para que por meio de exposi es que tratam da hist ria da arquitetura e do urbanismo do Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira o antigo HJKO as pessoas que vivenciaram a constru o da cidade de Bras lia recordassem suas hist rias e as compartilhassem com as gera es seguintes A escolha do Mu
360. o Cap tulo 2 O tema da identidade est presente no Cap tulo 3 2 O tema da mem ria encontra se no Cap tulo 1 10 Este tema abordado com a conceitua o de Sociomuseologia no Cap tulo 1 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 23 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga processo pode viabilizar a es de inclus o social Esta constata o pode ser observada em propostas j trabalhadas em alguns museus onde foram abordados diferentes conte dos curriculares hist ricos filos ficos sociol gicos t cnicos f sicos urban sticos arquitet nicos e art sticos que atuaram como avivadores dos la os de pertencimento da comunidade em rela o a seu patrim nio incentivando a es de preserva o e desenvolvimento social Neste sentido a inclus o social tamb m refere se ao fato de que mais pessoas possam perceber se inclu das na narrativa da hist ria da arquitetura contada pelo museu Isto realmente ocorreu no estudo de caso da tese mas pode se repetir medida que se aproximam os fatos das pessoas ou de grupos que tenham afinidades com os temas desenvolvidos e tratados nas a es A escolha deste tema envolve dois segmentos que se fundem na institui o museu arquitetura e museologia Notadamente as cr ticas desferidas pelos muse logos com rela
361. o aos bens patrimoniais e o uso de cole es e acervos como suporte de informa es e mensagens sociopol ticas e culturais enfatizam a necessidade de salvaguardar e comunicar os acervos valorizados para a perpetua o da humanidade e por meio da dimens o educacional desvelam informa es a partir dos acervos museol gicos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 137 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Para Gon alves 2003 h um p blico para o qual s o desenvolvidas atividades culturais que os leva cada vez mais a consumir a cultura instalada nos museus e necess rio que sejam desenvolvidas propostas que democraticamente disponibilizem os acervos e o patrim nio cultural para os diferentes grupos sociais Neste ponto pensa se em como disponibilizar os conte dos trabalhados nos museus para um maior n mero de pessoas permitindo que tenham acesso a informa es que possam contribuir para reflex es e pr ticas relacionadas aos conceitos de cidadania No seu conceito jur dico cidadania refere se situa o legal entre o indiv duo e o pa s de sua nacionalidade com seus respectivos direitos e deveres Sendo assim como a preserva o do patrim nio cultural pode se relacionar com o exerc cio da cidadania Segundo Marshall apud Fernandes 1993 p 270
362. o arquitet nico Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico Cap tulo 2 Mem ria e cultura acervo da Sociomuseologia O acervo pela Sociomuseologia O patrim nio arquitet nico como acervo Educa o patrimonial identidade e cidadania Cap tulo 4 Trabalhando o patrim nio arquitet nico como acervo No Cap tulo 1 Sociomuseologia e Arquitetura s o apresentados os conceitos que norteiam a tese a sua g nesis e a rela o que se estabelece entre eles tendo como base a Sociomuseologia Destacam se ainda o papel do patrim nio arquitet nico e o hist rico das edifica es concebidas com o fim de abrigar os indicadores de mem ria Este cap tulo contempla o primeiro objetivo espec fico e baseia se em pesquisa bibliogr fica e documental O percurso parte da an lise dos documentos tidos como essenciais para a Nova Museologia Foram lidos autores que admitem a comunica o do acervo como fundamental para a aproxima o da comunidade com suas refer ncias patrimoniais considerando como poss veis consequ ncias deste di logo o reconhecimento de identidades a es ligadas educa o patrimonial e iniciativas de fortalecimento da cidadania visando seu desenvolvimento social Os primeiros textos estudados foram as Cartas Patrimoniais documentos que em v rios momentos serviram de refer ncia para as interven es no patrim nio cultural das na es As Edi es Lus fonas tiveram um importan
363. o como algo est tico e alijado do presente e do quotidiano das pessoas mas como elemento essencial de percep o da realidade e importante meio propulsor de modifica es K hl 2009 p 125 Este subcap tulo trata do Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico ProMusAA concebido para o Museu Vivo da Mem ria Candanga O projeto foi baseado nos estudos da muse loga Maria C lia Teixeira de Moura Santos sobre as pr ticas de media o em museus e foram desenvolvidas duas propostas de implementa o A primeira de uma Exposi o de Longa Dura o com a reconstru o da primeira edifica o esquerda da alameda central o antigo Posto de Benef cios do IAPI demolido na d cada de 1990 A segunda de uma Exposi o Tempor ria que foi realizada no per odo de maio a agosto de 2011 concebida como um piloto da Exposi o de Longa Dura o parte pr tica da tese e importante fator de participa o e avalia o do conte do pesquisado e desenvolvido Os dois projetos foram apresentados dire o do Museu Vivo da Mem ria Candanga e posteriormente Secretaria de Cultura do Distrito Federal O primeiro est em Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 165 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga processo de forma o de parcerias para sua execu
364. o conceito de cidadania formado pelo conjunto de direitos civis pol ticos e sociais que correspondem cidadania civil pol tica e social A cidadania civil est relacionada aos direitos liberdade individual e Justi a A cidadania pol tica est relacionada com o direito do indiv duo participa o no exerc cio do poder pol tico tanto como candidato como na escolha de seus representantes ou seja pode votar e ser votado A cidadania social est relacionada ao bem estar social e econ mico ao direito educa o seguran a cultura servi os assistenciais e previd ncia social Para Arendt cidadania o direito a ter direitos em todas as dimens es da vida humana E para Lefort deve partir do cidad o a percep o de novos direitos x os direitos culturais configuram se como direitos sociais pertencente chamada Cidadania Social Constituem se por assim dizer em verdadeiros direitos de cidadania Mas o que vem a ser direitos culturais Podemos dizer que s o aqueles direitos que o cidad o tem em rela o cultura da sociedade na qual faz parte que v o desde o direito produ o cultural passando pelo direito de acesso cultura at o direito mem ria hist rica Fernandes 1993 p 271 Os direitos culturais e a obriga o do estado de garantir seu exerc cio s o assegurados pela constitui o por meio do Art 2151 Para Fernandes 1993 uma pol tica que contemple o exerc
365. o da constru o do edif cio e de seu contexto urbano A arquitetura como patrim nio cultural pode resgatar conte dos hist ricos sociol gicos est ticos e t cnicos capazes de revelar quest es de pertencimento e de identidades trabalhadas para que possa ser estabelecido um comprometimento do cidad o com o seu espa o de viver e para que ele tamb m se sinta apto a cobrar a es de inclus o e respeito Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 125 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A real import ncia de uma efetiva liga o das institui es museol gicas com a comunidade com a finalidade de propiciar v nculos com a mem ria e a identidade o estabelecimento da conex o entre o homem o objeto e a comunidade Por que a preserva o dos bens culturais n o alcan a essa empatia a da conserva o ambiental Ser porque a sociedade brasileira n o se reconhece em suas pr prias ra zes hist ricas e culturais n o se identificam na produ o cultural dos antecessores nem nos significados dos espa os que habitam Por n o se ter nenhum v nculo afetivo com o espa o em que se vive falta o sentido de pertencimento N o se criam v nculos afetivos com o patrim nio hist rico porque n o mais se percebe nele valor memorial K hl 2009
366. o das comunidades envolvidas pois o desenvolvimento sustent vel considerado contemplado quando os pilares ambiental econ mico e social incluindo a equidade intra e intrageracional recebem a devida aten o Machado amp Braga 2010 p 45 O rebatimento destas expectativas concretizaram se nas propostas relacionadas gest o do patrim nio a partir de dois pressupostos Primeiro que o objetivo central deve ser a apropria o social dos benef cios da preserva o por meio da sua adequada utiliza o e de resultados econ micos gerados com a iniciativa Segundo que seja ampla a participa o da comunidade nos projetos em todas as inst ncias dos processos Machado amp Braga 2010 Neste ponto pode se perceber que os preceitos da Sociomuseologia est o pelo menos teoricamente presentes na condu o dos processos de gest o do patrim nio cultural no Brasil Machado e Braga 2010 destacam a import ncia do envolvimento dos atores sociais no planejamento e na gest o dos centros hist ricos Quando h este envolvimento os diagn sticos dos problemas s o mais precisos assim como a identifica o dos valores culturais das pr ticas e dos comportamentos dos grupos sociais Al m disso diminuem os Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 52 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania
367. o de sa de um posto policial o restaurante do Servi o 146 S de Alimenta o da Previd ncia Social SAP Figura 47 uma escola e as resid ncias dos 147 funcion rios da construtora O Posto M dico foi montado para fazer as a es preventivas como a aplica o de vacinas e para atender s emerg ncias m dicas Por m a din mica de transferir de avi o casos de picadas de cobra necessidades cir rgicas ou membros quebrados ficou cara demais da a resolu o de se construir um hospital de campanha no final de 1957 Este primeiro posto era vinculado ao Hospital Rassi de Goi nia que por interm dio do Dr Luiz Rassi convidou o m dico mineiro rec m formado no Rio de Janeiro Dr Edson Porto de apenas 23 anos para montar o pequeno apoio m dico A regi o onde isso se deu depois conhecida como Candangol ndia tornou se oficialmente cidade sat lite em 1989 e pela Lei n 658 de 27 de janeiro de 1994 passou a ser denominada Regi o Administrativa xIx O dia oficial de sua funda o 03 de novembro 144 Ao todo eram 14 os acampamentos pioneiros de Bras lia Originalmente o Acampamento HJKO n o estava nesta lista porque era considerado apenas como um alojamento O arquiteto Silvio Cavalcante que trabalhava no Departamento do Patrim nio Hist rico e Art stico do Distrito Federal DePHA DF solicitou sua inclus o na lista Constavam desta rela o a Cidade Livre a Vila Metropolitana a Vila Planalto a Ve
368. o do monumento hist rico Seu pensamento estruturado a partir de duas categorias de valores a de rememora o ou Erinnerungswerte e de contemporaneidade ou Gegenwartswerte De acordo com sua tese os monumentos hist ricos e art sticos n o se diferenciam entre si pois possuem os dois atributos A diferencia o reside na intencionalidade ou na falta dela pois os que s o concebidos com o prop sito memorial carregam valor simb lico desde sua elabora o e os n o intencionais recebem a carga simb lica posteriormente poca em que ainda n o havia o sentido dos monumentos n o intencionais os monumentos intencionais estavam inexoravelmente destinados ru na e destrui o desde quando desapareciam aqueles para os quais eram destinados e que velavam por sua conserva o enquanto do Oriente antigo os monumentos eram fato quase exclusivo dos indiv duos ou de fam lias entre os gregos e romanos surgia o monumento patri tico sob a prote o de grupos maiores a garantia de uma vida mais longa apresentava ent o uma contrapartida um m nimo de cuidado na escolha de um material o mais dur vel e inalterado poss vel Riegl 2006 p 52 Para Riegl os monumentos possuem tr s valores de rememora o o valor de antiguidade o valor hist rico e o de rememora o intencional O valor de antiguidade 2 Alois Riegl 1858 1905 Historiador da arte jurista e fil sofo vienense escreveu Der
369. o e a arquitetura s o um s uma vez que possuem em seu mago uma intencionalidade est tica e como tal s o obras de arte distinguem se por meio de sua forma e de sua excepcionalidade no tecido urbano p 139 Desta forma a perman ncia da forma dos fatos urbanos ou da arquitetura da cidade independe de sua fun o primeira ou da institui o que a concebe p 124 e mas ainda alerta que estas considera es a respeito do fato urbano s s o relevantes se por tr s existirem fatos que evidenciem seu v nculo direto com o homem p 142 Outro tema recorrente em Rossi a import ncia do locus para a arquitetura o lugar como definidor de qualidades inerentes ao projeto em si Por acreditar que a cidade por si mesma deposit ria de hist ria Rossi 2001 p 193 e seu estudo de grande import ncia para v rias outras disciplinas reconhece na cidade como que uma s ntese dos valores da sociedade valores que transcendem a forma f sica mas que estabelecem um di logo com ela Com a leitura de Rossi tem se a percep o da dial tica individualidade coletividade nos fatos urbanos A voca o da cidade depende de como ela implementada e de como segue o seu desenvolvimento Nada por acaso Assim como a mem ria percorre a exist ncia pessoal e cada ser diferente com suas peculiaridades com a cidade acontece o mesmo Ela possui os seus fatos urbanos que consolidam sua mem ria s o peculiares sua cri
370. o estado de conserva o do Conjunto do Acampamento do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira atesta que houve degrada o nas condi es f sicas e ambientais do conjunto em rela o 161 visita realizada em 29 de maio de 1984 A rea ent o sob interven o judicial tinha vigil ncia para evitar depreda es Mas o fato de as edifica es estarem desocupadas por conta da transfer ncia da popula o para o Assentamento da Candagol ndia em 1984 deixou o local com aspecto de abandono o mato cresceu e o risco de inc ndio comum na regi o do cerrado na poca da seca cresceu Foi ent o determinado em car ter de urg ncia o corte do mato e a limpeza do local Quanto aos elementos constru dos o conjunto do HJKO composto basicamente de pr dio do Hospital da alameda das resid ncias dos m dicos e dos galp es de alojamento O estado geral das edifica es prec rio por se tratar de constru es de madeira que n o tiveram ao longo do tempo uma conserva o adequada SECDF DePHA 1985 p 09 15 O documento referido foi enviado pela Diretora da 8 Diretoria Regional da SPHAN Arquiteta Belmira Finageiv ao Coordenador do Programa Cidades Hist ricas PCH indicando como Assunto Acampamento JKO em 27 de outubro de 1983 160 As medidas de salvaguarda haviam sido aplicadas como experi ncia piloto no acampamento da Vila Metropolitana 161 O relat rio da visita feita em agosto de 1984 expressava o
371. o o estudo da rela o entre forma f sica e necessidades sociais e psicol gicas das pessoas Estava estabelecida a crise dos princ pios simplificadores da Carta de Atenas Por fim ficou patente a complexidade da vida urbana e a import ncia da participa o da comunidade nos processos de projeto Rossi considerado um dos principais te ricos da arquitetura do s culo XX Com seus estudos conseguiu trazer para o debate sobre arquitetura poca impregnado pelos conceitos do Movimento Moderno os valores da cidade como lugar das constru es concebidas como reflexo do pensamento do homem que ali se desenvolve e habita grande sua contribui o para as quest es ligadas interven o no patrim nio constru do Ao redescobrir a cidade hist rica os seus valores eternos e o seu potencial evolutivo Rossi deu um contributo decisivo ao debate sobre urbanismo e salvaguarda de monumentos hist ricos Evers 2006 p 530 Entre 1928 e 1956 aconteceram dez encontros dos CIAM Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna forum de debate dos arquitetos ligados ao Movimento Moderno na arquitetura No IV CIAM foi redigida a Carta de Atenas que trata da Cidade Funcional Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 68 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga
372. o sendo testadas e avaliadas para sua constru o definitiva interesse do IPHAN disponibilizar as informa es e o pr prio instrumento de alimenta o da base de dados para os estados munic pios e entidades pareceiras como universidades centros de estudo museus entre outros interessados nas a es culturais O M dulo de Conhecimento o b sico o que permite a coleta de informa es que contextualizam o bem no territ rio e na hist ria por meio da identifica o dos temas estudados Este m dulo possui tr s fichas M 101 Contextualiza o Geral M 102 Contexto Imediato e M 103 Informa es sobre a Prote o Existente A Ficha M 101 est relacionada a um recorte territorial amplo Foi concebida para ser preenchida como forma de contextualizar diversos bens fazendo uma rela o com um universo de pesquisa que pode ser territorial ou tem tico Para informa es de s tios e conjuntos deve ser preenchida a ficha M 102 e para bens individuais a ficha M 301 A Ficha M 102 foi desenvolvida para ser aplicada em s tios ou conjuntos hist ricos urbanos e rurais identificads em recorte territorial e ou tem tico mais amplo onde poss vel sua caracteriza o sobre aspectos hist ricos geogr ficos 6 As Fichas do SICG preenchidas para o Museu Vivo da Mem ria Candanga encontram se nos anexos desta tese Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 217 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS L
373. off 1996 p 426 identifica na hist ria as sociedades de mem ria essencialmente oral e as sociedades de mem ria essencialmente escrita Para os primeiros a manuten o da mem ria coletiva era feita por meio das pessoas e as que detinham os segredos e os mais profundos conhecimentos da etnia eram tamb m respons veis pela coes o do grupo e pela perpetua o de cren as mitos e saberes espec ficos da comunidade Estudos j comprovaram que a mem ria oral n o necessariamente repete com exatid o todos os princ pios guardados No caminho s o incorporadas contribui es fruto da criatividade e do desejo de inova o das novas gera es A decis o do que passado adiante funciona como uma forma de manuten o do poder O mesmo se d com a constru o dos monumentos comemorativos com ou sem inscri es e que s o usados para perpetuar lembran as O saber t cnico pode expressar tamb m as rela es sociais estabelecidas na comunidade na produ o de seus artefatos Considerando a arquitetura como um artefato como o faz Rossi 2001 pode se pensar que ela pode ser um meio de compreens o das sociedades que a conceberam Ecl a Bosi 1994 em seu trabalho de resgate da mem ria dos velhos em S o Paulo participou ativamente do processo da pesquisa Em seu relato comenta que muitas das informa es mais preciosas foram obtidas j num momento de descanso na hora do cafezinho de despedida quando o trabalho de recupera
374. ogia como uma rea da museologia ci ncia social e aplicada que procura trabalhar de forma multidisciplinar por meio das estruturas museol gicas os problemas da sociedade contempor nea incluindo as v rias modalidades do patrim nio cultural e a mem ria coletiva dos povos de modo a propiciar a ativa participa o da comunidade nas diversas fases do processo museal visando seu desenvolvimento social Diante desta forma de pensar a atua o no campo disciplinar da museologia a rela o homem objeto cen rio possui outra din mica de interatividade O homem participa de forma mais reflexiva nas a es de coleta de interpreta o do patrim nio e do processo de musealiza o O objeto passa a ser trabalhado com a comunidade O cen rio passa a ser percebido como o lugar onde estas rela es acontecem n o importando se um museu tradicional ou parte do territ rio da cidade mas entendido como parte importante da 35 pes sa ze PS Cada vez mais os museus est o ampliando e disponibilizando seus espa os f sicos para atividades complementares rea de exposi o Como exemplo podem ser citadas as amplia es do Museu Brit nico do Reina Sofia do Prado e do Louvre 36 Cra Este conceito foi constru do com base nas defini es de Moutinho e Primo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 43 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim n
375. ois como acontece com a hist ria n o poss vel uma reprodu o fiel dos acontecimentos demonstra que n o poss vel o despojamento total dos conhecimentos do presente Portanto conecta a mem ria pessoal mem ria do grupo que por sua vez est ligada a uma esfera maior que a tradi o ou a mem ria coletiva de cada sociedade Para o autor a fun o social da mem ria exercida pelos mais velhos e passiva de ser remodelada de acordo com os interesses de quem lembra o passado de quem estabelece o que fica para tr s e o modo como s o relatados os fatos O mesmo acontece na manipula o dos indicadores de mem ria presentes nos museus Sobre a rela o entre mem ria e hist ria Seixas 2002 estuda o papel da mem ria hist rica como uma interlocutora privilegiada entre todas as mem rias p 61 Para a autora o ponto convergente das teorias de Bergson e Proust a percep o de que a mem ria se insere no presente mas divergem quando discutem o que detona esta percep o Para Bergson s o escolhas passadas e que est o latentes em algum lugar do inconsciente para Proust o acaso que propicia este encontro do virtual com o tempo presente Esta discuss o ganha sentido medida que se debate como se constr i a historiografia Por muito tempo o que se registrou foi a chamada mem ria volunt ria definida por Proust como sendo a mem ria intelectual incapaz de representar a vida em suas diversas nuan
376. om a finalidade de aclimatar as especiarias trazidas das ndias Orientais Os primeiros museus brasileiros surgiram com a necessidade de europeiza o da nova sede do l A Cidade Maur cia situava se onde hoje est o os bairros de Santo Ant nio e S o Jos no Recife O nome da cidade est relacionado com o alem o Jo o Mauricio de Nassau que ficou como governador de Pernambuco a servi o da Companhia das ndias Ocidentais entre 1636 e 1644 2 A Casa de Xavier dos P ssaros iniciou suas atividades em 1784 e funcionou por cerca de vinte anos colecionando e preparando animais e plantas para serem levados a Portugal O acervo foi transferido para o Arsenal do Ex rcito depois para o Museu Real hoje Museu Hist rico Nacional 3 O Museu Real foi criado com o fim de propagar os conhecimentos e estudos das ci ncias naturais no Reino do Brasil que encerra em si milhares de objetos dignos de observa o e exame e que podem ser empregados em benef cio do com rcio da ind stria e das artes BRASIL 1889 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 98 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Imp rio Frequentados pelos viajantes e pelo p blico especializado era mais uma iniciativa de inserir a sede do governo portugu s no conceito das na es civilizadas que possu am muse
377. om a verdade mas tamb m de ter que trabalhar com as possibilidades de mudan as por meio de a es que propiciem uma reflex o cr tica com vistas a um futuro mais comprometido com o desenvolvimento social Em sua concep o o museu um modelo de institui o que administra os indicadores da mem ria a partir de muitos paradoxos que procura equacionar os contrapontos de uma cadeia operat ria de procedimentos t cnicos e cient ficos de salvaguarda e comunica o que convive cotidianamente com os desafios da manuten o das tradi es e da explora o dos caminhos de ruptura Bruno 2006 p 02 Portanto v o museu como instrumento de mudan a e de desenvolvimento social mas para que isto aconte a a institui o por meio de seus gestores e funcion rios precisa estar comprometida com uma museologia social Para a autora a museologia trabalha com possibilidades de agir no contexto social por meio de a es de ressignifica o Esta concep o ressalta a quest o aplicada da museologia o que coaduna com o pensamento de Russio quando diz que o muse logo um trabalhador social Trabalhar a ressignifica o acreditar no potencial transformador do museu incutir na sua ess ncia a condi o de agente ativo dentro da sociedade acreditar nas possibilidades das a es de comunica o e da pedagogia museol gica Neste sentido este conceito o que representa mais de perto os prop sitos desta tes
378. orizar expor e guardar a es do chamado colecionismo Bruno 2006 p 05 Alguns desses espa os abrigavam objetos de diferentes tipos e inicialmente eram expostos em estantes que se fechavam mas medida que os acervos cresciam come aram a ocupar salas Da decorrem os estudos de ordena o destes espa os Carre o 2004 p 61 destaca um documento escrito em 1565 pelo m dico holand s Samuel Von Quicchelberg onde consta um esquema de museu com a separa o dos objetos em salas distintas de acordo com a classifica o naturalia artificialia antiquitas e de artes 3 F No s culo XVII as cole es reais foram consolidadas e a expans o art stica deu lugar cria o de importantes centros de arte como Amberes e Amsterd No s culo XVII foram criadas academias de Belas Artes e sociedades cient ficas As escava es das cidades de Herculano em 1738 e Pompeia em 1748 e as revolu es que culminaram com o fim do Antigo Regime contribu ram para a populariza o das cole es Em 1759 foi aberto o Museu Brit nico em Londres considerado o primeiro museu p blico do mundo O Hermitage de S o Petersburgo abriu as portas em 1764 o Museu do Vaticano de Roma em 1782 e o Museu do Louvre em Paris foi criado em 1793 com o nome de Museu da Rep blica e Museu Central das Artes Com a inaugura o dos grandes museus europeus teve in cio o processo de institucionaliza o da museologia Edif c
379. os mapeando as visuais os tipos de piso as declividades das vias a din mica cotidiana da cidade Piza 2003 conversando com a popula o e sobretudo expondo as propostas cr tica p blica Elaborou ainda outras obras para a universidade e para o munic pio No que chamou de Observat rio da Cidade era poss vel informar se e participar dos projetos de transforma o da cidade O fortalecimento das pequenas comunidades longe de nost lgico um passo rumo a uma sociedade mais cosmopolita onde a consci ncia de cada um quanto ao seu papel na coletividade seja maior e portanto sejam os homens mais livres a mensagem que fica na arquitetura de Giancarlo De Carlo arquitetura a arte de se construir espa os para se viver junto Piza 2003 Em 1951 o VII CIAM em Hoddesdon na Gr Bretanha estudou sobre o Cora o da Cidade Os estudos foram conduzidos no sentido de compreender em que medida o centro c vico e representativo importante para a comunidade urbana e qual o valor de atividades relacionadas com a cultura e o com rcio Dois livros resultaram deste encontro A decade of New Architecture de Sigfried Giedion 1951 e The heart of the city de Nathan Rogers 1952 No IX CIAM de 1953 foram feitas mais cr ticas ao formalismo da carta de Atenas e foi introduzido nas discuss es o conceito de identidade No X CIAM 1956 em Dubrovnik Iugosl via organizado pelo Team X foi priorizad
380. os da pr pria vida e as chances de construir um futuro melhor K hl 2009 p 126 Nas entrelinhas do pensamento de Kiihl se pode pensar que a destrui o acontece quando n o h valoriza o quando n o se conhece o sentido da exist ncia dos monumentos da a necess ria comunica o de sua import ncia para a consolida o da mem ria da comunidade No entanto cabe estar atento para uma poss vel desvio dessa ideia porque na 117 gt i E O Museu da Mar encontra se no Complexo da Mar uma favela do Rio de Janeiro onde existe uma rixa de duas fac es do comando de drogas O acesso das reas restrito ao grupo dominante O museu foi criado com a ideia de registrar a hist ria e a mem ria da comunidade Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 122 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga pr tica a preserva o pode servir de elemento de deturpa o da mem ria dependendo da vontade pol tica das elites Para Rossi 2001 p 34 a an lise do lugar precedida por uma defini o dos limites a serem estudados e menciona as tr s escalas distintas a escala da rua a escala do bairro e a escala de toda a cidade que se relacionam por meio de seu conte do social ressaltando a import ncia de se comunicar o contexto urbano do patrim nio arquitet
381. os livros Ao Gabriel Dorfmann pelo apoio que sempre deu Ao Joe Rodrigues e ao Daniel Dresch palavras n o bastam para expressar meu agradecimento obrigada pela imprescind vel ajuda na materializa o da exposi o A T nia Mendon a muse loga por amor causa Sua amizade foi o presente mais precioso deste percurso museal Obrigada pelo seu exemplo Paulo C sar obrigada por todas as discuss es metodol gicas pelo apoio e incentivo pelas leituras e questionamentos que tanto me ajudaram a avan ar A Luciana Maya Ricardo Diretora do Museu Vivo da Mem ria Candanga que abriu as portas da institui o acreditou neste projeto e apoiou as iniciativas propostas A D Marilda e Dr Edson Porto que me deixaram entrar em sua hist ria com alegria e disponibilidade A D Nirma Porto e ao Sr Ant nio e D Sebastiana Lima agrade o a generosa e calorosa participa o A Edenise Souza a Cleide Carvalho a Denilva Oliveira ao Ronaldo Santos ao Joel a Gabriela e a toda equipe do Museu Vivo da Mem ria Candanga A Ione Carvalho pelo maravilhoso exemplo de vida e inspira o A FAUUnB pelo apoio na figura do Professor S nchez Diretor e da Profa Claudia Amorim Vice Diretora em especial aos professores do DTHAU Rodrigo Faria Ana Medeiros Carpintero Elane Ribeiro Luciana Saboia Ricardo Trevisan Pedro Palazzo e Sylvia Ficher Aos professores da FAU Ivan do Valle e Julio Mello pela importante contribui o
382. os para a comunidade apropriar se do agrad vel espa o verde do antigo HJKO L L A Figura 82 M dulo rea Externa e Implanta o Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 ENE LI LI LI Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 186 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ao finalizar a aprecia o deste m dulo espera se que o visitante tenha no o da potencialidade do local como refer ncia de mem ria e como patrim nio dispon vel para utiliza o de toda a comunidade Al m da Exposi o de Longa Dura o outras a es de comunica o das edifica es est o previstas como Painel com a planta baixa antiga na entrada de cada ambiente do complexo com destaque do local onde o visitante se encontra Nela estar indicado o uso atual do lugar escrito em letras maiores e o que l funcionava originalmente escrito com o mesmo tipo de letra mas em tamanho menor al m dos nomes dos funcion rios e ou moradores Frases relacionadas ao local todas coletadas nas pesquisas afixadas no percurso A reconstitui o de uma das moradias com objetos doados e A identifica o das rvores do grande jardim 3 3 4 2 ProMusAA do Museu Vivo da Mem ria Candanga Exposi o Tempor ria O Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet n
383. os tinha tempo determinado de dura o pois com o fim das obras deveriam ser extintas Mas a popula o que se instalou na capital em busca de trabalho lutou pela garantia de perman ncia da Cidade Livre que se desenvolveu s margens do que viria a ser uma das vias mais importantes do atual N cleo Bandeirante e do Distrito Federal a Estrada Parque Ind stria e Abastecimento EPIA e que configura uma importante via de integra o da cidade com o entorno Holanda 2010 Com os rumores sobre a dissolu o da Cidade Livre foi criado o Movimento Pr Fixa o e Urbaniza o do N cleo Bandeirante Em 1961 foi aprovada a regulariza o da rea quando os habitantes passaram a lutar pela implanta o de infraestrutura b sica Ao longo da d cada de 1960 as edifica es em madeira foram substitu das pelas de alvenaria e em 1964 o N cleo Bandeirante passou a integrar uma das Regi es Administrativas de Bras lia Atualmente identificada como RA VII A comunidade da Lonal ndia conseguiu sua estabilidade com a transfer ncia para a atual Candangol ndia e a comunidade da invas o do IAPI participou da forma o da Ceil ndia hoje RA IX Portanto os que resistiram conseguiram moradia nestas Regi es Administrativas do DF H que se ressaltar a capacidade de articula o da popula o que conseguiu manter se na rea e foi aos poucos revertendo a situa o e transformando o car ter provis rio dos assentamentos em bairros co
384. os vest gios de forma cient fica pode permitir sua reavalia o e sua adequa o aos novos meios e novos conhecimentos Para Nora s podem ser considerados lugares de mem ria os que o s o nos tr s sentidos da palavra material simb lico e funcional simultaneamente na falta dessa inten o de mem ria os lugares de mem ria ser o lugares de hist ria Nora 1981 p 21 Este o conceito de Lugar de Mem ria usado nesta pesquisa Acredita se que a institui o museol gica deve procurar envolver o acervo trabalhando seus conte dos de forma a reinseri los no presente por meio de atividades pedag gicas e educacionais que induzam a pr ticas reflexivas Da mesma forma ao pensar a arquitetura como acervo ela tamb m passa a ser alvo de a es para comunicar seu conte do a fim de situar o visitante no presente por meio da hist ria vivida no local Se a mem ria t o importante para a perpetua o de uma comunidade ent o como garantir que ela seja preservada Na cultura moderna imagina se logo a apropria o de objetos e documentos que atestem a veracidade do que se quer preservar Ou seja por meio do cadastramento do que se chama de patrim nio de uma comunidade H que se pensar no entanto sobre as diferentes formas de se registrar esta cultura Em agrupamentos onde o grupo vivo mant m suas tradi es lembra Nora elas t m a cultura viva n o necessitam de um local que as mantenha Mesmo ass
385. outras A visita ajudou a saber Atitude de respeito tero MVMC emsua pessoas para visit lo mais sobre a hist ria ajuda a manter os cidade de Bras lia monumentos Figura 101 Question rio aplicado a frequentadores do MVMC Resultados Gr fico sobre como os estudantes se sentem com rela o ao MVMC como monumento da cidade Sobre como as visitas aos monumentos podem ficar mais interessantes e convidativas destacam se as respostas mais escolhidas atra es musicais filmes sobre o local e temas afins visitas guiadas e depoimentos com pessoas relacionadas ao lugar Esta ltima op o s foi oferecida aos jovens e adultos Figura 102 E Escola Plano Piloto E Escola Classe 2 E Jovens e Adultos M sicas Visitas Guiadas Depoimentos Figura 102 Question rio aplicado a frequentadores do MVMC Resultados Gr fico com as op es mais escolhidas de como tornar as visitas aos monumentos mais atraentes As visitas com as crian as foram muito intensas Houve uma precupa o grande de envolv las no contexto da exposi o e as maquetes foram um atrativo especial As turmas das duas escolas fizeram muitas perguntas e acabaram deixando recados entusiasmados nos question rios A escola da Candangol ndia n o tinha meios para fazer a visita Foi necess rio solicitar Universidade de Bras lia a libera o de dois nibus pois apesar de ser muito perto n o havia como levar mais de sessenta crian as p pa
386. p 124 O papel da a o educativa na rela o patrim nio cultural museu e sociedade enfatizado por Santos 2000 que trabalha com estrat gias e metodologias que propiciam a interface da a o cultural e educativa com a comunidade Em sua experi ncia no Museu de Arte Sacra da Bahia inovou com a proposi o de visitas guiadas que enfatizam as caracter sticas da arquitetura e dos objetos Os objetos eram apresentados de forma contextualizada por meio de pesquisas que mostravam al m do objeto em si suas caracter sticas econ micas sociais e pol ticas em diversos per odos das cole es Eram vistos como resultado das rela es sociais que os produziram em diferentes pocas e contextos Conduziu observa o percep o inserindo o referencial tamb m do presente Obteve na experi ncia uma expressiva participa o dos alunos Santos ainda apresentou o Museu aos professores de uma grande escola do bairro com um planejamento de adequa o dos conte dos das disciplinas s cole es do museu Mas os alunos demonstraram interesse em saber mais sobre a evolu o hist rica da cidade pois a escola est situada no Centro Hist rico de Salvador Foi ent o que surgiu a ideia de uma a o educativa que partiu do museu mas que atuou como um processo de musealiza o do espa o urbano com a participa o de alunos professores e moradores Estas pr ticas museol gicas inovadoras trabalharam com o patrim nio global ou
387. p 42 c O repensar a a o social dos museus tem como objetivo propiciar um espa o onde passado e presente estejam em permanente tens o e avalia o Santos 1996 p 51 Na Mesa Redonda de Santiago do Chile Jorge Henrique Hardoy fez uma longa exposi o dos problemas urbanos das cidades da Am rica Latina e segundo Varine foi o pronunciamento do arquiteto e urbanista que provocou uma tomada de consci ncia da dist ncia entre as realidades europeias norteamericanas e latinoamericanas Portanto os problemas urbanos passaram a ser tratados com especial aten o no evento A recomenda o decorrente foi a de que os museus pudessem ser agentes de a es ligadas ao desenvolvimento e transforma o social No documento de Santiago estas preocupa es ficaram evidentes por meio das seguintes proposi es que nos museus de cidade sejam trabalhados enfaticamente o desenvolvimento urbano e seus problemas por meio de exposi es e de investiga es que tenham espa o para exposi es especiais tratando de problem ticas relacionadas com o desenvolvimento urbano contempor neo e que os grandes museus deem suporte instala o de exposi es e museus menores nos diversos bairros das cidades e nas zonas rurais esclarecendo a popula o sobre as conveni ncias e os problemas das grandes cidades ICOM 1972 Esta nova concep o museol gica traz a distin o de dois tipos de acervo o institucional e o operacional que
388. para outra pesquisa a fim de verificar se as contribui es e os instrumentos utilizados neste exemplo podem ser adequados tamb m a edif cios cujo tombamento partiram de iniciativas do estado de entidades relacionadas a camadas mais intelectualizadas ou mesmo de camadas sociais mais abonadas A ideia sempre inserir a sociedade no contexto da hist ria da arquitetura e do urbanismo que est sendo contada procurando aproxim la de temas relacionados com o cotidiano das pessoas Conclui se que a arquitetura de um museu quando um patrim nio arquitet nico pode ser reconhecida e portanto trabalhada como acervo da institui o E ainda mais conseguiu se identificar como as a es propostas na iniciativa levada a cabo no Museu Vivo da Mem ria Candanga por meio dos depoimentos podem sim refletir a es de inclus o social identidade e cidadania A inclus o social pode ser conquistada por meio da disponibilidade de se contar a hist ria por meio das maquetes dos guias de auriculares da intera o com o dia a dia dos visitantes com informa es de sua realidade e de locais onde possam deixar relatos tirar d vidas e sentirem se participantes da narrativa Ressalte se aqui a fala do Sr Joel que ap s 19 anos de trabalho no local como vigilante confessou sentir se pela primeira vez apto a responder as perguntas dos visitantes do museu Todos os funcion rios do museu independente da fun o que ocupam foram convidados
389. partamento de Museologia 135 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga os Objetivos do Museu A gest o era compartilhada ou seja todos compartilhavam igualmente da autoridade e tinham responsabilidade sobre o bem comum Os professores participavam do planejamento e da escolha do tema geral do ano seguinte Ao longo do percurso tudo era feito seguindo as metas estabelecidas nos planos de a o e segundo um programa de avalia o sistem tica Um dos projetos desenvolvidos pelo museu escola foi com a Col nia de Pescadores de Itapo Foi feita uma apresenta o do programa um primeiro diagn stico e definida uma rela o de temas a serem desenvolvidos e dos problemas a serem trabalhados pelo grupo A integra o com os pescadores foi muito importante e aconteceu a partir da discuss o sobre o que patrim nio num semin rio no mar Com a apreens o do conceito os pr prios pescadores come aram a definir o que eles consideravam como patrim nio As atividades foram desenvolvidas a partir dos temas selecionados e avaliadas periodicamente A a o propiciou uma integra o entre a escola e a comunidade da regi o em torno do tema presente na vida dos que moram no bairro Santos ressalta a import ncia de devolver para o grupo o estudo elaborado O car ter coletivo do processo de investiga o d credibilidade ao
390. peito aos testemunhos materiais do homem e do seu meio ambiente Ele os adquire conserva os transmite os e os exp e especialmente com inten es de estudo de educa o e de deleite Houve posteriormente uma amplia o deste conceito Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 36 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga comunidade na din mica do museu como da interdisciplinaridade principalmente com as ci ncias sociais Esse olhar sobre o papel do museu levou tamb m a reflex es sobre a postura dos conservadores e dos respons veis pelas institui es que quase sempre definem os acervos e suas formas de exposi o Para Santos 1999 contudo o surgimento do Movimento Internacional para a Nova Museologia tem ra zes anteriores ainda no final da d cada de 1950 e in cio da d cada de 1960 per odo que a autora descreve como o despertar da consci ncia popular e de sua capacidade de enfrentamento do Estado com vistas a transforma es sociais Neste cen rio a educa o foi identificada como sendo um importante fator para a forma o desta consci ncia social Um dos grandes nomes deste movimento foi justamente Paulo Freire Santos 1999 compreende que esta mudan a de foco na a o dos museus com um vi s mais social e pautado na educa o foi reflexo do proce
391. pera se que esta exposi o intitulada HJKO arquitetura e mem ria contribua da seguinte forma Culturalmente com a disponibiliza o do acervo arquitet nico e urban stico da rea em especial do HJKO como forma de reflex o sobre o passado e a situa o presente das reas envolvidas Candangol ndia N cleo Bandeirante e Ceil ndia al m da expectativa de aproxima o da sociedade com o seu patrim nio constru do Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 172 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Em termos socioecon micos ao contar com a parceria da comunidade na disponibiliza o de informa es fotografias e documentos relacionados com a poca da constru o para contribuir com a forma o de uma cultura de valoriza o dos vest gios hist ricos e a consequente preocupa o com sua preserva o Esta aproxima o pode servir para a apropria o do patrim nio pela comunidade e a utiliza o de suas depend ncias como apoio em cursos profissionalizantes e de artes Um dos pontos destacados no projeto o de elabora o de uma Agenda Cultural em parceria com a Secretaria de Cultura do GDF com a es educativas complementares aos conte dos did ticos das escolas do DF principalmente aos conte dos do 3 Ano do Ensino Fundamental e 2 Ano do E
392. pessoas Porque n o h atividades de intera o e um lugar chato Porque ningu m quer me acompanhar para um lugar como este OO sl OD GO IND rd 14 03 13 Voc se sente representado em algum destes monumentos Catetinho Catedral Pra a dos Tr s poderes Em nenhum deles 1 Esplanada dos Minist rios 3 Torrede TV 5 Pal cio da Alvorada 7 Memorial JK 00D IO Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VHI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 15 Q3 14 Voc j ouviu falar do Museu Vivo da Mem ria Candanga 1 Sim 2 N o 16 Q3 15 Quem falou dele para voc Um amigo Algu m que mora perto Viu num livro que trata sobre a hist ria de Bras lia No site da Secretaria de Cultura Numa propaganda de evento que aconteceu l Na escola ou na universidade OUTER GO IN 7 Q3 16 Voc j visitou o Museu Vivo da Mem ria Candanga 18 Q3 17 Voc sabe o que funcionava no local antes de virar um museu Escola Hospital Parque Com rcio Outra cidade N o sei Sy Ends Go NDA 19 Q3 18 Se voc j tiver ido ao MVMC assinale o motivo de sua ida 1 Algu m convidou 2 A escola ou universidade fez um passeio ao local 3 Foi a um evento no local 4 Queria saber mais sobre a hist ria de Bras lia e de sua comunidade 5 Ol
393. pidez de constru o e a condi o pr via de provisoriedade tornando se esse por assim dizer seu pr prio vern culo t cnica construtiva rudimentar mas de muito bom acabamento linhas arquitet nicas repetidas em todos os objetos constru dos que ao inv s de impor lhe monotonia conferem lhes uma harmonia de volumes e planos que contribuem bastante pregn ncia do tipo como n o s testemunho mas s mbolo de poca a diversidade do tipo criada por varia es num mesmo tema que seriam certos elementos como esquadrias combog s detalhes de fachada realizados com o mesmo material madeira em desenhos variados boa qualidade de espa os internos e externos com bons efeitos na cria o de microclima e conforto ambiental adaptado ao clima da regi o Nesse quadro tem papel destacado o Hospital Juscelino Kubistchek de Oliveira e o acampamento pioneiro a que deu origem e nome Acampamento do Hospital HJKO GT Bras lia 1983 p 03 Foi a terceira constru o realizada pela Novacap em Bras lia Os primeiros funcion rios moravam no pr prio hospital eram seis m dicos al m das enfermeiras e funcion rios Dormiam nos leitos havia uma turma que dormia enquanto a outra trabalhava porque n o tinha cama para todo mundo e mais os doentes Posteriormente foi constru do o acampamento JKO com as resid ncias dos funcion rios e outros servi os complementares Como era pr prio do ideal de Bras lia e chegou a
394. pital Jornal de Bras lia em 28 02 84 Pioneiros pedem tombamento do ex hospital JK Jornal de Bras lia em 23 08 83 Pr mem ria estuda tombamento de Hospital JK Moradores querem hospital de volta Jornal do Brasil em 05 08 84 Tombamentos em Bras lia s o causa de diverg ncia Jornal de Bras lia em 06 10 85 Bras lia resgata patrim nio hist rico Jornal de Bras lia em 04 07 85 Tombamento vai preservar Hospital JK 163 Decreto de Tombamento de n 9 036 de 13 11 85 Di rio Oficial n 217 Folha M 03 de 13 11 85 Decreto n 9 036 de 13 11 1985 164 As a es aconteceram em sete das oito casas da alameda principal em quatro dos sete galp es de alojamento no galp o de servi os e necrot rio e na edifica o que abrigava o atendimento hospitalar e ambulatorial Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 158 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 51 HJKO Bras lia Alameda central na Figura 52 Museu Vivo da Mem ria Candanga Bras lia entrada no final da d cada de 1950 Fonte Alameda de entrada atualmente Fonte Gabriela Tenorio Arquivo P blico do DF Vinculado SEC DF o MVMC n o um organismo aut nomo n o tem dom nio do terreno onde est implantado e n o possui dota o or ament ria Sua gest o toda feita v
395. po Carta de Veneza 1964 A compreens o do fato urbano segundo Rossi deve ser feita por meio do tipo e n o da fun o pois o funcionalismo pode ser importante na classifica o das cidades para outros fins como para compreender aspectos construtivos ou associativos mas que se distanciam de uma compreens o mais pr xima do real Essa compreens o a que se origina nos fatos urbanos persistentes que se identificam com o monumento cuja atribui o se d pelo seu valor constitutivo pela hist ria e pela arte pelo ser e pela mem ria Rossi 2001 p 56 Na sua teoria dos fatos urbanos destaca como fundamental a delimita o de uma rea estudo de acordo com a inten o da pesquisa e que pode ser escolhida por meio de uma abordagem geogr fica hist rica vertical ou qualquer outra para que se tenha o dom nio do recorte a fim de compreend lo como uma parte diferenciada do todo que se articula em v rias dimens es A resid ncia apesar de ser considerada em sua grande maioria como subordinada a outros fatos urbanos a grande formadora do tecido urbano mas al m dela Rossi lembra ainda que h determinados elementos que funcionam como n cleos de agrega o que ele define como elementos prim rios O conjunto formado pela rea estudo e por tais elementos dentro de sua teoria a estrutura f sica da cidade mas observando sob a tica da sociologia interpreta os elementos prim rios e as
396. prio rg o Estas informa es de ordem socioecon mica s o de importante significado para a proposi o das a es No entanto desde 2006 verificou se que o INBU estava direcionado ao patrim nio que j estava tombado e muito focado nas produ es dos s culos XVI a XVII Nos Encontros Regionais do IPHAN surgiram inquieta es com rela o a estas quest es pois novas frentes 195 de estudo se abriam Em 2007 em semin rio interno decidiu se investir em um sistema nico de cataloga o dos dados a fim de dar suporte a uma nova pol tica de gest o Em abril de 2008 em encontro com os superintendentes do rg o em Salvador foi apresentada uma vers o preliminar Em julho do mesmo ano foram montados grupos de trabalho para a formula o das fichas e em 2009 o trabalho foi apresentado de forma definitiva como importante elemento de gest o integrada dos bens e com um aspecto propositivo Estava criado o SICG O Sistema Integrado de Conhecimento e Gest o SICG Minist rio da Cultura IPHAN um instrumento criado pelo IPHAN com o objetivo de integrar em uma base de dados nica as informa es relacionados ao patrim nio cultural em especial aos bens de natureza material s cidades hist ricas aos bens m veis e integrados edifica es paisagens arqueologia patrim nio ferrovi rios entre outras Uma das principais aplica es do SICG a composi o de Invent rios de Conhecimento com o fim de for
397. propiciar ambiente adequado ao conv vio e expans o FIGURA 11 O pavimento t rreo do setor central desse conjunto de teatros e cinemas manteve se vazado em toda a sua extens o salvo os n cleos de acesso aos pavimentos superiores a fim de garantir continuidade perspectiva e os andares se previram envidra ados nas duas faces para que os restaurantes clubes casas de ch etc tenham vista de um lado para a esplanada inferior e do outro para o aclive do parque no prolongamento do eixo monumental e onde ficaram localizados os hot is comerciais e de turismo e mais acima para a torre monumental das esta es radioemissoras e de televis o tratada como Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia IV MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga elemento pl stico integrado na composi o geral Figs 9 11 12 Na parte central da plataforma por m disposto lateralmente acha se o sagu o da esta o rodovi ria com bilheteria bares restaurantes etc constru o baixa ligada por escadas rolantes ao hall inferior de embarque separado por envidra amento do cais propriamente dito O sistema de m o nica obriga os nibus na sa da a uma volta num ou noutro sentido fora da rea coberta pela plataforma o que permite ao viajante uma ltima vista do eixo monumental da cidad
398. ptando os realidade da proposta e dimens o do projeto De acordo com Severino 2008 na Pesquisa A o mais que compreender a realidade busca se intervir na situa o a fim de transform la Portanto ao mesmo tempo em que se faz o diagn stico e a an lise s o propostas mudan as que buscam melhorias na situa o apresentada Foram utilizadas v rias t cnicas de coleta de dados como pesquisa bibliogr fica e documental entrevistas e question rios O ProMusAA foi elaborado pensando se em como contar a hist ria do lugar seu contexto hist rico sua arquitetura e sua import ncia para o reconhecimento da identidade do morador do Distrito Federal Foram formuladas a es que propiciassem um envolvimento do visitante com o acervo arquitet nico e as hist rias passadas no local trazendo sempre as quest es da inclus o social Tais a es foram pensadas para responder os seguintes questionamentos O que o museu tem a mostrar por meio da arquitetura O que deve ser comunicado e como Que recursos utilizar Como envolver o visitante Como tornar este museu uma refer ncia identit ria Como trazer os moradores das regi es adjacentes que t m a ver com a hist ria do lugar para usufruir o espa o que foi feito para eles Como existe uma restri o or ament ria e est em curso a solicita o de verbas para implementa o da iniciativa foram consideradas duas estrat gias uma Exposi o de Longa Dura o e uma Exposi
399. quitetura tamb m se mostra no lugar da exposi o mas n o de forma invasiva Nestes projetos a arquitetura acontece de forma silenciosa por m digna de nota z Finalizando este momento importante que se remeta ao exemplo do Museu Guggenheim de Bilbao projeto do arquiteto Frank Ghery 1991 97 Em seu percurso profissional Ghery sempre perseguiu um desejo de que a arquitetura assumisse toda sua potencialidade enquanto arte Seus projetos sintetizam esta busca de identidade no campo da arquitetura quando expressou claramente seu desejo de ser um artista pl stico Sua trajet ria arquitet nica uma pesquisa intensa em cima de materiais e formas No projeto de Bilbao por tr s do aparente caos h uma sintese expl cita dos diversos tipos de concep o museogr fica Montaner 2003 p 21 O projeto apresenta salas convencionais enfileiradas e projetadas para exposi es de formatos tradicionais ambientes de ateli grandes salas que podem abrigar obras de formatos maiores espa os de altura dupla que abrigam instala es e cole es formas singulares recantos ou locais de passagem e grandes salas neutras para exposi es tempor rias de visita o maci a Os tr s n veis de galerias do edif cio se organizam ao redor do trio central e conectam se mediante passarelas curvil neas elevadores de vidro e torres de escadas S o 11 000m de espa o expositivo O percurso pelo interior do museu bastante claro As p
400. r em sua cidade testemunhos de sua hist ria A seguir encontra se a Ficha Catalogr fica do Acervo Arquitet nico e logo depois a mesma ficha com instru es de preenchimento nos moldes do que feito pelo IPHAN no SICG Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 221 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga FICHA CATALOGR FICA DE ACERVO ARQUITET NICO 1 IDENTIFICA O 1 2 Uso original 1 3 Nome 1 4 C digo Original Identificador IPHAN 1 5 Localiza o 1 6 Tipologia 1 7 Projeto 1 8 A o Museol gica Museol gico Educativa Sim Sim N o N o 2 TOMBAMENTO 2 2 Individual 2 4 Municipal 2 7 Processo Data Ema 2 3 Conjunto 2 5 Estadual 2 8 Livro 2 6 Federal 2 9 P gina a 3 DADOS COMPLEMENTARES 3 1 Autor e data 3 2 Autor e data do projeto original do projeto atual 3 3 Hist rico de interven es 3 4 rea total do 3 5 rea edificada terreno 3 6 Imagem Atual 3 7 Imagem 3 8 Imagem 3 9 Imagem Data Data Data 4 CONTEXTO URBANO 4 1 Contexto 4 2 Contexto 4 3 Contexto 4 4 Contexto Urbano Data Urbano Data Urbano Data Urbano Data 4 5 Observa es 4 6 Observa es 4 7 Observa es 4 8 Observa es 4 9 Implanta o 4 10 Planta Baixa Universidade Lus fona de H
401. ra o e resgate de identidades 165 O terreno pertence ao Instituto Nacional de Seguro Social INSS O Governo do Distrito Federal GDF est negociando a permuta com outra rea desde a d cada de 1980 166 Esta ideia muito enfatizada pela gestora do museu e encontra se na p gina oficial da Secretaria de Cultura O material de divulga o mais antigo apesar de ressaltar a import ncia da edifica o para a compreens o do tema principal que a hist ria da forma o da cidade de Bras lia n o identifica claramente o patrim nio arquitet nico como acervo diferentemente do que feito atualmente 17 Esta exposi o composta por fotografias de M rio Moreira Fontenelle primeiro fot grafo oficial de Bras lia Peter Scheir e Joaquim Paiva al m de acervo do Bras lia Palace Hotel e do HJKO Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 159 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga As oficinas trabalham com os saberes e os fazeres que as pessoas trouxeram quando vieram para c Bras lia uma jun o do Brasil inteiro cada um traz um pouco do seu saber da sua regi o Isto se mescla e forma Bras lia Um n o mais que o outro Bras lia todos juntos As oficinas s o um espa o de manuten o de identidades e de recria o destas identidades Maciel 2
402. ra atravessar uma via de tr fego intenso sob o sol da seca do cerrado e com a umidade baix ssima A alegria das crian as Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 208 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga x 18 emocionou a todos os envolvidos no passeio Por suas mensagens pode se compreender como o patrim nio cultural refor a a ideia de cidadania Eu adorei minha av foi criada l Gabriela 2 Muito obrigada pelo passeio eu aprendi muito e muito interessante o Museu Vivo da Mem ria Candanga Marcella Eu adorei conhecer coisas da minha cidade gostei de aprender melhor sobre Bras lia e dos candangos que constru ram essa bela cidade Marcus Acho muito importante o museu ele nos ajuda a saber mais sobre a hist ria de Bras lia Maria Eduarda Quando eu fui ao museu prestei muita aten o e gostei muito de l por isso eu vou chamar muit o sic de pessoas para ir l e conhecer a historia do nosso pa s e vou falar pra cuidar de l Mickael Acho que o passeio foi legal vou falar para as minhas amigas para irmos visitar v rias vezes Leticia Obrigado por nos ajudar a entender mais sobre a constru o de Bras lia Lucas Jos A import ncia de vir a este museu de aprender a hist ria da cidade onde moramos Adolfo Silva Para que eu
403. ra da qual abriga os vest gios Os arcos se repetem ao longo dos percursos A arquitetura foi pensada como um suporte museogr fico trazendo equil brio e dando nfase aos objetos Este museu enfatiza a liga o da arquitetura de seu inv lucro mural com o conte do expositivo H uma clara inten o de valorizar os objetos por meio da proposta espacial dos romanos grandiosos lugares fechados cheios de luz onde a linguagem predominante a do arco A inten o n o foi a c pia do passado mas uma releitura do espa o o que torna a experi ncia reflexiva e contemplativa Figura 17 e Figura 18 Figura 17 Museu Romano de M rida Entrada Fonte Figura 18 Museu Romano de M rida Nave principal museoarteromano mcu es Fonte museoarteromano mcu es A entrada do Museu Judaico de Berlim de Daniel Libeskind 1988 99 feita pelo Museu da Cidade edifica o de 1735 parcialmente destru da pela guerra De acordo com o autor o projeto uma desconstru o da estrela de Davi e possui tr s eixos subterr neos que se cruzam O primeiro eixo o mais longo tem in cio no pr dio barroco e continua com uma escadaria que leva a uma exposi o de longa dura o sobre o passado e o presente dos judeus Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 93 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria
404. ra e mem ria Parede 09 do m dulo T cnica Construtiva e maquete da casa destinada aos m dicos e funcion rios do HJKO No local de Exposi o Tempor ria do MVMC poss vel observar que a reconstru o de parte do hospital foi feita de forma diferente da constru o original A presen a da maquete propicia um entendimento do espa o que vai ser vivenciado ao longo da visita nas casinhas onde se desenvolvem outras atividades e que est o completamente diferentes em planta da proposta original As casas eram geminadas e abrigavam duas fam lias poss vel tamb m identificar a disposi o diferente da atual pois as casas eram voltadas para o jardim e n o para a alameda central 2 A maquete uma forma de disponibilizar para os que n o visualizam bem as informa es contidas na planta baixa o espa o destinado s fam lias M dulo M o de obra A parede 10 do m dulo M o de obra Figura 96 explica a origem da palavra candango e sua evolu o sem ntica As imagens todas do Arquivo P blico do DF mostram a chegada dos candangos ao planalto central a hora da comida nos Servi os de Alimenta o da Previd ncia Social datas festivas e o primeiro dia do trabalho comemorado durante a constru o de Bras lia Ao lado duas fotografias da escultura de Bruno Giorgi conhecida como Os Candangos e que est no meio da Pra a dos Tr s Poderes em Bras lia Finalizando um carro de poca batizado batizado com o nome dado
405. ra o local Na ocasi o foram executadas a es de restaura o do conjunto e algumas interven es com vistas implementa o do Museu Vivo da Mem ria Candanga MVMC Figura 51 e Figura 52 A grande preocupa o do tombamento foi com a preserva o de elementos essenciais da tipologia construtiva das obras da fase inicial da constru o de Bras lia e do espa o formado pelas edifica es que por sua vez estavam em p ssimo estado Grande parte do hospital j havia ca do e parte dele foi reconstru da 162 A seguir algumas manchetes de jornais sobre o assunto Jornal ltima Hora DF em 23 09 84 Demoli o do JK impedida Hospital pode ser tombado Entidades pedem tombamento HJKO Correio Braziliense em 11 06 84 Hospital JK hist ria ou ru na Estudantes aproveitam o impasse para pintar quadros no local Correio Braziliense em 27 07 84 JKO tombado o sonho de uma comunidade Correio Braziliense em 15 09 84 HJKO ser patrim nio hist rico Hospital JK tem novas ades es Ultima Hora em 25 08 84 Morte ao passado Hospital entregue por JK condenado Jornal de Bras lia em 04 11 84 Tombamento nas m os do GDF Popular 15 07 84 A reabertura da igreja Jornal de Bras lia em 14 07 84 Presidente do IAB apoia tombamento do Hospital JK Jornal do Brasil em 05 08 84 Tombamentos em Bras lia s o causa de diverg ncia Correio Braziliense em 05 08 84 Passarinho garante que vai preservar hos
406. ral E a do homem p s moderno cuja identidade plenamente unificada completa segura e coerente uma fantasia medida que os sistemas de significa o e representa o cultural se multiplicam somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades poss veis com cada uma das quais poder amos nos identificar ao menos temporariamente Hall 2006 p 13 Diante da globaliza o as identidades locais s o postas prova Hall sintetiza a quest o de como a um s tempo o global e o local podem ser reformulados e valorizados ao lado da tend ncia em dire o homogeneiza o global h tamb m uma fascina o com a diferen a e com a mercantiliza o da etnia e da alteridade H juntamente com o impacto do global um novo interesse pelo local A globaliza o na verdade explora a diferencia o local Assim ao inv s de pensar no global como substituindo o local seria mais acurado pensar numa nova articula o entre o global e o local Entretanto parece improv vel que a globaliza o v simplesmente destruir as identidades nacionais mais prov vel que ela v produzir simultaneamente novas identifica es globais e novas identifica es locais Hall 2006 p 78 A identidade n o fruto apenas do pertencimento nato ela pode ser criada As pessoas podem passar a se identificar com determinados lugares pensamentos conceitos
407. ras lia iniciaram o levantamento da rea e o contato com a comunidade Em 13 de novembro de 1985 por meio do Decreto N 9 036 o Governo do Distrito Federal tombou o Acampamento do HJKO O Departamento do Patrim nio Hist rico e Art stico do DF passou a funcionar em suas instala es at a d cada de 1990 Em 26 de abril de 1990 foi inaugurado o Museu Vivo da Mem ria Candanga nas instala es do antigo Acampamento do HJKO Simplicidade de linhas arquitet nicas e materiais construtivos madeira imposta pela necessidade de rapidez de constru o e a condi o pr via de provisoriedade tornando se esse por assim dizer seu pr prio vern culo t cnica construtiva rudimentar mas de muito bom acabamento linhas arquitet nicas repetidas em todos os objetos constru dos que ao inv s de impor lhe monotonia conferem lhes uma harmonia de volumes e planos que contribuem bastante pregn ncia do tipo como n o s testemunho mas s mbolo de poca a diversidade do tipo criada por varia es num mesmo tema que seriam certos elementos como esquadrias combog s detalhes de fachada realizados com o mesmo material madeira em desenhos variados boa qualidade de espa os internos e externos com bons efeitos na cria o de microclima e conforto ambiental adaptado ao clima da regi o Nesse quadro tem papel destacado o Hospital Juscelino Kubistchek de Oliveira e o acampamento pioneiro a que deu origem e nome Acampamento do Hospital
408. rbanos persistentes se identificam com os monumentos que os monumentos s o persistentes na cidade e persistem efetivamente inclusive do ponto de vista f sico Essa persist ncia e perman ncia dada por seu valor constitutivo pela hist ria e pela arte pelo ser e pela mem ria Rossi A 2001 p 56 E citando Burckhardt Rossi enfatiza o papel da arquitetura na constru o da hist ria coloca se a pergunta de que modo a hist ria fala mediante a arte Isto acontece antes de mais nada atrav s dos monumentos arquitet nicos que s o a express o volunt ria do poder seja em nome do estado seja em nome da religi o assim o car ter de na es civiliza es e pocas inteiras fala atrav s do conjunto de arquitetura Rossi A 2001 p 98 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 66 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Outro elemento de destaque na teoria de Rossi a distin o entre a esfera p blica e a esfera privada instrumento b sico para a interven o na cidade hist rica Acredita que a revaloriza o do monumento como marco age na defini o da imagem e do car ter da cidade Neste sentido que este estudo enfatiza a import ncia de se estabelecer via procedimentos museol gicos uma comunica o efetiva da arqu
409. receito constitucional de transferir a capital do pa s do litoral no Rio de Janeiro para a regi o centro oeste no quadril tero definido pela Miss o Cruls de 18928 Poli Coelho e ratificado em 1948 pela Miss o V rias atitudes em prol da constru o da nova capital foram tomadas no ano de 1955 e em 1956 o Presidente Juscelino Kubitscheck solicitou ao Congresso Nacional a REA cronologia resumida da mudan a da capital um dos textos da exposi o e est reproduzida no item 3 3 2 1 1 desta tese 127 Sobre este epis dio JK diz que respondeu pergunta de Ant nio Carvalho Soares de forma hesitante porque at aquele momento n o havia pensado no assunto como uma de suas metas de governo 28 A Comiss o Exploradora do Planalto Central conhecida como Miss o Cruls foi constitu da em 17 de maio de 1892 e dirigida pelo engenheiro e astr nomo belga Luiz Cruls O objetivo era explorar e delimitar a rea a ser ocupada pela futura capital do Brasil Fizeram parte da comiss o al m de dois m dicos farmac utico ge logo bot nico mec nico astr nomo e auxiliares O relat rio final entregue ao governo continha precisas informa es sobre a rea at ent o desconhecida Os aspectos explorados nos estudos dos especialistas tratam da topografia das fontes de energia da fertilidade do solo da geologia das fontes de gua e do clima Silva 1975 2006 a Depois de longo per odo sem se tratar da quest o da transfer
410. rem abatidos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 80 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga TF 2 2 reais em grandiosas salas de espera numa demonstra o p blica do poder Com a escrita muitos documentos come aram tamb m a ser guardados com o fim de registrar os dados econ micos a es administrativas leis e cren as No mesmo per odo no Egito as pir mides e mastabas guardavam objetos com o intuito de auxiliar os mortos na pr xima vida Alguns trajetos at o sepultamento final eram cobertos com relevos e inscri es com narrativas da vida dos fara s de pr ticas sazonais como ca adas e colheitas e de hist rias relacionadas aos deuses e governantes Kostof 1996 Al m dos t mulos nos pal cios e templos as grandiosas colunas serviam de suporte para informa es relacionadas com as cren as locais Tais fatos evidenciam a constitui o de monumentos por m o ponto de partida dos processos de musealiza o que a historiografia adota a Biblioteca de Alexandria Bruno 2006 constru da no s c III a C e frequentada por fil sofos e estudiosos No local havia ainda um anfiteatro salas de estudos galerias para esculturas observat rio astron mico jardim bot nico e uma cole o de zoologia Na Gr cia as obras de art
411. res e posteriores visitas guiadas Entre os entrevistados est o 66 alunos do 3 Ano do Col gio Marista Jo o Paulo II escola particular do Plano Piloto de Bras lia 56 alunos do 4 Ano da Escola Classe II da Candangol ndia rea muito pr xima ao MVMC 33 alunos do primeiro semestre da FAUUnB 14 servidores do MVMC e 14 alunos da disciplina Bras lia uma experi ncia urban stica pr tica e teoria disciplina do curso de arquitetura onde est o matriculados alunos de v rios cursos da UnB Nas quest es relacionadas com o conhecimento pr vio do MVMC foram retirados para fins de estat stica os funcion rios do museu Na Figura 99 o gr fico mostra que apenas 34 dos alunos da escola do Plano Piloto j haviam ouvido falar do Museu Vivo enquanto que 64 dos alunos da Candangol ndia sabiam de sua exist ncia Entre os jovens e adultos do DF 67 sabiam de sua exist ncia mas apenas 7 j tinham ido ao local A segunda pergunta n o foi aplicada s crian as E Alunos Plano Piloto E Alunos Candangol ndia E Jovens e adultos J tinham ouvido sobre o J haviam visitado o MVMC MVMC Figura 99 Question rio aplicado a frequentadores do MVMC Resultados Gr fico sobre o conhecimento pr vio do MVMC por parte dos entrevistados A Figura 100 mostra um fato interessante praticamente inversa a propor o dos alunos que tinham conhecimento pr vio do MVMC nas duas escolas Dos alunos da escola do P
412. res sejam de artesanato ou de outras categorias e outros rg os governamentais ligados ao desenvolvimento social Na vis o de K hl 2009 a situa o no Brasil com rela o preserva o do patrim nio a de que apesar de se pensar h d cadas sobre o assunto as dificuldades ainda s o muito grandes e est o principalmente ligadas escassez de recursos financeiros e humanos A legisla o j avan ou bastante e em todas as inst ncias de governo h rg os respons veis pelo assunto mas a prepara o de pessoal para trabalhar ainda muito restrita tanto pelas caracter sticas continentais do pa s como pela falta de qualifica o em todos os n veis Neste sentido observa se que os programas Monumenta e PAC Cidades Hist ricas t m procurado sanar minimamente a demanda por meio do desenvolvimento de atividades formadoras e de capacita o Mas h ainda um longo caminho a ser trilhado A autora ainda revela sua preocupa o com a forma de atua o dos que tratam do chamado restauro cr tico no pa s que por vezes sem um aprofundamento ou amadurecimento te rico chegam a desconsiderar os aspectos documentais dos monumentos hist ricos K hl 2009 Nas ltimas duas d cadas do s culo XX as preocupa es com o desenvolvimento sustent vel chegaram aos projetos de gest o do patrim nio Foi quando ficou mais evidente que as estrat gias de conserva o devem estar atreladas a iniciativas de desenvolviment
413. retratos armas e livros no Castelo de Como Al m das galerias art sticas com esculturas e pinturas em nichos e circula o linear como a dos Medici outras tipologias de museus foram surgindo como o jardim ok 83 Ani TA ks 5 P M arqueol gico o jardim bot nico ou de ci ncias naturais e at museu de reprodu es art sticas com finalidades did ticas No s culo XVI foram constitu das as cole es reais que geraram os grandes museus estatais europeus Carre o 2004 Na Europa central surgiram o Wunder Kammer 82 E O Abade Suger considerado fundador do G tico com a reforma da Catedral de Saint Dennis 83 po P A a De acordo com Carre o esses jardins arqueol gicos t m seus antecedentes na Antiga Roma e s o jardins constru dos como anexos de s tios arqueol gicos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 83 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Chambre des Merveilles ou quarto de maravilhas com objetos artificialia o Schatzkammer ou gabinete de curiosidades da natureza e o Kunstkammer ou gabinete de arte Estes gabinetes de curiosidades os est dios e as galerias dos artistas tornaram se cada vez mais frequentes Para suas montagens eram realizadas as tarefas de observar selecionar val
414. riados aspectos do conte do de seu curr culo e incluir neste rol a educa o patrimonial um ato de cidadania respeitar o patrim nio cultural da cidade Com isso se cria respeito admira o e se age no sentido de preservar o que se conhece e a que se atribui valor seja ele hist rico sentimental est tico venal Para que se estabele a uma rela o entre o homem e a arquitetura enquanto refer ncia patrimonial necess rio que ela seja comunicada O patrim nio arquitet nico tem hist ria para contar e a museologia pode contribuir para este di logo a partir do momento que musealiza a edifica o cada vez mais a preserva o cultural ganha sentido como a pr tica de restituir reabilitar e ou reapropriar se das refer ncias patrimoniais trata se de buscar refer ncias no passado para melhor compreendermos o tempo presente e com isso termos ferramentas para assumirmos e entendermos as transforma es necess rias ao desenvolvimento social e cultural Primo 2006 p 01 Na cita o acima Primo se refere ao patrim nio cultural como um todo Mas poss vel aplic la ao patrim nio arquitet nico como refer ncia patrimonial Restitu do aqui vem no sentido de devolvido comunidade com o seu sentido expl cito com a sua carga de significados mostra com o seu conte do cognitivo trabalhado para que de posse das refer ncias do passado ela possa compreender o presente e atuar nas poss veis a es de d
415. rim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga a juventude a n o danificarem quaisquer monumentos e lhes ensinem o interesse duma maneira geral pela prote o dos testemunhos de qualquer civiliza o Carta de Atenas 1931 Este estudo volta se para o edif cio que cont m a museografia e que disp e o acervo museol gico O edif cio que nem sempre foi constru do para aquele fim mas que foi escolhido e adaptado justamente por ser testemunho importante de um fato de uma poca da vida de uma personalidade pelo seu contexto urbano ou valor art stico pois uma tese sobre como tratar um acervo que abriga outro acervo A pergunta inicial que motivou a pesquisa para a tese foi a seguinte A arquitetura de um museu quando um patrim nio arquitet nico pode ser reconhecida e portanto trabalhada como acervo da institui o Esta indaga o assume a premissa de que obra arquitet nica reconhecida como patrim nio infere se um potencial campo de informa es a serem estudados sob diversos aspectos relevantes para a forma o de cidad os conscientes de seu papel na sociedade e de suas potencialidades Al m disso viabiliza a es de inclus o social cidadania e desenvolvimento por meio de din micas que tomem por base a pr pria hist ria da arquitetura e do urbanismo a cultura a hist ria e a mem ria da comunidade luz da Sociomuseologia h ainda outros
416. rio Nacional de Refer ncias Culturais INSS Instituto Nacional de Seguridade Social IPHAN Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IUCN Uni o Mundial para Conserva o da Natureza MAB Museu de Arte de Bras lia MAC Museu de Arte Contempor nea de Niter i MAM Museu de Arte Moderna MDCI Museu Did tico Comunit rio de Itapo MEC Minist rio da Educa o MINOM Movimento Internacional para a Nova Museologia MNBA Museu Nacional de Belas Artes MoMA Museu de Arte Moderna de Nova York MPUSP Museu Paulista MuBE Museu Brasileiro da Escultura MVMC Museu Vivo da Mem ria Candanga NOPH N cleo de Orienta o e Pesquisa Hist rica Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 11 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Novacap Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil OEA Organiza o dos Estados Americanos ORCALC Oficina Regional de Cultura para a Am rica Latina e o Caribe OSCIP Organiza o da Sociedade Civil de Interesse P blico PNM Pol tica Nacional de Museus POC Programas Operacionais para a Cultura RA Regi o Administrativa RIMA Relat rio de Impacto sobre o Meio Ambiente SAC Sal o de Arte Contempor nea SAPS Servi o de Alimenta o da Previd ncia Social SeC DF Secretaria de Cultura do
417. riora o do hospital e do conjunto mas destacam se alguns aspectos curiosos no relat rio Os moradores eram em sua maioria ex funcion rio do HJKO que ficaram vivendo no local at 1984 em situa o irregular e de inseguran a Este fato ajudou a manter a integridade f sica das casas mesmo com a exist ncia de altera es para amplia o de suas reas as invas es aumentaram com a constru o de barracos mas com o tempo a ambi ncia do conjunto melhorava com o crescimento da vegeta o de quintal e do bosque de eucaliptos que contornava o local SECDF DePHA 1985 p 06 Em meados de 1983 o Instituto de Administra o Financeira de Previd ncia e Assist ncia Social IAPAS antigo IAPI propriet rio da rea decidiu pela demoli o do 155 HJKO o que gerou protesto da comunidade que interp s uma A o Popular A liminar foi imediatamente concedida pela Justi a Federal e a demoli o foi sustada A comunidade 154 Esta nomenclatura deve se ao Plano de Assist ncia M dica que n o foi implantado na sua totalidade 155 A A o Popular n V 204 83 com pedido de Liminar foi expedida em 22 de setembro de 1983 pelo funcion rio p blico Professor Nilton Ismael Rosa morador da rea do HJKO na casa 10 Em 02 de setembro de 1983 Ismael Rosa j havia entrado com um pedido de an lise da documenta o com vistas ao Tombamento do HJKO junto ao Presidente da Funda o Nacional Pr Mem ria informando que
418. rquitet nico J a Ficha M 303 Bem im vel Arquitetura Caracteriza o interna disponibiliza informa es t cnicas mais detalhadas sobre o interior do im vel seu uso original e atual t cnicas construtivas materiais de acabamento bens m veis e integrados e outras informa es relevantes A Ficha M 304 Bem im vel Conjuntos rurais aplica se a im veis em reas rurais como fazendas pequenas propriedades engenhos entre outros tipos recorrentes Para im veis destacados do conjunto podem ser preenchidas as fichas M 301 M 302 e M 303 A Ficha M 305 Bem m vel e integrado cadastra obras de arte e bens integrados aos edif cios As fichas M 306 Patrim nio Ferrovi rio e M 307 Patrim nio Naval est o relacionadas a dois temas espec ficos dentro do conjunto de estudos que segue avan ando dentro do IPHAN e que sugere a ocorr ncia de novas fichas relacionadas a pesquisas focadas em determinados assuntos tamb m de relev ncia tem tica no mbito do patrim nio cultural brasileiro Dentro do projeto SICG a ideia de que os m dulos sejam atualizados pelos parceiros rg os gestores e pesquisadores observando o armazenamento do hist rico de inser o de novos dados Na elabora o da FICAA utilizou se como par metro de constru o a Ficha Cadastral de Acervo utilizada pela Secretaria de Cultura do Paran por meio da Coordena o do Sistema Estadual de Museus 17 Esta Ficha Cadastral de Acervo encontra se no ap n
419. rsidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 4 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga AGRADECIMENTOS Escrever os agradecimentos me faz pensar no processo do doutoramento e em tudo o que ele representa A sensa o do dever cumprido de ter conseguido realizar nestes quase quatro anos uma prova exaustiva que me exigiu perseveran a humildade f muita leitura experimenta o e sensibilidade Neste per odo muita coisa aconteceu houve momentos de desesperan a de d vida de des nimo mas tudo isso serviu para me fortalecer e acreditar mais ainda nas pessoas Foram tantas as palavras de apoio e incentivo que as emo es do percurso tornaram se b lsamo desta dura jornada Externar meu agradecimento agora a todos os que partilharam da concretiza o deste trabalho a parte mais prazerosa do percurso Agrade o primeiramente a Deus em quem acredito Fonte de esperan a e fortaleza nas adversidades Aos meus pais Rui e L cia ber o da minha hist ria sin nimo de alento partilha compreens o incentivo e for a Ao Beto meu marido meu companheiro meu amigo que comigo partilha sonhos projetos esperan as e me deu a oportunidade de construir ao seu lado uma vida rica de experi ncias A Clara e a L gia Raz o e sensibilidade sorriso e l grima consolo e colo pur
420. s As demais a es museol gicas de pesquisa e preserva o tamb m s o um processo de comunica o uma vez que s o gestadas por meio de um processo constante de intera o em uma a o pautada no di logo levando se em considera o as caracter sticas dos grupos envolvidos e as diversas maneiras de estar no mundo e de se expressar por meio de diferentes linguagens Santos 1999 p 18 Santos ainda enfatiza que as a es museol gicas de pesquisa preserva o e comunica o est o atreladas entre si e aos diferentes objetivos tanto dos projetos que derivem destas a es como dos grupos sociais envolvidos Como s ntese te rico metodol gica do processo museol gico como a o interativa a autora prop e o seguinte esquema Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 60 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Produ o de conhecimento Pr tica Social Processo Museol gico pm 8 Qualifica o da cultura Musealiza o do conhecimento melado Processo museol gico enriquecido na din mica do processo social Figura 1 S ntese te rico metodol gica do processo museol gico como a o interativa de Santos 1999 p 19 Para a autora o fato museal a qualifica o da cultura em um processo interativo d
421. s fortifica es casas de c mara e cadeia palacetes conjuntos escult ricos conventos fortes ruas logradouros e edifica es privadas em reas tombadas pela Uni o Como uma das principais metas do Monumenta estimular parcerias entre governo comunidade e iniciativa privada foi criado o Fundo Municipal de Preserva o do Patrim nio Hist rico e Cultural como meio de garantir a sustentabilidade do Programa O Fundo Municipal financia as a es de preserva o e conserva o das reas do Monumenta e capta os recursos financeiros gerados pelas iniciativas do programa para utiliz los na conserva o do Patrim nio Hist rico de cada munic pio Al m disso o Fundo recebe ainda recursos or ament rios dos munic pios envolvidos contrapartidas de conv nios alugu is e arrendamentos dos im veis e doa es Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 50 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga preserva o e manuten o Muitos dos participantes do programa t m conseguido manterem se como p los culturais contribuindo para o incremento do turismo cultural e com a gera o de empregos com vistas a inclus o cultural social e econ mica da popula o Sete das nove cidades brasileiras Patrim nio Mundial fazem parte do Programa Monumenta Todas elas recebem de alguma
422. s o museu enquanto institui o e o museu enquanto obra de arte per si Ao analisar o museu internamente ou seja por seus atributos funcionais acredita se que ele atende s expectativas museol gicas A pol mica sobre este projeto gira em torno do fato de que a obra toma para si uma significa o t o preponderante que concorre com a fun o museol gica No entanto considera se que as duas atribui es podem e devem conviver estabelecendo uma sinergia Para finalizar pode se dizer que h tr s grandes momentos na arquitetura de museus O primeiro no s culo XIX quando se tem a compreens o da necessidade de se estabelecer par metros para sua constru o e s o utilizados os eixos definidores dos percursos as salas interconectadas as alas e a as rotundas como pontos de distribui o de fluxos O segundo momento no s culo XX est relacionado postura adversa hist ria que as vanguardas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 97 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga assumem criando as caixas polifuncionais deixando o mais livre e flex vel poss vel a apropria o do espa o E o terceiro momento pensa a arquitetura como um objeto de arte que por si j o objeto a ser visitado podendo atribuir notoriedade a um lugar por meio de sua exist
423. s o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga O sentido do monumento hist rico anda a passos lentos A no o n o pode ser dissociada de um contexto mental e de uma vis o de mundo Adotar as pr ticas de conserva o de tais monumentos sem dispor de um referencial hist rico sem atribuir um valor particular ao tempo e dura o sem ter colocado a arte na hist ria t o desprovido de sentido quanto praticar a cerim nia do ch ignorando o sentimento japon s da natureza o xinto smo e a estrutura nip nica das rela es sociais Choay F 2006 p 25 Quando se pensa em musealizar o patrim nio constru do que acolhe um museu e que j passou pelas etapas de valida o de seu significado o intuito o de propiciar a um maior n mero de pessoas a apropria o de seu significado enquanto patrim nio cultural e de seu valor simb lico comum que este conte do s esteja dispon vel parcela mais ilustrada da sociedade aquela tamb m desprovida de dificuldades de acesso cognitivo e f sico A inten o expor o patrim nio arquitet nico de forma que mais pessoas tenham possibilidades de compreender o resultado das pesquisas desenvolvidas nas academias e trazer para o p blico em geral este conhecimento de forma l dica ao mesmo tempo em que permita ao indiv duo refletir sobre o espa o da cidade na qual est inserido como homem como ser pensante e como cidad o Ao longo da pesquisa foram
424. s os termos de identifica o dos Ecomuseus Suas sedes podem dar se em localidades rurais ou urbanas e devem comprometer se a desenvolver e apoiar estudos relacionados ao meio ambiente de forma interdisciplinar com vistas ao desenvolvimento cultural e natural da comunidade e de sua regi o Para isso devem procurar envolver a maior parcela poss vel de segmentos da sociedade por meio de a es com grande abrang ncia a fim de tornar p blicas as informa es dispon veis O objetivo envolver toda a comunidade nas a es de desenvolvimento e preserva o do patrim nio cultural Atente se para o fato de que neste mesmo per odo realizava se a Mesa Redonda de Santiago do Chile onde foi definido o conceito de Museu Integral Para Varine a primeira tentativa de aplica o dos preceitos discutidos no encontro latinoamericano o Ecomuseu Casa del Museo uma extens o suburbana do Museu Nacional de Antropologia do M xico experi ncia realizada entre os anos de 1973 74 Na Casa del Museo foram realizadas interven es em tr s reas de bairros populares Por meio de a es e revis es destas a es conseguiu se obter xito no programa No primeiro momento a comunidade acabou n o participando como desejado pois apesar de engajadas numa perspectiva de aproxima o museu comunidade as atividades vinham diretamente da dire o do museu ou seja n o houve uma aproxima o dos gestores e da equipe com a comunidade q
425. s europeus foi dando lugar aos modelos americanos e aos chamados containers advindos do Movimento Moderno As pesquisas formais n o acompanharam as necessidades funcionais da museologia o que Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 105 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga ocasionou certa crise Edif cios de notado valor est tico apresentam importantes defici ncias em sua funcionalidade Talvez as poucas oportunidades de experimenta es e de investimentos no setor no Brasil sejam os principais fatores que dificultam estudos para que a pr tica museol gica sinta se respaldada pela arquitetura Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 106 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Cap tulo 2 O ACERVO PELA SOCIOMUSEOLOGIA Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 107 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Neste cap tulo a quest o do acervo na Sociomuseologia destaca se por tr s aspectos detalhados a seguir No subcap tulo Mem ria e cul
426. se delineando os aspectos mais relevantes referentes ao acervo arquitet nico e que derivaram em cinco eixos tem ticos Contexto Urbano Edifica es M o de Obra T cnicas Construtivas e Mem ria Com o estudo do contexto urbano a inten o propiciar o entendimento da evolu o urbana da cidade das condi es de vida e das rela es sociais no intuito de induzir reflex es sobre a sociedade A arquitetura a cena fixa das vicissitudes do homem carregada de sentimentos de gera es de acontecimentos p blicos de trag dias privadas de fatos novos e antigos O elemento coletivo e o elemento privado sociedade e indiv duo contrap em se e confundem se na cidade que feita de in meros pequenos seres que procuram uma acomoda o e junto com ela formando um todo com ela um seu pequeno ambiente mais adequado ao ambiente geral Rossi A 2001 p 03 O objeto edificado n o constru do isoladamente mas parte integrante de um terreno que est na cidade e que para existir obedece a determinadas leis Este objeto comp e a rua O bairro o espa o urbano e interfere de algum modo na cidade como um todo O edif cio parte do todo e este edif cio visto como monumento como patrim nio qualificado que importa para ser comunicado sociedade e jamais de forma isolada Por isso ao se pensar a arquitetura como patrim nio que tem algo a comunicar importante pens lo primeiramente no contexto urba
427. se todos os seus dom nios e por isso n o poderiam em hip tese alguma estar ausentes dos museus que pretendam dar conta dos aspectos fundamentais de uma sociedade viva no presente ou no passado A identidade e mem ria garantem a produ o e reprodu o da vida social ps quica e biol gica Meneses U 1979 p 94 Na busca de resgates identit rios neste mundo globalizado onde as fronteiras se fluidificam Bauman afirma que o pertencimento e a identidade n o t m a solidez de uma rocha n o s o garantidos para toda a vida s o bastante negoci veis e revog veis Bauman 2005 p 17 Mesmo assim existem e devem ser trabalhados para que possa ser estabelecido Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 130 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga um comprometimento do cidad o com o seu espa o e para que ele tamb m se sinta fortalecido e encorajado em suas reivindica es Hall 2006 p 11 identifica tr s no es de identidade A do sujeito do iluminismo homem dotado das capacidades de raz o consci ncia e de a o cuja identidade era o centro essencial do eu Do sujeito sociol gico cuja identidade formada na intera o entre o eu e a sociedade onde se torna evidente uma rela o entre o sujeito e a estrutura sociocultu
428. sealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga cria o da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil Novacap Ficaram por conta da Novacap todas as a es relacionadas mudan a da capital inclusive sua concep o e constru o Ficou decidido logo de in cio que o projeto do plano piloto seria escolhido por meio de concurso p blico nacional O Departamento de Urbanismo e Arquitetura DUA dirigido por Oscar Niemeyer era composto por duas Divis es a de Arquitetura chefiada pelo arquiteto Nauro Esteves e a de Urbanismo sob a responsabilidade do engenheiro Augusto Guimar es Filho Em 19 de setembro de 1956 foi lan ado o Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil 2 No Edital foi solicitada a apresenta o do tra ado b sico da cidade indicando a disposi o dos principais elementos da estrutura urbana a localiza o e a interliga o dos diversos setores centros instala es e servi os distribui o dos espa os livres e das vias de comunica o escala 1 25 000 e o relat rio Justificativo Comiss o de Planejamento da Constru o e da Mudan a da Capital Federal 2009 p 28 A cidade deveria ser projetada para uma popula o m xima de 500 000 habitantes e j se encontravam em constru o um hotel e o pal cio residencial para o presidente da rep blica O vencedor do certame foi o arquiteto e urbanis
429. seja com o homem o meio ambiente o saber e o artefato no tempo e no espa o A abordagem de Santos tem grande relev ncia no cen rio museol gico brasileiro Em seu pensamento o patrim nio deve ser visto e compreendido como algo que tem sentido para as pessoas Acredita que o grande desafio dos museus sair de seu contexto linear e 118 Tema apresentado no Curso de Estudos Aprofundados em Museologia no semin rio proferido pela Professora Maria C lia Teixeira Moura Santos em agosto de 2008 no Rio de Janeiro Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 126 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga fechado para ampliar sua a o educativa na busca de integra o com a escola e com o meio colocar se a servi o do capital social e cultural da sociedade Estas quest es s o contempladas tamb m no mbito da educa o patrimonial que compreendida por Horta 2000 p 35 como sendo uma proposta metodol gica de a o social que trabalha os bens culturais como ponto de partida para ativa o da mem ria social refazendo conex es a fim de facilitar a apropria o dos bens culturais pelas comunidades refor ando sua identidade e a capacidade de reconhecimento de tais bens Estas a es podem ser desenvolvidas no mbito da educa o formal e n o formal com possibilid
430. seja a posi o do observador o conte do das quadras visto sempre num segundo plano e como que amortecido na paisagem FIGURA 13 Disposi o que apresenta a dupla vantagem de garantir a ordena o urban stica mesmo quando varie a densidade categoria padr o ou qualidade arquitet nica dos edif cios e de oferecer aos moradores extensas faixas sombreadas para passeio e lazer independentemente das reas livres previstas no interior das pr prias quadras Dentro destas super quadras os blocos residenciais podem dispor se da maneira mais variada obedecendo por m a dois princ pios gerais gabarito m ximo uniforme talvez seis pavimentos e pilotis e separa o do tr fego de ve culos do tr nsito de pedestres mormente o acesso escola Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia V MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga prim ria e s comodidades existentes no interior de cada quadra FIGURA 8 Ao fundo das quadras estende se a via de servi o para o tr fego de caminh es destinando se ao longo dela a frente oposta s quadras instala o de garagens oficinas dep sitos do com rcio em grosso etc e reservando se uma faixa de terreno equivalente a uma terceira ordem de quadras para floricultura horta e pomar Entaladas entre essa via de servi o e as vias do ei
431. sentam e podem ser discutidas a individualidade o locus o desenho e a mem ria Coloca ainda a quest o do car ter art stico do fato urbano e a diversidade com que as pessoas se relacionam com o tema Fatos pessoais vis es de mundo diferentes percep es ligadas forma o das pessoas influenciam no valor das coisas A perman ncia da arquitetura uma condi o atemporal e desvinculada das obriga es funcionais Em cem anos as pessoas que utilizaram o edif cio em sua fun o original certamente n o mais estar o vivas mas o monumento possivelmente sim 64 y ae REINE a nando x Neste sentido acrescentem se os conte dos did ticos a evolu o urbana as t cnicas construtivas as rela es sociais e outros assuntos que podem ser estudados a partir da arquitetura dos monumentos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 65 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Como uma forma de sistematizar o seu estudo Rossi definiu tipo como sendo a pr pria ideia da arquitetura aquilo que est mais pr ximo de sua ess ncia que n o obstante qualquer mudan a sempre se imp s ao sentimento e raz o como o princ pio da arquitetura e da cidade Rossi A 2001 p 27 Neste entendimento poder se ia falar por exemplo que o Parthenon na Acr
432. seu Vivo da Mem ria Candanga Neste cap tulo s o apresentados os conceitos de Sociomuseologia patrim nio cultural patrim nio arquitet nico e arquitetura utilizados na pesquisa Inicialmente trata do surgimento da Sociomuseologia dentro das discuss es promovidas no movimento da Nova Museologia em n vel internacional Os principais documentos estudados neste item s o aqueles cinco identificados por Primo 2008 como fundamentais para a compreens o da museologia na contemporaneidade S o eles aqueles elaborados no Semin rio Regional da Organiza o das Na es Unidas para a edua o a ci ncia e a cultura UNESCO Rio de Janeiro 1958 a Mesa Redonda de Santiago do Chile 1972 o I Atelier Internacional da Nova Museologia Quebec Canad 1984 a Reuni o de Oaxtepec M xico de 1984 e o Semin rio A Miss o do Museu na Am rica Latina hoje novos desafios Caracas Venezuela 1992 Al m desses documentos produzidos no mbito do Comit Internacional de Museus ICOM textos de Santos e autores sobre Sociomuseologia serviram de refer ncia Destacam se ainda os te ricos da arquitetura Choay e Rossi al m de Ruskin e Reigl Em seguida s o trabalhados os ecomuseus museus comunit rios e museus de territ rio como exemplos de como o patrim nio arquitet nico pode ser visto como meio de atua o da museologia N o ainda como requer o tema central desta tese mas sobre como a Sociomuseologia pode estar associada
433. seu Vivo da Mem ria Candanga justifica se por sua import ncia para a preserva o da mem ria da cidade e por ter de forma clara como seu principal acervo o patrim nio arquitet nico Durante a constru o da cidade v rios acampamentos foram montados para dar apoio s in meras obras mas de todos eles o nico que foi preservado foi o chamado Acampamento HJKO constru do para dar suporte m dico hospitalar aos milhares de trabalhadores Im vel destinado a ser o primeiro hospital da capital federal o HJKO foi constru do para ser demolido logo ap s a inaugura o de Bras lia mas resistiu gra as a manifesta es e reivindica es populares Prestou por quase duas d cadas assist ncia m dica popula o At 1960 atendia a todos os que habitavam os acampamentos das construtoras independente de filia o no Instituto de Aposentadoria e Previd ncia dos Industri rios IAPI e depois popula o que vivia nas imedia es principalmente no N cleo Bandeirante na posterior Candangol ndia e na Invas o do IAPI As instala es arquitet nicas foram tombadas pelo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 166 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Departamento do Patrim nio Hist rico e Art stico do Distrito Federal DePHA em 1985 Embora situado s mar
434. seu ficou a cargo de Gae Aulenti arquiteta italiana Em 1986 o museu abriu suas portas Este projeto foi uma adapta o do grandioso espa o da esta o de trem e lembra a exposi o do Pal cio de Cristal onde a cobertura nica abrigou v rios segmentos expositivos A solu o do d Orsay foi elaborada por meio de pain is articulados em planos que formam as galerias laterais Uma solu o que valorizou a arquitetura do lugar que tem um valor hist rico importante como exemplo de uma poca de novas tipologias e t cnicas construtivas mas que ao mesmo tempo evidenciou a exposi o dos objetos por meio da disposi o espacial e da ilumina o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 94 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 22 Museu d Orsay Paris Vista interna Fonte www cambridge2000 com gallery html P6241486 html A interven o no Museu do Louvre Paris obra do arquiteto I M Pei 1983 89 pertence ao programa dos Grand Travaux do presidente franc s Fran ois Mitterrand A obra promoveu a total reestrutura o do funcionamento do museu em termos museol gicos arquitet nicos e urban sticos Com a incorpora o da Ala Richelieu ocupada pelo Minist rio das Finan as a rea expositiva cresceu em 82 O p tio Napole o antes usado como estacionam
435. seus de arte moderna de Maria da Concei o Alves de Guimaraens 2003 Arquitetura para o Museu de Arte Contempor nea da USP de Renato de Andrade Maia Neto 2005 Arquitetura em exposi o uma pr tica interdisciplinar caracteriza o das bienais de arquitetura de S o Paulo de Stella Regina Miguez 2005 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 25 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga de S o Paulo o Museu de Arte Contempor nea MAC de Niter i ou de S o Paulo ou ainda sobre as quest es ligadas funcionalidade do edif cio frente necessidade de abrigar as fun es musel gicas A pesquisa bibliogr fica buscou analisar como os dois segmentos podem conviver harmoniosamente e se poss vel numa atitude de reciprocidade funcional Partindo do objetivo geral desta tese que trabalhar a arquitetura de museus quando patrim nio constitu do como acervo museol gico dentro dos conceitos da Sociomuseologia foram definidos os seguintes objetivos espec ficos 1 Estudar os princ pios que norteiam a Sociomuseologia e sua rela o com o patrim nio cultural em especial com a arquitetura e o urbanismo 2 Estudar a rela o da Sociomuseologia com a arquitetura e o urbanismo por meio de experi ncias que j incluem o patrim nio arquitet nico
436. si es e a passaram a trabalhar dentro de uma nova concep o de museologia onde a comunica o e a educa o s o agentes ativos da rela o com a comunidade Notou se ent o a necessidade de se criar uma forma de passar conhecimentos da rea museol gica para capacitar a comunidade Foi assim que um curso para 50 jovens tornou os aptos a trabalhar com as quest es t cnicas da museologia fazendo uma ponte do museu com a comunidade Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 71 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga comunidade e de participa o ativa no seu processo hist rico Assim ela pode perceber o valor de sua cultura refor ando sua identidade 2 No Ecomuseu o patrim nio arquitet nico trabalhado de forma integral pela comunidade que valoriza seu espa o f sico e dele se apropria em todos os sentidos propiciando uma valoriza o dos que fazem o ecomuseu e dos que o visitam Embora n o houvesse uma rede estabelecida entre as experi ncias ligadas aos Ecomuseus na poca de seu surgimento Rivi re e Varine mantinham contato com os respons veis por diversas iniciativas constituindo assim uma esp cie de comunica o entre eles Para Ramos 1989 os Museus Comunit rios tamb m fazem parte de uma nova concep o museol gica e de educa o
437. si o HJKO arquitetura e mem ria Parede 04 Continua o do m dulo Contexto Urano prensini einen Bas aluga sanada Tapada aaa ui A ta onda 194 Figura 90 Levantamento da rea do acampamento HJKO realizado em 1963 pelo DUA e que cont m as casas os alojamentos o HJKO e o clubinho al m de algumas casas da invas o e outras edifica es de Apolo asp np A E AAA 196 Figura 91 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 06 do m dulo Edifica es acima e amplia o de seu lado esquerdo abaixo re ereeecererecereeacereanos 196 Figura 92 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Imagens da Maquete do HJKO constru da em polietileno na escala de 1 100 en eee eereeerereanas 197 Figura 93 Planta do levantamento feito pela equipe do DePHA com o nome de todas as pessoas que se encontravam morando nas casinhas e acr scimos feitos durante o per odo de 1974 1984 res penis E E lj A dd a E 199 Figura 94 Edifica es contempor neas ao HJKO e o destino que receberam a Catetinho DEMOLIDO b Igreja S o Jo o Bosco PRESERVADA c Catetinho PRESERVADO d Servi os A reos Cruzeiro do Sul DEMOLIDO e Escola J lia Kubitscheck DEMOLIDA e f Banco Franc s e Brasileiro DEMOLIDO Fonte Arquivo P blico do DF 199 Figura 95 Exposi o HJKO arquitetura e mem ria Parede 07 contendo o hist rico da A o Popular e o levantamento das pessoas que vivam no local em
438. spital em 1957 Em 1958 casou se com a jovem de 17 anos Marilda Moraes com quem teve cinco filhos A primeira filha Val ria nasceu quando ainda viviam no acampamento HJKO Sua esposa foi uma das entrevistadas na elabora o desta pesquisa colaborou com a reconstru o do cen rio da poca disponibilizou imagens e ainda possibilitou o acesso a outras pessoas que viveram no local Muitas das imagens desta exposi o foram viabilizadas por ela e tratadas pelo fot grafo Kim que havia participado de uma homenagem organizada em sua casa por ocasi o do cinquenten rio de Bras lia A seguir o Texto 08 O Dr Edson Porto chegou em Bras lia no dia 04 de dezembro de 1956 com 23 anos A convite do Dr Luiz Rassi de Goi nia montou o Posto de Sa de do IAPI localizado ao lado do escrit rio da Novacap e do canteiro de obras na atual Candangol ndia Rec m formado em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina o Dr Porto fazia os exames m dicos de admiss o dos trabalhadores prestava assist ncia m dica e aplicava as vacinas com o aux lio do enfermeiro Raimundo Os casos mais graves eram transportados para Goi nia no avi o do Governo de Goi s Em 1957 o IAPI decidiu construir um hospital de campanha O Dr Porto ficou alojado no Posto de Sa de e dormia no Catetinho O HJKO foi constru do em 1957 juntamente com seis casas geminadas para doze m dicos e funcion rios com fam lia e quatro alojamentos para os solteiros
439. sposi o que ainda permite acesso aut nomo de servi o para todos os lotes FIGURA 15 E admitiu se igualmente a constru o eventual de casas avulsas isoladas de alto padr o arquitet nico o que n o implica tamanho estabelecendo se por m como regra nestes casos o afastamento m nimo de um quil metro de casa a casa o que acentuar o car ter excepcional de tais concess es 19 Os cemit rios localizados nos extremos do eixo rodovi rio residencial evitam aos cortejos a travessia do cento urbano Ter o ch o de grama e ser o convenientemente arborizados com sepulturas rasas e l pides singelas maneira inglesa tudo desprovido de qualquer ostenta o 20 Evitou se a localiza o dos bairros residenciais na orla da lagoa a fim de preserv la intata tratada com bosques e campos de fei o naturalista e r stica para os passeios e amenidades buc licas de toda a popula o urbana Apenas os clubes esportivos os restaurantes os lugares de recreio os balne rios e n cleos de pesca poder o chegar beira d gua O clube de Golf situou se na extremidade leste cont guo Resid ncia e ao hotel ambos em constru o e o Yatch Club na enseada vizinha entremeados por denso bosque que se estende at margem da represa bordejada nesse trecho pela alameda de contorno que intermitentemente se despreende da sua orla para embrenhar se pelo campo que se pretende eventualmente florido e manchado de arvoredo Essa estrada
440. squisador procura participar da a o e n o apenas observar Tendo em vista a pouca explora o em termos museol gicos do patrim nio arquitet nico prop s se uma interven o no Museu Vivo da Mem ria Candanga a fim de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 30 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga aproxim lo da comunidade utilizando a hist ria da arquitetura do antigo Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira HJKO como fio condutor da mem ria e das a es propostas para o local onde est instalado o museu A exposi o HJKO arquitetura e mem ria patrocinada pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal recebeu at o momento a visita de mais de 4 000 alunos do ensino fundamental e m dio O Projeto de Musealiza o do Acervo Arquitet nico ProMusAA foi elaborado para o Museu Vivo da Mem ria Candanga pensando em como contar a hist ria do lugar e sua import ncia para o reconhecimento da identidade do morador do Distrito Federal As a es formuladas propiciaram um envolvimento do visitante com o acervo arquitet nico e as hist rias passadas no local tendo sempre sido pautadas pelas quest es de inclus o social Tais a es foram pensadas para responder aos seguintes questionamentos O que o museu tem a mostrar por meio da arquitetura O que
441. sso de transforma o da sociedade que assistia a grandes avan os nos processos de comunica o de urbaniza o e de produ o Prova disso s o os temas escolhidos para v rios encontros da poca o Semin rio Regional da UNESCO em 1958 no Rio de Janeiro teve o papel pedag gico dos museus como reflex o o tema da IX Confer ncia Geral do ICOM em 1971 em Paris e Grenoble foi O Museu a servi o do homem atualidade e futuro O papel educativo e cultural Estava havendo uma valoriza o do papel dos museus na educa o e a autora compreende este fato como sinal da mudan a de paradigma dos museus na forma o da sociedade No Semin rio do Rio de Janeiro ficou evidente a import ncia das atividades educativas dos museus nas inst ncias formais e n o formais O documento final enfatizou o papel das exposi es e o cuidado que se deve ter quanto disposi o dos objetos e das informa es para que elas sejam sempre passadas de forma agrad vel e proveitosa para os diversos p blicos Primo 1999 destaca no encontro al m do reconhecimento do museu como uma extens o da escola a nfase no objeto museol gico Em Paris na confer ncia de 1971 foi apresentado um importante e inovador conceito de museu o neighbourhood museum museu da vizinhan a O objetivo foi construir 26 Paulo Freire na poca era Consultor para Educa o do Conselho Ecum nico das Igrejas e estava organizando com Varine uma Organiza o
442. st ria do lugar s t cnicas construtivas dentre tantas outras podem ser contadas a partir das peculiaridades arquitet nicas Isso que indubitavelmente leva a quest es pol ticas de inclus o social O acesso f sico e de conte do outra quest o a ser considerada pois na grande maioria das vezes as comunidades mais carentes est o alijadas do processo cultural das cidades brasileiras com algumas poucas exce es A experi ncia do Museu da Mar suscita algumas argumenta es como o acesso ao 117 museu que restrito comunidade mas tamb m uma prova do poder da popula o organizada que exposta informa o capaz de construir sua hist ria e registrar os momentos que devem ser lembrados pela comunidade Com o intuito de fortalecer seus la os identit rios o museu alimentado com a es coletivas que promovem a melhoria da qualidade de vida dos seus membros A dimens o pol tica do museu reside na elei o de seus objetos e na forma como o seu conte do passado para o visitante al m da disponibiliza o do seu espa o para difus o do conhecimento produzido por meio dele O homem destruindo ou degradando os monumentos hist ricos deturpa e destr i a pr pria mem ria e a hist ria Apaga suas ra zes deforma as li es deixadas pelo passado Condena se a nunca ir al m do empirismo a repetir os pr prios passos erros e acertos sem jamais consolidar pontos de refer ncia Apaga tra
443. stas ltimas ocupando o espa o todo da consci ncia A mem ria aparece como for a subjetiva ao mesmo tempo profunda e ativa latente e penetrante oculta e invasora Bosi 1994 p 47 Em sua teoria Bergson v a totalidade das lembran as armazenadas na mem ria como um cone que toca o plano da representa o atual do universo Este cone est sempre conectado ao presente de onde partem demandas respondidas pela lembran a seja com a es ou com representa es Distingue a mem ria em dois tipos a mem ria h bito que nos permite conviver socialmente e desenvolver as tarefas do cotidiano e a lembran a pura ou imagem lembran a cuja mat ria um momento singular ou um acontecimento armazenados em uma zona definida como inconsciente Para al m desta an lise salienta ainda as conex es que a mem ria pode construir por meio de novas associa es com outras imagens formando novos sistemas Este seria o mecanismo de explica o das diferentes percep es produzidas pela mem ria nos diferentes atores 107 Henri Louis Bergson 1859 1941 fil sofo franc s trouxe uma importante contribui o para o desenvolvimento da filosofia moderna onde defendeu a intera o entre a mat ria e o contexto social e mental 108 Maurice Halbwachs 1877 1945 soci logo franc s disc pulo de Durkheim aprofundou se no estudo do conceito de mem ria coletiva e nas rela es entre mem ria e hist ria Universidade Lus fona
444. sucinta o mapa com sua localiza o de refer ncia Todos os mapas dever o ser numerados legendados e identificados em rela o ao autor data identifica o do contexto analisado e localiza o do arquivo ou entidade a que pertence Inserir mapas com legenda formato tif fjpeg etc 10 1 Entidade preenchimento obrigat rio 10 2 Data 10 3 Respons vel preenchimento obrigat rio PRO os Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VII MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Ficha M103 Informa es sobre a Prote o Existente M DULO CONHECIMENTO 1 IDENTIFICA O 1 3 Recorte Territorial Identifica o da regi o estudada Preencher com as informa es necess rias para a identifica o da regi o estudada S o exemplos de recorte territorial as regi es geogr ficas R Centro Oeste Sudeste e Sul as Unidades da Federa o Estados do Piau Santa Catarina Mato Grosso etc e recortes espec ficos Vale do Parna ba etc Preenchimento obrigat rio determinada regi o geogr fica como a do gado no Nordeste a arqueologia como a do Piau etc preenchimento obrigat rio 1 3 Identifica o do Universo Objeto de An lise Preencher com as informa es necess rias para a identifica o do universo
445. t nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga escolaridade e n vel econ mico Uma mostra de sua import ncia como testemunho hist rico foi a grande nfase dada pelos jornais da poca quanto destrui o do HJKO Com rela o aos aspectos f sicos foram destacadas as caracter sticas construtivas de singela escala onde o material empregado foi escolhido pela necess ria rapidez na execu o A localiza o privilegiada na colina com boas qualidades paisag sticas e amplas visuais entre os acampamentos da Candangol ndia Velhacap e do N cleo Bandeirante Metropolitana Finalizando o documento est a ressalva de que n o se justifica restaurar um bem cultural se n o for para devolv lo ao usufruto da comunidade E finaliza O tombamento uma medida aconselh vel para a preserva o do conjunto desde que seja seguida por medidas de restaura o conserva o e obrigatoriamente seja dado um uso comunit rio rea SECDF DePHA 1985 p 15 Em 13 de novembro de 1985 o Departamento do Patrim nio Hist rico e Art stico DePHA da Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal SEC DF declarou o tombamento do conjunto arquitet nico do HJ KO considerado ent o Patrim nio Hist rico e Art stico da Cidade Foi nesta ocasi o que os moradores do terreno foram transferidos para a Candangol ndia e para a Ceil ndia Em 1986 a sede do DePHA foi transferida pa
446. t ricas pode ser visto como um avan o se comparado ao Monumenta porque al m de ampliar o n mero de cidades do programa alia s a es de preserva o v rios programas governamentais voltados para o desenvolvimento urbano Os rg os que no Brasil est o priorizando esta parceria efetiva com a comunidade s o o IPHAN as institui es ligadas cultura como o Minist rio e as 7 Exemplo destas a es s o a ourivesaria de Natividade no Tocantins e o Estaleiro Escola de S o Lu s do Maranh o 4 O Programa de Acelera o do Crescimento PAC foi criado no governo do Presidente Luiz In cio Lula da Silva como forma de incrementar o crescimento do pa s Foi importante ferramenta de enfrentamento da crise econ mica mundial de 2008 quando houve uma desacelera o da economia em v rios pa ses do mundo 5A previs o or ament ria do PAC Cidades Hist rica da ordem de R 890 milh es Esta declara o do Presidente Lula foi feita na inaugura o do PAC Cidades Hist ricas em Ouro Preto e encontra se dispon vel na p gina eletr nica do Minist rio do Turismo http www turismo gov br turismo noticias todas noticias 200910212 html Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 51 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga secretarias as associa es de trabalhado
447. ta Lucio Costa Nascido em Paris de pais brasileiros estudou na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro onde se formou arquiteto em 1924 pelos m todos tradicionais e acad micos Projetou edif cios ecl ticos e de refer ncia ao passado nacional dentro do esp rito do movimento neocolonial Neste per odo fez uma viagem s cidades mineiras e a ida a Diamantina o marcou profundamente pois em Rep blica para que fosse feita a homologa o do local da futura capital Em outubro o Estado de Goi s cria a Comiss o de Coopera o para a Mudan a da Capital Federal presidida pelo m dico Altamiro de Moura Pacheco para proceder s primeiras e principais desapropria es Em novembro o or amento da Uni o para o ano de 1956 sancionado com previs o de verba para as desapropria es da rea do Distrito Federal Juscelino Kubitscheck de Oliveira j eleito constituiu em dezembro a Comiss o de Estudos para Localiza o da Nova Capital do Brasil passa a se chamar Comiss o de Planejamento da Constru o e da Mudan a da Capital Federal BI Em 07 de junho de 1956 o m dico e militar Ernesto Silva assumiu a presid ncia da Comiss o de Planejamento da Constru o e da Mudan a da Capital Federal ANovacap foi institu da em 19 de setembro de 1956 e faziam parte da diretoria Israel Pinheiro da Silva presidente Bernardo Say o Carvalho Ara jo Ernesto Silva e ris Meinberg diretores Neste mesmo ato a Lei N 2 874 foi conce
448. ta fun o No s culo XX os cursos oferecidos para a forma o de conserva o e restaura o de monumentos hist ricos possu am um vi s muito forte de hist ria da arte e de conhecimentos t cnicos e cient ficos ligados ao desgaste dos materiais de constru o No campo da restaura o duas doutrinas confrontaram se no s culo XIX A intervencionista representada por Viollet le Duc muito adotada nos pa ses europeus e a anti intervencionista defendida por Ruskin e que foi mais aceita na Inglaterra Ruskin acredita que o trabalho das gera es passadas confere aos edif cios que nos deixaram um car ter sagrado Ruskin apud Choay 2006 p 154 portanto as marcas deixadas ao longo de sua exist ncia fazem parte de sua ess ncia A manuten o deve ser feita da forma mais impercept vel poss vel pois o monumento assim como uma obra de arte n o deve ter sua estrutura alterada Viollet le Duc se apoia na defini o de que restaurar um edif cio restitu lo a um estado completo que pode nunca ter existido num momento dado Viollet le Duc apud Choay 2006 p 156 um estado ideal n o importando se foi concebido posteriormente Em contraposi o a vis o de Morris a de que preservar os edif cios antigos significa conserv los no mesmo estado em que os recebemos reconhec veis por um lado como rel quias hist ricas e n o como c pias suas por outro como obras de arte executadas por
449. tabelecem com suas refer ncias patrimoniais que pode ser constru da uma dimens o pr tica da museologia capaz de gerar novos sistemas de a es museol gicas Sua teoria est baseada em uma cadeia operat ria de procedimentos t cnicos e cient ficos relacionados a a es de salvaguarda e comunica o das refer ncias patrimoniais Percebe tr s campos interligados o campo essencial ou do fato museal o campo de interlocu o ou do fen meno museol gico e o campo de proje o ou do processo museol gico Em sua l gica o que possibilita a retroalimenta o do sistema s o as a es com objetivos sociais e com a participa o do p blico Destaca que a produ o de conhecimento no museu que deve alimentar a intera o teoria pr tica e esta no o essencial para viabilizar a acessibilidade aos conte dos Meneses 1979 tamb m refor a a ideia de que a pesquisa deve respaldar as a es educativas da institui o a fim de que haja compromisso com a comunidade O mesmo pensamento est presente na teoria de Santos 1999 Para Bruno 2006 a pedagogia museol gica pode agir na identifica o da potencialidade museal incentivando a observa o induzindo a percep o e exercitando o olhar Os bens selecionados s o tratados e qualificados de acordo com suas refer ncias culturais interpretados e contextualizados e depois da interven o devolvidos sociedade Guarnieri 1990 tamb m enfoca a necessidade de ident
450. taforma central No setor de bancos tal como no dos escrit rios previram se tr s blocos altos e quatro de menor altura ligados entre si por extensa ala t rrea com sobreloja de modo a permitir intercomunica o coberta e amplo espa o para instala o de ag ncias banc rias ag ncias de empresas caf s restaurantes etc Em cada n cleo comercial prop e se uma sequ ncia ordenada de blocos baixos e alongados e um maior de igual altura dos anteriores todos interligados por um amplo corpo t rreo com lojas sobrelojas e galerias Dois bra os elevados da pista de contorno permitem tamb m aqui acesso franco aos pedestres 12 O setor esportivo com extens ssima rea destinada exclusivamente ao estacionamento de autom veis instalou se entre a pra a da Municipalidade e a torre radioemissora que se prev de planta triangular com embasamento monumental de concreto aparente at o piso dos studios e mais instala es e superestrutura met lica com mirante localizado a meia altura FIGURA 12 De um lado o est dio e mais depend ncias tendo aos fundos o Jardim Bot nico do outro o hip dromo com as respectivas tribunas e vila h pica e cont guo o Jardim Zool gico constituindo estas duas imensas reas verdes simetricamente dispostas em rela o ao eixo monumental como que os pulm es 13 Na pra a Municipal instalaram se a Prefeitura a Pol cia Central o Corpo de Bombeiros e a Assist ncia P blica A penitenci r
451. tamento de Museologia 197 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga viviam nas casas e nos acr scimos feitos depois que o hospital foi desativado O texto 07 o seguinte A O POPULAR Com a inaugura o da cidade e do Hospital Distrital de Bras lia atual Hospital de Base suas atividades foram restringidas Em 1966 o HJKO foi desativado e passou a funcionar como Posto de Sa de atendendo os moradores da Cidade Livre Invas o do IAPI e Velhacap Os acr scimos feitos em alvenaria s o deste per odo Em 1974 o Posto de Sa de JKO encerrou suas atividades Os moradores por iniciativa pr pria pintaram algumas vezes as instala es do antigo hospital Mas as habita es receberam acr scimos e o terreno foi invadido com a constru o de v rias moradias em madeira Em 1983 o Instituto de Administra o Financeira de Previd ncia e Assist ncia Social IAPAS antigo IAPI e propriet rio da rea decidiram pela demoli o do HJKO o que gerou protesto da comunidade que interp s uma A o Popular A liminar foi imediatamente concedida pela Justi a Federal e a demoli o foi sustada Em seguida a comunidade solicitou o tombamento do HJKO Secretaria de Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional SPHAN No mesmo ano os t cnicos da 8 Diretoria Regional do SPHAN e do Grupo de Trabalho Bras lia GT B
452. tativos do objeto que permita uma leitura clara da realidade apresentada e traduza a compreens o do contexto cultural da poca Inserir imagens conjunto dos registros iconogr ficos representativos do objeto que permita uma leitura clara da realidade apresentada e traduza a compreens o do contexto cultural da poca Inserir imagens conjunto dos registros iconogr ficos representativos do objeto que permita uma leitura clara da realidade apresentada e traduza a compreens o do contexto cultural da poca 6 2 Fontes refer ncias das imagens Inserir lista de refer ncias das imagens com localiza o endere amento do local e nome do arquivo Inserir informa es relativas a toda e qualquer manifesta o cultural relevante para a caracteriza o do conte do cultural do contexto objeto analisado Deve se mencionar os saberes conhecimentos e pr ticas culturais Por exemplo pode se inserir informa es sobre sistemas agr colas e alimentares tradicionais medicina tradicional m sica dan a jogos festejos celebra es e rituais tradicionais rotas e itiner rios culturais t cnicas de constru o confec o de instrumentos e utens lios e vestu rios As informa es coletadas al m de caracterizar o contexto cultural os usos dos espa os poder o ser utilizadas para a elabora o de planos de preserva o e normatiza o 8 SELE O DE IMAGENS reproduzir quantas linhas forem necess rias legendar embai
453. te papel neste sentido uma vez que viabilizaram a tradu o para o portugu s editaram e disponibilizaram via web os mais importantes deles Outra expressiva contribui o foi a publica o organizada por Bruno e Ara jo 1999 com textos e depoimentos ligados Nova Museologia de fundamental Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 28 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga import ncia para a compreens o da mudan a de paradigmas no campo da museologia al m dos textos analisados por Primo 1999 que fundamentam a museologia contempor nea Foram tamb m pesquisados os principais documentos produzidos no Brasil Autores como Varine Moutinho e Guarnieri encorpam teoricamente o material citado em especial por suas viv ncias pr ticas Al m da bibliografia espec fica na rea de museologia e Sociomuseologia foram consultados tamb m autores que tratam de patrim nio Destacam se Fran oise Choay e Alois Riegl sobre o patrim nio cultural e Aldo Rossi e William Morris sobre conceitos de arquitetura e preserva o Fechando o cap tulo fez se uma an lise sobre a hist ria da constru o dos lugares de mem ria destacando momentos onde a arquitetura respondeu espacialmente demanda museol gica ou seguiu em dire es antag nicas A an lise estendeu se ao
454. tendo a localiza o dos acampamentos pioneiros e do Plano Piloto em 1957 1960 e sua situa o nas d cadas de 1970 1980 1990 2000 e 2010 apresentando a situa o destas comunidades e os deslocamentos que deram origem s v rias cidades do entorno Clicando em cima das cidades s o fornecidos dados sobre cada uma delas al m de imagens antigas e atuais Neste painel tamb m s o identificados os pontos de cultura do DF as formas de acesso a diversos locais de interesse hist rico art stico e ambiental e os meios p blicos de se conectar a eles Tamb m ficam dispon veis no painel interativo dados como n mero de escolas censo demogr fico e socioecon mico A utiliza o destas imagens em termos sociomuseol gicos tem como objetivo inserir o visitante morador do DF no espa o f sico da cidade para contemplar a evolu o urbana desde a sua cria o Na tela s o encontradas as seguintes mensagens e comandos Clique em cima de uma localidade para ver o hist rico Veja imagens hist ricas disponibilizadas por doadores identificados e an nimos e pelo arquivo P blico do DF dos bairros que comp em o DF e verifique se encontra algu m que voc conhece Se voc encontrar algu m que n o esteja identificado fale com um funcion rio do museu e colabore com a constru o da mem ria de Bras lia Veja o trajeto de sua casa ao MVMC escrevendo o seu endere o Lousa Interativa Digital lo rm Figura
455. teresse em promover uma renova o nos processos museol gicos torn los mais comprometidos com a realidade social e mais atuantes como agentes de desenvolvimento e transforma o social No ano de 1992 em Caracas na Venezuela o Semin rio A Miss o dos Museus na Am rica Latina hoje novos desafios evento organizado pela Oficina Regional de Cultura para a Am rica Latina e o Caribe ORCALC e o Comit Venezuelano do ICOM gerou o documento Declara o de Caracas 1992 Elaborado como uma esp cie de balan o das atividades museol gicas nos precedentes 20 anos na Am rica Latina cujo cen rio sociopol tico econ mico e tecnol gico se havia modificado de forma bastante significativa trouxe algumas considera es com rela o aos procedimentos b sicos dos museus Segundo Primo neste encontro houve a proposi o de que o museu assuma a sua responsabilidade como gestor social atrav s de propostas museol gicas que reflictam os interesses da comunidade e utilizem uma linguagem comprometida com a realidade sendo esta a nica forma de transforma la Primo 1999 p 15 A Sociomuseologia de acordo com Moutinho 2007 uma rea interdisciplinar capaz de se relacionar de forma multidisciplinar com diversos campos do saber principalmente com as ci ncias sociais e humanas procurando aliar as estruturas museol gicas s sociedades contempor neas com o objetivo de ser meio facilitador do desenvolvimento e inclus o
456. tica ao projeto pois seria este um fator limitante do tamanho das obras al m do determinismo do circuito expositivo que s apresenta uma nica possibilidade Mas a inten o do autor era propiciar um lugar novo aberto a novas experimenta es art sticas disponibilizando um cen rio para outras possibilidades expogr ficas completamente inovadoras O parapeito da rampa j serviu de suporte expositivo e tamb m de apoio para as apresenta es que aconteciam no t rreo Mesmo apresentando certas contradi es uma proposta que se contrap e inteiramente aos museus do s culo XIX Figura 12 e Figura 13 8 Notas de aula da Professora Judite Primo proferida no CEAM Rio de Janeiro em agosto de 2008 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 90 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Figura 12 Museu Guggenheim Nova York Corte Figura 13 Museu Guggenheim Nova York Vista transversal Fonte Montaner exterior Fonte Bradburn A Neue Nationalgalerie Berlim projeto de Mies van der Rohe de 1962 68 fez uso da planta livre pregada pelo Movimento Moderno Aqui se percebe a influ ncia do pavilh o de Paxton para a exposi o universal de 1851 Obviamente a escala outra mas a planta livre no espa o expositivo testada neste projeto Al m da flexibilidade a transpar
457. titu da de afrescos esculturas e vitrais assim como sua iconografia Choay 2006 p 129 Para Ruskin a arquitetura o fio condutor capaz de conectar as gera es o nico meio de que dispomos para conservar vivo um la o com um passado ao qual devemos nossa identidade e que parte de nosso ser Choay 2006 p 139 A tese de Ruskin que a rever ncia e o respeito pelo trabalho daqueles que constru ram as edifica es destinadas s mais variadas fun es de ordem p blica e privada sagrada e laica ou familiar possibilitam uma esp cie de comunica o com as gera es desaparecidas Esta possibilidade se estende arquitetura do presente Admite a arquitetura do seu tempo como hist rica pelo seu papel memorial e pela qualidade do trabalho Ou seja ele restitui ao monumento hist rico o valor e a fun o original da palavra monumento Outro aspecto dos estudos de Ruskin a inclus o da arquitetura dom stica da malha urbana formada pelas resid ncias das pessoas comuns como heran a hist rica a ser preservada Choay 2006 p 141 Juntamente com Morris empenhou se na preserva o de monumentos hist ricos de outras na es e criou o conceito de bem europeu A consagra o do monumento hist rico na Fran a e na Inglaterra adquiriu fei es diferentes Na Inglaterra ber o da Revolu o Industrial os monumentos foram incorporados vida presente com outras fun es e como estavam mais
458. to foi considerado como uma ruptura com o movimento neocolonial e com a arquitetura ecl tica e historicista Para Schlee 2009 o artigo escrito em 1934 Raz es da nova arquitetura pode ser considerado o texto fundador da arquitetura moderna brasileira Convidado pelo Ministro da Educa o e Sa de Gustavo Capanema para coordenar a equipe do projeto da nova sede do minist rio conseguiu que Le Corbusier viesse ao Brasil como consultor palestrante Este projeto foi um marco na arquitetura moderna do pa s Em 1937 com a cria o do Servi o do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional SPHAN sob a dire o de Rodrigo de Melo Franco de Andrade Lucio Costa trabalhou na Divis o de Estudos de Tombamento com a miss o de definir os crit rios e normas de tombamento do patrim nio arquitet nico brasileiro Segundo Schlee 2009 o per odo p s 4 ea 1937 foi de consolida o de suas ideias com a divulga o de alguns trabalhos te ricos constru o de projetos bastante significativos como o Museu das Miss es em S o Miguel das Miss es de 1937 o Pavilh o de Nova York de 1938 39 o Parque Hotel em Nova Friburgo de 1945 e o Parque Guinle no Rio de Janeiro de 1948 Em seu Relat rio do Plano Piloto de Bras lia apresenta se como um simples maquis do urbanismo desculpando se pela apresenta o sum ria mas com a ideia de que a cidade deve ser concebida n o como simples organismo capaz de preencher sat
459. tos Como poss vel veirificar no ap ndice desta tese estas fichas est o relacionadas mais diretamente com as a es de gest o e prote o do patrim nio Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 218 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga No M dulo de Cadastro est o fichas destinadas a cada bem de interesse ou j protegido Neste m dulo existe um ficha padr o denominada Ficha M 301 Cadastro Geral com importantes informa es sobre o bem onde ele recebe um n mero de identifica o a partir do qual ser o inseridas informa es espec ficas sobre o mesmo e que ser reproduzido nas demais fichas preenchidas sobre ele Este n mero a identidade do bem que permitir que suas informa es sejam rastreadas em outras fichas bancos de dados ou sistemas As fichas deste m dulo tratam dos bens de forma individual separados em diferentes n veis de informa o e sempre do geral para o espec fico A Planilha S ntese M 300 cont m uma lista com todos os bens cadastrados com identifica o e informa es necess rias sua gest o extra das da ficha de cadastro geral A Ficha M 302 Bem im vel Arquitetura Caracteriza o externa aplica se a bens individuais Esta ficha permite um levantamento mais aprofundado dos elementos externos da tipologia e morfologia do bem a
460. trutural e no espa o sem hierarquia do Museu de Arte de S o Paulo Montaner 2003 p 39 projeto de Lina Bo Bardi constru do entre os anos de 1957 68 No entanto Louren o elenca uma s rie de problemas em rela o aos projetos de arquitetura dos museus brasileiros pois entende que apesar de esteticamente qualificados e muitas vezes transformando se em s mbolos da cidade por incorporarem se sua imagem pecam pela falta de condi es clim ticas de seguran a de salubridade e que alguns foram aprovados sem reserva t cnica Al m destes fatores Louren o enfatiza a dificuldade com a equipe t cnica Acredita que a preocupa o com o projeto de arquitetura maior que com o funcionamento da institui o pois o reconhecimento da profiss o de muse logo s foi conseguido em 1984 apesar de o primeiro curso ter sido aberto em 1932 O Museu de Arte Contempor nea de Niter i MAC constru do em 1991 96 e projetado por Niemeyer pode ser considerado um belo mirante com uma galeria em seu interior Consoante com o coment rio de Louren o o MAC se inseriu na magn fica paisagem do Rio de Janeiro tornou se s mbolo de Nite i mas apresenta problemas de ordem funcional como a reserva t cnica encontrar se em outra edifica o Figura 34 Figura 35 Figura 36 O AS dd usa 7 Np A planta baixa do subsolo planta baixa do 1 piso raih E planta baixa do 1 piso so escala 1 250 escala 1 250 escala 1 250 F
461. tuais tem a fun o de estabelecer uma conex o entre passado e presente bem como induzir a uma reflex o sobre as a es governamentais e investimentos p blicos nas diferentes reas do DF M dulo 2 T cnicas Construtivas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 176 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Neste m dulo a t cnica construtiva utilizada na constru o do HJKO mostrada como op o para uma execu o r pida e f cil e que prioriza tamb m a quest o do conforto t rmico ambiental Ao lado da parede de n mero 01 uma maquete do sistema construtivo original identificado como siding wall permite que se veja a t cnica empregada na constru o do edif cio e que cont m um espa o deixado entre as duas paredes de madeira O objetivo esclarecer sobre a fun o do esquema escolhido e sua montagem Um texto explicativo acompanha a maquete e ao lado fica um aparelho de udio com a explica o da maquete e do tema Figura 61 Texto explicativo ar nN Figura 61 M dulo T cnicas Construtivas Planta baixa e eleva o esquem tica da parede 01 Na parede 02 imagens deste tipo de t cnica construtiva em diversos lugares do Brasil e do mundo mostram as vantagens e a viabilidade da utiliza o da madeira nas constru es atuais H t
462. tura acervo da Sociomuseologia trabalhou se a import ncia da aproxima o da comunidade com o seu patrim nio cultural como forma de apropria o de seus indicadores de mem ria e de valoriza o de sua cultura Estas iniciativas possuem um vi s de inclus o social e de reconhecimento pessoal e social O subcap tulo O patrim nio arquitet nico como acervo a apresenta o do objeto central da tese onde se procura mostrar a import ncia de se trabalhar o acervo arquitet nico como possibilidade de a es que facilitem a apropria o da mem ria coletiva e da cultura viabilizando a es de inclus o social de valoriza o dos indicadores de mem ria de identidade e cidadania E finalmente no subcap tulo Educa o patrimonial identidade e cidadania foram relatadas de forma sucinta algumas experi ncias de aproxima o do patrim nio arquitet nico com a comunidade meios para fazer com que as pessoas se sintam representadas pelo seu patrim nio cultural em especial pelo acervo arquitet nico 2 1 Mem ria e cultura acervo da Sociomuselogia a mem ria coletiva foi posta em jogo de forma importante na luta das for as sociais 2 pelo poder Tornarem se senhores da mem ria e do esquecimento uma das grandes preocupa es das classes dos grupos dos indiv duos que dominaram as sociedades hist ricas Os esquecimentos e os sil ncios da hist ria s o reveladores desses mecanismos de manip
463. u Vivo da Mem ria Candanga Antiga Sede da fazenda de Santa Cruz Atual Batalh o Escola de Engenharia Villagran Cabrita Casa do Sal Casa Ciraudo Vila Celina Palacete Hor cio Leme Marco XI Antigo solar da fam lia Ara jo hoje incorporado ao Shopping Santa Cruz Antiga resid ncia do Senador J lio Ces rio de Melo Atual Col gio Ferreira Lins Atalaia dos Jesu tas hoje Morro do Mirante ponto mais elevado 10 Vila Oper ria do Matadouro 11 Centro Cultural de Santa Cruz antiga Sede Administrativa do Matadouro de Santa Cruz 12 Hangar do Zeppelin na Base A rea de Santa Cruz Observe se no alto esquerda a Ponte dos Jesu tas 1752 e embaixo direita o antigo Matadouro de Santa Cruz atualmente CETEP Centro de Educa o Tecnol gica e Profissionalizante Mapa de Oswaldo Lioi 1993 Figura 2 Ecomuseu do Quarteir o Cultural do Matadouro dispon vel em http www quarteirao com br territorio html Nos anos de 1979 a 1981 a UNESCO em parceria com OEA promoveu a es na Nicar gua visando a constru o de museus did ticos comunit rios O projeto desenvolvido pela muse loga Ione Carvalho envolveu a popula o de tal forma que as a es foram se disseminando e ultrapassaram os limites do museu A popula o sofrida atravessava mais uma crise pol tica provocada pela ditadura e o objetivo de registrar a mem ria da popula o passava antes por quest es emergenciais como a grande mortali
464. u um livro onde tratava de pr ticas e experi ncias que poderiam servir de refer ncias para projetos de arquitetura de museus No texto foram abordados sete pontos o programa de necessidades o plano entendido como projeto a circula o as formas das salas a implanta o dos museus e as possibilidades de amplia o a constru o e os materiais e a decora o Hernandez 2006 p 44 As orienta es deviam adaptar se s tipologias museol gicas museus de hist ria de arte etnogr fico e arqueol gico uma vez que a classifica o define o conte do da exposi o Em 1939 Le Corbusier concebeu o projeto do Museu do Crescimento Ilimitado uma proposta para os arredores de Paris que nunca foi constru da mas que tem grande import ncia porque expressou a preocupa o do tema por um dos principais representantes do Movimento Moderno A planta uma esp cie de espiral retil nea que enfatiza a rea interna e tem a possibilidade de ser ampliada de acordo com a necessidade Figura 10 O Museu de Arte Moderna de Nova York o MoMA de 1929 foi o primeiro museu projetado explicitamente para abrigar a arte moderna Seu diretor Alfred H Barr Jr pretendia que o museu ajudasse as pessoas a entender e apreciar a arte de seu tempo A sede atual foi inaugurada em 1939 ano da exposi o International Style sobre arquitetura moderna O projeto dos arquitetos Philip L Goodwin e Edward Durell Stone tem uma estrutura multi d
465. ua fam lia Despertou vontade de ver outros monumentos da cidade 10 Nenhum sentimento CO 108 TE aj OO is 28 Q 14 Voc acha importante visitar os monumentos hist ricos de uma cidade 29 Q 15 Por qu 1 Porque ajuda no conhecimento das suas origens 2 Porque facilita a compreens o da hist ria 3 Porque quando conhecemos a hist ria dos monumentos ajudamos a conserv los Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia X DE D EM MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Para tirar fotos e dizer aos outros que fomos l Porque podemos aprender muitas coisas visitando um monumento Porque voc consegue se identificar com fatos e pessoas que est o l representados N o acho importante 30 Q 16 O que voc gostaria que acontecesse no MVMC para que mais pessoas tivessem vontade de visit lo e torn lo mais conhecido s O OD OM E O a Exibi o de filmes Cursos profissionalizantes Cursos de Educa o Patrimonial O jardim fosse convidativo para as pessoas utilizarem como rea de lazer Cursos de jardinagem ou de horta Conta o de hist rias para as crian as Festival regional de m sica poesia ou gastronomia Concursos de poesia desenhos ou artes Nenhum destes 10 Q 17 Voc sabe o que funcionava no Museu Vivo da mem ria Candan
466. ua regulariza o como cidade ocorreu em 1989 Recebeu moradores de v rias reas inclusive do Acampamento do HJKO A Associa o de Moradores est mobilizada em torno da preserva o de marcos hist ricos da rea e da reconstru o da Escola Julia Kubitschek a primeira de Bras lia projeto de Oscar Niemeyer e demolida em 1989 N CLEO BANDEIRANTE O N cleo Bandeirante teve origem na Cidade Livre Acampamento que abrigava o com rcio e os servi os ofertados pela iniciativa privada Tornou se o principal n cleo de refer ncia e abastecimento para a popula o que vivia em meio constru o de Bras lia Toda esta estrutura tinha tempo determinado de dura o pois com o fim das obras deveria ser extinta Com os rumores sobre a dissolu o da Cidade Livre foi criado o Movimento Pr Fixa o e Urbaniza o do N cleo Bandeirante Em 1961 foi aprovada a regulariza o da rea e os habitantes passaram a lutar pela implanta o de infra estrutura b sica Ao longo da d cada de 1960 as edifica es em madeira foram substitu das pelas de alvenaria e em 1964 o N cleo Bandeirante passou a integrar uma das Regi es Administrativas de Bras lia Na poca a imprensa se referia ao N cleo Bandeirante como a cidade que se recusou a morrer CEIL NDIA O terreno atr s do HJKO foi ocupado pelos trabalhadores da constru o civil desempregados com o t rmino das principais obras de Bras lia Este local ficou conhecido como
467. uca o patrimonial definida por Horta da seguinte forma A Educa o Patrimonial uma proposta metodol gica e um tipo de a o social de microa o que procura tomar os bens culturais como fonte prim ria de um trabalho de ativa o da mem ria social recuperando conex es e tramas perdidas provocando a afetividade bloqueada promovendo a apropria o pelas comunidades de sua heran a cultural resgatando e ou refor ando a auto estima e a capacidade de identifica o dos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 134 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga valores culturais amea ados de extin o desenvolvida na escola nos sistemas de educa o formal e n o formal com crian as e adultos a Educa o Patrimonial pode ser como um telesc pio que nos permita vislumbrar um futuro mais promissor Horta M L 2000 p 35 A proposta de Santos para o Museu de Arqueologia e Etnologia da Bahia em 1983 foi envolver professores de diferentes departamentos na a o com a escola e com a comunidade que vivia no entorno do Terreiro de Jesus A a o teve como eixo condutor do processo a explora o do conte do hist rico do bairro e como objetivo principal trazer a comunidade que vivia trabalhava ou estudava nas cercanias da institui
468. uca divulga o das atividades do museu e as atividades oferecidas despertam pouco interesse Em rela o ao museu falta do projeto pol tico pedag gico e de um plano museol gico falta de investimento na forma o dos profissionais que trabalham no museu falta de valoriza o do maior acervo que o patrim nio arquitet nico embora esta seja a proposta prometida em seus prospectos Em rela o cidade n o h notoriedade do museu nos planos de divulga o da Secretaria de Cultura do DF n o h circuitos envolvendo o MVMC com outros pontos de PF rne Sad 177 atra o hist rica como o Catetinho 3 3 4 As Exposi es 3 3 4 1 Exposi o de Longa Dura o Reconstru o da Ag ncia de Benef cios do IAPI A Ag ncia de Benef cios do IAPI foi demolida na d cada de 1990 quando se encontrava bastante deteriorada e os gastos com sua manuten o eram altos H hoje no local apenas o baldrame da constru o O que se prop e a reconstru o da planta original com pequenas altera es para abrigar uma Exposi o de Longa Dura o sobre o HJKO O fio 177 O Catetinho era a resid ncia oficial do Presidente Juscelino Kubitscheck no per odo da constru o de Bras lia Constru do em novembro de 1956 todo em madeira e em apenas dez dias o projeto de Oscar Niemeyer abrigava a comitiva presidencial O nome era uma alus o ao Pal cio Presidencial do Catete no Rio de Janeiro Foi posteriormente tomba
469. ue a sociedade deveria ser parte integrante do fazer museol gico e de sua organiza o o que abriu caminho para o que aconteceu no ano seguinte em Santiago do Chile Nas d cadas de 1970 e 1980 surgiram outras importantes e inovadoras iniciativas museol gicas Incentivadas por George Henri Rivi re e Hugues de Varine destacam se a cria o dos museus comunit rios dos ecomuseus e dos museus locais que todavia n o foram muito bem aceitos pelo ICOM e principalmente pelo Comit Internacional para a Museologia ICOFOM Neste per odo no Brasil a antrop loga Ione Carvalho j trabalhava no Rio Grande cegri 30 e A do Sul construindo museus comunit rios mas setores ligados museologia tradicional n o reconheciam tais iniciativas Na reuni o de 1983 do ICOM em Londres as formas ditas alternativas de a es museol gicas foram rejeitadas mas em 1984 houve uma reuni o no Canad com a participa o do grupo Ecomuseus de Quebec uma iniciativa de Pierre Maryand e Ren Rivard com a finalidade de debater as experi ncias em curso O resultado deste encontro denominado I Ateli Internacional Ecomuseus Nova Museologia foi a reda o da Declara o 28 O modelo apresentado foi o do Museu de Anacostia em Nova York pelo seu Diretor John Kinard Santos 1999 Era um exemplo de como a es museol gicas podem transformar a rotina de uma comunidade por meio de a es educativas e de esclarecimento sobre te
470. ue permaneceu passiva Na segunda parte do programa houve uma sensibiliza o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 70 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Outras experi ncias de Ecomuseu tamb m de car ter experimental desenvolveram se na mesma poca mas com um car ter mais urbano e com vistas ao desenvolvimento comunit rio O princ pio o mesmo e a comunidade n o vista apenas como objeto mas como sujeito da institui o e agente das a es que s o formuladas a partir de demandas identificadas pelas associa es comunit rias Para Varine o Ecomuseu que deriva do pensamento ou da f rmula francesa utiliza o espa o natural e o habitat tradicional assim como os problemas contempor neos em uma perspectiva global sem deslocar seus elementos que conservam assim seu contexto normal Ela se dirige enfim a um p blico nacional para que este se concilie com seu meio ambiente Em certa medida ela leva em conta a popula o local considerada ao mesmo tempo como tema de estudo da mesma forma que os objetos e os s tios e como p blico privilegiado da a o educativa 2000 p 68 A comunidade que sujeito e objeto do Ecomuseu deve ser pensada em suas rela es com seu entorno em variadas inst ncias e analisada por
471. ugar es Esplanada Catetinho Catedral Pal cioda Pra a dos Memorial JK Local dos Alvorada Tr s Minist rios Poderes 1 Era um dia de passeio 1 2 3 4 5 6 com amigos ou fam lia 2 Era dia de festa 1 2 a 4 Sg 6 relacionada ao Brasil ou ao DF 3 Era uma cerim nia 1 2 3 4 5 6 religiosa 4 Porque tinha um 1 2 3 4 5 6 compromisso por perto 5 Por que acha o lugar 1 2 3 4 5 6 bonito 6 Por que quer conhecer 1 2 3 4 5 6 mais sobre a hist ria do pa s Tk Porque foi levar um 1 2 3 4 5 6 turista 8 Porque era tarefa da 1 2 3 4 5 6 escola 9 Nenhum destes motivos 1 2 3 4 5 6 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 11 03 10 Se voc gostou de ir a algum destes lugares indique o motivo Esplanada Catetinho Catedral Pal cioda Pra a Memorial dos Alvorada dos JK Local Minist rios Tr s Poderes 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 O dia estava bonito e ou a companhia era boa ty Ea 2 Sinto que este lugar me faz pensar no meu pa s 3 Este lugar me faz pensar nas pessoas do meu pa s 4 Este lugar me faz lembrar como os brasi
472. ugar faz parte da sua hist ria e da de sua fam lia 6 N o lembro 20 Q3 19 Voc se sentiu representado no Museu Vivo da Mem ria Candanga 1 Sim 2 N o Pa 20 De que forma Porque viu a hist ria da constru o da capital do seu pa s Na exposi o Lona Poeira e Concreto tinha imagens de pessoas conhecidas Porque viu a hist ria de um sonho que se tornou realidade e isto nos d esperan a Porque viu seu sofrimento representado na forma das pessoas que foram exploradas Porque um museu est tratando de pessoas simples Outra Sanson Solicito ainda sua autoriza o para a utiliza o dos dados do question rio na pesquisa que est sendo desenvolvida Sua identidade ser preservada Bras lia _ 12011 fev Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VII MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga UNIVERSIDADE LUS FONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS Faculdade de Arquitetura Urbanismo e Artes Departamento de Museologia Programa de Doutoramento em Museologia Pesquisadora Respons vel Maria Cec lia Filgueiras Lima Gabriele Professora Assistente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Bras lia Orientador da Pesquisa Prof Dr Diogo da Silva Mateus Professor da Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias QUESTION RIO
473. uitetura No texto foram abordadas quest es relacionadas cidade engenharia e beleza mas importante lembrar que n o fez alus o produ o da Idade M dia 38 Por muito tempo a Idade M dia foi vista como um per odo de obscuridade como oposi o da poca cl ssica no entanto s o dignas de nota as importantes inven es nela surgidas que possibilitaram os avan os do Renascimento Esta afirma o com rela o dificuldade de se obter a perfei o t cnica est relacionada aos c nones da estatu ria grega e romana comparada aos produzidos no intervalo antes do renascimento que por quest es de ordem religiosa n o retratavam com tanta exatid o a figura humana Vale tomar tamb m como exemplo as catedrais rom nicas que antes do esplendor g tico careciam de acabamento mais elaborado 3 Estas a es consistiam na retirada de pedras clunas e materiais das constru es tidas como pag s para serem colocadas em obras da Igreja Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 45 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga na propor o em busca dos segredos da beleza cl ssica E o que se pode compreender como a z i 40 TE F t contempla o desinteressada da obra de arte ou seja a aprecia o das obras distanciada de seu conte do hist rico e centrada e
474. ula o da hist ria coletiva Le Goff 1996 p 26 Le Goff atribui mem ria uma conota o pol tica de poder Em sua defini o a determina o da identidade de um grupo crucial para sua manuten o social Ent o definir o que fica para a posteridade um ato pol tico e social que pode servir para reproduzir a estrutura dominante mas pode tamb m ser agente de transforma o Uma das formas de preserva o desta mem ria a preserva o e comunica o de seu patrim nio Aceitando que os museus podem e devem ser agentes desta a o importa saber como trabalhar com o acervo incluindo o patrim nio arquitet nico a fim de resgatar la os identit rios O que se pretende que esteja nos museus uma sele o dos feitos e ou vest gios do homem Nem sempre no sentido de grandiosos para a humanidade como um todo mas importantes para uma determinada sociedade Este conte do pode ser de ordem cultural hist rica pol tica cient fica ou para fins de educa o lazer e pesquisa dentre os mais Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 108 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga variados temas E a preserva o do legado que verdadeiramente importa Mas o que deve ser lembrado Quem determina isso O que a comunidade n o deve ou deve esquecer Le G
475. uma refer ncia no Brasil principalmente por estar sempre promovendo eventos importantes ligados museologia Em termos de arquitetura ele atualmente conta com espa os para diversas atividades como curso semin rios e lan amentos de livros mas sua rea expositiva segue padr es mais tradicionais Tem uma boa rea de apoio e tem abrigado com propriedade grandes exposi es Figura 32 Ponta do Calabou o Fonte Augusto Figura 33 Museu Hist rico Nacional Fonte Rosa Malta Beloto O Servi o de Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional SPHAN de foi criado em 1937 A lei que o instituiu foi solicitada pelo Ministro da Educa o e Sa de Gustavo Capanema aos modernistas M rio de Andrade Manuel Bandeira Prudente de Moraes Neto Lu s Jardim Afonso Arinos Lucio Costa e Carlos Drummond de Andrade Para os modernistas nacionais o Brasil adentraria o mundo moderno atrav s da busca de sua identidade pr pria civilizando se Ser brasileiro significava ser moderno e isto implicava em entender o pr prio Brasil buscar sua hist ria e suas ra zes Buscar essa tradi o conhecer a na o significava estabelecer v nculos para a arte brasileira No 101 A Casa do Trem B lico era local de armazenamento do armamento das tropas enviadas por Portugal para proteger a cidade O local foi depois utilizado como fundi o e abrigou a Real Academia Militar em 1811 in cio do ensino militar e de engenharia
476. uma realidade mais complexa Rossi 2001 p 13 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 62 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Para o autor a forma dos monumentos que fica impressa na mente das pessoas independente de sua fun o O tempo determinante para estabelecer o status de fato arquitet nico mas s o experi ncias pessoais ou coletivas que dotam o local de um sentido e significado especial ou detest vel Em sua an lise a qualidade do espa o n o pode estar ligada apenas legibilidade das formas deve dar lugar ainda a temas como a individualidade o locus o desenho e mem ria para chegar a uma esp cie de conhecimento dos fatos urbanos de forma mais abrangente Desta forma seu pensamento est de acordo com a Carta de Veneza onde o monumento hist rico compreendido da seguinte forma O conceito de monumento hist rico engloba n o s as cria es arquitect nicas isoladamente mas tamb m os s tios urbanos ou rurais nos quais sejam patentes os testemunhos de uma civiliza o particular de uma fase significativa da evolu o ou do 2 progresso ou algum acontecimento hist rico Este conceito aplic vel quer s grandes cria es quer s realiza es mais modestas que tenham adquirido significado cultural com o passar do tem
477. umanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 222 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 4 11 Observa es 4 12 Observa es 5 T CNICAS CONSTRUTIVAS 5 1 Descri o da 5 2 Local 5 3 Imagens 5 4 Como a t cnica original t cnica feita na atualidade Obs Veda o estrutura e funda o Cobertura Esquadrias etc 5 5 Temas correlatos a serem desenvolvidos a partir das t cnicas construtivas 6 EDIFICA O 6 1 Hist rico da edifica o 6 2 Imagem 6 3 Imagem 6 4 Imagem 6 5 Imagem Data Data Data Data Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 223 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga 6 6 Observa o 6 7 Observa o 6 8 Observa o 6 9 Observa o 9 10 Fatos relevantes acontecidos na 6 11 Pessoas ou grupos relacionados com a edifica o hist ria da edifica o 6 12 Relev ncia de sua constru o 6 13 Peculiaridades hist ricas 6 14 Conserva o 6 15 Descri o 6 16 Procediment 6 17 Observa es da Edifica o Identifica o do local Imagem Bom Regular P ssimo Identifica o do local Imagem Bom Regular P ssimo Identifica o
478. untos de edif cios para expor suas cole es Durand em 1803 prop s uma planta ideal Figura 06 para os museus Comparou os museu s bibliotecas que guardam e disponibilizam conhecimento para o p blico e s o ao mesmo tempo lugares de estudo A fim de conciliar o sil ncio necess rio contempla o com a possibilidade de acesso aos diversos conte dos dotou o lugar de grande quantidade de espa os expositivos apoiados por um grupo de saletas interligadas que serviriam de apoio a estudantes e artistas Estes espa os eram destinados tanto para estudo como para montagem dos cavaletes em rea cont gua aos sal es O projeto embora n o tenha sido constru do foi utilizado como refer ncia para importantes obras Figura 05 Planta de Boull e para um museu gen rico Figura 06 Planta ideal e fachada para museu 1783 Fonte Digital Lybrary and Archives propostas por Durand 1803 Dois museus do s culo XIX s o considerados marcos da proposta de Durand A Glyptothek de Munique 1816 30 projeto de Leo von Klenz Figura 6 e o Altes Museum em Berlim 1823 30 de Karl Friedrich Schinkel Os dois edif cios de concep o neocl ssica destacam se pela monumentalidade pela utiliza o de grandes escadas rotundas galerias interligadas e ilumina o natural A rela o entre a arquitetura a decora o e os objetos era muito estreita o que contribu a para a falta de destaque dos objetos principalmente os de menor porte qu
479. us e para contribuir com a ilustra o da elite local No s culo XIX o Brasil possu a 10 museus entre os quais o Instituto Hist rico e Geogr fico Brasileiro 1838 o Museu da Marinha o Museu Emilio Goeldi 1866 e o Museu Paulista 1895 Eram museus que podem ser considerados ecl ticos Guardavam o acervo do pa s com nfase em suas caracter sticas regionais e expunham tudo o que havia sido selecionado como relevante patrim nio cultural Foram dirigidos inicialmente por estrangeiros e administrados aos moldes do modelo europeu Em 1861 foi aprovado um aditivo Lei do Or amento Provincial para a cria o de um museu no Par com a finalidade de apoiar os cientistas que acorriam regi o amaz nica nas expedi es naturalistas O Museu Paraense MPEG 2010 passou inicialmente por muitas dificuldades at ser efetivamente consolidado em 1894 quando o zo logo su o Emilio Goeldi obteve apoio irrestrito do governo federal para torn lo centro de refer ncia em pesquisa Desenvolviam se na institui o estudos sobre geologia geografia fauna flora arqueologia e popula o As pesquisas ali realizadas serviram de base para argumenta o da defesa vitoriosa do Brasil feita pelo Bar o do Rio Branco na contenda com a Fran a pelo atual estado do Amap Outra grande contribui o aconteceu em 1902 quando o cientista publicou no Di rio Oficial medidas profil ticas de preven o febre amarela mal ria e
480. useu nos meses de julho agosto ou setembro quando a probabilidade de chuva m nima e o espa o pode servir de local para a realiza o de shows ou exposi es A associa o da imagem do MVMC a servi os como as Oficinas de Artesanato dos Saberes e Fazeres que poderiam ter uma parceria com o Servi o Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE e a comercializa o de objetos nelas produzidos que teriam a logomarca do museu Poderiam ainda ser vendidas fotografias do local e produtos relacionados ao museu como tecidos feitos no tear objetos feitos em cer mica bichos de madeira malas de retirantes servindo como porta l pis camisetas e outros produtos O dinheiro arrecadado poderia ser utilizado na manuten o do pr prio MVMC e em programas de inser o social e de gera o de renda Poderiam ser vendidos no aeroporto e em lojas de turismo como uma forma de divulga o do museu A participa o em programas de r dio elabora o de um blog com participa o nas redes sociais um servi o de informa o para pessoas que trabalham com o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 211 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga turismo na cidade folders informativos para divulga o nas escolas e em guich s de informa es tur sticas e hot
481. uviram falar sabem de forma remota sua localiza o mas o ndice de idas z efetivadas muito baixo Como forma de compreender a pouca visibilidade deste 185 International Working Party for Documentation and Conservation of Buildings Sites and Nieghbourhoods of the Modern Movement Organiza o n o governamental sem fins lucrativos e assessora da UNESCO fundada em 1988 Objetiva a documenta o e a preserva o das cria es do Movimento Moderno na arquitetura urbanismo e manifesta es afins www docomomo org TRA reportagem est dispon vel em http www correiobraziliense com br app noticia cidades 201 1 06 13 interna cidadesdf 256642 amostra retrata historia do hospital juscelino kubtscheck de oliveira shtml em 17 de agosto de 2011 No site da Secretaria de Cultura do DF dispon vel em http www sc df gov br sessao agendaExposicoes na revista Agenda Bras lia eventos culturais do DF dispon vel em http www brasiliagenda com br midia capas capa agosto 2011 pdf na revista Boca a boca dispon vel em http issuu com ticorocha docs bab Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 205 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga representativo patrim nio da hist ria da cidade foram aplicados no total 366 question rios divididos entre anterio
482. v edificada apenas num dos lados deixando se o outro com a vista desimpedida sobre a paisagem excetuando se o hotel principal localizado nesse setor e pr ximo do centro da cidade No outro lado do eixo rodovi rio residencial as quadras cont guas rodovia ser o naturalmente mais valorizadas que as quadras internas o que permitir as grada es pr prias do regime vigente contudo o agrupamento delas de quatro em quatro propicia num certo grau a coexist ncia social evitando se assim uma indevida e indesej vel estratifica o E seja como for as diferen as de padr o de uma quadra a outra ser o neutralizadas pelo pr prio agenciamento urban stico proposto e n o ser o de natureza a afetar o conforto social a que todos t m direito Elas decorrer o apenas de uma maior ou menos densidade do maior ou menor espa o atribu do a cada indiv duo e a cada fam lia da escolha dos materiais e do grau e requinte do acabamento Neste sentido deve se impedir a enquista o de favelas tanto na periferia urbana quanto na rural Cabe Companhia Urbanizadora prover dentro do esquema proposto acomoda es decentes e econ micas para a totalidade da popula o 18 Previram se igualmente setores ilhados cercados de arvoredos e de campo destinados a loteamento para casas individuais sugerindo se uma disposi o dentada em cremalheira para que as casas constru das nos lotes de topo se destaquem na paisagem afastadas umas das outras di
483. v rios momentos ressaltaram a import ncia de terem sido convidadas para o passeio de reviverem momentos e fatos de uma poca que j vai longe mas que retrata o esfor o de uma gera o j envelhecida que reclama ser lembrada em atitudes de cidadania social j que esta inclui o direito cultura Esta experi ncia no MVMC foi compartilhada pelos servidores da casa Todos sem exce o manifestaram se positivamente principalmente pela forma did tica como est organizada a exposi o e pela import ncia que as pessoas v m demonstrando pelo resgate da hist ria do HJKO O Museu Vivo da Mem ria Candanga possui uma forte carga emotiva talvez por ainda estar muito recente no tempo Mas de se ressaltar como todos os envolvidos no processo de recupera o de sua hist ria mesmo sem conhecer algum protagonista sentem se emocionados com o tema e profundamente comovidos com a atitude de coragem e de enfrentamento dos que aqui chegaram quando Bras lia era ainda poeira lona e concreto 191 64 das f R 7 5 X A Associa o dos Seniores Candangos uma entidade sem fins lucrativos criada por senhoras da sociedade civil Re ne se em espa o cedido pela Administra o Regional da Candangol ndia e tem como objetivo promover atividades para pessoas da terceira idade em regime de integra o social no centro de conviv ncia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 210 MARIA CEC
484. vimento educacional e cultural da sociedade que resguarda identidades e estabelece v nculos com o passado para fazer conhecer o presente SCDF 2010 Atualmente a gestora Luciana Ricardo que trabalhou no museu na d cada de 1990 e fez parte desta equipe multidisciplinar cogita a possibilidade de por meio da Associa o de Amigos viabilizar uma s rie de a es Os cursos est o sendo reativados as oficinas j est o em processo de reequipagem est o sendo providenciadas obras de melhoria dos espa os e a biblioteca j foi restaurada O museu Museu Vivo da Mem ria Candanga s vai existir s vai persistir quando as pessoas entenderem que o museu est contando a hist ria delas a ele n o vai sobreviver mas vai viver Luciana Ricardo A visita guiada muitas vezes realizada por um funcion rio muito antigo da casa que tem grande apego obra mas n o tem forma o em pedagogia ou museologia H uma 170 Luciana Maya Ricardo Diretora do Museu Vivo da Mem ria Candanga em entrevista para o Correio Brasiliense em Janeiro de 2010 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 161 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga preocupa o de Luciana com a forma o dos funcion rios Tem promovido reuni es onde aborda quest es conceituais e do acervo mas n o
485. vos exist ncia humana procurando encontrar as respostas Santos M 1996 p 46 Mais uma vez percebe se a inclus o dos problemas urbanos que tanto afligem a sociedade citados como importantes temas a serem trabalhados em a es museol gicas Para Santos essencial que a comunidade se aproprie de seu patrim nio cultural e fa a uso de suas refer ncias patrimoniais para viv ncia de sua identidade ainda mais quando se vive em pa ses latinoamericanos onde h doen as analfabetismo e mis ria H que se pensar como as a es museol gicas podem agir no sentido de se prestar como agente de reflex o e ponto de partida para a es de esclarecimento e de mudan a da realidade social Este um dos principais argumentos da utiliza o do contexto urbano do patrim nio arquitet nico como acervo museol gico e agente de comunica o de conte dos a serem trabalhados com a comunidade Fechando este subitem julga se importante apresentar tr s experi ncias que envolvem a Nova Museologia e o Patrim nio Arquitet nico em escalas diferentes o Museu Did tico Comunit rio de Itapo experi ncia que aconteceu em um bairro de Salvador o Ecomuseu de Santa Cruz na Zona Oeste do Rio de Janeiro e a a o museol gica da OEA na Nicar gua onde a nfase est em a es sociopol ticas Na constru o do Museu Did tico Comunit rio de Itapo Santos 1996 baseou sua experi ncia nos conceitos da Nova Museologia onde
486. vros sobre o Artigos Filmes sobre o disserta es assunto publicados em bem ou que o monografias encontros e peri dicos utilizaram como cen rio 9 RESPONS VEL PELO CADASTRO 9 1 Nome 9 2 Data Note se que a ficha induz a introdu o de hist rias e temas relacionados com as pessoas do lugar justamente para facilitar o entrosamento da comunidade com seu patrim nio cultural edificado Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 229 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga CONSIDERA ES FINAIS Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 230 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga A pergunta inicial que gerou esta pesquisa foi A arquitetura de um museu quando um patrim nio arquitet nico pode ser reconhecida e portanto trabalhada como acervo da institui o No caminho percorrido para buscar a resposta concluiu se que possivel responder positivamente a essa pergunta A pesquisa desenvolvida na tese passou por diversas etapas e foi constru da com muita leitura entrevistas aplica o de question rios e teve como ponto alto a montagem de uma exposi o onde se buscou colocar o acervo arquitet nico
487. w mp usp br historia html www mp usp br omuseu html A cria o da Pinacoteca do Estado de S o Paulo em 1895 deu in cio cria o dos museus de arte Funcionando num edif cio projetado por Ramos de Azevedo e Domiciano Rossi foi na verdade abrigado pelo Liceu de Artes e Of cios criado em1882 O espa o foi fechado por causa de um inc ndio em suas depend ncias e tamb m por conting ncias pol ticas pelas quais passava o pa s na d cada de 1930 Em 1982 o edif cio foi tombado pelo No Brasil o neocl ssico e o ecl tico desenvolveram se no mesmo per odo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia 100 MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga CONDEPHAAT e passou a abrigar exclusivamente a Pinacoteca O espa o original seguia os mesmos padr es europeus j descritos anteriormente O Museu Nacional de Belas Artes MNBA foi criado em 1937 depois de v rios percal os tendo desde seu funcionamento dividido o espa o com o ensino Seu in cio confunde se com o da funda o da Academia Imperial que teve como primeira sede um edif cio projetado por Grandjean de Montigny e depois passou a funcionar num edif cio de 1908 projetado por Morales de los Rios A cole o iniciada por D Jo o VI ocupou v rios lugares e por muitos anos foi chamada de Pinacoteca
488. xo rodovi rio intercalam se ent o largas e extensas faixas com acesso alternado ora por uma ora por outra e onde se localizaram a igreja as escolas secund rias o cinema e o varejo do bairro disposto conforme a sua classe ou natureza FIGURA 13 O mercadinho os a ougues as vendas quitandas casas de ferragens etc na primeira metade da faixa correspondente ao acesso de servi o as barbearias cabeleireiros modistas confeitarias etc na primeira se o da faixa de acesso privativa dos autom veis e nibus onde se encontram igualmente os postos de servi o para venda de gasolina As lojas disp em se em renque com vitrinas e passeio coberto na face fronteira s cintas arborizadas de enquadramento dos quarteir es e privativas dos pedestres e o estacionamento na face oposta cont gua s vias de acesso motorizado prevendo se travessas para liga o de uma parte a outra ficando assim as lojas geminadas duas a duas embora o seu conjunto constitua um corpo s FIGURA 14 17 A grada o social poder ser dosada facilmente atribuindo se maior valor a determinadas quadras como por exemplo s quadras singelas cont guas ao setor das embaixadas setor que se estende de ambos os lados do eixo principal paralelamente ao eixo rodovi rio com alameda de acesso aut nomo e via de servi o para o tr fego de caminh es comum s quadras residenciais Essa alameda por assim dizer privativa do bairro das embaixadas e lega es se pre
489. xo da foto Imagens de campo ou levantamento fotogr fico realizado ao longo da pesquisa capazes de sintetizar ou demonstrar a caracteriza o atual do contexto objeto cultural Imagens de campo ou levantamento fotogr fico realizado ao longo da pesquisa capazes de sintetizar ou demonstrar a caracteriza o atual do contexto objeto cultural Imagens de campo ou levantamento fotogr fico realizado ao longo da pesquisa capazes de sintetizar ou demonstrar a caracteriza o atual do contexto objeto cultural Imagens de campo ou levantamento fotogr fico realizado ao longo da pesquisa capazes de sintetizar ou demonstrar a caracteriza o atual do contexto objeto cultural 9 1 Tipos de mapas 9 2 9 3 Localiza o e base meio digital planta 9 4 Data nomear Escala impressa dd mm aaaa Planta cadastral Evolu o do tra ado urbano Usos Gabaritos Tipologias arquitet nicas Setores morfol gicos Setores de planejamento Per metro de prote o Per metro de entorno 9 5 Mapas dispon veis inserir imagens com legenda 9 6 Descri o fonte e localiza o do mapa Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Museologia VI MARIA CEC LIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE Musealiza o do Patrim nio Arquitet nico inclus o social identidade e cidadania Museu Vivo da Mem ria Candanga Descrever de forma

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