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DISSERTAÇÃO_ MESTRADO _UC_B.NEVES

1. 108 6 Interven o FWA A PWA coors poo A eee 109 6 1 Estrada da Pontinha e Estrada do Correia cs ee 110 6 2 Rua Neves Costa situa o actual e proposta de interven o 112 6 3 Rua do Machado e Travessa do Machado ccccccscececeeeeceeeeeeeeaaeeeeeessseeees 115 6 4 Largo do Jogo da Bola Travessa do Casc o e Travessa do MAalvar 117 a Propost de Interven o Lust 118 b Proposta de interven o Lisias aa e a a 119 6 5 Rua da Fonte Largo da Praca Rua Maria Brown e Rua dos T xis Palhinhas 120 6 6 Rua das Parreiras Rua da Mestra aaa2aaaaaaasa s sssasssssnanssussnnssnasnnananaaa 123 6 Rua do Norte sims bett asid kaka baz adi 128 6 8 Travessa do Pregoelro cocccccccnccncncnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnenss 129 6 9 Azinhaga dos Carmelitas aaaiaiiaiaaaaa sssaaannaannnsnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnaannnnnnnaa 131 7 Estacionamentos existentes previstos aaaaaaanannan vnnnnnnnnnannnnannnsnnnnnnnnnnnnnan 134 Toda SHOAUtOMOVEL lara a E E GS ie 135 8 Pavimenta o e repavimenta o das vias serranas 136 8 1 A cal ada tradicional e art stica aaaaaaiiaaaa aisaasnssinansnnninannnnnanannanndanaaad 137 8 2 M trica da pavimenta o Modelo ccccccccccssssecceessssneeeecss
2. we y E yr 5 to On a tare A Tg 9 Machado Ca z ta gt i YY Es fo A m Poa v Y 5 ki a A me Wap LI F Gos Aa sa pan Ti Restrutura o Vi ria no N cleo Antigo de Camide 1 Estrada da Pontinha Estrada Correia Largo do Malvar ECUPA PRO ECTGTA Darcs Gener News jaca Verse Scone Goosen l ga rki PROPOSTA DE INTERVENCAO Na Estrada do Correia e em torno do Chafariz do Malvar a intervenc o tem como objectivo manter s um acesso com duas vias para a entrada e sa da do N cleo Antigo pois deste modo condiciona se a entrada de viaturas e cria se simultaneamente um espaco p blico de qualidade ajardinado valorizando a mem ria do local e incrementando a utilizac o pelo pe o A mudanca da paragem de autocarro e a criac o de lugares de estacionamento ao longo da Estrada da Correia conferem uma escala diferente a um arruamento que se pretende mais urbano e arborizado na placa separadora O novo desenho do cruzamento com a Rua Cidade de Praga tem como objectivo permitir um acesso menos directo e f cil Estrada do Correia com raios de curvatura mais 111 apertados e uma reduc o do n mero de faixas duas faixas descendentes em vez de tr s e uma faixa ascendente em vez de duas que obrigam tamb m a reduzir a velocidade PERFIL TRANSVERSAL TIPO esc 1 200 Estrada Correia 6 2 Rua Neves Costa situa o actual e proposta de interven
3. Textos Universit rios C Sociais e Humanas Minist rio da Ci ncia e Ensino Superior F C Gulbenkian Janeiro 2003 CABRERA Ana NUNES Mar lia e DIAS Henrique Olhar o Chao Imprensa Nacional Casa da Moeda 1990 CARVALHO Jorge Ordenar a cidade Quarteto 2003 CENTENO Yvette Coordena o e FREITAS Lima de A simb lica do Espa o Cidades Ilhas Jardins Editorial Estampa Lisboa 1991 COELHO Ant nio Baptista Humaniza o e vitalizac o do espa o p blico LNEC 2005 URBANISTAS Conselho Europeu de A Visao do Conselho Europeu de Urbanistas sobre as cidades do S culo XXT 20 de Novembro de 2003 COUTO Dejanirah Hist ria de Lisboa Editora G tica 2 edi o 2004 CULLEN Gordon El paisage urbano Tratado de est tica urban stica Editorial Blume Abril 1981 Diversos Autores Humaniza o e vitaliza o do Espa o P blico LNEC Cadernos Edif cios n 4 Outubro de 2005 DUARTE GIL Brigite Eunice Mobilidade pedonal no espa o p blico Caso de Estudo e Aplica o ao Projecto em Sete Rios UTL IST Disserta o de Mestrado 2009 FARIA Miguel Figueira de coordena o Pra as Reais passado presente e futuro Livros Horizonte 2008 FERREIRA Ant nio Fonseca Gest o Estrat gica de Cidades e Regi es 2 edi o Funda o Calouste Gulbenkian Servi o de Educa o e Bolsas Mar o de 2007 FRAN A Jos Augsuto Lisbo
4. Universidade Cat lica Portuguesa Faculdade de Engenharia O ESPA O PEDONAL NA REQUALIFICA O DA CIDADE DE LISBOA Branca Maria Gameiro das Neves Dissertacao para obtencao do Grau de Mestre em Qualificac o da Cidade J ri Prof Doutor Manuel Barata Marques Presidente Doutor Rui Filipe Arango Florentino Prof Doutor Fernando Nunes da Silva Co Orientador Prof Eng Manuel da Costa Lobo Orientador Janeiro 2012 RESUMO ANALITICO A interven o no espa o publico pedonal tem actualmente uma import ncia acrescida n o s pela inevit vel qualifica o que exigida pelos habitantes mas pelo que representa na vida de todos os que o frequentam porque um melhor ambiente urbano permite uma maior viv ncia sociabilizac o e bem estar e por isso contribui para a felicidade das pessoas A partir da experi ncia pr tica de interven o em diversos espa os na cidade e de uma reflex o sobre essa mesma actua o aliando conceitos te ricos apreendidos ao longo do percurso acad mico e profissional desenvolveu se a presente disserta o com o objectivo de analisar de que modo e at que ponto os conceitos te ricos e pr ticos se complementam Da que o trabalho desenvolvido assenta numa an lise dos espa os p blicos de Lisboa associados nova e recente reorganiza o administrativa da cidade e nas propostas e projectos elaborados para os tr s espa os p blicos aqui apresentados Podemos concluir
5. ent o completamente esquecida e degradada veio trazer uma nova vis o na Interven o do Espa o P blico em geral com uma marcada preocupa o com o espa o pedonal quer de circula o quer de estadia O Parque das Na es tornou se assim o novo paradigma quanto gt Compet ncia tamb m da Divis o de Planeamento e Controle de Qualidade do GTH Gabinete T cnico de Habita o da CML da qual a autora foi Chefe de Divis o 32 ocupa o e desenho do espa o p blico estando na base do posterior lan amento do programa Polis Outras zonas da cidade foram sendo intervencionadas nomeadamente parte da zona ribeirinha gerida pela Administrac o do Porto de Lisboa que foi dotada essencialmente de zonas de restaura o e de alguns equipamentos de lazer ligadas por um percurso vi rio e pedonal junto ao rio Todavia ao contr rio do que ocorre no Parque das Na es esta zona continua isolada da cidade sem integra o na malha urbana sendo necess rio utilizar o autom vel para ali chegar A constru o de liga es pedonais entre a margem de rio e a cidade atrav s de uma eficaz pol tica de mobilidade n o s pedonal mas vi ria que tire o m ximo partido da integra o dos v rios modos de transporte n o foi e continua a n o estar no entanto concretizada pelo que ainda assistimos a uma fractura no territ rio que urge sanar O novo PDM aprovado recentemente em reuni o camar ria Setembro 2011 j
6. iia ds 75 FIGURA 41 FONTE LUMINOSA SECA E SEM ILUMINA O 1 ccesccsssssescscscesescseseescscsesseecsesesecscsesesesseseeeecaes 75 FIGURA 42 HOMEM EST TUA R AUGUSTA occoocncincnccncnnninnancnninnnanancaninnnanancanonanancaninonanan cano nonanan cano ronan carino 76 FIGURA 43 VISTA DO CASTELO DES JORGE ui dis 76 FIGURA 44 JARDIM DO TOREL E VISTA PARA O RIO TEJO aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanssss ssnnnnsnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnr 76 HOURA 5 JARDIM DO POREL tte pa bos 17 FIGURA dO RUA BARATAS ALGUERO oi AS 11 FIGURA 47 TIPOS DE OBST CULOS QUE O PE O ENCONTRA NO ESPA O P BLICO 82 FIGURA 48 LOCAL ADOPTADO PARA A PR TICA aeee teares 82 FIGURA 49 SKATERS NA PRA A DA FIGUEIRA teaser reatar 82 FIGURA 50 FOTO A REA DA PRA A DA FIGUEIRA teares 83 FIGURAS ONE A kan E a o TT 84 FIGURA 53 AVENIDA DA LIBERDADE scsssesssssccsssssecssusccssccsscssucssuscsscssecssusssuesssessecssessravesusesusesneseruvesuvesseceneess 85 FIGURA 54 AVENIDA ALEXANDRE HERCULANO eat baba aaa aaa saaa rena ana oniinn ninna nassaan nnne nenne nnns 85 FIGURA 55 A VIS O PERIF RICA REDUZ SE COM O AUMENTO DE VELOCIDADE sessscsssssssseseseesseees 86 FIGURA 56 SEM ESPA O PARA CIRCULA O baba kana aaa aaa rena sena ana aaa sena ena oo sesa canarias 87 FIGURA 57 OCUPA O DE PASSEIO aaa baba aaa aaa aaa aaa conan aaa saaa sena ana sena sena sona oo sane cesar 87 FIGURA 58 CAMPO GRANDE cccsccsscssscscssecesecsssssvcsses
7. 75 CAPITULO III O USO E MANUTEN O DO ESPA O P BLICO 79 1 Apropria o p blica e flexibiliza o de Uso0s aaaaaaaaiiiiaassssssssaaaasssaaani 81 1 1 Publicidade e sinal tica no espa o p blico pedonal 83 1 2 Manifesta es art sticas c vicas e culturais aaaaaaaaiiiiacassssiaannna 88 1 3 Seguran a no Espa o P blico aaaaaaisaa ssisaasass nansnnnanaanannanannanaanaaa 93 2 A mobilidade e acessibilidade no espa o p blico pedonal 222222 96 2 1 Espa o partilhado zonas de acalmia de tr fego ou zonas 30 96 CAPITULO TVs CASO DE ESTUDO iia e e 99 CARNIDE O S r eee 99 1 Objectivo da Intervenc o anaaaiiaaaaaaannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnsssananannnnnnnnnan 101 2 Introdu o e breve enquadramento hist rico aaaaaaaiiaaaasssssssassasssaaani 102 3 Conceito da interven o ss a r ki a ee r 102 4 Rede vi ria interna e das zonas envolventes cccccccesessssseeeeeeessessnsaeeeees 103 5 Proposta global de interven o rede vi ria e rede pedonal 105 8 SL Rede Viale Interna a A A 105 5 2 Rede pedonal ternas aussi 106 5 3 Liga o pedonal interna e aos bairros e zonas cont guas
8. A place is a space in Pra as Reais Passado Presente e Futuro coordena o de Miguel Figueiredo de Faria Livros Horizonte e Organigrama Organiza o das Unidades de Interven o Territorial CML Maio 2011 52 A gestao do territ6rio tera assim uma relac o menos longinqua do cidad o e poder dar respostas mais c leres aos problemas locais dos bairros facilitando a relac o do mun cipe com a autarquia FIGURA 16 NOVA DIVIS O ADMINISTRATIVA DE LISBOA 53 v ORGANIZACAO DAS UNIDADES DE INTERVENCAO TERRITORIAL v OLIVAIS PARQUE DAS NACOES MARVILA BEATO ORIENTAL GRACA PENHA FRANCA BAIXA BAIRRO ALTO CAMPO DE OURIQUE LAPA CENTRO HISTORICO AJUDA ALCANTARA SE O BELEM SAO FRANCISCO DE XAVIER CAMPOLIDE SAO JOSE CAMPO GRANDE ANJOS CENTRO LUMIAR CHARNECA BENFICA CARNIDE QUADRO 6 54 U I T MICRO FREGUESIAS Santa Maria dos Olivais Beato Marvila Gra a Penha de Fran a Santa Engr cia S o Jo o S o Vicente de Fora Castelo Madalena M rtires Sacramento Santa Justa Santiago Santo Est v o S o Crist v o e S o Louren o S o Miguel S o Nicolau S Socorro Encarna o Merc s Santa Catarina S o Paulo Lapa Prazeres Santa Isabel Santo Condest vel Santos o velho Ajuda Alc ntara Santa Maria de Bel m S o Francisco Xavier Campolide Cora o de Jesus Nossa Senhora de F tima S o Jos S o Mamede S o Sebasti
9. Circulos Bolas ou P rolas com Fantasia Divisas Esquadros Faixa quebrada ou em ziguezague MAS X a ann SRA 13 asa au Ta I t te a EKI obe A ASIN de t gt sa Cobras C rcea de Tenaz e Palmetas 3E e ip 159 m gt o Arabesco Ondas do Mar largo Mandr goras Malhas de Fantasia Malhas de Rede 160 Motivo NIL vi SIN Taxonomia Flores de quatro p talas Girassol Florao de seis pontas de Seta Florao de Setas e Lancas Flor o de Barras Flor o de Batoque ou de Ma arocas Flor o de Palmetas ou Bacalhaus 161 Exemplo Exemplo Taxonomia Motivo Florao de Ramadas O ae ON V Aa O yo O O qu cn O yo A lav O N O p N AN panes ER wy a no e Flores de Ramos P de Trepadeira Motivo Taxonomia Lises e Arcos de Moca Brincos Candeeiros Lagos 163 Exemplo Motivo loza Taxonomia Caracoleta Caracol o 164 Exemplo se Taxonomia Pontas de Seta Aparos Archotes Ti es Fogar us Pin as Tesouras Caravelas e Naus Golfinhos 165 Exemplo Motivo Taxonomia Exemplo Animais Aves e Bichos Salpicos singelos Bras es e Emblemas Trof us Mosca Bairrada Comerciais Publicit rios Fonte e BAIRRADA Eduardo Martins Empedrados art sticos de Lisboa 1985 e T cnicas da Cal ada Ma
10. cr ticas recupera o de reas de g nese ilegal AUGI s o exemplos de iniciativas do Estado No sector privado as opera es urban sticas traduzidas em loteamentos urbanos deveriam contemplar a interven o no espa o p blico envolvente devidamente articulada e integrada com as novas edifica es sem esquecer no entanto as zonas habitacionais confinantes Mas durante largos anos o pagamento de mais valias dos promotores s autarquias transferia para estas a responsabilidade de executar os chamados arranjos exteriores o que em muitas situa es e em muitas autarquias n o acontecia por diversas raz es Assistimos por isso ao abandono do espa o p blico especialmente em zonas lim trofes e longe do centro mais cosmopolita Actualmente h uma maior responsabilidade e cumprimento pelos promotores que executam os projectos e as interven es no espa o p blico simultaneamente com a constru o dos im veis num contexto de oferta de um produto completo habita o lazer com uma aten o especial ao enquadramento paisag stico tamb m FISURA 8 TELHEIRAS devido exig ncia cada vez maior dos cidad os e aos potenciais compradores 41 Em empreendimentos de maior dimens o a preocupacao a de criar um espaco p blico de estar de grande qualidade aliando elementos arb reos pavimentos de qualidade cascatas de agua ou lagos e proporcionando zonas diferenciadas de estadia com deks para
11. mant m uma alta percentagem de Becos 23 e uma percentagem de 20 de Avenidas FIGURA 17 IGREJA FIGURA 18 ESPACOS P BLICOS EM ST CONDEST VEL CAMPO DE OURIQUE FOTO ARQUIVO FOTOGR FICO FOTO DA AUTORA CML 1 2 2 Na UIT Ocidental que inclui as UIT s Micro de Ajuda Alcantara e de Bel m S Francisco de Xavier temos de Largos 28 a maior percentagem pois o tecido urbano n o t o fechado como na UIT do Centro Hist rico apesar de ter 12 de Becos e a percentagem de Pracas 18 para o que contribui a Praca do Imp rio e Praca Afonso de Albuquerque que em Bel m S Francisco de Xavier atinge 25 e os espacos p blicos mais amplos no Bairro do Restelo 57 Curiosamente as Azinhagas atingem em Alc ntara Ajuda a mesma percentagem das Avenidas 20 percentagem quase igual a dos Largos 21 mas baixa para 8 na UIT Micro Bel m S Francisco de Xavier UNIDADE DE INTERVENCAO OCIDENTAL 12 ri E Largos H Becos E Avenidas H Pra as E Cal adas E Estradas E Escadinhas H Outros tipos GR FICO 7 UIT MICRO AJUDA ALC NTARA UIT MICRO BEL M S FRANCISCO XAVIER mLargos Ki E largos 3 13 22 HBecos HBecos wAvenidas E Avenidas E Pra as mPra as E Cal adas m Cal adas E Azinhagas E Estradas E Escadinhas mEstradas mEscadinhas E Outros tipos NH Outros tipos GR FICO 8 GR FICO 9 1 2 3 Na UIT Oriental constitu da pelas freguesias dos Olivais Parque das N
12. o A Rua Neves Costa antiga Rua Direita mant m se desde sempre como o eixo principal de circulac o interna que acompanha longitudinalmente o nico espaco p blico com alguma dimens o o Largo do Coreto O Rocio da aldeia que j o era em 1313 foi organizado no ent o chamado Alto do Pogo e mant m se at hoje na mesma zona E um dos locais mais apraziveis de Carnide que foi sendo gradualmente degradado pela utiliza o abusiva como local de estacionamento of il E WI ei l al AVI WA r a A Lal FIGURA 83 RUA DA FONTE ANOS 40 FIGURA 84 RUA NEVES COSTA ANOS 40 FOTOS ARQUIVO FOTOGR FICO DA CML No in cio da d cada de 80 a circulac o de transportes p blicos nomeadamente de el ctricos e autocarros oriundos dos Restauradores passou a efectuar se por uma via externa Rua Maria Brown libertando o centro hist rico de Carnide n o tendo no entanto sido efectuada nenhuma requalificac o do espaco p blico 112 AK N ane K l PERFIL TRANSVERSAL TIPO esc 1 200 Rua Neves Costa Largo do Coreto FIGURA 81 RUA NEVES COSTA FIGURA 82 PROPOSTA DE ACTUALMENTE REPAVIMENTAGAO PARA USO MISTO FIGURA 85 RUA NEVES COSTA ESTACIONAMENTO ANARQUICO FIGURA 86 PROPOSTA DE REORDENAMENTO DOESPACO P BLICO 113 PERFIL TRANSVERSAL TIPO war 11200 PERFIL TRANSVERSAL TIPO man 11200 Rus Neves C cats Largo co Corto Rus do Nechecd GHS Gabinete I verir Muros da
13. o p blico composto por becos 34 cal adas 9 e escadinhas 9 devido topografia onde est assente sendo 30 ocupado por largos 22 e pra as 9 correspondentes a Espa os P blicos de maiores dimens es onde se incluem a Pra a dos Restauradores Rossio Pra a da Figueira e Pra a do Com rcio UNIDADE INTERVEN O TERRITORIAL DO CENTRO HIST RICO 11 H largos H Becos E Avenidas H Pra as E Cal adas m Azinhagas Estradas E Escadinhas Outrostipos GR FICO 2 55 UIT MICRO CAMPO DE OURIQUE LAPA H largos 18 13 Mbecos H Avenidas H Pra as H Cal adas E Estradas m Escadinhas E Outros tipos GR FICO 3 UIT MICRO BAIRRO ALTO H Largos a mBecos HE Avenidas H Pra as H Calcadas E Escadinhas Outros tipos GRAFICO 4 UIT MICRO BAIXA H Largos MBecos m Pra as H Cal adas A Escadinhas E Outros tipos GR FICO 5 56 UIT MICRO GRACA PENHA DE FRANCA E largos 5 H Becos E Avenidas H Pra as H Cal adas H Azinhagas m Estradas E Escadinhas Outros tipos GR FICO 6 Afinando mais a an lise podemos verificar tamb m que a medida que nos afastamos do centro e avancamos para Campo de Ourique Lapa aumenta a percentagem de avenidas pois com a expans o urbana do in cio do s c XX os arruamentos passaram a ser mais largos e os espa os p blicos mais generosos e de maior dimens o No entanto a zona da Gra a e da Penha de Franca
14. o rua a rua O que uma rua uma via no interior de um aglomerado urbano que serve especifica ou simultaneamente para atravessar uma zona desse aglomerado para chegar a lugares situados ao longo ou imediatamente pr ximos a essa via e para produzir espa o colectivo utiliz vel para diversos tipos de actividades Uma rua assegura pelo menos uma das seguintes fun es de tr nsito de acesso distribui o ou de recep o O conceito e as fun es que dever o estar presente na interven o neste n cleo urbano quanto rede vi ria dadas as caracter sticas do mesmo dever o ter pelo menos duas daquelas caracter sticas acesso e recep o pois estamos numa zona habitacional e de restaura o onde a acessibilidade dever ser f cil e com o m nimo de tr nsito autom vel 28 F ran ois Ascher in Conquistar a rua Compartilhar sem dividir Instituto para a cidade em movimento 2010 109 Na situac o actual as ruas do N cleo antigo de Carnide sao uma plataforma de distribuic o de tr fego e de estacionamento sem que a sua func o de recepc o e estar como antigamente o era tenha agora lugar e permita uma saud vel rela o entre o espa o constru do e o espaco p blico O que um facto que a circulac o pedonal preterida e at dificultada e os poucos espa os p blicos existentes nao s o usufru dos pela popula o residente ou visitante O presente estudo prop e uma interven o espec
15. os livres de obst culos para os seus utilizadores apesar da regulamenta o existente que pretende normalizar e melhorar a ocupa o do espa o p blico Os conflitos entre pe es e automobilistas para falar entre entidades do mesmo g nero s o constantes e se em certos locais a separa o de ambos natural e n o gera conflitos noutras zonas imprescind vel proceder a uma regula o e a um controle dos h bitos e comportamentos de ambos Uma das medidas poss veis e necess rias a dos espa os partilhados atrav s do estabelecimento de zonas de acalmia de tr fego 2 1 Espa o partilhado zonas de acalmia de tr fego ou zonas 30 A introdu o de Zonas 30 encontra se difundida e implementadas em diversos pa ses europeus h alguns anos sendo que em pa ses como a Holanda Fran a e Alemanha este conceito est amplamente concretizado Ainda que o nome remeta para a simples limita o da velocidade a 30 km h o conceito mais abrangente procurando se uma acalmia de tr fego motivada por um desenho urbano mais orientado para pe es e ciclistas As zonas 30 que devem ser implementadas em zonas residenciais e ou em reas com intensa actividade comercial t m como objectivos 22 Manual de Metodologia e Boas pr ticas para a elabora o de um Plano de Mobilidade Sustent vel desenvolvido pelos Munic pios do Barreiro Loures e Moita e a empresa Transitec Portugal 96 e Melhorar o ambiente u
16. 2003 33 pois a multiplicidade de func es e de caracter sticas que torna tio complexa uma abordagem global e uma reflex o sobre o mesmo e na sua extrema import ncia na requalifica o da cidade Da que tamb m esta requalifica o n o se poder cingir nica e exclusivamente aos aspectos f sicos mas tamb m aos pr prios relacionamentos sociais nomeadamente intergeracionais e a uma nova sociabiliza o ou mesmo a uma humaniza o do espa o urbano Sabemos que a cidade do s c XX criou desarticula es na estrutura espacial das cidades com a expans o urbana tanto para fora dos limites tradicionais como Internamente muitas vezes sem ter em linha de conta as pr exist ncias construtivas ou vi rias A rede vi ria e os arruamentos propriamente ditos foram sendo alargados em fun o da uma press o fundi ria e uma cada vez maior press o do autom vel sempre em detrimento do pe o transformando ruas em vias mais ou menos r pidas e pra as em parques de estacionamento Esta desumaniza o do espa o p blico tornou as cidades mais ridas mais disformes mais desarborizadas mais agressivas logo menos atractivas para uso e usufruto da popula o Tornou as ruas mais inseguras mais in spitas e menos confort veis Ao dar se a desvirtua o do papel socioecon mico da rua tradicional por novos modos de urbanismo e de formas arquitect nicas onde o edif cio como pe a nica e diferenciada de todas
17. 33 CAP TULO II A CONSTRU O E A PRODU O DE ESPA O P BLICO 37 1 Taxonomia dos Espa os Urbanoe cccccssscssssssssssscsscccccssssssssssssssssssssssssccsscccssssees 44 1 1 Tipologias dos espa os urbanos em Lisboa aaaaaaaaaaaaaaaaaaannannnnnnnnnnnnnnnnnninan 48 1 2 Os espa os p blicos nas UIT s Unidades Territorial de Interven o 52 1 2 1 Na UIT do Centro Hist rico aaiaaaaaaaa ssanttannnnnsnnnnnnnnnnnnsnnnnnnsnnnnnnnnnnna 55 1 2 2 Na UTERO cdentak iiin a aar 57 1 2 3 Na UTI Oriental vn 58 1 2 5 Na Unidade Interven o Territorial Centro 61 2 Fun es e viv ncias no espa o PUDLICO ccsssccccsscccscssssssssssccssssssssssssccssssssssssssscssseees 62 3 Elementos de constru o do espa o p blico pedonal eeeessessseeesooouoooooooooeeooooooooooooeoee 64 Sel Pavimentaci n 65 3 1 1 Cal ada Art stica nos Espa os P blicos Pedonais 2asssiveesaar 65 7 32 gt Iumin o Pw OU A sea sete ced sac Sneath cathe e n eee aaa ences 70 4 Envolvente e enquadramento do espa o p blico pedonal 22222 anon 71 4 1 Envolvente arquitect nica e qualidade est tica do edificado 71 4 2 Envolvente paisag stica sas as 73 4 3 Envolvente imaterial e sensorial aaaaaaaaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn s s snaaa
18. Jogos de Futebol no Est dio do Benfica nos Santos Populares e durante o m s de Setembro aquando da realiza o da Feira da Luz que condiciona o tr nsito no Largo da Luz e n o h alternativas para o estacionamento dos visitantes Das contagens de estacionamento efectuadas pela CML em diversos momentos verificou se que para os residentes estes s o suficientes como j acima mencionado sendo a procura externa de utentes que congestiona as ruas e espa os p blicos em especial hora das refei es acesso aos restaurantes e durante a semana agravando se na maior parte das vezes ao fim de semana Assim 0 n mero m nimo de ve culos registados ronda os quase 300 ve culos 282 contabilizados num s bado de Agosto e o n mero m ximo de 500 viaturas 492 no in cio do m s de Outubro 134 ESTACIONAMENTOS A SUPERFICIE 20 Estrada da Correia 32 6 27 DO Estrada da Pontinha Enn Rua Maria Brown mn ar E E A honk AN Rua da Mestra Rua das Parreiras 37 12 wee oo A pen Azinhaga das Carmelitas 62 10 72 Rua dos Taxis Palhinhas 54 1 lugar p contentores Travessa do Pregoeiro mm 34 2 34 2 Cargas Descargas _ Trav Pregoeiro 18 E mon 14 124 TOTAL 546 Lugares 536 Lugares 10 Silo na R do Machado a 106 Lugares 106 Lugares QUADRO 8 De acordo com as contagens efectuadas pelo Departamento de SR e Trafego Agosto e Outubro 2010 ocupa o m nima 282 lugares e ocupa o
19. Ser instalado um quiosque de flores substituindo o improvisado espa o que a florista ocupa todos os fins de semana h mais de 20 anos estando previsto tamb m um quiosque de restaura o com esplanada b Outras interven es propostas As interven es no espa o p blico decorrentes da correc o vi ria e que anteriormente foram descritas Rua da Fonte Rua dos T xis Palhinhas Azinhaga das Galhardas Largo do Malvar Estrada da Correia contemplam altera es que t m por objectivo qualificar o espa o p blico proporcionar um acr scimo de zonas de bem estar para os pe es com a inclus o de mobili rio urbano em particular de bancos de jardim ajardinamentos e planta o de elementos 141 arb reos e outros sempre com o intuito de proporcionar ao cidad o um ambiente equilibrado e amig vel Tamb m a preocupac o com a mobilidade de cidad os portadores de defici ncia ou dificuldade f sica est patente nas propostas de nivelamento sempre que poss vel dos pavimentos de circulac o pedonal e vi ria da eliminac o de barreiras arquitect nicas nos passeios e outras zonas p blicas e no tipo de material de revestimento que nesta proposta tem o desafio de fazer conciliar o desej vel com o poss vel ou seja manter os elementos tradicionais cubos de granito e de basalto tornando o o menos agressivos circula o complementando os com materiais e revestimentos mais modernos e de superf cies n o rugosas O cum
20. Sika EQUPA PROJECTISTA Erence Gemeiro Neves erquiects Nenuel Souse Guedes erquitectoj PROPOSTA DE INTERVENCAO A interven o prevista para requalifica o do Largo do Coreto ira devolver o espa o aos peoes retirando a possibilidade de ser utilizada por veiculos como parque de estacionamento A intervenc o no arruamento confinante Rua Neves Costa obriga a necess ria redu o do numero de lugares de estacionamento mas com a op o de permitir o estacionamento s de um lado da via mantendo se o sentido descendente como at agora Libertando de estacionamento toda a zona inicial da rua conforme anteriormente referido assim como a faixa da esquerda junto ao muro do Largo haver um maior desafogo na circulac o pedonal uma melhor definig o e enquadramento do arruamento A separa o entre este e a circula o dos pe es dever ser feita unicamente por floreiras ou floreiras intercaladas por pilaretes Assim ser poss vel aos pe es aceder plataforma superior pelos dois lancos de escada que ligam a Rua Neves Costa ao Largo O corac o do n cleo antigo de Carnide ser uma zona livre de autom veis tanto quanto poss vel 114 6 3 Rua do Machado e Travessa do Machado FIGURA 87 RUA DO MACHADO FIGURA 88 ESTACIONAMENTO ANARQUICO A intervenc o principal a da mudanga do tipo de pavimentos calc rio em cubos de 10x10 e de 5x5 conforme se trate da via de circulac o autom vel ou dos passeios late
21. a 15m dependendo do tipo de carga e descarga que efectuam variando tamb m o momento do dia em que s o feitas De manh efectua se o abastecimento dos frescos podendo prolongar se pela hora do almo o o que complica sobremaneira a circula o e o estacionamento Durante o dia efectuam se os restantes abastecimentos mas neste estudo n o foram efectuadas contagens espec ficas para aferir da quantidade de viaturas e das horas em que efectuam as c e d mas somente a localiza o de lugares para as mesmas FIGURA 151 FIGURA 152 FOTOS DA AUTORA 139 Assim estabelecemos lugares na Travessa do Pregoeiro na Rua do Machado na Rua do Norte e no inicio da Rua da Fonte devendo posteriormente sere definidos os respectivos horarios 10 Faseamento da intervenc o para o reordenamento vi rio A urg ncia primeira reduzir e minimizar a circula o de ve culos autom veis e em particular o tr fego de atravessamento disciplinar e reduzir o estacionamento de n o residentes e requalificar os pavimentos das vias pode ser posta em pr tica sem custos demasiado elevados pois poder o utilizar se meios internos dos servi os camar rios tais como substitui o e utiliza o de sinaliza o vertical pinturas nos pavimentos de passadeiras e outra sinaliza o horizontal repara es pontuais e mais urgentes dos pavimentos constru o de passadeiras sobre elevadas e coloca o de floreiras e pilaretes em borracha em zonas especific
22. actores indispens veis da vida colectiva na sua pr pria teia Foi a partir de 1874 como engenheiro da CML que iniciou um processo de organizac o e produ o de projectos urban sticos que levaram a interven es no tecido urbano determinantes para a modernizac o de Lisboa A abertura do boulevard a norte do Passeio P blico por analogia aos boulevards parisienses de Haussman futura Avenida da Liberdade a abertura de um parque a norte desta avenida futuro Parque Eduardo VII os Bairros Barata Salgueiro e Cam es e a grande interven o nas Avenidas Novas foram projectos que mexeram com todos os actores da cidade e que contribu ram para um novo olhar sobre o modo de fazer cidade Extremamente importante para a criac o dessa nova cidade foi a aprovac o da Carta Lei de 18 7 1885 que duplicou a rea da cidade de Lisboa integrando nela os ex concelhos de Bel m e dos Olivais e que reconhecia a legitimidade da iniciativa da C mara para a abertura de 5 ruas pra as e avenidas FIGURA 4 A AVENIDA DA LIBERDADE E OS NOVOS BAIRROS O Projecto das ruas adjacentes ao futuro Parque da Liberdade e a Avenida das Picoas ao Campo Grande s o exemplos de interven es que permitiram a cria o de novos Lisboa de Frederico Ressano Garcia 1874 1909 CML Edi o da Funda o Calouste Gulbenkian Abril Maio 1989 coordena o Raquel Henriques da Silva espacos p blicos com qu
23. antigo congestionando o e degradando cada vez mais os pavimentos tornando o mais dif cil tamb m circula o pedonal 104 FIGURA 78 ALGUMAS DAS AZINHAGAS EM CARNIDE Quando sabemos que estas Azinhagas sao memoria de preexist ncias e classificadas de interesse hist rico municipal sendo dos poucos vestigios deste sistema de circulac o ainda existente na cidade de Lisboa percebemos a necessidade e a urg ncia na manutenc o e preserva o desta rede de arruamentos 5 Proposta global de intervenc o rede vi ria e rede pedonal A rea de intervenc o compreende todo o n cleo central de Carnide Velho estendendo se at as Azinhagas que delimitam a Norte o territ rio menos urbano constitu do por antigas quintas agr colas A proposta compreende as duas redes que comp em o sistema de mobilidade a rede pedonal e a rede vi ria 5 1 Rede vi ria interna Tanto a estrutura urbana interna deste n cleo antigo como da envolvente comprometem e limitam qualquer interven o mais profunda que se queira efectuar a n vel de rede vi ria dadas as de limita es f sicas e a pr pria estrutura j consolidada deste territ rio Assim e porque o que perturba a viv ncia e circula o interna a sobre ocupa o do espa o p blico por viaturas em n mero excessivo e o atravessamento de tr nsito estranho ao Bairro as medidas a tomar ser o no sentido de fazer diminuir este tr fego de condicionar a circula o
24. arruamento serve alguns equipamentos colectivos creche jardim infantil e Escola e Centro de Dia no Convento da Santa Teresa de Jesus das Carmelitas Descalcas e permite tamb m o acesso as resid ncias existentes ao longo da Azinhaga do Serrado bani FIGURA 125 RUA DO FIGURA 126 RUA DO NORTE NORTE NORTE SUL 128 FIGURA 128 LIGACAO AO LARGO DO FIGURA 127 CORETO ESTACIONAMENTO O estacionamento ao longo da Azinhaga continuar a fazer se paralelamente a via onde for poss vel como se faz actualmente e sem ser necess rio proceder a marca o do mesmo no pavimento 6 8 Travessa do Pregoeiro Esta via funciona para al m de acesso local aos moradores e utentes empregados do com rcio e restaurantes tamb m como via de atravessamento de tr nsito nos dois sentidos o que causa diversas perturba es dado o estrangulamento desta em dois locais no entroncamento com a Azinhaga das Carmelitas e no troco da via mais estreito entre o cruzamento da R Neves Costa Rua da Fonte e o alargamento da mesma junto ao restaurante Com a reconstru o da Vila Rosa foi criada uma zona p blica de circula o unicamente pedonal que faz a ligac o a Rua dos Taxis Palhinha mas que em virtude do gradeamento e das portas colocadas em cada um dos acessos que mesmo podendo ser abertas acabam por ser dissuasores do atravessamento e porque est o sempre fechadas torna este espaco numa rea vazia quando podia ser mais vivido e utiliz
25. arruamentos e a dimens o variada dos mesmos associada ao tipo de pavimentos existentes n o torna vis vel uma hierarquia de vias e a circula o pedonal faz se 101 ami de e com pouca seguranca a par com o autom vel por inexist ncia ou insufici ncia de passelos Ou espacos canais 2 Introduc o e breve enquadramento hist rico Apesar da press o urban stica verificada a partir da d cada de 60 o n cleo antigo de Carnide resistiu e manteve se intacto no seu miolo apesar do pr prio Plano Geral de Urbanizacao de Lisboa PGUL de 1967 nao considerar Carnide como uma Zona a preservar O passar dos anos veio confirmar da necessidade de preservar os conjuntos urbanos e nao somente o edif cio isolado pelo que a manuten o do edificado neste n cleo antigo uma mais valia da qual se deve tirar partido Associada a esta caracter stica est a exist ncia de inumeros restaurantes de qualidade que trazem fama e clientes ao bairro com todas as vantagens e inconvenientes Actualmente algumas das ruas internas deste bairro tornaram se n o s locais de estacionamento de residentes e de automobilistas exteriores ao Bairro mas tamb m em atalhos para encurtar caminho quando se encontram congestionados os eixos vi rios principais envolventes 3 Conceito da interven o O conceito da interven o proposta tem como base a no o de que neste territ rio espec fico dever ser valorizado e qualificado o es
26. at a inexistente na cidade FIGURA 70 CONCURSO DE DAN A FIGURA 69 CONCERTOS DE BANDAS AS DIVERSAS ACTIVIDADES ATRA RAM CENTENAS DE PESSOAS FOTOS DA AUTORA Foi um processo extremamente participado por todos e palco para muitas presen as de artistas de todas as reas culturais m sica cl ssica fado dan a teatro express o pl stica e a participa o de muitas associa es e entidades n o s locais mas de todo o pa s numa mobiliza o nica e que contribuiu para o enorme sucesso de anima o de um espa o p blico pedonal FIGURA 71 ANIMA O DE RUA PELO FIGURA 72 JOGOS E ESPECT CULOS DE CHAPIT T MAGIA FOTOS DA AUTORA 92 Foi o inicio do processo de requalifica o urbana do Terreiro do Paco que actualmente tem J uma oferta de restaurantes caf s com esplanadas e lojas com produtos portugueses de qualidade entre outros onde anteriormente havia espa os vazios ou com actividades incompat veis com a voca o da Pra a 1 3 Seguran a no Espa o P blico O espa o p blico n o provoca nem cria perigos mas antes um lugar onde se evidenciam problemas de injusti a social econ mica e pol tica E a sua debilidade ou fraqueza aumenta o medo de uns a marginaliza o de outros e a viol ncia urbana sentida por todos Logo n o ser este directamente respons vel pela inseguran a que os pe es possam sentir ja que tamb m existem factores subjectivos e de conjuntura cole
27. blico est directamente relacionado com a tipologia do mesmo e da sua localiza o n o se usa uma pra a do mesmo modo que se usa uma rua 18 Disserta o Qualidade no espa o p blico Pedro Miguel Hernandez Salvador Guilherme 81 E nao se deve ocupar o espaco p blico pedonal de modo a impedir a normal utilizac o pelo peao Cipabe 2 Lo m s X FIGURA 47 TIPOS DE OBST CULOS QUE O PEAO ENCONTRA NO ESPACO P BLICO DESENHOS DO PROF COSTA LOBO Uma rua ou uma praca no centro hist rico devido sua centralidade e caracteristicas urbanas tera sempre um uso diferente de uma rua ou uma praca de um Bairro Social Mas encontramos na cidade actividades que pressupostamente nao deveriam ocorrer num determinado lugar mas que coexistem e permanecem O caso da Praca da Figueira na Baixa nao deixa de ser curioso pois tornou se o ponto de encontro de um grupo de rapazes skatters que aqui praticam o seu desporto favorito TT e A v s Ban ana VESE FIGURA 49 SKATERS NA PRACA DA FIGURA 48 LOCAL ADOPTADO PARA FIGUEIRA A PRATICA FOTOS DA AUTORA As grelhas de ventila o do parque de estacionamento subterr neo rodeadas de guardas metalicas sao o local ideal para os sem abrigo passarem a noite e o dia com os seus parcos haveres 82 Para a circulac o pedonal sao um obst culo e fazem da placa central um labirinto de caixas In teis mas que para os skaters s o id
28. das vezes agressiva e desproporcionada aos locais onde s o colocados 83 Os suportes de anuncios publicitarios nao podem constituir perigo ou obstaculo para a circula o pedonal cicl vel e rodovi ria devendo ser mantidos em bom estado de 99 19 conserva o No entanto os sobredimensionados muppies t o disseminados nas ruas da cidade s o um dos exemplos mais flagrantes de viola o quele artigo S o colocados estrategicamente nos passeios para serem vistos por quem circula de autom vel esquecendo se que nos passeios circulam os pe es e a coincid ncia da coloca o daqueles com os percursos pedonais cria grandes barreiras f sicas a qualquer pe o e muito em especial aos cegos e ambl opes FIGURA 51 FIGURA 52 MUPIES ESTRATEGICAMENTE COLOCADOS NAS ZONAS DAS PASSADEIRAS A qualidade do espa o p blico pedonal depende pois e tamb m da implanta o destes elementos uma vez que A instala o de qualquer tipo de suporte para publicidade em espa os publicos deve para o efeito garantir de forma rigorosa a salvaguarda dos valores arquitect nicos e urban sticos do local preservando a visibilidade de fachadas bem como a funcionalidade dos espa os afectados assim como a sua adequada integra o urban stica e Fi ki 9920 arquitectonica 12 N 2 do art 19 do RMUEL Regulamento Municipal da Urbaniza o e Edifica o de Lisboa 22 N I do art 19 do RMUEL Regulament
29. deixaram de ter no seu espaco publico alguns dos usos que at eram habituais vendas na rua e tiveram que se adaptar com preju zo muitas vezes de edif cios e espa os patrimoniais provocando uma desfigura o do tecido urbano e da imagem mais ou menos coesa do centro hist rico Com o alargamento das vias e a reduzida dimens o espa o sobrante para a circula o dos pe es traduzida em passeios estreitos e de dimens o irregular passou a dar se maior import ncia ao autom vel O pe o passou a ficar por sua conta correndo s rios riscos ao n vel da seguran a sem que o planeamento das infra estruturas vi rias tivesse em linha de conta a necessidade de planear tamb m a rede de circula o pedonal que n o teria necessariamente que existir a par das vias de circula o autom vel S o projecto da cidade funcionalista prop s a separa o das diversas actividades urbanas trabalho habita o lazer que se traduziu numa hierarquia de espa os separados que quase n o se cruzavam Os ve culos circulavam nos seus corredores os pe es circulavam nos espa os verdes e acessos habita o sem se misturarem Mas a cidade tornou se essencialmente m vel e o homem urbano passou a andar menos a p motorizou se O aumento das desloca es urbanas e periurbanas fez aumentar a circula o de ve culos autom veis n o s particulares mas outros tipos de transporte entre os quais os transportes colectivos que por sua
30. desafios que todas as cidades europeias e mundiais tinham em curso h j algum tempo O PEL Plano Estrat gico de Lisboa 1992 propunha objectivos priorit rios para Lisboa com uma nova vis o que compreendia entre outros a responsabilidade partilhada com as entidades agentes e organiza es dos sectores p blico e privado que operavam na cidade Era o inicio da participa o da popula o que teve um enorme envolvimento nas in meras discuss es p blicas e plen rias de participa o de cidad os A articula o com o novo PDM permitiu que novos instrumentos urban sticos inclu dos na nova regulamenta o para PDM s Dec Lei n 69 90 de 2 de Mar o fossem aplicados na gest o urban stica da cidade cujos principais objectivos assentavam na requalifica o da cidade tornando a atractiva para viver e trabalhar mais humana e mais moderna competitiva nos sistemas das cidades europeias e na cria o de uma administra o moderna eficiente e participada Tanto o Programa de interven o a M dio Prazo PIMP iniciado em 1987 que possibilitou a constru o de cerca de 9 600 fogos sociais como o Programa Especial de Realojamento PER iniciado em 1993 que atribuiu novos alojamentos a um elevado n mero de fam lias a viver em bairros de lata espalhados por diversas zonas da cidade foram realojadas 31 cerca de 37 000 pessoas em 12 000 novos fogos foram uma extraordin ria oportunidade de promover um planeamen
31. e a qualifica o do espa o p blico nas diversas vertentes mas essencialmente para e Resolver o problema do tr nsito e da acessibilidade pedonal e Criar mecanismos e meios de dissuas o da entrada de ve culos estranhos para deixarde ser um corredor de atravessamento de circula o autom vel e Transformar todo o n cleo antigo num espa o amig vel para o pe o e Retirar todo o tr nsito autom vel sem impedir no entanto o acesso aos moradores e aos que necessitam por motivos profissionais de aceder a esta zona e privilegiar a circula o pedonal ser o objectivo final mas s quando for assegurado um conjunto de condi es que permitam a melhor viv ncia a todos os utentes desta zona Carnide com as caracter sticas morfol gicas do seu tecido urbano e o seu tra ado vi rio associado a um n mero significativo de restaurantes que atraem muitos clientes externos ao bairro tem tamb m um conjunto de estabelecimentos de com rcio di rio de proximidade que serve uma popula o residente de diversos n veis et rios que nas suas desloca es Internas se movimenta a p Logo os espa os p blicos e as ruas dever o antes ser usufru dos por pe es e n o preferencialmente utilizados para ve culos O conceito subjacente s chamadas Zonas 30 em que todos os espa os p blicos dever o formar uma rede cont nua interligando se entre si e com as reas lim trofes tem aqui uma total aplicabilidade O tra ado dos
32. e cidadania 40 Desaparecendo a rua e as viv ncias que a rua proporciona desaparece um dos elementos chave que tornam uma cidade feliz Os pr prios condom nios fechados isolados da urbe por port o ou cancela constituem a n o cidade a negac o da partilha de um espaco comum a todos S o espacos encerrados sobre si mesmo criados para dar a sensa o de seguran a aos seus moradores que foram induzidos a pensar que separados e isolados dos perigos estariam a salvo Assistimos hoje em dia em muitos locais das nossas cidades a uma desertificac o do espaco p blico que por motivos de uma crise econ mica pode vir a afastar eventualmente as pessoas de qualquer actividade social e de interacc o Sendo a cidade um organismo vivo sentir o peso desse colectivo abandono que dever ser evitado n o s por quest es de seguran a mas porque a solidariedade e toda a actividade humana rege se e cresce pelo conv vio com o outro e com a partilha comum de actividades e eventos no espaco p blico Tanto a administra o p blica como os promotores privados sujeitos activos e intervenientes directos na produ o de espa o p blico nem sempre estiveram coordenados e atentos produ o do espa o p blico de qualidade no todo que a cidade pois cada um tem utilizado para tal mecanismos e formas de interven o diferentes Opera es urban sticas p blicas recupera o e reconvers o urban stica de reas
33. espaco p blico 4 Envolvente e enquadramento do espaco p blico pedonal A qualidade est tica de um espaco urbano seja de uma rua de um largo ou de uma praca pode n o ser determinante para a qualificac o do espaco p blico Depender tamb m de outros factores como o equil brio e volumetria das constru es e o estado de conserva o das mesmas Outros elementos sejam eles construtivos ou paisagisticos sejam eles vistos na globalidade ou no detalhe ser o um contributo importante na medida em que conferirao aos espa os a unicidade e a diferen a de outros espa os urbanos 4 1 Envolvente arquitect nica e qualidade est tica do edificado Muitas vezes uma pequena interven o na envolvente pode dar um maior contributo do que uma Interven o de maiores dimens es dependendo muito do que significa para o local onde se realiza como o caso da interven o efectuada no Largo de S Domingos ao Rossio 71 AO TUTO D Um J z EE TRATAR ZE j a vw AA SA lt lt aie AS FE nee Oe E A LE MN ZAFIYATA E TS NS FIGURA 35 O LOCAL ANTES DA FIGURA 36 DEPOIS DA INTERVENCAO FOTOS DA AUTORA O Largo de S Domingos foi durante largos anos um espa o de circula o autom vel entre a Pra a da Figueira o Rossio e a Rua das Portas de Santo Ant o mas cont guo Rua Barros Queiroz que foi uma das primeiras ruas em Lisboa a ser pedonalizada o que veio a estender se a todas as ruas envolv
34. fica para cada rua e espa o p blico no n cleo antigo conforme a seguinte descric o 6 1 Estrada da Pontinha e Estrada do Correia l TE bali ses Hil L FIGURA 81 DESORGANIZA O DO FIGURA 82 ESTACIONAMENTO ESPA O P BLICO DESORDENADO O acesso e circula o de viaturas mant m se como actualmente e no sentido ascendente e o estacionamento reordenado e mais organizado permitindo definir um maior n mero de lugares O pavimento actual em blocos de granito manter se passando a marca o de lugares a ser feita com a substitui o de uma fiada em cubos de granito por uma fiada de cubos de calc rio branco Manter se um bloco de contentores ecoponto mas ser relocalizado na parte inferior do arruamento e n o na parte superior como actualmente O arruamento sobrelevado que confina a Norte com a Rua Neves Costa e com o topo desta via ser somente pedonal devendo ser instalada uma floreira de dimens o adequada para n o permitir o acesso abusivo de viaturas A exist ncia de um passeio estreito em cal ada e de uma rua em cubos de granito n o se justifica pelo que todo o pavimento deve ser uniformizado com cal ada aproveitando o calc rio existente e at mantendo repetindo e melhorando o desenho do losango em basalto 110 by o O i va 0 O a X e Y a ve Pa Y A A t Ay a an A ty P LIZ ll gt la Uno zZ l AA as 2 OVO m e P Akv ttuna y to r A J
35. hist rico de Carnide tem como premissa principal a elimina o das numerosas barreiras arquitect nicas de modo a permitir a total mobilidade para qualquer transeunte e em especial para as pessoas com mobilidade reduzida em cadeira de rodas ou quem tem mais dificuldades em deslocar se independentemente da idade e do tipo de limita o Assim a circula o pedonal deve ser f cil e fluida para quem circule em cadeira de rodas para quem tenha que utilizar canadianas para os invisuais para quem circula com carrinhos de beb s ou para quem tenha outras dificuldades de locomo o Todos n s temos durante algum momento da nossa vida momentos de alguma limita o ou tipo de dificuldade de locomo o Um p torcido ou uma perna partida que nos obriga 106 utiliza o de canadianas o empurrar o carrinho do nosso beb ou outras circunst ncias coloca nos na lista de pe es com mobilidade reduzida temporariamente Assim n o basta eliminar desn veis e tapar os buracos mas tamb m e essencialmente pensar o espa o p blico pedonal como um espa o cont nuo sem obst culos de qualquer tipo e onde a diferencia o do tipo de pavimentos e a cor dos mesmos ajude a definir percursos pedonais seguros Para os c es guias p e esta diferencia o de pavimento e de cor imprescind vel para ajudar os seus donos a circular sem sobressaltos Em Carnide existem in meros obst culos e perigos no espa o p blico que n o s o dife
36. local mais acolhedor SU x 2 Es E e ki tar FIGURA 96 PROPOSTA DE INTERVENGAO ZONA DE ESTADIA SEM PARQUE DE ESTACIONAMENTO 6 5 Rua da Fonte Largo da Praca Rua Maria Brown e Rua dos Taxis Palhinhas O Largo da Pra a um espa o n o s de atravessamento de tr fego autom vel como de estacionamento Como cruzamento de ruas que e pela indefinic o de espacos de estar e de circulac o torna se numa zona an rquica subsistindo uma faixa junto aos edif cios do lado Norte onde funciona uma esplanada delimitada pontualmente por vasos com plantas Um caf dois restaurantes e uma papelaria sao frequentados por in meras pessoas que circulam com alguma dificuldade por entre carros parados ou em movimento 120 FIGURA 97 RUA DA FONTE FIGURA 98 RUA DA FONTE FIGURA 99 LARGO DA PRACA FIGURA 100 ESPLANADA NO LG DA PRACA Toda a rea anteriormente desocupada e degradada ser transformada em zona de estadia com esplanada e com ligac o pedonal a Rua da Fonte e ao n cleo antigo O encerramento ao tr nsito da Rua da Fonte n o impedir no entanto as cargas e descargas pontuais para os estabelecimentos comerciais existentes n o devendo ser impeditivos nem conflituar com a circula o dos pe es O reordenamento do Largo da Pra a compreende a cria o de uma zona delimitada para a reinstala o da esplanada j existente com novo mobili rio urbano e novas floreiras passando a ser um espa o seguro
37. maxima 492 lugares A Interven o no Largo do Coreto e a elimina o de lugares de estacionamento val criar alguma prem ncia nos estacionamentos nas ruas lim trofes pelo que ser necess rio proceder a redefinic o de lugares de estacionamento para residentes 7 1 Silo autom vel A car ncia de estacionamento um dos problemas de mais dif cil resoluc o pois nao existem em Carnide terrenos nem edif cios municipais para o efeito como j foi referido anteriormente Da que a exist ncia de uma antiga f brica de papel localizada na Rua do Machado apresentada como uma proposta para esse fim solu o que est a ser estudada com o propriet rio e em colabora o com a EMEL Empresa Municipal de Estacionamento com vista a criar cerca de 106 lugares de estacionamento coberto 135 FIGURA 144 ANTIGA FABRICA DE PAPEL FIGURA 145 LOCAL IDEAL PARA SILO AUTOMOVEL 8 Pavimentac o e repavimentacao das vias Todos os arruamentos de Carnide desde as zonas centrais at as Azinhagas foram pavimentados na sua origem por cubos de basalto e os passeios quando existem por calcada em vidraco Este n cleo de interesse hist rico apresenta ainda nalgumas das suas ruas vestigios da antiga pavimenta o em cubos de basalto que nalguns locais foi sendo coberta por sucessivas camadas de betuminoso que por sua vez tamb m foi sendo sucessivamente remendado Por isso o que de facto existe actualmente um conjunto de remendos mi
38. mobili rio urbano na maioria dos espacos p blicos bancos balizadores etc a qualidade ambiental do espaco reas de sombra elementos de gua foram factores que permitiram atestar a agradabilidade do espa o e a din mica das rela es entre o espa o e as pessoas tendo se verificado que o primeiro estimulou as segundas a permanecerem na zona durante mais algum tempo Em Lisboa o elemento gua sempre foi presen a em Pra as e Jardins desde a poca rom ntica em que no centro do Jardim P blico se colocava um Lago em pedra com Fonten rio Fig 38 at s modernas interven es urbanas onde o tradicional bebedouro substitu do por uma parede em bet o de onde saem bicas de gua vertendo sobre uma chapa met lica Fig 39 FIGURA 39 JARDIM DA PRA A DAS FIGURA 38 FONTE NO PARQUE DAS FLORES NA ES FOTOS DA AUTORA Entre uma poca e a outra Lisboa viu erguerem se algumas das Fontes mais espectaculares que j se fizeram na cidade entre as quais a Fonte na Pra a do Imp rio e muito em especial a Fonte Luminosa A majestosidade e a presen a desta parede escultura e a sua presen a num espa o p blico de grande dimens o como a Alameda que lhe fronteira transmite aos que se aproximam aproximavam uma for a e uma emo o que dificilmente se consegue explicar Assim como o facto de ter deixado de funcionar quando pode ser um dos elementos mais potentes na qualifica o e uso deste espa o p blico da
39. o convida a andar na rua que por sua vez j n o tem em muitas delas a atrac o do pequeno com rcio di rio que favorece as trocas de cumprimentos e as t o importantes rela es de vizinhan a para al m de ser penoso para 63 muitos percorrer espacos degradados esburacados e pejados de barreiras arquitect nicas entao urgente proceder a uma reflexao sobre de que modo que a cidade tem as suas ruas e tomar uma atitude com consequ ncias pr ticas Mas poderemos ent o dizer que as fun es atribuiveis a um espa o p blico decorrem da sua forma da sua conserva o da sua localiza o geogr fica Depender do tipo de edifica es que o ladeiam e do tipo e dimens o das vias que o servem Ou de uma apropria o que no tempo e em continuidade cria h bitos de uso pr prios de modo continuado e com alguma frequ ncia na popula o ou em extractos da mesma O Movimento Natural de Hillier analisa a rela o entre a configura o do espa o urbano os fluxos pedonais e o uso do solo e chega conclus o que o movimento de pessoas determinado pela configura o de ruas e pra as e pela sua Interrela o e continuidade e que aquela configura o que gera um padr o de mobilidade na cidade que por sua vez definidor de outros elementos do sistema urbano entre os quais o uso do solo o que faz explicar entre outros a quantidade de pessoas que naturalmente circulam em reas comerciais
40. o da Pedreira Alto do Pina Alvalade Anjos Campo Grande Pena S o Jo o de Brito S o Jorge de Arroios Ameixoeira Charneca Lumiar Benfica Carnide S o Domingos de Benfica Uma das quest es mais prementes e de que os habitantes mais se queixam a manutenc o e gest o do espaco p blico designadamente a limpeza das ruas e jardins a exist ncia de buracos nos pavimentos a ilumina o p blica e a seguran a dos moradores Mas numa cidade de bairros como Lisboa em que a especificidade de cada um obriga a interven es adequadas e espec ficas a an lise e conhecimento das caracter sticas dos respectivos espa os p blicos necess ria para a defini o do projecto a executar e do tipo de Interven es poss veis no terreno Da an lise efectuada a partir da tipologia dos espa os p blicos das 12 Unidades Micro a que corresponde a jun o de diversas freguesias e pelas 5 Unidades de Interven o Territorial foi poss vel obter uma imagem dos tipos de espa os que comp em o respectivo territ rio Exclu ram se as Ruas 61 e as Travessas 10 uma vez que n o existem registos das mesmas que no conjunto representam 71 da totalidade dos arruamentos e dentro dos restantes 29 encontramos a seguinte distribui o e tipologia de Espa os P blicos 1 2 1 Na UIT do Centro Hist rico que compreende as UIT s Micro da Gra a Penha de Fran a Baixa Bairro Alto e Campo de Ourique Lapa mais de 50 do seu espa
41. ou era comum a realiza o de paradas militares R Recinto descoberto no interior de um edif cio terreno murado anexo a um P tios 15 en edificio Local onde existiria uma escava o vertical com gua Local de entrada na cidade 14 Pequena pra a ou largo Rampas 2 Ladeira ou caminho inclinado SSCS Regueiro 1 Caminho por onde passariam tamb m eventuais cursos de gua FRossios 3 Lugar espa oso Fruido em comum pela popula o SS Road Pra a ou largo de forma circular onde desembocam v rias ruas e o tr nsito se otunda processa em sentido girat rio Terreno ou pequena localidade usualmente rural Caminho coberto por telhas ou outros materiais Telheiro 1 2 Espa o de terra pra a ou largo amplo e plano QUADRO 5 51 Muitas destas tipologias cuja nomenclatura poder parecer um pouco estranha e desenquadrada na actualidade p e telheiro cruzes poco estacada tem como base as designa es que lhes foram dadas no s c XIX sendo esse levantamento baseado em nomes que a popula o lhes dava anteriormente ao Terramoto de 1755 De facto s em 1804 foi publicado na Imprensa R gia o primeiro Itiner rio Lisbonense ou Direct rio geral de todas as ruas travessas becos cal adas pra as etc que se compreendem no recinto da cidade de Lisboa com os seus pr prios nomes princ pio e termo indicados nos lugares mais conhecidos e gerais para utilidade uso e comodidade dos estrangeiros e
42. pan plia de instrumentos legais nomeadamente Lei n 97 88 de 17 Agosto e respectivas Afixa o e inscri o de mensagens de publicidade e altera es propaganda Decreto Lei n 330 90 de 23 de Outubro e C digo da Publicidade respectivas altera es Decreto Lei n 163 2006 de 8 de Agosto Condi es de Acessibilidade Edital n 6 90 de 7 de Fevereiro Regulamento sobre Propaganda Edital n 35 92 de 6 de Mar o e respectivas Regulamento de Publicidade altera es Regulamento Espec fico de Publicidade na Baixa Pombalina e Edital n 126 92 de 12 de Novembro Pra a dos Restauradores Regulamento para a Promo o da Acessibilidade e Mobilidade Pedonal Edital n 101 91 de 1 de Abril Regulamento do Mobili rio Urbano e Ocupa o da Via P blica Edital n 29 2004 de 28 de Abril Regulamento de Mobili rio Urbano Ocupa o de Via P blica e Delibera o n 146 AM 95 de 14 Dezembro Publicidade dos Bairros Hist ricos Despacho n 131 P 91 16 de Julho Licen as de Ocupa o da Via P blica com Quiosques Ocupa o do Espa o P blico com Floreiras e Pilaretes por Despacho n 217 P 97 de 22 de Julho Motivos de Interesse P blico D R n 22 A 98 de 1 de Outubro Regulamenta a sinaliza o de tr nsito DL n 44 2005 de 23 Fevereiro C digo da Estrada QUADRO 7 Mas a aplicabilidade de todos estes regulamentos editais e despachos que envolvem os pe es e o autom vel no entan
43. rg os vitais Ao pensar numa cidade o que que lhe vem a cabe a As suas ruas Se as ruas da cidade parecerem interessantes a cidade parecer interessante se elas parecem mon tonas a cidade parecer mon tona Mas n o ser o s as ruas mas todos os espacos p blicos em geral e os espacos pedonais em particular que dever o ser interessantes e de prefer ncia estimulantes e pontos de refer ncia na cidade Ao longo da hist ria as cidades vestiram se de adornos e elementos que lhes foram conferindo identidade s pr pria s e que foram contribuindo para o enriquecimento do ambiente urbano A estatu ria e as fontes lagos e fontan rios foram e s o dos elementos mais importantes e imprescindiveis na requalificac o do espaco p blico A gua pac fica acalma e ameniza o ambiente urbano abafando o ru do provocado pela circulac o autom vel e por outros ru dos da cidade A agradabilidade que confere ao espa o atrai e faz permanecer as pessoas nesses locais ao qual normalmente se associa a qualidade do desenho e do respectivo mobili rio urbano No estudo Espa o P blico Lugar de Vida Urbana que avaliou o modo como as pessoas interagem com o espa o urbano no Parque das Na es e como este estimulou as pessoas a realizarem as mais variadas actividades pode ler se 16 Jane Jacobs 2000 73 A qualidade do desenho urbano largura dos passeios area de espaco publico pedonal a presenca de
44. vel kri pyon Aut reais im Na 1 i que e FIGURA 65 O TERREIRO DO PACO FIGURA 64 O TERREIRO DO ANOS 50 PACO ANOS 80 90 FIGURA 67 O TERREIRO DO FIGURA 66 O TERREIRO DO PACO EM 2008 PACO EM 2011 A Praca do Com rcio Terreiro do Paco tem quase 4ha 180m x 200m 90 Pontualmente as actividades que ali se desenvolviam estavam relacionadas com as manifestac es do Estado em datas espec ficas e n o associadas ao lazer ou cultura A excepc o das festas de fim de ano que se tornaram numa tradic o para alguns lisboetas Local de atravessamento pedonal entre o terminal de barcos e a Baixa o Terreiro do Paco sempre foi uma placa central com circulac o de viaturas em seu redor sem alma S o romantismo do s culo XIX tomou conta da Praca plantando rvores em 1886 e dotando a cidade de um espaco de passeio beira rio Depois disso nunca mais a Praca foi usada como espaco de fruic o plena dos habitantes e visitantes como um local com vida pr pria O atentado ao Rei D Carlos em 1908 tera servido como pretexto para limpar o Terreiro do Paco de viv ncias menos dignas e mais populares Fic mos assim na Praca com os dois grandes pilares do Estado Novo dum lado as Forgas Militares o Ex rcito e a Marinha e do outro as Finan as servindo de pano de fundo a norte a Justi a e o Interior conforme mencionado no estudo acima referenciad
45. vez criou a necessidade de multiplicar a rede vi ria sem que no entanto e proporcionalmente tenha passado a haver tamb m um aumento de oferta de espa os livres para os pe es Hoje em dia o pe o tem um lugar de destaque nas preocupa es n o s dos urbanistas mas dos projectistas em geral e de alguns decisores pol ticos que n o podem deixar de ouvir e de ter em considera o as suas exig ncias 26 Alias tornou se um habito saudavel diga se a participacao dos habitantes das urbes que est o cada vez mais atentos cr ticos e preocupados com o espa o p blico onde circulam Se por um lado h uma maior consciencializa o e envolvimento da popula o nas quest es urbanas tamb m verdade que as exig ncias da popula o em termos de qualidade de vida s o maiores porque a qualidade do espa o p blico uma das premissas fundamentais para o bem estar do cidad o e para a manifesta o da sua liberdade como indiv duo As pessoas querem frequentar e circular em espa os esteticamente equilibrados e harmoniosos limpos livres de ocupa es abusivas arborizados e onde seja f cil e agrad vel circular ou permanecer E se isto v lido para todo o espa o p blico onde se incluem todo o tipo de vias de circula o autom vel pra as largos jardins etc muito mais desejado nas zonas de circula o pedonal exclusiva como s o os passeios os jardins e todos os espa os onde n o deva circular nenhum ve c
46. ANTIGA FOTOS DA AUTORA A neglig ncia ou inexist ncia de limpeza e manutenc o tamb m conduz ao desleixo que um passo muito curto para tornar um espaco anteriormente apetecido num espaco a evitar Por outro lado a ocupa o do espa o p blico com os parcos haveres de um n mero crescente de sem abrigos que presenciamos em muitos locais da nossa cidade pode transform lo num local pouco agrad vel e indesej vel de frequentar EE FIGURA 74 HAVERES DE UM SEM ABRIGO NUM BANCO NA AVENIDA DA LIBERDADE FOTOS DA AUTORA Nestes casos a propria sa de publica posta em causa e condiciona e influencia a circula o e o uso do espa o p blico pelos cidad os que evitam os locais onde aqueles se instalam Sintom tico desta ltima situa o tamb m o que se passa com os ecopontos espalhados pela cidade de Lisboa 94 Iago q A Zh EN FIGURA 75 ASPECTO DA ZONA EM FRENTE DE UM ECOPONTO S DOMINGOS DE BENFICA FOTOS DA AUTORA A falta de higiene flagrante em muitos locais onde se encontram instalados os contentores para recolha selectiva do lixo demonstra tamb m o desleixo e o desrespeito que os utentes t m para um espa o que deveria manter se o mais limpo poss vel Digamos que o proprio conceito de espaco p blico ou seja aquele que partilhado por todos e para o qual todos s o contribuintes da sua manuten o com o m nimo de condi es de higiene e seguran a aqui completam
47. CATCADA ARTISTICA ORIGINAL daa 66 FIGURA 22 COMPOSI O DE PINCAS E CARACOLETAS ccccsescssssssesssscssuscssesssecssucssueessvessesssnesateesseesseess 66 FIGURA 24 TECNICA DE EXECU O AO QUADRADO aaa aaa rena aaa aaa aaa sena sesa ooo sesa sesa osasooasson 67 FIGURA 25 T CNICA DE EXECU O A PORTUGUESA teares 67 FIGURA 26 T CNICA DE EXECU OA A MALHETE ccscsecsssesssescssecssecssucssuecsssssscssvcssucsstsessvessesssnessusesseesseecs 67 FIGURA 27 T CNICA DE EXECU O SEXTAVADA unccccsescssesssesssusssseessesssucssucssusessecssecssucssueessvessesssuessieeaseesseees 67 FIGURA 28 FIGURA 29 FIGURA 30 v ccccscsssessssssssscssecssscssuccsseessvessusssusesasessesssusssuecsussssecssecssucesusessessecesusesseesseseseess 68 FIGURA 31 TAPETE DE PEDRA NA AVENIDA DA LIBERDADE 68 FIGURA 32 O MAR LARGO NO ROSSIO FOTO DA AUTORA rear 70 FIGURA 34 CANDEEIRO TRADICIONAL NO CHIADO iaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaasaaaaaasasssaaaaaaadaaaaaaaassaaaaaaadaaaaaaaaa 71 FIGURA SS O LOCAL ANTES DAINTERVEN O suit its 72 FIGURA 365 DEPOIS DA INTERVEN O caida ia 12 HOURA S A FRENTE O PANEL rrr R 73 FIGURA 38 FONTE NO PARQUE DAS NA ES cccccscssssssssssscssesessscscsesesssssssscsesesesssssesecsesesesssssssscseseseeuescesseseass 74 FIGURA 39 JARDIM DA PRA A DAS FLORES aaaaaaaaaaaaaaaaaaasssss sassnannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnsnsnsnsnnnnsnnnnnnnnnnnnnstnnnnnnnnnnnnnnnn 74 FIGURA 405 FONTE LUMINOS AA FUNCIONAR
48. DE REORDENAMENTO DOESPACO P BLICO 113 FIGURA 88 ESTACIONAMENTO AN RQUICO cccsecsssesssessssssssesssecssucsssecsssessvsssusssussssvessecssecssueesueessvessueesesesees 115 FIGURA 87 RUA DO MACHADO cin aerea cancer 115 FIGURA 89 BUNGAVILIA RUA DO MACHADO aaa aba aerea reatar treta treat 115 FIGURA 90 TRAVESSA DO MACHADO PROPOSTA DE PEDONALIZACAO E FLOREIRA TIPO 116 14 FIGURA 91 TRAVESSA DO MACHADO PROPOSTA DE PEDONALIZACAO cccccccsssssssssseseseseseseseseseeees 116 FIGURA 92 LARGO DO JOGO DA BOLA vccsscsssessssesssesssesssucssuecsseessvcssucssucesssesssssusssussssecssecesecssucesieesseessessneesees 117 FIGURA 93 ENTRADA NA TRAVESSA DO CASCAO cccssessssssssesssvessusssuccssecsscssusssuscsseessecesucssueesueessvessveesueesees 118 FIGURA 94 TRAVESSA DO CASC O cnn aaa aa aaa aaa aaa saaa ana ae saaa sena sesa ae sena sesa sosasooassossseoane 118 FIGURA 95 SILOS MEDIEVAL eveye kokayin ga tan ab iia 119 FIGURA 96 PROPOSTA INTERVENCAO ZONA DE ESTADIA SEM PARQUE ESTACIONAMENTO 120 FIGURA 97 RUA DA FONTE nera cananea canes 121 FIGURAS RUA DA FON TE lt dell do e an il 121 FIGURAS CARGO DA PRACA ira aid ba bik kok asa T di dok kb osans panike a be Blk 121 FIGURA 100 ESPLANADA NO LG DA PRA A aaa aaa aaa aaa saaa ena ae saaa cananea canes 121 FIGURA 101 SITUA O ACTUAL FIGURA 102 SITUA O PROPOSTA eccssssssessssecssesssesssucesseessessvesseceaees 122 FIGURA 103 SITUA O ACTUAL FIGURA 104 SITUA
49. JA ocscscccsscsssssscssssssssscscsscscssscscsvsscscsusecsssusecscsvsscsvsusacevsecscevssssvasecstavsscstavsecavsvsacensnees 30 FIGURA 7 INTERVENCOES NO ESPA O P BLICO BAIRRO PADRE CRUZ CARNIDE 32 FIGURA RE TE Boe S e R ne ee ia e ai 41 FIGURA 9 INTERIOR DE QUARTEIR O ALTOS DOS MOINHOS i aaiiaaiiaaaiasasssssissasssasssasssaasdsasdsasasaaaaaaaa 42 FIGURA 10 EQUIPAMENTO PARA USO P BLICO eee eretas 42 FIGURA 11 BAIRRO DO ARMADOR CHELAS serisinin in e E E A E EEA NEETA 43 FIGURA 12 PERCURSOS PEDONAIS 0 AA A 43 FIGURA 13 ESPA O P BLICO PEDONAL NO PARQUE DAS NA ES 44 FIGURA 14 R BARROS QUEIROZ PRIMEIRO ARRUAMENTO A SER PEDONALIZADO EM LISBOA 44 FIGURA 15 QUIOSQUE TRADICIONAL NA PRA A DAS FLORES aaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaasadaaaaaasssasaaaaaaaaaaaaaaaa 48 FIGURA 16 NOVA DIVIS O ADMINISTRATIVA DE LISBOA cccscscsesescscsssescesesescsssescseesescscseseseseeeeeseseseess 53 FIGURA IGREJA ST CONDESTAVE Escrita tion 57 FIGURA 18 ESPA OS P BLICOS EM CAMPO DE OURIQUE 57 FIGURA 19 1 FEIRA DO LIVRO NA PRA A D PEDRO IV ROSSIO 1930 aiiiiaaaaaaaaaaaaaaassssasssassaaaaaaaaaaa 63 FIGURA 20 PAVIMENTO EM LAGETAS DE BETAO ccccccsssssssesescsesesescssesescssscscscssessecscsesessesescscssssscseseseasseseess 65 FIGURA 21 A AVENIDA DA LIBERDADE EM 1888 aaaaaaaaaaaaaaaasaaaaannnnnnnnnnnannnnnnnnnnnsnnsnnnnnsnnnnnnnnnnsnsnnnnsnnnnnnnnnnns 66 FIGURA 32
50. O PROPOSTA csssesssssssssessesssecesscssseesseessveeseeesees 123 FIGURA 105 FIGURA 106 FIGURA 107 ccscccssssssescsscessesssecssucssuesssecssvcssucssuccsseessecssusssusesueesscssuessucesueesseessvessneesees 124 FIGURA 108 FIGURA 109 FIGURA 110 wccscccssssccesscusccsscssscecesccsscssscssvcesesecssocsscssecssesecssocssossecasesenssecssorsvcssesecesensee 124 FIGURA 111 FIGURA 112 FIGURA 113 FIGURA 114 ccccccccsesssccssescsesssuccssecssecssvessussssecssecssucssussssecssesseeeseeesees 125 FIGURA 115 LG DAS PALMEIRAS FIGURA 116 ESTACIONAMENTO CA TICO 125 FIGURA 117 BANCO TIPO A COLOCAR ocsecsssccssscssccsscssececesecssccsscssvcesesecsorsscssecanesecusocsvossucanesenusecssorsvcssesecesentee 126 FIGURA 118 TRAVESSA DO NORTE A REPAVIMENTAR cccsscsssesssessssecssecssecssecssuecssecssecesecssucesseesseessuesseceaees 126 FIGURA 119 TRO O DE VIA A PEDONALIZAR cscsssesssesssssssscsssecsecsssecssecssvcssucssucsssvessecesucssucessecssessvessueesees 126 FIGURA 120 SITUA O ACTUAL RUA DAS PARREIRAS 127 FIGURA 121 PROPOSTA DE INTERVEN O ccccseccssesssesssuessucsssecssvessucssuecssesssvessucesusesueessecssecesucesusessessessusesees 127 FIGURA 122 FIGURA V caia 128 FIGURA E en incas a a EE Mois neat dean a a ke e NE 128 FIGURA 125 RUA DO NORTE NORTE esscsssesssesssscsssecssecssuesssecssvessvessuscsuecssesssvessucssusssusessecssecssucesuesusessvessueesees 128 FIGURA 126 RUA DO NORTE SUL ccscssccsssssesssescsssccsecssscssusecsscc
51. Repavimenta o da Azinhaga do Serrado e Azinhaga da Luz 140 11 Interven es espec ficas no espa o p blico A interven o na rede vi ria tanto a nivel de altera es de sentido de tr nsito como condicionamento de algumas vias s por si n o contribuir para a requalificac o urbana que s se completar com a total repavimentac o das vias e passeios assim como a reabilita o e recuperac o de alguns dos edif cios e espacos p blicos e em particular das Azinhagas como j referido Por outro lado a qualifica o de todo o espa o p blico pressup e n o s uma intervenc o em todos os pavimentos mas tamb m no mobili rio urbano na sinal tica no sistema de ilumina o e lumin rias e candeeiros e no pr prio design da publicidade de estabelecimentos comerciais Assim e complementar interven o nos pavimentos e espa os p blicos dever ser elaborado o estudo da ilumina o p blica nas Azinhagas substituindo os postes e cabos a reos ainda existentes ver figuras abaixo e de modo que a mesma fa a valorizar e real ar os muros quando ainda existentes que as ladeiam FIGURA 153 FIGURA 154 a Projecto de requalifica o do Largo do Coreto A interven o no Largo do Coreto que compreende a requalifica o deste espa o p blico foi aprovada no mbito do or amento participativo da CML por um n mero significativo de cidad os que querem ver este espa o p blico intervencionado e requalificado
52. a es Marvila e Beato temos uma leitura muito diferenciada entre o todo UIT e as partes UIT s Micro Ou seja enquanto que na UIT Micro dos Olivais Parque das Na es a maior percentagem de espa os p blicos 48 a correspondente a outros tipos que compreende um conjunto de espa os variados como Alamedas Passeios Jardins que a interven o no Parque das Na es veio adicionar P tios e Cais Caminhos Rossio e at uma Cal adinha seguida das Avenidas 15 e Pra as 17 ja na UIT Micro de Marvila Beato os Largos 58 23 as Azinhagas 21 e as Avenidas 21 sao os de maior percentagem pois associado aos espa os p blicos de maiores dimens es em Chelas e interven o mais recente no Parque das Na es 1998 encontramos ainda as vias estreitas de um tra ado semi rural pr existentes UNIDADE INTERVENCAO TERRITORIAL ORIENTAL 6 H Largos H Becos E Avenidas H Pra as m Cal adas m Azinhagas E Estradas m Escadinhas Outros tipos GRAFICO 10 UIT MICRO OLIVAIS PARQUE DAS NACOES 11 mLargos 410 UIT MICRO MARVILA BEATO E Largos 3 HBecos E Avenidas HE Avenidas Pra as E Pra as m Cal adas mw Azinhagas mw Azinhagas WEstradas mEstradas Escadinhas H Outros tipos Outros tipos GR FICO 12 GR FICO 11 1 2 4 Na Unidade de Interven o Territorial Norte que engloba as Freguesias lim trofes de Benfica S Domingos de Benfica Carnide Lumiar Ameixoei
53. a urbanismo e arquitectura Biblioteca Breve Instituto de Cultura e L ngua Portuguesa 1980 GEO Gabinete estudos Olisiponenses da CML Consulta e recolha de diversa documenta o avulsa sobre Carnide GHEL Jan Humanizacion del Espacio Urbano La vida social entre los edificios Editorial Revert 2004 INNERARITY Daniel El nuevo espacio p blico Espasa 2006 LOBO Manuel Costa PARDAL Sid nio CORREIA Paulo V D Normas Urban sticas Volume II Desenho Urbano Aprecia o de Planos Per metros Urbanos 150 UTL 2 edi o DGOTDU 1998 LYNCH Kevin A boa forma da cidade Edi es 70 1981 LYNCH Kevin L image de la cit 1976 MUNFORD Lewis A cidade na Hist ria sua origens transforma es e perspectivas Martins Fontes Editora Universidade de Brasilia 1982 PARTIDARIO Maria do Rosario iQuau Indicadores de Qualidade do Ambiente Urbano DGOTDU Dezembro 2000 PELHAM Silvia Paula DipArch Cant R I B A Evolu o Construtiva dos Edif cios de Alvenaria Planeamento Singular Lisboeta s c XVII s c XX Reabilitac o Ambiental dos Edif cios de Alvenaria UTL Faculdade de Arquitectura Departamento de Tecnologias Tese de Doutoramento 2011 PEREIRA Maria Madalena Dias Calhau Esquivel Pra as p blicas sustent veis Caso de renovac o das pracas UTL IST Dissertac o de Mestrado Novembro 2008 Plano de Urbanizac o Carnid
54. a estas duas ltimas ruas tem como pressuposto que deixarao de ter circula o autom vel de atravessamento e ter o um uso mais restrito para os moradores 125 FIGURA 117 BANCO TIPO A COLOCAR O Largo das Palmeiras sera intervencionado com projecto complementar a desenvolver onde sera instalada no seu centro e em redor das palmeiras existentes uma zona de estadia com bancos de jardim tradicionais estrutura em ferro com ripado em madeira e tratamento do pavimento diferenciado em calcada A pavimentac o mista existente calcada em calc rio e cubos de basalto ser o reaplicados na faixa de rodagem e na Travessa do Norte que faz a ligac o a Rua Neves Costa FIGURA 118 TRAVESSA DO NORTE A FIGURA 119 TROCO DE VIA A REPAVIMENTAR PEDONALIZAR Pelo facto dos moradores da Ruas das Parreiras terem necessidade de utilizar o espa o fronteiro sua casa conforme referido anteriormente prop e se a reformula o desse espa o 126 ES AD EDI A n PROPOSTA DE INTERVENCAO FIGURA 120 SITUACAO ACTUAL RUA FIGURA 121 PROPOSTA DE DAS PARREIRAS INTERVENCAO 127 Ser criado um passeio em toda a extens o da rua Fig 121 que permitir instalar n o s as floreiras porque os moradores gostam de ter flores e plantas mas tamb m os estendais para a roupa e bancos para os moradores utilizarem ver desenho e usufru rem do espaco exterior FIGURA 122 FIGURA 123 6 7 Rua do Norte Este
55. a social dos seus habitantes FIGURA 15 QUIOSQUE TRADICIONAL NA PRA A DAS FLORES pois muito importante que as interven es para a qualifica o destes espa os seja entendida de um modo transversal em que ao mesmo tempo que se deve respeitar a sua ordem primeira tracado inicial devem ser intervencionados a luz de novas abordagens projectuais criando novas din micas e novos olhares Porque a cidade n o est tica o equil brio de novas Interven es f sicas nestes espa os de primordial import ncia 48 Na cidade de Lisboa existem 3 557 locais oficialmente considerados pela Camara Municipal como arruamentos Alguns deles t m nomes de elementos urbanos como jardins parques bairros campus encosta escadas ou miradouros mas representam todos os tipos de espacos urbanos As categorias encontradas estao genericamente agrupadas da seguinte forma e com a seguinte defini o Tipologias Quantidade Percentagem Via normalmente ladeada de Ruas 61 casas ou rvores dentro de um aglomerado Rua estreita ou curta que p e em Travessas 10 comunica o duas ruas principais rea urbana espa osa na Largos Rua larga e muitas vezes com Avenidas duas vias conflu ncia de ruas Rua escura estreita e curta e muitas vezes sem sa da Lugar largo e espa oso normalmente rodeado de edif cios Calcadas Azinhagas Rua ou caminho empedrado Rua ou estrada murada ou
56. abita es os moradores dos pisos t rreos utilizam a rua e o espa o fronteiro a porta das suas casas para pendurarem a roupa para colocarem o grelhador a carv o que n o cabe na ex gua cozinha ou para se sentarem a conversa pois com tempo bom as pessoas preferem estar no exterior que no interior Talvez ainda reminisc ncias de um tempo de viv ncias rurais A apropria o da zona fronteira as casas faz se tamb m com a coloca o de vasos com flores ou at com floreiras fixas onde buganv lias e outras plantas humanizam as fachadas e acrescentam cor e beleza s ruas 123 FIGURA 105 FIGURA 106 FIGURA 107 Estas duas ruas s o tamb m locais de estacionamento dos utentes dos restaurantes das ruas confinantes o que chega a provocar constrangimentos aos moradores impedindo at que salam e entrem em casa devido ao estacionamento de veiculos colados s portas destes FIGURA 108 FIGURA 109 FIGURA 110 124 FIGURA 111 FIGURA 112 FIGURA 113 FIGURA 114 Muitos adoptaram at a colocac o de barrotes em madeira e outros sistemas para evitar esta situa o A ligac o da Rua das Parreiras com a Rua da Mestra faz se atrav s do Largo das Palmeiras que normalmente ocupado por estacionamento an rquico ou contornando o edif cio da Escola Nocturna pela Rua do Norte com todos os constrangimentos associados FIGURA 115 LG DAS PALMEIRAS FIGURA 116 ESTACIONAMENTO CA TICO A soluc o preconizada par
57. adicional e art stica Uma das componentes mais importantes da intervenc o no espaco p blico relaciona se com o tipo e a qualidade dos materiais dos pavimentos nas zonas pedonais e do mobili rio urbano a instalar Nesta zona de interesse hist rico e porque as pr exist ncias dever o neste caso ser mantidas e melhoradas o material de pavimentac o das zonas pedonais dever ser por excel ncia a tradicional calcada portuguesa Assim e para a repavimenta o das ruas e respectiva pedonalizac o com restri o da circula o autom vel prop e se uma Interven o que 1 Permita a aplica o das diversas t cnicas de execu o da cal ada art stica nas zonas a pedonalizar uma vez que s o m todos de assentamento da pedra que dever o ser preservados e utilizados preferencialmente em zonas hist ricas da cidade como esta 2 Devido falta de m o de obra especializada calceteiros seja criada uma ac o de forma o em que os locais de ensino pr tico sejam as zonas de interven o no N cleo Hist rico de Carnide gou v yo R BV men Onn e y t FIGURA 146 PAVIMENT MISTO FIGURA 147 PAVIMENTO EM CAL ADA FIGURA 148 FIGURA 149 As t cnicas para assentamento da cal ada em cubo grande 10x10 neste caso para vias de tr nsito autom vel devem ser as tradicionais assim como o assentamento da cal ada em vidra o deve respeitar as t cnicas de execu o feitas por calceteiros especializad
58. ado por todos os moradores e transeuntes Porque a mobilidade pedonal dever ser facilitada esta ligac o dever pois ser mais um elo da cadeia de circuitos internos e com a envolvente ligac o com a Rua da Fonte podendo receber tamb m alguns bancos de jardim para ser um local mais de estadia do que de atravessamento 129 dl st Wa a L i LE Wt Sh Luz if uk FIGURA 129 TRAVESSA DO PREGOEIRO FIGURA 130 ESTRANGULAMENTO VI RIO A inexist ncia de estacionamento coberto em todos os Im veis mais recentes ao que se junta o estacionamento dos clientes dos restaurantes torna o espaco p blico local de amontoado de viaturas e de perturba o para os pe es FIGURA 131 VIATURAS ESTACIONADAS ALEATORIAMENTE Numa primeira fase e porque 0 acesso ao Centro de Satide se faz em grande parte pelas Azinhagas necess rio proceder a reparac o total das mesmas Azinhaga dos Carmelitas e Azinhaga dos Cerejais Fig 132 Fig 133 FIGURA 132 FIGURA 133 DIFICIL CIRCULA O VI RIA E DEGARADA O DO DE PE ES PAVIMENTO 130 PERFIL TRANSVERSAL TIPO sc 11200 CAMARA MUN C PAL DE LEBOA EQUIPA FROJECTISTA Erence Gemeiro Neves erquitectej Manuel Soue Guedes erquiecto PROPOSTA DE INTERVENCAO Far se o aumento da largura dos passeios fronteiros aos edificios e a ligac o de toda a zona pedonal sem gradeamento que desaparecera ficando mais ampla e com melhor circula o dos pe es p
59. alidade urban stica num contexto e num saber contempor neo que desenvolveu e aplicou na sua pr tica profissional di ria Com Duarte Pacheco nos anos 40 o processo de Planeamento Urbano atrav s do Plano de Etienne de Gr er definiu as grandes linhas de desenvolvimento da cidade que na rea da mobilidade e do espaco p blico propunha A criac o de uma rede vi ria r dio centrica a partir de um eixo constru do pela Av A Augusto de Aguiar e o seu prolongamento at a estrada Lisboa Porto Construir uma ponte sobre o Tejo no Poco do Bispo Montijo ligada a uma das circulares Criar um Parque em Monsanto com cerca de 900ha e uma zona verde em torno da cidade A import ncia dada a rede vi ria estruturante justificava se dada a insuficiente ligac o com a envolvente perif rica e a necessidade sentida da expans o urbana que se veio a dar com a constru o dos Novos Bairros Sociais Alvalade Madre de Deus Encarna o Caselas FIGURA 6 AVENIDA DA IGREJA FIGURA 5 BAIRRO DE ALVALADE FOTOS ARQUIVO FOTOGR FICO CML Nos anos 50 1959 procedeu se revis o e actualiza o do Plano anterior que manteve a maior parte das propostas embora tivesse introduzido altera es importantes como a constru o da Ponte sobre o Tejo a partir de Alc ntara ligando a Almada e respectivas liga es por auto estrada para Norte e para o Sul na continua o da Ponte e ainda uma auto estrada contornando o Parque de Mon
60. ara melhor usufruto de todo o espa o e onde dever o ser instalados alguns bancos de jardim a Tha SA n mn o a LETI TIWA Lik TARI i WA e p m Fe ao a HALLA dd Bi js bed af Qu ea on FIGURA 134 GRADEAMENTO A FIGURA 135 INEXISTENCIA DE RETIRAR MOBILIARIO URBANO 6 9 Azinhaga dos Carmelitas Apesar de terem sido colocados pilaretes para impedir o estacionamento no passeio ja de si muito estreito os automobilistas continuam a estacionar na via causando graves problemas de circulac o e impedindo que os carros de socorro e os servicos camar rios di rios 131 carros do lixo circulam vendo se obrigados a pedir muitas vezes o reboque para retirar as viaturas em transgressao FIGURA 136 ZONA A FIGURA 137 PEDONALIZAR ESTACIONAMENTO A REORDENAR LOCAL DE ENTRADA NA NOVA ZONA 30 A interven o nesta via contempla a reformula o dos estacionamentos de ambos os lados e o alargamento da parte do arruamento que entronca com a Travessa do Pregoeiro No entanto e para evitar o estacionamento abusivo proceder se colocac o de pilaretes de borracha no lado sul da via a partir da curva com a Travessa do Pregoeiro at 4 distancia que possibilite a passagem das viaturas Prev se a sobre eleva o de uma passadeira junto Rua General Henrique de Carvalho demarcando como aviso a entrada numa zona mais restrita ao tr fego autom vel A diferenca de material do pavimento eliminando o betuminoso e reconst
61. as Para uma segunda fase de interven o para a qual necess rio efectuar diversos procedimentos at execu o em obra j ser o necess rios mais meios financeiros e t cnicos pois o objectivo de repavimentar as vias e zonas pedonais e de requalificar diversos espa os p blicos obrigar a um maior investimento 1 Fase Interven es a curto prazo Numa primeira fase de interven o pretende se executar no terreno algumas pequenas obras que sem custos elevados permitir o efectuar um reordenamento da rede vi ria e dos estacionamentos que contribuir o tamb m para uma qualifica o do espa o p blico pedonal Estas pequenas interven es ser o essencialmente do seguinte teor a Pinturas nos pavimentos passadeiras tra os cont nuos b Revis o da sinal tica vertical e horizontal c Coloca o de floreiras e outros elementos dissuasores de estacionamento d Coloca o de passadeiras sobre elevadas ou lombas 2 Fase Interven o a m dio prazo Uma 2 fase de interven o requer obras de maior dimens o no terreno Compreende todas as interven es nos arruamentos em termos de pavimenta o e das redes de infra estruturas Assim teremos as seguintes interven es a Repavimenta o das ruas do N cleo Antigo de Carnide b Constru o do Parque de estacionamento no Largo do Jogo da Bola c Reordenamento vi rio e de espa o p blico do Largo do Malvar com arranjo paisag stico do Chafariz d
62. as de expans o fora do centro ou dos centros A grande opera o de realojamento de fam lias PER j anteriormente mencionada teve como objectivo tamb m a requalifica o do espa o p blico pedonal com a cria o de zonas de estadia e zonas verdes campos de jogos e outros tipos de espa os de uso p blico com o objectivo de permitir um usufruto e uma liga o intersticial n o s dentro do bairro mas com 42 os bairros e zonas lim trofes Se nalguns casos a integrac o foi bem sucedida noutros nem tanto FIGURA 11 BAIRRO DO ARMADOR FIGURA 12 PERCURSOS PEDONAIS CHELAS FONTE PUBLICACAO DO GTH CML 1997 Os diversos Bairros em Chelas anteriormente designadas por zonas sao um dos exemplos em que a relac o pedonal com as envolventes n o ficou completamente resolvida pois a grande extens o do territ rio entre os diversos bairros que n o foi objecto de uma interven o f sica e espacial n o permite a circula o pedonal com seguran a e em continuidade Este tipo de situa es decorre mesmo quando se implementam interven es urbanas e de grande escala com grande qualidade como foi o caso do projecto para a Expo 98 A zona do Parque das Na es apesar do grande projecto de interven o no espa o p blico n o conseguiu ainda fazer a contiguidade e total continuidade pedonal com a envolvente a via f rrea nuns pontos e a rede vi ria perif rica noutros locais s o grandes barreiras arqui
63. as outras criou fragmenta es do territ rio em muitos casos dif ceis de colmatar abriu se caminho a um processo de n o utiliza o do espa o p blico em geral e da rua em particular pelo menos na sua concep o e conceito j anteriormente referido A rua n o dissoci vel do seu enquadramento constru do das fun es que nela s o desempenhadas das actividades que a ocorrem e dos fluxos de pessoas e ve culos A rua o local de encontro e de partilha de estar e de partir e por isso dever estar adaptada a todas estas exig ncias a todas estas premissas pois quando assim n o acontece torna se s um local de passagem fugaz A rua mais do que um simples acesso um elemento estruturante do tecido urbano e como tal carece de uma demarca o pr pria do seu espa o at onde ele se desenvolve permitindo uma f cil leitura A ambi ncia peculiar do s tio o car cter arquitect nico e a L 997 toponimia s o factores que contribuem para lhe dar identidade urbana 7 Normas urban sticas Vol I Desenho urbano Prof Costa Lobo Sid nio Pardal Paulo Correia 34 Com outra dimens o tamb m os largos as pracas e as pracetas sao lugares de estar de liga o entre ruas de elo ou n de liga o s o espa os de respira o da pr pria cidade Mas se at ao s culo XIX o espa o p blico tinha subjacente uma certa anarquia de fun es e usos foi com o In cio da pavimenta o dos arruamentos
64. c o do interior passa despercebida apesar de poder tornar se num local de interesse cultural integrado num arranjo paisagistico de valorizac o deste interessante esp lio arqueol gico FIGURA 92 LARGO DO JOGO DA BOLA Prop e se um novo esquema de organiza o deste Largo criando mais lugares de estacionamento sem no entanto retirar as rvores existentes Prop e se a total repavimenta o do Largo excep o da zona de estacionamento existente que j tem revestimento em cubos de calc rio 10x10 O mesmo tipo de pavimento ser aplicado em toda a rea restante incluindo as Travessas do Casc o e do Jogo da Bola que ter o na sua liga o Rua do Jogo da Bola um lancil rampeado distinguindo se assim do pavimento desta rua como que informando o automobilista que est a entrar numa zona de circula o mista pe o autom vel e de velocidade reduzida 117 FIGURA 93 ENTRADA NA TRAVESSA DO FIGURA 94 TRAVESSA DO CASCAO 5 lt E we 25 r 33 CASCAO PERFIL TRANSVERSAL TIPO sc 1 200 PERFIL TRANSVERSAL TIPO esc 1 200 PERFIL TRANSVERSAL TIPO esc 11200 PERFIL TRANSVERSAL TIPO wac 11200 Rus co Jogo ce Sole Travessa co N kur Travessa do Jogo ce Ros Travessa do Casco Restrutura o Vi ria no N cleo Antigo de Carnide 4 Largo jogo da Bola e travessas adjacentes Gebiete co wereedor Huss da Shia EQUIPA PROJECTISTA Branca Gamero Neves ar quiteda Manuel Sousa Guedes arquit
65. central rodeado de edif cios p blicos que lhe conferiam a monumentalidade do poder do Estado onde ocorriam as rela es sociais as atividades comerciais religiosas e o mercado O espa o de discuss o n o era no entanto no exterior mas sim no interior dos edif cios e J menos p blico e de acesso mais restrito At meados do s culo XVIII as pra as funcionavam como locais para mercados populares ou estavam associadas s zonas fronteiras de igrejas e catedrais S quando come aram a ser ladeadas por edif cios que se definiram formalmente e passaram a ser pontos de chegada e de partida para outros pontos das cidades atrav s de novas vias para facilitar a circual o de pessoas e bens At ao aparecimento dos ve culos motorizados as ex guas ruas das cidades eram partilhadas pelos pe es por carro as e outros meios similares A sedentariza o da sociedade n o exigia grandes interven es no espa o p blico mas ja antes o sistema de tr fego dacaleches e fiacres em Paris e os problemas de congestionamento nas ruas de Londres conduziram aos primeiros regulamentos de tr nsito da era pr moderna O aumento de velocidade dos ve culos obrigou a altera es no perfil dos arruamentos que por sua vez provocou altera o na din mica funcional e comercial dos mesmos 25 FIGURA 1 O LARGO DE S DOMINGOS NO INICIO DO SEC XX ARQUIVO FOTOGRAFICO DA CML As zonas centrais hist ricas das cidades com o novo intruso
66. cidade Espa o P blico Lugar de Vida Urbana Francisco M Serdoura e F Nunes da Silva 2006 74 FIGURA 40 FONTE LUMINOSA A FIGURA 41 FONTE FUNCIONAR LUMINOSA SECA E SEM ILUMINACAO FOTOS GOOGLE 4 3 Envolvente imaterial e sensorial Os espa os p blicos podem causar emo es que v o para al m das sensa es associadas aos aspectos f sicos H no entanto uma vertente subjectiva que apesar de n o ser palp vel t o importante como a sensa o f sica que os espa os nos podem causar pois est associada nossa hist ria de vida pessoal aos nossos h bitos e costumes aos nossos traumas e alegrias e aos nossos anseios Podemos sentir por um determinado local atrac o ou repulsa por nos causar bem estar ou desconforto associado falta de limpeza ou de ilumina o ou at mesmo pelo tipo de mobili rio urbano p e banco de jardim que pode ser desconfort vel e por isso desmobilizador do usufruto do Espa o P blico A rua onde circulamos todos os dias transmite nos um experi ncia que inevitavelmente diferente a cada dia e isso faz nos vivenciar o espa o p blico de modo diferente se o pretendermos Basta que estejamos atentos ao que nos rodeia A aprecia o de um pormenor ou evento tamb m difere muitas vezes da pr pria disposi o Intelectual do pe o que num dia pode dar se conta de algo que nunca tinha reparado antes Os espa os p blicos em fun o do seu tipo e uso s podem at
67. circulac o pedonal diferenciada ou para instalac o de esplanadas ou demarcando ainda locais mais recatados mais adequados a leitura ou a momentos de estadia mais calmos FIGURA 9 INTERIOR DE QUARTEIRAO FIGURA 10 EQUIPAMENTO PARA USO ALTOS DOS MOINHOS P BLICO FOTOS DA AUTORA Estes tipos de interven es s s o poss veis de efectuar ou em zonas lim trofes s zonas centrais das cidades ou em locais onde a degradac o em grande extens o do tecido urbano mais antigo permita uma opera o integrada e global de demoli o e re construgao Caso contr rio e nas zonas consolidadas centrais as interven es no espa o p blico pedonal s se podem efectuar ao n vel de um pequeno espa o fronteiro aos edif cios ou de uma zona que pode ser ajardinada ou intervencionada com elementos de composi o urbana floreiras bancos p e Em qualquer das situa es e seja a que escala for o empreendimento a cidade vai adquirindo novas formas e novos espa o urbanos e a grande mais valia de facto poderem todas elas estar articuladas e entrosadas numa rede invis vel mas percept vel ao pe o Em Lisboa alguns bairros tornam se novas centralidades mas sem liga o com os restantes espa o contiguos exteriores a eles Ou porque t m uma identidade pr pria ou porque as liga es rela es com os vizinhos s o dificeis ou inexistentes Estas situa es s o vivenciadas em especial nos Bairros Sociais ou em zon
68. cssusssusesseessecssteesseesseseseess 92 FIGURA 72 JOGOS E ESPECT CULOS DE MAGIA aaa sena rena anan aaa sena sena oeas sesa sesaosasooassen 92 FIGURA 73 DEGRADA O DO PAVIMENTO EM CAL ADA eee 94 FIGURA 74 HAVERES DE UM SEM ABRIGO NUM BANCO NA AVENIDA DA LIBERDADE 94 FIGURA 75 ASPECTO DA ZONA EM FRENTE DE UM ECOPONTO S DOMINGOS DE BENFICA 95 FIGURA 76 ATRAVESSAMENTO PEDONAL DISSUADIDO POR GRADEAMENTO CARNIDE 95 FIGURA 77 ESQUEMA DE CIRCULA O INICIAL east rastrear retas 104 FIGURA 78 ALGUMAS DAS AZINHAGAS EM CARNIDE scsscsssesssescssecssecssesssecssucsssecssecesecssucssueeusvessvesseceases 105 FIGURA 79 TESTE EXPERIMENTAL NOVOS SENTIDOS 106 FIGURA 80 SOLU O PROPOSTA PARA ZONA 30 aaa bata aaa aaa aaa aaa aaa saaa saaa sasa ae sea sesasosasooasseasseaave 106 FIGURA 81 DESORGANIZA O DO ESPA O P BLICO rear 110 FIGURA 82 ESTACIONAMENTO DESORDENADO cccssesssessssessseessucsssccssecssvcssucesuecssvessecesecssucssuseuseesseessecesees 110 FIGURA 83 RUA DA FONTE ANOS 40 cccsccsssescssccssecssvcssucsssecssecssvcssuccsuecsseessvcssusesusesuvessecssucssuessusessesseeeseeesees 112 FIGURA 84 RUA NEVES COSTA ANOS 40 csecssescssesssesssucsssessscssvessusesuscsseessvessusssusssssessecssucssuessssesseessvessneesees 112 FIGURA 85 RUA NEVES COSTA ESTACIONAMENTO AN RQUICO cccsscsssesssssssecssesssecessessseesseesseesseeesees 113 FIGURA 86 PROPOSTA
69. ctiva da sociedade que a potenciam mas inquestion vel e necess rio que o espa o p blico transmita seguran a e n o se torne num verdadeiro problema numa doen a at para o cidad o Mas quando falamos de seguran a temos que referir e distinguir a que conferida pela inexist ncia de viol ncia e atentados integridade f sica p e assaltos ou disputas causadas por frequentadores indesejados e aquela que se reporta n o seguran a causada por degrada o do espa o p blico em geral e em particular dos pavimentos do mobili rio urbano da sinal tica ou da vegeta o Assim podem contribuir para a inseguran a no espa o p blico a Uso e ocupa o indevida b Degrada o de pavimentos e de mobili rio urbano c Falta de limpeza lixo e contentores no espa o p blico d Falta de ilumina o p blica Em qualquer destas tr s reas a Interven o para resolu o destas quest es depende da interven o das autarquias mas n o menos importante depende de uma consciencializa o e de boas pr ticas da popula o que passam pelo respeito pelo espa o p blico e respeito pelos seus concidad os 4 Jordi Borja designa a como agorafobia do grego multid o reuni o de pessoas phobos medo inseguran a que o espa o p blico transmite aos seus habitantes ou visitantes Ciudad e cidadania 93 FIGURA 73 DEGRADACAO DO PAVIMENTO EM CALCADA JARDIM 9 DE ABRIL MUSEU NACIONAL DE ARTE
70. de uma cidade adv m da sua especificidade e da fun o que cada uma tem para al m da articula o que consegue ter de uma forma coerente com todas as restantes que comp em a estrutura de um n cleo urbano Aquele autor sustenta tamb m a import ncia do processo de desenho urbano na constru o da cidade moderna onde o espa o urbano p blico pode propiciar uma intensa vida urbana desde que contenha vitalidade sensa o adequa o acesso e controlo Kevin Lynch Good City Form 1981 Cidades como Lisboa t m em muitos dos seus espa os p blicos muitos destes atributos que fazem deles espa os desejados e apeteciveis para as mais diversas actividades O Rossio p e desde sempre foi um espa o solicitado e apropriado para os mais diversos eventos ao longo dos anos devido sua centralidade ganha a partir da expans o da cidade para norte e sua dimens o FIGURA 19 1 FEIRA DO LIVRO NA PRA A D PEDRO IV ROSSIO 1930 FOTO ARQUIVO FOTOGR FICO CML E a centralidade e a diversidade dos espa os p blicos na sua qualidade formal e funcional que atrai qualquer visitante ou habitante mas tamb m as actividades urbanas que se desenvolvem na sua envolvente Em Lisboa diversos elementos convergem para essa variedade de espa os sendo a topografia o tipo e a dimens o dos arruamentos que melhor contribuem para essa diversidade de espa os urbanos Mas se a dimens o dos passeios n
71. de viaturas nalgumas ruas de facilitar a circula o de pe es nos percursos a eles destinados quer internamente quer com os Bairros perif ricos adiante mencionados de racionalizar e melhorar a sinal tica horizontal e vertical e de propor a repavimenta o das vias internas com reutiliza o de materiais de revestimento conforme mencionado adiante 105 FIGURA 79 TESTE EXPERIMENTAL NOVOS FIGURA 80 SOLU O PROPOSTA SENTIDOS PARA ZONA 30 O teste experimental com novos sentidos de tr nsito proposto pela comunidade local e posto em pr tica para aferir da sua exequibilidade separa a parte norte da parte sul do n cleo hist rico e cria problemas de circula o e de seguran a porque h quem n o cumpra a sinaliza o e continue a circular como sempre fez A dif cil habitua o a um novo esquema vi rio e o facto de contrariar o movimento natural das pessoas acabou por confirmar que a concilia o de op es obriga a ced ncias e a novas formas de organiza o e de circula o no espa o p blico Apesar da melhor solu o ter que ir ao encontro da popula o que quem vive o espa o diariamente e a quem n o se deve impor esquemas de acesso e de circula o penosos dificilmente as medidas a tomar agradar o a todos O equil brio ser encontrado com solu es que contemplar o sempre uma mobilidade suave e um usufruto do espa o p blico partilhado 5 2 Rede pedonal interna A acessibilidade pedonal no n cleo
72. e Luz CML Outubro 2005 e respectiva revisao de 2011 QUIVY Raymond e CAMPENHOUDT Luc Van Manual de Investiga o em Ci ncias Sociais Gradiva 2 edic o 1998 RAMALHETE Filipa coordenadora Pra a do Com rcio Percep o e representa o do espa o presente e futuro UAL Outubro 2009 RAMOS Manuel Jo o e M rio J Alves The walker and the city Edi o ACAM M 2010 RIVERSIDE Lord Rogers of Chair of the Final Report of the Urban Task Force Towards an Urban Renaissance Department of the Environment Transport and the Regions London 1999 ROSA Walter A urbe e o tra o Uma d cada de estudos sobre o urbanismo portugu s Almedina 2002 RUANO Miguel Ecourbanism sustainable Human Settlements 60 case studies GG 2 edi o 2002 SERDOURA Francisco M e NUNES DA SILVA F Espaco P blico Lugar de Vida Urbana Engenharia Civil UM N mero 27 2006 SHORT John Rennie The urban order An introduction to cities culture and power Blackwell Publishers 1996 SITE Camilo L art de batir les villes L urbanisme selon les principes artistiques D Vincent L Equene 1980 T VORA Fernando Da organiza o do espa o pref cio de Nuno Portas edi es do 151 Curso de Arquitectura da ESBAP 2 edic o de 1982 V rios autores Manual de Metodologia e Boas pr ticas para a elaborac o de um Plano de Mobilidade Sustent vel desenvolvido pelo
73. e Associa es locais culturais e de Apoio Social e sempre que necess rio dos departamentos camar rios directamente envolvidos nos projectos e na implementa o dos mesmos Nem sempre as opini es s o consent neas com a realidade e com o que poss vel e aceit vel fazer no terreno pois cada um quer ver salvaguardados os seus interesses pessoais No entanto das discuss es t m surgido propostas que quando tecnicamente poss veis s o levadas em conta para a subsequente realiza o no terreno 142 12 Nota fina O estudo vi rio e de requalifica o do espa o p blico para Carnide foi iniciado pela autora desta disserta o na qualidade de t cnica superior da C mara Municipal de Lisboa em 2010 com os t cnicos do DPI Departamento de Planeamento de Infra estruturas da CML tendo sido desenvolvido no Pelouro da Mobilidade e conclu do em 2011 O estudo foi apresentado a Junta de Freguesia e a populac o para conhecimento e para aprecia o das altera es previstas O Projecto de Requalifica o para o Largo do Coreto foi elaborado pelo DEP DMAU Direc o Municipal de Ambiente Urbano da CML e entrar em obra brevemente Em Agosto de 2011 foi efectuada uma altera o de sentidos de tr nsito experimental para reduzir o tr fego de atravessamento no N cleo Hist rico e iniciar o processo de requalifica o do espa o p blico que contar com diversas interven es durante o ano de 2012 mudan a de algu
74. e Zonas 30 porque mexe com a vida dos moradores e utentes desses bairros deve ser amplamente participada pelos residentes e utilizadores deste espa o seja como forma de aumentar a ades o ao projecto inicial seja para garantir a robustez do projecto uma vez que quem vive quotidianamente o espa o tem maior conhecimento das necessidades sentidas O estudo de caso que se apresenta no cap tulo seguinte compreende este conceito e a respectiva implementa o no terreno assim como diversos dos conceitos desenvolvidos ao longo da presente disserta o 97 98 CAPITULO IV CASO DE ESTUDO QUALIFICACAO DO ESPACO PUBLICO NO NUCLEO HISTORICO DE CARNIDE 99 100 O caso de estudo inclu do nesta disserta o Interven o no N cleo Hist rico de Carnide com vista a sua qualificac o e que est a ser objecto de estudo e de implementac o no terreno vem ilustrar os conceitos anteriormente referidos e simultaneamente ser objecto de uma an lise cr tica perante os resultados obtidos e tanto quanto poss vel objectiva As 1la es a tirar dever o no fundo ser o corroborar das op es tomadas perante os resultados que s poder o ser aferidas no final da execu o da obra dado que o projecto est numa primeira fase de implementa o e n o se pode prever quando estar conclu do 1 Objectivo da interven o A interven o no n cleo antigo de Carnide tem como objectivo global a requalifica o urbana
75. e agrad vel 121 h Restrutura o Vi ria no Nucleo Antigo de Camide 3 La da Pra a Rua da Font Rua Taxis Palhinhas Rua Maria Brown ECUPA PROECTS TA Barcs Camaro News arga fecha Verse Secus Gentes arga bois PROPOSTA DE INTERVENCAO A entrada da Rua dos Taxis Palhinhas existir uma passadeira sobre elevada obrigando os veiculos a abrandar Esta passadeira sera executada com cubos de granito e de calc rio 10x10 Os pavimentos de ambos os lados da rua ficar o pois de nivel diferenciados um do outro pelo tipo e dimens o dos cubos de calcada FIGURA 101 SITUACAO ACTUAL FIGURA 102 SITUACAO PROPOSTA 122 Todo o pavimento sera em cubos de calc rio o mesmo revestimento da Rua da Fonte que para uma melhor circula o de carrinhos e cadeiras de rodas ter uma faixa central longitudinal em lajetas de calc rio amaciado A delimita o da zona de circula o de ve culos da rea de circula o pedonal quando necess ria far se preferencialmente com frades em pedra e n o com pilaretes e FIGURA 103 SITUACAO ACTUAL FIGURA 104 SITUACAO PROPOSTA 6 6 Rua das Parreiras Rua da Mestra Estes dois arruamentos constituem a zona mais intimista e reservada deste n cleo habitacional nao s pelo tipo de edificios que as ladeiam mas pela viv ncia que os moradores conferem a este local Devido as caracter sticas construtivas dos edif cios e a exiguidade dos compartimentos das suas h
76. e dos conflitos entre pe es e autom veis que se come aram a desenhar e construir os grandes boulevards com um novo conceito de espa o p blico que iria conduzir ao aparecimento da hierarquiza o de vias de circula o autom vel e a segrega o dos pe es com as novas regras ditadas pela Carta de Atenas A cidade passou a ser comandada pelo autom vel para o que se constru ram grandes vias em muitos casos com total desrespeito pelo patrim nio edificado rasgando o territ rio para novas reas de expans o urbana O funcionalismo e a segrega o de fun es deixaram nalguns casos os espa os p blicos como zonas residuais e sem vida pr pria Nos finais do s culo passado s c XX e j noutra perspectiva completamente diferente o pe o o cidad o que afinal somos todos passa a ser o centro das preocupa es e o espa o p blico readquire o protagonismo perdido atrav s de grandes projectos de interven o urbana mas j com a preocupa o do bem estar do cidad o e j com uma vis o diferente para com o autom vel que mesmo sendo necess rio considerado como um intruso conceito de zonas 30 mais adiante referido 35 EVOLUCAO DO ESPACO PUBLICO A PARTIR DO SECULO XVIII Nascimento dos transportes p blicos em Londres 1750 Alargamento das ruas S c X VIII Inexist ncia de pavimenta o Coexist ncia de pessoas animais e ve culos n o motorizados no espa o p blico Pavimenta o das ruas Aum
77. eais para os seus objectivos Uma interven o que contemple a jun o dos passeios Norte e Poente placa central livre de ressaltos a n vel da pavimenta o em todo o per metro que permita uma fluidez da circula o pedonal sem circula o de ve culos e com uma redefini o real da sua voca o e uso Imprescind vel para um melhor uso desta pra a E at os skaters poder o usufruir deste espa o desde que enquadrados em estruturas mais adequadas e mais desafiadoras sem que conflituem com as restantes fun es da pra a FIGURA 50 FOTO A REA DA PRA A DA FIGUEIRA Os espa os p blicos n o devem pois ser est ticos no tempo devem estar sujeitos a interven es que contribuam para uma melhoria do seu enquadramento urbano e f sico tornando os apelativos e capazes de permitir o seu uso a viv ncias novas e com capacidade de atrair os diversos tipos de utentes 1 1 Publicidade e sinal tica no espa o p blico pedonal A publicidade no espa o p blico pedonal um dos aspectos de import ncia primordial na requalifica o do espa o p blico pedonal A prolifera o de suportes publicit rios na cidade n o s uma invas o do espa o f sico como tamb m uma invas o do campo visual de todos os que circulam ou permanecem no espa o p blico pe es e automobilistas A quantidade e a dimens o dos diversos tipos de suporte muppies outdors placards pend es faixas etc na maior parte
78. ecesecsscssvcssesecssocssossvcssusecuserssossucssesecusocuscssvcssesenuersscssvesseses 87 FIGURA 59 TERREIRO DO PAC O noia 88 FIGURA 60 ROSSIO nas alates ie atea aaa a a a ei ae 88 FIGURA 61 PINTURA MURAL TRAVESSA DE SANTO ANTAO RESTAURADORES ccsccsscssssesssessseesseees 88 FIGURA 62 MANIFESTA O PRA A MARQUES DE POMBAL aeee 89 FIGURA 63 CAPA DA REVISTA COURRIER ccccsscsssesssessssecssesssuessusssuecssecssuessuecsusessecssecssucssusesseessesesusesseeaseesseess 89 FIGURA 64 O TERREIRO DO PA O ANOS 80 90 ccssessssscssesssesssucssseessecssecesuecsusssscssecssucesueesseessesesuessueeaseesseess 90 FIGURA 65 O TERREIRO DO PA O ANOS 50 cccsscsssesssescssesssvessuccsseessecssucssusesscsssecssecssucesueessvesssesusesseesseesseess 90 FIGURA 66 O TERREIRO DO PACO EM 2011 ccesecsssesssescssecssessscssuccssecssecssucssuecsuscsscssecssucesuesssvessecssteesueeaseesseees 90 FIGURA 67 O TERREIRO DO PACO EM 2008 aaa aaa aaa aaa anana aaa saaa sena aaa sena sena sona oo sena nnana enerne nnns 90 FIGURA 68 OLHANDO O RIO PARA L DA REDE o vessssssesessesssesssusessecsseessusssucssseessesssecssucssuessavessesesueeaneeaseessees 91 FIGURA69 CONCERTOS DE BANDAS ut A A Ena kib e k 92 FIGURA 70 CONCURSO DE DANGCA vcsccssesssesssssessesssecssuscssscssvcssecssuscsusessecesecssusesasessecssesssasesusessecesecssusesavesseesseees 92 FIGURA 71 ANIMA O DE RUA PELO CHAPITOT ccseccsscsssesssesssseessesssucssuecssscssecssu
79. ectos PROPOSTA DE INTERVENCAO a Proposta de intervenc o I Porque necess rio manter a entrada e sa da de Carnide Velho a partir da Rua do Jogo da Bola pelas duas vias laterais respectivamente pela Travessa do Casc o e pela Travessa do Jogo da Bola e porque h necessidade de estacionamento prop e se um novo esquema de 118 organiza o deste Largo criando mais lugares de estacionamento sem no entanto retirar as rvores existentes Prop e se a total repavimenta o do Largo excep o da zona de estacionamento existente que j tem revestimento em cubos de calc rio 10x10 e que se mant m Ser criado um acesso para as duas novas fiadas de estacionamento em espinha com entrada e sa da pelas travessas laterais conforme esquema vi rio A demarca o dos lugares de estacionamento ser feita com cubos de basalto recuperados dos arruamentos Interiores do n cleo hist rico onde n o sejam repostos Na faixa de passeio ao longo da Rua do Jogo da Bola que far a separa o para um novo estacionamento ser aplicado vidra o Aqui s o criados mais 8 lugares a juntar aos restantes 64 lugares perfazendo 72 lugares para carros ligeiros cujo pavimento dever ser em cubos de granito 10x10 Este tipo de interven o poderia ser dispensado se n o fosse necess rio criar mais estacionamentos e antes proceder requalifica o do Largo como espa o l dico e de lazer e n o para autom veis ver proposta ID Esta
80. ente esquecido O uso indevido do espa o p blico contribui assim nestes e noutros casos id nticos para a sua total desqualifica o Mas sobre a agorafobia atr s referida e da inseguran a dos cidad os encontramos uma oferta de um produto que para alguns talvez possa ser colmatado com a escolha de condom nios privados para morarem Rodeados de espa os privados ou semi privados criados nalguns casos como se fossem falsos espa os p blicos abertos normal circula o pedonal impedem um usufruto saud vel e natural desses espa os A partilha do espa o p blico por todos pois segregada e o que podia ser uma zona de conv vio e de liga o entre partes da cidade do bairro torna se num espa o vazio sem uso sem equipamento e sem mobili rio urbano bancos p e onde a sensa o de inseguran a real GRADEAMENTO CARNIDE FOTOS DA AUTORA 95 Associada ao uso e at intensidade do uso a seguran a pois primordial para assegurar uma frequ ncia do espaco publico por todos os cidadaos 2 A mobilidade e acessibilidade no espaco p blico pedonal A mobilidade um direito n o uma obriga o Joaquim Sabat Universidade Polit cnica da Catalunha Um dos factores mais importantes na qualifica o do espa o p blico a possibilidade de acesso f cil aos mesmos por todos os cidad os e na mobilidade dos seus utentes Os espa os p blicos pedonais nem sempre s o espa
81. entes e permitiu uma mais confort vel circula o dos pe es e a um maior usufruto do espa o p blico No entanto para a desqualifica o urbana deste largo contribu a a exist ncia de uma parede entaipada de um antigo estabelecimento de bebidas encerrado por falta de condi es de salubridade A interven o efectuada pela CML teve como objectivo a elimina o deste elemento inest tico e degradado com um painel onde se deixou patente a inten o de deixar uma marca neste local evocativa do Massacre judaico de Lisboa de 1506 e de todas as v timas que sofreram a discrimina o e o aviltamento pessoal pelas suas origens convic es ou ideias que aqui ocorreu Essa marca transcrita no mural onde se l em todas as l nguas de todas as comunidades estrangeiras existentes na cidade a frase Lisboa cidade da Toler ncia veio refor ar o que j era um local de encontro de pessoas de diferentes etnias ra as e credos religiosos como um Largo Memorial onde tamb m est o presentes os dois elementos escult ricos contributos das comunidades cat lica e judaica e um espa o de conv vio de encontro de conflu ncia de gentes D O conceito espacial e a coordena o do projecto e da interven o no local foram da responsabilidade da autora desta tese 72 FIGURA 37 FRENTE AO PAINEL FOTO DA AUTORA 4 2 Envolvente paisag stica As ruas e as cal adas principais lugares p blicos de uma cidade s o os seus
82. ento dos conflitos pe o autom vel Constru o de grandes boulevards Revolu o Industrial S c XIX Liberta o das ruas com o aparecimento de elevadores ou ascensores e da rede de metro Nascimento dos transportes p blicos em Lisboa 1872 Carta de Atenas e hierarquiza o das vias Funcionalismo e segrega o de fun es urbanas Organiza o da cidade em Constru o de grandes vias e destrui o de fun o do autom vel patrim nio Incremento do uso do autom vel Conceito de mobilidade suave Interven o c vica nas quest es urbanas Regresso multifuncionalidade do espa o Modera o da circula o Crise do sistema urbano com o aumento da circula o autom vel e choque com a S c XXI circula o pedonal Recupera o do espa o p blico Recupera o de vias para circula o pedonal exclusiva parao Dedo O espaco publico insuficiente para todos os autom veis QUADRO 1 36 CAPITULO II A CONSTRUCAO E A PRODUCAO DE ESPACO P BLICO 66 Quando se projecta trag dia nas cidades vai se encontrar trag dia Jaime Lerner ex prefeito de Curitiba Brasil 37 38 A constru o e a produ o do espa o p blico de qualidade necessita de um planeamento adequado e o devido enquadramento no local objecto de projecto 8 2 s A e a Segundo Jordi Borja ha um conjunto de crit rios para uma correcta Interven o no fazer espaco publico entre os quais se d
83. estaca a b Nao se deve fazer um projecto para resolver um s6 problema Deve desenhar se primeiro o espaco p blico e articular eixos de continuidade f sica e simb lica entre os novos projectos e a cidade existente A habitac o deve estar sempre presente nos espacos centrais e nos novos espacos entre 30 a 50 pois evita se a homogeneidade social sendo aconselh vel misturar as diversas tipologias e extractos sociais Deve actuar se nas zonas envolventes s dos projectos de modo a cerzir os tecidos hist ricos com os mais recentes ligando grandes eixos de circula o e zonas obsoletas Deve respeitar se a hist ria as malhas urbanas existentes a tradi o cultural e o urbanismo de cada lugar Fazer cidade fazer com rcio e cultura porque a cidade o lugar dos interc mbios e das identidades A qualidade do espaco p blico o valor essencial na cidade e nele se reflecte a pujanca econ mica e a justica social E como a cidade composta por malhas urbanas de diferentes pocas e especificidades apesar de haver crit rios comuns de interven o n o se dever no entanto ter o mesmo modo de procedimento num Centro Hist rico ou num Bairro habitacional Um centro Hist rico para al m de um conjunto de edif cios com identidade patrimonial um local onde as viv ncias e acontecimentos v rios dos seus habitantes ao longo de gera es criaram uma identidade pr pria e um ambiente espec fico e caracter stic
84. guras e menos utilizadas pelos peoes No entanto um dos privil gios desta zona a sua localiza o e a f cil circula o e liga o pedonal aos bairros circundantes Topograficamente n o existem obst culos e as barreiras vi rias n o o ser o se privilegiarmos os atravessamentos pedonais com seguran a Ao ligarmos a rede pedonal interna Quinta da Luz a Telheiras Pontinha ao Bairro da Horta Nova ao Bairro da EPUL e ao Bairro Quinta do Bom Nome teremos uma fluidez natural de circula o de pe es em que as Azinhagas dever o ter um papel importante A sua repavimenta o e qualifica o s o elementos chaves que contribuir o para uma maior acessibilidade quando se avan ar para a cria o do Parque Urbano e para o usufruto das antigas quintas que poder o tornar se um dos elementos de dinamiza o social da popula o local com a implanta o de hortas e jardins O esquema de liga o proposto ser objecto de interven es f sicas no terreno que sem serem demasiado onerosas podem contribuir significativamente para a uma boa fluidez nessas mesmas liga es pedonais nomeadamente atrav s da coloca o de novas passadeiras repavimenta o e ou repara o de passeios coloca o de sinaliza o vertical e ou horizontal coloca o de bancos nalgumas das zonas de circula o dos pe es refor o da ilumina o p blica junto s passadeiras e coloca o de candeeiros nos percursos pedonais 6 Interven
85. ias dos espacos urbanos em Lisboa A profus o de tipos de espacos urbanos atinge em Lisboa um n mero significativo derivado n o s da topografia mas simultaneamente pela sucess o de pocas construtivas que foram justapondo ajustando e acrescentando novas edifica es que por sua vez criaram espacos entre eles com caracter sticas t o diversas quer na forma quer no uso ou func o que contribuiram para um espaco p blico extremamente diversificado e rico A propria nomenclatura dada aos diferentes espacos p blicos ruas pracas azinhagas estradas caminho campo etc prov m de pr exist ncias rurais e por tipos de ocupa o desses mesmos espa os cuja topon mia permanece nalguns locais at ao presente Verificamos no entanto que muitos desses espa os foram invadidos e adulterados por novos arruamentos ou urbaniza es restando tro os de vias ou espa os esquartejados resultado de uma l gica assumida de n o aceita o ou n o articula o das malhas urbanas antigas e dos respectivos arruamentos No entanto a mem ria desses locais ao manter a topon mia contribui em muitas situa es para uma identifica o dos cidad os com a sua cidade e com os locais onde actividades de cariz colectivo hist rico de lazer ou de outro tipo e que neles decorreram Este aspecto em muitos casos de car cter at certo ponto subjectivo confere ao espa o p blico uma import ncia vital para a sobre viv nci
86. interven o no espa o p blico E necess rio reconquistar o espa o social da rua A perda da rua como espa o social favorece o decl nio da cidade e aumenta a inseguranca A melhoria da seguranca e da coes o social passa por uma recupera o f sica da rua come ando pelo alargamento dos passeios cria o de vias para pe es controle do tr fego autom vel recurso prudente solu o de ruas com sentido nico e 26 De um modo mais concreto os objectivos da interven o proposta s o pois 4 Definir uma hierarquia vi ria e condicionar a circula o de autom veis nas ruas interiores ao n cleo antigo para que haja uma maior apropria o da rua pelos pr prios moradores Implementar ruas de circula o autom vel de sentido nico com faixas de largura m nima para diminui o da velocidade impedindo ou dificultando o tr fego de atravessamento Reordenar o estacionamento e definir zonas espec ficas para cargas e descargas Pedonaliza o de algumas ruas internas e elimina o de qualquer tipo de obst culos que impe am a boa circula o a invisuais e pessoas portadoras de defici ncias f sicas Supress o de desnivelamentos entre zonas de circula o pedonal e de circula o autom vel que permita em todo o espa o a circula o livre dos pe es e a n o Invas o de toda a rea por autom veis Rede vi ria interna e das zonas envolventes A inten o de ligar o n cleo centra
87. ja atractivo para o peao circular e estar O mau estado dos pavimentos na cidade um impeditivo a livre circula o dos cidad os em especial para os que t m mobilidade reduzida como as pessoas de idade ou para quem circula em cadeira de rodas ou para um cego Dai que seja tao importante fazer a escolha certa e adequada do tipo de pavimento ao tipo de espaco e ao uso que ele tera pois desta escolha resulta em grande parte a qualidade do espaco p blico pedonal sem esquecer a adequada drenagem e FIGURA 20 PAVIMENTO EM LAGETAS DE BETAO FOTO DA AUTORA escoamento das aguas pluviais 3 1 1 Cal ada Art stica nos Espa os P blicos Pedonais A pavimentac o dos passeios e espacos p blicos em Lisboa iniciou se a partir de meados do s culo XIX um s culo depois do terramoto que destrui quase toda a cidade antiga executada com os pequenos cubos em calc rio e basalto e que passou a constituir a cal ada portuguesa calcada art stica Desde ent o tornou se no tipo de revestimento mais aplicado em zonas pedonais em toda a cidade mantendo se como um dos seus ex libris e um patrim nio de valor inestim vel desconhecido por uns e desprestigiado por outros Ao primeiro local de aplica o da cal ada a parada do Castelo de S Jorge seguiu se a pavimenta o do Rossio em 1849 j com o desenho Mar Largo que demorou 1 ano e meio a executar seguido de outras ruas pra as jardins e um sem n mero de outros locais mais n
88. l aos Bairros envolventes Telheiras Bairro da Quinta da Luz Bairro da Horta Nova e outros est preconizada na pedonaliza o dos espa os interm dios para maior facilidade de circula o das pessoas 26 Carta Urbana Europeia aprovada no Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa 1992 103 O n cleo antigo de Carnide encontra se actualmente rodeado por vias de trafego intenso Av Cidade de Praga ou via envolvente de Carnide Estrada da Luz Estrada do Semin rio Rua da Fonte e muito pr ximo de p los geradores de grande aflu ncia de viaturas O Centro Comercial Colombo o Hospital da Luz o Est dio do Benfica Diversos equipamentos culturais e de educac o sao tamb m locais que potenciam um afluxo n o s de tr fego mas tamb m de procura de estacionamento gr ATTY FIGURA 77 ESQUEMA DE CIRCULA O INICIAL DEMASIADAS ENTRADAS DE TR NSITO AUTOM VEL Internamente a rede vi ria existente n o tem uma hierarquia predefinida apesar de existir um eixo vi rio no sentido longitudinal que funciona como via distribuidora para quem entra a Nascente ou a Poente Azinhaga das Carmelitas Travessa do Pregoeiro Rua Neves Costa e Estrada da Correia As azinhagas apesar da sua largura irregular que em muitas zonas s permitem a passagem de uma viatura de cada vez tornaram se para quem conhece uma alternativa circula o exterior permitindo o atravessamento pelo centro do n cleo
89. l e azinhagas de Carnide Uma das componentes mais importantes da interven o no espa o p blico relaciona se com o tipo e a qualidade dos materiais dos pavimentos nas zonas pedonais e do mobili rio urbano a Instalar Assim e porque h que repavimentar ruas para a respectiva pedonaliza o e restri o da circula o autom vel e porque o material de pavimenta o dever ser por excel ncia a tradicional cal ada portuguesa prop e se uma Interven o que 107 A Permita a aplica o das diversas t cnicas de execu o da cal ada art stica nas zonas a pedonalizar ver figuras 24 a 27 uma vez que s o m todos de assentamento da pedra que dever o ser preservados e utilizados preferencialmente em zonas hist ricas como esta Para este efeito e porque a concep o dos desenhos dos pavimentos em cal ada pode ser renovada como se fez na Expo 98 Parque das Na es prop e se a colaborac o com escolas de arte e design a cujos alunos se pode dirigir um concurso de desenho para cria o de novos motivos de cal ada para os novos espacos p blicos pedonais do C H de Carnide B Por outro lado e devido 4 falta de m o de obra especializada calceteiros prop e se a cria o de uma ac o de forma o em que o local de ensino seja o novo espa o p blico do n cleo hist rico de Carnide Desta ac o pode eventualmente criar se um N cleo ou Brigada de calceteiros especializados que poder o vir a traba
90. lares Mas a caracteriza o espacial de tipos urbanos que encontramos nas nossas cidades e vilas extremamente variado enriquecendo sobremaneira o l xico urban stico A rua ao largo e praca j referidos devemos juntar a azinhaga o terreiro a travessa o beco o campo o rossio o adro a viela a porta e o postigo e ainda a j falada Rua Direita mas tamb m a Rua da Corredoura ou da Carreira ou ainda a que se refere a equipamentos urbanos como a bica o chafariz a fonte cano ou aqueduto 2 As raz es da exist ncia de tais nomenclaturas s o abordadas por aquele autor n o sem que consiga chegar origem cientifica de tais nomes sendo que a Pra a p e ser origin ria da 2 A urbe e o tra o de Walter Rosa 2002 24 Pra a de Guerra ou Pra a d Armas por ter sido inicialmente desenhada por engenheiros militares A pra a como a conhecemos hoje um espa o p blico mais ou menos amplo que associamos ao exerc cio de actividades de car cter p blico local de encontro da popula o em momentos diversos Assim como a Agora era para os gregos um espa o p blico por excel ncia local onde o exerc cio da cidadania se materializava atrav s dos debates de ideias Para eles era o local onde se praticava a cidadania e onde se desenrolavam os tribunais populares onde se faziam neg cios e se discutiam as quest es relacionadas com a cidade e o seu governo J para os romanos o F rum era um espa o livre
91. lhar noutras zonas da cidade em projectos semelhantes C Porque est prevista a continuidade das ac es de forma o de fiscais de obra e fiscais municipais sobre a manuten o dos pavimentos de Cal ada Art stica a semelhan a da ac o de forma o j desenvolvida em Novembro 20097 tamb m esta Interven o no espa o p blico do centro hist rico de Carnide pode vir a permitir uma componente te rica associada forma o pr tica anterior Estas tr s componentes associadas e articuladas com as restantes reas de actua o far o desta interven o um verdadeiro Projecto Integrado e participado 5 3 Liga o pedonal interna e aos bairros e zonas cont guas A estrutura e escala urbana de Carnide Velho e a rede vi ria associada s suas caracter sticas de cariz rural sempre foram aliadas da circula o de pe es e viv ncia no exterior conforme j mencionado anteriormente As azinhagas que permitiam o acesso n o s s quintas mas tamb m aos Bairros lim trofes mais ou menos pr ximos designadamente os localizados a Norte Bairro da Horta Nova B Padre Cruz e Telheiras eram percorridas a p e s muito esporadicamente por autom veis A partir do momento que passaram a ser utilizadas pelos automobilistas que 27 2 2 Nesta e noutras ac es de forma o sobre Cal ada Art stica a autora monitora formadora 108 encontram nelas uma alternativa as vias perif ricas s o menos se
92. m n mero de problemas ao pe o nomeadamente quedas e entorses Tamb m verdade que mesmo bem executada e mantida em bom estado a cal ada quando aplicada em reas inclinadas muito escorregadia em tempo de chuva No entanto esta quest o tanto se pode colocar para a cal ada como para com qualquer outro tipo de revestimento dos pavimentos nas zonas pedonais como as lajetas de bet o ou outro tipo de placas ou blocos de maiores ou menores dimens es Quando a execu o mal feita e a manuten o inexistente n o poss vel ter um espa o p blico de qualidade seja qual for o material Assim e porque poss vel a coexist ncia de diversos tipos de materiais o estudo e a aplica o de cal ada em simult neo com materiais mais modernos e adaptados ao espa o p blico e para responder resolu o das conting ncias apontadas deve ser cada vez mais desenvolvida de modo a manter nas zonas centrais e de liga o com as zonas perif ricas a identidade da cidade mas numa nova perspectiva e sempre que se justifique A cal ada composta por pequenas pe as de uma pedra natural e nobre e n o artificial o que logo partida uma vantagem Esteticamente e executando a cal ada art stica permite desenvolver um sem n mero de desenhos o que confere n o s diversidade aos pavimentos mas a unicidade pois cada interven o nica porque adaptada a um local espec fico tanto em passeios com larguras diferentes como em
93. menciona e contempla regulamenta o para a implementa o de uma Rede de Mobilidade Suave RMS no Cap tulo V Sistemas de acessibilidade art 71 da sec o III e no art 72 Zonas de modera o da circula o autom vel que pretendem promover a op o pelos modos suaves com especial destaque para os modos pedonal e cicl vel devendo garantir o acesso aos principais geradores de viagens tais como Interfaces de transportes equipamentos zonas de com rcio e servi os e zonas residenciais densas e a cria o de zonas 30 ou zonas mistas onde a acalmia de tr fego dever ser garantida por interven es f sicas no espa o urbano coexistindo a circula o do pe o e do autom vel As diversas interven es em curso na cidade como o Estudo de Caso apresentado neste trabalho N cleo Hist rico de Carnide s o j parte da pol tica municipal e das preocupa es de qualifica o do espa o p blico pedonal 3 Os conceitos de espa o p blico Sobre o conceito de espa o p blico e porque ele ter que ser interpretado por diversas vertentes temos que especificar a sua multi dimens o porque temos que falar de uma dimens o n o s espacial mas tamb m s cio cultural e tamb m jur dica O espa o p blico simultaneamente o espa o principal do urbanismo da cultura A poun rq rye 6 urbana e da cidadania E um espa o f sico simb lico e politico Jordi Borja Ciudad e cidadania
94. n o normalmente com origem em 1 1 vias que atravessam ou atravessavam campos Caminho que liga uma 1 1 determinada localidade a outra ADRO 4 Outros tipos MM a EE O 49 As percentagens a que correspondem os 10 principals tipos de espacos porque sao os que existem em maior numero d o nos uma imagem do tipo de espa os p blicos existentes actualmente Categorias Espacos Urbanos em Lisboa 1 1 7 E Ruas E Travessas H Largos E Becos E Avenidas H Pra as m Cal adas m Azinhagas U Estradas GRAFICO 1 Podemos apercebermo nos que a cidade assenta num tracado em que os espacos urbanos sao compostos predominantemente por ruas 60 e travessas 10 por largos 6 e onde as cal adas 5 os becos 4 e as azinhagas 2 t m ainda uma forte presen a 11 consequ ncia da manutenc o de antigas estruturas vi rias associadas a topografia e a coexist ncia e sobreposi o de estruturas urbanas de diversas pocas As pra as representam somente 3 de todas as tipologias de espa os Os outros 39 tipos de espacos que correspondem a 7 do total repartem se por diversas tipologias com a seguinte designa o e defini o 50 7 g Cais 6 Parede ou muralha sobre o qual existe uma rua ou avenida marginal 3 gt i i i Espaco com zonas arrelvadas rvores flores e bancos Paco Local de resid ncia de um monarca ou nobre 0 m q Pal cio Paradas Local onde
95. nacionais elaborada por um an nimo Nessa altura em que a cidade tinha perdido muitas das suas refer ncias urbanas tal instrumento mesmo com eventuais lacunas ajudou ao reencontro dos habitantes com a sua urbe entre designa es tradicionais e nova topon mia j com a implementa o do tra ado pombalino na baixa da cidade que por sua vez tamb m trouxe novos nomes e nomenclaturas 1 2 Os espa os p blicos nas UIT s Unidades Territorial de Interven o A reorganiza o administrativa da cidade de Lisboa em curso definiu a cria o de cinco novos departamentos territoriais Lisboa Norte Ocidental Oriental Centro e Centro Hist rico cada um com compet ncias ao n vel da gest o urban stica da gest o de equipamentos locais e manuten o do espa o p blico para uma melhor interven o de proximidade com os mun cipes que ter o um atendimento local naquelas reas espec ficas Esta nova organiza o do territ rio vai reduzir de 53 para 24 o n mero de freguesias que ficar o enquadradas em 12 UTT Micro que por sua vez ter o o enquadramento nas cinco UIT j mencionadas conforme se pode ver na planta e no quadro anexo As compet ncias que lhes est o atribu das contemplam reas de gest o urbana e de Interven o no territ rio que numa estrutura mais pequena que os servi os centrais permitir o uma maior coordena o e um maior entrosamento com os mun cipes Artigo de Jos Augusto Fran a
96. ncia de espa os p blicos que dever o n o s ser integradores das viv ncias dessas novas centralidades como tamb m o dever o ser com outras centralidades que v o surgindo noutras zonas da s cidade s atrav s e com o tecido urbano pr existente Ora essa integra o e liga o dever ser feita atrav s de EPP espa os p blicos pedonais de qualidade com percursos atractivos que os dever o ligar entre si em continuidade Essa linearidade e liga o que n o tem que ser pelo caminho ou percurso mais curto tem no entanto que ser o eixo privilegiado e principal que unir os centros dos centros ou centralidades em continuidade f sica e simb lica cerzindo partes do territ rio ainda desagregadas criando se compromissos entre o que mais antigo e o que mais recente facilitando e promovendo um mix social e funcional em todo o territ rio A constru o de edif cios isolados sem continuidade construtiva com outros edif cios e com espa os intersticiais muitas vezes indspitos criou fragmenta es no territ rio dif ceis de colmatar e de cerzir O facto dos pr prios edif cios terem no seu per metro os seus parques de estacionamento privativos conduziu a que o acesso dos residentes a esses edif cios passasse a fazer se Internamente pela garagem onde fica o autom vel subindo se directamente para casa deixando de se vivenciar diariamente o ambiente da rua onde se mora Jordi Borja Espa o P blico
97. nifesta es art sticas desenvolvidas por muitos cidad os nas pinturas murais espalhadas pela cidade no p s revoluc o de Abril 74 t m vindo a regressar h uns tempos com os graffiters ou writters cujas pinturas murais as de qualidade claro normalmente s o uma mais valia e um modo de qualificar espacos e paredes degradadas O pretexto para dizer da revolta e injusti a mant m se ao qual se junta uma inten o de chocar e chamar a atenc o das pessoas e contribuir para uma nova imagem da cidade mais alegre e mais surpreendente estando j considerada como uma Arte Urbana tamb m no espaco p blico que as pessoas colectivamente se manifestam e protestam que se sentem com for a an mica tanto para ac es pac ficas como para ac es violentas que podem chegar a um extremo de destrui o de mobili rio urbano da pavimenta o e at de viaturas e dos espa os comerciais ARA a a a Pinternacionaf A REVOLTA NAS ocn cs gt FIGURA 63 CAPA DA FIGURA 62 MANIFESTACAO PRACA MARQUES REVISTA COURRIER DE POMBAL FOTO DA AUTORA A revolta nas Pra as a que assistimos recentemente em Espanha Manifesta es dos Indignados em Madrid Fig 62 fez do espa o p blico um local de contesta o situa o pol tica e econ mica actual de tal forma que extravasou fronteiras e chegou a ser copiada por manifestantes de outras cidades europeias e americanas que tamb m nos seus e
98. nnnnnnnnnnnnannnnnnnani 49 Quadro 5 Tipologias especificas de espa os p blicos aaaiaiiaaaaaaaasssssaaaaaaisiaaaanunnnnnnnnnnnnnnnnnii 51 Quadro 6 Organiza o das Unidades de interven o Territorial aaaaaaiiiaaaaa ssssssssanansnani 54 Quadro 7 Instiumentos le SANS id A di Da 86 Quadro 8 Estacionamentos no N celo Hst rico de Carnide eee 135 INDICE DE GR FICOS TT AIC ol OPONE nO 50 CALICO asla ll e a ke 55 o ud aa laa 56 Ga a a a PE E Eca ia 56 OI Oy a eh ap dita ae ee en et sesh i i ter ee tone lc a Sosa eae cca da mka ee ado 56 O a an a r 57 OTT AAC Or cart attest A A tenets 58 CACO Oost A N 58 A ANNO ON Per a a a ka e ne ate a ltr inl ace a e l eee E Caen RO 58 A ie oo ie k p t a a a eaten 59 ratico lato 59 CE BICO l e eR oe ERC V SCR ee a eR E 59 GT AME OD area ia elas e ete ert ad E cicd 60 TACO A oia 60 o E 60 CHICO TO cat E AO 61 EE as ERE r rr a r a 61 TO r RRR R R RR R h 61 AO a 62 18 INTRODUCAO 1 mbito do estudo A partir de uma an lise conceptual do que o Espaco P blico Pedonal e das suas diversas componentes pretende se verificar de que modo que a mobilidade pedonal e a exist ncia de espacos e percursos pedonais de qualidade contribuem para a revitalizac o e qualificac o urbana da cidade neste caso de Lisboa O mbito do estudo rev se num conjunto de tr s projectos de que a autora foi projectista ou coordenadora que curiosamente se inscrevem nos t
99. ns pavimentos marca o de entradas e sa das que definir o esta zona como rea de mobilidade suave 2 Os desenhos em CAD da proposta global e das interven es parcelares em cada rua e zona apresentadas nesta disserta o foram executados pelo Arqt Manuel Sousa Guedes do Pelouro da Mobilidade da Camara Municipal de Lisboa e colaborador no presente estudo 143 144 CAPITULO V CONCLUSOES 145 146 A requalificac o urbana tem na interven ao no seu espaco p blico pedonal um aliado que pode e deve contribuir para a qualidade de vida de todos os cidadaos para o que necess rio que essas Interven es tenham em linha de conta a mem ria do local o seu uso a sua forma material e imaterial as suas viv ncias e a sua envolvente constru da assim como as suas Interliga es com os espa os cont guos necess rio que perante novas formas de habitar e novas formas de pensar a cidade os habitantes cada vez mais exigem os espa os p blicos sejam atractivos despertem novos modos de interac o e participa o colectiva e surpreendam os seus utilizadores proporcionando lhes actividades diferentes e sensa es de bem estar Esse bem estar associado no o de seguran a conforto e comodidade do mobili rio urbano ilumina o e ao tipo de pavimenta o qualidade est tica e manuten o do pr prio espa o p blico permite uma boa e cada vez maior sociabiliza o t o necess ria e importan
100. nte do modelo e aumenta se significativamente o espa o pedonal sendo de esperar uma forte qualifica o do espa o urbano estudado Trata se obviamente de meros indicadores m tricos mas que em princ pio induzem a uma solu o muito positiva sob o ponto de vista de qualifica o urbana do local Apesar de existir ainda um d ficit quanto rea de estacionamento comparando com o modelo haver que garantir a resolu o deste problema visto que um estacionamento insuficiente ainda que por pequena margem pode impedir a real qualifica o do espa o p blico Por isso as medidas para diminuir a procura na via p blica passarem pela necessidade de um silo autom vel ver 7 1 e a cria o de parques perif ricos que responder o procura suscitada principalmente pelos estabelecimentos de restaura o 9 Cargas e descargas A inexist ncia de um conjunto de regras a cumprir para as cargas e descargas como os locais espec ficos para as mesmas e o hor rio em que se podem efectuar permite que aquelas sejam efectuadas a qualquer hora do dia e onde calha pelos fornecedores Os muitos restaurantes e estabelecimentos comerciais que s o abastecidos diariamente localizam se nas vias principais Rua da Fonte Rua Neves Costa Travessa do Pregoeiro e o inicio da Rua do Norte pelo que nestas vias que os cami es e as carrinhas dos fornecedores ali estacionam O tempo de dura o do estacionamento muito vari vel podendo ser de 5
101. nual do Formando edi o da CML DMRH DFSHS Divis o de Forma o 2006 e Fotografias da cal ada tiradas em Lisboa pela Autora 166 ANEXO II QUADRO DE PAVIMENTACAO EXISTENTE E PROPOSTA PARA CARNIDE 167 168 tvie ees 871 oerz 555 ocev vav vive 1828 SWIOL SCS foe Joe oe f oguonsavu amon op em rat es seat enson ep eny seuouseg sep eny INS 01130331d Op essanesL 3110N 01190331d op essanesl e3eyuizy OJ13OBA1J Op essanesl seyulujed sixej sop eny uMOJg eel eny a1uaod ajuoy ep eny 31404 ep eny e3eld ep 08127 JBAJBIN Op BSSaABI 02358 op essaneuj ejog ep o8of op 03181 ejog ep o8of op essaneuj opeude N op essaneuj ses1alseg yee1soj sana N y ep SZT Jeidoudxe 0Uu3 113 easy zW ST Jeudoudxe 0u 119 ealy epeuip efe ease WTEZ epeulpiefe ease WOTI epeuipsele ease zW6 jo zee ua eee ET sit alia tland wos jus z Jer gt gt SERIAN Op One epewpuete coe weey oger vert tty este 90 ins 182109 op epensa PRE ce 1 E ee oven bos dde pf st a a stor eyunuog ep epens3 I y pa pa SIO VAYISIO V eS oe ee 132 m Q FTQ 5BOQ OVSVNDISIG a gt vo xo e o dD 7 xo o NO Bo g 6 mg ROS n cw Ou 3 wv cw Ou V ame 0 3 D n S 3 2 gt Q 5 3 n Q a wu n Y o a gt
102. o A perman ncia de obras durante uma d cada 1997 2007 para a execu o de um t nel para o metropolitano desabituou qualquer cidad o de frequentar o Terreiro do Pa o Muitas pessoas j nem se lembravam de que para l dos tapumes havia um rio e um Cais das Colunas que foi porta de entrada na cidade quando se chegava por barco FIGURA 68 OLHANDO O RIO PARA L DA REDE FOTO DA AUTORA 99 23 9 Em 2007 a iniciativa da autarquia Aos Domingos o Terreiro do Paco das pessoas teve como objectivo devolver a pra a aos pe es e promover um conjunto de ac es com vista a dinamizac o sociocultural e a sua futura qualificac o urbana 22 Praca do Com rcio Percepc o e representac o do espaco presente e futuro coord Filipa Ramalhete UAL Outubro 2009 23 L Esta iniciativa foi coordenada pela autora durante dois anos em 80 domingos consecutivos 91 Durante dois anos todos os domingos os pe es experimentaram a sensa o de circular livremente na pra a sem a presen a do autom vel usufruindo gratuitamente das centenas de actividades l dicas e culturais que ali decorreram com o envolvimento e participa o de muitos actores e institui es p blicas e privadas que podiam trazer livremente para a Pra a as suas Iniciativas Esta interven o atraiu e criou h bitos na popula o que passou a frequentar esta Pra a todos os domingos na expectativa de uma oferta cultural e de lazer
103. o Nele tamb m se foram desenrolando momentos que se tornaram marcos hist ricos importantes e os seus espa os p blicos s o parte da mem ria colectiva dos cidad os Essas viv ncias foram acontecendo nas pra as nas ruas Foram criando como que uma alma que ajudam a tornar aqueles espa os p blicos diferentes nicos Borja Jordi Cidade e Cidadania 2003 39 E para manter essa diferenca necess rio que tanto a manutenc o desses espacos como qualquer interven o contempor nea a fazer se tenha em linha de conta essa marca que o tempo foi deixando Se nao se tiver esse cuidado corre se o risco de se re produzirem espacos semelhantes uns com os outros em interven es semelhantes com materiais semelhantes e esquemas funcionais e de organiza o espacial semelhantes Porque os centros urbanos s o por excel ncia atractivos integradores multifuncionais e simb licos s o precisamente essas especificidades que fazem a diferen a mais relevante de cada cidade e que d o mais sentido vida urbana Excepto quando se especializam e se homogeneizam tornando se todos parecidos Ou ent o quando se degradam e se tornam zonas marginais Hoje os centros das cidades s o os diversos centros que a hist ria urbana produziu desde a antiguidade at actualidade Porque Fazer cidade hoje fazer cidade sobre a cidade E a cria o de uma nova cidade criando novas centralidades obriga exist
104. o Municipal da Urbaniza o e Edifica o de Lisboa 84 a oe FIGURA 53 AVENIDA DA FIGURA 54 AVENIDA ALEXANDRE LIBERDADE HERCULANO FOTOS DA AUTORA A interrupc o da perspectiva num arruamento como na Avenida da Liberdade Fig 53 ou na Rua Alexandre Herculano Fig 54 constante devido a colocac o de muppies nos passeios em todos os cruzamentos Tamb m a abertura de buracos para a sua fixac o degrada o pavimento em calcada e deixa soltas as pedras que desse modo tamb m s o um elemento perigoso para a circula o pedonal Esta instala o de muppies com publicidade para ser vista por automobilistas n o deixa de ser estranha para n o dizer incongruente quando se sabe que para quem conduz um ve culo motorizado a vis o perif rica aquela que permite ver os tais muppies e outros elementos publicit rios colocados na beira do passeio reduz se com o aumento da velocidade Logo o condutor em marcha n o poder ver aqueles elementos Se ent o pressupostamente os automobilistas t m limita es na visualiza o daqueles elementos publicit rios seria prefer vel e necess rio encontrar outra localiza o que n o perturbe nem os pe es nem os automobilistas 85 FIGURA 55 A VISAO PERIFERICA REDUZ SE COM O AUMENTO DE VELOCIDADE MODEL DESIGN MANUAL CREDITO MICHELE WEISBART verdade que para regulamentar a ocupa o e utiliza o do espa o p blico existe uma
105. o de levantamento topogr fico e consequentemente do seu estudo e an lise A planta mais antiga de Lisboa de que se tem conhecimento data de 1650 e foi elaborada pelo Arquitecto Jo o Nunes Tinoco mas teve como objectivo marcar o que ainda restava das antigas fortifica es Mas foi com o Atlas da Carta Topogr fica de Lisboa sob a direc o de Filipe Folque elaborado entre 1856 e 1858 que a capital ficou dotada de um instrumento important ssimo para o desenvolvimento urban stico que nessa poca se come ava a programar e a decidir Com um detalhe e rigor extremo s o tamb m elementos de uma enorme qualidade gr fica e est tica e que nos permitem verificar da evolu o da cidade e das suas diversas componentes urbanas edifica es espa os p blicos incluindo jardins e espa os privativos como os Interiores dos quarteir es e outros espa os que foram assinalados de modo exaustivo Mas um quarto de s culo mais tarde Frederico Ressano Garcia seria o verdadeiro impulsionador de uma revolu o urban stica Concebeu e planeou uma cidade que alargando se a caminho das hortas pelos percursos tradicionais respeitou crit rios de economia e efic cia que transcendem o tempo e hoje verificamos responderam aos novos crit rios de urbanismo que Atlas da Carta topogr fica de Lisboa sob a direc o de Filipe Folque 1856 1858 edi o da CML 28 procuram restituir a cidade aos cidad os e envolver estes como
106. o pr exist ncias e criando e somando novas e diferentes formas que tamb m trouxeram novas fun es e novos modos de vida e de estar HENN y N E irem ii T a ado FIGURA 14 RUA BARROS QUEIROZ PRIMEIRO ARRUAMENTO A SER PEDONALIZADO EM LISBOA 44 Assim as diversas tipologias de espacos que encontramos hoje sao no fundo o somat rio de todas as camadas de interven es no territ rio que se foram sobrepondo ou justapondo umas s outras Quando falamos de espaco p blico pedonal estamos a referir nos a todos os espacos exteriores urbanos resultado da n o ocupa o por edif cios onde o pe o pode circular e usufruir desse mesmo espa o sem restri es e em seguran a Esta categoria insere se no espa o p blico em geral e que compreende todo o tipo de espa o p blico quer seja pedonal ou n o Como tal falamos de ruas e avenidas pra as e largos jardins escadarias alamedas avenidas becos e ruelas A categoriza o ou classifica o em tipologias dos espa os p blicos tem sido efectuada por diversos autores que fazem n o s a an lise tipol gica mas tamb m a defini o de par metros de interven o nesses mesmos espa os Se analisarmos a classifica o dada aos espa os p blicos por P Brand o vimos que assenta em seis refer ncias estruturais que se subdividem em 15 tipologias designadamente 45 o E De encontro e se De transporte ESPA OS DESLOCA O De estaci
107. obres e centrais da cidade Durante muito tempo os desenhos foram elaborados por amadores mas verdadeiros artistas com per cia tendo geralmente como base motivos tradicionais e directamente associados s actividades s cio econ micas da cidade peixes frutos cereais animais ao artesanato e relacionados com o per odo dos Descobrimentos Mar timos Caravelas sereias cordas conchas ondas do Mar estrelas esferas armilares rosa dos ventos cruzes escudos bras es etc 65 FIGURA 21 A AVENIDA DA LIBERDADE EM 1888 ASRS y Sat w AN DA jo A eee E FIGURA 22 CAL ADA ART STICA FIGURA 23 COMPOSI O DE ORIGINAL PINCAS E CARACOLETAS FOTOS DA AUTORA Os anos de 1950 a 1960 foram muito importantes para a renovac o ou reinvenc o dos padroes de calcada pois a C mara Municipal de Lisboa passou a convidar artistas pl sticos como Abel Manta Clara Smith e Maria Keil para desenharem novos motivos para a mesma Desde os primeiros anos do s culo XX que muitos arquitectos produziram desenhos para pavimentos entre os quais Ventura Terra que projectou os empedrados para o Saldanha e Avenida da Republica o arquitecto Cassiano Branco que projectou o passeio da Avenida da Liberdade junto ao Vit ria Hotel ou o arquitecto Pardal Monteiro que projectou os acessos ao IST Instituto Superior T cnico A beleza dos motivos padr es e diferentes t cnicas de assentamento da cal ada transcenderam a sua p
108. onamento ESPA OS MEM RIA Arqueologia Semi interiores ESPACOS COMERCIAIS Semi exteriores Es Por edif cios ESPA OS GERADOS repens kan Mobili rio Por sistemas Comunicag o Arte QUADRO 2 46 X 10 A E J Brand o Alves faz uma selecc o dos espacos urbanos contempor neos com maior express o apresentando uma grelha onde incorpora especificidades de cidades europeias e de cidades americanas que desdobra da seguinte forma Ruas exclusivamente pedonais Percursos eixos Pereursosteixospedonais Ruas a re A motorizadas Ruas de restrito Town e e n Towntrails BUA MERCADOS E FEIRAS Atria Mercados cobertos ESPACOS COMERCIAIS Parque residencial QUADRO 3 No quadro 2 o autor define categorias de espacos que subdivide em func o do uso ou de uma certa apropriac o imaterial contemplac o p e para chegar a tipologia do espaco j formal rua adro miradouro n o sem que inclua aqueles espacos que n o se encaixando numa definic o concreta espacos gerados por equipamentos p e s o parte da estrutura urbana O quadro 3 a categoriza o mais pragm tica e sem especificar fun es de uso e ou apropria o e mais anal tica de estruturas urbanas menos complexas como a de Lisboa onde o espa o p blico muito diversificado 10 Brand o Alves Fernando M Avalia o da qualidade do espa o p blico urbano Proposta Metodol gica 2003 47 1 1 Tipolog
109. os 137 8 2 M trica da pavimentac o Modelo Tendo com base o levantamento dos tipos e quantidades de pavimentos existentes no N cleo Hist rico de Carnide Quadro Anexo II verificou se que as percentagens correspondem a Cubo granito Basalto irregular Betuminoso 1 281 2 474 4 920 16 646 A partir da an lise m trica dos diferentes pavimentos podemos criar um modelo para uma via com 2m de passeio 5m para estacionamento e 3m para a faixa de rodagem e que permite uma comparac o com a situac o existente e com a proposta considerando que o betuminoso seria aplicado nas faixas de rodagem o vidra o nos espa os pedonais e os cubos e calcada irregular nos estacionamentos 10m 2m 5m 3m 20 50 30 FIGURA 150 PERFIL TIPO DE ARRUAMENTO Teriamos entao see e Faixa rodagem 62 5 Na situa o existente h a notar uma clara insufici ncia de espa o de estacionamento ou o uso do pavimento em betuminoso para esse efeito Esta confronta o pressup e que o n mero de pisos do edificado n o ultrapassa os 3 ou 4 pisos e que os passeios existam ao longo das vias n o se prevendo amplos espa os pedonais Vejamos agora a proposta Zonas pedonais Estacionamento Faixa rodagem 138 Comparando a soluc o e o existente com o modelo verifica se que a soluc o prev uma franca redu o de ocupa o pelas zonas de circula o autom vel faixa de rodagem o estacionamento aproxima se basta
110. os e que se mant m em muito bom estado apesar de j existirem alguns remendos mal executados 3 2 Ilumina o p blica inquestion vel que uma boa ilumina o p blica primordial para a qualifica o do Espa o P blico Pedonal n o s porque imprescind vel para a seguran a nocturna como sob o ponto de vista est tico valoriza a envolvente constru da e cria ambientes agrad veis e de continuidade no espa o p blico A percep o n tida do espa o onde circulamos a p importante e promove uma maior mobiliza o pedonal das pessoas que logicamente se sentem constrangidas em circular e atravessar zonas escuras ou onde a ilumina o seja muito fraca Na quest o da seguran a no espa o pedonal e porque este cruza o espa o rodovi rio onde circula o autom vel a coloca o de ilumina o adequada nas passadeiras de pe es um 70 ponto chave especialmente em vias de maior largura onde o pe o muitas vezes pode passar despercebido ao automobilista caso aquela nao seja suficiente FIGURA 34 CANDEEIRO TRADICIONAL NO CHIADO FOTO DA AUTORA Por outro lado a exist ncia de in meros tipos de lumin rias que o mercado oferece pode baralhar o decisor e o t cnico se n o tiver em linha de conta a coer ncia das pr existentes e a adequac o ao local onde ser o colocadas Nas zonas hist ricas esta quest o importante para salvaguarda dos candeeiros antigos e do ambiente que proporcionam no
111. os londrinos ou os parisienses ou quaisquer outros habitantes de outras quaisquer cidades mesmo dentro do pr prio pa s Todos e cada um transportam consigo tradi es h bitos e usos mais ou menos consolidados que se repercutem no modo como circulam ou ocupam o espa o p blico que por sua vez tamb m n o utilizado de igual modo nos diversos bairros que comp em a estrutura urbana da cidade Em Lisboa as ruas de Alfama n o s o utilizadas ou vividas pelos seus moradores da mesma forma que as Avenidas Novas ou os Olivais e dependendo da poca do ano tamb m as fun es que nelas se desenvolvem s o diferentes H espa os p blicos que s o procurados para desenvolver uma actividade espec fica Fazer acrobacias com os skaters seus amigos jogar s cartas com os amigos ler um livro ou um jornal num determinado banco de jardim ou passear o c o podem ser actividades di rias H ruas comerciais ruas habitacionais e ruas de servi os ruas de intenso tr fego e ruas calmas ruas com e sem transportes p blicos ruas com bicicletas e ruas s pedonais Em todos os locais h um sentido de vida diferente e nico Mas h espa os amb guos com usos at certo ponto incompat veis pois a apropria o foi feita por adapta o ao existente e n o o contr rio n o se criaram condi es para os usos o que podemos chamar a apropria o p blica do espa o 1 Apropria o p blica e flexibiliza o de usos O uso do espa o p
112. os eventos e ac es n o contribui em nada na qualifica o do local onde s o instalados Antes pelo contr rio S o elementos feios forrados com cartazes de papel mal colado que se v o desfazendo sem que sejam substitu dos em tempo permanecendo no espa o p blico demasiado tempo para al m FIGURA 58 CAMPO do necess rio GRANDE FIGURA 60 ROSSIO PLACARDS DE PUBLICIDADE ENCOSTADA A POSTOS DE ILUMINACAO FIGURA 59 TERREIRO DO PACO FOTOS DA AUTORA 1 2 Manifesta es art sticas c vicas e culturais O espa o p blico sempre foi local de manifesta es e actividades c vicas culturais pol ticas e religiosas Ao longo dos tempos o uso do espa o p blico foi tendo altera es quanto aos diversos tipos de manifesta es dependendo n o s do regime sobre o qual se era governado mas dos h bitos e tradi es da popula o Se as manifesta es c vicas e pol ticas n o eram praticadas no tempo da ditadura j as manifesta es culturais e religiosas eram permitidas e foram se mantendo at actualidade A realidade que assistimos a constantes manifesta es e actividades no espa o p blico sinal de uma intensa consciencializa o de que o local privilegiado para ver e ser visto ou dar a conhecer os produtos ou actividades sejam elas comerciais ou culturais FIGURA 61 PINTURA MURAL TRAVESSA DE SANTO ANT O RESTAURADORES FOTO DA AUTORA 88 Curiosamente as ma
113. pa o p blico atrav s da cria o de uma rede cont nua de ruas travessas largos azinhagas e espa os intersticiais de modo a que seja poss vel uma boa e f cil mobilidade pedonal Da que tanto o projecto para o espa o p blico em geral como o projecto vi rio e de circula o autom vel preconize uma melhor acessibilidade pedonal local interna com redu o do tr fego de atravessamento e o impedimento de estacionamento em perman ncia de viaturas estranhas ao bairro N o se trata somente de reduzir a velocidade de quem circula mas sim de evitar tanto quanto poss vel que os autom veis circulem nesta zona Neste n cleo antigo muitas das constru es t m um ou dois pisos a rela o com a rua directa entre o exterior e o Interior da casa e grande a perturba o que os estacionamentos introduzem na vida dos moradores pois chega se a n o permitir que eles saiam ou entrem na sua pr pria casa porque os carros os impedem de o fazer Por outro lado o ainda existente h bito de alguns moradores se sentarem porta das suas casas em particular as pessoas mais idosas fazendo uma curiosa apropria o do espa o 102 refor ando uma rela o de vizinhan a muito estreita e uma sociabilizac o intensa e saud vel posta em causa pela invas o que os ve culos fazem das ruas Sob o ponto de vista sociol gico e de bem estar da populac o este factor extremamente relevante e a ter em linha de conta na
114. pa o p blico um cheiro inconfund vel e inigual vel A R Barata Salgueiro 76 um desses locais m gicos que se transforma quando o ch o fica atapetado por uma camada de flores de cor lil s e no ar perdura uma fragr ncia inconfundivel FIGURA 45 JARDIM DO TOREL FIGURA 46 RUA BARATA SALGUEIRO FOTOS DA AUTORA Ora se as sensa es que cada um e a todos transmitem esses espa os s o subjectivas haver que ter uma aten o especial na sua manuten o e em qualquer eventual interven o de modo a n o causar demasiados transtornos nesse senso sistema e no equil brio paisag stico de cada local 77 78 CAPITULO III O USO EMANUTENCAO DO ESPACO PUBLICO 79 80 para a qualifica o espacial importante a utiliza o de uma estrat gia planificada aberta e din mica que possibilite a inclus o de novas dimens es e implique a interven o respons vel e consciente de todos os intervenientes A qualifica o do espa o deve ser analisada num processo de qualifica o cont nua e progressiva e directamente proporcional capacidade de adequa o a diferentes e m ltiplos usos As caracter sticas f sicas paisagisticas sociais e econ micas de uma cidade conferem uma identidade pr pria e nica e essa unicidade tamb m percept vel nos seus habitantes e no modo como vivem e usam o espa o p blico Os Lisboetas n o vivem o espa o p blico do mesmo modo que os madrilenos
115. pois isso o produto da conjuga o de uma estrutura espacial urbana com uma determinada configura o e a atrac o exercida pelas actividades que se exercem nos edif cios confinantes que podem ser comerciais industriais ou outras Dai que os espa os comerciais para terem sucesso devam ser localizados onde exista ja um movimento natural de pessoas que atrair o mais pessoas a esses novos equipamentos O mesmo se passar para outras actividades j que tudo depende ent o da boa conjuga o entre os tr s elementos adequada configura o do espa o p blico boa circula o de pessoas variedade de actividades 3 Elementos de constru o do espa o p blico pedonal A constru o do espa o p blico como j se mencionou necessita para al m de um bom planeamento e enquadramento de boas infra estruturas de subsolo condi o imprescind vel para o bom estado de conserva o desse espa o pois sabemos que as interven es decorrentes de uma deficiente constru o ou por falta de uma correcta manuten o do espa o p blico seja uma rua um jardim uma pra a ou um simples passeio tornam esses espa os em locais intransitaveis e inadequados para a utiliza o dos cidad os O tipo de pavimenta o e a ilumina o do espa o p blico pedonal s o dois dos elementos chave para uma interven o bem sucedida 64 3 1 Pavimentacao A pavimentac o de um espaco pedonal um dos pontos chave para que ele se
116. pra as pracetas ou largos ou em qualquer espa o pedonal Tem uma vertente cultural muito importante pois faz parte da tradi o da cidade e do pa s mas tamb m da hist ria mais recente onde a cal ada foi reinventada por diversos artistas pl sticos Fernando Conduto Pedro Calapez Rigo Pedro Proen a nas interven es no espa o p blico pedonal no Parque das Na es 69 F PAGAR a D aa Sheil i f a ELIT LOL mma A xt kl 4 i _ FIGURA 32 O MAR LARGO NO FIGURA 33 O MAR LARGO PARQUE DAS NACOES ROSSIO FOTO DA AUTORA REINVENTADO POR FERNANDO CONDUTO A cal ada perme vel pois permite que as guas da chuva se infiltrem no solo e impe am as inunda es por excesso de impermeabiliza o do solo que outros materiais n o permitem E o lado utilit rio da cal ada se assim podemos dizer relaciona se com o facto de n o ser necess rio proceder a grandes Interven es no terreno quando preciso efectuar repara es pois basta retirar as pedras e coloc las novamente devidamente assentes numa camada de are o sem cimento e bem compactada A cal ada quando bem executada e com pedra de qualidade confort vel pois n o devem existir juntas para al m da espessura de uma mortalha como diziam e faziam os antigos mestres e as pe as devem ser bem encaixadas umas nas outras A Avenida da Liberdade um ptimo exemplo de cal ada bem executada e que existe h perto de 120 an
117. primento da legisla o espec fica DL 163 06 ser tido em linha de conta nos projectos de execu o sem no entanto esquecer as caracter sticas hist ricas e patrimoniais deste N cleo de interesse hist rico 12 Participa o da popula o O processo de participa o da popula o dinamizado pela Junta de Freguesia de Carnide tem permitido discuss es alargadas com os residentes e comerciantes do N cleo Hist rico de Carnide quanto s interven es necess rias para resolver os problemas do tr nsito e da ocupa o do espa o p blico A mobiliza o para a vota o dos residentes nos projectos inclu dos no or amento participativo anual que a C mara Municipal de Lisboa promove levou a que alguns deles tenham sido aprovados e a verba cabimentada nomeadamente para a Requalifica o do Largo do Coreto referida anteriormente e para outros projectos de requalifica o de espa os p blicos entre os quais o Largo da Luz Tanto um como outro ver o as obras serem iniciadas em breve o que poder ajudar continuidade das interven es no restante n cleo hist rico Tanto as reuni es do executivo da Junta de Freguesia como as do Grupo Comunit rio de Carnide e outras tantas reuni es que se efectuaram para apresentar e debater o estudo aqui proposto tiveram a participa o dos representantes dos comerciantes e dos moradores assim como a presen a da Policia de Seguran a P blica a Policia Municipal representantes d
118. proposta de interven o ser menos revers vel caso se pretenda fazer altera es futuras e mais dispendiosa mas para esta fun o a mais adequada Independentemente do projecto que se venha a fazer e a implementar dever ter se em linha de conta uma interven o necess ria e urgente nos silos medievais aqui existentes FIGURA 95 SILOS MEDIEVAIS b Proposta de interven o II A transforma o de um espa o p blico como o Largo do Jogo da Bola em parque de estacionamento pode justificar se tendo em linha de conta a escassez de estacionamentos a superf cie situa o que n o melhorar com a extin o a curto prazo dos lugares no Largo do Coreto 119 Tendo em considerac o que a reversibilidade do uso deste espaco poder vir a acontecer num futuro pr ximo prop e se uma alternativa que contemplar um uso de lazer e de cio tanto para os moradores como para qualquer cidadao transeunte que aqui podera encontrar um espaco p blico arborizado proporcionando uma boa estadia Nesta interven o prop e se o nivelamento parcial do Largo criando se uma plataforma em dois n veis acompanhando a topografia do terreno e a coloca o de um gradeamento a sul protegendo os utilizadores e o seu Interior das viaturas que circulam na Rua do Jogo da Bola Para tornar a zona mais atractiva e mais frequentada poder vir a instalar se um quiosque ou outro equipamento comercial que com uma esplanada far deste largo um
119. que complexidade das interven es de maior dimens o que se prolongam no tempo e que dependem de decis es pol ticas e de or amentos com custos mais ou menos elevados podem e devem ser desenvolvidas pequenas interven es nos espa os p blicos independentemente da sua dimens o mas sempre que poss vel interligados e que permitem aos utentes uma apropria o e uma viv ncia que contribui para a global Qualifica o do Espa o Pedonal da cidade Palavras chave acessibilidade seguran a apropria o viv ncia qualidade cal ada Agradecimentos Ao Prof Costa Lobo pelos ensinamentos pela persist ncia e entusiasmo Ao Prof Nunes da Silva pelo saber e partilha A Arat Silvia Paula Pelham pela amizade e caminho partilhado A minha m e e familiares pelo apoio est mulo e compreens o A todos os que nao me deixaram desistir INDICE 12 Ablodostidanaam il adas 19 23 Metodolo CNA cas 19 De DDJOCUOVOS1sssssniuasina nsksnana ada ana aasaan na dana nana kan aaa caveasssestoosdeuivevsasansenatecasoasssoatecsdesivovassessensss 20 CAPITULO I EVOLUCAO HIST RICA E FUNCIONAL DO ESPACO P BLICO 21 1 Momentos essenciais na evolu o do conceito de Espa o P blico ccc000000 0000 23 2 0 Espa o P blico nos instrumentos de Planeamento Urban stico em Lisboa 28 3 Os conceitos de espa o p blico sssseeccccccsosooecececcssoooccccccessoooccccccsssoocceceecssosoececcccsssoeceececsss
120. r s tipos de espa os p blicos mais dominantes em Lisboa O Terreiro Pra a o Largo e a Rua neste caso em zona Hist rica respectivamente o Largo de S Domingos o Terreiro do Pa o e o n cleo Hist rico de Carnide Destas tr s interven es a do Terreiro do Pa o n o compreende uma interven o f sica mas antes um programa de dinamiza o s cio cultural uma componente de extrema import ncia no potenciar da qualifica o do espa o p blico pedonal O caso de estudo desenvolvido tamb m no mbito da actividade profissional na CML refere se a um projecto em desenvolvimento no terreno o N cleo Hist rico de Carnide 2 Metodologia O conceito de espa o p blico tem vindo a sofrer uma evolu o no sentido de lhe conferir uma maior abrang ncia ao mesmo tempo que se foi consolidando o poder do Estado e a clarifica o do que era perten a dos particulares e do que relevava da iniciativa colectiva fosse esta assumida directamente pelos interessados fosse pelos seus representantes a administra o p blica ver cap tulo 1 Com o alargamento f sico e social pol tico do que se passou a designar e a assumir como espa o p blico as suas fun es na cidade foram tamb m incorporando novos usos e actividades Esta evolu o hist rica em particular desde o s c XIX conduziu a uma maior apropria o deste espa o pela popula o deixando apenas de ser um elemento de enquadramento urban stico e de refor o dos
121. ra e Charneca a maior percentagem de espa os p blicos a de Largos 29 que com as Azinhagas 16 e com as Avenidas 16 representam os espa os p blicos com maior percentagem A ruralidade das Freguesias de Benfica Carnide Charneca e Lumiar est bem patente na quantidade de Azinhagas 22 e de Estradas 13 e da uma variedade de outros tipos de espa os p blicos que na UIT apresenta o valor de 17 59 UNIDADE DE INTERVENCAO TERRITORIAL NORTE 17 E Largos H Becos mw Avenidas H Pra as m Cal adas m Azinhagas E Estradas E Outros tipos GR FICO 13 UIT MICRO BENFICA CARNIDE E Largos E Becos H Avenidas E Pra as m Cal adas E Azinhagas E Estradas E Outros tipos GR FICO 14 UIT MICRO LUMIAR CHARNECA E Largos E Becos E Avenidas E Pra as E Cal adas E Azinhagas E Estradas E Outros tipos GR FICO 15 60 1 2 5 Na Unidade Interven o Territorial Centro que compreende as UIT s Micro de Campolide S Jos e Campo Grande Anjos claramente que as Avenidas 32 representam a maioria dos Espa os P blicos na UIT que se mant m tamb m com a maior percentagem nas duas Unidades Micro 34 e 31 UNIDADE TERRITORIALCENTRO 17 E Largos MBecos E Avenidas E Pra as H Cal adas E Azinhagas m Estradas m Escadinhas Outros tipos GR FICO 16 UIT MICRO CAMPOLIDE S JOSE Hlargos 21 HBecos E Avenidas E Pra as E Cal adas E Estradas E Escadinhas m Ou
122. rada quer popula o quer aos produtos que vinham do campo mais pr ximo ou de locais mais long nquos O Rossio Terreiro ou Largo da Feira designa es mais comuns para este tipo de espa o era frequentemente arborizado e rapidamente passou a estar envolvido por constru es onde alguns dos sectores comerciais das feiras se instalavam de forma mais permanente Quase sempre dali sa a uma rua comercial que o ligava aos elementos urbanos mais importantes da cidade a matriz o pa o ou castelo terminando tamb m num terreiro ou ligando a outra porta da muralha Este eixo vi rio que se designou e ainda designa a Rua Direita foi o primeiro eixo estruturante e agregador de fun es comerciais das nossas cidades e vilas Muitas vezes tortuosa e estreita mas sempre muito movimentada era partilhada por pe es e ve culos carro as e outros tipos de transporte e segundo aquele autor corresponde ao arqu tipo original do urbanismo portugu s A import ncia desta Rua e a din mica que criava na urbe conduziu a um desenvolvimento urban stico crescente permitindo o alastramento de outro tipo de actividades Walter Rosa A Urbe e o Tra o 2002 23 comerciais e terci rias a todo o n cleo urbano A especializac o do tipo de com rcio passou a dar o proprio nome as ruas Dando o exemplo em Lisboa existiam e ainda existem a Rua dos Correeiros a Rua dos Bacalhoeiros a Rua dos Fanqueiros ou ainda a Rua dos Sapa
123. rais O estacionamento ser feito em ambos os lados da via sempre que a largura o permita Quando a via estrangula na parte descendente da Rua do Machado e deixa de haver estacionamento o pavimento passa a ser nico para pe es e autom veis em cubo de calc rio 10x10 PERFIL TRANSVERSAL TIPO esc 1 200 Rua do Machado FIGURA 89 BUNGAVILIA RUA DO MACHADO A Travessa do Machado que deixa de ter tr nsito autom vel e passa a ser de uso exclusivo de pe es ser pavimentada em cubo de calc rio branco ou em alternativa pelo pavimento recuperado do passeio Norte da Rua do Machado entre os n s 4 o n 12 pois a pedra 115 rosa e cinza ali existente rara e dever ser valorizada e colocada numa zona mais aberta sua visualiza o Caso n o seja poss vel e em alternativa o pavimento desta nova rua pedonal dever ser feito em cal ada pedra mi da 5x5 podendo at ser elaborado um desenho art stico de enquadramento necess rio proceder coloca o de grandes floreiras nos topos desta rua para n o s demarcar o espa o mas porque confere uma imagem mais natural e humanizada FIGURA 91 TRAVESSA DO MACHADO PROPOSTA DE PEDONALIZA O FOTOS E DESENHOS DA AUTORA 116 6 4 Largo do Jogo da Bola Travessa do Casc o e Travessa do Malvar A exist ncia de um interessante conjunto de silos medievais cobertos por uma estrutura em bet o e perfis met licos sobre a qual se abriram culos para visualiza
124. rbano nos bairros reduzindo o tr fego de atravessamento e as velocidades de circula o diminuindo a polui o sonora e atmosf rica e Promover a seguran a rodovi ria e a partilha do espa o p blico entre pe es ciclistas e tr fego autom vel Para a implementa o destas zonas necess rio assinalar as entradas e sa das com meios f sicos de abrandamento da velocidade autom vel atrav s de sinaliza o vertical e obst culos horizontais enquanto que no interior a sinaliza o vertical deve ser reduzida ao m nimo A acalmia de tr fego deve ser garantida atrav s de altera es no espa o urbano tais como a redu o da largura da via de circula o e aumento do espa o pedonal a introdu o de elementos arbustos rvores ou mobili rio urbano que induzam percep o da redu o da largura da via aos automobilistas assim como a sobre eleva o da via e respectivo nivelamento dos atravessamentos pedonais ou at mesmo criar descontinuidades no alinhamento do eixo rodovi rio para evitar maiores velocidades Este tipo de interven es obrigam no entanto a n veis de investimento p blico significativos pelo que necess rio proceder ao faseamento das adapta es no terreno que podem inicialmente demarcar as entradas e sa das nas zona 30 com a introdu o de lombas redutoras de velocidade e somente mais tarde desenvolver o projecto global de requalifica o urbana mais profunda A implementa o d
125. rentes dos que existem pela cidade pilaretes lancis demasiado altos sem rebaixamento nas passadeiras quando existem pavimentos desnivelados e esburacados estacionamento an rquico e em cima dos passeios etc No entanto aqui est o agravados pela coexist ncia no mesmo local de muitos deles e por se tratar de uma zona com uma elevada popula o idosa que utiliza muito o espa o p blico Ao retomarmos a op o preconizada no Plano de Urbaniza o de Carnide Luz ja anteriormente mencionada quanto pedonaliza o total ou parcial do n cleo hist rico central estamos tamb m a dar continuidade a uma solu o que ser a ideal apesar de nesta fase ser de muito dificil concretiza o e que retirar totalmente o tr nsito de atravessamento e estranho a esta zona Gradualmente esse objectivo n o dever ser perdido de vista pois tal ir conferir uma maior qualidade de vida a todos os moradores e frequentadores deste n cleo de interesse hist rico No futuro a op o de restri o da circula o autom vel semelhan a do que ja acontece noutros locais da cidade ajudar ao desenvolvimento de outras vertentes de ocupa o e usufruto do espa o p blico que s trar mais valias a esta zona Esta condi o de cariz cultural aliada a uma explora o do espa o pedonal poder criar condi es para a cria o de circuitos Interessantes e atractivos relevando as ptimas condi es naturais do n cleo centra
126. rimeira fun o utilit ria e passou a ter uma fant stica componente decorativa chegando ao ponto em que se pode considerar cada vez mais uma Arte nica e diferente 66 Testemunho desta verdade sao nao s os trabalhos de encaixe das pedras com diversas t cnicas de execucao 1 ao quadrado 2 a portuguesa 3 sextavado e 4 malhete mas tamb m a coloca o da assinatura do calceteiro que consiste no assentamento de uma pedra ou FIGURA 24 T CNICA DE FIGURA 25 T CNICA DE EXECU O EXECU O AO QUADRADO PORTUGUESA FIGURA 26 T CNICA DE FIGURA 27 T CNICA DE EXECU O EXECU OA A MALHETE SEXTAVADA FOTOS DA AUTORA conjunto de pequenas pedras de cor ou forma diferenciada para deixar a seu cunho pessoal sempre igual em todos os seus trabalhos e que poder consistir numa flor numa estrela ou num qualquer pormenor que com um pouco de aten o e paci ncia poderemos descobrir quantas vezes impercept vel nalguns pavimentos no espa o p blico 67 FIGURA 28 FIGURA 29 FIGURA 30 EXEMPLOS DE ALGUMAS DAS ASSINATURAS NOS PASSEIOS DA AV DA LIBERDADE FOTOS DA AUTORA Sao cerca de 153 os diversos motivos existentes nos pavimentos da cidade e que permitem montar as diversas composi es que vemos nos nossos passeios No Anexo I o quadro Taxonomia dos motivos decorativos de cal ada apresenta alguns desses motivos 76 que representam cerca de metade do total a sua designa o e o respec
127. ruindo o em cubos de granito ou basalto comecar pela propria passadeira que dever ser constru da tamb m com cubos do mesmo material e calc rio branco 132 FIGURA 138 SITUACAO ACTUAL FIGURA 139 PROPOSTA DE PASSADEIRA AZINHAGA CARMELITAS DAS SOBRE ELEVADA FIGURA 140 SITUACAO ACTUAL FIGURA 141 PROPOSTA DE AZINHAGA DAS CARMELITAS INTERVENCAO E gt D vs c Pr g G e e Restruturac o Viaria no N cleo Antigo de Camide 7 Azinhaga das Carmelitas Azinhaga do Serrado Azinhaga da Luz EQUFA PROJECTISTA Erence Gemeiro Neves erquiecte M muel Souse Guedes erquitectoj PROPOSTA DE INTERVENCAO 133 FIGURA 142 SITUACAOACTUAL FIGURA 143 EXEMPLO A APLICAR Com a coloca o de pilaretes de borracha dever o ser retirados os pilaretes met licos que foram colocados no passeio e que o reduziram impedindo a fluida circula o de pe es 7 Estacionamentos existentes e previstos Carnide apresenta um valor de 1 08 estacionamento fogo dados do PML TIS o que significa que para os residentes n o h propriamente car ncia de estacionamentos A quest o s se agrava devido utiliza o do espa o p blico para estacionamento de utentes de equipamentos e de servi os que v m procurar parqueamento n o tarifado mesmo que fique longe dos locais a utilizar j mencionados O verdadeiro agravamento na ocupa o do espa o p blico estacionamento e n o s em Carnide d se por ocasi o dos
128. s mbolos do poder quer o eclesi stico primeiro quer o civil e burgu s depois A chegada do autom vel cidade e a r pida apropria o que este enceta no espa o p blico ap s a Segunda Guerra Mundial associada s novas formas de pensar construir a cidade consubstanciadas no Movimento Moderno conduziram a uma progressiva transforma o ou pelo menos domin ncia do espa o p blico em espa o vi rio por vezes tamb m designado por 19 espaco canal de modo a acentuar mais a func o acessibilidade que lhe era ent o atribu da O que de certo modo conduziu a uma certa degradac o social do mesmo A situa o acabou por se tornar insustent vel medida que a taxa de motoriza o da populac o foi crescendo ao ponto de desde meados dos anos 80 do s culo passado se ter come ado a sentir a necessidade de potenciar a reapropriac o do espa o p blico pelas pessoas enquanto peoes e cidadaos A presente dissertac o assenta por 1sso numa an lise do espaco p blico em geral e do espaco pedonal em particular a partir da sua evoluc o e da sua import ncia nos instrumentos de planeamento urban stico no sentido de identificar e analisar em que medida a sua devoluc o s pessoas pe es pode contribuir para a sua qualifica o segundo os objectivos enunciados Tendo em linha de conta tr s projectos desenvolvidos um dos quais o caso de estudo procura se demonstrar como este processo de devoluc o do e
129. s Munic pios do Barreiro Loures e Moita e a empresa Transitec Portugal V rios autores Lisboa Conhecer Pensar Fazer CIUL Edi o da CML 2001 Webgrafia diversa WOOD Phil e LANDRY Charles Intercultural City Planning for diversity advantage Earth scan London Sterling VA 2008 152 ANEXO I TAXONOMIA DOS MOTIVOS DECORATIVOS DA CALCADA ARTISTICA EM LISBOA 153 154 Taxonomia Estrela de quatro pontas Estrela Filipina Estrela de cinco pontas inteira Estrela de cinco pontas sem bot o Estrela de seis pontas inteira Estrela de seis pontas sem botao Estrela de seis pontas com botao Estrela de seis pontas com botao de fantasia Estrela de oito pontas inteira Estrela de oito pontas sem botao 155 Exemplo Motivo Taxonomia Exemplo Estrela de oito pontas com bot o Quadrados ensarilhados Bandeira de Cidade Cruz de Cristo e Cruz Latina Cruz Agucada Losangos inteiros META k LA X r k W 3 y 156 Motivo Taxonomia Losangos avulsos vazados Losangos furados Quadrados inteiros Quadrado vazado Quadrados em linha Quadrados brancos e pretos em superficie Hexagono estreito vazado 157 Exemplo Motivo Taxonomia Grelha Grade Quina de quadrados Troco de faixa Circulo Bola P rola Tri ngulos inteiros 158 Exemplo Motivo Taxonomia Exemplo Tranqueta Tranquilhas Ouros inteiros Ouros vazados
130. s de Interven o no terreno Paralelamente ensaia se uma reflex o critica sobre as diferentes formas de apropria o do espa o p blico 20 CAPITULO I EVOLUCAO HISTORICA E FUNCIONAL DO ESPACO PUBLICO 21 22 1 Momentos essenciais na evoluc o do conceito de Espaco P blico Se uma das necessidades primeiras do homem foi a de encontrar lugar para se abrigar quer das intemp ries quer dos animais e de outro perigos a preocupa o de construir uma casa surgiu sempre antes da constru o ou cria o do espa o envolvente que come ou por ser privado para se tornar gradualmente em espa o p blico ou semi p blico As cidades ou antes os centros populacionais foram crescendo somando constru es encostadas umas s outras sem crit rios de maior ou menor relev ncia para a qualidade de vida das pessoas que a viviam Excep o feita para os Pal cios e constru es religiosas que se rodeavam de generosas reas fronteiri as e circundantes ora criando pra as ora grandes espa os que as separavam do resto da urbe e da plebe Em Portugal e por for a do crescimento urbano dentro das muralhas das cidades limitado pelas inerentes condicionantes f sicas houve necessidade de criar um novo tipo de espa o p blico de maior dimens o que os existentes intramuros Assim e para uma fun o especifica as trocas comerciais surgiram OS rossios localizados em locais acess veis normalmente junto porta principal de ent
131. santo A import ncia da rede vi ria em especial constru o de auto estradas manteve se Porque a cidade estava a sofrer grandes altera es sob o ponto de vista urban stico tais como o In cio do processo de terciariza o do centro que a constru o da linha do metropolitano 30 velo incrementar o crescimento dos arredores da cidade e um significativo aumento de tr fego autom vel consequ ncia da maior facilidade de acesso a Lisboa devido tamb m constru o da Ponte sobre o Tejo foi necess rio criar novos instrumentos urban sticos que o Plano Geral de Urbaniza o de Lisboa PGUCL tamb m conhecido pelo Plano de Meyer Heine 1963 1967 veio estabelecer nomeadamente e Cria o de um eixo distribuidor apoiado a norte e a sul na auto estrada do Norte e na Ponte passando pelo Aeroporto atual eixo Norte Sul e Prolongamento da Av da Liberdade como grande eixo monumental mas com fun es de auto estrada como no PDUL anterior com o objectivo de descongestionar a Baixa e criar um novo p lo que atra a o tr fego para fora do centro o Alto do Parque e Divis o da Cidade em unidades base de planeamento designadas por Unidades de Ordenamento do Territ rio UNOR s Mas devido s grandes transforma es n o s urbanas mas sociais que a d cada de 90 trouxe foi necess rio criar um novo mecanismo que ajudasse elabora o de um estrat gia mais abrangente e que preparasse a cidade para novos
132. ser elementos de transforma o pessoal proporcionando mudan as do estado de esp rito e de humor ao transeunte E nessa transforma o podem concorrer todo o tipo de acontecimentos imprevistos desde o encontro com os amigos uma manifesta o cultural como um teatro de rua ou um musical por um cantor a solo ou em grupo um a vendedor a ambulante ou um homem est tua 75 R EX ki a a uit LEA W MARON kawo OS eS FIGURA 42 HOMEM ESTATUA R AUGUSTA FOTO DA AUTORA Por outro lado Lisboa com a sua topografia e as perspectivas panor micas para o rio Tejo e para as colinas do lado oposto surpreende nos e comove nos e h locais onde nos deslocamos somente para apreciar a vista para o rio a partir de um qualquer jardim suspenso ou de um dos muitos miradouros da cidade privil gios que uma cidade de colinas confere FIGURA 43 VISTA DO CASTELO DE FIGURA 44 JARDIM DO TOREL E S JORGE VISTA PARA O RIO TEJO FOTOS DA AUTORA Tamb m os cheiros de rvores e plantas e os diversos odores que se espalham pela cidade como parte imaterial do espa o p blico pedonal s o importantissimos pela diferencia o que permitem e a identifica o dos locais onde se encontram diferentes esp cies arb reas Para al m da qualidade e enquadramento est tico que oferecem Os jacarand s rvores que na altura da floresc ncia rebentam numa fant stica cor roxa deixam no es
133. sessecssusssusessscssecssusesasesusessecsnecsraesusessecenecenesenane 128 FIGURA 127 ESTACIONAMEN TO ci aerea caos canes 129 FIGURA 128 LIGA O AO LARGO DO CORETO cccsssssssesssssssesssesssusssuccssecssvessucssussssecssecesecssneesuseuseessesseseseee 129 FIGURA 129 TRAVESSA DO PREGOEIRO FIGURA 130 ESTRANGULAMENTO VI RIO 130 FIGURA 131 VIATURAS ESTACIONADAS ALEAT RIAMENTE ccccsessssssssesssessseesssecssecssecssucssseessvessecesneesees 130 FIGURA 132 DEGARADA O DO PAVIMENTO sccssssssessssssssesssvessusssuecsssessvcssucssuecsuessecssucssucssuseuseesseesueesees 130 FIGURA 133 DIFICIL CIRCULA O VIARIA E DE PE ES sccsscsssescssscssesssesssecssecsssecssecesecssucssseesseessucesueesees 130 FIGURA 134 GRADEAMENTO A RETIRAR cccssessssssscsssesssvecssesssecssvessuccsuccssecssecssucesusessecssecesecssucssisesseesseeesecesees 131 FIGURA 135 INEXISTENCIA DE MOBILI RIO URBANO cccsessssesssessssecssesssesssecssucsssecssecssecssucssusesseessveeseeesees 131 FIGURA 136 ZONA A PEDONALIZAR cescsscsssesssescsssessecssecssucesuecsssessvcssucssucesueesscssucssuscsusessecesucssusesusesavessesseseseee 132 FIGURA 137 ESTACIONAMENTO A REORDENAR csscsssessssssssessseessecssuecssecssecssucssussssecssecesecssuessusesseesenessecesees 132 FIGURA 138 SITUA O ACTUAL AZINHAGA CARMELITAS ccccscsssescssesssessssssuecssecssecssecesucesseesseesseceseceseee 133 FIGURA 139 PROPOSTA DE PASSADEIRA DAS SOBRE ELEVADA cssscs
134. spa os p blicos mostraram a sua indigna o Assim o espa o p blico pode ser o local onde os cidad os reflectem a sua revolta a raiva e desespero em determinados momentos e expressar as suas opini es no intuito de provocar as mudan as que prop em e preconizam Mas o espa o p blico como local de manifesta es l dico culturais que poder ajudar requalifica o do mesmo e a um usufruto pleno dos cidad os Essas actividades poder o ter continuidade no tempo para que os utilizadores criem h bitos de uso que ira provocar a 89 requalificac o que por sua vez atraira mais frequentadores que contribuir o para a vivificac o do espaco como que uma bola de neve que vai crescendo e que poder e dever arrastar consigo outras iniciativas e outras intervenc es em espacos e ou edif cios cont guos e a desejada Interliga o entre as diversas zonas da cidade a O Terreiro do Paco como lugar de cultura e lazer A apropria o do Terreiro do Pa o pela popula o como um espa o de conviv ncia colectiva usufruindo da proximidade do Rio sempre foi muito indefinida e at dificil por diversos motivos A n o afabilidade desta pra a n o depende s da sua grande dimens o mas da sua orienta o geogr fica e regime de ventos e dos usos que a ela sempre estiveram associados e que n o eram chamativos para a popula o Durante muitos anos esteve ocupada por um enorme parque de estacionamento autom
135. spaco p blico ao pe o pode constituir uma forma eficaz de potenciar a sua requalificac o ou mesmo qualificac o quando esta n o existia e de propiciar uma mais activa utiliza o deste mesmo espa o urbano de sociabilizac o e afirmac o de mem rias e identidades culturais Ap s uma an lise ainda que sucinta da evoluc o do conceito de espaco p blico e da sua Inser o na cidade bem como da sua caracteriza o tipol gica a metodologia seguida parte para a an lise de tr s casos de estudo representativos de outras tantas tipologias de espa o p blico para dessa forma demonstrar essas potencialidades Os processos de participa o e concerta o p blica s o tamb m abordados enquanto aspectos essenciais a ter em conta numa sociedade democr tica para se encontrarem as melhores solu es para se atingirem os objectivos propostos 3 Objectivos O principal objectivo desta disserta o assenta na percep o dos conceitos te ricos e de que modo pesam e influenciam as interven es pr ticas no terreno assim como de que modo a Interven o nos espa os p blicos condicionada por factores n o s t cnicos e objectivos como tamb m subjectivos culturais e conjunturais Propor contributos utilizando diversos meios tendo em linha de conta as diversas condicionantes e limita es de qualquer tipo de interven o no espa o p blico pedonal est o assim subjacentes e pretende se dar pistas para melhorar os processo
136. ssneeeeesessneeeeeees 138 9 Cartas descarada 139 10 Faseamento da interven o para o reordenamento vi rio 140 1 Fase Interven es a curto praZz0 aaaaaaaaaaaaaaaaaananunanananananananananananntnnananananannnin 140 2 Fase Interven o a m dio prazo a2aiiiaaaaaiinannaninnnnnuninnnnnnninnnnnnnanannnnnanana 140 11 Interven es espec ficas no espa o p blico see es 141 a Projecto de requalifica o do Largo do Coreto aaaaaaassssssssssssss aaaaa 141 b Outras interven es PrOPOS AS ccccccccccccnnncnononnnonnnnnonnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnonenoss 141 12 Participa o d popula o pia 142 CAPITULO Y CONELUSOE Sur ac daa 145 REFERENCIAS BIBLIOGR FICAS nn ida 149 ANEXO Erro DO SR RSA RR A 153 TAXONOMIA DOS MOTIVOS DECORATIVOS DA CAL ADA ARTISTICA EM LISBOA iii 153 ANEXO Mirna diia 167 QUADRO DE PAVIMENTA O EXISTENTE E PROPOSTA PARA CARNIDE 167 10 INDICE DE FIGURAS FIGURA 1 O LARGO DE S DOMINGOS NO INICIO DO S C XX eee 26 FIGURA 2 PLANTA N 42 DE FILIPE FOLQUE aeee eee aerea 28 FIGURA 3 PORMENOR DA ANTERIOR PLANTA aeee eee 28 FIGURA 4 A AVENIDA DA LIBERDADE E OS NOVOS BAIRROS u c esecscscssssssssssssesessssescsecsescsscstsssecstsssacsseeees 29 FIGURA S BARRO DE ALVALADE ekta ta ai tata A ko ik At edited Sai 30 FIGURA 6 AVENIDA DA IGRE
137. ssssssssesssesssecsseessecssecsuessucesecsseceseeeses 133 FIGURA 140 SITUA O ACTUAL AZINHAGA DAS CARMELITAS cccsscsssesssesssseessessscsssecsseesseesseeesucesees 133 FIGURA 141 PROPOSTA DE INTERVEN O cccseccsscsssesssuccsscessccssvessuccssecsucessvessusssuecsusessecssecssusesusessesanessecesees 133 FIGUR AAA 2 SIPING ADA CIU Abr di id did 134 FIGURA 143 EXEMPLO A APLICAR uccccscssscsssesssuccssscsseessecssucssuecssesssecssucssucessvessessusssusssusessecssucesucesueesseessvessneesees 134 FIGURA 144 ANTIGA F BRICA DE PAPEL FIGURA 145 LOCAL IDEAL PARA SILO AUTOM VEL 136 FIGURA TAS AIGURA Tarda lis il 137 FIGURA 146 PAVIMENT MISTO a SA Sar Ei N bk Gba asiste ide 137 FIGURA 147 LAVIVMENTO EM CAL CAD A cua iota kaa 137 FIGURA T30 PERFIL TIPO DE AKRU AMEN TU aid A od ta a a b k aks ta 138 FIGURA YOU ars se roars A AA AAA an 139 FIGURAS nk a kay el ed ed e eo ra anan 139 FIGURA ISS RIGURA o babe 141 FIGURA 155 REUNIAO DO GRUPO COMUNIT RIO DOS MORADORES DE CARNIDE 143 INDICE DE QUADROS Quadro 1 Evolu o do espa o p blico a partir do s culo XVII cccccccncnnnnnnnnnnnnoccnncnnnnos 36 Quadro 2 Classificac o do espa o p blico P Brand o oooooooononcncccnnnnnnnnnnnononononononannnnnnnnoss 46 Quadro 3 Classifica o do espa o p blico Brand o Alves eee 47 Quadro 4 Tipologias dos arruamentos em Lisboa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaannnnnnn
138. stos de cal ada e alcatr o que causam s rios problemas n o s circula o autom vel mas em especial circula o dos pe es O facto agrava se devido n o exist ncia de passeios em muitos arruamentos o que obriga o pe o a circular em simult neo com o autom vel quase sempre sem seguran a A irregularidade dos pavimentos e dos materiais aplicados torna a circula o de quem anda a p de bicicleta ou com carrinhos de beb assim como de pessoas em cadeira de rodas inc moda desconfort vel e muitas vezes provocando ocorr ncias mais ou menos graves devido queda em particular de pessoas idosas A medida que as camadas de alcatr o se desgastam vemos sob estas os vest gios do pavimento original o qual deve ser retirado e reutilizado no mesmo local mas refazendo na totalidade o arruamento em causa Nas situa es em que se prop e a n o reutiliza o no local de onde retirado deve ser aplicado nas outras zonas onde proposto Deste modo alia se o til ao econ mico pois o custo da obra n o contemplar aquisi o de novo material O levantamento de tipos de pavimento definiu a rea de pavimentos existentes e de pavimentos propostos cuja estimativa faz prever um aumento de rea de pavimento em cubos de granito e de basalto assim como de cal ada em vidra o e de cubos de calc rio com uma redu o muito significativa do pavimento em betuminoso ver Quadro em Anexo II 136 8 1 A cal ada tr
139. te num quadro de quase desagrega o de valores e de rela es interpessoais e uma viv ncia saud vel que imprescind vel para que os cidad os se sintam bem e felizes Assim tanto as pequenas interven es no espa o f sico como a que foi efectuada no Largo de S Domingos como as de maior dimens o e abrang ncia como a que se prop e para o N cleo Hist rico de Carnide s o a escalas diferentes projectos cruciais para a requalifica o do espa o p blico pedonal em particular e do espa o p blico em geral A constru o de uma nova identidade para um local ou o refor o da existente foram os objectivos destas Interven es no espa o p blico e o seu fio condutor Noutro n vel mas tamb m com grande impacto na requalifica o urbana do espa o p blico pedonal o programa de anima o l dico cultural que se realizou semanalmente no Terreiro do Pa o durante 80 domingos foi um pretexto para a apropria o de um espa o vazio que se foi enchendo da presen a dos habitantes da cidade criando uma nova alma e novos h bitos de uso que permanecem na mem ria e que antecederam uma requalifica o f sica efectiva No caso de estudo para o N cleo Hist rico de Carnide foram aplicados todos os conceitos subjacentes boa qualidade do espa o p blico pedonal pois aqui trata se de privilegiar o pe o desde a elimina o de barreiras e conflitos mobilidade de pe es e introdu o de elementos de acalmia da circ
140. tect nicas que impedem ou dificultam essa liga o o que lhe confere uma imagem de ilha qual se acede mais facilmente por autom vel individual ou por transportes p blicos O espa o p blico de qualidade de uma cidade tamb m o resultado da boa liga o de todos os espa o p blicos pedonais que criando como que uma rede invis vel permitem uma circula o percept vel aos seus utentes sem sobressaltos e sem quebras nos percursos que obriguem a uma mudan a de meio de transporte ou at que o impossibilitem 43 gt a polo kon A a es om A A a gp gt a v Se ma 5 a a z at Fas EE AS PEELE AAA AA z EN SES FIGURA 13 ESPACO PUBLICO PEDONAL NO PARQUE DAS NACOES 1 Taxonomia dos Espacos Urbanos As diversas tipologias de espa os p blicos e as diversas fun es e viv ncias que cada um deles pode proporcionar para al m de permitirem uma continuidade e interliga o entre todos aqueles permite nos avaliar da maior ou menor atractividade e qualifica o urbana de uma cidade Isto porque o Espa o P blico Pedonal por excel ncia o local de encontro de trocas de lazer de estadia de socializa o e o que dever fazer de um modo t o harm nico e coerente quanto poss vel a inter rela o com o edificado O crescimento das cidades ao longo das pocas foi criando diferentes formas de espa os p blicos ora acrescentando se ao existente ora esquecend
141. teiros para nao mencionar outras que adquiriram o nome pelo tipo de comerciantes e artesaos ali existentes Nao menos importante era o Largo que surgiu como um alargamento mais ou menos espont neo de um arruamento Esta tipologia de espa o classificada como aquele que criado pela conflu ncia das ruas principais da cidade podendo at ser local onde se desenrolava o mercado di rio a Pra a cuja designa o acabou por dar o nome ao espa o p blico onde esta se desenrolava A Pra a talvez o primeiro acto volunt rio de criar espa o p blico Assim passamos da Rua para o Largo e do Largo para a Pra a j de maiores dimens es e num sistema urbano mais evolu do e de estrutura espacial mais complexa A Pra a ao adquirir uma especializa o funcional passou a ser designada por Pra a Civil quando tinha a presen a do edif cio da C mara Municipal s vezes com pelourinho e ladeada pelas casas nobres dos governantes e comerciantes abastados ou Pra a Religiosa quando a Igreja Matriz o Convento ou Miseric rdia pontuavam o espa o que eventualmente poderia ter um cruzeiro no seu centro As pr prias fun es desempenhadas em cada um destes espa os p blicos e as suas caracter sticas espaciais sempre definiram que a rua era o local do encontro ocasional mas frequente enquanto que o Largo era o local onde j se 1a de prop sito para um encontro ou para neg cio e onde se realizavam as reuni es e assembleias popu
142. tivo levantamento fotogr fico efectuado nos passeios e outros espa os p blicos em Lisboa A riqueza e variedade de formas patente em cada um dos motivos que transpostos para o pavimento proporcionam uns maravilhosos Tapetes de Pedra extremamente apreciados por quem nos visita e que reconhece o trabalho fant stico que os calceteiros deixaram no espa o p blico da cidade de Lisboa a ic D E anergy A an FIGURA 31 TAPETE DE PEDRA NA AVENIDA DA LIBERDADE FOTO DA AUTORA 14 T cnicas da Cal ada Manual do Formando edi o da CML DMRH DFSHS Divis o de Formac o 2006 68 Como material de revestimento a calcada extremamente vers til e al m disso que melhor material se adaptaria a topografia da Cidade das Sete Colinas e a exiguidade de certos passeios nos bairros antigos que n o estes pequenos cubos a que designamos por vidraco O pavimento em cal ada de muitos locais na cidade de Lisboa tem permanecido quase intacto ao longo do tempo at actualidade mas muitos outros foram sofrendo altera es ou at mesmo desapareceram e deram lugar a outro tipo de pavimento ou nalgumas situa es mantendo a cal ada mas com a supress o dos desenhos art sticos Numa an lise objectiva s o maiores as vantagens da aplica o da cal ada que as desvantagens apesar de haver uma certa animosidade para com a cal ada que vista como a causadora de um se
143. to integrado e de coordenac o entre o projecto de habitac o e equipamentos as infraestruturas urbanas e os espa os exteriores envolventes as constru es O esfor o de requalifica o dos espa os p blicos dos novos Bairros e zonas de realojamento espalhadas por toda a cidade de Lisboa desde Chelas a Benfica passando pelo Rego e Campolide foi efectivamente concretizado e contribuiu para uma significativa melhoria da qualidade de vida urbana dos seus residentes em particular e na de todos os cidad os em geral FIGURA 7 INTERVEN ES NO ESPA O P BLICO BAIRRO PADRE CRUZ CARNIDE FONTE PUBLICA O N 55 DO GTH 1997 O novo Plano Director Municipal 1994 passou a contemplar a elabora o simult nea do PDM e de diversos planos a diferentes escalas urbanas PU PP e Projectos de Interven o Priorit ria PIP s com vista a uma gest o urbana no quotidiano mais eficaz e a uma aproxima o no terreno as popula es e aos seus problemas foram ainda criadas diversas categorias de espa o urbano e definidas 30 UOP s Unidades de Planeamento e Gest o para uma melhor operacionaliza o do plano As Cartas do Patrim nio e do Ambiente que passaram a integrar o PDM constitu ram tamb m um instrumento muito importante com vista qualifica o do Espa o P blico com uma componente de protec o de elementos patrimoniais municipais Em 1998 o grande projecto de requalifica o de uma parte da zona oriental da cidade at
144. to muitas vezes para nao dizer quase sempre incompat vel e 86 pode causar s rios problemas na respectiva implementa o pelas contradi es existentes entre eles A coloca o dos sinais de tr nsito ao que se acrescenta a coloca o de muppies de sinais luminosos de postes de ilumina o publica de pain is informativos de diversos tipos etc faz de facto do espa o pedonal uma floresta de obst culos que poderiam ser simplificados se n o at eliminados em muitas situa es Como os abrigos de autocarros outros suportes de publicidade s o instalados em passeios onde n o permitem a passagem fluida dos transeuntes de um carrinho de beb ou de uma cadeira de roda p e criando graves problemas de circula o pedonal pois obriga os a circular na rua com o perigo que tal acarreta MAH g A n j LE DE NA PAL X A es a Sc o a OS a Ne LAR FIGURA 57 OCUPA O DE PASSEIO FIGURA 56 SEM ESPA O PARA CIRCULA O FOTOS DA AUTORA Tamb m a polui o visual provocada pela quantidade de elementos estranhos no espa o p blico muitos deles partidos ca dos e ao abandono transmite uma imagem desoladora de desleixo que contribui para a sua desqualifica o e para uma sensa o de n o respeito pelo bem comum Tamb m a coloca o de placards de dimens es variadas nas pra as e espa os p blicos do centro da cidade se contribui para dar conhecimento aos transeuntes de determinad
145. tros tipos GR FICO 17 UIT MICRO CAMPO GRANDE ANJOS 14 H largos E Becos E Avenidas E Pra as E Cal adas m Azinhagas m Estradas m Escadinhas E Outros tipos GRAFICO 18 61 Uma an lise mais fina e detalhada podera vir a efectuar se posteriormente mas neste cap tulo a inten o a de analisar e caracterizar genericamente os Espa os P blicos de cada Unidade Territorial e respectivas Unidades Micro O conhecimento das tipologias dos diversos espa os p blicos pode ajudar na defini o do tipo de interven es que cada um dever ser objecto uma vez que cada zona tem uma especificidade pr pria e deve ser vista com a individualidade que merece TIPOLOGIAS DE ESPA O P BLICO COMPARA O DAS UIT s Largos Becos Avenidas Pra as Cal adas Azinhagas Estradas EscadinhaSutros tipos UT Centro Hist rico UT Ocidental UT Oriental UT Norte E UT Centro GRAFICO 19 O presente grafico permite assim e em sintese comparar entre as 5 Unidades Territoriais as diversas tipologias que as comp em e fazer uma leitura percentual das mesmas 2 Fun es e viv ncias no espa o p blico Les voies le r seau des lignes de d placements habituel ou ventuel a travers le complexe urbain sont les moyens les plus puissants pour mettre de l ordre dans l ensemble L image de la cit Kevin Lynch 1976 62 De facto o poder de cada uma das ruas e de espa o de circula o
146. uistar a Rua Compartilhar sem dividir Instituto para a Cidade em Movimento S Paulo 2010 Diagnostico S cio Urban stico da Cidade de Lisboa Colec o de Estudos Urbanos Lisboa Edi o da CML Licenciamento Urban stico e Planeamento Urbano Outubro de 2004 Lisboa de Frederico Ressano Garcia 1874 1909 CML Funda o Calouste Gulbenkian Abril Maio 1989 Model Design Manual for living streets Coordena o de Ryan Snyder Associates e Transportation Planning for Livable Communities Los Angeles 2011 Normas e regulamentos t cnicos de Constru o e Acessibilidade DL 163 06 e RAMP T cnicas da Cal ada Manual do Formando edi o da CML DMRH DFSHS Divisao de Forma o 2006 ASCHER Fran ois Novos princ pios do urbanismo novos compromissos urbanos um l xico Prefacio de Nuno Portas Livros Horizonte 2010 AYMONINO Carlo O significado das cidades Colecc o Dimensoes Editorial Presenga 1975 BACON Edmund N Design of cities Penguin Books Maio de 1973 BAIRRADA Eduardo Martins Empedrados artisticos de Lisboa 1985 BARATA J P Martins A Doenca da Cidade Livros Horizonte 1977 BARATA J P Martins Pensar Lisboa Livros Horizonte 1989 149 BORJA Jordi e MUXI Zaida El Espacio P blico Ciudad e Cidadania Electa 2003 BRANDAO ALVES Fernando M Avaliac o da Qualidade do Espaco P blico Urbano Proposta Metodol gica
147. ula o vi ria at ao pormenor da pavimenta o com o objectivo de ter um produto global que cubra todas as exig ncias para a preserva o da ess ncia de uma das zonas ainda semi rurais de Lisboa Nesta fase do projecto a nica conclus o que se pode tirar que este tipo de processo de interven o no espa o p blico lento n o pac fica a sua implementa o quando existe uma participa o efectiva da popula o o que obriga a uma constante aferi o na sua aplica o no terreno Todavia a conjuga o de todas estas condicionantes a chave para um resultado final de qualidade 147 148 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Buenas pr cticas en accesibilidad universal Primera Selecci n de Realizaciones Junta de Comunidades de Castilla La Mancha 2006 Lisboa O desafio da Mobilidade Edic o da CML Licenciamento Urban stico e Planeamento Urbano Lisboa XXI Julho de 2005 Urban Regeneration from Government to Governance a practical outline ReUrbA2 and Stipo Consult 2005 Arte Urbana Edi o da Parque Expo 98 Atlas da Carta Topogr fica de Lisboa sob a direc o de Filipe Folque 1856 1858 CML Departamento de Patrim nio Cultural Arquivo Municipal de Lisboa Cidades Europeias Sustent veis Relat rio de Peritos sobre o Ambiente Urbano C Europeia D G Ambiente Seguran a Nuclear e P Civil Bruxelas Mar o de 1996 Borthagaray Andr s Conq
148. ulo autom vel A necessidade de percorrer zonas da cidade ou Bairros em cont nuo pedonal com corredores de liga o entre os diversos bairros da cidade e ligando zonas de usos complementares essencialmente casa escola casa centro de sa de casa equipamento comercial e a sempre desej vel mas rara liga o casa emprego n o encontra no entanto na pr tica resposta positiva no tecido urbano As desloca es que a estrutura urbana imposta por um urbanismo moderno obrigou a fazer foram e continuam a estar baseadas numa rede vi ria que com a finalidade de garantir maior fluidez e seguran a no tr fego remetem o pe o para um sistema de caminhos completamente segregados das ruas relegando o bastantes vezes para espa os residuais entalados entre vias r pidas e largas avenidas ou obrigando os violentamente a atravess las porque se criaram fracturas nos percursos naturais de acesso e atravessamento anteriormente existentes Quando deixado espa o para a circula o pedonal este ex guo sem protec o quando necess ria com deficiente ou inexistente ilumina o p blica inseguro e inadequado ao uso pedonal 27 2 0 Espaco Publico nos instrumentos de Planeamento Urbanistico em Lisboa FIGURA 2 PLANTA N 42 DE FILIPE FOLQUE FIGURA 3 PORMENOR DA ANTERIOR PLANTA O reconhecimento do territ rio da cidade de Lisboa semelhan a do que aconteceu com o territ rio nacional s muito tardiamente foi object
149. wv NW O 3 2 7 3 2 3 2 25 8 2 235 g 3 o 3 6 E L JAINYVI JA ODIYOLSIH 0I1DAN OL1SOdOYyd OLNIWIAVd V34YV 31N31SIX3 OLNAWIAVd VIYV ON OVINIJAYIJLNI 169

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