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Caderno de Pesquisa - 2013 - Portal da Avaliação – CAEd/UFJF

1. o de escalas cartogr ficas e geogr ficas para que fen menos naturais sejam conhecidos distribu dos e localizados est o entre as compet ncias b sicas para sua forma o O uso do mapa e da cartografia est o diretamente ligados aos aspectos cognitivos de constitui o das representa es espaciais S o recursos que documentam e armazenam informa es cient ficas informa es dos censos demogr ficos problemas de educa o sa de assuntos militares projetos de empresas recrea o trajetos estradas etc Os mapas s o classificados em mapas f sico econ mico e hist rico podendo estar em sala de aula tamb m como planta planisf rio e globo que s o outras representa es cartogr ficas As experi ncias do sujeito e sua participa o no ambiente revelam se como exig ncias para a aprendizagem de uma leitura de mapas Em outras palavras para conhecer o espa o o indiv duo deve movimentar se nele fazer parte dele Munidas dessas propriedades que o tornam agente social o aluno tem elementos para manipular com habilidade as representa es gr ficas Como defendem Almeida e Passini 2011 p 22 A a o para que o aluno possa entender a linguagem cartogr fica n o est em pintar ou copiar contornos mas em fazer um mapa para que acompanhando metodologicamente cada passo do processo de reduzir proporcionalmente possam estabelecer um sistema de signos ordenados obedecer um sistema de proje es para que haja a co
2. tem sua forma o de leitor comprometida como mostram os resultados de avalia es em larga escala AVIR ULA E SER UMA N O ESPERE N O ESPERE A V RGULA PODE CRIAR HER IS ISSO SO ELE RESOLVE ISSO SO ELE RESOLVE ELA PODE FOR AR O QUE VOC NAO QUER ACEITO OBRIGADO ACEITO OBRIGADO PODE ACUSAR A PESSOA ERRADA ESSE JUIZ E CORRUPTO ESSE JUIZ E CORRUPTO N O QUERO LER N O QUERO LER UMA VIRGULA MUDA TUDO ABI 100 AMOS LUTANDO PARA QUE MNGUEM MUDE MEM UMA VIRGULA DA SUA INFORMA O asacia io pangot iaa FIG 6 Campanha ABI Disponivel em fontecodigofonte wordpress com O quadro a seguir mostra algumas marcas e seus slogans todos pass veis de an lises de pontua o sob o ponto de vista da express o e dos efeitos de sentido buscados por seus produtores Essa nos parece uma abordagem mais afeita leitura concebida como intera o e compreens o do que alguma outra que focalize apenas decodifica o e normas de uso Tem 1001 utilidades Terr vel contra os insetos Contra os insetos Tomou Doril a dor sumiu O melhor plano de sa de viver O segundo Unimed Amo muito tudo isso McDonalds FIG 7 Disponivel em Plugcitarios com O que n o se l Se n o se entende a piada sinal de que o texto foi mal compreendido Algo faltou das conex es necess rias para que se alcan asse o efeito pretendido Falta algo leitura para
3. Essa pe a pode andar in meras casas em uma jogada mas apenas para a frente ou para os lados Exemplos de posi es pos casa na outra dire o s veis para o bispo depois do veis para a rainha depois do s veis para a torre depois As posi es poss veis depois deslocamento D 1 e B 7 deslocamento A 5 C 2 do deslocamento E 1 e do deslocamento do cavalo G 3 e F 7 A 6 est o destacadas em amarelo Figura 10 Nesse sentido oportuno criar situa es metodol gicas no qual os alunos possam reproduzir o tabuleiro de xadrez em uma malha quadriculada nesse caso sugerimos que o professor desenhe no quadro ou traga uma representa o do tabuleiro de xadrez indicando nele algumas pe as que comp em o jogo apresentado em seguida realize uma jogada e solicite que os alunos marquem no tabuleiro desenhado na malha uma posi o poss vel para cada pe a que voc moveu no quadro Para tornar mais l dico havendo condi es pode se propor um torneio de xadrez com a turma Outro ponto a ser considerado s o os recursos tecnol gicos como materiais pedag gicos importantes na a o docente Sabemos que o quadro negro n o deixa de ser uma tecnologia importante sobretudo para o professor de Matem tica que o utiliza para interagir com a turma e o conte do seja na demonstra o de um teorema ou mesmo na apresenta o das solu es para as v rias quest es trabalhadas ma
4. melhores resultados na forma o do leitOr ssesiieessssssssrissssirrrtreesrreeenssssrissssirrrrreeen 20 Referenda Smioni aa a SS ied sali ota mminein nanan 22 2 LOCALIZAR OBJETOS EM REPRESENTA ES DO ESPA O POR ALUNOS D O FUNDAMENTAL Il ALGUNS ASPECTOS CONCEITUAIS E METODOL GICOS A CONSIDERAR 23 Refer ncia BiblOSratiCa ec seseecessssessesstsssnessessnssnesssessnssnsssnssenssssnsesnsesnssnecesesnssneeensenssnssaesenssnesneeessnserateensenssneeeensenseneeeneeens 42 3 VIDA E AMBIENTE NO ENSINO FUNDAMENTAL SUBS DIOS PARA A PR TICA DOCENTE 43 A Contextualiza o no Ensino de Ci ncias oo escessessseecsessecseesscsssesnesssceseceuessnceuecusessvscsecsessnssssesuessnsensecseqaecessesacesenesessieeseenes 43 Alfabetiza o Ciente e Ensino AE CIENCIAS sas sa pecas e gaga dos E a eens Sate TOEA OAA 48 Vida e Ambiente Habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes e Sugest es de Atividades 54 Referencias BIDIOBRA AS aa eai ita Ma a a A a a staan 59 4 AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA GEOGRAFIA CORRELACIONANDO DIFERENTES LINGUAGENS E DADOS eee eeerreamaeee ee rrareee ee rraaaeeeeerrarsens 61 O Ensino de Geografia o que mais FElEVANTE eseecseessusssessessstssnessessnsesnecsesrnssnessesenssnessneeensenetineeensenseieesnntenssieeenseneaneeeess 63 Observa o e Percep o As Diferentes LINGUABEMS c cecsscsssecsesesseressesnessscessesnessseeuecsuesssceussueesuneeuecuearasestesu
5. movimento Ci ncia Tecnologia e Sociedade CTS um aporte te rico e metodol gico consistente e coerente do ponto de vista de seus objetivos para a sua efetiva o no contexto escolar Segundo Martins 2007 a educa o CTS tamb m tem sofrido com a multiplicidade terminol gica uma vez que se fala em temas CTS abordagens enfoques perspectivas contextos orienta es etc o que dificulta a consolida o das ideias principais desse movimento Segundo a autora Do nosso ponto de vista consideramos tratar se de um movimento para o ensino das ci ncias enquadrado por uma filosofia que defende tal ensino em contextos de vida real que podem ser ou n o pr ximos do aluno por exemplo a explora o do espa o um tema familiar mas n o pr ximo no sentido f sico onde emergem liga es tecnologia com implica es da e para a sociedade Nesta filosofia de ensino deixa de ter sentido o ensino de conceitos pelos conceitos n o por estes n o terem valor intr nseco mas porque a sua import ncia ser melhor percepcionada pelo aluno sobretudo para n veis mais baixos se eles aparecerem como via para dar sentido aquilo que questionado Assim aquilo que se advoga conduzir o ensino das ci ncias segundo grandes temas em torno de problem ticas reais e actuais seleccionar os conceitos de Ci ncias e Tecnologia que s o importantes para o desenvolvimento de uma explica o interpreta o plaus vel
6. o da terminologia espec fica dos conte dos que se referem a essas compet ncias as diferentes situa es did ticas poss veis giram em torno de se mostrar diferentes figuras e orientar os estudantes a contar o n mero de lados A partir da faz se a rela o com os termos tril tero e quadril tero Quando essa habilidade de identificar figuras atrav s do n mero de lados est desenvolvida podem se ampliar as atividades did ticas e construir situa es de conflito na qual um repert rio maior de conceitos seja requerido Caderno de Pesquisa 81 82 Caderno de Pesquisa A figura a seguir pode ser um suporte interessante Figura 3 Dois quadrildteros diferentes As duas imagens apresentadas possuem o mesmo n mero de lados mas n o s o iguais Ser que recebem o mesmo nome A confus o entre o ret ngulo e o quadrado bastante comum sendo a maioria dos quadril teros reduzida nomenclatura do quadrado existindo at mesmo estudantes que se referem ao quadrado mais fininho ou mais comprido para referirem se a um ret ngulo O objetivo de comparar dois quadril teros diferentes problematizar que apenas o n mero de lados n o suficiente para identificar uma figura plana mas a propor o entre o tamanho desses lados tamb m fator relevante Se o tamanho dos lados um fator importante ao considerar um pol gono regular outro item importante refere se ao conceito de ngulo O ngulo a regi o que se
7. 6 5 e 2 4 c 5 6 1 4 e 4 2 d 6 5 4 1 e 2 4 Caderno de Pesquisa OOOO 35 36 Caderno de Pesquisa Localizar pontos no plano cartesiano requer a compreens o de que s o necess rias duas informa es que por conven o s o dadas pelo par ordenado x y Al m disso para resolver a quest o proposta o aluno deve supor os valores intermedi rios ou contar as linhas no eixo x e no eixo y que n o est o expl citos considerando que cada quadradinho equivale a 1 Nesse sentido o trabalho com o site Google Maps na qual permite observar fotos reas tiradas por sat lites de grande parte do globo terrestre faz se interessante pois esse site permite encontrar a latitude e a longitude de um ponto espec fico do globo para isso basta clicar com o bot o direito do mouse no ponto desejado e selecionar a op o o que tem aqui Por fim s observar as coordenadas que aparecem no campo de busca da p gina Em rela o aos aspectos do conte do latitude e longitude esses provavelmente j devem ter sidos trabalhados no 6 ano em Geografia como tamb m a leitura e a localiza o de um ponto em um planisf rio por exemplo s o semelhantes leitura e localiza o de um ponto no plano cartesiano isso se configura uma excelente oportunidade de realizar um trabalho interdisciplinar Outro aspecto importante refere se ao uso de recursos como as maquetes tridimensionais e n o apenas as
8. J A LAMBACH M Contextualiza o do ensino de Qu mica pela problematiza o e alfabetiza o cient fica e tecnol gica uma possibilidade para a forma o continuada de professores Revista Brasileira de Pesquisa em Educa o em Ci ncias vol 10 n 1 2010 FRACALANZA H AMARAL A GOUVEIA M S F O ensino de ci ncias no primeiro grau S o Paulo Atual 1986 FREIRE Paulo Pedagogia do Oprimido Rio de Janeiro Paz e Terra 2005 apudAIRES J A LAMBACH M Contextualiza o do ensino de Quimica pela problematiza o e alfabetiza o cient fica e tecnol gica uma possibilidade para a forma o continuada de professores Revista Brasileira de Pesquisa em Educa o em Ci ncias vol 10 n 1 2010 FREIRE P Educa o como pr tica da liberdade 29 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 2006 FREIRE P Pedagogia da Autonomia Saberes necess rios pr tica educativa 35 ed S o Paulo Paz e Terra 2007 Caderno de Pesquisa 59 60 Caderno de Pesquisa HERRERA A O 2000 Civiliza o Ocidental n o d Respostas Crise Atual In AmilcarHerrera Um intelectual Latino Americano Dagnino R org Campinas UNICAMP IG DPCT apud AULER D DELIZOICOV D Alfabetiza o Cient fica Tecnol gica para qu Ensaio Pesquisa em Educa o e Ci ncias Vol 3 n 1 jan 2001 KATO D S KAWASAKI C S As Concep es de Contextualiza o do Ensino em Documentos Curriculares Oficiais e de Professores
9. guardanapos Quadros Pasta carro Cigarro f sforo Mesa e poltrona cadeira cinzeiro pap is externo pap is prova de an ncio caneta e papel rel gio papel pasta cigarro f sforo papel e caneta telefone caneta e papel telefone pap is folheto x cara jornal cigarro f sforo papel e caneta Carro Ma o de cigarros caixa de f sforos Palet gravata Poltrona copo revista Quadros Mesa cadeiras pratos talheres copos guardanapos X caras cigarro e f sforo Poltrona livro Cigarro e f sforo Televisor poltrona Cigarro e f sforo Abotoaduras camisa sapatos meias cal a cueca pijama espuma gua Chinelos Coberta cama travesseiro Talvez o uso da pontua o n o seja ensinado como elemento capaz de extraordin rios efeitos expressivos A preocupa o normativa talvez ofusque as op es de uso da pontua o como parte fundamental da proposta da produ o de texto e de seus efeitos No entanto a leitura poderia dar a ver e a perceber a pontua o como um dos elementos a serem manejados conscientemente em um texto A tira a seguir por exemplo que tem como tema o uso dos porqu s traz o emprego de interroga o e de exclama o bastante convencional POR QUE PORQUE N O SEPARADO JUNTO MA Qu J o cartaz da campanha pelo centen rio da Associa o Brasileira de Imprensa ABI a FIG 5 Tira dispon vel em www analisedetextos com br seg
10. o conhecimento e explica es sobre o lugar que vivem e sobre diferentes espa os geogr ficos e paisagens E nessa perspectiva que o trabalho em sala de aula deve ser pautado No Ensino M dio a Geografia precisa priorizar a amplia o do conhecimento conduzindo o cidad o sua autonomia frente aos desafios expostos na contemporaneidade As compet ncias e habilidades elencadas no documento s o Representa o e comunica o Ler analisar e interpretar os c digos espec ficos da Geografia mapas gr ficos tabelas etc considerando os como elementos de representa o de fatos e fen menos espaciais e ou espacializados Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartogr fica e geogr fica como formas de organizar e conhecer a localiza o distribui o e frequ ncia dos fen menos naturais e humanos Investiga o e compreens o Reconhecer os fen menos espaciais a partir da sele o compara o e interpreta o identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar paisagem ou territ rio Selecionar e elaborar esquemas de investiga o que desenvolvam a observa o dos processos de forma o e transforma o dos territ rios tendo em vista as rela es de trabalho a incorpora o de t cnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais Analisar e comparar interdisciplinarmente as rela es entre preserva o e degrada o da vida no planeta tendo em vista o conhe
11. o de significa es na escola a exposi o dos conceitos importante na medida em que interfere na forma o de uma consci ncia reflexiva entre teoria e pr tica para o estudante Os conceitos se relacionam a atitudes que desempenham um papel fundamental tamb m na constru o do conhecimento e do exerc cio da cidadania Ao ver em suas pr prias atitudes a explicita o da reflex o cr tica da realidade o cidad o estabelece a rela o dial gica entre teoria e pr tica pois a a o reflex o a o contribui para o desenvolvimento das habilidades de pensamento e para a constitui o de conceitos Em busca de minimizar esses impactos sofridos pela escola e desempenhar de maneira apropriada seu papel o professor deve estar atento din mica social e espacial usando dos recursos dispon veis para que o aluno compreenda os processos de transforma o do mundo embasando seu trabalho nos conceitos chave da geografia paisagem lugar territ rio e territorialidades globaliza o t cnica e redes com suas diferentes varia es temporais culturais e sociais Nessa perspectiva tendo em vista que no momento em que vivemos a educa o enfrenta novos desafios busca novos espa os de atua o e abre novas reas por meio das grandes transforma es pelas quais passa o mundo importante ter o conhecimento de recursos relevantes para a afirma o de uma vis o global da Geografia O ensino deve partilhar dessa nova
12. o para o estudo da Geometria a constru o da proporcionalidade em contextos geom tricos fra es de reas e volumes escalas semelhan as questionando aos alunos por exemplo o que ocorre com a rea quando duplicamos a altura de um tri ngulo E quando duplicamos a altura e a base Notamos assim que com essa rea de conhecimento temos a possibilidade de contextualizar os conte dos uma vez que o aluno pode perceber e valorizar sua presen a em elementos da natureza e em cria es do homem Isso pode contribuir para uma maior significa o dos conceitos aprendidos Al m do que o desenvolvimento do pensamento geom trico ligado ao desenvolvimento de abstra es e representa es do espa o uma poderosa via de generaliza o da pr pria lgebra e ainda est em estreita liga o com o desenvolvimento do pensamento combinat rio estat stico probabil stico na medida em que esquemas tabelas e gr ficos de diferentes tipos s o representa es tanto do tratamento da informa o como das fun es que expressam rela es especiais que modelam fen menos da ci ncia da tecnologia e da sociedade Apesar de toda explana o fundamentando a necessidade vital dessa rea por diversos autores e pesquisas o que se percebe ao longo da hist ria metodol gica dessa rea o abandono ou a omiss o da Geometria no Ensino Fundamental e M dio Isso tem sido objeto de muita discuss o entre os educadores ma
13. procura pelo leitor no seu passado de lembran as e conhecimentos daqueles relevantes compreens o de um texto que fornece pistas e sugere caminhos mas que certamente n o explicita tudo o que seria poss vel explicitar Kleiman 1989 p 34 A leitura uma atividade que exige opera es cognitivas de ordem superior infer ncia evoca o analogia s ntese e an lise Sabe se por exemplo que o leitor guiado por suas expectativas do que est escrito Portanto o leitor faz uso da informa o visual o que est impresso e de sua informa o n o visual conhecimento do mundo conhecimento da linguagem conhecimento da pr pria leitura para prever informa es contidas no texto impresso KATO 1988 p 30 Al m disso o leitor interage com o texto buscando as inten es do autor por tr s das palavras efetivamente escritas atuando como membro cooperativo de uma intera o comunicativa KATO 1986 p 74 O ensino da leitura uma atividade da qual participam alunos e professores pois somente nessa intera o ser contemplada a dimens o discursiva da linguagem Al m disso especificamente no que diz respeito Educa o de Jovens e Adultos devemos ter clareza de que em uma sociedade urbana e letrada dominar a linguagem escrita significa obter formas de pensamento que podem possibilitar uma melhor compreens o das complexas rela es nela estabelecidas Jovens e adultos da EJA n o dominam
14. que se possa avali la como correta adequada ou pertinente Se o efeito pretendido era o c mico talvez levando at o riso e o leitor n o conseguiu alcan lo poss vel que alguma habilidade ligada identifica o de gra a advinda certamente de algum recurso expressivo palavra imagem ou outro tenha faltado N o ao texto mas ao leitor que n o desenvolveu j ao final da 8 s rie 9 ano do Ensino Fundamental condi es para tal Juntamente com isso talvez ele n o identifique a cr tica o sarcasmo a ironia e outros efeitos extremamente importantes para a compreens o de muitos tipos de textos Da mesma forma se o recurso de pontua o e outras nota es serviam em dado texto para a obten o de um efeito expressivo importante na leitura que ele deveria ser identificado incluindo se af uma poss vel rea o do leitor ao lido Se os resultados das avalia es de leitura t m apontado dificuldades nos quesitos que aquifocalizamos sinal de que h algum descompasso na abordagem que se tem feito da leitura especialmente nestes quesitos o que reverbera nas habilidades leitoras dos cidad os Talvez uma quest o de prova que aborde regras de coloca o de ponto final conforme uma concep o normativista obtenha bons resultados gerais o que n o ocorre a itens cujo objetivo seja a express o e a an lise da leitura em sua faceta mais criativa expressiva e comunicacional A leitura em n
15. textos publicit rios cr nicas de humor not cias reportagens e m sicas s o alguns dos g neros textuais apropriados para o ensino de Geografia Cada texto traz uma mensagem usando diferentes recursos e sua leitura exige a decodifica o e acompanhamento do racioc nio do autor pelo leitor E a decodifica o na leitura consiste tamb m em analisar o que mais relevante no texto em rela o ao que est sendo proposto Percep o e an lise Interpretando dados geogr ficos Como vimos o uso de literatura imagens e cinema pode ser atraente para alunos do Ensino M dio Por m relevante que o professor tenha habilidade para agregar as linguagens da sala de aula s t cnicas e metodologias do ensino da Geografia Tendo em vista o trabalho indissoci vel das quest es espa os temporais o professor deve entender que o trabalho com cartografia auxilia na comunica o e representa graficamente o mundo e as percep es que nele podem estar Os elementos de representa o de fatos espaciais como mapas gr ficos tabelas e outros s o de grande relev ncia para mobilizar opera es b sicas para o conhecimento e an lise das ci ncias sociais Alunos e alunas chegam ao Ensino M dio muitas vezes sem dominar o uso desses recursos apesar de sua operacionaliza o ser indicada desde os primeiros anos do Ensino Fundamental Retomando as habilidades que os estudantes devem desenvolver no Ensino M dio o reconhecimento e a aplica
16. uma palavra S o comuns efeitos de humor conseguidos por meio do uso de express es que por si s s o engra adas Ou ainda pela expectativa quebrada em rela o ao desfecho de alguma cena ou mesmo capacidade de algum personagem Esse ltimo parece ser o caso da tira a seguir da autoria de Laerte FIG 1 Tira de Laerte Dispon vel em www maeperfeita wordpress com Recursos como o tamanho das letras e o negrito auxiliam na express o de gritos Trata se portanto de um recurso multimodal fundamental nos quadrinhos A situa o ilustrada faz parte de nossas rela es em fam lia uma cena na qual todos participamos de alguma forma o que nos demanda conhecimento pr vio de mundo da cultura familiar em nosso pa s Os bal es tamb m s o recursos convencionados e que geralmente s o aprendidos na escola e nas pr ticas sociais de leitura desse g nero textual A fala de um irm o do personagem ilustrado surge vinda de outro espa o da casa dando o recado da mde 4 A multimodalidade uma teoria sociossemi tica que auxilia e fundamenta estudos de textos que se valem de diversas linguagens em sua composi o Os autores sugeridos aqui s o Gunther Kress e Theo Van Leeuwen especialmente em obras de 2001 2003 e 2006 Um texto introdut rio interessante o de Van Leeuwen 2004 Caderno de Pesquisa 13 14 Caderno de Pesquisa O inesperado neste caso surge com a segunda demanda do garoto e essa surpresa
17. Ao estudar as rela es entre contextualiza o e ACT e as ideias de Paulo Freire Aires e Lambach 2011 trazem importantes contribui es para a discuss o que estamos tecendo nesse artigo Na perspectiva freireana para que a alfabetiza o aconte a preciso que o aluno seja exposto a um problema originado em um contexto do qual ele faz parte Esta uma das raz es para que na rea de ensino de ci ncias tem sido adotado o referencial freireano na compreens o da ACT e das categorias contexto contextualiza o e problema problematiza o Todavia se faz necess rio salientar que Paulo Freire n o utiliza o termo contextualiza o mas argumenta que ser a partir da situa o presente existencial concreta refletindo o conjunto de aspira es do povo que poderemos organizar o conte do program tico da educa o FREIRE 2005 p 100 Na concep o freireana portanto contextualizar seria partir da situa o existencial concreta dos sujeitos a qual depende da investiga o e reflex o da realidade em que est o inseridos para ent o desopacizar a ideologia dominante compreendendo a vida cotidiana nos seus diversos aspectos Buscando ent o uma rela o entre Freire e os autores que o v m adotando como referencial podemos entender que a Contextualiza o consiste para Freire na Problematiza o de situa es existenciais pois para ele o que se tem que fazer propor ao povo atrav s de cer
18. aprendizagem da leitura e da escrita pois s o habilidades fundamentais para se viver em sociedade Atualmente compreende se que mais do que ler e escrever dentro do sistema alfab tico fundamental decodificar e interpretar o mundo atrav s das diferentes situa es que se apresentam Nesse sentido as habilidades matem ticas s o fundamentais para que algu m possa considerar se alfabetizado j que os n meros e os diferentes conte dos desse campo de conhecimento est o altamente relacionados com o cotidiano e aparecem nos mais diversos contextos di rios Assim a alfabetiza o matem tica de jovens e adultos consiste na apropria o das habilidades e compet ncias matem ticas que permitam ao estudante compreender textos enfrentar problemas e agir na sociedade Al m disso usualmente a Matem tica compreendida apenas como os conte dos ligados aos n meros e as opera es aritm ticas Todavia as refer ncias curriculares brasileiras indicam que outros temas devem ser trabalhados nessa disciplina desde os anos iniciais Ainda segundo Danyluk a Alfabetiza o Matem tica refere se aos atos de aprender a ler e a escrever a linguagem matem tica usada nas primeiras s ries da escolariza o Isto eu o compreendo como se referindo a compreens o e interpreta o dos conte dos matem ticos ensinados na escola tidos como iniciais para o dom nio da Matem tica e estabelecidos por essa institui o como important
19. bom dia sao paulo v aprenda a fazer um terrario em casa 2673794 a Para a montagem do terr rio importante incentivar a reutiliza o de materiais de forma a minimizar os impactos sobre o ambiente como tamb m para desencadear discuss es sobre produ o consumo e descarte dos diferentes tipos de materiais e seus impactos ambientais A fim de aprofundar tal discuss o pode ser utilizado o v deo A Hist ria das Coisas dispon vel no Youtube problematizando se as rela es entre ci ncia tecnologia sociedade e ambiente que diz respeito habilidade Identificar comportamentos voltados para a preserva o da natureza O grande diferencial da atividade que propomos ser a problematiza o realizada pelo professor sobre todo o processo de montagem do terr rio desde a escolha do recipiente e do local da montagem at a escolha dos seus componentes pois ser essa problematiza o que possibilitar que os alunos desenvolvam as seguintes habilidades identificar etapas e processos constituintes da fotoss ntese reconhecer rela es de depend ncia entre os seres vivos identificando fun es nas cadeias e teias alimentares relacionar o conceito de decomposi o ao ciclo da mat ria identificar as etapas e a import ncia do ciclo da gua e identificar as propriedades do ar sua composi o e a interfer ncia de agentes poluidores Sugerimos que os alunos sejam desafiados a criar um micro ecossistema aq
20. causa tamb m o efeito de humor do texto Se a tentativa da m e foi liberar se da tarefa de higienizar o filho ela n o conseguiu ainda necess rio fazer a vistoria da atua o do garoto No plano lingu stico as perguntas e a infer ncia necess ria para a compreens o do di logo fazem com que se construa um sentido de gra a Caso diferente do da pr xima tira constru da apenas com um quadro tamb m de autoria de Laerte FIG 2 Tira de Laerte Dispon vel em wmww blogdosakamoto blogosfera uol com br Mais conhecimento de mundo mais conhecimento pr vio e a aten o aos recursos imag ticos s o absolutamente necess rios compreens o desta tira cujo tema poderia ser resumido como meio ambiente se pensarmos em quest es transversais no curr culo escolar Um di logo entre dois pinguins nos remete s quest es de Bakhtin 1992 especialmente em rela o aos conceitos de dialogismo e polifonia Uma discuss o anterior est subliminar a fala do pinguim que est dentro da geladeira enquanto o outro pinguim abre a porta para conferir o lado de fora A constata o de que foi uma boa compra pode ser inferida com base na observa o dos pinguins mortos As quest es ambientais est o expressas na pouca rea gelada exposta onde sobrevivem dois exemplares de uma esp cie em extin o Mais al m sabe se que o derretimento do gelo causado pelo aumento da temperatura do planeta o chamado efeito
21. conte dos gramaticais No exemplo a seguir f cil perceber que o aluno pode responder as quest es propostas sem ler o texto Os bois e o eixo Um carro era arrastado pelos bois Como o eixo rangia eles se voltaram e disseram lhe N s que puxamos o carro e voc s que gemem Para uns o sacrif cio para outros as queixas F bulas de Esopo Tradu o de Ant nio Carlos Viana Porto Alegre L amp PM 1997 p 10 1 Que animais s o os personagens da f bula 2 Qual a moral da f bula 3 Circule os substantivos do texto 4 Conjugue o verbo ranger no presente do indicativo Isso faz com que os alunos v o de certa forma desaprendendo a ler os textos narrativos pois escolarizados esses textos v o perdendo a rica fun o que tinham em contextos sociais Na Educa o de Jovens e Adultos tanto nas s ries iniciais como nas s ries finais os textos narrativos devem ter espa o garantido pois ao mesmo tempo em que s o facilmente reconhecidos porque fazem parte da caminhada de leitores jovens e adultos permitem que o leitor v aprendendo a gostar de ler textos mais longos Em primeiro lugar necess rio buscar nos conhecimentos pr vios dos alunos os g neros narrativos que conhecem assim como se conhecem alguma metalinguagem sobre esse g nero A partir da ir sistematizando as leituras em torno da descoberta da a o central constitu da pelos acontecimentos principais secund rias constitu d
22. de Ci ncias Ci ncia amp Educa o v 17 n 1 p 35 50 2011 MARTINS Alfabetiza o Cient fica Met fora e Perspectiva para o Ensino de Ci ncias XI Encontro de Pesquisa em Ensino de F sica Curitiba 2008 Anais Problemas e perspectivas sobre a integra o CTS no sistema educativo portugu s Revista Electr nica de Ense anza de lasCiencias vol 1 n 1 28 39 2002 MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Educa o de Minas Gerais Biologia Proposta Curricular Educa o B sica 2005 Dispon vel em lt http crv educacao mg gov br sistema crv index aspx id projeto 27 amp id objeto 38969 amp id pai 38935 amp tipo txg amp n1 amp n2 Proposta 20CurricularW20 20CBC amp n3 Ensino 20 M ESdi0 amp n4 Biologia amp b s amp ordem campo3 amp cp 104331 amp cb mbi gt Acesso em 02 nov 2013 ROSA R T N Terr rios no Ensino de Ecossistemas Terrestre e Teoria Ecol gica R B E C T vol 2 n 1 2009 SANTOS W P Contextualiza o no Ensino de Ci ncias por meio de Temas CTS em uma Perspectiva Cr tica Ci ncia amp Ensino vol 1 n mero especial 2007 SANTOS W L P MORTIMER E F Tomada de Decis o para A o Social Respons vel no Ensino de Ci ncias Ci ncia amp Educa o v 7 n 1 p 95 111 2001 S O PAULO Cidade Secretaria Municipal de Educa o Diretoria de Orienta o T cnica Movimento de reorienta o curricular Ci ncias vis o de rea S o Paulo SME DOT 1992 S O PAULO E
23. de identificar e reconhecer diferenciam se pelas situa es que envolvem Identificar significa ter um elemento e saber do que se trata e qual o seu nome Reconhecer refere se a identificar algo entre outros isto envolve a habilidade de identificar uma figura dentre outras em uma imagem maior Assim reconhecer mobiliza um aparato cognitivo mais sofisticado pois disp e em rela o a m ltiplos conceitos que precisam se organizar a fim de produzir uma diferencia o entre diversos elementos Para ilustrar a habilidade de reconhecer pode se imaginar o desenho a seguir gt o Figura 6 Mosaico composto de diferentes figuras planas AGA O mosaico da figura anterior composto por diversas figuras de variados tipos Para compreender o contexto e efetuar a leitura da imagem n o basta identificar o quadrado ou o ret ngulo mas articular essas defini es em um contexto que exige reconhecimento No caso dessa imagem pode se demandar ao estudante que reconhe a quantos quadril teros existem Dessa maneira n o basta identificar quais s o as figuras de quatro lados mas diferenci las das que possuem outras formas Al m disso para avan ar no dom nio da compet ncia podemos perguntar quantos quadrados existem dentre os quadril teros localizados Isso ajuda o estudante a pensar sobre as caracter sticas que identificam uma figura e a compreender as rela es que se estabelecem entre os diferentes elementos Propriedades das
24. e de forma palp vel em objetos do mundo f sico constru es e art stico esculturas Lidamos em nosso cotidiano com ideias de paralelismo congru ncia semelhan a medi o simetria rea volume e muitas outras claro que os aspectos utilit rios da Geometria s o importantes poss vel e desej vel todavia que o argumento da utiliza o dessa rea de conhecimento na vida cotidiana profissional ou escolar permita e desencadeie o reconhecimento de que sua import ncia ultrapasse esse seu uso imediato para ligar se a aspectos mais formativos Muitos autores apontam a Geometria como sendo o ramo da Matem tica mais adequado para o desenvolvimento de capacidades intelectuais tais como a percep o espacial a Fa criatividade o racioc nio hipot tico dedutivo Esses autores destacam ainda que n o se pode negar que essa rea de conhecimento oferece um maior n mero de situa es nas quais o aluno pode exercitar sua criatividade ao interagir com as propriedades dos objetos ao manipular e construir figuras ao observar suas caracter sticas compar las associ las de diferentes modos ao conceber maneiras de represent las Soares 1999 em sua disserta o de mestrado discorre que muitos autores como Pavanello 1995 apontam a Geometria como sendo o ramo da Matem tica mais adequado para o desenvolvimento de capacidades intelectuais tais como a percep o espacial a criatividade o racioc nio hi
25. estufa etc O efeito de sentido trazido pela tira fica entre o humor e o tr gico dependendo de qualquer modo da constru o de uma rede de conhecimentos e da aten o a curta fala da ave Apenas para mencionar um exemplo conhecido de crian as em todo o Brasil os quadrinhos de Mauricio de Sousa costumam produzir efeitos de sentido geralmente com base na narra o de situa es c micas ou na quebra de expectativas ligadas a linguagem No fim das revistinhas por exemplo costumam vir tirinhas de apenas tr s quadros e em v rias delas a compreens o equivocada de uma palavra ou mesmo a literalidade como algo compreendido d o gra a ao texto Vejamos a tira a seguir FIG 3 Tira de Mauricio de Sousa Dispon vel em www encantamentosdaliteratura blogspot com Aexpress o olho nu entendida literalmente pela M nica dispara um efeito de comicidade e deixa Cebolinha perplexo Para n o mostrar os olhos nus preciso escond los Esse tipo de quest o de linguagem bastante explorada em tiras e quadrinhos oferecendo subs dios para an lises e exerc cios bastante teis e interessantes na escola Tais exerc cios podem auxiliar na condu o dos processos de leitura dos estudantes que tomam consci ncia tanto do recurso empregado pelo autor do texto quanto de seus efeitos Vejamos a tira de Ziraldo a seguir com o conhecido personagem Menino Maluquinho POR QUE MINHA PANELI UM CARA MEI
26. exemplo uma pessoa est no cruzamento da rua Xavier Curado indicado por A no mapa se ela deseja ir ao Centro de Estudos e Pesquisas em Sa de do Hospital Ipiranga indicado por B GoogleyAapl nkALVBR Figura 6 Um caminho poss vel o indicado em azul no mapa seguir pela rua Xavier Curado at a rua Costa Aguiar virar direita andar um quarteir o virar esquerda na rua dos Patriotas seguir at a avenida Nazar virar direita e seguir at o local desejado Mas entre os caminhos mais curtos h outros caminhos que tamb m podem ser listados como organizamos abaixo numa rvore de possibilidades R Agostinho Gomes R dos Patriotas R Cipriano Barata R dos Patriotas R Xavier Curado R Costa Aguiar R dos Patriotas R Lino Coutinho R Bom Pastor R dos Patriotas R Lino Coutinho R dos Patriotas Av Nazar 5 Figura 7 R Xavier Curado Nesta outra atividade solicitado ao aluno que argumente se o trajeto est correto ou n o tendo como base a observa o de uma planta fornecida Iistra es SA Studia Die Figura amp Em rela o quest o a seguir os alunos ir o identificar pontos no sistema cartesiano uma quest o que necessita do entendimento pleno de coordenadas num gr fico e apresenta uma dificuldade maior que a primeira quest o sugerida QUEST O 3 Observe a figura Quais as coordenadas de A Be C respectivamente no gr fico a 1 4 5 6 e 4 2 b 4 1
27. ficos de informa o cartografia automatizada sensoriamento remoto etc quanto no que concerne ao seu acervo te rico e metodol gico em n vel de pesquisa b sica campos novos ou renovados como geoecologia teoria das redes geogr ficas geografia cultural geografia econ mica geografia pol tica e recursos naturais etc quanto em nivel de pesquisa aplicada planejamento e gest o ambiental urbana e rural Assim sendo devemos admitir que essas transforma es no campo dos conhecimentos geogr ficos v m colocando desafios para a forma o n o apenas do ge grafo pesquisador t cnico e planejador como tamb m para o ge grafo professor do ensino fundamental m dio e superior BRASIL 2004 p 10 Aproxima o realizada entre as diferentes linguagens colaboram para o ensino de Geografia como representa o de realidades estudadas O uso de gr ficos implica formas de vis o e concep o que podem representar determinados pressupostos te ricos e metodol gicos O dom nio do uso de gr ficos suscita possibilidades de leitura e entrelaces de informa es com o objetivo de transformar dados descritivos em informa es matem ticas As pesquisas evidenciam car ter mensur vel a partir de linguagem gr fica quantificando informa es que podem ser representadas no espa o geogr fico O uso de ambientes digitais interativos proporciona n veis dial gicos diversos e devem estar presentes no processo de ensino aprendizagem v
28. figuras planas e situa es did ticas Dentre as situa es did ticas que envolvem a geometria as que t m tido maiores resultados em termos de aprendizagem e de motiva o dos estudantes s o aquelas que envolvem a Arte Para se desenvolver a habilidade de identificar e reconhecer figuras importante que al m de observar e saber nomear os estudantes possam apreciar e construir suas pr prias cria es A partir das experi ncias do campo da Arte poss vel perceber que uma das primeiras etapas de contato com um objeto novo de conhecimento a aprecia o Nesse sentido na rea da Matem tica ao desenvolver conte dos com figuras planas uma das possibilidades a aprecia o das formas do cotidiano Trata se pois de uma situa o que n o se presta para ser uma atividade introdut ria Em geral os jovens e adultos j circulam por diversos espa os f sicos e sociais Um simples passeio promovido pela escola n o se diferencia dessa a o cotidiana Todavia ap s o desenvolvimento de uma situa o did tica na qual se abordou a terminologia pr pria do campo da geometria e as habilidades de identifica o e reconhecimento essa atividade pode ter um enorme potencial pedag gico As a es cotidianas que envolvem conte dos da Geometria s o feitas na maioria das vezes de modo intuitivo isto sem reflex o sobre o que se faz Nesse sentido a fun o da educa o formal permitir que esses sujeitos extrapol
29. impactos das diferentes Caderno de Pesquisa 51 5 Caderno de Pesquisa m dias nas pr ticas de representa o e comunica o a perspectiva antropol gica considera a aprendizagem escolar em ci ncias como uma introdu o de estudantes cultura cient fica ou encultura o por meio da sua familiariza o com pr ticas de leitura e escrita de textos relacionados ao discurso cient fico a perspectiva sociol gica considera a leitura e a escrita como pr ticas sociais e est voltada para o estudo das rela es entre essas pr ticas e as caracter sticas sociais dos sujeitos que as exercem a perspectiva pol tica enfatiza a dimens o reflexiva e transformadora da realidade social entre outras dimens es incluindo a perspectiva afetiva emocional que tem sido pouco estudada apesar de sua import ncia A perspectiva pol tica da alfabetiza o cient fica tem sido bastante enfatizada na legisla o educacional e nas diretrizes curriculares oficiais estando vinculada ao exerc cio pleno da cidadania A literatura sobre o ensino de ci ncias em contrapartida tem problematizado tal vincula o ao destacar que o conhecimento cient fico n o assegura a participa o cidad de forma autom tica ou seja o pleno exerc cio da cidadania pressup e sistemas democr ticos por meio dos quais as pessoas possam se expressar livremente atentando tamb m para as responsabilidades concernentes as diversas esferas sociais indivi
30. o ciclo da mat ria em diversos Relacionar o conceito de decomposi o ao DO4 su ecossistemas associando o ao papel dos ciclo da mat ria organismos decompositores Identificar as transforma es f sicas da gua Identificar as etapas e a import ncia do ciclo a DOS atrav s da mudan a do estado l quido gasoso da gua no e s lido Reconhecer os componentes do ar atmosf rico suas principais propriedades e o modo como a polui o afeta suas caracter sticas Identificar as propriedades do ar D06 sua composi o e a interfer ncia de agentes poluidores Identificar os principais fen menos decorrentes da varia o da press o atmosf rica relacionados com a varia o de altitude Relacionar o aumento ou diminui o DO7 da press o atmosf rica com o aumento da altitude Como exemplo visando o desenvolvimento das habilidades descritas no quadro acima elaboramos uma sequ ncia did tica Quadro 2 a ser iniciada com a montagem de um micro ecossistema que pode ser feito dentro de garrafas PET l mpada incandescente ou dentro de qualquer recipiente transparente ta as aqu rios etc Mais informa es sobre como montar mini terr rios que podem inclusive ser usados posteriormente como objetos decorativos podem ser obtidas atrav s dos seguintes v deos dispon veis na internet http www youtube com watch v reWryGnShfg ehttp globotv globo com rede globo
31. o e de comicidade no caso aqui abordado podem ser vistos e discutidos O ajuste e a melhor distribui o desses g neros pode ser um caminho para a forma o leitora al m da abordagem cr tica e criativa dos recursos lingu sticos de que dispomos em nossa l ngua x u vav t uzi Ex u Os textos de humor provavelmente t m espa o reduzido na escola Exceto pelo estudo igei nica u i u rio x ligeiro da cr nica o humor raramente considerado tema de estudo s rio Os boxes perif ricos em livros did ticos do tipo saiba mais ou alguma se o para entretenimento e divers o trazem tirinhas e textos curtos mas no intuito de descansar distrair fazer um intervalo entre se es s rias Geralmente esses textos s o saltados j que n o servem para uma abordagem lingu stica e comunicacional de seus efeitos geralmente interessantes e criativos em termos de linguagem de extrema import ncia que se perceba que o texto cujo efeito seja a comicidade como efeito principal ou marginal t o importante quanto outros al m de propiciar a an lise de recursos que n o s o empregados da mesma forma em outros tipos e g neros textuais incluindo se af os usos e efeitos da pontua o e outras nota es Caderno de Pesquisa 21 22 Caderno de Pesquisa Refer ncias ARA JO J C COSTA S M DIEB M H O Twitter e o ensino de l ngua inglesa em 140 caracteres Edu
32. origina a partir dos lados de uma figura plana de modo que o ponto onde esses lados se encontram se chama v rtice Assim pode se ampliar ainda mais a situa o did tica com a figura a seguir 0H Figura 4 Quadrildteros diferentes Neste exemplo existem quatro quadril teros pois todos possuem o mesmo n mero de lados Diferenciam se pelo tamanho dos lados e tamb m pelos ngulos Essa varia o angular pode se constituir como mais um crit rio para contribuir na identifica o de figuras Essas diferentes compara es entre figuras auxiliam o estudante a compreender os distintos crit rios que est o inter relacionados para determinar e identificar uma figura plana Na imagem existe um paralelogramo um ret ngulo um losango e um quadrado Destacar as diferentes caracter sticas que permitem classific los dessa maneira um aspecto fundamental na consolida o da habilidade de identificar No caso dos quadril teros importante dominar a habilidade de identificar a partir da apropria o conceitual dos diferentes tipos O quadrado a figura plana equil tera na qual todos os lados possuem o mesmo tamanho e os ngulos s o de 90 No caso do ret ngulo a caracter stica angular se mant m mas apenas os lados paralelos s o do mesmo tamanho O losango possui todos os quatro lados com medidas iguais e ngulos opostos iguais mas sendo dois desses ngulos com medida menor que 90 e dois com medidas maiores Dentre o
33. professor pois o uso de computadores tablets celulares e as redes de acesso s informa es colocando em conjunto texto som e imagem trazem est mulos variados ao aluno acionando processamentos mentais eficientes na aquisi o de conhecimento e ainda sugerindo exposi es menos concentradas no quadro negro e nos livros did ticos Caderno de Pesquisa 71 72 Caderno de Pesquisa O conhecimento geogr fico aplicado em sala de aula De um modo geral a percep o que se tem da escola embasada em um quadro negro com professor em p e alunos sentados dispostos em carteiras enfileiradas Por m o desafio como ensinar Geografia para al m das dificuldades existentes como falta de materiais e recursos Podemos levar sala de aula metodologias distinta das tradicionalmente trabalhadas despertando nos alunos novas motiva es e curiosidades e no caso aqui proposto faz lo participar da produ o cartogr fica Assim quest es podem ser formuladas com o intuito de levar o estudante a aprimorar seu conhecimento fazendo an lises cr ticas e sistematizadas Um exemplo para atrair a aten o dos alunos e usar novas tecnologias como aliadas da Geografia a utiliza o do mapa que atualmente pode ser facilmente constru do utilizando a interface Google Earth Google Earth um programa de computador que apresenta um modelo tridimensional do globo terrestre Pode ser usado simplesmente como um gerador de mapas bidim
34. quais concep es partem as habilidades de leitura das matrizes de avalia o que v m servindo de base para as avalia es em larga escala atuais assim como por extens o e consequ ncia ao ensino escolar Matrizes de avalia o da leitura O cen rio complexo vagamente descrito na se o anterior sem d vida apaixonante mas n o apenas isso A avalia o da leitura tem hoje import ncia estrat gica para os pa ses e para o mundo sendo feita tamb m a fim de produzir conhecimentos sobre o desenvolvimento de um pa s ou de um povo al m de ajudar na tomada de decis es para pol ticas de variado alcance para a educa o entendida de forma ampla Um dos modos que se tem encontrado para avaliar a compet ncia dos leitores a formula o de avalia es em larga escala isto provas aplicadas a um grande n mero de estudantes geralmente em s ries terminais 9 ano 3 ano do Ensino M dio final do ensino superior o que relaciona fortemente a escola e a forma o escolar vida do cidad o leitor Muitos especialistas s o convocados a participar da formula o dessas pol ticas e dessas avalia es desde sua concep o geral at a produ o dos testes que chegam s m os dos estudantes claro que as concep es de leitura e os aspectos ideol gicos est o envolvidos nisso A formula o dessas avalia es de car ter oficial feita com base em matrizes de habilidades bastante detalh
35. que se refere compet ncia de dentificar figuras e suas propriedades a nfase est nas figuras regulares sendo que os conte dos referentes aos outros tipos de pol gonos s o resguardados para outras etapas de ensino Quando se inicia o trabalho com os pol gonos regulares em geral a primeira diferencia o entre figuras planas acontece em fun o do n mero de lados Diferenciar um tri ngulo de um quadril tero uma tarefa relativamente f cil pois poss vel perceber a altera o visual de modo muito aparente Todavia importante introduzir desde cedo nomenclatura correta das figuras fundamental identific las mas tamb m saber nome las muito comum o uso de termos n o convencionais no dia a dia como o ret ngulo cortado para se identificar o tri ngulo ou o quadrado torto para falar do losango basilar que os modos de falar do cotidiano n o sejam invalidados nem classificados como sendo de menor valia mas importante que o estudante amplie seu repert rio de palavras a fim de que possa compreender uma conjuntura que se estruture de maneira mais formal Ainda mais do que diferenciar as figuras identificar implica tamb m em saber usar o nome correto haja vista que no uso social necess rio entender e se fazer compreender na linguagem Nesse sentido aprender a L ngua Materna condi o fundamental para a leitura assim como para a Matematica Segundo Danyluk O que foi dito
36. que tais efeitos podem advir n o apenas do texto verbal mas de sua rela o com aspectos visuais de sua composi o tal como pode ser o caso de tirinhas cartuns e textos em quadrinhos de forma geral Esse material tem circula o ampla em nossa sociedade muito embora deva ser considerado de forma espec fica quando adentra os muros da escola e passe a ser tratado como material de estudo e an lise Efeitos de humor importante relacionar as escolhas de recursos empregados em um texto s quest es relacionadas aos g neros textuais O caso da identifica o de efeitos de humor por exemplo tem rela o direta com certa percep o de que alguns g neros textuais dirigem nossas expectativas para isso ou simplesmente deixam o leitor mais propenso a uma leitura cujos efeitos sejam de humor Al m da piada g nero reconhecido socialmente como desencadeador do riso outros g neros podem se construir na forma de textos de humor tais como para citar apenas alguns exemplos de ampla circula o social a cr nica o cartum as tirinhas a charge e o an ncio publicit rio O linguista S rio Possenti 1998 2009 2010 tem estudos sobre piadas mormente em An lise do Discurso e nos ajuda a compreender os mecanismos lingu sticos e discursivos mobilizados para os efeitos humor sticos nos textos Apenas para citar dois cronistas socialmente reconhecidos como humoristas Mill r Fernandes e Luis Fernando Ver ssimo s o certamente dos
37. realizadas essas produ es pode se solicitar que tentem mudar as figuras que constru ram mexendo nas articula es das hastes O professor pode problematizar e pedir que os estudantes descrevam o que est acontecendo a fim de que notem que ao movimentar um dos ngulos os outros dois precisam ser automaticamente ajustados para que a figura se conserve Caso um aluno fixe dois ngulos e tente movimentar o terceiro pode perceber que isso destr i a figura e torna imposs vel que se mantenha um tri ngulo Toda essa atividade fundamenta se na rigidez triangular e uma boa estrat gia did tica para desenvolver esse conte do com os alunos Evidente que se trata do desenvolvimento da no o de rigidez e n o de uma apropria o conceitual dos termos A inten o pedag gica e curricular a de que estudantes possam pensar sobre essas quest es sem que necessariamente sejam introduzidos em aspectos mais formais que s o conte dos de etapas mais avan adas da Educa o de Jovens e Adultos tamb m essa mesma propriedade que garante ao tri ngulo um n mero infinito de aplica es na constru o civil pois toda vez que se quer construir algo a rigidez triangular garante a efetividade dos c lculos matem ticos que sustentam as edifica es Esse exemplo pr tico do cotidiano pode ser amplamente discutido em sala de aula dependendo da realidade e do cotidiano dos alunos Pode se explorar por exemplo como o construtor utiliza o es
38. representa es desenhadas As maquetes por exemplo t m por objetivo de um lado contribuir para melhorar as imagens visuais dos alunos e de outro favorecer a constru o de diferentes vistas do objeto pelas mudan as de posi o do observador frequentemente indispens veis na resolu o de problemas que envolvem a localiza o e movimenta o no espa o Al m disso uma atividade que leva o aluno a observar as rela es entre tamanhos e aproximar se da no o de proporcionalidade o que permitir num momento posterior a utiliza o das escalas na constru o de maquetes O professor deve tamb m estimular os alunos a constru rem mapas e outras representa es gr ficas localizando pontos e tra ando rotas a partir de comandos de posicionamento De uma forma em geral o trabalho com a localiza o no plano e no espa o iniciado na etapa anterior de escolaridade deve ser ampliado com as no es de dire o e sentido de ngulo de paralelismo e perpendicularismo etc Como recurso metodol gico o professor pode utilizar o papel quadriculado com o intuito de auxiliar o aluno a localizar objetos utilizando as unidades de medidas cm mm em conex o com o dom nio de Grandezas e Medidas Nos anos finais do Ensino Fundamental o papel quadriculado um importante recurso para que os alunos localizem pontos utilizando coordenadas Nesse sentido a introdu o da ideia de coordenadas cartesianas pode ser feita com signif
39. se ocupam de rvores que as classificam que estudam sua morfologia e suas fun es mas onde est a ci ncia que se ocupa das rvores humanizadas pois bem s o precisamente estes objetos que interessam arte Ler com compet ncia textos narrativos deveria ser algo relativamente f cil pois por meio deles que desde cedo vamos conhecendo o mundo e nos conhecendo assim como por meio deles que vamos nos contando aos outros Em outras palavras passamos grande parte de nosso dia a dia contando hist rias relatando nossas a es e as a es alheias E at mesmo uma crian a pequena capaz de acompanhar uma narrativa oral da mesma forma que capaz de tec la em suas intera es sociais Caderno de Pesquisa 93 94 Caderno de Pesquisa Por m na escola o texto narrativo t o familiar na literatura oral parece que se afasta da pr tica social e quando os alunos se deparam com ele sentem dificuldade primeiro para vencer o pr prio texto pois muitos acham os textos muito longos dif ceis depois para dar atribuir sentido ao texto e ainda para entender a pr pria carpintaria desse g nero textual estruturado a partir do narrador das personagens do espa o do tempo do conflito gerador da solu o para o conflito entre outros O que costuma acontecer com frequ ncia que na escola os textos s o tratados todos da mesma forma independente da sua filia o em diferentes g neros textuais Descon
40. sobre leitura aplica se ao ensino da matem tica A leitura de um texto de matem tica se realiza da mesma forma que leitura de um discurso mostrado em um texto de l ngua portuguesa ou no discurso mostrado na tela de um pintor ou ainda no discurso mostrado atrav s da m mica que a pessoa pode usar para se comunicar O que modifica nessas leituras s o os textos as linguagens mostradas pelos diferentes discursos 1991 p 38 Cc ma das confus es mais usuais se refere ao c rculo circunfer ncia e outras formas ied rredondadas que sdo todas reduzidas a nomenclatura de bola bolota ou redondo o caso da linguagem matem tica formal a circunfer ncia a linha formada pelos pontos equidistantes do centro apenas o contorno O c rculo corresponde reuni o da circunfer ncia e ao conjunto de todos os pontos localizados no interior da figura logo o c rculo um pol gono pois limita uma regi o do espa o que est compreendida em seu interior Em outros termos a circunfer ncia um ente matem tico composto por pontos equidistantes de um centro enquanto o c rculo corresponde a esta linha mais a regi o interior Dessa maneira o c rculo n o tem lados pois composto de pontos Cada linha que parte do centro do c rculo at um de seus pontos da circunfer ncia um raio As linhas que passam pelo centro e ligam dois pontos distintos da circunfer ncia definem o di metro do c rculo Uma vez que haja apropria
41. solidariedade e da interdepend ncia obrigat ria pois essencial para esse resultado que voc e eutenhamos o mesmo entorno j que somente nessa situa o posso assumir com maior ou menor certeza dentro da realidade diretamente vivida experimentada que a mesa que estou vendo mesma e a mesma em todas suas situa es perspectivas SANTOS 1999 160 e 161 62 Caderno de Pesquisa Ainda assim para al m de uma vis o estratificada as rela es que o ambiente estabelece com a sociedade tamb m sugerem a necessidade do desenvolvimento de aptid es que levem o aluno a analisar e comparar interdisciplinarmente as rela es entre preserva o e degrada o da vida no planeta em suas diferentes escalas local regional nacional e global Isso envolve conhecimentos agregados Ci ncias Biol gicas por exemplo e podem ser abordados de modo sincr nico Observa se a condi o de ver a Geografia como uma disciplina muito pr pria para se trabalhar interdisciplinarmente Ela se envolve com a Matematica Lingua Portuguesa Ci ncias Biol gicas Sociais e F sicas Tra ando um paralelo mais espec fico em rela o a interdisciplinaridade tomemos as disciplinas de Sociologia e Filosofia que estabelecem rela es diretas com as discuss es geogr ficas pois seus elementos est o ligados as percep es de rela es sociais conhecimento de mundo e exerc cios de poderes Essas liga es se d o pelo car
42. suas asas ris deslizava no ar com a rapidez de uma andorinha ris morava no c u e vinha Terra para trazer as mensagens que Juno e outros deuses mandavam Ela percorria um longo caminho que ficava colorido quando passava Assim surgiu o arco ris Luisa Massarani Ci ncia Hoje das crian as 2 edi o ano 9 n 61 SBPC p 9 As caracter sticas da lenda est o bem vis veis no texto a express o era uma vez remete as narrativas orais e ao descompromisso com a veracidade O que entra em jogo a verossimilhan a O surgimento do arco ris explicado por meio de uma personagem a deusa ris Essas caracter sticas ficam mais evidentes se comparadas a um texto informativo que explica o que um arco ris O que arco ris A cor branca formada por uma mistura de cores que podem ser separadas com o aux lio de certos prismas transparentes de cristal por exemplo formando uma imagem conhecida como espectro O espectro uma faixa de sete listras principais de cores vermelho alaranjado amarelo verde azul anilado e violeta O arco iris o espectro formado pela luz solar ao atravessar as gotas de chuva que funciona como prisma de cristal Porqu Adapta o de Maria Clara Machado Paris Editora Liceu Rio de Janeiro 1967 p 23 Apesar de ter sido publicado em 1967 o texto atual porque as informa es sobre o arco iris pesquisadas cientificamente n o sofreram altera o e valem para todos os
43. t m se duas imagens A primeira delas a lembra um c rculo com um corte de uma aba Todavia cabe destacar que no canto superior direito h uma pequena abertura isto faz com que n o haja uma delimita o do espa o o que ic transforma o desenho apenas em uma linha irregular e n o em um pol gono ou figura plana Na imagem b pode se ver um conjunto de linhas que lembram fortemente um tri ngulo entretanto n o h uni o entre os elementos do desenho de maneira a delimitar um espa o o que faz como que seja apenas um conjunto de linhas pr ximas Por maior semelhan a que produza as linhas que limitariam a superf cie n o est o unidas e mesmo que com uma pequena lacuna n o podem ser consideradas como uma figura plana Ap s abordar esse esclarecimento sobre o que de fato um pol gono o ensino dessa habilidade come a com a diferencia o entre as figuras planas que s o classificadas como Caderno de Pesquisa 79 80 Caderno de Pesquisa pol gonos regulares ou irregulares Esta a primeira distin o a ser desenvolvida com os estudantes Muitas vezes algumas imagens que se assemelham aos pol gonos mais conhecidos s o tomadas como sendo figuras regulares ainda que n o se caracterizem como tal A figura a seguir ilustra alguns exemplos desses casos que causam confus o a b Figura 2 Exemplos de pol gonos irregulares As duas imagens s o pol gonos pois delimitam clarament
44. um caminho para o ensino da resolu o de problemas do jardim de inf ncia nona s rie In LINDQUIST M M e SHULTE A P Aprendendo e Ensinando Geometria Tradu o de Hygino H Domingues S o Paulo Atual 1994 FAINGUELERNT E K O Ensino de Geometria e a Teoria das Inteligencias Multiplas uma experiencia com Informatica no Colegio Santa Ursula no Rio de Janeiro P tio revista pedag gica Porto Alegre Ano 1 n 1 p 46 50 maio jul 1997 http www diaadiaeducacao pr gov br portals pde arquivos 2455 8 pdf http www diaadiaeducacao pr gov br portals pde arquivos 329 4 pdf IMENES Luiz M rcio Matem tica Imenes e Lellis 2 edi o S o Paulo Moderna 2012 OLIVEIRA Carlos N C de Para viver juntos matem tica ensino fundamental 2 edi o S o Paulo Edi es SM 2011 PAVANELLO R M Formacao de possibilidades cognitivas em no es geom tricas Tese Doutorado Faculdade de Educa o Universidade Estadual de Campinas Campinas 1995 PERES G A realidade sobre o ensino de Geometria no 1 e 2 graus no estado de S o Paulo S o Paulo Educa o Matematica em Revista SBEM n 4 1995 PROJETO ARARIB Matem tica ensino fundamental 3 edi o S o Paulo Moderna 2010 VIDA E AMBIENTE NO ENSINO FUNDAMENTAL SUBSIDIOS PARA A PRATICA DOCENTE Introdu o Vida e Ambiente Terra e Universo Ser Humano e Sa de e Tecnologia e Sociedade constituem os quatr
45. 100 esp cies vivas entre animais e plantas aut ctones Tudo para que descubras um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade e por sua vez mais fr geis do planeta CosmoCaixa 2013 Tradu o nossa Nesse sentido os apontamentos de Rosa 2009 contribuem ainda mais para o trabalho com os terrarios ao apontar aspectos que devem ser considerados durante sua montagem e as limita es desta metodologia Entretanto de forma alguma consideramos que os resultados desta pesquisa invalidem tal estrat gia muito pelo contr rio Ap s ou concomitante as investiga es sobre os processos que ocorrer o no mini terr rio essencial a explora o dos ecossistemas locais relacionando se as partes como todo a biosfera Assim importante realizar com os alunos uma visita a uma rea verde da cidade explorando o bioma a que pertence esp cies t picas e suas adapta es as caracter sticas do clima solo e relevo os impactos ambientais percebidos no local realizando tamb m a medi o da temperatura em v rios pontos de forma a discutir as causas de tais varia es Ao explorar os ecossistemas importante discutir os principais problemas socioambientais locais e globais Para tal sugerimos que os alunos tragam reportagens sobre esses problemas organizando se em grupos em fun o da similaridade das causas desses problemas por exemplo grupo 1 problemas relacionados polui o do ar grupo 2 problemas relac
46. ACH 2010 os curr culos de Ci ncias devem ser organizados de modo que o conhecimento escolar possibilite uma leitura de mundo mais cr tica e democr tica que pode ser alcan ada com uma ACT que leve em conta tr s objetivos objetivos humanistas que visam capacidade do indiv duo de se situar em um universo t cnico cient fico e de poder utilizar as ci ncias para decodificar seu mundo mantendo ao mesmo tempo sua autonomia cr tica na nossa sociedade Objetivos ligados ao social que visam diminuir as desigualdades produzidas pela falta de compreens o das tecnoci ncias ajudar as pessoas a se organizarem e dar lhes os meios para participar de debates democr ticos que exigem conhecimentos e um senso cr tico como por exemplo os debates contempor neos sobre energia sobre uso de c lulas tronco e de organismos geneticamente modificados entre outros Objetivos ligados ao econ mico e ao pol tico que possibilitam aos indiv duos participar da produ o do mundo industrializado e de seu potencial tecnol gico e econ mico a partir do desenvolvimento de voca es cient ficas e ou tecnol gicas necess rias produ o de riquezas Segundo Auler e Delizoicov 2001 a ACT cada vez mais tem sido postulada enquanto dimens o fundamental numa din mica social crescentemente relacionada ao desenvolvimento cient fico tecnol gico entretanto enfatizam que sob este r tulo h um espectro bastante amplo de significados tendo e
47. CADERNO DE PESQUISA 2013 ISSN 2316 7599 CADERNO DE PESQUISA 2013 A Cole o 2013 de divulga o dos resultados das avalia es em larga escala realizadas pelo Centro de Pol ticas P blicas e Avalia o da Educa o CAEd apresenta em seus primeirosvolumes textos referentes s disciplinas avaliadas bem como sobre temas de interesse das inst ncias gestoras O objetivo complementar a apropria o dos resultados ao suscitar discuss es como a equidade da educa o e a import ncia de se avaliar determinadas reas do conhecimento A proposta tem como alicerce a ideia de que os resultados obtidos com a avalia o podem servir de subs dio para rever diretrizes e tra ar metas para a promo o da melhoria do ensino Diante disso importante tratar de temas que circundam a avalia o e n o s os seus resultados proporcionando uma an lise cr tica e permanente das pol ticas implementadas e da pr tica pedag gica No intuito de refor ar as discuss es j fomentadas nas Revistas do Sistema do Gestor e Pedag gica o Caderno de Pesquisa apresenta os artigos completos que serviram como refer ncia para os textos presentes nessas publica es Os artigos presentes neste volume foram elaborados com base nas compet ncias e habilidades que v m apresentando desempenho abaixo do esperado conforme se verifica nas avalia es estaduais e municipais realizadas pelo CAEd O Caderno de Pesquisa est dividido nas modali
48. CATALOGR FICA Caderno de Pesquisa 2013 Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Educa o CAEd v 6 jan dez 2013 Juiz de Fora 2013 Anual ISSN 2316 7599 CDU 373 3 373 5 371 26 05 CAEd Faculdade de Educa o Universidade Federal de Juiz de Fora
49. Caderno de Pesquisa 33 Atentamos apenas para a quest o de quem est tomando como refer ncia ou seja incorre se na falha de confundir quem est sendo tomado como refer ncia o personagem na ilustra o ou o leitor do livro aluno QUEST O 2 A figura a seguir representa um mapa bastante simplificado de uma cidade em que est o marcados alguns de seus pontos de interesse Nesse mapa a coordenada 5 6 indica a localiza o a da catedral b da quadra poliesportiva c do teatro d do cinema ABCDEFGHMHIJSKL Legenda x 1 1 1 1 1 X Teatro Ly Tel K Shopping Li dl EEN L Quadra Poliesportiva z 41I14 ee Z Est dio de Futebol Ko P Catedral Y Cinema SovosuauU runas JE Apesar de ser uma quest o relativamente simples mas de muita import ncia para os alunos iniciarem o entendimento do sistema cartesiano ortogonal Para aprofundar as discuss es o professor deve solicitar aos alunos que re nam e tragam guias e mapas da cidade em que moram Depois pe a que localizem uma rua qualquer Nos guias especificamente os alunos poder o observar as plantas das ruas e a ordem em que est o colocadas no indice O docente deve al m de apresentar e fazer uma leitura dando explica es detalhadas de como se utiliza e l um guia apresentar tamb m alguns nomes de ruas para os alunos localizarem e registrar no quadro as observa es feitas e como eles chegaram as solu es Depois desta breve ativi
50. NTUSCHKA N N PAGANELLI T CACETE N H Para Ensinar e Aprender Geografia S o Paulo Editora Cortez 2007 SANTOS Milton A natureza do espa o t cnica e tempo raz o e emo o 3 ed S o Paulo Hucitec 1999 TUAN Yi Fu Espa o e lugar a perspectiva da experi ncia S o Paulo Difel 1983 A ALFABETIZA O MATEM TICA NOS ANOS INICIAIS DA EDUCA O DE JOVENS E ADULTOS EA APRENDIZAGEM DA GEOMETRIA PLANA A Educa o de Jovens e Adultos EJA configura se como uma oportunidade excepcional para as pessoas que n o tiveram acesso educa o ou sucesso educacional na idade adequada Em fun o disso tem se um perfil de estudante bastante diferenciado daquele do ensino regular Al m disso as etapas iniciais da EJA configuram se para muitos como o momento de introdu o escolariza o formal o que demanda maior habilidade do professor a fim de atender s demandas e desenvolver conte dos que permitam uma leitura de mundo mais ampla e significativa A Educa o de Jovens e Adultos para os anos iniciais do Ensino Fundamental tem sido palco de um novo fen meno que o chamado de juveniliza o dos estudantes HADDAD 2002 BRUNEL 2004 Em outras palavras o perfil do alunado tem mudado do adulto que n o teve acesso na idade regular para o do jovem que sofreu m ltiplas repet ncias ou tem dificuldades de aprendizagem As turmas ditas convencionais dessa modalidade ainda existem mas cada vez mais aument
51. O professor pode sugerir a planifica o de hist rias inventadas cr nicas f bulas contos novelas e at mesmo romances Ler e escrever textos narrativos importante em qualquer n vel e modalidade da escola pois esta uma das mais antigas express es humanas da linguagem Para jovens e adultos uma oportunidade de adentrar nas hist rias alheias e perceber nelas as suas pr prias hist rias vividas ou imaginadas E quanto mais competentes eles forem nesse adentramento mais leitores de textos e de mundo poder o ser N o poss vel ent o reduzir o trabalho com o texto liter rio a quest es meramente informativas tais como identifica o de personagens resumo do enredo an lise formal de poemas identifica o de figuras de linguagem etc Mais do que ser capaz de dar informa es sobre um texto liter rio lido o leitor p recisa perceber a carpintaria nica na qual tal texto foi moldado os m ltiplos sentidos por ele criados e compreender de que forma ele se faz nico Al m disso relacionar o texto lido ao conjunto da obra de seu autor Este por sua vez deve ser relacionado ao contexto est tico e hist rico em que se insere e qual sua liga o com a contemporaneidad E para que esse percurso possa ser feito pelo aluno e eitor o papel do professor leitor mais experiente essencial Ser o professor quem poder suscitar atividades intertextuais diversas a troca de diferentes leitura
52. O CULINARIO FIG 4 Tira de Ziraldo Dispon vel em http meninomaluguinho com br No caso trata se de uma tira metalingu stica que trabalha o campo sem ntico da culin ria A panela que Maluquinho usa na cabe a serve de disparador para o jogo de met foras que ele mesmo explicita culin ria fresca fervilhar e fogo s o todas palavras usadas em sentido conotativo e surtem a gra a do texto O fato de um leitor n o entender a piada denuncia em muitos casos alguma dificuldade na percep o de recursos expressivos empregados no texto e mesmo a aus ncia de expectativas ligadas ao g nero textual discursivo De todo modo n o simples mobilizar habilidades que levem o leitor compreens o de um texto de humor e rea o propiciada por ele Para entender a piada s o necess rias para al m dos conhecimentos do t pico em foco da matriz habilidades ligadas ao conhecimento pr vio sobre um assunto aspecto fundamental em charges e cartuns produ o de infer ncias e mesmo a percep o de Caderno de Pesquisa 15 16 Caderno de Pesquisa elementos ligados multiplicidade de linguagens que podem ser fundidas atualmente na produ o de um texto Compreender um texto verbal seja ele de humor ou n o exigir a mobiliza o de habilidades de reconhecimento de pontua o nota es express es e outros recursos A compreens o de um texto multissemi tico exigir ainda a
53. Percebe se neste documento uma vincula o entre contextualiza o e motiva o problematiza o aprendizagem significativa e cotidiano Cabe entretanto destacar que a contextualiza o por si s n o garantir uma participa o ativa dos estudantes na constru o do conhecimento mas se aliada problematiza o ser uma ferramenta importante para a aprendizagem significativa Ainda sobre a vincula o da contextualiza o ao cotidiano Fernandes e Marques 2009 afirmam que a inser o de aspectos cotidianos com o prop sito de ilustra o e exemplifica o da conceitua o cient fica pouco ou nada contribuir para incentivar um trabalho educacional contextualizado Kato e Kawasaki 2011 ao abordar as origens do problema da des contextualiza o do ensino tamb m criticam a ideia de contextualiza o restrita ao cotidiano contexto de utiliza o enfatizando assim a necessidade de relacionar os conte dos tamb m aos contextos de produ o e apropria o dos saberes Caderno de Pesquisa 47 48 Caderno de Pesquisa Os saberes ensinados aparecem como saberes sem produtores sem origem sem lugar transcendentes ao tempo ensinando se apenas o resultado isolando os da hist ria de constru o do conceito retirando os do conjunto de problemas e quest es que os originaram Nesta perspectiva de ensino os curr culos escolares tornam se inadequados realidade em que est o inseridos pois est o c
54. Walter Benjamim 1993 como um s bio por basear se na experi ncia de toda uma vida de uma vida de todos para contar hist rias Al m do estudo sistem tico com os textos narrativos importante encaminhar com os alunos a sua produ o Isso porque escrever leva quem escreve a colocar em pr tica os elementos que v em funcionamento ao ler Para isso importante trabalhar com planifica es ou roteiros que ser o desenvolvidos em textos narrativos Os elementos sugeridos na planifica o ser o ampliados detalhados pelo aluno Por exemplo podemos propor a planifica o de uma narrativa conhecida como Pedro Malasartes e a rvore que dava dinheiro Introdu o situa o inicial uma pens o espa o Uma manh tempo Pedro Malasantes personagem principal sai com algumas moedas dentro de um pote feito de cera de abelhas Desenvolvimento problema Pedro Malasartes para embaixo de uma rvore Aparece um boiadeiro personagem secund rio O sol derrete o pote de mel e as moedas come am a cair O boiadeiro fica curioso Malasartes explica que as moedas est o caindo da rvore O boiadeiro quer trocar alguns bois pela rvore Conclus o desfecho Malasartes aceita a troca e vende os bois na cidade O boiadeiro fica esperando a rvore dar moedas Os textos produzidos podem compor uma colet nea de novos textos a serem lidos e analisados assim como socializados para outros leitores da escola ou da comunidade
55. a linguagem escrita mas vivem em uma sociedade letrada Por isso preciso ter presente o fato de que se o adulto analfabeto ou funcionalmente alfabetizado possui estrat gias de pensamento constru das na pr tica social que s o diferentes das crian as em fase de alfabetiza o pois jovens e adultos transitam pelo mundo possuem mais refer ncias extralingu sticas e podem fazer um maior n mero de interfer ncias Isso d a eles algumas qualidades como uma mem ria extremamente desenvolvida assim como capacidade para concentra o ast cia e inventividade tenacidade e agu ado sentido auditivo Dessa forma pode se dizer que a literatura uma inven o do analfabeto criador dos mitos e can es de ninar dos contos de fadas das ora es das charadas das f bulas das par bolas de tal forma que sem a transmiss o oral n o haveria poesia e sem os analfabetos n o haveria livros Enzwenberger 1995 p 46 Mesmo analfabetos jovens e adultos possuem um acervo de refer ncias liter rias vindas da oralidade Por m na escola a literatura por vezes considerada como uma forma superior mais nobre da linguagem restrita a alguns capazes de produzi la e outros poucos de consumi la Assim os textos liter rios acabam dando a vez para outros g neros textuais considerados mais pr ximos do aluno Talvez isso explique o fato de que ao entrar na escola os alunos gostem de literatura mesmo que n o deem a e
56. a de um cidad o H letramentos que se d o preferencialmente durante a vida escolar enquanto h outros que ocorrem do lado de fora dos muros escolares Uma vis o mais diversificada e ampliadora dessas quest es pode ser encontrada por exemplo em autores brasileiros que lidam com a ideia de multiletramentos como o caso de Rojo e Almeida 2013 para quem a diversidade de linguagens e pr ticas culturais especialmente as ligadas cultura escrita deve fazer parte da discuss o acad mica e escolar Os g neros textuais existentes e mesmo os que v o se consolidando ou transfigurando na leitura e na escrita passam pelo crivo da escola que se apropria deles ou n o 1 Um dos ambientes conhecidos como redes sociais na web classificado como um microblog em que as postagens isto os textos publicados t m no m ximo 140 caracteres Algumas aplica es do Twitter na escola j foram relatadas por exemplo em Ara jo Costa e Dieb 2011 para o ensino de l ngua inglesa 2 Trata se de um aplicativo para telefone baseado no envio de mensagens para indiv duos ou grupos maneira das sms short message service s que gratuitamente inclusive propiciando uma discuss o que passa pelo prest gio e pelo valor social de certos textos e linguagens e n o de outros Essa uma quest o que atravessa nossas concep es do que seja texto e do que seja ensinar um cidad o a ler Vamos abordar agora o que s o e de
57. a e discurso S o Paulo Contexto 2010 ROJO Roxane ALMEIDA Eduardo Orgs Multiletramentos na Escola S o Paulo Par bola Editorial 2012 ROJO R H R Letramentos m ltiplos escola e inclus o social S o Paulo Par bola Editorial 2009 VAN LEEUWEN Theo Ten reasons why linguists should pay attention to visual communication In LEVINE Philip SCOLLON Ron Ed Discourse amp Technology Multimodal discourse analysis Washington Georgetown University Press 2004 LOCALIZAR OBJETOS EM REPRESENTA ES DO ESPA O POR ALUNOS DO FUNDAMENTAL II PEUGUNS ASPECTOS CONGEMUAISE METODOLOGICOS A CONSIDERAR Nas avalia es em larga escala as matrizes de matem tica est o estruturadas por anos e s ries avaliadas Para cada um deles s o definidos os descritores que indicam uma determinada habilidade que deve ter sido desenvolvida nessa fase de ensino Os descritores n o contemplam todos os objetivos de ensino mas apenas aqueles considerados mais relevantes e poss veis de serem mensurados em uma prova para com isso obter informa es que forne am uma vis o real desse ensino Esses descritores s o agrupados por temas que relacionam um conjunto de objetivos educacionais Um dos temas trabalhados o que se refere a Espa o e Forma e que na sua constitui o traz uma s rie de compet ncias como por exemplo ocalizar objetos em representa es do espa o Esse tipo de dom nio implica a aquisi o de algumas h
58. a o n mero de estudantes que teve acesso escolariza o mas por algum motivo n o aprendeu e encaminhado para turmas de Educa o de Jovens e Adultos Essa diversidade que existe em qualquer classe mas que ganha destaque na EJA mais uma demanda para as compet ncias profissionais do professor Nesse sentido ensinar e aprender nessa modalidade de ensino requer situa es did ticas elaboradas que levem em conta esse perfil diferenciado de estudante e permitam a constru o de uma aprendizagem significativa e contextualizada No caso da Matem tica o ensino assume dimens es bastante singulares pois o conjunto de experi ncias desses sujeitos tende a ser mais amplas do que aquelas das crian as em idade convencional Carraher et al 1989 j investigaram o contexto da aprendizagem da Matem tica por adultos e jovens n o escolarizados Eles descobriram que os conhecimentos matem ticos pr vios s o bastante elaborados e os jovens e adultos j possuem diversos conhecimentos e estrat gias pessoais que foram desenvolvidas de modo intuitivo no cotidiano Nesse sentido ensinar e aprender Matem tica na EJA n o pode se configurar apenas como uma transposi o do ensino regular carecendo de livros materiais recursos e estrat gias pedag gicas adequados para ensinar Matem tica em um grupo de jovens e adultos 78 Caderno de Pesquisa Ainda em geral entende se que as etapas iniciais de escolariza o devem voltar se para a
59. a que entre eles exista sempre uma rela o de anterioridade ou de posterioridade mesmo quando essa rela o alterada na sua sequ ncia linear Todas as vezes que uma hist ria contada narrada quem conta narrador acaba contando onde quando como e com quem ocorreu o epis dio E esses elementos que estruturam as narrativas Na teoria liter ria eles ganham uma denomina o pr pria narrador espa o tempo personagens enredo E como se trata de um relato real ou n o mas sempre veross mil o autor do texto cria uma forma pr pria qual chamamos de narratividade por meio desses elementos Por exemplo ele escolhe contar em 1 ou 3 pessoa foco narrativo define os personagens em protagonista antagonista e coadjuvante se coloca como um narrador personagem ou narrador observador define o tempo cronol gico e ou psicol gico o espa o define o conjunto de a es que ser o narradas enredo S o exemplos de g neros ficcionais da esfera narrativa romance narrativa longa geralmente dividida em cap tulos possui personagens variadas em torno das quais acontece a hist ria principal e tamb m hist rias paralelas a ela novela tipo de narrativa menos longa que o romance e geralmente possui apenas um n cleo Est entre a extens o do romance e do conto conto uma narrativa curta em que o enredo reduzido e s o poucas as personagens que existem em fun o de um n cleo cr nica a cr nica nar
60. a um conjunto de opera es mentais vinculadas mem ria e aten o Produzir suas pr prias cria es Caderno de Pesquisa 85 86 Caderno de Pesquisa envolve um conjunto mais sofisticado de opera es pois envolve a capacidade de raciocinar e projetar com antecipa o o arranjo de elementos que comp em o todo Assim se mobiliza mais o racioc nio e o pensamento a fim de se ampliar as habilidades de interpreta o das situa es Afigura a seguir ilustra uma express o facial que foi constru da utilizando apenas figuras planas E E O C Figura 7 Imagens constru das a partir de pol gonos No caso da imagem acima diversas figuras planas foram utilizadas para compor a imagem maior Al m de ajudar a diferenciar pol gonos regulares de irregulares permite compreender as diferentes rela es entre lados e ngulos que existem nas figuras planas No mesmo sentido por se tratar de jovens e adultos a coordena o motora mais organizada do que a das crian as Pode se assim construir imagens a partir de t cnicas de gravura pois envolvem a colagem de materiais sob desenhos de figuras planas a fim de constituir pe as de artesanato Pode se pedir que a partir do recorte de v rias pe as com uma nica forma geom trica se construa desenhos maiores E 619 E Figura 8 Imagens constru das a partir de pol gonos iguais Ao observar a figura acima poss vel perceber que al m de o estudante identif
61. abilidades como o aluno saber identificar a localiza o movimenta o de objetos em mapas croquis e outras representa es gr ficas bem como interpretar informa es apresentadas por meio de coordenadas cartesianas Sabemos que esse tema de fundamental import ncia para o aluno desenvolver um tipo especialde pensamento que lhe permitir compreender descrever e representaro mundo em que vive A explora o desse campo do conhecimento permite o desenvolvimento de habilidades de percep o espacial possibilitando a descoberta de conceitos matem ticos de modo experimental al m de permitir que os alunos estabele am conex es entre a matem tica e outras reas do conhecimento Desde que nascemos estamos em contato com o mundo que nos cerca Atrav s dos nossos sentidos e movimentos exploramos e interpretamos o ambiente que nos rodeia Entretanto percebemos que a maioria dos curr culos escolares durante muito tempo n o deu a essas experi ncias a devida import ncia tal fato segundo Toledo 1997 parece estar relacionado com a tradi o que vem desde Euclides com a famosa obra Os elementos de abordar os fatos e conceitos geom tricos de maneira axiom tica ou seja O estudo da geometria consistia muito mais em aprender a demonstrar teoremas do que em conhecer e interpretar propriedades das figuras e s lidos por exemplo As origens desse ramo da Matem tica recuam a pocas muito antigas Como todo saber humano ele nasce e
62. adas Tais matrizes pretendem responder s quest es que dizem respeito ao que um leitor deve saber e saber fazer para que possa ser considerado um leitor menos ou mais h bil na leitura de textos de variados g neros e formas de circula o social Resumidamente uma matriz uma cole o de descritores isto frases que descrevem habilidades desej veis ao final de uma etapa escolar Essa cole o dividida em grupos maiores que tratam de aspectos diferentes da leitura As quest es de teste os itens s o produzidas conforme a habilidade que se quer medir ou verificar isto os testes que chegam aos nossos estudantes s o produzidos conforme um mapa de habilidades que em tese dariam boa ideia sobre a forma o leitora dos estudantes Nos testes aqui em foco a matriz empregada como base para as quest es apresenta um t pico que analisaremos de forma mais aprofundada qual seja as rela es entre recursos expressivos e efeitos de sentido Caderno de Pesquisa 9 10 Caderno de Pesquisa Recursos expressivos e efeitos de sentido Para fazermos aqui um recorte vamos tratar das rela es entre recursos expressivos e efeitos de sentido em um texto isto de apenas um aspecto dos v rios que devem funcionar e funcionam amalgamados quando um leitor est em a o O leitor que aqui focalizaremos ainda jovem formando se no 9 ano do Ensino Fundamental Isso provavelmente significa que ele teve conta
63. adeiam se os fatos que geram os conflitos e a es narrador figura criada pelo autor para relatar os fatos Em rela o ao romance e tomando se a tem tica como ponto de refer ncia h romances hist ricos psicol gicos regionalistas indianista fic o cient fica aventuras policiais er ticos Conhecer essa subclassifica o orienta o leitor pois d indicativos Caderno de Pesquisa J5 96 Caderno de Pesquisa de como se organizam os diferentes elementos da narrativa Por exemplo no caso de romances policiais o leitor j prev antes da leitura a presen a de crimes a serem solucionados policiais criminosos e v timas em um conto fant stico como um conto de fadas certamente haver pr ncipe princesa fada bruxa um come o com era uma Ta vez e um final com foram felizes para sempre em um romance de fic o cient fica ser o encontrados alien genas uma tecnologia ainda n o existente No caso das f bulas ap logos e par bolas o leitor que conhece esses g neros j infere que os personagens ser o respectivamente animais objetos inanimados e pessoas e que haver algum tipo de li o de moral impl cita ou expl cita Os elementos que comp em o texto v o definindo tamb m a sua estrutura sint tica Por exemplo como o enredo composto por um conjunto de a es os verbos ser o comuns ao longo dos textos narrativos essas a es s o praticadas por personagens que
64. amente em um artigo acad mico o c mico ser improv vel talvez at inadequado enquanto que na cr nica de certos escritores a sua aus ncia pode causar frustra o ao leitor T o importante quanto identificar cada recurso de acordo com o que est nos descritores da matriz de avalia o compreender seus efeitos sendo desej vel tamb m alcan ar sua an lise e sua descri o A leitura e a escola rumo melhores resultados na forma o do leitor Onde quer que a escola esteja falhando importante saber que est nela tamb m a chance de forma o de leitores mais h beis Isso provavelmente diz algo sobre os g neros textuais e discursivos que v m sendo repetidamente estudados e sobre os que n o o t m sido H tempos vem se apontando o descarte da literatura ou sua abordagem ma ante no ensino b sico Fundamental ou M dio Alguns g neros ainda s o raros embora j circulem nos espa os escolares tal como o caso da propaganda e de seus cong neres publicidade campanhas an ncios classificados entre outros E imperativo dizer que a abordagem da pontua o para al m das regras e da norma gramatical de extrema import ncia para a forma o do leitor e sua percep o de que a escrita disp e de muitos recursos para o alcance dos efeitos de sentido que foram desejados e planejados pelo autor Na ciranda dos g neros textuais que os recursos diversos e os empregos espec ficos de pontua
65. articular ou situar o conhecimento espec fico da disciplina parte a contextos mais amplos de significa o todo esses sim bastante variados o cotidiano do aluno a s disciplina s escolar es a ci ncia refer ncia o ensino e os contextos hist rico social e cultural relacionando assim os contextos local e global Como enfatizado no in cio deste artigo a compreens o acerca da realidade dos estudantes contexto local deve ser o ponto de partida para a amplia o dos conhecimentos acerca do mundo contexto global Assim as situa es locais abrem perspectivas para se trabalhar os contextos regionais e nacionais de modo que as rela es entre contexto local e global n o podem ser entendidas de maneira dissoci vel FREIRE 2006 Trazer os contextos de viv ncia dos alunos para os contextos de aprendizagem torna se assim um importante fator para a ocorr ncia da aprendizagem significativa pois d sentido aos conhecimentos aprendidos cabendo ao professor apresentar aos estudantes uma forma de ler interpretar e intervir nesse conjunto de viv ncias e no mundo em que vivem N o obstante a supervaloriza o do cotidiano tem dado margem a alguns equ vocos e compreens es simplistas acerca de sua aplica o conforme citamos anteriormente Uma delas a banaliza o do contexto de vida dos estudantes restringindo os conhecimentos desses ou limitando os realidade imediata como se fosse a nica realidade poss vel
66. as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino M dio DCNEM BRASIL 1998 os PCNEM BRASIL 1999 Proposta Curricular para o Ensino de Biologia para o 2 grau PCEB S O PAULO 1988 e para o Ensino Fundamental os PCNs BRASIL 1998b a Proposta Curricular para o Ensino de Ci ncias e Programas de Sa de para o 1 grau PCEC SAO PAULO 1991 e o Movimento de Reorienta o Curricular de Ci ncias MRCC S O PAULO 1992 A partir desse estudo os autores identificaram uma ampla gama de concep es acerca da contextualiza o do ensino estando elas relacionadas ao realidade vida viv ncia mundo cotidiano trabalho cidadania contexto social contexto hist rico e cultural conhecimentos pr vios do aluno e disciplinas escolares Essas concep es foram organizadas e reunidas em tr s agrupamentos constituindo as primeiras categorias de an lise estabelecidas pelos pesquisadores cotidiano do aluno disciplina s escolar es e contextos hist rico social e cultural KATO KAWASAKI 2011 Em rela o primeira categoria cotidiano do aluno a ideia de valorizar o cotidiano no ensino de ci ncias n o representa nenhuma novidade pois j no final da d cada de 1970 havia no Brasil as primeiras manifesta es sistem ticas a favor deste princ pio Segundo Fracalanza Amaral e Gouveia 1986 esta ideia tem crescido sistematicamente nos ltimos anos sendo concebida sob duas formas a primeira que se preo
67. as pelos acontecimentos menos relevantes que valorizam a a o central E tamb m ir ajudando os alunos a identificarem o fato que deflagra a a o introdu o os conflitos que se desdobram desse fato desenvolvimento e como se d o desfecho da trama sabendo que o texto pode ser aberto se n o h desenlace da hist ria e do destino final das personagens ou fechado quando se observa a a o solucionada e a sorte final das personagens importante que os alunos entendam tamb m que as a es relacionam se entre si por encadeamento ordena o temporal das a es por encaixe introdu o de uma a o noutra e por altern ncia entrela amento das a es que v o se desenrolando separadas alternadamente podendo fundir se em determinado ponto da intriga Algumas perguntas s o fundamentais no estudo das narrativas e podem ajudar os alunos a irem direcionando o olhar leitor O que aconteceu enredo Com quem personagens Onde espa o Quando tempo Caderno de Pesquisa Of 98 Caderno de Pesquisa Quem est contando narrador Por m importante destacar que as perguntas anteriores tamb m est o impl citas nas not cias que um g nero jornal stico Ent o necess rio lembrar que estamos nos debru ando sobre textos liter rios ficcionais que obedecem outra rela o texto leitor cuja finalidade a frui o Nos textos liter rios a verossimilhan a ideia de verda
68. ata na terra desde que tenhamos em m o um receptor de sinais GPS informando a latitude a longitude e a altitude com o auxilio de sat lites em rbita da Terra Um exemplo de utiliza o do GPS s o os avi es que para n o se colidirem s o monitorados e informados em qual rota devem seguir viagem Muitos educadores introduzem o conte do usando a batalha naval um jogo de tabuleiro cujo objetivo descobrir por meio da localiza o dada por uma letra e um n mero onde est o as embarca es do advers rio Antes do jogo cada jogador posiciona os seus navios nos quadradinhos na horizontal e na vertical de modo que a quantidade de navios seja a mesma para ambos os jogadores Al m disso os navios n o podem se sobrepor A batalha permite explorar as coordenadas como no plano cartesiano onde estudantes s o desafiados a descobrir um jeito de localizar os navios s com n meros Qual deve ser dito primeiro O de x ou de y Se cada um usar uma ordem pontos diferentes ser o encontrados nesse aspecto que se faz necess rio o entendimento do tema e a socializa o das regras por exemplo que os matem ticos decidiram que o valor da horizontal deve ser dito primeiro ELSE MES E q f ORO a i S AMA L Ch GENS lellal gt E o lo VW G ogar de mov Figura 3 Outra op o de jogo o Campo Minado no qual o professor poder organizar o jogo da seguinte maneira os alunos divididos em grupo cruzar o um cam
69. c Pode ser usado tamb m com o intuito de verificar se os alunos absorveram o conceito de posicionamento por meio de coordenadas usar as linhas e colunas das cadeiras da sala de aula pode se atribuir letras s colunas e n meros s linhas pedindo que cada aluno identifique a posi o da sua pr pria cadeira por meio de coordenadas como D 4 E 3 etc Outra possibilidade a introdu o de jogos nas aulas como o jogo de xadrez que atrav s da movimenta o das suas pe as configura se com a introdu o a no es de dei verticalidade de horizontalidade ou seja porque o tabuleiro uma representa o de um sistema cartesiano Como podemos ver nas gravuras a seguir Setup Bureau ustrackes 37 38 Caderno de Pesquisa ot a NwWpUW DD 4 o NWS Wa SI ow A SCE GR ABCDEFGH ABCDEFGH ABCDEFGH A rainha w est inicialmente na posi o C 7 Essa pe a pode andar in meras casas em uma jogada em qualquer dire o desde que em linha reta Exemplos de posi es poss O bispo I est inicialmente na posi o F 3 Essa pe a pode andar in meras casas em uma jogada mas apenas na diagonal Exemplos de posi es pos O cavalo A est inicialmente na posi o E 5 Essa pe a movimenta se formando um L anda duas casas para frente ou para os lados e uma A torre E est inicialmente na posi o A 1
70. ca o amp Tecnologia v 16 p 90 104 2011 BAKHTIN M Est tica da cria o verbal S o Paulo Martins Fontes 1992 CAFIERO Delaine COSCARELLI Carla V Ler e ensinar a ler In COSCARELLI Carla V Leituras sobre a leitura Passos e espa os na sala de aula Belo Horizonte Vereda 2013 COSSON Rildo Letramento liter rio teoria e pr tica S o Paulo Contexto 2009 KRESS Gunther Literacy in the new media age London Routledge 2003 A RESS Gunther VAN LEEUWEN Theodore Multimodal discourse The modes and media P of contemporary communication London Hodder Arnold 2001 KRESS Gunther VAN LEEUWEN Theo Reading images The grammar of visual design 2 ed London Routledge 2006 MACHADO Maria Z lia V et al Orgs A crian a e a leitura liter ria Livros espa os media es Curitiba Positivo 2012 MACHADO Maria Z lia V et al Orgs Leituras liter rias discursos transitivos Belo Horizonte Aut ntica 2005 MACHADO Maria Z lia V Na contram o do letramento liter rio leitura de poemas em livros did ticos Vertentes S o Jodo Del Rei v 25 p 73 80 2005a MARTINS A A et al Orgs Livros amp Telas Belo Horizonte Editora UFMG 2011 POSSENTI S rio Os humores da lingua An lises lingu sticas de piadas Campinas Mercado de Letras 1998 POSSENTI S rio O humor e a l ngua Ci ncia Hoje v 30 n 176 p 72 74 2009 POSSENTI S rio Humor l ngu
71. cimento da sua din mica e a mundializa o dos fen menos culturais econ micos tecnol gicos e pol ticos que incidem sobre a natureza nas diferentes escalas local regional nacional e global Contextualiza o sociocultural Reconhecer na apar ncia das formas vis veis e concretas do espa o geogr fico atual a sua ess ncia ou seja OS processos hist ricos constru dos em diferentes tempos e os processos contempor neos conjunto de pr ticas dos diferentes agentes que resultam em profundas mudan as na organiza o e no conte do do espa o Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos b sicos da Geografia Identificar analisar e avaliar o impacto das transforma es naturais sociais econ micas culturais e pol ticas no seu lugar mundo comparando analisando e sintetizando a densidade das rela es e transforma es que tornam concreta e vivida a realidade Nessa perspectiva de an lise e estudos acrescentam se como importantes conceitos as no es de paisagem lugar territ rio e territorialidades globaliza o t cnica e redes Os entrelaces poss veis entre os conceitos e as habilidades e compet ncias podem ser explorados de in meras maneiras Abordaremos ent o as m ltiplas linguagens e a Geografia no Ensino M dio Caderno de Pesquisa 65 66 Caderno de Pesquisa Observa o e Percep o As Diferentes Linguagens Para o ensino de Geografia o professor dev
72. co nas rela es entre Ci ncia Tecnologia Sociedade podem contribuir substancialmente para a Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica ACT dos cidad os tendo em vista o exerc cio de uma cidadania respons vel Entretanto para iniciarmos essa discuss o primeiramente precisamos deixar claro o que entendemos como ACTisso o que faremos a seguir A ACT tem estado onipresente tanto nas diretrizes curriculares como nas matrizes de habilidades das avalia es em larga escala como por exemplo no Programa Internacional de Avalia o dos Estudantes PISA representando atualmente um dos principais objetivos do ensino das Ci ncias Esse fato motivado pelas cr ticas que tem sido feitas ao ensino das Ci ncias por se constatar que este est longe de satisfazer as necessidades da sociedade atual MARTINS 2007 Segundo Auler e Delizoicov 2001 a ideia de ACT possivelmente ganhou vigor com os recentes avan os no campo da Biotecnologia e Engenharia Gen tica a partir da premissa de que a sociedade seja analfabeta cient fica e tecnologicamente e que numa din mica social crescentemente vinculada aos avan os cient fico tecnol gicos a democratiza o desses conhecimentos considerada fundamental AULER DELIZOICOV 2001 p 2 Tendo em vista as atuais demandas pela crescente participa o da sociedade nas decis es que envolvem Ci ncia e Tecnologia a ACT repercutiu sobremaneira no mbito do curr culo encontrando no
73. cupa com a aplica o do aprendizado na solu o de problemas pr ticos na vida do estudante e a segunda que sem excluir obrigatoriamente a primeira prop e o uso do cotidiano como motiva o para o aluno j que ao partir de seu mundo concreto o aluno se interessaria mais pelo objeto de estudo e aprenderia mais Entretanto para este autor tanto um caminho quanto o outro cometem equ vocos que devem ser enfrentados dem p 46 Segundo os pesquisadores nas DCNEM duas categorias est o presentes a categoria cotidiano do aluno e a categoria disciplinas escolares uma vez que proposta uma abordagem interdisciplinar do conhecimento atrelada contextualiza o Dentre os documentos analisados os PCNEM s o documentos que re nem concep es diferenciadas de contextualiza o do ensino relacionadas a todas as categorias de an lise Nos PCNs n o h refer ncia direta ao termo contextualiza o mas h diversos elementos que remetem ideia de contextualiza o como a proposta de organiza o do curr culo de ci ncias por meio de eixos tem ticos que permite romper com uma vis o fragmentada das reas das Ci ncias e a proposi o dos temas transversais que buscam trazer a realidade sociocultural do aluno para o ensino e tamb m abordar os conte dos de forma mais integrada De acordo com Kato e Kawasaki 2011 na PCEB a no o de contextualiza o do ensino apresenta se diretamente relacionada ao
74. dade os alunos em grupo ou individualmente dever o realizar outras sugeridas a seguir dada a localiza o da rua indicar o par ordenado encontrado letra e n mero dado um par ordenado letra e numero localizar uma rua correspondente apresentar as ruas como retas e ou segmentos de retas e determinar pontos encontrados nestes segmentos identificado pares ordenados 34 Caderno de Pesquisa nesse momento que o professor pode aproveitar e verificar o que os alunos sabem para dar informa es sobre trajeto Para isso pode acrescentar verbalmente numa planta fornecida previamente dois estabelecimentos por exemplo uma padaria na rua Figo e uma farm cia na rua Amaro pe a para descreverem um percurso mais longo e percurso mais curto entre dois lugares Teatro Com dia e drama AM StudoslDyBR Figura 5 Podemos ainda aproveitar a planta fornecida ver abaixo para solicitar aos alunos que identifiquem nela as ruas paralelas e as perpendiculares Solicite tamb m que os alunos descrevam no caderno como fariam para ir de suas casas at algum estabelecimento comercial pr ximo padaria farm cia supermercado etc Um colega pode ler o trajeto um do outro para ver se compreende Podemos tamb m desenvolver a possibilidade de percorrer diferentes caminhos e assim atrelamos ao bloco de conte do de Tratamento de Informa o ou seja comum a escolha por n s de um caminho entre v rios poss veis Por
75. dades de ensino regular e EJA Os dois primeiros artigos tratam especificamente de disciplinas avaliadas L ngua Portuguesa e Matem tica no Ensino Fundamental do ensino regular Com base nas novas demandas das avalia es em larga escala os dois artigos seguintes tratam de duas disciplinas relacionadas s ci ncias da natureza e humanas respectivamente Ci ncias e Geografia esta para o Ensino M dio aquela para o Ensino Fundamental nessa mesma modalidade Os dois artigos finais A Alfabetiza o Matem tica nos anos iniciais da Educa o de Jovens e Adultos e a aprendizagem da geometria plana e Ler textos narrativos na Educa o de Jovens e Adultos tratam das disciplinas L ngua Portuguesa e Matem tica na EJA O primeiro mostra a import ncia da Geometria no ensino da Matem tica na Educa o de Jovens e Adultos O ltimo mostra a import ncia da estrat gia de leitura de textos na rela o de ensino e de aprendizagem da L ngua Portuguesa na EJA SUM RIO 1 LEITURA E PRODU O DE SENTIDO NO ENSINO FUNDAMENTAL CONCEP ES E AVALIA ES Fi Mamzesdeavalidcacda EN oiar re a n e N O A EEN EAEE 9 Recursos expressivos e efeitos de sentido ereta rar reaaenee era ee tre aa aerea rear ae anetarit naes 10 Efeitos de ONO E a css dessas so aaa a a a 11 Usos da POUCO innit ren aires aa eae Nes Rant ane ties ec EAA 16 Oque hao se l EE E E mead ancmaineih asia giinainen ead an ema l aa 19 A leitura e a escola rumo
76. das em http www geogebra org Outro software que podemos utilizar nas nossas aulas a anima o Teia Cartesiana Caderno de Pesquisa 39 40 Caderno de Pesquisa Essa anima o um jogo onde o aluno movimenta uma aranha em uma teia que representa o plano cartesiano com o objetivo de capturar abelhas As abelhas apresentam as coordenadas de um ponto no plano que fazem parte do seu percurso pela teia e nessas coordenadas a aranha tem a possibilidade de capturar a abelha para alimentar outra aranha companheira Abelha presa Abelha carregando o par ordenado ___ aT Aranha comedora de insetos ES colocada HP por nossa aranha Aranha colicin pat pet edi ETY as a Et LO Figura 12 O professor deve organizar os alunos em duplas e na sala de informatica acessar a anima o Durante o jogo os alunos devem anotar as situa es em que conseguiram marcar pontos indicando os pares de n meros Deve se explicar que esses pares de n meros chamam se Coordenadas Logo em seguida os alunos devem explorar o jogo e o docente esse momento sistematizar a discuss o para acrescentar mais algumas informa es tais como a identifica o dos eixos Como por exemplo perguntar a seus alunos O que espa o Ap s apresentarem suas hip teses para a defini o o professor deve conduzir a discuss o de forma a abordar que o espa o est relacionado com tudo o que nos envolve e o local onde podemos
77. de constru da a partir dos elementos da narrativa levando o leitor a perceber o que narrado como algo que se assemelha realidade mas que n o a realidade Vamos ver um exemplo de trabalho com o g nero conto Como os alunos da EJA t m um forte v nculo com a literatura oral a ideia partir de um conto de tradi o popular reescrito por C mara Cascudo Esse importante escritor e folclorista brasileiro foi advogado jornalista e professor Nasceu em 30 de dezembro de 1898 E com 68 anos se aposentou do cargo de professor para ter mais tempo para si E nunca abriu m o de ficar a vontade sempre de sand lia e pijama e com os cabelos grisalhos todo despenteado Em 1986 Cascudo morreu em Natal Antes de ler o conto poss vel explorar o t tulo pois ele j d uma pista sobre o que ser lido uma hist ria que envolve um caboclo um padre e um estudante Nesse momento mesmo sem ter conhecimento ainda da hist ria o leitor j sabe quem s o os personagens sempre bom lembrar que boa parte da atribui o de sentidos se d por meio das infer ncias e preciso ensinar aos alunos a prestarem aten o nas pistas que antecedem a leitura pois comprovar nossas hip teses um dos motivos pelos quais lemos Nesse caso que hip teses podemos tecer sobre uma hist ria que envolve esses personagens O caboclo o padre e o estudante Um estudante e um padre viajavam pelo sert o tendo como bagageiro um caboclo Dera
78. de ser conhecida Outro risco que pode incorrer na abordagem do cotidiano o distanciamento do conhecimento cient fico ou o inverso quando se utiliza o cotidiano apenas como um fator motivacional ou ilustrativo recorrendo na supervaloriza o dos conceitos cient ficos desvinculados de seu contexto de produ o e aplica o como normalmente feito nos livros did ticos FERNANDES MARQUES 2009 KATO KAWASAKI 2011 Na proposta curricular para o ensino de Biologia do Estado de Minas Gerais Minas Gerais 2005 a contextualiza o tamb m tem destaque nas diretrizes para o ensino dessa disciplina Entretanto n o h nesse documento uma defini o acerca desse princ pio pedag gico havendo apenas algumas exemplifica es H deseconsideraro interesse dos estudantes pelostemase a problematiza o de situa es para o desenvolvimento dos conte dos A contextualiza o um recurso importante para retirar o aluno da condi o de espectador passivo permitindo uma aprendizagem significativa Estudar o corpo humano por exemplo n o significa apenas saber como funcionam diferentes sistemas mas entender como funciona todo o corpo e as consequ ncias de fazer dieta usar drogas consumir gorduras ou exercer a sexualidade A adolescente que aprende aspectos do sistema reprodutivo sem entender o que se passa com seu corpo a cada ciclo menstrual n o constr i um conhecimento significativo MINAS GERAIS 2005 p 7 8
79. de leitura fundamentaram o ensino no Brasil e no mundo ao longo do tempo Um interessante apanhado dessas concep es feito por Coscarelli e Cafiero 2013 que apontam a leitura entendida de v rias maneiras tais como por exemplo estritamente leitura liter ria a exemplo de livros tradicionais que s traziam textos liter rios para a sala de aula e o ensino ou como a decodifica o do c digo lingu stico como se o texto fosse aut nomo e modelar a ponto de todo o sentido estar l ou como um complexo processo de intera o entre autor texto e leitor essa ltima abordagem que mais nos interessa e que parece sustentar os testes de leitura que v m sendo produzidos no pa s Afinal interessa nos um leitor cr tico e ativo capaz de dialogar com os textos que l fazendo infer ncias e associa es pertinentes ler passa sim pela decodifica o mas essa apenas uma das a es do leitor num processo que envolve a es de compreender avaliar e criticar Ler n o uma tarefa simples uma atividade complexa da qual o leitor participa ativamente n o passivo Ele n o recebe sentidos prontos mas age sobre o texto e o processa re construindo sentidos a partir de suas pr prias experi ncias de mundo de seus conhecimentos de suas cren as Ler exige trabalho Trabalho cognitivo porque mobiliza uma s rie de capacidades ou habilidades do sujeito leitor como as de perceber analisar sin
80. de participa es O jogo deve prosseguir at que um grupo consiga concluir o percurso Deve se explicar ao grupo que o jogo proposto usou conceitos relacionados a Plano Cartesiano usando apenas um quadrante Para que oaluno possaidentificar a localiza o movimenta o de objeto em mapas croquis e outras representa es gr ficas o professor poderia realizar atividades que abordassem a leitura e a localiza o de endere os em guias de ruas em que as coordenadas s o representadas por letras e n meros referentes informa o horizontal e vertical bem como criar outras situa es pr ticas como por exemplo a localiza o de uma poltrona em um cinema Nesse caso o professor poderia simular a sala de aula como se fosse uma sala de cinema Outra situa o seria como achar um determinado livro numa biblioteca no qual para isso normalmente teremos que cruzar algumas informa es o n mero da estante localiza o prateleira na qual o livro se encontra e se o mesmo est localizado a direita ou esquerda Para ilustrar a nossa fala observaremos as quest es abaixo QUEST O 01 Prova Brasil Considerem no desenho abaixo as posi es dos livros numa estante JANR at Voc est de frente para essa estante O livro de M sica o terceiro a partir da sua a esquerda na prateleira do meio b direita na prateleira de cima c esquerda na prateleira de cima d direita na prateleira do meio
81. der avaliar e adequar a a o docente um desafio complexo quando a inten o formar cidad os conscientes cr ticos e ticos aptos para atuar na sociedade contempor nea As alunas e alunos de Geografia devem estar ao E nal do Ensino M dio essencialmente preparados para compreender a complexidade social atual localiza o problematiza o da sua realidade e atua o cr tica no mundo Contemplar uma vis o panor mica sobre a sociedade indispens vel para que se alcance os objetivos propostos entendendo as rela es estabelecidas entre os conceitos e fatos essencialmente geogr ficos e as din micas econ micas temporais culturais sociais e ambientais que o homem estabelece Caderno de Pesquisa 75 70 Caderno de Pesquisa Refer ncias ALMEIDA Rosangela D PASSINI Elza Y O espa o geogr fico ensino e representa o 15 ed S o Paulo Contexto 2011 BARBOSA Jorge Luiz Geografia e cinema em busca de aproxima es e do inesperado In CARLOS Ana Fani A org A geografia em sala de aula S o Paulo Contexto 1999 p 109 133 BRASIL Par metros curriculares nacionais Geografia Bras lia 2001 Minist rio da Educa o Parecer 492 2001 Dispon vel em lt http www mec gov br gt Acesso em 8 jul 2004 CASTROGIOVANNI A C COSTELLA R Z Brincar e cartografar com os diferentes mundos geogr ficos a alfabetiza o espacial Porto Alegre EDIPUCRS 2006 PO
82. des dependendo do ecossistema visitado ecossistema local Discuss o em grupo montagem de cartazes e apresenta o dos resultados Discuss o sobre problemas ambientais locais e globais 01 02 03 04 05 As habilidades desenvolvidas extrapolam Simula o de as citadas no Quadro 1 Audi ncia P blica estando mais relacionadas Debate simulado sobre um problema com o desenvolvimento socioambiental local de atitudes e valores coerentemente aos objetivos da ACT As habilidades representadas por n meros s o referentes ao eixo tem tico Vida e Ambiente vide numera o correspondente no Quadro 1 Concluindo consideramos que as atividades aqui propostas possibilitam potencialmente uma aprendizagem mais significativa sobre Vida e ambiente incluindo o ser humano e a sociedade como parte integrante do meio ambiente e ao mesmo tempo discutindo o seu papel transformador nesse meio para melhor e tamb m para pior O que imputa a n s a responsabilidade de manuten o do equil brio din mico da biosfera de forma a possibilitar a continuidade da nossa esp cie e das demais formas de vida que coexistem conosco nesse maravilhoso planeta REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS AIRES J A LAMBACH M Contextualiza o do ensino de Quimica pela problematiza o e alfabetiza o cient fica e tecnol gica uma possibilidade para a forma o continuada de professores Revista Brasileira de Pe
83. do conhecimento como um elemento fundamental no processo de ensino e aprendizagem Ent o contextualizar simplesmente explorar o cotidiano dos estudantes nas situa es de ensino aprendizagem O que dizem os documentos oficiais os professores e os pesquisadores do ensino de Ci ncias A contextualiza o enquanto princ pio did tico tem apresentado um car ter poliss mico pois h diferentes interpreta es entre os pesquisadores da rea de ensino de Ci ncias e at mesmo entre os documentos destinados a reforma da educa o b sica FERNANDES MARQUES 2009 KATO KAWASAKI 2011 qui entre os professores Segundo Fernandes e Marques 2009 nos Par metros Curriculares Nacionais do Ensino M dio PCNEM BRASIL 1999 por exemplo a ideia de contextualiza o est fortemente ligada ao mundo do trabalho j nas Orienta es Educacionais Complementares aos Par metros Curriculares Nacionais do Ensino M dio PCN BRASIL 2002 essa ideia sofre modifica es significativas estando associada tamb m a quest es hist ricas e sociais Tendo em vista essa problem tica que interfere diretamente na pr tica docente Kawasaki e Kato 2011 investigaram as concep es de contextualiza o do ensino encontradas em documentos curriculares oficiais e tamb m na fala de professores de Ci ncias e Biologia que participavam de um curso de forma o continuada Os documentos analisados pelos autores da pesquisa foram
84. dos tem se uma figura de 4x2 isto um ret ngulo A amplia o aumentou o tamanho mas tamb m modificou o pol gono Nesse caso o que se pode fazer para que isso n o aconte a Al m disso caso se conte o contorno da figura A pode se encontrar o valor de oito na figura ampliada o valor corresponde ao dobro de oito Esse tipo de questionamento leva o estudante a refletir sobre a estrat gia que utilizou o que em termos did ticos tem uma dimens o maior do que apenas fornecer a resposta certa Quando se trabalha com formas principalmente com figuras planas importante o uso de tecnologias da informa o e comunica o O uso do computador em turmas da Educa o de Jovens e Adultos tem sido um elemento bastante motivador Dado o uso cotidiano dos computadores em atividades profissionais os estudantes dos anos iniciais da EJA sentem se interessados pela apropria o dos recursos desta m quina pois entendem que pode facilitar o acesso ao mercado de trabalho e a postos melhor remunerados No caso da Geometria existem softwares espec ficos que permitem a explora o de diversas situa es did ticas O fato de o computador permitir construir reconstruir e alterar elementos de modo muito din mico favorece a compreens o das propriedades geom tricas dos pol gonos Uma das situa es pode se apoiar na rigidez triangular de modo que estudantes manipulem na tela a constru o e reconstru o de diferentes tri ngulos As inf
85. dual institucional e corporativa A partir dessa discuss o como a contextualiza o e a ACT podem contribuir para a aprendizagem significativa acerca do eixo tem tico Vida e Ambiente Como vimos nos par grafos anteriores de acordo com Martins 2007 a ACT para o ensino das ci ncias releva a import ncia do ensinar a resolver problemas a confrontar pontos de vista a analisar criticamente argumentos a discutir os limites de validade de conclus es alcan adas a saber formular novas quest es E sendo o ensino uma atividade social conduzida necessariamente em contextos sociais a escolha de temas e contextos familiares e de pertin ncia social pois fundamental na organiza o de programas escolares e de estrat gias de ensino MARTINS 2007 sendo especialmente relevante no ensino de Vida e Ambiente Na mesma dire o Paulo Freire 2006 tamb m nos oferece grandes contribui es ao argumentar que um equ voco o trabalho educacional centrar se somente em discuss es acerca de aspectos locais perdendo a vis o de totalidade assim como um equ voco tratar apenas do todo sem uma rela o com a localidade onde vivem os estudantes Assim a explora o de situa es cotidianas deve portanto abrir perspectivas para se trabalhar os contextos mais amplos como por exemplo os ecossistemas mais distantes no espa o e tamb m no tempo tendo em vista as rela es entre a sociedade e o ambiente
86. e a tica que rege a produ o cient fica a natureza da ci ncia as diferen as entre ci ncia e tecnologia os conceitos b sicos da ci ncia e as inter rela es entre a ci ncia e a humanidade de forma geral a alfabetiza o cient fica tem sido relacionada utiliza o dos conceitos cient ficos para a tomada de decis es respons veis SANTOS MORTIMER 2001 Entretanto a aparente simplicidade desta defini o traz consigo alguns paradoxos uma vez que a apropria o dos conhecimentos cient ficos n o implica diretamente na tomada de decis es respons veis A t tulo de exemplo podemos destacar o n mero cada vez maior de adultos e crian as obesos e desnutridos apesar do aumento da disponibiliza o de informa es sobre alimenta o saud vel assim como o crescente n mero de adolescentes gr vidas a despeito do aumento da circula o de informa es sobre os m todos contraceptivos MARTINS 2008 Esses exemplos ilustram a complexidade e os enormes desafios relacionados ACT Dessa forma segundo Martins 2008 podemos pensar a ACT em termos de suas m ltiplas perspectivas as quais devem ser levadas em considera o nas situa es de ensino aprendizagem como por exemplo a perspectiva psicol gica refere se s conex es entre pensamento e linguagem a perspectiva socioling stica diz respeito as vincula es entre contextos sociais e usos da l ngua a perspectiva multim dia
87. e estar sens vel s significa es que a ci ncia deve ocupar entre os saberes do aluno Mais que meio de pesquisa e de reprodu o o uso e confronto de diferentes linguagens pode ser explorado como registro e produ o de diversas percep es do mundo que podem ser discutidas em sala de aula Estimular os alunos a descobrir atuar avaliar e criticar o mundo seu ambiente e sociedade uma premissa b sica para a aquisi o e consolida o de habilidades necess rias conclus o do Ensino M dio A pr tica em sala de aula deve privilegiar o uso de m ltiplas linguagens aproximando os estudantes da compreens o da realidade indo a m do habitual uso do livro did tico por exemplo Entre as diversas linguagens podemos elencar artes gr ficas literatura cinema e imagens como possibilidades de representa o do mundo e de suas realidades socioespaciais Assim o uso de diferentes linguagens embasa e possibilita leituras que facilitam o direcionamento a abordagens mais complexas Quando falamos em alfabetizar nos referimos interpreta o de s mbolos que posteriormente permitir o a rela o e aplicabilidade em outras dimens es Assim podemos transferir o processo de alfabetiza o aos s mbolos cartogr ficos e etapas temporais que oportunizam ao aluno a aplicabilidade posterior em leituras de mapas e contextos espa os temporais CASTROGIOVANNI COSTELLA 2006 p 29 30 As diferentes linguagens no ensino de G
88. e interessar naturalmente pois se encontra presente e de forma palp vel em objetos do mundo f sico constru es e art stico esculturas Lidamos em nosso dia a dia com ideias de paralelismo congru ncia semelhan a medi o simetria rea volume e muitas outras claro que os aspectos utilit rios da Geometria s o importantes mas para Fonseca 2002 poss vel e desej vel todavia que o argumento da utiliza o da Geometria na vida cotidiana profissional ou escolar permita e desencadeie o reconhecimento de que sua import ncia ultrapasse esse seu uso imediato para ligar se a aspectos mais formativos p 92 Em rela o potencialidade da Geometria Freudenthal 1973 apud FONSECA et al 2002 expressa A Geometria uma das melhores oportunidades que existem para aprender como matematizar a realidade uma oportunidade de fazer descobertas como muitos exemplos mostrar o Com certeza os n meros s o tamb m um dom nio aberto as investiga es e pode se aprender a pensar atrav s da realiza o de c lculos mas as descobertas feitas pelos pr prios olhos e m os s o mais surpreendentes e convincentes At que possam de algum modo ser dispensadas as formas no espa o s o um guia insubstitu vel para pesquisa e a descoberta p 92 93 A Geometria um campo f rtil para se trabalhar com situa es problema e um tema pelo qual os alunos costumam se interessar naturalmente pois se encontra presente
89. e os chamados falsos pol gonos Tamb m abrange os saberes sobre as propriedades das figuras tais como o n mero de lados os ngulos internos e as principais caracter sticas das figuras regulares Evidente que muitos desses conceitos s o desenvolvidos com a inten o de que os estudantes adquiram no es sobre a geometria e o campo das formas N o se tem a pretens o que se apropriem conceitualmente de propriedades geom tricas que ser o abordadas apenas em outras etapas de ensino Por exemplo no caso do tril tero importante saber o que um tri ngulo quantos lados possuem e sobre como funcionam os lados fundamental saber que existem diferentes tipos de tri ngulos e que eles possuem caracter sticas em comum Todavia ainda n o tempo de estabelecer c lculos sobre essas figuras compreender propriedades mais elaboradas sobre o tri ngulo ret ngulo ou generalizar propriedades atrav s do uso de f rmulas Identifica o de Figuras Um pol gono uma figura que delimita uma regi o do espa o Nesse sentido existem formas mais usuais e corriqueiras no cotidiano mas que nem sempre atendem esse princ pio fundamental Algumas linhas que est o em rela o ou se assemelham a formas conhecidas nem sempre caracterizam uma figura plana ou pol gono Quando isso acontece esses desenhos s o chamados de falsos pol gonos Observe a figura a seguir a b Figura 1 Exemplos de falsos pol gonos No caso da figura anterior
90. e uma regi o do espa o Na imagem a tem se algo muito pr ximo de um c rculo com um dos lados com um ngulo de 90 Dependendo do modo como observado pode at mesmo lembrar o contr rio isto um ret ngulo com tr s cantos em curva Para compreender como esse pol gono pode ser classificado importante lembrar que os pol gonos regulares apresentam lados e ngulos congruentes ou seja h semelhan as entre os entes geom tricos que comp em a figura No caso da imagem a pode se facilmente confundi la com um ret ngulo com lados em curva ou o inverso Todavia essa pequena diferen a faz com que este n o seja um pol gono regular e por isso n o possa ser chamado de ret ngulo curvado ou c rculo com cantos quadrados Trata se apenas de uma figura com curvas e um ngulo reto que se assemelha a uma figura regular Igualmente a figura b evidencia uma composi o pr xima de um c rculo e um tri ngulo unidos Entretanto por ser uma imagem nica na qual lados e ngulos n o s o congruentes trata se de mais um pol gono irregular e n o de duas figuras planas associadas Quando se esclarece esse conceito do que uma figura plana ou pol gono diferenciando os regulares dos irregulares pode se passar a trabalhar apenas com os primeiros pois os irregulares possuem uma varia o incomensur vel e os teoremas geom tricos n o s o facilmente aplicados Al m disso nos anos iniciais da Educa o de Jovens e Adultos no
91. e visando trazer esses referenciais para mais perto do ch o da escola na pr xima se o voltaremos esta discuss o para as habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes ao t rmino do ensino fundamental em rela o ao eixo tem tico Vida e Ambiente e apresentaremos uma sequ ncia did tica elaborada em conson ncia com esses referenciais Caderno de Pesquisa 53 54 Caderno de Pesquisa Vida e Ambiente Habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes e Sugest es de Atividades Enfrentar atradi o de ensinar biologia como conhecimento descontextualizado buscando desenvolver media es did ticas que permitam transitar do mundo da experi ncia imediata e espont nea para o plano das abstra es e deste para a reorganiza o da experi ncia imediata dever ser o principal desafio das pr ticas escolares cabendo ao professor protagonizar esse processo KATO KAWASAKI 2011 Tendo em vista as compet ncias gerais referentes ao eixo tem tico Vida e Ambiente com base nos Par metros Curriculares Nacionais e nos documentos estaduais e municipais a matriz de habilidades descrita abaixo Quadro 1 constru da pelo Centro de Pol ticas e Avalia o da Educa o CAEd importante destacar que as habilidades descritas nesta matriz n o podem ser confundidas com o curr culo nem com os objetivos do ensino uma vez que reflete apenas objetivos pass veis de serem medidos em pol ticas de avalia o educacio
92. eennsentecneessrs 66 Percep o e an lise Interpretando dados SeOgrafiCOS scsssecessssreseesnssneesseesessnesseessnssssneesessussnesenseensaneeseeenstenseeneens 69 O conhecimento geogr fico aplicado em sala de aula siemens near nreeanea mea staa carrera rea ra nie sanranada d Considera es Finais sessao roer ee rear adk rea aeee aeee aaa PNN aE aeaee Eataa aerae easa keen tanana aas 74 a e A A A sun ae 76 5 A ALFABETIZA O MATEM TICA NOS ANOS INICIAIS DA EDUCA O DE JOVENS E ADULTOS E A APRENDIZAGEM DA GEOMETRIA PLANA tetra Fi Identiica o de FIGURAS aaa 2 anta pn AP teag vats alivens dey saetesaa 79 Propriedades das figuras planas e situa es CIGAICAS isisisi aaia Aii 85 FR TS SIAN haa yes e RR A E eee RES 90 6 LER TEXTOS NARRATIVOS NA EDUCA O DE JOVENS E ADULTOS coeccccccsssssssssussssssssussssssssussssssseuusssssessusnsseessussssseeesess 91 OGUE O sr rias praga fo E a DEE RE ERA ERR 91 OS ISOS SOs EN A A dr aad Pee da aaa Ree 96 O caboclo o padre e o estudante eee eeccccccccstsssessesstersessessssessecsessusssssesessusssesesessussiesssessssueesessnsesisesesstsessesessisssstessissseanessess 98 ENQUETE 101 ERT TSI AS ya tect cata OO 104 LEITURA E PRODU O DE SENTIDO NO ENSINO FUNDAMENTAL CONCEP ES E AVALIA ES No presente artigo iniciaremos nossa reflex o pela pergunta O que ler Embora algumas respostas possam ser ensaiadas n o tarefa f cil responder a essa quest o In meras concep es
93. eira de um mestre de obras de um core grafo de um artista pl stico de um atleta ou t cnico Sendo assim a import ncia da Geometria inquestion vel tanto sob o ponto de vista pr tico quanto do aspecto instrumental na organiza o do pensamento fonte http www diaadiaeducacao pr gov br portals pde arquivos 2455 8 pdf E para finalizar a nossa reflex o faz se necess rio endossar que o trabalho a ser desenvolvido com os alunos das s ries finais do Ensino Fundamental Il tem como caracter stica atividades e situa es que possibiltem a esses alunos progredirem na constru o de conceitos e procedimentos matem ticos at porque essas s ries n o constituem um marco de terminalidade da aprendizagem de conte dos ou seja significa que o trabalho com a compet ncia de localizar objetos num espa o dever o ter continuidade com situa es diferentes e diversificadas objetivando que o aluno alcance novos patamares de conhecimento 42 Caderno de Pesquisa Refer ncia Bibliogr fica BRASIL Secretaria de Educa o Fundamental Par metros Curriculares Nacionais Matematica Bras lia MEC SEF 1998 BRASL Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica Parametros Curriculares Nacionais para o Ensino Medio Bras lia MEC 1999 B RIGO E Z Para que ensinar e aprender geometria no ensino fundamental Um exercicio de reflexao sobre o curriculo S o Paulo 1994 DEGUIRE L J Geometria
94. ela Oficina de leitura teoria e pr tica S o Paulo Pontes 1995 MARX e ENGLES Sobre a literatura e a arte 4 ed S o Paulo Global 1986 TRAVAGLIA L C Tipologias textuais liter rias e lingu sticas Scripta Belo Horizonte v 7 n 14 2004a Retratos da Leitura no Brasil 2012 http www prolivro org br ipl publier4 0 dados anexos 2834_10 pdf Acesso em 5 4 2014 VASQUEZ Adolfo Sanches As ideias est ticas de Marx Rio de Janeiro Paz e Terra VIGOTSKI L S A forma o social da mente 2 ed S o Paulo Martins Fontes 1988 CAEd ss REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA HENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO COORDE A O GERAL DO CAEd LINA KATIA MESQUITA DE OLIVEIRA COORDE A O T CNICA DO PROJETO MANUEL FERNANDO PAL CIOS DA CUNHA E MELO COORDE TUFI MAC COORDE WAGNER COORDE A O HADO A O DA UNIDADE DE PESQUISA SOARES DE AN LISES E PUBLICA ES SILVEIRA REZENDE A O DE INSTRUMENTOS DE AVALIA O RENATO CARNA BA MACEDO COOR A O D WELLINGTON SI COORDE RAFAEL D COORDE BENITO DELAGE COORDE HENRIQU A O DE MEDIDAS EDUCACIONAIS LVA DE OPERA ES DE AVALIA O E OLIVEIRA A O A O DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOS DE DESIGN DA COMUNICA O E DE ABREU OLIVEIRA BEDETTI COORDE ADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN EDNA REZENDE S DE ALCANTARA FICHA
95. em esses modos naturalizados de enxergar o cotidiano a fim de problematiza los e transform los Os principais objetivos da EJA voltam se para que os estudantes possam operar e resolver problemas que lidam com quest es da vida di ria mas sabendo se expressar matematicamente e escrevendo em uma linguagem simb lica e com termos pr prios da rea O passeio orientado no qual os estudantes j est o mais apropriados dos conte dos escolares pode ressignificar a experi ncia com o ambiente em que se circula Dessa maneira a aprecia o constitui se como uma observa o atenta das imagens e figuras do cotidiano a fim de explorar os pol gonos que podem ser identificados e reconhecidos em imagens impressas ou presentes nos espa os f sicos e sociais Essa aprecia o atenta constitui um importante passo para o desenvolvimento das habilidades de reconhecer e identificar figuras Assim o passeio orientado pode ter um roteiro atrav s do qual o professor demanda que se percebam os quadril teros os falsos pol gonos ou as figuras irregulares Pede que os alunos identifiquem situa es de perpendicularidade similaridade e outras propriedades das figuras planas Nessa observa o a aprecia o tende a consolidar o conhecimento sobre as propriedades e elementos que envolvem as figuras planas Passado esse momento de aprecia o podemos promover situa es did ticas que envolvam a cria o Em termos cognitivos identificar e nomear mobiliz
96. endo desatados ao longo da narrativa No caso do conto que uma narrativa curta isso vai acontecer de forma bastante r pida O primeiro deles est logo no primeiro par grafo N o sabendo como dividi lo mesmo porque chegaria um pequenino peda o para cada um O segundo n desatado mas imediatamente outro tecido Todos aceitaram e foram dormir noite o caboclo acordou foi ao queijo e comeu o Pr ximos n s os tr s sentaram mesa para tomar caf e cada qual teve de contar o seu sonho O desfecho est por vir e os n s s o desatados todos de uma vez O sonho foi tao forte que eu pensei que era verdade levantei me enquanto vosminc s dormiam e comi o queijo pois o padre e o estudante descobrem que foram enganados pelo caboclo Esse desfecho bastante interessante pois talvez a expectativa fosse de que o padre e o estudante por terem mais estudo se sa ssem melhor por m o que vence a esperteza popular O espa o o sert o pode representar qualquer rinc o brasileiro pois as tr s personagens s o t picas dessas paragens O tempo apesar de os verbos indicarem o passado ganha car ter intemporal pois a cena poderia acontecer no dia anterior leitura do texto A a o dura menos de 24 horas sendo marcado por noite durante a noite pela manh Essa organiza o do tempo e do espa o na perspectiva da indetermina o s o caracter sticas dos conto
97. ensionais e imagens de sat lite ou como um simulador das diversas paisagens presentes no Planeta Terra Por ele poss vel identificar lugares constru es cidades paisagens entre outros elementos O programa similar embora mais complexo ao servi o tamb m oferecido pelo Google conhecido como Google Maps dispon vel em https Amw google com br maps preview Song Arquivo Editar Visualizer Ferramentas Adicionar Ajuda Search Oo Eos so O14 N zonas Fazer logn Pantanal Pocon Pesquisar exemplo not s perto de LIS Obter rotas Hist rico Pantanal Pocon MT Rep blica Federativa do Brasil Mato Grosso Hotel ananeng ocone 2 Em At Ex Sem Juros S Aqui A hoge com o mance hos x v Lugares TIO Meus lugares o e de que camada EI Lugares tempor rios Ha Y Cama Galeria do Google Earth gt gt WS Banco de dados principal ZIP Limites e Marcadores HE Lugares Wim Fotos EE Estradas BB Constru es em 30 BO ocean OR clima EUG Galena O consci ncia global D mais Para execu o do trabalho necess rio que o professor tenha um dom nio da ferramenta que simples mas exige destreza em seu manuseio para o sucesso da atividade Para adquirir essa habilidade basta acessar o guia do usu rio do Google Earth e fazer a atividade Antes do uso do programa indispens vel que haja uma aula que elucide bem as no es b sicas de cartografia Para come ar precisamos e
98. entrados em conte dos muito formais e distantes do mundo vivido pelos alunos sem qualquer preocupa o com os contextos que s o mais pr ximos e significativos para os alunos e sem fazer a ponte entre o que se aprende na escola e o que se faz vive e observa no dia a dia neste mbito que a contextualiza o do ensino toma forma e relev ncia no ensino de ci ncias j que se prop e a situar e relacionar os conte dos escolares a diferentes contextos de sua produ o apropria o e utiliza o KATO KAWASAKI 2011 p 36 Por fim importante destacarmos que ao utilizarmos a contextualiza o como princ pio did tico essencial considerarmos os conhecimentos pr vios dos estudantes no decorrer do processo de ensino aprendizagem problematizando os confrontando os e argumentando com os alunos uma vez que normalmente tais conhecimentos est o pautados em representa es equivocadas ou limitadas para a compreens o da realidade Desse modo se n o superada essa barreira inicial corre se o risco de se considerar que somente a sistematiza o do conhecimento cotidiano seja suficiente para que o aluno aprenda significativamente Alfabetiza o Cient fica e Ensino de Ci ncias Aliada contextualiza o os pesquisadores da educa o em Ci ncias tem chamado a aten o para a import ncia de se explorar aspectos sociais relacionados Ci ncia e Tecnologia partindo se da premissa que os curr culos com fo
99. eografia podem ajudar a tornar as quest es abordadas em sala de aula realmente significativas para os alunos Trata se de recursos did ticos que ap iam a pr tica pedag gica frente demanda atual oferecendo uma variedade de associa es na instru o dos jovens Desde as pinturas rupestres ao advento do meio digital o ser humano elabora diferentes maneiras de registro e divulga o sobre o mundo em que vive Assim a explora o dessas m ltiplas facetas de comunica o bem vinda sala de aula auxiliando a busca de informa es sobre a disciplina e servindo como forma de expressar suas interpreta es hip teses e conceitos Com a evolu o da sociedade capitalista o uso da imagem tornou se cada vez mais presente na comunica o cotidiana o que levou a repensar se os saberes cient ficos em busca de entender a l gica de elabora o e divulga o dessa ferramenta Na Geografia a busca foi pelo sentido da imagem nas rela es socioespaciais estabelecidas e com a evolu o das imagens cinematogr ficas o uso de filmes em sala de aula tornou se um forte aliado no ensino Segundo Barbosa Nossa vida cotidiana cada vez mais invadida por uma profus o voraz de imagens A televis o que assalta as nossas casas a propaganda comercial que invade as ruas e mais recentemente o computador que gera uma nova segrega o de conviv ncias de linguagem e tempo espa o espalham imagens visuais nas mais diferentes escalas e no
100. es Ser alfabetizado em matem tica ent o entender o que se l e escrever o que se entende a respeito das primeiras no es de aritm tica geometria e l gica 2002 p 45 Apoiando se nessa abordagem nota se que conte dos de geometria e l gica tamb m integram o campo da Alfabetiza o dos anos iniciais e precisam ser desenvolvidos com os estudantes A mesma indica o est presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o de Jovens e Adultos BRASIL 2000 Assim cabe ao professor estar atento a esses outros temas que compreendem o ensino da Matematica O campo da Geometria est inserido dentro da disciplina de Matem tica Ela envolve um conjunto de habilidades e compet ncias fundamentais para a leitura de mundo Os conte dos envolvidos s o de fundamental import ncia para a compreens o e interpreta o do contexto social em que se vive pois envolve temas referentes ao espa o e s formas Os temas abordados nos anos iniciais da Educa o de Jovens e adultos envolvem as no es mais elementares da geometria e os conceitos introdut rios do espa o bi e tridimensional e das formas planas Dentre esses conte dos uma das compet ncias mais importante a que se refere a Identificar figuras e suas propriedades que engloba um conjunto de habilidades essenciais para interpretar a realidade A habilidade de identificar figuras inclui o conhecimento sobre os pol gonos regulares irregulares
101. fer ncias concretas Assim recupera se o espa o vivido como fonte principal de an lise da Geografia aproximando a da realidade dos alunos Para Milton Santos Nossa proposta atual de defini o da geografia considera que a essa disciplina cabe estudar o conjunto indissoci vel de sistemas de objetos e sistemas de a o que formam o espa o N o se trata de sistemas de objetos nem de sistemas de a es tomados separadamente O espa o formado por um conjunto indissoci vel solid rio e tamb m contradit rio de sistemas de objetos e sistemas de a es n o considerados isoladamente mas como o quadro nico no qual a hist ria se d No come o era a natureza selvagem formada por objetos naturais que ao longo da hist ria v o sendo substitu dos por objetos fabricados objetos t cnicos mecanizados e depois cibern ticos fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma m quina Atrav s da presen a desses objetos t cnicos hidroel tricas f bricas fazendas modernas portos estradas de rodagem estradas de ferro cidades o espa o marcado por esses acr scimos que lhe d o um conte do extremamente t cnico SANTOS 1999 p 51 Portanto os estudos geogr ficos nas escolas na atualidade priorizam as intera es entre natureza e espa o entendendo o mundo em transforma o permanente Os Par metros Curriculares Nacionais de Geografia prop em ampliar a observa o compara
102. icado articulada a outros campos do conhecimento plantas mapas coordenadas geogr ficas etc Metodologicamente falando as malhas quadriculadas podem ser usadas para indicar localiza o e deslocamento trajet ria em diversas situa es No exemplo a seguir i ABCDEF Ao girar um quarto de volta Uma formiga est inicial Ao se deslocar 2 unidades Caderno de Pesquisa Por fim ao girar um quarto mente no cruzamento para a frente a formiga para a esquerda e se deslocar de volta para a direita e se da linha D com a linha 2 fica no cruzamento da 1 unidade para a frente a deslocar 1 unidade para a frente Podemos indicar de modo linha D com a linha 4 ou formiga fica no cruzamento da a formiga fica no cruzamento Simplificado que ela est na seja na posi o D 4 linha C com a linha 4 ou seja da linha C com a linha 5 ou posi o D 2 na posi o C 4 seja na posi o C 5 Figura 9 O professor ao analisar a situa o acima com a turma pode avaliar se eles compreenderam as instru es para o movimento da formiga utilizando outras din micas como a express o corporal e pedir a um aluno que fique em p na frente da sala para executar essas e outras instru es de movimento que podem de acordo com sua orienta o ser solicitadas pelos colegas deve se trocar de aluno como por exemplo d dois passos para frente gire tr s quartos de volta para esquerda d dois passos para frente et
103. icar e reconhecer figuras fornecidas pelo professor importante ter um sentimento de autoria e de explora o da criatividade atrav s da execu o e constru o das suas pr prias figuras Ao construir uma figura que lembra uma rvore utilizando apenas quadrados ou uma flor com o uso de losangos ent o pode manejar e explorar a identifica o e reconhecimento das propriedades de cada um desses pol gonos Outra situa o did tica a ser desenvolvida aquela que envolve as propriedades fundamentais do tri ngulo Essas caracter sticas mais elementares s o muito importantes de serem trabalhadas nos anos iniciais pois s o fundamentais para a posterior compreens o das leis da trigonometria que s o abordadas em outras etapas de escolariza o Um dos pontos a ser tratado para que se compreenda essas classifica es refere se rigidez triangular Todo tri ngulo para assim ser identificado precisa manter a propriedade de que a soma de seus ngulos seja igual a 180 Caso se realize alguma modifica o os outros dois ngulos internos precisam compensar a altera o para que a figura mantenha suas propriedades Uma situa o did tica pode ser constru da com o uso de hastes articuladas Trata se de pequenos peda os de madeiras que podem ser palitos de sorvete com furos e pinos nas pontas A partir delas podem se construir tri ngulos Pode se pedir aos estudantes que construam os mais diferentes tipos de tril teros Depois de
104. inhos dos profissionais que atuam nessa etapa de ensino Nesse enfoque torna se fundamental um olhar sobre as compet ncias que podem ser reveladas com o entendimento do cotidiano do mundo e do local de onde partem esses alunos visando reorganizar seus pensamentos para a compreens o dos entrelaces que acontecem no espa o geogr fico Cabe nos tamb m compreender que a constitui o da ideia de espa o geogr fico envolve viv ncias pr ticas desde a primeira inf ncia constituindo se com a pr pria intelig ncia A partir do conjunto de diversas experi ncias que as opera es mentais comp em o espa o percebido pela observa o pelo registro e pelas representa es Por meio da observa o das din micas do espa o relacionando os grupos humanos e o meio abre se ao aluno um conhecimento panor mico sobre esse espa o vivido e organizado de acordo com n veis de a o realizados nele Assim para o bom desempenho na fun o docente relevante que levemos em conta que os conhecimentos que est o no entorno e nas experi ncias dos estudantes acompanham os quando chegam escola As viv ncias espaciais dos alunos resultado de seus deslocamentos moradias e conviv ncias com diferentes pessoas e grupos sociais trazem a tona elementos que n o podem ser desconsiderados em nossa pr tica Segundo Santos Como lugar do acontecer solid rio hom logo ou complementar o lugar esse espa o banal da geografia criador da
105. ionados polui o da gua etc de modo que a miss o de cada grupo ser i discutir e pesquisar as causas consequ ncias e poss veis solu es para os problemas levantados ii montar cartazes contendo as reportagens e a sistematiza o das discuss es e iii apresentar para a turma os resultados do trabalho Para finalizar esta sequ ncia did tica pode se selecionar um dos problemas socioambientais locais pesquisados pelos alunos para a realiza o de um debate simulado que pode ser por exemplo no formato de uma audi ncia p blica em que os alunos representar o os v rios rg os e segmentos sociais envolvidos na quest o apresentando seus argumentos Caderno de Pesquisa 57 58 Caderno de Pesquisa Esta atividade de extrema import ncia pois explicita a complexidade dos problemas socioambientais favorecendo uma maior compreens o sobre os fen menos o desenvolvimento da argumenta o e do senso cr tico e principalmente incentivando os alunos a participarem como agentes de transforma o social atrav s dos sistemas democr ticos de nossa sociedade Quadro 2 Segu ncia Did tica Do Terr rio Biosfera Desvelando as rela es entre as partes e o todo Habilidades a serem Atividade Estrat gias Did ticas Mess odds Montagem de um mini Problematiza o 0102 0304 05 terr rio e experimenta o D a 01 e tamb m as demais Visita a um Estudo do meio habilida
106. ir na gua Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestra o A princ pio foi o fasc nio da ignor ncia Eu n o sabia o seu significado nunca me lembrava de procurar no dicion rio e imaginava coisas Defenestrar devia ser um ato ex tico praticado por poucas pessoas Tinha at um certo tom l brico Galanteadores de cal ada deviam sussurrar no ouvido das mulheres Defenestras A resposta seria um tapa na cara Mas algumas Ah algumas defenestravam Tamb m podia ser algo contra pragas e insetos As pessoas talvez mandassem defenestrar acasa Haveria assim defenestradores profissionais VERISSIMO Luis Fernando Defenestra o In VERISSIMO Luis Fernando O analista de Bag 6 ed Porto Alegre L amp PM 1981 p 29 31 Fragmento No caso dos quadrinhos e de outros tipos de textos compostos por diversas semioses ou linguagens autores como Laerte Duke ou Andr Dahmer este de alta circula o na Internet apenas para citar alguns muito atuais s o especialistas em nos fazer rir por meio de composi es em texto e imagem Que rela es um cidad o que termina o Ensino Fundamental deveria perceber em textos humor sticos O descritor que focaliza os efeitos de humor percebidos na leitura certamente composto de habilidades mais espec ficas ainda tais como as que est o descritas na matriz aqui em foco O efeito de humor pode estar em uma constru o sint tica inesperada ou no emprego de
107. isto que as redes de informa es oferecem velocidade e simultaneidade Por m muitas vezes o conhecimento do car ter da not cia deve ser minuciosamente analisado A dissemina o de fatos e opini es se d tamb m por meio das m dias e quando tratamos de adolescentes a propaga o da informa o acontece com mais for a ainda nas redes sociais Os diferentes meios de comunica o e acesso a informa es devem integrar a sala de aula no caso aqui tratado especificamente com quest es que permeiam a Geografia permitindo ao estudante selecionar e elaborar esquemas de investiga o que permitam a incorpora o de t cnicas e tecnologias Os PCNs alertam para a necessidade do uso das diferentes tecnologias chamando nos a aten o para os novos esquemas comunicativos Cada vez mais a linguagem cultural inclui o uso de diferentes tecnologias da comunica o para produzir processos comunicativos por meio de diferentes c digos de significa o novas maneiras de se expressar e de se relacionar Pelo ensino de Geografia poss vel que os alunos compreendam os processos de produ o cultural e conhe am a utiliza o da comunica o e informa o Al m disso as tecnologias da comunica o podem ser utilizadas como recurso did tico para ensinar os conte dos espec ficos dessa rea BRASIL 2001 p 141 Nessa perspectiva dominar os recursos tecnol gicos pode constituir um instrumento importante para o
108. izagem principalmente no que diz respeito condensa o e evapotranspira o vegetal que dever ser explorada tanto no contexto do terr rio como dos ecossistemas florestais como a Floresta Amaz nica por exemplo erroneamente chamada de pulm o do mundo Desse modo a realiza o da montagem do terr rio enquanto um desafio envolvendo explora o e investiga o assume grande import ncia ao t rmino do ensino fundamental pois possibilita a consolida o e ou desenvolvimento de habilidades centrais para a continuidade da aprendizagem das Ci ncias Naturais no ensino m dio subdivididas em F sica Qu mica e Biologia Apesar do grande destaque dado aos terr rios na literatura sobre o ensino de Ci ncias Rosa 2009 e a partir da pesquisa com professoras da sexta s rie s timo ano do ensino fundamental que utilizaram esta metodologia destaca se que os princ pios da Ecologia n o s o contemplados na montagem dos mesmos e que este n o consegue reproduzir as condi es do meio ambiente n o constituindo portanto a metodologia mais adequada para a observa o de ecossistemas terrestres Obviamente um terr rio jamais conseguir reproduzir um ecossistema meta que deve estar a priori descartada dada a complexidade dos ambientes naturais Ao contr rio a impossibilidade de reprodu o dos ecossistemas naturais que deve ser enfatizada destacando se que in vitro poss vel observar controlar apenas a
109. la esse nome e em seu percurso escolar passem a desgostar dela Em outras palavras a escola ao desconsiderar os saberes dos alunos suas experi ncias como leitores ouvintes p e a perder uma experi ncia essencial para a forma o humana Isso porque a linguagem pode ser definida como um conjunto de formas que representa outras linguagens produzindo uma nova realidade conscientemente objetivada pelo escritor em sua obra A cria o dessa realidade atrav s da linguagem tem seu valor est tico na maneira como o artista imprime determinada forma a uma mat ria em como objetiva sua cosmovis o Para Marx 1986 p 24 a arte uma das formas poss veis de que o homem disp e para conhecer e se dar a conhecer Ou seja O homem o objeto espec fico da arte ainda que nem sempre seja o objeto da representa o art stica Os objetos n o humanos representados artisticamente n o s o pura e simplesmente objetos representados mas aparecem em certa rela o ao homem ou seja revelando nos n o o que s o em si mas o que s o para o homem isto humanizados O objeto representado portador de uma significa o social de um mundo humano Portanto ao refletir a realidade objetiva o artista faz nos penetrar na realidade humana Assim pois a arte como conhecimento da realidade pode nos revelar um peda o do real n o em sua ess ncia objetiva tarefa espec fica da ci ncia mas em sua rela o com a ess ncia humana H ci ncias que
110. leger um local para a constru o do mapa que deve ser um lugar que tenha significado afetivo para os alunos pode ser um parque um shopping ou at mesmo uma rua Propomos que a atividade seja realizada em equipe Precisa se tra ar algumas regras para a escolha desse lugar que fique situado na cidade local onde a tarefa ser realizada que a dist ncia entre a escola e esse local seja menor que dez quil metros O grupo dever inicialmente desenhar um croqui com o trajeto da escola at o lugar escolhido A partir dessa sele o e da elabora o do croqui vamos ao computador Se o Google Earth n o estiver instalado o Google Mapas torna se uma possibilidade bem pr xima ao programa inicialmente sugerido O objetivo que o grupo construa um mapa no Google Earth que o leve da escola at o local escolhido Abrindo o programa o aluno pode clicar em obter rotas e digitar o endere o de partida que ser o da escola nesse caso na primeira caixa e o endere o de destino na segunda caixa A partir dai o programa produz o mapa e a ess ncia do trabalho inicia se As imagens s o de sat lite e podem ser explorados os seguintes aspectos identifica o de ruas com rcios e institui es da localidade por meio de indaga es que elejam os pontos cardeais e colaterais altera es de caminhos que podem ser feitos a p ou de carro discutindo raz es pelas quais esses caminhos podem ser diferentes identifica o das
111. lguns fen menos que acontecem no mundo natural De fato se n o forem observados ou problematizados princ pios ecol gicos b sicos como por exemplo o fluxo de energia ao longo da cadeia alimentar esta n o ser uma metodologia adequada para a aprendizagem sobre os ecossistemas Nem mesmo com a mais alta tecnologia e investimentos poss vel concretizar o ideal da reprodu o dos ecossistemas Um grande exemplo o Bosque Inundado uma das grandes atra es do CosmoCaixa um grande centro de ci ncias localizado em Barcelona na Espanha que assombra e encanta por sua beleza espetacular mas peca justamente por sua pretens o em reproduzir o irreprodut vel a complexidade dos ecossistemas tropicais embora seus divulgadores preguem o contr rio conforme enfatizado no site da pr pria institui o onde poss vel tamb m assistir a um v deo sobre El Bosque Inundado No CosmoCaixa Barcelona encontrar s a reprodu o exata de um trecho de mais de 1 000 m de bosque inundado da selva amaz nica brasileira Poder s explorar n o s a parte inundada mas tamb m sua rela o com a terra firme Desfrutar s tamb m da vis o subterr nea a rea e da chuva tropical tudo integrado em meio a flora e a fauna t picas desta regi o A equipe do novo Museu de Ci ncia se deslocou para o Par no Brasil para fazer moldes e reprodu es fi is de suas grandes rvores Al m disso incorporou mais de
112. m tica as primeiras manifesta es da escrita infantil 2a edi o Porto Alegre Ediupf 2002 FREIRE Paulo Pedagogia da Autonomia 24a edi o S o Paulo Paz e Terra 2002 HADDAD S rgio Novos Caminhos em Educa o de Jovens e Adultos EJA S o Paulo Global 2007 BRASIL CONSELHO NACIONAL DE EDUCA O CNE Parecer CNE CEB no 11 2000 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o de Jovens e Adultos Bras lia maio de 2000 LER TEXTOS NARRATIVOS NA EDUCA O DE JOVENS E ADULTOS Introdu o Enquanto a linguagem oral aprendida em situa es sociais informais o dom nio da linguagem escrita pressup e de acordo com Vygotsky 1988 a origem de fun es mentais superiores tais como a mem ria a aten o a percep o e a linguagem e se d do n vel interpsicol gico para depois passar ao n vel intra psicol gico o que sup e a internaliza o Nesse sentido a linguagem escrita requer um ensino sistematizado e baseado em uma metodologia adequada o que acontece no espa o escolar mas nem sempre de forma assim t o adequada Pelo menos o que mostram os dados de analfabetismo funcional de acordo com o Indicador de Alfabetismo Funcional INAF 2012 27 dos brasileiros entre 15 e 64 anos podem ser considerados analfabetos funcionais ou seja s o capazes apenas de localizar uma informa o expl cita em textos curtos e familiares como por exemplo um an ncio ou pequena carta Na outra ponta a
113. m algumas motiva es para o ensino da Geometria no Ensino Fundamental e no Ensino M dio Em primeiro lugar por desenvolver a representa o do espa o f sico vivenciado ou imaginado num trabalho com outras disciplinas como Geografia Educa o F sica F sica e Desenho podemos utilizar atividades como interpretar e construir mapas desenhos plantas maquetes Podemos tamb m desenvolver a no o topol gica envolvendo fronteira exterior cruzamento Al m de perceber e adotar diferentes pontos de vista e estrat gias na representa o do espa o Num segundo conjunto de motiva es desenvolver a capacidade na atividade concreta e mental de classificar comparar e operar figuras e s lidos recortar compor decompor dobrar encaixar montar e desmontar rodar transladar ampliar reduzir deformar e projetar estabelecendo rela es de congru ncia semelhan a equival ncia entre outras Enfatiza se assim a import ncia de atividades como quebra cabe as caleidosc pios constru o de s lidos e maquetes entre outros Um terceiro conjunto de motiva es est relacionado representa o geom trica de conceitos ou fatos aritm ticos e alg bricos e especialmente de opera es e problemas envolvendo grandezas cont nuas Assim a introdu o dos n meros racionais fra es decimais porcentagens come a a fazer sentido no ensino fundamental a partir do estudo das medidas em Geometria Outra motiva
114. m lhes numa casa um pequeno queijo de cabra N o sabendo como dividi lo mesmo porque chegaria um pequenino peda o para cada um o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse durante a noite o sonho mais bonito pensando engabelar todos com os seus recursos orat rios Todos aceitaram e foram dormir noite o caboclo acordou foi ao queijo e comeu o Pela manh os tr s sentaram mesa para tomar caf e cada qual teve de contar o seu sonho O padre disse ter sonhado com a escada de Jac e descreveu a brilhantemente Por ela ele subia triunfalmente para o c u O estudante ent o narrou que sonhara estar j dentro do c u espera do padre que subia O caboclo sorriu e falou Eu sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor l dentro do c u rodeado de amigos Eu ficava na terra e gritava Seu doutor seu padre o queijo Vosminc s esqueceram o queijo Ent o vosminc s respondiam de longe do c u Come o queijo caboclo Come o queijo caboclo N s estamos no c u n o queremos queijo O sonho foi t o forte que eu pensei que era verdade levantei me enquanto vosminc s dormiam e comi o queijo Contos tradicionais do Brasil Compilado por Luis da C mara Cascudo 10 ed S o Paulo Global 2001 p 218 Colhida no Cear Gustavo Barroso Ao Som da Viola Rio de Janeiro 1921 p 413 Em rela o ao enredo interessante observar os n s os problemas que v o s
115. m vista uma multiplicidade de objetivos balizadores da pr tica docente Assim no referido trabalho que se tornou uma importante refer ncia para a rea esses autores discutem a ACT segundo duas perspectivas denominadas de reducionista e ampliada A ACT em uma perspectiva reducionista desconsidera a exist ncia de constru es subjacentes produ o do conhecimento cient fico tecnol gico tal como aquela que leva a uma concep o de neutralidade da Ci ncia Tecnologia AULER DELIZOICOV 2001 p 1 A concep o dos autores sobre a neutralidade da Ci ncia e Tecnologia est associada a exist ncia de tr s mitos i a superioridade do modelo de decis es tecnocr ticas ii a perspectiva salvacionista da Ci ncia Tecnologia e iii o determinismo tecnol gico O primeiro mito diz respeito ao cientificismo segundo o qual para cada problema existe uma solu o tima a ser dada por um expert especialista t cnico de um modo eficiente e ideologicamente neutro eliminando assim os sujeitos do processo cient fico tecnol gico De uma maneira simples esse mito pode ser resumido com a seguinte frase conforme Amilcar Herrera 2000 apud AULER DELIZOICOV 2001 p 3 Uma das maneiras mais efetivas de terminar com uma discuss o consiste em dizer que algo est cientificamente provado Em pocas passadas obtinha se o mesmo resultado com a afirmativa de que estava respaldado na B blia O segundo mito est relaci
116. mais velho que est fora de casa Quando sol mais fraco o filho mais novo O filho do meio s aparece quando os irm os ficam cansados http www cdpara pa gov br o_sol php Acesso em 25 de abril de 2014 Como s o hist rias muito antigas contadas de gera o a gera o as lendas s o relatadas no passado em um tempo indeterminado nesse texto marcado pela express o Ha muito tempo e Uma vez O fen meno que a lenda explica por que o sol as vezes forte as vezes fraco por meio das personagens Kuandu ndio Juruna Mulher do ndio e os 3 filhos de Kuandu A hist ria se passa em uma tribo Juruna A cronol gica que organiza os fatos se d pelas a es de cada personagem Outra quest o interessante o car ter de Caderno de Pesquisa 101 102 Caderno de Pesquisa indetermina o que se d por outros elementos por exemplo no trecho a seguir pelo uso de um numeral indefinido um e o verbo no pret rito mais que perfeito teria um ndio juruna teria comido o pai de Kuandu O espa o por outro lado bem determinado uma aldeia Juruna Especialmente nesse texto foi mantida na escrita uma linguagem mais pr xima da oralidade com frases curtas e certas repeti es e redund ncias O narrador em terceira pessoa e o discurso indireto o que d ao narrador a onisci ncia sobre o que relata Esse poder do narrador outro fato bem caracter stico da literatura oral tratado por
117. mais produtivos autores de textos em l ngua portuguesa mestres em produzir efeitos de humor por meio de narrativas di logos uso de express es selecionadas e aplicadas de forma espec fica pontua es etc A cr nica Defenestra o por exemplo de Ver ssimo cujo fragmento inicial apresentamos a seguir um caso conhecido que tem como tema as palavras e produz efeitos de humor por meio das hip teses levantadas pelo autor Caderno de Pesquisa 11 12 Caderno de Pesquisa Certas palavras t m o significado errado Fal cia por exemplo devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal As pessoas deveriam criar fal cias em todas as suas variedades A Fal cia Amaz nica A misteriosa Fal cia Negra Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herm ticos Aonde eles chegassem tudo se complicaria Os hermeneutas est o chegando Ih agora que ningu m vai entender mais nada Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases amb guas Ao se retirarem deixariam a popula o prostrada pela confus o Levaria semanas at que as coisas recuperassem o seu sentido bvio Antes disso tudo pareceria ter um sentido oculto Al O que que voc quer dizer com isso Traquinagem devia ser uma pe a mec nica Vamos ter que trocar a traquinagem E o vetor est gasto Pl mbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao ca
118. mobiliza o de habilidades da leitura de imagens entona es n o ditos elementos mostrados enquanto um texto falado etc Esses s o os casos por exemplo de an ncios publicit rios em v deo ou de textos compostos para serem lidos e vistos como tirinhas e outros Textos tais como os mencionados t m ampla circula o social e est o presentes na vida de leitores que finalizam o Ensino Fundamental Na escola frequente o uso de cr nicas e de cartuns por exemplo em livros did ticos provas e exerc cios especialmente em mat rias como Portugu s e Hist ria Usos da pontua o Entre as habilidades desejavelmente desenvolvidas por um leitor que termina o Ensino Fundamental certamente podemos dar especial aten o aos usos da pontua o N o apenas aqueles usos considerados gramaticalmente corretos ou abordados como regras na escola mas aos usos expressivos aqueles usos tidos como propiciadores de efeitos de sentido destacados ou diferenciados Como o uso de uma exclama o pode despertar sentidos espec ficos em um texto Que efeitos podem produzir as retic ncias ali s vastamente empregadas em di logos na internet Como certo texto apresenta a interroga o Como um texto apresenta o uso dos pontos finais talvez para impressionar o leitor com frases curtas curt ssimas F surtindo um efeito de precis o ou de Circuito fechado amplamente conhecido e que circula h d cadas em materiais ragmen
119. mpet ncia m trica por meio da explora o de situa es de aprendizagem que levem o aluno a estabelecer rela es entre figuras espaciais e suas representa es planas envolvendo a observa o das figuras sob diferentes pontos de vista construindo D interpretando suas representa es nterpretar e representar a localiza o e o deslocamento de uma figura no plano artesiano ampliar e aprofundar no es geom tricas como incid ncia paralelismo perpendicularismo e ngulo para estabelecer rela es inclusive as m tricas em figuras bidimensionais e tridimensionais obter e utilizar f rmulas para c lculo da rea de superf cies planas e para c lculo de volumes de s lidos geom tricos prismas retos e composi es desses prismas Nesse sentido destacamos a ideia de que s se aprende Geometria agindo sobre ela e nesse sentido o aluno precisa construir seus conceitos atrav s do fazer sendo agente ativo O professor deve seguir a l gica do olhar o mundo e agir sobre ele privilegiando o espa o a ser explorado O trabalho com o bloco de conte do espa o e forma pressup e que o professor de Matem tica explore situa es em que sejam necess rias algumas constru es geom tricas com r gua e compasso como visualiza o e aplica o de propriedades das figuras al m da constru o de outras rela es Como campo de problemas o estudo do espa o e das formas envolve tr
120. mudan as mais recentes no bairro com rcio habita o pavimenta o desmatamento que podem n o estar representadas nas imagens do sat lite discuss o sobre a escala que encontra se representada esquerda do v deo embaixo e as possibilidades de aument las ou diminu las registro do mapa na fun o Vers o para impress o imprimindo o possibilitando amplia o das discuss es compara o dos elementos do mapa e do croqui como est o os pontos cardeais As no es escalares foram minimamente respeitadas importante que os estudantes fa am suas infer ncias em rela o s semelhan as e diferen as entre as duas produ es Caderno de Pesquisa 73 74 Caderno de Pesquisa amp Google Ear Es Arquivo Editar Visualizar Ferramentas Adicionar Ajuda Search Bscsisis Oa a 2ta Fazer login Pesquisar l PAEA Hist rico o Obter rotas x v Lugares 765 Meus lugares V Passeio nos pontos turisticos ertifique se de que a camada de Constru es em 3D esteja ED Lugares tempor rios Gia Y Cama Galeria do Google Earth gt gt 4 1S Banco de dados principal YP Limites e Marcadores T Lugares Y Fotos ES Estradas Constru es em 30 WO ocean Clima S Galeria O consci ncia global Mais Z Em um outro momento interessante que o aluno utilize o programa livremente O professor deve estar atento ao desenvolvimento das habilidades e ca
121. nal de m ltipla escolha Al m disso estas habilidades est o intimamente relacionadas entre si podendo ser desenvolvidas em conjunto a partir da explora o das rela es entre as partes e o todo de modo que o todo deva ir assumindo n veis crescentes de abstra o ao longo dos estudos por exemplo pode se come ar estudando um terr rio em seguida ecossistemas locais depois regionais biomas e biosfera evidenciando a interdepend ncia entre esses sistemas Quadro 1 Matriz de habilidades a serem avaliadas junto a estudantes do 9 ano do ensino fundamental referente ao eixo tem tico Vida e Ambiente N Descritor Detalhamento EIXO TEM TICO VIDA E AMBIENTE E Identificar comportamentos individuais e Identificar comportamentos voltados para a D01 a coletivos que promovam a preserva o dos preserva o da natureza recursos naturais e nao Identificar as subst ncias envolvidas no Identificar etapas e processos constituintes i i R D02 processo da fotoss ntese g s carb nico gua da fotoss ntese Ea luz oxig nio e glicose z Pe Identificar em teias alimentares as fun es Reconhecer rela es de depend ncia entre os ae f atribu das aos seres vivos produtor D03 seres vivos identificando fun es nas cadeias 7 consumidor e decompositor e situa es que e teias alimentares ie provoquem desequil brio nessas cadeias teias F o Reconhecer
122. nos mover para frente para o lado e para cima ou seja esse conceito relaciona se a um ambiente tridimensional Pode se comentar que nosso deslocamento no espa o pode ser expresso em linguagem matem tica Basta que nosso ponto de partida seja identificado como origem e depois indiquemos o quanto iremos nos deslocar para frente e para cima Por exemplo se um indiv duo est no centro da cidade em uma posi o O 0 0 0 e quer andar para frente 3 quadras depois andar para o lado 5 quadras e depois subir at o 10 andar de um pr dio a posi o final do mesmo ap s o percurso ser o ponto P 3 5 10 importante explicar lhes que nesse caso as dire es tamb m s o indicadas como eixos semelhantes ao que estavam usando para o deslocamento da aranha s que agora acrescenta se mais uma dimens o j que antes estavam trabalhando apenas com o conceito de andar para os lados Comente que a Geometria espacial funciona como uma amplia o da Geometria plana e que os conceitos envolvidos s o pontos retas segmentos Caderno de Pesquisa 41 de retas planos curvas ngulos e superf cies Os principais tipos de c lculos realizados s o comprimentos de curvas reas de superf cies e volumes de regi es s lidas Aponte que atualmente in meras profiss es utilizam esses conceitos geom tricos entre elas pode se citar a engenharia a arquitetura a astronomia as pesquisas nas ci ncias exatas as atividades de uma costur
123. ntas A riqueza de detalhes de poemas romances e m sicas por exemplo suscita investiga es semelhantes s que elencamos no uso de filmes Por m as an lises de v deos e de textos tornam se distintas media que os elementos imag ticos desse ltimo recurso s o sugeridos pela obra mas idealizados pelo leitor E esse leitor munido de dom nios de conceitos geogr ficos cria e constitui os elementos do estudo podendo ainda inferir sobre os aspectos que podem ser trabalhados elementos sociais pol ticos econ micos culturais espaciais e hist ricos Sendo assim quando o aluno amplia sua capacidade de leitura e interpreta o consegue ter um olhar cr tico sobre o assunto estudado e fazer inclusive conex es entre o texto e outras informa es que estabele am v nculos e associa es com o tema tratado Se o aluno n o consegue ler um texto e extrair dele informa es n o consegue por exemplo resolver um problema de F sica Desse modo a comunica o essencial e se a escola n o a garantir o aprendizado fica prejudicado A finalidade da an lise textual aprender a ler a familiarizar se com os termos t cnicos os conceitos as id ias e saber como elas se relacionam assim como buscar hierarquizar o conte do do texto identificar e acompanhar o racioc nio do autor suas conclus es e as bases que as sustentam PONTUSCHKA PAGANELLI CACETE 2007 p 221 Cartas textos narrativos contos f bulas entrevistas
124. o eixos tem ticos propostos pelos Par metros Curriculares Nacionais PCN BRASIL 1998 para o ensino de Ci ncias Naturais no ensino fundamental Tendo em vista os resultados das avalia es em larga escala realizadas pelo Centro de Avalia o e Pol ticas P blicas CAEd em que foi diagnosticada baixa profici ncia dos estudantes em rela o ao eixo tem tico Vida e Ambiente bem como as dificuldades enfrentadas pelos professores na abordagem contextualizada desse eixo tem tico discutiremos neste artigo princ pios did ticos e referenciais te ricos da educa o em Ci ncias com o intuito de contribuir para a pr tica docente Abordaremos assim as rela es entre contextualiza o e Alfabetiza o Cient fica e Tecnol gica ACT apoiando nos no referencial freireano discorreremos sobre o processo de desenvolvimento das habilidades relacionadas ao eixo tem tico Vida e Ambiente no 9 ano do ensino fundamental e apresentaremos sugest es de atividades e estrat gias did ticas que favore am o desenvolvimento dessas habilidades No tocante ao referencial te rico a op o pela ACT e pela contextualiza o em di logo com o referencial freireano justifica se pelo fato de que premente uma forma o na educa o b sica que supere a perspectiva da memoriza o dos conte dos para uma decodifica o destes AIRES LAMBACH 2010 p 3 No entender de Paulo Freire uma perspectiva que supere a ed
125. o uso de recursos imag ticos cinematogr ficos pode dar mais vida s atividades em sala podendo ainda suscitar nos estudantes est mulo para suas pr prias produ es audiovisuais Como recursos visuais que influenciam abordagens sobre o espa o o uso de imagens para expor manifesta es sociais constitui e significa conceitos da disciplina Nessa perspectiva envolvem se diferentes c digos como cinema fotografias desenhos clipes que podem trazer novos e variados olhares sobre determinadas situa es levando o aluno a reconhecer os fen menos espaciais por meio de compara o e interpreta o identificando as caracter sticas de cada lugar paisagem ou territ rio As artes visuais podem abordar tamb m as mem rias lembrando que eventual fazer resgates hist ricos para entendermos o presente as pol ticas os movimentos as varia es Artes visuais carregam v rias possibilidades de interpreta es e trazem elementos importantes para a aprendizagem al m de tratar se de materiais que sugerem exposi es que estimulam os estudantes Atividades abordando artes visuais s o alternativas e destacam se pelos fundamentos para a investiga o uma vez que esses proporcionam est mulo audiovisual mantendo o aprendiz interessado e atento Na atualidade os filmes t m sido inclu dos nos planejamentos curriculares sob o argumento de que os estudantes se det m mais em recursos que envolvem quest es tecnol gicas Caderno de Pe
126. odem ser classificados de diferentes maneiras mas possuem propriedades comuns entre si Nos anos inicias da Educa o de Jovens e Adultos temos a expectativa de que os estudantes saibam apenas identificar e nomear a figura sem ainda terem a necessidade de identificar os diferentes tipos de tri ngulo Todavia al m de desenvolver atividades com tri ngulos equil teros is sceles e escalenos importante apresentar as figuras em diferentes disposi es isto rotacionadas em rela o ao que se costuma apresentar Muitas vezes um tri ngulo ou qualquer outra imagem apresentada de maneira pouco usual e o estudante n o Caderno de Pesquisa 83 84 Caderno de Pesquisa consegue mais identificar qual a figura correspondente Isso acontece quando as opera es cognitivas que sustentam a interpreta o est o alicer adas sobretudo na capacidade imag tica da mem ria que n o tolera muitas varia es Quando os sujeitos s o capazes de identificar as figuras a partir de suas propriedades ent o o modo como s o apresentadas n o um elemento de dificuldade Em resumo a habilidade de identificar figuras relaciona se com tr s propriedades geom tricas o n mero de lados a propor o entre o tamanho deles e os ngulos nos v rtices Com a consolida o dessa capacidade de identificar figuras planas o professor pode direcionar se para desenvolver outra habilidade importante reconhecimento de pol gonos As habilidades
127. oje que se tem uma esp cie de certid o de nascimento Dom Quixote de La Mancha escrito no in cio do s culo XVI chega modernidade com Balzac e plenitude com Proust Joyce e Faulkner as lendas v m de tempos imemoriais pela transmiss o oral de gera o a gera o e est o presentes em culturas grafas ou n o Elas nascem da necessidade das pessoas tentarem explicar fatos da natureza e cada povo explica o fen meno de acordo com suas experi ncias culturais A linguagem bastante criativa as palavras podem ter mais de um significado Normalmente iniciam com express es de tempo passado Era um vez Num passado 1 muito distante Antigamente pois relatam fatos e fen menos aparentemente imut veis Op em se aos textos de car ter informativo e cient fico nos quais o fen meno pode ser comprovado atrav s de experi ncias por diferentes povos em diferentes pocas e os resultados ser o os mesmos cuja divulga o acontece por meio de comunica es p blicas e internacionais em revistas ou em outras publica es cient ficas e a linguagem deve ser clara e objetiva Uma forma de os alunos chegarem a essas caracter sticas por meio da leitura contrastiva em que textos de g neros diferentes s o comparados Por exemplo o texto a seguir conta a lenda grega que deu origem palavra arco ris Era uma vez uma deusa ris como ela se chamava era a mensageira de Juno a rainha do c u Com
128. onado a um excesso de otimismo e f cega na Ci ncia e Tecnologia que ao conduzirem necessariamente ao progresso de modo a tornar a vida mais f cil seriam capazes de resolver todos os problemas atuais e futuros J o terceiro mito ap ia se nas seguintes teses a A mudan a tecnol gica a causa da mudan a social considerando se que a tecnologia define os limites do que uma sociedade pode fazer de modo que a inova o tecnol gica apare a como o fator principal da mudan a social b A tecnologia aut noma e independente das influ ncias sociais Cabe destacar que esses tr s mitos conduzem intrinsecamente os sujeitos a um estado de imobilismo em rela o participa o nos rumos da sociedade principalmente em rela o aos problemas socioambientais eximindo os assim das tomadas de decis es e consequentemente do pleno exerc cio da cidadania o que se choca fortemente com os objetivos da ACT em uma perspectiva ampliada A perspectiva ampliada da ACT a qual os autores defendem no artigo citado busca a compreens o das intera es entre Ci ncia Tecnologia Sociedade CTS associando o ensino de conceitos problematiza o desses mitos AULER DELIZOICOV 2001 p 1 Embora n o haja consensos sobre as caracter sticas de um indiv duo alfabetizado cientificamente tendo em vista as v rias dimens es da alfabetiza o cient fica que envolve a compreens o sobre as rela es entre ci ncia e sociedad
129. ordena o de pontos de vista familiarize se com a linguagem cartogr fica Caderno de Pesquisa 69 70 Caderno de Pesquisa A utiliza o do mapa como representa o social tamb m deve ser explorada Os mapas s o os mais antigos registros do pensamento geogr fico e formam mais do que representa es espaciais para orienta o demarca o de territ rios possibilidades de amplia o de fronteiras determina o de reas para ca a e outras fun es eram registradas por cartografias Assim o incremento dos mapas foi uma t cnica relevante para o dom nio de povos e desenvolvimento de civiliza es sendo ferramenta para o exerc cio do poder O mapa carrega diferentes interesses pol ticos e econ micos de amplia o de territ rios de melhora nas atividades agr colas e ainda conceitos sobre regi es sobre solos e climas Encontramos e exemplificamos facilmente v rias representa es que demonstram o mapa como reprodutor de choques de poder podemos citar por exemplo a vis o eurocentrista de Mercator presente nos mapas mais populares os usados nos livros did ticos dispon veis nas escolas Trata se de proje es difundidas sem se dar conta das consequ ncias das suas distor es territoriais principalmente nas reas setentrionais e polares Cabe ressaltar que a cartografia necessita usar como recursos algumas distor es para que as representa es alcancem o n vel m ximo de fidelidade O estudo da Geog
130. orma es dos softwares mostram as medidas dos lados e os ngulos que v o se organizando em fun o da manipula o Essa agilidade permite que o estudante observe as varia es e possa da refletir sobre o que acontece com as altera es que v o acontecendo nos tri ngulos com os quais trabalha De fato essas ferramentas ajudam a trabalhar as no es de semelhan as perpendicularidade e congru ncia de lados e ngulos gualmente muitos desses programas de computador t m figuras planas prontas e a disposi o o que permite a composi o de mosaicos e outras imagens a partir da manipula o dos pol gonos O recurso computacional permite um fazer e desfazer muito mais r pido e din mico o que favorece o manuseio e a cria o Al m disso os programas possuem ferramentas de desenho a m o livre o que possibilita a cria o de pol gonos irregulares e sua compara o com figuras regulares a fim de evidenciar as propriedades de um e de outro de maneira a diferenciar os diferentes tipos de figuras Caderno de Pesquisa 89 90 Caderno de Pesquisa Refer ncias BRUNEL Carmen Jovens cada vez mais jovens na educa o de jovens e adultos Porto Alegre Media o 2004 CARRAHER T Carraher D E Schliemann A Na vida dez na escola zero S o Paulo Cortez Editora 1989 DANYLUK Ocsana Alfabetiza o Matem tica O cotidiano da Vida Escolar Caxias do Sul EDUCS 1991 __ Alfabetiza o mate
131. osso dia a dia feita n o para a memoriza o de regras ou para a an lise de aspectos formais muito embora eles tamb m sejam importantes mas por exemplo para a compreens o a como o o consumo o convencimento o riso ou a aprendizagem segundo cada caso Caderno de Pesquisa 19 20 Caderno de Pesquisa Se o leitor n o pode compreender n o poder reagir de maneira pertinente provavelmente Cabe ao professor oferecer na ag ncia de letramento em que opera a escola insumo para a leitura a an lise e a intera o expressiva entre leitor e texto N o basta ensinar a pontuar conforme as regras gramaticais necess rio conhecer analisar e perceber os empregos da pontua o conforme o texto o contexto a situa o comunicativa de que se participa ou em que se est envolvido Um slogan sem ponto final admiss vel e desej vel diria um redator publicit rio tanto quanto um poema em que n o haja v rgulas a favor de versos e estrofes diria um poeta As quest es envolvidas na produ o desses textos e em sua circula o poderiam ajudar na forma o de leitores atentos e sens veis assim como a leitura de textos liter rios e outros cuja elabora o pretenda efeitos para al m da norma e do ordin rio Da literatura publicidade passando pelos recursos de um texto cient fico ou jornal stico poss vel conhecer e comparar os empregos da pontua o ou os efeitos de humor quando for o caso Cert
132. outro ponto oposto em rela o aquele marcado anteriormente poss vel identificar que a dist ncia entre os pontos a mesma No quadro negro o m ximo que o professor pode fazer desenhar um ponto oposto ao primeiro e equidistante ao segundo e torcer para que o aluno entenda e acredite nisso Esse conhecimento simples mas serve de base a outros como ponto m dio e simetria por exemplo O segundo est relacionado necessidade do dom nio de metodologias de ensino por parte do professor N o basta a esse profissional dominar apenas o uso da inform tica educativa Ele precisa aprender a fazer seu planejamento pautado nas poss veis dificuldades dos alunos com rela o ao tema da aula Esse planejamento precisa contemplar tamb m a media o do professor durante a aula no sentido de favorecer aos alunos nos momentos em que possam apresentar suas solu es para eventuais discuss es arr AA a Graphics View 3D ER ABC y SES G X A e 3 3 de Figura 11 O GeoGebra 5 0 uma vers o Beta que permite a cria o e manipula o interativa de objetos geom tricos em 3D como pontos linhas pol gonos esferas e poliedros bem como fun o da forma f x y Os trabalhos no GeoGebra podem tamb m ser incorporados em p ginas web interativas Essa e outras vers es do GeoGebra podem ser baixa
133. pacidades relativas representa o do espa o geogr fico leitura de informa es e elementos cartogr ficos dos mapas produzidos orienta o coordenadas geogr ficas e ngulos de observa o verificando se compreendem as diferentes formas de representa o da superf cie terrestre e sua capacidade de localiza o em um mapa virtual Os itens aqui sugeridos s o apenas alguns dos que podem ser trabalhados O que vai nortear a a o docente em primeiro lugar ser o as pistas que os pr prios alunos trar o de suas viv ncias e de seu cotidiano Assim a realidade e a clareza em rela o s suas a es sobre o meio podem ser delineadas e uma forma o para a vida harm nica na sociedade com as diversas facetas que ela apresenta pode ser despertada Considera es Finais N o somente poss vel falarmos em Geografia mas tamb m vi vel promovermos o entendimento de que o estudante comp e um territ rio e reconhece que h outros territ rios diante disso sabe se direcionar se sentir e perceber os outros Isso introduz um ritmo especial disciplina cooperando para uma aprendizagem coletiva Novos caminhos para a educa o est o sendo abertos com os avan os da tecnologia Estimular o desenvolvimento de capacidades de an lises globais dos fatos uma das atribui es dos docentes optando pela melhora na qualidade do ensino A busca pela excel ncia deve ser uma constante no cotidiano do educador Enten
134. para o n vel de estudos em quest o levantando quest es criadas na sociedade pela repercuss o da tecnologia ou pelas implica es sociais do conhecimento cient fico e tecnol gico MARTINS 2007 p 30 Assim a concep o apresentada por Isabel Martins acerca do que ela denomina de movimento CTS elucida nossa discuss o sobre contextualiza o e alfabetiza o cient fica ao enfatizar o que as aproxima al m de evidenciar a repercuss o de ambas sobre a pr tica docente ao embasar a escolha de temas conte dos de ensino e estrat gias did ticas Mais recentemente com a necessidade de se enfatizar as quest es ambientais embora estas sejam intr nsecas a qualquer discuss o na perspectiva CTS alguns autores v m re denominando essa perspectiva ou movimento de perspectiva CTSA ou seja Ci ncia Tecnologia Sociedade e Ambiente SANTOS 2007 Caderno de Pesquisa 49 50 Caderno de Pesquisa Desse modo muitos trabalhos publicados no Brasil e no exterior v m destacando as potencialidades de curr culos com nfase nas quest es que relacionam Ci ncia Tecnologia Sociedade e Ambiente que se diferenciam significativamente dos curr culos convencionais em fun o da preocupa o com a forma o de atitudes e valores de sua organiza o em temas em contraposi o aos extensos programas tradicionalmente oferecidos e da valoriza o das opini es dos estudantes Para Fourez 1994apud AIRES LAMB
135. penas 26 das pessoas podem ser consideradas como plenamente alfabetizada porque suas habilidades n o mais imp em restri es para compreender e interpretar textos usuais leem textos mais longos analisam e relacionam suas partes comparam e avaliam informa es distinguem fato de opini o realizam infer ncias e s nteses Outro dado que impressiona que o brasileiro l em m dia quatro livros por ano sendo apenas 2 1 livros o que mostra a 3 edi o da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil 2012 A pesquisa encomendada pelo Instituto Pr Livro mostra ainda que apenas metade da popula o cerca de 88 2 milh es de pessoas considerada leitora ou seja leu ao menos um livro nos ltimos tr s meses A B blia o livro mais lido no Brasil seguido por livros did ticos romances livros religiosos contos e livros infantis As mulheres leem mais do que os homens Ainda segundo a pesquisa 75 da popula o nunca frequentou uma biblioteca na vida Esses dados s o muito importantes de serem evados em considera o pela escola especialmente na Educa o de Jovens e Adultos pois cada vez mais os livros did ticos v m tomando o lugar dos outros livros mas a forma o do cidad o exige a leitura de textos de diferentes g neros vis es de mundo ivros de diferentes esp cies inclusive os liter rios Uma das raz es para essa discrep ncia entre o objetivo da escola e seu esfor o em ensinar a ler e a e
136. po minado representado por uma matriz de linhas e colunas cujas c lulas podem conter uma pomba Caso a pessoa que faz a tentativa de travessia pise em uma c lula que cont m uma mina explosiva ser informada pelo facilitador O jogo terminar quando o grupo descobrir o caminho correto e todos conseguirem a travessia Para isso usando fita crepe monte uma matriz com linhas e colunas no ch o Na parte superior indique as letras e na lateral os n meros Em uma folha que ser usada pelo professor dever ser marcada as casas que est o livres das bombas Como mostra a gravura ao lado O caminho correto neste exemplo dado pelas c lulas A1 B2 B3 C4 e B5 Figura 4 O professor dever formar grupos e pedir que cada um planeje um percurso livre de bombas identificando as casas onde ir o pisar de acordo com a intersec o das linhas e colunas Cada grupo deve definir quem ir arriscar a passagem e quem ir ditar o caminho usando essa forma de identifica o explicada A 1 Durante o jogo o professor dever apitar sempre que algu m pisar em uma c lula com bomba Nesse momento outro grupo dever assumir o percurso Os grupos podem ir combinando altera es no percurso proposto inicialmente mediante perceberem que o plano realizado apresenta erros Se todos os grupos tiverem tentado sem conseguir Caderno de Pesquisa 31 32 Caderno de Pesquisa finalizar o percurso recomece a sequ ncia
137. pot tico dedutivo Esse mesmo autor destaca ainda que n o se pode negar que a Geometria oferece um maior n mero de situa es nas quais o aluno pode exercitar sua criatividade ao interagir com as propriedades dos objetos ao manipular e construir figuras ao observar suas caracter sticas compar las associ las de diferentes modos ao conceber maneiras de represent las Tamb m segundo Deguire 1994 poss vel citar muitas raz es para que se estude Geometria no Ensino Fundamental e de Ensino M dio Uma delas a oportunidade que esse campo oferece de ensinar a resolver problemas e ensinar para resolver problemas ensinar a resolver problemas ultrapassa a mera resolu o de problemas para incluir a reflex o sobre processos de resolu o objetivando coligir estrat gias de resolu o de problemas que poder o ser teis posteriormente ensinar para resolver problemas envolve o ensino do conte do de uma maneira significativa de modo que passe a ser utilizado em outros problemas e aprendizados Uma maneira pelo menos de ensinar para resolver problemas consiste em desenvolver o conte do a partir de epis dios de resolu o de problemas DEGUIRE 1994 p 73 Caderno de Pesquisa 29 26 Caderno de Pesquisa Para n s fica evidente que quando o professor trabalha com resolu o de problemas propicia uma motiva o aos alunos e n o uma passividade promovida pelos problemas do tipo siga o modelo Existe
138. povos s o universais pelo menos por um tempo uma vez que muitas verdades cient ficas v m sendo contestadas por novas pesquisas O mesmo fen meno o arco ris explicado do ponto de vista da imagina o na lenda explicado do ponto de vista cient fico em uma linguagem que n o permite muitos desdobramentos de sentido e as met foras n o s o usadas Isso confere objetividade ao texto Outra lenda interessante a dos ndios na qual o sol era gente e se chamava KUANDU Kuandu tinha tr s filhos um o sol que aparece na seca o outro mais novo sai na chuva e o filho do meio ajuda os outros dois quando est o cansados assim que os ndios juruna contam essa hist ria H muito tempo um ndio juruna teria comido o pai de Kuandu Por isso ele queria vingar se Uma vez estava bravo e foi para o mato pegar coco L encontrou o juruna no alto de uma palmeira inaj colhendo coco Kuandu avisou que ele ia morrer mas o ndio foi mais r pido acertando o com um cacho de coco na cabe a Af tudo escureceu As crian as come aram a morrer de fome porque Juruna n o podia trabalhar na ro a e nem pescar Estava tudo escuro A mulher de Kuandu mandou o filho sair de casa e ficou claro de novo Mas s um pouco porque era muito quente para ele O filho n o aguentou e voltou para casa Escureceu de novo E assim ficaram os tr s filhos de Kuandu entrando e saindo de casa Portanto quando seca e sol forte o filho
139. quadro para garantir que duas paredes formem um ngulo Caderno de Pesquisa 87 88 Caderno de Pesquisa de 90 De fato matematicamente o uso do esquadro se vale da rigidez triangular para garantir que as paredes obede am ao Teorema de Pit goras e estejam em um ngulo reto Outro aspecto fundamental a ser trabalhado nas situa es did ticas que envolvem pol gonos s o as malhas quadriculares Elas s o um suporte fundamental para a compreens o das rela es entre os lados em momentos de amplia o ou redu o de figuras Al m disso o uso de malhas quadriculadas permite ao estudante construir no es sobre o contorno e a superf cie das figuras o que alicer a o desenvolvimento dos importantes conceitos de rea e per metro que s o fundamentais na compreens o da geometria A figura a seguir ilustra uma situa o did tica O professor pode fornecer a malha quadriculada com o quadril tero A destacado e pedir que o estudante desenhe uma figura que tenha o dobro do tamanho O quadril tero B representa a resposta Figura 9 Malhas quadriculadas para amplia o e redu o de figuras Um dos erros mais comuns nesse tipo de atividade duplicar apenas um dos lados achando que isso condi o suficiente Assim abre espa o para o professor problematizar o aumento dos lados da figura e sua rela o com o tipo de pol gono Se a partir do quadrado inicial de 2x2 duplica se apenas um dos la
140. ra fatos do dia a dia relata o cotidiano das pessoas situa es que presenciamos comumente f bula semelhante a um conto em sua extens o e estrutura narrativa por m o principal objetivo do texto dar algum ensinamento pregar uma moral Outra diferen a que as personagens s o animais mas com caracter sticas de comportamento e socializa o semelhantes s dos seres humanos par bola a vers o da f bula com personagens humanas O objetivo o mesmo o de ensinar algo ap logo semelhante f bula e par bola em rela o ao car ter moralizante pode se utilizar das mais diversas e aleg ricas personagens animadas ou inanimadas reais ou fant sticas humanas ou n o Da mesma forma que as outras duas ilustra uma li o de sabedoria anedota predominante na oralidade tem como objetivo motivar o riso geralmente breve e depende de fatores como entona o capacidade orat ria do int rprete e at representa o lenda uma hist ria fict cia a respeito de personagens ou lugares reais e tem origem na literatura oral Os textos narrativos se organizam a partir das seguintes categorias tempo momento em que as personagens vivenciam as suas experi ncias e a es Pode ser cronol gico ou psicol gico espa o lugar onde as a es se desenvolvem enredo a trama o que est envolvido na trama que precisa ser resolvido e a sua resolu o personagens seres fict cios da trama enc
141. rafia por meio de mapas pode ser uma rica estrat gia did tica podendo estruturar importantes conceitos dessa disciplina Assim conv m ao professor organizar planejar e apresentar aos aprendizes olhares distintos e novas perspectivas onde os alunos possam reconhecer na apar ncia das formas do espa o geogr fico atual os processos hist ricos e os processos contempor neos que implicam nas constantes mudan as e reorganiza o da sociedade No que se refere cartografia necess rio compreender que conquistas importantes em sua evolu o facilitam nossa vida cotidiana com informa es relevantes para deslocamentos possibilidades de depreender dimens es espaciais escalas proje es e sensoriamento remoto S o temas que devem ser debatidos em sala de aula pois a contemporaneidade fornece atrativos tecnol gicos que facilitam e estimulam o uso da cartografia mas exigem conhecimentos pr vios para an lises adequadas Vale ainda notar que o estudo de perfis topogr ficos de grande import ncia mas vem sendo pouco explorado na atualidade Buscando favorecer e possibilitar o uso de interpreta es sobre a sociedade contempor nea novos caminhos te ricos t cnicos e metodol gicos precisam ser tra ados No Parecer CNE CES 492 2001 consta que A Geografia vem evoluindo nos ltimos anos tanto pela introdu o e aprofundamento de metodologias e tecnologias de representa o do espa o geoprocessamento e sistemas geogr
142. res de Qu mica do Estado do Paran sobre a contextualiza o 55 dos professores investigados apresentaram uma vis o de contextualiza o como exemplifica o do cotidiano o que vai ao encontro de pesquisas realizadas tanto na Revista Qu mica Nova na escola SILVAet al 2009 quanto em livros did ticos de Quimica WARTHA AL RIO 2005 Com base nesses dados os autores questionam Se por um lado o professor vem de uma forma o inicial com essa concep o de contextualiza o e por outro os livros did ticos de Qu mica bem como a principal revista de ensino de Qu mica que circula no Brasil apresentam tamb m predominantemente a concep o de contextualiza o como exemplifica o do cotidiano cabe questionar em que momento ou onde o professor buscar subs dios para refletir sobre um ensino de Qu mica como o sugerido nos documentos oficiais e na literatura Como superar o senso comum pedag gico do simples preparo para o vestibular e contribuir efetivamente na forma o do cidad o cr tico atuante e capaz de tomar decis es conforme preveem as perspectivas freireana e da ACT AIRES LAMBACH 2010 p 13 Com base nos resultados apresentados em sua pesquisa Kato e Kawasaki 2011 concluem que apesar de terem encontrado uma multiplicidade de concep es de contextualiza o do ensino estas n o s o contradit rias entre si j que todas elas compartilham da no o de que contextualizar
143. s e tentando melhor explicar os descritores a a identifica o do humor no texto isto que arranjos lingu sticos ou expressivos nos levam ao riso qual e onde est a gra a no texto Esta uma quest o muitas vezes dependente de infer ncias ou de conhecimentos pr vios 3 N o vamos aqui nos ater discuss o sobre a rela o entre autor e narrador ou autor e eu l rico mas trata se sem d vida de uma discuss o interessante e importante na teoria da literatura por exemplo fundamental que um leitor de textos liter rios saiba lidar com a quest o Para tratar de letramento liter rio pode se ver por exemplo Cosson 2009 Ver tamb m Machado 2005 2005a 2012 e Martins 2011 b como a pontua o e outras nota es par nteses aspas colchetes quem sabe at os atuais emoticons etc podem funcionar para fazer sentido no texto sabido que a pontua o pode alterar fortemente o sentido de uma frase ou um texto c como o emprego de recursos estil sticos e morfossint ticos isto palavras express es a sele o de dados voc bulos ou a sele o desta ou daquela composi o da frase pode influenciar nos efeitos de sentido do texto d que sentidos podem decorrer do emprego de certas palavras frases ou express es no texto Ocorre no entanto que embora essas habilidades estejam separadas na matriz um texto muitas vezes demanda algumas delas ou todas simultaneamente Menciona se ainda
144. s PCN no final da d cada de 1990 trouxe um novo tratamento Geometria desde a escolariza o inicial Entretanto os professores que n o tiveram e nem vivenciaram a Geometria no curr culo durante sua escolariza o precisaram inserir tal conte do em suas salas de aula Dessa forma houve um empobrecimento na abordagem dos conte dos que passaram a ser desenvolvidos de maneira intuitiva e experimental mesmo com as orienta es trazidas por esse ou outros documentos oficiais Os PCNs enfatizam esse bloco de conte do como necess ria forma o b sica do ser humano e que os conceitos geom tricos constituem parte importante do curr culo de Matem tica no ensino fundamental porque por meio deles o aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite compreender descrever e representar de forma organizada o mundo em que vive BRASIL 1998 Particularmente com rela o as no es de espa o os PCNs afirmam que cada vez mais indispens vel que as pessoas desenvolvam a capacidade de observar o espa o tridimensional e de elaborar modos de comunicar se a respeito dele pois a imagem um instrumento de informa o essencial no mundo moderno BRASIL 1998 Caderno de Pesquisa 24 26 Caderno de Pesquisa Com rela o aos temas de Geometria Espacial os PCNs enfatizam que o ensino de Matem tica nos anos finais do Ensino Fundamental deve visar ao desenvolvimento do pensamento geom trico e da co
145. s o estabeleci a pesquisa em outros textos Tais atividades t m o texto e o leitor dando lhe condi es de interag explicitam os recursos liter rios nele presentes De devem visar o controle a verifica o ou medi o mento coletivo de crit rios de an lise como fun o mediar a rela o entre r com o texto na medida em que se forma alguma as atividades propostas da leitura pois ao contr rio disso inerente ao texto liter rio a liberdade a multiplicidade de sentidos o imprevisto Caderno de Pesquisa 103 104 Caderno de Pesquisa Refer ncias BAKHTIN Mikhail Marxismo e filosofia da linguagem 2 ed S o Paulo HUCITEC 1981 Benjamin W 1993 Magia e T cnica Arte e Pol tica Ensaios sobre Literatura e Hist ria da Cultura Obras Escolhidas Volume 5 Ed Tradu o de S rgio Paulo Rouanet S o Paulo Brasiliense ENZENBERGER Hans Magnus Mediocridade e loucura e outros ensaios S o Paulo tica 1995 GERALDI Jo o Wanderlei O texto na sala de qula Cascavel ASSOESTE 1985 KATO Mary org O aprendizado da leitura S o Paulo Martins Fontes 1990 Cole o Texto e Linguagem KATO A Mary org A concep o de escrita pela crian a Campinas SP Pontes 1988 KATO A Mary No mundo da escrita uma perspectiva psicolingu stica S o Paulo tica 1986 A LEIMAN ngela Texto e leitor aspectos cognitivos da leitura S o Paulo Pontes 1989 KLEIMAN ng
146. s conte dos biol gicos j que afirma a relev ncia do contexto social no ensino e processo de produ o do conhecimento para que o aluno conhe a n o apenas o produto da ci ncia mas tamb m os processos de produ o do conhecimento cient fico biol gico de modo que neste documento al m das concep es relacionadas categoria ci ncia a qual foi ent o incorporada ao corpus de an lise dos pesquisadores foram encontradas aquelas relacionadas categoria cotidiano do aluno J no MRCC a contextualiza o n o um princ pio expl cito tal como ocorre com interdisciplinaridade entretanto seus autores evidenciam a necessidade de se compreender as rela es entre o individual e o coletivo na forma o de um cidad o cr tico e ativo Caderno de Pesquisa 45 46 Caderno de Pesquisa socialmente afirmando que essa compreens o s poder ocorrer por meio da utiliza o do senso comum da realidade vivenciada como ponto de partida para discuss es te ricas trazendo a categoria cotidiano do aluno KATO KAWASAKI 2011 p 42 Em rela o s concep es dos professores sobre a contextualiza o foram identificadas pelos pesquisadores tr s concep es que se relacionam s categorias de an lise cotidiano do aluno disciplina s escolar es e contextos hist rico social e cultural Na pesquisa de Aires e Lambach 2010 em que foram investigadas as concep es de professo
147. s objetos de natureza diferente e o espa o f sico ele pr prio ou seja o dom nio das materializa es a Geometria concebida como modeliza o desse espa o f sico dominio das figuras geom tricas o s sistema s de representa o plana das figuras espaciais dom nio das representa es gr ficas A esses objetos correspondem tr s quest es relativas aprendizagem que s o ligadas e interagem umas com as outras S o elas a do desenvolvimento das habilidades de percep o espacial a da elabora o de um sistema de propriedades geom tricas e de uma linguagem que permita agir nesse modelo a de codifica o e de decodifica o de desenhos A respeito do desenvolvimento das habilidades de percep o espacial a leitura e a utiliza o efetiva de mapas e de plantas nas situa es cotidianas s o fonte de numerosas dificuldades para muitas pessoas Por exemplo localizar um escrit rio num grande edif cio deslocar se numa cidade encontrar um caminho numa montanha s o procedimentos que muitas vezes solicitam uma certa sistematiza o dos conhecimentos espaciais Essa sistematiza o deve ser trabalhada desde a diferencia o de perspectiva ou vistas simplificadas ou seja na foto ao lado a broca de uma furadeira el trica est sendo apertada com uma chave pr pria para isso Se quisermos fabricar uma chave como essa podemos inicialmente desenh la em perspectiva depois desenhamos suas vis
148. s populares de tradi o oral O narrador em terceira pessoa adota a variedade padr o assim como o padre e o estudante A variedade popular marca a fala do caboclo em discurso direto Por m podemos perceber certa afinidade do narrador com o caboclo especialmente no seguinte trecho N o sabendo como dividi lo mesmo porque chegaria um pequenino peda o para cada um o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse durante a noite o sonho mais bonito pensando engabelar todos com os seus recursos orat rios H uma variedade bastante grande no uso dos sinais de pontua o travess es retic ncias v rgulas pontos finais dois pontos pontos de exclama o o que comum Caderno de Pesquisa g9 100 Caderno de Pesquisa nos textos narrativos tendo em vista a necessidade do autor em dar colorido a o e procurar garantir a intencionalidade da fala no discurso direto Ao final da leitura pode ser interessante voltar ao t tulo e perceber qual a diferen a de sentido caso o autor tivesse usado numeral no lugar de artigos Um caboclo um padre e um estudante O uso do artigo define aproxima o leitor dos personagens cria uma identidade com eles como se o leitor os conhecesse Esse efeito n o seria o mesmo com o uso do numeral indefinido Logo essa escolha intencional e provoca efeito est tico Vamos ver o exemplo de um trabalho com uma lenda Diferente do romance tal qual o conhecemos h
149. s quadril teros um tipo muito especial o paralelogramo pois seu nome vem da propriedade de ter lados paralelos iguais Dessa maneira diferentes figuras s o tamb m tipos de paralelogramos Por defini o um paralelogramo uma figura de quatro lados cujos lados opostos s o iguais e paralelos Por consequ ncia os ngulos opostos s o iguais Assim o ret ngulo um caso particular do paralelogramo j que atende as propriedades conceituais dessa figura com a peculiaridade de que esses ngulos s o de 90 Em outras palavras todo ret ngulo um paralelogramo por possuir lados paralelos iguais e ngulos opostos id nticos mas nem todo paralelogramo um ret ngulo haja vista que existem figuras desse tipo que possuem ngulos diferentes de 90 Igualmente todo losango tamb m um paralelogramo pois seus lados paralelos s o iguais figura equil tera por isso com todos os lados iguais mas com ngulos que se comp em de maneira completar Novamente todo losango um paralelogramo mas nem todo paralelogramo um losango Tamb m importante destacar que os diferentes ngulos que comp em a figura podem auxiliar a compreender que um mesmo tipo de figura pode ter distintas configura es como na imagem a seguir Figura 5 Tri ngulos de diferentes tipos Na imagem podemos observar figuras com lados e ngulos diferenciados mas que s o tri ngulos Trata se de um caso muito especial pois os tri ngulos p
150. s todos haver o de concordar que esse ambiente se mostra extremamente limitado na abordagem de algumas situa es matem ticas Dois aspectos se fazem muito importantes de serem levados em considera o nesse contexto O primeiro chama a aten o para o fato de que o professor n o deve achar que por ficar utilizando esse ou aquele software consegue resolver boa parte dos seus problemas que est o intimamente ligados motiva o dos alunos para a Matem tica e a dificuldades que estes sentem em estud la e no nosso caso espec fico a geometria preciso que o professor admita que necessita estudar para utilizar essa ferramenta como suporte eficiente e eficaz s suas aulas O uso do computador em sala de aula pode promover a experimenta o a pesquisa e a representa o do conhecimento constru do Nessa sequ ncia de atividades os alunos usar o uma anima o para elaborar conceitos relacionados ao tema Plano Cartesiano far o pesquisas na Internet para saber mais sobre Geometria Espacial bem como far o Austra es AM Sto VR a organiza o de informa es sobre S lidos usando ferramentas de apresenta o no computador Com o apoio do software GeoGebra essa linguagem cient fica da Matem tica pode fazer maior sentido para o aluno quando este por exemplo constr i no plano cartesiano uma reta nela marca dois pontos quaisquer e utiliza o comando reflex o de um ponto em rela o ao outro O aluno v surgir na reta um
151. s transferem uma sensa o permanente do esvaziamento da realidade pela fic o representacional BARBOSA 1999 p 111 112 O filme se aproxima da realidade ao mostrar quest es que abordam a vida cotidiana fatos que podem acontecer conosco e acontecem na sociedade diariamente Deve adequar se aquilo que se deseja abordar buscando interpreta es e infer ncias que fa am conex es entre o conhecimento geogr fico e os saberes do mundo Por meio do filme percebe se melhor os aspectos da vida levando o p blico alvo a compreender elementos espaciais paisagem relevo condi es clim ticas e sociais rela es de poder territorialidades culturas o entanto para o sucesso do trabalho com linguagem cinematogr fica a escolha do filme precisa ser cuidadosa e respeitar v rios crit rios Podemos elencar alguns cuidados a se tomar ao planejar o trabalho com filmes h aplica es do conte do no enredo O aluno tem conhecimentos pr vios que permitem que ele acompanhe o material Que mudan a de comportamento de atitude ou de habilidade ele sugere Podemos trabalh lo interdisciplinarmente H alguma leitura livro reportagem texto que ajude a embasar o tema Desperta o interesse dos alunos H qualidade t cnica fundamental que o v deo escolhido seja de boa qualidade e que seu uso seja bem planejado Algumas vezes poss vel que a forma se sobreponha ao conte do o que pode deixar o professor desmotivado Por m
152. screver e os n meros que expressam o fracasso dessa empreitada est no fato de a linguagem escrita ser trabalhada desde a alfabetiza o de forma mec nica 92 Caderno de Pesquisa e descolada de seu uso social Ainda prevalece uma concep o de linguagem como uma abstra o o que leva a atividades de memoriza o de regras e foco na metalinguagem Rever essa concep o e compreender a linguagem como hist rica e social essencial para a constru o de uma metodologia que permita a forma o de leitores plenos Nessa perspectiva a linguagem n o pode ser tomada somente como um c digo a ser decifrado N o poss vel deslocar a linguagem do jogo das rela es sociais pois somente a que a significa o acontece segundo Bakthin 1981 como uma fa sca el trica que s se produz quando h contato entre dois polos Assim a aprendizagem da linguagem oral ou escrita s poss vel na intera o estabelecida na sala de aula a partir de textos nascidos na pr tica social plenos de m ltiplos significados que possibilitem diferentes indaga es dessa forma que a escola pode oportunizar a apropria o da linguagem escrita e a forma o do leitor necess rio tamb m rever a concep o de leitura Ler muito mais complexo do que decodificar sinais gr ficos Ler um processo ativo que exige que o leitor fa a uso de diversos conhecimentos pr vios lingu stico textual de mundo numa atividade de
153. se desenvolve em um processo de intera o com o contexto social 24 Caderno de Pesquisa Hoje sabemos que as grandes civiliza es antigas chinesa hindu mesopot mica eg pcia possu am muitas informa es de natureza geom trica Sabiam construir figuras planas e espaciais conheciam rela es entre as grandezas geom tricas calculavam comprimentos reas e volumes Esses conhecimentos atendiam as necessidades socioecon micas e culturais tais como medi o de propriedades rurais constru o de edifica es desenho de ornamentos etc N o h registros hist ricos no entanto de que esses conhecimentos fossem sistematizados Assim eles permaneceram com um repert rio de fatos e procedimentos pouco articulados A civiliza o grega dos s culos 7 a C a 3 a C tida hoje como a respons vel pela organiza o da geometria como ci ncia dedutiva Esse per odo caracterizado pelo in cio do emprego do m todo axiom tico falado no par grafo anterior que se tornaria o modo cient fico de sistematiza o da Matem tica Sabemos que os conceitos geom tricos formam parte importante do curr culo de Matem tica no Ensino Fundamental por que atrav s deles o aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite compreender descrever e representar de forma organizada o mundo em que vive A geometria um campo f rtil para se trabalhar com situa es problema e um tema pelo qual os alunos costumam s
154. sidera se que h diferentes formas de express o textual que se materializam em nosso cotidiano chamadas de g neros textuais que apresentam caracter sticas s cio comunicativas definidas por seu estilo fun o composi o conte do e canal Cada g nero est vinculado a um tipo textual espec fico que designa uma sequ ncia definida pela natureza lingu stica de sua composi o na qual s o observados aspectos lexicais sint ticos tempos verbais rela es l gicas Portanto o leitor usa estrat gias diferentes para ler textos de diferentes g neros Segundo Schnewly Dolz e colaboradores 2004 os g neros textuais s o caracterizados pelo conte do tem tico estilo e constru o composicional Al m disso a escolha de um g nero se determina pelas necessidades da tem tica do conjunto dos participantes e da vontade ou inten o do autor do texto N o h um consenso quanto a classifica o dos g neros textuais mas Schneuwly e Dolz 2004 prop em uma divis o de acordo com as semelhan as que as situa es de produ o dos g neros possuem Os g neros s o agrupados nas esferas do argumentar expor instruir narrar e relatar Vamos aqui nos focar na esfera do narrar Na cultura liter ria ficcional narrar a arte de dar verossimilhan a s a es relatadas O texto narrativo aquele que relata as mudan as progressivas de estado que v o ocorrendo atrav s do tempo em epis dios e relatos organizados de form
155. squisa 67 68 Caderno de Pesquisa A imagem pode ser utilizada pela leitura em uma perspectiva interdisciplinar Como a Geografia uma rea do conhecimento que busca tornar o mundo compreens vel a fotografia pode ser usada na apreens o e leitura de paisagens ajudando at mesmo a evitar a repeti o e memoriza o Dispondo da fotografia o aprendiz desenvolve sua percep o visual sobre o espa o retratado Por m n o deve ser uma mera ilustra o que carrega realidades est ticas sobre determinado lugar agrega se seu uso s diferentes linguagens tornando sua apresenta o um mecanismo din mico para a aprendizagem Voltando nos aos recursos mais tradicionais por m com in meras possibilidades de explora o encontramos o texto escrito A capacidade de abordagens presentes nos textos exigem alto grau de capacidade de interpreta o sendo que para que essa ferramenta seja usada de modo adequado necess rio que se trabalhe essa habilidade As habilidades de leitura n o s o responsabilidade apenas do professor de L ngua Portuguesa Qualquer disciplina para seu desenvolvimento requer que os estudantes tenham capacidade de lidar bem com essa forma de comunica o e isso pode lev los a entender melhor a realidade social Recorrer a literatura mais uma das estrat gias que podemos elencar com narrativas de diferentes perspectivas de cen rios e situa es que estabelecem resgates de fun es geogr ficas disti
156. squisa em Educa o em Ci ncias vol 10 n 1 2010 AULER D DELIZOICOV D Alfabetiza o Cient fica Tecnol gica para qu Ensaio Pesquisa em Educa o e Ci ncias Vol 3 n 1 jan 2001 BRASIL Minist rio da Educa o Conselho Nacional de Educa o Diretrizes curriculares nacionais para o ensino m dio Bras lia MEC CNE 1998 Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o Fundamental Par metros Curriculares Nacionais Ci ncias Naturais Bras lia MEC SEF 1998 Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica Par metros Curriculares Nacionais Ensino M dio Bras lia MEC SEMTEC 1999 Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica PCN Orienta es Educacionais Complementares aos PCN Ci ncias da Natureza Matem tica e suas tecnologias Bras lia MEC 2002 COSMOCAIXA Museo de lds Ciencias de Barcelona Site Apresenta a atra o El Bosque Inundado Dispon vel em lt http obrasocial lacaixa es nuestroscentros cosmocaixabarcelona bosqueinundado es html gt Acesso em 02 nov 2013 FERNANDES C S MARQUES C A No es de contextualiza o associadas ao conhecimento qu mico no Exame Nacional do Ensino M dio VII ENPEC Florian polis 2009 Anais FOUREZ G Alfabetizaci n Cient fica y Tecnol gica acerca de las finalidades de La ensefianza de l s ciencias Buenos Aires Argentina Ediciones Colihue 1994 9pud AIRES
157. stado Secretaria da Educa o Coordenadoria de Estudos e Normas Pedag gicas Proposta curricular para o ensino de Biologia 2 grau 2 ed S o Paulo SE CENP 1988 _ Secretaria da Educa o Coordenadoria de Estudos e Normas Pedag gicas Proposta curricular para o ensino de ci ncias e programas de sa de 1 grau 2 ed S o Paulo SE CENP 1991 SILVA R T CURSINO A C T AIRES J A GUIMAR ES O M Contextualiza o e experimenta o uma an lise dos artigos publicados na se o Experimenta o no Ensino de Qu mica da Revista Quimica Nova na Escola 2000 2008 Ensaio Pesquisa em Educa o em Ci ncias v 11 p 77 93 2009 WARTHA E FALJONI AL RIO A A Contextualiza o no Ensino de Qu mica Atrav s do Livro Did tico Quimica Nova na Escola n 22 nov 2005 AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA GEOGRAFIA CORRELACIONANDO DIFERENTES LINGUAGENS E DADOS Os Par metros Curriculares Nacionais para o ensino de Geografia apresentam as compet ncias e habilidades b sicas para o Ensino M dio tendo como eixos representa o e comunica o investiga o e compreens o e contextualiza o s ciocultural Interpretar os desdobramentos das pr ticas socioespaciais no processo de ensino fundamental para a forma o de indiv duos mais preparados para uma compreens o cr tica do meio social Discutir a Geografia para o desenvolvimento de habilidades elementares no Ensino M dio indispens vel nos cam
158. t o tornado se ainda mais complexas j que s o influenciadas por formas de produ o e difus o dos textos jamais vistas antes Vivemos em um contexto em que os textos circulam de v rias formas e de maneira intensa suportados por diferentes tipos de dispositivos A forma o leitora dos cidad os tem sido considerada insuficiente conforme v m mostrando diversos testes feitos em larga escala tanto nacional quanto internacionalmente Tais testes se balizam geralmente nas s ries escolares terminais em geral revelando problemas na maneira como a leitura tem sido abordada ao longo da vida escolar de nossos jovens Como afirmam Coscarelli e Cafiero 2013 p 21 O ensino de leitura passa pelo ensino de estrat gias isto na sala de aula o aluno precisa vivenciar atividades que o ajudem a lidar com o seu pr prio processo de leitura a fim de tirar melhor proveito dele Dessa forma necess rio saber que estrat gias s o essas e como acess las ou ensin las importante tamb m considerar as rela es da leitura com as institui es Certamente a alfabetiza o atualmente em nossa cultura vista como um processo que se d na escola Nem sempre foi assim Em outros momentos hist ricos as poucas pessoas alfabetizadas podiam aprender a ler em casa com professores particulares Do mesmo modo o letramento tamb m pode ser entendido ao menos em parte como um processo de que a escola participa ao longo da vid
159. ta o Textos como o de Ricardo Ramos escolares s o feitos n o apenas de palavras express es e repeti es mas da produ o de frases curtas duramente terminadas por pontos Circuito Fechado Ricardo Ramos Chinelos vaso descarga Pia sabonete gua Escova creme dental gua espuma creme de barbear pincel espuma gilete gua cortina sabonete gua fria gua quente toalha Creme para cabelo pente Cueca camisa abotoaduras cal a meias sapatos telefone agenda copo com l pis caneta blocos de notas esp tula pastas caixa de entrada de sa da vaso com plantas quadros pap is cigarro f sforo Bandeja x cara pequena Cigarro e f sforo Pap is telefone relat rios cartas notas vales cheques memorandos bilhetes telefone pap is Rel gio Mesa cavalete cinzeiros cadeiras esbo os de an ncios fotos cigarro f sforo bloco de papel caneta projetos de filmes x cara cartaz l pis cigarro f sforo quadro negro giz papel Mict rio pia gua T xi Mesa toalha cadeiras copos pratos talheres garrafa guardanapo x cara Ma o de cigarros caixa de f sforos Escova de dentes pasta gua Mesa e poltrona pap is telefone revista copo de papel cigarro f sforo telefone interno gravata palet Carteira n queis documentos caneta chaves len o rel gio ma o de cigarros caixa de f sforos Jornal Mesa cadeiras x cara e pires prato bule talheres
160. tas contradi es b sicas sua situa o existencial concreta presente como problema que por sua vez O desafia e assim lhe exige resposta n o s no n vel intelectual mas no n vel da a o FREIRE 2005 p 100 apud AIRES LAMBACH 2010 p 5 Desta forma ao explorar o eixo tem tico Vida e Ambiente as rela es entre contexto local e global n o podem ser entendidas de maneira dissociada ao contr rio presume se o estabelecimento de inter rela es entre as partes e o todo n o apenas com o enfoque natural stico mas levando se em conta as m ltiplas dimens es destes contextos natural social cultural pol tica econ mica etc Apesar do grande potencial dos referenciais te ricos que apresentamos nesse artigo n o simples nem f cil sua implementa o em sala de aula tendo em vista a necessidade de rompimento com pr ticas e curr culos solidamente cristalizados no contexto escolar conforme destacado por Martins 2007 ao se debru ar sobre as dificuldades de implementa o da educa o CTS no contexto portugu s Essa pesquisadora enumera tr s raz es que funcionam como obst culos sua implementa o i os professores sua forma o concep es cren as e atitudes ii os programas sua l gica interna e sua articula o longitudinal e transversal iii os recursos did ticos Por fim sabemos do grande desafio que aqui propomos a voc s professores e professoras
161. tas simplificadas isto a vista superior a vista frontal e a vista lateral vista superior f vista frontal vista lateral FERNANDO FAVORETTO Figura 1 Figura 2 As vistas t m outras aplica es Mapas e plantas por exemplo s o vistas Para fazer um mapa tiram se fotografias a reas ou fotografias por sat lite Obt m se assim a vista superior da regi o com a qual desenhado o mapa que seria a vista superior simplificada dessa regi o As vistas simplificadas e acrescentamos as plantas tamb m s o maneiras de representar em duas dimens es um objeto tridimensional ou seja de representar figuras espaciais no plano Para desenvolver esses conhecimentos diferentes situa es podem ser trabalhadas pelos alunos desses ciclos como aquelas em que utilizam mapas para comunicar informa es sobre um grande espa o desconhecido para uma pessoa que deve deslocar se nele ou aquelas em que os mapas comunicam ou determinam uma localiza o precisa onde uma a o deve ser executada constru o de uma casa de uma autoestrada etc O trabalho com mapas pode levar a um estudo de coordenadas cartesianas e a uma analogia com as coordenadas geogr ficas No tocante as coordenadas cartesianas a compreens o desse conceito deve levar em considera o que ele n o t o simples como localizar um ponto numa linha reta onde utilizamos uma informa o num rica na maioria das vezes Como por exemplo se estamos procurando
162. tem ticos no Brasil Muitos trabalhos mostram a problem tica em torno do ensino e da aprendizagem da Geometria na qual ressaltam v rios aspectos Peres 1995 e Pavanello 1993 destacam dois fatores que segundo eles atuam forte e diretamente em sala de aula Muitos professores n o det m os conhecimentos geom tricos necess rios para realiza o de suas pr ticas A exagerada import ncia que desempenha o livro did tico entre os professores aonde na maioria das vezes a Geometria apresentada como um conjunto de defini es propriedades nomes e f rmulas relegada aos cap tulos finais dos livros nos quais o professor nunca consegue chegar Essas caracter sticas levam nos a concluir que esta importante rea do conhecimento muitas vezes tem sido negligenciada tratada sob uma certa forma te rica e com isso tem se tornado rida e sem sentido para boa parte dos alunos e at professores Nesse contexto Peres 1995 comenta que H pouco ensino de Geometria em n vel de Ensino Fundamental e de Ensino M dio quer seja por falta de tempo por estar sempre no final dos planejamentos por estar no final dos livros pela prefer ncia dos professores por Aritm tica ou lgebra por ser o programa de matem tica muito extenso em cada s rie pelo fato de a quantidade de aulas semanais em cada s rie ser insuficiente para cumprir todo o programa 1995 p 45 Com a implanta o dos Par metros Curriculares Nacionai
163. ter da Geografia abordar elementos naturais e sociais que est o direta e estreitamente ligados ao seu estudo Isso faz essa ci ncia inevitavelmente estudar saberes amplos dedicando se discuss o das rela es entre sociedade e natureza Por m com toda a din mica impressa pelas mudan as na contemporaneidade o ato de ensinar torna se um desafio cada vez mais complexo Tendo em vista os avan os tecnol gicos paralelos imers o e o interesse que os adolescentes demonstram em rela o a eles est cada vez mais dif cil ignorar a influ ncia que esse processo de transmiss o constru o de conhecimentos exerce em sala de aula sendo imperativo seu uso na atividade docente Sendo assim na sociedade tecnol gica e na cultura mundializada onde os conhecimentos se conectam e se complementam o trabalho em sala de aula precisa ser revisto na perspectiva de acompanhar o acelerado ritmo dos acontecimentos sociais A escola que vive situa es conflitantes e absorve impasses que acontecem fora dela n o apresenta solu es prontas mas precisa de aten o e reflex o constantes para que em meio atodo esse emaranhado de quest es colocadas consiga desempenhar sua fun o principal a de auxiliar e facilitar a aquisi o do conhecimento cient fico Para al m do que j foi exposto na manifesta o do conhecimento geogr fico se faz necess ria a rela o indissoci vel entre teoria e pr tica Discutindo a import ncia da forma
164. tetizar relacionar inferir generalizar comparar entre outras trabalho social porque tem finalidade como ler para se ligar ao mundo para se conectar ao outro COSCARELLI CAFIERO 2013 p 16 As diversas abordagens feitas nos estudos da leitura passam por sua hist ria inven o desenvolvimento e apropria o por seus processos alfabetiza o e letramento pelas pr ticas sociais que a envolvem e mesmo pelas habilidades cognitivas que desenvolvemos ao longo de nossas vidas para lermos cada vez melhor Ler cada vez melhor no entanto algo que merece discuss o Quais concep es de leitura est o envolvidas nesse processo O que ler melhor hoje em dia diante de tantas possibilidades tanto em rela o aos g neros textuais e discursivos quanto em rela o aos dispositivos de leitura Como leem os jovens donos de tablets e smartphones E como 8 Caderno de Pesquisa leem aqueles acostumados reda o de mensagens curtas como as do Twitter ou do aplicativo Whatsapp O contexto atual em que estamos traz influ ncias maneira como a avalia o da leitura tem sido feita As quest es acima mencionadas e muitas outras interferem na forma como a leitura pode ser entendida vista avaliada e julgada O que a leitura Como ela acontece Que recursos ela mobiliza para que passemos da simples decodifica o compreens o de um texto Tais quest es nunca foram simples de responder mas hoje es
165. tica sendo que a sala de aula precisa acolher t cnicas e metodologias que estejam em sintonia com a contemporaneidade Sendo assim para compor uma forma o que contemple o acelerado compasso das mudan as globais e locais necess rio que o docente se coloque como um constante pesquisador atualizado e conectado ao momento experienciado preparando os estudantes para reflex es e cr ticas complexidade da sociedade atual Introduzido esse contexto trataremos a seguir de compet ncias e habilidades relacionadas ao estudo de Geografia que est o arroladas entre correlacionar diferentes linguagens correlacionar dados geogr ficos a partir de diferentes linguagens e reconhecer que os mapas s o concebidos como documentos que revelam as intencionalidades de um grupo social Nosso prop sito discutir algumas de suas nuances para o trabalho em sala de aula O Ensino de Geografia o que mais relevante Pensando na evolu o do ensino a Geografia firmou se como disciplina escolar no s culo XIX e tinha como principal objetivo instruir critica e politicamente parte da elite brasileira a fim de ingressar em cargos pol ticos Em 1900 a disciplina consolidou se com ideias de conhecimentos de aspectos regionais e naturais focando o sentimento nacionalista Sob a influ ncia da escola francesa em 1934 o curso de Geografia foi criado na Universidade de S o Paulo D cadas depois a partir dos anos 1960 surgiu a Geografia Cr tica q
166. to com certos g neros e tipos de texto o que inclui pensarmos na complexidade na extens o e na forma de elabora o desses textos A percep o das rela es entre os recursos expressivos de um texto e os efeitos de sentido que eles propiciam ou provocam um dos t picos o quinto da matriz de habilidades e compet ncias para o Ensino Fundamental Tal t pico est dividido em quatro descritores que ajudam a distinguir habilidades que em grande parte das vezes funcionam juntas isto o leitor as mobiliza e agencia a fim de compreender um texto e perceber os sentidos pertinentes ou os efeitos propostos pelo autor narrador eu l rico No 9 ano do Ensino Fundamental o que se tem encontrado como resultado de avalia es em larga escala que os leitores ainda n o alcan aram bom desempenho em habilidades tais como as de identificar a efeitos de humor no texto e b efeitos de sentido decorrentes do uso de pontua o e outras nota es Ou habilidades de reconhecer efeitos de sentido decorrentes a do emprego de recursos estil sticos e morfossint ticos e b da escolha de palavras frases ou express es Trata se portanto da inabilidade com quest es ligadas aos usos da l ngua e aos efeitos textuais e discursivos que certas escolhas produzem no texto e que podem ser percebidas pelo leitor O caso do t pico em quest o merece um olhar interessado especialmente por tratar de habilidades como em outras palavra
167. u tico ou terrestre que seja autossustentavel e pass vel de permanecer lacrado ap s a montagem Para tal n o dever o ser dados roteiros sobre a montagem estimulando os a pensar em termos de ciclos da mat ria da gua do oxig nio do carbono bem como na produ o e fluxo da energia e consequentemente na intera o entre os diversos componentes dos ecossistemas de modo a favorecer o desenvolvimento do pensamento sist mico com base nas rela es partesltodo Nessa etapa ser preciso levantar junto Caderno de Pesquisa 59 56 Caderno de Pesquisa aos alunos os componentes abi ticos e bi ticos dos ecossistemas o papel de cada um deles e as intera es que estabelecem direta ou indiretamente com cada um dos componentes A partir dessa discuss o importante que os conhecimentos cient ficos acionados sejam sistematizados Em geral os alunos n o conseguem conceber que o ecossistema fique fechado pois comumente n o conseguem pensar na fotoss ntese respira o e decomposi o enquanto processos que envolvem os ciclos do carbono do oxig nio e da gua Sem esse racioc nio fica praticamente imposs vel compreender o planeta Terra enquanto um sistema comprometendo consequentemente a constru o da no o de sustentabilidade um dos focos principais do curr culo de Ci ncias Naturais At mesmo em rela o ao ciclo da gua percebemos que os alunos costumam apresentar lacunas de aprend
168. uca o banc ria no sentido de uma educa o que possibilite a forma o cidad viabilizada pela valoriza o das rela es entre os conte dos espec ficos e o contexto socioecon mico e cultural em que os educandos est o inseridos FREIRE 2007 A Contextualiza o no Ensino de Ci ncias O eixo tem tico Vida e Ambiente diz respeito ao contexto de vida de cada um dos estudantes e de cada um de n s uma vez que envolve a compreens o das inter rela es entre os seres vivos e o ambiente Entretanto os conhecimentos inerentes a esse eixo n o 44 Caderno de Pesquisa se restringem realidade imediata dos estudantes uma vez que em nosso planeta existe uma grande diversidade de seres vivos e tamb m de ambientes Sem falar nos ambientes dos outros planetas que come am a ser explorados Assim o ponto de partida para a compreens o dessa grande diversidade deve ser a explora o do ambiente em que vive o estudante uma vez que aplicar a princ pio um conceito totalmente abstrato ao aluno criar uma primeira barreira ao processo de ensino aprendizagem que ser dif cil de vencer posteriormente Isso n o nenhuma novidade para ningu m H tempos as situa es vivenciais dos estudantes denominadas comumente de cotidiano FERNANDES MARQUES 2009 juntamente com a interdisciplinaridade e a contextualiza o v m sendo discutidas e enfatizadas nos documentos curriculares oficiais de todas as reas
169. ue tratava a ci ncia como estudo de quest es sociais trouxe um vi s de inquieta es em rela o aos acontecimentos visto que esse pensamento estabeleceu se em pleno per odo da Ditadura Militar no Brasil Em 1971 excluiu se a Geografia dos curr culos escolares agrupando a a Hist ria e fundando os Estudos Sociais Mas o debate da Geografia Critica ganhou for a no meio acad mico e a partir dos anos 1980 iniciou se a an lise dos estudos geogr ficos como espa o e sociedade Ainda assim em grande parte das escolas o ensino mantinha se puramente conceitual e tradicional preservando a memoriza o a exalta o da p tria a descri o de paisagens e a caracteriza o do Caderno de Pesquisa 63 64 Caderno de Pesquisa espa o sem maiores preocupa es em relacionar os conhecimentos para uma an lise mais ampla da realidade A partir dos anos de 1990 emerge a Geografia Humanista que procura um entendimento do mundo humano atrav s do estudo das rela es das pessoas com a natureza do seu comportamento geogr fico bem como dos seus sentimentos e ideias a respeito do espa o e do lugar TUAN 1983 Assim esse novo pensamento geogr fico de fundamenta o fenomenol gica e direcionada por teorias construtivistas surge apoiado posteriormente pela elabora o dos Par metros Curriculares Nacionais PCN Neste momento o foco tornou se fomentar as habilidades de percep o do espa o partindo de re
170. uir emprega a pontua o especialmente a v rgula de maneira que o leitor perceba a altera o de sentidos que o uso desse sinal pode provocar O uso inadvertido da pontua o pode ser abordado assim como seu uso consciente para a formula o de pe as como essa ou como outras que se pode encontrar em revistas jornais na web e em campanhas na TV 5 O conto foi publicado originalmente em 1972 no livro Circuito Fechado reeditado pela editora Globo em 2012 Caderno de Pesquisa 17 18 Caderno de Pesquisa A publi cidade tamb m um campo f rtil para o uso e o desuso da pontua o Em muitos an ncios pontos e v rgulas s o desprezados em prol de um efeito est tico ou mais di reto Slogans n o costumam terminar em pontos especialmente se est o escritos em letras grandes em alguma p gina An ncios de ofertas bord es e linguagens visuais podem prescindir da pontua o ou mesmo fazer com que o ritmo do texto seja dado por outros recursos como a quebra de linhas ou o branco da p gina recursos ali s bastan te usados na poesia Raramente no entanto esses recursos s o abordados de maneira criativa ou desimpedida Geralmente a abordagem da v rgula por exemplo vem estritamente relacionada as regras s quest es sint ticas quando muito Isso tem surtido efeitos importantes na forma o do cidad o leitor que n o consegue identificar tais recursos nos textos que l isto
171. uma casa em uma rua precisamos saber onde come a a rua qual o lado par e o lado mpar e ir em dire o ao n mero o que pretendemos localizar Caderno de Pesquisa 29 30 Caderno de Pesquisa quando viajamos por uma estrada usamos como refer ncia para nos localizar os marcos na beira da estrada que indicam quilometragem a partir de um ponto inicial O Sistema de Coordenadas Cartesianas mais conhecido como Plano Cartesiano foi criado por Ren Descartes com o objetivo de localizar pontos O conceito desse sistema composto de duas retas perpendiculares que se cruzam no ponto zero de ambas A horizontal ou eixo das abscissas x e a vertical ou eixo das ordenadas y Com a indica o de um n mero referente a cada eixo o par ordenado x y poss vel encontrar qualquer ponto Assim sendo compreender o plano cartesiano essencial para aprender trigonometria e fun es de 1 e 2 graus onde os valores relacionados x constituem o dom nio e os valores de y a imagem da fun o entre outros temas Ainda sobre o conte do de fun es esse tem larga aplica o nos mais variados campos como da f sica da qu mica da biologia economia geografia engenharia etc Podemos associar o Plano Cartesiano com a latitude e a longitude temas relacionados aos estudos geogr ficos e cria o do atual sistema de posicionamento o GPS O Sistema de Posicionamento Global permite que saibamos nossa localiza o ex
172. v o sendo nomeadas por substantivos normalmente os pr prios o espa o vai sendo definido pelos adv rbios de lugar enquanto o tempo pelos adv rbios de tempo o narrador se identifica na 1 ou 3 pessoa e seus pronomes correspondentes os verbos dicendi pois o narrador no caso do discurso direto ter que passar a palavra aos personagens e assim por diante A pontua o tamb m bastante caracter stica nos g neros narrativos Como as falas entre os personagens s o comuns o discurso direto buscar reproduzir na escrita as entona es da fala sendo comuns as exclama es interroga es e retic ncias A pr pria configura o espacial leva o leitor a identificar que se trata de um texto narrativo pois a diagrama o em prosa com ocupa o da p gina toda geralmente h espa amentos entre um cap tulo ou conto e outro Saltam aos olhos as marcas do discurso direto par grafos travess es aspas Como se v s o v rios os elementos pr prios da composi o dos textos narrativos escritos Dada a extens o dos textos narrativos muitas vezes na escola s o apresentados fragmentos para serem analisados o que j descaracteriza o texto e limita sua interpreta o Outro fato que pode complicar a leitura e an lise das narrativas pelos alunos pode ser o fato de eles desconhecerem a metalinguagem usada para essa an lise sso sem contar que muito comum os textos serem usados como pretexto para o trabalho com os

Caderno de Pesquisa - 2013 - Portal da Avaliação – CAEd/UFJF

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