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linguagens - Tabuleiro de Letras

1. uma preocupa o da modernidade Sua origem remonta aos gregos aproximadamente entre os anos de 322 a 146 a C quando deram inicio atividade de resgatar de preservar e de divulgar o saber produzido pelos eruditos daquela poca Pode se dizer que a Edi o Cr tica de Textos uma das atividades mais antigas da filologia Segundo Auerbach 1972 p 11 TABULEIRO DE LETRAS A necessidade de constituir textos aut nticos se faz sentir quando um povo de alta civiliza o toma consci ncia dessa civiliza o e deseja preservar dos estragos do tempo as obras que lhe constitui o patrim nio espiritual salv las n o somente do olvido como tamb m das altera es mutila es e adi es que o uso popular e o desleixo dos copistas nelas introduzem necessari amente Salvaguardar os textos abolicionistas dos estragos do tempo e da a o do homem foi o que nos motivou a elaborar o projeto de pesquisa intitulado Edi o e estudos dos textos abolicionistas do Di rio da Bahia Em principio objetiva se a constitui o de um corpus significativo dos textos abolicionistas publicados no Di rio da Bahia aplicando lhes os procedimentos metodol gicos da Critica Textual e analisando se o seu discurso enquanto entidade respons vel da captura da mentalidade da poca A edi o desses textos possibilitar aos estudiosos da rea das Letras da Hist ria por exemplo ter acesso a textos recuperados como documento de uma ideol
2. Prime tamb m lan ada em 2010 pela editora MacMillan Similarmente Upgrade a cole o Prime composta de tr s livros embora cada livro possua 12 unidades tem ticas Cada dupla de unidades abordam um tema em comum que como nos LDs UpGrade s o assuntos bastante atuais como Internet alimenta o meio ambiente entre outros Cada unidade possui se es que estimulam as quatro habilidades separadamente em receptivas e produtivas Have Your Say Reading Beyond The Words In Other Words Practice Makes Perfect The Way It Sounds e Put It In Writing O livro tamb m focaliza um g nero textual em cada unidade bem como h um espa o para apresentar uma profiss o no final de cada dupla de unidades Em cada unidade h o incentivo autoavalia o e sugest es de leituras na Internet cinema e m sica a respeito do tema abordado na unidade A cole o Prime prop e ao estudante a reflex o da sua cultura utilizando a LE Essa uma das caracter sticas que ambas as cole es compartilham como pode ser observado no quadro 2 do APENDICE A No entanto a abordagem do Prime bem distinta da cole o UpGrade No Prime existe uma representa o maior de grupos tnicos diferentes em TABULEIRO DE LETRAS contextos socioculturais diversificados Isso significa que a ocorr ncia de estere tipos bastante reduzida A obra traz duas unidades para tratar deste assunto e leva o estudante a refletir sobre a imagem que se tem dos brasi
3. ee ai total Brasileiros Estrangeiros Brasileiros e estrangeiros FONTE IBGE Censo 1872 Segundo o censo de 1890 do total de 2410 habitantes em Porto Seguro entre brasileiros e estrangeiros apenas 515 sabiam ler e escrever Seguem os dados discriminados Sabem ler e escrever N o sabem ler nem escrever x Popula o zs E total Brasileiros Estrangeiros Brasileiros e estrangeiros FONTE IBGE Censo 1890 7 Palavras finais As conclus es a que se chega que a Capitania de Porto Seguro pouco prosperou do s culo XVI ao XIX Se no s culo XVI com a a o dos jesu tas houve algum tipo de progresso essa se deu com a forma o da pr pria vila com a edifica o das moradias das igrejas e com a a o educacional e doutrin ria dos jesu tas Os donat rios pouco investiram na capitania sendo essa caracterizada pela pobreza em geral e de seus habitantes As desordens as inimizades entre os colonos al m disso a a o dos ndios aimor s que durante dois s culos devastaram as vilas com suas investidas obrigando muitos moradores a se mudarem para outras regi es Na segunda metade do s culo XVIII quando houve a expuls o dos jesu tas e mudan a do regime educacional para o ensino laico e que Porto Seguro foi incorporada Bahia pouca coisa mudou At o s culo XIX pouco foi feito pela educa o haja vista o que apresentam os dois censos o de 1872 e o de 1890 com um total num rico muito
4. es por sua conformidade ou n o com o sistema de valores que representa e tamb m em rela o aos valores impl citos ou expl citos no contrato inicial com o destinador manipulador Cabe lhe verificar se o sujeito cumpriu o compromisso assumido quando da sua instaura o como sujeito da performance Conclui se que toda interpreta o e san o se fazem em nome de uma ideologia da qual depende em suma o sentido do percurso narrativo realizado O sujeito reconhecido e considerado cumpridor do contrato que assumiu julgado positivamente san o cognitiva e recebe uma retribui o diploma sob a forma de recompensa san o pragm tica Por sua vez quando enuncia que Tinha muita gente que estudava naquele tempo tinha sim mas nenhum deles al m de mim conseguiu continuar s findaram a terceira s rie quarta s rie Jo o Machado ibid p 95 tem se um programa de priva o As priva es dos sujeitos com rela o educa o formal se manifestam no texto de formas variadas Quando o aluno chega a primeira coisa que me preocupa ensin lo a escrever o nome a primeira coisa que ensino porque sei que logo ele pode precisar sair Jo o Machado ibid p 107 A sa da do sujeito aluno ind gena do sistema formal de educa o parece ocorrer em fun o de outras necessidades de outros valores que entram na narrativa tais como uma roupinha um dinheirinho Ibid Para suprir
5. o por exemplo entre outros fen menos da intera o verbal tem sido estudado como manifesta o vis vel da polifonia visto que um enunciado negativo cont m e revela no seu interior duas atitudes antag nicas uma primeira proposi o afirmativa e sua nega o Cf TABULEIRO DE LETRAS MAINGUENEAU 1997 p 80 A afirma o perempt ria de No lia a ltima fala de um di logo facilmente reconstitu vel pelo leitor espectador Sua mulher me odeia N o minha m e Odeia sim A t pica situa o de intoler ncia entre sogra e nora ganha assim novo sabor gra as ao movimento da linguagem que aciona o jogo de vozes no interior das r plicas transformando um ato de enuncia o em sutil desvelamento do universo lingu stico e social da personagem Esse tipo de constru o dram tica torna n tidas as possibilidades polif nicas do di logo dram tico pois o dramaturgo n o cria apenas personagens enunciadores mas tamb m novos locutores capazes de acionar outros tantos discursos e coloc los em confronto O que No lia pretende exibir desdobrada em eu para ele eu para o outro diante da amiga exatamente o efeito ilocucion rio de sua fala relatada aqui e agora em tom de m goa e triunfo No lia n o conta simplesmente o que disse e sim o que fez a a o realizada por meio da linguagem A pergunta de Alzira Disse mesmo tem claramente a for a performativa de Voc fez isso
6. o das rela es sociais aos limites geogr ficos LONGARAY 2009 p 56 que fruto de in meras inova es tecnol gicas no campo da comunica o As m dias digitais em especial a Internet por exemplo t m facilitado a dissolu o das fronteiras geogr ficas entre pessoas de pa ses e culturas diferentes essas rela es no entanto podem causar choques e conflitos os quais foram previstos por Delors 1996 Segundo este autor para enfrentar as tens es que se formar o no decorrer do s culo XXI devido globaliza o ao sentimento de falta de consist ncia cultural e muitos outros problemas de ordem social que ser o consequ ncias diretas da crescente interdepend ncia entre povos a educa o precisa ter como alicerces quatro pilares saber ser saber fazer saber conhecer e saber viver junto Acertadamente Delors divulga princ pios altamente pertinentes ao momento hist rico atual No campo de ensino de LE estes princ pios podem ser percebidos na CCI desenvolvida por Byram 2002 e no Quadro Europeu Comum de Refer ncia para L nguas QECRL constru do pelo Conselho da Europa em 2001 A no o de CCI merece destaque pois incorpora CC uma consci ncia intercultural que necess ria para lidar com as tens es das quais trata Delors 1996 De fato a interculturalidade na educa o promove o desenvolvimento desej vel da personalidade do aprendiz no seu todo bem como o seu sentido de identidade em resposta exp
7. o para que os sentidos sejam processados textualmente O processamento textual ir ocorrer portanto mediante o entendimento das informa es que s o utilizadas na composi o dos enunciados A interdiscursividade ser portanto um importante componente discursivo ao pensarmos na constru o dos sentidos textuais Ao analisarmos o que est sendo exposto sobre a interdiscursividade com outro componente textual que a intertextualidade podemos verificar algumas semelhan as enunciativas Nesse caso podemos mencionar que a intertextualidade entendida tanto como um fator da coer ncia quanto como um aspecto da textualidade conforme explicita Koch 1995 v lido mostrar que a textualidade apontada como fator de coer ncia porque sem o conhecimento dos intertextos aos quais certo texto alude imposs vel o reconhecimento das informa es que s o colocadas na superficie textual Conforme Koch 1995 em conson ncia com Beaugrande e Dressler a intertextualidade compreende as diversas maneiras pelas quais a produ o e recep o de dado texto depende do conhecimento de outros textos por parte dos interlocutores isto diz respeito aos fatores que tornam a utiliza o de um texto dependente de um ou mais textos previamente existentes 1995 p 88 TABULEIRO DE LETRAS Um texto apenas ser coerente se as informa es por ele transmitidas forem identificadas e processadas cognitivamente com a ativa
8. Eu n o vi mas me contaram em que a autora destaca ainda a leitura de relatos obras liter rias livros de hist ria e principalmente dos filmes italianos que retratam o per odo em especial Roma cidade aberta de Roberto Rossellini Uma investiga o sob a perspectiva da Sociolingu stica Interacional da organiza o discursiva de quatro narrativas orais feitas por uma crian a de dez anos tendo como base o livro de Ruth Rocha Uma hist ria de rabos presos constitui o artigo intitulado A influ ncia do interlocutor na organiza o discursiva de quatro narrativas orais de crian as de Roberval Teixeira e Silva do Departamento de Portugu s da Universidade de Macau Ainda do Departamento de Portugu s da Universidade de Macau comparece o professor Cust dio Martins com seu artigo A hip tese do discurso na marca o da morfologia de tempo e aspecto no processo de aquisi o de Portugu s L2 em que se analisa a hip tese do discurso numa perspectiva variacionista As estrat gias de composi o do di logo dram tico em textos contempor neos objeto do estudo de Cleise Furtado Mendes PPGAC UFBA em que teorias da enuncia o e da lingu stica pragm tica d o suporte an lise de atos de fala e dos efeitos ilocucion rios das intera es verbais em pe as de Yasmina Reza Ionesco Oswald de Andrade e Marcos Barbosa propondo em Di logo e performatividade no drama a forma dram tica como espa o pr
9. TABULEZIMO DE LETRAS Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Departamento de Ci ncias Humanas DCH I Universidade do Estado da Bahia UNEB LINGUAGENS IDENTIDADE DIVERSIDADE dezembro 2011 UNIVERSIDADE DO Estapo DA Bamia UNEB REITOR Lourisvaldo Valentim da Silva VICE REITORA Adriana dos Santos Marmori Lima PR REITORIA DE ENSINO DE GRADUA O PROGRAD Jos Bites de Carvalho PR REITORIA DE PESQUISA E ENSINO DE P S GRADUA O PPG Jos Cl udio Rocha PR REITORIA DE EXTENS O PROEX Adriana dos Santos Marmori Lima PR REITORIA DE ADMINISTRA O PROAD Jos Durval Uzeda Filho PROGRAMA DE P S GRADUA O EM ESTUDO DE LINGUAGENS PPGEL Profa Dra Rosa Helena Blanco Machado Coordenadora do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Prof Dr Jo o Ant nio de Santana Neto Vice Coordenador do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Prof Dr Carlos Augusto Magalh es Coordenadora da Linha de Pesquisa 1 Leitura Literatura e Identidades Profa Dra Jaciara Orn lia Nogueira de Oliveira Coordenadora da Linha de Pesquisa 2 Linguagens Discurso e Sociedade REVISTA TABULEIRO DE LETRAS Editora Chefe Profa V ra Dantas de Souza Motta COMISS O EXECUTIVA Ligia Pellon de Lima Bulh es Maria do Socorro Carvalho M rcia Rios da Silva Norma da Silva Lopes CONSELHO EDITORIAL Prof Dr Alan Norman Baxter UMAC Universidade de Macau Pro
10. alternando com VOU BRINCAR SAIR ESTAREI BRINCANDO SAINDO VOU ESTAR BRINCANDO SAINDO Segundo os resultados a forma mais rejeitada foi esta ultima com TABULEIRO DE LETRAS Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH NUMERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 42 das respostas A segunda forma mais rejeitada foi o gerundismo com futuro simples 29 A terceira mais rejeitada foi surpreendentemente a forma de futuro simples 16 e a forma menos rejeitada foi a perifrase com ir infinitivo 13 o que corrobora a hip tese de que essa variante bem aceita socialmente e portanto desprovida de qualquer estigma mesmo no ambiente escolar Os resultados podem ser mais bem visualizados no Gr fico 2 a seguir Gr fico 2 Formas rejeitadas Fut Simples Ger Per fr E Fut Simples Perifr IR pres E Ger Fut EB Ger Per fr Per fr IR pres Ger Fut Pode se dizer a partir dos resultados que o chamado gerundismo de fato uma forma estigmatizada e pelo menos conscientemente evitada pelos falantes Nota se ainda que com uma diferen a percentual pequena que o futuro perifr stico com ir mais infinitivo menos rejeitado do que o futuro simples forma can nica de express o do futuro verbal em portugu s o que pode corroborar a hip tese de uma mudan a em cur
11. es de Guin Costa da Pimenta Costa do Marfim e Costa dos Escravos eram pontos ou reas de embarque de escravos africanos para o Brasil Entretanto n o especificam com exatid o povos e culturas da frica Independente da classifica o ou considera es a respeito da quest o todos s o un nimes ao afirmar que para Bahia vieram africanos pertencentes s mais diferentes na es Entretanto o fato da prov ncia baiana ter sido palco de diversas revoltas promovidas pelos negros diferentemente das demais regi es do pa s levou alguns especialistas a apontar que o comportamento revolucion rio dos negros na Bahia era em decorr ncia do predom nio de algumas etnias em detrimento de outras George Gardner 1942 apud VERGER 2002 ao tratar da popula o escrava no Brasil compara os negros da Bahia com os das demais regi es do pais e diz que os da Bahia s o mais bonitos chamam mais a aten o s o mais unidos entre TABULEIRO DE LETRAS si e mostram se mais inclinados aos movimentos revolucion rios Pierre Verger 2002 p 34 afirma que em raz o da enorme concentra o de africanos trazidos de uma nica regi o e do car ter belicoso dos mesmos as subleva es e revoltas produziram se na Bahia entre os escravos importados Os africanos trabalhavam em todas as atividades rurais e urbanas dentre elas destacam se plantio e colheita das planta es de cana de a car fumo e algod o servi os dom stic
12. o ser e o n o ser do tempo e a medida do que n o FIORIN 1996 p 129 apud LIMBERTI 2009 p 57 Consciente disso de que o que era n o volta a ser de que o tempo irrevers vel o sujeito enuncia que antes aqui tinha muita fruta tinha caga Jmas as coisas foram mudando e hoje vivemos de uma forma diferente n Na cidade a vida do branco tamb m mudou nesse tempo os pr prios brancos que fundaram Dourados iam para Campo Grande de carreta h uns anos atr s mas hoje eles v o de carro moderno no passado eles eram de um jeito hoje s o de outro O ndio assim tamb m ele evolui Joao Machado ibid p 104 Ratifica em sequ ncia essa condi o de todo Ser de evoluir se aperfei oar adquirir novas capacidades novas potencialidades enfim transformar se tudo evolui n e a TABULEIRO DE LETRAS gente um ndio um ser humano e tamb m n o pode parar se a gente parar fica atrasado Joao Machado ibid p 104 A falta de perspectiva para os jovens ind genas tamb m sentida pelo professor Jo o Machado quando narra que a vida do ndio j n o tem uma previs o a escola ent o Note se que o substantivo previs o remete para a dificuldade do ndio em prever a pr pria vida sem condi es de prever a vida como ent o prever a escola Cabe aqui depreender uma figura de linguagem as retic ncias que suspen
13. 2003 p 490 princ pio que prediz que no processo de aquisi o de L2 e tamb m de L1 algumas estruturas possam come ar por se fixar numa fase inicial de aprendizagem apagando se numa fase interm dia apresentando um uso padr o nas fases avan adas do processo de aquisi o TABULEIRO DE LETRAS No quadro 11 apresentamos os resultados do cruzamento das vari veis grounding e l ngua materna Quadro 11 An lise do Cruzamento das Vari veis Grounding e L ngua Materna Pret rito Imperfeito L ngua Materna Groundi 71 104 68 sf 71 42 62 68 063 245 413 162 306 Signific ncia 0 005 Log Likelihood 248 238 Os falantes de mandarim s o os que mais favorecem a marca o do pret rito imperfeito em contextos foreground com um peso relativo de pr 71 enquanto que os falantes de cantonense favorecem a marca o do pret rito imperfeito em contextos foreground tamb m com um peso relativo de pr 63 Consideramos que a prefer ncia pela marca o do pret rito imperfeito nos eventos foreground por parte deste grupo de informantes se poder dever a duas circunst ncias 1 s eventuais dificuldades em definir quais os eventos foreground e background ii as poss veis diferen as de interpreta o dos dois tipos de informa o por parte deste grupo de informantes decorrentes de um efeito de transfer ncia pragm tica de L1 Se os eventos foreground podem n o constituir uma dificuldade em ter
14. 3 2 3 Na semana que vem Para o aqui chamado futuro pr ximo avaliado com a frase Na semana que vem meus amigos j ESTAR de f rias permanecem as mesmas quatro variantes e os resultados encontrados est o exibidos no Gr fico 5 a seguir Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 Gr fico 5 NA SEMANA QUE VEM por s rie total dos dados em percentuais 70 60 50 40 Presente Per fr IR pres 30 t Per fr IR fut Futuro simples 20 10 0 I I I I I I I I 3EF 4EF 5EF GEF 7EF 8EF 1EM 2EM 3EM Univ No total geral de dados a variante mais escolhida foi o futuro simples 46 Destaca se aqui o sens vel aumento da escolha do futuro simples que s n o foi o mais escolhido pelos alunos da 4 s rie do ensino fundamental Note se que a partir da 5 s rie sua escolha nesse contexto s tende a aumentar sobretudo pelos alunos do ensino m dio e pelos universit rios A segunda op o de escolha foi em sua grande maioria o futuro perifr stico com ir no presente mais infinitivo J as formas de futuro perifr stico com ir no futuro mais infinitivo e presente apresentam decr scimo em rela o aos outros pontos da escala de proje o de futuridade 3 2 4 No final do ano Para o futuro menos distante
15. As empresas de sa de por outro lado ainda que n o exponham as informa es de modo adequado aos destinat rios conseguem se precaver perante o poder p blico que legisla sobre o funcionamento dessas institui es privadas Outra quest o interlocutiva importante se d porque qualquer cidad o que esteja desejoso de adquirir os servi os oferecidos por determinado plano de assist ncia sa de pode assinar um contrato como os analisados ainda que ele n o compreenda ou at mesmo ignore o que est sendo exposto nos textos Por outro lado ao assinar um contrato existem diferentes imposi es jur dicas apresentadas que devem ser obedecidas pelos destinat rios Caso isso n o ocorra a negocia o poder ser afetada TABULEIRO DE LETRAS Os servi os m dicos apenas ser o oferecidos satisfatoriamente de acordo com as necessidades dos indiv duos se houver preocupa o por parte das empresas em elucidar os sentidos expostos textualmente Cada cidad o entretanto ao contratar tais servi os poder n o obter o que est de fato buscando para o suprimento de suas car ncias de atendimento m dico Esses indiv duos poder o at mesmo contratar um plano de assist ncia sa de sem que este lhe ofere a a cobertura para suas necessidades reais de atendimento m dico Nesse caso ocorrer o prejuizos financeiros a tais sujeitos pois ainda que n o haja a utiliza o dos servi os oferecidos por determinada emp
16. Avental Todo Sujo de Ovo In 5 Concurso Nacional de Dramaturgia Pr mio Carlos Carvalho Porto Alegre Unidade Editorial da Secretaria Municipal de Cultura 2006 P 35 113 BARROS Diana Luz Pessoa Contribui es de Bakhtin s teorias do discurso In BRAIT Beth org Bakhtin dialogismo e constru o do sentido 2 ed rev Campinas S o Paulo Editora da UNICAMP 2005 BENVENISTE Emile Da subjetividade na linguagem In Problemas de ling stica geral I 5 ed Campinas S o Paulo Pontes Editores 2005 DUCROT Oswald O dizer e o dito Campinas S o Paulo Pontes 1987 IONESCO Eug ne Th tre II Paris Editions Gallimard 1958 LACAN Jacques O mito individual do neur tico ou Poesia e verdade na neurose Trad Cl udia Berliner Rio de Janeiro Jorge Zahar 2008 MAINGUENEAU Dominique Novas Tend ncias em An lise do Discurso 3 ed Campinas Pontes Editora da Unicamp 1997 Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 MAINGUENEAU Dominique Pragm tica para o discurso liter rio S o Paulo Martins Fontes 1996 MENDES Cleise Furtado Aspectos performativos do di logo c nico In VI Congresso da ABRACE 2010 S o Paulo Mem ria ABRACE Digital S o Paulo ABRACE 2010 Dispon vel em www portalabrace org Acesso em 20 dez 2010 MENDES Cl
17. DE LETRAS FERNANDES F A integra o do negro na sociedade de classes o legado da ra a branca volume I 5 ed S o Paulo Globo 2008 1964 FOUCAULT M A ordem do discurso S o Paulo Loyola 2004 1996 FURTADO C Forma o econ mica do Brasil S o Paulo Companhia das Letras 2007 1959 HASENBALG C Discrimina o e desigualdades raciais no Brasil 2 ed Belo Horizonte Editora UFMG Rio de Janeiro Editora IUPERJ 2005 1979 HOLANDA S B de Raizes do Brasil S o Paulo Companhia das Letras 1936 1995 LAGAZZI S O desafio de dizer n o Campinas SP Pontes 1988 NABUCO J O abolicionismo Grandes nomes do pensamento brasileiro da Folha de S o Paulo Publifolha S o Paulo 2000 1883 Disponivel em lt http www bibvirt futuro usp br gt Acesso em 08 set 2009 ORLANDI E P A linguagem e seu funcionamento as formas do discurso 4 ed Campinas Pontes 2001a ORLANDI E P An lise do discurso principios e procedimentos Campinas Pontes 1999 2003 ORLANDI E P Interpreta o autoria leitura e efeitos do trabalho simb lico Petr polis Vozes 2007 1996 P CHEUX M Delimita es Invers es e Deslocamentos In Cadernos de Estudos Ling sticos 19 Campinas Unicamp 1990 p 7 24 P CHEUX M Sem ntica e discurso uma cr tica afirma o do bvio 2 ed Campinas S o Paulo Editora da UNICAMP 1997c PRADO JR C Hist ria econ mica do Brasil Ano de p
18. Prime ASPECTOS INTERCULTURAIS As atividades do livro refletem as caracter sticas culturais de v rios grupos sociais Quais Sim existe uma grande variedade de grupos sociais representados nas atividades dos livros H grupos de pessoas da ndia da frica do Brasil de pa ses da Am rica Central e do Sul entre outros Em se tratando da representa o de etnias percebe se que os diversos grupos tnicos s o representados em diversas situa es socioculturais Ou seja o negro n o est ali apenas na tem tica escravid o e racismo ou o indiano n o est ali apenas para representar exotismo No entanto os temas das unidades em sua maioria s o comuns para pessoas de classes m dia e alta As perspectivas pol ticas religiosas e ideol gicas de outros grupos sociais s o levadas em considera o Quais N o h situa es onde a perspectiva pol tica ou religiosa de determinados grupos sociais deva sobressair Mas ha uma unidade em que o tratamento da perspectiva religiosa e ideol gica levada em considera o quando tratam da Formatura h uma parte em que se trata da formatura tradicional nos EUA e tamb m como as garotas mu ulmanas que estudam nos EUA fazem para comemorarem suas gradua es A abordagem do tema interessante pois incentiva um debate cultural religioso e ideol gico H tamb m uma determinada unidade que traz pesquisas e gr ficos sobre o tratamento dos adolescentes norte americanos em rela o a negros as
19. a constru o discursiva de ra a g nero e sexualidade em sala de aula Campinas SP Mercado das Letras 2002 VOLLI Ugo Manual de semi tica Trad Silva Debetto C Reis Loyola S o Paulo 2007 TABULZIRO DE LETRAS Interdiscursividade e intertextualidade no g nero contrato das empresas de assist ncia sa de algumas considera es sobre a leitura e o obscurecimento dos sentidos Maria Teresa Tedesco Vilardo Abreu Hilma Ribeiro de Mendon a Ferreira RESUMO O presente trabalho tem por objetivo demonstrar os tipos de conhecimentos acionados no g nero contrato jur dico de planos de assist ncia sa de a fim de determinar como tais conhecimentos configuram tr s dom nios discursivos espec ficos relacionados com a Sa de o Direito e a Economia A an lise dos cinco textos utilizados como corpora da pesquisa das empresas Amil Assim DixAmico Real Doctor e Rio Med faz nos perceber que existe uma relevante presen a interdiscursiva entre elas De acordo com Marcuschi 2008 os diferentes dom nios discursivos originam os g neros textuais que s o usados pelos indiv duos nas trocas interlocutivas Dessa forma sem o acionamento durante a leitura de tais conhecimentos os sentidos textuais ficar o impl citos e a maior ou menor compreens o depender da acessibilidade dos indiv duos a determinado dom nio discursivo A exposi o da presen a dos interdiscursos no g nero corrobora a tese
20. ao que No lia responde com todo orgulho pela afirma o de um fazer que n o deixa margem a d vidas Disse e disse alto Estudando a duplicidade constitutiva do di logo teatral Maingueneau adota o conceito de arquienunciador para designar o papel do autor dram tico cuja comunica o com o p blico e com os leitores acrescento essencialmente indireta mediada pelas enuncia es atribu das por ele s personagens Disso resultaria uma polifonia irredut vel pois a nica enuncia o que seria poss vel atribuir com validade ao autor a intera o dos atos de linguagem dos personagens MAINGUENEAU 1996 p 160 O que venho tentando demonstrar que tais atos de linguagem podem por sua vez permitir desdobramentos que incluem novas vozes na arquitetura essencialmente dial gica do drama quando as personagens se tornam por sua vez novos locutores atrav s da cita o do discurso do outro Esse outro como foi visto no di logo retirado de Avental Todo Sujo de Ovo muitas vezes a pr pria personagem que se duplica ao citar seu ato de enuncia o ocorrido em outro tempo e espa o e que portanto constitui um outro eu Afinal ego TABULEIRO DE LETRAS que diz ego como postula Benveniste em texto inaugural das teorias da enuncia o A personagem que diz eu dirige se a um outro que por for a dessa alocu o transformado em um tu Essa condi o de di logo que
21. assim como elaborada em fun o dos interagentes a quem se endere a Na organiza o narrativa e fundamental para n s o que Labov chama de o ponto da narrativa o ponto da narrativa a sua raz o de ser por que foi contada e o que o narrador est querendo insinuar dizer Labov 1972 366 TABULEIRO DE LETRAS O ponto da hist ria est linguisticamente incrustrado nas senten as narrativas tanto quanto declarado em ora es separadas independentes O autor diz que atrav s das avalia es que o narrador indica o ponto da narrativa Para Quental 1996 existe uma esp cie de hierarquiza o de pontos h um principal e outros que se estabelecem no interagir Polanyi 1985 coloca que a raz o de ser de uma hist ria seu ponto tamb m um elemento constru do sociolinguisticamente A cada intera o o modo de narrar se modifica a sua raz o de ser se torna diferenciada O ponto Bastos 1996 das narrativas tamb m pode ilustrar a identidade que um interagente reclama para si mesmo Nas narrativas sobretudo as de experi ncias pessoais o falante se envolve de tal forma no que est dizendo que n o presta muita aten o s formas linguisticas que usa assim poss vel perscrutar muitas informa es tanto de natureza lingu stico estrutural quanto ter acesso a valores cren as atitudes pontos de vista identidades constru das no e pelo discurso Schifrin 1996 Teixeira e Silva
22. bero Americanos II 1 ed Rio de Janeiro Galo Branco 2006 p 62 71 BASTOS L C SANTOS W S Caramba e eu era assim pelo amor de Deus a perspectiva do presente na reconstru o identit ria em narrativas de convers o religiosa In Magalh es Izabel Grigoleto Marisa Coracini Maria Jos Org Pr ticas Identit rias L ngua e Discurso S o Carlos Claraluz 2006 p 223 234 BASTOS L C Quando mulheres e homens contam est rias o feminino e masculino na constru o da identidade social Mesa redonda Linguagem e sexo GELES UFES 1996 GOFFMAN E Footing 2002 1979 In RIBEIRO B T amp GARCEZ P M orgs Socioling stica Interacional 2 ed rev amp S o Paulo Loyola 2002 p 107 148 GOFFMAN Erving 1981 A elabora o da face uma an lise dos elementos rituais na intera o social In Figueira S rvulo Augusto org Psican lise e Ci ncias Sociais Rio de Janeiro Francisco Alves pp 76 114 GOFFMAN E Presentation of self in everyday life New York Anchor 1959 GOFFMAN E Interaction rituals Essays on face to face behavior Garden City Anchor 1967 GOFFMAN E Frame analysis New York Harper and Row 1974 GUMPERZ John J Discourse Strategies Cambridge Cambridge Univ Press 1982a GUMPERZ John J Language and social identity Cambridge Cambridge Univ Press 1982b GUMPERZ John J A Sociolingiiistica Interacional no estudo da escolariza o In Cook Gumperz J A cons
23. dentre outros Soube que Feira de Santana cidade do interior do estado possu a um bom clima para tratar do seu problema de sa de mudando se para l provavelmente no final dos anos de 1870 Em Feira de Santana local onde passou seus ltimos anos de vida vindo a falecer em 1901 o Doutor Rem dios participou da pol tica local elegendo se vereador Ocupou se da constru o da Biblioteca Municipal e do Matadouro P blico pois a higiene e a educa o p blicas eram seus motivos de grande preocupa o 3 1 O texto memorial stico de Doutor Rem dios Monteiro Doutor Rem dios Monteiro escreveu seu texto memorial stico em um caderno pautado tipo escolar medindo 220mm X 170mm com 67 sessenta e sete folhas 55 escritas Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 s no recto 2 s no verso e 10 recto e verso em razo vel estado de conserva o Algumas folhas apresentam numera o N o consta nenhuma data o pois Doutor Rem dios n o informa quando come ou e nem quando terminou de escrever Fig 2 Folha 167r O caderno que cont m as Mem rias do Doutor Rem dios Monteiro encontra se hoje no acervo da Biblioteca Setorial Monsenhor Galv o sediada no Museu Casa do Sert o rg o da Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS Este documento uma f
24. fora do longo t nel escuro do qual a cidade dever sair se quiser se livrar de sua mis ria moral J no Brasil mais crescidinha reencontrei essas e outras hist rias numa vasta literatura sobre o per odo principalmente na biblioteca do Instituto Cultural talo Brasileiro de S o Paulo Uma literatura constitu da pelos romances de autores consagrados desde Kaputt Kaputt 1944 e La pelle de Curzio Malaparte at 1 ventitr giorni della citta di Alba 1952 Primavera di bellezza 1959 Una questione privata Uma quest o pessoal 1963 e Il partigiano Johnny 1968 de Beppe Fenoglio passando por Uomini e no Homens e n o 1945 de Elio Vittorini Cristo si fermato a Eboli Cristo parou em Eboli 1945 de Carlo Levi 11 compagno O camarada 1946 e La casa in collina 1949 de Cesare Pavese JI sentiero dei nidi di ragno A trilha dos ninhos de aranha 1947 de Italo Calvino Cronaca familiare Cr nica familiar 1947 e Cronache di poveri amanti Hist rias de pobres amantes 1947 de Vasco Pratolini Se questo un uomo Se este um homem 1947 e La tregua A tr gua 1963 de Primo Levi L Agnese va a morire 1949 de Renata Vigano Cinque storie ferraresi 1956 Gli occhiali d oro culos de ouro 1958 e Il giardino dei Finzi Contini O jardim dos Finzi Contini 1962 de Giorgio Bassani La ragazza di Bube 1960 de Carlo Cassola Le piccole virt 1962 e Lessico familiare L xico familiar 1963 de Natal
25. hierarquia aquisicional no entanto Andersen 2002 p 98 considera que Failure to pursue the complexities of discourse structure in research on temporality will simply leave as unexplained and unexplainable or even as potential counter evidence phenomena that do have an explanation A coloca o de um determinado verbo ou morfema no discurso segundo Andersen 2002 evidencia a facilidade ou a dificuldade que os falantes demonstram em seguir a norma relativamente marca o de tempo aspecto O discurso em si pode incluir outro tipo de informa o determinante para a interpreta o e an lise do desenvolvimento da morfologia verbal Andersen 2002 p 99 defende que as no es de tempo e aspecto s o representadas no discurso n o s atrav s das propriedades sem nticas dos verbos e dos morfemas gramaticais mas tamb m de outras formas Os aspectos a que Andersen atribui um papel no desenvolvimento do discurso s o 1 o significado aspectual que pode ser inferido a partir dos marcadores de tempo e de modalidade 2 os adv rbios de tempo de dura o de itera o etc 3 os atributos dos argumentos do verbo sobretudo ao n vel do sujeito e do objecto 4 a pragm tica da situa o e do discurso O discurso o espa o onde as v rias rela es temporais e aspectuais se entrecruzam tamb m atrav s da coer ncia discursiva que se pode verificar a efic cia do processo de aquisi o Noyau 2002 p 107 refere que
26. ncia expl cita condi o racial desses homens escravizados a sua inscri o na FD Liberal lhe TABULEIRO DE LETRAS garante a possibilidade de pensar um Brasil ison mico cujo alicerce uma cidadania n o racializada No in cio do s culo XX a constru o do discurso republicano acerca da identidade nacional se dava em torno do embate entre o discurso jur dico liberal defendido pelos homens da lei ligados s escolas de Direito e o discurso do racismo cient fico defendido pelos homens da sciencia ligados s escolas de Medicina conforme lembra Schwarcz 2008 1993 Assim o posicionamento dos intelectuais brasileiros de ades o ao discurso jur dico indicou sobremaneira o comprometimento desse grupo social com a consolida o do projeto republicano e em consequ ncia a op o pela igualdade desracializada cuja regulamenta o caberia exclusivamente ao aparato jur dico estatal tamb m em rela o a essa mem ria que nos dias atuais o sujeito professor universit rio se posiciona fomentando assim a continuidade da tradi o liberalista do discurso acad mico brasileiro a respeito da ideia de na o A re afirma o discursiva do liberalismo na esfera estatal empreendida por esse sujeito indica qu o atual e desafiador o debate sobre a des racializa o da identidade nacional e suas devidas implica es visto que a imbrica o entre a FD Liberal e a FD Culturalista al m de d
27. ou seja para ter um emprego Entretanto ficou evidente tamb m um jogo conflitante e contradit rio porque o trabalho fora da Reserva for a os a escolher entre educa o e trabalho A falta de terras impossibilita a sobreviv ncia dentro da Reserva e sem estudo submetem se a trabalhos bra ais nas fazendas pois a aus ncia de compet ncias modais do poder fazer e do saber fazer somadas discrimina o coloca os em uma situa o de priva o ou seja o trabalho priva os do estudo Todavia percebe se claramente nos discursos textos a cren a na escolariza o como salvadora dos ind genas Para finalizar enfatizamos que a educa o formal se configura de certa forma como a possibilidade de acesso a bens de consumo via empregos TABULEIRO DE LETRAS remunerados anteriormente n o existentes na Reserva o que em certa medida associa se ao discurso n o ind gena de estudar para ser algu m na vida REFER NCIAS ARANHA Maria L cia de Arruda Hist ria da educa o S o Paulo Moderna 1996 BARROS Diana Luz Pessoa de Teoria do discurso fundamentos semi ticos S o Paulo Humanitas FFLCH USP 2001 ___ Teoria semi tica do texto S o Paulo tica 2008 BERTRAND Denis Caminhos da semi tica liter ria Bauru SP EDUSC 2003 BRAND O Carlos Rodrigues O que educa o S o Paulo Brasiliense 2007 FIORIN Jos Luiz Elementos de an lise do discurso S o Paulo Contexto 2006 ____
28. poles PO termo segnorina corruptela de signorina senhorita era empregado para designar as mulheres que tinham rela es sexuais com os norte americanos por dinheiro ou por amor Rossellini voltar a focalizar o p s guerra na cidade em Napoli 1943 num epis dio de Amori di mezzo secolo Amores de meio s culo 1953 filme dirigido tamb m por Glauco Pellegrino Antonio Pietrangeli Pietro Germi e Mario Chiari HO estudo mais completo sobre a presen a das For as Aliadas em N poles o de Paolo De Marco 1996 2A can o aparece em Ladri di biciclette Ladr es de bicicleta 1948 de Vittorio De Sica Em La ciociara Duas mulheres 1960 baseado no romance hom nimo 1957 de Alberto Moravia o diretor vai retratar outro fato muito comum na poca o estupro de mulheres pelos vencedores nesse caso espec fico os marroquinos A fama dos marroquinos como estupradores continuou mesmo depois do imediato p s guerra TABULEIRO DE LETRAS E deram origem tamb m pe a Napoli milionaria que Eduardo De Filippo levava para os palcos da cidade j em mar o de 19452 focalizando os tempos b licos mas principalmente o p s guerra quando uma t pica fam lia do povo est prestes a desfazer se pois a m e s pensa em enriquecer no mercado negro o filho se tornou um ladr o e a filha est gr vida de um soldado americano A doen a da ca ulinha a qual dever superar uma noite de febre para sobreviver torna se a met
29. ro do Campo Tourinho 2 Porto Seguro s culo XVI No s culo XVI era uma regi o progressista que devia muito pesca do bacalhau Era poss vel que P ro do Campo Tourinho fosse descendente de uma dessas fam lias de pescadores vianenses e que se dedicasse ele pr prio arma o de barcos de pesca Tourinho desembarcou em territ rio bem conhecido pelos portugueses Ao colocar os p s em terra o TABULEIRO DE LETRAS donat rio deparou se com um antigo povoado instalado na terra Era certo Jo o Tiba que vivia s margens do rio o qual ainda hoje mant m seu nome estaria ele no Brasil por volta de 1515 BUENO p 232 233 Como acontecia em outras capitanias eram os indigenas que forneciam os mantimentos que alimentavam os colonos Os tupiniquins abasteciam cerca de 600 com farinha de mandioca ca a e pescado al m de frutas nativas cajus abacaxis cupua us sapotis mam es maracuj s e pacovas BUENO 233 234 Traziam tamb m plantas medicinais copaiba jurubeba jaborandi e leguminosas amendoim feij es gergelim tamb m resinas e fibras vegetais tucum caraguat cip em b para firmar ripas das casas de pau a pique A principal fonte da capitania era a pesca da garoupa que se torna uma ind stria florescente Aquela regi o tamb m possu a matas de pau brasil no limite com a capitania de Ilh us ao norte de Porto Seguro O problema devia se aos afiados recifes de Abrolhos e as caravelas e naus
30. ssima unidade em cada narrativa Vejamos no quadro a seguir as primeiras unidades informacionais de cada texto Texto A m e Texto B Texto C Texto D colega professor coordenador 1 Sequ ncia de Sequ ncia de Sequ ncia de Sequ ncia de abertura abertura abertura abertura 2 Apresenta a Apresenta a cidade Apresenta a Conceito de rabo cidade cidade preso 3 Fala dos Apresenta o Apresenta o Apresenta a cidade pol ticos narrador narrador Conceito de Fala dos politicos Fala dos pol ticos Apresenta o rabo preso narrador 5 Apresenta o Conceito de rabo Conceito de rabo Fala dos pol ticos narrador preso preso nagg m za Observando o quadro acima vemos que a posi o estrutural da unidade conceito de rabo preso se diferencia de acordo com o ouvinte Imaginando o grau de dificuldade que ele teve ao contar o que certamente provocou certo adiamento para chegar a esse momento vemos que pareceu mais f cil veicular essa unidade ao seu colega Depois em grada o parece ter sido mais f cil explicar para a m e e por fim para o professor e para o coordenador De novo temos aqui a interfer ncia bem explicita dos ouvintes na organiza o do discurso do aluno Para n s fica clara a rela o direta entre o adiamento no ato de dar o conceito de rabo preso e o grau de distanciamento e formalismo imposto pelos ouvintes do texto Be C 4 3 A organiza o interna da unidade informacional
31. tico para implementar o ensino de LE e de alguma forma tornar mais efetivo o aprendizado das l nguas espanhol ou ingl s O PNLD de 2011 indica uma s rie de livros did ticos de LE a serem utilizados no ensino m dio a partir do ano de 2012 Os LDs indicados para o ensino de l ngua inglesa s o UpGrade da editora Richmond On Stage do autor Amadeu Marques editora tica Prime das autoras Renildes Dias Leina Juc Raquel Faria Editora MacMillan English For All das autoras Eliana Aun Maria Clara P de Moraes e Neuza B Sansanovicz editora Saraiva Take Over de Denise Machado dos Santos editora Lafonte Globetrekker do autor Marcelo Baccarin Costa editora MacMillan e Freeway da autora Ver nica Teodorov editora Richmond No guia do PNLD h uma resenha para cada obra contudo a an lise essencialmente descritiva e n o prop e um olhar cr tico sobre as TABULEIRO DE LETRAS cole es O que se prop e neste item uma an lise dos LDs pautada em um checklist ANEXO A desenvolvido por Oliveira 2010 e levando se em considera o as abordagens te ricas discutidas no item anterior Devido grande quantidade de livros indicados no PNLD de 2011 foram selecionadas duas cole es de LDs UpGrade da editora Richmond e Prime da editora MacMillan A cole o UpGrade foi lan ada em 2010 pela editora Richmond e composta de tr s livros um para cada s rie do ensino m dio divididos em oito unidades tem ticas Os temas
32. x especifica o de outras caracter sticas temporais que afectam as situa es especifica o quantitativa ou qualitativa de dura o ou de reitera o sempre sempre etc y Contraste temporal j de repente etc O conceito de morfologiza o encarado numa perspectiva processual em termos aquisicionais Define o como um processo complexo que faz a liga o entre outros sub processos diferentes O processo de morfologiza o apontado por Noyau 2002 p 112 como sendo um processo que 5 envolve a reestrutura o do aparato lingu stico o que provoca a rean lise gradual dos varios alomorfes constitu dos por uma raiz lexical e dos afixos e como resultado provoca tamb m a reorganiza o das formas 6 envolve a organiza o do sistema morfol gico Esta organiza o consiste na progress o de listas de alomorfes para um padr o de regras com uma ordem regular Estas regras s o compostas por v rios graus de generaliza o que constituem micro sistemas cada vez mais complexos 7 se caracteriza por uma diferencia o sem ntica cuja finalidade transformar as fun es e o seu significado em afixos TABULEIRO DE LETRAS claro que este processo n o simples O aprendente ser sempre confrontado com a quest o de saber ou encontrar a rela o forma significado Para al m disso este processo de morfologiza o pode sofrer tamb m a influ ncia de L1 uma vez que em larga medida
33. Concei o Reis Teixeira PPGEL UNEB tece algumas considera es em seu artigo Em busca de textos publicados em peri dicos baianos tomando como fonte documental o Di rio da Bahia e realizando transcri es de algumas passagens relativas fuga de escravos al m de artigos de opini o sobre a aboli o Em As cotas raciais sob o signo da igualdade des racializada trajet rias do discurso liberal no Brasil Larissa Santos Pereira mestre em Estudo de Linguagens pelo PPGEL UNEB verifica as rela es discursivas entre um parecer de Rui Barbosa sobre a emancipa o dos escravos e textos extra dos de uma pesquisa feita entre professores universit rios acerca da pol tica de cotas com recorte racial apontando entre outros aspectos para a filia o do discurso republicano sobre a identidade nacional ao projeto jur dico liberal cujos efeitos manifestam se no cotidiano das rela es sociais da contemporaneidade As escolhas lexicais do Doutor Rem dios Monteiro e a composi o do seu discurso memorialista assinado por Rita de C ssia Ribeiro de Queiroz UEFS ocasi o em que a autora revela trechos da autobiografia do m dico endere ada sua filha D Elvira Monteiro que repudiou o escrito do pai alterando e mesmo mutilando partes do documento A oralidade no ambiente familiar atrav s das hist rias ouvidas na inf ncia permitiu a Mariarosaria Fabris USP evocar os acontecimentos da segunda grande guerra em
34. DIAS R et al Prime ingl s para ensino m dio Sao Paulo MacMillan 2010 GENESEE F On Cummins theoretical framework In RIVERA Charlene coord Language proficiency and academic achievement Clevedon England Multilingual Matters 1984 p 20 28 HADLEY A O Teaching language in context 2 ed Boston Heinle amp Heinle 1993 HORTA Mauricio O que voc pode falar afinal Revista Superinteressante Ed Abril n 293 p 21 22 Julho 2011 KACHRU B B World Englishes and applied linguistics TICKOO M L ed Language and standards issues attitudes case studies Anthology Series Singapore SEAMEO s d p 178 205 1991 KAPLAN Robert B Why Teach The World English ANNUAL MEETING OF THE CONFERENCE ON COLLEGE COMPOSITION AND COMMUNICATION Chicago IL Discurso 1998 LONGARAY E A Globaliza o antiimperialismo e o ensino de ingl s na era p s moderna 2009 247f Tese Doutorado em Estudos de Linguagem Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2009 TABULEIRO DE LETRAS MEDGYES P The non native teacher London Macmillan Publisher 1996 OLIVEIRA A P O desenvolvimento da compet ncia comunicativa intercultural no ensino de ingl s como L2 2007 238f Tese Doutorado em Linguistica Aplicada Universidade Federal da Bahia Salvador 2007 OLIVEIRA Adelaide Pereira World Englishes compet ncia comunicativa intercultural e mudan as de paradigmas uma proposta para uma nova checklist de an lise
35. Embora estes textos n o busquem a percep o do outro por meio destes grupos eles abrem espa o para observa es etnogr ficas se o professor aproveitar as situa es VARIEDADES DE L NGUA INGLESA No componente de udio video falantes de pa ses onde a l ngua inglesa n o a l ngua materna est o representados Quantos A grande maioria dos personagens dos textos orais que comp em o udio ou s o brasileiros ou s o norte americanos Pelo sotaque n o D para perceber que h brasileiros falando ingl s pela pron ncia bastante caracter stica de palavras portuguesas As atividades de pron ncia permitem ao aluno utilizar sua variedade de ingl s Como As atividades apenas sugerem a produ o de di logos partindo de um di logo modelo N o h nenhuma men o ao uso de variedade de ingl s Existe um modelo de falante nativo subliminar eg existe uma se o para a pr tica de pron ncia exibindo um modelo do falante americano ingl s N o h exerc cios espec ficos de pron ncia Mas est evidente que o livro adota a variedade predominante nos Estados Unidos o chamado General American As atividades de pron ncia e audi o encorajam o aluno a valorizar a sua maneira de falar a l ngua de forma intelig vel Como As atividades apenas encorajam a tomada de iniciativa para o uso da l ngua oral Parece ser fun o do professor levar em considera o a maneira de falar do aluno AP NDICE A QUADRO 2
36. Exemplo do autor Se Pedro diz Jo o me disse eu virei tenho um enunciado com dois locutores diferentes Para chegar rapidamente ao aspecto dessa teoria que interessa mais de perto ao di logo dram tico basta observar a correla o feita por Ducrot entre a polifonia de qualquer enunciado e o que se passa no teatro Na linguagem cotidiana o locutor seria o que o autor na linguagem teatral e ali s o que seria o narrador no relato O enunciador por sua parte corresponderia personagem de teatro e ao sujeito de consci ncia do relato Assim como o autor Moli re p e em cena personagens como Don Juan e Sganarelle assim o locutor p e tamb m os enunciadores em cena DUCROT 1987 p 192 Da pe a Avental Todo Sujo de Ovo de Marcos Barbosa extraio um trecho de di logo que encena um das modalidades mais interessantes do discurso citado sob a forma de discurso no discurso e ao mesmo tempo enuncia o sobre a enuncia o BAKHTIN 2002 p 144 TABULEIRO DE LETRAS NOELIA Gra as a Deus hoje aquela seca n o bota o p l em casa Ela j obrigou Cabeca a passar o dia na casa da m e dela com a fam lia dela achando que ia tirar meu ju zo Pois quebrou a cara e eu achei foi bom N o disse uma palavra Meu filho se sua mulher quer que voc passe o Dia das M es com a m e dela por mim tudo bem V com ela e l mesmo voc fique N o precisa vir me ver n o Pra qu Deixe que eu
37. FIORIN Jos Luiz Bakhtin e a concep o dial gica da linguagem In Abdala Benjamin Margens da cultura S o Paulo Boitempo 2004 p 39 66 KOCH Ingedore V e TRAVAGLIA Luiz Carlos Texto e coer ncia 4 ed S o Paulo Cortez 1995 MARCUSCHI Luiz Ant nio Produ o textual an lise de g neros e compreens o S o Paulo Par bola editorial 2008 VALENTE Andr Intertextualidade aspecto da textualidade e fator de coer ncia In Hen riques Claudio Cezar e Pereira Maria Teresa Gon alves orgs L ngua e transdisciplinari dade rumos conex es sentidos S o Paulo Contexto 2002
38. LETRAS americanos confundiam qualquer garota com uma segnorina e a Militar Police quando realizava batidas para conter o entusiasmo de seus compatriotas acabava prendendo mesmo as mulheres que n o estavam se prostituindo Como escreveu Bacchelli 1945 p 14 Voc esquecia e at preferiria ignorar que o vencedor paga tamb m com moedas de morte de dor e humilha o o que aos vencedores custou sua grandeza A confronta o entre os habitantes de N poles e os militares norte americanos por vezes conflituosa foi registrada no imediato p s guerra por Rossellini no segundo epis dio de Pais e numa linguagem mais crua e direta pelo escritor Curzio Malaparte em La pelle A pele 1949 A cidade transformou se num bordel a c u aberto onde contrabando e mercado negro imperavam enquanto os valores morais desmoronavam como tantas vezes me relataram meus pais Fatos marcantes que deram origem can o Tammurriata nera 1944 em que E A Mario e Edoardo Nicolardi colocavam o dedo numa das chagas da cidade naquele per odo o nascimento de crian as negras os chamados filhos da vergonha que o governo norte americano mandar arrancar for a das m es napolitanas que n o os haviam renegado e levar para orfanatos especiais nos Estados Unidos Algumas crian as escaparam deste destino como o saxofonista James Senese que John Turturro entrevista em Passione Passione 2010 filme que dedicou a N
39. N poles Apesar da diversidade de faixa et ria g nero extra o social e ideologia dos que participaram dos combates militares intelectuais estudantes pequeno burgueses oper rios garotos mulheres religiosos comunistas socialistas monarquistas republicanos surgiu o mito do scugnizzo do pivete que se sacrificou para libertar a cidade Um mito alimentado por correspondentes de guerra como Robert Capa 2010 p 147 149 A rua estreita que levava ao hotel tinha sido tomada por uma fila de pessoas silenciosas na frente de uma escola N o era uma fila para conseguir comida porque as pessoas que sa am do pr dio traziam s seus chap us nas m os Eu me pus no fim da fila Quando entrei na escola fui saudado pelo cheiro doce e enjoativo de flores e de mortos Na sala estavam vinte caix es 2Os deportados destinavam se aos campos de concentra o ou s f bricas de material b lico Meu pai estava entre esses prisioneiros mas um oficial austr aco deixou que ele fugisse Era um amigo de inf ncia nascido como ele em Gorizia quando a cidade ainda pertencia ao imp rio austro h ngaro Em 17 dias os alem es fizeram mais estragos do que os bombardeios Quando eu era crian a dizia se que os scugnizzi tiveram o mesmo papel dos cachorros na R ssia os quais iam ao encontro dos tanques alem es com bombas molotov amarradas no corpo NE pela popula o local em 1978 Eugenio Bennato escreve Canto allo sc
40. O Discurso no processo de aquisi o da morfologia de tempo e aspecto em contextos L2 Os estudos sobre a aquisi o da morfologia de tempo e aspecto L2 t m vindo a centrar se na Hip tese do Aspecto Esta Hip tese baseada no princ pio de que o aspecto lexical determinante no processo de aquisi o da morfologia verbal em detrimento do aspecto gramatical tem a sua g nese nos contextos de investiga o de L1 BARDOVI HARLIG 2000 Li et al 2000 Como referem Li et al 2000 p 50 The generalizations of the Aspect Hypothesis are intended to apply to the acquisition of tense aspect morphology in both L1 and L2 Os resultados obtidos a partir dos estudos realizados com base nesta hip tese n o s o muito esclarecedores quanto ao processo de aquisi o e desenvolvimento da morfologia de TABULEIRO DE LETRAS tempo e aspecto LI et al 2000 Uma das raz es para essa discrep ncia poder centrar se na atribui o das propriedades sem nticas inerentes aos predicados verbais A aus ncia de uma classifica o e defini o uniformes que sejam contempladas pelos diferentes estudos dificulta certamente a avalia o dos resultados obtidos Outra das quest es que tem vindo a ser levantada BARDOVI HARLIG 2000 SALABERRY 2000 concerne os instrumentos de recolha de dados As grandes diferen as ao n vel do tipo de instrumentos utilizados bem como a forma de tratamento e an lise dos dados ou ainda o tipo de estudo tamb
41. O destinador manipulador a fonte dos valores quem determina os valores visados pelo sujeito ou o valor dos valores compet ncia sem ntica do sujeito e quem dota o sujeito dos valores modais necess rios ao fazer compet ncia modal do sujeito Manipula o e compet ncia s o correlativos ou seja s o pontos de vista diferentes sobre o programa de aquisi o por doa o Na manipula o adota se a perspectiva do sujeito do fazer na compet ncia a do sujeito do estado que recebe os valores modais O percurso do destinador manipulador formado por um programa em geral complexo de doa o de compet ncia sem ntica e modal ao destinat rio que ser sujeito do fazer O destinador manipulador na narrativa de Sj joao Machado OCOrre sob a figura do pai que aconselha voc precisa estudar e da sociedade que valoriza o estudo O destinador aquele que quer que uma a o seja realizada e no final certifica o seu sucesso com uma recompensa diploma ou o seu fracasso com uma puni o reprova o e o destinat rio aquele que se obriga a desempenhar a a o Na narrativa o destinador pai O meu pai por exemplo quando eu era pequeno me aconselhava bastante Quando voc crescer precisa estudar tem que fazer isso fazer aquilo Jo o Machado ibid p 109 leva o sujeito a querer fazer adquirir estudo formar se PN de uso lhe d o poder fazer e saber fazer ser professor nov
42. Socialista Italiano PSI e Partido Comunista Italiano PCI Em janeiro de 1947 durante o Congresso de Roma o PSI sofreu uma cis o o Partido Socialista dos Trabalhadores Italianos PSLI ir aproximar se da DC o Partido Socialista Italiano de Unidade Prolet ria PSIUP ir juntar se ao PCI para formar a Frente Popular Em fins de maio ap s uma nova crise do governo De Gasperi um novo gabinete foi formado sem a participa o do PSIUP e do PCI exclus o confirmada em dezembro quando ao modificar novamente seu governo o l der democrata crist o s convidou liberais republicanos e membros do PSLI antecipando assim o resultado do pleito de 18 de abril de 1948 em que a Frente Popular se viu exclu da do poder pela esmagadora vit ria da DC que chegou perto da maioria absoluta com 48 5 dos votos Sob o t tulo de Na cidade de Rossellini reuni e traduzi dois segmentos do poema La ricchezza que Pasolini 1961 publicou em La religione del mio tempo Proiezione al Nuovo di Roma citt aperta Proje o no Nuovo de Roma cidade aberta e Lacrime L grimas N IN gt J NUMER caminhos da mem ria nos cantos misteriosos onde o homem fisicamente outro e o passado o banha com seu pranto Ent o pelo longo uso que me fez esperto n o perco os fios eis a Casilina para a qual tristemente se abrem as portas da cidade de Rossellini eis a pica pai
43. TABULEIRO DE LETRAS precoces no dizer da professora Edna e pela tica do n o ndio pode ser explicada talvez pela falta de perspectiva em que os jovens ind genas se encontram No dizer da autora Esse h bito s poderia ter sido alterado se eles tivessem os outros elementos suporte dessa modifica o o acesso ao estudo e ao trabalho a uma profiss o Contrariamente o que acontece a escolariza o das crian as na pr pria aldeia e quando atingem a fase da adolesc ncia impossibilitados de dar continuidade aos estudos na cidade e sem outra alternativa de trabalho e sustento atiram se na changa e no casamento LIMBERTI 2009 p 95 O professor Jo o Machado mostra ter uma vis o clara da situa o dos indios n o s da Reserva Ind gena de Dourados mas tamb m dos outros indios do sul de Mato Grosso do Sul Acontece que tanto os indios aqui da Reserva de Dourados como todos os outros do sul de Mato Grosso do Sul viraram consumistas Ja sociedade j nos condicionou a isso Como que vamos superar esse problema Trabalhando e progredindo Jo o Machado ibid p 105 Manter a tradi o para ele n o significa retornar a ser o que era antes eu acho que n o d mais para retornar retroceder porque irremedi vel a irreversibilidade do tempo e porque o que era n o mais o passado retornar retroceder tentar resgatar o presente que n o permaneceu
44. a reproduzir formas de comportamento Neste sentido age Doutor Rem dios ao tentar induzir a sua filha a seguir o seu comportamento crist Doutor Rem dios era um homem devoto Era cat lico e prezava muito a filosofia Foi por esse tempo que li os livros que mais profunda mente deviam actuar sobre o meu espirito incluindo nesse numero as Minhas pris es e os de veres do homem por Silvio Pellico S quem n o leu este escripto ignora o valor dos seus primorosos e eloquentes escriptos un gidos da mais pura philosophia christ escriptos sob a inspira o do Evangelho MEM RIAS f 13r 1 5 16 Nas minhas horas e nos meus dias de sof frimentos em consequencia das hemophhyses que me podiam fulminar nos meus desgastes magoas e tristezas s tenho encontrado em um livro a resigna o a consola o e todo o conforto que meu espirito abatido carecia Esse li vro que se tem constituido o meu guia na velhice a Imita o de Jesus Christo escripto segundo uns pelo francez Jo o Gerson segundo outros pelo conego Thomaz Kempis MEM RIAS f 4r 1 1 12 Mais tarde quando estava em idade de comprehender o valor das ora es meu pae explicou me os Mandamentos da Lei de Deus Assim os mestres ou os educadores do meu co ra o foram meu pae e minha m e Meu pae que havia relido muitas vezes a B blia e era profundamente espiritualista ensinou me a vida de Jesus Chr
45. abolicionista na Bahia 4 publicar a edi o dos textos abolicionistas veiculados no Di rio da Bahia e um estudo hist rico lingu stico sobre o discurso abolicionista na Bahia 3 2 Os procedimentos a serem seguidos Gra as Filologia Textual que o conhecimento armazenado nos textos produzidos e deixados pelas civiliza es passadas nos permite compreender e explicar as sociedades Atrav s de edi es buscar se transcrever e descrever os textos publicados no jornal Di rio da Bahia a fim de trazer tona as informa es do passado hist rico da Bahia e do Brasil Para a constitui o do corpus ser o empreendidas buscas na Biblioteca P blica do Estado da Bahia no Arquivo P blico do Estado da Bahia no Instituto Geogr fico e Hist rico da Bahia e posteriormente em bibliotecas privadas Uma vez localizado o texto realiza se a descri o do documento fotografa se o texto para depois proceder a sua transcri o Optou se por fotograf lo para s ent o transcrev lo devido ao estado de conserva o do jornal exigir cuidado no seu manuseio e do processo de transcri o linha por linha demandar muito tempo na sua execu o obrigando o pesquisador a manipular o material mais de uma vez o que poder involuntariamente contribuir para acelerar a sua destrui o A edi o de textos abolicionistas recolhidos do Di rio da Bahia apresenta alguns problemas de leitura pois faltam palavras e trechos s o passagens imposs v
46. an lise procedemos ao cruzamento das vari veis grounding e l ngua materna partindo da hip tese de que pudesse haver uma diferen a entre os falantes de cantonense e os falantes de mandarim resultados que apresentamos no quadro 4 Quadro 4 An lise do Cruzamento das Vari veis Grounding e L ngua Materna Pret rito Perfeito Cantonense 207 278 Signific ncia 0 018 Log Likelihood 1464 663 Grounding Como podemos verificar atrav s dos resultados no quadro 4 os falantes de cantonense como l ngua materna favorecem marginalmente com um resultado ligeiramente acima do valor neutro a marca o do pret rito perfeito nos eventos foreground com um peso relativo de pr 52 valor muito pr ximo da marca o do pret rito perfeito nos contextos background com um peso relativo de pr 51 O quadro 5 apresenta os resultados do cruzamento da vari vel grounding com a vari vel tipo de instrumento Quadro 5 An lise do Cruzamento das Vari veis Grounding e Instrumento Pret rito Perfeito Instrumento Narrativa Oral Grounding Pr 942 1097 86 0 56 _ 768 867 89 0 61 744 976 80 0 3 Background Significancia 0 000 Log Likelihood 1445 296 todos os dados registaram a forma padr o 183 289 Como verificamos atrav s dos resultados no quadro 5 o tipo de tarefa condiciona a marca o do pret rito perfeito em eventos foreground mas n o em eventos background que registam uma ma
47. conclus es para este seu estudo com base no discurso a influ ncia das propriedades sem nticas dos verbos e da pragm tica discursiva na aquisi o e desenvolvimento da morfologia verbal Resumindo o estudo da aquisi o e desenvolvimento da morfologia verbal de tempo e aspecto tem baseado as suas conclus es nestas duas hip teses basilares O foco tem sido a distribui o da morfologia verbal em fun o do aspecto lexical inerente aos predicados verbais considerado um universal lingu stico Ambas hierarquizam o processo de aquisi o da morfologia verbal O valor aspectual perfectivo adquirido antes do imperfectivo associado primeiro com os predicados verbais t licos e alargando se posteriormente aos restantes e marcado no foreground o imperfectivo associado preferencialmente com os predicados verbais at licos sendo marcado no background Brine Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH NUMERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 No que se refere mais concretamente Hip tese do Discurso o tipo de texto bem como o tipo de narrativa e de tarefa COMAJOAN 2005 t m sido apontados como influentes na marca o e distribui o da morfologia verbal de tempo e aspecto Antes de avan armos na an lise destes dados olhemos para o quadro 1 que cont m a identifica o e defini o dos eventos da cena do filme Tempo
48. de livro texto para o ensino de l ngua inglesa In XI SEMIN RIO DE LINGU STICA APLICADA E VII SEMIN RIO DE TRADU O Salvador BA Comunica o Oral 2010 PAIVA V L M de O Hist ria do material did tico Dispon vel em lt www veramenezes com historia pdf gt Acesso em Ago 2011 RAUSCH Anthony S Alternatives to English as an international language and the necessity for collaborative codification of englishes Bulletin of the Faculty of Education Japan n 83 p 107 119 Mar 2000 RICHARDS J C SCHMIDT R Longman dictionary of language teaching and applied linguistics 3 ed United Kingdom Longman Pearson Education 2002 RICHMOND Upgrade AGA Gisele Ed S o Paulo Editora Richmond 2010 SILVA V E S Futuro professor n o nativo de l ngua inglesa e a profici ncia lingiistica Que rela o essa 2011 177f Disserta o Mestrado em Estudos de Linguagem Universidade do Estado da Bahia Salvador 2011 TABULEIRO DE LETRAS AP NDICE A QUADRO 1 Upgrade ASPECTOS INTERCULTURAIS As atividades do livro refletem as caracter sticas culturais de v rios grupos sociais Quais Do ponto de vista da divis o tradicional de classes o livro parece manter como refer ncia a classe m dia e alta Em termos culturais o livro bastante diversificado H representa es culturais muito diferentes O livro explora tanto a cultura urbana em rela o musica artes visuais cinema e literatura quant
49. de que a presen a dos interdiscursos ir afetar o entendimento dos textos Nesse caso a linguagem pode ser vista como uma forma de manipula o dos sentidos que n o ser o atingidos pelos destinat rios que n o tiverem previamente adquirido os conhecimentos necess rios apreens o de tais sentidos A fim de demonstrar como tais recursos discursivos s o apresentados nos textos recorremos corrente te rica acerca da concep o dial gica da linguagem Utilizamos para tal abordagem conceitos a partir de Bakhtin 1997 Marcuschi 2008 Barros 2003 Koch e Travaglia 1995 que se interrelacionam na an lise dos dados referentes aos conceitos de G nero Interdiscurso Intertexto e Leitura Tal abordagem est coadunada com as perspectivas propostas a partir da Lingu stica Textual cujas pressuposi es visam a demonstrar a configura o de determinado texto tipo ou g nero discursivo a fim de compreender sua estrutura o Palavras chave G nero Interdiscursividade Intertextualidade Informatividade Sentidos ABSTRACT This paper aims to demonstrate the types of knowledge driven in the genre legal contract plans health care in order to determine how such discursive knowledge fields set up three specific discursive fields related to the Health Law and Economics The analysis of five texts used as a corpora research Amil DixAmico Real Doctor and Rio Med contracts makes us realize that there is a s
50. depois da guerra a est tua do imperador Augusto que os italianos haviam trazido consigo ao deixarem a stria era o s mbolo de outra triste consequ ncia do conflito b lico a dos povos obrigados a se deslocarem em virtude de novos tra ados das fronteiras t o bem retratada por Fulvio Tomizza em seus romances e rememorada por Sergio Endrigo na can o 1947 1969 ano em que ele deixou sua cidade natal Pola Pula em croata 70 longo poema La notte dell 8 settembre 1943 embora publicado dois anos depois foi escrito no m s de setembro de 1943 SO pa s reconstruiu se entre 1943 44 e 1953 gra as a subs dios norte americanos principalmente os provenientes do plano Marshall 1947 1952 TABULEIRO DE LETRAS Assim como a minha a inf ncia de muitas crian as italianas foi povoada de tantas hist rias desse tempo de lutas de sacrificios de fome de destrui o de deslocamentos para localidades ainda n o alcan adas pela guerra de mercado negro de pequenos gestos heroicos ou de atos de covardia mas tamb m de esperan a de que um dia tudo aquilo iria acabar Hist rias contadas de forma simples recorda es pessoais ou familiares que surgiam ao sabor da mem ria sem uma ordem cronol gica Eram narrativas orais como as f bulas gra as s quais n s crian as t nhamos acesso aos c digos que nos permitiam decifrar o mundo adulto que a nossos olhos se afigurava cruel mas que n o deixava de ter seus m
51. desigualdades sociais no plano pr tico retomado pelo sujeito do discurso da igualdade jur dica conforme se percebe nos enunciados abaixo Portanto creio q este processo seletivo fere o princ pio de igualdade entre os cidad os independentemente de qualquer circunst ncia Question rio 20 Tal pol tica viola o principio da igualdade por dispensar tratamento diferenciado a pessoas consideradas integrantes de uma ra a que estaria em situa o de desigualdade em rela o s demais ra as Question rio 17 Tal pol tica viola o principio da igualdade Question rio 17 De igual modo penso que o sistema de cotas fere o princ pio da igualdade patente na Constitui o Federal de 1988 uma vez que trata desigualmente os egressos priorizando os afro descendentes Question rio 04 grifos nossos TABULEIRO DE LETRAS Tal posicionamento ideol gico remonta ao final do s culo XIX quando a modernidade republicana almejada pela intelligentsia brasileira implicava em abrir m o das tradi es imperiais em que a burocracia e a justi a eram regidas pelo clientelismo Entretanto o sistema econ mico e politico brasileiro n o conseguiu se libertar totalmente dessas ra zes senso mais f cil portanto a cria o de um espa o quim rico de democracia que de t o repet vel torna se factual como salienta Schwarcz 2009 1973 p 155 Assim com m todo atribuiu se independ ncia depend ncia utilidade ao
52. determinado pelos conhecimentos dispon veis A influ ncia de L1 neste processo de morfologiza o importante ter em linha de conta j que Noyau 2002 p 113 afirma Given that the acquisition process is largely determined by available knowledge notably in connection with LI experience we can expect that once the morphological variation of verbs in the L2 has been identified the temporo aspectual morphologization of the L2 will take more or less time to come to the learner according to the typological distance between the LI and the L2 with the learner seeking hypotheses in his her linguistic experience via his her L1 Neste sentido e tendo em conta as l nguas de que o presente trabalho de investiga o se vai servir o portugu s e o chin s sendo tipologicamente distantes poderemos esperar uma forte influ ncia do chin s L1 sobretudo sabendo que uma l ngua cuja refer ncia temporal depende fortemente do seu sistema aspectual Uma das conclus es apontadas por alguns investigadores SALABERRY 2002 Noyau 2002 relativamente ao processo de aquisi o da morfologia de tempo e aspecto e que se liga ao conceito de morfologiza o est relacionada com a progress o ao n vel da profici ncia Quer isto dizer que nos n veis avan ados de profici ncia lingu stica h a tend ncia para que o uso da morfologia de tempo e aspecto se aproxime da l ngua alvo Noyau 2002 p 121 no entanto afirma q
53. dia De acordo com Benveniste 1902 1976 A linguagem para o homem um meio na verdade o nico meio de atingir o outro homem de lhe transmitir e de receber dele uma mensagem Consequentemente a linguagem exige e pressup e o outro 1989 p 93 TABULEIRO DE LETRAS 3 Doutor Rem dios Monteiro um breve relato de sua vida Doutor Joaquim dos Rem dios Monteiro nasceu a 16 de novembro de 1827 quando ocorria a mudan a de seus pais da ndia para o Brasil Estes Sr Joaquim Eleut rio Monteiro e Sr Maria Thereza Monteiro eram de origem br mane tendo ele nascido na ndia portuguesa e ela na ndia inglesa A fam lia Monteiro instalou se no Rio de Janeiro ent o capital do Brasil Foi nesta cidade que Doutor Rem dios iniciou seus estudos de medicina com uma breve passagem por Paris onde foi para aprofundar seus conhecimentos na rea m dica J diplomado Doutor Rem dios mudou se para Resende cidade do interior do estado do Rio de Janeiro Nesta localidade com a ajuda de um primo come ou a medicar sendo a tamb m que contraiu tuberculose doen a que o acompanhou pela resto de sua vida e que foi o motivo de sua vinda para a Bahia Em Salvador escreveu artigos para a Gazeta M dica Transfus o do sangue Vacina Apontamentos para a hist ria natural do cord o do frade Ensino m dico Pasteur e suas doutrinas Caso de solu o curado pelo jaborandi A Feira de Santana como sanat rio de tuberculose pulmonar
54. dico que aparece no texto pode ser negro branco ou asi tico assim como o empregado dom stico o adolescente apaixonado ou a crian a da propaganda Logo a toler ncia incentivada principalmente com uso de imagens nos quais os gens n o s o estere tipos tradicionais Existem atividades que permitem ao aluno fazer observa es etnogr ficas De que forma Sim H textos com gr ficos sobre a situa o de negros asi ticos e latinos nos EUA h textos que tratam da cultura e estereotipo de pessoas do Brasil EUA e Inglaterra entre outros H textos que tratam de mu ulmanos americanos H diversas situa es que podem ser exploradas para observa es etnogr ficas O livro n o possui atividades especificas para tal 7 VARIEDADES DE LINGUA INGLESA No componente de udio v deo falantes de pa ses onde a l ngua inglesa n o a l ngua materna est o representados Quantos A grande maioria dos personagens dos textos orais que comp em o udio ou s o brasileiros ou s o norte americanos Pelo sotaque n o D para perceber que h brasileiros falando ingl s pela pron ncia bastante caracter stica de palavras portuguesas As atividades de pron ncia permitem ao aluno utilizar sua variedade de ingl s Como N o h men o ao uso de variedades de ingl s As atividades de escuta geralmente exigem do estudante a aten o para completar textos com lacunas Como n o h atividades focadas em pron ncia a quest o
55. discurso do nosso narrador e os nossos discursos est eivado de marcas que indicam a presen a do outro na nossa fala A nossa fala sempre muito mais social e coletiva do que percebemos Ter consci ncia dessa informa o um passo dado para entender como nas intera es vamos construindo o mundo social em que vivemos e que tra os o constituem 5 Considera es finais Estudar o comportamento humano uma tarefa complexa N o como observar um objeto externo observar se a si mesmo N o poss vel criar distanciamento para ver os atos as falas como objetos frios a serem analisados Esperamos ter apontado que nosso comportamento significativamente orquestrado tamb m pelo outro nossos interlocutores s o ndices que orientam as nossas atitudes verbais e n o verbais at as que parecem mais espont neas E nessa regula o e busca de equil brio interacional que se desenvolvem os nossos textos sejam orais sejam escritos Refer ncias BASTOS L C Narrativa e vida cotidiana Scripta PUCMG Belo Horizonte v 7 n 14 p 118 127 2004 BASTOS L C Contando est rias em contextos espont neos e institucionais uma introdu o ao estudo da narrativa Calidosc pio UNISINOS v 3 n 2 p 74 87 2005 TABULEIRO DE LETRAS BASTOS L C Narrativa e vida cotidiana observa es sobre uma est ria de perigo In Gilberto Mendon a Telles J lio C zar Vallad o Diniz Org Di logos
56. do politicamente correto passou a ser difundido para minimizar as desigualdades raciais e TABULEIRO DE LETRAS sexuais em um periodo em que tanto o racismo quanto o preconceito sexual come aram a ser recha ados de forma mais veemente e com o apoio de uma parcela da sociedade HORTA 2010 Nos LDs de ingl s j aparecem imagens de pessoas negras e brancas em di logos e as frases dos exercicios eram basicamente pautadas em situa es cotidianas e do trabalho PAIVA 2011 Nessa poca a no o de compet ncia comunicativa CC j confrontava perspectivas estruturalistas de ensino de LEs SILVA 2011 Para Hadley 1993 o advento da CC surgiu em um momento em que as abordagens de ensino e aprendizagem de LEs existentes n o se adequavam aos avan os das diversas ci ncias e das transforma es no comportamento humano ocorridos a partir da d cada de 60 Paiva 2011 aponta que em meados de 1973 j existiam livros fundamentados na abordagem comunicativa ou seja os LDs j haviam se adequado s revolu es do ensino e aprendizado de LE E quanto aos LDs da atualidade Eles correspondem a abordagens recentes de ensino e aprendizagem de LE Ser que os livros do s culo XXI incorporaram os novos paradigmas de l ngua e comunica o No presente artigo ser apresentada uma an lise dos conte dos de LDs de l ngua inglesa para ensino m dio com base em perspectivas de ensino e aprendizado de LE que est o em voga recentemente o
57. do isso ter intu do que apesar do fim do Fascismo da cobeliger ncia da Resist ncia do advento da rep blica o povo Eu n o vi mas me contaram que eram determinados atr s deles N poles resiste Em 1943 escondidos nos becos ou nas pra as est o desesperados e fazem coisas de loucos se ouvem tiros de todos os lados s o os garotos de N poles s o os pivetes Durante quatro dias quem n o tem um fuzil atira pedras e quando a cidade se libertou nos becos nos bairros e l no porto ficaram os pivetes que morreram Na manh de 14 de julho de 1948 um estudante siciliano de direita Antonio Pallante disparou tr s tiros contra Palmiro Togliatti Secret rio geral do Partido Comunista Italiano ferindo o gravemente Com a difus o da not cia do atentado durante tr s dias v rias localidades italianas foram sacudidas pelas rea es dos partid rios de Togliatti No filme Una vita difficile Uma vida dificil 1961 Dino Risi incorporou as manifesta es que ocorreram em Roma e no document rio Togliatti ritornato 1948 encomendado pelo PCI Carlo Lizzani e Basilio Franchina registraram a volta do l der comunista vida pol tica 26 de setembro depois de ter se recuperado do atentado TABU LEO DE LETRAS italiano ainda alimentava as esperan as e os medos de outrora foi o motivo que levou De Gasperi a buscar uma recomposi o da coaliz o dominante refor ada por novos aportes ne
58. do texto dram tico tamb m o fato de acompanhar a troca de falas entre interlocutores aparentemente aut nomos n o anula a percep o de que toda aquela arquitetura textual tem uma mesma fonte enunciativa um locutor cuja presen a discreta s subsiste como fala direta na forma de indica es c nicas Por outro lado por m e simultaneamente do ponto de vista dos efeitos produzidos nessa recep o como requisito de ades o inst ncia ficcional leitores e espectadores t m e quase sempre se espera que tenham a impress o de que as falas brotam de dentro das personagens de seus desejos e motiva es Essa a ilus o primordial que funda o drama como acontecimento est tico comunicativo os sujeitos que interagem parecem ser a fonte natural das emiss es autores absolutos de suas enuncia es uma vez que n o est o submetidos ao olhar e condu o de um narrador Mesmo quando a obra desvela sua constru o introduzindo elementos de dist ncia entre realidade c nica e plano ficcional esses recursos de estranhamento parecem interferir apenas momentaneamente em nossa vis o desses seres aut nomos emprestando lhes um colorido adicional Em O Rei da Vela quando Abelardo II insiste em continuar o desfile de TABULEIRO DE LETRAS devedores v timas do agiota Abelardo I este lhe responde Mas esta cena basta para nos identificar perante o p blico N o preciso mais falar com nenhum dos meus clientes S o
59. dos seguintes programas Literatura e Diversidade Cultural e Estudos Linguisticos E mail rerqueiroz uol com br TABULEIRO DE LETRAS sa Senhora do Socorro em seu trajeto de Goa ao Brasil em 16 de novembro de 1827 quando escreve seu texto autobiogr fico para sua nica filha D Elvira Monteiro A mem ria pessoal tamb m social familiar e grupal Para Plat o 428 27 a C 347 a C e Arist teles 384 322 a C a mem ria se constitui de dois diferentes momentos um denominado por conserva o de sensa es caracterizado pela conserva o de conhecimentos passados e o outro chamado de reminisc ncia que consiste na possibilidade de evocar esse conhecimento passado e atualiz lo tornando o presente O primeiro caso refere se mem ria retentiva e o segundo mem ria como recorda o A mem ria no sentido de reter informa es est relacionada a um conjunto de fun es ps quicas sendo estas s quais o homem pode recorrer para atualizar impress es ou informa es passadas Segundo Bosi 1987 p 9 Pela mem ria o passado n o s vem tona das guas presentes misturando se com as percep es imediatas como tamb m empurra desloca estas ltimas ocupando o espa o todo da consci ncia A mem ria aparece como for a subjetiva ao mesmo tempo profunda e ativa latente e penetrante oculta e invasora Para quem recorda o afloramento das lembran as se constitui como uma taref
60. em que se enquadrar o a CONTRATANTE e ou seus dependentes inscritos no plano nos termos da legisla o vigente que regula a mat ria de acordo com a efetiva varia o dos custos m dicos e hospitalares apurada conforme equa o econ mica aplic vel estrutura de custos da CONTRATADA consoante abaixo especificado IR Ref Med c x 0 1199 Ref Med p x 0 1788 Se x 0 1906 Sm x 0 1724 DT x 0 0777 MM x 0 0554 DG x 0 2052 Contrato da empresa Real doctor pgs 10 e 11 TABULEIRO DE LETRAS O exemplo 2 foi retirado da cl usula d cima da empresa Real doctor Nessa parte do texto o contrato especifica os pre os reajustes e formas de pagamento da empresa Para demonstrar esse aspecto da contrata o s o usados alguns jarg es da Economia como contrapresta o pecuni ria e outros termos pr prios do dom nio discursivo do com rcio Entre eles podemos citar sistema de pr pagamento Taxa Global e varia o dos custos m dicos e hospitalares Al m desses sintagmas nesse exemplo verifica se tamb m a utiliza o de c lculos matem ticos por conta do uso da equa o que ir determinar o ndice de reajustes IR conforme o final do exemplo Nessa equa o necess ria a habilidade discursiva de o destinat rio reconhecer as diferentes siglas de reajustes financeiros e as suas respectivas f rmulas que dever o ser efetuadas para compreender como a empresa de sa de faz efetivamente
61. empresas de assist ncia sa de ser o mantidos ainda que os destinat rios n o consigam compreender o que est sendo exposto na superf cie textual Isso nos leva a concluir que nesse caso a linguagem funciona como um elemento de obscurecimento dos sentidos pois n o ser poss vel um entendimento satisfat rio por parte dos destinat rios quando a leitura de determinado texto contratual for processada cognitivamente Tamb m v lido ressaltar a utiliza o tanto de interdiscursos quanto de intertextos pois faz surgir na superf cie dos enunciados sentidos imprevistos sendo nesse caso a previsibilidade o fator considerado quando pensamos na maior ou menor informatividade textual conforme postula Koch 1995 Se um texto contiver apenas informa o esperada previs vel dentro do contexto ter um grau de informatividade baixo grau 1 se a par da informa o esperada previs vel em um dado contexto o texto contiver informa o imprevis vel n o esperada ter um grau m dio de informatividade grau2 Finalmente se toda informa o do texto for inesperada imprevis vel o texto poder primeira vista parecer incoerente exigindo um esfor o maior para calcular lhe o sentido grau 3 de informatividade KOCH 1995 p 81 A informatividade que um dos fatores da textualidade conforme salientado por Costa Val 2001 deve estar calibrada com o tipo de g nero discursivo de acordo com suas peculia
62. es finais A posi o Kachruviana n o nova ela na verdade vem sendo discutida h bastante tempo e tem ganhado for a com os esfor os dos linguistas aplicados da contemporaneidade ao propor a CCI como meta para o aprendizado de LI Possivelmente o processo de assimila o de tais ideias se d lentamente at suplantar m todos tradicionais enraizados nos sistemas de ensino e que na maioria das vezes est o institu dos em textos oficiais TABULEIRO DE LETRAS Os LDs precisam se adequar s novas perspectivas no entanto necess rio que tais perspectivas sejam tamb m respaldadas pelos textos oficiais que regem a educa o brasileira Ambas as cole es aqui analisadas est o pr ximas do que se espera de LDs de l ngua inglesa inseridos em um contexto hist rico que exige a constru o de uma consci ncia intercultural Entretanto elas precisam assumir a dimens o sociolinguistica da l ngua inglesa dispersa no mundo e torn la pelo menos comum a todos aqueles que querem precisam aprender a LI REFER NCIAS BACHMAN Lyle F A habilidade comunicativa de linguagem Communicative language ability Trad Niura Maria Fontana Revista linguagem amp ensino Caxias do Sul vol 6 n 1 p 77 128 2003 BRASIL Minist rio da Educa o e do Desporto Secretaria de Educa o Fundamental Par metros curriculares nacionais ensino m dio linguagens c digos e suas tecnologias Parte 2 Bras lia DF MEC SEF 2000 BRASI
63. essas necessidades para estar em conjun o com esses valores que para a semi tica se configuram como valores descritivos ou seja valores consum veis e armazen veis o sujeito v se ainda em idade precoce diante de uma escolha for ada pode precisar sair O poder uma modalidade atualizante que qualifica o sujeito para uma a o posterior A a o que vai colocar o sujeito em conjun o com os objetos valor visados se manifesta no texto como trabalho Vimos TABULEIRO DE LETRAS quando definimos o termo Educa o formal que esta dever vincular se ao mundo do trabalho e pr tica social com a finalidade de preparar o sujeito para o exercicio da cidadania e sua qualifica o para o trabalho No entanto parece haver um paradoxo a uma contradi o entre educa o formal e trabalho um n o poderia excluir o outro j que a educa o formal deveria qualificar dotar o sujeito das compet ncias necess rias para a a o de trabalhar Todavia para o sujeito ind gena e para uma parcela consider vel da popula o brasileira a necessidade de trabalho for a os a escolher entre educa o e trabalho No caso dos indigenas da Reserva de Dourados quase sempre o trabalho fora da Reserva em fazendas quando eles crescem logo saem da escola porque sentem necessidade de uma roupinha de um dinheirinho Jent o resolvem ir trabalhar nas fazendas Jo o Machado ibi
64. fico s Se Fafata fosse viva eu garanto que ela ficava comigo mas Fafata era uma e voc outro Voc inventou de gostar dessa sua mulher que me odeia Odeia sim Odeia sim senhor Tanto me odeia que j disse na minha cara Mas tudo bem O gosto seu a vida sua voc faz o que voc quiser Se ela n o vai com a minha cara o problema dela e quem n o tem com o que me pagar a mim n o me deve nada Agora sem querer rogar praga que eu gra as a Deus n o sou disso eu vou logo lhe dizendo que do jeito que ela est lhe proibindo de ficar com sua pr pria m e no Dia das M es talvez aconte a do mesmo jeito com algum filho dela E pronto calei minha boca ALZIRA E Cabeca NOELIA Cabeca naquela conversa dele de Mam e n o isso Mam e n o aquilo E a resolveu que quando desse de noitinha ele passava aqui em casa pra comer um bolo tomar um caf dar um guaran pros menino E me d o presente de n o trazer sua mulher eu disse ALZIRA Disse mesmo NOELIA Disse e disse alto por que eu sei que ela fica na extens o BARBOSA 2006 p 50 A pe a concentra no tempo e no espa o o Dia das M es na sala da casa da M e a experi ncia de Alzira para quem esse dia especial s faz acirrar a saudade do filho Moacir que partiu de casa h dezenove anos sem dar at ent o qualquer not cia do seu ponto de vista que vemos a situa o e os agentes nela envolvidos a
65. guerra como Roma citt aperta e Pais Sciuscia V timas da tormenta 1946 de De Sica ou ainda a primeira parte de 7 bandito O bandido 1946 e Senza piet de Lattuada ou Caccia tragica Tr gica persegui o 1946 de Giuseppe De Santis que fizeram ressurgir diante dos olhos dos espectadores o per odo b lico e os anos subsequentes com esp rito pico e quase sempre sem ret rica Como observou Attilio Bertolucci 2009 p 64 a respeito de Roma citt aperta O que o filme nos traz daquele tempo que j parece t o distante o sentimento de solidariedade na luta alcan ado artisticamente com a evid ncia dos fatos sem uma prega o escancarada Cronaca familiare Dois destinos 1962 de Valerio Zurlini e Cronache di poveri amanti 1953 de Lizzani La tregua A tr gua 1997 de Rosi L Agnese va a morire 1976 de Giuliano Montaldo La lunga notte del 43 1960 de Florestano Vancini Gli occhiali d oro 1987 de Montaldo e Il giardino dei Finzi Contini O jardim dos Finzi Contini 1970 de De Sica La ragazza di Bube A garota de Bube 1963 de Luigi Comencini La storia A hist ria 1986 de Comencini Mesmo Germania anno zero Alemanha ano zero 1948 embora rodado fora da It lia 270 poeta Attilio Bertolucci 2009 p 259 99 destacava a import ncia desses cronistas que haviam dado vida aquela feliz temporada do cinema italiano na qual ao crescimento no plano art stico c
66. m n o t m contribu do para que se possam comparar por vezes os resultados obtidos H que ter em conta tamb m as l nguas de trabalho Se considerarmos que a classifica o e identifica o das propriedades inerentes s classes sem nticas apresentam varia es de l ngua para l ngua as combina es poss veis das l nguas em estudo ir o certamente ter influ ncia na avalia o dos resultados Como defendem LI et al 2000 p 52 importante account for why these variations arise Outras propostas t m surgido para o estudo da aquisi o e desenvolvimento da morfologia verbal em L2 Bardovi Harlig 1998 por exemplo prop e que este assunto seja abordado e estudado de forma integrada Bardovi Harlig 1998 p 501 defende ainda que a Hip tese do Aspecto dever ser integrada nos estudos sobre a estrutura da narrativa segundo a sua proposta da Hip tese do Discurso porque lexical aspect and narrative structure conspire to shape the distribution of tense aspect morphology in interlanguage Andersen 2002 por seu turno reconhece a necessidade de encarar a Hip tese do Aspecto numa perspectiva multidimensional e n o a restringir distin o da marca o de tempo e de aspecto per si Andersen 2002 ibid p 91 92 salienta a import ncia da estrutura discursiva para a marca o da morfologia de tempo e aspecto afirmando que s o as necessidades discursivas que contribuem para que os falantes choose
67. m suscitado mudan as significativas nessas sociedades Como eu vejo que n s n o temos sa da sem saber se estou certa ou errada procuro convencer os jovens que acima de qualquer coisa eles devem estudar os ndios t m de se preparar para o futuro pois do jeito que a popula o est crescendo a Reserva vai logo logo virar uma vila como a do branco ent o eles t m de estudar Edna de Souza ibid p 213 Fica evidente que o estudo perpassa pela necessidade de terras que impossibilita a sobreviv ncia dentro da Reserva Com a inviabilidade da produ o agr cola em raz o da falta de terras e de insumos entre outros imp e se um preparo melhor para o trabalho em outras atividades o que passa necessariamente pela educa o formal e por isso veem na educa o uma sa da Acredito que a melhor alternativa para as meninas o estudo porque assim fica mais f cil conseguir emprego e ent o podem se sustentar sem a depend ncia masculina JA profissionaliza o pode ser uma saida Agora na aldeia ainda h espa o para todos mas o que acontecer daqui a uns quinze anos Quando vejo as crian as eu fico pensando no que ser o mundo delas preciso partir para estudo e profissionaliza o sen o n o haver mesmo sa da para os ndios nem como brancos O ndio precisa se instruir para poder optar pelo seu mundo ou pelo do branco sem isso imposs vel qualquer alternativa conscient
68. morte sobrevivente na t o estupenda alegria de reluzir na brancura tomada por seu imediato destino de um p s guerra pico dos anos breves e dignos de toda uma exist ncia Vejo os afastar se fica bem claro que adolescentes seguem o caminho da esperan a entre os escombros absorvidos por um clar o que vida quase sexual sagrada em suas mis rias E o seu afastar se nessa luz me leva agora a enregelar de pranto por que Porque n o havia luz em seu futuro Porque havia essa cansada reca da essa escurid o S o adultos agora j viveram esse seu apavorante p s guerra de corrup o absorvida pela luz e est o ao meu redor pobres homens para quem todo mart rio foi em v o servos do tempo nesses dias em que desperta o doloroso espanto de saber que toda aquela luz pela qual vivemos n o passou de um sonho injustificado n o objetivo fonte agora de solit rias envergonhadas l grimas Nascido em 1923 P er Paolo Pasolini viveu o per odo do segundo grande conflito mundial e o viveu de forma tr gica a fam lia teve que refugiar se em Casarsa Friul cidadezinha em que sua m e nascera o pai foi prisioneiro de guerra na frica o irm o ca ula morreu na luta partisan assim como o viveram os jovens que nasceram na d cada de 1930 e no in cio dos anos 1940 Mesmo os que nasceram depois do fim das hostilidades 25 de abril de 1945 n o deixaram de participar de alguma forma dessa p gin
69. na pra a da cidade TABU LEO DE LETRAS 10 O inc modo que tal multid o causa vida da cidade 11 A reuni o dos n o rabudos para resolver o problema 12 O encaminhamento dos rabudos para um pr dio esquecido cuja constru o tinha sido interrompida 13 A adequa o do lugar para onde levaram os rabudos uma cadeia na verdade 14 A sequ ncia de fechamento o povo rabudo n o fez falta e a cidade que se chamava Egol ndia mudou de nome Com as unidades acima temos a estrutura b sica das narrativas A partir dessas unidades vamos tecer as nossas observa es 4 1 As sequ ncias de abertura e fechamento Iniciar e finalizar uma intera o s o momentos delicados Tarallo 1990 A forma como o fazemos ser fulcral para o sucesso e insucesso do encontro Assim que as trocas de turnos e levantamento de t picos s o momentos muito especiais Apesar de nosso aluno n o sofrer esse tipo de tens o por n o estarem previstas trocas de turnos preciso fazer escolhas certas para otimizar a aten o a seu discurso seu turno Vejamos as sequ ncias de abertura e fechamento para verificar como elas se organizam frente aos diferentes interlocutores 4 1 1 Sequ ncias de abertura As sequ ncias de abertura mant m uma f rmula muito pouco flex vel O informante anuncia a hist ria que vai contar Esse o momento que Labov chama de orienta o Nesta parte o locutor constr i e sinaliza para seu ouvinte
70. ncias posicionam se diante da vida e da realidade que os cerca Segundo Moita Lopes 2002 p 64 contar hist rias uma maneira de dar sentido vida uma forma de agir no mundo social pois quando contam hist rias as pessoas est o atuando umas sobre as outras As rela es em jogo na narrativa envolvem rela es n o somente entre narrador narrat rio participantes na situa o de fala mas tamb m rela es reportadas nas narrativas que envolvem atores que ali se presentificam As narrativas na medida em que necessariamente envolvem esses atores suas a es e ocorrem em espa os tempos determinados relatam a vida tornando acess vel ao analista o autorretrato tanto do sujeito narrador quanto do narrat rio bem como dos demais atores participantes dela Segundo Limberti 2009 p 99 o sujeito nunca fala sozinho porque ele fala pelos outros e com os outros A discursiviza o que os professores fazem de suas vidas organizada cronologicamente e disposta passo a passo na enuncia o lhes d a oportunidade de mostrarem se a si mesmos Al m disso conforme Limberti 2009 p 36 enunciar se ainda uma alternativa de des repress o porque o calar se uma forma de ser oprimido O ndio sujeito enunciador do discurso objeto de nossa an lise fora desse contexto enunciativo permanece a maior parte do tempo calado ouvindo mais do que falando tendo suas a es e pensamentos modalizados pelo discurso autori
71. o campo de trabalho no mbito da aquisi o da l ngua tem progredido bastante nos ltimos anos j que se passou da descri o pura da estrutura lingu stica em termos idiossincr ticos para uma preocupa o com a sua din mica no discurso Nos estudos da no o de temporalidade tem se vindo a prestar mais aten o a factores de ordem contextual ao n vel do que designa como morfologiza o das no es de tempo aspecto Segundo Noyau 2002 p 107 morphologization is best accounted for within the context of discursive activities and their communicative constraints on referenciation TABU LEO DE LETRAS O conceito que Noyau 2002 cunha como morfologiza o ao nivel do discurso importante na medida em que como refere nas fases iniciais de aquisi o da morfologia verbal as rela es temporais centram se na organiza o do discurso e tamb m sob formas lexicalizadas Faz refer ncia s duas situa es mais frequentes 1 itens lexicais usados para relacionar situa es e fornecer informa o relativamente sua estrutura temporal interna 2 adv rbios e outras express es de tempo que desempenham determinadas fun es essenciais como sejam w localiza o de situa es no tempo atrav s do uso de express es adverbiais que podem indicar posi o refer ncia de tica ou anaf rica intervalos de tempo cronol gico ou que podem ainda ser usados para ordenar uma s rie de acontecimentos
72. o de homem escravizado A observ ncia do enunciado seguinte traz mais dados sobre essa quest o Em presen a da liberdade que instantaneamente se lhe franqueia com a imensidade do nosso territ rio ante os olhos o liberto nos primeiros anos da sua aclima o na terra prometida de suas esperan as carece de m o amparadora que o guie e precate contra os tra os do desconhecido o gosto da indol ncia e o instinto inconsciente de aventuras BARBOSA 1985 1884 p 636 grifos nossos As express es em destaque s o significativas por estabelecerem uma oposi o entre a ideia do homem escravo e a ideia do homem escravizado Considerando que as no es de igualdade e liberdade s o centrais para os sentidos mobilizados na FD Liberal o sujeito da DRB organiza os sentidos em um espa o discursivo em que a igualdade entre os individuos est condicionada ao reconhecimento dos impactos da experi ncia no cativeiro para o homem escravizado como obst culos sua adapta o s regras da sociedade p s colonial que ent o se firmava Assim a responsabilidade pelo papel inferiorizado nas rela es sociais no Brasil do s culo XIX atribu da n o ao indiv duo escravizado mas ao regime que o escravizou como se verifica no trecho abaixo Fixado por um periodo restrito a uma regi o dada o manumitido experimentar naturalmente mais ou menos a necessidade do trabalho e tender a ele pela a o m ltipla das influ ncias que o cir
73. o do conhecimento pr vio dos leitores para o reconhecimento dos textos de onde surgem os intertextos Por outro lado a intertextualidade um dos fatores da textualidade porque conforme se tem afirmado no presente artigo todo discurso se estabelece sobre outros discursos previamente adquiridos KOCH BENTES CAVALCANTE 2007 p 14 Dessa forma quando ocorrem di logos entre os muitos textos de cultura BARROS 2003 p 4 tem se ent o a intertextualidade que ser portanto um recurso de estrutura o usado para mostrar de modo expl cito uma determinada fonte discursiva reconhecida culturalmente em dada sociedade Existem v rios estudos acerca dos tipos de intertextualidade especialmente em rela o linguagem po tica e midi tica o que comprova a import ncia desse componente na produ o discursiva hodierna A interdiscursividade por outro lado embora n o sendo um conceito t o difundido como a intertextualidade sem d vida um elemento de composi o t o importante quanto esta Pode se estabelecer contudo apesar das semelhan as discursivas levantadas no presente artigo a diferen a entre a intertextualidade e a interdiscursividade embora ambas sejam elementos de composi o bem pr ximos no sentido conceitual Podemos verificar suas diferen as estruturais se pensarmos na forma como tais elementos s o expostos textualmente Quando ocorrer a men o a textos culturalmente difundidos h a intertex
74. o o crescimento da escolha da forma gerundiva com estar no futuro mais ger ndio ESTAR FAZENDO em rela o ao seu uso em outros pontos da escala de proje o de futuridade Quanto forma can nica de futuro o futuro simples s foi a primeira op o entre os universit rios mas fica em torno apenas dos 40 3 2 6 Quando crescer me formar Finalmente para o futuro indefinido representado pela frase Quando crescer me formar eu SER muito feliz exclu das as variantes gerundivas foram acrescentadas ao Bs sept cil envelope da varia o duas variantes de nticas a saber a perifrase com haver de no presente mais infinitivo e a per frase com haver de no futuro mais infinitivo Os resultados est o no Gr fico 8 a seguir As variantes de nticas que indicam atualmente desejo voli o foram consideradas na pesquisa que no seu projeto maior tamb m tem um vi s diacr nico porque foram at o s culo XIX as grandes concorrentes da variante futuro simples na l ngua portuguesa momento em que o futuro perifr stico com ir mais infinitivo estava no in cio do seu processo de gramaticaliza o OLIVEIRA 2006 TABULEIRO DE LETRAS Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 Gr fico 8 QUANDO CRESCERME FORMAR por
75. orientados pela perspectiva pragm tico dial gica da linguagem enfocam a dramaturgia como pr tica textual e c nica na qual est o Dramaturga e professora do Programa de P s Gradua o em Artes C nicas da Universidade Federal da Bahia cleise mendes terra com br TABULEIRO DE LETRAS em jogo diferentes forma es discursivas e aspectos performativos das diversas dimens es da vida social MENDES 2010 Uma das raz es para essa abordagem emerge da observa o de que h um n mero crescente de textos nos quais os recursos para a organiza o das trocas verbais entre personagens diferem profundamente n o s das formas mais cl ssicas do di logo dram tico mas at mesmo das inova es surgidas na segunda metade do s culo XX como a nfase nos elementos picos e o esvaziamento das conversas nas pe as de absurdo A escrita de textos destinados s pr ticas c nicas quase sempre exige o uso de estrat gias de enuncia o muito elaboradas mas cuja identifica o via de regra ainda permanece em segundo plano nas an lises mais correntes de pe as teatrais Apesar disso algumas abordagens baseadas em desenvolvimentos da pragm tica e das teorias da enuncia o v m oferecendo um caminho produtivo para a interpreta o do di logo c nico como as sugeridas por Maingueneau 1996 e Ducrot 1987 entre outras Trata se por essa tica de dar relevo aos fen menos da intera o discursiva enfocando a lingua
76. os dados que ele acha necess rios para que seja compreendida a hist ria E um momento crucial como j mencionamos acima Vejamos TEXTO A m e Eu vou contar a hist ria que fica num texto chamado Uma hist ria de rabos presos TEXTO B professor chamado Uma hist ria de rabos presos TEXTO C coordenador No livro que eu li se chama que se chama Uma hist ria de rabos presos TEXTO D colega Bom eu irei contar a hist ria de um livro chamado Uma hist ria de rabos presos Em todas as sequ ncias o nome do livro anunciado mas isto tamb m feito de maneira diversa O fato que chama mais a aten o o que ocorre no texto C feito para o coordenador Sendo o ouvinte do texto C dotado dos tra os poder intimidade e contato o informante sente a necessidade de tomar mais cuidado com a forma como usa a l ngua assim as afirma es que faz s o mais pensadas Se para os outros ouvintes ele tomou uma posi o ativa eu vou contar eu irei contar para o ouvinte do texto C ele se eximiu dessa postura ativa e disse no livro que eu li Ou seja a responsabilidade pela hist ria passa a ser do livro e n o dele Qualquer informa o que pudesse provocar conflito frente ao ouvinte C teria o seu impacto diminu do mitigando o risco de constru o de uma imagem negativa para o narrador Essa uma estrat gia de prote o de preserva o da face Goff
77. os reajustes nas mensalidades Outra habilidade para al m da quest o lingu stica necess ria nesse caso a realiza o dos c lculos num ricos pois n o ser poss vel chegar ao resultado final da equa o sem tal profici ncia A quest o do maior ou menor n vel de informatividade ser tamb m avaliada de acordo com a maior ou menor compreens o interdiscursiva desses elementos textuais por parte dos destinat rios 4 3 Dominio jur dico O terceiro dom nio discursivo de onde surge a interdiscursividade nos contratos o jur dico Conforme temos salientado a utiliza o de interdiscursos uma peculiaridade do g nero em tela e representa consequentemente um elemento de eleva o do n vel de informatividade Esse terceiro dom nio est presente ao longo de todos os textos como consequ ncia da natureza interlocutiva do g nero que pressup e o estabelecimento de certo acordo jur dico TABULEIRO DE LETRAS entre as partes da negocia o Contudo nas cl usulas em que existe a exposi o da valida o jur dica de determinada parte do acordo tal componente discursivo aparece de modo mais evidente conforme pode ser observado no exemplo 3 Veja Exemplo 3 2 1 O presente Contrato de Opera o de Plano Privado de Assist ncia Sa de reveste se de caracter stica bilateral gerando direitos e obriga es individuais para as partes na forma do disposto nos artigos 1 092 e 1 093 do C digo Civi
78. os tecnol gicos do pa s Na verdade o livro trata de assuntos do pa s do aluno e procura ser bastante geral sem tratar de problemas espec ficos do pa s O livro passa a tratar do ingl s baseando se em temas muito atuais As atividades levam o aluno a refletir sobre semelhan as e diferen as entre as culturas de forma n o avaliativa De que forma As atividades n o levam o estudante a uma atitude comparativa Pelo contr rio o livro come a pela tem tica brasileira para o estudo da l ngua Mas vale ressaltar que o livro se importa com temas em voga na atualidade como os citados na resposta da quest o 3 Alguns temas como ndios do Brasil floresta amaz nica trabalho volunt rio s o temas considerados do ponto de vista especialmente brasileiro As atividades ajudam o aluno a desenvolver toler ncia e empatia em rela o ao outro De que forma Como o livro possui tem ticas especialmente brasileiras a empatia com o outro desenvolvida em n vel intracultural ou seja evidente a relev ncia dos aspectos nacionais incentivando o aluno a olhar para o seu pa s por meio do ingl s em algumas poucas unidades h a representa o de outros grupos como os cumbieros da Argentina no livro 1 H sim em algumas unidades h atividades pautadas em aspectos culturais de certos locais H textos e atividades sobre ndios brasileiros tribos urbanas negros africanos indus adolescentes deficientes f sicos entre outros
79. ou persuadir e aqueles que simplesmente produzem uma sequela TABULEIRO DE LETRAS perlocucion ria ou seja um efeito n o pretendido sobre o interlocutor AUSTIN 1990 p 93 O segundo caso dominante nos di logos de Arte e tamb m da que resulta boa parte dos efeitos c micos do texto Com exce o de alguns fatos como a compra do quadro branco e uma desajeitada agress o f sica sem grandes consequ ncias mas que assinala o pice do desentendimento discursivo os atos que transformam decisivamente a rela o entre as personagens s o prioritariamente atos de fala s o enuncia es que abrem fraturas nas representa es que cada um faz de si mesmo e do outro Note se o uso frequente das aspas para citar e comentar o discurso do interlocutor transformando a vigil ncia constante de cada falante diante das r plicas alheias no signo mais forte da indigna o crescente que tumultua a velha amizade Marcos Ta por exemplo Agora voc me diz leia S neca e isso poderia me irritar Eu seria capaz de me irritar pelo fato de voc durante nossa conversa ter dito leia S neca E isso seria absurdo REZA p 39 A tens o discursiva alimentada por coment rios que obrigam cada fala a dobrar se sobre si mesma criando uma esp cie de eco que amplia sua for a ilocucion ria Ivan Parece que voc est insinuando que ele n o estava bem S rgio N o pelo contr rio eu disse que ele estava bem
80. passa e nenhum alem o vista Um senhor do pr dio nos d as boas novas os americanos romperam o front os alem es est o fugindo procurem se esconder quest o de dias tarde como num passe de m gica todos os homens est o armados n o mais a ca a ao italiano a ca a ao alem o e aos fascistas seus c mplices Os jovens e os pivetes de N poles lutam bem e n o t m descanso nenhum alem o ou fascista sai de N poles Finalmente sexta feira 1 de outubro chegaram os Aliados o pesadelo acabou Os fatos resumidos por meu pai eram os que ocorreram entre 27 e 30 de setembro durante os chamados quatro dias de N poles Em virtude da capitula o das for as italianas assinada em 3 de setembro de 1943 e anunciada popula o cinco dias depois cessavam as hostilidades contra os ex rcitos anglo americanos enquanto os nazistas transformavam se em tropas de ocupa o A It lia ficou dividida no Sul sob a prote o dos No filme Achtung Banditi Achtung Bandidos 1951 Lizzani retratou a luta de um grupo de oper rios que sob as ordens de um engenheiro e com a ajuda dos partisans procura evitar que os nazistas transfiram para a Alemanha as m quinas da f brica em que trabalha Apesar de todos os relatos foi s por volta dos dez anos de idade que entendi efetivamente a import ncia desse epis dio Est vamos de f rias em Piedimonte e em fins de setembro a bandeira da es
81. passavam ao largo da capitania de Tourinho Impossivel portanto o com rcio Al m do confronto com os colonos iniciou se o ass dio dos Aimor a Porto Seguro De humor cido P ro Tourinho criticava padres santos e at o papa Documentos confirmam que a principal indigna o de Tourinho era com a profus o de dias santos quando n o se trabalhava Desentendeu se com o vig rio e com outros padres que viviam em Porto Seguro e foi ent o denunciado como herege ao Santo Oficio O processo se arrastou por tr s anos Da leitura dos autos transparece que o motivo do conflito foi o fato de os colonos se recusarem a trabalhar seis dias por semana Tourinho recebeu uma pena horrenda Embora a vila de Porto Seguro tenha se mantido habitada os outros povoados fundados por Tourinho Santa Cruz Santo Amaro Comagi logo se despovoaram atacados e destruidos pelos Aimor A maior parte de seus habitantes se transferiu para a capitania de Pernambuco TABULEIRO DE LETRAS 2 1 Configura o demogr fica em Porto Seguro do s culo XVI para a metade do s culo XVIII Segundo a histori grafa Vera Telles 1987 p 134 no final do s culo XVI as col nias portuguesas no Brasil teriam apenas 57 000 habitantes apoiando se a Autora em Anchieta Calculando se cinco pessoas por casa seriam POPULA O TOTAL 25 000 ndios civilizados 18 500 Escravos 14 000 TOTAL 57 500 Dos 25 000 brancos 700 eram de Porto Seguro A refe
82. pertencentes a diferentes n veis sociais e das mais variadas profiss es Tip grafos jornalistas advogados m dicos parlamentares juizes religiosos professores literatos artistas comerciantes s o exemplos de alguns profissionais que se engajaram em defesa da causa abolicionista A imprensa teve um papel importante nessa luta pois os jornais foram os principais meios de propaganda e den ncia utilizados pelos abolicionistas Isso se dava atrav s da utiliza o dos seguintes recursos cobertura jornalistica a eventos abolicionistas noticias dos resultados e das solenidades do fundo de emancipa o a atitudes favor veis causa abolicionista divulga o de acontecimentos abolicionistas ocorridos em outras regi es do pa s veicula o de den ncias contra os escravocratas e seus aliados oferecimento de servi os de advocacia para escravos que quisessem questionar judicialmente sua liberdade den ncia TABULEIRO DE LETRAS do envolvimento de membros do Partido Liberal na repress o aos abolicionistas e campanhas para elei o de candidatos ligados ao movimento abolicionista O jornal Di rio da Bahia rg o da fac o liberal que reunia a elite daquela poca circulava diariamente exceto s segundas feiras apresentando a seguinte estrutura artigo de fundo notici rio do Brasil e do exterior folhetim parte oficial publica es a pedido reparti o de pol cia an ncios e obitu rio Era o peri dico de mai
83. poderemos notar as rela es sociais que interferir o na forma como ele quer ou precisa ser percebido por cada um de seus interagentes Linde 1993 03 tamb m contribui para nosso trabalho quando coloca que usamos narrativas para reivindicar ou negociar nossa posi o em termos de grupo e demonstrar que somos de fato membros de valor desse grupo entendendo e seguindo seus padr es morais Finalmente elas s o constru es sociais j que fazem pressuposi es sobre as expectativas diante de situa es as normas presentes nas situa es e quais sistemas de cren as comuns e especiais podem ser usados para estabelecer coer ncia As narrativas assim se apresentam como um rico material de estudos 3 Metodologia 3 1 Natureza dos dados Entre os alunos de uma turma da qual ramos professores em uma escola religiosa considerada muito tradicinal e conservadora do Rio de Janeiro solicitamos a ajuda de um aluno no sentido de ele contar uma mesma hist ria para diferentes pessoas Um dos alunos se ofereceu era uma crian a do sexo masculino com dez anos de idade pertencente classe m dia alta do Rio de Janeiro Ent o no decorrer de uma semana recolhemos dele uma s rie de quatro narrativas As narrativas tiveram como base um livro lido pelos alunos em sala de aula chamado Uma hist ria de rabos presos de Ruth Rocha TABULEIRO DE LETRAS Em nossa proposta o aluno deveria recontar a hist ria desse livro p
84. preserva o dessa mem ria dessa hist ria a fim de que o nosso presente seja tamb m fonte da mem ria Doutor Rem dios Monteiro na organiza o de seu texto memorial stico visava ades o de sua filha aos seus argumentos A sua vontade de dizer coisas e o modo como disp s as palavras revelou seus comprometimentos ideol gicos Estes estavam ligados filosofia crist No dia seguinte depois de pernoitar na Cachoeira parti as 7 horas da manh para a Feira de Sant Anna onde chegava cheio de esperan a de prolongar minha vida que a amo pelas raz es que Silvio Pellico manda amal a no seus notaveis Deveres do ho mem Ame a pelo que ella tem de im portante de grande de divino Ama a porque ella a arena do merito porque ella caza do Todo Poderoso ella glo riosa porque ella tambem gloriosa para n s e necessaria MEM RIAS f 145r 1 2 14 constitue para mim um galar d o e uma recompensa aos servi os que prestei a mais santa causa que se debateu em prol da civili sa o do direito da justi a e da religi o daquelle que deixou se cru cificar pela redemp o da humani dade MEM RIAS f 169r 1 3 9 TABULEIRO DE LETRAS Doutor Rem dios ao escrever o texto de suas mem rias rememora a sua vida desde os tempos de estudante de Medicina em Paris Relembra os anos dificeis pelos quais passou quando enfrentou dificuldades financ
85. que a implanta o do Estado Republicano no gt Os professores entrevistados que comp em o corpo docente da Universidade Estadual de Santa Cruz Ilh us Ba responderam pergunta A UESC adotou a pol tica de cotas com recorte racial em seu processo seletivo O que voc pensa a este respeito TABULEIRO DE LETRAS Brasil Para melhor entender o discurso de Rui Barbosa daqui em diante DRB inscrito na Forma o Discursiva Liberal se faz necess rio conhecer suas condi es de produ o No que se refere ao contexto imediato fundamental que se compreenda a tradi o cientifica brasileira no s culo XIX em especial como as ideias liberais cujo projeto de modernidade passava pela conquista da autonomia plena como requisito para a implanta o da efetiva democracia aqui vicejaram Entretanto ainda que fosse significativa a presen a do discurso liberal no Brasil Holanda 1995 1936 destaca que o pensamento pol tico da poca n o estava restrito ao Liberalismo Considerando esta corrente te rica como uma pr tica discursiva fica f cil entender que sua constitui o n o se d de maneira homog nea Desse modo o DRB dialoga com outras posi es sujeito tanto no interior da FD Liberal quanto com posi es sujeito de demais FD s demonstrando que n o somente o seu exterior heterog neo Como as fissuras discursivas caracterizam o funcionamento das FD s a posi o do sujeito Rui Barbosa
86. que n o usaria a frase assinalada Para preservar a identidade dos estudantes envolvidos na pesquisa n o se controlou a vari vel indiv duo e os instrumentos de coleta de dados n o est o identificados O total de 507 question rios acompanhados das reda es coletados que equivale ao total de estudantes que participaram da pesquisa est distribu do por s rie e escola na Tabela 1 a seguir Esses dados ainda est o sendo analisados Pretende se fazer uma an lise qualitativa dessa resposta discursiva Tabela 1 Distribui o geral dos dados E E E e SL EE E E e E C E Universit rios 7 8 9 S 22 a 51 anos o a a EF Ensino fundamental EM Ensino m dio S Semestre 3 Resultados Os dados foram computados inicialmente em sua totalidade e a seguir foram analisados separadamente por s rie e por rede de ensino particular ou p blica A proje o de futuridade desde um futuro mais imediato at um futuro mais distante foi considerada em todos os casos Assim os resultados ser o apresentados de acordo com o tipo de futuro mais pr ximo ou mais distante come ando com o total de dados e em seguida distribuindo os por s rie TABULEIRO DE LETRAS N o ser o analisados aqui por limita o deste artigo os resultados que confrontam as redes de ensino particular ou p blica o que ser feito em ocasi o oportuna 3 1 Resultado geral Esta se o apresenta o resu
87. rabo preso Como j dissemos dar a no o de rabo preso n o foi uma atividade tranquila Por conta disso vamos observar agora as diferen as na constitui o dessa unidade TEXTO A Ou seja quando uma pessoa via a besteira da outra a outra nao podia falar nada mal dessa porque sen o a outra contava essa besteira n TEXTO B Ou seja eh uma pessoa que viu a besteira da outra e pra outra n o poder caguetar ela n dedurar ela tinha que e ela vendo a besteira dessa que ia caguetar nada nenhum podia falar da do outro que sen o o outro logo podia se defender n TEXTO C Ou seja uma pessoa viu uma coisa errada que a outra fez e quando uma tentava dedurar essa coisa errada a outra podia se defender amea ando contar o da outra TEXTO D Rabo preso voc sabe n voc deve saber que quando uma pessoa viu a besteira de uma outra e essa outra v a besteira da uma ent o uma n o pode falar essa besteira dedurar besteira porque sen o a outra rebate falando a besteira do outro n Primeiramente reparemos que para introduzir a no o de rabo preso nos textos A B e C os textos produzidos para os ouvintes adultos nosso narrador usa o marcador ou seja Tal marcador tem a fun o de encabe ar uma explica o e de uso menos generalizado na l ngua oral informal portanto traz um tom mais formal fala A observa o anterior j nos permite inferir que
88. revestido de uma suposta novidade a filia o ideol gica deste discurso pouco traz de in dito sendo que s o muitos os sentidos j mobilizados que significam quando re visitados e postos em confronto na rede de rela es fixadas atrav s da pr tica social Exatamente por mobilizar conceitos complexos como o de identidade negra e identidade n o negra a implanta o das a es afirmativas para a popula o negra em todo o Brasil tem se dado em um espa o discursivo fortemente marcado pela ambiguidade em que emergem conceitos fundamentais ao estudo sobre as rela es raciais como igualdade e racismo As reflex es feitas nesse artigo abordam esse tema sob o prisma discursivo compreendendo a pr tica discursiva como a forma material em que os aspectos hist ricos aparecem atuando n o como adere os dos processos de significa o de um enunciado ou outro mas sim como inst ncias constituintes dos seus efeitos de sentido ORLANDI 1999 2003 Desse modo o cotejo entre textos a respeito das cotas raciais escritos por professores TABULEIRO DE LETRAS universit rios e um parecer a respeito da emancipa o dos escravos escrito por Rui Barbosa BARBOSA 1985 evidenciou algumas nuances da tradi o liberal no discurso acad mico brasileiro as quais ser o discutidas nas duas se es seguintes 2 O discurso liberal enunciado por Rui Barbosa No limiar do s culo XX a ades o dos intelectuais brasileiros ao discurso j
89. rios e em trechos de um parecer sobre a emancipa o dos escravos escrito por Rui Barbosa A an lise feita evidencia que a constru o do discurso republicano acerca da identidade nacional se deu por um lado em torno da afirma o do discurso jur dico liberal e por outro lado da recusa do discurso do racismo cient fico Assim o posicionamento dos intelectuais brasileiros de ades o ao discurso jur dico indicou sobremaneira o comprometimento desse grupo social com a consolida o do projeto republicano e em consequ ncia a op o pela igualdade desracializada cuja regulamenta o deveria caber exclusivamente ao Estado Hoje quando o sujeito professor universit rio se alicer a no silenciamento deste racialismo pseudocientifico para posicionar se contr rio s cotas raciais ele est fomentando discursivamente a continuidade dessa tradi o liberalista do discurso acad mico brasileiro A reJafirma o do juridismo e do liberalismo estatal empreendida por esse sujeito indica qu o atual e desafiador o debate sobre a des racializa o da identidade nacional e suas devidas implica es afinal o discurso do racismo cient fico foi suprimido apenas do espa o acad mico brasileiro continuando a fazer efeitos no cotidiano das rela es sociais inclusive no que diz respeito s hierarquias raciais visto que ra a no mbito sociol gico tomada como categoria anal tica fundamental para a compreens o da desigualdade social
90. s rie total dos dados em percentuais 70 60 50 Futuro simples Per fr IR pres te Per fr IR fut Per fr HAVER pres Perifr HAVER fut 40 30 20 10 T 3EF 4EF 5EF 6EF 7EF 8EF 1EM 2EM 3EM Univ No total geral dos dados a variante mais escolhida foi a per frase com ir no presente mais infinitivo 42 Neste contexto embora predomine o uso do futuro perifr stico com ir no presente mais infinitivo com exce o da 8 s rie do ensino fundamental e dos universit rios observa se que cresce a concorr ncia entre esta variante e o futuro simples a segunda op o da maioria dos n veis escolares O futuro perifr stico com ir no futuro mais infinitivo foi a terceira op o de todo o ensino fundamental Quanto s formas com haver de mais infinitivo s passaram dos 10 no ensino m dio e no ensino superior o que mostra ser o uso de ntico do verbo haver adquirido mais tardiamente Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 3 2 7 Formas rejeitadas Na ltima pergunta do question rio em que se pediu a sinaliza o da variante que deve ser evitada a frase foi Nas minhas f rias eu BRINCAR SAIR muito Como se disse anteriormente solicitou se tamb m uma justificativa dos aluno
91. se mas provavelmente desgostoso e cansado renunciou em 1554 a favor de seu filho a posse da capitania cuja explora o continuou sob o governo de Duarte de Lemos Assim come ou Porto Seguro Vale saber que segundo o mesmo Autor p 88 89 as cartas de doa o concediam ao donat rio certo n mero de l guas de terra com a respectiva jurisdi o jur dica e criminal A capitania era inalien vel indivis vel e taxativamente sujeita a regras de sucess o que a aproximavam dos morgados O capit o era obrigado a repartir as terras de sesmaria isentas de todo foro ou direito que n o o d zimo de Deus Ordem de Cristo por pessoas que professassem a religi o cat lica Quanto aos engenhos moendas de gua ou marinhas podia o capit o exigir do sesmeiro um tributo pela licen a respectiva Para si o governador capit o podia guardar certo n mero de l guas em geral 10 a 16 como terra sua livre e isenta com um prazo de 20 anos e com condi o de que a terra fosse repartida em quatro ou cinco lotes distantes uns dos outros duas l guas pelo menos Ao capit o cabia conceder a qualquer parente seu maior por o de terra de sesmaria do que as distribu das ou a distribuir aos estranhos O capit o dispunha de regalias como sejam em suas terras n o podia jamais entrar corregedor ou al ada estranha e sobre os seus delitos s poderia ser ouvido e julgado na corte aonde o monarca no caso D Jo o II o chamaria Foi o que aconteceu a P
92. sem preju zo da varia o por faixa et ria prevista no item 14 2 Contrato da empresa Dix amico p 20 Os fragmentos citam intertextos de naturezas discursivas diferenciadas Ao mencionar a lei 9656 98 o locutor visita o dom nio discursivo jur dico j que a lei da Constitui o Federal foi criada na esfera jur dica de atua o J ao mencionar as RDCs resolu es de diretoria colegiada o locutor evoca o dom nio discursivo da sa de pois tais conte dos s o comuns a bibliografias voltadas para profissionais ligados sa de Por outro lado tamb m podemos encontrar a presen a de intertextos advindos do dom nio comercial como a varia o por faixa et ria prevista no item 14 2 citada no exemplo 6 ainda que em um n mero menor Percebe se portanto que tanto a interdiscursividade como a intertextualidade s o fatores importantes no estabelecimento dos sentidos textuais A utiliza o de ambos os Essas resolu es agrupam os diferentes procedimentos m dicos de acordo com sua natureza cl nica Tais resolu es foram criadas para auxiliar os profissionais da sa de quanto aos diferentes tratamentos e procedimentos adequados a determinada situa o TABULEIRO DE LETRAS recursos representa por outro lado uma forma de o locutor apenas demonstrar os aspectos legais envolvidos nas etapas da negocia o comercial jur dica Podemos verificar o que est sendo exposto porque os interesses das
93. sociedade que toda ela uma situa o educativa dado que a viv ncia entre os sujeitos condi o da educa o a a o desenvolvida entre os homens os educa e ao interagirem educando se entre si os homens formam a sociedade Segundo Brand o ningu m escapa da educa o Ela se d em casa nas ruas nas igrejas nas escolas de um modo ou de outro estamos envolvidos com ela Para saber para fazer para ser ou conviver todos os dias misturamos a vida com a educa o BRAND O 2007 p 7 Embora como vimos a educa o ocorra na intera o social ela n o se apresenta de forma nica isso porque as experi ncias de vida dos sujeitos suas necessidades e condi es de trabalho s o diferentes Para compreendermos o papel da Educa o Formal no discurso em an lise ou amos ent o a fala de Jo o Machado e Edna de Souza ressaltando que os fragmentos constam na obra Canto de Morte Kaiow hist ria oral de vida de Carlos Sebe Bom Meihy 1991 e os textos se estendem da p gina 95 p gina 113 com o depoimento de Jo o Machado e da p gina 207 p gina 217 com o depoimento de Edna de Souza Meu nome Jo o Machado e tenho 30 anos de idade nasci e me criei nesta aldeia sou filho de pai e m e daqui Somos todos da Reserva de Dourados Na Reserva comecei meus primeiros estudos at concluir a quarta s rie nesta poca fui estudar na cidade de Dourados at tirar o diploma de segundo g
94. sua obra ficaram testemunhos mais duradouros e resultados mais brilhantes O capit o P ro do Campo Tourinho pertencia pequena nobreza e era natural de Viana do Castelo Segundo o referido historiador era o donat rio homem com grandes qualidades de iniciativa esfor ado prudente virtuoso e ao que parece entendido em coisas do mar mas lhe escasseavam dotes de mando que o seu dif cil caso exigia Vendeu todos os seus bens e com o seu produto apresentou a frota em que embarcou com toda sua fam lia parentes e amigos num total de 600 homens e mulheres em dire o sua capitania Fundeou um pouco ao sul da enseada onde em 1500 aportara Pedro lvares Cabral Na foz do rio Buranhem erigiu P ro Tourinho a vila e hoje cidade de Porto Seguro cabe a de sua capitania Os colonos segundo o Autor p 102 puderam estabelecer boas e duradouras rela es com os tupiniquins e provavelmente acrescidos por novos colonos foi poss vel estender se para o Norte e o Sul fundando a vila de Santa Cruz e Santo Amaro Contudo apesar de dotes positivos o donat rio foi v tima de uma conjura em que Se deram as m os os interesses feridos os v rios contrariados e um sentimento que mediava entre o falso zelo religioso e um fanatismo torvo 1969 p 102 TABULEIRO DE LETRAS Foi denunciado Inquisi o preso pelos pr prios colonos a 24 de novembro de 1546 enviado ao reino onde compareceu ao Santo Oficio Conseguiu justificar
95. todos iguais ANDRADE Oswald 1976 p 17 Por um instante ouvimos a a voz do autor e o efeito da fala s pode ser c mico produzido como por recursos cl ssicos de desmascaramento e contraste s bito Algo se quebra se rasga h uma puxada de tapete que desestabiliza a empatia do espectador mesmo o grau minimo de empatia requerido pela s tira e ele percebe por um instante que aquela figura humana em cena n o assim t o dona do pr prio nariz Quando nos afastamos da frui o pura e simples analisando o pacto l dico que nos convida a esquecer a exist ncia do autor do demiurgo que move os cord is escondido atr s da cena percebemos que o di logo dram tico busca a produ o dos seus efeitos numa situa o universal da fala a linguagem nascendo de um sujeito a quem simultaneamente ela d exist ncia MENDES 1995 p 32 Ela fala logo existe e por existir que fala Mas a personagem dram tica nunca est sozinha pois sem o outro n o h drama Mesmo nos mon logos ela dirige sua fala a interlocutores imagin rios que representam as muitas vozes que atravessam seu discurso os muitos outros que configuram e delimitam a sua pr pria presen a diante de n s aqui e agora invoca os deuses interpela a cidade amaldi oa os inimigos implora a aten o do amado ausente interroga recrimina e d ordens a si mesma Ent o o que constitui precisamente essa persona n o a sua pr pria fala e sim a inter
96. verilha ausentou se em julho do corrente anno levando vestidas camisa de baeta azul e gola encarnada com a marca AS e n 43 e cal a de algod o tran ado Quem os pegar e os levar ao mesmo engenho ou nesta cidade ao escriptorio dos Srs Antonio Pereira Espinheira e C ao Guindaste dos Padres n 37 ser recompensado com a quantia de 1000 por cada um Fac s mile de an ncio de fuga de escravos Didrio da Bahia 1871 Transcri o de an ncio de fuga de escravos Di rio da Bahia 1871 Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 AMA DE LEITE Na photographia Imperial rua Direita do Pal cio se dir quem precisa deuma ama de leite de cor parda ou branca Transcri o de an ncio requisitando ama de leite Di rio da Bahia 1871 Fac s mile de an ncio requisitando ama de leite Di rio da Bahia 1871 A emancipa o XII Deve se dar um prazo para a emancipa o qual deva ser elle Que se p de e deve dar um pouco vida final da escravid o no Brazil parece que medida que n o pode ser lealmente e em boa f contestada salvo por aquelles que s desej o a emancipa o por meio de palavras palavras que illudem e adi o a quest o eternamente N o ha perigo nenhum em que se torne cren a evangelica de quem um dia vir em que a escravid o n
97. vizinha No lia o marido Antero o filho ausente Por m no trecho citado No lia deixa por instantes sua posi o de amiga confidente por for a de estrat gias discursivas que a trazem ao centro da cena H uma moment nea troca de pap is com Alzira simplesmente pontuando a longa fala de desabafo E Cabeca Disse mesmo Ao citar em discurso direto a sua pr pria fala dirigida ao filho No lia amplia e desdobra sua imagem diante de n s ela ganha o seu Dia das M es dividido em diferentes momentos o dia e de noitinha e povoado pelas figuras do seu pequeno drama familiar Mas ganha sobretudo uma posi o discursiva que a faz passar de mera enunciadora TABULEIRO DE LETRAS personagem das falas de um locutor o autor o scriptor a uma situa o de locutora ela mesma com poderes para citar e comentar a fala de um outro sujeito de enuncia o Pois a No lia que fala aqui e agora na cena interlocutora de Alzira n o a mesma que proferiu o enunciado tecido de ironias preteri o amea as expl citas e veladas ditos apresentados como verdade incontest vel enfim a No lia m e ferida que usou num momento passado na manh desse famoso dia os jogos de linguagem como garras para reagir ingratid o interessante observar como nesse caso O dramaturgo cria diferentes inst ncias de discurso a partir de um minimo de fabula o e explorando recursos da conversa o coti
98. 1997 Tarallo 1990 Labov 1972 Como coloca Schiffrin 1996 169 hist rias s o recursos para desenvolvermos e apresentarmos o eu como entidade psicol gica e tamb m como algo localizado dentro de um mundo social e cultural e que o modo de contar uma hist ria tamb m mostra um eu que existe dentro de uma matriz de significados cren as e pr tica normativas tanto o estilo quanto a subst ncia das hist rias s o sens veis a par metros de etnicidade classe social g nero idade regi o Bruner 1987 apud Schiffrin 1996 explicita o fato de que n s tornamos nossas narrativas mais ou menos autobiogr ficas A linguagem narrativa proporciona um processo de subjetiva o pois revela nossas pressuposi es e atrav s por exemplo do protagonista ocorre um filtrar da realidade que explicita a pr pria vis o de mundo do narrador Para Schiffrin 1996 as hist rias s o situadas globalmente atrav s de nosso conhecimento cultural que cria expectativas sobre de que forma veicular um curso de a es S o situadas localmente tamb m atrav s do modo como as tornamos relevantes numa intera o particular no tempo e no espa o dirigidas a uma audi ncia tamb m particular Ela TABULEIRO DE LETRAS diz que o modo de verbalizar linguisticamente uma hist ria mostra de que forma essas hist rias s o situadas culturalmente e socialmente nesse sentido que nas narrativas de nosso sujeito de pesquisa
99. AS local na companhia do irm o Blasques e se ocuparam em ensinar crist os e ndios cf Telles p 84 Anchieta esteve em Porto Seguro em cartas informa entre outros assuntos que Na vila de Porto Seguro h 2 villas de Portuguezes 4 leguas uma da outra e 2 aldeias de Indios da doutrina a 5 leguas de que os nossos tem particular cuidado e outras 7 ou 8 aldeiasinhas a 4 5 e 6 l guas por terra e 2 ou 3 engenhos de assucar junto dellas s quaes acodem de quando em quando Ib p 86 Informa ainda Anchieta sobre os colonos portugueses Os homens e mulheres portuguezas se tratam com fausto m xime as mulheres que vestem muitas sedas e j ias e creo que levam nisto vantagem por n o serem t o nobres s de Portugal e todos se fazem senhores e reis por terem muitos escravos e fazendas de assucar por onde reina o cio e lasc via e o v cio da murmura o geralmente apud TELLES p 86 Ainda segundo a referida Autora ficaram famosos em Porto Seguro os jesu tas Francisco Pires e Vicente Rodrigues O ltimo construiu uma ermida esta ainda l se ergue do outro lado do Buranhem chamada Nossa Senhora da Ajuda Hoje o famoso Arraial da Ajuda a sua festa pouco antes da de Nossa Senhora da Penha que fica na cidade Alta de Porto Seguro Correu a not cia de que a Senhora da Ajuda era milagrosa porque quando os aimor s uma vez atacaram o povoado os padres enterraram a imagem sob o alta
100. D Approaches to discourse Oxford Blackwell 1994 SCHIFFRIN D Interactional sociolinguistics In Mckay S L and Hornberger H H Sociolinguistics and Language Teaching Cambridge Applied Linguistics 1996 TANNEN D Gender amp discourse Oxford University Press NY 1994 TARALLO F A pesquisa socioling stica S o Paulo tica 1990 TEIXEIRA E SILVA R A aula de l ngua n o materna sob uma perspectiva sociointeracional In Lima Hernandes amp Chulata Lingua Portuguesa em foco ensino aprendizagem pesquisa e tradu o Universit del Salento Facolt di Lingue e Letterature Straniere Pensa Multim dia Editore 2010 TEIXEIRA E SILVA R Sociolingu stica interacional e o portugu s como l ngua n o materna para crian as e adolescentes Anais do II SIMELP Simp sio Mundial de Estudos de L ngua Portuguesa Universidade de Evora Evora Portugal 2009 TEIXEIRA E SILVA R O Discurso do Professor como Material Did tico nas Aulas de PLE em Macau Constru o da Compet ncia Textual In LIMA HERNANDES Maria C lia MAR ALO Maria Jo o MICHELETTI Guaraciaba amp MARTIN Vima Lia de Rossi orgs A l ngua portuguesa no mundo S o Paulo FSLCH USP 2008 TEIXEIRA E SILVA Roberval A representa o da identidade de g nero nas narrativas de trabalho do travesti In Lopes D e tal orgs Imagem amp Diversidade sexual estudos da homocultura S o Paulo Nojosa Edi es 2004 TEIXEIRA E SIL
101. DADE NO G NERO CONTRATO DAS EMPRESAS DE ASSIST NCIA SAUDE ALGUMAS CONSIDERA ES SOBRE A LEITURA E O OBSCURECIMENTO DOS SENTIDOS Maria Teresa Tedesco Vilardo Abreu Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ Hilma Ribeiro de Mendon a Ferreira doutoranda da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ TABULEIRO DE LETRAS Em busca de textos publicados em peri dicos baianos Maria da Concei o Reis Teixeira RESUMO A imprensa desempenhou um papel fundamental na campanha abolicionista Contando com colaboradores de v rios n veis sociais funcionou como arauto das reivindica es em prol do t rmino do trabalho escravo na Bahia O Di rio da Bahia importante peri dico da poca sempre esteve comprometido com a causa abolicionista Seus editores fizeram do jornal uma tribuna dos abolicionistas Apesar de seu ineg vel valor enquanto fonte de documental testemunha da vida social pol tica e econ mica o peri dico encontra se disperso e em est gio avan ado de decomposi o Apresentar se o algumas considera es sobre o projeto de pesquisa que visa resgatar os textos abolicionistas publicados no Di rio da Bahia Palavras chave Acervos documentais Resgate Cultural Labor Filol gico RESUMEN La imprenta desempe papel fundamental en la propaganda abolicionista Como contaba con la colaboraci n de personalidades de varios niveles sociales funcion como heraldo de las reivindicaciones en fa
102. Doutor Rem dios Monteiro que o escreveu para sua filha D Elvira Monteiro a qual o repudiou escrevendo ao lado da primeira folha que seu pai n o devia ter escrito A partir das escolhas lexicais do autor tra a se a composi o de seu discurso memorialista Palavras chave Discurso Memorialista Escolhas Lexicais Doutor Rem dios Monteiro S culo XIX ABSTRACT Present the text of memoirs of Doctor Rem dios Monteiro who wrote it with the objective to leave it for his daughter Ms Elvira Monteiro who repudiated him by writing in the margin of the first page that her father should not have written them From the lexical choices of the author it is mapped the composition of his memorial Keywords Discourse Memoirist Lexical Choices Doctor Rem dios Monteiro 19 Century 1 Introdu o Eu n o tinha este rosto de hoje assim calmo assim triste assim magro nem estes olhos t o vazios nem o l bio amargo Eu n o tinha estas m os sem for a t o paradas e frias e mortas eu n o tinha este cora o que nem se mostra MEIRELES 1972 p 63 Recordar De acordo com acep o apresentada no dicion rio Aur lio S culo XXI FERREIRA 1999 p 1720 significa 1 Fazer vir mem ria lembrar se de lembrar E isso que faz Doutor Rem dios Monteiro m dico brasileiro que nasceu a bordo do navio Nos Professora Titular da Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS Integrante do corpo docente
103. E LETRAS Sobre a j Comarca de Porto Seguro diz Vilhena que pertenceu a capitania Casa de Aveiro e quanto ao Governo eclesi stico era comarca do rei D Jo o IV Quanto ao governo secular e militar estava ligada Capitania da Bahia da qual distava 17 graus ao sul e 72 l guas distante da Bahia na margem austral estava o rio Grande Diz Vilhena que a cabe a da comarca a vila de Porto Seguro est em plano elevado deleit vel vista Apresentava excelentes pastagens para gados ro as de mandioca algod es e canas que reduzem a aguardentes mel e pouco a car A pescaria era de garoupas e meros Apresentava timas matas e o terreno era muito frequentado pelo gentio Quanto vista de Porto Seguro era uma povoa o de ndios mansos e sua localiza o obiava irrup es de b rbaros os aimor s ou n o de lingua do tronco tupi Encontrou Vilhena uma fazenda de monges beneditinos Tra pe com uma capela e um monge fazendeiro com onze escravos que lavravam caf cacau algod o legume Por terra havia uma estrada real quatro l guas da vila de Porto Seguro pelo rio oito l guas Em Vila Verde havia tr s companhias de ndios sujeitos ao capit o m r Porto Seguro foi erigida em vila quando da reorganiza o da capitania no tempo de D Jos I Quanto popula o apresenta Vilhena a partir do mapa das freguesias COMARCAS E RAGOS FOGOS ALMA OBSERVA ES VILAS Comarca de Porto 1 N S
104. IALISTA Rita de C ssia Ribeiro de Queiroz Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS IV EU NAO VI MAS ME CONTARAM Mariarosaria Fabris Universidade de S o Paulo USP V A INFLU NCIA DO INTERLOCUTOR NA ORGANIZA O DISCURSIVA DE QUATRO NARRATIVAS ORAIS DE CRIAN AS Roberval Teixeira e Silva Universidade de Macau VI A HIP TESE DO DISCURSO NA MARCA O DA MORFOLOGIA DE TEMPO E ASPECTO NO PROCESSO DE AQUISI O DE PORTUGU S L2 Cust dio Martins Universidade de Macau VII DI LOGO E PERFORMATIVIDADE NO DRAMA Cleise Furtado Mendes Universidade Federal da Bahia UFBA VIH A VARIA O DO FUTURO VERBAL EM PORTUGU S TESTE DE PERCEP O ATITUDE NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA BA Josane Moreira de Oliveira Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS IX ESCOLARIZA O E DEMOGRAFIA NA CAPITANIA DE PORTO SEGURO Rosa Virg nia Mattos e Silva Universidade Federal da Bahia UFBA Em lia Helena Portella Monteiro de Souza Universidade Federal da Bahia UFBA X A INTERCULTURALIDADE NOS LIVROS DID TICOS DE INGLES Victor Emesto Silveira Silva Mestre em Estudo de Linguagens PPGEL UNEB XI DISCURSO DE PROFESSORES IND GENAS UMA AN LISE SEMI TICA Maria Aparecida da Silva Ramos Mestre pela Funda o Universidade Federal da Grande Dourados UFGD Rita de C ssia A Pacheco Limberti Universidade Federal da Grande Dourados UFGD XI INTERDISCURSIVIDADE E INTERTEXTUALI
105. III instituindo o portugu s como l ngua oficial de comunica o e outras determina es teve repercuss es do ponto de vista n o s social administrativo mas educacional Pretende se responder como essas fases se constitu ram em Porto Seguro no que diz respeito s suas popula es sucessivas e ao seu sistema educacional considerando os s culos sob observa o Palavras chave Porto Seguro Demografia Escolariza o S culo XVI ao XIX ABSTRACT This paper refers to the educational process and demography in Porto Seguro and belongs to the PHPB researches about the investigations of the linguistics social history of Brazil It s main objective is to present Porto Seguro s historical timeline concerning demography and educational process from the 16 to the 19 centuries Its specific objectives are to identify the existing population groups in these centuries and in this region identify from the educational point of view which was were the teaching system s who the teachers were and how many students that those system s was were able to enroll and educate The research was based on primary sources such as reports and speeches from Bahia s province presidents and on secondary sources such as the census and historians books from the 18 century and more recent centuries The historical investigation about Brazilian Portuguese passes through its territory and the populations that lived in each region administratively co
106. Ivan Voc disse parecia bem REZA p 24 Observe se que esse n o um procedimento pontual no di logo mas sim uma regra de composi o A fun o da linguagem chamada por Roman Jacobson de metalinguistica usada para comentar o pr prio c digo em uso adquire nesse texto um valor emotivo colocando cada fala sob um foco de suspei o Marcos Engra ado voc dizer o artista S rgio Voc quer que eu diga o qu REZA p 43 A pergunta o que voc quer dizer com isso e a negativa voc n o pode dizer isso ressoam sob cada fala como um estribilho um motivo recorrente que enfatiza o car ter performativo das trocas verbais o modo como a linguagem atua estabelecendo o espa o agon stico das rela es Marcos na minha poca voc jamais teria comprado esse quadro S rgio O que significa na minha poca REZA p 84 O di logo explora as rea es das TABULEIRO DE LETRAS personagens s falas alheias ou seja seu efeito perlocucion rio da extraindo por ac mulo um tipo de humor baseado no estranhamento Com uma aten o quase monomaniaca cada um dos amigos vigia constantemente o discurso do outro colocando sob suspeita mesmo frases e express es aparentemente banais S rgio Que nos oferecia Ser que voc n o percebe o que diz Que nos oferecia Sempre em fun o de si mesmo Aprenda a gostar das pessoas por elas mesmas Marcos Marcos O que sign
107. L Minist rio da Educa o e do Desporto Guia de livros did ticos PNLD 2012 l ngua estrangeira moderna Bras lia Minist rio da Educa o Secretaria de Educa o B sica 2011 BROWN H D Principles of language teaching 4 ed New Jersey United States of America Prentice Hall Regents 2000 BYRAM M et al Developing the intercultural dimension in language teaching a practical introduction for teachers Strasbourg Council of Europe Language Policy Division 2002 CANALE M SWAIN M A theoretical framework for communicative competence In PALMER Adrian GROOT Peter TROSPER George Ed The construct validation of tests of communicative competence Washington DC USA Tesol 1981 p 31 37 TABULEIRO DE LETRAS CONSELHO DA EUROPA Quadro europeu comum de refer ncia para as l nguas aprendizagem ensino avalia o Colec o Perspectivas Actuais Educa o Porto Portugal Edi es Asa 2001 DAMI O H A escola como espelho da sociedade De Rerum Natura Dispon vel em lt http dererummundi blogspot com 2008 08 escola como espelho da sociedade html gt Acesso em Jul 2011 DAVIES A The native speaker in applied linguistics In DAVIES A ELDER C ed The handbook of applied linguistics United Kingdom Blackwell Publishing Ltd 2004 p 431 450 DELORS J Learning the treasure within Report to UNESCO of the International Commission on Education for the Twenty first Century Paris Unesco 1996
108. LETRAS anteriores sem mais novidades a nao ser as ruinas que aos poucos as invadiam A maior produ o dos habitantes diz o Autor consistia em sal farinha de mandioca madeiras de pesca de garoupa para abastecimento da cidade do Salvador Havia a constru o de barcos rudimentares ou reparos nos que j estavam feitos assim como no amanho de r des tal como se fazia nos s culos 16 e 17 Os principais habitantes tinham propriedades geralmente situadas s margens do rio Buranhem p 329 Francisco Vicente Vianna em Mem ria sobre o Estado da Bahia 1893 p 102 apresenta a popula o de Porto Seguro nos anos de 1872 e 1892 POPULA O DE PORTO SEGURO ANO 1872 1892 TOTAL 3168 4246 Houve em 20 anos apenas um acr scimo de 1078 pessoas 5 Sobre popula es ind genas da Bahia no final do s culo XIX Em artigo de 1988 informa Hildete da Costa D ria o que segue sobre os ind genas no sul da Bahia 1 Santa Cruz na foz do rio Jo o de Tiba munic pio de Santa Cruz Cabr lia munic pio de Porto Seguro 1861 habitavam ndios botocudo mansos integrados 2 Vila Verde margem direita do rio Buranhem munic pio de Porto Seguro habitavam ndios Mogoi e Botocudo mansos integrados que viviam dispersos pelas matas da Vila j que suas terras se encontravam em poder da C mara 3 Trancoso na foz do ribeiro de Trancoso munic pio de Porto Seguro ndios de etnia n o mencionada civil
109. Penha 30 l guas costa Seguro e suas vilas despovoada e ae de Caravelas 125 380 gentios Governo eclesiastico ligado ao Rio de Janeiro e o civil Bahia Assim uma vez que Vilhena escreve suas famosas e informativas cartas em 1789 haveria na Comarca de Porto Seguro 1210 almas TABULEIRO DE LETRAS Tudo indica que Vilhena n o considerou nem os gentios nem os escravos de 114 vizinhos no final do s culo XVI para 1210 almas ao fim do XVIII Almeida Prado 1945 p 326 ao se referir a Thomas Lindley apresenta alguns de seus depoimentos sobre Porto Seguro do inicio do s culo XIX pobreza geral de Porto Seguro e repetia o que tres s culos antes dele escrevia o primeiro administrador luso do Brasil quando asseverava a El rei que as melhores minas do Brasil estavam na agricultura Isso por conta dos abundantes cursos de gua para o transporte de seus produtos uma refer ncia ao Rio Grande que marcava o limite da Capitania com a de Ilh us e que segundo Lindley estava inexplorado Tamb m A sede da capitania segundo o viajante aprezentava aspecto pior que a cidadezinha de Caravelas no extremo sul de Porto Seguro na raia de Esp rito Santo Um dos melhores edificios era a resid ncia do governador civil por ter sido o antigo col gio dos jesu tas p 327 Almeida Prado id p 328 faz uma refer ncia ao trabalho do capit o mor Jo o da Silva Santos sob o t tulo Mapa e Descrip o da Cost
110. Santos 1969 A Bahia no s culo XVIII v II ed Itapu TABULEIRO DE LETRAS A interculturalidade nos livros did ticos de ingl s Victor Ernesto Silveira Silva RESUMO Segundo estudos recentes as abordagens de ensino de l ngua inglesa t m se modificado bastante devido situa o da l ngua na atualidade l ngua global e world Englishes e s not rias revolu es nos meios de comunica o e tecnologias que t m facilitado o contato entre pessoas de l nguas e culturas diversas nesse contexto o ensino e aprendizado do ingl s devem levar em conta essas situa es interculturais para que os tra os socioculturais que caracterizam os falantes se tornem na verdade aspectos relevantes para a compreens o m tua e a autovaloriza o Essa perspectiva intercultural componente da compet ncia comunicativa intercultural CCT a qual tem sido divulgada por v rios estudiosos da contemporaneidade sobretudo Byram 2002 Oliveira 2010 uma das difusoras da CCI no Brasil e defende a promo o do ensino de ingl s que envolva o desenvolvimento da CCI e o respeito s variedades de ingl s faladas no mundo Fundamentada principalmente nas propostas de Byram CCT e de Kachru world Englishes a autora desenvolveu um checklist para identificar pontos de converg ncia entre livros did ticos de ingl s e as propostas de ensino e aprendizado da l ngua na atualidade O presente artigo apresenta uma an lise de duas cole es de
111. Speech 1 Introdu o Esse trabalho investiga sob a perspectiva da Sociolingu stica Interacional a organiza o discursiva de quatro narrativas orais feitas por uma crian a Assumimos a l ngua como o lugar da intera o nas quais constru mos e reconstru mos o mundo e nas quais se fazem presentes todos os elementos constituidores dos contextos Ribeiro e Pereira 2002 os Departamento de Portugu s da Universidade de Macau robts umac mo TABULEIRO DE LETRAS asssuntos o ambiente as rela es de poder as diferentes linguagens os interlocutores A narrativa como recorte discursivo coloca se como um rico campo de an lise tanto no que se refere sua organiza o sem ntico estrutural quanto no que se refere ao acesso que permite ao universo sociocultural dos interlocutores No trabalho defendemos que a rela o entre ci ncia teoria m todo e objeto n o se d nas exterioridades A teoria e o objeto por exemplo se confundem formam um todo tanto a teoria vai sendo construida a partir do objeto que aborda quanto o objeto abordado se concretiza sob a perspectiva trazida pela teoria que o estuda Da mesma forma nesse ngulo importante referir ao que j foi chamado de paradoxo do observador N o nos parece paradoxal agora considerar que o investigador o respons vel pela condu o dos trabalhos tamb m se imprima inevitavelmente na sua produ o cient fica O trabalho cientifico realizado p
112. TRAS altamente esclarecedora Pois identifica quais s o as ra zes hist ricas da degrada o social do homem de cor no seio do novo sistema econ mico a perpetua o indefinida de padr es de ajustamento racial que pressupunham a vig ncia de crit rios anacr nicos de atribui o de status e pap is sociais ao negro e ao mulato FERNANDES 2008 1964 p 303 Essas variadas refer ncias ao escravismo e ao homem negro escravizado exp em a complexidade da conjuntura s cio hist rica do pr e p s aboli o se por um lado no DRB n o havia sinonimia entre essas categorias supracitadas por outro lado nas pr ticas sociais efetivas j havia uma rela o de transfer ncia de sentidos O imbr glio em torno da quest o racial brasileira est ligado a essa imprecis o de termos e defini es a sociedade do p s aboli o conviveu simultaneamente com a ideia do escravo propriedade e com a ideia do negro cidad o N o obstante do ponto de vista te rico a associa o entre o homem escravo e o homem negro n o era ainda objeto de reflex o para os intelectuais da poca Com a extin o do regime escravocrata ocorrem mudan as definitivas no modelo de sociedade que de estamental passa a organizar se em classes fazendo com que se iniciem os questionamentos sobre como proceder na nova ordem social mas tamb m sobre como se davam as rela es na velha ordem social A sociedade ao se desmitificar sofre a convulsiva p
113. VA R Discurso G nero e Identidade An lise da Fala de um Travesti Disserta o de Mestrado Departamento de Letras PUC Rio 1997 TABU LEO DE LETRAS A hip tese do discurso na marca o da morfologia de tempo e aspecto no processo de aquisi o de portugu s L2 Cust dio Martins RESUMO Este trabalho analisa a Hip tese do Discurso BARDOVI HARLIG 1998 no processo de aquisi o e marca o da morfologia de tempo e aspecto no processo de aquisi o do portugu s como L2 Os v rios estudos nesta rea t m se centrado como sabemos na Hip tese do Aspecto No entanto outros trabalhos ANDERSEN 2002 COMAJOAN 2005 t m defendido a import ncia do discurso e da sua organiza o para o desenvolvimento da morfologia verbal em L2 De acordo com os pressupostos da Hip tese do Discurso a estrutura narrativa cont m eventos foreground e eventos background Os eventos foreground contribuem para o avan o da narrativa os eventos background constituem o material de suporte para os eventos foreground sendo a morfologia verbal um dos elementos distintivos da estrutura da narrativa A no o de telicidade associada marca o de eventos perfectivos ocorre primeiro e predominantemente em foreground enquanto os eventos at licos occorrem em background Os dados em an lise revelaram resultados contradit rios relativamente a outros estudos Cf MARTINS 2008 na medida em que o pret rito imperfeito surge associado a contextos
114. a o enunciativa o fato de que fala com algu m e para algu m de que n o apenas perpassada e motivada pelo discurso do outro mas que recebe desse discurso a pr pria raz o de ser e de estar em cena No di logo dram tico a personagem funda se exclusivamente nas trocas verbais na sua posi o de interlocutor no fato de ser o outro de uma outra personagem Ela fala para com algu m logo existe como sujeito de uma rela o dial gica Sua condi o para existir co existir ser o sujeito de uma r plica que alimenta a cadeia de enuncia es Se sem o outro n o h drama tampouco h possibilidade de exist ncia TABULEIRO DE LETRAS No entanto sendo o discurso no drama constituido majoritariamente pela heterogeneidade enunciativa pela diferen a de pontos de vista expressos nas falas de personagens que expressam vozes sociais e hist ricas curioso que o conceito de dialogismo tenha pouca frequ ncia ainda hoje no campo dos estudos de dramaturgia Uma poss vel raz o para isso deve se ao fato do termo ter sido enunciado pelo fil logo russo Mikhail Bakhtin no mbito de seus estudos sobre a narrativa em particular em sua teoria do romance importante observar por m que gra as publica o de v rios textos in ditos do autor sobretudo a partir de 1979 esse e outros conceitos que alicer am seu conjunto de obra v m sendo submetidos a revis o e amplia o No pref cio edi o francesa de Est tica da Cr
115. a a qual deve realizar pacientemente As lembran as que v m a lume representam apenas um fragmento de mem ria pois esta um cabedal infinito A mem ria aparece ent o como um dom para iniciados e a anamnesis a reminisc ncia como uma t cnica asc tica e m stica Tamb m a mem ria joga um papel de primeiro plano nas doutrinas rficas e pitag ricas Ela o ant doto do Esquecimento No inferno rfico o morto deve evitar beber no Letes mas pelo contr rio nutrir se da fonte da Mem ria que uma fonte de imortalidade LE GOFF 2003 p 434 Para os povos latinos a mem ria re ne as percep es dos sentidos sendo por meio da reminisc ncia que estes s o constitu dos Os latinos viam da mesma maneira a forma o das imagens memorare que os gregos designavam por phantasia Na mitologia grega as Musas s o filhas da mem ria Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 As lembran as quando materializadas em imagem trazem consci ncia aquele momento da vida que nico que n o ser repetido pois irrevers vel O ato de lembrar evocativo porque ocorre por via da mem ria Para Bergson apud BOSI 1987 p 10 do presente que parte o chamado ao qual a lembran a responde Na luta entre a mem ria anamnesis e o esquecimento
116. a o qual traz uma rela o de Porto Seguro em 1803 dando ideia do seu estado no mesmo momento em que Lindley visitava a capitania Eis o mapa de Porto Seguro Havia na rua do Col gio trinta casas das quais tr s sobrados entre ch os devolutos de ambas as partes Continuando alargava se e tomava o nome de Miseric rdia porque ia ter ao hospital com 24 casas das quais duas de sobrado e alguns ch os batidos Voltando pelo lado oeste a forma meio quadro estreitava se e tomava nome de S Sebasti o com 32 casas e nella t o bem h bastante ch os devolutos Ao lado da Miseric rdia via se na parte oeste um largo terreno onde fora a antiga matriz e nas proximidades mais duas ruas a Nova com 18 casas e em outra muito curta mais 15 Nisto consistia a povoa o com as mesmas igrejas e capelas dos s culos gt Lindley um ingl s que em viagem que tinha como destino o cabo da Boa Esperan a foi for ado a arribar na Bahia em 1802 para refazer se dos temporais e depois de um m s de estadia foi para Porto Seguro para seguir viagem para o Rio de Janeiro Este ingl s passou por averigua es ficou detido por com rcio ilegal de pau brasil ouro e diamantes conseguindo a liberdade em 1803 De volta Inglaterra publicou o livro Narrative of a voyage to Brazil termination in the seizure of a British vessel and the imprisonment of the author and the ship s crew by the Portuguese TELLES p 159 TABU LEO DE
117. a an lise 3 2 Tratamento dos dados A metodologia aqui empregada a tradicionalmente usada em pesquisas sociolingu sticas de natureza qualitativa A partir da observa o e an lise meticulosa de TABULEIRO DE LETRAS elementos lingu sticos dos nossos dados inseridos no contexto interacional do qual resultou nosso corpus vamos inter relacion los e interpret los Erickson 1996 Tannen 1994 5 explica que essa metodologia envolve um exame minucioso de casos individuais de intera o Atrav s desse tipo de abordagem poss vel trazer tona muitos elementos normalmente n o percept veis em intera es face a face Quental 1996 Vamos ent o comentar dois processos a orienta o para a obten o do corpus e o corpus real obtido que imp s mudan as de perspectivas da parte do pesquisador A escolha dos interlocutores teve como base os diferentes graus de intimidade com o aluno Assim passamos de uma rela o com um maior grau seu colega at uma com menor grau o coordenador da escola Al m disso pretendiamos verificar tamb m como ele lidava com ouvintes que estavam em posi es tamb m graduadas de poder em rela o a ele E por fim quer amos analisar se haveria diferencia o e import ncia o maior ou menor grau de contato do aluno com seus interlocutores Desse modo chegamos a tr s tra os m nimos caracterizadores dos interlocutores ouvintes poder intimidade e contato Eles fica
118. a de sucesso pol tico Observa se pela maneira como o autor o descreve tratar se de um sujeito realizado Na semi tica as modalidades virtualizantes dever e querer instauram o sujeito e as atualizantes poder e saber o qualificam para a a o posterior O sujeito definido pelo dever ou pelo querer fazer chamado sujeito virtual se na organiza o modal de sua compet ncia incluem se tamb m o saber e ou o poder fazer tem se um sujeito atualizado ou competente qualificado para fazer S o fazer o torna sujeito realizado Edna filha do ndio Mar al possui uma cida posi o cr tica em rela o aos equ vocos provocados pelos governos em face da Reserva Tendo opini es convictas ela se mostra uma lutadora por seus pontos de vista particularmente da defesa da mulher dos kaiow e de seu pr prio grupo os guarani estudante de hist ria e professora na aldeia Labuta pela implanta o do ensino na l ngua nativa para a alfabetiza o das crian as MEIHY 1991 p 204 TABULEIRO DE LETRAS A professora Edna de Souza nos apresentada como filha do ndio Mar al l der de reconhecimento internacional que foi assassinado em novembro de 1983 na Aldeia Campestre municipio de Antonio Jo o MS durante o processo de reocupa o pelos ind genas de Mato Grosso do Sul dos seus territ rios tradicionais Pode se perceber tendo por base os lexemas cr tica opini es convictas lutadora e labuta que estamos diant
119. a marca o do pret rito perfeito sendo os verbos do tipo processo que mais favorecem a sua marca o com um peso relativo de pr 84 contrariamente s previs es da Hip tese do Aspecto que aponta os verbos t licos como aqueles que recebem morfologia padr o antes dos at licos no caso do perfectivo Os dados no quadro 7 apontam para que os pontos favore am a marca o do pret rito perfeito com um peso relativo de pr 63 No entanto o n mero de dados bastante reduzido para que se possam retirar conclus es s lidas quanto ao papel desta classe lexical 4 2 Pret rito Imperfeito No quadro 8 apresentamos os resultados da an lise dos dados relativamente marca o do pret rito imperfeito em contextos foreground e background semelhan a do que hav amos j feito para a marca o do pret rito perfeito Quadro 8 Grounding Background Pre e 113 166 Jos 07 407 719 TABULEIRO DE LETRAS Os dados no quadro 8 revelam que os eventos background n o favorecem a marca o do pret rito imperfeito S o o eventos foreground que favorecem essa marca o com um peso relativo bastante significativo de pr 79 Tamb m para a an lise relativamente ao pret rito imperfeito adoptamos a mesma estrat gia de cruzar a vari vel grounding com as vari veis 1 n mero de anos de aprendizagem 11 l ngua materna 111 tipo de instrumento No quadro 9 apresentamos os resultados do cruzamento das vari veis groun
120. a t o conturbada da recente hist ria da It lia em especial do per odo da Resist ncia quando o pa s se dividiu entre um Sul j libertado pelas For as Aliadas e um Centro Norte ainda sob o dominio dos fascistas mas se TABULEIRO DE LETRAS dividiu principalmente entre fac es de esquerda e de direita que se combateram ferozmente Como registrou em versos Riccardo Bacchelli 1945 p 20 no calor da hora a dor da It lia mais que verdadeira Exausta e alquebrada pela f ria b lica prostrada violentada e devastada abaixa as armas que segurar n o pode mais que caem ou joga e que a obrigam a ceder mais uma vez aguenta os estrangeiros a guerrear entre si sobre seu corpo coberto de tormentos e ru nas Promovendo ou sofrendo de guerra e paz somente os danos lucra a infeliz e se tantas desgra as a pior fecundar o a guerra civil nefando o fratric dio de seus filhos que disso ao menos fosse ela poupada Eu nasci em 1950 numa It lia em plena fase de reconstru o naquela N poles que se libertara sozinha do ex rcito alem o e passava minhas f rias em Piedimonte del Calvario distrito de Gorizia n o muito longe de Casarsa no Nordeste do pa s onde noite ao redor da mesa da cozinha da casa de minha tia ouvia outros relatos daquela guerra os da luta partisan na qual perecera o irm o mais velho de meu pai No centro de Gorizia cidade dividida entre a It lia e a Iugosl via
121. al se ancora nas pr ticas jur dicas ou mais precisamente nessa forma plenamente visivel da autonomia P CHEUX 1997c p 182 a que corresponde o sujeito de direito em nossa sociedade O efeito de onipresen a do discurso juridico atua produzindo um sujeito mensur vel cujo crit rio de medida exatamente a submiss o lei A este respeito Miaille apud LAGAZZI 1988 explica como nas sociedades capitalistas opera um imagin rio jur dico respons vel por deslocar as normas jur dicas do modo de produ o para o cotidiano das rela es sociais Em outras palavras tudo se passa como se o pr prio homem fosse a fonte do direito capaz de regular e implantar a justi a Dessa maneira amparado pelo principio da isonomia jur dica este sujeito de direito tanto pode ser todos como pode ser qualquer um TABULEIRO DE LETRAS Ao dirimir as especificidades individuais o tom generalizante da premissa jur dico liberal n o d espa o interpreta o ou d vida compondo o que a sociedade e n o s a universidade frisa se avalia como um discurso leg timo Esse contorno jur dico confere lhe por conseguinte um efeito de verdade cuja origem ningu m sabe assinalar mas todos reconhecem como veross mil corroborando o que diz Foucault 2004 1996 p 22 grifos do autor discursos que indefinidamente para al m de sua formula o s o ditos permanecem ditos e est o ainda por dizer Dessa man
122. am 8 para cada variante No final do ano eu e minha fam lia ESTAREMOS VIAJANDO e No final do ano eu e minha fam lia VAMOS ESTAR VIAJANDO O Gr fico 1 a seguir ilustra melhor os resultados TABULEIRO DE LETRAS Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 Gr fico 1 Variantes e proje o de futuridade total dos dados em percentuais Presente Perifr IR pres Per fr IR fut Futuro simples Ger fut q Ger perifr T T T T Depois Amanha Nasemana Nofinal do Daquiadois Quando que vem ano anos crescer me formar Percebe se que a variante presente do indicativo usada apenas em contexto de futuro iminente onde prevalece em rela o s outras variantes ou de futuro imediato e pr ximo As variantes gerundivas s o usadas apenas no contexto de futuro distante e s o minoria frente s outras variantes Portanto a concorr ncia existe de fato em toda a escala de proje o de futuridade considerada entre as variantes futuro simples e futuro perifr stico esta ltima podendo ser com o verbo ir no presente ou no futuro mais o infinitivo Em rela o quest o em que os alunos deveriam escolher a variante que n o usariam a frase foi Nas minhas f rias eu BRINCAREI SAIREI muito
123. ana vou viajar irei viajar para o exterior c a forma de presente Na pr xima semana viajo para o exterior d as formas perifr sticas com o verbo estar no futuro simples ou no futuro perifr stico ger ndio Na pr xima semana estarei vou estar irei estar viajando para o exterior Estas ltimas tamb m conhecidas como formas gerundivas v m sendo combatidas pela m dia e por instrumentos gramaticais e escolares o que demonstra serem essas variantes estigmatizadas socialmente Observa se mesmo uma guerra contra o gerundismo Ao contr rio a forma de presente e as formas perifr sticas com o verbo ir infinitivo s o desprovidas de estigma social e chegam a ser mencionadas em gram ticas e manuais escolares ainda que em notas e com a informa o de que indicam um futuro pr ximo ao ato de fala cf OLIVEIRA 2006 Este trabalho na linha de pesquisa Varia o e Mudan a Lingu stica no Portugu s investigou a percep o das formas de futuro verbal na cidade de Feira de Santana BA fruto de uma pesquisa realizada em escolas das redes p blica e particular dos n veis fundamental e m dio da cidade e na Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS com estudantes do 2 e dos ltimos semestres do curso de Administra o de Empresas Participaram da coleta de dados as estudantes bolsistas da UEFS Adriana Santana Joseane Ara jo e Laila Kelly de Jesus TABULEIRO DE LETRAS Os teste
124. ara interlocutores de sua rela o a um colega seu b sua m e c um professor seu d o coordenador de seu col gio As hist rias foram colhidas atrav s de grava o em fita cassete O aluno ficou respons vel por convidar a pessoa preparar o gravador acion lo e ent o desenvolver seu texto A primeira narra o foi feita m e e ocorreu no ambiente familiar do aluno estava presente tamb m o pai e n o houve qualquer interrup o As tr s seguintes ocorreram no ambiente escolar na seguinte ordem primeiro para o professor depois para o coordenador e por fim para um colega seu Nesses ltimos tr s momentos na grava o s permaneceram na sala o informante e seu interlocutor Assim obtivemos as quatro narrativas constituidoras de nosso corpus fundamental considerar por fim que estamos lidando aqui n o com narrativas de experi ncias pessoais Linde 1993 mas com o recontar de uma narrativa ficcional Nesse sentido temos de ter outro olhar Entretanto em toda narrativa n s nos marcamos N o existe neutralidade na l ngua Al m disso tamb m n o se trata de uma narrativa espont nea Pelo contr rio ela foi pedida solicitada e foi contada em situa es programadas em termos de participantes de hor rio e de espa o e esta claro aos participantes quem dever ter a palavra Esses aspectos j estavam previamente decididos Tudo isso precisa ser levado em considera o na constitui o do objeto da noss
125. bilita que em dois momentos hist ricos t o distintos per odo pr aboli o da escravatura e contemporaneidade ser escravo e ser negro signifiquem de forma recorrente pressupondo a inferioridade negra Esse movimento parafr stico somente poss vel porque esses enunciados est o inscritos em uma FD espec fica a FD Liberal cuja matriz argumentativa est associada dentre outros ao princ pio da igualdade sem distin es inclusive raciais a express o igualdade para todos funciona assim como n o h desigualdades Se em termos discursivos o ineditismo mesmo uma fal cia essa equival ncia entre o escravo e o negro indica um aspecto importante da historicidade constitutiva das formas de textualiza o dos discursos sobre as rela es raciais brasileiras ao longo do s culo XX e s culo XXI o discurso liberal da igualdade para todos tem sido utilizado para atribuir ao indiv duo a responsabilidade por sua inadequa o social seja na condi o do homem escravo inadapt vel ao modelo republicano de sociedade seja na condi o do homem negro inadapt vel a determinados padr es sociais atuais Dessa forma a observ ncia desses deslizamentos de sentidos aponta para pr ticas parafr sticas como Os negros s o pregui osos Eu n o teria coragem de ser atendida por um m dico negro Voc confiaria em eleger um negro para presidente da Rep blica Negros s o pobre
126. blican discourse about national identity took around the affirmation of liberal legal discourse and the refusal of the discourse of scientific racism Thus the positioning of Brazilian intellectuals to join the legal discourse indicated above all the commitment of this social group with the consolidation of the republican project and consequently the choice of equal desracialized whose rules should be left exclusively to the State Today a university professor when the subject is grounded in the silencing of this pseudo scientific racialism to stand out against racial quotas it is encouraging discursively the continuity of the liberal tradition of the Brazilian academic discourse The re affirmation of legalism and liberalism undertaken by state indicates how this guy is challenging the current debate on the de racialization of national identity and its implications due after all the discourse of scientific racism was deleted only from the academic brazilian space continuing to the impact on everyday social relations including with regard to racial hierarchies as race sociological context is taken as fundamental analytic category for understanding social inequality in Brazil Key words Racial quotas Legal liberal discourse Racial discourse 1 Considera es iniciais As experi ncias de politica de cotas raciais no ensino superior brasileiro t m fomentado a intensa apari o do discurso sobre as cotas raciais Apesar do car ter
127. brasileira Palavras chave Cotas raciais Discurso jur dico liberal Discurso racialista ABSTRACT This article presents a reflection on the central role that the legacy of a liberal discourse of all and for all statement by a subject of law occupies in the history of the constitution of the Brazilian public discourse The historical investigation of the constituent membership of this subject took place from the theoretical perspective of Discourse Analysis in its line peuchetiana In order to assess the relationships between discursive and other contemporary texts produced in the nineteenth century the corpus is formed by the cross referencing between the liberal legal discourse present in current texts written about the racial quotas for university Este artigo integra a disserta o de Mestrado intitulada Afinal ra as existem ou n o Uma an lise do discurso sobre as cotas raciais enunciado por professores universit rios defendida no Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens da Universidade do Estado da Bahia em dezembro de 2010 sob a orienta o da Prof Dra Rosa Helena Blanco Machado 2 Professora da rede municipal e estadual de ensino na rea de Lingua Portuguesa Mestre em Estudo de Linguagens PPGEL UNEB E mail endiblu hotmail com TABULEIRO DE LETRAS professors and excerpts from an opinion on the emancipation of slaves written by Rui Barbosa The analysis shows that the construction of Repu
128. busca do sentido estudos discursivos S o Paulo Contexto 2008 GADOTTI Moacir A quest o da educa o formal n o formal Dispon vel em lt http www paulofreire org pub Institu SubInstitucional 120302349 11t003Ps002 Educacao_f ormal nao formal 2005 pdf gt Acesso em 15 out de 2010 GREIMAS A J amp COURT S J Dicion rio de semi tica S o Paulo Contexto 2008 HOUAISS A Dicion rio da l ngua portuguesa Rios de Janeiro Objetiva 2001 KRUPPA Sonia M P Sociologia da educa o S o Paulo Cortez 1994 LARA Glaucia Muniz Proen a O que dizem da l ngua os que ensinam a l ngua uma an lise semi tica do discurso do professor de portugu s Campo Grande MS UFMS 2004 LIMBERTI Rita de C ssia Pacheco Discurso ind gena acultura o e polifonia Dourados MS Editora da UFGD 2009 _____ Imagens do ndio discursos e representa es Tese de Doutorado defendida na FFLCH da Universidade de S o Paulo em 2003 MATTE Ana Cristina Fricke LARA Glaucia Muniz Proen a Ensaios de semi tica aprendendo com o texto Rio de Janeiro Nova Fronteira 2009 Brine Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH NUMERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 MEIHY Jos Carlos Sebe Bom Canto de morte kaiow hist ria oral de vida S o Paulo Loyola 1971 MOITA LOPES Luiz Paulo da Identidades fragmentadas
129. cada contar da hist ria o sujeito foi tomando uma posi o mais firme quanto ao destino do bando de rabudos Nesse sentido isto parece ter mais rela o com o pr prio ato de contar a hist ria do que com os diferentes interlocutores Sublinhe se por fim que a sequ ncia de fechamento tem em rela o de abertura um grau de tens o menor Afinal j se est no fim do discurso e o interlocutor j foi ou n o conquistado nos est gios anteriores A situa o est quase consumada Ent o parece se tornar um momento de menor desconforto menos conflituoso 4 2 Omiss o e altera o posicional de parte da estrutura Dentro da regularidade estrutural dos quatro textos vemos duas variantes muito significativas A primeira diz respeito omiss o de parte da estrutural inicial a segunda refere se ao diferente posicionamento de uma das catorze unidades da narrativa TABULEIRO DE LETRAS 4 2 1 Omiss o de parte da estrutura A tend ncia na repeti o de uma hist ria como o nosso caso que ela v se tornando mais r gida com as partes mais marcadas e menos diferenciadas a cada narra o Isso se comprova em nosso caso de maneira geral Entretanto h uma diferen a entre a estrutura da primeira hist ria contada a do texto A m e e a da segunda a do texto B professor Essa diferen a diz respeito omiss o de parte da estrutura do texto A para o texto B A partir do texto B n o ocorrem mais omiss es E
130. capricho universalidade s exce es m rito ao parentesco igualdade ao privil gio etc No que se refere formula o e circula o dos sentidos discursivos o que se deve enfatizar aqui que ao calcar se unicamente na alus o ao princ pio da igualdade formal essa nfase enunciativa dada equidade n o s torna injustific vel um sistema racialista como a pol tica de cotas raciais como tamb m p e sob o signo da d vida a aus ncia de igualdade material entre todos os cidad os brasileiros Tal desconfian a pode ser verificada no trecho em que se destaca o uso do verbo estar no futuro do pret rito O emprego de estaria assinala a mov ncia neste discurso que trata a situa o de desigualdade como uma suposi o algo que poss vel mas que ainda n o foi comprovado Outro tra o pertinente constitui o de sentidos a flex o no tempo presente dos verbos violar e ferir conforme foi destacado Essa flex o verbal confere ao enunciado um valor de verdade compreens vel e aceit vel a partir da defini o de Jespersen 1954 apud COROA 2005 p 41 para quem o tempo presente pode ser percebido como um ponto sem dura o definida que aponta sempre para frente e cuja extens o vari vel Ou seja a legitima o da carga sem ntica desses verbos fortemente ligados a um cen rio de viol ncia e agress o se d exatamente porque o emprego no tempo presente cria um mundo em que s o incontestavelmente frequent
131. cess rios para enfrentar os problemas econ micos da reconstru o e os problemas pol ticos da for a expandida das esquerdas Pasolini 1961 p 47 48 56 57 ao rever num cartaz desbotado o rosto de Pina Anna Magnani entrou no cinema e diante das imagens picas da cidade de Rossellini foi assaltado imediatamente pelas lembran as daqueles tempos her icos banhados pela luz da Resist ncia que logo deixou de brilhar Que golpe no cora o num cartaz desbotado Aproximo me olho a cor ja de outrora que tem o c lido rosto oval da hero na o esqualor heroico desse pobre opaco an ncio Entro logo tomado de um interno clamor decidido a tremer lembran a a consumir a gl ria de meu gesto Adentro o recinto na ltima sess o sem vida pessoas apagadas parentes amigos espalhados nos assentos perdidos na sombra em c rculos distintos esbranqui ados no fresco recept culo Logo nos primeiros enquadramentos me assalta e me arrasta intermittence du coeur Estou nos escuros Alcide De Gasperi um dos fundadores da Democracia Crist fins de 1942 foi Presidente do Conselho entre dezembro de 1945 e 1953 Rossellini retratou o encomiasticamente em Anno uno Ano um 1974 40 governo de coaliz o havia se formado depois das elei es para a Assembleia Constituinte 2 de junho de 1946 reunindo os republicanos e os tr s grandes partidos de massa Democracia Crist DC Partido
132. cola foi hasteada a meio pau minha irm explicou me o porqu daquela homenagem A luta da popula o napolitana foi levada para as telas por Giacomo Gentilomo em O sole mio 1946 e Nanny Loy em Le quattro giornate di Napoli 1962 evocada liricamente por Erri De Luca no romance II giorno prima della felicit 2009 e revivida por Giacomo Migliore nas p ginas de J ragazzi di Via Tribunali 2011 TABULEIRO DE LETRAS Aliados encontrava se o governo mon rquico chefiado pelo general Pietro Badoglio no Centro dominavam os alem es no Norte Mussolini apoiado pelos nazistas fundar a Rep blica Social Italiana ou Rep blica de Sal 23 de setembro de 1943 25 de abril de 1945 Na noite de 12 de setembro o coronel Scholl tomava posse da cidade e de seus arredores e nos dias seguintes obedecendo a ordens do F hrer que queria ver N poles reduzida a lama e cinzas dava in cio ao programa de deporta o em massa de homens para a Alemanha e destrui o sistem tica da cidade Cansada dos desmandos dos alem es a popula o local resolveu expuls los da cidade enfrentando uma luta ferrenha e sem tr gua No dia 1 de outubro quando o Ex rcito Aliado entrou em N poles disposto a enfrentar uma rdua batalha contra os nazistas pela conquista da cidade encontrou a acolh lo uma popula o festiva apesar da fome da sujeira e da destrui o reinantes Toda luta popular tem seus her is e n o foi diferente em
133. conceito de compet ncia comunicativa intercultural CCT difundido por Byram et al 2002 e World Englishes que vem sendo tratado sob a tica de Kachru 1991 Os LDs analisados fazem parte do rol de livros did ticos de ingl s sugeridos pelo Programa Nacional do Livro Did tico PNLD de 2011 BRASIL 2011 A metodologia que nortear a an lise aqui empreendida est ancorada na proposta de Oliveira 2010 que consiste em uma lista de itens que devem ser levados em considera o na escolha de um LD que esteja em conson ncia com as concep es que interligam LE interculturalidade e globaliza o 2 Globaliza o world Englishes e interculturalidade TABULEIRO DE LETRAS Segundo Oliveira 2007 os LDs s o muito criticados por apresentarem conte do tendencioso ou por n o se adequarem aos estudos contempor neos a respeito de LE e seu ensino Na verdade ap s o advento da CC a maioria dos LDs parece ter se firmado no ensino comunicativo de l nguas com efeito a preponder ncia da CC ancorada na vis o primordial de Canale e Swain 1981 est expl cita nos Par metros Curriculares Nacionais para o Ensino M dio de l ngua estrangeira moderna BRASIL 2000 embora outros linguistas tenham criticado e reconstru do a concep o de CC nas d cadas de 80 e 90 BACHMAN 2003 BYRAM 2002 GENESEE 1984 A d cada de 90 marca o fim de um s culo de avan os cient ficos e o in cio de uma poca caracterizada pela insubordina
134. constitutiva da pessoa pois implica em reciprocidade que eu me torne tu na alocu o daquele que por sua vez se designa por eu BENVENISTE 2005 p 286 Mas essa autoapresenta o do locutor como sujeito s tem efeito performativo se referida a eu aqui agora sempre no tempo presente que se d a unifica o entre sujeito e locutor ou como afirma Benveniste o tempo em que se est o tempo em que se fala Idem p 289 isso que permite a uma mesma personagem desdobrar se em outros sujeitos enunciadores no momento em que traz para o discurso presente a cita o de suas falas proferidas em outras condi es de enuncia o Como venho enfatizando desde As Estrat gias do Drama no di logo dram tico e c nico a linguagem torna se voz est associada indissoluvelmente a um corpo uma imagem humana Como foi dito uma linguagem encarnada efeito de sentido provocado pelo recorte sens vel antropom rfico que individualiza o sujeito da enuncia o fazendo com que cada palavra pare a brotar de um desejo uma vontade uma inten o Em sintese no drama n o se v a linguagem mas o agente que a produz Cf MENDES 1995 p 31 Devo agora acrescentar sob a luz do pensamento bakhtiniano que essa voz n o se faz ouvir sen o no concerto heterog neo de falas que d express o ao dissenso aos choques de valores aos combates entre diferentes pontos de vista Na hist ria de suas formas na sua r
135. ction Rafael Salaberry Yasuhiro Shirai eds The L2 Acquisition of Tense Aspect Morphology Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2002 p 107 129 PAOLILLO John C Analyzing Linguistic Variation Statistical Models and Methods CSLI Publications Center for the Study of Language and Information Stanford California 2002 TABU LZIRO DE LETRAS Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 SALABERRY M Rafael The Development of Past Tense Morphology in L2 Spanish Amsterdam John Benjamins Publishing Company 2000 SALABERRY M Rafael Tense and aspect in the selection of Spanish past tense verbal morphology Rafael Salaberry Yasuhiro Shirai eds The L2 Acquisition of Tense Aspect Morphology Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2002 p 397 416 SALABERRY M Rafael et al L2 acquisition of tense aspect morphology Rafael Salaberry Yasuhiro Shirai eds The L2 Acquisition of Tense Aspect Morphology Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2002 p 1 20 SEGALOWITZ Norman Automaticity and Second Languages Catherine J Doughty and Michael Long eds The Handbook of Second Language Acquisition Blackwell Publishing 2003 p 3 16 XIAO Richard et al Aspect in Mandarin Chinese A corpus based study Studi
136. ctos envolvidos na negocia o entre as partes quando da aquisi o dos servi os de determinada empresa existem nos textos dos contratos diferentes cl usulas que ir o compreender todos os n veis da negocia o juridica comercial Essas partes s o estabelecidas predominantemente de acordo com tr s dominios discursivos Para compreendermos tal constitui o textual v lido esclarecer esse conceito De acordo com Marcuschi 2008 o dom nio discursivo pode ser compreendido como uma esfera da vida social ou institucional religiosa jur dica jornal stica pedag gica pol tica industrial militar familiar l dica etc na qual se d o pr ticas que organizam formas de comunica o e respectivas estrat gias de compreens o Assim os dom nios discursivos produzem modelos de a o comunicativa que se estabilizam e se transmitem de gera o para gera o com prop sitos e efeitos definidos e claros Al m disso acarretam formas de a o reflex o e avalia o social que determinam formatos textuais que em ltima inst ncia desembocam na estabiliza o de TABU LEMOS DE LETRAS g neros textuais E eles tamb m organizam as rela es de poder MARCUSCHI 2008 p 194 Para o autor supracitado os dom nios discursivos ainda originam diferentes g neros e podem ser divididos nas seguintes categorias instrucional jornal stico religioso sa de comercial industrial jur dico publicit rio lazer in
137. cundam BARBOSA 1985 1884 p 636 grifos nossos Em que pese essa distin o efetuada pelo sujeito do DRB o jogo metaf rico pr prio da pr tica discursiva perpassa o deslizamento dos sentidos envolvendo as quest es raciais no Brasil fato constatado nesse movimento de transfer ncia de sentidos entre o homem escravo o escravo liberto o alforriado e o homem negro livre ontem e hoje Para melhor compreender como se d esse jogo de significa es preciso atentar que para a An lise de Discurso a rela o fundamental entre l ngua e hist ria marcada pelo equ voco o sentido sempre o mesmo e o sentido sempre outro A an lise do texto de Rui Barbosa em sua materialidade discursiva fornece elementos que possibilitam enxergar de que maneira a constru o dessa ideia de incapacidade de adapta o do homem negro escravizado ao trabalho livre caracter stico da sociedade moderna foi paulatinamente sendo re significada como uma ideia de inferioridade do homem negro livre Entretanto o deslizamento de sentidos caracterizado pela substitui o de uma ideia por outra n o implica no apagamento dos sentidos anteriores essa rela o entre o mesmo e o outro o que garante a presen a constitutiva da historicidade no discurso Assim o fato de haver uma propaga o de sentidos que inferiorizam o homem negro brasileiro n o quer dizer que apenas essa interpreta o seja poss vel mas sim que uma gama expressiva de d
138. d p 107 O verbo precisar e o sentimento de necessidade remetem a essa interpreta o de escolha for ada interessante observar que a a o dos ind genas de sair da escola para trabalhar embora pare a significar a princ pio uma op o uma escolha do pr prio sujeito que desenvolver a a o resolvem ir trabalhar avaliada pelo enunciador como um problema E J um problema porque s vezes trabalham a troco de roupa e de comida para eles receber uma roupinha ter onde dormir ter o que comer um arrozinho qualquer j est bom mesmo que para isso tenha que trabalhar quatro meses Jo o Machado ibid p 107 Segundo Limberti 2009 p 150 o emprego do diminutivo conota a insignific ncia da recompensa roupinha dinheirinho arrozinho O trabalho deixa de ser um meio de 6 subsist ncia para tornar se uma mercadoria a ser trocada O enunciado resolvem ir trabalhar que em outro contexto denotaria uma liberdade de escolha de que cada um deveria gozar aqui configura se como uma escolha for ada resultante de um processo de manipula o TABULEIRO DE LETRAS A manipula o se d em duas fases na primeira fiduci ria dos valores sem nticos o destinador leva o ndio a acreditar nele mostrando poder cumprir o contrato de encaminh lo para uma vida melhor atrav s do trabalho do estudo de uma nova religi o fazendo o destinat rio acreditar nis
139. d edu br TABULEIRO DE LETRAS A nossa proposta consiste em analisar fragmentos dos depoimentos do professor Jo o Machado e da professora Edna de Souza Ele poca com 30 anos de idade formado em Ci ncias Matem ticas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Centro Universit rio de Dourados CEUD ela contava com 40 anos de idade e cursava Hist ria nessa mesma Institui o Ao narrar suas hist rias de vida os professores abrigam no discurso texto outros temas al m do suic dio entre eles o da Educa o Formal Por m n o podemos perder de vista que o recorte na medida em que como assevera Lara 2004 p 35 n o s o dados a priori mas feitos pelo pr prio pesquisador n o s o totalmente isentos de subjetividade Como muito bem observa Greimas 1976 apud LARA 2004 p 51 52 A rela o do analista com o texto que ele interroga e manipula n o jamais inocente e a ingenuidade das perguntas que o analista faz ao texto n o passa de dissimula o Desse modo buscamos fazer uma leitura desses discursos textos entre muitas poss veis o que significa que n o temos de maneira alguma a pretens o de extrair o sentido nico e definitivo dos discursos textos em estudo nem dar conta da sua totalidade Como afirma Bertrand 2003 O texto com efeito aquilo que a leitura atualiza e o que a an lise constr i Contra a ilus o de uma explica o que esgotar
140. da Universidade de S o Paulo E mail neapolis bol com br TABU LEO DE LETRAS Pe quattro jurnate chi nun tene o fucile votta e pprete e quanno sta citta s liberata pe vicule e quartiere e abbascio o puorto ce restano e scugnizze ca so muorte Eugenio Bennato Canto allo scugnizzo No inicio de 1960 Pier Paolo Pasolini 1996 p 33 34 registrava numa cr nica cinematografica que tornou a assistir a Roma citta aperta Roma cidade aberta 1944 45 de Roberto Rossellini sobre o qual h tr s ou quatro anos escrevera em La ricchezza A riqueza Nesse poema falava das esperan as e dos ideais que haviam motivado os italianos especialmente os jovens no per odo final da Segunda Guerra Mundial esperan as e ideais tra dos pela pol tica dos anos posteriores Eram os ideais democr ticos que herdados do per odo da Resist ncia isto da luta pela liberta o do jugo fascista 8 de setembro de 1943 25 de abril de 1945 se dissiparam em 1948 quando as esquerdas foram afastadas do poder Segundo Ennio Di Nolfo 1986 p 269 As elei es de 1948 e o atentado a Togliatti marcaram o fim de uma poca da hist ria recente da It lia uma poca que havia sido dominada por trag dias esperan as e decep es As elei es confirmavam que no fundo a sociedade civil italiana ainda n o tinha mudado em rela o ao per odo anterior guerra Ter intu
141. da varia o do ingl s n o aventada na obra Existe um modelo de falante nativo subliminar eg existe uma se o para a pr tica de pron ncia exibindo um modelo do falante americano ingl s N o h exerc cios espec ficos de pron ncia Mas est evidente que o livro adota a variedade predominante nos Estados Unidos o chamado General American As atividades de pronuncia e audi o encorajam o aluno a valorizar a sua maneira de falar a l ngua de forma intelig vel Como Nas atividades de escuta como dito anteriormente h a predomin ncia do General American e os pr prios brasileiros que atuam nos textos orais possuem uma pron ncia id ntica americana N o h pelo menos de forma evidente o encorajamento ao uso intelig vel do ingl s independente de sotaque ANEXO A Checklist para an lise do livro texto ORIENTA O Para que os aspectos interculturais presentes no livro texto sejam considerados relevantes necess rio que pelo menos um ter o do material apresentado em formato de textos para leitura ou audi o fa a refer ncia a outras culturas e a outras formas de ver As atividades de discuss o devem levar o aluno n o somente a comparar culturas mas tamb m refletir sobre as semelhan as e diferen as Para as variedades de l ngua inglesa necess rio que pelo menos a metade dos falantes apresentados seja membro de outros grupos culturais onde a l ngua inglesa falada mas n o como l ngua
142. dade primeiro ao n vel do foreground com a marca o de perfectividade e s numa fase posterior ser alargada aos predicados verbais at licos A distribui o das classes sem nticas aspectuais ao n vel do background processa se segundo as previs es da Hip tese do Discurso tal como acontece com o foreground sendo que os predicados verbais at licos s o marcados no imperfectivo e primeiro do que os t licos Pela diversidade do p blico alvo do tipo de estudo do tipo de instrumentos de recolha de dados e tamb m pela diversidade ao n vel do tratamento estat stico e ou qualitativo dos dados obtidos em cada estudo da aquisi o da morfologia verbal encontramos na literatura conclus es discrepantes tanto ao n vel da Hip tese do Aspecto como da Hip tese do Discurso No que se refere Hip tese do Discurso mais concretamente encontramos duas perspectivas opostas que poder o ter relev ncia ao n vel da an lise dos dados que se debrucem sobre esta quest o em particular Ayoun et al 2005 p 271 consideram que a Hip tese do Aspecto mais relevante para os est dios de desenvolvimento da morfologia verbal mais avan ados porque como afirmam Ayoun e Salaberry 2005 p 269 during the initial stages of development L1 English speakers learning a romance language are guided by tense considerations as exemplified in their L1 Later on as they develop a larger database in the target language they begin to be more clearly g
143. das unidades s o independentes e perpassam pelos assuntos mais comuns na atualidade tais como aquecimento global obesidade c lulas tronco globaliza o entre outros As unidades se dividem de forma a contemplar cada uma das habilidades lingu sticas Reading Vocabulary In Use Grammar In Use e Language In Action a qual desenvolvida juntamente com o udio Ao final de cada unidade ha a se o In The Job Market na qual s o apresentadas profiss es muitas das quais exigem um conhecimento de ingl s Esse tipo de se o tem estado presente em v rios LDs da atualidade o que indica que o ensino de ingl s procura estar em conson ncia com os objetivos do ensino m dio que s o a prepara o para o trabalho A cole o UpGrade demonstra que ao desenvolver LDs de ingl s os autores est o mais preocupados com o aprendiz e n o com os falantes nativos da l ngua Este fato est expl cito no quadro 1 do AP NDICE A que apresenta a an lise da obra com o checklist proposto por Oliveira 2010 Embora a obra n o apresente mais modelos de uso de ingl s ou melhor variedades de ingl s not vel a relev ncia dada cultura geral brasileira e participa o de brasileiros falantes de ingl s nos textos orais O LD em quest o consegue incentivar o aluno brasileiro a utilizar o ingl s como ferramenta para discutir temas que ele conhece Essa proposta est bem pr xima da perspectiva intercultural pois proporciona ao aprendiz de l
144. dem o que poderia ser dito no enunciado mas deixa claro na enuncia o O sujeito que enuncia sabe conhece avalia e busca alternativas por isso me preocupo logo em ensinar a escrever o nome dele a segunda coisa que fa o ensinar alguns n meros para eles efetuarem pelo menos uma opera o a adi o eu sei que muitos destes logo n o v m mais Jo o Machado ibid p 107 A escola espa o institucionalizado no qual a educa o formal deveria se desenvolver tendo por finalidade conforme a LDB o pleno desenvolvimento do educando seu preparo para o exerc cio da cidadania e sua qualifica o para o trabalho parece que n o cumpre sua parte no contrato Assim o destinador priva o destinat rio da compet ncia que deveria atribuir lhe um saber e um poder fazer Decorrente dessa priva o n o se realiza a performance em que o sujeito que deveria ter sido qualificado na fase anterior estaria apto a realizar a a o e teria a san o que lhe conferiria o reconhecimento e a retribui o um emprego digno dinheiro etc Todavia mesmo que a educa o formal se configure como um dever os professores depositam nela a esperan a de uma vida melhor para os ind genas Na narrativa da professora Edna de Souza a educa o formal se manifesta como uma sa da para a sobreviv ncia do ndio como ndio Para o ndio sobreviver como ndio precisa dominar o c digo do branco Sabe para o ndio sobrevi
145. destino Do jeito dela minha m e n o deixou de estar dentre essas mulheres TABULEIRO DE LETRAS Sceiuscia In __ Riflessi da un paradiso scritti sul cinema Bergamo Moretti amp Vitali 2009 p 99 ___ Il sole sorge ancora In Riflessi da un paradiso scritti sul cinema Bergamo Moretti amp Vitali 2009 p 121 122 ____ Sotto il sole di Roma In Riflessi da un paradiso scritti sul cinema Bergamo Moretti amp Vitali 2009 p 258 259 CAPA Robert Ligeiramente fora de foco S o Paulo Cosac Naify 2010 FABRIS Mariarosaria A batalha das id ias a Segunda Guerra Mundial no cinema Revista USP S o Paulo n 26 jun jul ago 1995 p 138 147 O neo realismo cinematogr fico italiano uma leitura S o Paulo Edusp Fapesp 1996 FABRIS Mariarosaria CALHEIROS Alex Roberto Rossellini do cinema e da televis o S o Paulo Sesc S o Paulo CineSesc Centro Cultural S o Paulo Cinusp Paulo Emilio 2003 FABRIS Mariarosaria CALHEIROS Alex CALIL Carlos Augusto Esplendor de Visconti S o Paulo Centro Cultral S o Paulo Cinusp Paulo Emilio 2002 FILIPPO Eduardo De Napoli milionaria In I capolavori di Eduardo De Filippo 2 v Torino Einaudi 1973 v I p 151 238 ____ Le poesie di Eduardo Torino Einaudi 1975 MAFAI Miriam Pane nero donne e vita quotidiana nella seconda guerra mondiale Milano Mondadori 1989 MARCO Paolo De Polvere di piselli la vita quotidiana a Napoli durant
146. developed a checklist to analyze an English text book in order to identify intercultural approaches and the representation of varieties of Englishes in the backdrop of the text book This article presents an analysis of two text book collections Upgrade by Richmond editors and Prime by MacMillan Both collections are suggested by 2011 Text Book National Program in Brazil which recommends the text books that will be adopted in the next year The analysis is based in the checklist developed by Oliveira 2010 and as conclusion the data revealed that both collections seems to involve the interculturality into the activities of the book yet the text book needs to take into account the fact that English has now several varieties Keywords Text book Interculturality English World Englishes Professor do Instituto de Educa o Ci ncia e Tecnologia Baiano Campus Catu E mail sscorp yahoo com br 1 Introdu o Uma enorme gama de materiais did ticos tem incorporado o uso das m dias digitais e materiais multim dia na contemporaneidade No entanto o reinado do livro did tico LD parece estar longe do fim uma vez que este recurso um dos mais utilizados e difundidos nos sistemas de ensino na atualidade De fato a hist ria do livro did tico acompanha a hist ria da imprensa PAIVA 2011 e das publica es Dada a import ncia da palavra impressa para a civiliza o moderna o livro did tico tem desempenhado um papel proeminente na hi
147. di o utilizou se do referido peri dico como uma de suas tribunas na defesa da causa abolicionista em solo baiano gt Alguns historiadores afirmam que as alforrias ocorriam com mais frequ ncias nas datas importantes para os senhores propriet rios de escravos como por exemplo anivers rios nascimentos ou mortes nas fam lias DEIRAS Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH NUMERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 3 Um projeto em andamento Os textos publicados no Di rio da Bahia cristalizam a ideologia da poca dos seus autores e de uma comunidade associada em prol da liberta o dos escravos no Brasil Apesar do seu valor hist rico e documental infelizmente encontram se na emin ncia de desaparecer definitivamente dado o avan ado estado de degrada o do suporte rompe se ao simples toque das m os impedindo que as gera es atuais e futuras possam ter acesso a essa fonte de informa es hist ricas culturais sociais e lingu sticas reveladoras da consci ncia individual por m coletiva medida que ganha forma e exist ncia real nos signos lingu sticos criados por um grupo organizado no curso de suas rela es sociais As figuras 1 e 2 a seguir por si s dizem o que permanecer dessa fase da hist ria do Brasil armazenada nos exemplares do Di rio da Bahia caso nada seja feito no sentido de
148. diana O leitor espectador por certo j ouviu in meros relatos de pessoas reais que citam suas pr prias palavras uma enuncia o que cita outra enuncia o ocorrida em diferentes condi es de tempo e lugar falas por exemplo re citadas por algu m para demonstrar orgulhosamente como soube reagir altura diante de uma ofensa ou como soube argumentar com veem ncia frente a uma acusa o absurda entre outros casos O dramaturgo confia nesse conhecimento pr vio dos usos da linguagem que permite ao ouvinte completar a transi o aparentemente il gica entre N o disse uma palavra e a longa cita o do discurso proferido com os ecos de sua experi ncia de falante N o disse uma palavra para pedir que ele viesse N o disse uma palavra do que se esperava que eu dissesse Uma an lise minuciosa do di logo citado que aqui n o pode ter lugar deveria ainda distinguir outras vozes que atravessam a fala de No lia outros locutores que se fazem ouvir numa n tida demonstra o do car ter n o individual de toda enuncia o O gesto de desd m contido em quem n o tem com o que me pagar a mim n o me deve nada vem de uma voz coletiva que ressoa nas falas de in meras No lias A afirma o veemente Odeia sim Odeia sim senhor faz ouvir no interior dessa enuncia o a voz do filho ensaiando um protesto O que o dramaturgo faz representar o dialogismo j inscrito na linguagem O caso da nega
149. ding e n mero de anos de aprendizagem Quadro 9 An lise do Cruzamento das Vari veis Grounding e N de Anos de Aprendizagem Pret rito Imperfeito N de Anos de Aprendizagem Grouniline 373 652 Signific ncia 0 003 Log Likelihood 247 659 Os dados no quadro 9 revelam que os contextos foreground favorecem a marca o do pret rito imperfeito independentemente do n mero de anos de aprendizagem ainda que encontremos uma diferen a n o muito expressiva quanto ao peso relativo dos dois factores da vari vel n mero de anos de aprendizagem S o os aprendentes que tiveram mais exposi o aprendizagem que mais favorecem a marca o do pret rito imperfeito em contextos foreground com um peso relativo de pr 79 enquanto que os aprendentes no n vel mais inicial da aprendizagem favorecem a marca o do pret rito imperfeito nestes contextos com um peso relativo de pr 69 Olhando para os dados relativamente aos contextos background ainda que nenhum dos factores favore a a marca o do pret rito imperfeito verificamos que s o os aprendentes que mais exposi o tiveram aprendizagem da l ngua que apresentam um peso relativo mais desfavorecedor com um peso relativo de pr 37 enquanto que o outro grupo de aprendentes apresenta um peso relativo de pr 46 TABULEIRO DE LETRAS Cruzando as vari veis grounding n mero de anos de aprendizagem e tipo de instrumento cujos resultados apresentamos no quadr
150. dinheiro para pagar a conta b 32 chamar um pol cia f 33 e este prender o f 34 o policia levar Charlie Chaplin preso de novo f 35 um pouco depois o carro da pol cia parar f 36 e a rapariga entrar f 37 ela estar muito triste b 38 e de repente levantar se f 39 nesse momento haver um acidente f 40 e a rapariga e o Charlie Chaplin cair rua f 41 e conseguir fugir f TABULEIRO DE LETRAS excep o de 7 e de 23 um falante nativo recontaria esta cena favorecendo a marca o do pret rito imperfeito nos eventos background Como refere Comajoan 2005 54 a defini o da informa o no discurso n o tarefa f cil por ser dif cil por vezes interpretar o discurso dos aprendentes de L2 3 Metodologia O presente estudo decorre de outro mais alargado MARTINS 2008 A recolha dos dados foi feita em 2006 na Universidade de Macau Participaram no estudo 41 informantes Desses 14 s o do sexo masculino e 26 do sexo feminino Do total dos 14 informantes do sexo masculino 5 s o da Regi o Administrativa Especial de Macau da Rep blica Popular da China e 9 s o do continente chin s estudantes que participavam no Curso de Ver o promovido anualmente pela Universidade de Macau provenientes de universidades de Pequim e de Xangai Do total dos informantes do sexo feminino 13 s o da Regi o Administrativa Especial de Macau da Rep blica Popular da China e 14 s o do continente chin s Cf Quadro 2 Quad
151. do exp em o modo como cada uma delas atingida pelas falas alheias S rgio sozinho Ele n o gosta do quadro tudo bem Nenhuma ternura na sua atitude Nenhum esfor o Um riso pretensioso p rfido Um riso de quem sabe tudo melhor que todo mundo Eu odeio esse riso REZA 1998 p 11 Os solil quios por vezes em sequ ncia criam uma esp cie de caixa de resson ncia na qual reverbera o discurso do outro e ecoam os efeitos de seus atos de fala Marcos sozinho Ser que foi o Antrios a compra do Antrios N o O problema mais antigo Tudo come ou no dia em que n s est vamos discutindo a respeito de n o sei que obra de arte e voc usou com toda seriedade a palavra desconstru o N o foi tanto o termo desconstru o que me indignou mas o tom doutoral e pedante que voc usou A solenidade com que proferiu desconstru o Sem nenhum distanciamento sem humor sem um pingo de ironia voc meu amigo REZA p 46 Esses flashes de mon logo interior sucedendo aos entreveros verbais d o nfase ao principal recurso performativo utilizado na constru o do texto o efeito perlocucion rio das falas ou seja os atos realizados pelas personagens por dizer algo o modo como cada r plica atinge o interlocutor e a consequ ncia disso para o curso da a o Aqui importante lembrar a distin o feita por Austin entre os proferimentos que possuem um objetivo perlocucion rio como convencer
152. do ano eu e minha fam lia VAMOS VIAJAR e 23 dos dados com ir no futuro mais infinitivo No final do ano eu e minha fam lia IREMOS VIAJAR 7 As reda es e os question rios foram coletados entre os meses de julho e outubro de 2009 TABULEIRO DE LETRAS Para o futuro mais distante avaliado pelo uso da locu o adverbial daqui a dois anos tamb m prevalecem as formas perifr sticas com ir mais infinitivo 28 dos dados com ir no presente Acho que daqui a dois anos meu melhor amigo VAI FAZER nata o e 22 dos dados com ir no futuro Acho que daqui a dois anos meu melhor amigo IR FAZER nata o Finalmente para o futuro indefinido avaliado pelo uso da ora o adverbial temporal quando crescer me formar tamb m predomina o futuro perifr stico com ir no presente mais infinitivo com 42 dos dados Quando crescer me formar eu VOU SER muito feliz seguido do futuro simples com 35 dos dados Quando crescer me formar eu SEREI muito feliz As formas gerundivas futuro simples mais ger ndio e futuro perifr stico mais ger ndio apareceram apenas para o futuro menos distante no final do ano e para o futuro mais distante daqui a dois anos Neste ocorreram com percentuais de 19 Acho que daqui a dois anos meu melhor amigo ESTAR FAZENDO nata o e 11 Acho que daqui a dois anos meu melhor amigo VAI ESTAR FAZENDO nata o naquele os percentuais for
153. e Edna de Souza ibid p 213 214 Nesse contexto as representa es que os professores fazem da educa o formal se apresentam como um forte atrativo real ou imagin rio de acesso a um emprego A Grifos nossos TABULEIRO DE LETRAS qualifica o profissional se manifesta n o s como um valor mas tamb m como meio para a busca de equilibrio entre as culturas O estudo das narrativas dos professores nos possibilita compreender n o s a imagem a representa o criada sobre a Educa o Formal mas tamb m nos d uma oportunidade mpar de compreender a hist ria do contato desses grupos Guarani Kaiow e Terena com a sociedade que os envolve e entre eles mesmos no espa o fisico e social da Reserva Al m disso poss vel verificar as perdas as transforma es e os ganhos ocorridos durante anos de conviv ncia nem sempre pacifica 4 Considera es Finais A an lise dos depoimentos indicou que em virtude das necessidades configuradas como um dever fazer de luta pelos direitos a que os ndios est o expostos a Educa o Formal tem funcionado como uma ferramenta para a sobreviv ncia no contato embate com o n o ndio H uma expectativa de que por interm dio da educa o formal e consequentemente do dom nio da l ngua portuguesa diminua a assimetria existente entre ind genas e n o ind genas A educa o formal se apresenta tamb m como uma possibilidade de ascens o social
154. e Janeiro Nova Fronteira 1989 FIORIN Jos Luiz Linguagem e ideologia 8 ed rev e atual 2 imp S o Paulo tica 2005 TASULEIRO DE LETRAS n Estudo de Linguagens UNEB LE GOFF Jacques Hist ria e mem ria Tradu o de Irene Ferreira Bernardo Leit o Suzana Ferreira Borges 5 ed Campinas SP Editora da Unicamp 2003 MEIRELES Cec lia Retrato In Flor de poemas Rio de Janeiro Aguilar INL 1972 PESAVENTO Sandra Jatahy Palavras para crer Imagin rios de sentido que falam do passado Nuevo Mundo Mundos Nuevos n 6 2006 Dispon vel em lt http nuevomundo revues org document1 499 html gt Acesso em 3 jul 2010 QUEIROZ Rita de C ssia Ribeiro de A escrita autobiogr fica de Doutor Rem dios Monteiro edi o de suas mem rias Salvador Quarteto 2006 ROUSSET J Le journal intime Texte sans destinataire Po tique Paris n 56 p 435 443 1983 Eu n o vi mas me contaram Mariarosaria Fabris RESUMO A oralidade principalmente no ambiente familiar foi o modo mais imediato para tornar a evocar e transmitir aos que nasceram no segundo p s guerra os acontecimentos do per odo b lico Minha inf ncia foi de tal forma povoada pelas narra es dessa hist ria passada mas ainda t o presente que eu tinha a sensa o de t la vivido Com o passar dos anos mem ria familiar foram se acrescentando a leitura de relatos obras liter rias livros de hist ria e a vis o de v r
155. e de Holanda que define o Brasil do s culo XIX como um pa s preso economia escravocrata com os trajes modernos de uma grande democracia burguesa HOLANDA 1995 1936 p 79 e de Florestan Fernandes 2008 1964 que ponderando sobre a aboli o legal da escravid o indica que ela n o significou a imediata desvincula o do liberto de sua imagem de escravo Para esse autor essa rela o amb gua se manteve para o homem de cor que passou a ser vinculado ao status de liberto mesmo ap s o limiar do s culo XX Em plena fase de consolida o da ordem social competitiva e do regime de classes a popula o de cor subsiste numa posi o amb gua representada confusamente como se constitu sse um estamento equivalente aos ocupados pelos libertos na velha estrutura social Ora essa situa o esdr xula importante destacar que Fernandes 2008 ao fazer refer ncia complexidade em torno da identifica o e dos padr es de hierarquiza o racial no s culo XX dirige sua cr tica perman ncia de efeitos do escravismo enquanto sistema n o sendo feita men o a processos de discrimina o racial pr vios ao escravismo conforme apontado por outros autores como Hasenbalg 2005 1979 A alus o a Fernandes n o se configura como uma op o por este olhar te rico apenas como uma tentativa de demonstrar um dos muitos olhares sobre essa quest o em uma determinada poca TABULEIRO DE LE
156. e de um sujeito modalizado pelo querer fazer saber fazer e poder fazer pois conforme Fiorin 2008 p 115 s executa a a o de criticar defender opinar lutar labutar quem possui pr requisitos para isso Para realizar essas a es o sujeito deve ser dotado de compet ncias modais Para executar um fazer necess rio que o sujeito esteja de posse de no m nimo tr s desses elementos os quais a semi tica chama de modalidades querer dever saber poder Podemos at fazer aquilo que n o devemos mas s se quisermos soubermos e pudermos faz lo V se que Meihy 1991 constr i uma imagem positiva dos professores que se constituem discursivamente como sujeitos competentes e mais do que isso realizadores 3 Representa es dos professores sobre educa o formal Quer se tome a palavra educa o no sentido amplo de forma o e socializa o do indiv duo quer se tome no sentido restrito ao dom nio escolar educa o formal necess rio reconhecer que toda educa o educa o de algu m por algu m e ela sup e sempre uma manipula o LIMBER TI 2009 p 27 Na Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB est posto que a educa o abranger os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar na conviv ncia humana no trabalho nas institui es de ensino e pesquisa nos movimentos sociais e organiza es da sociedade civil e nas manifesta es culturais E que a educa o esc
157. e do Discurso os dados recolhidos dizem respeito a uma cena do filme de Charlie Chaplin Modern Times com base em tr s instrumentos i a narrativa oral 11 cloze iii narrativa escrita Os informantes visionaram a cena do filme duas vezes e recontaram na primeiro por palavras suas oralmente e depois por escrito tendo sido a ltima tarefa o preenchimento da tarefa cloze Os informantes n o tiveram qualquer acesso a dicion rios ou outros auxiliares durante a realiza o dos v rios testes Completaram a tarefa no tempo m ximo de 15 minutos Foram analisados 3526 formas verbais no pret rito perfeito e 885 formas verbais no pret rito imperfeito 4 A Hip tese do Discurso An lise dos Dados 4 1 Pret rito Prefeito A an lise dos dados em VARBRUL em rela o vari vel grounding no Quadro 2 revela que os eventos foreground n o favorecem a marca o do pret rito perfeito Os eventos foreground registam apenas um peso relativo de pr 51 para se poder considerar como relevante para o papel do pret rito perfeito neste tipo de contextos Por seu turno os eventos background desfavorecem a marca o do pret rito perfeito com um peso relativo de pr 45 Quadro 2 Grounding Background 2454 2940 446 604 0 45 TABULEIRO DE LETRAS Por forma a percebermos melhor a possivel interac o que a vari vel grounding possa ter com outras j identificadas em Martins 2008 como relevantes para a marca o do pret rito perfe
158. e l occupazione alleata 1943 44 Napoli Liguori 1996 NOLFO Ennio Di Le paure e le speranze degli italiani 1943 1953 Milano Mondadori 1986 PASOLINI Pier Paolo L anno del Generale Della Rovere In __ I film degli altri Parma Guanda 1996 p 21 23 Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 _____ Nessun film di cui parlare In I film degli altri Parma Guanda 1996 p 32 34 ___ Ta religione del mio tempo Milano Garzanti 1961 RUGGIERO Gennaro Breve storia di Napoli dalle origini al G7 Roma Newton 1996 SILVA Helenice Rodrigues da Rememora o comemora o as utiliza es sociais da mem ria Revista Brasileira de Hist ria S o Paulo v 22 n 44 2002 p 425 438 SPRIANO Paolo Le passioni di un decennio 1946 1956 Milano Garzanti 1986 VENE Gian Franco Vola colomba vita quotidiana degli italiani negli anni del dopoguerra 1945 1960 Milano Mondadori 1990 TABU LEO DE LETRAS A influ ncia do interlocutor na organiza o discursiva de quatro narrativas orais de crian as Roberval Teixeira e Silva RESUMO O trabalho investiga sob a perspectiva da Sociolingu stica Interacional a organiza o discursiva de quatro narrativas orais feitas por uma crian a Assumimos a l ngua como o lugar da intera o nas
159. e procedimento obter se ia como produto final uma edi o fac s mile do jornal cujas caracter sticas extrinsecas e intr nsecas seriam preservadas com o m ximo de fidelidade poss vel ao seu original A ado o da t cnica transfer ncia de suporte muito ben fica a documentos raros principalmente quando estes t m duplo valor enquanto suporte como deposit rio documental da mem ria da hist ria da TABULEIRO DE LETRAS imprensa no Brasil enquanto conte do intelectual seu valor reside em armazenar informa es hist ricas que registram as formas do homem conceber o mundo circundante Para que a transfer ncia de meio aconte a necess rio que os diretores dos arquivos respons veis pelo acervo reconhe am que os recursos dispon veis s o insuficientes para a conserva o do conhecimento intelectual e fisico do material impresso Depois desta tomada de consci ncia dever o desenvolver uma pol tica de preserva o do patrim nio documental atrav s da substitui o do suporte como parte de um programa geral de preserva o Mas infelizmente a quest o n o t o f cil de ser solucionada quanto possa parecer A cria o e a manuten o de vers es digitais de documentos envolvem custos elevados Faltam recursos econ micos que possam ser revestidos para este fim e falta principalmente uma pol tica de preserva o da mem ria cultural do pa s e lamentavelmente enquanto perdurar este estado de coisas os ce
160. edico Si eu n o fosse medico como seria util aos meus similhantes n o possuindo riqueza MEM RIAS f 15r 1 12 23 f 16r 1 1 15 De personalidade modesta Doutor Rem dios n o cultivava a ambi o n o almejava grandes postos na sociedade Achava a sua vida obscura N o me doe a obscuridade por quanto n o aspirei essas grandezas que umas vezes constituem a gloria outras vezes soffrimentos para alguns homens Estudei para n o ignorar mas n o para sobresair A minha natureza naturalmente ti mida n o impellia me para gran des e altos feitos MEM RIAS f 11r 1 4 12 Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 Fig 3 Caderno no qual constam as Mem rias do Doutor Rem dios Monteiro 4 Conclus o O discurso perpetrado em um texto memorial stico marcado por um desejo de verdade que resulta em verossimilhan as e credibilidade legitimado pela autoridade da fala da argumenta o e da ret rica Doutor Rem dios Monteiro ao escrever seu texto memorial stico deixava para sua filha uma narrativa marcada pelas suas cren as seus h bitos suas ideias de homem em seu contexto hist rico e social Segundo Pesavento 2006 on line neste momento de partilha de uma sensibilidade a capacidade mental de lembrar e ret
161. eira a saturada literalidade que termos como Constitui o Lei ou princ pio de igualdade apresentam na sociedade brasileira e singularmente no discurso contr rio s cotas raciais enunciado por professores universit rios inscrito na FD Liberal est relacionado ao movimento ideol gico de atribuir ao componente jur dico uma dimens o similar a de um deus ex machina preexistente e necess ria para a organiza o social brasileira como demonstra P cheux 1990 p 11 12 grifos do autor Espa o da artimanha e da linguagem dupla linguagem de classe secreta onde o bom entendedor encontra sempre sua salva o a lingua da ideologia jur dica permite conduzir a luta de classes sob a apar ncia da paz social os objetos ideol gicos s o sempre fornecidos concomitantemente com a maneira de se servir deles com a pressuposi o de seu sentido quer dizer tamb m com a sua orienta o O ato de fazer intervir essa mem ria jur dico liberal demonstra como esses discursos contr rios s cotas raciais produzem um efeito de unidade nacional condicionado concord ncia desses princ pios jur dicos Nesse contexto a perspectiva de racializa o da popula o brasileira defendida nos discursos favor veis s cotas raciais funciona como uma fragmenta o dessa unidade garantida pela Lei por esse motivo que o discurso de Rui Barbosa ancora se na defesa da liberdade para os escravos sem que seja feita a refer
162. eiras e problemas de sa de Al m disso critica o regime escravocrata vivido no Brasil e juntamente com ele as injusti as sociais do seu tempo Destarte pode se concluir que todo texto tem m ltiplas intencionalidades n o sendo desprovido de ideologias n o escapando disso o texto de Doutor Rem dios pois como afirma Barros 2004 p 188 Jo texto se organiza e produz sentidos como um objeto de significa o e tamb m se constr i na rela o com os demais objetos culturais pois est inserido em uma sociedade em um dado momento hist rico e determinado por forma es ideol gicas espec ficas como um objeto de comunica o REFER NCIAS BARROS Diana Luz Pessoa de Estudos do discurso In FIORIN Jos Luiz Org 2004 Introdu o lingu stica II princ pios de an lise S o Paulo Contexto 2004 p 187 219 BENJAMIN Walter A imagem de Proust In Obras escolhidas S o Paulo Brasiliense 1985 v 1 BENVENISTE Emile 1902 1976 Problemas de lingu stica geral II Tradu o de Eduardo Guimar es et al Campinas SP Pontes 1989 BOSI Ecl a Mem ria e sociedade lembran as de velhos 2 ed S o Paulo T A Queiroz Editora da Universidade de S o Paulo 1987 CITELLI Adilson Linguagem e persuas o 16 ed rev e atual 2 imp S o Paulo tica 2005 FERREIRA Aur lio Buarque de Holanda 1910 1989 Novo Aur lio s culo XXI o dicion rio da l ngua portuguesa 3 ed 4 imp Rio d
163. eis de serem recuperadas porque n o se disp e de outra c pia para proceder a comparation neste caso proceder se a transcri o fiel do documento assinalando com recursos previamente definidos as lacunas daqueles trechos que n o puderam ser recuperados 3 3 As primeiras considera es As buscas empreendidas no acervo do Arquivo P blico da Bahia resultaram em poucos frutos colhidos cinco exemplares do Di rio da Bahia correspondentes a 15 de julho de 1857 19 de novembro de 1875 29 de outubro de 1884 03 de maio de 1888 e 26 de maio de 1888 O acesso ao Acervo do Instituto Geogr fico e Hist rico da Bahia foi vetado Os resultados parciais colhidos na Biblioteca Central do Estado da Bahia s o mais animadores que os do Arquivo P blico da Bahia Foram encontradas v rias cole es do Di rio da Bahia Algumas se encontram completas outras incompletas algumas n o podem ser consultadas e outras infelizmente n o foram localizadas Conforme se p de observar na figura 1 e 2 o estado de conserva o dos exemplares do Di rio da Bahia encontra se em condi es prec rias Algumas cole es est o totalmente e outras parcialmente destru das Mas no geral o manuseio requer por parte do pesquisador muita cautela tica e um trabalho meticuloso no processo de recomposi o dos min sculos fragmentos que ainda sobrevivem das quatro p ginas que originalmente compunham cada exemplar a ser fotografado na tentativa de se te
164. eise Furtado As Estrat gias do Drama Salvador EDUFBA 1995 REZA Yasmina Arte Trad Z lia do Vale Rezende Brosson S o Paulo D rea Books and Arts 1998 TABULEIRO DE LETRAS A varia o do futuro verbal em portugu s teste de percep o atitude na cidade de Feira de Santana BA Josane Moreira de Oliveira RESUMO Neste artigo investiga se a percep o das formas de futuro verbal na cidade de Feira de Santana BA Experi ncias com pesquisa variacionista sobre o futuro verbal conduziram ao questionamento do problema da avalia o j mencionado por Weinreich Labov amp Herzog 1968 Assim elaborou se um procedimento para o registro da avalia o subjetiva desse fen meno controlando contextos estruturas e condi es de produ o lingu stica com base em t cnicas de pesquisa de atitudes previstas em Labov 1972 e Fasold 1987 Os testes de percep o atitude permitem captar generaliza es que revelam poss veis rela es entre avalia o subjetiva e motiva o para a sele o e o uso consciente de formas lingu sticas alternativas Para a pesquisa aplicou se um question rio a estudantes de escolas p blicas e privadas dos n veis fundamental e m dio e a universit rios no in cio e no final do curso de gradua o Considerando v rias proje es de futuridade o teste apresenta seis quest es em que o informante deve assinalar a express o que usaria em cada situa o e uma quest o em que deve assi
165. ela o com as inst ncias de poder e com o p blico de cada tempo e espa o o drama exibe voca o fortemente dial gica avessa tanto setoriza o ideol gica insiste no conflito de vis es na contra dic o quanto ades o irracional exige debate argumenta o disputa julgamento Se fato que cada palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam valores sociais de orienta o contradit ria BAKHTIN 2002 p 66 o drama oferece imagens desse espa o ag nico em que a linguagem constr i o mundo em que vivemos captando de prefer ncia seus conflitos e contradi es Apenas os que acreditam em uma nica forma de drama absoluto rigoroso ou que nome tenha podem em seguida TABULEIRO DE LETRAS afirmar que tal forma est em crise Mas poss vel ao contr rio conceber uma pr tica textual c nica e audiovisual que se reinventa continuamente e cujo principal combust vel a crise Refer ncias AUSTIN J L Quando dizer fazer palavras e a o How to do things with words Trad Danilo Marcondes de Souza Filho Porto Alegre Artes M dicas 1990 BAKHTIN Mikhail Quest es de Literatura e de Est tica a Teoria do Romance 4 ed S o Paulo HUCITEC Editora da UNESP 1998 CC V N Voloshinov Marxismo e Filosofia da Linguagem 10 ed S o Paulo HUCITEC 2002 __ Est tica da Cria o Verbal 4 ed S o Paulo Martins Fontes 2003 BARBOSA Marcos
166. em Algirdas Julien Greimas e seus seguidores Palavras chave Educa o formal Discurso ind gena Semi tica ABSTRACT This article presents some aspects of the process of how meaning about formal education is constructed in the discourse of Native Brazilian teachers The corpus is the testimony of two professors from the Indian Reservation of Dourados Mato Grosso do Sul The statements are published in their book Song of Death Kaiow oral history of life Carlos Sebe Bom Meihy published in 1991 For the analysis the semiotic theory postulated by Algirdas Julien Greimas and his followers was used Keywords Formal education Indigenous discourse Semiotics 1 Introdu o A Reserva Ind gena de Dourados est localizada pr xima rea urbana da cidade de Dourados no Estado de Mato Grosso do Sul poca em que os depoentes narraram suas hist rias de vida a Reserva passava por um momento cr tico o suic dio que a fez nacionalmente conhecida atrav s da m dia como lugar estranho ninho de ndios que se suicidam de forma ex tica para n s MEIHY 1991 p 10 O fato concreto suic dio foi o guia condutor das entrevistas fato esse que n o ser analisado nesse trabalho Mestre em Letras rea Lingu stica e Interculturalidade pela Funda o Universidade Federal da Grande Dourados UFGD silvaramoss hotmail com Professora Doutora da Universidade Federal da Grande Dourados UFGD ritalimberti ufg
167. em dios escreve as suas Mem rias para a filha ela sempre citada As refer ncias que lhe d s o sempre relativas ao bom comportamento dos av s e da m e Tenho no c u um ente que me foi caro para enterceder por mim na terra Que minha filha seja a herdeira de suas virtudes Que continue boa filha como tem sido at hoje E se algum dia f r esposa fa a a felicidade do seu marido sendo mulher virtuosa forte e prudente e d a seus filhos boa e completa educa o o mais pre cioso thesouro que recebi de meus paes MEM RIAS f 129r 1 14 23 O texto memorial stico de Doutor Rem dios Monteiro al m de ser um relato pessoal tamb m social ideol gico e cultural Em suas reminisc ncias pode se conhecer um pouco da sociedade brasileira do s culo XIX bem como de suas posi es pol tico filos ficas no Brasil sob o reinado de D Pedro II sou mo narchista porque aqui a monarchia n o tem sido um obstaculo a liber dade MEMORIAS f 135r 1 3 7 Emfim desappareceu do Brasil essa mancha de lama esse crime essa selvageria chamada escravid o MEMORIAS f 169r 1 20 23 Este meu bom e velho amigo tem sido sempre muito estudioso e trabalhador Coordenou e deu luz as obras de Alvares de Azevedo por amizade a elle e ao pai que era formado em sciencias juridicas e sociaes O doutor Jacy Monteiro conhecia mui tos dos seus escriptos de l l o ou de rec
168. em da situa o que por sua vez se relaciona com a percep o visual iii o uso da no o aspecto bastante sens vel s tarefas Com base nestes factos Blyth sugere tr s princ pios nos quais os professores de L2 deveriam basear a sua pr tica pedag gica 1 desenvolver estrat gias pedag gicas que estimulem o input para acompanhar o desenvolvimento dos aprendentes a fase de aquisi o em que estes se encontram ii basear as explica es da gram tica e as actividades propostas tanto quanto poss vel na percep o que os aprendentes t m da situa o iii escolher textos narrativos e tarefas apropriados tendo em conta a complexidade lingu stica e de processamento assim como as normas padr o Blyth ibid p 220 define tr s fases de desenvolvimento da aquisi o da morfologia de tempo e aspecto i a fase inicial na qual os aprendentes se guiam pela informa o dispon vel atrav s da sua L1 e usam o pret rito como marca nica default 11 uma segunda fase na qual os aprendentes desenvolvem uma maior consci ncia do funcionamento das classes lexicais aspectuais aprendendo mesmo o valor n o protot pico dos usos do pret rito perfeito e do pret rito imperfeito iii uma terceira fase final na qual os aprendentes s o capazes de empregar tanto o pret rito perfeito como o pret rito imperfeito com a totalidade das classes lexicais aspectuais Estas fases podem n o ser identificadas de forma clara em todos os aprende
169. em que se aplicam os textos procurando analisar poss veis lacunas na percep o dos sentidos textuais Dados alguns subs dios b sicos acerca da composi o macrodiscursiva do g nero passaremos a demonstrar como os tr s dom nios discursivos s o encontrados nos textos v lido por fim afirmar que a presen a interdiscursiva uma caracter stica macrodiscursiva predominante no g nero em tela uma vez que tal presen a pode ser comprovada nas partes comuns dos textos de todos os contratos analisados 4 1 Dominio da sa de ds ne Existem cl usulas que fazem parte da composi o textual de um ou outro contrato estabelecendo as diferen as quanto aos produtos e servi os oferecidos por uma ou outra empresa de sa de Entretanto para fins da descri o do g nero no presente artigo apenas foram utilizadas algumas das cl usulas encontradas nos cinco textos analisados TABULEIRO DE LETRAS O dominio da sa de caracterizado nos textos pela utiliza o de diferentes voc bulos referentes a servi os e procedimentos cl nicos que determinado plano oferece aos seus clientes pacientes Como exemplo dessa presen a discursiva podemos mencionar as cl usulas que tratam dos diferentes procedimentos clinicos Nessas partes ocorre uma listagem de diferentes produtos e servi os m dicos Observe o exemplo a seguir que demonstra tal perspectiva Exemplo 1 3 1 5 Procedimentos ambulatoriais considerados espec
170. emonstrar o car ter heterog neo de toda forma o discursiva indica a import ncia dessas FD s na constitui o dos discursos sobre ra as no Brasil No s culo XIX tomou forma em todo o mundo o discurso do racismo autorizado pela ci ncia Na atualidade o discurso contr rio s cotas raciais enunciado pelos professores universit rio calca se no necess rio silenciamento deste racialismo pseudocient fico Todavia este discurso foi suprimido apenas do espa o acad mico brasileiro continuando a fazer efeitos no cotidiano das rela es sociais inclusive no que diz respeito s hierarquias raciais visto que ra a no mbito sociol gico tomada como a categoria anal tica Schwarcz 2008 1993 p 247 sintetiza bem essa dicotomia A ra a se discute entre pessoas nos conflitos di rios nas cl nicas m dicas na personalidade das personagens dos romances cient ficos da poca a lei entre indiv duos ou melhor entre os reduzidos cidad os dessa grande na o que participam das esferas pol ticas decis rias dos debates externos e diplom ticos TABULEIRO DE LETRAS fundamental para a compreens o da desigualdade social brasileira Por esse motivo o sujeito do discurso favor vel s cotas raciais interpreta o projeto republicano de modernidade pautado na supress o discursiva do escravismo como uma tentativa de apagamento n o s da desigualdade jur dica como tamb m da hist ria de discr
171. encontra se Doutor Rem dios Monteiro desejando que sua filha tenha em seu texto autobiogr fico o ant doto para uni los al m da vida e da morte Contudo D Elvira sua filha repudia a lembran a registrando no pr prio caderno em que seu pai escreveu suas mem rias o seguinte texto Cortei estas folhas porque achei que meu pai n o devia ter escripto e s serviram para perturbar e ser a causa des tas infelicidades MEM RIAS f 1v 1 1 6 Fig 1 Folha 1v do Caderno em que constam as Mem rias de Doutor Rem dios Monteiro 2 A narrativa memorial stica O texto memorial stico uma narrativa ou seja uma forma de olhar o real de dizer o mundo Na narrativa memorial stica descreve se discorre se explica se interpreta se a realidade Assim como a mem ria a hist ria est inserida nessa categoria pois segundo Pesavento 2006 on line ambas s o representa es ou seja s o discursos que se colocam no lugar da coisa acontecida Correspondem a elabora es mentais que expressam o TABULEIRO DE LETRAS mundo do vivido e que mesmo se substituem a ele Mais do que isto hist ria e mem ria s o discursos portadores de imagens que d o a ver aquilo que dizem atrav s da escrita ou da fala Contudo a mem ria enquanto forma de narrativa se distingue de outros discursos pois seu objeto um tempo transcorrido ou seja o que se presentifica no discurso memorial stico pertence a um tempo f
172. equ ncias para a organiza o das narrativas 5 a varia o ou manuten o da estrutura original da hist ria conforme a sucess o de repeti es da mesma 6 a presen a e a natureza das avalia es e das orienta es Labov 1972 das narrativas Com todas essas perspectivas pretendiamos por fim analisar a posi o do aluno diante de todas as vari veis socioculturais a que estava exposto diante de cada interlocutor Depois de recolhido o corpus percebemos que est vamos diante de uma realidade diferente da que esper vamos nas situa es de grava o mais que para os interlocutores predominou o ato de contar a hist ria para o gravador isso nos foi revelado por um dos interlocutores s um interagente ouvinte fez interfer ncias efetivas algumas partes do livro foram reproduzidas literalmente Tais fatos tiveram significativa import ncia na constitui o dos dados com os quais esper vamos trabalhar Por causa disso tivemos de nos reorganizar em nossos objetivos e assim reduzimos o n mero de perspectivas propostas inicialmente De novo se justifica nossa posi o o objeto constitu do e observado que vai determinar o tipo de abordagem que pode ser feito TABULEIRO DE LETRAS Por fim nossa hip tese b sica era a de que as narrativas ganham orienta o diversa de acordo com o interlocutor e suas posi es de poder intimidade e contato com o interagente que conta as hist rias Cremos que o discurso se tor
173. er imagens de uma experi ncia passada bem como de intera o entre o indiv duo com o social que a mem ria se torna hist rica O texto memorial stico de Doutor Rem dios Monteiro representa n o apenas um relato pessoal mas um documento que fornece dados hist rico culturais tanto locais quanto nacionais transpondo as fronteiras da comunica o interpessoal pai para filha tornando se um documento hist rico De acordo com Le Goff 2003 p 469 A mem ria um elemento essencial do que se costuma chamar identidade grifo do autor individual ou coletiva cuja TABULEIRO DE LETRAS busca uma das atividades fundamentais dos individuos e das sociedades de hoje na febre e na ang stia O texto das Mem rias de Doutor Rem dios Monteiro constante em um caderno tipo escolar irremediavelmente mutilado pela pessoa para a qual se destinava possui um valor inestim vel para diversas reas do conhecimento Apesar dos cortes das folhas rasgadas e coladas feitos por D Elvira em rep dio ao texto do pai al m do estado prec rio de conserva o um documento de interesse para diversas reas do saber pois o retrato de uma poca materializado pelas lembran as de um homem Nessa dire o afere Le Goff 2003 p 471 A mem ria na qual cresce a hist ria que por sua vez a alimenta procura salvar o passado para servir ao presente e ao futuro Neste sentido devemos buscar de todas as formas poss veis a
174. eri ncia enriquecedora da diferen a na l ngua e na cultura CONSELHO DA EUROPA 2001 A CC TABULEIRO DE LETRAS tradicional n o abarca tal perspectiva ou seja ela ainda est pautada em um modelo distante dos aprendizes de LE uma vez que para o ensino comunicativo de linguas o falante dito nativo o modelo fornecedor das regras corretas de apropria o e exequibilidade de discursos na lingua inglesa GENESEE 1984 Em outras palavras a concep o de CC manteve o falante nativo no status de paradigma linguistico de ingl s no entanto um arcabou o te rico para ensino e aprendizado de l nguas que negligencia a identidade sociocultural dos aprendizes e falantes bem como as possibilidades de intera o entre diversas culturas n o contribui para a prepara o de cidad os do mundo globalizado Por outro lado se o falante nativo n o o exemplo de uso linguistico do ingl s quem seria Essa uma discuss o complexa e que nem sempre termina em consenso Muitos estudiosos concordam que o falante nativo de ingl s cientificamente um ser idealizado com atribui es quase que mitol gicas DAVIES 2004 MEDGYES 1996 al m disso os estudos a respeito da dispers o do ingl s pelo mundo t m mostrado que o paradigma linguistico do falante nativo tem se tornado cada vez menos adequado para o ensino de LE A expans o da LI pelo mundo prova que o ingl s n o pertence mais aos falantes nativos KAPLAN 1998 Na atualidade exi
175. ersa toda a quest o em saber se essa restri o pr tica n o importa um elemento de contradi o na ess ncia da liberdade reconhecida aos emancipados BARBOSA 1985 1884 p 636 Recordando o que diz P cheux 1997c a respeito das forma es imagin rias poss vel observar a partir dessa refer ncia ess ncia da liberdade a formula o de um conceito espec fico para a ideia de liberdade extra do do enunciado Os homens nascem e s o livres e iguais em direitos do artigo 1 da Declara o dos Direitos do Homem e do Cidad o votada pela Assembleia Nacional Constituinte da Fran a em 1789 A forma sujeito hist rica da FD Liberal mobiliza sentidos que retomam esse enunciado do plano interdiscursivo atualizando o no plano intradiscursivo Esses s o os sentidos de liberdade que o sujeito do DRB quer preservar mas o faz de maneira amb gua visto que no projeto de lei n 48 imposta uma restri o de tempo e de lugar a esse homem de sessenta anos rec m sa do do regime de espolia o experenciado na escravid o A apreens o dessa contradi o revela o trabalho ideol gico na produ o dos sentidos o sujeito do DRB tanto identifica e mobiliza sentidos da mem ria da FD Liberal ligados ideia de liberdade como um direito humano ao lado dos demais princ pios franceses de igualdade e fraternidade quanto identifica e mobiliza sentidos da mem ria de uma FD que n o Liberal mas tamb m n o Escrava
176. ersas raz es seja polidez timidez indiferen a ou falta de assunto as pessoas preenchem uma conversa o com meras frases ou express es de concord ncia confirma es mec nicas E claro Com certeza TABULEIRO DE LETRAS redobramentos da fala do outro sem que se produza uma efetiva a o interindividual por meio da linguagem N o de estranhar que o dramaturgo se aproprie de tais exemplos correntes mimetizando a fal ncia de uma real intera o discursiva Em 4 Donzela Casadoira La Jeune Fille Marier 1953 Ionesco explora at os limites a possibilidade de uma conversa em que os interlocutores falam exclusivamente para estar de acordo O Senhor e A Senhora percorrem aleatoriamente diversos assuntos a taxa de natalidade na Fran a o custo de vida tremores de terra a bomba at mica educa o dos filhos apenas reproduzindo clich s que s o permeados por express es de assentimento certamente com efeito isso verdade de acordo eu digo o mesmo IONESCO 1958 p 246 Em sua teoria polif nica da enuncia o baseada em Bakhtin mas com diferente enfoque Oswald Ducrot distingue o locutor aquele que respons vel pela produ o do enunciado do enunciador o que sujeito do ato de enuncia o Essa distin o admite ainda desdobramentos com a possibilidade de dois locutores num mesmo enunciado como no discurso relatado em estilo direto
177. es O mesmo continua a acontecer quando opta pelas constru es reveste se de caracter stica bilateral esta aven a e referida assist ncia Tal fator poder acarretar TABULEIRO DE LETRAS possivelmente um estranhamento por parte do cliente destinat rio uma vez que tais express es s o formas discursivas cristalizadas usadas especificamente em textos jur dicos onde esse dom nio discursivo mais natural na realiza o de trocas interlocutivas 5 Interdiscursividade e intertextualidade no g nero Conforme visto na se o anterior os tr s dom nios discursivos utilizados na composi o estrutural do g nero representam um fator fundamental na percep o dos sentidos textuais A an lise da presen a interdiscursiva no corpus apresentado leva nos a questionar se a intera o ser de fato estabelecida na situa o interlocutiva Isso porque se os destinat rios n o tiverem adquirido previamente os conhecimentos necess rios compreens o do que expresso textualmente o entendimento de informa es essenciais ser comprometido Os contratos s o textos que servem para expor os pontos de determinado acordo jur dico devendo elucidar para as partes envolvidas de modo claro todos os aspectos relativos determinada negocia o Nesse sentido tamb m v lido ressaltar que para al m da presen a da interdiscursividade o g nero tamb m possui como caracter stica de composi o do texto a rec
178. es estes atos il citos de viola o e ferimento Esses tr s exemplos o uso convicto de violar e ferir bem como a situa o hipot tica instaurada pelo estaria expressam a impossibilidade de um Brasil dividido racialmente e sobremaneira de um Brasil sem a prote o da lei Estabelecendo uma compara o pode se TABULEIRO DE LETRAS considerar que tanto a discrep ncia entre teoria e pr tica apreendida por Schwarcz 2009 1973 em documentos hist ricos e textos liter rios brasileiros como a alus o Constitui o Federal feita pelo sujeito do discurso da igualdade juridica cumprem o papel de instituir um fundo falso de igualdade para todos que extremamente eficaz na constru o e manuten o de uma ideia democr tica de realidade Para uma melhor observ ncia deste aspecto proveitoso notar que a premissa todos os homens s o iguais perante a lei peculiar FD Liberal apaga os tra os distintivos dos lugares sociais estrat gia que reduz o interlocutor a um estado de sil ncio ORLANDI 2007 1996 ou seja como se todos os sentidos e posi es de sujeito poss veis j estivessem pr determinadas em um campo reconhecidamente igualit rio onde n o h diferen as e tampouco desigualdades sociais sendo inusitado qualquer discurso que contrarie esta ordem estabelecida 4 Considera es finais Pensando na perspectiva n o racialista p e se em destaque o discurso liberal aqui analisado o qu
179. es in Second Language Companion Series Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2004 TABULEIRO DE LETRAS Di logo e performatividade no drama Cleise Furtado Mendes RESUMO O artigo discute estrat gias de composi o do di logo dram tico em textos contempor neos sob a tica das teorias da enuncia o e da lingu stica pragm tica com nfase nos atos de fala speech acts e nos efeitos ilocucion rios das intera es verbais Essa abordagem implica o deslocamento de h bitos correntes na an lise de pe as teatrais por levar em conta menos o sentido referencial das r plicas do que o particular modo de a o dos seres dram ticos em suas trocas intersubjetivas por meio da linguagem O texto tamb m aborda a no o de dialogismo tanto como intera o discursiva quanto confronto de vozes sociais e hist ricas O di logo dram tico tem sido objeto de aten o em v rios campos de pesquisa em especial nos estudos lingu sticos dos fen menos da enuncia o Mas o conceito de dialogismo desenvolvido por Mikhail Bakhtin no contexto de sua teoria do romance ainda pouco presente nas an lises da escrita dramat rgica A partir de exemplos da dramaturgia contempor nea prop e se aqui uma vis o da forma dram tica como espa o privilegiado para a representa o das trocas enunciativas da intera o dial gica pela qual os sujeitos ganham exist ncia gra as ao discurso do outro Palavras chave D
180. esentada em c rculos conc ntricos a C rculo Interno locais que s o caracterizados como os modelos de uso da l ngua inglesa por essa raz o os falantes oriundos desses lugares s o considerados falantes Exemplo Estados Unidos Inglaterra e Austr lia b C rculo externo os pa ses onde o ingl s foi institucionalizado como l ngua adicional Exemplo ndia frica do Sul e Nig ria c C rculo em expans o compreende os demais pa ses onde o ingl s caracterizado como l ngua estrangeira Exemplo China Israel Jap o e Filipinas RAUSCH 2000 A no o de world Englishes importante porque leva em considera o o uso da LI pelo falante n o nativo o qual segundo Kachru 1991 tem como interlocutor outro falante n o nativo Essa perspectiva impactante na rea de forma o de professores de LI e tamb m na concep o de materiais de ensino de LI Isso porque os estudos a respeito da diversidade lingu stica da LI falada nos pa ses do c rculo interno e das caracter sticas culturais dos falantes de LI dos demais c rculos trouxeram tona a faceta multicultural da LI dentro de um momento hist rico marcado pela globaliza o Consequentemente o padr o de uso de LI dos falantes oriundos do c rculo interno e que por muito tempo pautou o ensino de ingl s como LE passa a ser visto como mais uma variedade lingu stica que atende a uma determinada comunidade lingu stica Logo a perspectiva Kachruviana causou a nece
181. eses que integravam os ex rcitos aliados por ser fluente em esloveno Ao contr rio do esp rito dominante em Pais Pais 1946 em que Rossellini fazia a apologia da solidariedade entre os homens na luta pela liberdade meu pai relatava que o conv vio com as tropas de liberta o n o foi muito pac fico pois estas tentavam sempre menosprezar e espezinhar os italianos Parecia que todos podiam ser comprados em troca de cigarros chicletes chocolate e sopa de ervilha e meias de n ilon Minha m e contava que os soldados Em todo caso os nicos quatro condecorados com medalhas de ouro foram jovens de 18 17 13 e 12 anos que morreram em combate O menor deles Gennaro Capuozzo vulgo Gennarino tornou se o s mbolo dos scugnizzi Todos os epis dios de Paisa focalizam o avan o das tropas de liberta o na It lia Esse conv vio foi abordado tamb m por Alberto Lattuada em Senza pieta Sem piedade 1948 de forma bem mais dram tica Minha m e falava tamb m da sopa de ovo Passados os dias da fome mais negra os napolitanos que n o apreciaram muito as primeiras sopas em p que conheceram passaram a utiliz las para pintar os c modos das casas de verde ou de amarelo O dramaturgo napolitano Eduardo De Filippo 1975 numa s rie de poesias sobre o per odo dedicou uma a essa sopa em p A povere e pesielle e outra ao inseticida com que a popula o era desinfetada O D D T TABULEIRO DE
182. esestrutura o de outros elementos da forma dram tica como a identidade inst vel das personagens e a consequente fragilidade das situa es Se pela perspectiva pragm tica a linguagem considerada uma forma de a o cumpre tamb m lembrar com Lacan que sendo a fala a a o humana por excel ncia 2008 TABULEIRO DE LETRAS p 53 ela tem na rela o inter humana uma fun o fundadora que n o deve ser negligenciada a linguagem n o conecta simplesmente emissores e alocut rios mas funda os sujeitos e suas rela es No caso do di logo dram tico as trocas verbais adquirem uma especial dimens o performativa pois estabelecem para al m dos recursos lingu sticos tamb m as condi es concretas de enuncia o que desenham os contornos das a es c nicas O di logo dram tico p e em cena a linguagem atrav s de um gesto sempre duplo ambivalente Por um lado como pacto estabelecido entre palco e plateia o espectador sabe que est diante de um ato de enuncia o cujo sujeito o dramaturgo Ele talvez tenha lido o nome do autor no programa da pe a e at mesmo coment rios cr ticos que despertaram seu interesse para essa obra Ele tem plena consci ncia de que um scriptor criou o mundo da pe a e as situa es ali representadas e tamb m de que esse autor que lhe fala indiretamente atrav s das personagens sabe que para ele em fun o dele que foi armado esse jogo de m scaras Para o leitor
183. ety v l New York Blackwell 1987 p 147 179 HEINE Bernd Auxiliaries cognitive forces and grammaticalization New York Oxford University Press 1993 LABOV William Sociolinguistics patterns Oxford Blackwell 1972 LABOV William Padr es sociolingu sticos Trad de Marcos Bagno Marta Scherre e Caroline Cardoso S o Paulo Par bola 2008 TABULEIRO DE LETRAS SERA LIMA Jos Pinto de Sobre a g nese e a evolu o do futuro com ir em portugu s In SILVA Augusto Soares da Org Linguagem e cogni o Braga Associa o Portuguesa de Lingu stica Universidade Cat lica Portuguesa 2001 OLIVEIRA Josane Moreira de O futuro da l ngua portuguesa ontem e hoje varia o e mudan a 2006 254f Tese Doutorado em Letras Vern culas Faculdade de Letras Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2006 ROCHA Patr cia Graciela da A modalidade no gerundismo Revista eletr nica de divulga o cient fica em l ngua portuguesa ling istica e literatura Letra Magna ano 6 n 13 2 semestre de 2010 Dispon vel em http www letramagna com Artigo08_ 13 pdf Acesso em 22 ago 2011 SANTOS Patr cia Tavares de Almeida Gerundismo preconceito e a expans o da mudan a 2008 100f Disserta o Mestrado em Linguistica Faculdade de Letras Universidade de Bras lia Bras lia 2008 SILVA A A express o da futuridade no portugu s falado Araraquara UNESP FCL Laborat rio Edito
184. fa Dra Elza Min USP Profa Dra Elizabeth Ramos UFBA Profa Dra Em lia Helena Portella M de Souza UFBA Profa Dra Esther Gomes de Oliveira UEL Profa Dra Ceila Ferreira Martins UFF Prof Dr C sar Nardelli Cambraia UFMG Profa Dra Denise Barata UFRJ Prof Dr Di genes C ndido de Lima UESB Prof Dr Jos Augusto Costa Avancini UFRGS Profa Dra Vera Teixeira de Aguiar PUC RS Prof Dr Leopoldo Comitti UFOP Profa Dra Maria C lia Lima Hernandes USP Profa Dra Maria da Concei o Fonseca da Silva UESB Profa Dra Maria de Lourdes Crispim UNL Universidade Nova de Lisboa Profa Dra Maria Teresa Gon alves UFRJ Prof Dr Sebasti o Carlos Leite Gon alves UNESP Profa Dra T nia Maria Alckimim UNICAMP APRESENTA O Prezado leitor A Revista TABULEIRO DE LETRAS organizada e dirigida pelo Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens do Departamento de Ci ncias Humanas do Campus I Salvador da Universidade do Estado da Bahia UNEB apresenta sua edi o de n mero 3 com o tema LINGUAGENS IDENTIDADE DIVERSIDADE Re nem se aqui artigos de pesquisadores de diversas institui es acad micas desdobrando se os trabalhos em torno de diferentes estrat gias de abordagem dos estudos lingu sticos e liter rios como a seguir brevemente se descrevem Como Coordenadora do projeto de pesquisa de edi o de textos abolicionistas veiculados em peri dicos baianos Maria da
185. foi naqueles anos sob o signo da morte que Ida e Firminio se conheceram e se casaram ou seja acreditaram na continua o da vida O p s guerra teve muitos cantores e poucos historiadores afirmou Vene 1990 p 77 e de fato foi assim num primeiro momento Mesmo depois no entanto apesar do trabalho dos historiadores persistiu essa vontade de narrar para dar o pr prio testemunho para tentar reter mais do que a hist ria o clima de uma poca a qual para tantos italianos foi a grande aventura de suas vidas Refer ncias ANTONELLIS Giacomo de Le quattro giornate di Napoli Milano Bompiani 1973 BACCHELLI Riccardo La notte dell 8 settembre 1943 Milano Garzanti 1945 BASILE Luisa MOREA Delia Lazzari e scugnizzi la lunga storia dei figli del popolo napoletano Roma Newton 1996 BERTOLUCCI Attilio Roma citt aperta In Riflessi da un paradiso scritti sul cinema Bergamo Moretti amp Vitali 2009 p 64 65 2Os bombardeios norte americanos vitimaram muitos civis Lembro de Clark Gable que serviu a aeron utica ficar receoso com a rea o da popula o napolitana quando das filmagens de Jt started in Naples Aconteceu em N poles 1960 de Melville Shavelson Muitas mulheres ao relembrarem esse per odo acharam que no fundo foi bonito como aponta Miriam Mafai 1989 p 4 pois apesar de tudo para elas significou subtrair se tutela masculina e tornar se donas do pr prio
186. foreground e n o a contextos background Os resultados obtidos atrav s da an lise em VARBRUL indicam que os aprendentes de L2 t m dificuldade na distin o de ambos os contextos e parece que os est o a reinterpretar e a atribuir lhes uma hierarquia diferenciada na estrutura da narrativa decorrente de um efeito de transfer ncia pragm tica de L1 A hip tese avan ada com base na an lise dos dados tem em conta os poss veis efeitos pragm ticos de transfer ncia que poder o ocorrer ao n vel da estrutura o do discurso narrativo sabendo que por exemplo em mandarim quando o aspecto n o marcado por part cula aspecto zero XIAO E MCENERY 2004 p 240 gera se ambiguidade aspectual entre a leitura perfectiva e imperfectiva resolvida atrav s do contexto discursivo Palavras Chave Portugu s como L2 Tempo e aspecto em L2 Hip tese do discurso Narrativa Discurso ABSTRACT The current paper analyzes the Discourse Hypothesis BARDOVI HARLIG 1998 concerning the process of acquisition and marking of verbal morphology in Portuguese as L2 from a variationist perspective Over the last decades the various studies on the acquisition of tense and aspect in L2 contexts have focused on the Aspect Hypothesis Yet the importance of discourse for the acquisition of verbal morphology has been pointed out in the literature ANDERSEN 2002 COMAJOAN 2005 The Discourse Hypothesis postulates that narrative structure is organized in terms of fore
187. forms to convey their intentions at that point in the discourse No fundo o que est em jogo perceber como que os aprendentes relacionam a forma e o significado TABULEIRO DE LETRAS Para Anderson a estrutura discursiva contribui para o desenvolvimento da morfologia de tempo e aspecto Neste sentido prop e uma forma alargada da Hip tese do Aspecto que inclui seis dimens es 1 a sem ntica verbal 2 o tipo de acontecimento 3 as no es realis irrealis 4 a pragm tica 5 o contexto discursivo 6 a estrutura do discurso Andersen 2002 ibid p 94 define os casos mais protot picos de cada uma das dimens es em termos da aquisi o do perfectivo passado No que diz respeito primeira dimens o a sem ntica verbal Andersen prev que o desenvolvimento assente em primeiro lugar nos predicados verbais do tipo achievement depois nos accomplishment seguindo se os predicados verbais do tipo activity e finalmente os states proprosta como sabemos no mbito da Hip tese do Aspecto Uma das raz es apontadas para esta hierarquia encontra se na necessidade de uma motiva o funcional do discurso Quer isto dizer de acordo com Andersen 2002 ibid p 94 que while verb semantics is at the center of the development of categories like past and perfective verb semantics alone is not enough to account for empirical findings Quanto segunda dimens o o tipo de acontecimen
188. funcionando na cena discursiva brasileira como uma condi o para o ingresso na modernidade especialmente no s culo XIX quando os primeiros debates sobre a constitui o de uma na o brasileira e sobre a afirma o dos direitos civis se desenrolavam em meio a um conflito te rico pr tico cujos protagonistas eram por um lado as concep es liberais europeias e por outro lado o pr prio sistema escravista Comentando esse desejo inconcluso de importar as fei es transcontinentais Schwarcz 2009 1973 aponta o deslocamento e desterritorializa o que caracterizaram as ideias liberais europeias em solo brasileiro Para tanto ele cita o teor contradit rio de documentos hist ricos como a Constitui o Brasileira de 1824 a qual por trazer trechos da Declara o dos Direitos do Homem e do Cidad o s tornava ainda mais escandalosa a continuidade do escravismo no Brasil No enunciado a seguir tem se uma clara express o desse movimento de par frase em que s o retomados os princ pios libert rios da Revolu o Francesa Sou contra O principio de recorte racial fere meus princ pios baseados de sociedade igualit ria e de democracia que talvez adquiri porque nasci numa sociedade europ ia baseada em princ pios sacramentados Libert Egalit Fraternit al m de um anti racismo fortemente estabelecido apesar de existirem diversas falhas Question rio 42 grifos nossos 8A Declara o dos Direitos do H
189. g Company 2002 p 155 198 HYLTENSTAM Kenneth L2 learners variable output and language teaching Keneth Hyltenstam and Manfred Pienamann eds Modeling and Assessing Second Language Acquisition Multilingual Matters Ltd 1985 p 113 136 JOHNSON et al Encyclopedic Dictionary of Applied Linguistics A Handbook for Language Teaching Blackwell Publishing 1999 KIHLSTEDT Maria Reference to past events in dialogue the acquisition of tense and aspect by advanced learners of French Rafael Salaberry Yasuhiro Shirai eds The L2 Acquisition of Tense Aspect Morphology Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2002 p 323 362 LONG Michael H Stabilization and Fossilization in Interlanguage Catherine J Doughty and Michael Long eds The Handbook of Second Language Acquisition Blackwell Publishing 2003 p 3 16 LI Charles N et al Mandarin Chinese A Functional Reference Grammar University of California Press 1989 LI Ping et al The Acquisition of Lexical and Grammatical Aspect Studies on Second Language Acquisition Mouton de Gruyter 2000 MARTINS C C A aquisi o das No es de Tempo e Aspecto por Aprendentes Chineses de Portugu s como Lingua Estrangeira Tese Doutoramento Macau Universidade de Macau 2008 MATTHEWS Stephen et al Cantonese 4 Comprehensive Grammar Routledge 1994 NOYAU Colette Temporal relations in learner varieties Grammaticalization and discourse constru
190. gem em uso nas r plicas menos como meio de express o de pensamentos e emo es das personagens ou de transmiss o de informa es ao leitor espectador e mais como uma atividade que tem o poder de criar rela es transformar comportamentos e modificar efetivamente uma situa o claro que a escolha desse ngulo interpretativo implica um deslocamento de certos h bitos na leitura de pe as teatrais como o de privilegiar o exame do enredo e das personagens tratando superficialmente as intera es verbais que fundam e constituem o discurso dos agentes e suas condi es de enuncia o Tais an lises se deixam iludir por efeitos de verossimilhan a tratando textos para a cena como hist rias sobre pessoas e f cil compreender que assim seja tendo em vista o forte apelo mim tico que caracteriza a fic o dram tica A linguagem no drama est sempre associada a uma voz um gesto uma imagem humana a participa o cognitiva e emocional do espectador depende desse efeito de que cada palavra brota de um desejo em movimento o que chamei em escritos anteriores de uma linguagem encarnada MENDES 1995 p 31 TABULEIRO DE LETRAS Pela abordagem pragm tica a linguagem considerada como uma forma de a o sobretudo como a o interindividual como lugar de intera o no qual os sujeitos falantes atuam efetivamente uns sobre os outros estabelecendo v nculos e confrontos acordos e dissensos importante salien
191. gido por Marcello Pagliero e Luchino Visconti sob a coordena o de Mario Serandrei e Giuseppe De Santis e sole sorge ancora O sol ainda se levantar 1946 que Aldo Vergano havia rodado com a colabora o de Guido Aristarco Giuseppe De Santis e Carlo Lizzani no roteiro Em Giorni di gloria em geral a ret rica permeia a celebra o da Resist ncia alguns momentos do filme por m s o bem interessantes como os epis dios de car ter documental filmados por Visconti Linciaggio di Carretta que se refere ao linchamento do ex diretor da penitenci ria de Regina Coeli em que estiveram presos opositores do regime nazifascista e Processo Caruso que acompanha o julgamento e fuzilamento de Pietro Caruso ex chefe da policia de Roma No caso de I sole sorge ancora apesar de compartilhar dos mesmos ideais de seus idealizadores Bertolucci 2009 p 121 122 contr rio contamina o da arte por ide rios partid rios condena o modo como a ideologia transparece nessa obra declaradamente de esquerda Aguard vamos com certa esperan a esse filme que seguindo o exemplo memor vel de Roma cidade aberta deveria ter nos contado uma hist ria dos dezoito meses de ang stia e de esperan as que antecederam o fim da guerra Sab amos que saiu das m os de jovens inteligentes e preparados que o tema n o era vulgarmente comercial Infelizmente temos que dizer que o filme de Vergano afundou de vez O erro fundamental fo
192. gista um conceito de escraviza o naturalizada do sexagen rio rec m liberto A esse respeito o enunciado abaixo referente restitui o da liberdade ilustrativo Se para imprimir a essa restitui o o car ter de uma realidade viva a condi o moral da ra a escravizada impuser ao legislador certas e determinadas provid ncias disciplinares que n o esbulhem o liberto da m nima parcela da sua atividade em benef cio alheio desleal ser indigitar como disposi o avessa liberdade o que pelo contr rio n o sen o um meio de educar nela e por ela e para ela uma classe de indiv duos absolutamente despreparada para a sua da liberdade frui o racional e prof cua BARBOSA 1985 1884 p 636 grifos nossos TABULEIRO DE LETRAS Note se que o fragmento destacado traz a defini o do escravo sexagen rio como um ser dependente que diante da liberdade concedida ainda n o sabe como agir ou seja como uma crian a a quem t m que ser ensinadas as normas de conduta social Essa infantiliza o do homem escravo corrente na literatura brasileira ainda no pr aboli o BROOKSHAW apud PROEN A FILHO 2004 cont nua a concep o de escravo subserviente e servil Entretanto por serem enunciadas pela forma sujeito da FD Liberal essas ideias n o podem ser concebidas como caracter sticas inerentes ao escravo mas sim como caracteristicas que momentaneamente lhes s o atribu das devido a sua condi
193. ground and background events Foreground events advance the narrative and background events serve as scene setting and as a support for the foreground Events in the foreground are marked in the perfective and those in the background are marked in the imperfective In terms of lexical semantics telic verbs occur predominantly in the foreground and atelic verbs occur predominantly in the background Analysis of our data reveals contradictory results when compared with other studies on the Discourse Hypothesis Cf Martins 2008 Our results show that imperfectivity is marked in the foreground and not in the background Learners seem to find it difficult to distinguish between the appropriate contexts reinterpreting them and assigning them different roles in the narrative We hypothesize that such a difference in Departamento de Portugu s da Universidade de Macau fshem Dumac mo TABULEIRO DE LETRAS interpretation and marking on verbal morphology may be due to an effect of transfer from the learners L1 The hypothesis takes into account the possible pragmatic effects of transfer that may occur at the level of narrative structuring This is based on the fact that in Mandarin when aspect is not marked by an aspectual particle zero aspect XIAO MCENERY 2004 p 240 aspectual ambiguity may occur through the difficulty of distinguishing between a perfective or imperfective reading The ambiguity is then resolved through the narrative c
194. hiladelphia John Benjamins Publishing Company 2002 p 417 456 ELLIS Nick C Constructions Chunking and Connectionism The Emergence of Second Language Structure Catherine J Doughty and Michael Long eds The Handbook of Second Language Acquisition Blackwell Publishing 2003 p 3 16 ELLIS Rod SLA Research and Language Teaching Oxford University Press 1997 ELLIS Rod Investigating Form Focused Instruction Rod Ellis ed Form Focused Instruction in Second Language Acquisition Blackwell Publishers 2001 GIACALONE RAMAT Anna How do learners acquire the classical three categories of temporality Evidence from L2 Italian Rafael Salaberry Yasuhiro Shirai eds The L2 Acquisition of Tense Aspect Morphology Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2002 p 221 248 HAWKINS Roger et al Locating the source of defective past tense marking in advanced L2 English speakers Roeland van Hout Aafke Hulk Folkert Kuiken Richard Towell eds The Lexicon Syntax Interface in Second Language Acquisition Language Acquisition and Language Disorders Series Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2003 p 21 44 TABULZIRO DE LETRAS HOUSEN Alex The development of tense aspect in English as a second language and the variable influence of inherent aspect Rafael Salaberry Yasuhiro Shirai eds The L2 Acquisition of Tense Aspect Morphology Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishin
195. i o irregular dos itens no input pode dificultar por exemplo a aquisi o dos valores aspectuais n o prot tipo vi a redund ncia em contexto formal o aspecto gramatical normalmente inferido das propriedades inerentes aos verbos e tamb m pelo contexto vii sali ncia facilidade dos aprendentes em reparar numa dada caracter stica ou propriedade aspectual Blyth ibid p 218 enumera as conclus es a que v rios estudos t m chegado sobre o processo de aquisi o da morfologia de tempo e aspecto e s quais os professores de L2 deveriam ter em conta quando ensinam a no o de aspecto 1 os aprendentes adquirem as distin es aspectuais de forma gradual sendo o seu desenvolvimento constitu do por fases que reflectem as associa es protot picas que se estabelecem entre aspecto lexical estrutura discursiva e aspecto gramatical Estas associa es forma significado ficam a dever se a 2 Os valores protot picos em termos da morfologia verbal s o os que associam de forma congruente as propriedades sem nticas dos verbos com aspeto gramatical como por exemplo a associa o de predicados verbais t licos com o aspeto perfectivo e predicados verbais at licos com o aspeto imperfectivo TABULEIRO DE LETRAS factores de ordem cognitiva como sejam a transfer ncia de L1 e de markedness ou de crit rios de distribui o no input 11 a no o de aspecto est relacionada com a ideia de perspectiva que se t
196. i logo dram tico Enuncia o Atos de fala ABSTRACT This article discusses some strategies for composition of dramatic dialogue in contemporary texts from the perspective of pragmatic linguistics and enunciation theories with emphasis on the speech acts and the illocutionary effects of the verbal interactions This approach implies the displacement of frequent practices in the analysis of theatrical plays it takes into account not exactly the referential meaning of speeches but the particular way of acting of dramatic characters in their intersubjective exchanges through language The text also addresses the concept of dialogism both as discursive interaction and confrontation of social and historical voices Dramatic dialogue has received attention in several research fields especially in studies of the phenomena of linguistic utterance However the concept of dialogism developed by Mikhail Bakhtin within the context of his theory of novel is still hardly present in the analysis of playwriting From examples of contemporary drama this article proposes a vision of dramatic writing as a special situation for dialogical interaction and for representation of the verbal exchanges by which the speaking subjects are founded in the other s speech Key words Dramatic dialogue Enunciation Speech acts As leituras e interpreta es a seguir propostas retomam e desenvolvem certas linhas de investiga o iniciadas em escritos anteriores que
197. i ticos e latinos dentro dos EUA no livro essa discuss o come a partindo da postura de Bush em rela o s cotas grupos minorit rios e abrange tamb m ideologias racistas ou afirmativas As atividades do livro apresentam estere tipos culturais raciais de g nero Quais Caso a resposta seja SIM e haja uma quantidade muito grande de estere tipos vale a pena ponderar a ado o do material A ocorr ncia de estere tipos quase nula Os autores delimitaram uma unidade livro 1 unidade 3 para tratar dos estere tipos principalmente em se tratando dos falantes de ingl s oriundos de pa ses do c rculo interno Mas a discuss o n o se estende a outros estere tipos pa ses dos demais c rculos No mesmo livro a unidade 2 trata do estereotipo do brasileiro talvez o aluno seja encorajado a discutir os estere tipos da cultura brasileira e de pa ses como Inglaterra e EUA H textos que tratam de pontos tur sticos do Brasil mas a cultura brasileira uma unidade parte no livro 1 Em alguns casos o livro faz men o ao cinema e m sica brasileira Na maioria dos casos n o h predomin ncia de determinada cultura nem mesmo a do aluno qual o livro se destina Por exemplo no tema Nutri o os h bitos alimentares que foram destaque foram os de pa ses asi ticos africanos e da Am rica Central Mas muitos dos h bitos apresentados na obra s o mais caracter sticos de pessoas de classe m dia e alta cinema moda ir a shopping
198. i a contraposi o de dois mundos um alto burgu s outro popular n o vistos e descritos em sua realidade mas apresentados numa esp cie de absurda caracteriza o por grandes contrastes definitivamente contraproducente para um espectador inteligente como o TABULEIRO DE LETRAS italiano Queriam fazer propaganda Mais do que l cito Mas n o com uma sutileza digna da pol mica antiburguesa encontrada em certos livrinhos do falecido Mezzasoma e nos discursos de seu falecido patr o contra o golfe de oito buracos e os ingleses que trajariam o smoking no ch das cinco A lista de coisas falsas exageradas intelectual ides etc n o acabaria nunca Ficam as sutilezas a que nos referimos antes paisagens enevoadas da Lombardia ruas de uma Mil o aut ntica interiores pobres de uma realidade comovente Mas o cinema outra coisa Mesmo concordando com os argumentos de Attilio Bertolucci deve se assinalar que ele comete uma injusti a em rela o ao filme de Vergano ao esquecer daquela sequ ncia de forte impacto devedora do melhor cinema sovi tico em que um padre e um oper rio est o sendo levados no meio de uma aglomera o de camponeses para o pelot o de fuzilamento O padre come a a invocar Nossa Senhora por seus v rios ep tetos Da multid o at ent o muda e passiva levantam se hesitantes vozes isoladas s quais v o se juntando outras Ao entender que a ora o coletiva representa um ato de resist nc
199. ia o Verbal avaliando o impacto produzido nos leitores por esse novo volume de in ditos que compreende os primeiros e os ltimos escritos do pensador russo Todorov chega a falar de diferentes Bakhtin BAKHTIN 2003 p XXT De fato a concep o dial gica da linguagem est no centro da obra de Mikhail Bakhtin como um princ pio que ilumina e unifica v rias outras no es constitutivas do seu pensamento Trata se de uma propriedade da l ngua em seu uso real concreto que leva todo falante a engendrar o seu discurso a partir do discurso de outro Assim por esse princ pio pode se dizer que qualquer proferimento qualquer ato de enuncia o se faz em tens o dial gica com outros tantos reproduzindo os citando os parafraseando os parodiando os negando os contrapondo se a eles A orienta o dial gica naturalmente um fen meno pr prio a todo discurso Trata se da orienta o natural de qualquer discurso vivo Em todos os seus caminhos at o objeto em todas as dire es o discurso se encontra com o discurso de outrem e n o pode deixar de participar com ele de uma intera o viva e tensa BAKHTIN 1998 p 88 Em seus estudos sobre a estil stica do romance Bakhtin v como singularidade desse g nero o entrecruzamento de diferentes vozes sociais e hist ricas tornando o a express o liter ria privilegiada do plurilinguismo da heterogeneidade discursiva Tecido pelo choque dos discursos que representam d
200. ia o jovem comunista incentiva a prece Gritem mais alto Rezem agora intensidade dram tica das imagens acresce se o perfeito jogo sonoro entre o toque a finados de um sino a voz do padre e o Ora pro nobis Rogai por n s com o qual respondem os camponeses num coro espont neo que vai crescendo e se transformando numa amea a para os nazistas que passam a atirar nos prisioneiros e na multid o Voltando s realiza es que n o pecaram pelo excesso de ret rica nelas foi dada uma aten o especial aos di logos com seu registro informal espont neo t o pr ximo da fala popular e regional Como disse certa feita o escritor Alberto Moravia apud FABRIS 1996 p 99 ao referir se a Sciusci numa afirma o v lida para tantas outras obras cinematogr ficas Fernando Mezzasoma foi secret rio nacional dos GUF Giovani Universitari Fascisti Jovens Universit rios Fascistas e posteriormente ministro da Rep blica Social Italiana 2 Ao voltar tem tica da guerra em obras posteriores I generale Della Rovere De cr pula a her i 1959 e Era notte a Roma Era noite em Roma 1960 Rossellini no entanto n o se subtraiu a um tom de celebra o TABULEIRO DE LETRAS Uma transposi o t o imediata e t o textual da realidade requeria uma linguagem adequada essa linguagem n o podia ser a l ngua culta demasiado enfeitada e liter ria ou ent o simplesmente ret rica que tinha s
201. ia Ginzburg La storia A hist ria 1974 de Elsa Morante e pelas colet neas Em 1950 o pr prio dramaturgo levou para as telas Napoli milionaria mas o filme n o esteve altura da pe a 2A deixa final da pe a Ha da passa a nuttata Esta noite h de passar met fora da noite a ser velada para superar as adversidades ser recorrente na It lia durante os anos de chumbo Muitos desses romances foram levados para as telas La pelle A pele 1981 de Liliana Cavani I partigiano Johnny Johnny o guerrilheiro 2000 de Guido Chiesa Uomini e no 1980 de Valentino Orsini Cristo si fermato a Eboli Cristo parou em Eboli 1979 de Francesco Rosi I compagno 1999 de Francesco Maselli TABULEIRO DE LETRAS po ticas de Salvatore Quasimodo Attilio Bertolucci Pier Paolo Pasolini dentre tantos outros t tulos E uma literatura tamb m de outro n vel pois muitos desses textos n o passavam de relatos de mem rias mas todos caracterizados pela necessidade de dar o pr prio testemunho sobre aquele per odo Testemunho que podia ou n o ser filtrado por uma escrita mais criativa por m sempre ou bastante pr xima de uma linguagem menos rebuscada quase oral Uma linguagem coletiva tamb m e um olhar quase documental que talvez o cinema muito mais do que a literatura soube explorar ao levar para as telas aqueles anos Exemplares nesse sentido s o alguns filmes produzidos no imediato p s
202. ia as significa es consideraremos que a an lise seleciona suas isotopias de leitura e apenas ret m o que suscet vel de estabelecer lhe a pertin ncia Ela deixa de lado as dimens es que considera como n o pertinentes para a descri o visada BERTRAND 2003 p 55 Consideramos tamb m na an lise os procedimentos que norteiam o registro de hist ria oral entrevista in loco com gravador e transcri o e as condi es de fala dos ind genas em portugu s para um n o ndio pois conforme Limberti 2009 p 21 esses dados devem ser considerados durante a an lise j que s o determinantes das condi es de produ o dos discursos TABULEIRO DE LETRAS Ressaltamos que Meihy foi muito feliz ao registrar em livro as narrativas dos professores porque al m de documentar suas experi ncias de vida a obra constitui um registro de um momento hist rico daquela comunidade tendo em vista que ao narrar suas hist rias Jo o Machado e Edna de Souza nos mostram como significam o mundo sua volta como percebem quest es como a educa o a politica interna e externa Reserva e tornam p blicas suas identidades suas cren as e suas ideologias Ao contar suas hist rias constroem n o s a vis o de si mesmos como atores sociais mas tamb m como veem os outros atores que povoam suas narrativas j que as hist rias contadas sobre si mesmo s o igualmente hist rias sobre os outros Ao narrar suas experi
203. ia de que este n o estigmatizado e a hip tese de que h uma mudan a em curso na l ngua portuguesa no sentido de o futuro perifr stico com ir mais infinitivo substituir o futuro simples 4 Conclus es Com esses primeiros resultados pode se constatar que a express o do futuro verbal em portugu s um fen meno vari vel e grande o envelope da varia o As infer ncias feitas a partir dos dados encontrados permitem assinalar que a parece que o futuro simples quase n o mais presente na modalidade falada da l ngua OLIVEIRA 2006 adquirido na escola entre a 4 e a 5 s ries do ensino fundamental b a variante que mais concorre com o futuro simples o futuro perifr stico formado com ir mais infinitivo esteja o auxiliar no presente ou no futuro em processo de gramaticaliza o em todos os contextos de proje o de futuridade desde um futuro mais iminente imediato at um futuro mais distante ou indefinido c considerando os graus de escolaridade os maiores ndices de futuro simples aparecem em estudantes universit rios e d as formas com gerundismo s o rejeitadas em todos os n veis escolares e dentre elas o gerundismo com o futuro perifr stico vou estar brincando foi mais rejeitado do que o gerundismo com o futuro simples estarei brincando Como a pesquisa ainda est em andamento apresentam se aqui os primeiros resultados gerais da an lise que ainda ser o verticalizados Por exemplo n
204. iais tais como hemodi lise e di lise peritoneal CAPD sess es de quimioterapia radioterapia incluindo radiomoldagem radioimplantes e braquiterapias hemoterapia nutri o parenteral ou enteral procedimentos diagn sticos e terap uticos em hemodin mica emboliza es e radiologia intervencionista exames pr anest sicos ou pr cir rgicos Contrato da empresa Rio Med p 3 O exemplo 1 foi retirado da cl usula contratual que se refere aos diferentes servi os da empresa de sa de Rio Med O item acima mostrado 3 1 5 exp e aquilo que a assist ncia m dica reconhece como procedimentos especiais Conforme pode ser visto este segmento de texto caracterizado pela presen a de muitos voc bulos m dicos que ocorrem em um pequeno espa o textual como di lise peritoneal radiomoldagem braquiterapias entre outros Haver como consequ ncia da frequ ncia de uso dos voc bulos m dicos uma interfer ncia direta na quest o da informatividade textual Isso porque com a utiliza o de tantos elementos desse dom nio discursivo em t o pequeno espa o textual o volume informativo exposto na superf cie textual torna se bastante elevado Tamb m verifica se nesse caso que o maior ou menor n vel informativo est ligado diretamente ao maior ou menor reconhecimento das express es destacadas por parte do destinat rio v lido ainda dizer que se os voc bulos forem completamente desconhecidos tais termo
205. iando o que afirmam alguns especialistas o movimento abolicionista na Bahia foi significativo e contou com colaboradores dos v rios n veis sociais e das mais variadas profiss es A imprensa teve um papel importante nessa luta pois os jornais foram os TABULEIRO DE LETRAS principais meios de propaganda e den ncia utilizados pelos abolicionistas O Di rio da Bahia importante peri dico da poca circulou por muitos anos em Salvador e sempre esteve comprometido com a causa abolicionista Seus editores fizeram do jornal uma tribuna dos abolicionistas Apesar da sua ineg vel import ncia documental o peri dico encontra se disperso nenhum acervo baiano possui a cole o completa Alguns dos seus exemplares podem ser localizados na Biblioteca Central do Estado da Bahia se o de Peri dicos Raros no Arquivo P blico do Estado da Bahia e no Instituto Geogr fico e Hist rico da Bahia Os exemplares que ainda restam encontram se em est gio avan ado de decomposi o da a necessidade de resgatar os textos abolicionistas publicados no jornal Di rio da Bahia Pretende se neste trabalho apresentar algumas considera es sobre o projeto de pesquisa que visa resgatar os textos abolicionistas publicados no Di rio da Bahia 2 O engajamento da imprensa baiana no movimento abolicionista O movimento abolicionista na Bahia diferentemente do que afirmam alguns livros de hist ria do Brasil foi significativo e contou com colaboradores
206. ido escrita e falada durante o Fascismo foi por m o dialeto romano no qual justamente se expressavam os her is do filme de De Sica Al m desse cuidado com a l ngua oral o figurino as loca es era importante tamb m reconstituir as emo es que haviam animado a popula o italiana naquele per odo fazer com que os int rpretes encontrassem dentro de si as rea es habituais daqueles dias Em Roma citta aperta na m tica sequ ncia da morte de Pina a fim de conseguir de Anna Magnani uma ader ncia total realidade Rossellini utilizou prisioneiros de guerra alem es para interpretarem a si mesmos Isso foi determinante pois as mulheres do povo que participavam da encena o como figurantes ao ouvirem de novo falar em alem o reviveram aqueles tr gicos momentos em que seus homens foram ca ados efetivamente e transmitiram atriz toda sua ang stia sentimento que ela traduziu magistralmente na tela Dessa forma no imagin rio dos italianos mesmo dos que n o viveram aqueles anos apesar de sua morte o grito e a corrida de Pina atr s da caminhonete que est levando os prisioneiros viraram o s mbolo da revolta e da resist ncia resumiam a ang stia que a popula o civil havia vivido durante a guerra Isso explica tamb m toda a admira o pelo filme que Pasolini expressa na composi o po tica acima citada e em outros textos em que se referiu a seu idealizador Uma sequ ncia perfeita em sua reconstitui o hist
207. ifica por elas mesmas REZA p 88 certo que a dimens o performativa da linguagem tem sido um elemento estruturante das situa es e do jogo entre as personagens desde os prim rdios do g nero dram tico com fun o relevante em v rias formas de drama Austin que exclui de sua teoria o discurso ficcional por considerar os atos de fala de uma personagem como n o s rios ou parasit rios em rela o ao uso cotidiano da linguagem ainda assim n o resiste a citar como exemplo de ato perlocucion rio a c lebre cena do len o de Desd mona no Othelo de Shakespeare 1990 p 96 Mas a a o da linguagem em textos cl ssicos funciona em estreita articula o com as perip cias da trama Se pela for a de suas insinua es que Iago transforma Otelo num ciumento homicida o objetivo da intriga mostrar as consequ ncias dessa armadilha verbal os efeitos desse ato de fala sob a forma de acontecimentos brutais como os assassinatos de Emilia e Desd mona Ou seja o di logo conduz e alimenta o fluxo dos acontecimentos suas estrat gias est o a servi o da intriga Historicamente essa fun o do di logo como propulsor da a o dram tica come a a se desestabilizar a partir de Tchekhov o que desde ent o produz not veis altera es nas formas do drama Em muitos exemplos da atual escrita para a cena o di logo chega a ganhar certa autonomia exibindo uma loquacidade que preenche os vazios produzidos pela d
208. ignificant presence in such interdiscursive statements According Marcuschi 2008 different discursive fields originated textual genres Which are used by individuals in exchange interlocutive Thus without drive during the reading of such knowledge textual meanings will be implied and more or less understanding will depend on the accessibility of individuals togiven domain of these discourses Exposing the presence of interdiscourse gender supports the thesis that the presence of interdiscourse will affect the understanding of texts In this case language can be seen Professora adjunta do programa de p s gradua o em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro E mail teresatedesco2011 hotmail com Doutoranda do programa de p s gradua o em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro E mail hilmaribeiror O yahoo com br TABULEIRO DE LETRAS as a form of manipulation of senses which will not be achieved by those receivers who have previously acquired the knowledge necessary to seizure of such directions In order to demonstrate how such discursive resources are presented in the texts we resorted to theoretical current dialogue about the design of language We used for this approach concepts from Bakhtin 1997 Marcuschi 2008 Barros 2003 Koch and Travaglia 1995 which are interrelated in the analysis of data related to the concepts of Gender interdiscourse intertext and Reading Such an ap
209. ilidade das autoras Maria Aparecida da Silva Ramos UFGD e Rita de C ssia A Pacheco Limberti UFGD Por fim a partir do conceito de interdiscurso as autoras Maria Teresa Tedesco Vilardo Abreu UERJ e Helena Ribeiro de Mendon a Ferreira doutoranda verificam em contratos de cinco empresas de assist ncia sa de a produ o dos sentidos textuais no dom nio discursivo do Direito dom nio jur dico da Economia dom nio comercial e da Medicina dom nio da sa de no artigo intitulado Interdiscursividade e intertextualidade no g nero contrato das empresas de assist ncia sa de algumas considera es sobre a leitura e o obscurecimento dos sentidos Esperamos que o leitor de TABULEIRO DE LETRAS possa compartilhar dos interessantes estudos e pesquisas aqui apresentados confiante na pr xima edi o de nossa revista eletr nica Rosa Helena Blanco Machado Coordenadora do PPGEL UNEB LINGUAGENS IDENTIDADE DIVERSIDADE Editora Chefe Profa V ra Dantas de Souza Motta SUM RIO VOLUME 03 dezembro 2011 I EM BUSCA DE TEXTOS PUBLICADOS EM PERI DICOS BAIANOS Maria da Concei o Reis Teixeira Universidade do Estado da Bahia UNEB II AS COTAS RACIAIS SOB O SIGNO DA IGUALDADE DES RACIALIZADA TRAJET RIAS DO DISCURSO LIBERAL NO BRASIL Larissa Santos Pereira Mestre em Estudo de Linguagens PPGEL UNEB WI AS ESCOLHAS LEXICAIS DO DOUTOR REM DIOS MONTEIRO E A COMPOSI O DO SEU DISCURSO MEMOR
210. imina o racial que sustentou esse regime Na perspectiva da An lise de Discurso essa divis o dos sentidos em que a racializa o ora uma forma de racismo ora uma forma de combater o racismo um tra o da historicidade que pr prio da constitui o do discurso Para que o discurso sobre as cotas raciais fa a sentido ele precisa refratar os sentidos pr existentes sobre a quest o racial no Brasil materializando assim os processos ideol gicos de significa o Dessa maneira o real da l ngua um objeto apenas idealizado inapreens vel exatamente porque sua defini o excede o sistema lingu stico o desaparecimento do problema racial do espa o discursivo acad mico sob o manto da igualdade n o implicou em seu desaparecimento da mem ria discursiva acerca das rela es raciais brasileiras E esta mem ria permeada por contradi es hist ricas que hoje irrompe no discurso sobre as cotas raciais REFER NCIAS BARBOSA R Parecer n 48 A Sobre o projeto de emancipa o dos escravos Sess o de 04 de agosto de 1884 In Discursos Parlamentares Rui Barbosa Sele o e introdu o de Evaristo Moraes de Filho Bras lia C mara dos Deputados Coordena o de Publica es 1985 COROA M L M S O tempo nos verbos do portugu s S o Paulo Par bola Editorial 2005 FAORO R Os donos do poder forma o do patronato pol tico brasileiro 4 ed S o Paulo Globo 2008 1975 TABULEIRO
211. indo a capitania culminaram na extin o dos jesu tas em 1760 Nessas condi es ativa se o xodo de quantos nutriam alguma ambi o e podiam se mudar para s tio de maior atividade econ mica Com a expuls o dos jesu tas fica extinto tamb m o ensino aliado doutrina Pombal imprime um novo sistema de ensino a Portugal e s suas col nias atrav s das aulas r gias com a nomea o de professores Esses eram remunerados atrav s do Subs dio Liter rio que TABULEIRO DE LETRAS era o imposto pago pela comercializa o de alguns produtos como dos a ougues aguardente etc na Capitania da Bahia cobrado pela Junta da Real Mesa Cens ria atrav s da C mara exclusivamente para esse fim Vilhena 1969 p 276 286 refere se situa o desses professores que passavam meses e at anos sem receber os seus proventos Esse Autor apresenta um Mapa Mapa do Rendimento do Subsidio Liter rio que na Tesouraria Geral da Bahia foi recebido das diferentes C maras da mesma Capitania em tr s anos de 1795 a 1797 Em uma parte deste mapa est o discriminadas as Povoa es e o que foi arrecadado nos tr s anos de 1795 a 1797 e a soma total Na segunda parte do mapa est o discriminados os distritos nome dos professores cadeiras que exercitam povoa es onde residem quanto vencem por ano o que se lhes deve em dinheiro quantos meses S o informa es sobre a ent o Comarca de Porto Seguro S o tr s p
212. inguir ainda de modo claro o di logo enquanto organiza o textual caracter stica do drama e o sentido mais amplo de dialogismo como confronto entre discursos De fato n o se deve confundir o di logo como forma liter ria de representar a troca de r plicas entre personagens em estilo direto e o principio dial gico que move todo e qualquer ato de enuncia o visto que a linguagem por constitui o dial gica complexa heterog nea como Bakhtin se empenhou em demonstrar ao longo de sua obra Isso implica tamb m dizer que nenhum discurso individual pois sua constru o depende no minimo de dois interlocutores de dois seres sociais que portam diferentes pontos de vista Assim nada garante que o di logo como produ o textual pelo fato de ser estruturado pela altern ncia de r plicas e de enunciadores expresse tamb m uma varia o de discursos ou diferentes atitudes posi es ideol gicas dos sujeitos que interagem Sabe se que n o s o raros os exemplos de textos dram ticos em que h di logos tediosamente monol gicos em que o interc mbio de falas n o traz confronto de ideias ou vis es de mundo como se os falantes estivessem imersos num mesmo am lgama discursivo como se as r plicas n o se replicassem como se os enunciados fossem vetores que se somassem numa mesma dire o Fora da fic o dram tica tais di logos s o mais comuns do que desejariamos em situa es cotidianas nas quais por div
213. io da Bahia de 8 de jul 1871 transcri o conservadora em que se preservam as caracter sticas ortogr ficas do texto original como quase propriedade por conseguinte sujeita a outras regras de solu o para a sua transforma o como elemento servil como havemos de ver Acreditando que a estatistica ou recenseamento geral da escravatura n o dar numero superior a dous milh es os dados que colhemos de escriptores sobre esse ponto nos dizem que esse computo mais que verdadeiro porque excessivo de todo o calculo entendemos que o prazo de 20 annos suficiente para dentro delle fazer morrer a escravid o 4 Considera es finais Nos acervos brasileiros encontram se documentos de todo o tipo liter rios e n o liter rios testamentos peti es declara es entre outros que permitem conhecer melhor o cotidiano da sociedade da poca em que foram lavrados Muitos desses textos est o no ostracismo e em estado de conserva o ruim outros dispersos todavia constituem fontes de grande valor para estudos hist ricos lingu sticos e liter rios Com o desenvolvimento do projeto de pesquisa pretende se selecionar os textos abolicionistas publicados no Di rio da Bahia 1869 1888 para a constitui o de um corpus informatizado Banco de Textos que servir de objeto para a elabora o de edi es dos textos reunidos para posteriores estudos A realiza o deste trabalho justifica se n o somente por resgatar o
214. ios filmes em especial os realizados logo depois da guerra como Roma cidade aberta 1944 45 de Roberto Rossellini no qual a cr nica dos ltimos dias de luta era traduzida na tela pela for a bruta daquelas imagens assoladas como escreveu o Pier Paolo Pasolini poeta Palavras chave Segunda Guerra Mundial Mem ria Representa o ABSTRACT Orality especially in home circle was the way to remember once again and to transmit to future generations the events of the Second World War period My childhood was so full of narratives about this past history yet so present that I had the sensation it formed a part of my life As time goes by the family memories were supplemented by the reading of reports literary works history books and the vision of a lot of movies especially those made after the war like Rome open city 1944 45 by Roberto Rossellini where the last days of fight s chronicle was translated on the screen by the brutal power of the full of light images as wrote the poet Pier Paolo Pasolini Keywords Second World War Memory Representation A Nant pelas mem rias compartilhadas Io nun Paggio visto ma m hanno ditto ca erano nziste appriesso a loro Napule resiste O quarantatr nascuse dint e viche o mmiezo e piazze so disperate e fanno cose e pazze se sentono li spari a tutte pizze songo e guagliune e Napule songo e scugnizze Docente aposentada
215. is E Andersen considera que Failure to pursue the complexities of discourse structure in research on temporality will simply leave as unexplained and unexplainable phenomena that do have an explanation O papel de relev ncia atribu do ao discurso no mbito da aquisi o da morfologia de tempo e aspecto tem centrado as suas aten es ao n vel da narrativa Hip tese do Discurso determina que a distribui o da morfologia verbal da interl ngua determinada pela estrutura narrativa O discurso narrativo no mbito da Hip tese do Discurso composto por duas partes foreground e background Enquanto que o foreground relata eventos que fazem parte da estrutura base do discurso e que fazem avan ar os eventos TABULEIRO DE LETRAS narrativos de forma sequencial o background constitui o material de suporte para os eventos do foreground Bardovi Harlig 1998 identifica quatro fun es do background 1 revelar um acontecimento anterior ao narrado 2 fazer a previs o sobre o resultado de um acontecimento 3 avaliar uma ac o n o colocada na linha de tempo narrativa 4 servir de contextualizador narrativo scene setting de explica o ou identifica o A Hip tese do Discurso defende que a distin o entre foreground e background feita atrav s do uso da morfologia verbal Da associa o de ambas as hip teses BARDOVI HARLIG 1998 decorre que os predicados verbais t licos ocorrer o com mais probabili
216. iscursos sobre as rela es raciais brasileiras vem se constituindo sob essa tica o mesmo j produ o da hist ria j parte do efeito metaf rico A historicidade est a representada justamente pelos deslizes par frases que instalam o dizer no jogo das diferentes forma es discursivas ORLANDI 2007 1996 p 81 Dado o lugar ideol gico da forma sujeito do DRB e dos demais sujeitos enunciadores de atuais discursos sobre as rela es raciais brasileiras verifica se ent o esse primado do mesmo sobre o outro materializado no efeito metaf rico que conjuga uma identidade inferiorizada tanto para o homem escravizado como para o homem negro No processo de circula o desses discursos s o significativas as reflex es feitas pelos diversos autores que ao longo do s culo XIX e do s culo XX dissertaram sobre o escravismo TABULEIRO DE LETRAS e ou sobre o homem negro escravizado no Brasil Inicialmente p e se em destaque o pr prio Rui Barbosa que define bem esse cen rio deveras poliss mico Ningu m neste pa s divinizou jamais a escravid o Ningu m abertamente a defendeu qual nos estados separatistas da Uni o Americana como a pedra angular do edif cio social Ningu m como ali anatematizou na emancipa o um atentado perturbador dos des gnios providenciais Todos s o e t m sido emancipadores ainda os que embara avam a repress o do tr fico e divisavam nele uma conveni ncia eco
217. istas de Inicia o Cient fica Adriana Santana Joseane Ara jo e Laila Kelly de Jesus Ap s as reda es cada aluno recebeu o question rio que conta com 7 sete quest es As quest es de 1 a 6 pedem que assinalem a frase preferida e 3 Antes do question rio solicitou se que os alunos fizessem duas reda es uma sobre o futuro pr ximo e outra sobre o futuro distante A proposta da pesquisa confrontar o que usam com o que pensam que usam As escolas n o permitiram a pesquisa com as turmas de 1 e 2 s ries do ensino fundamental sob a alega o de que as crian as ainda n o sabiam escrever reda es Na mesma ocasi o em que se aplicou o teste de percep o atitude foram coletadas duas reda es de cada aluno 5 N o foi poss vel realizar a pesquisa em universidade particular est o formuladas de modo a contemplar v rias proje es de futuridade depois amanh na semana que vem no final do ano daqui a dois anos e quando crescer me formar Dentre as alternativas est o as formas variantes de futuro futuro simples futuro perifr stico com ir infinitivo presente formas gerundivas distribu das aleatoriamente e em frases diferentes de forma a que os estudantes n o percebessem o tema da pesquisa A ltima quest o pede que o aluno assinale a frase que n o usaria ou de que menos gosta e contempla tamb m as variantes de futuro verbal Ainda nesta ltima quest o pede se que o aluno justifique por
218. istintas posi es s cio ideol gicas das personagens e do TABULEIRO DE LETRAS pr prio autor o romance seria o g nero por excel ncia em que se manifestaria o dialogismo constitutivo da linguagem Todo romance em maior ou menor escala um sistema dial gico de imagens das linguagens de estilos de concep es concretas e insepar veis da lingua A l ngua do romance n o s representa mas ela pr pria objeto de representa o A palavra romanesca sempre autocr tica Com isso o romance se diferencia em principio de todos os g neros diretos do poema pico da l rica e do drama em senso estrito Idem p 371 Observe se que chega a ser uma contradi o te rica e n o seria a primeira a se apontar nos escritos do autor russo o fato de afirmar que a linguagem por constitui o dial gica e ao mesmo tempo reservar a uma determinada forma liter ria o romance a possibilidade de engendrar se segundo uma perspectiva polif nica como um tecido de muitas vozes Afirma es do tipo A l ngua do romance n o s representa mas ela pr pria objeto de representa o ou A palavra romanesca sempre autocr tica como as acima citadas podem ser rigorosamente aplicadas a qualquer g nero textual Por isso com raz o alguns autores t m insistido no fato de que monofonia e polifonia s o efeitos de sentido resultantes de procedimentos discursivos e n o tra o inerente a qualquer tipo de e
219. isto e a ser verdadeiro e bom Ambos davam me o exemplo por pa lavras e actos Ambos queriam fazer de mim um homem feliz um espirito s o creio que o fizeram MEM RIAS f 127r 1 5 18 Para Doutor Rem dios o livro a Imita o de Jesus Cristo o ensinava a sofrer e a perdoar a manter a paz de espirito a saber resignar se e a reproduzir em si mesmo a imagem TABULEIRO DE LETRAS de Cristo Desde cedo esteve em contato com a filosofia crist pois estudou latim franc s e aritm tica com um monge beneditino Padre Jos de Santiago Mendon a Estudei primeiras lettras la tim francez e arithemetica no col legio do padre mestre Jos de Santiago Mendon a que havia sido monge benedictino Esse collegio um dos melhores do tempo e talvez superior a alguns da actualidade era no bairro da Saude perto da minha residencia na rua do Livramento MEM RIAS f 6r 1 3 11 Doutor Rem dios Monteiro ao estruturar o seu texto memorial stico parte de sua vontade pessoal construindo assim um tecido discursivo no qual s o delineados os aspectos s cio hist ricos e lingu sticos A dire o que toma o seu discurso evidencia os valores que marcam a sua tradi o social e mostra que o seu discurso est permeado por outros discursos da igreja da escola do regime militar da fam lia etc Para Bosi 1987 p 11 O passado conserva se e al m de conservar se atua no presente mas n o de forma homog
220. ital os e entendia muito bem a sua letra mi da o que era ne cessario para decifral os m r mente por causa das entrelinhas emendas etc MEM RIAS s n de f lio 1 11 22 TABULEIRO DE LETRAS Mesmo sendo um homem virtuoso e respeitador da filosofia crist Doutor Rem dios como um ser que representa o seu tempo e cuja caracter stica n o est t o distante do momento presente carregava d vidas e incertezas diante da vida N o posso descrever o terror que se apoderava de mim quando tinha de receitar a qualquer doente tudo eram embara os duvidas e incerte zas a respeito do diagnostico e da therapeutica MEM RIAS s n de f lio 1 7 11 Mesmo com d vidas Doutor Rem dios exerceu a profiss o de m dico com dedica o paci ncia amor e abnega o N o conhe o profis s o que exija mais instruc o sa cerdocio de mais grave e perigosa responsabilidade do que o exerci cio da medicina S Deus sabe quantas vezes maldice esta pro fiss o que t o voluntariamente abracei e que entretanto me tem permettido exercer largamente a caridade No goso intimo de minha consciencia tenho sempre encontrado a recompensa dos servi os prestados a compensa o das difficuldades com que lutei desde o principio de minha carreira medica at hoje Quanto s injusti as e ingratid es depressa me esque o dellas O dever tem sido o principio director de meus actos como m
221. ito passamos a apresentar os resultados do cruzamento da vari vel grounding com as seguintes vari veis 1 n mero de anos de aprendizagem ii l ngua materna iii tipo de instrumento iv aspecto lexical Come amos por cruzar grounding com a vari vel n mero de anos de aprendizagem partindo da hip tese de que uma maior exposi o l ngua alvo possa contribuir para que se verifiquem diferen as ao n vel da marca o do pret rito perfeito em termos da estrutura narrativa HOUSE 2002 COMAJOAN 2005 SALABERRY 2009 No quadro 3 apresentamos resultados do cruzamento das duas vari veis Quadro 3 Cruzamento das Vari veis Grounding e N de Anos de Aprendizagem Pret rito Perfeito N de Anos de Aprendizagem Es 5 10 gt 10 63 0 49 0 57 Background 396533 74 048 1930 63 048 31 41 Signific ncia 0 018 Log Likelihood 1464 183 Os resultados do cruzamento das duas vari veis revelam que um maior n mero de anos de exposi o aprendizagem da l ngua tem efeito na marca o aspectual em fun o da estrutura narrativa Os aprendentes que se encontram num n vel interm dio favorecem a marca o do pret rito perfeito nestes contextos com um peso relativo de pr 57 enquanto que os aprendentes que j estiveram expostos aprendizagem da l ngua durante 10 anos ou mais favorecem a marca o com um peso relativo de pr 70 Na tentativa de averiguar outras hip teses que pudessem complementar a nossa
222. ivas distintas A primeira evoca o texto como elemento de liga o entre o locutor o produtor do texto e o interlocutor o destinat rio A partir dessa perspectiva hoje se pode afirmar que a leitura um fen meno processual n o sendo mais concebida como apenas um produto que gerado automaticamente quando um dado texto acessado pelos leitores A segunda reside no fato de que ao interagir por meio do texto os indiv duos buscam diferentes discursos historicamente situados para elaborar seus enunciados Por conta disso pode se afirmar que ao elaborarmos um texto qualquer n o tomamos uma palavra que seja nossa propriamente mas evocamos sempre diferentes discursos que foram utilizados por outros sujeitos hist ricos TABULEIRO DE LETRAS A partir dessa segunda concep o observamos que conforme postula Fiorin 2004 p 37 existe uma dialogiza o interna da palavra que perpassada sempre pela palavra do outro n o sendo poss vel produzirmos nossas falas monologicamente sem a presen a da figura do outro Nesse sentido o interdiscurso pode ser definido como o conjunto de unidades discursivas com as quais o discurso particular entra em rela o implicita ou explicita CHARAUDEAU e MAINGUENEAU 2006 p 286 Qualquer discurso ser portanto norteado pela presen a de outras formas interdiscursivas das quais ele ir eclodir Assim o conhecimento de tais interdiscursos uma condi
223. ivilegiado para a representa o das trocas enunciativas pelas quais os sujeitos ganham exist ncia gra as ao discurso do outro Em A varia o do futuro verbal em portugu s teste de percep o atitude na cidade de Feira de Santana BA Josane Moreira de Oliveira PPGEL UEFS investiga entre estudantes de escolas p blicas e privadas dos n veis fundamental e m dio al m de estudantes do curso universit rio de Administra o a percep o das formas variantes de futuro verbal al m das raz es de sua prefer ncia ou rejei o Como parte dos estudos em hist ria social sobre a l ngua portuguesa desloca se o foco para a Capitania de Porto Seguro apresentando as pesquisadoras Rosa Virg nia Mattos e Silva UFBA CNPq e Emilia Helena Portella Monteiro de Souza UFBA artigo intitulado Escolariza o e demografia na Capitania de Porto Seguro em que se analisam dados relativos ao per odo compreendido entre os s culos XVI e o XIX A aplica o de um modelo de an lise de dois livros textos indicados pelo PNLD 2012 constitui o foco do artigo intitulado A interculturalidade nos livros did ticos de ingl s de autoria de Victor Ernesto Silveira Silva mestre em Estudo de Linguagens pelo PPGEL UNEB Discurso de professores ind genas uma an lise semi tica possibilita ao leitor o acesso ao discurso sobre educa o formal de dois professores de reserva ind gena a partir de conceitos da semi tica de responsab
224. izados integrados lavradores As suas terras eram indevidamente administradas pela C mara p 86 TABULEIRO DE LETRAS A Autora no item contigente demogr fico informa que no Litoral meridional em 1850 1860 p 88 LITORAL MERIDIONAL N de aldeias 2 234 39 790 O percentual se refere ao S Francisco 2 5 Litoral Norte 42 5 Litoral Central 15 3 Assim os ind genas do Litoral Meridional s perdiam para os do Litoral Norte 6 A escolariza o Com Tom de Souza em 1549 chegaram tamb m Bahia seis padres jesu tas deles sendo o superior o padre Manoel da N brega Esse escreve v rias cartas ao Padre Mestre Sim o Rodrigues de Azevedo Provincial da Companhia de Jesus em Portugal dando not cias locais sobre as a es dos padres jesu tas e suas Encontram se em Accioli em seu livro Mem rias Hist ricas e Pol ticas da Provincia da Bahia 1919 1835 com coment rios de Braz do Amaral algumas dessas cartas Seguem not cias de N brega da Bahia em 1549 O padre Leonardo Nunes mando aos Ilh os e Porto Seguro a confessar aquella gente que tem nome de Christ o porque me disseram de l muitas mis rias elle escrever a Vossa Reverendissima de l largo Leva por companheiro a Diogo Jacome para ensinar a doutrina aos meninos o que elle sabe bem fazer p 283 N brega em 1550 em carta datada de 06 de janeiro desse ano trata da viagem feita por ele de Ilh us para Porto Seg
225. l Brasileiro considerando se ainda esta aven a como um Contrato Aleat rio regulado pelos artigos 1 118 e 1 121 do mesmo c digo assumindo o a CONTRATANTE o risco de n o vir a existir a cobertura da referida assist ncia pela incoer ncia do evento do qual ser gerada a obriga o da CONTRATADA em garanti la Outrossim este Contrato sujeita se s normas estatu das na Lei Federal n 9 656 98 e legisla o Contrato da empresa Real Doctor p 1 Esse exemplo foi retirado da segunda cl usula do contrato da empresa Real Doctor que tem como t tulo Da natureza jur dica deste contrato Nessa parte existe uma exposi o da valida o jur dica do acordo e estabelecimento das partes envolvidas na negocia o enuncia o Para isso no fragmento o destinador utiliza um sintagma nominal extenso para designar o contrato de assist ncia m dica quando opta pela constru o O presente Contrato de Opera o de Plano Privado de Assist ncia Sa de Com este procedimento lingu stico o produtor do texto tamb m faz com que o texto se insira diretamente no dom nio discursivo Jur dico e com essa op o deixa de simplificar as informa es no n vel textual Essa op o de estrutura o sint tica ter uma influ ncia direta na quest o da maior ou menor percep o dos sentidos durante a leitura acarretando aumento na informatividade textual por conta da maior ou menor explicitude das informa
226. l tem se concentrado na Hip tese do Aspecto e na Hip tese do Discurso e tamb m no papel do input Salaberry e Shirai 2002 p 4 salientam tamb m outras quest es relevantes como 1 a transfer ncia de TABULEIRO DE LETRAS L1 2 a forma o de prot tipos 3 as fun es discursivas 4 as vari veis de ordem pedag gica ou 5 as vari veis de ordem cognitiva e ou universalista Qualquer professor envolvido no ensino de L2 sobretudo de uma l ngua rom nica n o hesitaria em classificar a aprendizagem da no o de aspecto como problem tica para os seus alunos Estas dificuldades s o corroboradas pelos resultados que os v rios estudos t m obtido quanto marca o da morfologia verbal BLYTH 2005 p 212 Ellis 1997 67 70 2002 p 28 apresenta uma lista de factores que afectam a aprendizagem das estruturas gramaticais i a complexidade linguistica formal e funcional ou seja o aprendente tamb m tem que aprender as fun es discursivas do contraste perfectivo imperfectivo por exemplo ii confian a na regra gramatical as regras gramaticais utilizadas em contexto pedag gico tendem a generalizar n o permitindo que o aprendente se aperceba da exist ncia de possiveis excep es iii a metalinguagem usada para fixar a regra o uso de metalinguagem n o facilita a aquisi o das nuances aspectuais iv o contraste entre L1 e L2 v a frequ ncia do item no input a fraca frequ ncia e distribu
227. leiros e dos t picos falantes de ingl s neste caso os estere tipos dos falantes de ingl s foram o do norte americano e do brit nico A inten o de desconstruir tais estere tipos seria mais efetiva se a perspectiva do world Englishes fosse levada em considera o pois induziria os alunos a perceberem a exist ncia de outros ingleses falados e que s o altamente marcados pelas caracter sticas socioculturais dos falantes Em outras palavras o Prime poderia ter estendido a discuss o dos estere tipos para os ingleses falados nos circulos externo e em expans o Por outro lado a diversidade cultural e a reflex o sobre h bitos culturais dos diversos grupos humanos s o um ponto forte na cole o Prime As atividades que incentivam observa es etnogr ficas exploram as diferen as socioculturais que existem entre etnias g neros religi es e posi es sociais distintas Vale ressaltar que tais observa es n o s o motivadas a t tulo de compara o entre culturas mas sim para assinalar a exist ncia de maneiras diferentes de se comportar falar e dirigir se ao outro Por fim a cole o Prime traz uma proposta bem mais harm nica com a perspectiva da interculturalidade no ensino de ingl s A maior dificuldade contudo trazer para os alunos brasileiros amostras das variedades de ingl s j que nos textos em udio a LI falada essencialmente norte americana Neste aspecto ambas as cole es se assemelham 4 Considera
228. lerar ainda mais o processo de destrui o definitiva a que est o sujeitos os documentos originais quando do contato direto A segunda alternativa sugerida para a preserva o consiste no resgate via transcri o dos textos constantes em cada exemplar Do ponto de vista econ mico um procedimento de conserva o do conte do intelectual dos textos mais access vel mas que demanda muito tempo para a execu o de um trabalho extremamente meticuloso de transcri o linha por linha dos textos veiculados no jornal O pr prio manuseio dos pesquisadores neste processo de resgate dos textos favorece para acentuar ainda mais a fragilidade do suporte acelerando portanto a sua destrui o definitiva mister dizer que o acervo continua sendo consultado por pesquisadores de v rias reas sem o devido preparo para manuse lo Certamente n o ser exagero afirmar que em um tempo muito brev ssimo esta fonte de informa o hist rica cultural social e lingu stica n o mais existir Diante de tal situa o e da inviabilidade de se p r em pr tica a primeira possibilidade s resta a segunda alternativa apesar de se conhecerem as consequ ncias desta para a perman ncia de alguns dos exemplares do Di rio da Bahia dos quais s se disp em de fragmentos enquanto testemunho vivo da hist ria da imprensa no Brasil 3 1 Os objetivos inicialmente pretendidos Cabe lembrar que a necessidade de resgatar o patrim nio cultural de um povo n o
229. liativa TABU LEO DE LETRAS Caso se tratasse de uma parte insignificante da estrutura a omiss o seria at natural A quest o que na narrativa A se trata de uma unidade que estava muito bem articulada com a anterior e com a posterior Afinal era esse sentimento de indigna o do narrador do livro compartilhado pelo povo do lugar que motivaria o desenrolar da a o Pode at ser considerado no texto A o ponto da hist ria Labov 1972 Nesse aspecto ent o sublinhemos houve uma adapta o da hist ria para que pudesse ser contada aos outros ouvintes sem riscos de censura de conflitos interativos 4 2 2 Altera o posicional de parte da estrutura O momento em que nosso narrador explica ao ouvinte o conceito de rabo preso extremamente importante Este conceito faz parte da orienta o da narrativa e a grande met fora do livro Com base nela tudo se desenvolve e se ilumina A explica o do que seja rabo preso cremos tem um certo grau de dificuldade para o aluno Essa dificuldade tem duas dimens es primeiro de complexa formula o intelectual para uma crian a segundo a express o rabo preso que n o pode ser omitida da narrativa tem os tra os vulgar e coloquial e remete a julgamentos sociais negativos Todos esses aspectos causam embara o ao aluno quando ele precisa veicular esse conceito O interessante a observar ent o a maneira como o aluno posiciona essa important
230. livros did ticos de ingl s do ensino m dio Upgrade da editora Richmond e Prime da editora MacMillan As obras fazem parte do Programa Nacional do Livro Did tico 2011 que sugere os livros a serem utilizados pelo ensino m dio no ano de 2012 A an lise baseada na proposta de Oliveira 2010 concluiu que ambas as cole es parecem estar assimilando a ideia da interculturalidade contudo ainda precisam assumir e mostrar o fato de que a l ngua inglesa hoje compreende in meras variedades Palavras chave Livro did tico Interculturalidade Ingl s World Englishes ABSTRACT According to recent studies English learning and teaching approaches have changed outstandingly due to the situation of English nowadays global language and world Englishes and the remarkable revolutions occurred in the medias and technology Such revolutions had facilitated the contact among people from different languages and cultures In this context English teaching and learning should take into account such intercultural situations in order to turn socio cultural traits of the speakers into important aspects for the mutual comprehension and self valorization This perspective is component of intercultural communicative competence ICC which has been divulged by several scholars recently namely Byram 2002 Oliveira 2010 is one of the advocates of ICC in Brazil and supports the English teaching based in the development of ICC and respect to the World Englishes She
231. los mais cuidada Se em todos os outros textos aparece o voc bulo besteira pertencente a um registro mais coloquial e vulgar socialmente falando neste aparece a express o coisa errada Esta express o embora mantenha o tra o coloquial tamb m n o tem o tra o vulgar que o voc bulo besteira pode ter Situa o interessante tamb m a que aparece no texto B Neste o ouvinte tamb m investido do tra o poder e intimidade como o ouvinte do texto C Entretanto aparecem al m do voc bulo besteira dois outros caguetar e dedurar ambos coloquiais e socialmente vulgares Isso seria uma incoer ncia discursiva do narrador j que o ouvinte motivaria a filtragem desses termos pelo aluno S que observando o texto B vemos dois fatos que n o aparecem nos outros e que n o deixam invalidar nossos coment rios anteriores E preciso que se considerem os preconceitos sociais no uso da l ngua E dessa seara que buscamos nossas observa es para classificar um voc bulo como mais vulgar ou menos vulgar por exemplo TABULEIRO DE LETRAS e Uma pausa aparece antes da palavra caguetar A pausa tem a fun o de dar tempo ao falante para estruturar o seu pensamento o seu discurso e inclusive selecionar voc bulos Isso parece indicar que o falante parou refletiu mas n o conseguiu encontrar um voc bulo que ele achasse mais adequado ao ouvinte Em vista diss
232. ltado geral de uso das variantes consideradas isto computadas as respostas assinaladas por todos os estudantes do n vel fundamental ao universit rio das redes p blica e privada de acordo com a escala de proje o de futuridade estabelecida do futuro mais pr ximo ao mais distante DEPOIS futuro iminente gt AMANH futuro imediato gt NA SEMANA QUE VEM futuro pr ximo gt NO FINAL DO ANO futuro menos distante gt DAQUI A DOIS ANOS futuro mais distante gt QUANDO CRESCER ME FORMAR futuro indefinido Para o futuro iminente avaliado pelo uso do adv rbio depois o presente do indicativo foi a variante mais utilizada com 31 dos dados Depois eu ARRUMO as minhas coisas Para o futuro imediato avaliado pelo uso do adv rbio amanh predomina o uso do futuro perifr stico formado pelo verbo ir infinitivo com 41 de uso dessa variante com o verbo ir no presente Amanh eu VOU TOMAR sorvete e 36 de uso dessa variante com o verbo ir no futuro Amanh eu IREI TOMAR sorvete Para o futuro pr ximo avaliado pelo uso da locu o adverbial na semana que vem passa a predominar o futuro simples que atinge 46 dos dados Na semana que vem meus amigos j ESTAR O de f rias Para o futuro menos distante avaliado pelo uso da locu o adverbial no final do ano volta o predom nio do futuro perifr stico com 41 dos dados com ir no presente mais infinitivo No final
233. lvidos por um funcion rio treinado pela institui o A encapsula o t cnica muito empregada para se dar suporte e prote o aos documentos de papel consiste no processo de colocar um documento entre duas folhas de material transparente e inerte prendendo as pelas bordas A aplica o dessa t cnica contribui para aumentar o tempo de vida til do documento uma vez que o material utilizado forma uma barreira f sica contra os efeitos externos e contra o manuseio e o desgaste Al m da aplica o dessa t cnica a pr tica de algumas a es rotineiras como por exemplo evitar a incid ncia direta dos raios da luz solar e artificial no documento controlar a temperatura ambiente est vel entre 16 e 18 C e a umidade relativa do ar entre 40 e 50 retirada das fitas adesivas grampos alfinetes clipes e el sticos porque estes materiais causam dano ao suporte Os procedimentos citados s o alguns exemplos de pr ticas simples que contribuem para o processo de preserva o do documento Fig 3 Fac s mile de p gina Di rio da Bahia 1871 Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 A rdua miss o de resgatar os textos que comp em o patrim nio espiritual produzido pela humanidade requer do fil logo editor de texto a tomada de decis es importantes para salvaguard los d
234. man 1959 1981 interessante notar que ao modificar a estrutura da sequ ncia de abertura no texto C o narrador se perde na organiza o do pensamento seguinte Ele obrigado a se interromper e a iniciar outra constru o A corre o Marcuschi 1991 aqui parece ser claramente um ind cio de tens o frente ao coordenador Conjugado corre o percebemos tamb m que diferentemente das outras sequ ncias esta n o tem a entona o de fim de frase ele amplia a unidade frasal e e passa a introduzir outra informa o No livro que eu li se chama que se chama Uma hist ria de rabos presos e numa cidade chamada Egol ndia A quebra de seu padr o originou uma nova estrutura que denuncia um maior cuidado na organiza o de seu discurso frente a um interlocutor com poder 4 1 2 Sequ ncias de fechamento Aqui o aluno tamb m encontrou uma f rmula que ali s roubada do livro e encerrou todas as narrativas da mesma maneira Nesse ponto podemos comentar com Ochs 1979 que o texto escrito planejado que veio do livro interferiu na constru o discursiva desse momento da narrativa Onde se poderia esperar uma grande varia o t pica dos discurss orais tipicamente n o planejados n o se deu TEXTO A esse povo que estava l dentro dessa casa nem fez falta pra cidade por sinal at mudou de nome TEXTO B Aquela multid o toda que ficou no pr dio n o parecia fazer falta pa
235. mos de defini o os eventos background podem ser alvo de diferen as de interpreta o quanto ao seu papel no avan o da narrativa A hip tese por n s avan ada neste sentido a de que este grupo de informantes possa estar a considerar alguma informa o background como foreground Pensamos que isto possa acontecer por motivos de transfer ncia i transfer ncia de L1 de informa o de car cter pragm tico na estrutura o e interpreta o da sequ ncia da narrativa 11 transfer ncia da aus ncia de marca o aberta atrav s de determinadas part culas das situa es imperfectivas no discurso TABULEIRO DE LETRAS Na tentativa de confirmar a validade desta hip tese foi pedida a colabora o de um falante nativo de mandarim e outro de cantonense no sentido de aferir se todas as situa es por n s identificadas como foreground e background obtinham a mesma correspond ncia por parte de falantes nativos Considerando a sequ ncia da narrativa anteriormente apresentada o falante de mandarim identificou os eventos 4 14 23 28 e 31 como eventos foreground O falante de cantonense por seu turno identificou os eventos 2 8 14 23 25 28 31 e 37 como foreground Ambos os informantes confirmaram tamb m que as situa es imperfectivas n o necessitam no contexto desta narrativa de marca o clara Quer isto dizer que a perspectiva do narrador que conduz a marca o dos eventos em termos de
236. n mica ou um mal mais toler vel do que a extin o do com rcio negreiro BARBOSA 1985 1884 p 547 O escravismo enquanto acontecimento sujeito interpreta o n o se encaixa em uma nica ordem discursiva significando de variadas maneiras Em sua obra cl ssica datada do s culo XIX Joaquim Nabuco escreveu por exemplo que o mau elemento da popula o n o foi a ra a negra mas essa ra a reduzida ao cativeiro mas logo adiante tamb m afirmou que Muitas das influ ncias da escravid o podem ser atribu das ra a negra ao seu desenvolvimento mental atrasado aos seus instintos b rbaros ainda s suas supersti es grosseiras NABUCO 2000 1883 p 62 63 Essa oscila o entre a imagem de um homem escravo inferiorizado e a imagem de um homem negro inferior pe a fundamental no processo metaf rico de deslizamento de sentidos acerca das quest es raciais brasileiras como se pode perceber pelos escritos de alguns dos autores que se debru aram sobre essa quest o J no s culo XX Caio Prado Jr comentando sobre as dificuldades de mobiliza o e engajamento dos escravos na luta antiescravid o diz que o tr fico trouxe ao pa s africanos de baixo n vel cultural PRADO JR 2010 1945 p 103 Celso Furtado dissertando sobre a participa o da popula o negra na economia brasileira d continuidade constitui o dessa imagem Cabe t o somente lembrar que o reduzido desenvolvimento me
237. n o se constitui no vazio produzindo efeitos de sentidos que afirmam a import ncia da liberdade mas a cercam de restri es o que evidentemente se op e aos sentidos de liberdade irrestrita que seriam pr prios da forma sujeito liberal O confronto entre essas duas ideias de liberdade dentro da FD Liberal reside na dupla condi o do negro naquele contexto enquanto mercadoria e enquanto homem Esse contraste assumido pela posi o sujeito abolicionista do DRB que j no in cio do fragmento selecionado efetua um esclarecimento a respeito das restri es de tempo e espa o para o homem rec m emancipado Faoro 2008 1975 ilustra essa concep o ampla de liberdade no mbito individual e no mbito coletivo citando um trecho de um jornal liberal da poca o Correio Nacional Emancipamos o indiv duo garantindo lhe a liberdade de culto de associa o de voto de ensino e de ind stria o munic pio reconhecendo lhe o direito de eleger a sua pol cia de prover as suas necessidades peculiares de fazer aplica o de suas rendas e de cri las nos limites de sua autonomia A prov ncia libertando a da a o esterilizadora e tardia do centro respeitando lhe a vida pr pria garantindo lhe o pleno uso e gozo de todas as franquezas de sorte que eles administrem por si sem outras restri es al m das estritamente reclamadas pela uni o e interesse geral FAORO 2008 1975 p 509 TABULEIRO DE LETRAS V
238. na mais formal menos espont neo quando dirigido ao interlocutor com os tra os poder intimidade e contato e ao contr rio o discurso mais fluente espont neo quando dirigido ao interlocutor com os tra os poder intimidade e contato No que se refere especificamente constru o das narrativas consideramos que nelas est o presentes entidades sociais que representam nossa posi o e vis o de mundo nossos padr es e cren as Ao contar uma hist ria em intera es sociais estamos mostrando nossas perspectivas Teixeira e Silva 1997 Linde 1993 Schiffrin 1996 168 nos coloca que a linguagem narrativa contribui para construir e mostrar o que n s somos Ent o nas narrativas poderemos tamb m perceber o lugar social de onde fala o nosso pequeno narrador 4 A organiza o das narrativas A hist ria do livro pode ser resumida a partir das unidades b sicas que o aluno utilizou para estruturar cada uma das narrativas Vejamos 1 A sequ ncia de abertura an ncio da hist ria que contar O motivo da hist ria a cidade e os rabos presos O conceito de rabo preso Os seres de rabo preso os pol ticos A busca de cirurgia para eliminar os rabos A decep o e a volta com o rabo sociedade A descoberta do povo de que nasceram rabos em certas pessoas O entrela ar dos rabos dos pol ticos os rabos se bipartem so BO A ON A q A forma o de uma multid o entrela ada com seus rabos
239. nalar a express o que n o usaria As variantes foram apresentadas em ordem aleat ria e em frases diferentes Os resultados mostram que a o futuro simples adquirido entre a 4 e a 5 s ries do ensino fundamental b a perifrase com ir infinitivo concorre com o futuro simples superando o em quase todos os contextos c o maior ndice de uso do futuro simples ocorre com universit rios d em todos os n veis educacionais as formas com gerundismo foram consideradas erradas Palavras chave Varia o Mudan a Futuro verbal Teste de percep o atitude RESUME Dans cet article nous analysons la perception des formes de futur verbal dans la ville de Feira de Santana BA Quelques exp riences dans la recherche variationiste sur le futur verbal nous ont conduit la mise en question de l valuation mention e d j par Weinreich Laboy amp Herzog 1968 Alors nous avons labor un proc d pour enregistrement de valuation subjective de ce ph nom ne en contr lant des contextes des structures et des conditions de production linguistique bas sur des tecniques de recherche d attitudes pr vues chez Labov 1972 et Fasold 1987 Les tests de perception attitude permettent de capter des g n ralisations qui r v lent des possibles relations entre l valuation subjective et la motivation pour la s lection et l usage conscient des formes linguistiques alternatives Nous avons soumis un questionnaire a de
240. nativa Para cada resposta SIM respondida abaixo o professor dever levar em considera o o n mero de vezes que o item aparece no livro texto ASPECTOS INTERCULTURAIS 1 As atividades do livro refletem as caracter sticas culturais de v rios grupos sociais Quais 2 As perspectivas pol ticas religiosas e ideol gicas de outros grupos sociais s o levadas em considera o Quais 3 As atividades do livro apresentam estere tipos culturais raciais de g nero Quais Caso a resposta seja SIM e haja uma quantidade muito grande de estere tipos vale a pena ponderar a ado o do material 4 Existem atividades que fazem men o cultura do aluno De que forma 5 As atividades levam o aluno a refletir sobre semelhan as e diferen as entre as culturas de forma n o avaliativa De que forma 6 As atividades ajudam o aluno a desenvolver toler ncia e empatia em rela o ao outro De que forma 7 Existem atividades que permitem ao aluno fazer observa es etnogr ficas De que forma VARIEDADES DE L NGUA INGLESA 1 No componente de udio v deo falantes de pa ses onde a l ngua inglesa n o a l ngua materna est o representados Quantos 2 poss vel identificar os falantes pelo sotaque Como 3 Existem textos que discutem o uso da l ngua inglesa no mundo Quantos Brine Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias H
241. nea De um lado o corpo guarda esquemas de comportamento de que se vale muitas vezes automaticamente na sua a o sobre as coisas trata se da memoria habito mem ria dos mecanismos motores De outro lado ocorrem lembran as independentes de quaisquer h bitos lembran as isoladas singulares que constituiriam aut nticas ressurrei es do passado grifos da autora Em suas recorda es Doutor Rem dios rememora o encontro com algu m que se tornou seu grande amigo A amizade ent o tamb m um bem inestim vel o qual ser tratado em todo o seu texto memorial stico O acaso fez com que eu me encon trasse uma tarde em um leil o de livros com o dr Domingos Jacy Monteiro Tinha eu provavelmente nessa poca vinte annos elle vizi velmente mais mo o Eu j cursava o 2 anno medico elle ain da n o se havia matriculado na Es cola de Medicina Seria muito longo narrar aqui como se evoluio o nosso primeiro co nhecimento at tornar se na ami sade mais antiga mais dellicada ma TABULEIRO DE LETRAS is solicita mais fiel Basta dizer que nelle encontrei um amigo since ro MEMORIAS f 2r 1 1 21 Minha molestia e a lucta pela vida separou me in teiramente dos meus melhores amigos para nunca mais tornar a vel os Isto enche me a alma de tristeza e de saudades Tenho vivido na Feira de Sant Anna em uma es pecie de solid o moral MEM RIAS f 139r 1 5 12 Como Doutor R
242. ngua estrangeira refletir sobre o meio sociocultural em que vive No entanto essa n o deveria ser a nica forma de constru o de uma consci ncia intercultural Os alunos deveriam entrar em contato com as variedades de ingl s para perceber que os tra os TABULEIRO DE LETRAS socioculturais dos falantes n o nativos n o prejudicam a compreens o da LE Pelo contr rio as variedades de ingl s s o a prova vis vel da globaliza o lingu stica Como fen meno global a imagem de um falante de ingl s imprecisa por esta raz o o estere tipo do falante nativo tamb m foi suplantado por tipos humanos que representam multiculturalidade Isto not vel na obra UpGrade pois os personagens em sua grande maioria s o pessoas de diversas etnias idades e sexo Contudo o status profissional marcadamente estereotipado ou seja as pessoas representando profiss es tais como m dicos secret rios entre outros s o sempre brancas Al m disso alguns grupos tnicos s o representados como ex ticos ndios e indianos De modo geral o UpGrade est se libertando dos modelos tradicionais de LDs nos quais a cultura predominante era a dos pa ses do c rculo interno Os vest gios do tradicionalismo podem ser percebidos no uso do ingl s americano como variedade padr o tanto que os brasileiros que atuam nos textos orais gravados em udio procuraram ser altamente fi is variedade geral americana A segunda cole o a ser analisada
243. nia igualit ria Tendo em vista que o discurso da igualdade juridica voltado para as primazias do direito individual em detrimento do direito coletivo esse sujeito identifica medidas particularistas a exemplo das cotas raciais como um atentado liberdade individual que desde os fundamentos republicanos vem sendo assegurada pela norma jur dica como sintetizam os enunciados seguintes 7 Tais enunciados circulam em diversas esferas da sociedade prioritariamente no plano das rela es informais sendo especialmente motivados pelas experi ncias de ascens o social de setores da popula o negra brasileira TABULEIRO DE LETRAS De igual modo penso que o sistema de cotas fere o principio da igualdade patente na Constitui o Federal de 1988 uma vez que trata desigualmente os egressos priorizando os afro descendentes Question rio 04 Em outras palavras a Lei se a do recorte racial existir ou qualquer regra oficial reconhece e sustenta a desigualdade racial Question rio 42 Al m do mais por tratar diferenciadamente as pessoas inconstitucional A constitui o diz que n o se deve tratar diferentemente as pessoas por quest o de religi o ra a cor etc Question rio 33 Se todos n s nascemos com os mesmos deveres e direitos n o h para que sustentar o recorte racial Question rio 42 grifos nossos A refer ncia Constitui o Federal marca a retomada do discurso da lei para todos que ainda vem
244. no Americano de Teologia E mail conceicaoreis terra com br TABULEIRO DE LETRAS oriundos de diversas localidades do continente africano O historiador Luis Henrique Dias Tavares em Hist ria da Bahia 2001 afirma que os primeiros negros come aram a desembarcar em solo brasileiro no per odo dos governos gerais inclusive cita Mem de S como um dos governadores que trouxe um grupo de 336 escravos africanos natural que a Bahia fosse uma das principais portas de entrada para as diversas etnias africanas que durante o periodo colonial trabalharam em prol do desenvolvimento econ mico do pa s Segundo Conrad 1978 p 346 durante os s culos XVII XVIII e XIX a Bahia foi um dos principais centros onde se praticava o escravismo no Brasil contando inclusive com um n mero expressivo de escravos e dentre as Prov ncias do Nordeste era a que possu a o maior contingente Quanto proced ncia dos escravos trazidos para a Bahia Luis Viana Filho 1938 em O negro na Bahia diz que a origem do homem negro variou conforme a poca da pr tica do tr fico de escravos Aponta quatro periodos ciclo da Guin durante a segunda metade do s culo XVI ciclo de Angola e do Congo s c XVII ciclo da Costa da Mina S c XVIII e o ciclo de Benin 1770 1850 fase da clandestinidade quando foi proibida a pr tica do tr fico de escravos no Brasil Luis Henrique Dias Tavares 2001 p 55 diz que as antigas denomina
245. nstituted since the 16 century when the Brazilian territory was divided into capitanias Pombal s act in the 18 century which among other things made Portuguese Brazil s official language had several implications not only in the social and administrative fields but also in the educational scenario We intend to find answers that could explain how these political changes affected Porto Seguro considering its population and educational system focusing the above referred to centuries Keywords Porto Seguro demography educational process 16 to 19 century Rosa Virginia MATTOS E SILVA professora da UFBA CNPg E mail mattosesilva hotmail com 2 Em lia Helena Portella Monteiro de SOUZA professora da UFBA PROHPOR E mail emiliahelena pm D gmail com 1 Introdu o Este artigo resultado de pesquisas que temos desenvolvido dentro da hist ria social no mbito do PHPB que re ne dados e reflex es sobre l ngua portuguesa escolariza o e demografia na Bahia num percurso hist rico do s culo XVI ao s culo XIX J foram apresentados trabalhos sobre a Capitania da Bahia e a de Ilh us Neste texto nos debru amos sobre a capitania de Porto Seguro dando nfase a sua sede Porto Seguro Segundo o historiador Jaime Cortes o no seu livro 4 coloniza o do Brasil 1969 p 101 a donataria de Porto Seguro se estendia por cinquenta l guas entre a do Esp rito Santo e a de Ilh us Segundo o mesmo Autor de
246. nsumir muita coisa do branco e aqui falta recurso para isso a gente precisa de roupa uma cal a e isso sempre caro demais Jo o Machado ibid p 110 principalmente os mais jovens Jeles v o para a cidade veem tanto desenvolvimento coisas bonitas sonoras cheirosas e voltam para a aldeia onde n o tem nada daquilo e nem a quem recorrer ent o naturalmente o ndio se sente inferior Edna de Souza ibid p 211 Seduzidos pelas coisas bonitas sonoras eletro eletr nicos cheirosas valores descritivos buscam a conjun o com esses valores atrav s do trabalho Por m essa pretensa conjun o parece manter se em estado virtual porque os sujeitos ao deixarem o sistema formal de educa o escolha for ada deixam de adquirir os valores TABULEIRO DE LETRAS modais do poder fazer e saber fazer Sem as compet ncias para a a o de trabalhar em atividades nas quais a remunera o supra suas necessidades quando vai trabalhar os homens s pagam seis mil cruzeiros por um tempo de dois tr s meses de trabalho Jo o Machado ibid p 110 surge ainda a presen a de um outro fator a discrimina o A discrimina o para com o ndio muito cruel Al m de eles terem de deixar a aldeia quase crian as ainda para trabalhar na cidade v o em condi es injustas ganhando menos trabalhando mais discriminados Edna de Souza ibid p 214 A aus ncia de com
247. nt o no texto A em ambiente familiar o narrador destaca de maneira expressiva a posi o opini o do narrador do livro em rela o aos pol ticos de rabo preso O tom com que ele fala na grava o inclusive bastante incisivo Diz nosso informante atrav s de avalia es que o narrador do livro ficava morrendo de raiva ficava desejando o mal para os pol ticos todos ficava invocando pragas n O aluno por estar em ambiente familiar p de externar o posicionamento do narrador do livro que a princ pio traduz um comportamento negativo agressivo conden vel socialmente A quest o que o aluno narrador ao apresentar essas posi es mostra que se alinha Goffman 2002 1979 ao narrador do livro Entretanto embora concordando com tais comportamentos sua face n o fica amea ada afinal os tra os contato e intimidade ligados m e facilitariam a resolu o de qualquer conflito que pudesse surgir a partir da sua fala Comparativamente o mesmo n o se daria se nosso narrador explicitasse o posicionamento do narrador do livro e se mostrasse alinhado a ele no texto B professor O tra o intimidade do professor poderia dificultar a resolu o de um conflito interativo caso o docente manifestasse lingu stica ou extralinguisticamente uma censura Assim como uma estrat gia de preserva o da face Goffman 1959 1981 o aluno vai eliminar da estrutura dos outros textos essa sequ ncia ava
248. ntal da popula o submetida escravid o provocar a segrega o parcial desta ap s a aboli o retardando sua assimila o e entorpecendo o desenvolvimento econ mico do pa s FURTADO 2007 O Abolicionismo publicado em Londres no ano de 1883 TABULEIRO DE LETRAS 1959 p 204 Por outro lado nessa mesma obra a imagem do escravo inapto atenuada pela influ ncia do escravismo na sua condi o moral O homem for ado dentro desse sistema social est totalmente desaparelhado para responder aos est mulos econ micos Quase n o possuindo h bitos de vida familiar a id ia de acumula o de riqueza praticamente estranha Demais seu rudimentar desenvolvimento mental limita extremamente suas necessidades Sendo o trabalho para o escravo uma maldi o e o cio o bem inalcan vel a eleva o de seu sal rio acima de suas necessidades que est o definidas pelo n vel de subsist ncia de um escravo determina de imediato uma forte prefer ncia pelo cio FURTADO 2007 1959 p 203 204 Essa divis o de sentidos sobre a tem tica racial materializada na heterogeneidade de posi es de sujeito dentro das FDs tem correspond ncia certamente na diversidade de posicionamentos ideol gicos a respeito da quest o escravista no Brasil a qual envolve al m dos bvios aspectos econ micos e pol ticos o aspecto identit rio Nesse contexto s o importantes as contribui es de S rgio Buarqu
249. ntes Cf ELLIS 1997 p 140 No entanto Blyth ibid p 227 prop e que as narrativas usadas em contexto formal de aprendizagem de L2 sigam um continuum em termos do grau de complexidade por serem mais f ceis do ponto de vista lingu stico e tamb m cognitivo Para al m disso Blyth considera que estas s o caracter sticas que podemos encontrar nas narrativas das crian as Este continuum apresentaria inicialmente as seguintes caracter sticas 1 refer ncia a experi ncias espec ficas no passado ii incluir eventos gt Formas e ou fun es que s o mais raras ao n vel do input logo menos protot picas Estas formas fun es por serem raras apresentam algumas dificuldades para os aprendentes Cf a este respeito Johnson et al 1999 p 208 TABULEIRO DE LETRAS foreground mas n o background iii n o contemplar a perspectiva do narrador No extremo oposto desse continuum as narrativas compreenderiam i refer ncia a experi ncias gen ricas ii conter informa o foreground e background integradas em sequ ncias m ltiplas de eventos iii incluir refer ncias a momentos eventos anteriores e posteriores em rela o aos v rios momentos da sequ ncia narrativa iv incluir a avalia o do narrador Blyth ibid p 228 considerando tamb m os v rios tipos de texto resume esta sua proposta no seguinte esquema Simples Complexo ao Rotina Relat rio Hist ria infantil Conto pequena narrativa 2
250. nto de que essa luta persegue dever recair ent o n o sobre o ndio genu no anterior ao contato com outra cultura mas sobre o ndio adaptado de valores h bridos com caracter sticas pr prias de origem cultural diferenciada ao mesmo tempo preciso n o se perder a ess ncia ind gena continuar as rezas as tradi es O confronto entre culturas que t m valores antag nicos permeia a educa o escolar em comunidades ind genas e se apresentam de forma conflitante para os professores que t m em sua forma o tanto a experi ncia na escola tradicional do sistema brasileiro de ensino quanto a experi ncia da educa o vivida em sua comunidade Compreender as rela es culturais e nesse contexto a educa o formal ind gena entre uma determinada cultura ind gena e a cultura dita nacional n o se limita a estabelecer rela es entre culturas distintas mas a perceber as desigualdades e os conflitos existentes nas TABU LEO DE LETRAS manifesta es simb licas das classes que comp em a sociedade brasileira cuja participa o no mesmo sistema capitalista n o permite uma exist ncia aut noma Acontece que tanto os ndios aqui da Reserva de Dourados como todos os outros do sul de Mato Grosso do Sul viraram consumistas a sociedade j nos condicionou a isso Jo o Machado ibid p 105 As formas de subordina o econ mica e pol tica dos povos ind genas ao sistema capitalista t
251. ntros e os pesquisadores estar o impedidos de executar um projeto de preserva o desta envergadura Decidir digitalizar um acervo documental significa tomar decis es importantes quanto resolu o de imagem reprodu o crom tica s compress es ao armazenamento viabiliza o do acesso Por exemplo quanto maior a resolu o na captura da imagem fac similar maior o tamanho do arquivo digital e consequentemente mais oneroso o seu armazenamento A decis o dever estar atrelada ao compromisso da institui o com a manuten o da vers o digital atrav s do tempo considerando se as mudan as tecnol gicas e com base numa pol tica que assegure o acesso cont nuo ao material digitalizado que tenha valor permanente para a pesquisa Em termos pr ticos a transfer ncia de suporte pode ser adequadamente realizada sem provocar danos aos originais porque j existem equipamentos capazes de capturar imagens sem que ocorra o contato direto com o material alvo da digitaliza o Al m disso a transfer ncia de suporte possibilitar a preserva o do conte do intelectual para as gera es 4 A durabilidade dos suportes diminuiu e seu manuseio tornou se mais complexo A preserva o torna se assim cada vez mais dependente dos suportes onde est o armazenados os conte dos e dos m todos de visualiza o utilizados TABULEIRO DE LETRAS futuras e dar acessibilidade aos pesquisadores sem que estes contribuam para ace
252. nunciado BARROS 2005 p 34 Visto que o di logo condi o primeira da linguagem e do discurso uma vez que toda fala busca o Outro e permeada pela fala do Outro esclarecedor distinguir dialogismo e polifonia aplicando o primeiro termo para designar um princ pio constitutivo de todo discurso e reservando o segundo para indicar certos tipos de texto em que esse princ pio se torna vis vel pois se exibem as vozes que os constituem Cf Idem p 35 Desse modo ao dizer se que um texto monof nico isso n o implica que dele estejam ausentes diferentes vozes mas t o somente que ele oculta busca ocultar as marcas desse combate na arena discursiva Ver pref cio de Todorov edi o francesa de Est tica da Cria o Verbal acima citado TABULEIRO DE LETRAS precisamente nesse ponto que meu trabalho de an lise e interpreta o dos di logos c nicos orientado pela tica bakhtiniana dela se afasta ao buscar identificar os di logos que tecem os di logos ou seja a malha discursiva que engendra a escrita dramat rgica Assim embora o te rico russo em sua supervaloriza o do g nero romanesco negue ao drama e tamb m poesia a mesma capacidade de contrapor vozes heterog neas que existe na prosa narrativa precisamente o di logo dram tico que venho analisando sob essa perspectiva Embora o principal objetivo desta abordagem seja o exame das obras dram ticas necess rio dist
253. o dever querer uma manipula o menos violenta porque coloca o destinador em cena revelado pela situa o de dever obriga o o que o torna pass vel de enfrentamento LIMBERTI 2009 p 27 28 Segundo Greimas amp Court s 2008 p 136 necessidade a denomina o correspondente tanto ao dever ser quanto ao n o poder n o ser e impossibilidade cobre ao mesmo tempo as estruturas modais de dever n o ser e de n o poder ser dever ser dever n o ser n o dever n o ser o dever ser Cada um dos termos do quadrado pode receber uma denomina o substantiva necessidade impossibilidade possibilidade conting ncia Note se que a sobreviv ncia do ndio como ndio depende do dom nio de um c digo lingu stico e cultural alheio de outro do branco De um saber dominar o c digo saber as manhas deles para poder concorrer em todos os n veis V se que o enunciador consciente do papel abrangente da Educa o Formal na transmiss o de padr es culturais conhecimentos e de todo um universo ideol gico da cultura a que pertence v se obrigado a incorporar h bitos e costumes em sua vida em detrimento de outros de sua tradi o quando ela diz preciso que o ndio tenha certeza que pode dizer serei branco quando estiver fora do meu mundo mas voltando para casa serei indio d a perfeita dimens o da necessidade de adapta o que a luta dos ind genas encerra O reconhecime
254. o usa mesmo uma palavra com os tra os vulgar e coloquial De qualquer forma n o conformado com o fato e para explicitar sua inconformidade o falante faz uso de uma estrat gia atenuante o segundo fato que destacaremos abaixo e O uso do marcador n reparemos ocorreu de forma a estabelecer com o ouvinte uma rela o menos distante Assim ele cria um alinhamento com o ouvinte obtendo a proximidade necess ria para atenuar a poss vel carga negativa do voc bulo caguetar Diz o aluno narrador pra outra n o poder caguetar ela n dedurar Essa estrat gia ent o foi usada para tentar superar uma dificuldade interacional Observando o fluxo da conversa vemos que o ouvinte n o se manifestou ao n n o houve uma resposta com uma confirma o por parte do ouvinte Ou seja o narrador n o recebeu a aprova o que esperava Por conta disso seu texto passou a sofrer uma grande desorganiza o o fluxo deixou de ser fluente e passou a conter uma s rie de hesita es pausas e corre es Notemos as partes em negrito caguetar ela n dedurar ela tinha que e ela vendo a besteira dessa que ia caguetar nada nenhum podia falar da do outro que sen o o outro logo podia se defender n Fica bem sublinhado aqui o n o planejamento do discurso e os riscos que corremos em intera es face a face TABULEIRO DE LETRAS Assim que a partir dessas narrativas comprovamos que o
255. o 10 Quadro 10 An lise do Cruzamento das Vari veis Grounding N mero de Anos de Aprendizagem e Instrumento Pret rito Imperfeito Grounding e N mero de Anos de Apreendizagem Background 1 5 anos Background 5 10 anos Background gt 10 anos N N Pr N Instrumento 0 71 Narrativa 117 172 3 8 37 5 0 29 8 10 0 74 Escrita Narrativa 99 190 52 0 44 1 6 17 0 12 4 11 36 0 29 Oral Signific ncia 0 001 Log Likelihood 583 205 Atrav s destes resultados vemos que a marca o do pret rito imperfeito em contextos background est em certa medida dependente do tipo de tarefa e tamb m do n mero de anos de aprendizagem Ainda que o n mero de dados n o seja suficiente para tecermos considera es mais contundentes relativamente ao fator narrativa escrita este o fator que mais favorece a marca o do pret rito imperfeito no background com um peso relativo de pr 60 Os aprendentes com mais tempo de aprendizagem alargam a marca o do pret rito imperfeito em contextos background na narrativa escrita com um peso relativo de pr 74 e tamb m no cloze com um peso relativo de pr 71 Verificamos ainda que a narrativa oral tal como acontece na marca o do pret rito perfeito n o favorecida por nenhum dos grupos de aprendentes A an lise do cruzamento dos fatores de ambas as vari veis demonstra haver um desenvolvimento aquisicional em U ELLIS 2003 p 88 SEGALOWITZ 2003 p 397 LONG
256. o PN de base TABULEIRO DE LETRAS A dota o de compet ncia sem ntica ou manipula o cognitiva deve ser entendida como um contrato fiduci rio em que o destinador gra as a um fazer persuasivo busca a ades o do destinat rio Pretende fazer com que o destinat rio ao exercer o fazer interpretativo que lhe cabe creia ser verdadeiro o objeto apresentado ou seja se S1 Jo o Machado n o cr na educa o formal como um valor n o h manipula o assim o discurso do destinador manipulador pai sociedade n o o afeta H estreita vincula o entre a confian a e a cren a o que permite falar em contrato fiduci rio A confian a entre os homens fundamenta a confian a nas palavras deles sobre as coisas e o mundo e finalmente a confian a ou a cren a nas coisas e no mundo A atribui o de compet ncia modal ao sujeito para lev lo a fazer estudar constitui a manipula o propriamente dita e pressup e o contrato fiduci rio Tal manipula o consiste na doa o de valores modais cuja organiza o determina a compet ncia do sujeito BARROS 2001 p 37 A manipula o do destinador distingue se da a o do sujeito o sujeito pela performance altera estados faz ser e simula a a o do homem sobre as coisas do mundo o manipulador transforma o sujeito ao modificar suas determina es sem nticas e modais ou seja faz fazer e representa a a o do homem sobre o homem Ibid A manipula o tem a est
257. o a cultura caracter stica de muitos pa ses que n o s o exclusivamente os pa ses do c rculo interno As perspectivas pol ticas religiosas e ideol gicas de outros grupos sociais s o levadas em considera o Quais O livro n o destaca posi es pol ticas ou religiosas mas est completamente de acordo com posi es ideol gicas bastante comuns nos dias de hoje a ideia do politicamente correto por exemplo e divulga temas correntes a globaliza o a inclus o social aquecimento global bullying obesidade entre outros No livro 2 por exemplo h uma unidade que trata da frica As atividades do livro apresentam estere tipos culturais raciais de g nero Quais Caso a resposta seja SIM e haja uma quantidade muito grande de estere tipos vale a pena ponderar a ado o do material Parece que os autores tentaram minimizar a profus o de estere tipos Mesmo assim ainda poss vel encontr los No livro 2 o capitulo 5 trata da frica e relaciona o tema somente ao racismo e escravid o embora traga posi es interessantes como a de Gilberto Freyre As pessoas que representam profissionais liberais s o sempre brancas enquanto negros e latinos representam o exotismo cultural Estes estere tipos n o est o em grande quantidade e s o sutis o que n o invalida a ado o do livro Sim mas de forma bastante geral o livro faz men o ao cinema brasileiro a es sociais comuns no Brasil a lei Maria da Penha e os avan
258. o aluno estabeleceu uma dist ncia entre si e os ouvintes Essa uma estrat gia comum de autodefesa de resguardo quando se est inseguro em rela o ao conte do do que se vai falar E essa inseguran a interfere tanto na organiza o informacional TABULEIRO DE LETRAS mesma quanto no julgamento moral que achamos nossos ouvintes podem fazer em rela o ao que dizemos Assim o uso do ou seja n o aleat rio tem inten es pragm ticas muito determinadas Verificando ao contr rio o texto D contado ao seu colega notamos que n o h uso desse marcador Precisamos sublinhar verdade que o outro aluno tinha conhecimento partilhado com nosso narrador os dois j tinham lido o livro em sala de aula Isso fica bem evidenciado atrav s das express es voc sabe n Voc deve saber De qualquer forma para o colega n o haveria necessidade de o informante adotar uma posi o mais distanciada e formal para contar a no o a seu amigo Observando agora a defini o nos quatro textos salta aos olhos o fato de que a do texto C a melhor elaborada discursivamente se consideramos elabora o uma mistura de concis o clareza e precis o De todos os textos a no o mais clara a do C Inferimos que os tra os do ouvinte promoveram uma postura mais cuidadosa da parte do aluno o que se refletiu numa maior elabora o sint tico sem ntica da fala ainda nesse texto C que a sele o de voc bu
259. o existir porque se perigo ha elle existe da mesma f o rma quando o prazo n o seja limitado mas quando se estabelecem medidas directas e indirectas para o mesmo fim Acreditamos que na quest o de prazo o perigo maior na segunda hypothese do que na primeira alli ha uma esperan a que chegar ao desespero vendo que nunca se approxima o fim aqui uma esperan a cheia de consola o porque o escravo tem a data do anno em que n o sera escravo A esperan a que produz desespero origem de males a esperan a que importa f e cren a no futuro traz a resigna o o esperar na certeza viver com f e cren a o que vive com f e cren a n o pode querer ir al m do termo onde chega a sua esperan a esperar sem certeza scepticismo duvida e o que vive na duvida desespera de chegar ao termo de usa esperan a Portanto entre o prazo limitado e conhecido e o illimitado e desconhecido e praferencia pelo primeiro n o muito difficil Qual porem deve ser esse prazo N s para quem a quest o da escravid o a da propriedade que se ha de transformar n o tomamos em considera o principal sen o a gera o do passado e presente at o dia da matricula que como veremos ser o primeiro facto emancipador depois dessa matricula temos uma gera o a vir sobre a qual n o nos occupamos considerando a n o como plena propriedade e sim Trecho do artigo A emancipa o XII assinado por SALVIANO publicado no Di r
260. o ostracismo e da destrui o definitiva Originalmente pensava se em resgatar somente os artigos que tratassem da aboli o mas o contato direto e constante com o peri dico revelou que existiam outros tipos textuais referentes aos escravos como por exemplo comunicado de fuga an ncios de compra venda e aluguel e lista de sepultamentos de escravos Todos os textos que tratam ou fazem refer ncia ao homem negro que vivia na condi o de escravo passaram a ser objeto de estudo Reiterando decidiu se ent o recolher e editar exatamente tudo que de uma forma ou de outra possa ser revelador dos meandros que permearam a hist ria dos escravos na Bahia e o que de fato isso representou para a mentalidade da poca A t tulo de ilustra o apresentar se o a seguir alguns textos relativos a escravos que j foram recolhidos do Di rio da Bahia ESCRAVOS FUGIDOS Desapparecer o do engenho Almas termo da villa de S Francisco os seguintes escravos Lauriano na o nag deidade de 60 annos baixo e de pouco corpo cor fula olhos grandes cabe a e barbas ja brancas e fala apressada emprega se no officio de mariscador e desconfia se que se ache homisiado pela freguezia de Passe ausentou se em maio de 1870 levando vestidos camisa de baeta azul com golla encarnada com a marca AS e n 27 e cal a de algod o tran ado T cito na o uca de idade de 40 annos altura regular e cheio de corpo cara grossa e olhos grandes rendido de uma
261. o se procedeu TABULEIRO DE LETRAS an lise qualitativa das respostas dos alunos justificativa da ltima pergunta do question rio aplicado Tamb m ainda ser o feitas compara es entre os resultados obtidos para as escolas particulares e p blicas para verificar se h diferen as de percep o atitude em rela o s variantes de futuro verbal Posteriormente os resultados do teste de percep o atitude ser o confrontados com os resultados dos usos que os estudantes fizeram nos seus pr prios textos um com refer ncia a um futuro pr ximo No pr ximo final de semana eu e outro com refer ncia a um futuro distante Quando crescer me formar eu Assim as conclus es aqui expostas devem ser vistas como pistas ou hip teses a serem confirmadas ou refutadas com o prosseguir das an lises REFER NCIAS BYBEE Joan et alii The evolution of grammar tense aspect and modality in the languages of the world Chicago University of Chicago Press 1994 CARVALHO Jos Augusto De olho no gerundismo Revista L ngua Portuguesa S o Paulo ano 4 n 50 dez 2009 CHAMBERS J K TRUDGILL Peter SCHILLING ESTES Natalie Ed The handbook of language variation and change Cambridge Blackwell 2004 CINTRA M R A per frase ir pres es ta r gerundio como ind cio de inova o lingu stica Estudos Lingu sticos S o Paulo n 37 v 1 p 233 241 jan abr 2008 FASOLD Ralph The sociolinguistics of soci
262. ogia enquanto produto social e cultural pois cabe Cr tica Textual o papel de preparadora de textos sobre os quais trabalhar o as ci ncias da Literatura da Hist ria da Lingu stica e dos Estudos Culturais O abolicionismo representou para a hist ria social e econ mica do Brasil a ruptura com um modo de produ o e um modo de vida que perdurou por muito tempo na nossa hist ria Esse tema tem sido objeto de estudos para v rios especialistas apesar disso existem lacunas a serem preenchidas dentre elas o discurso dos abolicionistas O resgate dos textos abolicionistas publicados no Di rio da Bahia preparando lhes edi es e estudando como se d a constru o do seu discurso de import ncia capital por trazer tona a forma de pensar de ver e representar o mundo dos homens de uma poca sobretudo porque contribuir para a compreens o das estrat gias discursivas dos sujeitos envolvidos no movimento abolicionista baiano Ressalte se ainda a sua import ncia como fonte de grande valor para os estudos hist ricos lingu sticos e culturais TABULEIRO DE LETRAS S o objetivos espec ficos do projeto em andamento 1 analisar extr nseca e intrinsecamente os textos abolicionistas publicados no Di rio da Bahia 2 editar os textos abolicionistas publicados no Di rio da Bahia 3 analisar o contexto hist rico da poca do documento abordando o ambiente s cio econ mico pol tico cultural e as rela es com o movimento
263. olar 3 Para essa tem tica ver SILVA L lio Loureiro da As representa es dos Kaiow Nandeva no O Progresso na d cada de 1980 Disserta o de Mestrado 2007 UFGD TABULEIRO DE LETRAS formal se desenvolver predominantemente por meio do ensino em institui es pr prias escolas Art 1 1 Esta ltima dever vincular se ao mundo do trabalho e pr tica social 2 tendo por finalidade conforme a LDB o pleno desenvolvimento do educando seu preparo para o exercicio da cidadania e sua qualifica o para o trabalho Nos dicion rios de l ngua portuguesa algumas acep es que o termo designa s o Educa o 1 ato ou efeito de educar se 2 processo de desenvolvimento da capacidade f sica intelectual e moral do ser humano 3 civilidade polidez 4 ato ou processo de educar se 4 1 qualquer est gio desse processo 5 aplica o dos m todos pr prios para assegurar a forma o e o desenvolvimento f sico intelectual e moral de um ser humano pedagogia did tica ensino 6 o conjunto desses m todos pedagogia instru o ensino 7 conhecimento e desenvolvimento resultantes desse processo preparo 8 desenvolvimento met dico de uma faculdade de um sentido de um rg o 9 conhecimento e observa o dos costumes da vida social civilidade delicadeza polidez cortesia Por sua vez o adjetivo formal que qualifica o substantivo educa o indica algo como 1 relati
264. omem e do Cidad o cujas bases s o iluministas foi aprovada em 26 de agosto de 1789 pela Assembl ia Nacional Constituinte da Fran a revolucion ria Cientes de que o sentido n o existe por si s mas somente em refer ncia s condi es de produ o do discurso atente se para o fato de que a associa o entre democracia e anti racismo s poss vel mediante a interven o dos princ pios burgueses de liberdade igualdade e fraternidade Nesse contexto a ideia da identifica o racial do ser humano como um ato racista retomada pelo sujeito do discurso da igualdade jur dica est relacionada rede discursiva produzida em fun o das pol ticas raciais e racistas ocorridas ao longo do s culo XX como pr ticas de eugenia racial fomentadas pelo regime nazista europeu e pelo regime segregacionista apartheid na frica do Sul e nos EUA Assim se explica a evid ncia da rela o de sentidos mobilizada por esse sujeito s democr tica a sociedade que reconhece no recorte racial uma forma de racismo Esses aspectos s cio hist ricos afluem na constitui o do discurso acad mico sobre a n o racializa o das rela es raciais no Brasil integrando a mem ria de uma Forma o Discursiva Culturalista em que a n o racializa o surge portanto como uma forma de combate ao racismo Dessa maneira esse cen rio em que a alus o ao princ pio igualit rio no plano te rico j implica na dissolu o das diferen as e das
265. omentos divertidos como nas lembran as de Baselice distrito de Benevento a Nordeste de N poles que minha m e guardava Na aldeia de meus av s maternos na qual toda a fam lia se refugiou quando os bombardeios em N poles se tornaram mais cruentos quase diariamente era necess rio driblar a desconfian a dos camponeses locais para assegurar o pr prio sustento Essas dificuldades por m foram contornadas com bom humor pela esperteza de minha m e e de sua cunhada duas mo as de vinte anos que pregaram boas pe as a parentes e vizinhos Havia tamb m lembran as mais dram ticas como a de um militar nazista que se perdeu de seu batalh o e que meu av teve de dissuadir de atacar o inimigo pois ficou com medo das consequ ncias que a aldeia poderia sofrer Ou ainda a do vel rio que as mulheres de Baselice fizeram de um jovem soldado alem o na esperan a de que piedosamente algu m fizesse o mesmo caso seus filhos morressem em combate Enquanto isso meu pai continuava em N poles e dessa fase ficaram algumas cartas que ele endere ou a minha m e como a de 16 de outubro de 1943 apud FABRIS 1996 p 48 um registro escrito no calor da hora e por isso mesmo desprovido de qualquer elabora o e de qualquer ret rica como as narrativas orais A cidade sofreu mais de cem bombardeios por parte de ingleses novembro de 1940 novembro de 1941 norte americanos entre 4 de dezembro de 1942 e 8 de setembro de 1943 os mai
266. onte rica de informa es da segunda metade do s culo XIX oferecendo diversas possibilidades de estudo em v rias reas sejam elas a Hist ria a Filologia a Literatura a Medicina etc Sua filha D Elvira al m de escrever no texto do pr prio pai tamb m mutila o caderno cortando e colando folhas Folhas coladas 129 e 130a folhas rasgadas 171 e 174 colado recorte de jornal sobre o sexag simo anivers rio do Dr Rem dios Monteiro folhas 167 e 168 Doutor Rem dios Monteiro constr i seu texto evidenciando sua forma o ideol gica a fim de persuadir sua filha a segui la Segundo Citelli 2005 p 14 Quem persuade leva o outro a aceitar determinada id ia valor preceito o padrinho de bapti smo de minha filha Como escrevo estas recorda es para minha filha desejo que ella ame estime e res peite o bom parente que me soc correu com a sua bolsa me gui ou com seus TABULEIRO DE LETRAS conselhos e comple tou minha educa o scientifica MEM RIAS f 14r 1 22 e23 f 15r 1 1 6 Para Doutor Rem dios o que mais importava eram o respeito ao outro a filosofia crist a devo o a gratid o o exercicio da medicina Foram estes valores que passou para a sua filha enfatizando os em todo o seu discurso memorial stico Segundo Bosi 1987 p 10 A mem ria teria uma fun o pr tica de limitar a indetermina o do pensamento e da a o e de levar o sujeito
267. ontext Key Words Portuguese as L2 Tense and aspect in L2 Discourse hypothesis Narrative Discourse 1 Introdu o O campo de ac o da ASL vasto DOUGHTY et al 2003 p 3 devendo contribuir entre outros aspectos para um alargamento dos conhecimentos ao n vel do processamento das l nguas mas tamb m para que esses conhecimentos decorrentes da investiga o desenvolvida possam servir de forma concreta qualquer que seja o contexto que figure como objecto da investiga o Nesse sentido o contexto formal de aprendizagem n o poder ser excep o O estudo da aquisi o e desenvolvimento das no es de tempo e aspecto bem como de outros aspectos lingu sticos em contextos formais de aprendizagem das l nguas tem tido em aten o fatores que t m sido apontados como facilitadores ou n o da aprendizagem O contexto formal de aprendizagem de L2 tem sido apontado como facilitador no processo de aquisi o da morfologia verbal BARDOVI HARLIG 2000 p 340 SALABERRY 2002 p 497 DUFF 2002 p 447 AYOUN 2005 p 279 280 Bardovi Harlig por exemplo afirma que o contexto formal de aprendizagem de L2 i permite o acesso a input que de outra forma n o seria t o saliente 11 permite situa es de interac o concretas iii permite o enfoque nas estruturas iv d oportunidade aos aprendentes de se expressarem de forma aproximada da norma padr o A investiga o sobre o processo de aquisi o da morfologia verba
268. or circula o no per odo e se engajou de forma incisiva e contundente na propaganda Abolicionista na Bahia Tinha como uma de suas principais bandeiras a promo o da aboli o e para ver o Brasil livre do trabalho servil dos escravos negros publica em suas p ginas artigos not cias sobre as alforrias de que seus editores tinham conhecimento Na se o intitulada an ncio coluna que normalmente ocupa o maior espa o exatamente de duas folhas poss vel localizar um n mero significativo de an ncios sobre escravos S o pequenos textos informando sobre fuga venda compra ou aluguel de m o de obra escrava K tia Maria de Carvalho Silva em O di rio da Bahia e o s culo XIX ao estudar o conte do do jornal Di rio da Bahia correspondente ao s culo XIX diz que A propaganda abolicionista embora seja considerada a aproxima o da Lei urea ocupa as colunas do jornal nestes anos na propor o de 41 4 Este fen meno perfeitamente explicado pelo fato de que a aboli o de escravos na Bahia foi gradual e em 1889 o processo de liberta o atrav s de fundos de emancipa o vinha ocorrendo regularmente 1979 p 78 Este percentual aumenta propor o que se aproxima o ano de 1888 Segundo a referida autora em 1887 os assuntos referentes propaganda abolicionista ocupavam 46 8 das colunas do Di rio da Bahia 2 Por um longo per odo Ruy Barbosa foi diretor e redator do jornal Di rio da Bahia e nesta con
269. or um investigador que ocupa espa os socioculturais no mundo onde se situa e de onde traz as marcas Assim a interfer ncia do investigador est concebida no arcabou o te rico com que trabalhamos O trabalho foi dividido da seguinte maneira primeiro apresentamos nossos pressupostos te rico metodol gicos a seguir fornecemos dados relativos ao corpus sobre o qual nos debru amos logo ap s fazemos a an lise de nossos dados observando a organiza o oral das narrativas para encerrar desenvolvemos nossas considera es finais s quais se segue a bibliografia 2 Narrativas e intera o Nossa pesquisa se insere no conjunto de estudos discursivos na vertente da sociolinguistica interacional Teixeira e Silva 2010 2009 2008 2004 1997 Gumperz 2008 1982 1991 Ribeiro e Garcez 2002 Schiffrin 1994 1996 Goffman 1959 1967 1974 Tannen 1994 Dentro da perspectiva interacional preciso redimensionar o conceito de l ngua Teixeira e Silva 1997 subjacente a outras teorias lingu sticas Entendida como um TABULEIRO DE LETRAS elemento maximamente contextualizado ela n o estudada de forma abstrata desvinculada do momento em que se concretiza quando se manifesta produzida por um falante que desempenha um papel determinado numa certa situa o direcionada a um ouvinte tamb m determinado numa situa o singular veiculando inten es singulares tamb m Nesse sentido n o existe imparcialidade neut
270. orr ncia intertextualidade Tal componente pode ser percebido quando o enunciador lan a m o de diferentes intertextos para validar determinada quest o na esfera jur dica do poder p blico Essa recorr ncia intertextual pode ser percebida nos fragmentos a seguir Exemplo 4 11 1 De conformidade com a Lei 9656 98 e as Resolu es ANS RDC n 41 e 42 de 15 12 2000 relacionamos abaixo o ndice de procedimento de alta complexidade que comp e o anexo 2 da RDC 41 do qual consiste no agrupamento dos procedimentos do rol identificados por c digos assinalados na coluna PAC e dever ser utilizado como refer ncia TABULEIRO DE LETRAS para ado o de cl usulas de cobertura parcial tempor ria no caso de doen as ou les es preexistentes Contrato da empresa Assim p 13 Exemplo 5 Para fins de cobertura deste contrato considera se como abrang ncia geogr fica para os fins da Lei 9 656 98 o disposto no Anexo HI da Resolu o RDC n 4 de 18 02 00 da Ag ncia Nacional de Sa de Suplementar ANS atrav s do c digo 4 os grupos de munic pios do Rio de Janeiro que se caracterizam de acordo com o credenciamento m dico relacionado no MANUAL DO USU RIO de cada plano escolhido pelo CONTRATANTE Contrato da empresa Assim p 9 Exemplo 6 14 3 1 As mensalidades ser o corrigidas na menos periodicidade autorizada pela legisla o vigente ou determinada pelo rg o governamental competente
271. orrespondia o amadurecimento no plano moral Veja se por exemplo o que ele escreveu sobre Sciuscia V timas da tormenta tamb m como Roma cidade aberta inspira se na realidade italiana de hoje e a reflete dolorosamente sem receios Pode se dizer de fato que a liberdade d seus primeiros frutos raras vezes o cinema sem falar do italiano praticamente inexistente enfrentou um tema com um realismo t o agudo e uma piedade t o humana e s bria Qualquer espectador poder ver o que De Sica soube fazer dessa humilde cr nica do dia a dia n o h um enquadramento convencional cada gesto cada olhar verdadeiro cada ambiente uma paisagem urbana e est repleto de luz ou sombra verdadeira cada situa o cr vel e pat tica ao mesmo tempo TABULEIRO DE LETRAS As coisas bonitas e dignas de serem citadas s o muitas principalmente na primeira parte que termina com a batida num bairro popular trecho magn fico de ritmo cerrado que deixa quase sem f lego N o terminariamos nunca de lembrar os toques precisos de realidade e as imagens que partindo da nua evid ncia document ria do nada alcan am a poesia exemplo supremo a morte da Magnani aquele seu doce corpo deitado na luz cinzenta da externa Outras realiza es no entanto trazem a marca dos embates ideol gicos daqueles anos como foi o caso por exemplo de Giorni di gloria Dias de gl ria 1944 45 document rio diri
272. os Os eventos hipot ticos s o marcados numa fase posterior sendo inicialmente marcados com o verbo na sua forma base Andersen ibid acrescenta que a express o produ o de eventos hipot ticos por aprendentes de L2 algo bastante complicado sobretudo nas l nguas rom nicas ainda que s forne a o exemplo do espanhol j que o irrealis nestas l nguas expresso atrav s do modo conjuntivo Como sabido o modo conjuntivo apresenta v rias nuances aspectuais temporais o que acaba por dificultar ainda mais a tarefa de aquisi o de L2 quanto s formas de irrealis A quarta dimens o o papel pragm tico do passado apresenta de acordo com Andersen 2002 a seguinte hierarquia de aquisi o 1 asser o directa 2 atenuador pragm tico Assim sendo os aprendentes de espanhol como L2 utilizariam em primeiro lugar a primeira e muito mais tarde a segunda dado que a segunda mais marcada logo menos protot pica do que a primeira A quinta dimens o contexto discursivo estabelece que a hierarquia se inicia no foreground e extendo se depois ao background Como afirma Andersen 2002 p 98 If it is correct that real realized unitary bounded events are the preferred first cases of Past and Perfective marking then it is also the case that foregrounded clauses are more likely to receive Past Perfective marking than backgrounded clauses A sexta dimens o a estrutura do discurso n o contribui para o desenvolvimento da
273. os cozinheira copeira engomadeira ama de leite recadeiro canoeiro carregador Enfim o trabalho escravo sustentava toda a economia brasileira Mas infelizmente apesar de sua import ncia capital para o progresso da sociedade os que escreveram a hist ria do Brasil pouco ou nada fazem refer ncia ao verdadeiro papel que os negros desempenharam e o que de fato representaram para o desabrochar o fazer acontecer da hist ria pol tico social econ mica cultural da na o brasileira Uma breve leitura das principais obras pertencentes historiografia brasileira nos revela um quase sil ncio sobre o assunto escravid o ou os escravos que por muito tempo foram tratados pelos estudiosos como seres inferiores ou totalmente submetidos realidade circundante Ao homem negro na sua condi o de escravo n o lhe restava alternativa a n o ser fugir para um quilombo rebelar se ou praticar assassinato a seus senhores e feitores A an lise dos documentos constantes nos arquivos mostra que os escravos n o eram t o pac ficos como apontam alguns historiadores pelo contr rio usavam com ast cia as situa es que os favorecessem negociavam com associa es ou diretamente com seus senhores melhores condi es de exist ncia Quanto a isso Chalhoub 1990 p 68 afirma que podemos imaginar que em certas situa es os escravos conseguiram pelo menos em parte os seus des gnios sem o recurso viol ncia direta e fuga Contrar
274. patrim nio lingu stico e escritural da Bahia mas sobretudo pela possibilidade de estudar a partir de fonte segura a l ngua a literatura a cultura e a nossa hist ria Refer ncias ACCIOLI Vera L cia Costa A escrita no Brasil col nia um guia para leitura de documentos manuscritos Recife EDUFPE Fund Joaquim Nabuco Massangana 1994 ACIOLI Br s do Amaral Mem rias hist rias e pol ticas da Bahia Salvador Imprensa Oficial 1937 ARRUDA Jos Jobson TENGARRINHA Jos Manuel Historiografia luso brasileira contempor nea Bauru EDUSC 1999 TABULEIRO DE LETRAS AUERBACH Erich Introdu o aos estudos liter rios Tradu o Jos Paulo Paes 2 ed S o Paulo Cultrix 1972 CARDOSO Ciro Flamarion Org Escravid o e aboli o no Brasil novas perspectivas Rio de Janeiro Zahar 1988 CONRAD Robert Os ltimos anos da escravid o no Brasil 1850 1888 Tradu o Fernando de Castro Ferro 2 ed Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 1978 MATTOSO K tia M Queir s Bahia s culo XIX uma prov ncia no Imp rio Rio de Janeiro Nova Fronteira 1992 QUEIROZ Rita de C ssia Ribeiro de Para que editar A filologia a servi o da preserva o da mem ria baiana In TEIXEIRA Maria da Concei o Reis QUEIROZ Rita de C ssia Ribeiro de SANTOS Rosa Borges dos Org Diferentes perspectivas dos estudos filol gicos Salvador Quarteto 2006 p 141 157 SALVIANO A emancipa o XII Di
275. perfectividade e de imperfectividade com base n o s na informa o e estrutura o dos eventos na narrativa mas tamb m em express es e adv rbios de tempo 5 Conclus es A aquisi o da morfologia verbal em contextos L2 na generalidade dos estudos relativamente a outras l nguas tem partido da an lise de duas hip teses a Hip tese do Aspecto e a Hip tese do Discurso partindo de uma avalia o quantitativa com base no tratamento estat stico dos resultados em ANOVA O nosso trabalho por m pretendeu alargar o escopo da an lise partindo de uma an lise regressiva multivariada dos dados Para tal A import ncia do contexto para a marca o aspectual referenciada em Mathews e Yip 1996 p 200 relativamente ao cantonense e em Li e Thomson 1989 p 201 e tamb m em Xiao e McEnery 2004 p 240 que referindo se s situa es em que o aspecto n o marcado explicitamente atrav s de part cula definido por estes autores como zero aspect afirmam When taken in isolation these aspectually unmarked sentences may be ambiguous between perfective and imperfective readings but in discourse their aspectual meanings are made explicit by context As such the zero aspect can be either perfective or imperfective depending on context It is not an independent viewpoint aspect TABULEIRO DE LETRAS investig mos n o s os aspectos que se relacionam com ambas as hip teses e com a import ncia das classe
276. perior apresentando se os demais programas como programas de uso que levam realiza o do programa de base O valor investido no objeto caracteriza se como valor modal tendo em vista a transforma o de compet ncia do sujeito No interior dos percursos narrativos os actantes sint ticos sujeito do estado sujeito do fazer objeto que participam da formula o do enunciado elementar e do programa narrativo s o redefinidos como pap is actanciais Os pap is actanciais dependem da posi o que os actantes sint ticos ou o programa de que fazem parte ocupam no percurso e da natureza dos objetos valor com os quais est o em jun o Os actantes s o estruturas formais abstratas hip teses te ricas que jamais podem aparecer como tais nos textos efetivos e que em absoluto devem ser confundidos com os personagens verdadeiros nos quais por assim dizer se encarnam VOLLI 2007 p 119 Existem ent o sujeitos manipulados e manipuladores sujeitos competentes e realizadores distinguem se sujeitos do querer e sujeitos do saber etc Os pap is actanciais variam segundo o progresso narrativo Na ltima etapa da hierarquia das unidades sint ticas esquema narrativo o conjunto dos pap is actanciais de um percurso define o que a semi tica denomina actante funcional sujeito objeto destinador destinat rio O actante funcional n o se caracteriza de uma vez por todas mas tem apenas a determina o minima dada pelo percur
277. pet ncias modais somadas discrimina o leva o ind gena a se submeter changa denomina o dada conforme Limberti 2009 p 66 ao trabalho bra al em fazendas e destilarias da regi o em regime de empreitada onde os ind genas permanecem por at quatro meses ou s o obrigadas a trabalhar como b ia fria ou empregada dom stica Edna de Souza ibid p 212 V se que a escolha for ada entre trabalho ou educa o coloca o ind gena em uma situa o de priva o Para o ndio est faltando uma coisa conhecimento cultura mesmo sabe Estudo para forma lo para que ele chegue no pico e retorne aqui embaixo para resgatar uma coisa que ele deixou para tras Pouca gente aqui tem consci ncia disso Jo o Machado ibid p 104 Outro motivo presente nas narrativas dos professores para a sa da dos ind genas da escola est relacionado ao casamento Alguns saem porque v o se casar Jo o Machado ibid p 106 e logo vem o casamento e a v m as consequ ncias ter que trabalhar enfrentar a vida Joao Machado ibid p 110 Ocorrem tamb m casamentos precoces Como os ndios se casam cedo as meninas com treze anos j s o m es Edna de Souza ibid p 213 Para Limberti 2009 a n o altera o da idade em que os ind genas se casam especialmente os Kaiow da Area Ind gena de Dourados onde h casamentos 5 Grifos nossos
278. proach is in line with the outlook proposals from the Textual Linguistics whose assumptions intended to show the configuration of a specific text type or gender discourse in order to understand its structure Keywords Interdiscursivity Intertextuality Informativeness Meaning 1 Introdu o Esse artigo tem como objetivo demonstrar a estrutura o dos textos dos contratos das empresas de assist ncia sa de procurando levantar os subs dios te ricos necess rios para analisar algumas regularidades que marcam a estrutura textual considerando a interdiscursiva do g nero Isso porque o g nero em estudo embora devendo funcionar como um instrumento de media o na negocia o jur dica possui uma leitura cujos n veis de apreens o est o atrelados a diferentes aspectos discursivos Nesse caso a presen a dos interdiscursos no g nero corrobora a tese de que tal fator interlocutivo ir afetar o entendimento dos textos Dessa forma a linguagem pode ser vista como uma forma de manipula o dos sentidos que n o ser o atingidos pelos enunciat rios que n o tiverem previamente adquirido os conhecimentos necess rios apreens o de tais sentidos Analisando o que est sendo apresentado sobre os conhecimentos oriundos dos dom nios discursivos pertinentes ao g nero em estudo com a quest o da informatividade textual percebe se uma grande concentra o de informa es que pode gerar falhas na percep o dos poss veis sentido
279. quais constru mos e reconstru mos o mundo e nas quais se fazem presentes todos os elementos constituidores dos contextos os asssuntos o ambiente as rela es de poder as diferentes linguagens os interlocutores A narrativa como recorte discursivo coloca se como um rico campo de an lise tanto no que se refere sua organiza o sem ntico estrutural quanto no que se refere ao acesso que permite ao universo sociocultural dos interlocutores Os resultados desse estudo evidenciam o discurso como uma produ o processual e coletiva na qual os interagentes t m o papel fundamental de coconstrutores Palavras Chave Narrativa Intera o Poder Discurso ABSTRACT The paper investigates from the perspective of Interactional Sociolinguistics the discursive organization of four oral narratives made by a child We assume the language as the place of the interaction in which we build and rebuild the world and which are present all elements that constitutes the contexts the themes the environment power relations different languages the interlocutors The narrative as a discursive element stands as a rich field of analysis both in terms of its semantic and structural organization as in terms of the access to the socio cultural universe of the interlocutors The results of this study show the speech as a procedural and collective production in which the interactants have the key role of co builders Key words Narrative Interaction Power
280. r s dom nios presentes no g nero em tela passaremos a analisar alguns exemplos retirados do corpus usado na pesquisa a fim de demonstrar como o recurso da interdiscursividade importante para a aquisi o dos sentidos textuais 4 Analisando o corpus Conforme tem sido apresentado no presente artigo os contratos s o textos que devem apresentar aos enunciat rios clientes que adquirem determinado plano de sa de as diferentes partes da negocia o comercial que est sendo acordada por esses indiv duos Os cinco contratos em an lise possuem como caracter stica macrotextual a composi o em cl usulas com diferentes itens e subitens em cada uma dessas partes TABULEIRO DE LETRAS Algumas cl usulas s o comuns a todos os textos como por exemplo Cl usula Objeto Trata da valida o juridica do acordo e do estabelecimento das partes envolvidas na gocia o jur dica Cobertura da assist ncia m dico Exp e os procedimentos m dicos realmente hospitalar cobertos por determinado plano de sa de Exclus es Elenca os tipos de servi os que a empresa de sa de n o oferece aos seus clientes Mensalidades e reajustes financeiros Demonstra os crit rios adotados pela empresa na realiza o de atualiza es financeiras nas mensalidades O trabalho acerca do g nero tem se concentrado sobretudo nessas partes comuns para a partir delas tra ar os aspectos relativos linguagem e ao contexto discursivo
281. r e a terra ficou consagrada Em 1573 na Informa o jesu tica de Porto Seguro descreve se a capitania em duas vilas e duas povoa es afora os engenhos e trapiches A vila de Porto Seguro possu a ent o A vila de Santo Amaro dista da outra para o sul tr s quartos de l guas e possu a Considerando se as duas vilas antes referidas ter se ia um total de POPULA O TOTAL TOTAL Seria essa a popula o da Capitania que fora de P ro do Campo Tourinho ao findar o s culo XVI note se que os ind genas seriam os tupiniquins e os aimor s Os primeiros do tronco lingu stico tupi os segundos do tronco macro g Entre vizinhos isto brancos portugueses escravos isto africanos e ind genas tupi e g se formava certamente uma situa o de contacto lingu stico que provavelmente propiciaria a forma o de uma variedade da l ngua portuguesa com caracter sticas pr prias Esses dados embora rarefeitos d o alguma informa o sobre Porto Seguro nos s culos iniciais do descobrimento 4 Porto Seguro s culos XVIII e XIX Luis dos Santos Vilhena veio para o Brasil entre os professores enviados para c pela reforma pombalina expulsos que foram pelo referido marqu s os jesu tas No fim de sua ingl ria vida na Bahia como professor de grego escreveu Cartas que deveria entregar ao rei D Jos I mas que nunca foram Na Carta VIII informa sobre Porto Seguro TABULEIRO D
282. r pelo menos parte do texto recuperado Cf figura 3 As visitas Biblioteca Central Setor de Peri dicos Raros apesar do cuidado dos funcion rios de at certo ponto s permitirem a consulta aos peri dicos que est o em melhores estados de conserva o angustiante As imagens retidas na nossa retina s o de um acervo documental riqu ssimo se esvaindo nas m os de pesquisadores n o preparados para manuse lo Imaginamos como foi poss vel chegar a tal estado Por que nada foi feito para preserv lo Mas algumas medidas administrativas poderiam ser tomadas Em n vel gerencial poderia por exemplo desenvolver se um programa de preserva o que abranja o O jornal Di rio da Bahia no seu formato original circulava diariamente com quatro p ginas exceto aos domingos em que ganhava mais duas DEIRAS Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH NUMERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 conhecimento dos fatores clim ticos ambientais e o seu controle visando a sua estabilidade a contrata o de especialistas em conserva o a instala o de um laborat rio para a realiza o de conserva o preventiva os reparos simples e um programa para treinamento de funcion rios Em n vel operacional existem meios simples para melhorar a apar ncia e prolongar o tempo de vida dos documentos que poderiam ser desenvo
283. ra a cidade que por sinal at mudou de nome TEXTO C Essa multid o toda n o fez nenhuma falta para a cidade que por sinal at mudou de nome Acabou TEXTO D Aquele povo que ficou nesse pr dio que por coincid ncia era uma cadeia nem fez falta para a cidade que por sinal at mudou de nome TABULEIRO DE LETRAS Apesar do rigor nas sequ ncias de fechamento interessante notar que os blocos transcritos n o s o id nticos h varia es significativas No texto C para o coordenador o ouvinte parece n o ter se conformado com a f rmula de encerramento Assim o informante teve de usar uma forma marcada acabou A informa o n o fazer falta cidade extremamente importante na constru o da hist ria ela que marca a resolu o resultado da narrativa Labov 1972 Portanto um momento importante para valorizar tudo o que foi dito Al m disso o narrador parece sentir necessidade de fazer avalia es Labov 1972 nesse momento S o essas avalia es que fazem a diferen a Cada uma ganha matizes diferentes no texto A m e afirmada atrav s do nem no texto B professor fica abalada n o parecia fazer falta depois no texto C coordenador confirmada acentuadamente n o fez nenhuma falta j no texto D colega a avalia o torna se mais contundente com a relativa que por coincid ncia era uma cadeia Queremos entender com isso que a
284. ralidade quando se fala em lingua pois ela tanto reflete quanto constr i o mundo dos interagentes Schiffrin 1996 Johnstone 1993 Dentro dos estudos sociolingu sticos a narrativa tem sido um dos g neros que recebeu mais aten o Labov 1972 Bastos 2006 2005 2004 1993 Teixeira e Silva 1997 2004 William Labov pioneiro da sociolingu stica de cunho quantitativo aponta nos as narrativas de experi ncias pessoais como um dos melhores fil es para se estudar a rela o entre l ngua e sociedade Labov 1972 Nelas se presentificam de forma bastante evidente os elementos que conectam o indiv duo ao mundo social que o cerca A narrativa um m todo de recapitular experi ncias passadas coerente com uma sequ ncia de senten as para a sequ ncia de eventos nos quais isto inferido realmente ocorreram Labov 1972 359 Al m disso em seus estudos ele aponta para o fato de que as narrativas t m unidades discursivas com uma estrutura textual regular prefaciada por um resumo o abstract depois continuada com uma orienta o descri o do lugar do tempo com quem os eventos ocorreram os eventos s o recontados cronologicamente h uma complica o da a o e um resultado desta a o Uma coda opcional fornece uma transi o temporal e t pica do mundo da hist ria para a intera o na qual foi contada Essa organiza o estrutural claramente determinada pelos impactos que o narrador quer imprimir sua fala
285. ram assim classificados poder intimidade contato E i PROFESSOR poder intimidade contato COORDENADOR poder intimidade contato COLEGA poder intimidade contato Tivemos o cuidado de dentro do ambiente social escolar observar se o aluno tinha realmente tanto quanto poss vel ter rigorosa certeza as ela es que estamos indicando Pode haver por exemplo entre alunos intera es em que um aluno tem poder sobre outros Assim como h professores que podem ter uma rela o de intimidade com os alunos do que outros Dessa forma escolhemos cuidadosamente esses dois interlocutores um professor que assume manter uma postura tradicional de dist ncia com os alunos e um aluno considerado seu igual pelo sujeito da nossa pesquisa TABULEIRO DE LETRAS Como n o pudemos estar presentes na narrativa feita m e a primeira a se realizar resolvemos nos excluir das demais Busc vamos com isso ter a mesma vis o sobre todos os textos obtidos Para efeito pr tico chamaremos de texto A o feito para a m e de texto B o feito para o professor de texto C o feito para o coordenador e de texto D o feito para o colega Nossos objetivos primeiros eram observar de acordo com o interagente ouvinte a sele o de informa es a sele o de voc bulos a presen a maior ou menor de estruturas de l ngua escrita e oral ee as interfer ncias dos interlocutores e suas cons
286. rar a efic cia dessa com dia pois na elabora o do di logo cuja apar ncia de simplicidade e mesmo de espontaneidade s o na verdade efeitos constru dos pela for a ilocucion ria das intera es verbais Uma breve men o ao argumento ser til para identificar os agentes e as condi es de fala Tr s amigos veem uma rela o de quinze anos ser amea ada quando um deles S rgio compra um quadro quase inteiramente branco por uma quantia relativamente alta Marcos o amigo a quem ele mostra sua aquisi o mostra se perturbado e inconformado com TABULEIRO DE LETRAS o que considera puro esnobismo Diante do entusiasmo de S rgio pela compra da obra de um pintor bem cotado segundo os experts Marcos reage com sarcasmo a partir da a rela o evolui para uma troca de acusa es que de in cio tem por base supostamente a diferen a de gosto est tico e a avalia o da pintura moderna mas logo percebemos que a diverg ncia se propaga para outros temas Ivan um amigo de ambos preocupado com confus es familiares que envolvem seu casamento pr ximo tenta manter se neutro em meio ao tiroteio verbal e com isso s consegue acirrar as tens es entre S rgio e Marcos Os di logos s o intercalados por breves solil quios criando mudan as de foco enunciativo que revelam o efeito das trocas verbais ou seja do plano propriamente dram tico ou intersubjetivo sobre o sentir e o pensar das personagens e sobretu
287. rau no col gio das freiras depois aproveitei o impulso e fiz o curso de ci ncias no CEUD Centro Universitario portanto sou formado pela Universidade Federal Jo o Machado ibid p 95 O professor Jo o Machado quando relata a sua trajet ria de forma o escolar se instaura no in cio da narrativa em conjun o com o objeto valor estudo sou formado pela Universidade Federal tem se aqui um programa de aquisi o Observa se que o enunciado TABU LEO DE LETRAS de estado que estabelece a rela o de jun o conjun o disjun o entre o sujeito e o objeto sou formado ou seja a rela o inicial de conjun o do sujeito com o objeto valor estudo conhecimento escolar Para a semi tica um estado inicial de conjun o do sujeito com o objeto valor pressup e um esquema narrativo isto uma sequ ncia de programas narrativos combinados em percursos e relacionados por pressuposi o O programa narrativo constitui se de um enunciado de fazer que rege um enunciado de estado O enunciado de estado sou formado o enunciado resultante da transforma o a partir do qual se pode reconstituir o estado inicial Pelo fato de transformar estados o sujeito do fazer altera a jun o do sujeito do estado com os valores e portanto o afeta Tem se assim o Programa Narrativo PN em que PN F estudar S1 pai sociedade S2 Jo o Machado N OV ser formado A semi tica di
288. rca o padr o Consideramos que este fato possa estar relacionado com efeitos de transfer ncia pragm tica quanto forma como os falantes estruturam o discurso na sua l ngua materna O tipo de tarefa que mais influencia a marca o do pret rito perfeito em eventos foreground a narrativa escrita que apresenta um peso relativo de pr 61 enquanto TABULEIRO DE LETRAS que o cloze apresenta um peso relativo de pr 56 A narrativa oral desfavorece a marca o do pret rito perfeito em ambos os contextos Tendo em conta que os v rios estudos no mbito da aquisi o da morfologia verbal em L2 t m regra geral apontado para a import ncia do aspecto lexical finalizamos a an lise da marca o do pret rito perfeito ao nivel do grounding cruzando as vari veis grounding n mero de anos de aprendizagem e aspecto lexical partindo da hip tese que possa haver uma interac o entre estas tr s vari veis Apresentamos os resultados do cruzamento das tr s vari veis no quadro 6 Quadro 6 An lise do Cruzamento das Vari veis Grounding N mero de Anos de Aprendizagem e Aspecto Lexical Grounding e N mero de Anos de Aprendizagem Aspecto Lexical Foreground 1 5 anos N dT Pr ES 83 Pontos 8592 92 0 51 83 Culminados 90 935 86 Culmina es 652 756 86 0 0 66 4346 935 r Signific ncia 0 000 Log Likelihood 1645 054 Atrav s dos dados no quadro 6 verificamo
289. representado pela frase No final do ano eu e minha fam lia VIAJAR n o foi elencada a variante presente do indicativo e foram acrescidas duas formas gerundivas uma com futuro simples mais gerundio ESTAREI VIAJANDO e outra com futuro perifr stico com ir no presente mais infinitivo mais ger ndio VOU ESTAR VIAJANDO Os resultados est o no Gr fico 6 a seguir Gr fico 6 NO FINAL DO ANO por s rie total dos dados em percentuais 70 60 50 Futuro simples Per fr IR pres t Perifr IR fut Ger Fut Ger Per fr 40 30 20 10 3EF 4EF 5EF GEF 7EF 8EF 1EM 2EM 3EM Univ No total geral de dados a variante mais escolhida foi o futuro perifr stico com ir no presente mais infinitivo 41 Este o contexto que mais favoreceu a op o pelo futuro perifr stico com ir no presente mais infinitivo que chega a quase 60 na 3 s rie do ensino m dio e s n o foi a primeira escolha entre os alunos da 4 s rie do ensino fundamental o que corrobora a hip tese de que nesse n vel escolar que as crian as come am a ter um contato sistem tico com essa TABULEIRO DE LETRAS Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 variante Cabe ressaltar que o futuro perifr stico com ir no futuro mai
290. resa o pagamento das mensalidades dever ser efetuado ou poder o ocorrer problemas juridicos mediante o poder p blico que legisla sobre o funcionamento de tais empresas Observa se que o corpus analisado uma importante fonte de pesquisa na medida em que nesse caso o estudo do g nero poder ser utilizado para beneficiar determinado grupo de indiv duos ou melhor todos aqueles que utilizarem este servi o Contrato de sa de Nesse caso a an lise dos fen menos da interdiscursividade da intertextualidade e de seus desdobramentos na apreens o dos sentidos pode ser um instrumento de den ncia social al m de servir para demonstrar como os sentidos podem ser manipulados de modo a n o serem atingidos pelos destinat rios em determinado g nero para atingir seus reais objetivos de comunica o REFER NCIAS BAKTHIN Mikhail Mikhailovitch Est tica da cria o verbal S o Paulo Martins Fontes 1997 BARROS Diana Luz Pessoa de Dialogismo polifonia e enuncia o In BARROS Diana Luz Pessoa de e FIORIN Jos Luiz orgs Dialogismo polifonia intertextualidade em torno de Bakhtin S o Paulo Edusp 2003 TABU LEMOS DE LETRAS CHARAUDEAU Patrick e MAINGUENEAU Dominique Dicion rio de an lise do discurso 2 ed S o Paulo Contexto 2006 COSTA VAL Maria da Gra a Repensando a textualidade In Azeredo Jos Carlos de L ngua Portuguesa em debate conhecimento e ensino Petr polis Vozes 2001 p 34 51
291. resgatar o que ainda sobrou Fig 1 Foto da cole o do Di rio da Bahia correspondente ao ano 1871 BRE Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH NUMERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 Fig 2 Foto da cole o do Di rio da Bahia correspondente ao ano 1876 sabido que apesar do avan o tecnol gico na rea da preserva o de documentos impressos em papel e da exist ncia de centros no Brasil especializados na restaura o de obras raras at o presente momento n o poss vel restaurar o suporte dos jornais A mat ria prima utilizada na impress o deste tipo de peri dico de baixa qualidade tornando o muito vulner vel e uma vez v tima da a o do tempo e da a o predat ria do homem n o ter condi es de ser reconstitu do atrav s dos procedimentos de restauro dispon veis e adequados aos v rios tipos de papel No caso espec fico da cole o do Di rio da Bahia restam apenas duas alternativas submet los ao processo de transfer ncia de suporte ou resgate via transcri o dos textos sobre os mais variados assuntos constantes em cada exemplar da referida cole o No primeiro caso os exemplares do Di rio da Bahia deveriam ser submetidos t cnica da transfer ncia do suporte papel para o suporte digital via processo de escaneamento e ou digitaliza o Ao submeter os documentos a est
292. ress o de elementos que nunca postos em debate e em d vida pareciam inexistentes FAORO 2008 1975 p 515 Com essas alus es deseja se mostrar como ao longo do s culo XX e in cio do s culo XXI vem havendo um processo de transfer ncia de sentidos caracterizado pela associa o entre os discursos sobre o homem negro africano escravizado no Brasil e os discursos sobre o homem negro brasileiro mais especificadamente no que tange responsabilidade pelo status social A constru o dessa equival ncia entre classe e ra a implica na constitui o de uma imagem de desvio psicol gico desse indiv duo que vem sendo signo da ideia de algu m que produz e mant m os seus pr prios problemas como acentua Hasenbalg 2005 1979 p 63 TABULEIRO DE LETRAS a posi o subordinada dos negros explicada como fun o de tra os patol gicos auto sustentados do grupo anomia e desorganiza o social desagrega o da fam lia e cultura da pobreza Nesse tipo de an lise os negros s o apresentados como v timas de seus supostos defeitos o racismo branco subestimado e a pobreza torna se uma condi o que se autoperpetua Nesse processo de desigualdade legitimada em que a nfase ao escravismo como causa natural da imbeciliza o ou desvario do escravo escamoteia da cena discursiva as quest es raciais o que deve ser notado que a sua atualiza o em diferentes textualiza es possi
293. rial S o Paulo Cultura Acad mica Editora 2002 WEINREICH Uriel LABOV William HERZOG Marvin I Empirical foundations for a theory of language change In LEHMANN W MALKIEL Y Ed Directions for historical linguistics Austin University of Texas 1968 p 97 195 Escolariza o e demografia na capitania de Porto Seguro Rosa Virg nia MATTOS E SILVA Em lia Helena Portella Monteiro de SOUZA RESUMO Este artigo trata da escolariza o e demografia em Porto Seguro e se insere no mbito dos estudos do PHPB relativos investiga o da hist ria social lingu stica do Brasil Tem se como objetivo geral apresentar o levantamento do percurso hist rico de Porto Seguro quanto demografia e escolariza o do s culo XVI ao s culo XIX Como objetivos espec ficos identificar o contingente populacional existente nesses s culos nesse local identificar do ponto de vista educacional qual quais o s sistema s de ensino quem eram os docentes e a quantos esse ensino atingia A pesquisa desenvolvida se deu em fontes prim rias como relat rios e falas de Presidentes da Prov ncia da Bahia e em fontes secund rias censos e livros de historiadores do s culo XVIII em diante A investiga o hist rica sobre o portugu s brasileiro passa por seu territ rio pelas popula es que viveram em cada regi o administrativamente constitu da desde o s culo XVI com a divis o em capitanias O decreto pombalino no s culo XV
294. rica emblem tica simb lica hoje por m a ela prefiro o trecho de um document rio recuperado por Abel Ferrara em Napoli Napoli Napoli N poles N poles N poles 2009 que mostra um bombardeiro Liberator depois v rios soltando sua carga mortal sobre a cidade ru nas distribui o de comida e a popula o feliz a receber os militares estrangeiros Talvez porque me lembre do terr vel Segundo Gian Piero Brunetta apud FABRIS 1995 p 139 nessa sequ ncia o resgate de um pais parece passar atrav s de um simples gesto de reconquista das raz es de viver Por exemplo em outro texto de janeiro de 1960 Pasolini 1996 p 21 escreveu Rossellini o neorrealismo Nele a redescoberta da realidade no caso a da It lia do dia a dia abolida pela ret rica de ent o foi um ato ao mesmo tempo intuitivo e estritamente ligado s circunst ncias TABULEIRO DE LETRAS bombardeio de 4 de dezembro de 1942 do qual tantas vezes minha m e me falou e que reencontrei nas p ginas de La dama di piazza 1961 de Michele Prisco o que atingiu o pr dio do correio central quando os corpos de muitos mortos foram recolhidos com p s de t o estra alhados que estavam Talvez porque ao ouvir a suave melodia que acompanha as imagens e canta a cidade fique procurando no meio daquelas pessoas an nimas um rosto conhecido e pensando que meus av s meus tios meus pais passaram por aquilo Talvez porque
295. rida Autora seguindo Jaime Cortes o diz Porto Seguro e Vera Cruz em 1585 havia 50 moradores em cada uma e mesmo assim continuaram a ir se despovoando lentamente a ponto de os pr prios jesu tas abandonarem a capitania em 1602 p 134 Ao findar o s culo XVI o Brasil estava dividido em dois governos gerais um com sede no Rio de Janeiro chefiado por Ant nio Salema e Salvador continuava como capital do estado do Norte que compreendia os territ rios at Ilh us Porto Seguro cercada pelos ndios quase so obra Segundo Varnhagen apud TELLES 1987 p 140 141 Porto Seguro era das capitanias mais pobres e mais mal governadas possuindo apenas um engenho Em 1627 Porto Seguro foi elevada a marquesado em favor da donat ria Ana de Sande dama da Rainha Quando D Jos sobe ao trono onde permaneceu por 26 anos eram onze as capitanias que ainda tinham donat rio Porto Seguro era uma delas TELLES 1987 p 149 O ltimo donat rio de Porto Seguro foi D Jos de Mascarenhas Lencastre executado TABULEIRO DE LETRAS em Lisboa em 1759 envolvido que estava na conspira o dos T vora por tentativa de regic dio contra D Jos I Em 1777 come a o reinado de D Maria I Nessa altura o Marqu s de Valen a foi nomeado Governador e Capit o Geral da Bahia cuja popula o se avaliava em 270 356 almas segundo Varnhagen apud TELLES 1987 p 152 A comarca de Porto Seguro 8 333 almas 3 A prop sito do
296. ridades interlocutivas Nos textos analisados podemos verificar que a utiliza o de um conte do altamente informativo pode obscurecer os sentidos textuais o que seria uma estrat gia de composi o usada pelos produtores no texto os quais n o estariam interessados a priori em esclarecer aos seus interlocutores seus reais direitos no uso dos servi os m dicos TABULEIRO DE LETRAS Para que os sentidos possam ser atingidos no texto necess ria portanto a utiliza o de informa es com um n vel de informatividade adequado aos participantes da situa o comunicativa 6 Considera es finais Conforme apresentado no presente artigo os textos dos contratos das empresas de assist ncia sa de que deveriam informar as etapas da negocia o enuncia o de modo claro ao utilizarem conhecimentos oriundos do dom nio discursivo comercial obscurecem sentidos essenciais para o p blico alvo a quem se dirige Isso porque ao utilizar os dom nios comercial jur dico e da sa de os locutores n o deixam os sentidos claramente expostos na superf cie textual Os produtores dos textos ao optarem pela explora o de tais dom nios exp em os destinat rios que n o s o necessariamente pessoas que fazem uso de tais dom nios ficam ent o merc das empresas de assist ncia sa de uma vez que esses indiv duos n o possuem habilidades lingu sticas necess rias para compreender seus reais direitos na negocia o
297. ries Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2005 n 29 p 253 282 BARDOVI HARLIG Kathleen Narrative Structure and Lexical Aspect Conspiring Factors in Second Language Acquisition of Tense Aspect Morphology In Albert Valdman ed Studies in Second Language Acquisition Cambridge University Press 1998 20 4 p 471 508 TABULEIRO DE LETRAS BARDOVI HARLIG Kathleen Tense and Aspect in Second Language Acquisition Form Meaning and Use Blackwell Publishers 2000 BLYTH Carl From empirical findings to the teaching of aspectual distinctions Tense and Aspect in Romance Languages Rafael Salaberry and Dalila Ayoun eds Studies in Bilingualism Series Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2005 p 211 253 COMAJOAN Lloren The Acquisition of perfective and imperfective morphology and the marking of discourse grounding in Catalan Rafael Salaberry and Dalila Ayoun eds Tense and Aspect in Romance Languages Studies in Bilingualism Series Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2005 p 35 78 DOUGHTY Catherine J et al The Scope of Inquiry and Goals of SLA Catherine J Doughty and Michael Long eds The Handbook of Second Language Acquisition Blackwell Publishing 2003 p 3 16 DUFF Patricia et al The acquisition and use of perfective aspect in Mandarin Rafael Salaberry Yasuhiro Shirai eds The L2 Acquisition of Tense Aspect Morphology Amsterdam P
298. rio da Bahia Salvador p 1 2 08 jul 1871 SILVA K tia Maria de Carvalho O di rio da Bahia e o s culo XIX Rio de Janeiro Tempo Brasileiro Bras lia INL 1979 SPINA Segismundo Introdu o ed tica cr tica textual 2 ed rev e atual S o Paulo Ars Po tica EDUSP 1994 TAVARES Luis Henrique Dias Hist ria da Bahia 10 ed S o Paulo UNESP Salvador EDUFBA 2001 TEIXEIRA Maria da Concei o Reis Textos de imprensa problemas na sua edi o Cadernos do CNLF Rio de Janeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro vol 9 n 10 p 171 178 2005 VIANA FILHO Lu s O Negro na Bahia Rio de Janeiro Livraria Jos Olympio 1938 As cotas raciais sob o signo da igualdade des racializada trajet rias do discurso liberal no Brasil Larissa Santos Pereira RESUMO Este artigo apresenta uma reflex o sobre o papel central que o legado liberal de um discurso de todos e para todos enunciado por um sujeito de direito ocupa na hist ria de constitui o dos discursos p blicos brasileiros A investiga o das filia es hist ricas constitutivas deste sujeito deu se sob a perspectiva te rica da An lise de Discurso em sua linha peuchetiana A fim de verificar as rela es discursivas entre textos contempor neos e outros produzidos no s culo XIX o corpus se constituiu por meio do cotejo entre o discurso juridico liberal presente em textos atuais sobre as cotas raciais escritos por professores universit
299. ro 2 N mero total de informantes P Macau China TOTAL Mo o 5 o Jo qu o TOTAL Em 7 ainda que tenhamos codificado este enunciado como informa o foreground este apenas poder ser marcado com o pret rito imperfeito Este evento codificado como foreground porque contribui para que a ac o se desenrole no sentido do roubo do p o O evento em 23 foi codificado como background porque n o contribui necessariamente para o desenvolvimento da narrativa o que acontece em 24 Este evento em particular tanto pode ser marcado com o pret rito perfeito como com o pret rito imperfeito Comajoan 2005 p 55 codificou os eventos na narrativa como foreground e background segundo dois crit rios i da morfologia verbal segundo o contraste perfectivo imperfectivo i e os eventos marcados no perfectivo foram codificados como foreground enquanto que os eventos marcados no pret rito imperfeito foram codificados como background ii da sintaxe do enunciado i e foram tidas em conta as situa es espec ficas das frases relativas e das frases subordinadas temporais O presente estudo utiliza o pacote VARBRUL para o tratamento estat stico dos dados Este recurso nos permite inferir de forma global as rela es que se podem estabelecer entre o conjunto das vari veis independentes em fun o da vari vel das vari veis dependentes Cf PAOLILLO 2002 MARTINS 2008 Como este estudo se cinge an lise da Hip tes
300. rofessores PROFESSORES CADEIRA LOCAL DE MESES RESID NCIA DEVIDOS Jos Maur cio Ribeiro Ler e escrever Vila dos Ilh us 12 meses Pe Manuel Roiz de Gram tica Vila de Camamu 12 meses Oliveira Latina Joao Jos Facio Vila de Porto Seguro Pelo que se pode observar dos tr s professores da Comarca de Porto Seguro apenas um residia l os demais residiam em vilas distantes Al m desse fato que concorria para a defici ncia do ensino viviam sem receber os seus proventos As dificuldades existentes deviam comprometer a qualidade do ensino al m de outras de natureza social como visto em parte deste texto Segundo Telles 1987 p 149 em 1762 quando a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro Bahia foram incorporadas as antigas capitanias de Ilh us e Porto Seguro essas j pertencentes Coroa TABULEIRO DE LETRAS No s culo XIX Almeida Prado p 332 refere se a observa es de Lindsay quanto instru o Notava o ingl s os males causados pela expuls o dos jesu tas quando alude falta de instru o das melhores classes Somente algumas mulheres sabiam ler e escrever era uma arte que apenas poucos homens conheciam na col nia Segundo o censo de 1872 do total de 3044 habitantes em Porto Seguro entre brasileiros e estrangeiros apenas 229 sabiam ler e escrever Seguem os dados discriminados Sabem ler e escrever N o sabem ler nem escrever a Popula o
301. rutura contratual da comunica o ou seja algu m o destinador faz com que um outro o destinat rio que pode ser a mesma pessoa fa a alguma coisa empreenda uma a o O destinador manipulador transforma a compet ncia modal do destinat rio ao coloc lo durante a comunica o em posi o de falta de liberdade ou de n o poder n o aceitar o contrato proposto voc precisa estudar O destinat rio levado a efetuar uma escolha for ada O destinador emprega para tanto a persuas o articulada no fazer persuasivo que exerce e no fazer interpretativo por conta do destinat rio O fazer persuasivo define se como um fazer crer e secundariamente como um fazer saber e o fazer interpretativo como o crer ou melhor como um ato epist mico que leva a crer Em resumo o percurso do destinador manipulador pode ser desmembrado em tr s etapas o contrato fiduci rio em que estabelecido um m nimo de confian a o espa o cognitivo da TABULEIRO DE LETRAS persuas o e da interpreta o a aceita o ou recusa do contrato Aqui h aceita o por parte do sujeito S1 Jo o Machado e a recusa por parte dos S companheiros da Reserva Tinha muita gente que estudava naquele tempo tinha sim mas nenhum deles al m de mim conseguiu continuar s findaram a terceira s rie quarta s rie Jo o Machado ibid p 95 Na san o o destinador julga a conduta do sujeito e os estados obtidos pelas opera
302. s tudiants d coles et de lyc es publics et priv s et des tudiants universitaires au d but et la fin du cours En consid rant plusieurs projections de futurit le test pr sente six questions o le locuteur doit cocher expression qu il utiliserait dans chaque situation et une question ou il doit cocher expression qu il n utiliserait pas Les variantes ont t pr sent es dans un ordre al atoire et dans des phrases diff rentes Les r sultats montrent que a le futur simple est acquis entre le 4 et le 5 niveaux scolaires b la p riphrase avec ir aller infinitif est la forme concurrente du futur simple en le d passant dans presque tous les contextes c le plus grand usage du futur simple se retrouve parmi les tudiants universitaires d tous les niveaux scolaires les formes g rondives ont t jug es incorrectes Programa de P s Gradua o em Estudos Linguisticos da Universidade Estadual de Feira de Santana Contato josanemoreira hotmail com TABULEIRO DE LETRAS Mots cl Variation Changement Futur verbal Test de perception attitude 1 Introdu o A express o do futuro verbal vari vel ao longo da hist ria da l ngua portuguesa Muitas variantes comp em o envelope dessa varia o a a forma sint tica Na pr xima semana viajarei para o exterior b as formas perifr sticas com o verbo ir no presente ou no futuro infinitivo Na pr xima sem
303. s inesperados aumentar o muito o n vel da informatividade textual para os destinat rios 4 2 Dom nio comercial Conforme mostrado no in cio da presente se o os textos usados por cada empresa de assist ncia sa de possuem cl usulas que tratam especificamente dos diferentes crit rios de reajustes financeiros e dos pagamentos das mensalidades estabelecidos para os seus clientes destinat rios Nessas partes dos contratos ocorre a utiliza o do dom nio discursivo comercial pois para mencionar como os reajustes ser o efetuados pela empresa de sa de muitos jarg es e equa es matem ticas pr prias dos profissionais ligados ao com rcio e Economia s o acionadas na superf cie textual conforme pode ser visto no exemplo a seguir Exemplo 2 10 1 A contrapresta o pecuni ria que o a CONTRATANTE pagar CONTRATADA decorrente deste Contrato denomina se TAXA MENSAL DE MANUTEN O e ser devida por si e pelos demais BENEFICI RIOS individualmente inscritos no presente Contrato cujo valor nesta data corresponde ao indicado na Ficha de Inscri o respectiva de acordo com o tipo de plano contratado respeitadas as faixas et rias dos benefici rios inscritos e sua propor o de Taxa Global 10 2 A Taxa Mensal de Manuten o que cobrada pelo sistema de pr pagamento vencendo se nas datas indicadas na Ficha de Inscri o ser reajustada independentemente da idade ou faixa et ria
304. s usar cart o de credito ter mesada participar de formatura com baile fazer dieta sofrer de anorexia ou bulimia entre outros As atividades levam o aluno a refletir sobre semelhan as e diferen as entre as culturas de forma n o avaliativa De que forma Como citado na resposta 2 a quest o da formatura das mu ulmanas nos EUA um exemplo de considera o das diferen as culturais poss vel que os estudantes exprimam julgamentos de certo ou errado sobre as restri es do islamismo em rela o s mulheres mas o texto n o incentiva essa postura A unidade que trata de Hip Hop por exemplo bastante ilustrativa pois n o considera os adeptos do Hip Hop como um grupo marginalizado ou restrito a negros Outra coisa interessante o texto sobre cortes de cabelos nessa atividade v rios tipos de corte de cabelo s o apresentados n o de forma comparativa ou avaliativa ou caracter stica de determinado grupo social mas simplesmente como formas de estilizar o cabelo Ou seja o livro trata com normalidade as diferen as e semelhan as culturais As atividades ajudam o aluno a desenvolver toler ncia e empatia em rela o ao outro De que forma Sim ainda que precise de uma diversifica o maior em termos de representa es culturais o livro mostra tipos humanos variados em diversas situa es e utiliza alguns textos sobre costumes de grupos espec ficos O livro procura n o estereotipar o negro ou o indiano Ou seja o m
305. s Modernos que s o informa o foreground e background BRE Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH NUMERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 Quadro 1 Identifica o da Informa o foreground e background da cena do filme Tempos Modernos 1 um dia uma rapariga passar por uma padaria f 2 e como estar com fome b 3 ficar a olhar para a montra f 4 que estar cheia de bolos e de coisas boas b 5 de repente a rapariga olhar para o lado f 6 e ver f 7 que o padeiro estar a descarregar o p o f 8 enquanto o padeiro levar os tabuleiros b 9 a rapariga tirar um p o f 10 e fugir f 11 mas chocar com Charlie Chaplin f 12 que vir direc o oposta b 13 e cair os dois ao ch o f 14 uma senhora que ir a passar nesse momento b 15 e ver a rapariga roubar p o f 16 contar ao padeiro f 17 o que acontecer b 18 naquele instante aparecer um pol cia f 19 e o padeiro denunciar a rapariga f 20 Charlie Chaplin que ainda ali estar b 21 defender a rapariga f 22 o policia prender ent o Charlie Chaplin f 23 No entanto a senhora continuar a acusar a rapariga b 24 e ela e o padeiro contar ao pol cia f 25 o que acontecer b 26 este libertar Charlie Chaplin f 27 e prender a rapariga f 28 como Charlie Chaplin querer salvar a rapariga b 29 ir a um caf f 30 comer f 31 e como n o ter
306. s como cousa delles porquanto polos outros dias andando occupados com seus senhores nas rossas n o h tanto vaguar para isso c nfess o se muito a mi do ACCIOLI p 375 378 Assim come ou a aprendizagem da leitura e da escrita juntamente com a catequese Pelo que est exposto nas cartas dos jesu tas verifica se que os filhos dos brancos aprendiam a ler e a escrever tamb m os escravos passavam pela aprendizagem da doutrina al m dos nativos Os jesu tas liderados por N brega especialmente os sempre referidos padre Leonardo Nunes e o irm o Diogo Jacome serviram em Ilh us e Porto Seguro duas capitanias que posteriormente foram incorporadas Bahia No excerto da seguinte carta de N brega de 9 de agosto de 1549 endere ada ao Padre Mestre Sim o Rodrigues de Azevedo ACCIOLI p 319 322 verifica se que os jesu tas agiam nessas capitanias de forma semelhante quanto ao ensino dirigido tamb m aos escravos N brega faz refer ncia ao fato de ter mandado o padre Leonardo Nunes para Ilh us e acrescenta foi com elle Diogo Jacome que faz muito fructo em ensinar aos mo os e escravos TABULEIRO DE LETRAS Tamb m Primitivo Moacyr 1936 referindo se ao in cio das atividades de ensino dos jesu tas logo que chegaram com Tom de Souza a Salvador diz que Enquanto esta atividade se desenvolvia na sede do governo geral Bahia fato semelhante se nota em Porto Seguro onde aprendiam a ler os filhos na
307. s constantes e alem es depois de terem sido expulsos da cidade TABULEIRO DE LETRAS E ent o vieram os dias mais terr veis que todos n s em N poles tivemos que suportar os do dom nio alem o Muitos soldados como verdadeiros patriotas obedecendo s ordens de Badoglio atacaram imediatamente os alem es para libertar a cidade Os sapadores alem es obedecendo s ordens de seu infame chefe destruiam com dinamite o pouco que havia sobrado das f bricas Toda a cidade estava sob o pesadelo do terror explos es por todos os lados tremores de terra que pareciam um terremoto Entrementes os alem es haviam come ado a ca a ao homem Saiu a ordem de servi o de trabalho obrigat rio falso pretexto para deportar todos os jovens para a Alemanha Dos 30 mil que no primeiro dia tinham que se apresentar chamada somente 150 se apresentaram A raiva alem n o conheceu limites come ou a razia dos homens tarde nem as casas s o mais respeitadas os alem es entram levando embora os homens as ruas est o bloqueadas A noite as not cias n o s o nada boas prometem nos que v o nos massacrar Radio Londres n o nos consola Estamos no dia seguinte 28 de setembro agora n o h mais nada a fazer Pra a Carlos III o lugar onde temos que nos reunir escondemo nos num pr dio onde as not cias nos s o trazidas por garotos e por mulheres vemos muitos que v o se apresentar o tempo
308. s de percep o atitude permitem captar generaliza es que revelam poss veis rela es entre avalia o subjetiva e motiva o para a sele o e o uso consciente de formas lingu sticas alternativas Objetiva se assim por meio de um teste de percep o atitude verificar como os estudantes sujeitos da pesquisa avaliam as formas variantes de futuro e qual o grau de consci ncia que t m dos seus pr prios usos j que posteriormente em outro trabalho proceder se ao confronto das respostas do teste com a produ o textual dos alunos 2 Amostras e metodologia Nas escolas pesquisadas das redes p blica e particular foi selecionada uma turma de cada s rie da 3 s rie do ensino fundamental 3 s rie do ensino m dio Todas situadas em Feira de Santana as escolas onde se fez a coleta dos dados foram Rede particular Escola Nova Gera o Col gio Safra e Col gio Limite Rede p blica Escola Municipal Hor cio Silva Bastos e Col gio Estadual Odorico Tavares Na UEFS trabalhou se com a turma de 2 semestre e uma turma de alunos dos 7 8 e 9 semestres do curso de Administra o de Empresas Em cada turma solicitou se inicialmente que os estudantes escrevessem dois textos com temas induzidos um sobre o futuro pr ximo o que fariam no pr ximo fim de semana e outro sobre o futuro distante o que fariam quando crescessem ou se formassem Essas reda es est o sendo analisadas por tr s bols
309. s infinitivo foi a 2 escolha dos alunos a partir da 7 s rie do ensino fundamental Quanto s formas gerundivas ainda estigmatizadas socialmente n o chegaram nem aos 15 e foram mesmo nulas entre alunos da 3 s rie do ensino m dio momento escolar em que a press o pelas formas de prest gio grande devido muito provavelmente ao iminente vestibular tamb m conhecido como processo seletivo de ingresso no ensino superior universit rio 3 2 5 Daqui a dois anos No caso do futuro mais distante ilustrado pela frase Acho que daqui a dois anos meu melhor amigo FAZER nata o permanecem as mesmas variantes usadas para o futuro menos distante E os resultados podem ser vistos no Gr fico 7 apresentado em seguida Gr fico 7 DAQUI A DOIS ANOS por s rie total dos dados em percentuais 70 60 50 40 Futuro simples Per fr IR pres 30 Per fr IR fut Ger Fut Ger Perifr 20 10 0 T T T T T I T T 3EF 4EF 5EF 6EF 7EF 8EF 1EM 2EM 3EM Univ TABULEIRO DE LETRAS No total geral de dados a variante mais escolhida foi o futuro perifr stico com ir no presente mais infinitivo 28 V se que esse o contexto em que se verifica a concorr ncia mais acirrada entre as variantes apresentadas que apresentam percentuais pr ximos Embora tenha havido predom nio dos futuros perifr sticos com ir no presente e ir no futuro mais infinitivo chama a aten
310. s jesu tas A Companhia de Jesus como sabido chega ao Brasil com o primeiro Governador Geral Tom de Souza em 1549 As primeiras miss es jesu ticas ser o estabelecidas tanto na ba a de Todos os Santos como em Porto Seguro Ficavam perto do mar para os indios os poder manter pela pescaria e perto das matas para fazerem seus mantimentos Encontraram os jesu tas em Porto Seguro religiosos seculares na freguesia de Porto Seguro o padre Diogo de Oliveira cf Capistrano de Abreu apud TELLES 1987 p 70 Os jesu tas chegaram a Porto Seguro em 1549 sendo Manoel da N brega o primeiro tendo pouso moment neo de onde escreve uma carta sobre a malandrice dos rein is e a escravid o que o revolta TELLES p 82 Iniciada a catequese em Porto Seguro n o teve bom xito Segundo Varnhagen apud TELLES 1987 p 83 o padre Azpilcueta Navarro foi logo mandado a Porto Seguro Serafim Leite historiador da Companhia de Jesus diz No Porto Seguro tentaram organizar uma confraria para educa o e instru o dos meninos A confraria n o prosperou entretanto porque as condi es morais e econ micas da terra se revelaram prec rias Dentre os jesu tas foi o Padre Navarro o primeiro a aprender a l ngua ind gena e dela se utilizou desde 1550 na prega o aos selvagens o primeiro mestre e mission rio do gentio Azpilcueta teve em Porto Seguro a companhia do Padre Ambr sio Pires que ficou naquele TABULEIRO DE LETR
311. s lexicais aspectuais para a marca o da morfologia verbal mas tamb m a poss vel import ncia que outras vari veis que n o haviam sido consideradas em estudos anteriores poderiam ter na aquisi o das no es de tempo e aspecto No presente trabalho analis mos a Hip tese do Discurso em concreto Da an lise dos dados verific mos que a vari vel lt grounding gt n o seleccionada na an lise GOLDVARB X dos corpora do pret rito perfeito sendo apenas importante para a marca o do pret rito imperfeito A an lise da vari vel informa o dos tr s corpora do pret rito imperfeito revela que a informa o foreground que favorece a marca o do pret rito imperfeito e n o a informa o background Conclu mos que esta prefer ncia por marcar o pret rito imperfeito no foreground ao contr rio do que indicam os princ pios da Hip tese do Discurso se manifesta por transfer ncia de informa o de car cter pragm tico na estrutura o e interpreta o da sequ ncia narrativa Refer ncias ANDERSEN Roger The dimensions of pastness In Rafael Salaberry Yasuhiro Shirai eds The L2 Acquisition of Tense Aspect Morphology Amsterdam Philadelphia John Benjamins Publishing Company 2002 p 79 107 AYOUN Dalila et al Towards a comprehensive model of the acquisition of L2 tense aspect in the Romance languages Rafael Salaberry and Dalila Ayoun eds Tense and Aspect in Romance Languages Studies in Bilingualism Se
312. s porque n o se esfor am s querem saber de festa n o gostam de TABULEIRO DE LETRAS trabalhar as quais atualizam o interdiscurso sobre a quest o escrava no Brasil demonstrando que em muitos momentos da hist ria brasileira o sentido sobre o que ser escravo e o sentido sobre o que ser negro se tocam fazendo estremecer e se entrecruzarem as barreiras das FDs em que eles s o produzidos No que tange ao desdobramento dos sentidos Orlandi 200la salienta que uma mudan a da base argumentativa n o implica em necess ria mudan a de forma o discursiva muitas vezes sendo uma renova o de argumentos ainda ligados mesma forma o ideol gica Entende se portanto que essa imagem corrente do negro como um eterno subordinado carente dos elementos necess rios para que seja um efetivo cidad o c nscio de seus direitos e deveres traz em seu bojo as ideias acerca do escravo no s culo XIX pr prio de uma FD racialista Dessa maneira ainda que o DRB seja enunciado em uma FD Liberal cujo cunho juridico legitima a igualdade entre todas as pessoas percebe se portanto que ele desencadeia sentidos que atualizam essa natural oposi o entre o ser escravo e o ser cidad o 3 O discurso liberal enunciado pelos professores universit rios Nos dias atuais o sujeito professor universit rio quando questionado sobre as cotas raciais se posiciona em rela o a uma mem ria discursiva que preconiza uma cidada
313. s que os predicados verbais t licos favorecem a marca o do pret rito perfeito no foreground os verbos do tipo pontos favorecem a sua marca o com um peso relativo de pr 72 e os verbos do tipo culmina o favorecem a marca o do pret rito perfeito com um peso relativo de pr 57 Os processos com um peso relativo de pr 50 n o s o relevantes para a marca o do pret rito perfeito em contextos foreground Verificamos tamb m que os aprendentes que se encontram no per odo mais avan ado de aprendizagem alargam a marca o do pret rito perfeito generalidade das classes lexicais aspectuais No que se refere marca o do pret rito perfeito em contextos background apenas os aprendentes no n vel inicial favorecem a sua marca o em algumas das classes aspectuais como podemos observar atrav s dos dados no quadro 7 Tabela 7 An lise do Cruzamento das Vari veis Grounding N mero de Anos de Aprendizagem e Aspecto Lexical Grounding e N mero de Anos de Aprendizagem Aspecto Lexical N Ja ere er e a Pr Processos 2425 96 084 mmm uno un Pontos s9 89 063 un s Proc Culmi 136173 79 e o eee eee Culmina es 19 23 83 050 uns 73 037 o Estados 204 295 69 032 1623 70 032 Signific ncia 0 000 Log Likelihood 1645 054 No caso dos aprendentes do n vel inicial verificamos haver uma distribui o irregular d
314. s sobre por que n o usariam a op o assinalada o que ainda n o foi analisado Foram apresentadas aos alunos quatro variantes futuro simples per frase com ir no presente mais infinitivo gerundismo com estar no futuro simples e gerundismo com estar no futuro perifr stico Os resultados podem ser vistos no Gr fico 9 a seguir Gr fico 9 Variantes rejeitadas por s rie total dos dados em percentuais 70 60 50 40 Futuro simples Perifr IR pres 30 Ger Fut Ger Per fr 20 10 0 T T I I I I T 3EF 4EF 5EF 6EF 7EF 8EF 1EM 2EM 3EM Univ No total geral de dados a forma mais rejeitada foi o gerundismo com a per frase ir mais infinitivo 42 TABULEIRO DE LETRAS bastante percept vel a rejei o pelas formas gerundivas a partir da 4 s rie do ensino fundamental Chama a aten o a baixa rejei o do gerundismo com estar no futuro entre os universit rios o que corrobora a hip tese de ser o uso desta variante uma tentativa de recupera o da formalidade perdida com o desuso do futuro simples Cumpre notar tamb m que o futuro simples e o futuro perifr stico com ir no presente mais indicativo que se mostraram as grandes concorrentes nas se es anteriores continuam sendo concorrentes tamb m na rejei o embora se perceba ainda que minimamente que o futuro simples chega a ser mais rejeitado que o perifr stico o que mais uma vez refor a a ide
315. s textuais uma vez que sem atingir a compreens o por meio de tais conhecimentos o entendimento das informa es ser prejudicado Dessa forma pode se perceber que o maior ou menor n vel de informatividade ser um fator diretamente ligado TABULEIRO DE LETRAS presen a interdiscursiva no g nero de acordo com a utiliza o dos dom nios discursivos aparentes na superficie textual 2 Conceituando a interdiscursividade Nesta se o nos debru aremos no conceito do interdiscurso partindo do pressuposto de que na utiliza o da linguagem os indiv duos ir o estruturar sua fala sempre por meio da palavra do outro A partir de tal concep o partiremos da premissa de que a linguagem possui como caracter stica de estrutura o a utiliza o de diversos discursos que s o gerados historicamente nos diferentes grupos sociais Tal concep o acerca da natureza da linguagem s fora poss vel mediante o conceito de dialogismo a partir dos estudos de Mikhail Bakhtin 1997 O autor ao estudar o fen meno da enuncia o verbal refor ou a ideia de que a linguagem antes de tudo uma forma de intera o com o mundo Para ele ignorar tal natureza discursiva o mesmo que ignorar a liga o que existe entre a linguagem e a vida BARROS 2003 p 2 Analisando a perspectiva discursiva proposta por Bakhtin devemos salientar que o conceito de dialogismo bakhtiniano se desenvolve em duas perspect
316. sagem neorrealista seus fios do tel grafo ruas cal adas pinheiros muretas rachadas a multid o m stica perdida nos afazeres di rios as t tricas formas do dom nio nazista Quase um emblema agora o grito da Magnani sob as mechas desordenadamente absolutas ressoa nas desesperadas panor micas e em seus olhares vivos e mudos adensa se o sentido da trag dia l que se dissolve e se mutila o presente e se cala o canto dos aedos Eis os tempos recriados pela for a brutal das imagens estouradas aquela luz de trag dia vital As paredes do processo o prado do fuzilamento e o fantasma long nquo ao redor da periferia de Roma reluzente em nua brancura Os tiros a nossa morte a nossa sobreviv ncia sobreviventes v o os rapazes no c rculo dos pr dios ao longe naquela acre cor da manh E eu na plateia de hoje sinto ter uma cobra nas entranhas que se contorce e mil l grimas despontam em cada ponto de meu corpo desde os olhos at a ponta dos dedos da raiz do cabelo at o peito um pranto desmedido porque brota antes de ser entendido quase antes da dor N o sei por que ferido por tantas l grimas espio o grupo de rapazes afastar se A Via Casilina uma estrada que saindo da Porta Maggiore e percorrendo os campos ao sul de Roma vai at a cidade de C pua antiga Casilinum na Camp nia TABULEIRO DE LETRAS na acre luz de uma desconhecida Roma que mal aflorou da
317. sico j escoado Neste sentido o esfor o da imagina o traz tona imagens e discursos que n o pertencem nem ao passado e nem ao presente mas a um tempo hist rico ou memorial stico Para Benjamin 1985 p 37 Jo acontecimento lembrado sem limites porque apenas uma chave para tudo o que veio antes e depois De acordo com Pesavento 2006 o discurso memorial stico apresenta narrativas verossimeis pois poderiam ter acontecido sendo verdadeiras em sua ilus o referencial A mem ria aparece como verdadeira legitima se como tal mas trata se de uma representa o do ocorrido PESAVENTO 2006 on line O discurso memorial stico uma narrativa de reconfigura o temporal A forma o da mem ria individual ocorre quase sempre envolvendo tens es a partir da conjun o de v rias mem rias sejam estas pessoais familiares grupais regionais dentre outras Os indiv duos s o seres que ocupam um lugar social e temporal No discurso memorial stico o sujeito aquele que rememora evocando aquilo que foi vivido resgatando as lembran as seletivamente Neste sentido esquece e exclui consciente ou inconscientemente Assim a constitui o da subjetividade do sujeito se d atrav s da linguagem atrav s da linguagem que o homem se comunica e transmite seu pensamento ou seja que d forma a valores cren as objetivos sentimentos enfim tudo aquilo que perpassa pela sua consci ncia em seu dia a
318. so cujos pap is engloba Conforme Barros 2001 p 36 h tr s percursos distintos o do sujeito o do destinador manipulador e o do destinador julgador O percurso do sujeito constituido pelo encadeamento l gico do programa da compet ncia pressuposto e do programa da performance pressuponente ou seja o sujeito adquire compet ncia modal e sem ntica torna se sujeito competente para um dado fazer ou performance e executa o passando a sujeito realizador Os diversos tipos de compet ncia e de performance assim como o encadeamento dos dois programas caracterizam diferentes percursos do sujeito TABULEIRO DE LETRAS Desse modo se o sujeito encontra se em um estado de conjun o pressup e se o encadeamento l gico de um programa de compet ncia com um programa de performance que constitui para a semi tica um percurso narrativo denominado percurso do sujeito O programa de performance pressup e o programa de compet ncia no interior do percurso Dessa forma o programa de compet ncia gra as ao qual S Joao Machado passa de um querer da manipula o saber e poder estudar forma com o programa de performance de formar se o percurso narrativo do sujeito S ja Machado tornando o sujeito realizador e tamb m realizado Os outros dois percursos percurso do destinador manipulador ou percurso da manipula o e percurso do destinador julgador ou percurso da san o enquadram o percurso do sujeito
319. so como valor na segunda o destinador coloca o ndio numa situa o de escolha for ada de obedi ncia e altera sua compet ncia Os tipos de manipula o propostas de contratos oscilam entre a abordagem de valores positivos que levam o destinat rio a querer fazer e a abordagem de valores negativos que levam o destinat rio a dever fazer Se o destinador prop e ao destinat rio uma recompensa ou seja um objeto de valor positivo com a finalidade de lev lo a fazer alguma coisa ocorre uma tenta o Quando ele leva a fazer manifestando um ju zo positivo sobre a compet ncia do destinat rio d se uma sedu o Se ele faz fazer por meio de amea as h uma intimida o Quando o destinador impele a o exprimindo um ju zo negativo a respeito da compet ncia do destinat rio acontece uma provoca o LIMBERTI 2009 p 27 O processo de manipula o que leva o sujeito ind gena a precisar sair da escola em busca de trabalho tem como destinador manipulador a sociedade n o ind gena Acontece que tanto os ndios aqui da Reserva de Dourados como todos os outros do sul de Mato Grosso do Sul viraram consumistas a sociedade j nos condicionou a isso Como que vamos superar esse problema Trabalhando e progredindo Jo o Machado ibid p 105 No texto a manipula o ocorre de v rias formas e atinge a comunidade como um todo O neg cio n o est f cil porque a gente j est acostumado a co
320. so futuro simples gt futuro perifr stico em portugu s sugerida por Oliveira 2006 3 2 Resultados por proje o de futuridade e por s rie A seguir exibem se os resultados encontrados para cada ponto da escala de proje o de futuridade apresentada anteriormente por s rie As subse es obedecem pois a essa escala depois amanh na semana que vem no final do ano daqui a dois anos e quando crescer me formar e exibem os percentuais de uso de cada uma das variantes de futuro 3 2 1 Depois Para a frase Depois eu ARRUMAR as minhas coisas as variantes de futuro verbal assinaladas foram presente do indicativo futuro simples futuro perifr stico com ir no presente mais infinitivo e futuro perifr stico com ir no futuro mais infinitivo que foram escolhidas em todos os n veis de escolaridade como se pode ver no Gr fico 3 a seguir Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 Gr fico 3 DEPOIS por s rie total dos dados em percentuais 60 50 404 Presente 30 Perifr IR pres te Perifr IR fut ne 20 Futuro simples 10 0 I I 3EF 4EF 5EF 6EF 7EF 8EF 1EM 2EM 3EM Univ No total geral de dados a forma mais escolhida foi o presente 31 Para esse fut
321. ssidade de novos paradigmas de ensino de LE adequados s comunidades lingu sticas e aos contextos multiculturais nos quais essa l ngua ser meio de comunica o TABULEIRO DE LETRAS Oliveira 2010 afirma que n o s a no o de world Englishes mas tamb m o conceito de interculturalidade exigem mudan as na forma tal como a LI ensinada na contemporaneidade e foi partindo dessa assertiva que a autora delineou o checklist ANEXO A para an lise de LDs de ingl s A autora prop e que o professor de ingl s precisa estar atento s propostas did ticas dos LDs para garantir um ensino de ingl s que seja capaz de levar o estudante a assimilar uma postura intercultural pois como est patente no QECRL CONSELHO DA EUROPA 2001 o ensino de l ngua sob a perspectiva intercultural promove a reestrutura o da pr pria identidade do aprendiz Ou seja o aprendizado de uma LE n o mais pode ser visto apenas como uma capacidade desej vel aos profissionais das diversas reas em um mundo globalizado j que a capacidade de falar uma LE deve ser tamb m uma forma de fortalecimento das ra zes culturais e identit rias do aprendiz Os LDs como espinha dorsal da maioria dos contextos de ensino OLIVEIRA 2010 p 6 s o um dos recursos nos quais essa consci ncia intercultural pode e deve ser promovida 3 Analisando os LDs de ingl s do ensino m dio Interessantemente o governo brasileiro fornece escola p blica material did
322. st ria da humanidade visto que a escola onde o livro did tico utilizado quase que religiosamente para muitos estudiosos um espelho da sociedade DAMI O 2008 poss vel perceber a ideologia predominante em determinada sociedade e em determinada poca estudando a estrutura o textos imagens atividades entre outros dos LDs utilizados no per odo como mostra Paiva 2011 ao percorrer a trajet ria do LD de ingl s no Brasil A autora nota que os livros do final do s culo XIX por exemplo estavam recheados de exerc cios de tradu o nos quais muitas frases tratavam de escravos negros e das diferen as entre continentes como Europa e frica Vale ressaltar que os LDs tanto retratavam as ideologias como as refor ava ajudando a manter o discurso dominante que se adequava aos valores defendidos e s concep es cient ficas predominantes na poca No final do s culo XIX o ensino das LE concentrava se basicamente no estudo da gram tica e da tradu o as LEs eram aprendidas como forma de aumentar e exercitar o intelecto BROWN 2000 de modo que as classes mais favorecidas eram possivelmente as que poderiam se ocupar de tal tarefa Logo previs vel que os LDs tenham sido estruturados para atender aos prov veis aprendizes oriundos de fam lias mais abastadas Seguindo esta linha de pensamento pode se afirmar que mudando se os paradigmas sociais mudam se os LDs A partir da d cada de 60 por exemplo o conceito
323. stem as refer ncias ao ingl s como lingua global devido expans o em escala mundial l ngua franca ou seja uma l ngua comum entre v rios povos ou l ngua internacional por ser a segunda l ngua ou l ngua estrangeira mais comum na comunica o entre falantes de l nguas diferentes Richards e Schmidt 2002 comentam que a LI internacional o tipo de ingl s usado que n o precisa necessariamente estar baseado em variedades do falante nativo de ingl s mas vai variar de acordo com a l ngua materna das pessoas que conversam na l ngua e os prop sitos pelos quais ela est sendo usada RICHARDS SCHMIDT 2002 p 180 Dentro da discuss o a respeito da dispers o da LI pelo mundo um dos termos mais relevantes para a presente investiga o o de world Englishes Esse conceito foi TABULEIRO DE LETRAS desenvolvido a partir da observa o de como os falantes n o nativos utilizam a LI e notadamente para caracterizar sucintamente a situa o da l ngua inglesa ao redor do mundo Segundo Kachru world Englishes s o o resultado de diversos contextos socioculturais e diversos usos da l ngua em contextos internacionais culturalmente distintos KACHRU p 181 1991 O autor aponta que a LI est t o difundida no mundo que o n mero de falantes n o nativos ultrapassa o de falantes nativos Para demonstrar o status dessa dispers o Kachru 1991 concebeu que a distribui o da LI no mundo pode ser repr
324. stingue v rios tipos de programa narrativo definidos com base na natureza da jun o conjun o ou disjun o Assim t m se programas de aquisi o doa o ou apropria o priva o espolia o ou ren ncia de objetos valor programas definidos segundo o valor investidos no objeto modal descritivo sendo que no primeiro tem se um programa de transforma o de compet ncia e de altera o de estados passionais e no segundo tem se um programa de perf rmance Os programas podem ser ainda simples ou complexos Em geral os programas s o complexos constitu dos por mais de um programa hierarquizados um programa narrativo de base que exige a realiza o pr via de outros programas pressupostos denominados programas narrativos de uso e cujo n mero depende da maior ou menor complexidade da tarefa a ser executada O programa de uso pode ser realizado pelo mesmo sujeito que cumpre o programa principal No caso em an lise t m se os seguintes programas de uso PN F come ar os primeiros estudos SI Jo o Machado Si Jo o Machado OV concluir a quarta s rie conhecimento escolar PN F estudar na cidade Sl Jo o Machado S1 Jo o Machado N OV tirar o diploma segundo grau conhecimento escolar PN F fazer o curso de ci ncias no CEUD Si lo o Machado Si Jo o Machado OV curso superior diploma TABULEIRO DE LETRAS O programa de base o de aquisi o do valor forma o su
325. strita educa o formal configura se por excel ncia como um programa narrativo de manipula o em que o destinador manipulador educa o determina os valores que ser o visados pelo sujeito destinat rio ndios 2 Apresentando os interlocutores Ensinar uma coisa muito boa na aldeia ent o n o falta oportunidade Jo o Machado MEIHY 1991 p 106 TABULEIRO DE LETRAS O professor Jo o Machado identificado por Meihy 1991 como uma pessoa interessante que sendo professor adquiriu uma vis o bem formulada da problem tica geral da Reserva A professora Edna de Souza vista como tendo uma postura que indica um posicionamento ndio que procura controlar o c digo do branco para propor equil brio entre as culturas Jo o Machado professor mo o interessado na combina o do moderno com o tradicional Formado em matem tica pela Universidade do Estado ensina na Reserva onde figura de sucesso pol tico Com experi ncia fora da aldeia ele se mostra ndio por op o e se reconhece com um papel a cumprir entre os terena guarani e kaiow MEIHY 1991 p 93 Meihy 1991 ao apresentar o professor Jo o Machado deixa entrever quest es que se delinear o no decorrer da narrativa de Jo o Machado tais como o interesse na combina o moderno vs tradicional mostrar se ndio por op o reconhecer se com um papel a cumprir junto comunidade e principalmente ser uma figur
326. superior de habitantes que n o sabiam ler e nem escrever havendo assim a preval ncia do analfabetismo REFER NCIAS ALMEIDA PRADO J F 1945 A Bahia e as Capitanias do Centro do Brasil 1530 1626 hist ria da forma o da sociedade brasileira I Tomo S o Paulo Companhia Editora Nacional BUENO Eduardo 1999 Capit es do Brasil os primeiros colonizadores Rio de Janeiro Objetiva CORTES O Jaime 1965 A coloniza o do Brasil Lisboa Portug lia D RIA Hildete da Costa 1988 Localiza o de aldeias e contingente demogr fico das popula es ind genas da Bahia entre 1850 e 1882 Cultura 1 1 79 90 Salvador Funda o Cultural do Estado da Bahia Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 MOACYR Primitivo 1936 A instru o e o imp rio subs dios para a hist ria da educa o no Brasil 1823 1853 V I S o Paulo Companhia Editora Nacional SILVA Ignacio Accioli de Cerqueira e 1919 1835 Memorias historicas e pol ticas da Provincia da Bahia Bahia Imprensa Official do Estado TELLES Vera 1987 Porto Seguro hist ria e est rias Rio de Janeiro Leo Cristiano Editorial Ltda VIANNA Francisco Vicente 1893 Mem ria sobre o Estado da Bahia Bahia Typhographia e Encaderna o do Diario da Bahia VILHENA Luis dos
327. t o no Gr fico 4 a seguir Gr fico 4 AMANH por s rie total dos dados em percentuais 70 60 50 40 Presente Per fr IR pres te Per fr IR fut Futuro simples 30 20 10 0 3EF 4EF 5EF 6EF 7EF 8EF 1EM 2EM 3EM Univ 8 Como a pesquisa ainda est em andamento ainda n o foi verificado o conte do da disciplina Lingua Portuguesa nos par metros curriculares nem nos livros did ticos por s rie TABU LEMOS DE LETRAS No total geral de dados a forma mais escolhida foi o futuro perifrastico com ir no presente mais infinitivo 41 Para esse futuro aqui chamado de imediato observa se claramente o decr scimo da forma de presente do indicativo em todos os graus de escolaridade n o sendo a menos escolhida apenas na 6 s rie do ensino fundamental e na 2 s rie do ensino m dio Tamb m n tido o alto ndice do futuro perifr stico tanto com o verbo ir no presente como no futuro J a forma can nica o futuro simples n o chega a atingir nem 30 em nenhum n vel Note se que se aproxima desse percentual apenas na 4 s rie do ensino fundamental momento em que parece ser ensinado e na universidade ambiente que exige um maior formalismo e portanto uma maior consci ncia e maior uso de formas lingu sticas de prest gio Cumpre lembrar que as gram ticas tradicionais normativas preconizam apenas a forma de futuro simples
328. t rio do branco TABU LEO DE LETRAS O ato do enunciador de colocar se no discurso uma autorreferencializa o Na discursiviza o o eu um produto de si mesmo e assume essa autoria O ato de falar proporciona o distanciamento necess rio que permite ao sujeito se avaliar e avaliar a realidade sua volta LIMBERTI 2009 p 37 Em se tratando do sujeito ind gena o ato de enunciar torna se digno de considera es pois se trata de um segmento da popula o brasileira que ainda tem sido visto pela documenta o externa produzida sobre eles A professora Edna de Souza parece perceber isso tanto que quando fala sobre a repercuss o do suic dio na m dia considera que H muitas pessoas que est o estudando o caso mas quase sempre s o de fora jornalistas pesquisadores de universidades mission rios essas contudo n o s o pessoas de dentro das tribos n o s o ndios sei que s o pessoas preparadas e que t m muita sabedoria mas a meu ver o assunto tem que ser visto tamb m pelo ngulo do ndio Edna de Souza MEHY 1991 p 212 Buscamos ent o com a nossa an lise luz da teoria semi tica perceber atrav s do no discurso esse ngulo do ndio com rela o Educa o Formal Por que abordar essa tem tica no discurso dos professores ind genas e n o outras que ali tamb m se manifestam Porque a educa o tanto em uma concep o ampla quanto em uma concep o re
329. tar contudo que isso n o implica negar import ncia ao aspecto representativo do di logo teatral ou linguagem como representa o do mundo e do agir humano mas sim adotar estrategicamente uma interlocu o entre a teoria do drama e dispositivos de leitura oriundos de outras reas de conhecimento como os estudos sobre a enuncia o e demais abordagens contempor neas dos fen menos de intera o verbal no presente caso em especial a Teoria dos Atos de Fala Speech acts desenvolvida por J L Austin Nos limites deste artigo farei apenas algumas indica es de como tal leitura dos di logos em textos contempor neos pode trazer luz certos procedimentos de composi o dram tica Arte de Yasmina Reza estreou em Paris em 1995 a partir da a pe a foi traduzida em dezenas de l nguas e encenada em diversos pa ses alcan ando reconhecimento internacional e importantes premia es A trajet ria bem sucedida desse texto convida observa o das estrat gias de enuncia o que dinamizam o fluxo do di logo e an lise do valor performativo das trocas verbais como elementos constituintes das situa es e das personagens A pe a extremamente econ mica tanto na intriga que praticamente se resume a uma situa o que perdura at o ponto de revers o pr ximo ao final quanto na caracteriza o das personagens que recebem apenas os atributos necess rios para agir e reagir em estreito contexto Devemos procu
330. terpessoal militar e ficcional No g nero em tela os interdiscursos adv m dos seguintes dom nios jur dico sa de e comercial Isso porque nos contratos ocorre a recorrente utiliza o de conhecimentos que s o oriundos das seguintes profiss es Direito Medicina e Economia Tal presen a interdiscursiva se d porque nas cl usulas em que necess ria uma maior explica o das partes jur dicas do contrato h o predom nio do dom nio jur dico J quando ocorre a necessidade de mostrar nos textos os diferentes reajustes quanto s mensalidades e o pagamento predomina o dom nio comercial Por fim quando h uma exposi o dos diferentes servi os e procedimentos cl nicos predomina o dom nio da sa de Dessa forma a interdiscursividade organiza a elabora o discursiva do g nero que pode ser visualizado de acordo com o seguinte esquema A Os contratos das empresas de assist ncia sa de s o portanto textos organizados interdiscursivamente por meio da compreens o dos tr s dom nios discursivos mediante a intersec o de tais interdiscursos A quest o primordial acerca da presen a interdiscursiva no g nero est no fato de que sem o conhecimento pr vio do leitor acerca desses dom nios o processo de intera o por meio da leitura ser afetado pois os sentidos expostos na superf cie textual ser o ocultados por tal presen a Dados esses esclarecimentos iniciais acerca da interdiscursividade e dos t
331. to a hierarquia tem inicio com os acontecimentos unit rios e depois com os acontecimentos iterativos A abordagem funcional do discurso prev de acordo com Andersen 2002 que os acontecimentos unit rios recebam marca o morfol gica expl cita de passado antes dos acontecimentos iterativos Na linha da Hip tese do Prot tipo e consequentemente da perspectiva conexionista Andersen 2002 refere que neste sentido h uma competi o entre a sem ntica verbal e o tipo de acontecimento sobretudo no que diz respeito ao espanhol j que aqui os aprendentes podem escolher entre a sua forma da interl ngua seguindo o valor da sem ntica verbal ou ent o escolher a forma padr o A hierarquia da terceira dimens o tem in cio em eventos situa es factuais reais estendendo se depois a eventos situa es hipot ticos Esta hierarquia na aquisi o do TABULEIRO DE LETRAS perfectivo pret rito justifica se porque as formas de perfectivo e de passado codificam prototipicamente a refer ncia a eventos factuais reais A este respeito Andersen 2002 97 refere If the speaker refers to an event that is real factual and thus realizable by the time it is referred to it is assumed to be over Acrescenta ainda que numa fase inicial do processo de aquisi o a marca o do passado ou do perfectivo ocorre hierarquicamente com 1 achievements e talvez mesmo com accomplishments 2 eventos unit rios 3 eventos factuais reais terminad
332. tru o social da alfabetiza o Porto Alegre Artes M dicas 1991 p 58 82 GUMPERZ John J Interactional Sociolinguistics Understanding the Impact of Culture on Interaction Paper presented at the annual meeting of the NCA 94th Annual Convention TBA San Diego CA 21 24 de novembro 2008 TABULEIRO DE LETRAS JOHNSTONE B Comunity and Contest Midwester Men and Women Creating Their Worlds in Conversational Storytelling Gender and conversational interactional ed by TANNEN New York and Oxford Oxford University Press 1993 p 62 68 MARCUSCHI Luiz A An lise da conversa o tica 1991 LABOV W The transformation of experience in narative syntax Language in the inner city Philadelphia University of Pennsylvania Pres 1972 p 354 96 LINDE C Life stories Oxford amp New Yourk Oxford University Press 1993 POLANYI L Conversational storytelling In Teun van Dijk ed Handbook of discourse analysis 3 Discourse and dialogue London Academic 1985 p 183 201 QUENTAL L Quem conta um conto aumenta um ponto O que memor vel em narrativas Palavra 3 Departamento de Letras da PUC Rio 1995 p 61 69 RIBEIRO B T amp PEREIRA M G D A no o de contexto na an lise do discurso Veredas v 6 n 2 p 49 68 jul dez 2002 RIBEIRO B amp GARCEZ P org Socioling stica interacional Porto Alegre AGE editora 2002 ROCHA R Uma hist ria de rabos presos S o Paulo Salamandra 1986 SCHIFFRIN
333. tualidade conforme explicita Barros 2003 J quando a men o aos interdiscursos n o for aparente nos textos mas se houver apenas uma inser o de certos dom nios discursivos no texto ocorre a interdiscursividade Ambos os processos s o portanto intr nsecos da produ o verbal dos indiv duos e assim como a intertextualidade a interdiscursividade ser um dos elementos de grande import ncia na apreens o dos sentidos textuais TABULEIRO DE LETRAS Dessa forma se por um lado todo enunciado estruturado a partir de diferentes fontes textuais e discursivas ent o importante saber quais seriam as consequ ncias de tal prerrogativa para a produ o dos sentidos no processo de leitura e consequentemente da intera o verbal Por conta do que est sendo apresentado pretende se mostrar como estruturado o corpus da presente pesquisa a saber os textos dos contratos das empresas de assist ncia sa de a partir do conceito de interdiscurso e por fim analisar as implica es da presen a interdiscursiva na produ o dos sentidos textuais 3 Os tr s dom nios discursivos presentes nos textos dos contratos Os contratos das empresas de assist ncia sa de s o instrumentos de legaliza o juridica na medida em que necess rio que sejam colocadas nesses textos todas as etapas da negocia o que ocorre entre o individuo que adquire o plano e a empresa de sa de Por conta da complexidade dos aspe
334. turais da terra e em S o Vicente logo ap s a chegada de Leonardo Nunes em fins de 1549 p 10 Moacyr faz refer ncia instru o nesse periodo O estado da instru o em 1575 segundo dados oficiais era o seguinte em Porto Seguro uma escola de ensino preliminar em S o Vicente outra p 12 Os jesu tas permaneceram no trabalho catequ tico nessa regi o de Porto Seguro por 210 anos considerando se a sua chegada em 1549 at a sua expuls o em 1759 por ato do Marqu s de Pombal Telles 1987 p 88 faz refer ncia escola dos jesu tas apresentando um trecho da carta do padre Serafim Leite Assegurada a escola com Sim o Gon alves e mais alguns novos irm os Como visto em partes deste texto os moradores de Porto Seguro no s culo XVI viviam em plena pobreza e sob o ataque constante dos aimor s Segundo Telles p 128 Gandavo e Gabriel Soares indicam 1564 como a data de in cio em Porto Seguro e Ilh us das devasta es e assalto dos aimor s mas Jaime Cortes o opina que ja na capitania de Porto Seguro os estragos causados pelos ndios em 1560 eram causa de ru na tamanha e t o viva inquieta o que os moradores se viram em s rio risco de ter que abandonar a terra Pelas informa es prestadas por Almeida Prado 1945 p 323 percebe se que essa situa o se estende aos s culos seguintes Diz esse Autor A amea a dos Aimor as quis lias entre brancos e a modorra invad
335. ublica o 1945 Disponivel em lt http www scribd com doc 8614987 Caio Prado Junior Historia Economica Do Brasil gt Acesso em 17 ago 2010 PROEN A FILHO D A trajet ria do negro na literatura brasileira In Estud av vol 18 n 50 S o Paulo Jan Abr 2004 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php pid S0103 40142004000100017 amp script sci_arttext gt Acesso em 15 Abr 2010 Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 SCHWARCZ L M O espet culo das ra as cientistas institui es e quest o racial no Brasil 1870 1930 S o Paulo Companhia das Letras 2008 1993 SCHWARCZ R As id ias fora do lugar In Estudos CEBRAP n 3 1979 p 149 162 Dispon vel em lt http www cebrap org br imagens Arquivos estudos cebrap 3 as ideias fora do lugar pdf gt Acesso em 09 Set 2009 VERGARA M de R A revista brasileira vulgariza o cient fica e constru o da identidade nacional na passagem da Monarquia para a Rep blica Tese de doutorado Departamento de Hist ria Pontif cia Universidade Cat lica PUC Rio de Janeiro 2003 TABU LEMOS DE LETRAS As escolhas lexicais de Doutor Rem dios Monteiro e a composi o do seu discurso memorialista Rita de C ssia Ribeiro de Queiroz RESUMO Apresenta se o texto memorial stico de
336. ue este facto n o se verifica em todas as reas da morfologia de tempo e aspecto Referindo se ao caso do franc s afirma The Imparfait proves to be an area of resistance as far as the acquisition of the temporal system in French is concerned TABULEIRO DE LETRAS O imperfeito nas linguas rom nicas coloca outros problemas ao nivel da aquisi o da morfologia de tempo aspecto Para al m da forma e da rela o que cada classe sem ntica pode manter com esta forma verbal os alunos t m ainda que aprender a rela o forma significado que no caso do imperfeito apresenta uma multiplicidade de solu es sendo que algumas delas s o muito marcadas No caso do imperfeito haver por exemplo alguma dificuldade por parte dos alunos em aferir os valores protot picos do imperfeito e simultaneamente relacion los com as v rias classes sem nticas KIHLSTEDT 2002 A import ncia do discurso na distribui o e desenvolvimento da morfologia verbal tem estado centrada na perspectiva te rica central e quase transversal aos estudos no mbito da aquisi o das categorias de tempo e aspecto em L2 a Hip tese do Aspecto BARDOVI HARLIG 1998 Comajoan 2005 p 71 e Andersen 2002 p 98 referem se ao papel que o discurso desempenha ao n vel da aquisi o da morfologia de passado Para Comajoan discourse figures prominently as one of the explanations for acquisitional stages in interlanguage the discourse hypothes
337. ugnizzo muito aplaudido nos espet culos de seu conjunto Musicanova TABULEIRO DE LETRAS r sticos n o bastante bem cobertos de flores e pequenos demais para esconder os pezinhos sujos de crian as crian as com idade suficiente para combater os alem es e serem mortos mas um pouco velhas demais para caber nos caix es de crian as Essas crian as de N poles tinham roubado rifles e balas e combatido os alem es durante catorze sic dias enquanto est vamos retidos no Passo Chiunzi Os p s dessas crian as eram o meu verdadeiro comit de recep o Europa para mim que tinha nascido ali Muito mais real do que as multid es que encontrei pela estrada gritando histericamente as boas vindas muitos dos quais os mesmos que tinham gritado Duce no ano anterior Tirei o chap u e peguei minha c mera Apontei a lente para o rosto das mulheres prostradas que carregavam pequenas fotos de seus filhos mortos at os caix es serem finalmente levados embora Aquelas eram as minhas fotos de vit ria mais verdadeiras as que tirei naquele simples funeral numa escola A import ncia dada pelo fot grafo h ngaro ao sacrif cio desses garotos talvez possa ser explicada pelo fato de os norte americanos verem em cada italiano adulto um seguidor de Mussolini Tu italiano tu fascista eles repetiam constantemente como anotou Gian Franco Ven 1990 p 5 e como contava meu pai que conseguia comunicar se melhor com os polon
338. uided by the distribution of past tense markings according to lexical aspectual classes and finally as they approximate a native like system of tense aspect they start to incorporate TABULEIRO DE LETRAS more clearly discursive factors in particular appropriate foreground background aspectual distinctions Hawkins 2003 p 39 considera que a Hip tese do Discurso explica mais facilmente a distribui o da morfologia verbal dos n veis mais baixos de profici ncia linguistica do que nos mais elevados A distribui o da morfologia verbal associada a um dado n vel de profici ncia lingu stica e segundo Ayoun e Salaberry 2005 o aspecto lexical mais importante nos est dios de profici ncia mais elevados O mesmo confirma Giacalone Ramat 2002 p 237 que justifica a distribui o da morfologia verbal atrav s do n vel de profici ncia mas tamb m do discurso Na discuss o que faz dos dados obtidos neste seu estudo Giacalone Ramat 2002 contrap e os seus resultados que confirmam os princ pios orientadores da Hip tese do Discurso com os resultados obtidos num dos estudos de Housen 1995 que n o s o t o s lidos na confirma o da Hip tese do Discurso Giacalone Ramat d nos a entender que a diferen a entre os resultados de ambos os estudos se poder dever natureza do discurso j que os dados que Housen 1995 usa para o seu estudo s o orais e n o escritos Giacalone Ramat 2002 p 237 apresenta duas
339. umanas DCH NUMERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 4 As atividades de pron ncia permitem ao aluno utilizar sua variedade de ingl s Como 5 Existe um modelo de falante nativo subliminar eg existe uma se o para a pr tica de pron ncia exibindo um modelo do falante americano ingl s 6 As atividades de pron ncia e audi o encorajam o aluno a valorizar a sua maneira de falar a l ngua de forma intelig vel Como Fonte OLIVEIRA Adelaide Pereira World Englishes compet ncia comunicativa intercultural e mudan as de paradigmas uma proposta para uma nova checklist de an lise de livro texto para o ensino de l ngua inglesa In XI Semin rio de Linguistica Aplicada e VII Semin rio de Tradu o Salvador BA 2010 TABULEIRO DE LETRAS Discurso de professores ind genas uma an lise semi tica Maria Aparecida da Silva Ramos UFGD Rita de C ssia A Pacheco Limberti UFGD RESUMO Este artigo objetiva apresentar alguns aspectos relativos ao processo de constru o de significado no discurso de professores ind genas a respeito da Educa o Formal Tomamos como corpus os depoimentos de dois professores da Reserva Ind gena de Dourados Mato Grosso do Sul Os depoimentos est o publicados no livro intitulado Canto de Morte Kaiowa hist ria oral de vida de Carlos Sebe Bom Meihy editado em 1991 Para a an lise nos valemos da teoria semi tica de linha francesa conforme postulada pelo te rico da linguag
340. ur dico liberal indicou sobremaneira o comprometimento desse grupo social com a consolida o do projeto de modernidade simbolizado pelo regime republicano e em consequ ncia a op o pela igualdade desracializada cuja regulamenta o deveria caber exclusivamente ao aparato jur dico a ser elaborado pelo Estado desse lugar enunciativo que fala o sujeito Rui Barbosa Passados cinquenta anos da Independ ncia do Brasil ele fazia parte de uma gera o de intelectuais que avaliava a luta pela extin o do tr fico e do regime de escravid o como uma tentativa concreta de se desvincular da condi o colonial a qual embora superada legalmente ainda servia de obst culo real ao desenvolvimento de atividades cient ficas genuinamente nacionais VERGARA 2003 p 38 O Parecer n 48 A escolhido como objeto de an lise foi proferido por Rui Barbosa no exerc cio de sua atua o na C mera dos Deputados e refere se ao projeto de emancipa o gradual do elemento servil cujo primeiro passo foi dado na liberta o dos escravos sexagen rios Datado de 04 de agosto de 1884 um extenso e erudito documento de quase 150 p ginas em que ele destaca algumas fal cias que sustentavam esse sistema contrapondo a teoria do direito natural de propriedade alegado pelos senhores de engenho base jur dica do direito romano A leitura deste Parecer reafirma a sua contundente posi o liberal cuja base argumentativa tem ra zes em um projeto maior
341. uro Em Ilh us encontra se com o padre Leonardo Nunes e Diogo Jacome e seguem para Porto Seguro No livro de Accioli p 262 h a informa o de que as cartas dos jesu tas sobre o Brasil existentes na Biblioteca Nacional foram copiadas pelo Prof Braz do Amaral em agosto de 1918 TABULEIRO DE LETRAS onde achamos toda a terra revirada pelas muitas inimizades que ahi havia e quis o Senhor que por taes voltas conhec ssemos todos O Padre Leonardo Nunes seguiu para S o Vicente Diogo Jacome e eu ficamos neste Porto Seguro Eu prego aos domingos elle ensina a doutrina christ e j os meninos est o bem adiantados nella p 324 H uma carta do Padre Antonio Gon alves da casa de S o Pedro de Porto Seguro do Brazil para o Padre Dioguo Mir o provincial de Portugal escrita em 15 de fevereiro de 1556 apresentada por Braz do Amaral na parte de seus coment rios em que o Padre diz O irm o Domingos Borges se occupa na escola com os filhos dos branquos ensinando lhes a leer e a escrever os quaes por haverem pouco que come ar o lem e escrevem ya bem mediocremente tamb m se occupa em preguar na lingoa aos domingos e Santos a escravaria ensinando lhes a doutrina todos os dias em outros officios de casa juntamente estudando latim e sendo interprete nas c ffiss es Com a escravaria da terra se h feito e faz fruito acode bem doutrina que se lhes cada dia faz aos domingos e Santos ahi mai
342. uro aqui chamado de iminente o presente do indicativo ARRUMO variante mais esperada quando da formula o de hip teses para esta pesquisa foi o mais escolhido pelos alunos das 3 6 e 8 s ries do ensino fundamental pelos alunos das 2 e 3 s ries do ensino m dio e pelos universit rios J o futuro perifr stico foi o mais votado nas demais s ries seja com ir no presente 5 e 7 s ries do ensino fundamental seja com ir no futuro 4 s rie do ensino fundamental e 1 s rie do ensino m dio O futuro do presente n o foi prefer ncia de escolha de nenhuma das s ries consideradas Parece portanto que a concorr ncia aqui se d entre o presente do indicativo e o futuro perifr stico ou seja este Revista do Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Ci ncias Humanas DCH N MERO 03 dezembro 2011 ISSN 2176 5782 contexto n o favorece o uso do futuro simples Cumpre notar a alta frequ ncia do futuro perifr stico com ir no futuro IREI ARRUMAR que passa de 50 na 4 s rie do ensino fundamental o que permite supor que a flex o do verbo auxiliar est no futuro simples por ser provavelmente este tempo verbal ensinado nessa s rie nas escolas 3 2 2 Amanh Para a frase Amanh eu TOMAR sorvete as variantes foram as mesmas da frase anterior que ocorreram tamb m em todas as s ries Os resultados encontrados es
343. ver como ndio precisa dominar o c digo do branco saber a manhas deles para poder concorrer em todos os n veis sen o por isso que acredito que a sa da esteja na educa o formal ao TABULEIRO DE LETRAS mesmo tempo preciso n o se perder a ess ncia ind gena continuar as rezas as tradi es preciso que o ndio tenha certeza que pode dizer serei branco quando estiver fora do meu mundo mas voltando para casa serei indio A aldeia o lugar do ndio fora dela no mundo do branco s mesmo buscando maneiras de sobreviv ncial Edna de Souza ibid p 214 O verbo precisar na acep o de ter necessidade de do ponto de vista semi tico pode ser considerado como a estrutura modal do dever Considerando a complexidade da rela o entre querer fazer e dever fazer pode se ter um mascaramento do dever sob forma de querer Isso ocorre quando o dever que o querer imposto pelo destinador tomado como querer que o dever imposto pelo pr prio destinat rio Assim ele partilha o querer do destinador sem assumi lo sugerindo uma combinat ria intermedi ria de modalidades querer querer e dever querer cujo grau de manipula o t o mais agressivo quanto seja sua sutileza Explicando querer querer uma modalidade que resulta de uma manipula o violenta intensa porque t o sutil a ponto de n o parecer manipula o parece partir do pr prio destinat ri
344. vo forma 2 evidente manifesto 3 genu no 4 convencional 6 que n o deixa d vidas claro expl cito preciso 7 que real irrefut vel categ rico 8 que diz respeito mais apar ncia do que ao conte do 9 solene oficial s rio protocolar 10 adequado para ocasi es solenes 11 que n o espont neo 12 que valoriza muito as regras o ritual cerimonioso protocolar 13 feito em estabelecimento de ensino cumprindo a sequ ncia e os programas escolares ou acad micos Pode se assim conforme Gadotti 2005 p 2 definir a educa o formal como aquela que est presente no ensino escolar institucionalizado cronologicamente gradual e hierarquicamente estruturado que tem objetivos claros e espec ficos e representada principalmente pelas escolas e universidades Ela depende de uma diretriz educacional centralizada como o curr culo com estruturas hier rquicas e burocr ticas determinadas em n vel nacional com rg os fiscalizadores dos minist rios da educa o E a educa o em Dicion rios de l ngua portuguesa Houaiss e Aur lio nas vers es eletr nicas TABULEIRO DE LETRAS sentido amplo como o processo de desenvolvimento integral do homem isto de sua capacidade f sica intelectual e moral visando n o s a forma o de habilidades mas tamb m do car ter e da personalidade social ARANHA 1996 p 51 A educa o num sentido mais abrangente se d conforme Kruppa 1994 p 21 na
345. vor del t rmino del trabajo esclavo en Bahia El Di rio da Bahia importante peri dico de la poca siempre estuvo comprometido con la causa abolicionista Sus editores hicieron del peri dico una tribuna de los abolicionistas Aunque su innegable valor mientras fuente documental testimonio de la vida social pol tica e econ mica el peri dico se encontra disperso en estadio avanzado de degradaci n Ser n presentadas algunas consideraciones sobre el proyecto de investigaci n que visa rescatar los textos abolicionistas publicados en el peri dico Di rio da Bahia Palavras llave Acervos documentales Resgate Cultural Labor Filol gico 1 Introdu o Um dos epis dios mais importantes que marcou a hist ria pol tica econ mica social e cultural do Brasil foi escrito entre os s culos XVI a XIX Neste per odo os portugueses em nome da coloniza o do pa s exploraram e comercializaram homens e mulheres negros Doutora em Letras pela Universidade Federal da Bahia Professora Titular da Universidade do Estado da Bahia atuando no ensino de gradua o e p s gradua o Programa de P s Gradua o em Estudo de Linguagens Coordenadora do projeto de pesquisa Edi o e estudo de textos abolicionistas publicados em peri dicos baianos L der do Grupo de Pesquisa Grupo de Edi o e Estudos de Textos GEET UNEB Diret rio dos Grupos de Pesquisa CNPq Professora Titular de l ngua Portuguesa do Semin rio Adventista Lati

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