Home

UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Contents

1. perdas decorrentes das derivas ocasionadas pela aplica o em hor rios de ventos e insola o A regi o da Bacia do Macacu conta tamb m com produ o pecu ria de acordo com o relat rio Valor da Produ o Agr cola e Animal por produto em cada Munic pio do Estado do Rio de Janeiro de 1996 elaborado pela EMATER RIO o rebanho de bovinos na regi o foi estimado em 105 000 cabe as O munic pio de Cachoeiras de Macacu at 1994 esteve entre os maiores produtores de eq inos do Estado com a cria o de cavalos das ra as manga larga e campolina No entanto essa atividade encontra se em decl nio Em rela o categoria industrial a Bacia do Rio Macacu apresenta alguns empreendimentos com capta es significativas ressaltando se os seguintes Cooperativa Central dos Produtores de Leite Ltda CCPL localizada no munic pio de Cachoeiras de Macacu com capta o no Rio Papucaia variando de 30 a 40 1 s J a Schinkariol retira no momento 20 l s do rio Gato mas possui outorga para retirada 122 1 s incluindo os rios Mariquita e Manuel Alexandre mas possuem uma ETA Esta o de Tratamento de gua com capacidade para at 300 m h a CIBRAPEL SA Ind stria de Papel e Embalagens localizada no Munic pio de Guapimirim conta com tr s capta es rede p blica manancial superficial Rio Soberbo e po o do fre tico A vaz o captada de cerca de 6500 m3 dia com retorno de 1400m3 dia KLABIN Fabricadora de Papel e C
2. 43 Notas Figura ilustrativa elaborada pela CAS SRH MMA UNPP Brasil aprovada pelo Conselho Superior de Prepara o do Projeto de Prote o Ambiental e Desenvolvimento Sustent vel do Sistema Aqii fero Guarani Argentina Brasil Paraguai e Uruguai GEF Banco Mundial OEA As por es coloridas representam as reas que em potencial comp e o Sistema Aq fero Guarani As reas em branco e cinza n o integram o Guarani Os limites do Aq fero Guarani n o est o totalmente definidos na Argentina e no Paraguai tampouco se as reas de descarga assinaladas est o a ele relacionadas Fontes Mapa Hidrogeol gico de America del Sur 1996 DNPM CPRM Unesco Mapa Hidrogeol gico do Aqii fero Guarani 1999 Campos H C Mapa de Integra o Geol gica da Bacia do Prata 1998 MERCOSUL STG2 Mapa Geol gico do Brasil 2 Ed 1995 MME DNPM Mapa Geol gico de la Cuenca del Rio de la Plata 1970 OEA Figura 4 Mapa Esquem tico do Aq fero Guarani Uma crescente utiliza o das guas subterr neas no mundo est sendo observada principalmente no que diz respeito irriga o A L bia o pa s que mais utiliza esse recurso 100 seguido pela Arg lia 67 Ir 58 e EUA 45 A demanda de gua para consumo humano na Ar bia Saudita Dinamarca e Malta s o supridas por agii feros subterr neos enquanto em v rios paises europeus este ndice maior que 70 NETO 1997
3. O terceiro segmento seria um prolongamento da corrente liberal neocl ssica do equil brio e do crescimento econ mico empenha se em refutar a exist ncia de uma rela o entre o crescimento econ mico e a degrada o ambiental E outra seria a de se produzir um modelo que analisaria as implica es l gicas de uma exist ncia de equidade entre gera es na trajet ria de crescimento m ximo os n veis de consumo acess veis a cada gera o e as condi es de transfer ncia de custos de uma gera o para outra Os Neocl ssicos tamb m desenvolveram mecanismos de valora o do meio ambiente por m este trabalho n o tem em seu escopo esta abordagem As tens es entre estas tr s correntes encontram se hoje nas propostas para dar um conte do ao objetivo de desenvolvimento sustent vel sendo a do relat rio Brundtland a mais citada O desenvolvimento sustent vel o que responde s necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gera es futuras de responder s suas pr prias necessidades Mas h v rias maneiras de interpretar esta defini o Podem ser consideradas atitudes que estruturam uma pol tica de desenvolvimento sustent vel um comportamento de seguran a e de preven o dos riscos conhecidos a preocupa o em ganhar tempo sobre os fen menos com objetivo de adquirir os meios para 52 responder da maneira mais apropriada aos problemas ainda incertos a busca de solu es de menor arrependimento
4. capazes de satisfazer de maneira simult nea v rios objetivos da coletividade Por m hoje que mais norteia o conjunto de conceitos sobre pol tica de sustentabilidade o princ pio de precau o O princ pio da precau o entrou no direito internacional recentemente onde ultrapassou as quest es ambientais para atingir o conjunto dos riscos maiores particularmente no campo da sa de Foi em Londres em novembro de 1987 na Declara o Ministerial da Segunda Confer ncia Internacional sobre a prote o do Mar do Norte que o direito internacional fez pela primeira vez refer ncia a esse princ pio cuja premissa a seguinte pode se exigir a es que limitem as emiss es de certas subst ncias potencialmente perigosas sem esperar que uma rela o de causalidade seja estabelecida de maneira formal sobre bases cient ficas Ainda que o princ pio da precau o tenha se desenvolvido de maneira aut noma em rela o ret rica do desenvolvimento sustent vel existe uma rela o muito interessante entre essas no es As duas no es t m sua origem na tomada de consci ncia do car ter s rio e dificilmente repar vel ou mesmo irrevers vel das conseqii ncias de certas a es ou de certos desenvolvimentos num mundo onde a reversibilidade seria rainha cada preju zo constatado poderia ser anulado por medidas apropriadas tomadas ex post nem a precau o nem a preocupa o ex ante n o seriam necess rias para a su
5. Civiliza o Humana seja nas sociedades ditas civilizadas Aqui estamos interessados em estudar conflitos e suas correla es junto Gest o dos Recursos H dricos E quando se estudam conflitos humanos sociais logo surgem as id ias de Justi a e Direito Ali s Maas 1962 j ressaltava como pr requisitos para a Gest o no caso apenas de Recursos H dricos a exist ncia do Estado de Direito em sua sociedade democr tica Nas quest es de uso do recurso h drico ocorrem conflitos de interesses e de interpreta es face s expectativas significados e classifica es diferentes dos recursos naturais No palco da discuss o sobre a qualidade do ambiente social e natural contracenam os atores sociais tendo como cen rio os conceitos jur dicos e n o jur dicos como o desenvolvimento sustent vel e a gua Neste palco de luzes e sombras todos n s somos atores sociais desempenhando diversos pap is s vezes sem conhecer o roteiro da est ria apenas torcendo por um final feliz S GUIN 1999 20 As vantagens do Meio Ambiente equilibrado s o recebidas e percebido de maneira generalizada pela comunidade local e pelos que est o distantes dos acontecimentos No palco social onde estas quest es se desenrolam alguns atores desconhecem seus verdadeiros pap is Al m da grande plat ia passiva e silenciosa os atores principais interagem basicamente dentro da rela o contida no bin mio Estado e sociedade civil organ
6. O DNAFE 1985 entende como gerenciamento de recursos h dricos um processo din mico ambientalmente sustentado que baseado numa adequada administra o da oferta de gua da quantidade das guas e da disponibilidade h drica vai tratar da compatibiliza o dos diversos usos setoriais da mesma saneamento gera o de energia irriga o navega o controle e outros tendo como objetivo uma opera o harm nica e integrada das estruturas decorrentes desses usos COIMBRA 1992 A gest o aplicada aos recursos h dricos se configura como a pr pria gest o p blica um processo bem mais amplo e complexo mesmo no campo te rico exigindo legisla o pr pria de dif cil interpreta o LOPES 1996 Primeiramente preciso estabelecer a diferen a existente entre gest o de bacias hidrogr ficas e gest o de recursos h dricos De acordo com Lanna 1993 a Gest o de Bacias Hidrogr ficas envolve o gerenciamento da oferta dos seguintes elementos solo gua vegeta o fauna min rios ar clima entre outros Conceito este que deve ser diferenciado de Gerenciamento de Recursos H dricos pois este se refere apenas ao aspecto gua Gest o de recursos h dricos em sentido lato a forma pela qual se pretende equacionar e resolver as quest es de escassez relativa dos recursos h dricos bem como fazer o uso adequado visando a otimiza o dos recursos em beneficio da sociedade As quatro dimens es da sustentabili
7. O Sistema Natureza entendido como aquele em que interferem todos os fen menos ditos Naturais O Sistema Sociedades definido como aquele constitu do pelas rela es sociais humanas e tamb m por aqueles subsistemas naturais onde aconte a a interfer ncia humana Concluindo e resumindo h tr s aspectos do posicionamento epistemol gico proposto por Rohde 1996 que s o A orienta o das Ci ncias Ambientais deve dar se por quest es e n o por objetos disciplinares deve haver nfase no imperativo tico 66 As incertezas inclus es e lacunas do conhecimento tradicional devem ser abordados com ferramentas de posturas m todos abordagens e tematiza es inovadoras e originais Dentro do contexto da Gest o dos Recursos H dricos o posicionamento epistemol gico proposto por Rohde se torna imperativo 2 3 1 Gest o Ambiental Gest o dos Recursos H dricos Gest o Ambiental O novo paradigma que faz com que os homens se reintegrem a natureza obriga nos a repensar as diversas formas de apropria o e domina o dos recursos naturais a intromiss o do homem no sistema atrav s de usos inadequados tem provocado a perda da qualidade e da quantidade desses recursos podendo comprometer a exist ncia saud vel da humanidade e consequentemente do planeta como um todo De acordo com Brito 1998 as mudan as de paradigmas para o setor ambiental exigem transforma es de velhos h bitos por novos e formas de estrut
8. Os manguezais lagos lagunas reas estuar nas praias nascentes as reas marginais de prote o de guas superficiais e a Baia de Guanabara s o reas de preserva o permanente art 265 I II M e VII A zona costeira o Rio Para ba do Sul a Ilha Grande a Baia de Guanabara e a Baia de Sepetiba s o reas de relevante interesse ecol gico cuja utiliza o dependera de previa autoriza o dos rg os competentes preservados seus atributos essenciais art 266 II III IV V VD Os lan amentos finais dos sistemas p blicos e particulares de coleta de esgotos sanit rios dever o ser precedidos no m nimo de tratamento prim rio completo na forma da lei Fica vedada a implanta o de sistemas de coleta conjunta de guas pluviais e esgotos dom sticos ou industriais As atividades poluidoras dever o dispor de bacias de conten o para as guas de drenagem na forma da lei art 274 ss 1 e 2 proibida a cria o de aterros sanit rios margem de rios lagos manguezais e mananciais art 275 As empresas concession rias do servi o de abastecimento p blico de gua dever o divulgar semestralmente relat rio de monitoragem da gua distribu da popula o a ser elaborado por institui o de reconhecida capacidade t cnica e cientifica Esta monitoragem dever incluir a avalia o dos par metros a serem definidos pelos rg os estaduais de sa de e meio ambiente art 279
9. implementa o do sistema de gest o de recursos h dricos estabelecidos pela Lei no 9433 97 RAP 1 2000 Rio de Janeiro 123 143 MAAS H et al Design of Water Resource Systems Cambridge Mass EUA Harvard University Press 1962 175 MAIMON D lia Passaporte Verde Ger ncia Ambiental e Competitividade Qualitymark Rio de Janeiro 1996 111 p MATHEUS C E amp S J A S Educa o Ambiental e Recursos H dricos uma abordagem hol stica e sist mica da bacia hidrogr fica A experi ncia do centro de recursos h dricos e ecologia aplicada da escola de engenharia de S o Carlos Universidade de S o Paulo 2000 Mimeo McCLINTOCK K A HARBOR J M e WILSON T P Assessing the Hydrological Impact of Land Use Change in Wetland Watershed a Case Study from Northerm Ohio USA in Geomorphology and Land Managemente in a Changing Environment orgs D F M MacGregor e D A Thompson 107 19 John Wiley and Sons Inglaterra 1995 MELLO e SOUZA Nelson Educa o Ambiental Dilemas da Pr tica Contempor nea Thex Editora MERCOSUL STG2 Mapa de Integra o Geol gica da Bacia do Prata 1998 MICHAHELLES k Pol ticas de conserva o buscam evitar escassez h drica Ecologia e Desenvolvimento v 10 p 26 27 mar abr 2000 MINIST RIO DO MEIO AMBIENTE gua o desafio para o pr ximo mil nio In Anais do semin rio para discuss o dos anteprojetos de lei para cria o da ANA e do SNGRH Secretaria de Recurs
10. o de subs dios e empr stimos a pessoas f sicas e jur dicas para a realiza o de obras de interesse comum contribui o na execu o de estudos e pesquisas Para equilibrar seus or amentos as ag ncias s o autorizadas a criar suas pr prias fontes de financiamento por meio da cobran a de tarifas dos usu rios de gua p blicos ou privados pela quantidade consumida e pela deteriora o da qualidade das guas Tais tarifas como veremos mais tarde t m um papel de incentivo econ mico As ag ncias n o s o propriet rias nem executantes das obras que promovem A execu o das obras de responsabilidade dos munic pios dos departamentos das sociedades de economia mista ou de empresas particulares A ag ncia administrada por um conselho de administra o de vinte membros dos quais dez s o representantes de minist rios afins com os recursos h dricos cinco representam as coletividades locais e s o membros de comit s de bacia e cinco s o representantes dos usu rios igualmente designados pelos comit s de bacia O conselho de administra o tem uma compet ncia muito vasta e a ele cabe deliberar sobre o or amento da ag ncia e sobre os programas gerais de atividades principalmente os programas plurianuais de interven o e as tarifas que os financiam Nacionalmente as decis es mais relevantes s o tomadas pela Comiss o Interministerial para o Meio Ambiente composta pelos ministros cuja compet ncia es
11. o hidrovi ria com o Rio de Janeiro O processo de urbaniza o se consolidou atrav s de obras de arruamento da constru o de pr dios p blicos dos in meros aterros e da estrutura o do sistema de transportes p blicos O processo de industrializa o no Brasil no final do s culo XIX foi marcado pela implanta o de diversos estaleiros na cidade processadoras de pescado e outras ind strias respons veis pela consolida o e ocupa o de diversos bairros No in cio deste s culo a estrutura o urbana de Niter i se dava em fun o da sua rea central onde a esta o das barcas a esta o ferrovi ria e o porto eram os principais 113 focos de interliga o da cidade A ocupa o se estendia em dire o a Santa Rosa ao longo da atual rua Dr Mario Viana at o Viradouro e na dire o norte at o Barreto se intensificando em S o Louren o e Santana estes com caracter sticas tipicamente industriais A d cada de 40 marca o inicio do processo de verticaliza o da rea central a partir da abertura da Avenida Ernani do Amaral Peixoto em 1942 A utiliza o do nibus como transporte coletivo permitiu a expans o da cidade e a ocupa o de novas reas tanto na zona norte quanto na regi o litor nea das praias da Baia O bonde que at ent o era o transporte usual dadas suas caracter sticas limitadas de implanta o n o possibilitava a liga o com os bairros mais distantes A partir da d cada de 50
12. Lei de Uso e Ocupa o do Solo Estes planos t m como meta o desenvolvimento e a estrutura o urbana respeitadas as caracter sticas f sicas sociais e econ micas atendidos os anseios da popula o Leis de Car ter Local Definem normas para as reas que apresentam caracter sticas peculiares atrav s da regulamenta o de reas de Especial Interesse Econ mico Tur stico Pesqueiro Agr cola Ambiental Paisag stico ou Urban stico Leis Ordin rias Regulamentam aspectos urbanos espec ficos ou emergentes A Legisla o Municipal Urban stica edil cia e ambiental que ordena e controla o uso e ocupa o do solo composta de Lei de Parcelamento Lei de Uso e Ocupa o do Solo Leis de Edifica es Planos urban sticos Regionais Legisla o especifica para as reas de Especial Interesse C digo Municipal de Meio Ambiente C digo de Postura 194 Leis Ordin rias A Lei de Parcelamento do Solo A nova Lei de Parcelamento do Solo discutida amplamente pelo Conselho de Urbanismo e Meio Ambiente e pela C mara Municipal alterou a legisla o vigente implementando as diretrizes urban sticas e ambientais estabelecidas no Plano Diretor As altera es visam garantir a qualidade ambiental assim como definem as reas para a loca o dos equipamentos p blicos H uma preocupa o com a problem tica do transito e da circula o urbana preservando tamb m reas destinadas a investiment
13. Vaz es do rio Macacu Observando se os valores apresentados no primeiro quadro verifica se que a partir da primeira etapa de constru o dos barramentos j se chega a d ficits de gua nos meses 148 de setembro e novembro e no caso da segunda etapa d ficits nos meses de janeiro agosto setembro novembro e dezembro A terceira etapa ainda mais cr tica com somente dois meses mar o e abril apresentando super vit Com base nessas informa es conclui se o seguinte A conjun o das duas demandas para abastecimento domiciliar e irriga o s o compat veis somente no primeiro caso ou seja sem amplia o do Sistema Imunana de Abastecimento Como consumo de irriga o foi considerado igual nos quatro casos verifica se que o programa de regulariza o das vaz es n o acompanha o aumento do valor da capta o em Imunana De uma maneira geral haveria grande redu o do aporte de gua ao manguezal de Guapimirim em fun o das retiradas mencionadas Analisando o segundo quadro nota se que se a capta o de abastecimento domiciliar fosse constru da jussante da conflu ncia do Rio Guapimirim s haveria d ficit de gua quando o programa de amplia o atingisse a terceira etapa Apesar do grande interesse demonstrado e dos esfor os despendidos na realiza o dos estudos o Plano Cultural n o foi implantado Por outro lado no que tange amplia o do sistema de capta o para abastecimento domicil
14. Vivemos em constante interc mbio com a natureza sendo que a humanidade est sempre descobrindo e aperfei oando formas de bem viver muitas vezes sem importar se com as consegii ncias provocadas por suas a es A necessidade de aprimorar e resgatar a conviv ncia harmoniosa com o meio natural e adequa o com o meio cultural leva nos a reflex o sobre a import ncia da ci ncia na evolu o e organiza o do homem dentro do espa o De acordo com Borges 2000 Toda ci ncia em qualquer de suas dimens es ou realiza es um passo numa caminhada que qualquer um com um m nimo de percep o sobre a hist ria do pensamento humano entende como sendo um ponto transit rio Os rumos do conhecimento s o desconhecidos e nesse sentido podem ser colocados como inseridos num territ rio sem leis conhecidas O mesmo caos que at agora representa um desafio para o f sico e o qu mico na compreens o da composi o da natureza est presente tamb m nas alternativas colocadas para o desenvolvimento das ci ncias genericamente 61 Sendo os rumos do conhecimento desconhecidos percebe se que sabedoria diferente do conhecimento no saber abre se a possibilidade para o intuir A Gest o n o trabalha somente nos moldes do conhecimento ela procura tamb m ouvir o saber popular Marx em a Ideologia Alem in Borges 2000 afirma N o o que o homem pensa que determina o seu ser social mas ao contr rio o que o homem faz
15. condi es de superar se e apresentar se mais competitivo e respeitado no cen rio mundial As limita es da negocia o econ mica em resolver algumas quest es de gest o n o devem ser obst culo sua ado o em situa es onde n o existam externalidades e n o sejam negociados bens comuns fluidos ou p blicos Por exemplo a decis o sobre o tipo de cultivo a ser adotado em uma regi o com voca o agr cola pode em certas situa es ser determinada economicamente Dessa forma o decisor ou seja o agricultor que tenha direitos de uso da terra influenciado pela produtividade esperada do cultivo fun o do clima e do solo e pelo rendimento esperado fun o dos pre os de mercado dos insumos e do produto devera tomar decis o socialmente mais eficiente 169 Mesmo em situa es onde existam externalidades certas corre es na negocia o econ mica podem ser determinadas nos planos superiores adequando a aos prop sitos gerenciais Por exemplo no caso citado no par grafo anterior poderia haver externalidade na forma de polui o h drica causada pelo uso excessivo de determinado agrot xico No plano pol tico direto poderia ser acertada a restri o ao uso desse agrot xico que dependendo do disposto na negocia o jur dica poderia ter for a legal Isso j ocorre por exemplo no Gerenciamento de bacia Hidrogr fica atrav s da constitui o de Comit s de Gerenciamento com atribui es deliberativas J
16. 08 01 97 Pol tica Nacional de Recursos H dricos Bras lia Secretaria de Recursos H dricos BRASIL 1999 Minist rio do Meio Ambiente dos Recursos H dricos e da Amaz nia Legal Lei 9 795 27 04 99 Pol tica Nacional de Educa o Ambiental BRITO F A amp CAMARA J B D Democratiza o e Gest o Ambiental Em busca do desenvolvimento sustent vel Petr polis RJ Vozes 1998 332 p CAMPOS H C Mapa Hidrogeol gico do Aqii fero Guarani 1999 CAUBET C G amp Frank B Manejo Ambiental em Bacia Hidrogr fica o caso do rio Benedito Projeto Itaja I Das reflex es te ricas s necessidades concretas Florian polis Funda o Agua Viva 1993 52p CAVALCANTI C Sustentabilidade da economia paradigmas alternativos de realiza o econ mica In Cavalcanti C ed Desenvolvimento e natureza estudos para uma sociedade sustent vel S o Paulo Cort s 1998 153 172 C DIGO DE GUAS Organiza o dos textos notas e ndices por M rcia C A N cone Editora Ltda S o Paulo 1994 143 p COIMBRA R M Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos In Semin rio T cnico sobre Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos S o Paulo maio 1992 Anais S o Paulo FUNDAP 1992 p 10 16 CONFER NCIA gua Recurso Natural Estrat gico no III Mil nio proferida pelo Dr Raymundo Jos Santos Garrido Secret rio Nacional de Recursos H dricos e Dr Aldo Rebou as do c
17. Camboinhas Engenho do Mato Itacoatiara Itaipu Jacar e Piratininga a regi o que apresentou o maior crescimento no munic pio durante as d cadas de 80 e 90 com uma taxa de aumento demogr fico anual que variou de 5 11 70 80 a 9 60 80 91 IBGE 1991 Representa desde a d cada de 70 o vetor de crescimento do munic pio 126 Regi o Leste Com 5 220 habitantes SECITEC PMN 1996 possui a menor popula o e a menor rea dentre as regi es do munic pio 18 19 Km2 Inclui os bairros de V rzea das Mo as e Rio do Ouro a regi o do munic pio menos marcada pelo processo de urbaniza o uma rea de expans o urbana apesar da legisla o restritiva quanto a sua ocupa o O Plano Diretor 1992 contempla a preserva o da sua ambi ncia atrav s da delimita o das reas de Especial Interesse Ambiental e Agr cola 3 5 Popula o De acordo com os dados do IBGE 2000 a popula o de Niter i de 459 451 habitantes todos moradores de rea urbana com bom n vel de instru o e informa o com renda m dia e potencial de consumo elevado S o tamb m cidad os que vivem num territ rio marcado pela desigualdade e pela metropoliza o da pobreza O munic pio hoje inserido no n cleo da Regi o Metropolitana o de maior import ncia na hierarquia urbana do Estado Sua popula o vive com a melhor qualifica o de m o de obra dentre os munic pios do Estado e no Brasil uma das que possuem
18. Europ ia prevalece sobre o conflito O Oriente M dio uma regi o carente de gua 74 de sua superf cie coberta por desertos sendo uma das zonas mais ridas do planeta e tamb m uma das reas mais beligerantes assumido que o conflito rabe israelense que j dura d cada envolve de certa forma a necessidade do controle de rios n o sido movido simplesmente por desaven as pol ticas e religiosas Para exemplificarmos basta considerarmos que em 1967 a guerra rabe israelense foi motivada principalmente por uma interrup o do fluxo dos rios s rios Israel tr s anos antes 1964 A quest o da gua nesta parte do Oriente M dio envolve quatro pa ses S ria L bano Jord nia e Israel al m de tr s regi es em constante estado de guerra as Colinas de Golan a Cisjord nia e a Faixa de Gaza 101 O Rio Jord o a chave do sistema de guas da regi o sendo seus afluentes provenientes da S ria de Golan e da Jord nia Ele nasce da conflu ncia de quatro rios o Yarmouk com fonte na S ria o Banias no planalto s rio do Golan ocupado por Israel o Hasbari no sul do L bano ocupado por Israel e o Dan em Israel Desde a guerra de 1967 e a cria o de uma zona de seguran a no sul do L bano no in cio dos anos 80 Israel encontra se a montante da rede fluvial do alto Jord o A S ria encontra se a montante do rio Yarmouk O vale do rio Jord o considerado uma bacia de drenagem internacional Seu uso
19. a maior empresa privada de servi os de recursos h dricos dos EUA Com isso a sua base de clientes foi expandida de quarenta e tr s milh es para cingiienta e seis milh es de pessoas Outras corpora es importantes de h dricos s o Bouygues Saur U S Water Sevem Trent Anglian Water e Kelda Group Estas empresas s o beneficiadas atrav s dos sistemas de Terceiriza o e Concess es que regem a atual postura das pol ticas dentro do contexto de Neoliberalismo que na verdade representam formas de privatiza o Ocorre na realidade uma grande complac ncia das autoridades publica com o setor privado esta a tese do economista Ricardo Petrella que ligado ao MAB Movimento dos Atingidos por Barragens que afirma O Banco Mundial a OMC e o FMI s o os principais organismos a servi o dessa oligarquia internacional da gua Atrav s da chamada condicionalidade cruzada imp e a privatiza o e mercantiliza o da gua a troco de empr stimos uma corda posta no pesco o de pa ses pobres ou subordinados Ficou claro nos debates que concess o de uso e terceiriza o s o formas de privatiza o Esse o patrim nio publico porem na pratica explorada comercialmente por empresas que recebem a concess o para sua explora o Este tipo de rela o est assentada no consenso do valor econ mico da gua que representada atrav s por exemplo da estrat gia brasileira que est baseada na Exposi o
20. a quem tudo devo na vida e a todos que acreditam que h possibilidades de se fazer e se construir um mundo melhor Toda ci ncia em qualquer de suas dimens es ou realiza es um passo numa caminhada que qualquer um com um m nimo de percep o sobre a hist ria do pensamento humano entende como sendo um ponto transit rio Os rumos do conhecimento s o desconhecidos e nesse sentido podem ser colocados como inseridos num territ rio sem leis conhecidas O mesmo caos que at agora representa um desafio para o f sico e o qu mico na compreens o da composi o da natureza est presente tamb m nas alternativas colocadas para o desenvolvimento das ci ncias genericamente Wilson Hil rio Borges 2000 RESUMO Esta disserta o trabalha basicamente os conflitos no uso social da gua Como h uma correla o entre o local e o global o particular e o geral evidenciada por aspectos comuns decidiu se trabalhar em algumas escalas a problem tica da gua Sobre a gua foi desenvolvido estudo sobre a origem seus diversos usos e a distribui o relacionando a com o meio assim como os conflitos gerados no uso social deste recurso que se torna gradativamente escasso Amplo levantamento foi feito sobre a conceitua o de Gest o Ambiental Gest o dos Recursos H dricos no Brasil e Sustentabilidade A rea estudada o munic pio de Niter i e a problem tica que se apresenta a quase total depend ncia dos recursos h d
21. guas APA rea de Prote o Ambiental BNH Banco Nacional de Habita o CAPES Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CCD Conven o de Combate Desertifica o CCPL Cooperativa Central dos Produtores de Leite Ltda CECAP Centro de Capacita o e Aperfei oamento Profissional CED Comiss o de Analise de Edifica o CEN Centralidade e Vantagem Locacional CETEP Centro de Ensino T cnico e Profissionalizante CID Cidadania CIDE Funda o Centro de Informa es e Dados do Rio de Janeiro CLIN Companhia Municipal de Limpeza Urbana CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente CONSLAD Conferencia e Semin rio Latino Americano sobre Desertifica o COP Conferencia das Partes CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais DBO Demanda Bioqu mica de Oxig nio DIN Dinamismo DNAEE Departamento Nacional de guas e Energia El trica DNOS Departamento Nacional de Obras e Saneamento DPO Destacamento de Policiamento Ostensivo EDUFF Editora da Universidade Federal Fluminense EMATER RIO Empresa de Extens o Rural EMUSA Empresa Municipal de Urbanismo e Saneamento ESG Escola Superior de Guerra ETA Esta o de Tratamento de gua FAC Faculdade de Comunica es FAETEC Funda o de Apoio Escola T cnica FDM Fundo de Desenvolvimento Municipal FEEMA Funda o Estadual de Engenharia do Meio Ambiente FI
22. mica F sica Fisiologia Gen ticas Cosmologia Geologia Embriologia Filog nese Sistem ticas Mineralogia Zoologia Bot nica Ci ncias do Esp rito Fenomenol gicas Psicologia Gen tica Hist ria Sistem ticas Direito Economia Pol tica J Lakatos e Marconi elaboram a formata o a seguir CI NCIAS Formais L gica Matem tica Factuais Naturais F sica Qu mica Biologia e outras Sociais Antropologia Direito Economia Pol tica Psicologia Social Sociologia Conclui se que nenhuma dessas classifica es epistemol gicas contempla a Ci ncia Ambiental portanto as formula es devem ser buscadas Nessa busca entretanto alguns instrumentos s o necess rios e devem ser encontrados e ou elaborados partindo da defini o de ambiente como resultado do complexo inter relacionamento Sociedade Natureza Dessa complexidade emerge com for a a no o de que a quest o Ambiental multic ntrica e que portanto as diversas disciplinas aplicadas ao ambiente as ditas ci ncias ambientais ao se articularem mais como um organismo do que como uma 65 engrenagem e formarem a Ci ncia Ambiental Gest o Ambiental Gest o dos Recursos H dricos v o envolver se em rala es de multi pluri inter e transdisciplinaridade Portanto as conceitua es de multidisciplinaride pluridisciplinaridade interdisciplinaridade e transdisciplinaridade s o in
23. o perdida por evapora o Quando em uma determinada rea ocorre um desmatamento toda estrutura do ciclo hidrol gico modificada por exemplo o aumento do volume de gua que ir escoar pela superf cie e o r timo desse volume a quantidade de gua que chegar ao rio pela superf cie e outras consequ ncias Percebe se que qualquer mudan a na cobertura vegetal afetar com toda probabilidade o volume de gua de intercep o perdida pela evapora o 32 E o aumento do total de gua escoado atrav s dos rios n o representa o nico efeito hidrol gico causado pelo desmatamento tamb m aumentam o r timo e o volume da gua de escoamento para o rio A rea que sofre maior altera o no car ter das armazenagens e transfer ncias de superf cie ocorre nas reas urbanas onde a maior parte da superf cie esta inteiramente impermeabilizada por concreto asfalto ou telhados A vegeta o quase inexistente e a armazenagem superficial de gua est reduzida ao m nimo Dessa forma as perdas por evapora o s o muito baixas e h mais gua dispon vel para correr atrav s do restante do sistema Entretanto o homem tudo fez para tornar gravemente limitadas as op es abertas gua Na sua maior parte tem de correr por canos de esgoto e bueiros mal sendo usadas s transfer ncias e dep sitos O sistema do solo o piv da parte terrestre do ciclo hidrol gico atuando como uma zona tamp o entre os sistemas atmo
24. o dos solos e da gua Esse fen meno frequentemente gera desarticula o das estruturas sociais aumento das press es sobre o meio ambiente e conflitos Lembramos que um sistema social para ser considerado coeso deve atender de acordo com Ribeiro amp Vargas 2001 A satisfa o das necessidades individuais O controle do processo de mudan a social pelos indiv duos e coletividades A igualdade de oportunidades A igualdade de direitos acesso aos recursos naturais informa o e aos bens e servi os Paz e justi a social Pleno emprego e a distribui o eq itativa das rendas e dos custos A grande pergunta que se coloca como ponto de reflex o no presente trabalho j que estamos tratando de um pa s muito pouco coeso em seu sistema social projetando 21 z determinados cen rios a seguinte Haver uso social da gua no Brasil e mundo no terceiro mil nio sem que haja conflitos E quais os tipos de conflitos que j ocorrem ou que poder o ocorrer Com objetivo geral pretendo Chamar a aten o para a problem tica de que a gua um recurso natural estrat gico para o III mil nio tentando que seja posto a servi o dos interesses do Estado visando o Bem Comum o nosso objetivo geral Nos objetivos espec ficos podemos destacar O de colaborar a fim de que os interesses estabelecidos pela classe dominante em nome do bem estar do povo n o estejam distanciados dos interesses destes bem como da
25. o processo de desenvolvimento humano sustent vel Isso feito de duas formas pela amplia o do numero de indicadores que comp em as dimens es Renda Educa o e Longevidade e pela introdu o de duas dimens es adicionais com o objetivo de retratar a situa o da Inf ncia e da Habita o Longevidade medida pela combina o da esperan a de vida ao nascer com peso 2 e da taxa de mortalidade infantil com peso 1 2 Educa o medida pela combina o da taxa de analfabetismo da popula o de 15 anos e mais com peso 2 do numero m dio de anos de estudo da popula o de 25 anos e mais peso 1 4 da porcentagem da popula o com menos de 4 anos de estudo com peso 1 12 e da porcentagem com popula o com menos de 8 anos de estudo com peso 1 2 e da porcentagem da popula o com mais de 11 anos de estudo com peso 1 12 Renda medida pela combina o da renda familiar per capit media ajustada RFPC com peso de 2 do grau de desigualdade com peso de 4 e do grau de desigualdade na popula o com renda insuficiente com peso de 4 Inf ncia medida pela combina o da porcentagem de crian as que n o frequentam a escola com peso de 12 da defasagem escolar media com peso de 1 8 da porcentagem de crian as com mais de um ano de atraso escolar com peso de 1 8 e da porcentagem de crian as que trabalham com peso de 1 4 e Habita o medida pela combina o da porcentagem da popula o que
26. o uso para preserva o no estado natural conserva o no estado corrente ou recupera o vale dizer demandas de prote o ambiental 2 3 2Gest o dos recursos h dricos Dentro do contexto da gest o ambiental com objetivo de atender as demandas de prote o ambiental entra a necessidade espec fica no caso da gua ou seja a gest o dos recursos h dricos O gerenciamento da bacia hidrogr fica deve ser considerado como resultado da ado o da bacia hidrogr fica como unidade de planejamento e interven o da gest o ambiental sist mica e globalizada O gerenciamento da bacia hidrogr fica um processo de negocia o social sustentado por conhecimentos cient ficos e tecnol gicos que visa a compatibiliza o das demandas e das oportunidades de desenvolvimento da sociedade como potencial de interven o da bacia hidrogr fica no longo prazo 71 De acordo com Cunha 1998 a gest o de bacias hidrogr ficas relaciona se diretamente gest o dos recursos h dricos esse gerenciamento deve levar em conta os usos m ltiplos da gua e a desigual distribui o dos recursos h dricos no espa o brasileiro e no tempo Gest o dos recursos h dricos tem como objetivo integrar institucionalmente os diferentes interesses existentes na bacia servindo como rg o mediador de conflitos arbitrando em primeira inst ncia e gerando acordos que permitam explorar os recursos h dricos de forma harm nica
27. os custos econ micos e sociais ser o elevad ssimos 168 Cen rio B A sociedade brasileira e sobretudo o poder p blico est o sensibilizando se para a problem tica do gerenciamento adequado e competente dos recursos h dricos nacionais nessa perspectiva a aplica o severa das leis e a implementa o das pol ticas ora discutidas as dificuldades apresentadas poder o ser superadas a m dio e a longo prazo O Estado n o pode se furtar s suas responsabilidades para com a sociedade O retorno da realiza o dos invent rios das bacias para as estatais que det m o Know How indica o interesse em tornar isento o processo e utilizar otimizadamente o potencial de cada curso d gua As pol ticas de utiliza o dos recursos est o sendo definidas ora corrigindo se defici ncias de legisla es ultrapassadas ora regulando aspectos oriundos da evolu o tecnol gica do homem A educa o da popula o quanto necessidade de conserva o e utiliza o dos recursos h dricos com parcim nia aliada a conscientiza o de que a gua finita trar ao pa s uma condi o melhor de vida e o consequente desenvolvimento Nesta linha de racioc nio luz de atitudes do governo e da sociedade acredita se que os problemas apresentados na an lise anterior poder o ser superados em longo prazo Sendo necess rio no caso da despolui o alguns microssistemas uma amplia o dos prazos estimados Portanto o pa s ter
28. pio de Niter i f 119 Mapa das Regi es de Planejamento do Munic pio de Niter i f 124 Mapa da Bacia do Rio Macacu f 132 Bacia dos rios Macacu e Caceribu Interven o do DNOS f 135 Esquema Geral do Sistema de Capta o de Imunana Laranjal f 143 Esquema com barragens propostas na bacia do rio Macacu f 146 RELA O DE QUADROS E TABELAS TABELA 1 Distribui o da gua na Terra f 28 TABELA 2 Per odo de renova o da gua em diferentes reservat rios f 29 TABELA 3 Distribui o Mundial de guas superficiais f 37 TABELA 4 Volume H drico das Bacias Hidrogr ficas brasileiras f 39 TABELA 5 Dados sobre o Munic pio de Niter i f 111 TABELA 6 Vaz es M nimas e Medias para per odo de recorr ncia de 10 anos f 137 TABELA 7 Principais Explora es Agr colas da Bacia do Rio Macacu f 141 TABELA 8 Etapas da Amplia o do Sistema Imunana Laranjal f 145 TABELA 9 Plano Cultural f 146 TABELA 10 Vaz es do Canal de Imunana Laranjal f 147 TABELA 11 Vaz es do Rio Macacu f 147 TABELA 12 Caracter sticas Gerais de Niter i S o Gon alo C de Macacu f 164 TABELA 13 Economias Faturadas de Niter i S o Gon alo C de Macacu f 164 17 1 INTRODU O Segundo John F Kennedy quem for capaz de resolver os problemas da gua ser merecedor de dois pr mios Nobel um pela paz e outro pela ci ncia Os problemas relacionados com a gua s o preo
29. polu da SETTI et al 2001 Al m disso a popula o mundial aumenta sendo crescente tamb m seus n veis de urbaniza o e industrializa o o que aumenta a demanda de gua cuja quantidade tem se mantido constante ao longo dos ltimos s culos Assim a defici ncia em qualidade e quantidade de recursos h dricos tornou se evidente e preocupante A gua n o se encontra distribu da de forma homog nea em nosso planeta bem como sua demanda tamb m heterog nea fato este que torna necess ria uma eficiente gest o de maneira que se contemple o uso m ltiplo dos recursos h dricos com a gua estando dispon vel em quantidade e qualidade suficientes para os interessados pois ela um bem natural p blico logo de todos sendo obriga o do Estado fornecer gua em quantidade e qualidade para todos os segmentos da sociedade n o somente os que pagam ou que pagar o por ela A gua tamb m o recurso natural mais importante para o crescimento econ mico e social da popula o de forma que ela hoje o mais importante vetor para a indu o ao investimento em determinadas regi es sendo portanto um diferencial competitivo essencial para esta ou aquela rea O presente trabalho tenta desenvolver a id ia de que as quest es ambientais principalmente no caso da gua envolvem conflitos extras inter e intra esp cies por alimento espa o disponibilidade pela reprodu o seja dentro da natureza intocada pela
30. ses n o tem limites uma das no es mais inclusivas existentes no senso comum e na literatura especializada sobre desenvolvimento passando por atribui es de valor mudan a tradi o justi a social ao bem estar ao destino da humanidade acumula o de poder econ mico pol tico e militar e muitas outras conota es vinculadas a id ias de rela es apropriadas entre homem e entre estes e a natureza s o sem d vida a abrang ncia e as m ltiplas faces de desenvolvimento que permitem um enorme n mero de apropria es e leituras muitas vezes divergentes Em resumo desenvolvimento assim como modernidade s o categorias filiadas a um tipo de universo ideacional de uma plasticidade tamanha que at faz crer que se est diante de uma caixa preta ou de uma no o vazia De acordo com Ribeiro 2000 2 P s modernismo um discurso que entra nessa arena e ganha poder dada a diminui o relativa da efic cia e presen a tanto simb lica quanto concreta do marxismo e do socialismo real como alternativas a vis es cl ssicas de sistemas capitalistas de vida Considerando que a discuss o sobre p s modernidade praticamente restrita a elites intelectuais e art sticas incidindo tangencialmente na quest o do desenvolvimento 48 Em rela o ao pensamento ut pico ao longo da modernidade Hopenhayn 1988 In Ribeiro 2000 p 63 nos afirma que Se o pensamento ut pico tem sido considerado em toda a moder
31. trabalhavam como remadores dos barcos que faziam o transporte entre os dois lados da Baia de Guanabara No in cio a sesmaria doada a Arariboia possu a apenas a aldeia de S o Louren o habitada pelos ndios mais tarde as terras foram cultivadas pelos portugueses aparecendo ent o fazendas com planta es de cana de a car mandioca cereais etc As povoa es foram surgindo e no s culo XVIII j era poss vel encontrar na regi o quatro freguesias S o Jo o Batista de Icara S o Gon alo do Amarante S o Sebasti o de Itaipu e S o Louren o dos ndios Al m disso outras povoa es existiam tais como S o Domingos Maru S o Francisco Jurujuba e Praia Grande Enquanto a aldeia de S o Louren o perdia a sua import ncia e suas terras iam sendo invadidas pelos portugueses os demais povoados prosperavam Al m das fazendas j existiam engenhos de a car e aguardente o com rcio tamb m progrediu O transporte de mercadorias e pessoas na Ba a da Guanabara 112 era feito por barcos que navegavam por entre as freguesias e para a cidade do Rio de Janeiro do outro lado da Ba a Para facilitar a administra o da regi o que j contava com grande n mero de habitantes o rei D Jo o VI resolveu elev la em 1819 categoria de vila al m disso desejava mostrar seu reconhecimento pela acolhida que recebera quando de sua visita e da fam lia real praia Grande A Vila Real da Praia Grande foi declarada cap
32. 1995 O novo modelo de gest o se fundamenta no uso m ximo e timo das potencialidades locais em recursos humanos e na gest o descentralizada do territ rio entendida como um processo em que os esfor os do desenvolvimento s o baseados na parceria construtiva entre todos os atores do desenvolvimento por meio da discuss o direta onde normas e a es s o estabelecidas e responsabilidades e compet ncias s o definidas Privilegia se assim o poder local como base do desenvolvimento Sob essa proposta de harmonia e democratiza o jazem contudo quest es a serem esclarecidas Primeira n o s o contempladas vari veis cruciais do desenvolvimento quais sejam a rela o tima entre tecnologia investimento no espa o e no tempo o balan o energ tico adequado o acesso s redes de informa o e a educa o chave para todas as demais vari veis 68 Segunda a gest o uma pratica que visa superar a crise do planejamento que apresenta dificuldades crescentes em controlar as vari veis econ micas e pol ticas do territ rio J na d cada de 70 tornara se patente a incapacidade de o planejamento manter se em bases t cnicas e centralizadas passou a necessitar por lado do conhecimento da variedade de condi es ecol gicas e criativas locais e da informa o acurada que escapou aos modelos agregadores at ent o utilizados e por outro lado de novas formas de controle social Becker 1986 A pratica d
33. 2 3 4 Exemplos de gest o de recursos h dricos em outros pa ses Inglaterra e pa s de Gales No Reino Unido constitu do pela Inglaterra Pa s de Gales Esc cia e Irlanda do Norte a legisla o em vigor para a Inglaterra e Pa s de Gales a mesma Com origem em 82 1948 com a lei relativa s administra es fluviais a regulamenta o das guas deu se com a Lei das guas de 1973 Pela legisla o cabe ao governo central a principal responsabilidade pela pol tica de gest o das guas em n vel nacional A Autoridade Nacional da gua o rg o que determina a estrat gia geral do uso dos recursos h dricos para a Inglaterra e Pa s de Gales e tem como membros representantes do Minist rio da Agricultura Pescas e Alimentos e das Secretarias As Autoridades Regionais da gua possuem responsabilidades amplas que englobam os seguintes aspectos conserva o desenvolvimento distribui o e utiliza o racional dos Recursos H dricos drenagem depura o final de guas residuais dom sticas e de outras origens recupera o e manuten o da qualidade das guas dos rios e de outras guas interiores desenvolvimento e preserva o das utiliza es recreativas e culturais das guas interiores utiliza o das guas interiores para navega o drenagem de terras e pesca Cada Autoridade Regional da gua tem um conselho de administra o que a dirige e que possui representantes d
34. 2002 198 2 ria gua de 10n la Concessi i pe de Niter i 2 ic pio 9 4 Mapa de abastecimento do Mun 2 Niter i saBJog EIUBA ESNOS ap erop OnEISNg J0d opedepy TOOU mz ogojg O jeusor wa opesjqna IJIN ap senby 31u04 E ssw 00000F 0 LOOZ ep oJquisaou epipuedxe easy BE 666 p oJquieAou ende ep ogus wioazseqy E ogsuedxe eann B N V IQJ9UN p seny elyueduos ep og eiado sp soue z sode IQJS IN p apepio ep ojuauwlds sedgy 00000
35. 6 por meio de po os escavados ou cacimb es IBGE 1991 Os dados do censo de 2000 indicam que houve um incremento da ordem de 191 na oferta de gua n o tratada no per odo de 1989 2000 ou seja h indica es de aumento no uso da gua subterr nea para abastecimento A extra o excessiva da gua subterr nea de uma bacia hidrogr fica est engendrando o desaparecimento de nascentes ou fontes secamento de lagoas redu o das descargas de base dos rios deslocamento da interface marinha e o aparecimento de problemas de recalques diferenciais dos terrenos Outra forma de impacto da extra o desordenada das guas subterr neas de uma bacia hidrogr fica diz respeito redu o da umidade dos solos que d suporte ao desenvolvimento da cobertura vegetal natural ou cultivada 40 BAHAMAS amp REP DOMINICANA ORTO RICO ANTILHAS MENORES GUATEMALA z A e R GUIANA EL SALVADO URINAME COSTA RICA A San Jos A p GUIANA FRANCESA 428 Propor o estimada de gua pot vel derivada de fontes subterr neas E o 25 E 25 50 E 50 100 Produ o di ria de algumas cidades com alta depend ncia de fontes subterr neas o 366 ML d Figura 3 Disponibilidade h drica subterr nea Al m do aumento descontrolado do uso de gua subterr nea a qualidade natural esta sendo afetada por constru o opera o e abandono desordenado de po os desordenadas formas de ocupa o dos s
36. 880 ndice de Qualidade Municipal O IQM tem como objetivo classificar os munic pios fluminenses segundo seu potencial e condi es apresentadas para o crescimento e o desenvolvimento N o se prop e a medir a qualidade de vida de seus habitantes mas a forma pela qual cada munic pio se apresenta para receber novos investimentos Apresenta se assim como importante instrumento para o planejamento municipal e para a elabora o de estrat gias para o desenvolvimento regional Foi definida uma classifica o geral de todos os munic pios Esta classifica o foi obtida a partir de sete grupos de indicadores com pesos diferentes Cada grupo de indicadores abordou um aspecto das condi es b sicas consideradas necess rias ao investimento Os Indicadores s o Centralidade e vantagem locacional CEN representa a capacidade que possui o munic pio de estabelecer v nculos com os mercados vizinhos Informa es consideradas Valor Adicionado Fiscal do Comercio Varejista Exist ncia de concession rias de ve culos Facilidade de acesso ao munic pio por meio de transporte coletivo Matriculas em institui es de Ensino Superior Qualidade da m o de obra QMA Representa o padr o de forma o educacional da popula o do ponto de vista da especializa o e profissionaliza o Informa es consideradas Percentagem dos chefes de domicilio com pelo menos o segundo grau completo taxa de alfabetiza o
37. 90 Batata 360 90 Doce Volume total 9805 8750 427 144 306 162 733 1147 11245 9715 1000 xm Tabela 9 Plano Cultural Plano Nacional de Irriga o PRONI 1988 Com os c lculos das demandas tanto para abastecimento domiciliar como para irriga o resultaram em valores bastante elevados quando comparados ao potencial do 147 manancial de interesse fez se necess rio a realiza o de estudos mais aprofundados para dar subs dios utiliza o racional e otimizada dos recursos h dricos Com este objetivo o Governo do Estado do Rio de Janeiro atrav s da Resolu o conjunta SEAA SEDUR SEMAM de 03 88 criou o Grupo de Trabalho incumbido de elaborar o Plano de Aproveitamento Integrado dos Recursos H dricos da Bacia para identificar poss veis conflitos buscando o Maximo aproveitamento do ponto de vista s cio econ mico e ambiental A capta o no Canal de Imunana para abastecimento foi admitida igual a 5 m3 s 9 27 m3 s 14 0 m3 s e 17 3 m3 s respectivamente para a situa o anterior a ap s as tr s etapas de constru o das barragens Em todas as quatro situa es foram consideradas as vaz es de capta o para irriga o a cada m s A tabela n 11 fornece os valores das vaz es medias mensais do Rio Macacu no trecho do Canal de Imunana montante da conflu ncia com o Rio Guapimirim resultantes do balan o h drico para as situa es anterior
38. Informativo Agroflorestal REBRAF Rio de Janeiro 6 4 6 7 ESTADO DO RIO DE JANEIRO Recursos H dricos do Estado do Rio de Janeiro Legisla o B sica 2002 FERREIRA V M Movimentos Sociais Urbanos e Introdu o Pol tica Lisboa Afrontamento Cole o Cidade em Quest o F RUM DE ONGS BRASILEIRAS Meio ambiente e desenvolvimento uma vis o das ONGs e dos movimentos sociais brasileiros Rio de Janeiro 1992 GADOTTI M Pedagogia da Terra S o Paulo Peir polis S rie Brasil Cidad o 2000 217 p GOMES P C da C Geografia e Modernidade Rio de Janeiro Editora Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2000 368 p GON ALVES C W P Natureza e Sociedade elementos para uma tica da sustentabilidade Mimeo 2001 Os des caminhos do meio ambiente S o Paulo Contexto 6 edi o 1998 148 p GUERRA A J T amp CUNHA S B Avalia o e Per cia Ambiental Sandra Batista da Cunha Antonio Teixeira Guerra orgs Rio de Janeiro Bertrand Brasil 1999 266p Guia S cio Econ mico dos Munic pios do Estado do Rio de Janeiro Volume 1 Regi o 174 Metropolitana 1993 GUIMAR ES R P Da oposi o entre desenvolvimento e meio ambiente ao desenvolvimento sustent vel uma perspectiva do sul In Temas de Pol tica Externa Brasileira II Vol 1 S o Paulo Paz e Terra 1994 HELENA S M dulo de Avalia o de Impacto Ambiental do curso de Gest o Ambiental Empresarial UFF CT LATEC 2000
39. M Renda media mensal em S M dos chefes de domic lios E Percentual de chefes de domic lios com renda acima de 20 S M 182 Educacional Taxa de alfabetiza o dos chefes de domicilio Percentual dos chefes de domic lios com at 3 anos de estudo Percentual de chefes de domicilio com 15 anos ou mais de estudo Potencial Educacional Percentual de matriculados no ensino de primeiro grau em rela o popula o em idade escolar entre 5 e 14 anos Percentual de matriculados no ensino de segundo grau em rela o popula o em idade escolar entre 15 e 19 anos Demogr fico Taxa de depend ncia raz o entre a soma da popula o de O a 14 anos com a de 60 anos ou mais e a popula o entre 15 e 59 anos Sa de Leitos hospitalares por grupos de mil habitantes M dicos por grupos de mil habitantes Casos de doen as infecciosas e parasitaria excluindo a AIDS por grupos de mil habitantes Atividade Industrial Consumo de energia el trica per capit Viol ncia N mero de homic dios por grupo de mil habitantes C lculo do IQV O IQV foi obtido por meio de escores padronizados de cada vari vel e estes foram agrupados em sub ndices Infra estrutura b sica Renda Educacional Potencial Educacional Sa de Indicador de atividade industrial Indicador de Viol ncia e para cada um foi calculada a media Aos subindices renda e educacional foi atribu do peso 2 os demais tiveram pes
40. Niter i um grande conflito como pudemos constatar o munic pio n o possui nenhum corpo h drico superficial em condi es nem de potalidade e nem de vaz o suficientes para serem utilizados e os corpos d gua subterr neos em algumas regi es est o contaminados devido ao sistema de fossas s pticas implantados hoje este sistema esta sendo substitu do por rede de esgoto mas at que se consiga a despolui o destes corpos d gua outras solu es ter o que ser tomadas A ETA Imunana Laranjal possui uma capacidade para armazenar 7 000 litros de gua atualmente ela armazena 6 000 Litros de gua para distribuir entre quatro munic pios onde apenas um possui uma popula o de 459 451 habitantes com uma cota percapita de 220 litros dia por habitante A prefeitura est com um novo PUR para as regi es do munic pio onde dever ter um aumento no n mero de habitantes nestes dois pr ximos anos de aproximadamente 10 000 habitantes o que iria implicar no aumento do consumo da gua no munic pio Um outro grande problema est na rede de distribui o de gua que foi planejada para resid ncias unifamiliares e o projeto foi aprovado para a constru o de resid ncia plurifamiliares O ponto mais conflitante em rela o ao abastecimento da gua no munic pio que este necessita da gua do munic pio Cachoeiras de Macacu e depende de uma Esta o que situa se no munic pio de S o Gon alo e distribui a gua tratada para quatro mu
41. O sistema brasileiro gerador de energia el trica apresenta caracter sticas que o tornam nico no cen rio mundial Seja pelo seu porte uma vez que cobre um pa s de dimens es continentais seja pela predomin ncia da fonte hidrel trica contribuindo com cerca de 95 da gera o total seja ainda pelo expressivo interc mbio de energia entre suas regi es como verdadeiras transposi es de rios Embora exista uma tend ncia do crescimento do parque gerador t rmico com destaque para a iniciativa privada imperioso um aproveitamento mais intenso das disponibilidades hidrel tricas do pa s haja vista a situa o experimentada nos ltimos meses de restri o for ada do consumo de energia el trica associada ao fato de tratar se de um insumo renov vel destacando se ainda que apenas 25 do potencial h drico conhecido de 260 GW encontra se aproveitado O crescimento do consumo anual do Brasil da ordem de 4 5 obrigando o crescimento da gera o da mesma nessas propor es Por m a falta de investimentos nas ltimas d cadas geraram um d ficit de oferta que criou o descompasso do apag o At recentemente a iniciativa do governo em abrir o setor aos investimentos privativos sem uma regulamenta o mais apurada e a obrigatoriedade de seguir o invent rio das bacias criou a possibilidade do uso n o otimizado dos recursos A proje o em longo prazo indica que o Estado est procurando o gerenciamento dos recursos h dri
42. O tratamento completo atrav s da ETA de Laranjal garante a qualidade da gua distribu da O tratamento da gua oneroso e a partir do instante em que os recursos h dricos tornam se escasso tanto na quantidade quanto na qualidade percebe se que a conscientiza o de todos essencial para garantir a qualidade deste recurso Segundo Rivoir 1998 A Educa o Ambiental est relacionada ao desenvolvimento dos mais variados tipos de processos participativos incluindo projetos servi os estudos e curso de capacita o com a finalidade de orientar o ser humano e a coletividade a promoverem a constru o de novos valores sociais aquisi o de novos conhecimentos atitudes responsabilidade e habilidades Ou seja a Educa o Ambiental implica entre outros fatores em uma mudan a radical de mentalidade em rela o ao que se considera ou se define como qualidade de vida de tal forma que a partir do respeito que o ser humano tem pelo meio ambiente como um todo ele possa se desenvolver de forma saud vel equilibrada e harmoniosa 45 2 2 Sustentabilidade O homem assim como todos os animais agem sobre a natureza com o objetivo de obter alimentos abrigo e prote o para si e para o seu grupo ou melhor para satisfazer necessidades priorit rias O homem difere dos animais pois ele pensa reflete sobre sua a o planeja inventa prev resultados Deste modo cria conhecimento e desenvolve a cultura No inicio
43. Planejamento Ambiental Gerenciamento Ambiental e o M todo de Gerenciamento Ambiental De acordo com Almeida 2002 O encaminhamento de solu es para os problemas ambientais passa pela Gest o Ambiental e este encontra na Geografia uma disciplina articuladora de diversas disciplinas sob a orienta o de uma Pol tica Ambiental sendo que a Gest o Ambiental s pode ser bem realizada atrav s da abordagem integrada do Planejamento e do Gerenciamento Gest o dos Recursos Terrestres A Pol tica Ambiental o conjunto consistente de princ pios doutrinat rios que conformam as aspira es sociais e ou governamentais no que concerne regulamenta o ou modifica o no uso controle prote o e conserva o do ambiente O Planejamento Ambiental que o estudo prospectivo que visa a adequa o do uso controle e prote o do ambiente bem como as aspira es sociais e ou governamentais expressas formal ou informalmente em uma Pol tica Ambiental atrav s da coordena o compatibilizar o articula o e implementa o de projetos de interven es estruturais e n o estruturais De forma mais reduzida Planejamento Ambiental visa promo o da harmoniza o da oferta e das demandas ambientais no espa o e no tempo Nota se que propositadamente usa se o termo demandas ambientais e n o usos do ambiente pois muitas demandas n o se constituem em reivindica o de uso Nesses casos estabelecem se demandas de n
44. Tabela 2 Per odo de renova o da gua em diferentes reservat rios Como se pode observar o ciclo hidrol gico ocorre de forma muito vari vel e din mica devido ao acesso mais f cil as formas mais importantes de armazenamento de gua doce para o uso da humanidade e dos ecossistemas s o rios reservat rios e lagos que representam apenas 0 27 do volume total de guas doces da Terra 93 100 Km Entretanto a contribui o de um nico componente do ciclo hidrol gico para a circula o global de gua n o depende apenas do volume estocado mas em grande parte do seu per odo de renova o da gua em determinados meios varia consideravelmente e como a gua dos rios tem um tempo de perman ncia muito pequeno em rela o aos outros reservat rios ela favorece substancialmente a eleva o da taxa de renova o da gua atrav s do ciclo hidrol gico O mesmo ocorre com o armazenamento da gua na atmosfera que de aproximadamente oito dias isto no prazo de uma a duas semanas a gua que sobe atmosfera retorna superf cie da Terra podendo reabastecer o fluxo dos rios a umidade do solo as reservas de gua subterr nea ou cair diretamente nos espelhos l quidos dos lagos oceanos e outros reservat rios renovando as suas reservas e melhorando a sua qualidade medida que proporciona a dilui o de seus constituintes Portanto observa se que anualmente cerca de 119 000 Km de gua s o precipitados sobre
45. UNB considerando que s o necess rios 1000 litros de gua para produzir 1 kg de gr os s o necess rios 277 mil litros de gua para obter a quantidade per capta de gr os consumida por uma pessoa em um ano no pa s A gua chega s cidades escassa polu da e cara pois depende de v rios tratamentos para torn la pr pria para o consumo As retiradas de gua excessivas que est o sendo observadas podem levar ao colapso do solo A cidade do M xico afundou quinze metros o que danificou algumas constru es As pessoas simplesmente se adaptaram a situa o A irriga o no campo com o desvio dos cursos dos rios tr s uma enorme perda no volume h drico Atrav s da biotecnologia patenteando sementes vi veis a solos mais ridos medidas econ micas como a forma o de diques de irriga o orientados por uma pol tica onde n o se desvia gua da sua bacia natural a minimiza o da evapora o com o cultivo de lavouras do deserto o reflorestamento o melhor gerenciamento das terras de pastagem o plantio esparso de rvores atualmente considerando uma forma efetiva de prevenir a degrada o do solo em regi es semi ridas constituem alternativas vi veis para um melhor aproveitamento da gua Se n o poss vel conseguir mais gua ent o usemo la menos Reduza a demanda Isto pode ser conseguido de tr s formas pela conversa o pelos mecanismos de fixa o de pre os ou tornando o consumo mais eficiente atrav s d
46. a expans o se da em dire o faixa litor nea das parias da baia marcada exclusivamente pela ocupa o residencial das classes m dia e m dia alta Na d cada de 60 obras vi rias importantes s o realizadas como a Avenida do Contorno melhorando as condi es de trafego entre S o Gon alo e Niter i e o t nel Roberto Silveira ligando Icara a S o Francisco Essas transforma es mantiveram a estrutura o da cidade em dois eixos principais um em dire o ao norte dirigindo se BR 104 e mais recentemente a BR 101 atravessando S o Gon alo at atingir a regi o dos lagos e o norte Fluminense e o outro ao sudeste seguindo paralelamente a baia de Guanabara at as praias oce nicas O grande impacto na estrutura o urbana do munic pio durante a d cada de 70 foi a liga o vi ria com a cidade do Rio de Janeiro Com a conclus o da Ponte Presidente Costa e Silva mais conhecida como Ponte Rio Niter i em 1974 houve um redirecionamento dos investimentos p blicos na cidade Os investimentos tinham como objetivo possibilitar a expans o urbana atrav s do sistema vi rio com a execu o de planos e obras para a adequa o e amplia o da infra estrutura b sica existente tendo em vista o crescimento do mercado imobili rio A constru o da Ponte Presidente Costa e Silva fazia parte do plano de liga o litor nea nacional a BR 101 um dos grandes projetos da pol tica de expans o rodovi ria federal A sua in
47. apenas cingiienta centavos de d lar esta explora o vista com maus olhos pela popula o O Brasil est entre os pa ses que tem a maior quantidade de gua doce no planeta o que lhe d uma posi o estrat gica favor vel ante os demais pa ses Um grande passo foi dado para consolida o dessa posi o estrat gica quando 1997 foi criada a lei das guas e em 2000 a cria o da ANA A cria o da Lei das guas e da ANA foi um passo importante na pol tica de gerenciamento de recursos h dricos no Brasil por m s teremos a resposta da correla o pratica em rela o ao corpo te rico da lei com o tempo al m do fato que alguns pontos da lei 9433 97 no primeiro artigo do capitulo I citado que a gua deve ser considerada um recurso natural limitado dotado de um valor econ mico Ao mesmo tempo no mesmo capitulo afirma se que a gua um bem de dom nio publico Bem se a gua de acesso a todos a dota o econ mica deste recurso natural ter que ser limitada j que se a gua for cobrada sem o subsidio do Estado em um pa s com 50 milh es de miser veis teremos problemas ser ssimos causados pela falta deste bem essencial para boa parte da popula o Se analisarmos a forma de cobran a de gua veremos que o Estado subsidia gua para toda popula o sem distin o para ricos e pobres Veremos tamb m que 50 dos domic lios no Brasil n o contam com saneamento b sico e que muitos n o t m gua pot ve
48. assoreamentos No entanto essa forma de vegeta o foi suprimida para abastecer as carvoarias t o comuns na zona rural Infelizmente os atores envolvidos na quest o n o reconhecem os benef cios da mata rip ria para prote o dos rios onde elas ocorrem Os produtos agr colas do campo s o variados mas os principais s o milho banana caf e hortali as entre outros A pecu ria tamb m bastante desenvolvida bem como a silvicultura com o plantio de eucalipto para a produ o de carv o e lenha Estas atividades requerem intensa irriga o a alta concentra o de gado pertencente aos grandes pecuaristas demanda significativas quantidades de gua para sua dessedenta o Al m disso estudos comprovam que o cultivo de eucalipto compromete os mananciais na rea onde s o plantados Lima 1996 Isso acontece porque por ser uma ess ncia florestal de r pido crescimento o eucalipto consome enormes quantidades de gua e o faz de maneira muito eficiente Como a demanda por carv o tem aumentado significativamente a expans o da rea cultivada por esta ess ncia teve grandes aumentos chegando a promover a substitui o de pastos e reas cultivadas Os moradores da zona rural de regi es ridas e semi ridas bem como em qualquer n cleo de habita o humana requerem gua para satisfazer suas necessidades b sicas Todavia os agricultores montante dos rios ou os latifundi rios detentores das nascentes em locais mais privi
49. cidade possibilitou o ressurgimento de diversas atividades naquela rea Conta tamb m com as Universidades Candido Mendes e Est cio de S Relativo a p s gradua o passou a contar recentemente com a atua o de Funda o Getulio Vargas e MBA A Universidade Federal Fluminense UFF ministra em Niter i 34 cursos de gradua o onde est o matriculados 19 381 alunos Possui com a cidade estreita rela o possibilitando parcerias por exemplo o Centro de Artes UFF local de exposi es concertos ciclos cinematogr ficos pe as teatrais e bal s sempre fregiientados pela popula o niteroiense alem da pr pria atua o da PROEX Pr Reitoria de Extens o que 189 entre outras a es e projetos desenvolve as seguintes Espa o UFF de Ci ncias Estudos de Gerenciamento e Prote o dos Recursos H dricos Subterr neos da Regi o Oce nica F rum Fluminense de Neg cios Encostas de Niter i Programa de Aten o ao Idoso Educa o e Controle da Hipertens o Arterial no Centro de Sa de Santa Rosa Policl nica Veterin ria Forma o de Educadores Infantis no munic pio de Niter i Assessoria a Creches Publicas e a Semana de Cultura Fluminense Na rea de p s gradua o a Pr Reitoria de Pesquisa e p s gradua o PROPP respons vel por 114 cursos lato sensu e strictu senso frequentado por cerca de 2 400 alunos A P s gradua o strictu senso atua com mais de 700 professores credenciado respons veis por
50. da humanidade no per odo Paleol tico o homem pouco modificava a natureza pois vivia da coleta da ca a e da pesca Ele era subordinado as condi es naturais a tal ponto que eram n mades sempre a procura de meios para a sobreviv ncia O homem era integrado a natureza e n o se sentia separado dela e sim parte integrante dela Com a capacidade de observa o e de cria o o homem observou a sazonalidade e a germina o dos vegetais e a partir da iniciou a agricultura passando a cultivar a terra e a fixar se nela deixando assim de ser n made Neste per odo conhecido como Neol tico eles al m de cultivarem a terra e de domesticarem os animais tamb m constru fam ferramentas rudimentares com pedras lascadas para desenvolverem suas tarefas O conhecimento cresce na medida que se conhece melhor os objetos e sua utiliza o As sequ ncias das a es obrigaram ao aprimoramento das tarefas realizadas simplificando e facilitando a vida do homem A partir deste momento o homem n o se sentia mais parte integrante da natureza tinha a convic o de poder domin la e ao apropriar se da natureza o homem come ou a construir o seu espa o e a modificar o ambiente natural hoje a natureza encontra se profundamente alterada pela a o antr pica Durante muito tempo o espa o caracterizou se por uma presen a mais ou menos expressiva dos elementos naturais A partir do s culo XV com o surgimento do capitalismo as t cnicas foram pouc
51. de 2 de agosto de 1999 instituiu a pol tica estadual de recursos h dricos cria o sistema estadual de gerenciamento de recurso h dricos regulamenta a constitui o estadual em seu artigo 261 par grafo 1 inciso VII e d outras provid ncias Constitui o do Estado do Rio de Janeiro RJ 2002 Incumbe ao Poder Publico estimular e promover o reflorestamento ecol gico em reas degradadas objetivando especialmente a prote o de encostas e dos recursos h dricos a consecu o de ndices 80 m nimos de cobertura vegetal o reflorestamento econ mico em reas ecologicamente adequadas visando suprir a demanda de mat ria prima de origem florestal e a preserva o das florestas nativas art 258 ss 1 V promover respeitada a compet ncia da Uni o o gerenciamento integrado dos recursos h dricos na forma da lei com base nos seguintes princ pios Ado o das reas das bacias e sub bacias hidrogr ficas como unidades de planejamento e execu o de planos programas e projetos Unidade na administra o da quantidade e da qualidade das guas Compatibiliza o entre os usos m ltiplos efetivos e potenciais Participa o dos usu rios no gerenciamento e obrigatoriedade de contribui o para recupera o e manuten o de qualidade em fun o do tipo e da intensidade do uso nfase no desenvolvimento e no emprego de m todo e crit rios biol gicos de avalia o da qualidade das guas Proib
52. de amostras coletadas em v rios pontos O resultado da an lise comparado com normas legais que estabelecem os valores m ximos para diversos elementos A FEEMA em 1992 estudou a qualidade das guas dos rios praias e lagunas Todos os rios vistoriados mostram se visivelmente polu dos As reas mais criticas apresentam uma maior ocupa o associada a problemas de infra estrutura sanit ria e constituem se das Bacia 1 Centro Zona Sul Rio Bomba Canal da Alameda Rio Vic ncia Canal Ary Parreiras e Canal S o Francisco Bacia 2 Regi o Oce nica Rio Jacar Val o do Cafub e Rio Jo o Mendes Fonte PMN Suma Diagnostico Ambiental 1994 C E PREFEITURA DE NITEROI 3 A Figura 6 Mapa Hidrogr fico do Munic pio de Niter i mostrando a escassez hidrogr fica Clima O Estado do Rio de Janeiro apresenta not vel diversidade clim tica para um territ rio bastante reduzido Sua ineg vel tropicalidade pode ser responsabilizada pelas altas temperaturas acima de 18 C no m s mais frio e sua maritimidade pela elevada umidade do ar e ndices pluviom tricos de determinadas reas Na regi o metropolitana do 120 Estado onde se insere a cidade de Niter i as chuvas concentram se no ver o e a temperatura media anual situa se a 22 C Dinamicamente pode se dizer que os ventos predominantes partem do centro de Alta Press o Subtropical zona do Anticiclone Semifixo do Atl ntico Sul e s
53. de aula enriquecendo o trabalho pedag gico Em rela o ao ensino superior o munic pio sedia sete faculdades particulares e uma federal As particulares s o Faculdades Maria Tereza com Cursos de Biologia Marinha com o nico curso de mergulho ministrado em institui es de ensino superior no pa s Ci ncia da Computa o Ci ncias Biol gicas Educa o F sica Pedagogia Psicologia e Tecnologia em Processamento de Dados Escola de Ensino Superior Helena Antipoff mantida pela Sociedade Pestalozzi do Estado do Rio de Janeiro apresenta cursos de gradua o e de p s gradua o s o quase todos cursos voltados educa o dos portadores de necessidades Especiais e Biomec nicas p s gradua o e ainda cursos de Tecnologia em Inform tica e Administra o com habilita o em Servi os de Sa de este ultimo pioneiro nesta concep o no Brasil Esta institui o possui atualmente em torno de mil alunos Centro Universit rio Pl nio Leite que possui curso de gradua es nas reas de Educa o Ci ncias Sociais Agr rias e Ci ncias Exatas e de p s gradua o em Tecnologia Educacional Literatura Brasileira L ngua Portuguesa L ngua Inglesa Analise Cont bil e Financeira Psicopedagogia Inform tica na Educa o e Doc ncia do Ensino Superior conta com mil alunos atualmente Complexo de Ensino Superior Salgado de Oliveira UNIVERSO com diversos cursos oferecidos e que situado na parte mais antiga no centro da
54. dentro deste rg o formada por quantos integrantes Que perfil de forma o possuem R Tendo em vista que adquirimos gua por atacado da CEDAE n o mantemos em car ter permanente equipe de gest o de gest o de recursos h dricos Quais as etapas existentes no processo de fornecimento da gua desde a capacita o at chegar ao consumidor final R Capta o de gua bruta recalque de gua bruta tratamento recalque de gua tratada at reservat rio de carga distribui o at reservat rios de abastecimento e distribui o para resid ncias Quanto gasto para executar esses servi os suficiente R A Concession ria guas de Niter i respons vel pela distribui o de gua no Munic pio de Niter i As etapas de capta o de gua recalque de gua bruta tratamento e adu o at o reservat rio de carga s o de responsabilidade da Companhia Estadual de gua e Esgoto CEDAE assim sendo n o temos condi es de informar o valor dos gastos para execu o de todos esses servi os Como feito o monitoramento da qualidade da gua utilizada no munic pio De quanto em quanto tempo feito este monitoramento R O monitoramento da qualidade da gua feito pelos t cnicos da guas de Niter i diariamente Como tratado o problema das liga es clandestinas R Procura se averiguar caso a caso e entrar em acordo fazendo a liga o corretamente e cobrando retroativamente desde o tempo em que
55. dispositivos todos os estados publicaram normas para o controle de polui o das guas nos seus territ rios com a implementa o a cargo de ag ncias estaduais Em 1972 refor ando as medidas antipoluidoras ent o em vigor foi aprovada a Lei Federal relativa ao controle de polui o das guas que estabeleceu novos par metros para a recupera o da qualidade dos rios e o controle r gido de novas fontes poluidoras das guas A Lei Federal de 1965 relativa ao planejamento dos recursos h dricos criou em n vel federal o Conselho dos Recursos H dricos com as seguintes atribui es preparar periodicamente balan o de recursos e necessidades em cada unidade de gest o de recursos h dricos manter estudo continuado das rela es entre os planos e programas regionais ou de bacias hidrogr ficas das necessidades das maiores regi es do pa s e tamb m da adequa o dos meios administrativos e institucionais coordena o das pol ticas e programas relativos aos recursos h dricos 85 avaliar a adequa o das pol ticas e programas existentes e propostos para satisfazer as necessidades referidas anteriormente fazer recomenda es ao Presidente dos Estados Unidos relativamente s pol ticas e aos programas federais estabelecer ap s consulta a outras entidades interessadas e com a aprova o do Presidente os princ pios normas e processos a serem utilizados pelas ag ncias federais na prepara o de p
56. e sequ ncia superior de pacotes sedimentares das bacias trafog nicas do sul e sudeste brasileiro Possui uma ampla distribui o na Bacia da Guanabara ocorrendo principalmente nos munic pios de Itabora 136 S o Gon alo Mag Guapimirim Duque de Caxias e Rio de Janeiro Ilha do Governador Amador 1997 Os sedimentos fl vio marinhos formados por integra o de dep sitos fluviais e marinhos regressivos holoc nicos s o constitu dos por sedimentos finos s lticos argilosos ou argilos lticos ricos em mat ria org nica Geneticamente os sedimentos fl vio marinhos correspondem a ambiente de plan cie de mar e progress o do litoral em regime estuarino servindo como substrato para o desenvolvimento do ecossistema de manguezais O maior desenvolvimento desses dep sitos d se nas Bacias dos Rios Macacu Guapi A u Guapimirim e Guaxindiba no litoral oriental da Baia de Guanabara Amador 1997 Sob o ponto de vista morfol gico encontra se na Bacia do Rio Macacu de montante para jusante as escarpas e reversos da Serra do Mar seguidas de colinas e maci os costeiros e pequena rea de tabuleiros costeiros e finalmente grandes reas de plan cies costeiras e modelados de acumula o fluvial As altitudes m ximas observadas junto a nascentes dos rios s o da ordem de 1700 metros no Rio Macacu 1200 metros no Rio Guapi A u e 2000 metros no Rio Guapimirim As colinas e maci os costeiros situados na rea d
57. em seus memorandos econ micos esp cies de publicidades que exibem a filosofia do desenvolvimento econ mico para atrair investidores o interesse de privatizar suas guas A ALCA efetivamente pode tornar a situa o mais complicada O exemplo veio da NAFTA Acordo comercial entre Estados Unidos Canad e M xico onde um dos acordos permite aos americanos entrar no Canad e explorar sua gua e outras atividades econ micas com um lucro sem risco Caso a empresa tenha preju zo o governo canadense obrigado a reembolsar a empresa Tendo em vista que a experi ncia do NAFTA poder consolidar se com a implanta o da ALCA tomando como principio a subordina o da gua as leis de oferta e 109 procura como bem visto no exemplo acima Este processo j teve inicio uma vez que a Am rica encontra se dentro dos padr es de comercio impostos pela OMC ou seja esta quest o eminentemente econ mica por m por tr s deste quadro podemos identificar uma serie de quest es como por exemplo o enfraquecimento do Estado Na o dentro do contexto neoliberalizante em que os investidores agora dotados do estatuto de sujeitos do direito internacional podem reclamar seus direitos com os governantes caso tenham algum preju zo Caso comece a exportar gua para os EUA o Canad a partir de uma decis o para diminui o de oferta poderia sofrer serias restri es por parte do governo americano O que vemos na realidade um int
58. est gio atual como um canteiro de obras e que um novo paradigma de desenvolvimento surgir somente quando a sociedade respeitar a diversidade ecol gica social e cultural dos povos O que hoje verificamos um modelo de sociedade que n o favorece a solidariedade mas sim a concorr ncia n o o di logo e o consenso mas a disputa e a luta de todos contra todos base do pensamento neoliberal Como estabelecer o respeito entre diversas culturas sem uma vis o hol stica e sem uma postura solid ria Perdura ainda em rela o a natureza uma vis o antropoc ntrica segundo a qual o ser humano deve e pode domin la Devemos ultrapassar par metros ambientais impostos pelos pa ses industrializados segundo a qual devemos superar nosso antropocentrismo limitar a preda o dos recursos naturais n o renov veis desenvolver uma certa rever ncia diante da natureza e praticar t cnicas de manejo sustent vel falhando num aspecto fundamental ela omite em sua reflex o o contexto social dos n cleos de pobreza das na es Nesse contexto social existe viol ncia p ssima qualidade de vida diante da falta de saneamento a polui o do ar e do solo A tica n o pode ser apenas ambiental e sim social e ambiental Diante do pensamento da ecologia social que segundo Leonardo Boff come ou pela contribui o da enciclop dia francesa de ecologia de Charboneau e das obras de antropologia social de Edgar Morin talvez propugnado por um t
59. h necessidade de gua para dessedenta o das cria es e para o pr prio consumo da popula o residente A ocupa o humana nas fronteiras agr colas se d originalmente nas terras baixas de topografia plana ou ondulada ap s a elimina o da cobertura vegetal original Gradativamente essa ocupa o passa s colinas que fazem a transi o s terras baixas e as reas montanhosas Dubois 1994 Ocupa es em reas impr prias para o cultivo aliadas ao desmatamento indiscriminado trouxeram graves desequil brios ambientais com aceleramento dos processos erosivos queda da fertilidade dos solos entulhamento das v rzeas assoreamento e polui o dos cursos e reservat rios A partir da d cada de 70 as atividades agropecu rias no Brasil conheceram um per odo de acelerada moderniza o Esta se caracterizou pelo mau uso dos solos gerando graves problemas para sua conserva o e para os recursos h dricos Starzynski 1999 Paralelo moderniza o dos processos produtivos no setor agropecu rio ocorreu tamb m o aumento da percep o da sociedade de que o conceito da gua como um bem natural inesgot vel deveria ser repensado Essa mudan a de paradigma passou a se tornar 94 mais evidente medida que as cont nuas agress es ao meio ambiente e a m utiliza o do recurso reduziram drasticamente os mananciais de abastecimento transformando gua de boa qualidade em produto escasso Paulatinamente o conce
60. intenso processo de ocupa o dessa rea para fins urbanos 118 Hidrografia Niter i possui um enorme problema com a quest o da hidrografia pois os rios existentes encontram se na maioria canalizados fazem parte de tr s grandes bacias Os cursos d gua correm em dire o a tr s grandes locais distintos As lagoas de Piratininga e de Itaipu atualmente bastante degradadas e que s o receptoras principalmente dos rios Arrozal Jacar e Jo o Mendes os c rregos da Tiririca e da Vira o e os val es do Cafub e de Itacoatiara Estes rios formam a Macrobacia da Regi o Oce nica e nascem quase todos na Serra da Tiririca Serra Grande ou na vertente oce nica dos morros pr ximos Baia de Guanabara Ocupa uma rea de 33 5 Km Fica pr ximo s nascentes correm em reas de declive acentuado enquanto nas baixadas o desn vel muito pequeno Os principais problemas s o assoreamento polui o por dejetos org nicos inunda o de vetores contamina o de po os al m da pr pria degrada o das lagunas especialmente a de Piratininga Nascendo na Serra Grande e em morros pr ximos formando a Macrobacia dos rios Aldeia Coluband e Alc ntara s o exemplos desses rios V rzea das Mo as e o C rrego do Malheiro que formam o rio Aldeia o rio Muriqui e os c rregos Jardim Am rica Pendotiba e Sap e das Pedras tribut rios dos Rios Coluband e Alc ntara Ocupa uma rea de 37 5 Km2 Os rios apresentam um perfil
61. km banhando um d cimo do continente africano O sistema pluvial comp e se de dois afluentes principais o Nilo Branco e o Nilo Azul que tem suas fontes respectivamente no lago Vit ria Qu nia Tanz nia Ruanda e Uganda e no lago Tana Eti pia Os nove pa ses da bacia do Nilo s o Ruanda Burundi Congo Tanz nia Uganda Qu nia Eti pia Sud o e Egito Mas os principais atritos envolvendo o controle do rio ocorrem entre os tr s ltimos pa ses O rio vital para a sobreviv ncia dos 65 milh es de habitantes eg pcios j que estes n o possuem outras fontes de gua al m de pequenos aq feros e por apenas 2 do territ rio n o ser formado por desertos O Egito o pa s mais desenvolvido da regi o e foi sempre o que mais utilizou as guas do rio Nilo Este uso indiscriminado e independente foi poss vel gra as a mis ria e as constantes guerras civis dos paises a montante do rio Eti pia e Sud o O estado de calamidades e desordem destes dois pa ses era um fator de sorte para as ambi es desenvolvimentistas do governo eg pcio n o sendo assim afetado por poss veis diminui es de fluxos de gua causados pela constru o de desvios ou barragens dos pa ses a montante Mas hoje estes pa ses passam por uma fase de crescimento e desenvolvimento necessitando cada vez mais das guas do rio para projetos de irriga o e barragens o que causa temor por parte do Egito Em 1959 Egito e Sud o assinaram um acordo que p
62. limitado dotado de valor econ mico Definiu tamb m que a gest o dos recursos h dricos deve proporcionar o uso m ltiplo das guas e em situa es de escassez de guas o uso priorit rio dos recursos h dricos ser para o consumo humano e a dessedenta o dos animais Deliberou dentre os objetivos da Pol tica Nacional de Recursos H dricos assegurar atual e s futuras gera es a necess ria disponibilidade de gua a utiliza o racional e integrada dos recursos h dricos com vistas ao desenvolvimento sustent vel a preven o e a defesa contra eventos hidrol gicos cr ticos decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais Estabeleceu como diretrizes gerais de a gest o sistem tica dos recursos h dricos sem dissocia o dos aspectos qualidade e quantidade a integra o da gest o de recursos h dricos com a gest o ambiental art 3 Disp s sobre os Planos Diretores de Recursos H dricos para que sirvam de fundamento e orienta o implementa o da Pol tica Nacional de Recursos H dricos por Estado e para o Pa s art 8 Estabeleceu o Regime de Outorga de Direitos de Uso de Recursos H dricos tendo como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos d gua e o efetivo exerc cio dos direitos de acesso gua art 11 Instituiu a Cobran a pelo Uso de Recursos H dricos objetivando reconhecer a gua como um bem econ mico dando ao seu usu rio uma indica o de seu real
63. maior percentual de usu rios de Internet usufruem tanto de uma complexa rede de equipamentos de uso coletivo servi os onde se destacam as institui es de ensino a rede de sa de atividades culturais e de lazer quanto de um com rcio diversificado que existem nos v rios shoppings centers sua express o m xima al m da eletiva proximidade dos locais de trabalho Ao mesmo tempo convivem com as dificuldades de deslocamento di rio provocados pelo sistema de transportes urbanos ineficientes nas grandes aglomera es urbanas A desconcentra o urbana notada o r timo de crescimento da popula o maior na Regi o Oce nica e na Regi o de Pendotiba contrastando com as baixas taxas de crescimento nos bairros que ainda s o concentrados de popula o como Icara Centro Fonseca Ing e Santa Rosa O r timo de crescimento dessa popula o tem diminu do de d cada para d cada e isso reflete principalmente a queda da fecundidade e as mudan as na din mica migrat ria A queda da fecundidade expressa uma nova estrutura familiar que vem se desenhando nas cidades brasileiras a partir da d cada de sessenta exigindo da mulher o desempenho de novos papeis Acompanhando essa tend ncia a mulher niteroiense apresenta uma nova inser o no mercado de trabalho bom n vel de escolaridade e um dos maiores percentuais de chefia de fam lia do Estado 127 Hoje a desconcentra o urbana vem acontecendo num movimento intramunicipal
64. mais com peso 1 3 e renda medida pela renda familiar per capita media ajustada RFPC expressa em sal rios m nimos de setembro de 1991 O IDH M um ndice que tem como refer ncia o conceito de Desenvolvimento Humano cuja metodologia de constru o semelhante do IDH aplic vel a todos os munic pios brasileiros como meio de avaliar situa es tend ncias e desn veis sociais 3 6 Infra estrutura do munic pio Saneamento b sico Em 1991 apenas 65 74 dos domic lios na cidade possu am liga o de esgoto rede geral portanto nota se a necessidade de investimentos dentro desta rea para atender principalmente as reas de expans o bem como os morros e favelas da cidade onde se concentra a popula o de menor poder aquisitivo Lixo Domiciliar Em rela o aos res duos s lidos 86 02 das moradias s o atendidas por coleta domiciliar apresentando uma destina o adequada ao lixo produzido O restante ainda utiliza formas rudimentares de tratamento e destina o final dos res duos s lidos domiciliares Os servi os de Limpeza p blica na cidade s o de compet ncia da Companhia Municipal de Limpeza Urbana CLIN cabe companhia responsabilidade pelos servi os executando os diretamente ou contratando e credenciando terceiros Desde 1983 o destino final de todo o lixo coletado em Niter i o aterro do Morro do C u localizado no bairro do Caramujo sendo este o vazadouro oficial da cidade Com d
65. mais longo e menos ngreme determinado pelo relevo colinoso das reas ao norte do munic pio Os principais problemas s o encontrados na sub bacia do Rio Sap que apresenta os maiores problemas As reas das nascentes e v rios trechos a montante encontram se densamente ocupados Possibilidades de contamina o por chorume das guas do Rio Sap que servem as hortas localizadas entre a Flor lia e Maria Paula devido ao aterro municipal de lixo que se localiza no Morro do C u pr ximo a uma nascente desse rio Ba a de Guanabara e por serem os rios localizados nas reas mais densamente povoadas do munic pio alguns j se encontram canalizados Nascem nas reas de colinas e fazem parte da Macrobacia da Ba a de Guanabara e s o principalmente os rios Bomba limite natural com o munic pio de S o Gon alo Maru da Vic ncia canal da Alameda Icara Canal de S o Francisco e C rrego de Taubat al m das microbacias do Prevent rio e da Vira o este na vertente voltada para o interior da Ba a Ocupa uma rea de 30 66 Km2 Semelhantes aos rios da Bacia Oce nica pr xima s nascentes correm em reas de declive acentuado enquanto nas baixadas o desn vel muito pequeno Os principais 119 problemas est o relacionados a rara presen a de vegeta o protetora nas nascentes Estrangulamentos respons veis pela obstru o das guas e acumula o de detritos A qualidade da gua aferida atrav s da an lise
66. neles despejados R ssia Pol nia Eslov quia Os rios est o amarelados pelos despejos industriais Na Am rica do Norte a fonte de gua pot vel para milh es de pessoas no Canad e Estado Unidos rotineiramente exibe avisos de advert ncia de contamina o A irriga o no campo o desperd cio da gua escoada tem grande parte responsabilidade nos conflitos e como exemplo temos a cidade de Pequim que abastecida com o desvio da gua de fazendeiros que desistiram da atividade agr cola devido ao mau uso da gua A crise da gua real a demanda continuar a crescer e dobrar nas pr ximas d cadas sendo que novos suprimentos est o cada vez mais dif ceis de serem encontrados E necess rio dizer que para criar empregos e garantir abastecimento de gua tratada 98 a milh es de cidad os que vivem em cidades do interior economicamente atrasadas significa inevitavelmente elevar a quantidade de gua utilizada Ao mesmo tempo cada vez mais terras cultiv veis t m sido tiradas da produ o em parte por causa da competitiva demanda por gua mas parte tamb m porque as cidades cada vez mais ricas e em expans o exigem mais espa os para f bricas habita es estacionamentos e estradas E necess rio dizer que para criar empregos e garantir gua popula o preciso que se regulamente o seu consumo Oitenta por cento dos rios cont m gua impr pria para o consumo humano No Brasil segundo dados
67. no plano pol tico representativo poderia ocorrer uma decis o administrativa do poder executivo estimulando o uso controlado ou o n o uso do agrot xico Da mesma forma poder ser iniciativa do executivo ou legislativo ou da sociedade a proposta de uma lei que criasse um imposto verde sobre a comercializa o do agrot xico visando a diminui o do seu uso e da conseqiente externalidade Uma outra possibilidade de tratamento desse problema totalmente realizada no plano jur dico atrav s da aprova o de lei proibindo o uso do agrot xico Qual das alternativas adotar dependera de onde se encontra o ponto socialmente mais eficiente o uso controlado do agrot xico ou a sua n o utiliza o Ainda com rela o ao exemplo dos agrot xicos interessante analisar uma outra quest o que confronta as possibilidades de negocia o apresentadas Caso a solu o tima fosse o uso controlado do agrot xico haveria como alternativa ao imposto verde a exig ncia de compra com receitu rio agron mico atrav s de determina es de uma negocia o pol tico representativa ou legislativa Essa alternativa exigiria a montagem se uma estrutura de fiscaliza o que oneraria o poder publico na consecu o da pol tica de controle J um imposto verde que afetar a negocia o econ mica adequadamente quantificado na negocia o pol tica direta ou pol tico representativa poderia obter a mesma solu o com nus menor de fiscaliza
68. o da distribui o e cobran a dos usu rios era efetuada pela CEDAE mas devido a forte press o pol tica e apatia da popula o por n o estarem satisfeitos com o servi o da empresa n o criaram nenhuma obje o com a troca da administra o para a Concession ria guas de Niter i que segundo fatos publicados em jornais foi uma posse com atritos pois os antigos administradores n o queriam abandonar a sede foi necess rio inclusive a interven o policial para que a atual Concession ria viesse a tomar posse Partindo do indicativo como mencionado anteriormente que Niter i n o possui rios e guas subterr neas de qualidade e em quantidade para o abastecimento de sua popula o e a inviabilidade sobre a quest o custo e beneficio para a adequa o da mesma para o consumo humano vislumbra se um futuro caos para o munic pio Visto que a fonte fornecedora situa se no munic pio de Cachoeiras de Macacu e atrav s dos rios Macacu e Guapia u e estes mesmos s o direcionados para a ETA Imunana Laranjal situada no munic pio de S o Gon alo onde a gua recebe todo o tratamento necess rio para o consumo de v rios outros munic pios tais como Niter i S o Gon alo Paquet e Itabora Como demonstrado no presente trabalho a popula o no munic pio de Niter i est crescendo devido ao crescimento populacional dentro do munic pio por migra o Devido o munic pio ser considerado o 1 lugar em qualidade de vida no Estado do Ri
69. o desinteresse de cumprir acordos estabelecidos com o M xico demonstra nesta atitude ego sta e pretensiosa de uma na o que passa por uma grave crise econ mica e n o esta interessada em tomar medidas que afetem sua produ o interna Por m ao analisarmos as rela es estadunidenses com seu vizinho ao norte o Canad notamos diferen as significativas no que diz respeito a qualidade e explora o dos recursos h dricos bilaterais Os Grandes Lagos situam se na fronteira entre os dois paises e apesar de sua enorme extens o e import ncia nunca foram motivos de desaven as entre os dois governos O Canad um pa s riqu ssimo em gua respons vel por 6 do escoamento global anual Seus habitantes s o o segundo maior consumidor per capta de gua do mundo perdendo apenas para a popula o estadunidense Apesar do alto ndice de utiliza o deste z recurso a popula o canadense extremamente preocupada com quest es ambientais 106 possuindo grupos ambientalistas t o expressivos quanto os existentes na Escandin via e Alemanha Na d cada de 90 quando se cogitou a exporta o de gua canadense estes grupos atrav s de suas representa es pol ticas oficiais barrou tal proposta j que esta medida levaria ao rebaixamento dos n veis de gua dos Grandes Lagos Apesar desta atividade econ mica ser considerada lucrativa um litro de gua vale um d lar no mercado internacional enquanto 1 litro de petr leo vale
70. o morador vinha utilizando o beneficio Qual a estat stica do consumo desta natureza R A estat stica de um numero pequeno Qual o valor pago pelas guas de Niter i a CEDAE por metro c bico de gua R O valor pago de 0 30 por m3 O que consideramos um valor elevado Com rela o a cobran a da gua o que realmente cobrado R E cobrado pelo consumo de gua atrav s de hidr metros onde cada morador paga o que realmente utiliza de gua tratada 180 9 2 An lise da infra estrutura do munic pio de Niter i Tendo como refer ncia o conceito de Desenvolvimento Humano o Instituto P lis construiu a partir de informa es censit rias o ndice Municipal que congrega ndices sint ticos de Renda Alfabetiza o Habita o e Ambiental Relacionou os 187 munic pios que em 1991 tinham mais de 100 mil habitantes que representavam apenas 4 do total dos munic pios perfaziam 48 da popula o brasileira Dentre estes munic pios Niter i ocupa a quarta posi o no ndice Municipal somente abaixo de Santos S o Caetano e Ribeir o Preto A constru o destes ndices considerou a composi o dos seguintes indicadores Renda media dos chefes de domicilio em sal rios m nimos Censo demogr fico de 1991 Porcentagem dos chefes de domicilio com renda mensal de at dois sal rios m nimos Niter i ocupa a quarta posi o no ndice de Renda somente abaixo de Santos S o Caetano do S
71. os continentes dos quais aproximadamente 74 200 Km evapotranspiram retornando atmosfera em forma de vapor 42 600 Km formam o 30 escoamento superficial e 2 200 Km formam o escoamento subterr neo Assim esses 42 600 Km constituem em m dia o limite m ximo de renova o dos recursos h dricos em um ano Executando o balan o dessas informa es nota se que o ciclo hidrol gico realmente um sistema fechado Dos 119 000 Km ano precipitados sobre os continentes 74 200 Km ano 62 retornam atmosfera e 44 800 Km ano 38 escoam at os oceanos nos oceanos o volume precipitado de 458 000 Km ano enquanto a evapora o de 502 800 Km ano o que gera um excedente de vapor d gua na atmosfera de 44 800 Km ano Portanto nota se que o volume de gua que escoa dos continentes para os oceanos igual ao valor que retorna dos oceanos para os continentes Figura 1 Ciclo Hidrol gico Introdu o ao Gerenciamento de Recursos H dricos p 67 Contudo uma grande preocupa o em rela o renova o da gua est em rela o a ela ser considerada um recurso renov vel devido sua capacidade de recompor em quantidade principalmente pelas chuvas e por sua capacidade de absorver poluentes Por m a classifica o de recurso renov vel para a gua limitada pelo uso que vai pressionar a sua disponibilidade pela quantidade existente e pela qualidade apresentada O ciclo hidrol gico
72. os meios de coloc lo em pr tica e mant lo atualizado A Lei Federal de 1965 autoriza ainda a concess o de empr stimos a juros especiais aos estados ap s aprova o do conselho de recursos h dricos A grande autonomia dos estados faz com que o gerenciamento dos recursos h dricos nos Estados Unidos tenha muitas dificuldades para utilizar a bacia hidrogr fica como unidade 86 No caso brasileiro a autonomia dos estados somente nas bacias estaduais quando a bacia federal ou seja passa por mais de um estado compete a uni o atrav s da Agencia Nacional de Aguas criar o comit de bacias Iraque Um complexo sistema institucional foi estabelecido para cuidar do planejamento e gerenciamento dos recursos h dricos desenvolvimento agr cola e quest es da terra O sistema dirigido pelo Conselho de Alta Agricultura que gerencia tr s importantes institui es 1 minist rio da Irriga o a maior corpora o relacionada ao gerenciamento e planejamento de recursos h dricos 2 Minist rio da Agricultura e Reforma Agr ria respons vel pelo planejamento do desenvolvimento agr cola 3 Organiza o Estatal para Solos e Quest es de Terra respons vel pela avalia o da capacidade do solo e quest es fundi rias O gerenciamento de recursos h dricos no Iraque centralizado e n o abrange todas as entidades que operam com recursos h dricos o que torna fr gil o sistema Outro ponto complicador refere se
73. ria de guas do Para ba S A Concession rias de guas do Imperador S A Site http www cide rj gov br bancodados infra htm 2002 Agua recebida 1 700 litros por segundo Economia Faturada s o as unidades prediais caracterizadas segundo crit rios para efeito de cobran a de tarifa Tabela 13 Economias faturadas de Niter i Cachoeiras de Macacu e S o Gon alo Como podemos analisar os munic pios s o bem diferentes em suas caracter sticas populacionais e na quest o das liga es faturadas de gua O que demonstra haver um consumo muito maior nos munic pios que usufruem a gua do que propriamente o munic pio fornecedor A diferen a na infra estrutura econ mica tamb m visto que s Niter i possui 138 ind strias contra apenas 2 em Cachoeiras de Macacu Sabemos que hoje existe uma preocupa o muito grande com a polui o dos recursos h dricos e que tamb m as ind strias s o grandes respons veis pela polui o de diversos mananciais Os munic pios precisam criar emprego para os seus moradores mais de que forma isto poder ser feito sem prejudicar a qualidade ambiental Sem 165 comprometer milhares de pessoas que necessitam deste recurso Ser justo impedir o desenvolvimento do munic pio em beneficio dos demais munic pios Entrevista realizada em 10 06 2002 com o Secret rio do meio Ambiente em Cachoeiras de Macacu Sr Antonio Rossi M Bastos o mesmo afirmou que gostaria que os munic pios qu
74. s culo XVIII j existia uma perspectiva ecol gica era uma vis o integradora como os elementos naturais s o interdependentes ao destruir parte do sistema danifica se o resto Esta vis o ficou conhecida como Economia da Natureza Na virada do s culo XIX para o s culo XX com tecnologias industriais e abertura de novas fronteiras a devasta o e a urbaniza o aumentaram e consegiientemente aumentaram tamb m os problemas ambientais Na segunda metade do s culo XX o processo hist rico social assumiu caracter sticas que deram nova conforma o ao ambiente na vida dos homens A ci ncia particularmente a pesquisa tanto pura quanto sobretudo a aplicada e posta cada vez mais a servi o da descoberta de novas t cnicas quase exclusivamente voltadas para a produ o a tecnologia ci ncias da t cnica De modo geral a ci ncia direciona se para o setor produtivo produ o de agrot xicos armas rem dios brinquedos e outros bens nem sempre necess rios ao homem Os bens produzidos tornaram se obsoletos e cada vez mais com prazo mais curto impondo sua substitui o por outros mais modernos Isso ocasiona maior consumo de recursos naturais refor ado pela vis o cada vez mais aprofundada da natureza t o somente como manancial disposi o dos homens Ao mesmo tempo em que a natureza cada vez mais usada s vezes esgotada e n o raro destru da em alguns lugares o espa o produzido pelos homens torna se sempre mais 4
75. tipologia ao uso das edifica es e ao parcelamento do solo considerados ainda os aspectos socioecon micos e f sicos em especial as bacias hidrogr ficas Regi es de Planejamento do Munic pio de Niter i S o Gon alo Legenda h j Regi o popula o y Mumia C Pendotiba 47 682 Ga DO Leste 4 752 pore n E Oce nica 43727 q EH Praias da Baia 193 829 Ba a da CANTAGALO Guanabara EE Norte 160 374 Total 450 364 hab Fonte IBGE 1996 N Maric 6000 Kilometers PP Fonte PMN Secretaria de Ci ncia e Tecnologia Divis o em Regi es de Planejamento Plano Diretor Lei n 1157 92 Figura 7 Mapa das Regi es de Planejamento do Munic pio de Niter i 125 A Regi o das Praias da Ba a composta pelos bairros de Boa Viagem Cachoeiras Charitas Centro Bairro de F tima Gragoat Icara Ing Jurujuba Morro do Estado P Pequeno Ponta D Areia Santa Rosa S o Domingos S o Francisco Viradouro e Vital Brazil Esta situada no entorno da ba a de Guanabara possuindo 195 028 habitantes SEICITEC PMN 1996 distribu dos em uma rea de 21 62 Km2 a regi o mais populosa e mais densa do munic pio O seu maior crescimento se deu entre as d cadas de 50 e 70 apresentando hoje uma das menores taxas de crescimento demogr fico anual 0 36 A Regi o Norte possui 159 947 habitantes SECITEC PMN 1996 e uma rea de 21 85 Km2 esta situada entre a ba a de Guanabara e o muni
76. um liquido incolor sem cheiro ou sabor essencial vida Ou seja a gua doce existente no globo terrestre um dos recursos mais importantes para a humanidade Para explicar a exist ncia da gua na Terra duas hip teses s o admitidas a primeira baseia se no aprisionamento pelo planeta de um grande n mero de cometas que s o formados principalmente de gelo Tais cometas tiveram sua origem fora do Sistema Solar a partir de nuvens interestelares de poeiras e part culas de gua no estado s lido Grande n mero deles teriam sido atra dos para dentro de nosso sistema planet rio gra as essencialmente for a gravitacional dos planetas de grande massa como J piter e Saturno Da a rbita alongada que os caracteriza ainda hoje e que os faz passear por entre os planetas desde os mais distantes at as proximidades do Sol retornando em seguida para os confins do Sistema Solar BRANCO 2000 De quando em quando alguns deles passam muito pr ximo de um planeta desestabilizando sua trajet ria e vindo a chocar se com a superf cie em consegii ncia de sua influ ncia gravitacional Isso teria originado em pocas mais primitivas do Sistema Solar em forma o um verdadeiro bombardeio dos planetas com n cleos de gelo dos cometas Esse bombardeio teria coincidido com um certo grau de arrefecimento j permitindo que a gua neles contida n o mais desintegrasse permanecendo ent o prisioneira foi o que provavelmente ocorreu na Terr
77. valor 71 incentivar a racionaliza o do uso da gua e obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e interven es contemplados nos Planos de Recursos H dricos art 19 incisos I II e IN Criou o Sistema de Informa o sobre Recursos H dricos de forma a organizar a coleta o tratamento o armazenamento e a recupera o de informa es sobre recursos h dricos e fatores intervenientes em sua gest o art 25 Para o correto funcionamento deste Sistema de Informa o a lei estabeleceu tr s Princ pios B sicos Princ pio da Descentraliza o da Obten o e Produ o de Dados de Informa es Principio da Coordena o Unificada do Sistema de Informa es e o Principio do Acesso aos Dados e Informa es para toda a sociedade art 26 incisos I II II Os objetivos do Sistema Nacional de Informa es sobre Recursos H dricos s o I reunir dar consist ncia e divulgar os dados e informa es sobre a situa o qualitativa e quantitativa dos recursos h dricos no Brasil II atualizar permanentemente as informa es sobre disponibilidade e demanda de recursos h dricos em todo territ rio nacional II fornecer subs dios para elabora o dos Planos de Recursos H dricos art 27 incisos I II HJ Criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos com os seguintes objetivos coordenar a gest o integrada das guas arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recur
78. vertente t cnica Ajudar a preservar recuperar a qualidade e a conserva o da gua seja de superf cie superficial e subterr nea Contribuir na gest o das tens es oriundas de conflitos relativos utiliza o dos recursos h dricos a fim de estabelecer a paz social valorizando as potencialidades advindas desse recurso beneficiando cada um bem como a totalidade dos homens e finalmente propor que uso do potencial h drico em territ rio fluminense tendo por meta o crescimento econ mico uma gest o eficiente e participativa da popula o envolvida sem aceitar interven es consideradas atentat rias soberania nacional Os caminhos percorridos para atingir os objetivos propostos foram os de seguir as seguintes estrat gias Depois de ouvida a vertente t cnica PLANO DIRETOR DA CEDAE utilizando se do arcabou o jur dico foi feita avalia o da conjuntura do fornecimento e distribui o da gua para finalmente elaborar cen rios Analisou se os novos paradigmas tais como sustentabilidade desenvolvimento auto sustent vel gua como sendo um bem p blico finito e de valor econ mico e com gest o descentralizada foi poss vel mostrar novos caminhos para assegurar o uso social da gua A partir da avalia o da conjuntura municipal Plano Diretor foi verificado se os objetivos estabelecidos pelo poder decis rio correspondem aos interesses da sociedade e do bem comum norteado pelas leis Lei Federal 9433 97 e Lei E
79. 0 A retirada sem preocupa o com o meio ambiente acarreta entre outros danos o surgimento de buracos no leito dos cursos d gua destrui o da mata ciliar desbarrancamento das margens elevada turbidez das guas aprofundamento da calha dos rios com a consegiiente modifica o na drenagem das terras marginais e o afloramento das funda es de pontes dentre outros malef cios Em alguns trechos do Macacu suas guas s o captadas para irriga o da lavoura e tamb m para a cria o de peixes sob orienta o de t cnicos da Emater Rio Em Cachoeiras de Macacu ocorrem pequenos empreendimentos de engorda de peixes para venda e destinada ao sistema pesque pague que deve ser controlada para evitar danos ambientais 4 4 USO DO SOLO E DA GUA NA BACIA Como mencionou se anteriormente os ecossistemas foram duramente afetados pelas a es antr picas seja derrubada de rvores para aproveitamento do solo para a agricultura ciclo do caf e da cana de a car ou para a produ o de lenha para alimentar os fornos das olarias seja ainda as obras de modifica o da rede fluvial retifica es alargamento e ou aprofundamento da calha e desvio de curso de rio Para conter a devasta o conta se atualmente com diversos diplomas legais incluindo leis e decretos de car ter geral e aqueles espec ficos para prote o de determinadas reas Assim na rea de abrang ncia da Bacia do Rio Macacu tem se a Esta o Ecol gica Par
80. 2 etapa da obra da Esta o de Camboinhas de atingir 58 000 habitantes aumentando para 17 do esgoto tratado A grande alternativa na melhoria da distribui o da gua no munic pio est relacionada com o investimento continuo nas perdas dentro da rede de distribui o j que conhecida a indisponibilidade de outra fonte de gua para o abastecimento do munic pio Para a Concession ria guas de Niter i resta abastecer apenas 2 do total do munic pio restando apenas os dois bairros Rio do Ouro e V rzea das Mo as estudos de identifica o geol gica da regi o est o sendo realizados por t cnicos da Universidade Federal Fluminense UFF e ter in cio as obras de perfura o imediatamente esta obra est sendo realizada para a implementa o de po os artesianos na regi o e tamb m a constru o de um reservat rio para captar e tratar a gua para ser feita a distribui o da gua para a popula o Aproximadamente ser o atendidos 4 5 mil moradores da regi o ser o constru dos quatro po os artesianos e um reservat rio de 500 mil litros para onde a gua ser bombeada sua distribui o correr atrav s de 35 quil metros de tubula o Com esta obra ser resolvido um antigo impasse entre a Concession ria e a CEDAE Para que os bairros V rzea das Mo as e Rio do Ouro tivessem gua encanada a CEDAE precisaria construir a sexta linha adutora da Esta o de Tratamento Imunana Laranjal em S o Gon alo O Flum
81. 25 representa 80 enquanto nos adultos a quantidade de gua varia de acordo com a quantidade de gordura do organismo o corpo das mulheres possui mais gordura e menos gua do que os dos homens muito curiosa a capacidade que os nossos rg os tem de manter as condi es do meio interno em situa es ambientais alimentares e metab licas bastante diferenciadas essa const ncia na composi o e no tamanho dos meios l quidos do organismo fundamental para a vida O corpo humano possui 70 do seu peso formado de gua a import ncia da gua para os seres vivos reside no fato de todas as subst ncias por eles absorvidos e todas as rea es do seu metabolismo serem feitas por via aquosa Isso acontece porque al m de ser quimicamente neutra possui a propriedade de dissolver um n mero muito grande de subst ncias qu micas minerais e org nicas s lidas liquidas ou gasosas facilitando assim a sua penetra o atrav s das membranas celulares e o seu transporte por todo o organismo nossas fun es org nicas necessitam da gua para o seu bom funcionamento Em m dia um homem tem aproximadamente 47 litros de gua em seu corpo Diariamente ele deve repor cerca de 2 litros e meio de gua em seu organismo pois quando ele perde l quido aumenta a concentra o de s dio que se encontra dissolvido na gua ao perceber este aumento o c rebro coordena a produ o de horm nios que provocam a sede e se n o beber gua o organismo e
82. 7 artificial ou seja a rela o do homem com a natureza passa a ser medida pelas conquistas da t cnica alimentada pela ci ncia Isso acontece principalmente nas grandes cidades que materializam no espa o o melhor modelo do atual estagio da civiliza o Nessas condi es milh es de homens vivem distanciados da natureza dela s se percebendo em raras ocasi es Junto com o distanciamento da natureza a revolu o nas comunica es alterou profundamente as no es de tempo e de dist ncia a quase instantaneidade nas transmiss es de palavras sons e imagens por cabo fibra tica ou sat lite tornam o mundo muito menor com uma aparente proximidade entre as pessoas Por outro lado esse mundo dominado pela ci ncia e pela t cnica exige do homem um conhecimento cada vez maior para poder operar um sem n mero de aparelhos atrav s dos quais realiza suas atividades vitais trabalhar estudar transportar se e divertir se Nessas condi es o atual espa o produzido pelos homens constitui um ambiente de vida que pode ser chamado de meio tecno cientifico De acordo com Milton Santos 1985 A fase atual da hist ria da humanidade marcada pelo que se denomina de revolu o t cnico cient fico frequentemente chamada de per odo t cnico cient fico Em fases anteriores as atividades humanas dependeram da t cnica em todos os aspectos da vida social A preocupa o da sociedade com o crescimento e o desenvolvimento de seus pa
83. 992 Diante deste quadro discutir a educa o ambiental em nossa realidade implica pensar e agir sobre a educa o como um todo com vistas ao exerc cio pleno da cidadania F RUM DE ONGS BRASILEIRAS 1992 A Educa o Ambiental a partir do estudo realizado com bacias hidrogr ficas rompe na sua origem com a dicotomia entre sociedade e natureza entre trabalho alienante e alienat rio pois n o h como compreender e buscar alterar os processos e as for as atuantes na produ o do espa o sem se romper com valores dominantes e trabalhos para a constru o de novas formas de viver e aprender com criatividade e prazer RAVAGNANI et al 2000 A bacia hidrogr fica pode ser considerada uma unidade de estudo e como tal deve possibilitar a implanta o e execu o em sua rea de projetos programas de Educa o 58 Ambiental de gest o e planejamento que visem reverter o quadro de empobrecimento do meio RAVAGNANI et al 2000 Para facilitar essa empreitada e muitas outras em mat ria ambiental foi editada a Lei n 9 795 de 27 de abril de 1999 que disp e sobre Educa o Ambiental e institui a Pol tica Nacional de Educa o Ambiental Espera se que a m dio e longo prazo possamos obter resultados da aplica o desta lei Caubet amp Frank 1993 perceberam que o grande desafio do planejamento ambiental em bacia hidrogr fica combinar o desenvolvimento de solu es t cnico ecol gicas apropriadas com o processo
84. A Funda o para Inf ncia e Adolesc ncia GRULAC Grupo Latino Americano e do Caribe IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renov veis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica ICID Impacto das Varia es Clim ticas das Regi es semi ridas ICMS Imposto sobre Circula o de Mercadorias e Servi o ICV ndice de Condi o de Vida IDH ndice de Desenvolvimento Humano IDH M ndice de Desenvolvimento Humano Municipal IGE Infraestrutura para Grandes Empreendimentos IPLAN RIO Instituto de Planejamento da Cidade do Rio de Janeiro IPP Instituto Pereira Passos IQM ndice de Qualidade Municipal IQV ndice de Qualidade de Vida IUCN International Union for the Conservation of Nature JICA Japan International Cooperation Agency LIGHT Servi o de Eletricidade S A MMA Minist rio do Meio Ambiente OMM Organiza o Meteorol gica Mundial ONG Organiza o N o Governamental PCH Pequenas Companhias Hidrel tricas PDBG Programa de Despolui o da Baia de Guanabara PESAGRO Empresa de Pesquisa Agropecu ria PIB Produto Interno Bruto PITT Plano Integrado de Transito e Transporte PLANAGUA Planeta gua Hidrogeologia Ltda PMN Prefeitura Municipal de Niter i PNA Palestinian National Authority PNUD Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento PROCON Funda o de Prote o e Defesa do Consumidor PROEX
85. BGE contabilizou 26 favelas na cidade no Censo de 1991 e na Contagem da popula o de 1996 foram descritas 25 favelas em 34 setores considerados em aglomeradas subnormais Para o Censo Demogr fico 2000 ser o consideradas 43 favelas correspondentes a 73 setores censit rios em aglomerados subnormais O bairro do Fonseca o que apresenta o maior percentual 19 05 seguido pelo Morro do Estado 13 76 este ltimo um bairro totalmente inclu do no Setor Censit rio identificado como aglomerado subnormal Pesquisas recente realizadas pelo IBGE levantados no Censo 2000 constataram que o n mero de favelas em Niter i aumentou 45 nas duas ltimas d cadas Em 1980 o munic pio tinha 34 445 pessoas vivendo em comunidades carentes Em 2000 o n mero chegou a 50 020 O crescimento percentual foi quase tr s vezes maior do que o aumento populacional na cidade que no mesmo per odo passou de 397 123 para 459 451 15 7 Uma das principais causas apontada para a faveliza o foi o aumento das desigualdades sociais e a falta de pol ticas de habita o De acordo com os dados do IBGE o numero de favelas no munic pio na d cada de 80 era de 26 comunidades Em 1996 os dados foram atualizados e o numero passou para 43 favelas Pelo plano Diretor no entanto as reas carentes da cidade j eram 72 em 1981 A favela do Prevent rio em Charitas considerada a maior comunidade carente de Niter i com 4 870 habitantes O Globo Niter i 28 04
86. IBAMA MEC Educa o Ambiental Projeto de Divulga o de Informa es sobre Educa o Ambiental Bras lia 1991 20p IBGE Manual T cnico de Vegeta o Brasileira Rio de Janeiro 1992 JAPIASSU H Interdisciplinaridade e Patologia do saber Rio de Janeiro Imago Editora 1976 KOHN M R Gest o Ambiental Os instrumentos b sicos para a gest o ambiental de territ rios e de unidades produtivas Rio de Janeiro ABES AIDIS 1994 284p LANNA A E Gerenciamento ambiental da bacia hidrogr fica conceitos e perspectivas no Brasil In Anais x Simp sio Brasileiro de Recursos H dricos Gramado RS ABRH nov 1993 Gerenciamento de bacia hidrogr fica Aspectos conceituais e metodol gicos Ibama Bras lia 1995 Instrumentos de Gest o das guas Vis es Laterais In Chassot A E Campos H Ci ncias da Terra e Meio Ambiente Di logos para inter a es no planeta Ed Unisinos 231 247 1999 LEIN 9433 97 Pol tica Nacional de Recursos H dricos LEI n 6 938 81 Pol tica Nacional do Meio Ambiente LIMA e SILVA P P GUERRA A J T e DUTRA L E D Subs dios para Avalia o Econ mica in Avalia o e Per cia Ambiental Sandra Baptista da Cunha Ant nio Jos Teixeira Guerra organizadores Rio de Janeiro Bertrand Brasil 1999 p 217 259 LOPES J B Antecipa o da Tutela e o art 273 do CPC Revista dos Tribunais S o Paulo SP RT n 729 jun 1996 LUCHINI A M 2000 Os desafios
87. Niter i em fun o do intenso processo de ocupa o e uso do solo a mais extensa das coberturas vegetais originais como a Mata Atl ntica uma floresta densa mida que ocupava boa parte do munic pio foi inteiramente destru da O que ainda existe uma mata secund ria em manchas isoladas sobre alguns maci os e colinas Das demais coberturas vegetais originais restinga mangue e brejo n o s o encontrados atualmente exemplares significativos Com tal grau de descaracteriza o o projeto RADAMBRASIL durante as d cadas de 1970 1980 criou um modelo te rico para reconstituir as vegeta es originais baseados 121 no levantamento e integra o dos par metros de pelo menos tr s componentes do macroambiente clima litologia e relevo A an lise integrada desses tr s elementos e a observa o da vegeta o primitiva remanescente comprovando o modelo te rico adotado bem como pesquisas bibliogr ficas de poca possibilitaram a identifica o dos compartimentos existentes na cobertura vegetal original regi es fitoecologicas forma es florestais e n o florestais forma es pioneiras e ref gios ecol gicos mangues restingas dunas e vegeta o de praias O munic pio era recoberto pela Floresta Ombr fila Densa apresentando pequenas manchas de forma es pioneiras Esta floresta perenif lia mais conhecida como Floresta Pluvial Tropical ocorre em reas com menos de 60 dias secos por ano e originalm
88. No Brasil dados do IBGE 1991 revelam que 61 da popula o utiliza gua subterr nea 6 de po os rasos 12 de nascentes e 43 de po os profundos A atual demanda h drica mundial representa 41 do recurso total dispon vel 14 000 Km3 ano Se o valor m dio global atual de demanda h drica for mantido constante 998 m3 hab ano e considerando uma taxa geom trica de crescimento populacional de 1 6 ao ano a quantidade de gua dispon vel a n vel global estar totalmente comprometida em 2 053 NETO 1997 Essa previs o pessimista n o significa dizer que a crise da gua ser generalizada em raz o da desigual distribui o de gua no tempo e no espa o bem como de suas demandas Portanto percebe se que no futuro teremos menos gua dispon vel para uso pois as demandas para abastecimento domestico irriga o e consumo industrial v m aumentando em taxas geom tricas com pouca preocupa o em se combater o desperd cio e racionalizar os usos em termos de quantidade e qualidade No Estado do Rio de Janeiro o potencial h drico de 930 m3 s correspondente a 0 4 do total do pa s e 2 169 m3 hab ano a demanda h drica de 467 5 m3 s em uma 44 porcentagem de 22 0 e consumo de 421 m3 hab ano existe seis sistemas integrantes para o abastecimento de gua dos munic pios integrantes da bacia da baia de Guanabara Sistema Integrado do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense Guandu Ribeir o das Lajes e Acari Sistema Integ
89. OREST Porto Seguro Bahia p 575 2000 ALMEIDA F G Impactos Ambientais Urbanos em Sorriso MT Rio de Janeiro Bertrand 2001 Territ rio Territ rios Programa de P s Gradua o em Geografia PPGEO UFF AGB Niter i 2002 284 p ALMEIDA L T Pol tica ambiental uma an lise econ mica S o Paulo Papirus 1998 ASSIS R B Gerenciamento de Bacias Hidrogr ficas Descentraliza o In Tauk Tornisielo S M et al ed An lise ambiental estrat gias e a es Rio Claro Queiroz 1995 p 122 129 BANCO MUNDIAL Capim vetiver a barreira vegetal contra a eros o Banco Mundial Washington D C 1990 pp 78 p g BECKER B K A Des Ordem Global o Desenvolvimento Sustent vel e a Amaz nia IN Geografia e Meio Ambiente no Brasil S o Paulo Rio de Janeiro HUCITEC CNB UGI 1995 BOFF L Ecologia Grito da Terra Grito dos Pobres S o Paulo tica 1995 BORGES V et al Desenvolvimento sustent vel dos recursos h dricos no Brasil Niter i Trabalho apresentado disciplina de Reda o Cient fica do Programa de P s Gradua o em Ci ncia Ambiental 2001 BORGES W H Decis o Social e Decis o Jur dica Uma teoria cr tico 172 historicista Ed Germinal S o Paulo 2000 387p BRANCO S M gua Origem uso e preserva o S o Paulo Moderna 1993 Cole o pol mica 71p BRASIL 1997 Minist rio do Meio Ambiente dos Recursos H dricos e da Amaz nia Legal Lei 9 433
90. Pr Reitoria de Extens o PRONI Programa Nacional de Irriga o PROPP Pr reitoria de Pesquisa e P s Gradua o PUR Planejamento Urbano Regional QMA Qualidade da M o de Obra RFPC Renda Familiar Per Capita RIQ Riqueza e Potencial de Consumo RO Regi o Oce nica SEBRAE Servi o Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SECITEC Secretaria de Ci ncia e Tecnologia SEMA Secretaria Estadual de Meio Ambiente SENAC Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial SENAI Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SERLA Superintend ncia Estadual de Rios e Lagoas SINICON Sindicato da Ind stria da Constru o Pesada SM Sal rio M nimo SNRH Secretaria Nacional dos Recursos H dricos SRH Secretaria dos Recursos H dricos SUDENE Superintend ncia para o Desenvolvimento do Nordeste UFF Universidade Federal Fluminense UGRHI Unidades de Gerenciamento dos Recursos H dricos UNESCO Organiza o das Na es Unidas para Educa o Ci ncia e Cultura Fig 1 Fig 2 Fig 3 Fig 4 Fig 5 Fig 6 Fig 7 Fig 8 Fig 9 Fig 10 Fig 11 RELA O DE FIGURAS Ciclo Hidrol gico f 30 Mapa de Distribui o de gua pot vel no Brasil por regi es f 38 Disponibilidade H drica Subterr nea f 40 Mapa Esquem tico do Aq fero Guarani f 42 Mapa dos limites territoriais do Munic pio de Niter i f 110 Mapa Hidrol gico do Munic
91. Sul O Brasil possui 8 da gua pot vel do mundo a sua disponibilidade est distribu da de forma desigual entre suas regi es de acordo com Neto 1997 Distribui o de gua pot vel no Brasil por regi es E Regio Sul 104 Regi o Sudeste 054 Regi o Centro Oeste 10 32 Regi o Nordeste 0S8 MM Fog o Noto 87 2 N f f 18 Kilometers m Fonte NETO R FM Agua para desenvolvimento sustentado Adaptado por Gustavo Mota de Sousa e V ria Borges Figura 2 Distribui o de gua pot vel no Brasil por regi es O Brasil tem uma posi o privilegiada perante a maioria dos pa ses quanto ao seu volume de recursos h dricos por m mais de 73 da gua doce dispon vel do pa s encontra se na Bacia Amaz nica que habitada por menos de 5 da popula o Portanto 27 dos recursos h dricos brasileiros est o dispon veis para 95 da popula o ANA 2001 Segundo informa es b sicas sobre as bacias hidrogr ficas brasileiras SH ANELL 1999 o Brasil possui oito bacias hidrogr ficas caracterizadas da seguinte forma 39 BACIA rea Popula o Densidade Vaz o Disponibilidade Disponibilidade HIDROGR FICA Habkm m s H drica Per Capita m hab ano 10 Hab Km ano km Amaz nica 3 900 45 8 6 687 893 4 3 1 7 133 380 4206 73 2 628 940 Tocantins 757 8 9 3 503 365 2 2 4 6 11 800 372 6 5 106 220 Atl nt
92. UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO DE ESTUDOS GERAIS INSTITUTO DE GEOCI NCIAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE P S GRADUA O EM GEOGRAFIA CONFLITOS NA GEST O DOS RECURSOS H DRICOS NO MUNIC PIO DE NITER I A QUEST O DO USO SOCIAL DA GUA V NIA TEIXEIRA BORGES DE LIMA Orientador Prof Dr Flavio Gomes de Almeida Disserta o de mestrado em geografia com rea de concentra o em ordenamento ambiental Julho de 2003 UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO DE ESTUDOS GERAIS INSTITUTO DE GEOCI NCIAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE P S GRADUA O EM GEOGRAFIA Mestrado em geografia com rea de concentra o em ordenamento ambiental V NIA TEIXEIRA BORGES DE LIMA CONFLITOS NA GEST O DOS RECURSOS H DRICOS NO MUNIC PIO DE NITER I A QUEST O DO USO SOCIAL DA GUA NITER I 2003 V NIA TEIXEIRA BORGES DE LIMA CONFLITOS NA GEST O DOS RECURSOS H DRICOS NO MUNIC PIO DE NITER I A QUEST O DO USO SOCIAL DA GUA Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Geografia do Instituto de Geoci ncias Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos necess rios a obten o do grau de mestre Orientador Prof Dr Fl vio Gomes de Almeida NITER I 2003 L732 Lima V nia Teixeira Borges de Conflitos na gest o dos recursos h dricos no munic pio de Niter i a quest o do uso social da gua V ni
93. XX os Estados Unidos pressionados pelo governo mexicano aceitaram que fossem determinados limites m nimos de gua a alcan arem o territ rio do M xico Por m n o se pensou na qualidade que estas guas chegariam ao pa s Na d cada de 70 o governo mexicano novamente interveio exigindo desta vez uma melhor qualidade da gua proposta aceita pelos Estados Unidos que na poca passava pela crise do petr leo e tornava se cada vez mais dependente das fontes petrol feras mexicanas O rio Grande outro rio que nasce nas montanhas Rochosas estadunidenses forma a fronteira natural que divide o territ rio dos Estados Unidos com o M xico e finalmente des gua no Golfo do M xico Este tamb m enfrenta os mesmos problemas de baix ssimos fluxos e alt ssimos n veis de polui o causados principalmente pelas ind strias maquiladoras instaladas ao longo da fronteira dos dois pa ses Ele considerado um dos mais polu dos dos Estados Unidos e usado como descarga de materiais qu micos provenientes de atividades agr colas e industriais Apesar de acordos bilaterais pouco tem sido feito por parte do governo estadunidense em melhorar as condi es das guas do rio A despreocupa o norte americana nos assuntos relacionados ao meio ambiente esta se tornando uma caracter stica da pol tica externa deste pa s A n o assinatura do Tratado de Kyoto que prev a diminui o das emiss es de hidr xido de carbono para o pr ximo s culo e
94. a a figura das cortes judiciais especializadas em assuntos de recursos h dricos 84 No caso brasileiro temos como diferen a b sica um dos fundamentos da Lei a gest o descentralizada No Brasil a divis o para fins de planejamento dentro do limite das bacias hidrogr ficas e n o em regi es de planejamento Estados Unidos da Am rica Tomando se em conta as condi es clim ticas e mesmo as caracter sticas fisiogr ficas do territ rio dos Estados Unidos da Am rica verifica se que o rio Mississipi que corre aproximadamente na dire o norte sul divide o pa s em duas partes distintas Assim a leste o clima mido com as terras correspondendo a um ter o da superf cie total da na o enquanto que para oeste o clima predominantemente rido e semi rido nos dois ter os restantes do territ rio Com essas caracter sticas desde os tempos da coloniza o na parte oriental com a relativa fartura de gua e por outro lado na parte ocidental com a gua escassa o direito capta o era conferido a quem primeiro se apropriasse das fontes Em determinados estados especialmente em alguns que margeiam o rio Mississipi os dois sistemas eram praticados O somat rio de fatos descritos levou em 1965 publica o de uma Lei Federal relativa ao planejamento dos recursos h dricos que objetivava uma abordagem global dos problemas ligados ao uso da gua Ap s a publica o dessa lei e de acordo com seus
95. a BRANCO 2000 A segunda hip tese refere se pr pria forma o do nosso planeta de acordo com as teorias mais modernas a Terra assim como os demais planetas e sat lites se formaram a partir de uma massa de poeira c smica que constitu a uma esp cie de anel em torno do Sol o qual teria sido um dos primeiros n cleos de condensa o dessa mat ria c smica Nesse disco de poeira as part culas de mat ria chocando se umas com as outras come aram a formar corp sculos maiores como em um processo de coagula o a que os astr nomos deram o nome de acre o Os aglomerados que atingiram um tamanho grande passaram a atrair por for a de sua massa gravitacional um n mero cada vez maior de part culas que cresceram rapidamente constituindo os planetesimais Com o choque entre in meros planetesimais resultaram corpos imensos os planetas primitivos que continuaram a 27 receber o bombardeio de corpos de todos os tamanhos Isto testemunhado pelas crateras espalhadas pela superf cie dos planetas como Marte e Merc rio e dos sat lites como a Lua Certamente a Terra sofreu o mesmo processo por m esses vest gios foram apagados pelas guas abundantes com sua for a erosiva e uniformizadora da superf cie lembra se que gua um importante agente de denuda o do relevo Grande parte destes gr os que constitu am a poeira primitiva era formada de silicatos e outros minerais hidratados isto aqueles nos quais
96. a so e parte da Reserva da Mata Atl ntica do Parque Nacional da Serra dos rg os e da rea de Prote o Ambiental APA de Petr polis hoje transformados no Parque Estadual dos Tr s Picos 141 Segundo dados EMATER RIO 1996 ao que se refere agricultura as terras baixada e colinas As principais culturas s o aproveitadas na Bacia do Rio Macacu s o da ordem de 900 Km e abrangem as reas de Principais Explora es Agr colas da Bacia do Rio Macacu Explora o rea ha Pastagens 53 040 Forrageiras de cortes 1 591 Arroz 22 Abobrinha 32 Aipim 142 Banana 2 292 Batata doce 171 Berinjela Jil 126 Chuchu 20 Coco verde 220 Feij o 121 Goiaba 125 Inhame 509 Citros laranja lim o tangerina 829 Maracuj T1 Maxixe Pepino 97 Milho verde 313 Piment o 46 Quiabo 413 Vagem 35 Total 60 821 Fonte EMATER RIO 1996 Tabela 7 Principais Explora es Agr colas da Bacia do Rio Macacu S o observados nestas reas de aproveitamento agr cola os seguintes problemas com rcio e uso de diferentes tipos de agrot xicos por qualquer usu rio uso de equipamentos inadequados dosagens excessivas com mistura de diversos ingredientes ativos vulgarmente chamados de coquetel despejos das sobras das caldas e lavagens dos equipamentos de aplica o nos c rregos e nascentes que passam pelas propriedades 142
97. a Teixeira Borges de Lima Niter i s n 2003 198 f Disserta o Mestrado em Geografia Universidade Federal Fluminense 2003 1 Gest o de recurso h drico 2 Gest o ambiental 3 Consumo de gua I T tulo CDD 333 91098153 V NIA TEIXEIRA BORGES DE LIMA CONFLITOS NA GEST O DOS RECURSOS H DRICOS NO MUNIC PIO DE NITER I A QUEST O DO USO SOCIAL DA GUA Disserta o Apresentada ao Programa de P s Gradua o em Geografia do Instituto de Geoci ncias Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos necess rios a obten o do grau de mestre Aprovada em 14 de julho de 2003 BANCA EXAMINADORA Prof Dr Fl vio Gomes de Almeida orientador Prof Dr Antonio Jos Teixeira Guerra Universidade Federal do Rio de Janeiro Prof Dr Jorge Luiz Barbosa Universidade Federal Fluminense Niter i 2003 AGRADECIMENTOS A Fl vio Gomes de Almeida pela dedica o paci ncia e sabedoria com que ministrou a orienta o para a elabora o da presente disserta o Wagner Hil rio Borges pela presen a pelo estimulo e pela ajuda log stica para a realiza o deste projeto DEDICAT RIA Dedico este trabalho a mem ria do meu irm o Wilson Hil rio Borges pelo espelho que foi em minha vida e aos meus filhos e neto Cec lia Raquel Alexandre e Artur raz o motivadora de minha vida Dedico tamb m a Arlinda Teixeira Borges minha m e
98. a at a sua forma original quase sempre necessita de grandes reas e isso pode tornar muito dif cil praticamente imposs vel de se realizar se esses rios estiverem em reas urbanas pois geralmente as constru es tomam conta de toda a margem do rio e muitas vezes em determinados locais dentro do leito do rio Por m sempre h possibilidades de melhorar a situa o ecol gica de rios retificados atrav s de projetos de revitaliza o seguindo as seguintes medidas para rios que estejam fora dos grandes centros urbanos permitir que o rio desenvolva um curso mais natural e volte a formar meandros Depois de um certo tempo os processos erosivos fluviais se estabilizariam e assim facilitariam o ressurgimento da biota e consequentemente a revitaliza o do rio 36 A mata ciliar melhora as condi es ecol gicas hidrol gicas e morfol gicas Por isso nesses trechos de rios deve se proteger ou plantar mata de esp cies nativas Em geral utiliza se uma faixa com largura m nima de trinta metros nas reas rurais para atendimento ao disposto no C digo Florestal Suspender as retiradas de areia para deter o aprofundamento do leito do rio Esse rebaixamento respons vel pela escava o das infra estruturas de pontes e outras obras tornando as inst veis PLANAGUA 2001 As condi es para uma revitaliza o de rios e c rregos em zonas rurais s o maiores do que em reas urbanas V rios rios em reas urbanas s o estran
99. a coletividade s s o parcialmente defendidos pelos representantes dos v rios servi os que det m apenas parte do conhecimento e da autoridade e que por isso sustentam posi es restritas e isoladas apenas excepcionalmente sujeitas a confronto A dificuldade portanto de natureza intr nseca e resulta da oposi o entre a diversifica o das utiliza es e das responsabilidades da gest o por um lado e a unidade do recurso por outro Um outro obst culo implementa o de uma Pol tica de Recursos H dricos esta relacionada com a inexist ncia de indicadores e par metros de degrada o que permitam uma avalia o das atividades e a es antr picas quanto aos efeitos que poder o causar Para Mendes 1991 indispens vel corrigir as situa es anteriores no sentido de a administra o ser representada por um nico interlocutor capaz de defender uma pol tica global que atenda em cada caso a todos os aspectos pertinentes Para tanto necess rio realizar reformas tendentes a estabelecer a concentra o de compet ncia e de autoridade em rela o aos problemas da gua num nico organismo ou em alternativa a promover uma coordena o das entidades e servi os intervenientes realizada em todos os n veis atrav s de uma estrutura adequada e faz as seguintes sugest es que acabaram sendo acatadas dentro da Lei 9433 97 74 A Deve existir no Estado um rg o colegiado para coordenar o gerenc
100. a combina o de uma nova tica relativa gua e do uso adequado de tecnologias criativas 2 4 3 Cidade x cidade Este o conflito que chamamos aten o para a realidade de Niter i Pelo fato de Niter i n o possuir mananciais de gua para capta o tratamento depende de outros munic pios fornecedores E o caso da Bacia do rio Macacu e Guapia u onde a cidade de 99 Cachoeiras de Macacu estar limitada ao seu crescimento econ mico caso tenha que se manter na condi o de rea preservada em seus mananciais Hoje alguns problemas de fornecimento j come am a acontecer tendo recentemente o Sistema Imunama Laranjal que reduzir em 25 a sua capacidade operacional deixando Niter i e S o Gon alo sem gua O crescimento desordenado provocando a ocupa o do solo por loteamentos clandestinos ou n o mas consentidos pelas autoridades em reas adjacentes a mananciais que se constituem em reservat rios para o abastecimento presente e futuro dos habitantes da regi o em parte respons vel pela polui o das guas desses mananciais Analisando o fator urbaniza o nos grandes aglomerados urbanos n o a popula o que impacta diretamente o meio mas atividades engendradas pelo setor produtivo que atraindo a popula o sobre ele despeja toda sorte de dejetos o ar polu do pelas ind strias os rios usados como via de esgotos domiciliares e industriais a eros o de terrenos ngremes a explora o im
101. a de pista dupla ferrovias no munic pio ou na sua proximidade aeroportos p blicos ou privados gasoduto exist ncia de linhas de transmiss o de energia el trica por potencia exist ncia de distrito condom nio parque ou p lo industrial 187 Dinamismo DIN Representa o dinamismo da economia local pela exist ncia de alguns servi os especializados e pelo n vel de suas atividades Informa es consideradas Taxa media geom trica de crescimento anual da popula o 91 96 pontos de bancos com atendimento 24 horas n mero de ve culos novos a partir de 1995 valor m dio das opera es de credito em agencias bancarias estimativa da taxa media de crescimento do PIB entre 1990 e 1996 Cidadania CID Representa o atendimento s necessidades b sicas da popula o do munic pio sa de educa o seguran a justi a e lazer Informa es consideradas N mero de matriculas no ensino b sico n mero de policiais civis e militares exist ncia de equipamentos culturais cinemas teatros museus e bibliotecas atendimento domiciliar de gua tratada lixo e esgoto sanit rio adequados institui es que lidam com quest es relativas ao direito dos cidad os PROCON Defensoria P blica O resultado obtido no ndice geral Niter i ocupa a segunda posi o sendo precedida pelo Rio de Janeiro com o qual forma o principal n cleo din mico do Estado Nos indicadores parciais ocu
102. a dos limites territoriais do Munic pio de Niter i Niter i est situada na orla oriental da Baia de Guanabara entre o mar e as encostas do maci o litor neo Fluminense 111 Funda o 22 de novembro de 1573 Habitantes Niteroiense Unidade da federa o Rio de Janeiro Altitude 3 metros Popula o 458 465 habitantes Densidade demogr fica 3 408 hab km Tabela 5 Dados sobre o Munic pio de Niter i Fonte CIDE 2000 3 2 Hist rico do Munic pio de Niter i O Munic pio de Niter i foi fundado em 22 de novembro de 1573 quando da tomada de posse da sesmaria doada pelo reino portugu s para o chefe da tribo dos Temimin s Arariboia que lutara juntamente com os portugueses contra os franceses Essas terras estendiam se do Gragoat regi o das barreiras vermelhas at o Maru o chefe temimin foi morar com sua tribo na terra recebida instalou sua aldeia no morro de S o Louren o onde podia avistar facilmente as regi es vizinhas e a entrada da baia de Guanabara e assim defender se contra prov veis inimigos Al m disso havia naquela poca um bra o de mar que chegava at as proximidades da atual Rua S o Louren o No morro S o Louren o foram constru das cabanas e uma pequena capela chamada de S o Louren o dos ndios l os jesu tas ensinavam os ndios a ler e a escrever e faziam o trabalho de catequese Os ndios temimin s plantavam pescavam fabricavam lou as de barro e
103. a gest o expressa um fato novo no planejamento a incorpora o do princ pio das rela es de poder ou seja da governabilidade superando escopo de administra o e das finalidades econ micas Resulta assim que a gest o se constitui como fundamento do planejamento da diferen a da possibilidade de competir o que pode significar formas mais democr ticas ou mais excludentes de representa o Terceira a difus o do modelo tende a ser inevit vel por raz es ticas e por imperativos econ micos e geopol ticos mas h que avaliar o seu significado para os paises perif ricos e semiperif ricos Para esses paises a n o adi o do modelo pode significar menor velocidade de recupera o econ mica e no caso das semiperiferias retrocesso posi o perif rica com agravamento das condi es sociais Mas a conscientiza o da necessidade de assumir um novo padr o de inser o na ordem mundial e nas melhores condi es poss veis exige tamb m a avalia o dos riscos contidos na passagem ao novo modelo Os riscos da importa o autom tica do novo modelo parecem ser Mais uma vez a importa o de um pacote negligenciando as particularidades de culturas saberes e recursos s escalas nacional regional e local e desfavorecendo a inova o Adotar a filosofia do small is beautiful e das t cnicas tradicionais reduzindo a velocidade de transforma o ou pelo contr rio adotar tecnologias avan adas inadequadas
104. a mol cula de H20 participa da formula qu mica Esses corpos durante ou ap s o processo de acre o liberaram suas mol culas de gua sob a forma de vapor na superf cie do planeta seja no momento do impacto de novos corpos ou depois atrav s da atividade vulc nica Nesse per odo de bombardeio intenso a temperatura da Terra tornou se muito elevada em consegii ncia da pr pria energia liberada nos impactos Posteriormente por m sua superf cie foi passando por um resfriamento intensivo permitindo a condensa o do vapor na forma liquida Planetas pr ximos ao Sol tendem a evaporar a gua e sendo pequenos como Merc rio Marte n o possuem gravidade suficiente para reter esse g s Desta forma foi favor vel rela o entre sua massa e a dist ncia do Sol que permitiu ao nosso planeta conservar toda a gua de que disp e BRANCO 2000 A Terra possui um volume de 1 trilh o de quil metros c bicos mas s a mil sima parte disso constitu da de gua cerca de 1 3 bilh es de quil metros c bicos de gua preenchem os vazios da crosta terrestre cobrindo tr s quartos da superf cie e integrando a atmosfera A quantidade de gua na Terra mais bem representada em toneladas uma vez que uma pequena parcela se encontra em estado gasoso ocupando pois um volume muito grande em rela o ao peso A renova o das guas continua tanto na superf cie como tamb m nas camadas do solo e do subsolo gra as aos 100 trilh e
105. abara o per odo de 1992 a 1993 foi realizado The Study on Recuperation of the Guanabara Bay Ecosystem atrav s de coopera o t cnica entre os Governos do Estado do Rio de Janeiro da FEEMA e do Jap o Japan International Cooperation Agency JICA Os trabalhos envolveram campanhas de monitoramento nos principais rios afluentes Ba a de Guanabara e na pr pria ba a levantamentos s cio econ micos de cobertura do solo e fontes de polui o e aplica o de modelo hidrodin mico de qualidade das guas da ba a 4 3 2 Fontes de polui o Na Bacia do Macacu al m da polui o por esgotos h contamina o por agrot xico pois s o muito utilizados nas lavouras da regi o sem nenhum controle Esta a 140 chamada polui o difusa chega aos corpos d gua ao longo de suas margens transportada pelas guas das chuvas O agrot xico lan ado no solo e as sobras concentradas nos frascos de embalagens fechadas ou abertas transportado para os corpos d gua pelas chuvas A contamina o se faz mais rapidamente quando aplicado herbicida na vegeta o junto s margens dos rios Outra fonte de polui o no munic pio um lix o situado na localidade de Areia Branca sobre a rea de duas nascentes Este lix o recebe cerca de 30 t dia nos dias teis aumentando para 50 t dia nos fins de semana Tamb m ocorre na Bacia do Macacu intensa atividade de extra o de areia do leito dos rios mecanizada desde 196
106. ace Treatment turning truthful the research From the results obtained the most significant are that the problematic of the water scarcenesses in Niter i is still not solved and the conflicts vary from the institutional to the ones of socioeconomic and environmental nature SUM RIO RESUMO p 8 ABSTRACT p 9 LISTA DE ABREVIATURAS p 12 RELA O DE FIGURAS p 15 RELA O DE QUADROS E TABELAS p 16 1 INTRODU O p 17 2 REVIS O DA LITERATURA p 23 2 1 gua Origem e Usos p 23 2 2 Sustentabilidade p 45 2 3 Vis o Epistemol gica do Desenvolvimento da Gest o Ambiental p 60 2 3 1 Gest o Ambiental p 66 2 3 2 Gest o dos Recursos H dricos p 70 2 3 3 Aspectos Normativos da Gest o dos Recursos H dricos p 74 2 3 4 Exemplos de Gest o de Recursos H dricos em outros pa ses p 81 2 4 Conflitos no Uso Social da gua p 90 2 4 1 Campo x Campo p 93 2 4 2 Cidade x Campo p 96 2 4 3 Cidade x Cidade p 98 2 4 4 Pa ses x Pa ses p 100 3 DESCRI O E DELIMITA O DA REA DE ESTUDO p 110 3 1 Dados Gerais sobre o munic pio de Niter i p 110 3 2 Hist rico do Munic pio p 111 3 3 Caracter sticas Fisiograficas do Munic pio de Niter i p 116 3 4 As Regi es de Planejamento p 124 3 5 Popula o p 126 3 6 Infra estrutura do munic pio p 129 4 DESCRI O E DELIMITA O DA REA FORNECEDORA BACIA DO RIO MACACU p 132 Localiza o e breve
107. al que destroem a nossa capacidade de utiliz lo adequadamente Assistimos impotentes a bestifica o de crian as e adultos frente televis o ao fato de passarmos cada vez mais tempo trabalhando intensamente para comprar mais coisas destinadas a economizar o nosso tempo Vemos simultaneamente o impressionante avan o do potencial dispon vel e somos incapazes de transformar este potencial numa vida melhor De acordo com Ladislau Dowbor in Freire 1995 p 12 3 in Moacir Gadotti Enquanto aumenta o volume de brinquedos tecnol gicos nas lojas escasseiam os rios limpos para nadar ou pescar o quintal com as suas rvores o ar limpo gua limpa a rua para brincar ou passear a fruta comida sem medo de qu mica o tempo dispon vel os espa os de socializa o informal O capitalismo tem necessidade de substituir felicidades gratuitas por felicidades vendidas e compradas 49 A Terra um novo paradigma Boff 1995 O ser humano sua intelig ncia e valores culturais s o elementos transformadores da natureza e um ser humano evolu do melhora a qualidade dessa transforma o desta forma atualmente procura se o bom senso dentro do desenvolvimento sustent vel Para discuss o sobre desenvolvimento sustent vel e seu novo paradigma importante que se fa a uma reflex o sobre o que um paradigma e a melhor conceitua o que encontramos foi a seguinte paradigma s o realiza es passadas dotadas de natur
108. an a de vida ao nascer obtida por m todos indiretos a partir dos dados censit rios o mesmo conceito utilizado pelo IDH Devido a estas altera es o ndice de desenvolvimento humano criado para os munic pios diferente do IDH proposto pelo PNUD calculado h alguns anos para pa ses e regi es O novo ndice foi denominado ndice Municipal de Desenvolvimento Humano e a sigla designada IDH M O IDH M pode ser calculado para os Estados as regi es e o Brasil mas n o compar vel ao IDH mesmo quando os dois ndices se referem mesma unidade geogr fica e ao mesmo ano 129 O IDH M s pode ser calculado de dez em dez anos pois os dados s o coletados do Censo Demogr fico devido a isto est dispon vel para estudo os censos dos anos 1970 1980 1990 2000 A metodologia de calculo do IDH M envolve a transforma o das tr s dimens es por ele contempladas longevidade educa o e renda em ndices que variam entre O pior e 1 melhor e a combina o destes ndices em um indicador s ntese Quanto mais pr ximo de 1 o valor deste indicador maior ser o n vel de desenvolvimento humano do munic pio ou regi o A combina o das tr s dimens es do IDH M longevidade medida pela esperan a de vida ao nascer educa o medida pela combina o da taxa de analfabetismo da popula o de quinze anos e mais com peso 2 3 e do n mero m dio de anos de estudo da popula o de vinte e cinco anos e
109. ao fato de que grande parte dos recursos h dricos tem sua origem no exterior Comparado ao Brasil no que tange a centraliza o das decis es no caso brasileiro optou se pela descentraliza o sendo ainda que nosso recursos para gest o s o nacionais na maioria da bacias hidrogr ficas Fran a O regime jur dico atual das guas na Fran a origin rio de extenso e complexo sistema legal destacando se a Lei de 9 de abril de 1898 que organizou os princ pios de uma pol tica administrativa e a Lei de 16 de dezembro de 1964 relativa propriedade reparti o das guas e luta contra sua polui o V rios textos legislativos e regulamentares foram elaborados sempre dentro da filosofia de apresentar solu es setoriais a problemas espec ficos Trata se mais fregiientemente de regulamenta es adaptadas s necessidades de diversas categorias de uso e aplicadas por diferentes rg os administrativos que n o mantinham uma coordena o de suas a es 87 A Lei de 16 12 1964 permitiu criar um sistema de gest o racional das guas na Fran a As disposi es essenciais criadas foram 1 refor o da legisla o e da regulamenta o aplic veis aos recursos h dricos 2 institui o da bacia hidrogr fica como unidade b sica do gerenciamento dos recursos h dricos 3 constitui o de um fundo de investimentos Organiza o institucional O Comit de Bacia O Comit de Bacia o organismo de base do si
110. ara capta o das guas de chuva e de reuso das guas pluviais ou tratadas e injetadas no subsolo em cada uma das UGRHI Unidades de Gerenciamento dos Recursos H dricos por exemplo 160 6 AN LISE DA PROBLEM TICA DA ESCASSEZ E PROV VEIS CAMINHOS MITIGADORES 6 1 Geral Em rela o aos conflitos campo x campo recomenda se como estrat gia a ado o de a es en rgicas e imediatas no sentido de proteger os recursos h dricos e o desenvolvimento de programas baseados no conceito do uso eficiente da gua Segundo Starzynski 1999 entende se por uso eficiente da gua qualquer medida que reduza a quantidade de gua utilizada em determinada atividade ou que promova a manuten o ou melhoria da qualidade desta gua Em situa es onde a degrada o ambiental muito acentuada h a necessidade de interven o humana para a recondu o do processo de sucess o florestal No que diz respeito a utiliza o de agrot xicos medidas alternativas devem ser adotadas para diminuir ou mesmo substituir a utiliza o deste elemento quer seja atrav s da rota o de cultura diversifica o de produtos agr colas ou controle biol gico entre outras alternativas Considerando os casos em que as atividades agr colas s possam ser efetuadas em reas inclinadas desde que seja em locais permitidos por lei a estrat gia recomendada segundo BANCO MUNDIAL 1990 seria a constru o de barreiras vivas anti erosivas Estas ba
111. ara situados na RO Vila Progresso na Regi o de Pendotiba e S o Francisco na Regi o das Praias da Ba a esses domic lios caracterizam se por edifica o unifamiliares muitas situadas em condom nios privativos nesses bairros encontram se os maiores n veis de renda por chefe de domicilio Os de padr o m dio situam se nas regi es de expans o natural de Pendotiba e Oce nica como Badu Engenho do Mato Itaipu Maria Paula Matapaca Muriqui e Piratininga e tradicionalmente nos bairros habitados por fam lias de classes media e media alta situados nas regi es das Praias da Ba a como Icara Ing Boa Viagem Santa Rosa P Pequeno Vital Brazil S o Domingos e Gragoat 197 Os domic lios de padr o m dio degradado situam se em grande parte nas reas de ocupa o mais antiga do munic pio como o Centro Barreto Bairro de F tima Ponta D Areia Santana e S o Louren o e na regi o Norte nos bairros do Fonseca Cubango Engenhoca e Ilha da Concei o Os domic lios de padr o prec rio predominantemente encontram se nas sem infra estrutura situados nos bairros do Baldeador Cachoeiras Cafub Cantagalo Caramujo Ititioca Jacar Largo do Batalha Macei Sap Rio do Ouro e V rzea das Mo as e naquelas onde h grande concentra o de aglomerados subnormais com uma popula o de menor poder aquisitivo como Santa B rbara Tenente Jardim Vi oso Jardim Jurujuba Viradouro e Morro do Estado Em 1980 o I
112. as coletividades locais das ind strias e do governo central As autoridades locais eleitas por sufr gio universal indicam os representantes das coletividades locais as organiza es profissionais indicam os representantes das ind strias e o governo central nomeia os demais membros bem como o presidente As licen as s o concedidas com pr vio edital p blico e a tarifa calculada tendo por base o volume que foi autorizado n o se levando em conta o volume consumido mesmo que inferior quele Para evitar o consumo excessivo s o realizadas medi es Existem no c lculo da tarifa coeficientes que variam segundo a finalidade da gua captada a poca do ano e a regi o considerada sendo que as licen as s o fixadas por per odos de cinco anos de acordo com esquemas globais submetidos aprova o do governo central 83 Na Inglaterra e no Pa s de Gales o gerenciamento de recursos h dricos centralizado embora haja a es regionais Este modelo de gest o difere do brasileiro pois ele contempla as diferen as regionais do potencial h drico de cada regi o ao longo das esta es do ano por m tal como o nosso possui um tipo de outorga por um per odo de cinco anos Finl ndia Na rea da pol tica planejamento e gerenciamento de recursos h dricos a Finl ndia escolheu o caminho da centraliza o Depois de um per odo de separa o em v rias ag ncias a partir de 1970 o pa s passou a ter uma ag ncia g
113. augura o contribuiu para o processo de expans o urbana regional e local a partir da fus o dos Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara e a consegiiente metropoliza o da cidade Atrav s da exist ncia da Ponte Presidente Costa e Silva intensifica se a produ o imobili ria nas reas centrais e bairros litor neos iniciando a ocupa o em dire o s reas 114 de expans o natural da cidade como as Regi es Oce nica e Pendotiba O munic pio torna se ent o op o de moradia para uma popula o intrametropolitana que para l se dirigia Durante a d cada de 70 assistimos a um acelerado aumento populacional de Icara caracterizado pela intensa verticaliza o das moradias A intensa concentra o provocou prematuramente a satura o do sistema o que demandou obras emergenciais de adequa o s novas demandas As press es para a expans o urbana no final da d cada de 70 justificaram a abertura de um segundo t nel ligando os bairros de Icara e S o Francisco bem como o alargamento da Avenida Est cio de S atual Avenida Roberto Silveira A imagem da cidade foi bastante explorada pelo setor imobili rio como alternativa na regi o metropolitana para investimentos no mercado de habita es de padr o m dio e alto como extens o da cidade do Rio de Janeiro Os empreendimentos imobili rios levaram a cidade para a segunda em crescimento vertical no pa s entre 1973 1974 no momento em que os programas habitaci
114. brevida por m n o foi encontrada uma substituta satisfat ria Parece ser um paradoxo a express o desenvolvimento sustent vel j que o modelo atual de desenvolvimento incompat vel com a sustenta o do meio ambiente A degrada o acentuada dos processos ecol gicos fundamentais dos quais depende a biosfera como a fotoss ntese os ciclos hidrol gicos e a reciclagem dos nutrientes s o relegados a um segundo plano O crescimento econ mico puro aquele que se expressa em recordes crescentes do PIB e de outros indicadores econ micos e sociais Em nosso idioma o termo desenvolvimento sustent vel remete ao conceito de capacidade de sustenta o pr prio da ci ncia ecol gica No idioma ingl s Sustainable Development n o est primeira vista t o diretamente relacionado com Carryng Capacity tudo dependeria da defini o que dermos palavra Sustainability Todavia aqueles que com grande xito introduziram a express o Sustainable Development na pol tica internacional ou seja a IUCN International Union for the Conservation of Nature e depois a Comiss o Brundtland das Na es Unidas queriam combinar de maneira consciente essas duas id ias desenvolvimento econ mico e capacidade de sustento Em rela o s estrat gias de desenvolvimento impulsionadas de maneira dominante desde o p s guerra concretizou se atrav s de projetos experimentais e exemplares Esta corrente defendia mudan as nas pol ticas
115. c pio de S o Gon alo composta pelos bairros de Tenente Jardim Barreto Santana Caramujo Baldeador Santa B rbara Fonseca Engenhoca Ilha da Concei o S o Louren o Cubango e Vi oso Jardim a regi o de menor crescimento populacional com uma taxa anual de 0 17 Nos ltimos vinte anos alguns bairros perderam popula o Este resultado pode estar associado estagna o econ mica e consegiiente degrada o urbana de algumas reas al m do deslocamento dos investimentos do mercado imobili rio em dire o aos bairros centrais mais valorizados bem como em dire o s reas de expans o natural do munic pio Houve nesta d cada um grande crescimento da popula o favelada na regi o Regi o de Pendotiba Possui 46 354 habitantes SECITEC PMN 1996 distribu dos em uma rea de 21 58 Km2 esta situada na parte central e mais alta do munic pio sendo composta pelos bairros do Sap Ititioca Maria Paula Vila Progresso Matapaca Muriqu Macei Largo da Batalha Badu e Cantagalo Na d cada de 80 apresentou uma taxa de crescimento demogr fico anual de 2 68 uma das mais altas no munic pio uma das regi es de maior crescimento e valoriza o imobili ria no munic pio nas ultimas d cadas Regi o Oce nica a maior regi o do munic pio possuindo uma rea de 46 60 Km2 e 43 815 habitantes SECITEC PMN 1996 Est situada no entorno das praias oce nicas sendo composta pelos bairros do Cafub
116. ca do Sul entre 12 e 35 de latitude sul e entre 47 e 65 de longitude oeste Ele tem uma extens o total aproximada de 1 2 milh es de Km2 sendo 840 mil Km2 no Brasil 225 500 mil Km2 na Argentina 71 700 mil Km2 no Paraguai e 58 500 Km2 no Uruguai A por o brasileira integra o territ rio de oito Estados MS 213 200 Km2 RS 157 600 Km2 SP 155 800 Km2 PR 131 300 Km2 GO 55 000 Km2 MG 51 300 Km2 SC 49 200 Km2 e MT 26 400 Km2 www google com br aquiferoguarani As reservas permanentes de gua s o da ordem de 45 000 Km considerando uma espessura m dia aq fera de 250 m e porosidade efetiva de 15 e correspondem somat ria do volume de gua de satura o do Aqii fero mais o volume de gua sob press o A popula o atual do dom nio de ocorr ncia do Aq fero Guarani estimada em 15 milh es de habitantes Um importante alcance social e econ mico das guas subterr neas da Bacia Sedimentar do Paran e do Aqu fero Guarani em particular resulta do fato de estas poderem ser consumidas em geral sem necessidade de serem previamente tratadas tendo em vista os mecanismos de filtra o e auto depura o bio geoqu mica que ocorrem no subsolo O potencial h drico subterr neo mundial muitas vezes superior ao das guas superficiais No Brasil o volume armazenado de cerca de 58 000 Km3 As guas subterr neas geralmente s o de boa qualidade para o consumo humano e normalmente dispensa o tratamen
117. ca em energia el trica navega o uso dos corpos d gua como ambiente de transporte com finalidades tur sticas e comerciais recrea o e harmonia paisag stica usos da gua para atividades recreativas tanto em contato direto nata o esqui surfe quanto indireto vela pesca e para lazer contemplativo pesca dilui o assimila o e transporte de esgotos e res duos l quidos quase todos os usos que o homem faz da gua resultam na produ o de algum tipo de res duo sendo o corpo d gua consequentemente o receptor destes res duos Os usos d gua podem ser consultivos que se refere ao grande consumo de gua e conseqiientemente o seu retorno para o manancial muito pequeno ou inexistente Os usos n o consultivos s o aqueles em que o consumo de gua muito pequeno havendo portanto retorno de gua ao manancial Em termos da quantidade de gua para consumo a Organiza o Mundial da Sa de considera entre 150 a 250 litros de gua tratada por dia como o valor m nimo para as necessidades b sicas de uma pessoa O corpo humano uma grande solu o aquosa em que se encontram dissolvidas varias subst ncias Essa solu o o ambiente no qual ocorrem as rea es qu micas que caracterizam a vida no nosso organismo A gua representa de 40 a 80 do peso total de uma pessoa Essa propor o muda de acordo com a idade no feto ela constitui 95 do peso corporal nos rec m nascidos
118. cais Podemos ent o fechar um ciclo Ci ncia A o Pr xis Consci ncia A o Por consci ncia entende se aqueles valores de cunho filos fico tico moral religioso ideol gico enfim essa consci ncia ambiental refletindo a partir dos fatos reflex o cientifica gera a Ci ncia Ambiental e refletindo a partir de valores reflex o ideol gica ou pol tica gera Pol ticas Ambientais A Ci ncia Ambiental aplicada a uma Pol tica Ambiental espec fica gera uma determinada forma de Gest o Ambiental em outras palavras a Gest o Ambiental a pr xis da Ci ncia Ambiental e a sustentabilidade eventualmente a consegii ncia Devemos inserir Gest o dos Recursos H dricos dentro de um contexto maior que o da Gest o Ambiental sempre procurando a sustentabilidade Por sustentabilidade devemos entender que o principal objetivo a ser alcan ado dentro de um processo gestor PEREIRA 2000 Lembramos ainda que a gua o segundo elemento essencial vida e um bem precioso na hist ria da humanidade por m nem sempre foi tratada com o devido cuidado e hoje presenciamos a polui o das guas e consequentemente sua escassez Estes fatos gerar o sem d vida alguma grandes discuss es pol ticas chegando se inclusive a graves conflitos na disputa por sua gest o A necessidade de um gerenciamento dos recursos h dricos torna se cada vez mais evidente embora ainda prevale a a falsa consci ncia de que esses recursos
119. cialistas essa perda poder ser ainda maior se a quest o do clima no mundo piorar e se continuar o desmatamento em reas estrat gicas com o aquecimento do clima global a tend ncia haver mais tempestades e inunda es acelerando os n veis naturais de eros o em torno dos rios que alimentam os reservat rios Trazendo o problema para a realidade brasileira pode se aliar aos fen menos j citados o crescimento desordenado das cidades a falta de educa o da popula o que joga seu lixo nos cursos d gua e o longo tempo que o pa s levou sem investimentos substanciais nesta rea significando dizer que parte da capacidade de armazenamento dos reservat rios brasileiros j foi perdida 154 Para o futuro observa se um agravamento da situa o face ao j exposto nesta an lise de tend ncias e a redu o dos investimentos na constru o de barragens 5 1 6 Agricultura A agricultura de longe a maior consumidora de gua doce sobretudo devido ao desenvolvimento da irriga o Atualmente respons vel por cerca de dois ter os do consumo total propor o que s muito levemente dever declinar at 2025 Portanto qualquer redu o do consumo passa pela melhoria das t cnicas de irriga o Em Israel e pa ses com pouca disponibilidade h drica a t cnica de irriga o por gotejamento empregada com consider vel redu o do consumo d gua Para o futuro observa se uma competi o cada vez mais acirra
120. cioecon micas Gest o Ambiental uma atividade voltada para a formula o de princ pios e diretrizes estrutura o e sistemas gerenciais e tomadas de decis es tendo por objetivo final promover de forma coordenada o uso prote o conserva o e monitoramento dos recursos naturais e s cio econ micos em um determinado espa o geogr fico com vistas ao desenvolvimento sustent vel Para incorporar novos valores sociais a gest o ambiental deve pautar se nos princ pios da gest o participativa Para Brito 1998 Gest o Ambiental deve ser entendida como um processo de media o de interesses e conflitos entre atores sociais que agem sobre os constituintes bi ticos abi ticos que com suas pr ticas alteram a qualidade ambiental provocando impactos e danos ambientais O processo de Gest o Ambiental deve estar voltado para influenciar o estilo de desenvolvimento conciliando as atividades econ micas com a prote o ambiental Neste sentido cabe ao MMA Minist rio do Meio Ambiente e ao IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renov veis promover a racionalidade ambiental na formula o e execu o das pol ticas setoriais adotando e ajustando instrumento da Pol tica Nacional de Meio Ambiente para mediar os interesses e conflitos entre os atores sociais produtivos e pol ticos que atuam sobre o meio ambiente a partir de articula es concretas de gest o ambiental De acordo com Becker
121. compet ncia legislativa com efeito a Constitui o Federal de 1988 previu que o seu art 21 inciso XIX seria regulamentado por lei complementar Ap s um tramite de seis anos no Congresso Nacional aos 21 de outubro de 1996 foi aprovado na C mara e no Senado respectivamente o Projeto de Lei n 2 249 de 1991 devido s exig ncias das associa es ligadas aos recursos h dricos O Projeto aprovado pelo Congresso Nacional recebeu 12 vetos merecendo destaque o veto ao ss 3 do art 22 que deixou ausente na Lei o dispositivo que vinculava 76 85 dos valores arrecadados com a cobran a pelo uso dos recursos h dricos de dom nio da Uni o pr pria bacia hidrogr fica de onde foram gerados O art 21 inciso XIX da Constitui o Federal Brasileira de 1988 disp s Art 21 Compete Uni o XIX Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos h dricos e definir crit rios de outorga de direitos de seu uso Em obedi ncia ao dispositivo constitucional a Uni o em 08 de janeiro de 1997 ou seja depois de 9 anos instituiu a Lei n 9 433 de 08 de janeiro de 1997 que estabelece a Pol tica Nacional de Recursos H dricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos A Lei n o fez refer ncia especifica sobre a canaliza o de c rregos e cursos d gua todavia trouxe disposi es correlatas Em seu art 1 disp s que a gua um bem de dom nio p blico e um recurso natural
122. con mico da gua e 56 5 a gest o descentralizada e participativa onde os usu rios sociedade civil organizada ONGs e outros organismos possam influenciar no processo de decis o Com isso a quest o dos recursos h dricos fica mais palp vel a partir do momento que cada bacia hidrogr fica ganha autonomia para realizar a sua gest o ficando mais pr ximo de um modelo de uso sustent vel dos recursos h dricos A organiza o de grupos de cidad os por bacias hidrogr ficas os Comit s de Bacias Hidrogr ficas j previstos na lei 9 433 crescem e ganham respaldo pois os comit s est o cada vez mais organizados e J foi realizado o III Encontro do F rum Nacional de Comit s de Bacias Hidrogr ficas Tamb m no Estado do Rio de Janeiro foi editada a Lei n 3 239 de 2 de agosto de 1999 visando em conson ncia com a lei federal buscar os instrumentos adequados para recuperar e conservar os corpos d gua sob seu dom nio gerenciando a disponibilidade h drica do Estado O conceito de bacia hidrogr fica tem sido utilizado nos ltimos anos como base para uma abordagem hol stica em Gest o Ambiental e na aplica o em planejamento ambiental O uso de recursos naturais sua conserva o sua preserva o e a recupera o de ecossistemas relacionam se com a vis o sist mica e integrada da unidade bacia hidrogr fica Matheus amp S 2000 De fato uma bacia hidrogr fica considerada unitariamente apresenta in mera
123. contram se em permanente movimento constituindo o ciclo hidrol gico desde o princ pio dos tempos geol gicos a gua l quida ou s lida que transformada em vapor pela energia solar que atinge a superf cie da Terra oceanos mares continentes e ilhas e pela transpira o e evapotranspira o dos organismos vivos sobe para a atmosfera onde esfria progressivamente dando origem s nuvens Essas massas de gua voltam para a Terra sob a a o da gravidade principalmente nas formas de chuva neblina e neve O ciclo hidrol gico respons vel pelo movimento de enormes quantidades de gua ao redor do mundo e parte desse movimento r pido pois em m dia uma gota de gua permanece aproximadamente 16 dias em um rio e cerca de 8 dias na atmosfera entretanto esse tempo pode estender se por milhares de anos para a gua que atravessa lentamente um 29 aq fero profundo Assim as gotas de gua reciclam se continuamente OMM UNESCO 1997 O per odo de renova o da gua em diferentes reservat rios na Terra segundo Shiklmanov 1997 o seguinte Reservat rios Per odo m dio de renova o Oceanos 2 500 anos gua subterr nea 1 400 anos Umidade do Solo 1 ano reas permanentemente congeladas 9 700 anos Geleiras em montanhas 1 600 anos Solos congelados 10 000 anos Lagos 177 anos P ntanos 5 anos Rios 16 dias Biomassa Algumas horas Vapor d gua na atmosfera 8 dias
124. controladoras setoriais burocr ticos cartorial e centralizador por uma a o gerenciadora dos recursos h dricos e ambientais de car ter integrador participativo descentralizado e financeiramente sustentado Sarmento 1996 1 in Luchini 2000 Afinal a quest o ambiental precisa ser tratada de forma transdisciplinar e participativa o que n o f cil Caubet amp Frank 1993 em uma das primeiras experi ncias de manejo ambiental em bacia hidrogr fica no Brasil observaram que al m da dificuldade para construir a integra o entre as disciplinas cient ficas muito maior era a dificuldade para construir a integra o entre as estruturas burocr ticas dos rg os p blicos No Brasil temos uma legisla o ambiental antiga e muito bem fundamentada o C digo de guas de 1934 o C digo Florestal de 1967 s que infelizmente n o funcionaram de fato Com essa mudan a de paradigma em rela o ao meio ambiente e aos recursos h dricos o Brasil tamb m cria a sua Pol tica Nacional de Recursos H dricos atrav s da Lei n 9 433 de 8 de janeiro de 1997 Essa lei traz mudan as importantes e um novo olhar sobre os recursos h dricos Brasil 1997 Dentre os seus princ pios est o 1 a ado o da bacia hidrogr fica como unidade de planejamento 2 os usos m ltiplos que quebra a hegemonia de um setor usu rio sobre os demais 3 o reconhecimento da gua como um bem finito e vulner vel 4 o reconhecimento do valor e
125. corporando as recomenda es do Plano Integrado de Tr nsito e Transporte PITT al m das diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor Estabelece as normas para as atividades urbanas associando as hierarquiza o do sistema vi rio Em 1994 foi conclu do o PUR das Praias da Ba a sendo iniciado o da Regi o Oce nica cuja aprova o esta em processo de discuss o na C mara de Vereadores A seguir iniciar os trabalhos para a elabora o do PUR da Regi o Norte bem como os das Regi es Leste e de Pendotiba cobrindo assim a totalidade do territ rio municipal 132 4 DESCRI O E DELIMITA O DA REA FORNECEDORA BACIA DO RIO MACACU 4 1 Localiza o e breve hist rico Bacia Hidrogr fica do Rio Macacu localiza o e principais capta es para irriga o e criadouros de peixes 20000 Kilometers EM Espelho d gua Curso d gua e Ponto de capta o de gua para irriga o e Ponto de capta o para criadouro peixe e Ponto de capta o para o Sistema Imunana Laranjal Fonte Semads Adaptado por Gustavo Mota de Sousa e V nia Borges Figura 8 Mapa da Bacia Hidrogr fica do Rio Macacu A hist ria de ocupa o da rea da Bacia do Rio Macacu remonta do inicio da coloniza o do Brasil A regi o da Ba a de Guanabara habitada ent o pelos Tupis 133 Guaranis foi pela primeira vez alcan ada pelos portugueses em 1 de janeiro de 1502 A partir desta a expedi o comandada por Gon a
126. cos nacionais de forma mais respons vel na medida em que segue o PNA estabelecem para as bacias j inventariadas que sejam seguidas as proje es de explora o do recurso Para as n o inventariadas est o sendo feitos conv nios para a sua realiza o O programa de incentivo as PCH est proporcionando o fornecimento de energia a empresas e pequenas comunidades n o atendidas pelo sistema nacional de distribui o Contudo a necessidade de investimentos pesados do Estado ou da iniciativa privada faz se necess rios para a recupera o do per odo de estiagem dos investimentos e o afastamento dos brasileiros da possibilidade de racionamentos futuros Algumas das grandes ocorr ncias de conflito com a constru o de hidrel tricas est relacionada com o remanejamento de popula es ribeirinhas e o alagamento de grandes reas destruindo muitas esp cies da fauna e da flora da regi o e encobrindo cidades inteiras muitas vezes desnecessariamente 156 5 1 9 Desertifica o Desertifica o um processo de degrada o ambiental por a o antr pica nas regi es ridas semi ridas e sub midas secas com aumento gradativo da pobreza Entende se como degrada o ambiental a degrada o do solo da flora da fauna e dos recursos h dricos No Brasil segundo defini o contida na Conven o de Combate Desertifica o das Na es Unidas CCD a rea suscet vel ao processo de desertifica o encontra se situada na r
127. cupantes devido s dificuldades de serem resolvidos visto que estes problemas n o est o ligados apenas a escassez mas tamb m na dificuldade de relacionar pacificamente os seus usos m ltiplos mas est tamb m na cultura e na vis o de que a gua o solvente universal e um bem infinito portanto est a disposi o de todas as formas inadequadas de seu uso Sem gua n o h vida Ela est presente n o s na constitui o f sica dos animais como em todas as a es humanas produ o de energia alimenta o transporte integra o turismo Desde a Antigiiidade observa se que o acesso gua fonte de poder e ao mesmo tempo ponto de conflito de interesses Quanto ao titulo Conflitos na Gest o dos recursos h dricos no munic pio de Niter i a quest o do uso social da gua vislumbramos o problema em que encontra se o munic pio pois o mesmo n o possui recursos h dricos com qualidade e quantidade para suprir as necessidades de todos os seus moradores e tamb m dos estabelecimentos comerciais e industriais Desta forma o munic pio depende quase que totalmente das guas provenientes do munic pio de Cachoeiras de Macacu o que de certa maneira transforma este munic pio em um fornecedor indispens vel para o abastecimento de milhares de pessoas dificultando o seu desenvolvimento porque necessita manter a qualidade das guas de seus mananciais transformando se em rea reservat rio o que certamente n o gera
128. d gua principal da bacia ou tribut rio desse tribut rio e ou em grupo de bacias ou sub bacias hidrogr ficas cont guas art 37 Comp em os Comit s de Bacia Hidrogr fica os representantes da Uni o dos Estados e do Distrito federal cujos territ rios se situem ainda que parcialmente em suas respectivas reas de atua o dos Usu rios das guas de sua rea de atua o e das Entidades Civis de Recursos H dricos com atua o comprovada na bacia art 40 Foram institu das tamb m as Ag ncias de gua sendo conferida a elas a an lise e emiss o de pareceres sobre projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobran a pelo uso de Recursos H dricos e encaminh los institui o financeira respons vel pela administra o destes recursos celebrar conv nios e contratar financiamentos e servi os para execu o de suas compet ncias art 44 Por fim no art 49 instituiu Infra es das Normas de Utiliza o de Recursos H dricos Superficiais ou Subterr neos dentre elas derivar ou utilizar recursos h dricos para qualquer finalidade sem a respectiva outorga de direito de uso iniciar a implanta o ou implantar empreendimento relacionado com a deriva o ou a utiliza o de recursos h dricos superficiais ou subterr neos que impliquem altera es no regime quantidade ou qualidade deles sem autoriza o dos rg os competentes utilizar se dos recursos h dricos ou executar obras ou servi o
129. da entre os diversos consumidores de recursos h dricos campo e cidade tanto pelo crescimento exagerado desta ltima quando pela necessidade de mais bocas a alimentar pelo primeiro 5 1 7 Turismo e lazer Os postais e propagandas de lugares tur sticos que mais influenciam e desperta nos cidad os o desejo em visit los tem em sua composi o harm nica algum espelho d gua seja marinho fluvial lacustre ou composi o destes Essa forma de marketing demonstra a simpatia e atra o do ser humano pela gua No Brasil seguindo a tend ncia mundial proliferam os parques Do tipo Waterplay Com o Beach Park em Fortaleza e Wet N Wild na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro e muitos outros sendo um segmento em expans o dentro da ind stria de entretenimento Ainda nessa tica junto s barragens lagos e orla mar tima cada vez maior o desenvolvimento de atividades do esporte aqu tico e de lazer A ind stria do turismo gera bilh es de d lares ano sendo a que mais cresce no mundo aliada de entretenimento demonstrando uma crescente demanda da civiliza o ocidental por lazer Espelhos d gua s o ainda fontes inspiradoras para os empreendedores imobili rios que usam gua como agregado na valoriza o dos seus produtos Para o futuro h de se supor um acentuado aumento da demanda por lazer e os mananciais h dricos ser o pe as indispens veis nessa explora o desses dois segmentos 155 5 1 8 Energia
130. da popula o que se urbaniza de forma r pida e a expans o da ind stria no pa s geram maiores necessidades de gua E para resolver esta quest o um grandioso plano turco na regi o banhada pelo Eufrates consumir 32 bilh es de d lares e gerara a constru o de 22 barragens sendo uma delas a sexta maior barragem do mundo a Ataturk Esse projeto mudar a vida de 5 milh es de turcos gerar 27 bilh es de quilowatts hora e produzir um salto de 12 na renda nacional Em conseqii ncia a S ria perder 40 do fluxo de gua do Eufrates e no Iraque as perdas chegar o a 90 Outro projeto fara nico desenvolvido pelo governo turco a constru o da Adutora da Paz que levaria gua para os pa ses do Oriente M dio principalmente Israel tradicional aliado da Turquia A obra custaria 20 bilh es de d lares teria canais que chegariam a 6500 Km de extens o transportando 2 bilh es de metros c bicos de gua por ano e demoraria 15 anos para finalizar sua constru o Mas a postura turca e acreditam que a importa o de gua geraria enfraquecimento de outras aspira es nacionais Para os turcos esta seria uma importante fonte de divisas mas para os pa ses a jusante dos rios O projeto temido e contestado pois diminuiria os fluxos de gua que chegam a seus territ rios 104 Os conflitos na frica giram em torno do rio Nilo que considerado o mais longo rio do planeta Atravessando 35 de latitude possui 6700
131. da popula o de 15 anos ou mais 186 conclus es em cursos t cnicos de segundo grau Riqueza e potencial de consumo RIQ Demonstra a riqueza existente no munic pio representada pela sua produ o e pelo n vel de rendimento de seus habitantes Informa es consideradas Percentagem dos chefes de domicilio com renda superior a 20 sal rios m nimos estimativa de PIB per capita consumo residencial de energia el trica por habitante m dia de dep sitos banc rios por habitante capacidade de investimento municipal expressa na rela o entre despesas de capital com investimentos e a popula o Facilidade para neg cios FAC Demonstra as facilidades existentes para a opera o das empresas e seus funcion rios Informa es consideradas Representa a intensidade de movimenta o de recursos financeiros n mero de agencias bancarias dividido pela raiz da popula o n mero de terminais telef nicos para cada grupo de mil habitantes n mero de agencias de correios e postos de venda de selos facilidade de acesso Internet n mero de provedores e tempo de pulso telef nico incentivos para instala o expans o ou moderniza o de empresas exist ncia de balc o SEBRAE Infra estrutura para grandes empreendimentos IGE Diz respeito s condi es favor veis implanta o e opera o de empresas de grande porte Informa es consideradas Exist ncia de rodovia pavimentad
132. dade s o os objetivos permanentes a serem perseguidos pela gest o dos recursos h dricos Para Sachs 1993 existem cinco crit rios de sustentabilidade para a gest o de recursos h dricos social econ mico ambiental espacial e cultural J sob a tica da diplomacia Guimar es 1994 aponta quatro dimens es da sustentabilidade a sustentabilidade ecol gica ambiental social e por fim a sustentabilidade pol tica A gest o dos recursos h dricos obriga nos a explicar melhor o que venham a ser as quatro dimens es da sustentabilidade 72 A sustentabilidade ecol gica a manuten o da base f sica os estoques de recursos naturais apesar do processo de desenvolvimento Para sua implementa o dois crit rios operacionais devem ser aplicados O primeiro a reposi o dos recursos naturais renov veis a uma taxa superior da sua utiliza o uso racional vislumbrado pela postura antropoc ntrica conservacionista X da postura bioc ntrica preservacionista J o segundo crit rio para os recursos n o renov veis consiste em dosar o uso do recurso de forma que antes do seu escoamento total haja um suced neo vi vel em uso Este segundo crit rio ao ju zo de Guimar es 1994 razo vel para os recursos minerais n o vis veis mas imoral em rela o aos recursos da natureza paisag stica A sustentabilidade ambiental refere se capacidade do ambiente em absorver as atividades antr picas capacidade de sup
133. de Janeiro Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos H dricos RIVOIR C Educa o Ambiental Uma Vis o Ampla Caderno Tem tico Curso de Capacita o para Profissionais de Prefeitura do Estado do Rio de Janeiro Desenvolvimento de Programas em Saneamento Ambiental NUSEG UERJ FECAN Rio de Janeiro RJ 1998 ROHDE G M Epistemologia Ambiental Uma abordagem Filos fica Cientifica Sobre a Efetiva o Humana Alopoi tica Porto Alegre EDIPUCRS 1996 177 ROSS J L S amp PRETTE M E D Recursos h dricos e as bacias hidrogr ficas ncoras do planejamento e gest o ambiental In Revista do Departamento de Geografia da USP n 12 p 89 121 1998 SACHS I Estrat gias de Transi o para o S culo XXI S o Paulo Studio Nobel fundap 1993 SAMPAIO C A C Gest o organizacional estrat gica para o desenvolvimento sustent vel Itaja UNTV ALE 2000 138 p SANTOS M Pensando o espa o do homem S o Paulo Hucitec 1985 S GUIN E Lei dos Crimes ambientais Rio de Janeiro Ed Esplanada 1999 236p SEMA Subs dios para gest o dos recursos h dricos das bacias hidrogr ficas dos rios Macacu S o Jo o Maca e Macab Helder Costa Rio de Janeiro 1999 280p il SETTI et Al Introdu o ao Gerenciamento de Recursos H dricos Bras lia ANEEL ANA 2001 328 p il SETTI A A et al Introdu o ao Gerenciamento de Recursos H dricos Bras lia Ag ncia Nacional de Energia El trica A
134. de educa o participa o das comunidades a serem beneficiadas e que para definir uma metodologia de atua o ambiental n o tarefa f cil embora seja imprescind vel ter id ias claras bem fundamentadas quando o assunto em pauta envolve a pesquisa cient fica e a forma o de recursos humanos O conceito de gerenciamento de recursos h dricos envolve uma multiplicidade de aspectos dentre os quais destacado atua o simult nea de diferentes institui es sistemas de informa es tecnologia recursos humanos especializados legisla o planejamento participa o p blica comunica o educa o obras de engenharia ASSIS 1995 E al m da produ o desse conhecimento t cnico cient fico a democratiza o do saber condi o b sica para a participa o popular em qualquer processo decis rio A comunica o do conhecimento t cnico cient fico deve ser feita de modo a motivar e preparar a sociedade a assumir a sua parte de responsabilidade na conserva o e co gest o dos recursos h dricos relacionando sempre este conhecimento te rico s realidades locais s experi ncias pr ticas e aos benef cios concretos poss veis de se alcan ar F RUM DE ONGS BRASILEIRAS 1992 Al m da educa o da democratiza o do conhecimento e um olhar interdisciplinar para a bacia hidrogr fica outro fator importante para se atingir um n vel m nimo de uso sustent vel dos recursos h dricos a sensibiliza o das pess
135. de regi es de ocupa o mais antiga para regi es de expans o recente Niter i tem uma popula o que representa 3 36 da popula o Fluminense e 0 29 da popula o brasileira o quinto munic pio mais populoso do Estado e o Trig simo primeiro do pa s A popula o vem crescendo gradativamente quase dobrando num per odo de aproximadamente quatro d cadas 1960 1996 As maiores taxas de crescimento verificam se nas d cadas de 60 2 80 e 70 2 05 declinando nos per odos seguintes 8 86 em 80 e 0 64 entre 1991 e 1996 Este decl nio reflete por um lado a redu o da fecundidade e por outro mudan as na din mica migrat ria especialmente as que se relacionam perda de atividade das Regi es Metropolitanas principalmente a do Rio de Janeiro que no pa s tem representado as menores taxas de crescimento Este crescimento exclusivamente do contingente populacional urbano implicou a partir de 1980 no reconhecimento para fins estat sticos por parte do IBGE 2000 que o munic pio tinha 100 de sua popula o residindo em reas urbanas Niter i tem boas condi es de urbanidade e habitabilidade com caracter sticas tipicamente metropolitanas e o comportamento demogr fico segue as tend ncias globais O munic pio de Niter i considerado o primeiro em qualidade de vida no Estado do Rio de Janeiro e o quarto do pa s Este fato explicado por terem sido utilizados par metros do IDH Este ndice baseado no concei
136. dena o interministerial dos assuntos relativos aos recursos h dricos compete ao Minist rio do Meio Ambiente O Sistema de Gerenciamento de Recursos H dricos da Fran a um modelo bem equilibrado com a presen a dos usu rios coletividades locais e representantes do Governo com o devido respaldo t cnico que reconhece a gua como recurso 90 Embora haja semelhan a entre os dois modelos alguns bices no caso brasileiro n o acontecem na Fran a como por exemplo Ter a popula o concentrada nas grandes cidades e reas com baixa popula o relativa grande desigualdade de renda entre as regi es o que faz o modelo franc s neste aspecto n o funcionar adequadamente para o Brasil Qu nia O Minist rio do Desenvolvimento de Recursos H dricos a maior ag ncia respons vel pela pesquisa planejamento e desenvolvimento de recursos h dricos Nesse Minist rio est o o Departamento dos Recursos H dricos e a Autoridade de Desenvolvimento do Rio Tana O Minist rio do Desenvolvimento dos Recursos H drico altamente centralizador com equipe lotada na capital e com escrit rios nas prov ncias desenvolve o Plano Nacional Diretor de Recursos H dricos em colabora o com os demais organismos Somente para estabelecer analogia com o Brasil no caso da gua nosso sistema gestor teoricamente descentralizado e possui um envolvimento interministerial 2 4 Conflitos no uso social da gua Sendo a gua um elemento es
137. digo de guas j incorporava conceitos e id ias compat veis com alguns dos principais dispositivos ambientais da Constitui o Federal de 1988 primeira Constitui o Brasileira a destinar um capitulo para o meio ambiente a maioria dos conceitos entretanto eram incompat veis e n o foram recepcionados por ela O C digo Penal disp e sobre a prote o das guas pot veis contra envenenamento corrup o ou polui o arts 270 e 271 Refererindo se gua pot vel em seu art 271 a lei penal vigente n o abrange apenas as guas de pureza e inocuidade bioqu mica mas tamb m aquelas de que as popula es de nossas cidades em geral se servem as popula es ribeirinhas os moradores das zonas rurais pouco importando como nota Bento de Faria que seja recolhida em po o cisternas ou a udes filtrada ou n o ou fornecida mediante distribui o seja p blica ou particular Recentemente a Lei n 9 433 de 08 de janeiro de 1997 instituiu a Pol tica Nacional de Recursos H dricos criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos e regulamentou o inciso XIX do art 21 da Constitui o Federal alterando o art 1 da Lei n 8 001 de 13 de mar o de 1990 que modificou a Lei n 7 990 de 28 de dezembro de 1989 Desde o inicio dos anos 80 entidades p blicas e privadas que lidavam com recursos h dricos come avam a exigir respostas eficientes sobre a gest o da gua mormente quanto ao dom nio e
138. discretos exemplares destes ambientes em locais como as Praias de Itacoatiara e de Itaipu Cobertura vegetal atual 122 Matas e Capoeiras Niter i apresenta 21 Km2 ou 16 1 de seu territ rio revestido por matas densas que ocupam as reas mais acidentadas As capoeiras cobrem 19 3 Km2 ou seja 14 9 do territ rio municipal Ocorrem tamb m nos terrenos mais acidentados em manchas no interior das matas densas e ao redor delas A soma das reas de mata densa e capoeira atingem cerca de 33 do munic pio Aparecem nas serras Grande e do Malheiro situadas nos bairros de Cantagalo Jacar Muriqui Rio do Ouro Vila Progresso e uma pequena parte de Itaipu Serra da Tiririca situada nos bairros de Itacoatiara Itaipu Engenho do Mato e V rzea das mo as Conjunto formado pelos Morros da Vira o Sapezal e Santo In cio localizados nos bairros de Jurujuba Charitas S o Francisco Macei Cafub e Piratininga As Matas densas constituem os ltimos remanescentes da Mata Atl ntica em Niter i As capoeiras representam uma fase inicial de recupera o da mata Capim Coloni o uma planta ex tica originaria da frica a rea coberta pelo capim coloni o apesar de n o ter sido quantificada est constitu da por sua presen a marcante Esta planta esta disseminada em todo o munic pio principalmente nos morros devido agressividade que exibe na ocupa o de reas desmatadas considerado uma praga Eucaliptal O eucalip
139. do PUR da Regi o Norte bem como os das Regi es Leste e de Pendotiba cobrindo assim a totalidade do territ rio municipal Resumo da Lei n 1732 06 05 99 A Lei n 1732 de 6 de maio de 1999 regulamenta a aplica o do Instrumento de Interven o Urbana denominado Opera o Interligada no munic pio de Niter i A Opera o Interligada prevista no Art 17 da lei n 1157 92 Plano Diretor de Niter i a permiss o de altera o de determinados par metros urban sticos mediante a contrapartida do interessado respeitando se a pol tica global de desenvolvimento urbano da cidade e o interesse do munic pio Poder o ser realizadas por iniciativa do Poder Executivo ou da iniciativa privada observando se as disposi es da presente Lei Na rea objeto de opera es interligadas poder ser definido novos par metros de ocupa o respeitando se o recuo e o afastamento frontal definidos na legisla o em vigor e observando se o disposto no Anexo 1 desta lei Caber Secretaria Municipal de Urbanismo atrav s da Comiss o de Analise de Edifica es CED o exame e aprova o das Opera es Interligadas As contrapartidas destinar se o preferencialmente a I obras e servi os de infra estrutura nas reas de Especial Interesse Social AEIS II terrenos e habita es destinados popula o de baixa renda II recupera o do meio ambiente e do patrim nio cultural IV terrenos e equipamentos p bl
140. e Em rela o sa de o munic pio possui 4 Hospitais Municipais 5 Hospitais Estaduais 1 Hospital Universit rio 17 Hospitais Particulares 14 Unidades de Sa de 9 Laborat rios e 22 Postos de Sa de O munic pio vivenciou algumas situa es problem ticas do ponto de vista de sa de publica devido a epidemia de dengue 86 87 90 91 e um incid ncia elevada de casos de meningite meningoc cita 90 Diante disso os gestores municipais buscaram colabora o 190 internacional particularmente com Cuba por ter esse pa s desenvolvido com sucesso tecnologias nesta rea Implementou o Programa Medico de Fam lia que foi desenvolvido a partir de um convenio estabelecido entre a Prefeitura Municipal de Niter i e a Associa o de Moradores de determinada comunidade selecionada de acordo com indicadores epidemiol gico ambientais sociais e econ micos que a definia como rea de risco para a sa de Os M dulos de M dico de Fam lia s o constitu dos de um medico generalista e um auxiliar de enfermagem e est o situados em bairros carentes O primeiro modulo M dico da Fam lia foi inaugurado em setembro de 1992 Niter i por seu pioneirismo na rea de sa de um dos poucos munic pios do Brasil a ser qualificado a partir de dezembro de 1998 como Gest o Plena do Sistema nico de Sa de onde a Funda o Municipal de Sa de det m a ger ncia total do setor p blico na rea Seguran a O munic pio de Niter i possui 6 de
141. e logo professor e pensador possamos alicer ar melhor as bases para o novo paradigma em nossa sociedade 60 A ecologia convencional surgiu desvinculada do contexto social igualmente as teologias vigentes entre elas a Teologia da Liberta o foram elaboradas sem inserir o contexto ambiental deve se romper a l gica que leva a domina o de classes opress o de povos e da discrimina o de pessoas pois ela a mesma que leva a explora o da natureza Hoje o que nos importa ultrapassar o paradigma da modernidade expresso na vontade de poder sobre a natureza e os outros e inaugurar uma nova alian a do ser humano com a natureza alian a que os faz aliados no equil brio na conserva o no desenvolvimento e na garantia de um destino e futuro comuns preciso agir em todas as dire es atingir todos os setores e todos os grupos para que tenhamos um m nimo de esperan a de conceber um futuro sustentado s pr ximas gera es n o s em rela o aos recursos naturais e h dricos mas um futuro em que o ser humano volte a se sentir como parte integrante do meio ambiente como um dia j se sentiu N o poder amos terminar este texto sem mencionar a ang stia em que vivem as pessoas da sociedade p s moderna A busca por esse novo paradigma da sociedade passar sem d vida por um respeito maior natureza e esta nos levar a um caminho mais hol stico 2 3 Vis o epistemol gica do desenvolvimento da gest o
142. e Coopera o Brasil Alemanha teve como base os dados observados nas esta es fluviom tricas de Cachoeiras de Macacu Japuiba Quizanga Iconha e Duas Barras e nas esta es pluviom tricas operadas pela SERLA na bacia Foram analisados dez eventos de cheia hidrogramas e fluviogramas das reas de influencia por esta o e calculados os hidrogramas e os fluviogramas para as chuvas com dura es de 1 2 4 8 12 24 e 48 horas de dura o e per odos de recorr ncia de 1 10 50 e 100 anos Realizaram se tamb m levantamentos com base nas cartas do IBGE escala 1 50 000 de diversas informa es tais como comprimento do talvegue declividade media do rio ocupa o da bacia e particularidades de cada sub bacia fornecendo subs dios e estudo regional de vaz es m ximas Foi realizado pela divis o Hidrol gica da SERLA em 1988 para fornecer subs dios ao Plano de Aproveitamento Integrado dos Recursos H dricos da Bacia do Rio Macacu no sentido de identificar poss veis conflitos de uso dos recursos h dricos Para os c lculos do balan o h drico foram consideradas as vaz es m nimas medias mensais do Rio Macacu e as demandas para abastecimento d gua e irriga o Os c lculos foram feitos a n vel mensal tendo em vista a varia o da demanda de irriga o de acordo com o m s Vaz es M nimas M dias Mensais para Per odo de Recorr ncia de 10 anos Esta es rea km Per odo de Estiagem Per od
143. e dependem da gua de seu munic pio pagassem o ICMS VERDE para desenvolvimento do seu munic pio Isto seria mais vi vel do que instala es de ind strias Hoje o munic pio de Niter i utiliza 1 700 litros por segundo do Sistema Imunana Laranjal por m j estaria precisando de 1 850 litros por segundo mas mesmo com este quadro o munic pio encontra se abastecido em quase 100 como retrata o anexo 9 4 da p gina 198 A alternativa mais recente a de buscar gua em Silva Jardim atrav s da constru o de uma linha adutora com 100 quil metros de extens o or ada em 100 milh es de reais O Globo Niter i 01 09 2002 O questionamento que se faz por que n o ajudar financeiramente a CEDAE construir a 6 linha tal procedimento aumentaria a capacidade de fornecimento segundo o Sr Wagner Alves Veiga superintendente da esta o de tratamento Imunana Laranjal Com isto outros munic pios al m de Niter i seriam beneficiados 166 7 CONCLUS O Dentro de uma abordagem geral nota se que solu es existem por m a necessidade de planejamento e uni o do Estado e Sociedade s o indispens veis a conscientiza o de todos para o uso otimizado da gua ser uma das mais importantes atitudes para conseguirmos amenizar o problema que j est presente para esta gera o Na elabora o dos cen rios dentro de uma vis o nacional para a situa o da gua no futuro observam se alguns aspectos que delimitam algumas pers
144. e do munic pio Ambos s o bastante suscet veis eros o especialmente por escoamento superficial das guas das chuvas Nas reas compreendidas pelas plan cies costeiras o solo apresenta caracter sticas hidrom rficas com drenagem deficiente em fun o de o len ol fre tico permanecer pr ximo superf cie ao longo do ano O tipo predominante o gleissolo h mico originado de sedimentos s ltico argiloso e possuindo um horizonte A com acumula o de mat ria org nica superior a 20 em rela o aos materiais minerais O munic pio de Niter i disp e de recursos classificados na classe das jazidas de subst ncias minerais de emprego na constru o civil e de jazidas de minerais industriais 124 A primeira inclui os bens minerais utilizados in natura para o preparo de agregados ou argamassas e que n o se destinem como mat ria prima a ind stria de transforma o S o relatados tamb m ocorr ncia de feldspato quartzo mica e s lex Fonte PMN SUMA Diagn stico Ambiental 1992 3 4 As Regi es de Planejamento O decreto 4895 publicado em 08 de novembro de 1986 Lei de Abairramento regulamentou a divis o do munic pio em bairros que hoje s o em n mero de 48 quarenta e oito O Plano Diretor de Niter i lei 1157 de 30 de dezembro de 1992 entre outras diretrizes criou em seu artigo 108 05 cinco Regi es de Planejamento com base em crit rios de homogeneidade em rela o paisagem
145. e est o localizados destacando se os seguintes A rea dos morros Caval o e Souza Soares nos limites entre S o Francisco Icara Vital Brazil e Santa Rosa com altitudes em torno de 200 metros O conjunto localizado no interior do munic pio mais especificamente na rea norte da cidade onde se alternam v rios morros densamente habitados Morro do Bumba do Africano Alarico Souza e Atalaia O morro do C u no bairro do Caramujo e o Morro da Boa Vista em meio baixada litor nea entre os bairros de S o Louren o e Cubango Nos pontos sul e sudoeste do munic pio o Morro das Andorinhas geologicamente uma antiga ilha e a pen nsula de Jurujuba formada pelos morros do Macaco do Pico do Ourives e do Morcego s o respectivamente os pontos mais extremos do litoral do munic pio 117 Nas reas planas not ria a presen a da Baia de Guanabara originada de grandes abatimentos de parte da regi o que provocaram o afundamento da rea ent o existente entre os maci os litor neos que a rodeiam Esta rea foi posteriormente invadida pelo mar ocasionando assim a presen a da Baia Toda a entrada da Baia recortada por uma serie de enseadas que vem sendo paulatinamente aterradas para a expans o da rea urbana O limite leste desta entrada a ponta de Santa Cruz no munic pio de Niter i A rea central e norte do munic pio constitu ram se urbanisticamente em terrenos planos sedimentares localizados s margens de
146. e ou poupadoras de m o de obra que podem agravar o desemprego quest o crucial para os paises perif ricos caracterizados por uma injusta distribui o de renda Transformar a descentraliza o em processo de transfer ncia n o de decis o e da a o mas sim de encargos para as sociedades Estimular uma competi o agressiva agravando as desigualdades sociais e espaciais 69 Favorecer por meio de articula o direta com as inst ncias internacionais a fragmenta o da sociedade e do territ rio nacional Reduzir o papel do Estado enfraquecendo consequentemente sua a o pol tica crucial no plano interno e nas negocia es externas BECKER 1995 Cabe aqui observar o fato de que a Gest o Ambiental em muitas vezes representada pela pr pria Gest o P blica Como se podem pensar num processo gestor com o enfraquecimento do Estado apregoado pelo processo da Globaliza o Para Pereira 2000 A gest o Ambiental o instrumento administrativo para o exerc cio da sustentabilidade e para tanto aplica disciplinas tecno cientificas a partir de uma pol tica Ou seja o encaminhamento de solu es para os problemas ambientais passa pela Gest o Ambiental a Gest o Ambiental s pode ser bem realizada atrav s de uma abordagem integrada do planejamento e do gerenciamento sendo necess ria a sistematiza o dos conhecimentos existentes um sistema de informa o para viabilizar tal abordagem A inte
147. e transi o entre as escarpas da Serra do mar e as plan cies costeiras apresentam forma es menos acidentadas tendo as colinas forma arredondada e os maci os altitudes inferiores a 1000 metros As forma es de tabuleiros costeiros s o observadas somente em pequena rea leste da Bacia do Rio Macacu entremeadas de plan cies costeiras Referente aos tipos de solos a Bacia do Rio Macacu de montante para jusante apresenta os seguintes tipos de solo CIDE 1997 Cambissolo Podz lico Glei e Org nico Os ecossistemas desta rea em fun o do clima das caracter sticas geol gicas e geomorfologicas s o muito diversificados Encontra se nesta rea Mata Atl ntica campos de altitude manguezais brejos rios e estu rios 43 ESTUDOS DE VIABILIDADE PARA APROVEITAMENTO DOS RECURSOS H DRICOS NA BACIA Primeiramente foi realizado um estudo hidrol gico elaborado no mbito do Plano Diretor de Abastecimento d gua da Regi o Metropolitana em 1985 pela CEDAE com objetivo de apresentar alternativas de regulariza o das vaz es dos rios afluentes ao Canal Imunana visando amplia o da capta o da CEDAE para abastecimento dos munic pios 137 de Niter i e S o Gon alo Foram estudados sete locais para implanta o de barragens e estimadas as vaz es regularizadas Outro estudo hidrol gico realizado em 1987 pelos t cnicos da Divis o de Hidrologia da SERLA sob orienta o t cnica de consultor do Projeto d
148. ecutando os diretamente ou contratando e credenciando terceiros 191 Desde 1983 o destino final de todo o lixo coletado em Niter i o aterro do Morro do C u localizado no bairro do Caramujo sendo este o vazadouro oficial da cidade Com duzentos mil metros quadrados o aterro encontra se a sete quil metros do centro da cidade com distancia media de 12 quil metros dos distritos de limpeza ficando a menos de 20 quil metros da rea mais distante da cidade Em media s o depositados diariamente no aterro sanit rio cerca de 470 toneladas de detritos s em 1995 foram despejadas 209 887 toneladas 99 183 de lixo domiciliar 45 435 de lixo de varri o de praias e 65 269 de outros detritos O Morro do C u devera receber uma usina de reciclagem tritura o e compostagem natural de res duos s lidos domiciliares incinera o de lixo hospitalar e investimentos para a recupera o do aterro com um projeto especifico para o lixo org nico e dejetos da usina A previs o de investimentos no aterro do Morro do C u faz parte do PDBG Programa de Despolui o da Ba a de Guanabara Abastecimento de gua De acordo com dados fornecidos pela Concession ria guas de Niter i o munic pio at o ano de 1999 era atendido com o fornecimento de gua tratada em apenas 46 de sua popula o os bairros que n o eram atendidos por esse servi o eram Piratininga Itacoatiara Camboinhas Itaipu Cafub Largo da Batalha Ititioca Cara
149. egi o semi rida que representa 18 do territ rio nacional e abriga 29 da popula o do Pa s numa extens o de 858 000 km2 envolvendo os estados do Piau Cear Rio Grande do Norte Para ba Pernambuco Alagoas Sergipe e Bahia regi o norte de Minas Gerais e leste do Maranh o Ali vivem 18 5 milh es de habitantes sendo que 8 6 milh es pertencem zona rural caracterizada por alta vulnerabilidade Essas pessoas est o entre as mais pobres da regi o com ndices de qualidade de vida muito abaixo da m dia nacional Fora do semi rido est o localizadas tamb m algumas regi es inseridas no mbito da aplica o da Conven o S o aquelas que se encontram dentro do Pol gono das Secas com extens o estimada de 1 083 000 km2 incluindo munic pios do norte de Minas Gerais e Esp rito Santo O ndice de aridez raz o entre a precipita o e a evapotranspira o potencial estabelece as seguintes classes clim ticas Hiper rido rido Semi rido e Sub rido A desertifica o um dos mais graves problemas nesta regi o tanto em fun o da rea abrangida como pela popula o atingida que sofre com o aumento da pobreza como efeito da degrada o de suas terras Estudos indicaram que a rea afetada de forma muito grave de 98 595 km2 cerca de 10 da regi o semi rida e que 81 870 km2 est o afetados de forma grave Em 14 de outubro de 1994 o Brasil assinou a Conven o vindo a ser ratificada pelo Congr
150. eitas foi preconizar que todas as guas do Brasil s o do dom nio p blico Houve assim extin o do dom nio privado da gua subterr nea previsto no Art 96 do C digo das guas de 1934 Por sua vez a Lei Federal n 9 433 de 08 de janeiro de 1997 instituiu a Pol tica Nacional de Recursos H dricos criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos regulamentou o inciso XIX do art 21 da Constitui o Federal de 1988 e alterou o art 1 da Lei n 8 001 de 13 de mar o de 1990 que modificou a Lei n 7 990 de 28 de dezembro de 1989 Ressalta se que a Lei n 9 433 97 estabeleceu novos tipos de organiza o para a gest o compartilhada do uso da gua Finalmente a Lei n 9 984 17 de julho de 2000 criou a Ag ncia nacional de guas ANA para implementar a Pol tica Nacional de Recursos H dricos cuja formula o ficar a cargo da Secretaria Nacional de Recursos H dricos SRH do Minist rio do Meio Ambiente MMA Neste quadro todavia embora a Lei 9 433 97 fale de gest o integrada da bacia hidrogr fica as a es at agora implantadas t m contemplado t o somente as guas que fluem pelos rios as acumuladas nos a udes e nos pantanais por exemplo 159 Portanto falta uma legisla o que considere os aspectos espec ficos de ocorr ncia usos e conserva o das guas subterr neas Da mesma forma falta uma legisla o espec fica que estabele a os princ pios a serem observados p
151. elulose S A localizada no Munic pio de Guapimirim com capta o na rede p blica e manancial superficial Rio Soberbo da ordem de 710 m3 dia praticamente sem retorno De acordo com informa es da Prefeitura de Cachoeiras de Macacu cerca de 50 das resid ncias possuem sistema fossa sumidouro As demais lan am os esgotos ou diretamente nos cursos de gua ou na rede de guas pluviais Uma concep o para o sistema de coleta e tratamento dos esgotos domiciliares da Bacia do Rio Macacu apresentada no Plano Diretor de Esgotamento Sanit rio da Regi o Metropolitana do Rio de Janeiro e das Bacias Contribuintes Ba a de Guanabara 1994 Segundo este Plano o sistema de esgotamento sanit rio da regi o das Bacias dos Rios Macacu e Caceribu denominado Sistema Macacu prev a constru o de redes de coleta nas reas urbanas e de esta es de tratamento a n vel secund rio assim distribu das duas na Sub Bacia do Rio Macacu tr s na Sub Bacia do Rio Aldeia Caceribu uma na Sub Bacia do Rio Vargem e uma na Sub Bacia do Rio Caceribu Para as demais reas foram propostos diversos sistemas isolados de pequeno porte 143 A capta o no Canal de Imunana para o abastecimento dos munic pios de Niter i e S o Gon alo ampliada para atender s demandas das popula es destes munic pios primeira etapa tem as seguintes caracter sticas Figura 10 Esquema geral do sistema de capta o de Imunana Cedae Barragem subme
152. empo de retorno do investimento n o seja interessante para o produtor a cultura deve ser abandonada Ainda para a cultura do eucalipto seria importante a sua transfer ncia para locais onde o consumo de gua feito por esta esp cie florestal n o comprometesse a utiliza o pela popula o 6 2 Espec fica de Niter i Os conflitos que envolvem o munic pio s o de ordem natural e pol tica administrativa de ordem natural porque todos os recursos h dricos de Niter i est o comprometidos na sua grande maioria e os rios e c rregos est o canalizados e polu dos em rela o as guas subterr neas estas encontram se polu das pela percola o das guas das fossas s pticas ou quando n o devido a proximidade do mar s o salobras Portanto Niter i n o possui guas com qualidade e em quantidade para o abastecimento de sua popula o Em rela o as quest es poli tica administrativa caracteriza se uma situa o de conflito entre a empresa estadual respons vel pelas guas do Estado a CEDAE e a Concession ria guas de Niter i que distribui a gua para os 162 consumidores do munic pio vindas da ETA Imunana Laranjal situada em S o Gon alo vinda da Bacia do Macacu Existem no munic pio dez reservat rios com capacidades vari veis vide anexo 9 1 p g 177 A gest o dos recursos h dricos de Niter i efetuada pela SERLA e a administra o era atribu da a CEDAE at meados do ano de 1999 toda a administra
153. enso processo de mercantiliza o da gua nega o de seu uso social e tamb m a nega o da soberania dos pa ses Podemos ent o ter a dimens o da gravidade disso para as popula es do mundo j que se trata de um elemento essencial a vida e a manuten o dos ecossistemas No Brasil o processo de privatiza o dos servi os p blicos introduziu as ag ncias reguladoras tanto no n vel federal como no n vel estadual Tais ag ncias embora representem uma inova o no sentido das atribui es assumidas pelo poder p blico conservam ainda o recorte setorial dado s tradicionais pol ticas e divis o administrativa O SNRH constitui a principio uma unidade espacial para operar a bacia hidrogr fica com o intuito de valorizar as inter rela es de fen menos que interferem na disponibilidade de recursos h dricos Rio 2001 As ag ncias de gua t m como atribui es cobrar pelo uso dos recursos gerir os recursos oriundos desta cobran a constituindo de fato Secretarias executivas dos Comit s em uma escala Regional e Local ANEEL 1999 110 3 DESCRI O E DELIMITA O DA REA DE ESTUDO 3 1 Dados gerais sobre o munic pio de Niter i Localiza o Limites territoriais do Munic pio de Niter i Localiza o Astron mica 22 53 60 Latitude Sul 43 06 13 Longitude Oeste rea Total 130 km2 7000 0 7000 14000 Kilometers Fonte PMN CECITEC Figura 5 Map
154. ente revista de forma continua toda a rea das colinas e maci os costeiros e parte das plan cies litor neas estendendo se desde o n vel do mar at as mais altas costas do munic pio em torno de 400 metros Atualmente podemos encontr la associada ao relevo nas reas mais elevadas e de mais dif cil acesso como as do Parque Estadual da Tiririca reas de especial interesse ambiental das Serras Grande do Malheiro e dos Morros do Jacar e Cantagalo incluindo a Reserva Ecol gica Darcy Ribeiro e nos morros pr ximos ba a da Guanabara como os de Santo In cio e da Vira o onde est localizada a Esta o Ecol gica do Parque da Cidade Este exemplar de floresta mais a do tipo Ombr fila Mista e o Estacional Semidecidual compreendem o dom nio da Mata Atl ntica que no inicio da coloniza o cobria cerca de 97 da rea total do Estado do Rio de Janeiro Nas reas dominadas pelas forma es pioneiras o conhecimento do tipo de solo argiloso arenoso foi primordial para suas identifica es Estes solos est o submetidos incessantemente s influencias marinha fluvial e fluviomarinha e correspondem vegeta o das restingas arb reas e herb ceas sobre dunas e cord es litor neos dos ambientes de acumula o dos cursos d gua sujeitos a inunda es peri dicas e dos mangues Atualmente bastante descaracterizados em decorr ncia da intensa expans o urbana das ultimas d cadas encontramos no munic pio de Niter i
155. entes p blicos e privados visando o uso m ltiplo de recursos h dricos estimular e apoiar as iniciativas voltadas para a cria o de organismos de bacia Embora a Lei 9 433 97 fale de gest o integrada da bacia hidrogr fica as a es at agora implantadas t m contemplado t o somente as guas que fluem pelos rios as acumuladas nos a udes e nos pantanais por exemplo Portanto falta uma legisla o que considere os aspectos espec ficos de ocorr ncia usos e conserva o das guas subterr neas Da mesma forma falta uma legisla o espec fica que estabele a os princ pios a serem observados para capta o das guas de chuva e de reuso das guas pluviais ou tratadas e injetadas no subsolo em cada uma das UGRHI Unidades de Gerenciamento dos Recursos H dricos por exemplo Os Estados federados possuem autonomia assegurada pela Constitui o Federal 1988 consubstanciada na capacidade de auto administra o autogoverno autolegisla o e auto organiza o Por meio da capacidade de auto organiza o e de autolegisla o os Estados federados s o organizados e regidos por suas constitui es e leis sempre obedecidos os princ pios da Constitui o Federal Desse modo as Constitui es Estaduais dispuseram amplamente sobre o meio ambiente obedecidas s diretrizes federais Especificamente sobre a prote o jur dica dos recursos h dricos foram elaborados e dispostos v rios preceitos constitucionais a Lei 3239
156. ermitia que o Egito utilizasse 55 bilh es de metros c bicos de gua do Nilo por ano enquanto o Sud o teria direito ao uso de 18 5 bilh es de metros c bicos Mas em 1998 a demanda de gua por parte da na o eg pcia j chegava aos 68 bilh es de metros c bicos O Egito j afirmou que estaria disposto a entrar em guerra com os pa ses a montante caso seus fluxos de gua fossem diminu dos A Eti pia pa s onde brotam 85 das guas do Nilo prop e uma coopera o internacional mas sempre se refere ao rio como sua propriedade Em rela o aos diversos conflitos que ocorrem nos Estados Unidos muitos analistas afirmam que eles n o ir o sofrer com a escassez de gua e n o entrar o em guerra com outras na es objetivando o controle deste recurso Mas importante conhecermos a rela o que eles t m com seus vizinhos M xico e Canad rela o esta que se da de forma desigual e tendenciosa Ao Sul com o M xico os Estados Unidos dividem dois importantes rios o Colorado e o Grande O rio Colorado nasce nos Estados Unidos e atravessa o M xico ate 105 chegar ao Golfo da Calif rnia Antes conhecido com Nilo Americano as guas que hoje correm por este rio s o completamente polu das principalmente pelo uso desmedido de agrot xico na agricultura de regi es ridas do Novo M xico Calif rnia e Texas e por sustentar a demanda alt ssima dos padr es de consumo norte americano Durante a primeira metade do s culo
157. es de reais Voltando se aos t picos anteriores e agregando o fato de que poucos investimentos est o sendo feitos em saneamento a proje o para o futuro de que os gastos com sa de devam aumentar na mesma medida do d ficit p blico em saneamento Verifica se uma queda da qualidade de vida devido a probabilidade de prolifera o de endemias e epidemias 5 1 3 Desperd cio Da gua capitada no Brasil para consumo humano 40 perdida no processo de tratamento e distribui o A solu o para o problema acima mencionado passa pela educa o da popula o trabalho este que deve ser conduzido pelas escolas pois uma forma simples e barata de levar a gua tratada a um n mero maior de brasileiros No levantamento das tend ncias a observa o dos itens j tratados agregado ao fato de que as campanhas no sentido de reduzir o desperd cio de gua s o bastante acanhadas de se supor que haver um aumento da perda de gua por descuido de uso do recurso pela popula o Pode se prever que no futuro algumas cidades brasileiras ser o obrigadas a racionar o fornecimento de gua 5 1 4 Redu o das matas ciliares 153 O desmatamento e a ocupa o desordenada do solo sejam nas cidades ou no campo vem gerando uma redu o das matas ciliares Ainda que protegidas por lei a falta de fiscaliza o e gan ncia de empreendedores imobili rios e agricultores est levando destrui o da prote o dos cursos d
158. es e ap s as tr s etapas de constru o dos barramentos Vaz es do Canal de Imunana Montante do Rio Guapimirim Resultado do Balan o H drico m s Situa o Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Sem 8 41 9 36 17 0 17 4 3 66 3 5 3 64 3 11 2 06 3 78 5 36 8 47 barragem l etapa 1 77 2 72 10 3 10 7 1 37 1 21 1 35 0 82 0 23 1 49 1 28 1 83 2 etapa 0 92 0 05 7 71 8 10 0 45 0 29 0 43 0 1 1 15 0 57 3 97 0 86 3 etapa 5 15 4 2 3 41 3 80 0 75 0 91 0 77 1 30 2 35 0 61 8 20 5 09 Fonte Semads Plan gua 1988 Tabela 10 Vaz es do Canal de Imunana Vaz es do Rio Macacu Trecho jusante da Conflu ncia com o Rio Guapimirim Resultado do Balan o H drico m s Situa o Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Sem 12 9 13 8 21 4 21 8 5 19 5 03 5 17 4 64 3 59 5 31 9 81 12 9 barragem Il etapa 6 22 7 17 14 8 15 1 2 90 2 74 2 88 2 35 1 30 3 02 3 17 6 28 2 etapa 3 53 4 50 12 2 12 5 1 98 1 82 1 96 1 43 0 38 2 10 0 48 3 59 3 etapa 0 70 0 25 7 86 8 25 0 78 0 62 0 76 0 23 0 82 0 92 3 75 0 64 Fonte Semads Plan gua 1988 Tabela 11
159. esiano O po o que capta esses tipos de aq feros chamado po o 33 artesiano porque o n vel d gua est acima do len ol fre tico Quando o n vel artesiano eleva se acima da superf cie do solo o po o chamado surgente ou jorrante O reabastecimento de um aq fero ocorre basicamente a partir da infiltra o de gua das chuvas e em menor escala de corpos d gua superficiais O maior ou menor grau de reabastecimento ou recarga depende de fatores como clima vegeta o relevo drenagem e da geologia da regi o A gua subterr nea serve para muitos fins pode ser bombeada para um rio a fim de lhe aumentar o fluxo o que apenas acelera o processo natural de transfer ncia ou empregada na irriga o Neste caso a gua devolvida ao deposito inicial de superf cie por um circuito artificial sobre o sistema hidrol gico As consequ ncias ser o diferentes se a gua for extra da do len ol agii fero a uma taxa superior da recarga natural Para que se mantenha esse coeficiente de extra o o liquido deve ser retirado da armazenagem das rochas o que faz cair os n veis hidrost ticos da rea de a o O efeito semelhante ao de esgotar a gua de uma bacia que ao mesmo tempo est sendo cheia com uma torneira Se houver correspond ncia na sa da e na entrada o n vel se manter constante Se o esvaziamento for mais r pido o n vel cair O rebaixamento do n vel fre tico pode ser m nimo com um simples po o
160. esso Nacional em 12 de junho de 1997 Em 22 de dezembro daquele ano o Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA aprovou as Diretrizes para a Pol tica Nacional de Combate Desertifica o elaborada pelo Minist rio do Meio Ambiente MMA As a es nacionais implementadas no mbito do Minist rio do Meio Ambiente tiveram seu desenvolvimento atrelado ao acordo internacional firmado com o Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento Sustent vel PNUD assinado em 1995 Nessa data iniciou se um esfor o de sensibiliza o interna no Minist rio no sentido de 157 envolver todas as secretarias assim como sensibilizar os demais rg os para a elabora o da Pol tica Nacional e do Plano Nacional de Combate Desertifica o Foram estabelecidas parcerias com ONGs para possibilitar um trabalho efetivo em lugares afetados pelo processo Procurou se agregar a es visando o fortalecimento institucional do ponto focal Em novembro de 1999 o Brasil sediou a III Confer ncia das Partes COP3 e o ano de 2000 foi marcado por algumas realiza es dentre as quais destaca se a elabora o de Pol ticas Estaduais e Municipais de Combate Desertifica o em reas afetadas As a es na rea de desertifica o no Brasil tiveram ao longo do tempo um car ter epis dico em 1950 foi criada a SUDENE Superintend ncia para o Desenvolvimento do Nordeste que pretendia modernizar a economia da regi o semi rida em 1977
161. eza exemplar S o constela es de cren as valores t cnicas etc partilhadas pelos membros de uma comunidade determinada as solu es concretas de quebra cabe as que empregadas como modelos ou exemplos podem substituir regras expl citas como base para a solu o dos restantes quebra cabe as da ci ncia normal THOMAS KUHN 1988 O objetivo de toda sociedade diante de um modelo econ mico que tem em sua base a regula o pelas for as de mercado enfraquecendo o papel do estado e n o aceitando a legitimidade da sociedade civil organizada dever ser a busca de novas cren as valores e t cnicas partilhadas pelos membros de uma determinada comunidade de maneira a se alcan ar a sustentabilidade de forma consistente Cavalcanti 1998 aborda este tema com dois diferentes paradigmas de sustentabilidade de um lado o primeiro paradigma que corresponderia a uma situa o de m ximo equil brio e rever ncia pela natureza o paradigma dos ndios brasileiros aquele que foi encontrado em 1500 e que se pode testemunhar ainda em reas remotas da Amaz nia e o segundo paradigma que conduziria a um extremo de estresse ambiental e que n o cont m atributos intr nsecos de respeito pela natureza o que se percebe nos padr es de consumo de recursos pelos Estados Unidos A industrializa o foi a mola propulsora do modelo atual de desenvolvimento dessa maneira os pa ses industrializados s o os desenvolvidos ditos do P
162. foi elaborado o diagn stico nacional para a Confer ncia de Nairobi em 1987 a Universidade do Piau desenvolvia pesquisas sobre desertifica o em 1991 foi organizada pela Funda o Esquel do Brasil a Confer ncia Internacional sobre os Impactos das Varia es Clim ticas das Regi es Semi ridas ICID e em 1994 a Confer ncia e Semin rio Latino americano sobre Desertifica o CONSLAD onde houve a forma o do GRULAC Grupo Latino Americano e do Caribe Cabe ainda ressaltar que o Brasil acompanhou desde o in cio todos os procedimentos para a CCD e tem estado atuante ante as reuni es de implementa o da Conven o principalmente na Am rica Latina Contudo mesmo havendo um envolvimento institucional de v rias voca es seja de governo ONGs universidades institutos etc desde o in cio das discuss es do referido tema ainda assim n o existe uma pol tica abrangente para o combate desertifica o e mitiga o dos efeitos da seca Assim com os resultados obtidos e considerando o est gio atual de implementa o da Conven o existe a necessidade de novas estrat gias como coordenar as a es de controle da desertifica o com as a es de combate aos efeitos da seca priorizar a an lise econ mica dos impactos da desertifica o na economia no ambiente solos gua biodiversidade e na sociedade e orientar os rg os atuantes na regi o segundo preceitos da CCD A desertifica o um process
163. forma harm nica e eficiente S o v rios os vieses que podem ser abordados por conflitos como por exemplo campo x campo campo x cidade cidade x cidade pa ses x pa ses 93 2 4 1 campo x campo Com o crescimento da popula o mundial nossa sociedade depende cada vez mais de recursos naturais O gigantismo que afeta nossas metr poles fruto da aus ncia de planejamento ou mais lamentavelmente resulta de planejamento fragment rio Esse planejamento de forma parcial o torna inexegi vel quando adotado resultando em fracasso e desperd cio do dinheiro p blico A demanda por alimentos acompanha o crescimento populacional e por conseguinte requer aumento nas reas para produ o agr cola e pecu ria Para estas atividades existe uma substancial necessidade do recurso gua Evidentemente a m utiliza o do recurso frequente fonte geradora de conflitos Neste item ser o ilustrados de forma sucinta alguns cen rios onde existem conflitos em rea rural envolvendo a m utiliza o da gua As grandes civiliza es da humanidade sempre tiveram vinculado ao seu desenvolvimento sua agricultura e os recursos h dricos a exemplo da civiliza o eg pcia trigo rio Nilo At hoje a maior parte das grandes aglomera es humanas se desenvolve junto a relevantes cursos d gua As atividades agropecu rias por sua vez tamb m ocorrem nestes locais n o s porque existe a necessidade de irriga o mas tamb m porque
164. g ncia Nacional de Aguas 2001 328p il SHIKLOMANOV I A Comprehensive Assessment of the Freshwater Resources of the world Assessmente of water Resource and Water Availability in the World WMO SEI 1997 85p SILVA J A da Direito Ambiental Constitucional 2 ed Ver Aum S o Paulo Malheiros Editores 1994 243 p STARZYNSKI R SOARES P V CARVALHO J L Rela o entre os componentes ambientais e suas implica es na utiliza o de recursos naturais In Curso de Recursos H dricos Produ o Conserva o e Recupera o Cunha SP p 2 13 1999 THOMAS K O homem e o mundo Natural S o Paulo Cia das Letras 1988 459 p ULLMANN R A Antropologia o homem e a cultura Petr polis Vozes 3 edi o 1991 328p VILLIERS M de gua tradu o Jos Kocerginsky Rio de Janeiro Ediouro 2002 457 p Sites File A ANiteroi Site http www cide rj gov br bancodados infra htm 178 9 ANEXOS 9 1 PRIMEIRA ENTREVISTA A GUAS DE NITER I Entrevista ao Sr Dante Lusivotto e o Senhor Alexandre Bianchini De que forma feita a Gest o dos Recursos H dricos em Niter i R Como em todo o Estado a gest o dos recursos h dricos em Niter i de responsabilidade da FEEMA Qual ou quais s o as proced ncias das guas que abastecem o munic pio R Da conflu ncia dos rios Macac e Guapia na regi o de Mag esses rios tem origem na Serra dos rg os Quantos reservat rios possue
165. ge observa o do regime hidrol gico Historicamente esta bacia perdeu artificialmente devido a interven es feitas pelo DNOS na d cada de 40 o rio Caceribu como seu afluente e com isto perdeu tamb m 257 47 m s de acordo com dados do relat rio da JICA 1992 1993 Do s culo XVI ao XIX o Macacu Caceribu funcionaram como vias de penetra o para o povoamento e coloniza o da Baixada da Guanabara serviam ainda nos s culos XVII e XIX aos contrabandistas de ouro e traficantes de escravos como acesso entre os portos da Regi o dos Lagos e as rotas oficiais controladas pela Coroa Portuguesa que cortavam a Regi o serrana Fluminense ligando Minas Gerais ao Rio de Janeiro Durante este per odo sofreram com os seus afluentes os efeitos do desmatamento de suas margens das reas mais interiores e de suas cabeceiras em fun o do aproveitamento dos solos para explora o agr cola 134 A cana de a car dominou a economia regional do s culo XVI ao XIX quando aconteceu um surto cafeicultor entre 1830 e 1870 A madeira retirada era utilizada como fonte de renda secundaria na produ o de carv o como lenha para uso domestico como combust vel para as embarca es e trens a vapor nas primitivas olarias e nos engenhos O resultado deste processo foi sentido nas primeiras d cadas do s culo passado quando at as reas de cabeceiras do Caceribu Serra do Sambe foram desmatadas e ocupadas pelos cafezais Sem a prote
166. gr colas na gua que n o s o na maioria das vezes monitorados pelas Esta es de Tratamento Lembramos de que muitas ETAs s fazem a desinfec o e clora o da gua Hoje podemos considerar a popula o mundial em sua grande parte urbana No caso brasileiro temos de acordo com o ltimo censo demogr fico do IBGE 2000 quase 80 da popula o brasileira nas reas urbanas Atra dos por melhores condi es de vida expulsos do campo pela estrutura fundi ria concentradora de terras por uma monocultura mecanizada os homens do campo v o se transformando em subempregados perif ricos das cidades No campo ficam os produtores rurais que se utilizam amplamente de agroqu micos em suas lavouras e v o cada vez mais avan ando na dire o de reas que deveriam estar preservadas como as reas de cabeceira de rios muitas delas fornecedora de gua para as cidades At a gua subterr nea n o est fora do perigo da contamina o e da degrada o Temos algumas reas na Forma o do Arenito Botucatu no oeste de S o Paulo j contaminadas Isto quer dizer que o maior aqu fero recentemente descoberto no mundo o Guarani j se encontra contaminado em alguns trechos O referido aq fero intensamente utilizado por grandes cidades do interior de S o Paulo e na pr pria capital De acordo com dados da UNESCO os americanos consomem 600 litros de gua por dia o que representa 20 vezes mais que um africano O paulista
167. gra o de planejamento e gerenciamento gest o se d tendo como sujeito o espa o e n o atrav s de uma tica setorial por atividades parte se do todo para o particular do maior para o menor sempre tendo o espa o como referencial e como unidade de planejamento Assim n o se pensa prioritariamente em planos para os setores industriais agr colas etc mas antes em planos pol ticas regionais preferencialmente por bacias hidrogr ficas PEREIRA 2000 Dentro das pol ticas que integram a Gest o Ambiental est o os conflitos tomadas de decis o e os instrumentos da Pol tica Ambiental justamente por ser dif cil articula o entre todas as partes e tamb m os interesses envolvidos Para Lanna 1999 Gest o Ambiental o processo de articula o das a es dos diferentes agentes sociais que interagem em um dado espa o com vistas a garantir a adequa o dos meios de explora o dos recursos ambientais naturais econ micos e s cio culturais Gest o Ambiental tamb m uma atividade voltada formula o de princ pios e diretrizes estrutura o de sistemas gerenciais e tomada de decis es que tem por objetivo final promover de forma coordenada o invent rio o uso controle prote o e conserva o do ambiente visando a atingir o objetivo estrat gico do desenvolvimento sustent vel 70 S o partes integrantes da Gest o Ambiental de acordo com Lanna 1999 Pol tica Ambiental
168. gua 100 Em situa es de conflito lembramos que a prioridade no uso da gua para o homem e depois para a dessedenta o de animais Como o fator econ mico prioridade e det m o poder que lhe auferido pelo dinheiro faz se necess ria regulamenta o atrav s de ag ncias reguladoras que envolvam a sociedade como um todo em seu gerenciamento Uma das solu es encontradas pelo governo para tentar resolver o problema foi a cria o do Comit da Bacia Hidrogr fica da Baixada Santista onde se percebe uma acirrada disputa pelo uso da representatividade nesse Comit 2 4 4 Pa ses x pa ses As grandes guerras sempre tiveram causas remotas e imediatas como desaven as ambi o doentia necessidade de poder mas principalmente ocorrem guerras de conquistas expans o de fronteira ou seja a luta era travada objetivando a supremacia pela terra Este novo mil nio traz uma mudan a no paradigma da guerra ao colocar a gua como recurso estrat gico central O problema se torna cada vez mais complicado quando a gua aos poucos adquire valor de mercado e come a a ser rotulada como ouro do futuro Na maioria dos continentes a gan ncia rivalidades hist ricas e culturais fazem da gua mais um motivo gerador de desaven as aprofundando conflitos Em alguns paises europeus onde a gua poderia trazer consegii ncias desastrosas chegou se a um consenso e a coopera o aprofundada ap s a forma o da Uni o
169. gua aumentando a exposi o dos espelhos d gua ao Sol Tal fato al m da perda imediata de gua pelo aumento da evapora o permite que as enxurradas geradas pelas chuvas levem uma maior quantidade de terra e detritos para o leito dos cursos d gua assoreando os Ainda que as campanhas do governo tenham minimizado o desmatamento de tal vegeta o a falta de reposi o da flora perdida e a utiliza o das margens dos rios para plantio pecu ria e empreendimentos imobili rios contribuem para o agravamento da situa o Ainda que n o esteja ligado destrui o de matas ciliares o garimpo por lavra j respons vel pelo aterramento de rios e destrui o de microssistemas no Centro Oeste e Amaz nia Fato que a continuar com a prec ria fiscaliza o atual gerar a perda de outras fontes de recursos h dricos para o futuro 5 1 5 Reservat rios O artigo Pol ticas de conserva o buscam evitar escassez h drica de Kristina Michahelles apresenta a constata o de que dos reservat rios d gua existentes no mundo respons veis pelo abastecimento de gua pot vel pela irriga o de lavouras e pela produ o de energia el trica muitos deles correm o risco de perder sua capacidade por causa da sedimenta o de lama Caso n o se adotem medidas urgentes um quinto da capacidade dessas barragens poder ser perdida ao longo das pr ximas d cadas trazendo problemas ao abastecimento no futuro Segundo alguns espe
170. gulados pela urbaniza o e vias de transporte prejudicados pelos esgotos sem tratamento e pelo grande volume de lixo que geram mau cheiro transmitem doen as e causam enchentes levando os administradores a transformar os leitos dos rios em perfis regulares de concreto em forma de caixa com margens revestidas de concreto A fun o nesses casos transportar as guas rio abaixo o mais r pido poss vel para resolver problemas locais sem observar o aumento do problema a jusante Com esta atitude o rio desaparece na mem ria da popula o ressurgindo apenas quando ocorrem as grandes enchentes e os rios perdem a sua fun o de uso m ltiplo para transformar se em grandes canais de esgoto No munic pio de Niter i a grande maioria dos rios e c rregos est o canalizados e polu dos o que torna muito delicada a situa o de abastecimento de gua visto que toda rede hidrogr fica est comprometida e sem promessas de recupera o pois o custo beneficio para a demanda necess ria n o vi vel e o munic pio est 100 urbanizado o que dificultaria muito qualquer interven o para a recupera o destes cursos d gua Esta delicada situa o torna o munic pio dependente de outras fontes de gua localizadas em outro munic pio com um sistema de tratamento e distribui o interligado a outros munic pios gerando conflitos e necessitando de a es conciliadoras dos rg os respons veis Al m do processo de urbaniza o ser um fo
171. hist rico p 132 Aspectos Fisiograficos da bacia do rio Macacu p 135 Estudos de viabilidade para aproveitamento dos recursos h dricos na bacia p 136 4 3 1 Aspectos qualitativos p 138 4 3 2 Fontes de polui o p 139 Uso do Solo e da gua na bacia p 140 4 4 1 Usos futuros das guas p 145 5 AN LISE DOS ELEMENTOS DIN MICOS E IDENTIFICA O DAS TEND NCIAS p 150 5 1 1 Urbaniza o p 151 5 1 2 Sa de e Saneamento p 152 5 1 3 Desperd cio p 152 5 1 4 Redu o das Matas Ciliares p 152 5 1 5 Reservat rios p 153 5 1 6 Agricultura p 154 5 1 7 Turismo e Lazer p 154 5 1 8 Energia p 155 5 1 9 Desertifica o p 156 5 1 10 Arcabou o Jur dico p 158 6 AN LISE DA PROBLEM TICA DA ESCASSEZ E PROV VEIS CAMINHOS MITIGADORES p 160 6 1 Geral p 160 6 2 Espec fica de Niter i p 161 7 CONCLUS O p 166 8 BIBLIOGRAFIA p 171 9 ANEXOS p 178 9 1 Primeira Entrevista ao Sr Dante Lusivotto e ao Sr Alexandre Bianchini na Concession ria guas de Niter i p 178 9 2 An lise da Infra Estrutura do Munic pio de Niter i p 180 9 3 Legisla o Urban stica e Ambiental de Niter i p 192 9 4 Mapa de abastecimento do munic pio de Niter i pela Concession ria guas de Niter i p 198 LISTA DE ABREVIATURAS AEIS reas de Especial Interesse Social AIDS S ndrome de Imunodefici ncia Adquirida ANA Ag ncia Nacional de
172. hora da qualidade de vida Parece nos que o trin mio Universidade Poder P blico e Cidad os indispens vel e essencial para a adequada gest o do meio ambiente brasileiro A gua um recurso natural que deve ser p blico podendo at possuir natureza jur dica possui natureza difusa de uso comum do povo e integrante do patrim nio ambiental N o se enquadra perfeitamente ao conceito de bem p blico pois embora os lagos rios e qualquer corrente de gua que se situam em terreno de dom nio da Uni o ou que banhem mais de um Estado sirvam de limites com outros paises ou se estendam a territ rio estrangeiro ou dele provenham sejam da Uni o n o mais considerados bens p blicos consoante disposi o do C digo Civil art 66 I mas bens de natureza difusa 75 O C digo de guas de 1934 Decreto n 24 543 de 10 07 34 modificado pelo Decreto Lei n 852 de 11 11 38 que nasceu da necessidade governamental de se permitir ao poder p blico o controle das guas nacionais seu aproveitamento pelas ind strias pela agricultura e navega o bem como de ado o de medidas que facilitassem e garantissem o aproveitamento racional da energia hidr ulica disp s sobre importantes normas relativas prote o das guas contra sua polui o arts 109 a 116 Mesmo tendo surgido numa poca conturbada da hist ria brasileira Revolu o de 1930 Revolu o Paulista de 1934 Assembl ia Constituinte de 1934 o C
173. i o do despejo nas guas de caldas ou vinhotos bem como de res duos ou dejetos capazes de torn las impr prias ainda que temporariamente para o consumo e utiliza o normais ou para a sobreviv ncia das esp cies arts 258 ss 1 VID Promover os meios defensivos necess rios para evitar a pesca predat ria art 258 ss 1 VIII Informar sistematicamente popula o sobre os n veis de polui o a qualidade do meio ambiente as situa es de risco de acidentes e a presen a de substancias potencialmente danosas sa de na gua pot vel e nos alimentos art 258 ss 1 XIV Promover medidas jur dicas e administrativas de responsabiliza o dos causadores de polui o ou de degrada o ambiental e dos que praticarem pesca predat ria art 258 ss 1 XV Acompanhar e fiscalizar as concess es de direito de pesquisa e explora o de recursos h dricos e minerais efetuadas pela Uni o no territ rio do Estado art 258 ss 1 XIX Fiscalizar e controlar na forma da lei a utiliza o de reas biologicamente ricas de manguezais estu rios e outros espa os de reprodu o e 81 crescimento de esp cies aqu ticas em todas as atividades humanas capazes de comprometer esses ecossistemas art 258 ss 1 XXV A capta o em cursos d gua para fins industriais ser feita a jusante do ponto do lan amento dos efluentes l quidos da pr pria industria na forma da lei art 258 ss 4
174. i o caso dos EUA n o querendo assinar recentemente o tratado de Kioto Um ponto importante sobre essa discuss o seria justamente a origem do problema pois a situa o chegou ao ponto em que est pelo nosso modo de interagir com o meio ambiente pois n o est suficientemente inserida na nossa cultura Ocidental principal causadora da degrada o ambiental a conviv ncia harmoniosa e de respeito natureza Desde cedo fomos ensinados a jogar o lixo no rio assim levando o para bem longe de n s A partir desta atitude inicia se a problem tica ambiental que est na quest o cultural pois a diferen a entre jogar um papel de bala no rio e o despejo de efluentes industriais apenas de escala a consci ncia ambiental a mesma 54 Para se alcan ar o desenvolvimento sustent vel a prote o ambiental deve constituir parte integral do processo de desenvolvimento e n o pode ser considerada isolada desse processo ALMEIDA 1998 A quest o da sustentabilidade dos recursos h dricos tem sido uma das mais pol micas e preocupantes da atualidade afinal sem gua n o h vida Para agravar a situa o estudos realizados por especialistas indicam que a demanda de gua vem crescendo de forma desproporcional ao crescimento populacional Nos ltimos 60 anos a popula o mundial duplicou enquanto o consumo de gua foi multiplicado por sete LUCHINI 2000 Dessa forma a gua torna se um bem cada vez mais disputado e tratado co
175. ial Quanto coleta de lixo inadequada foram considerados aqueles domic lios sem coleta direta ou indireta em ca amba ou deposito fora do domicilio Para a constru o do ndice de Habita o foram considerados os indicadores de N mero m dio de moradores por domicilio n mero m dio por c modos por domicilio propor o de domic lios com at 2 c modos propor o de domic lios com at 3 c modos percentual de domic lios em favelas Niter i destaca se na terceira posi o sendo precedida apenas por Blumenau e Florian polis ndice de Qualidade de Vida IQV O ndice de qualidade de vida trata se de uma analise da qualidade de vida dos munic pios fluminenses composto por dezoito indicadores selecionados que permitem a compara o dos oitenta e um munic pios base pol tico administrativo do Estado do Rio de Janeiro em 1991 As fontes utilizadas foram fundamentalmente o Anu rio Estat stico do Rio de Janeiro Funda o CIDE Niter i Bairros SECITEC e o anu rio Estat stico 1993 1994 IPLAN RIO Os Indicadores utilizados s o Servi os de Infra estrutura Percentual de domic lios ligados rede geral de gua Percentual de domic lios ligados rede geral de esgoto Percentual de domic lios com lixo coletado diretamente Terminais telef nicos por grupos de mil habitantes Indicadores de Renda Percentual de chefes de domic lios abaixo da linha de pobreza 2 S
176. iamento dos recursos h dricos B O Estado tem suficientes rg os p blicos com recursos materiais humanos e financeiros para gerir um sistema de recursos h dricos C O Governo do Estado deve designar o rg o concedente do uso dos recursos h dricos estaduais sem a necessidade de cria o de novos rg os D O rg o colegiado referido no item a deve possuir um n cleo t cnico qualitativa e quantitativamente suficiente para dar suporte ao desenvolvimento de seus trabalhos E Sugere se a veicula o do rg o colegiado diretamente ao governo do Estado ou uma secretaria n o setorial casa civil secretaria de planejamento etc F Sugere se a cria o de uma comiss o permanente de recursos h dricos e naturais na Assembl ia Legislativa G Todo projeto de interven o nos recursos h dricos dever ser submetido a uma ampla discuss o com a sociedade atrav s de audi ncia p blica Torna se necess ria a conscientiza o pol tica de todos os t cnicos e usu rios de nossas guas quanto a esses temas e atrav s do pleno uso da cidadania impedir que o uso atomizado dos recursos h dricos continue a hipotecar o ambiente a qualidade futura nossa e de nossos descendentes 2 3 3 Aspectos Normativos da Gest o dos Recursos H dricos Para Musetti 2001 As autoridades investidas das fun es legislativa judici ria e executiva precisam dispensar suficiente aten o s futuras gera es objetivando a mel
177. ianos Referente gera o de energia el trica n o existe nenhum aproveitamento na Bacia do Rio Macacu 145 4 4 1 Usos futuros das guas A CEDAE j em 1985 previa no Plano Diretor de Abastecimento de gua da Regi o Metropolitana amplia o do Sistema Imunana Laranjal para atender ao crescimento da popula o dos Munic pios de Niter i Itabora e S o Gon alo Este Plano visava tamb m aumentar a percentagem de atendimento da popula o urbana desses munic pios al m da inclus o da popula o urbana dos Munic pios de Mag e Marica que seriam abastecidas pelo mesmo Sistema A demanda total foi estimada por etapas poca da elabora o do Plano era de 9 27 m s com proje o para 14 02 m s em 1995 e 17 32 m s no ano de 2010 De acordo com este Plano a capta o no Canal de Imunana seria ampliada e as guas afluentes ao canal regularizadas para seu maior aproveitamento durante todo o ano A regulariza o seria obtida a partir da constru o de barragens nos afluentes do Canal de Imunana conforme apresentado na tabela n 8 Etapas da Amplia o do Sistema Imunana Segundo Plano Diretor de 1988 Etapa Ano de Barragens Vaz o Vaz o de Capta o Implanta o Regularizada m s m s Rio Guapi A u 2 30 l 1988 Rio Iconha 1 16 9 27 Rio Soarinho 1 47 Rio Rabelo 1 75 2 1995 Rio Anti Caboclo 2 25 14 02 Rio Para so 0 94 3 2010 Rio Macacu 4 35 17 32 F
178. iar houve movimento da sociedade civil no sentido de impedir a constru o das barragens tendo em vista que os lagos a serem formados iriam inundar diversas propriedades prejudicando tamb m os ecossistemas ai encontrados Considerando as dificuldades mencionadas e ainda a reavalia o do crescimento da popula o que ficou muito aqu m daquele previsto por ocasi o do projeto a CEDAE optou inicialmente por n o construir as barragens e ampliar a capta o de 5 m3 s para 7 m3 s conforme mencionado Essa nova configura o n o beneficia a popula o dos munic pios de Mag e Marica Para o munic pio de Cachoeiras de Macacu a mais recente solu o de amplia o foi apresentada no Plano Diretor de Abastecimento de gua da Regi o Metropolitana datado de 1985 Segundo o Plano o sistema proposto previa a manuten o das capta es existentes tendo em vista que estas se encontravam em boas condi es Previa no entanto substitui o da adutora por outra de maior di metro e a constru o de uma esta o de tratamento convencional para vaz o de 72 l s captada no Rio Souza A rede de distribui o deveria ser aumentada em 30 2 km de extens o em 1985 primeira etapa e mais 15 6 km em 1985 segunda etapa Nenhuma obra foi executada apesar do Munic pio de Cachoeiras de Macacu ter sido inclu do no Programa Comunidade Solid ria 149 No momento o planejamento das novas obras de saneamento gua e esgoto depende do
179. ico ap s tratamento convencional A qualidade das guas vem sendo monitorada pela FEEMA que mant m na Bacia quatro esta es de monitoragem integrantes da rede b sica do Estado GP 600 no Rio Macacu trecho a jusante da conflu ncia com o Rio Guapimirim Esta esta o fornece informa o sobre a qualidade das guas da Bacia do Rio Macacu afluente Ba a de Guanabara GP 601 no Canal de Imunana Situada estrategicamente pr ximo tomada d gua da CEDAE para abastecimento de Niter i e S o Gon alo Fornece informa es sobre a qualidade das guas a serem captadas MC 967 No Rio Macacu montante da conflu ncia do Rio Guapi A u Respons vel pelo controle das fontes de polui o neste trecho SB 998 no Rio Soberbo Respons vel pelo controle da polui o gerada pelas ind strias e pelos esgotos dom sticos da Bacia Os par metros observados foram DBO mg l pH nitrog nio amoniacal mg l f sforo total mg 1 fen is mg 1 coliformes fecais 1000 NMP 100ml merc rio Hg 1 chumbo mg l c dmio mg l e zinco mg 1 Analisando se o resultado pode se tecer os seguintes coment rios MC 967 mostra que a qualidade das guas do Rio Macacu no trecho encontra se em boas condi es Comparando com os padr es definidos na Resolu o CONAMA 20 os valores obtidos nas analises nos tr s per odos 139 estudados est o abaixo dos limites preconizados Os padr es s o superados
180. ico 1 029 12 1 31 253 068 19 9 30 4 9 050 285 5 0 9 130 Norte Nordeste S o Francisco 634 7 4 11 734 966 7 5 18 5 2 850 90 1 6 7 660 Atl ntico Leste 545 6 4 35 880 413 22 8 65 8 4 350 137 2 4 3 820 Paraguai 368 4 3 1 820 569 1 2 4 9 1 290 41 0 7 22 340 Paran 877 10 3 49 924 540 31 8 56 9 11 000 347 6 0 6 950 Uruguai 178 2A 3 837 972 2 4 21 6 4 150 131 23 34 100 Atl ntico Sudeste 224 2 6 12 427 377 7 9 55 5 4 300 136 2 4 10 910 BRASIL 8 512 100 157 070 163 100 18 5 182 170 3 745 100 36 580 IBGE 1996 Produ o h drica brasileira Tabela 4 Volume h drico das bacias hidrogr ficas brasileiras No Brasil as guas subterr neas ocupam diferentes tipos de reservat rios desde as zonas fraturadas do embasamento cristalino a exemplo da regi o do semi rido nordestino at os dep sitos sedimentares a exemplo do aq fero Guarani situado na por o sul sudeste do pa s A reserva permanente total de gua subterr nea no Brasil de 112 000 km3 sendo que cerca de 90 est o nas bacias sedimentares Estima se que cerca de 200 000 po os estejam em opera o por m n o havendo controle da extra o e uso da gua subterr nea tanto nos n veis federal e quanto estadual fica dif cil caracterizar sua utiliza o Conforme os dados do ltimo censo sanit rio cerca de 61 da popula o brasileira se auto abastece com gua subterr nea sendo 43 por meio de po os tubulares 12 por meio de fontes ou nascentes e
181. icos V constru o de pr dios municipais de interesse p blico Quando de interesse do munic pio e da iniciativa privada as Opera es Interligadas podem ter como contrapartida doa es ao Fundo Municipal de Desenvolvimento FDM institu do pela Lei n 1562 de 27 de dezembro de 1966 Para a realiza o de empreendimentos que utilizando se deste instrumento possam ocasionar algum tipo de impacto morfol gico urban stico ambiental ou vi rio a Comiss o de Gest o e Aplica o dos Instrumentos de Interven o Urbana determinar que o interessado sem preju zo do disposto na legisla o em vigor realize as interven es que se fizerem necess rias para evitar impactos negativos ao ambiente urbano Esta lei n o se aplica s fra es urbanas de S o Francisco Cachoeiras e Regi o Oce nica 196 A quest o habitacional em Niter i assim como nas demais cidades do pa s retrata a grande desigualdade social Por um lado h reas beneficiadas pela concentra o de investimentos p blicos e privados e por outro algumas desprovidas de investimentos onde predominantemente se localiza a popula o de menor poder aquisitivo Como a presen a da infra estrutura urbana e dos equipamentos de uso coletivo um dos elementos diferenciais de valoriza o do espa o urbano e a sua loca o deve se a fatores socioecon micos encontramos uma cidade que apresenta tamb m contrastes evidenciando assim o modelo de desenvolv
182. imento caracter sticos das cidades dos paises capitalistas terceiro mundista Ao longo das ultimas d cadas reconhecemos nas cidades um novo gradiente de valoriza o imobili ria cujo impacto reflete se na diversifica o dos padr es construtivos e na setoriza o da habita o dos diferentes segmentos sociais segundo crit rios de acessibilidade aos servi os urbanos ao status social e presen a das amenidades naturais A prolifera o de condom nios privativos principalmente nas reas de expans o configura o atual modelo de segrega o s cio espacial presente nas Regi es de Pendotiba e Oce nica Paralelamente nota se um acelerado crescimento de habita es em reas faveladas caracter stico daquelas inseridas nas regi es metropolitanas Esse fato relaciona se dentre outros fatores inefic cia da pol tica habitacional a partir do acelerado processo de urbaniza o nas principais regi es do pa s Em Niter i alem da gradual eleva o dos custos da terra e da produ o historicamente os investimentos imobili rios se concentram em empreendimentos habitacionais voltados para os segmentos de m dia e alta rendas A administra o municipal vem atuando a favor da revers o deste quadro a partir de investimentos p blicos na melhoria da infra estrutura das reas carentes e na reabilita o dos espa os degradados da cidade Os bairros que predominam domic lios de alto padr o construtivo s o Camboinhas e Itacoati
183. inense 11 de agosto de 2002 Dentro desta quest o pode se observar conflito entre o poder publico e o poder privado onde se demonstra o jogo do empurra empurra para a constru o de obras que melhoraria o abastecimento n o resolveria o problema em longo prazo mas amenizaria temporariamente a quest o 164 Caracter sticas Gerais dos munic pios Niter i S o Gon alo e Cachoeiras de Macacu MUNIC PIOS FUNDA O REA km POPULA O ALTITUDE m Niter i 1819 131 8 459 451 5 S o Gon alo 1892 228 747 891 19 Cachoeira de 1679 1055 ou 958 2 42 905 577 Macacu Fontes Secretaria Municipal de Ci ncia e Tecnologia 2002 IBGE 1991 Tabela 12 Caracter sticas gerais de Niter i S o Gon alo e Cachoeiras de Macacu Economias faturadas dos munic pios de Niter i Cachoeiras de Macacu e S o Gon alo Munic pio Total 122 907 Residencial Industrial Comercial P blico 110 883 135 11 101 788 Ano 1997 2000 1997 123 171 138 11 334 923 1 308 1 30 15 135 566 1 354 Niter i 2000 1 648 2 56 7 Cachoeiras de Macacu 1997 152 021 9 830 711 162 885 1 648 S o Gon alo 2000 177 630 9 998 212 177 630 Fontes Companhia Estadual de guas e Esgoto CEDAE Concession rias guas de Juturnaiba S A Concession ria de Servi os P blicos de gua e Esgoto Pr Lagos Concession ria guas de Niter i Concession
184. intenso e despreocupado fez reduzir o fluxo de gua que chega ao Mar Morto causando efeitos desastrosos Esta rea que j constitui a mais baixa superf cie de terra do planeta h aproximadamente 300 metros do n vel do mar afundou mais dez metros desde o inicio do s culo XX e continua afundando O Mar Morto n o importante s por seus minerais ali se extrai pot ssio e bromo ou por seu potencial tur stico mas tamb m porque o seu pr prio volume tem efeito de amenizar o microclima da regi o Para a Jord nia a bacia do Jord o e os aqii feros subterr neos em seu territ rio constituem suas nicas fontes de gua doce Na d cada de 50 quando a Jord nia tentou conquistar o controle de seus recursos h dricos construindo barragens no rio Yarmouk estes foram destru dos pelo ex rcito israelense pois a interrup o do fluxo causava danos aos agricultores judeus no vale do rio Jord o Israel trata a gua como quest o de seguran a evitando revelar dados sobre suas fontes h dricas e tratando as como recurso estrat gico militar Dois ter os da gua do pa s se originam dos territ rios ocupados Golan e Cisjord nia Golan controlada tanto por uma quest o de seguran a militar j que os israelenses acreditam que a ocupa o desta regi o evitaria a intrus o de terroristas rabes em seu territ rio como pela quest o da gua A ocupa o da Cisjord nia da Faixa de Gaza e das Colinas de Golan em 1981 asseguram a Is
185. io do Estado constru o de 2 reservat rios de 3 milh es de litros de gua cada 185 Km de esgoto limpos 115 elevat rias de gua e esgoto reformadas e a elimina o de l nguas negras nas praias de Icara Boa Viagem e Flexas Com estas obras o munic pio passou a ter 98 de sua popula o atendida por este servi o restando desta forma apenas dois bairros o do Rio do Ouro e V rzea das Mo as Para estes dois ltimos bairros a concession ria com base em estudos feitos por t cnicos da Universidade Federal Fluminense UFF estudo de identifica o geol gica da regi o ser o perfurados quatro po os artesianos e um reservat rio de 500 mil litros para onde a gua ser bombeada A obra inclui ainda a implanta o de 35 quil metros de tubula o para que assim consiga atingir 100 da popula o atendidas com gua tratada no munic pio Com a obra ser resolvido um antigo problema entre a atual concession ria e a CEDAE onde a CEDAE teria que construir a sexta linha adutora da Esta o de Tratamento do Laranjal em S o Gon alo que abastece Niter i S o Gon alo e Itabora mas o projeto n o foi efetivado por falta de verba O que conseguimos sentir em rela o ao abastecimento de gua em Niter i um grande conflito como pudemos constatar o munic pio n o possui nenhum corpo h drico 131 superficial em condi es nem de potalidade e nem de vaz o suficientes para serem utilizados e os corpos d gua subterr
186. isso Que parcela da nossa sociedade est de fato preparada para este novo paradigma ambiental A exist ncia da lei n o significa que mudou a consci ncia pol tica das pessoas no que diz respeito as quest es ambientais Sato amp Santos 1996 in Ravagnani et al 2000 declaram que a maioria das pessoas n o entende a ntima rela o entre as atividades humanas e o ambiente por ignor ncia ou informa o inadequada de import ncia fundamental sensibilizar as pessoas e envolv las nos problemas ambientais no sentido de buscar solu es efetivas para o desenvolvimento e planejamento ambiental O processo educacional pode despertar a preocupa o tica e ambientalista dos seres humanos modificando os valores e as atitudes proporcionando a constru o de habilidades e mecanismos necess rios ao desenvolvimento sustentado Para atingir esse objetivo necess rio reformular a educa o n o somente com informa es dos ambientes f sicos e biol gicos mas tamb m sobre o ambiente cultural e o desenvolvimento humano Afinal a situa o da educa o no Brasil de hoje talvez a pior das ltimas d cadas Da repress o ideol gica nos anos de regime militar irresponsabilidade de seguidas administra es que priorizaram setores mais rent veis o que restou de educa o no pa s est merc da recess o econ mica e da demagogia pol tica que promovem o sucateamento do sistema educacional F RUM DE ONGS BRASILEIRAS 1
187. ital da prov ncia do Rio de Janeiro em 1835 E no mesmo ano elevada categoria de cidade seu nome foi mudado para NITER I palavra ind gena cuja tradu o GUA ESCONDIDA Com a proclama o da rep blica as prov ncias transformaram se em estados e Niter i passou a ser a capital do Estado do Rio de Janeiro entre 1884 e 1903 perdeu a sua condi o de capital para Petr polis por causa do perigo representado por uma revolta que amea ava bombardear a cidade Em 1903 Niter i voltou a ser capital assim permanecendo at 1975 ocasi o em que pela Lei da Fus o o Estado do Rio de Janeiro passou a ter como capital a cidade do Rio de Janeiro A ocupa o de Niter i desde a sua funda o at o s c XIX baseou se em n cleos populacionais que se formaram ao redor das igrejas detentoras do poder pol tico institucional e respons veis pela manuten o da ordem social A situa o geogr fica de Niter i ao lado oriental da Baia de Guanabara possibilitou estreitas rela es com a cidade Rio de Janeiro atrav s da liga o por via mar tima O Rio de Janeiro era ent o o grande centro comercial do Brasil Colonial Na dire o oposta 10km a nordeste o povoamento de S o Gon alo se constitu a no s culo XVIII no ponto de partida da Estrada Geral para Campos via Itabora Rio Bonito e Maca As caracter sticas topogr ficas da cidade foram determinantes no seu processo de ocupa o al m da interliga
188. ito de recurso inesgot vel foi dando lugar ao de bem de consumo Por se tornar escasso o recurso gua fonte de conflitos principalmente quando os muitos setores usu rios no campo t m dificuldade em gerir sua utiliza o In meros s o os casos de desentendimentos relacionados ao uso ineficiente da gua no Brasil Dentro deste panorama muitos casos de conflitos relacionados utiliza o da gua podem ser descritos no pa s Nas regi es serranas do estado do Rio de Janeiro em muitas reas cuja declividade varia entre 40 e 60 a mata foi sacrificada para dar lugar s atividades agr colas Numa primeira fase dominou o cultivo de caf substitu do em seguida por cultivos de ciclo curto como inhame tomate batata inglesa e hortali as Dubois 1994 Em algumas reas os cafezais foram substitu dos por revegeta o natural da Mata Atl ntica em est gio secund rio de sucess o O clima desta regi o marcado pela alta precipita o com boa distribui o durante o ano 0 a 60 dias secos no m ximo o que determina uma situa o bioecol gica praticamente sem per odo ecologicamente seco IBGE 1992 As culturas de ciclo curto s o praticadas geralmente nas pequenas propriedades rurais em locais constitu dos por fortes inclina es Essas propriedades familiares praticam o cultivo em reas que por lei n o poderiam ser utilizadas para este fim Como consegii ncia desencadeia se um processo erosivo que cul
189. izada Como figurantes nesta pe a mas recitando texto que pode mudar o desfecho da est ria temos os cientistas e os ativistas pol ticos A grande e passiva plat ia o Planeta Estes atores se prop em a interagir na arena da conserva o preserva o das guas no Planeta Os formadores de opini o dentro da dicotomia opini o p blica e opini o que se publica ganham paulatinamente espa o e import ncia no rumo das decis es globais S GUIN 1999 No caso espec fico brasileiro n o devemos permitir que as decis es ditas globais venham interferir no nosso rumo e destino discut vel a id ia da escassez em nosso pa s mas n o quer dizer que com isso possamos admitir o desperd cio pois sabemos do compromisso que se tem com as gera es futuras Os subs dios promovidos pelo governo brasileiro em tempos passados aos pecuaristas embora contribu sse para prosperidade econ mica do setor provocou enorme desmatamento das matas protetoras de nossos mananciais h dricos e refor ou a concentra o fundi ria nas m os de grupos privilegiados A introdu o do sistema de monocultura permitiu o aumento dos ganhos dos exportadores Entretanto eles modificaram os sistemas produtivos tradicionais as cadeias alimentares em nossos rios atrav s do uso de agrot xicos provocando migra es para as cidades e expulsando algumas popula es rurais para zonas agr colas menos produtivas e mais sens veis do ponto de vista da conserva
190. l s o as mais significativas A Gest o Ambiental o instrumento administrativo para o exerc cio da sustentabilidade e para tanto aplica disciplinas t cno cientificas a partir de uma pol tica Mais profundamente vida amor tica comunica o trabalho ci ncia natureza Podem ser resumidos filosoficamente assim de acordo com Engels 1991 apud Pereira 2000 63 Que esta explica o da origem da linguagem por meio e com a ajuda do trabalho a nica correta demonstra o a compara o com outros animais Pelo fato de pouco terem que se comunicar entre si mesmo os mais desenvolvidos podem faz lo sem linguagem articulada No estado natural nenhum animal considera uma falha o fato de n o poder falar ou n o compreender a linguagem humana Mas outra coisa se passa quando domesticado pelo homem O c o e o cavalo adquirem atrav s do trato com o homem um ouvido de tal forma afei oado linguagem articulada que chegam a entender facilmente qualquer idioma naquilo que abrange seu raio de representa es Adquirem tamb m a aptid o para nutrir sentimentos que antes alheios tais como carinho pelo homem a gratid o etc E as pessoas que mantiveram um trato frequente com esses animais podem chegar convic o de que h v rios casos em que os mesmos sentem agora como uma falha a incapacidade de falar o que desgra adamente j n o pode ser remediado devido excessiva especializa o de seus rg os vo
191. l e constataremos que estes domic lios localizam se nas reas onde se encontra a classe mais baixa da popula o Ent o podemos concluir que a forma de subsidio feita pelo Estado favorece apenas uma parte da popula o e justamente a parte mais abastada e os setores que mais gastam gua como a ind stria e a agricultura Em alguns pa ses europeus a cobran a pelo uso dos recursos h dricos feita da seguinte forma o Estado subsidia uma cota m nima de gua para cada domicilio Caso ocorra uma demanda maior que a cota m nima de gua estipulada o usu rio paga o que utilizar a mais sem subsidio do Estado Na frica do Sul foi implementada uma pol tica similar em que os usos sup rfluos s o altamente taxados o que gerou desconforto na ala conservadora daquele pa s A discuss o da gua como 107 mercadoria um dos principais debates hoje em rela o ao uso da gua e o gerenciamento deste recurso estrat gico Isso se d pelo simples fato de que a transforma o em mero consumidor acaba distanciando o de valores como cidadania e coletividade Do cidad o por um compromisso consigo e com a p tria podemos t lo como aliado na procura de solu es que venham a ter em vista um bem comum enquanto o consumidor est investido de um sentimento forte de incolumidade preocupando se somente com o que o afeta j que para este o compromisso acaba com o pagamento das taxas impostas Ent o vemos o discurso de mercanti
192. lanos globais regionais ou de bacias hidrogr ficas e na formula o e avalia o de projetos relativos a recursos h dricos federais rever os planos apresentados pelas comiss es de bacias hidrogr ficas a serem institu das nos termos da lei e formular recomenda es ao Presidente Uma vez definida a unidade de gest o seja a regi o a bacia hidrogr fica ou o grupo de bacias hidrogr ficas a Lei de 1965 possibilita a cria o das comiss es de bacia hidrogr fica por proposi o do conselho de recursos h dricos ou dos estados interessados Entretanto para que a proposi o seja aprovada ela deve obrigatoriamente ser apoiada pelo conselho e pela metade no m nimo dos estados inclu dos na rea de abrang ncia da bacia ou conjunto das bacias hidrogr ficas Em determinados casos conforme especifica o da Lei exigido o apoio de tr s quartos dos estados As atribui es das comiss es de bacia hidrogr fica s o as seguintes coordenar os planos federais interestaduais estaduais e locais relativos aos recursos h dricos na sua rea de jurisdi o preparar e manter atualizado um plano global coordenado e conjunto de desenvolvimento otimizado dos recursos h dricos na sua rea de jurisdi o estabelecer prioridades a longo prazo para a coleta e an lise de dados e para projetos de investiga o planejamento e constru o recomendar s entidades respons veis pelo planejamento dos recursos h dricos
193. legacias e 3 Batalh es da Policia Militar e cinco empresa de seguran a privada A Policia Militar ampliou na cidade a instala o de postos DPO Destacamento de Policiamento Ostensivo com localiza o em pontos estrat gicos como forma de garantir maior seguran a aos cidad os A filosofia do projeto se insere numa vis o mais atual do sentido de Seguran a Publica onde as autoridades policiais atuando permanentemente na mesma comunidade torna se parte integrante dela S o v rios os DPOs existentes nos bairros de Itacoatiara Camboinhas Vila Progresso Largo da Batalha Piratininga Ilha da Concei o Cafub Maria Paula S o Francisco Icara Ing Saneamento b sico Em 1991 apenas 65 74 dos domic lios na cidade possu am liga o de esgoto rede geral portanto nota se a necessidade de investimentos dentro desta rea para atender principalmente as reas de expans o bem como os morros e favelas da cidade onde se concentra a popula o de menor poder aquisitivo Lixo Domiciliar Em rela o aos res duos s lidos 86 02 das moradias s o atendidas por coleta domiciliar apresentando uma destina o adequada ao lixo produzido O restante ainda utiliza formas rudimentares de tratamento e destina o final dos res duos s lidos domiciliares Os servi os de Limpeza p blica na cidade s o de compet ncia da Companhia Municipal de Limpeza Urbana CLIN cabe companhia responsabilidade pelos servi os ex
194. legiados utilizam intensamente a gua para a irriga o de tal modo que acabam por promover desperd cio do recurso e a falta do mesmo jusante Em outros casos os produtores do campo rio acima promovem o represamento dos escassos cursos d gua para satisfazer suas necessidades deixando os usu rios rio abaixo sem acesso ao recurso Os problemas destas regi es s o agravados pelo pronunciado d ficit h drico devido ao seu clima peculiar Naturalmente a pouca disponibilidade do recurso jusante das cole es de gua motivo de enfretamentos entre os agricultores resultando algumas vezes em homic dios 96 Os exemplos citados anteriormente s o provas da necessidade de se efetuar um planejamento quando se trata da utiliza o de um recurso reconhecidamente vital para todas as atividades econ micas Dentro da quest o espec fica do presente trabalho o conflito existe porque do conhecimento de todos que alguns agricultores da bacia de Macacu fornecedora de gua para v rios munic pios utilizam fertilizantes e agrot xicos comprometendo a qualidade da gua utilizada por milhares de pessoas 2 4 2 Cidade x campo Outro exemplo de conflito pode ser apontado na rela o campo X cidade O campo a rea produtora e fornecedora de alimentos para as cidades sendo para tanto consumidora de gua de muitos mananciais h dricos que abastecem a cidade al m do consumo o uso da gua pela agricultura pode colocar defensivos a
195. lis Cantagalo Nova Friburgo Barra Mansa Tr s Rios Valen a Barra do Pira Quatis Arraial do Cabo Pira Paracambi Mendes Angra dos Reis e Bom Jesus do Itabapoana 37 54 48 07 Quinto Grupo Cordeiro Cabo Frio Teres polis Vassouras Miguel Pereira Areal Campos dos Goytacazes Para ba do Sul Santo Antonio de P dua S o Pedro da Aldeia Comendador Levy Gasparian Nova Igua u Itaperuna Rio Bonito S o Gon alo Miracema Mangaratiba Rio das Flores Engenheiro Paulo de Frontin S o Jo o de Meriti Natividade Concei o de Macabu Rio das Ostras Sapucaia e Duque de Caxias 25 26 36 84 Sexto Grupo Italva Itagua Marica Aperib Belford Roxo Itaocara S o Jose do Vale do Rio Preto Rio Claro Quissam Araruama Porci ncula Queimados Laje do Muria S o Fidelis Cachoeiras de Macacu Saquarema Mag Bom Jardim Carmo Duas Barras Guapimirim Santa Maria Madalena e Varre Sai 13 68 24 56 S timo Grupo Cambuci Paraty Itabora Trajano de Morais Japeri Paty de Alferes Cardoso Moreira S o Sebasti o do Alto Sumidouro e S o Jo o da Barra 4 20 12 28 Oitavo Grupo Silva Jardim 0 00 ndice de Condi o de Vida O ICV constru do atrav s de metodologia b sica id ntica utilizada na constru o do IDH mas incorpora um conjunto maior de indicadores que retratam realidades sociais econ micas e ambientais de modo a captar da 184 forma mais abrangente poss vel
196. liza o da gua n o pode ser feita de forma simples j que as consequ ncias podem gerar a n o efetiva o de pol ticas p blicas em rela o ao gerenciamento deste recurso h drico e a perda da posi o estrat gica caso ocorra um comprometimento da qualidade deste recurso o que no caso do Brasil est implementando uma pol tica descentralizada e que depende essencialmente de termos um espa o como cidad os para funcionar Alguns pa ses na busca de solucionar o escasseamento de seus recursos h dricos buscam outras formas de obterem gua em quantidade suficiente para suas necessidades Um exemplo a alternativa que alguns pa ses do Oriente M dio est o buscando que o corte da produ o de alimentos que demandam uma grande quantidade de gua para importarem de outros pa ses os alimentos que necessitam fazendo com isso uma grande economia na quantidade de gua utilizada na agricultura remanejando a para as necessidades b sicas da popula o a chamada gua Virtual uma estrat gia ignorada por hidr logos Contudo quando um pa s adota esta alternativa acaba ocorrendo uma transfer ncia do problema se o que est em risco agora j n o a quantidade de gua suficiente para o abastecimento da popula o e sim a autonomia alimentar do pa s Afinal nenhum pa s quer ser dependente da agricultura de outros Na Am rica do Sul um dos principais instrumentos que condicionar o a implementa o de um programa
197. lo Coelho muitas outras aportaram na Ba a at meados do ano de 1531 A Sesmaria de Macacu estabelecida em 1571 teve seu primeiro povoado denominado Santo Ant nio de S No ano de 1923 este povoado recebeu o nome de Cachoeiras de Macacu O munic pio possui uma rea de acordo com CIDE 1993 de 1 055 Km2 com altitude de 57 metros tem limites com os seguintes munic pios Guapimirim Teres polis Nova Friburgo Silva Jardim Rio Bonito e Itabora Em rela o bacia hidrogr fica ocupa 90 da rea total que de cerca de 1260 Km A bacia do Rio Macacu corresponde a 27 do total da rea da regi o hidrogr fica da Baia de Guanabara Essa bacia engloba parte dos munic pios de Cachoeiras de Macacu Guapimirim 95 e Itabora 12 Seus principais rios s o Macacu Guapi A u e Guapimirim O Rio Macacu em termos de recursos h dricos a fonte mais importante de abastecimento dos munic pios de S o Gon alo e Niter i cuja capta o se d no canal de Imunana Cerca de 2 5 milh es de habitantes inclusive dos munic pios de Cachoeiras de Macacu Guapimirim e Itabora dependem dele sendo vital a conserva o desses mananciais para essas popula es O Rio Macacu pelo fato de ser o mais importante manancial para o abastecimento da rea leste da Regi o Metropolitana do Estado e apresentar na sua bacia hidrogr fica grande potencialidade para agricultura tem merecido a aten o dos rg os governamentais no que tan
198. m Qual a capacidade R Reservat rio do Pires 10 000 m Reservat rio de Corre o 9 000 m Reservat rio do Caval o 5 000 m Reservat rio de Maria Paula 2 500 m Reservat rio de Santa B rbara 2 500 m Reservat rio do Fonseca 3 600 m Caixa de Transi o do Caramujo 2 500 m Reservat rio Maracan 2 500 m Reservat rio de Pendotiba 3 000 m Reservat rio de Itaipu 3 000 m Quais os rg os participam para controlar a distribui o e a qualidade da gua no Munic pio R EMUSA como poder concedente e a empresa guas de Niter i como concession ria Qual era o consumo no Munic pio na d cada de 70 e qual o consumo atualmente R Nos anos 70 era em torno de 900 1 s atualmente 1 750 1 s 179 Qual o n mero de pessoas beneficiadas com gua pot vel Qual a m dia de consumo dessas pessoas R Em torno de 454 000 pessoas que corresponde a 98 da popula o da cidade com uma m dia de 228 1 hab dia Qual o n mero de pessoas que n o s o beneficiadas com o servi o das guas de Niter i R Em torno de 9000 pessoas o que corresponde a 2 da popula o Existe algum projeto de Educa o Ambiental voltado para a conserva o dos recursos h dricos nas comunidades do munic pio Quais Executadas por quem R N o temos conhecimento de que tenha algum projeto de educa o ambiental voltado para a conserva o dos recursos h dricos no munic pio A equipe respons vel pela gest o dos recursos h dricos
199. m muito descaso pois nossa cultura ocidental n o nos deixa cuidar dela de outra forma fica a pergunta como fazer um uso sustent vel da gua Como garantir as gera es futuras gua em qualidade e quantidade adequadas Dorst 1973 afirma que a conserva o da natureza e a explora o racional dos recursos s o problemas que remontam em sua pr pria ess ncia apari o do homem sobre a Terra e que o impacto do homem na natureza n o ser nunca compar vel ao de nenhuma outra esp cie zool gica pois a um comportamento biol gico instintivo comum a todos os animais v m acrescentar se os efeitos de tradi es culturais e de cren as capazes de modificar radicalmente suas a es e rea es elementares Jansen 1973 apud in Diegues 1998 afirma que a organiza o social e os valores culturais s o os principais fatores respons veis pela degrada o do ambiente e n o simplesmente a tecnologia Dorst 1971 coloca que grandes degrada es s florestas foram feitas por tribos primitivas com a descoberta do fogo pois este era utilizado n o s para afugentar a ca a como tamb m para a constitui o de clareiras e de terrenos cultiv veis pelos pastores e agricultores primitivos claro que essa degrada o ao longo de milhares de anos n o compar vel a degrada o dos ltimos 200 anos pois esta ltima j ocorreu com o dom nio do homem branco dito civilizado que se iniciou na Europa seguiu a rota da coloniza
200. mas se alastrar por longa extens o se digamos uma rea urbana se abastece com gua subterr nea Se a topografia do len ol agii fero subterr neo sofrer altera o assim mudar a dire o do fluxo da gua subterr nea Nas regi es costeiras a redu o excessiva do n vel hidrost tico pode facilitar a entrada de gua do mar no len ol agii fero contaminando o suprimento e tamb m pode ser contaminada se o processo de esgotamento sanit rio for feito por fossas s pticas o que atualmente est ocorrendo no munic pio de Niter i principalmente na regi o oce nica A modifica o dos rios e da gua subterr nea corresponde habitualmente a tentativas deliberadas de melhorar os recursos h dricos de determinada rea em contraste com as altera es muitas vezes inadvertidas das armazenagens e transfer ncias da superf cie e do solo A interfer ncia direta nos rios ou mesmo de sistemas hidrogr ficos inteiros ainda representa o mais profundo impacto que o homem provoca no ciclo hidrol gico Os rios s o usados para varias finalidades das quais o suprimento de gua apenas uma e as maneiras como se tem procedido a sua altera o refletem essa diversidade de fun es Embora os rios sejam primordialmente mecanismos de transfer ncia tamb m apresentam 34 uma limitada capacidade de armazenagem que aumenta muito se parte do curso consiste de lagos naturais A descarga da maior parte dos rios varia atrav s do tempo de
201. mina com a deprecia o da qualidade ambiental da regi o e dos mananciais que abastecem n o s os agricultores mas tamb m os moradores da pequena rea urbana jusante importante salientar que a raz o dos conflitos devido falta do recurso gua na regi o serrana s o pouco freq entes Na verdade a principal fonte de problemas reside na m qualidade da gua a ser utilizada por outros usu rios do campo Ap s o processo produtivo dos agricultores montante a gua devolvida ao sistema apresenta total falta de qualidade Part culas em suspens o dejetos humanos e de cria es cargas de agrot xico comp em alguns dos muitos exemplos de agress o Naturalmente os usu rios do campo rio abaixo sofrem com a m utiliza o da gua Forma se a o embri o dos conflitos no campo Grande parte dos pequenos propriet rios rurais que praticam agricultura em locais inapropriados frequentemente recebem advert ncias e multas atrav s dos rg os 95 fiscalizadores mas devido ao baixo rendimento de seus produtos muitos n o t m condi es de pag las Outra forma de se potencializar os conflitos pelo uso da gua no campo ocorre em reas onde o clima desfavor vel Em clima estacional aproximadamente seis meses secos os solos apresentam se lixiviados aluminizados de baixa fertilidade IBGE 1992 Nessas regi es normalmente os rios possu am mata ciliar que entre muitas fun es protegia as margens dos rios dos
202. modelo administrativo do setor Hoje o que se percebe em rela o ao abastecimento de gua fica muito similar a quest o da produ o de energia hidrel trica A aus ncia de investimentos no setor ao longo das duas d cadas perdidas em nosso pa s 80 90 os sistemas encontram se em condi es m ximas de fornecimento e n o atendem as demandas provocadas pelo crescimento demogr fico do pa s Em Niter i h problemas de falta d gua que vem se tornando not cias constantes divulgadas atrav s da m dia 150 5 AN LISE DA PROBLEM TICA DOS CONFLITOS E IDENTIFICA O DAS TEND NCIAS a Geral do Brasil Um dos elementos chave do planejamento de recursos h dricos a an lise prospectiva da evolu o das necessidades de gua dos diferentes setores de atividade no quadro do desenvolvimento socioecon mico nacional e regional e do ordenamento do territ rio em horizontes temporais relativamente alargados Por m dever entender se a este prop sito que as realidades futuras s o o resultado de intera es complexas de vari veis algumas delas control veis mas muitas outras que n o o s o Na verdade o planejamento um processo din mico no dom nio dos recursos h dricos as incertezas s o especialmente relevantes e n o podem deixar de ser consideradas de forma expl cita Estas incertezas desde logo presentes nos fen menos hidrol gicos e nas leis e m todos estat sticos que permitem a sua avalia o s o sobretudo in
203. mujo Sap Badu Cantagalo Jacar Muriqui Rio do Ouro Engenho do Mato V rzea das Mo as Em 2001 foram implantados 450 Km de rede de distribui o 13 Km de adutoras constru o da primeira Esta o de Tratamento Terci rio do Estado constru o de 2 reservat rios de 3 milh es de litros de gua cada 185 Km de esgoto limpos 115 elevat rias de gua e esgoto reformadas e a elimina o de l nguas negras nas praias de Icara Boa Viagem e Flexas Com estas obras o munic pio passou a ter 98 de sua popula o atendida por este servi o restando desta forma apenas dois bairros o do Rio do Ouro e V rzea das Mo as Para estes dois ltimos bairros a concession ria com base em estudos feitos por t cnicos da Universidade Federal Fluminense UFF estudo de identifica o geol gica da regi o ser o perfurados quatro po os artesianos e um reservat rio de 500 mil litros para onde a gua ser bombeada A obra inclui ainda a implanta o de 35 quil metros de tubula o para que assim consiga atingir 100 da popula o atendidas com gua tratada no munic pio 192 Com a obra ser resolvido um antigo problema entre a concession ria e a CEDAE onde a CEDAE teria que construir a sexta linha adutora da Esta o de Tratamento do Laranjal em S o Gon alo que abastece Niter i S o Gon alo e Itabora mas o projeto n o foi efetivado por falta de verba O que conseguimos sentir em rela o ao abastecimento de gua em
204. na sua pr tica di ria Em rela o ao ambiente o que o homem anda fazendo certamente n o fruto do que ele pensa Deixo aqui como uma reflex o inicial as seguintes quest es levantadas por Gomes 2000 O que a Geografia qual o seu objeto seus m todos como conceber um conhecimento geogr fico moderno Segundo o referido autor estas quest es t m aparecido com insistente frequ ncia no tem rio epistemol gico da Geografia sobretudo nos ltimos trinta anos Cada escola ou corrente dentro da hist ria do pensamento geogr fico procurou dar respostas sen o definitivas pelo menos ungidas pela cren a de que superariam algumas conhecidas dicotomias recorrentes no discurso geogr fico tais como ci ncia de s ntese ou ci ncia de an lise ci ncia explicativa ou compreensiva natural ou humana geral ou regional O elemento constante sempre argiido nas discuss es trazidas por estas correntes a poss vel supera o desses debates pela constru o de um conhecimento geogr fico e consequentemente ambiental efetivamente moderno Antes da an lise hist rica do desenvolvimento daquilo que se chamou o esp rito da poca moderna necess rio reconhecer alguns dos elementos caracter sticos que d o sentido e identidade ao grande leque de movimentos considerados modernos nos diversos campos da cria o social Tr s elementos fundamentais s o recorrentes no discurso que apresenta o fato moderno O car ter de
205. nacionais das na es em desenvolvimento e uma reestrutura o nas rela es econ micas entre o Norte e o Sul 51 Uma mudan a de comportamento econ mico dos pa ses industrializados do primeiro mundo foi percebida como uma condi o sine qua non para uma harmoniza o em longo prazo e ainda o direito ao desenvolvimento de todas as na es e preserva o do meio ambiente Estas exig ncias radicais n o agradaram aos pa ses industrializados e a corrente ecodesenvolvimentista foi deixada de lado Sob press o americana o Programa das Na es Unidas para o Meio Ambiente logo deixou de utilizar o termo ecodesenvolvimento em raz o do conte do muito radical que era dado a este termo por seus promotores Uma segunda corrente de pensamento assumiu o projeto de elaborar um novo modelo te rico a partir de modelos desenvolvidos pelas ci ncias da natureza termo din mica evolu o e organiza o ser vivente ecol gica teoria dos sistemas auto organizadores Estes te ricos formularam as seguintes cr ticas Questionamento da id ia de que o sistema econ mico autogestion vel A impossibilidade de extrapola o das solu es locais s solu es globais em raz o do fen meno da entropia Impossibilidade de uma completa reciclagem das mat rias primas Impossibilidade de troca do capital natural e capital reprodutivo Acarretando h alguns anos o que chamamos de bioeconomia ou economia ecol gica
206. nco e o entorno junto esta o das barcas a reconstru o da Pra a da Rep blica com seu entorno formado por pr dios p blicos de estimado valor arquitet nico a restaura o de pr dios como o Teatro Municipal Jo o Caetano a Biblioteca P blica e a C mara Municipal a reabilita o da ambi ncia urbana como Portugal Pequeno no bairro Ponta D Areia Nos anos 90 assistimos a uma crescente oferta de lojas e salas em modernos pr dios comerciais atendendo a nova demanda por servi os mais sofisticados No presente a cidade apresenta um quadro constru do configurado pelas diversidades tipol gicas determinadas pelas caracter sticas ambientais e s cio culturais pelo Plano Diretor pelos regulamentos e pela legisla o urban stica bem como pela presen a da infra estrutura b sica Grandes investimentos t m sido realizados particularmente na melhoria do sistema vi rio na acessibilidade do deficiente f sico e na infra estrutura urbana Os investimentos s o reconhecidos pela melhoria e qualifica o dos espa os p blicos e na nova imagem das barcas e o Caminho Niemeyer junto ao terminal Rodovi rio preparam a cidade para o novo mil nio 116 3 3 Caracter sticas fisiogr ficas do munic pio de Niter i Relevo No munic pio de Niter i os terrenos de constitui o cristalina s o representados pelos maci os e colinas costeiras Os maci os predominando na por o Sudoeste do munic pio apresentam as forma es mai
207. ndo n o se levam em conta os riscos dos impactos Almeida 2001 Guerra 1976 Gerrard 1990 Goudie 1992 e 1993 Allison e Thomas 1993 Cunha e Guerra 1996 Ross 1996 in Guerra amp Cunha 1999 poss vel dizer que as quest es ambientais sempre foram fundamentais para a humanidade inicialmente com um enfoque de busca de alimento e como fonte de temores Pereira 2000 Com o desenvolvimento da civiliza o a busca do alimento foi se transformando cada vez mais na produ o de alimento O homem foi deixando de ser passivo no ato de produ o para assumir uma postura ativa na gera o de comida Essa postura somada ao 92 maior entendimento da natureza como um todo levou a humanidade a diminuir gradativamente seus temores em rela o aos fen menos naturais A partir da Revolu o Industrial esse posicionamento que podemos denominar de desafiador foi se intensificando at atingir o cl max ao fim da Segunda Guerra Mundial Hiroshima Nagasaki Pereira 2000 O Clube de Roma pode ser considerado como um dos principais marcos de revers o dessa concep o Esse grupo iniciou explicitamente o processo de mudan a da vis o de mundo por parte de institui es para uma postura menos arrogante em rela o natureza importante de acordo com Pereira 2000 fazermos a diferencia o dos posicionamentos institucionais pois o culto da natureza na esfera pessoal anterior a esse per odo sendo ilustrativo o ca
208. necessitarem de consolida o legal na forma de um contrato social Um programa de despolui o h drica de uma bacia um exemplo t pico onde as negocia es devem ser realizadas no plano econ mico quando relacionadas s quest es de mercado que afetam as partes individuais e corpora es no plano pol tico direto quando relacionadas s decis es de interesse local que o mercado in bil para considerar no plano pol tico representativo quando relacionadas aos interesses mais gerais do Estado ou Na o Esse processo desaguara na negocia o jur dica de onde se originara lei que estabele a um Plano Estadual ou Nacional por Bacia Hidrogr fica ou similar contrato social Finalmente respondendo a quest o inicial ou seja haver uso social da gua sem conflito Podemos responder que se houver contempla o do plano pol tico social e econ mico sim Mas como os interesses de cada um destes planos divergem seria ut pico pensar em coes o no modelo econ mico vigente por isso conclu mos que al m do conflito o uso econ mico tender a sobrepujar o uso social A quem pagar outorga o direito lhe ser garantido logo quem n o pagar ter seu direito em segundo plano 171 8 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA D S DUARTE A J ARA JO R P Projeto de Recupera o de Matas Ciliares e Nascentes da Bacia do Rio dos Mangues Porto Seguro Bahia In Anais do 60 Congresso de Exposi o Internacional sobre Florestas F
209. neos em algumas regi es est o contaminados devido ao sistema de fossas s pticas implantados hoje este sistema esta sendo substitu do por rede de esgoto mas at que se consiga a despolui o destes corpos d gua outras solu es ter o que ser tomadas A ETA Imunana Laranjal possui uma capacidade para armazenar 7 000 litros de gua atualmente ela armazena 6 000 litros de gua para distribuir entre quatro munic pios onde apenas um possui uma popula o de 459 451 habitantes com uma cota per capita de 220 litros dia por habitante A prefeitura est com um novo PUR para as regi es do munic pio onde dever ter um aumento no n mero de habitantes nestes dois pr ximos anos de aproximadamente 10 000 habitantes o que iria implicar no aumento do consumo da gua no munic pio Um outro grande problema est na rede de distribui o de gua que foi planejada para resid ncias unifamiliares e o projeto foi aprovado para a constru o de resid ncia plurifamiliares O ponto mais conflitante em rela o ao abastecimento da gua no munic pio que este necessita da gua do munic pio Cachoeiras de Macacu e depende de uma Esta o que situa se no munic pio de S o Gon alo e distribui a gua tratada para quatro munic pios Niter i S o Gon alo Paquet e Itabora Os Planos Urban sticos Regionais A elabora o dos Planos Urban sticos Regionais Foi Proposta pelo Plano Diretor S o Leis de iniciativa do Poder Executivo in
210. nic pios Niter i S o Gon alo Paquet e Itabora 9 3 Legisla o Urban stica e Ambiental de Niter i O Munic pio de Niter i teve ao longo de sua historia diversos planos urban sticos que em grande parte n o foram implantados Poder amos afirmar que algumas recomenda es foram implementadas e quase sempre de forma parcial Os planos se caracterizavam por sua natureza eminentemente t cnica e pela aus ncia da participa o popular 193 O Plano Diretor instrumento de planejamento urbano definido na Constitui o de 1988 visando a promo o do desenvolvimento urbano e ambiental dos munic pios com mais de 20 000 habitantes foi aprovado em Niter i no final do ano de 1992 ap s um processo de discuss o e participa o popular no qual 80 das propostas apresentadas foram incorporadas O Plano Diretor de Niter i Lei 1157 92 orienta os processos de desenvolvimento para a realiza o da pol tica urbana e ambiental do munic pio Cont m algumas disposi es de car ter normativo validas ate a elabora o de legisla o especifica O Plano Diretor esta assim estruturado Leis de Car ter Geral S o normas comuns a todo o munic pio Lei de uso e Ocupa o do solo Lei de Parcelamento do solo C digo de Edifica es e C digo de Meio ambiente Leis Regionais S o normas fixadas para as cinco Regi es de Planejamento atrav s dos Planos urban sticos Regionais complementares
211. nidade e desde o humanismo renascentista como um exerc cio da liberdade do esp rito na p s modernidade aparece como recurso autorit rio para impor orienta es sobre a sociedade preciso admitir que predador o homem sempre foi e desde o sempre buscou a sobreviv ncia como as demais esp cies pelo caminho mais f cil e que foi o comportamento desenvolvimentista da esp cie humana que a colocou na rota de colis o com o meio ambiente Eram cavados buracos feitas fogueiras para iluminar aquecer e cozinhar a agricultura sempre recorreu ao fogo para desmatamento florestas foram sendo destru das rios polu dos pelo escoamento de dejetos A quest o ecol gica hoje n o mais pode ser ignorada por aqueles que tem alguma responsabilidade social N o resta d vida de que esta concep o do desenvolvimento coloca em xeque o consumismo da produ o capitalista principal respons vel pela degrada o do meio ambiente e pelo esgotamento dos recursos materiais do planeta Esse modelo de desenvolvimento baseado no lucro e na exclus o social n o s dist ncia cada vez mais ricos e pobres pa ses desenvolvidos e subdesenvolvidos globalizadores e globalizados Na era da globaliza o o capitalismo est criando em escala mundial um ambiente favor vel ao surgimento de alternativas pol ticas regressivas e antidemocr ticas que se aproximam do fascismo Ele n o nos traz apenas o produto traz nos formas de organiza o soci
212. ninga na localidade do Tibau A constru o da estrada Niter i Manilha destruiu extensas reas de mangue Vegeta o de Cost o Rochoso Entre a linha de mar e as matas que ocupam o topo e as depress es crescem nos morros em cima de rochas quase nuas diversas plantas Estas plantas formam conjuntos peculiares denominados vegeta o de cost o rochoso S o encontradas na Serra da Tiririca enseada do Bananal Morro do Elefante Cost o de Itacoatiara nos Cost es do Morro das Andorinhas da praia do Sossego e do trecho entre a prainha de Piratininga e as praias de Ad o e Eva As plantas mais comuns s o cactos orqu deas brom lias piteira cl sia e a palmeira baba de boi Fonte PMN SUMA Diagn stico Ambiental 1994 Solos Os tipos de solos encontrados no munic pio associados com o relevo dos maci os e colinas costeiras s o neossolos cambissolos argissolos vermelho amarelo e latossolo vermelho Os neossolos encontram se nos topos dos morros e em declives fortes S o formados por fragmentos de rochas com alguns cent metros de espessura A ocupa o nessas reas traz s rios problemas de estabilidade Muitas favelas no munic pio situam se em locais com essas caracter sticas Os cambissolos ocorrem em reas ngremes geralmente junto s bases dos morros Merecem cuidados quanto preserva o Os argissolos e latossolos vermelho amarelos s o mais profundos estando associados com o relevo nort
213. no ficaria no meio com o consumo de 200 litros por dia O desperd cio come a dentro de casa quando os banhos 97 s o longos demais e os quintais s o lavados a jato d gua Outro problema o vazamento mal controlado GLEICK 1998 Segundo dados da OMS 2000 cerca de 80 do esgoto produzido no Brasil despejado nas guas de superf cie lagos rios mares e mananciais sem qualquer tratamento Lembramos que o ser humano pode viver um m s sem alimenta o mas morre em menos de uma semana sem gua e em minutos sem ar Mesmo assim na cidade ou no campo o homem vem al m de consumindo cada vez mais quantidades de gua envenenando a desperdi ando a e mudando seus ciclos hidrol gicos indiferentes as suas consegii ncias Hoje temos muita gente pouca gua e m distribui o desta no planeta A popula o cresce explosivamente e a demanda por gua cresce cerca de duas vezes mais r pida Em algumas reas do planeta alguns aqu feros j est o esgotados frica 1980 terr vel seca quebra da colheita causada pela falta de gua Saara est se expandindo Lago Chade onde se sup e era a primeira nascente do Nilo Diminui cem metros por ano China Norte O len ol fre tico vem decrescendo uma taxa de um metro por ano Lago Baikal Mais profundo lago de gua doce do mundo de guas cristalinas Est baixando regularmente e se deteriorando medida que dejetos de f bricas s o
214. ntra em processo de desidrata o e consegiientemente o homem pode morrer de sede em dois dias Al m disso gra as a sua grande estabilidade t rmica capacidade de acumular calor e resist ncia s varia es bruscas de temperatura a gua a subst ncia ideal para garantir a estabilidade interna quer do ponto de vista qu mico quer f sico dos organismos Por todas essas raz es que muito provavelmente a vida na Terra teve sua origem nos oceanos e durante muitos milh es de anos n o foi capaz de abandon los Atualmente existem mais de um bilh o de pessoas sem suficiente disponibilidade de gua para consumo dom stico e se estima que em trinta anos haver cinco bilh es e meio de pessoas vivendo em reas com moderada ou s ria falta d gua Population Reference Bureau 1997 in Introdu o ao Gerenciamento de Recursos H dricos 2001 previsto que a popula o mundial estabilize se por volta do ano 2050 entre 10 e 12 bilh es de habitantes o que apresenta cerca de 5 bilh es a mais que a popula o atual enquanto a quantidade de gua dispon vel para o uso permanece a mesma OMM UNESCO 1997 26 Apesar de tudo isso s o poucas pessoas que apresentam uma preocupa o com a gua quanto sua origem as propriedades peculiares distribui o c clica e principalmente ao uso e suas implica es tangentes quantidade e qualidade desse essencial elemento da natureza Segundo Ferreira 2001 A gua
215. o 1 A vari vel demogr fica taxa de depend ncia foi inserida no sub ndice renda O IQV foi calculado a partir da media ponderada dos sub ndices e chegaram ao resultado de oito grupos de qualidade de vida Primeiro Grupo Niter i 100 N o surpreende a primeira coloca o de Niter i nem seu distanciamento em rela o aos demais munic pios pois apresenta os melhores indicadores para os seguintes itens menor percentual de pobres 27 maior percentual 183 de chefes de domicilio com renda maior do que 20 sal rios m nimos 8 a maior renda m dia dos chefes de domicilio 77 4 sal rios m nimos a mais elevada taxa de alfabetiza o dos chefes de domicilio 92 o menor percentual de chefes de domicilio com at tr s anos de estudo apenas 15 o maior percentual de chefes de domicilio com mais de quinze anos de estudo 25 a menor taxa de depend ncia 0 56 o mais elevado percentual de matricula no segundo grau em face popula o em idade escolar 0 69 e a maior taxa de m dicos por grupos de mil habitantes 6 62 Niter i esta em segundo lugar no seguinte indicador taxa de terminais telef nicos por grupos de mil habitantes 196 47 Almeida Alberto Carlos A qualidade de vida no Estado do Rio de Janeiro Niter i EDUFF 1995 Segundo Grupo Rio de Janeiro e Volta Redonda 84 91 85 26 Terceiro Grupo Resende Itatiaia e Petr polis 50 87 55 08 Quarto Grupo Maca Casimiro de Abreu Nil po
216. o a pouco se desenvolvendo e com elas a natureza apropriada foi ficando cada vez mais transformada Com a expans o europ ia no s culo XVI come ou a se criar uma abordagem universal da ci ncia e a estudar vegetais de diferentes partes do planeta Desenvolveu se tamb m uma economia voltada para um mercado de maior alcance que gerou grande impacto na natureza 46 O mercado passou a organizar a produ o o consumo a coloca o do trabalho humano e da natureza e na medida em que se expandiu esse modelo de capitalismo provocou uma revolu o ecol gica que come ou a ser percebida nos seus efeitos negativos nas col nias tropicais Desde o s culo XVIII come ou se a notar que no Caribe no Pac fico na ndia na frica na Am rica Latina o modelo de produ o era predat rio No Brasil no final do s culo XVIII com a expans o das monoculturas houve desflorestamento e destrui o de ecossistemas nativos e tamb m surgiram a minera o e a ca a em grande escala Na Europa a natureza vinha sendo alterada com lentid o nas col nias as transforma es foram r pidas e cru is E precisava haver uma conflu ncia entre a destrui o e uma percep o que permitisse ao observador da poca ter elementos para criticar este modelo de crescimento No final do s culo XVIII e come o do s culo XIX os homens perceberam que a sociedade estava destruindo o mundo natural e apontaram a escravid o como eixo do que estava errado No
217. o de Cheia Vaz o m s Vaz o Vaz o m s Vaz o Espec fica Espec fica 1 s km 1 s km Cachoeiras de 146 4 1 92 13 1 5 38 36 7 Macacu Japu ba 250 7 3 39 13 5 8 33 33 2 Quizanga 348 6 3 51 10 1 8 44 24 2 Duas Barras 81 5 1 51 18 6 3 78 46 4 Iconha 66 5 1 03 15 5 2 24 33 7 Fonte Semads Plan gua Tabela 6 Vaz es M nimas M dias Mensais para Per odo de Recorr ncia de 10 anos As estimativas de vaz es m dias mensais foram realizadas com base nos dados observados em cinco esta es fluviom tricas da Bacia Duas Barras e Quizanga no Rio Guapi A u Cachoeiras de Macacu e Japuiba no Rio Macacu e Iconha no Rio Iconha 138 O Projeto An lise de Consist ncia de Dados Fluviom tricos elaborado pela CPRM em 1998 observou a vaz o m xima di ria de 156 m s no dia 12 12 92 e a m nima de 1 57 m s no dia 07 09 88 Analisando se tabela 6 com as vaz es espec ficas observa se que os valores das duas curvas Parque da Ribeira e Cachoeiras de Macacu se aproximam no per odo de estiagem afastando se nos per odos de cheia Tal fato explicado tendo em vista que a Esta o de Cachoeiras de Macacu localizada mais montante apresenta rea de contribui o com maior escoamento superficial 4 3 1 Aspectos qualitativos Os rios da Bacia Hidrogr fica em quest o est o classificados segundo a Resolu o CONAMA numero 20 como Classe II ou seja gua pr pria para abastecimento dom st
218. o de Janeiro e o 4 lugar no Brasil isto tr s uma quantidade muito grande de pessoas que procuram uma qualidade de vida melhor com mais trangiiilidade e suposta seguran a e tamb m o aumento da popula o deve se ao Planejamento Urbano Regional PUR que viabiliza a constru o de resid ncias plurifamiliares em reas com tend ncias a resid ncias unifamiliares nas regi es Oce nica e Pendotiba Este fato preocupante devido a informa es de que a Concession ria guas de Niter i efetivou toda a extens o de canaliza o para a distribui o de gua com tubula es para resid ncias unifamiliares Tamb m por termos conhecimento de que a ETA Imunana Laranjal tem capacidade m xima de 7 000 litros s em seu reservat rio para distribuir gua aos citados munic pios A Concession ria guas de Niter i est atuando no munic pio desde novembro de 1999 ela ampliou o fornecimento de gua tratada de 46 para 98 construiu a 1 Esta o de 163 Tratamento de Esgoto em n vel terci rio no sudeste da regi o Oce nica construiu 110 km de rede coletora de esgoto e doze elevat rias O Globo Niter i 30 06 2002 Mas mesmo com este esfor o o munic pio com a constru o desta esta o de tratamento de esgoto o munic pio possui hoje somente 29 000 habitantes favorecidos com o recolhimento e tratamento a n vel terci rio de esgoto o que d um percentual de 16 aproximadamente da popula o residente A estimativa para a
219. o e duas vantagens adicionais I O n vel m nimo de fiscaliza o poderia ser financiado pelo pr prio imposto sem acarretar despesas para o poder publico ID O agrot xico n o seria usado pelos agricultores que poderiam substitu lo por alternativa mais econ mica sob seus pontos de vista neste caso o custo da alternativa incluindo eventual perda de produ o devido pragas menor que o custo do agrot xico somado ao imposto Assim o imposto verde seria economicamente mais eficiente sob o ponto de vista da sociedade como um todo 170 por fazer com que o agrot xico seja utilizado apenas por aquelas atividades que realmente necessitam dele Essas quest es mostram que a negocia o de v se deslocar para os planos superiores apenas nas situa es em que n o haja possibilidade de estabelecer o gerenciamento adequado e de forma autom tica pela negocia o econ mica pura ou pelas formas de controle como aquelas acima exemplificadas Nas situa es mais dr sticas as decis es gerenciais dever o ser totalmente orientadas pela norma legal resultante da negocia o jur dica como no caso da proibi o do uso do agrot xico Portanto a negocia o social no mbito da gest o ambiental deve levar em considera o todas as instancias em que ela pode ser realizada A negocia o no plano jur dico deve ser o ultimo recurso adotado quando a negocia o n o atingir um acordo por consenso ou maioria ou os acordos
220. o e explora o do Novo Mundo culminando com o capitalismo Mas o desequil brio s cio ecol gico contempor neo est distribu do de modo diferenciado no planeta No Primeiro Mundo concentra se a polui o da riqueza usinas nucleares chuva cida consumo santu rio montanhas de lixo aterrado doen as provocadas pelo excesso de alimentos lcool drogas e medicamentos No Terceiro 55 Mundo no que diz respeito s grandes maiorias concentra se a polui o da mis ria subnutri o aus ncia de gua pot vel e esgotos lix es a c u aberto aus ncia de aten o m dica e medicamentos consumo de lcool e drogas como foi brilhantemente colocado no F rum de ONGs Brasileiras 1992 e que al m disso no Primeiro Mundo h uma perda progressiva do sentido da vida motivada por uma concep o unilateralmente materialista da vida humana enquanto no Terceiro Mundo h uma degrada o generalizada do sentido da vida provocada por uma concentra o extrema da riqueza que deixa sem horizonte as maiorias miser veis viol ncia social aus ncia de espa o p blico e de capacidade de auto regula o democr tica Gon alves 1998 afirma que a quest o ambiental parece exigir um novo paradigma onde natureza e cultura n o se separem de fato esses fatores de degrada o ambiental v m acarretando um amadurecimento das pol ticas ambientais Em v rios pa ses os rg os ambientais est o substituindo suas a es puramente
221. o natural da vegeta o os solos foram erodidos e carreados para os leitos dos rios O assoreamento dos cursos foi sentido em v rios trechos nas proximidades da conflu ncia do Caceribu Macacu onde se formaram bancos de areia e cascalho respons veis pelo represamento das guas que se transformavam em brejos e lagos nas pocas de vazantes Esses ambientes foram prop cios ao desenvolvimento de mosquitos transmissores de malaria e o uso pela popula o de guas paradas e contaminadas resultou em febre tif ide Entre 1829 e 1940 pelo menos tr s surtos de febres que ficaram conhecidas como Febres de Macacu ceifaram muitas vidas e provocaram a extin o de uma das vilas mais antigas da regi o A Vila de Santo Antonio de S As febres de Macacu fomentaram naquela poca v rios planos de saneamento que s seriam concretizados 100 anos depois no governo de Getulio Vargas Em 1933 t m inicio as obras de saneamento e drenagem da Baixada da Guanabara Tentava se aumentar as reas agr colas e de pastagens beneficiando os grandes propriet rios Complementando essas obras foram constru das estradas de rodagem BR 493 pontes e viadutos que melhoraram o sistema de circula o da Baixada por m impediram a livre circula o das guas Durante suas realiza es o Rio Caceribu foi separado do Rio Macacu que teve o seu curso retificado at o baixo curso do Rio Guapimirim que passou a receber suas guas e a esco las a
222. o que merece a aten o de todos pois atrav s dele toda a demanda de gua das regi es afetadas comprometem a exist ncia da vida Este processo provoca o deslocamento das pessoas para outras regi es causando em muitas reas a superpopula o e consegientemente envolve todos os problemas s cios econ micos inerentes a esta problem tica 158 5 1 10 Arcabou o jur dico Os cacimb es localizados nos monumentos e cidades hist ricas do Brasil s o uma prova de que pelo menos desde os prim rdios do Per odo Colonial 1500 1822 a gua subterr nea era utilizada para abastecimento do consumo humano principalmente Durante o Primeiro Reinado 1822 1831 a Reg ncia Trina 1831 1840 e o Segundo Reinado 1840 1889 sua utiliza o dependia de autoriza o Central Durante a Primeira Rep blica 1889 1930 o uso da gua ficou sem controle tanto Federal quanto Estaduais No Estado Getulista 1930 1945 foi promulgada a Lei de Direito de gua no Brasil o C digo de guas de 10 de julho de 1934 compreendendo os Livros I II e II Apesar de ter quase 70 anos o C digo de guas de 1934 ainda considerado pela Doutrina Jur dica como um dos textos modelares do Direito Positivo Brasileiro Entretanto apenas o seu livro III referente produ o hidrel trica foi regulamentado A Constitui o Federal de 1988 modificou em v rios aspectos o texto do C digo de guas de 1934 Uma das altera es f
223. o respons veis pela manuten o das temperaturas m dias em patamares mais ou menos elevados altos n veis de umidade relativa e tempo bom geralmente associados ao c u limpo azul e livres de nebulosidade Associando se os per odos secos com as temperaturas medias predominantes no m s mais frio a determinadas altitudes pode se definir grosso modo as chamadas superf cies t rmicas Aquelas relativas ao munic pio de Niter i seriam encontradas de O a 200 metros representadas pelos dep sitos quatern rios de origens continental e marinha distribu do principalmente pelas baixadas litor neas sendo consideradas de regime clim tico quente e as reas compreendidas entre 200 e 400 metros de altitude colinosas representadas pela baixa encosta da frente de escarpa da Serra do Mar O munic pio de Niter i possui um clima quente e semi mido basicamente em fun o de sua localiza o geogr fica Situa se no litoral na faixa intertropical estando sob a influ ncia do anticiclone do Atl ntico Sul que alimenta a massa tropical Atl ntica e da massa Polar Atl ntica A temperatura media anual apresenta se em torno de 23 1 C As medias mensais entre 19 6 C julho e 26 4 C fevereiro A pluviosidade m dia anual de 1 207 mm As chuvas concentram se no ver o atingindo o m ximo em mar o 149 4mm ao passo que o inverno a esta o da estiagem sendo agosto o m s mais seco 50 Imm Vegeta o No munic pio de
224. oas a ponto de envolv las nos problemas ambientais Caminhos que levem ao resgate hist rico as preserva es das tradi es e a valoriza o do conhecimento popular podem levar as pessoas a ter um novo olhar sobre os recursos h dricos a partir do momento que elas percebem a ntima rela o da sua exist ncia da sua cultura e da sua hist ria com o meio ambiente BORGES et al 2001 59 No F rum de ONGs Brasileiras 1992 foi ressaltado em rela o a conscientiza o da import ncia dos recursos h dricos resgatar a mem ria das pessoas com rela o condi o hist rica da gua na sua viv ncia passada de modo a ressaltar a import ncia deste recurso como meio de subsist ncia e fonte de recrea o e lazer O conceito de sustentabilidade mais adequado seria o de sociedade sustent vel na qual cada n cleo definiria seus padr es de produ o e consumo bem como o bem estar a partir de sua cultura de seu desenvolvimento hist rico e de seu meio ambiente Al m disso deve se abandonar os padr es das sociedades industrializadas enfatizando se a possibilidade da exist ncia de uma diversidade de sociedades sustent veis sempre pautadas pelos princ pios da sustentabilidade ecol gica econ mica social e pol tica A sociedade sustent vel n o deve ser o est gio final e sim um processo cont nuo de transforma o s cio politica A quest o nos parece desafiadora como relata o pr prio Diegues 1998 que considera o
225. obili ria Vale salientar que os problemas ambientais ocorridos em uma regi o impactam n o s o territ rio local como outros s tios pr ximos Como exemplo para o conflito h drico entre cidades recorremos o caso do P lo Industrial de Cubat o De um lado temos as quest es t cnicas e econ micas relacionadas ao abastecimento p blico e industrial gera o de energia el trica gerando receita a manuten o de um sistema concebido para gerar energia el trica com represamento e revers es artificiais exigindo elevados custos para sua manuten o e de outro lado as quest es ambientais e de qualidade de vida junto s comunidades benefici rias das guas ribeirinhas que n o necessariamente precisam estar pr ximas represa Concebida para trabalhar com grande quantidade de gua a redu o do uso desta amea ou a opera o do P lo e por conseguinte a popula o que dele dependia economicamente Este fator aliado ao alto grau de polui o instaurado mobilizou a opini o p blica em rela o ao uso da gua e busca de solu es que sem inviabilizar o P lo revitalizassem a potencialidade da gua Quando analisamos a variabilidade ao longo do pa s especificamente neste caso a regi o do P lo de Cubat o observamos que onde existe maior demanda a gua n o est dispon vel seja na quantidade ou na qualidade gerando conflitos ocasionados pelo desequil brio entre a oferta e a demanda nos usos m ltiplos da
226. ocais e dos terrenos ainda n o edificados Consegiientemente houve o remanejamento da popula o 115 de menor renda anteriormente estabelecida configurando uma nova estratifica o s cio espacial a partir da implanta o e prolifera o de dezenas de condom nios privativos ocupados por fam lias de mais alta renda Os loteamentos implantados a partir da d cada de 50 s o progressivamente ocupados e paralelamente inicia se o processo de faveliza o particularmente nas encostas reservas florestais e em reas invadidas de propriedades p blicas e privadas ou nas reas remanescentes dos diversos loteamentos In meros centros comerciais e shoppings centers substituem o com rcio local ao longo das principais vias Ag ncias banc rias e grandes cadeias de supermercados atendem as novas necessidades locais H um grande n mero de salas e escrit rios imobili rias boutiques lojas de materiais de constru o consult rios cursos de idiomas col gios particulares e academias de gin stica oferecendo produtos e servi os antes somente dispon veis nas reas centrais Atualmente a grande rea central da cidade vem recebendo um progressivo aumento de investimento p blicos e privados Podemos relacionar alguns desses investimentos como a constru o do Terminal Rodovi rio Presidente Jo o Goulart para nibus de linhas municipais e intermunicipais a reurbaniza o de logradouros p blicos como a Avenida Visconde do Rio Bra
227. olos n o coleta ou deposi o do lixo que se produz nas cidades principalmente a implanta o desordenada de postos de servi o a instala o de tanques enterrados ou semi enterrados de produtos perigosos Contribui ainda a crescente industrializa o e o desenvolvimento das atividades agr colas com uso intensivo de insumos qu mico fertilizantes herbicidas pesticidas principalmente que contaminam o solo e a gua subterr nea De acordo com www google com br aquiferoguarani O Aq fero Guarani um extenso reservat rio de guas subterr neas subjacentes a quatro pa ses Argentina Brasil Paraguai e Uruguai Suas guas ocorrem preenchendo espa os poros e fissuras de rochas que se convencionaram denominar guarani as rochas do Guarani constituem se de um pacote de camadas arenosas que se depositaram na bacia sedimentar do Paran ao longo do Mesoz ico per odos Tri ssico Jur ssico e Cret ceo Inferior entre 200 e 132 milh es de anos A espessura das camadas varia de 50 a 800 metros em profundidade que podem atingir 1800 metros dado o gradiente geot rmico suas guas podem atingir temperaturas elevadas em geral de 50 C a 85 C 41 Este aqii fero talvez o maior manancial de gua doce subterr nea transfronteiri o do mundo estendendo se desde a Bacia Sedimentar do Paran Brasil Paraguai e Uruguai at a Bacia do Chaco Paran na Argentina principalmente Est localizado no centro leste da Am ri
228. onais financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupan a e Empr stimo SBPE atingiram o seu auge A alta valoriza o dos im veis situados na zona litor nea por um lado e por outro a crise no setor financeiro e em particular a extin o do Banco Nacional de Habita o BNH em 1985 provocaram uma retra o e posterior reloca o dos investimentos na cidade Ap s intensifica o das atividades imobili rias nas reas litor neas e praias da ba a para segmentos de media e alta renda os investimentos se direcionam sobretudo para o Fonseca Cubango e Santa Rosa onde os terrenos eram menos valorizados e para as reas de expans o dada a oferta de grandes reas vazias e lotes ainda n o edificados Desta forma podemos constatar o r pido crescimento de edifica es multifamiliares em bairros da zona litor nea das praias da baia com exce o dos de S o Francisco Charitas e Jurujuba que mantiveram uma tipologia restrita a resid ncias unifamiliares e a pr dios multifamiliares de at quatro pavimentos Os investimentos na melhoria do sistema vi rio possibilitaram um incremento no processo de ocupa o da Regi o Oce nica anteriormente caracterizada por resid ncias tempor rias de finais de semana e de lazer confirmando assim o principal vetor de crescimento do munic pio Nas ltimas d cadas a ocupa o se consolidou nas reas de expans o natural O processo de ocupa o provocou uma eleva o no custo das propriedades l
229. onia escolas etc Nos outros casos de uma forma geral as concentra es humanas se fazem pr ximas a mananciais d gua sejam rios c rregos manguezais ou lagos normalmente poluindo os e assoreando os A tend ncia para o futuro o aumento destes conglomerados humanos baixando a qualidade de vida das cidades brasileiras por impingir maiores gastos aos cofres p blicos para saneamento e presta o de servi os bem como prejudicando o bem estar comum pelas defici ncias sanit rias existentes nestes guetos tornando se p los de prolifera o de doen as importante ressaltar o prov vel aumento das enchentes pela obstru o dos 152 cursos d gua retirada da cobertura vegetal das eleva es e aumento das reas impermeabilizadas desmoronamentos de encostas e dificuldade de capita o de gua trat vel 5 1 2 Sa de e saneamento Os dados do Minist rio da Sa de demonstram que de 80 a 90 das interna es hospitalares no Brasil s o decorrentes de doen as transmitidas por gua contaminada e que pelo menos 80 das doen as s o transmitidas pela falta de saneamento c lera esquistossomose febre tif ide tracoma e diarr ia Em palestra proferida pelo Dr Luiz Fernando Santos Reis Presidente do SINICON foi informado que cada R 1 00 aplicado em saneamento b sico representa R 4 00 a R 5 00 economizados em sa de informou ainda que o d ficit brasileiro por investimentos em saneamento de 40 bilh
230. onte Semads Plan gua Tabela 8 Etapas de amplia o do Sistema Imunana Na mesma ocasi o em que a CEDAE lan ava o referido Plano o Minist rio Extraordin rio da irriga o atrav s do Programa Nacional de Irriga o PRONI tamb m realizava estudos visando o incentivo da agricultura irrigada na regi o da Bacia do Rio Macacu Este estudo tinha como base as informa es do Cadastro dos irrigantes referentes s atividades da poca e o Plano Cultural proposto pelo referido Minist rio 146 A demanda futura para irriga o foi estimada a partir do Plano Cultural que relacionava o tipo de cultura e a rea de plantio ao volume de gua necess rio para irriga o a cada m s do ano para cada cultura proposta na tabela n 9 mostra o resumo do Plano Cultural e a demanda de gua para toda rea que seria irrigada num total de 8000 ha BARRAGEM VAZ O REGULARIZADA mts Figura 11 Barragens propostas na Bacia do Rio Macacu Plano Cultural Demanda de gua Culturas rea Volume de gua para irriga o 1000 x m ha Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Arroz 2500 9625 8750 10500 9625 Feij o 950 427 427 427 Milho 950 665 Piment o 360 90 90 180 Jil 360 144 Quiabo 360 216 216 Berinjela 360 108 Ab bora 360 162 Abobrinha 360 Pepino 360 108 Vagem 360 144 Inhame 360 90 180 90
231. or isso os seguintes agrupamentos de uso da gua usos urbanos que incluem o uso dom stico industriais agr colas tur sticos e de produ o de energia Assim a prospectiva socioecon mica de suporte ao PNA tornou se necess rio estimar vari veis fundamentais designadamente relacionadas com o produto das atividades econ micas 5 1 1 Urbaniza o O constante crescimento desordenado das cidades brasileiras torna se um perigo muito maior ao bem estar comum da popula o consumindo uma gama cada vez maior de recursos p blicos das prefeituras A promessa de melhora da condi o de vida nas grandes cidades produz uma migra o de pessoas de pouca qualifica o e com pouca perspectiva de um razo vel posicionamento no mercado de trabalho Mal remunerado este contingente humano concentra se nas periferias das cidades nos morros mangues e margens de cursos d gua Qualquer que seja a op o de concentra o que o grupo fa a essa ocupa o ser danosa No caso dos morros os aglomerados humanos l instalados causam o desmatamento das encostas e o consequente assoreamento dos cursos d gua pela terra trazida para os seus leitos pelas chuvas e pelo despejo de lixo gerado pelo cotidiano Outro aspecto dessa ocupa o a necessidade de investimentos mais caros para levar os servi os b sicos aos seus cidad os como a gua cujos reservat rios normalmente encontra se em um n vel inferior ao destes consumidores energia telef
232. orpo permanente da USP CONFER NCIA guas Subterr neas proferida pelo Dr Ricardo Hirata USP CONFER NCIA Aproveitamento dos Recursos H dricos para o HI Mil nio proferida pelo Dr Jerson Kelman Presidente da Ag ncia Nacional de Aguas ANA CUNHA S B e Guerra A T organizadores Geomorfologia do Brasil Rio de Janeiro Bertrand Brasil 1998 392p DIEGUES A C O mito moderno da natureza intocada S o Paulo HUCITEC 1998 163p DNAEE Plano Nacional de Recursos H dricos Departamento Nacional de guas e Energia El trica Bras lia p 118 127 1985 173 DNPM CPRM UNESCO Mapa Hidrogeol gico de America del Sur 1996 DORIGON C Microbacias como redes s cio t cnicas uma abordagem a partir do enfoque do ator rede Disserta o de Mestrado P s Gradua o em Des e Agricultura UFRRJ Rio de Janeiro 1997 DORST J Antes que a natureza morra por uma ecologia pol tica S o Paulo Edgard Bl cher 1971 395p DREW D Processos Interativos homem meio ambiente 4 ed Rio de Janeiro Bertrand Brasil 1998 224 p DUBOIS J C L Uma alternativa silvipastoril para regi o serrana no Estado do Rio de Janeiro REBRAF Rio de Janeiro Informativo Agroflorestal 6 4 6 7 1994 ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA M todo de Planejamento Estrat gico 2002 ESG Fundamentos Doutrin rios da Escola Superior de Guerra Rio de Janeiro A Escola 1998 258 p ESTADO DO RIO DE JANEIRO
233. orte isto dentro dessa id ia sustent vel toda a o humana que poss vel de absor o por parte da natureza sem causar danos aos ecossistemas A sustentabilidade social basicamente a melhoria da qualidade de vida da popula o humana A sustentabilidade pol tica o cidad o em pleno gozo de sua cidadania A necessidade de um gerenciamento dos recursos h dricos torna se cada vez mais evidente embora ainda prevale a a falsa consci ncia de que esses recursos s o ilimitados e que os conflitos inerentes aos seus diversos usos tem mais ra zes morais do que objetivas Na verdade nossas reservas de gua s o limitadas e sua posse e usos geram atualmente conflitos de interesses que acabam por causar o caos na organiza o dos nossos hidrossistemas Caos este que pode chegar ao n vel de cat strofe para cuja solu o fatalmente s o mobilizados mais esfor os econ micos e sociais do que para sua preserva o Historicamente esse caos manifesta se atrav s da utiliza o setorizada dos recursos h dricos sustentada por institui es setoriais muito fortes e extremamente corporativistas Essa consci ncia corporativista tem provocado uma grande resist ncia integra o em um sistema estadual de gerenciamento dos recursos h dricos que viesse a planejar e otimizar os diversos usos num equil brio din mico entre as institui es setoriais a sociedade civil e o meio ambiente determinando os potenciais de uso respei
234. os investimentos sob a alega o de falta de recursos e financiamentos legisla o espec fica quanto ao uso das guas subterr neas e reuso das guas programas de esclarecimento da popula o quanto as formas de evitar o desperd cio do recurso e principalmente evitar a polui o dos recursos h dricos Acreditar que a sociedade organizada capaz de suprir as defici ncias decorrentes das omiss es do poder p blico assumir a premissa de que esse tipo de conduta teria evitado o apag o julgar que cabe a sociedade decidir os investimentos do governo quando tem na verdade apenas a capacidade de propor alternativas e assessorar as decis es Para que um Estado pesado e oneroso como o brasileiro se cabe a sociedade conduzir todo o processo O aumento da popula o do pa s o crescimento desordenado das cidades a necessidade crescente de mais alimentos a amplia o das reas afetadas pela desertifica o e pela polui o aliados in rcia dos poderes da rep blica brasileira suposto neste cen rio gerar no longo prazo um colapso generalizado no gerenciamento dos recursos h dricos de se esperar pelo racionamento de luz e gua pela incapacidade de gera o desses bens de consumo Espera se ainda contrariando a tend ncia conflitos generalizados devido escassez e a falta de um interlocutor competente para solucionar o impace Provavelmente a sociedade encontrar uma forma de contornar o problema contudo
235. os H dricos MME DNPM Mapa Geol gico do Brasil 2 Ed 1995 MUSETTI R A Da Prote o Jur dico Ambiental dos Recursos H dricos Brasileiros LED Editora de Direito Ltda Leme S o Paulo 2001 377p NETO R F M gua para o desenvolvimento sustentado CPRM A gua em Revista ano V n 9 novembro p 21 32 O Fluminense 11 08 2002 O Globo Niter i 30 06 2002 OEA Mapa Geol gico de la Cuenca del Rio de la Plata 1970 OMM UNESCO Hay suficiente agua em el mundo 1997 22p PAINEL A Quest o do Uso Social da gua apresentado pelo Dr Luiz Henrique Lima Secret rio de Recursos H dricos do Governo Garotinho pelo Dr Pl nio Leite Neto Chefe da Vigil ncia Sanit ria da Prefeitura de Niter i e pelo Dr M rio Moscatelli Bi logo PAINEL gua e Desenvolvimento apresentado pelo Dr Wilson Quintella Presidente da Ag ncia de Desenvolvimento Tiet Paran pelo Dr Luiz Fernando Santos Reis 176 Presidente do SINICON e pelo Dr Osmar Vieira Filho Coordenador de A es Energ ticas e Ambientais PAINEL Aproveitamento Energ tico dos Cursos D gua apresentado pelo Dr Joaquim de Carvalho Consultor T cnico em Energia Eng Oduvaldo Barroso da Silva Consultor da Watermark e pelo Eng Luiz Alberto Machado Fortunato ONS PEREIRA Paulo Afonso Soares Rios Redes e Regi es Porto Alegre AGE Editores 2000 348p POL TICA Nacional de Recursos H d
236. os p blicos na rea habitacional A Lei de Uso e Ocupa o do Solo uma lei geral aplic vel a toda a cidade Seu detalhamento se d atrav s dos Planos Urban sticos Regionais Concretiza os principais objetivos do Plano Diretor estabelecendo restri es ao uso do solo tendo em vista a manuten o do necess rio equil brio entre as rela es sociais de vizinhan a as boas condi es ambientais e a eficiente circula o urbana O C digo de Edifica es A nova legisla o urbana indicou a elabora o de um novo C digo de Edifica es A sua aprova o depende de um amplo debate com a sociedade Ate a sua conclus o foram propostas altera es complementares legisla o vigente relativas a novos par metros imprescind veis aplica o das normas da nova Lei de Uso e Ocupa o do Solo Os Planos Urban sticos Regionais A elabora o dos Planos Urban sticos Regionais Foi Proposta pelo Plano Diretor S o Leis de iniciativa do Poder Executivo incorporando as recomenda es do Plano Integrado de Tr nsito e Transporte PITT al m das diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor Estabelece as normas para as atividades urbanas associando as hierarquiza o do sistema vi rio Em 1994 foi conclu do o PUR das Praias da Ba a sendo iniciado o da Regi o Oce nica cuja aprova o esta em processo de discuss o na C mara de Vereadores A 195 seguir iniciar o os trabalhos para a elabora o
237. overnamental nica Comit Nacional de guas que tem por finalidade planejamento do desenvolvimento de recursos h dricos controle da polui o h drica implementa o do abastecimento de guas e sistemas de esgotos promo o do uso recreativo dos recursos h dricos promo o do uso energ tico dos recursos h dricos prote o contra inunda es controle do uso dos recursos h dricos pesquisas relativas aos recursos h dricos As Cortes de gua que s o cortes judiciais especializadas em assuntos de recursos h dricos est o entre as institui es jur dicas aut nomas independentes e superiores ao Comit Nacional de guas Mesmo algumas poucas atividades como navega o e pesca que n o est o sob total dom nio do Comit Nacional de guas levam em conta as atividades do Comit para seu desenvolvimento O Comit Nacional de guas foi estabelecido sob a jurisdi o do Minist rio de Agricultura e Florestas sendo a Finl ndia dividida em distritos de gua O planejamento feito nos n veis nacional regional e de projetos espec ficos Para a execu o do planejamento a Finl ndia foi dividida em 19 regi es Essas regi es s o bacias hidrogr ficas ou reas econ micas bem definidas e importantes No processo de planejamento a participa o comunit ria intensa e institucionalizada no Conselho Regional Assessor e nos partidos e grupos A grande inova o no sistema da Finl ndi
238. pa o primeiro lugar em Qualifica o da M o de Obra a segunda posi o nos indicadores Dinamismo Centralidade e Riqueza e a terceira posi o nos indicadores Facilidade para Neg cios e Cidadania reas de investimento do Munic pio Educa o O munic pio de Niter i investe nesta rea principalmente em regi es marcadas pelo desequil brio socioecon mico com projetos abrangentes e particularmente na rea educacional garantindo n o s o acesso mas a perman ncia da crian a no sistema escolar para que ela construa conhecimentos se conscientize da import ncia do estudo e do trabalho forme valores discuta eticamente a sociedade e tenha um projeto de vida A rede b sica escolar do munic pio de Niter i constitu da por tr s n veis de depend ncia municipal estadual e particular o numero total de escolas de 157 unidades 188 O munic pio possui a mais alta taxa de alfabetiza o da Regi o Metropolitana 91 96 ndice acima da media geral do Estado Existem no munic pio 178 estabelecimentos de ensino de 1 grau nas diferentes esferas administrativas e segundo dados do IPP 2002 existem no munic pio 52 escolas municipais 66 estaduais e 129 particulares Hoje a rede publica de ensino atente quase 19 000 alunos sendo que a duplica o do numero de escolas aumentou n o s a oferta de vagas da rede mas acima de tudo permitiu a melhoria da qualidade de ensino atrav s da redu o do numero de alunos por sala
239. para a qualidade do trabalho do gestor Uma s rie de fatores sociais pol ticos culturais e econ micos interagem conduzindo ao momento hist rico em que surge a Gest o Ambiental Esses fatores s o muitas vezes contradit rios como por exemplo a quest o do Estado que se por um lado pressionado a diminuir seu poder a partir de resultantes pol tico econ mico por outro lado essencial e cada vez mais presente na discuss o da quest o ambiental Situa es como esta s vezes paradoxais principalmente sob a tica de quem est vivendo contemporaneamente s causas hist ricas se repetem em face s rela es de produ o aos meios de comunica o educa o s rela es pessoais enfim na vida de todos Essa evolu o de cunho tico filos fico pode ser esquematizada a partir de tr s vertentes principais a cient fica atrav s da ecologia que aplicando uma s rie de outras disciplinas origina a ci ncia ambiental a pol tica que introduz a explicita o da Pol tica Ambiental e finalmente uma terceira vertente t cnico administrativa advinda de um conjunto de fatores t cnico econ micos que em determinado momento v o tamb m desembocar na Gest o Ambiental Dentre essas origens t cnico administrativas a hidr ulica atrav s do Gerenciamento de Recursos H dricos e a Engenharia da Produ o Engenharia Industrial ou Engenharia do Processo ou ainda Administra o da Produ o atrav s da qualidade ambienta
240. parar o terreno para forma o de novos compromissos nas mais diversas rela es na sociedade Desse ponto de vista a incerteza presente na fase atual cumpre exatamente a fun o de aproximar problem ticas e interesses d spares e abrir um caminho para novas reorganiza es econ micas sociais e at ambientais Hoje em pleno s culo XXI caminhamos para o abismo da nossa rela o com o planeta A humanidade j foi capaz de tudo escravizar o pr prio homem realizar duas grandes guerras mundiais utilizar se de uma bomba at mica conviver com uma brutal desigualdade social entre os pa ses do norte e do sul e tantos outros fatos Recentemente em nome da democracia foi capaz de inventar armas qu micas e invadir pa ses que n o as tinham s pelo interesse do petr leo Diante de todos esses acontecimentos parece improv vel que o meio ambiente tome espa o no cen rio mundial mas aconteceu pois a previs o do esgotamento de recursos naturais e a crise energ tica e at mesmo os efeitos da polui o causaram o in cio da discuss o sobre o meio ambiente A partir da Confer ncia de Estocolmo em 1972 as na es industrializadas v m se comprometendo com a quest o ambiental atrav s de tratados acordos protocolos para diminuir os efeitos da degrada o ambiental v rios pa ses j apresentam a sua pr pria legisla o responsabilizando de todas as formas os causadores da polui o Como a toda regra temos a exce o que fo
241. pectivas a curto prazo de cinco a dez anos n o s o consideradas qualquer reflexos para o sistema pelo simples fato de o serem insignificantes Por m para o caso espec fico de Niter i se houver aprova o do PUR Plano Urban stico com o aumento de gabarito para pr dios de at cinco andares na regi o de Pendotiba e Oce nica isto implicar segundo dados preliminares num aumento de 10 000 habitantes representando um aumento no consumo de gua em 2 280 000 litros dia levando em considera o que o gasto per capta de 228 litros dia habitante Hoje Niter i j precisa de 1850 1 seg e o sistema Imunana Laranjal s pode oferecer at construir a quinta linha 1700 l seg Com estes dados analisados podemos concluir que hoje j h escassez de gua em Niter i e consequentemente o encaminhamento para conflitos 167 a m dio prazo de dez a vinte anos as implica es e altera es do quadro s o influenciadas por medidas j tomadas ou realiza es recentes a longo prazo a partir dos vinte anos os reflexos ser o sentidos pelo impacto decorrentes das discuss es ora em pauta desde que implementadas a curto prazo Cen rio A O primeiro cen rio que se coloca diante do pa s no que toca o gerenciamento dos recursos h dricos o de manuten o do curso atual dos acontecimentos sem a defini o de titularidade entre as esferas do poder quanto ao poder concedente nos casos de colis o de jurisdi o pouc
242. pendendo do n vel de entradas fornecidas pela gua subterr nea pela gua do solo e pelo fluxo superficial Em termos humanos esta varia o de fluxos significaria num extremo inunda es e no outro escassez de gua A interven o do homem nos sistemas hidrogr ficos normalmente tem a ver com um ou mais dos seguintes motivos regulariza o de descarga armazenagem de gua aumento do fluxo total extra o de gua ou altera o do canal dos rios Regulariza o da descarga A quantidade de gua a extrair de um rio em car ter perene determinada pelo caudal m nimo e se este puder ser elevado ent o o suprimento garantido tamb m aumentar A t cnica mais comum de regulariza o do caudal consiste na constru o de represas nas cabeceiras de um rio As guas armazenadas no reservat rio assim formado podem ent o ser liberadas em quantidade suficiente para manter o fluxo m nimo a jusante Quanto maior a flutua o sazonal de d bito do rio mais teis ser os reservat rios reguladores Aumento da armazenagem natural Os reservat rios na sua maioria visam a regulariza o da descarga dos rios mas tamb m armazenam grande volume de gua suplementando os canais e lagos existentes Existe tamb m a pratica de se fazer o represamento em estu rios que exige a constru o de condutos artificiais para a transmiss o de gua aquedutos para transferi la aonde for necess ria Aumento do fluxo dos rios Adiciona
243. pode ser visto como uma serie de armazenagens de gua ligada por transfer ncias algumas mais demoradas como a gua subterr nea e outras mais r pidas como os rios As guas escoam constantemente para baixo em dire o do ponto inferior do sistema os oceanos v rias sa das laterais permitem que escape vapor evapotranspira o diretamente para a atmosfera 31 superf cie da terra a gua se concentra em bacias de drenagem cada uma das quais funcionando em sua pr pria serie de dep sitos e de transfer ncias da gua O caminho que a gua vai percorrer para formar seu ciclo desde sua entrada no sistema atrav s da chuva at o seu retorno atmosfera varia de lugar para lugar em toda superf cie da Terra Variando n o s de lugar para lugar mas tamb m ao longo do tempo A gua contida na superf cie terrestre concentra se em bacias de drenagem ou bacias hidrogr ficas Essas bacias s o reas da superf cie terrestre drenando gua sedimentos e materiais dissolvidos para uma sa da comum S o drenados por um rio principal e seus afluentes Cada uma das bacias existentes possui funcionamento pr prio possuindo seus pr prios dep sitos e transfer ncias da gua nesse sistema podendo o homem alterar essa capacidade do sistema de armazenamento e de transfer ncia da gua De acordo com Drew 1998 Se a interfer ncia se der em transfer ncia da superf cie ou do solo ou em armazenagens prov vel que uma
244. pos de uso bem como dos fen menos paralelos de polui o Esses comit s t cnicos acompanham tamb m a realiza o dos programas assegurando a informa o sobre todas as opera es A Coordena o Um dos objetivos da Lei de 1964 foi promover a coordena o dos diferentes servi os afins com os problemas h dricos visando a sua progressiva unifica o A aplica o da nova pol tica de guas da compet ncia de diversos minist rios de alguns devido ao seu mbito espec fico de outros porque suas atribui es gerais tamb m envolvem a quest o S o os seguintes Minist rio da Sa de P blica respons vel por todos os problemas da gua relativos sa de p blica em particular o controle da potabilidade das guas e do funcionamento das instala es de depura o de efluentes urbanos Minist rio da Ind stria explora o das guas subterr neas utiliza o da gua para produ o de energia hidroel trica Minist rio do Equipamento gest o das vias naveg veis e prote o contra as inunda es de locais habitados Minist rio da Agricultura problemas de hidr ulica agr cola irriga o drenagem abastecimento de gua e saneamento rural Minist rio do Interior co participa o em obras de infra estrutura de abastecimento de gua em aglomera es urbanas Minist rio do Meio Ambiente investido do poder de pol tica das guas superficiais e subterr neas Cabe assimilar que a coor
245. que realmente trate a quest o da gua de maneira a beneficiar as camadas menos favorecidas e que respeite a autonomia da pol tica de gerenciamento dos recursos h dricos dos Estados pode estar comprometidas pela implementa o da ALCA a rea de Livre Com rcio das Am ricas A grande quest o em rela o a gua enquanto recurso estrat gico e neste sentido extrapolando o contexto meramente econ mico perpassa outras quest es como por exemplo o uso compartilhado dos rios e a partir da o surgimento de situa es hidroconflitivas 108 Embora o debate seja muito recente e poucas organiza es estejam envolvidas de fato com a quest o da gua durante o F rum Social Mundial de 2001 levantou se a discuss o sobre a exist ncia de uma oligarquia internacional da gua e isto envolve o nome de grandes empresas que comercializam gua mineral Podemos citar como exemplo as multinacionais COCA COLA e NESTL As duas maiores empresas multinacionais de gua s o as francesas VIVENDI que opera em mais de cem pa ses e a SUEZ que opera em aproximadamente cento e trinta pa ses chegando a obter cerca de 40 do mercado da gua seu faturamento chega a cerca de 70 bilh es de d lares e cerca de 19 bilh es com presta o de servi os de gua e esgoto formando um verdadeiro monop lio Al m destas empresas ainda existem a RWE alem que comprou a pouco tempo a gigante Britania Thames Water e completando com a compra da American Water Works
246. r as cheias mediante a acelera o e a redu o dos obst culos ao fluxo trata se de melhorar a efici ncia do rio enquanto mecanismo de transfer ncia Podem ocorrer problemas se um longo trecho de um rio corre por um canal de concreto pois n o ocorrem as trocas naturais de gua entre os dep sitos do solo e da gua subterr nea e o rio Haver mais cheias mas os fluxos m nimos tamb m diminuir o visto que o escoamento das margens para o canal j n o poss vel Um rio pode ter tamb m seu curso alterado por desvios permanentes do caudal como um todo H rios que perdem afluentes quando s o desviados perdendo tamb m vaz o No caso da bacia de Macacu esta perdeu um importante afluente que era o rio Caceribu Atualmente estas interfer ncias nos rios est o menores visto que j se certificaram que n o a interfer ncia adequada para a solu o dos problemas com as enchentes Na Europa as guas dos rios e dos c rregos foram canalizadas at a d cada de 70 com implanta o de galerias para esconder as guas polu das e afast las do conv vio da popula o hoje se adota uma nova forma de interfer ncia para recuperar os cursos d gua por ser mais recomend vel por m muito dif cil de ser realizado que a revitaliza o dos rios e a renaturaliza o dos rios A grande dificuldade em implantar estas novas interfer ncias est na onerosidade com as obras No caso da renaturaliza o ou recupera o dos cursos d gu
247. rado de Niter i e S o Gon alo Quatro sistemas isolados atendendo aos munic pios de Itabora Mag Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito NETO 1997 Estes seis sistemas atendem a 7 700 000 habitantes com um total de 2 147 181 economias residenciais O denominado sistema Imunana Laranjal abastece os munic pios de Niter i e S o Gon alo e tamb m Itambi distrito de Itabora A configura o deste sistema data do final de 1982 At esta data o sistema n o possu a uma separa o f sica entre a adu o e a distribui o principalmente na regi o de S o Gon alo fazendo com que a press o no conjunto adutora e rede flutue de acordo com as varia es de demanda provocando falta d gua em alguns pontos ou ocasionando press o excessiva provocando danos a tubula es e assim aumentando os vazamentos e perda de gua A n o exist ncia de setoriza o da distribui o aliado ao elevado n mero de perdas ocasionava descontrole do sistema Assim a produ o da gua pot vel de 5 m3 s tornou se insuficiente para o abastecimento continuo da totalidade da popula o Visando a redu o desse problema a CEDAE deu inicio as obras de amplia o da produ o da gua conclu do em 1998 Ainda com vista a melhoria do abastecimento a CEDAE implantou a quinta linha adutora de Niter i ramo Norte que se caracteriza por uma adequa o do abastecimento atrav s da amplia o de troncos redes e da implanta o de reservat rios
248. rael o dom nio sobre os recursos h dricos regionais Partindo desta afirma o podemos garantir que as fronteiras do Estado de Israel s o ate certo ponto resultado de considera es sobre a gua O pa s que cresce continuamente e considerado o mais desenvolvido da regi o n o alcan aria tamanho n vel de desenvolvimento se n o fosse a gua proveniente dos territ rios ocupados e das regi es fronteiri as N o satisfeitos com os recursos h dricos j conquistados e calculando uma prov vel escassez num futuro pr ximo Israel v no L bano sua nova fonte de gua doce O rio 102 Litani um dos principais do pa s j considerado pelos israelenses como deles por direito e seu acesso ao rio aos poucos vai se ampliando A posse deste rio j motivo de lutas judiciais nas Na es Unidas podendo considerar se uma pr via do que num futuro pr ximo poder tornar se mais uma das in meras guerras que assolam a regi o A gan ncia israelense se d mesmo dentro de seu territ rio e estende se em forma de ego smo nas rela es com o povo palestino Basta analisarmos que todos os povoados israelenses possuem gua corrente enquanto menos da metade dos povoados palestinos s o abastecidos por este servi o As licen as para perfura o de po os s o na sua maioria expedidas para cidad os de origem rabe Al m disso estes po os quando pertencentes a palestinos s podem alcan ar 140 metros de profundidade Os perfurado
249. rates uma forma de atender suas crescentes necessidades desenvolvimentistas 103 2 A regi o marcada por sentimentos de desconfian a conflitos tinicos e por reminisc ncias hist ricas o que dificulta a possibilidade de acordo sobre o controle dos rios De um lado a Turquia afirma ter absoluta soberania sobre todas as guas dos rios j que essas nascem em seu territ rio Os iraquianos afirmam ter direitos hist ricos sobre os rios j que a popula o da Mesopot mia utiliza se desta gua a 6 mil nios A S ria por sua vez joga com as duas argumenta es para defender seus interesses contra a Turquia defende o uso hist rico e contra o Iraque defende a soberania de seu territ rio e das guas que nele atravessam Os sinais para a solu o do conflito da gua nesta regi o s o cada vez mais escassos e segundo analistas internacionais a tend ncia de piorar j que Turquia e S ria elaboram projetos que diminuem o abastecimento de gua para os paises a jusante A Turquia como dito anteriormente um pa s rico em gua para os padr es do Oriente M dio porem sua popula o cresce de forma r pida e nem toda gua dispon vel no pa s de f cil acesso O turismo uma importante fonte de renda cada vez mais explorada pelo pa s consome enormes quantidades de gua que poderiam estar sendo utilizadas de outras formas Os programas de irriga o implementados pelo governo somados ao crescimento demogr fico
250. rea o em cadeia provoque mudan as em todo o restante dos dep sitos e transfer ncia Quanto mais a jusante for o ponto da interven o menos elementos do sistema hidrol gico ser o provavelmente afetados ainda que a exist ncia de mecanismos de realimenta o ou regenera o no sistema possa evidentemente facultar rea es em cadeia que remontam atrav s dele A diminui o da capacidade do solo para absorver as chuvas devido a prov veis mudan as no uso da terra poderia afetar a distribui o de gua por todos os trajetos ulteriores ao passo que a subtra o da gua subterr nea poderia afetar apenas o fluxo dos rios os dep sitos lacustres e a vaz o para os oceanos Um exemplo de realimenta o artificial do sistema seria o uso da gua subterr nea retirada para a irriga o da superf cie terrestre situada a montante A gua ao chegar superf cie pode conduzir se a v rios caminhos podendo ser armazenada e transferida pela superf cie nesse caso a vegeta o trabalha como distribuidora da gua a intercep o da gua da chuva pela vegeta o vai variar de acordo como essa se apresenta ou seja de acordo com sua densidade e esp cies vegetais pois existem esp cies que s o dispersoras de gua cultivos sazonais e pastagens e outras que s o concentradoras florestas Qualquer mudan a que ocorrer na cobertura vegetal pode afetar todo o ciclo hidrol gico como por exemplo o volume de gua de intercepta
251. ria sustentabilidade econ mica para popula o residente no mencionado munic pio As guas dos rios Macacu e Guapia u s o captadas para a ETA Imunana Laranjal que est situada no munic pio de S o Gon alo e a partir do tratamento distribu da para 18 abastecer os munic pios de Niter i S o Gon alo chegando at a ilha de Paquet e alguns distritos do munic pio de Itabora A distribui o da gua para estes munic pios possui uma cota onde a administra o realizada por empresas como a CEDAE e a Concession ria guas de Niter i Por m somente a empresa p blica fica com o nus maior da capta o e do tratamento Dentro do munic pio de Niter i a CEDAE perdeu o poder de administrar distribuir e cuidar de toda rede de manuten o de gua deste munic pio criando um conflito entre as duas empresas Com isto percebemos que entre os diferentes conflitos no uso social da gua a vertente institucional tamb m deve ser contemplada Conflitos ocorrem tamb m dentro do contexto de uma Pol tica Ambiental atrelada a uma Pol tica de Desenvolvimento Econ mico que s ser implantada atrav s de um eficiente processo de gest o ambiental principalmente se temos por objetivo o desenvolvimento auto sustent vel Sabemos que os Recursos Humanos constituem fundamento predominante da express o econ mica por ser o Homem agente essencial da produ o e do consumo n o s o organizador e executor do processo prod
252. ricos Legisla o B sica da Secretaria de Recursos H dricos do Minist rio do Meio Ambiente Bras lia 2002 POPULATION REFERENCE BUREAU La din mica entre la poblaci n y el m dio ambiente Washington D C 1997 In Demanboro A C e Mariotoni C A O Conceito de escala e o desenvolvimento sustent vel implica es sobre os recursos h dricos e energ ticos Revista Brasileira de Energia Vol 7 n 2 Rio de Janeiro 1999 PREFEITURA MUNICIPAL DE NITER I Niter i perfil de uma cidade Niter i RJ Secretaria Municipal de Ci ncia e Tecnologia 1999 336 p PRISCOLLI J D Public Involvement Conflit Management Means Environmental Quality and Social Objectives Journal of Water Resources Planing and Management New York 115 1 31 42 1989 PROJETO PLANAGUA SEMADS GTZ Coopera o Brasil Alemanha Revitaliza o de Rios Orienta o T cnica Outubro 2001 76 p RAVAGNANI A S Benincasa M amp Matheus C E Programas de educa o ambiental aplicado em escolas p blicas tendo como referencial a bacia hidrogr fica Ci ncia Geogr fica Bauru VI VII 17 2000 RIBEIRO amp VARGAS Novos Instrumentos de Gest o Ambiental Urbana Helena Ribeiro Heliana Comin Vargas orgs S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2001 RIBEIRO G L Cultura e Pol tica no mundo Contempor neo Ed UNB 2000 Rio de Janeiro Estado Lei n 3 239 2 08 99 Pol tica Estadual de Recursos H dricos Rio
253. ricos da bacia hidrogr fica do rio Macacu Este estudo foi feito com pesquisas bibliogr ficas entrevistas visitas t cnicas aos rg os e institui es competentes visitas na rea fornecedora e ETAs tornando veresivel a pesquisa Dos resultados alcan ados os mais significativos s o de que a problem tica da escassez da gua em Niter i ainda n o est resolvida e que os conflitos variam desde os institucionais at os de natureza socioecon micas e ambientais ABSTRACT This dissertation is basically about the conflicts in social use of the water As there s a correlation between the local and global the particular and general evidenced by common aspects it was decided to work in some scales the water problematic About the water it was developed study about the origin its many uses and the water distribution in the world trying to relate local and global as well as the conflicts generated in the social use of this resource that has been gradually become scarce Wide research was made on the concept of Environment Management Hydrical Resources Management in Brazil and Sustainability The area studied is the municipality of Niter i and the problematic that presents itself is the almost total dependency of the hydric resources of the hydrographic bay of the Macacu river This study was made with bibliographic research interviews technical visits to the competent organs and institutions visits to the supply area and Watering Pl
254. rimeiro Mundo em oposi o queles que t m sua economia baseada na agricultura perif ricos Os processos de desenvolvimento que adota os moldes da economia cl ssica t m por objetivo colocar os pa ses menos desenvolvidos no patamar dos pa ses industrializados O crescimento econ mico recente de alguns pa ses foi devido a um per odo extremamente favor vel do p s guerra que perdurou at o final da d cada de sessenta baseado num modelo de uso extensivo de energia barata A ideologia do crescimento 50 econ mico ilimitado marcado pela industrializa o encontrou sustenta o tanto nas economias de mercado quanto daquelas guiadas pelo planejamento centralizado O maior golpe no o de crescimento e de desenvolvimento continuado realizado a base de energia e mat rias primas baratas dos pa ses do Terceiro Mundo sobreveio com as crises sucessivas do petr leo a partir de 1973 A necessidade em racionar o petr leo criou uma nova mentalidade nos pa ses industrializados a nova realidade alertou as economias industrializadas de que os recursos naturais s o bens finitos e precisam ser usados de forma parcimoniosa DIEGUES 1995 O termo desenvolvimento sustent vel entretanto causa ru dos no caminho dos novos rumos sendo que a palavra desenvolvimento est muito conotada al m de conectada a pr ticas que passaram a ser contestada como j foi mencionado acima suscita s rias d vidas sobre a validade em dar lhe alguma so
255. rreiras s o constitu das por linhas de touceira de vegeta o plantadas em curvas de 161 n vel Numa declividade dotada de barreiras vivas durante uma forte chuva o escoamento freado e a gua pode infiltrar adequadamente A terra que seria transportada pelas chuvas e posteriormente depositada nos rios lagos e reservat rios da regi o se deposita atr s da barreira viva formando progressivamente terra os naturais recomenda se tamb m o planejamento para a utiliza o do recurso gua uma vez que este bastante escasso em determinada poca do ano Nestas condi es parece recomend vel que se estabele am prioridades sobre o uso da gua uma vez satisfeitas as necessidades da popula o Esta ir decidir qual a atividade econ mica mais importante fazer um planejamento para implementa o desta atividade e se a atividade escolhida for muito impactante se estar disposta a arcar com o nus ambiental A popula o local tamb m dever otimizar a utiliza o da gua e seu reuso quando for o caso Quanto utiliza o do plantio de esp cies de crescimento r pido como o eucalipto sugere se a mudan a de utiliza o do produto obtido de sua cultura A substitui o do carv o pela madeira para serraria poderia proporcionar um aumento no ciclo de explora o da madeira geralmente 25 anos A longo prazo os efeitos do consumo d gua pelo eucalipto ser o menores pois seu ritmo de crescimento ser mais lento Caso o t
256. rsa constru da em concreto armado tem por finalidade garantir carga hidr ulica suficiente para a opera o da tomada d gua em per odos de estiagem e impedir a penetra o da cunha salina os n veis extremos da mar no Canal estimados pelos t cnicos da CEDAE s o 0 19 m com base nas observa es da esta o fluviometrica instalada no Canal de Imunana pela Empresa Hidrol gica S A As dimens es da barragem 3 m de altura e 80 m de largura foram calculadas visando al m de atender aos objetivos mencionados proporcionar a menor sobreleva o das guas montante em per odos de 144 chuvas intensas tendo em vista que a regi o de baixada j naturalmente inund vel A cota da crista da barragem de 1 m com referencia ao zero do IBGE A vaz o a partir da qual h o extravasamento do canal de 150 m3 s segundo os c lculos da CEDAE Desarenador prim rio estrutura em concreto armado localizada junto ombreira esquerda da barragem Tem o objetivo de conter a areia transportada pelas guas e possibilitar seu descarte atrav s de descarga realizada periodicamente pela abertura de uma comporta Tomada d gua situada ap s o desarenador prim rio onde foram instaladas grades para conten o de detritos flutuantes de grandes dimens es Estrutura de Controle situada a seguir tem o objetivo de controlar as vaz es a serem aduzidas dotada de cinco comportas que permitem regular as contribui es em f
257. rte agente de altera o do processo de infiltra o no ciclo hidrol gico devido a impermeabiliza o dos solos como mencionado anteriormente outra forma de interven o no ciclo hidrol gico a dessaliniza o de gua salobra ou de gua do mar usando destila o por descarga ou m todos de membrana o que est sendo muito utilizado nas regi es costeiras e nos paises ricos De acordo com Drew 1998 a capacidade mundial de dessaliniza o em 1976 era cerca de 2 400 milh es 37 de litros de gua do mar por dia aumentando 16 ao ano Em pa ses como Israel Austr lia e Kuwait no oeste dos Estados Unidos usinas m dias de dessaliniza o j v m operando h anos mas isto implica em um consumo muito elevado de energia Outra forma de interven o que se pode considerar est na obten o de gua doce com rebocamento de icebergs da Ant rtica para as regi es costeiras onde a gua escassa o ideal que os icebergs fossem est veis e em forma de t bua com um volume de aproximadamente 1 quilometro c bico Os prov veis importadores s o a parte sul da Austr lia Ar bia Saudita e o sul da Calif rnia DREW 1998 A explora o dos recursos h dricos n o conhece limites dados tanto por fen menos naturais como pelas formas de sua utiliza o e por outro lado os v rios usos resultam efeitos diversos que acabam por afetar sua quantidade e qualidade Neste duplo aspecto da quantidade e da qualidade a gua
258. ruptura a imposi o do novo e a pretens o de alcan ar a totalidade Compagnom 1990 estabelece cinco caracter sticas fundamentais da modernidade a supersti o do novo a religi o do futuro a mania teorizadora o apelo cultura de massa e a paix o da nega o Todo fen meno quando se apresenta como moderno parte de uma refer ncia negativa daquilo que existia antes e que a partir de ent o se transforma no antigo ou tradicional O moderno possui uma liga o intr nseca com a contemporaneidade substituiu alguma coisa do passado defasada ou simplesmente alguma coisa que n o encontra mais 62 Justificativa do tempo presente Da vem concep o de uma estrutura em progress o segundo a qual o avan o e a mudan a s o sempre elementos necess rios O resultado uma cadeia de deriva es na qual substitui es consecutivas e progressivas s o regularmente estabelecidas O novo torna se sin nimo de leg timo e em seu nome busca se toda gama de justificativas como se a epistemologia cl ssica estivesse defasada no entanto sabemos que a base do conhecimento humano encontra se na epistemologia cl ssica Retomando a epistemologia cl ssica e como instrumento a teoriza o faremos uma breve abordagem sobre as principais linhas de pensadores relacionados Gest o Ambiental Gest o Ambiental uma pr tica instrumental que surge a partir de uma circunst ncia hist rica cuja compreens o pr requisito
259. s caracter sticas fundamentais das quais podem ser destacadas as intera es entre os seus principais componentes Portanto solo e gua como substrato comunidades de plantas e animais efeitos do clima interagem em uma bacia hidrogr fica apresentando especificidades caracter sticas em cada bacia Al m disso aspectos aplicados tais como efeitos das atividades humanas nos sistemas terrestres e aqu ticos desmatamentos por exemplo e explora o racional das sub unidades atividades agr colas pesca podem ser melhores investigados e solucionados considerando se estas intera es sob uma perspectiva global MATHEUS amp S 2000 Ryff 1995 8 in Dorigon 1997 vai mais a fundo da unidade de bacia hidrogr fica e afirma que as microbacias hidrogr ficas constituem se em unidades naturais de planejamento agr cola e ambiental adequadas implanta o de novos padr es de desenvolvimento rural que representem uma etapa no processo de aproxima es sucessivas rumo ao ideal de um desenvolvimento rural sustent vel Inicia se uma longa jornada pois agora dispomos de uma lei bem fundamentada est oficializada a gest o participativa a bacia hidrogr fica torna se a unidade de 57 planejamento com isso cada cidad o pode pensar na unidade geogr fica na qual ele est inserido e analisar e participar do seu problema mais de perto isso pode ser um caminho para a sustentabilidade mas ser que este cidad o est preparado para
260. s o ilimitados e que os conflitos inerentes aos seus usos t m mais ra zes ticas e morais do que objetivas Na verdade nossas reservas de gua s o limitadas e sua posse e uso gera atualmente conflitos de interesses que acabam por causar o caos na organiza o dos nossos ecossistemas 64 Quando se inicia o movimento esbo ado dentro da tentativa de executar tal empreendimento o prop sito inicial verifica se irrealiz vel Tal impossibilidade decorre da completa inexist ncia de uma tematiza o do campo ambiental dentro das diversas abordagens da Teoria do Conhecimento e da Epistemologia ROHDE 1996 Carnap 1891 1970 por sua vez adota o crit rio do conte do das ci ncias que podem ser formais ou factuais Os conte dos formais s o aqueles em que a verdade depende apenas de seus pr prios termos Os factuais dependem n o s dos anunciados anal ticos como os formais mas ainda de enunciados sint ticos ou seja dependem tamb m dos fatos a que se referem Partindo desse crit rio de Carnap Bunge adota a seguinte classifica o CI NCIA Formal L gica Matem tica Factual Natural F sica Qu mica Biologia Psicologia Individual Cultural Psicologia Social Sociologia Economia Ci ncia Pol tica Hist ria Pol tica Hist ria Material Hist ria da Id ias Wilhelm Wundt por sua vez apresenta esta classifica o CI NCIAS REAIS Ci ncia da Natureza Fenomenol gicas Qu
261. s de toneladas ou metros c bicos de gua que evaporados dos oceanos precipitam se anualmente sobre os continentes Avalia se pois que desse volume de chuvas 37 trilh es de metros c bicos correm por ano pelos rios e s o despejados no mar Essas guas n o se acham entretanto distribu das uniformemente por todo o planeta De acordo com Shiklomanov 1997 a distribui o da gua na Terra encontra se assim 28 Reservat rios Volume 10 3 Km do Volume total do Volume de gua Doce Oceanos 1338000 0 96 5379 X Subsolo 23400 0 1 6883 X gua Doce 10530 0 0 7597 30 0607 gua Salgada 12870 0 0 9286 X Umidade do solo 16 5 0 0012 0 0471 reas Congeladas 24064 0 1 7362 68 6971 Ant rtica 21600 0 1 5585 61 6629 Groenl ndia 2340 0 0 1688 6 6802 rtico 83 5 0 0060 0 2384 Montanhas 40 6 0 0029 0 1159 Solos congelados 300 0 0 0216 0 8564 Lagos 176 4 0 0127 X gua Doce 91 0 0 0066 0 2598 gua salgada 85 4 0 0062 X P ntanos 11 5 0 0008 0 0328 Rios 2 1 0 0002 0 0061 Biomassa 1 1 0 0001 0 0032 Vapor d gua atm 12 9 0 0009 0 0368 Armaz total de gua 1350955 4 97 4726 X salgada Armazenamento 35029 1 2 52744 100 total de gua doce Armazenamento 1385984 5 100 0 total de gua Tabela 1 Distribui o de gua na Terra Observa se que mesmo tendo a Terra um volume total de gua da ordem de 1 386 milh es de Km o que efetivamente est dispon vel ao uso humano muito pouco 0 007 As guas da Terra en
262. s elevadas localmente denominadas de Serra da Tiririca Serra do Malheiro e Serra do Calaboca todas elas alinhadas no sentido geral nordeste sudoeste e atingindo cotas altim tricas m ximas em torno de 400 metros O ponto culminante do munic pio localiza se na Pedra do Elefante na Serra da Tiririca medindo 412 metros acima do n vel do mar O modelado do maci o costeiro em Niter i alterna reas mais elevadas s vezes morros pr ximos uns dos outros com denomina es locais e colinas tamb m cristalinas localizadas em reas com topografia mais plana Destas reas mais elevadas podemos destacar Aquela formada pela Serra da Tiririca e por entre outros os morros do Telegrafo e do Elefante onde se localiza o ponto culminante do munic pio com 412 metros de altitude e que separa Niter i do munic pio de Maric a sudeste O conjunto formado pela Serra Grande e por principalmente os morros de Cantagalo 406 m Jacar e Malheiro ocupando a parte nordeste do munic pio na divisa com S o Gon alo E finalmente mais pr ximo s guas da baia da Guanabara a sudoeste o conjunto formado pelos morros da Vira o 319 m do Prevent rio do Sapezal e de Santo In cio 340 m estes j apresentando ocupa o habitacional em alguns trechos Nas reas denominadas por colinas essas apresentam altitudes mais modestas e modelado suavemente ondulado com quase todos os morros habitados como uma continua o natural dos bairros ond
263. s por judeus podem chegar at 800 metros de profundidade Essa serie de medidas xen fobas tende a agravar ainda mais o conflito entre os dois povos e indicam que a paz na regi o est longe de ser alcan ada Ainda no Oriente M dio a regi o da antiga Mesopot mia se destaca como poss vel zona de conflitos tendo a gua como fato gerador A atividade agr cola nessa regi o muito antiga remontando a poca dos sum rios os inventores da irriga o e fundadores da primeira civiliza o urbana que se tem conhecimento Boa parte deste desenvolvimento deu se gra as s guas de dois importantes rios o Tigre e o Eufrates Ambos os rios nascem na Turquia por m seguem rotas diferentes O rio Tigre corre na dire o sudeste atravessando as plan cies turcas durante um trecho curto faz com a S ria e atravessa o Iraque passando pela capital Bagd at finalmente se encontrar com o rio Eufrates O rio Eufrates cruza a fronteira com a S ria onde fica armazenado na barragem do lago Assad penetra no Iraque e atravessa o pa s at se encontrar com o rio Tigre Quando os dois rios irm os se encontram formam o rio Shar Al Arab que desemboca no Golfo P rsico Todos os paises acima citados s o dependentes das guas destes rios Para a S ria o Eufrates constitui sua maior fonte de gua doce 85 da gua do Iraque captada destes dois rios e a Turquia mesmo rica em gua para os padr es do Oriente M dio v no sistema Tigre Euf
264. s relacionados com eles em desacordo com as condi es estabelecidas na outorga O art 50 disp e ainda que por infra o de qualquer disposi o legal ou regulamentar referentes execu o de obras e servi os hidr ulicos deriva o ou utiliza o de recursos h dricos de dom nio ou administra o da Uni o ou pelo n o atendimento das solicita es feitas o infrator a crit rio da autoridade competente ficar sujeito s seguintes penalidades independentemente de sua ordem de enumera o advert ncia por escrito multa simples e di ria de R 100 00 cem reais a R 20 000 00 vinte mil reais embargo provis rio e embargo definitivo Ressalta se que a Lei n 9 433 97 estabeleceu novos tipos de organiza o para a gest o compartilhada do uso da gua 19 No dia 17 de julho de 2000 a Lei n 9 984 criou a Ag ncia nacional de guas ANA para implementar a Pol tica Nacional de Recursos H dricos cuja formula o ficar a cargo da Secretaria Nacional de Recursos H dricos SRH do Minist rio do Meio Ambiente MMA A Ag ncia Nacional de guas tem como principais atribui es outorgar o direito de uso fiscalizar os usos implementar a cobran a pelo uso arrecadar distribuir e aplicar receitas auferidas por interm dio da cobran a planejar e promover a es destinadas a prevenir e minimizar os efeitos de secas e inunda es definir e fiscalizar as condi es de opera o de reservat rios por ag
265. se gua em um rio para aumentar o caudal normalmente em per odo de estiagem ela tem de ser obtida de qualquer outro deposito do ciclo hidrol gico H casos em que poss vel recorrer gua subterr nea trazendo a para a superf cie e despejando a no rio e tamb m pode ser trazida de outra bacia hidrogr fica completamente separada por aqueduto Essas transfer ncias entre bacias est o se tornando comuns Redu o do fluxo do rio Aproximadamente 2 do escoamento total dos rios do mundo desviada para uso humano Na sua maior parte os usu rios dom sticos usinas de gera o de energia ind strias devolvem a gua ainda que muitas vezes polu da No entanto na irriga o que se emprega mais Desvia se a gua do rio para aumentar a umidade do solo se a irriga o for eficiente toda a gua ser aproveitada pelas plantas abreviando o circuito do restante do ciclo e diminuindo proporcionalmente o caudal dos cursos de gua trata se de um uso consultivo para os rios Na escala mundial como mais 35 de 80 da gua empregada para irriga o temos ai um desvio gigantesco do ciclo hidrol gico natural Altera o do canal dos rios Em termos hidrol gicos considerada importante a altera o no curso dos rios sobre a tica ambiental A forma do canal pode ser aprofundada alargada estreitada ou ter os lados e a base modificados em casos extremos por concretagem Geralmente as altera es visam impedi
266. seguindo uma sequ ncia entre os cap tulos da seguinte maneira No cap tulo onde se buscou todo o referencial te rico conceitual que norteou o trabalho a meta a ser atingida foi o estado da arte em rela o ao tema proposto Em seguida partiu se para uma detalhada descri o e delimita o da rea de estudo em seus diferentes aspectos f sicos sociais e econ micos tentando relacionar as necessidades vigentes do recurso gua Descrita e delimitada tamb m foi a rea fornecedora de gua para o sistema Imunana Laranjal ou seja a bacia do Macacu A partir deste ponto as diferentes formas de conflitos existentes s o apresentadas dentro do uso social da gua em seguida s o analisados os dados e propostas existentes e algumas medidas mitigadoras para o problema Finalmente algumas conclus es s o colocadas no sentido de responder a pergunta inicial que Haver o uso social da gua sem conflito 23 2 REVIS O DA LITERATURA 2 1 gua Origem e usos Os mais antigos fil sofos gregos j afirmavam que tudo prov m da gua A ci ncia tem por sua vez demonstrado que a vida se originou na gua e que ela constitui a mat ria predominante em todos os corpos vivos Por mais que tentemos n o somos capazes de imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da gua Os mais belos cen rios da Terra agrad veis aos sentidos imagina o ao repouso e convidativos poesia n o podem deixar de ter gua na s
267. sencial a vida no momento que este se tornar escasso em algumas regi es do planeta como j acontece no Egito Kuait Ar bia Saudita Israel e Arg lia e no Brasil alguns estados tamb m j sentem os reflexos do problema Pernambuco Para ba Sergipe e Rio Grande do Norte ela assume valor econ mico e passa a ser considerada como um recurso raro e valioso A Gest o Ambiental o caminho para resolver os conflitos sociais que haver o de surgir a partir dos chamados usos m ltiplos da gua O Ambiente o condicionante mais geral de todos os fen menos relativos pessoa sociedade e pr pria vida A biosfera relaciona se diretamente com a sobreviv ncia do ser humano considerando quer do ponto de vista f sico como indiv duo quer do ponto de vista filogen tico como esp cie Compreende n o s os aspectos globais clim ticos e energ ticos mas tamb m e principalmente os processos biol gicos indispens veis sobreviv ncia do homem em seus constantes ajustamentos ESG 1998 91 A biosfera comp e se de um mundo inorg nico que chamado genericamente de meio f sico litosfera hidrosfera e atmosfera e de um universo biol gico o mundo vivo constitu do por todos os seres dotados de vida nele incluindo se o homem ESG 1998 A sociosfera o meio social onde o homem assume o papel de socius onde vive trabalha e cria Compreende tamb m as organiza es sociais e todo o conhecimento humano Na
268. sf rico e aqu tico Se houver mudan as da hidrologia do solo elas podem estender se para cima no sentido da atmosfera e para baixo para a por o inferior do ciclo Nas reas que tem por base rochas perme veis parte da precipita o pluvial infiltra se no solo e na rocha tornando se gua subterr nea Aq feros ou reservat rios naturais de gua subterr nea s o forma es rochosas ou camadas geol gicas que armazenam e transmitem gua economicamente pass vel de extra o Existem tr s tipos b sicos de aqii feros de acordo com a forma o rochosa na qual est contido Aq feros granulares ou porosos que s o formados pelas rochas sedimentares e sedimentos n o consolidados por exemplo os arenitos e os aluvi es Aq feros fissurais s o aqueles nos quais a gua est presente nas fraturas e fendas das rochas cristalinas por exemplo granitos gnaises e diab sios Aq feros c rsticos ou cavernosos s o aqueles nos quais a gua se faz presente em cavidades produzidas pela dissolu o causada pela gua por exemplo calc rios e m rmores Quando a superf cie que limita a zona saturada dos agii feros coincide com o len ol fre tico eles s o chamados agii feros livres Quando o agii fero encontra se entre duas camadas imperme veis diz se que est confinado Nessa condi o a gua est sob press o superior press o atmosf rica o aq fero neste caso denominado aq fero 2 confinado ou art
269. so de Hitler que era um cultor da natureza tendo sido inclusive vegetariano Esse exemplo ali s ilustra as contradi es que envolvem a quest o ambiental em particular e a natureza humana em geral Os diferentes aspectos da quest o conduzem a m ltiplas vis es e interesses levando a conflitos sociais pol ticos econ micos e at psicol gicos Atrav s da hist ria da gua percebemos que esta se constitui enquanto fonte de poder desde a Antigiiidade Quantos conflitos geraram entre fazendeiros cidades e at pa ses Sendo um elemento natural por m finito em qualidade a gua fonte de cobi a dos menos favorecidos pela natureza A oferta ainda supera a demanda no entanto os estudiosos prev em em longo prazo problemas graves de escassez desse bem O homem interfere na natureza desviando rios criando grandes lagos desmatando as florestas destruindo montanhas criando grandes t neis subterr neos poluindo cimentando terrenos asfaltando as margens dos rios permitindo o crescimento desordenado das cidades Entender que estamos caminhando para uma situa o calamitosa j um grande passo mas n o suficiente Faz se portanto necess ria uma an lise da situa o e a busca de estrat gias que nos levem a contribuir para que efetivamente a gua recurso natural estrat gico para o III mil nio seja posto a servi o dos interesses do pa s visando o Bem Comum a fim de que seu uso social se d de
270. somente por alguns valores m ximos do hist rico SB 998 apresenta valores pouco mais elevados em quase todos os par metros principalmente com rela o a DBO No caso de fen is e f sforo total os resultados indicam menores concentra es GP 600 e GP 601 apresentam comportamentos semelhantes com resultados para quase todos os par metros em mais de 50 do tempo dentro dos limites definidos pela Resolu o CONAMA 20 No caso do c dmio s o apresentados valores m nimos de 0 002 mg l correspondentes ao limite de detec o pelos m todos de analise de laborat rio Dessa forma n o se pode avaliar se a concentra o real da substancia se encontra de acordo com o padr o que superior a esse valor N o realizada an lise sistem tica dos par metros que indicam a presen a de agrot xicos tendo em vista que essas subst ncias quando carreadas pelas guas das chuvas chegam aos rios quase sempre em concentra es abaixo dos limites de detec o dos m todos de analise Contudo h situa es em que concentra es mais elevadas dependem da intensidade e dura o das chuvas da dist ncia e quantidade da aplica o do agrot xico e outros causam danos fauna e flora aqu tica Dessa forma o monitoramento precisa ser planejado considerando tamb m a previs o de aplica o dos produtos em fun o das fases do cultivo Como a bacia do rio Macacu tem grande import ncia para o ecossistema ba a da Guan
271. sos h dricos planejar regular e controlar o uso a preserva o e a recupera o dos recursos h dricos e promover a cobran a pelo uso de recursos h dricos art 32 S o Integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H dricos O Conselho Nacional de Recursos H dricos Os Conselhos de Recursos H dricos dos Estados e do Distrito Federal Os Comit s de Bacia Hidrogr fica Os rg os dos Poderes P blicos Federal Estaduais e Municipais cujas compet ncias se relacionem com a gest o de recursos h dricos e as Ag ncias de gua art 33 Criou tamb m o Conselho Nacional de Recursos H dricos sendo presidido pelo Ministro titular do Minist rio do meio Ambiente dos Recursos H dricos e da Amaz nia Legal e tendo como Secret rio Executivo o titular do rg o integrante da estrutura deste Minist rio respons vel pela gest o dos recursos h dricos O Conselho Nacional de recursos h dricos composto de representantes dos Minist rios e Secretarias da Presid ncia da Rep blica com atua o no gerenciamento ou no uso de recursos h dricos representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos 78 H dricos representantes dos usu rios dos recursos h dricos e representantes das organiza es civis de recursos h dricos arts 34 e 36 Foram institu dos os Comit s de Bacia Hidrogr fica que dever o atuar na totalidade de uma bacia hidrogr fica e ou numa sub bacia hidrogr fica de tribut rio do curso
272. sta Ba a Nas reas de baixada eminentemente marinha aparecem as restingas que foram originadas pelo fechamento de bra os de mar rasos por cord es arenosos modelados pela a o de correntes e vagas litor neas As lagoas de Piratininga e de Itaipu s o exemplos de retifica o do litoral que outrora penetravam no oceano como pont es Entre essas duas lagoas em terreno formado por sedimentos marinhos depositados pelas vagas e correntes estende se mais extensa plan cie do munic pio parcialmente ocupada para fins urbanos Partindo desses maci os em dire o ao interior do munic pio encontramos uma vasta rea dominada por colinas tamb m de constitui o cristalina apresentando topografia suavemente ondulada em sua maior extens o al m de altitudes mais modestas Grande parte dessa rea encontra se hoje bastante ocupada pela expans o do espa o urbano no munic pio Os terrenos de constitui o sedimentar s o representados por plan cies costeiras localizadas entre os terrenos cristalinos e o mar A mais extensa se estende da Lagoa de Piratininga Lagoa de Itaipu formada por sedimentos marinhos trabalhados e depositados pelas vagas e correntes associado a oscila es do n vel do mar originando a forma o de uma extensa faixa arenosa que fechou antigas enseadas balizadas por pontais rochosos isolando aqueles dois corpos d gua Algumas dunas presentes nesta faixa arenosa praticamente desapareceram em fun o do
273. stadual 3239 99 Logo depois de apontados os diferentes prov veis conflitos foram propostas algumas medidas mitigadoras como contribui o ao processo gestor dos recursos h dricos 22 Para finalmente propor mecanismos que considerem o uso per capita do recurso gua e na vertente econ mica considerar compensa es fiscais para reas que tenham que permanecer na condi o de reservas dos seus mananciais Para efetiva localiza o das bacias fornecedoras do sistema Imunana Laranjal foram utilizadas as cartas topogr ficas na escala de 1 50 000 Foram realizadas visitas t cnicas a ETA de Imunana Laranjal e a ETA de Juturna ba Al m disto foram realizadas entrevistas junto algumas institui es tal como CEDAE GUAS DE NITER I GUAS DE JUTURNA BA SERLA PREFEITURA MUNICIPAL DE NITER I E PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRAS DE MACACU As not cias mais recentes sobre a problem tica do abastecimento h drico foram acompanhadas atrav s da veicula o na m dia O m todo da analogia ou compara o foi utilizado no sentido de se constatar conflitos existentes entre a rea fornecedora de gua e as receptoras Ainda foram comparados os dados de consumo de gua com os do potencial m ximo de tratamento pelo sistema A pesquisa bibliogr fica foi desenvolvida atrav s de visitas a algumas bibliotecas sites na WEB mat rias de jornais e revistas A presente disserta o se estruturou logo ap s esta parte introdut ria
274. stema e se constitui de partes iguais de representantes das tr s categorias seguintes representantes dos usu rios industriais agricultores associa es de pescadores e turismo distribuidores de gua e demais usu rios representantes das coletividades locais eleitos pelos Conselhos representantes do Estado designados pelo governo O papel do Comit de Bacia essencial pois ele competente no interior da bacia em todas as mat rias contidas na Lei Assim sendo ele consultado sobre os programas de interven o da Ag ncia elege o seu conselho de administra o com exe o dos representantes do Estado e exerce uma a o decisiva na fixa o do montante das tarifas que financiam esses programas O comit tamb m consultado por parte dos ministros interessados sobre o planejamento da circunscri o da bacia hidrogr fica que lhe corresponde e sobre a viabilidade de trabalhos de interesse comum previstos na respectiva rea A Ag ncia de Bacia As ag ncias s o organismos p blicos que t m personalidade civil e autonomia financeira T m por objetivo facilitar as diversas a es de interesse comum sua bacia ou ao grupo de bacias e nesse sentido elas s o encarregadas de ajudar financeiramente e tecnicamente a luta contra a polui o da gua e o planejamento racional dos recursos h dricos Fundamentalmente as interven es das ag ncias convergem para dois pontos principais 88 atribui
275. stentabilidade do desenvolvimento No campo do desenvolvimento sustent vel cheio de amplas incertezas muito autores ou textos internacionais aproximam as duas no es Eles fazem isso de duas maneiras promover hoje uma pol tica de desenvolvimento sustent vel significa adotar uma atitude de precau o frente aos riscos cujas consegii ncias seriam sofridas pelas gera es futuras inversamente o princ pio de precau o permitiria dar uma tradu o pr tica a preocupa es que n o poderia transformar se em a es se n o pudessem livrar se das incertezas e controv rsias cient ficas como ilustra o caso do risco clim tico do planeta Finalmente para demonstrar o que mencionamos sobre o princ pio acima exposto apesar da aus ncia de demonstra o cient fica te rica e emp rica da exist ncia de uma mudan a clim tica do planeta os pa ses industrializados j aceitaram o fato de que sobre eles pesam ao mesmo tempo a responsabilidade dos primeiros esfor os a serem feitos para reduzir as emiss es dos gases de efeito estufa apesar dos Estados Unidos n o terem 53 ratificado o Protocolo de Kioto e o financiamento dos custos extras que seriam assumidos pelos pa ses semiperif ricos Quando uma no o tem uma difus o t o ampla e diversificada como o termo desenvolvimento sustent vel podendo ser empregada em um grande n mero de projetos e por diversos atores dos mais diferentes grupos sociais vem ainda tentando pre
276. strumentos epistemol gicos importantes no estudo da ci ncia ambiental e de seus desdobramentos Japiassu 1976 relaciona as disciplinas conforme o esquema a seguir Multidiciplinaridade Gama de disciplinas que s o propostas simultaneamente mas sem fazer aparecer s rela es que podem existir entre elas gt Sistema de um s n vel e de objetos m ltiplos coopera o Pluridisciplinaridade Justaposi o de diversas disciplinas situadas geralmente no mesmo n vel hier rquico e agrupadas de modo a fazer aparecer s rela es existentes entre elas gt Sistema de um s n vel e objetivos m ltiplos coopera o mas sem coordena o Interdisciplinaridade Axiom tica comum a um grupo de disciplinas conexas e definidas no n vel hier rquico imediatamente superior o que introduz a no o de finalidade gt Sistema de dois n veis e de objetivos m ltiplos coordena o procedendo do n vel superior Transdisciplinaridade Coordena o de todas as disciplinas e interdisciplinas do sistema inovado sobre a base de uma axiom tica geral gt Sistema de n veis e objetivos m ltiplos coordena o com vistas a uma finalidade comum dos sistemas A complexidade do Estudo Ambiental enorme n o apenas devido ao grande n mero de elementos atuantes mas principalmente devido s rela es existentes entre eles Essas intera es em geral n o lineares formam um grande sistema O Sistema Natureza e o Sistema Sociedades
277. super veis no que respeita formula o dos cen rios socioecon micos que influem nas utiliza es da gua De fato as utiliza es da gua influenciam e s o influenciadas por fatores de car ter mais ou menos permanentes escala da vida humana clim ticos geomorfol gicos e biof sicos e outros de natureza profundamente din mica como s o os socioecon micos e demogr ficos A ltima d cada veio introduzir um dinamismo suplementar s realidades socioecon micas fazendo surgir um conceito novo que as influencia e a globaliza o A complexifica o do mercado a realiza o de alian as e parcerias econ micas e um servi o tecnol gico em permanente evolu o posta ao dispor do desenvolvimento da inova o da produ o e da redu o do tempo de vida dos produtos s o afinal os vetores fundamentais pelas quais dever o ser pautados os exerc cios prospectivos N o obstante a cenariza o socioecon mica partir de pressupostos de grande abrang ncia tem tica e geogr fica por 151 for a da intersec o regional e institucional de Portugal no PNA pretendeu se uma prospectiva socioecon mica profundamente direcionada sobre os fatores que importa considerar em planejamento de recursos h dricos e que designamente influenciam as necessidades de gua e o grau de modifica o dos sistemas h dricos que decorrem das atividades humanas artificializa o dos meios h dricos gera o de res duos etc Consideraram se p
278. t relacionada com os problemas do meio ambiente A elabora o de tais medidas est a cargo da Miss o Interministerial da gua composta pelos diretores e chefes dos servi os que nos diversos minist rios est o vinculados aos problemas h dricos e que examinem todos os projetos de lei decretos portarias instru es e circulares concernentes assim como a reparti o de recursos e os instrumentos de a o Essa Miss o Interministerial que se re ne algumas vezes durante ano por sua vez apoiada por uma Miss o Interministerial Delegada formada por especialistas que examinam semanalmente todas as quest es propostas filtrando os aspectos mais relevantes que ser o submetidos aprecia o da Miss o Interministerial No mbito da bacia hidrogr fica a fun o coordenadora do gerenciamento das guas compete Miss o Delegada de Bacia Hidrogr fica Trata se de um grupo de trabalho composto de funcion rios das ag ncias de bacia e diretores regionais de v rios minist rios que tem como atribui es principais a coleta de elementos que permita a elabora o de projetos gerenciais e a coordena o dos diversos servi os naquela bacia 89 Na esfera regional a coordena o assegurada institucionalmente pelos comit s t cnicos de gua que t m como fun o a coordena o de estudos necess rios elabora o do invent rio do potencial h drico assim como o conhecimento dos n veis de consumo dos diversos ti
279. t a sua foz um pouco mais ao norte na Baia de Guanabara O Rio Caceribu a partir de ent o passou a fluir atrav s do canal abandonado pelo Rio Macacu ocupando o seu antigo leito e a sua foz tornando se o rio principal de uma nova bacia 135 Figura 9 Bacia dos rios Macacu e Caceribu Interven o do DNOS Com a separa o destes rios sem d vida alguma a bacia do Rio Macacu sofreu uma diminui o no seu caudal e consegiientemente a oferta para o consumo ficou menor 4 2 ASPECTOS FISIOGR FICOS DA BACIA Em rela o a sua forma o geol gica a regi o pode ser descrita em termos da era Cenoz ica pelo magnetismo alcalino pelas sequ ncias continentais das Camadas Pr Macacu e Forma o Macacu sedimentos fluvio marinho e pelos dep sitos aluviais e coluviais do Holoceno As camadas Pr Macau correspondem segii ncia continental mais antiga da Bacia da Ba a da Guanabara excetuando a Bacia Calc ria de S o Jos de Itabora A Forma o Macacu foi descrita por M is e Amador 1972 1974 e 1977 como uma sucess o de lentes irregulares e camadas pouco espessas de sedimentos continentais finos predominantemente arenosos pouco consolidados e afossil feros Possui idade relativa do Pleistoceno Inferior a M dio est associada a dep sitos predominantemente de movimentos de massas sob a atua o de um clima semi rido Corresponde unidade superior do Grupo Barreiras distribu da ao longo do litoral
280. tando as voca es das bacias e seus objetivos de qualidade A implanta o de uma Pol tica de Recursos H dricos pressup e a exist ncia de um conhecimento profundo da realidade estudada para que os seus efeitos sobre a mesma 73 possam ser devidamente avalizados O estagio de conhecimento dos recursos h dricos pouco evolu do e em alguns segmentos constata se uma quase inexist ncia de informa es Este fato por si s j dificulta o desenvolvimento de uma Pol tica de Recursos H dricos Para que haja a implementa o de uma Pol tica de Recursos H dricos necess ria exist ncia de um sistema de planejamento que considere as caracter sticas ambientais das diferentes faces de uma regi o quando da proposi o de uma determinada a o para a mesma Priscoli 1989 Isto pressup e a exist ncia de invent rios de recursos naturais e do zoneamento ambiental de forma a permitir avaliar os impactos positivos e negativos de uma a o proposta Em sistemas de autoridade fracionada quando necess rio estabelecer di logo entre a Administra o e os usu rios sobre qualquer problema em que esteja em jogo a utiliza o da gua surgem inevitavelmente dificuldades E em rela o ao problema da instala o de industrias que utilizam a gua que essas dificuldades assumem especial tratamento Se for certo que os interesses das ind strias s o razoavelmente bem definidos pelas respectivas administra es os interesses d
281. te sobre o desenvolvimento dos povos e tem sido amplamente utilizado por governos institui es acad micas e de pesquisa e pela sociedade civil Niter i Perfil de uma cidade 1999 Para chegarem a um resultado confi vel foram coletados e processados dados definidos de maneira uniforme para todos os munic pios brasileiros provenientes dos censos demogr ficos do IBGE Alem do fato dos munic pios serem unidades geogr ficas menores e sociedades muito mais abertas dos pontos de vista econ mico e demogr fico do que um pa s ou uma regi o faz com que o PIB per capita n o seja um bom identificador da renda da popula o residente e a taxa combinada de matricula n o seja um bom indicador do n vel educacional no munic pio Esses indicadores foram substitu dos respectivamente pela renda familiar per capita m dia do munic pio e pelo n mero m dio de anos de estudo da popula o adulta 25 anos ou mais Al m de representar melhor as condi es de renda e de educa o efetivamente vigentes no n vel municipal eles podem ser obtidos diretamente dos Censos Demogr ficos Todavia a taxa de alfabetiza o de adultos utilizada pelo IDH foi substitu da pela taxa de analfabetismo na popula o de quinze anos e mais obtida diretamente dos dados censit rios mas essa substitui o irrelevante pois as duas vari veis s o por defini o complementares O quarto e ltimo indicador utilizado pela metodologia do IDH M a esper
282. to uma esp cie ex tica oriunda da Austr lia foram observados no Morro da Vira o nos arredores do Cemit rio Parque da Colina no bairro do Sap pr ximo a Flor lia e na Estrada Velha de Itaip Bananal Muitas planta es de banana s o observadas na cidade especialmente nas encostas onde substituem as matas As mais expressivas localizam se no Engenho do Mato Serra da Tiririca no Morro do Prevent rio no Morro da Vira o e na Estrada Velha de Itaipu Restinga As manchas remanescentes de restinga est o localizadas na praia de Itacoatiara na Duna Grande na praia de Camboinhas na margem oeste da laguna de Itaipu na Prainha de Piratininga e na praia do Imbu O melhor remanescente ficava na praia do Sossego Contudo inc ndios premeditados praticamente a eliminaram Com exce o da praia de Itacoatiara onde a restinga possui arbustos nos demais locais ela se resume a faixas de plantas rasteiras poss vel que na praia do Imbu ela esteja em boa situa o A vegeta o de restinga encontra se pr xima extin o no munic pio de Niter i Brejos Os brejos ocupam as reas ao redor das lagunas S o de grande import ncia para a vida das lagunas pois al m de reterem a terra trazida pelos rios s o habitat de filhotes de peixes e camar es 123 Manguezais Os manguezais foram eliminados de Niter i Algumas rvores isoladas de mangue chamadas de mangue siri ba s o encontradas na lagoa de Pirati
283. to por estar naturalmente protegida dos agentes poluidores Por outro lado sua explora o constitui uma atividade de risco que exige tecnologia avan ada de investiga o hidrogeol gica e de perfura o de po os principalmente para a capta o de guas situadas em len is fre ticos localizados em grandes profundidades A perfura o indiscriminada e tecnicamente mal feita pode levar ao esgotamento desses agii feros al m de em regi es litor neas provocar a sua contamina o por guas salgadas como no caso da cidade de Recife onde 20 dos po os pr ximos da orla mar tima encontram se salinizados Merece aten o tamb m preserva o das reas de recarga dos 42 len is subterr neos pois os res duos ser o incorporados ao aqii fero caso haja atividades poluidoras nestas reas LEGENDA n o igor Oo dp io bioi hidrogr dica do Prata S Limite bacia sedimentar do Paran rea potengal de recarga ndireta a parte da drenagem superficial aia Ty reas alagadas o a ia RS PB Limite politico de Pals F Limite politoo de Estados Prov ncias BJ rea potencial de recarga direta rogme pomso aforame no do Guaman o Cidade rogme ssuabporoso basatos e aentos amp Capitais Estados Provincias A rea polendal de descarga Ea Pif E rogo issum pomso basatos e antos lrc sos ie i g Sri f do Cave Escala Aproximada 1 13 600 000 5 100 mo MO km E regia issum poroso m a o com o Cuwan a deris
284. to de Desenvolvimento Humano foi constru do pelo PNUD Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento em 1990 e procura enfocar tr s caracter sticas desej veis e esperadas do processo de desenvolvimento humano a longevidade de uma popula o expressa pela esperan a de vida seu grau de conhecimento traduzido por duas vari veis educacionais a taxa de alfabetiza o de adultos e a taxa de matricula nos tr s n veis de ensino e sua renda ou PIB per capita ajustada para refletir a paridade do poder de compra entre paises O ndice se situa entre os valores O zero e 1 um sendo valores mais altos indicativos de n veis superiores de desenvolvimento humano Desenvolvimento Humano pode ser definido como um processo abrangente de expans o do exerc cio do direito de escolhas individuais em diversas reas econ mica pol tica social ou cultural Algumas dessas escolhas s o b sicas para a vida humana As op es por uma vida longa e saud vel ou por adquirir conhecimentos ou por um padr o de vida decente s o fundamentais para os seres humanos 128 O paradigma do desenvolvimento humano sustent vel tem o crescimento econ mico como meio e o ser como fim A riqueza econ mica n o necessariamente expande as escolhas das pessoas Mas o uso que se faz da riqueza decisivo assim como a forma pela qual essa riqueza criada O conceito de desenvolvimento humano sustent vel tornou se uma referencia internacional no deba
285. ua composi o geralmente como fundo principal as ondas do mar as cachoeiras os regatos a neve sobre as montanhas os lagos espelhados a chuva caindo sobre a mata as guas sempre constitu ram o elemento que possibilitou a descoberta de novos mundos o caminho das ndias e para a Am rica a passagem de Magalh es a penetra o pelos continentes Foram os rios que permitiram o desbravamento do interior brasileiro pelos bandeirantes e a amplia o do territ rio nacional Sendo gua um dos recursos fundamentais para a sobreviv ncia do ser humano e para o desenvolvimento dos ecossistemas naturais ela utilizada para as mais diversas atividades abastecimento humano gua para beber para higiene pessoal prepara o de alimentos limpeza do ambiente lavagem de roupas e utens lios regas de jardins etc 24 abastecimento industrial utilizada como mat ria prima ind strias de bebidas por exemplo ou para processos de resfriamento lavagem caldeiras de produ o de vapor etc abastecimento rural usada principalmente para a dessedenta o de animais irriga o suplemento de gua para uso em cultura agr cola aq icultura uso da gua para a cria o de organismos aqu ticos principalmente peixes moluscos e para fins comerciais gera o de energia el trica uso da gua com suficiente altura de queda para a movimenta o de turbinas e posterior convers o da energia mec ni
286. ul Campinas e S o Paulo No entanto ocupa a primeira posi o quanto ao valor absoluto da renda media dos chefes de domicilio 7 4 sal rios m nimos No ndice de alfabetiza o os indicadores s o Taxa de analfabetismo acima de quinze anos Percentual de crian as que residem em domic lios cujo chefe tem at 01 ano de estudo Niter i a oitava cidade no ndice de alfabetiza o e a terceira de menor taxa de analfabetismo em maiores de quinze anos De acordo com esse indicador Niter i a primeira cidade do Estado do Rio de Janeiro e a oitava brasileira com maior ndice de alfabetiza o sendo precedida apenas por Blumenau SC S o Caetano do Sul SP Curitiba PR Porto Alegre RS Florian polis SC Santos SP e Ribeir o Preto SP Quanto ao analfabetismo apresenta o terceiro menor ndice estando Blumenau SC e Porto Alegre RS nas duas primeiras coloca es tamb m o menor percentual de analfabetos do Estado do Rio de Janeiro Para a constru o do ndice Ambiental foram considerados Indicadores de saneamento gua lixo e esgoto inadequados 181 Foram considerados como inadequados quanto ao abastecimento de gua os domic lios n o servidos por gua canalizada proveniente de rede geral com distribui o interna para um ou mais c modos Quanto ao esgotamento sanit rio inadequado foram considerados os domic lios n o ligados a uma rede geral de esgoto ou fossa s ptica ligada rede pluv
287. um fator condicionado e condicionante do desenvolvimento econ mico e social dado que as capta es para consumo e as quantidades consumidas podem constituir se em verdadeiros indicadores desse mesmo desenvolvimento Nem sempre as regi es que possuem grandes mananciais s o consideradas desenvolvidas pois para isso s o necess rios outros fatores mas a falta destes mananciais favorece as dificuldades das sociedades para atingirem um padr o de vida satisfat rio Como podemos constatar de acordo com Neto 1997 a distribui o mundial de guas superficiais encontra se assim REGI O REA PERCENTAGEM sia 14 443 Km 31 6 Am rica do Sul 10 533 Km 23 1 Am rica do Norte 8 199 Km 18 frica 4 573 Km 10 Europa 3 217 Km 1 Oceania Austr lia 2 397 Km 5 3 Ant rtida 2 302 Km 5 TOTAL 45 664 Km 100 Tabela 3 Distribui o mundial de guas superficiais Podemos verificar que uma parcela muito pequena de gua cabe Austr lia frica e Europa a Am rica do Norte apresenta o dobro do volume de gua da frica As regi es do globo mais favorecidas s o a sia e a Am rica do Sul sendo que nesta ltima s o rio 38 Amazonas despeja mais de 6 trilh es de metros c bicos de gua por ano no Oceano Atl ntico O Brasil possui 18 das guas superficiais do planeta ou seja 8 130 Km o que corresponde a 77 da gua superficial da Am rica do
288. uma produ o media de 130 disserta es e 20 teses anuais A maior parte desses cursos possui conceito A ou B da CAPES Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior do Minist rio de Educa o o que os credencia como de boa qualidade instrucional Os cursos de gradua o ministrados pela UFF s o Enfermagem Medicina Nutri o Farm cia Medicina Veterin ria Odontologia Psicologia Ci ncias Sociais Geografia Historia Arquivologia Biblioteconomia e Documenta o Comunica o Social Cinema Comunica o Social Jornalismo Comunica o Social Publicidade e Propaganda Direito Pedagogia Produ o Cultural Servi o Social Nit Letras Port Alem o Letras Port Espanhol Letras Port Franc s Letras Port Grego Letras Port Ingl s Letras Port Italiano Letras Port Latim Letras Port Literatura Administra o Ci ncias Cont beis Ci ncias Econ micas Arquitetura e Urbanismo Administra o Nit C Cont beis Nit C Econ micas Arquitetura e Urbanismo Engenharia Agr cola Engenharia Civil Engenharia El trica Engenharia Mec nica Engenharia de Produ o Engenharia Telecomunica o F sica Inform tica Matem tica Niter i Engenharia Qu mica Qu mica Qu mica Industrial com um total de 3 205 vagas Em rela o Educa o Profissionalizante s o muitos os cursos dispon veis SENAC SENAI FIA FAETEC CETEP CECAP oferecendo um total dentre eles de 13 727 vagas Sa d
289. un o do n vel co Canal de Imunana Bacia de decanta o localizada ap s a estrutura de controle tem a fun o de propiciar a decanta o de part culas mais finas encontradas em suspens o nas guas Esta o elevat ria Consta de conjunto de cinco bombas com capacidade nominal de 6200 m3 hora cada sendo uma de reserva Canal de adu o N o sofreu modifica o estrutural Atender somente s condi es da primeira etapa de amplia o do Sistema Todos os componentes mencionados com exce o do canal de adu o foram dimensionados para a vaz o de 19 m3 s As guas bombeadas s o encaminhadas por adutora para a esta o de tratamento convencional situada em Laranjal no munic pio de S o Gon alo No munic pio de Cachoeiras de Macacu a distribui o de gua para as reas urbanas dos Distritos de responsabilidade da Empresa Municipal de Desenvolvimento Habita o Obras e Servi os P blicos As guas s o captadas em pequenos mananciais localizados no meio da Serra e conduzidas pela Adutora Macacu que abastece alem da sede municipal as localidades de Santana de Japuiba Parque Ribeira Papucaia e Sambaetiba esta ultima no munic pio de Itabora Os servi os de capta o reserva o Reservat rio de Val rio com capacidade de 4000 m3 e adu o s o de responsabilidade da CEDAE que repassou a distribui o para a administra o municipal As reas rurais utilizam guas de po os semi artes
290. uras burocr ticas por organiza es mais flex veis e adapt veis ao momento real Neste sentido tr s fatores precisam ser considerados criatividade fortalecimento institucional motiva o e forma o de pessoal para a gest o ambiental Porque fundamental cada vez mais que o gestor do meio ambiente se relacione bem com as t cnicas de administra o planejamento organiza o coordena o e dire o Estes fatores continuam sendo os pilares da democratiza o de fato necess rios para unir capital e trabalho no objetivo comum da institui o Segundo Ferreira 1975 Gest o um ato de gerir ger ncia administra o De acordo com SEMA Secretaria Estadual de Meio Ambiente 1999 Gest o Ambiental trata do estabelecimento de mecanismos procedimentos e crit rios que possibilitam solucionar problemas ambientais por interm dio de um sistema pol tico administrativo Para o IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renov veis 1991 o termo Gest o Ambiental adotado como sendo uma a o administrativa voltada para a conserva o do meio ambiente baseada no zoneamento ambiental e nas diretrizes gerais de uso e ocupa o efetivada atrav s de programas espec ficos de Educa o Ambiental controle e monitoramento fiscaliza o extens o rural manejo 67 sustentado recupera o de reas degradadas e desenvolvimento tecnol gico para reorienta o das atividades so
291. utivo mas tamb m seu benefici rio ESG 1998 Por m ressaltasse se ainda no mesmo fundamento doutrin rio que o ambiente o condicionante mais geral de todos os fen menos relativos pessoa sociedade e pr pria vida sendo que uma das grandes responsabilidades do Homem manter o equil brio em sentido amplo Esta manuten o consiste essencialmente em conciliar as transforma es que ele vai produzindo com a preserva o dos ecossistemas principalmente os aqu ticos base essencial de sustentabilidade da vida A miss o do homem deve ser a do aprimoramento da vida bem como a vig ncia dos valores de modo que a vida n o se torne autodestrutiva ou infeliz A gua estar em foco neste novo mil nio j aparecendo com frequ ncia nos notici rios Not cias sobre polui o falta de gua seca e mais recentemente os problemas da gera o de energia e a pr pria escassez do recurso t m sido muito veiculados A verdade que sempre se pensou a gua como um bem abundante e por consegii ncia inesgot vel Mas trata se de uma falsa impress o Da totalidade da gua que temos em nosso planeta 97 5 salgada o que exigiria enormes investimentos para viabilizar o seu consumo e mesmo sua utiliza o como insumo para o processo produtivo Os 2 5 restantes s o gua doce mas cerca de 2 3 se encontra em forma de geleiras de 19 modo que somente 0 78 se encontra disponibilizada para o consumo mas parte dela est
292. uzentos mil metros quadrados o aterro encontra se a sete quil metros do centro da cidade com distancia media de 12 quil metros dos distritos de limpeza ficando a menos de 20 quil metros da rea mais distante da cidade 130 Em media s o depositados diariamente no aterro sanit rio cerca de 470 toneladas de detritos s em 1995 foram despejadas 209 887 toneladas 99 183 de lixo domiciliar 45 435 de lixo de varri o de praias e 65 269 de outros detritos O Morro do C u devera receber uma usina de reciclagem tritura o e compostagem natural de res duos s lidos domiciliares incinera o de lixo hospitalar e investimentos para a recupera o do aterro com um projeto especifico para o lixo org nico e dejetos da usina A previs o de investimentos no aterro do Morro do C u faz parte do PDBG Programa de Despolui o da Ba a de Guanabara Abastecimento de gua De acordo com dados fornecidos pela Concession ria guas de Niter i o munic pio at o ano de 1999 era atendido com o fornecimento de gua tratada em apenas 46 de sua popula o os bairros que n o eram atendidos por esse servi o eram Piratininga Itacoatiara Camboinhas Itaipu Cafub Largo da Batalha Ititioca Caramujo Sap Badu Cantagalo Jacar Muriqui Rio do Ouro Engenho do Mato e V rzea das Mo as Em 2001 foram implantados 450 km de rede de distribui o 13 km de adutoras constru o da primeira Esta o de Tratamento Terci r
293. verdade o mundo dos valores da cultura e do esp rito Ela resumindo o mundo exclusivo do homem onde ele assume a significa o plena de sua presen a no planeta ESG 1998 Considerando uma dada sociedade nacional h que se atentar para o fato de que ela se assenta num ambiente f sico com o qual interage Interage tamb m com o meio ambiente sociocultural de outras sociedades nacionais e da civiliza o a que pertence As pessoas e os grupos tamb m interagem em n veis diferentes com o ambiente cultural interno Os conflitos sociais surgem no momento em que o processo de intera o deixa de ser harm nico e de interesse comum Em rela o ao ambiente f sico quando a sociedade interage pode produzir diferentes impactos ambientais que de acordo com a natureza podem ser De acordo com Helena 2000 positivos e negativos diretos e indiretos a curto e a longo prazo revers veis e irrevers veis de curta e de longa dura o cumulativos sin rgicos abrang ncias pontuais locais regionais ou globais pouco ou muito significativos A princ pio qualquer atividade humana causa impactos ambientais Por conseguinte a explora o dos recursos naturais tem causado uma gama variada de danos ambientais Diversos t m sido os autores preocupados com estas quest es os quais t m exposto de diversas maneiras atrav s de seus trabalhos a avalia o dos danos oriundos dessa explora o do que acontece qua
294. vive em domic lios com densidade superior a duas pessoas por dormit rio com peso de 1 4 da porcentagem da popula o que vive em domic lios dur veis com peso de 4 da porcentagem da popula o urbana que vive em domic lios com condi es adequadas de abastecimento de gua com peso de 1 4 e da porcentagem da popula o urbana que vive em domic lios com instala es adequadas de esgoto com peso de 14 O resultado verificado de 1970 1991 o ICV teve um crescimento de 12 1 passando de 0 741 para 0 831 6 2 entre 1970 e 1980 e 5 6 entre 1980 e 1991 Em 1991 o ICV do munic pio 0 831 o do Brasil 0 723 Segundo a classifica o do PNUD Niter i esta entre as regi es com boas condi es de vida Em rela o a outros munic pios brasileiros Niter i ocupa a 29 posi o entre os quase cinco 185 mil munic pios do pa s O munic pio com melhor valor S o Caetano do Sul SP 0 858 e o de pior valor Envira AM 0 323 No conjunto do Estado do Rio de Janeiro Niter i ocupa a 1 posi o O ndice municipal para o Estado 0 789 e o munic pio com pior valor Sumidouro 0 611 No quesito Longevidade o ICV no per odo de 1970 1991 cresceu 31 7 passou de 0 600 para 0 790 o ICV Educa o cresceu 24 0 passou de 0 650 para 0 8 6 o ICV Renda caiu 6 5 passou de 0 912 para 0 853 o ICV Crian a cresceu 4 0 passou de 0 794 para 0 826 o ICV Habita o cresceu 17 2 passou de 0 751 para 0

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

Philips Indirect light 70976/55/PU  Elastischer Geradehalter Elastischer Geradehalter  Samsung M181DN Manual de utilizare  User Manual  Mode d`emploi Istruzioni d`uso - Ottobock  SVSolid User`s Manual - SoilVision Systems, Ltd  WEGA用21ピンRGB入力変換アダプター 取扱説明書 WEGA用21ピン  Garmin Forerunner 450CX User's Manual  Hyundai H460SC Outdoor LCD Stand  取扱説明書  

Copyright © All rights reserved. Failed to retrieve file