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conversão para viticultura biológica

1. 10 Figura 1 5 Etapas de convers o para uma cultura vegetal perene Adaptado de Cichosz Figura 1 6 Distribui o da rea de Vinha em MPB relativamente ao total de rea Agr cola em MPB a n vel mundial 2009 Fonte FIBL IFOAM 2011 18 Figura 1 7 Distribui o da rea de vinha biol gica a n vel mundial 2009 Fonte BIBL ITBOAINE 201 esa costes eps ea ao al aaa aa q US 18 Figura 1 8 Evolu o da rea de vinha biol gica nos principais pa ses a n vel mundial 2008 2010 Fonte AIVB LR 7 OU uss saniesntastanareavsbeseaaweat eossevscdeicetanadeuen Pp das gta arena 20 Figura 1 9 Evolu o da rea de vinha biol gica mundial incluindo reas em convers o 2000 2009 Fonte FIBLIFOAM 2011 svcssessssacecesvanseanesnevatensbavades se r a oa anta Cale dias 21 Figura 1 10 Evolu o do n mero de operadores em MPB em Portugal 2001 2005 Fonte Eurostat 20 icaiia Becca so cade dt cos na ee dadas to cons Soe ced tices coed eset Beene secede Nestea ote ats cons healt 21 Figura 1 11 Evolu o da rea agricola em MPB e da rea de vinha em MPB em Portugal 2001 2005 Fonte Eurostat 2011 cccccsesscccceccceesesesssecececccscsesenssseeeseceesesessseaeeeeees 22 Figura 1 12 Estados Fenol gicos da vinha segundo a Escala de Baggiolini Adaptado de Garrido ei al 2004 sci setasssies asas ied areal eee eal nee 30 Figura 1 13 A Eud mis Lobesia botrana Cristina C
2. Organismos de Controlo e Certifica o para o Modo de Produ o Biol gico Acedido em 18 01 2012 http www gpp pt Biologica GPP 2012 Gabinete de Pol ticas e Planeamento Vinho Biol gico Acedido em 16 11 2012 http www gpp pt Destaques NOTA Aprovacao vinho bio 20120209 pdf Hidalgo L 1993 Tratado de Viticultura General Ediciones Mundi Prensa Madrid IFOAM 2004 Manuel de formation d IFOAM sur l agriculture biologique dans les pays tropicaux Institue de Recherche de l agriculture biologique FIBL Suisse IFV Institut Fran ais de la Vigne et du Vin de Midi Pyren es 2010a L Eud mis Acedido em 17 11 2012 http www vignevin sudouest com publications fiches pratiques eudemis php IFV Institut Fran ais de la Vigne et du Vin de Midi Pyren es 2010b La Cicadelle Verte Acedido em 17 11 2012 http www vignevin sudouest com publications fiches pratiques cicadelle verte php INE 2009 Recenseamento Agricola 2009 Manual de Instru es A ores Instituto Nacional de Estat stica Lisboa ITAB 2003a Choix des amendements organiques en viticulture biologique Institut Technique de 1 Agriculture Biologique Fiches Techniques Techn ITAB Viticulture ITAB 2003b Le materiel de travail du sol en viticulture Institut Technique de PAgriculture Biologique Fiches Techniques Techn ITAB Viticulture ITAB 2003c L enherbement de la vigne Institut Technique de Agr
3. essencial monitorizar as popula es praga e quantificar a evolu o do seu n vel de ataque permitindo agendar as devidas medidas de protec o A observa o visual das plantas constitui uma ferramenta importante na detec o precoce do aparecimento de uma praga ou doen a podendo determinar o momento adequado de aplica o das medidas de protec o No sentido de melhorar a protec o fitossanit ria no MPB torna se essencial desenvolver dois factores Para a efic cia das medidas de protec o um factor fulcral a desenvolver de futuro o estabelecimento de N veis Econ micos de Ataque para o MPB permitindo ao produtor agir no momento certo no combate a uma praga protegendo deste modo a sua cultura e a sua produ o Outro factor a melhorar trata se da homologa o de produtos fitofarmac uticos no MPB por parte dos organismos 138 competentes Muitos produtos autorizados em outros pa ses da Comunidade Europeia ainda n o est o homologados em Portugal o que dificulta a ac o do produtor Estes dois factores demonstraram ser essenciais para o melhoramento da protec o das culturas em Portugal Os factores essenciais de gest o do solo da biodiversidade e da fitossanidade formam um sistema integral e interligado A sua gest o adequada permite o desenvolvimento sustent vel da explora o vit cola no modo de produ o biol gico economicamente vi vel e ambientalmente relevante 139 140 6 BIBL
4. abordada primeiramente atrav s da escolha de variedades locais mais resistentes e melhor adaptadas Cichosz 2006 A produ o biol gica isenta de produtos qu micos de s ntese sendo apenas autorizados factores de produ o de origem natural ex insecticidas naturais fungicidas minerais baseada numa lista positiva de produtos autorizados Cichosz 2006 Para um sistema de produ o biol gica completo necess rio um elevado n vel de tecnicidade aliando o saber anci o e o conhecimento actual da biologia e agronomia O agricultor biol gico emprega m todos elaborados ao contr rio da agricultura convencional que beneficia dos efeitos simplistas correctivos das mol culas qu micas de s ntese O conhecimento dos ciclos vegetativos das rela es entre as esp cies vegetais concorr ncia ou complementaridade e dos ciclos biol gicos das pragas e doen as primordial para o agricultor biol gico Cichosz 2006 Segundo o Regulamento CE n 834 2007 CE 2007 que visa promover um conceito harmonizado da produ o biol gica a produ o biol gica considerada um sistema global de gest o agr cola que combina boas pr ticas ambientais aumento da biodiversidade preserva o de recursos naturais bem estar animal e utiliza o de subst ncias e processos naturais Neste conceito de agricultura biol gica o uso de Organismos Geneticamente Modificados OGM considerado incompat vel sendo o
5. o pr via das metodologias de viticultura biol gica o viticultor deve incidir as suas experi ncias iniciais no controlo de advent cias no uso de organismos auxiliares ou produtos fitossanit rios autorizados em AB para a protec o da cultura e o uso de estrume conforme as normas AGRIDEA 2011 24 Quadro 1 4 Modelo para a Forma o T cnica em Viticultura Biol gica Adaptado de Agrobio Gironde 2012 M DULOS DE FORMA O CAP TULOS M dulo 1 Solo e Territ rio As Bases Profilaxia Protec o da Vinha Fisiologia da Vinha Trabalhos de Inverno M dulo 2 Solo e Territ rio Avan ado Profilaxia Protec o da Vinha M dulo 3 Solo e Territ rio Rumo Autonomia Permacultura Agro floresta Biodiversidade Gen tica DESCRI O Funcionamento dos solos vit colas Manuten o em AB Ecossistema vit cola Profilaxia e condu o da vinha Pragas e Doen as Cobre e Enxofre Aplica o dos tratamentos Produtos utilizados em AB Caderno de encargos Ciclo da Vinha Assimila o mineral e Car ncias Poda e Trabalhos de Inverno Pedologia e Agronomia Dom nio da Fertilidade Ciclos e ritmos vit colas Import ncia dos oligoelementos Utiliza o de extractos vegetais Flora Auxiliar Espont nea Aplica o potencial em viticultura Aplica o potencial em viticultura Patrim nio Gen tico Selec o e preserva o da riqueza gen tica 1 2 5 Ajudas ao Investimento em Viticultura Biol gica O Programa de
6. A confus o sexual como meio de protec o contra a Ta a da Uva na RDD ADVID Carlos C Torres L 2009 Promover a biodiversidade funcional nas vinhas da Regi o Demarcada do Douro Revista Vida Rural Mar o 2009 Carlos C Meireles S Val C Alves F Crespi A e Torres L 2012 Fomentar a Biodiversidade Funcional nas Vinhas da Regi o Demarcada do Douro ADVID CE 1991 Regulamento UE n 2092 1991 da Comiss o de 24 de Junho de 1991 Jornal Oficial da Uni o Europeia L 198 1 141 CE 2004 Plano de ac o europeu para os alimentos e a agricultura biol gicos SEC 2004 739 CE 2007 Regulamento UE n 834 2007 da Comiss o de 28 de Junho de 2007 Jornal Oficial da Uni o Europeia L 189 1 CE 2008 Regulamento UE n 889 2008 da Comiss o de 5 de Setembro de 2008 Jornal Oficial da Uni o Europeia L 250 1 CE 2010 Regulamento UE n 271 2010 da Comiss o de 24 de Mar o de 2010 Jornal Oficial da Uni o Europeia L 84 19 CE 201la Legisla o sobre Agricultura Biol gica da UE Acedido em 19 11 2011 http ec europa eu agriculture organic eu policy legislation_pt regulation CE 2011b Log tipo Biol gico da UE Acedido em 19 11 2011 http ec europa eu agriculture organic eu policy legislation_pt regulation CE 2012 Regulamento de Execu o UE n 203 2012 da Comiss o de 8 de Mar o de 2012 Jornal Oficial da Uni o Europeia L 71 42 Chambre d Agriculture de Gironde 2011 P
7. C Perfura o de bot es florais C Estados larvares C Estados larvares C Constru o de ninho casulo C Abandono dos cachos C Abandono dos cachos J Estados larvares 1 Fase de Cris lide folhas 1 Fase de Cris lide folhas C Abandono de infloresc ncias 1 Emerg ncia de Adultos G2 1 Diapausa ritidoma oO Fase de Cris lide folhas C Emerg ncia de Adultos G1 Figura 1 14 Ciclo Biol gico da Tra a da uva Adaptado de Rodrigues 2012a e Cigarrinha verde Empoasca vitis Goethe Jacobiasca lybica Bergevin amp Zanon A cigarrinha verde ou Cicadela Figura 1 15 trata se de um Cicadel deo frequentemente observado no ecossistema da vinha por se tratar de um hospedeiro privilegiado durante o per odo estival Quer a Empoasca vitis mais encontrada a Norte e Centro do pa s quer a Jacobiasca lybica mais frequente a Sul do territ rio alimentam se principalmente de vinhas ampel fagas embora sejam bastante pol fagas Rodrigues 2012a As cigarrinhas verdes completam geralmente duas gera es podendo alcan ar uma terceira em pa ses mediterr nicos Rodrigues 2012a Estes cicadel deos hibernam em plantas hospedeiras de folha persistente migrando para a vinha no in cio da Primavera DRAPC 2008 As f meas migram primeiro para plantas de transi o como roseiras e silvas e em seguida para a vinha IFV 2010b Nesse momento s o efectuadas as posturas no interior das nervuras ou no pec olo
8. INSTITUTO POLIT CNICO DE VIANA DO CASTELO Maria Mota Neves CONVERS O PARA VITICULTURA BIOL GICA Mestrado de Agricultura Biol gica Trabalho efectuado sob a orienta o do Professora Doutora Isabel Mour o Professor Doutor Ra l Rodrigues Novembro de 2012 NDICE INDICE ais o q Cao ar ates i AGR ADECIMENTOS de ad RD DR Ud DE ID v RESUMO saascisasaa isese eleien aaa isa e ea EE STEE TE KRAD ATEA RATAA vii ABSTRACT onie kaa Beste ee seth a eae A E a seve ons Vili INDICE DE FIGURAS omni oa Sena cl cg oa pani ns ix INDICE DE QUADROS Eca ca a ee a RERE xiii INTRODUCA O ott is canceestetdatua etna asia senate oba c Ra a aa 1 1 1 Agricultura Biol gica cccicc scssccavevectesaceeestveassdavin pvacsateavactaseradeaaacdeae Saias 3 1 1 1 A Durabilidade na Agricultura Biol gica 3 1 1 2 Regulamenta o aplic vel Agricultura Biol gica s es 4 1 1 3 Controlo e Certifica o da Produ o Biol gica sesessseseeseeesseessessseessee 8 1 1 4 Entidades 21 concieivieiti chien ibaa are esi aie ie EAE R RR 15 1 2 Vaticultura Biol sicaris ea n a a a 15 1 2 1 Viticultura Biol gica no Mundo errar 16 1 2 2 Viticultura Biol gica Nacional s cc5siu2scaed svcaipas Seacavedevaedusivonceessaeseessideaoatacs 21 1 2 3 Princ pios da Viticultura Biol gica 22 1 2 4 A Convers o Um Projecto Global sine 23 1 2 5 Ajudas ao Investimento em Vit
9. Para a protec o das culturas contra pragas necess rio estabelecer estrat gias de monitoriza o da popula o praga que ir o permitir quantificar a evolu o do n vel de ataque e deste modo agendar as devidas medidas de protec o antes de serem alcan ados n veis cr ticos de ataque que podem originar elevadas perdas produtivas 4 4 1 Estimativa de Risco Para a efic cia das medidas de protec o fundamental definir o limite da popula o praga a partir do qual necess rio aplicar as medidas de protec o Isto significa definir o N vel Econ mico de Ataque NEA para cada popula o praga para que n o se verifiquem preju zos de import ncia econ mica Rodrigues 2012a Os valores de NEA para as diferentes pragas utilizados em Portugal s o provenientes de dados de Espanha Fran a e outros pa ses sendo necess rio adequar os valores a cada situa o Dado que estes valores est o definidos para o modo de produ o n o biol gico essencial adequar os valores do NEA aos m todos de protec o aplicados no MPB tendo em conta a limita o do uso de pesticidas em AB e a efic cia mais limitada dos seus meios de luta Ferreira 2009h A estimativa de risco pode ser efectuada de modo directo pela observa o visual ou de modo indirecto atrav s de armadilhas A observa o visual constitui uma t cnica de 124 estimativa directa que permite determinar o ataque da praga em qualquer fase do c
10. o n 203 2012 que indica as regras espec ficas aplic veis produ o biol gica destes produtos Segundo este regulamento os produtos do sector do vinho devem ser produzidos a partir de mat rias primas biol gicas e na sua transforma o s podem ser utilizados produtos e subst ncias presentes no Anexo VIII A do mesmo regulamento dando prefer ncia aos produzidos a partir de mat rias primas biol gica CE 2012 As pr ticas enol gicas s o sujeitas a restri es impostas pelo Regulamento n 203 2012 no que respeita produ o biol gica conforme apresentado no Quadro 1 5 Quadro 1 5 Pr ticas enol gicas e restri es impostas pelo Regulamento n 203 2012 relativamente produ o biol gica Adaptado de CE 2012 RESTRI ES PERMISS ES Concentra o parcial por arrefecimento Tratamentos t rmicos se a temperatura n o exceder 70 C Elimina o de di xido de enxofre por processos Centrifuga o e filtra o com ou sem adjuvante de filtra o f sicos inerte se a dimens o dos poros n o for inferior a 0 2um Tratamento por electrodi lise para a estabiliza o tart rica do vinho Desalcooliza o parcial de vinhos Tratamento de permuta cati nica para a estabiliza o tart rica do vinho No que respeita o teor de sulfitos presente no vinho biol gico segundo os estudos desenvolvidos pelo programa ORWINE os vinhos provenientes de uvas biol gicas j possuem um teor de sulfitos inferior
11. zonas tamp o a manuten o da fertilidade do solo o incremento da qualidade dos alimentos produzidos a fonte de alimento para organismos auxiliares p len n ctar e meladas a fonte de presas e hospedeiros o abrigo e ref gio para insectos auxiliares e outros animais em per odos de condi es ambientais adversas a redu o de custos de produ o e o embelezamento paisag stico Carlos e Torres 2009 Um servi o adicional que proporcionam certas plantas Plantas Bioindicadoras a detec o de sintomas Por exemplo as roseiras detectam sintomas f ngicos como o m ldio ou o o dio e s o um ref gio para as crisopas Duval 2003 3 2 Infra Estruturas Ecol gicas Uma Infra Estrutura Ecol gica IEE qualquer estrutura presente na explora o com valor ecol gico para a biodiversidade funcional Carlos e Torres 2009 Segundo 100 Ferreira 2010 a IEE estabelece um sistema natural continuo que permite o desenvolvimento dos ecossistemas promovendo a biodiversidade Entre as diversas componentes que podem constituir as IEE no sistema vit cola encontram se prados pastagens extensivas florestas bosques pomares tradicionais sebes faixas de vegeta o espont nea caminhos rurais muros de pedra montes de pedra e lenha charcos e linhas de gua Carlos e Torres 2009 As IEE possuem um elevado potencial para aumentar a densidade de auxiliares e aumentar a sua efic cia sobre as pragas Carlos e Torre
12. ANEXO II PRODUTOS FITOFARMACEUTICOS AUTORIZADOS EM MPB 155 iv AGRADECIMENTOS minha M e e ao Pedro pelo apoio incondicional e pelo carinho Professora Isabel Mour o que constituiu um grande motor para a elabora o desta tese e se manteve presente quando mais precisei Ao Professor Ra l Rodrigues pela sabedoria e exig ncia que transpira vi RESUMO As pr ticas culturais convencionais em viticultura tais como o frequente uso de herbicidas e de mobiliza es de solo t m vindo a degradar o solo vit cola bem como a reduzir a biodiversidade de esp cies de predadores naturais resultando no aumento da incid ncia de pragas Em consegu ncia o solo tem perdido estrutura que resulta numa menor capacidade de armazenamento de gua e menor protec o contra a eros o encontrando se a cultura da vinha cada vez mais vulner vel a pragas e doen as A viticultura biol gica constitui uma solu o a este progressivo enfraquecimento do sistema vit cola Por outro lado o consumo de vinho biol gico est em franco crescimento em Portugal como em todo o mundo estando o mercado nacional e de exporta o receptivo sua comercializa o Contudo a viticultura biol gica em Portugal est numa fase inicial embora apresente uma forte tend ncia para aumentar a sua rea sendo por isso importante estudar as melhores t cnicas e estrat gias para o sucesso da convers o para o modo de produ o biol gico As pr
13. Ano 3 Ano Figura 1 4 Etapas do Processo de Controlo e Certifica o Para certificar a sua explora o o operador notifica a actividade em Modo de Produ o Biol gico ao GPP submete a explora o ao respectivo sistema de controlo e iniciar o 10 per odo de convers o para o MPB Se a avalia o p s per odo de convers o for positiva e sendo concedidos os documentos de certifica o o operador pode ostentar nos seus produtos e servi os refer ncias ao MPB e a men o AGRICULTURA BIOL GICA SISTEMA DE CONTROLO CE e Prepara o do produtor para o Controlo Para uma boa execu o do processo de controlo e a fim de evitar ac es correctivas o produtor deve preparar os elementos da sua actividade e todos os comprovativos da sua conformidade O produtor deve manter um dossier organizado com os documentos da explora o Quadro 1 1 Este dossier deve estar acess vel e dispon vel para consulta nomeadamente para as visitas anuais do t cnico e visitas inesperadas O operador pode solicitar informa o ao OC sempre que necessitar de apoio t cnico O operador deve igualmente certificar se perto do OC de que a totalidade dos produtos que utiliza na sua explora o factores de produ o mat rias primas etc est em conformidade com as normas O organismo certificador procede igualmente a ac es de acompanhamento e controlo dos produtos certificados nos pontos de venda Serrador 2009a 11 Qu
14. Chrysoperla carnea Stephens Esp cie mais frequente e abundante encontra se associada cultura da vinha Em Portugal s o conhecidos perto de tr s dezenas associados a diversas culturas Conwentzia psociformis Curtis Importante agente de limita o natural do Aranhi o vermelho e Aranhi o amarelo Em Portugal conhecem se v rias esp cies 118 4 3 2 Acaros Os organismos da Ordem Acari pertencem Classe dos Aracn deos Dentro desta Ordem a Fam lia dos Fitose deos representa um exemplo de sucesso na limita o natural de caros fit fagos em viticultura Rodrigues 2009 Para uma melhor compreens o do modo de ac o dos Fitose deos est representada no Quadro 4 3 uma classifica o segundo o seu h bito alimentar McMurtry amp Croft 1997 cit por Rodrigues 2009 Quadro 4 3 Classifica o dos Fitose deos conforme o seu h bito alimentar Adaptado de Rodrigues 2009 H BITO ALIMENTAR PRINCIPAIS ORGANISMOS AUXILIARES Predadores G nero Phytoseiulus Particularmente predador de caros produtores de teias densas como o Tetranychus Especializados sm urticae Koch Aranhi o amarelo Tetranychus sp S o efectivos a elevadas densidades de caros Fit fagos ll Predadores Algumas esp cies do G nero Neoseiulus e poucas do G nero Typhlodromus selectivos de Particularmente predadores de caros produtores de teias densas Tetraniqu deos S o efectivos a elevadas densidades de caros Fit fag
15. Direc o Regional de Entre Douro e Minho Acedido em 17 11 2012 http www drapn min agricultura pt drapn conteudos FICHAS DRAEDM Ficha_tecnica_107_2006 pdf Cunha Queda C e Ferreira J 2009 Compostagem de Res duos Agr colas Agro Industriais e Florestais In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 204 216 Delinat 2012 Charte de vignoble en biodiversit Acedido em 2012 04 02 http www delinat institut org charta de biodiversite html DRAEM 2004 Aplica o de micorrizas arbusculares na vinha e em culturas hort colas Acedido em 15 11 2011 http www draem min agricultura pt DRAPC 2008 Pragas e Doen as e Interven es em Verde na Vinha Acedido em 17 11 2012 http www drapc min agricultura pt base geral files traca cigarrinha pdf Duval J 2003 Production de raisins biologiques Centre de r f rence en agriculture et agroalimentaire du Qu bec Qu bec Empleaverde 2007 La Viticultura Ecol gica Recurso end geno Fundaci n Biodiversidad Empleaverde Galicia Empleaverde 2009 Guia de Viticultura Ecol gica Ediciones Grupo Academia Postal Ourense EUROSTAT 2011 European Statistical Data Support Acedido em 06 12 2011 http epp eurostat ec europa eu Feilhes C Mandroux C 2002 Guide Regional pour la Plantation de la Vigne 2002 Groupe de Travaille R gional Midi Pyr n es Aveyron Ferreira
16. as folhas 49 e o tronco e ra zes 4 As exporta es de elementos por hectare de vinha s o proporcionais densidade de planta o sendo os dados do Quadro 2 1 valores indicativos para uma densidade de 5000 plantas por hectare As exporta es efectuadas pelas folhas s o restitu das naturalmente pela sua queda e as exporta es efectuadas pelos sarmentos podem ser restitu das atrav s da incorpora o do material de podas 50 Quadro 2 1 Necessidades e exporta es anuais correspondentes s diferentes partes da vinha Chambre d Agriculture de Gironde 2011 FRUTOS SARMENTOS FoLHAS TRONCOS E RA ZES TOTAL ANUAL MF g p 1360 600 900 140 3000 MF ton ha 6 8 3 45 0 7 15 MS ton ha 1 4 1 5 1 4 0 4 5 3 N Kg ha 9 9 31 2 51 P20s Kg ha 4 5 5 1 15 K20 Kg ha 18 10 16 1 46 MgO Kg ha 1 2 7 1 11 Exporta es Parciais 0 26 0 21 0 49 0 04 1 Densidade de planta o 5000p s ha MF Mat ria Fresca MS Mat ria Seca e Balan o H mico O h mus constitui uma reserva de nutrientes que se encontram sob a forma n o sol vel tornando se dispon veis para as plantas atrav s do processo de mineraliza o Durante este processo os nutrientes v o ficando dispon veis medida que a mat ria org nica se vai mineralizando progressiva e lentamente A velocidade de mineraliza o depende essencialmente do tipo de solo e das pr ticas de sequeiro ou regadio Quadro 2 2 Ferreira 2006 O balan o h mico
17. cnicas de trabalho do solo s o de uma import ncia fulcral A Federa o Europeia para a Agricultura de Conserva o considera a quest o da eros o do solo como o principal problema ambiental da agricultura mediterr nica Torres 2007 Deste modo torna se essencial adequar as t cnicas de maneio de solo ao clima e topografia do solo para a protec o do solo contra a eros o e Objectivos Os tr s principais objectivos do trabalho do solo em viticultura biol gica s o a descompacta o do solo a incorpora o da mat ria org nica e a luta contra a flora advent cia ITAB 2003b Na ac o de descompacta o do solo s o asseguradas a estrutura e arejamento do solo melhorando a capacidade de reten o de gua do solo e permitindo o enraizamento mais 81 profundo das plantas regulando o vigor da vinha e protegendo a da seca estival ITAB 2003b Na ac o de incorpora o da MO promovida a decomposi o dos res duos org nicos colocando a mat ria org nica em contacto mais pr ximo com os microrganismos cuja actividade igualmente favorecida pelo trabalho do solo ITAB 2003b Na ac o de luta contra as infestantes controlado o vigor da vegeta o herb cea em fun o do per odo de crescimento da vinha e favorecida a germina o das culturas de cobertura no per odo p s vindima ITAB 2003b e Planeamento As opera es que envolvem a mobiliza o do solo devem ser planeadas
18. como a aduba o verde e as restitui es da cultura n o s o suficientes para suprir as necessidades da vinha 86 2 6 1 Estrumes e Chorumes No que respeita os efluentes pecu rios adoptada na presente obra a defini o de estrume s lido como sendo a sua frac o s lida e chorume como a frac o l quida INE 2009 Segundo o Recenseamento Agr cola 2009 INE 2009 os conceitos de estrume e chorume apresentam se conforme abaixo indicado Estrume S lido Mistura de dejectos s lidos dos animais com uma reduzida quantidade de urina apresentando se de forma s lida ou pastosa podendo conter ou n o res duos de origem vegetal palhas matos ou outros com maior ou menor grau de decomposi o que serviram de camas ou de material para absorver fezes e urinas INE 2009 Chorume Efluente l quido a semi liquido proveniente de instala es pecu rias constitu do por mistura de fezes urina gua das lavagens e de bebedouros desperd cios da alimenta o animal e outros materiais decorrentes do processo produtivo com dilui o vari vel As escorr ncias provenientes das nitreiras ou estrumeiras s o tamb m vulgarmente designadas por chorume INE 2009 e Composi o Qu mica do Estrume Os chorumes apresentam baixos teores de N P K e MO possuindo pouco valor correctivo pelo seu reduzido teor em MO Ferreira e Cunha Queda 2009 A composi o dos estrumes varia conforme a esp cie pecu ri
19. uma depress o acastanhada conhecida por Rot Brun No final do ciclo vegetativo ocorre a fase m ldio de mosaico onde as folhas atacadas apresentam manchas poligonais amareladas ou castanho avermelhadas com aspecto de mosaico Bugaret et al 2012 42 A B Figura 1 20 A Manchas de leo na face superior das folhas B Frutifica es con dias do fungo na p gina inferior das folhas Antoin Satin O desenvolvimento do m ldio da videira est condicionado pelo estado de desenvolvimento da cultura e pelos fatores abi ticos temperatura e humidade As temperaturas ptimas de incuba o s o 21 C sendo a presen a de gua favor vel pois constitui o ve culo ideal para a dispers o dos zoosporos O m ldio da videira uma doen a polic clica e perante condi es clim ticas favor veis os seus ciclos podem desenvolver se ao longo de toda a fase vegetativa da cultura O per odo de sensibilidade m xima ao m ldio ocorre durante o crescimento vegetativo sendo os cachos muito sens veis aos ataques da doen a sobretudo entre o estado de pr flora o e vingamento dos jovens bagos Bugaret et al 2012 Condi es que favorecem uma humidade relativa elevada tais como solos com elevada capacidade de reten o de gua ou mal drenados formas de condu o baixas portes retombantes e mau controlo de infestantes favorecem o aparecimento do m ldio Outras condi es favor veis associadas ao excessivo vigor ve
20. vel toxicidade para o solo e para as plantas As cinzas de lenha podem ser utilizadas para este fim por conterem teores em f sforo Ferreira 2009d Os superfosfatos n o s o permitidos em AB por inibirem o crescimento das micorrizas e por passarem por tratamentos qu micos que tornam o f sforo hidrossol vel e mais facilmente lixiviado Ferreira 2009d e Aduba o Pot ssica Para a aduba o em Pot ssio existem algumas hip teses no mercado O sulfato duplo de Pot ssio e Magn sio ou Patentkali de origem natural o mais utilizado Este adubo duplo cont m 30 de K e 10 de Mg Outros adubos minerais dispon veis s o os Sais Brutos de Pot ssio Cainite e Silvinite P s de Rochas p de basalto e p de granito Sulfato de Pot ssio hidrossol vel e as cinzas de lenha Ferreira 2009d 94 e Aduba o em C lcio e Magn sio As car ncias em C lcio e Magn sio s o mais comuns em solos cidos Como adubos em C lcio existem o Cloreto de C lcio Sulfato de C lcio para solos b sicos e o Fosfato Natural de C lcio para solos b sicos Como adubos em Magn sio existem o Sulfato de Magn sio Kieserite e o Patentkali As cinzas de lenha constituem um adubo duplo de C lcio e Magn sio sendo a sua composi o consoante as plantas de origem Ferreira 2009d e Aduba o em Micronutrientes Os adubos de micronutrientes s o utilizados para corresponder s car ncias da planta n o devendo possuir
21. 2 Rela o entre a taxa de mineraliza o K2 em sequeiro e os diferentes tipos de solos Fe rreira 20008 nicaasaissqunt a ndintass pousada cotadas ii datas dia d Ta db SAS a ha Siies aS 52 Quadro 2 3 Principais par metros a requerer numa an lise de solo Adaptado de Feilhes e Mandroux 2002 e Ferreira 2009b cece cecececececececececececesececececececeeuseseeeeueass 54 Quadro 2 4 Quantidades de azoto fixado por diferentes tipos de Leguminosas Adaptado de Heichel 1987 cit por Ferreira 2007 E ese Rs OST 56 Quadro 2 5 Plantas indicadoras de fertilidade do solo Adaptado de Ferreira e Strecht 2006 e OPABA DOIDA users sussa aaa ai E E e NO aaas 58 Quadro 2 6 Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de cobertura vegetal do solo ATAB 20030 cx wasieiiiivsh in tiwastan wisueeiada nna An AR G N ARAN RR 65 Quadro 2 7 Principais Fam lias de plantas para aduba o verde e as suas caracter sticas no agro sistema Adaptado de Mudarraprieto e Trujillo 2005 67 Quadro 2 8 Caracter sticas das principais Fam lias de plantas para aduba o verde Comportamento da cultura e objectivos ITAB 2003 ee eeecceceseeecseeceesteeeesteeeeneeeenee 68 Quadro 2 9 Par metros de produ o rendimento e aporte de nutrientes das principais Fam lias de planta para aduba o verde Adaptado de Vantalon 2000 cit por ITAB ZOOS PARRA RR PNR RR RR DO RNA RD RR RR 70 Quadro 2 10
22. A vinha tem exig ncias clim ticas bem determinadas definidas sobretudo pela temperatura exposi o solar e pluviometria Esta cultura exigente em calor sens vel a geadas no Inverno e Primavera tanto para o desenvolvimento vegetativo como para a matura o do fruto que necessita de temperatura e exposi o solar elevadas Para a cultura de Vitis vinifera as temperaturas m dias anuais n o devem ser inferiores a 9 C situando se as temperaturas ptimas entre 11 e 18 C Os valores m ximos para a vinha podem chegar aos 45 C Pela sensibilidade ao frio a vinha cultivada em climas n o extremos como o clima mediterr neo entre 50 N e 40 S A vinha muito resistente falta de humidade embora o excesso de humidade possa levar a problemas fitopatol gicos diminui o da qualidade aumento da acidez e menor teor de a car Considera se uma boa pluviometria valores de 350 600mm Existem ndices bioclim ticos que relacionam coeficientes de temperatura exposi o solar e precipita o durante todo o ciclo vegetativo da videira como o caso do ndice de Constantinescu e o ndice de Hidalgo este ltimo mais adaptado Pen nsula Ib rica Hidalgo 1993 Dentro de uma explora o encontram se diferentes mesoclimas por condi es geogr ficas particulares de latitude altitude declive do terreno exposi o solar proximidade a cursos de gua ou massas florestais ventos dominantes entre outros Da mesma for
23. ADVID e Plantas Arbustivas A planta o de arbustos em parcelas de vinha deve ser feita de prefer ncia em fim de linha Na escolha das esp cies deve se considerar o seu poder atractivo para os insectos a capacidade de constituir abrigo nidifica o a rela o simbi tica que gera pelo seu sistema radicular e a possibilidade do uso dos seus frutos Finalmente deve se dar prioridade s esp cies locais cujas ess ncias est o adaptadas atrac o da biodiversidade local Delinat 2012 As plantas arbustivas mais abundantes na Regi o do Douro que exercem ac o atractiva sobre a fauna auxiliar s o o Crataegus monogyna Jacq pirliteiro o Cystus salvifolius L sarga o mouro o Arbutus unedo L medronheiro e a Lonicera etrusca Santi madressilva No Quadro 3 1 est o representados alguns exemplos de esp cies de arbustos que constituem uma boa escolha para uma sebe de porte arbustivo LPO Alsace 2012c S o apresentadas esp cies adaptadas a zonas secas e esp cies adaptadas a zonas mais h midas 104 Quadro 3 1 Exemplos de esp cies de arbustos para constitui o de sebe arbustiva LPO Alsace 2012c ESP CIES DE ARBUSTOS PARA ESP CIES DE ARBUSTOS PARA ZONAS seer Nome Comum Beane NOME COMUM Lonicera xylosteum L Madressilva Crataegus laevigata Poir DC Carrapiteiro Sorbus torminalis L Crantz Sorveira Frangula dodonei Ard Sanguinho Crataegus monogyna Jacq Pilriteiro Humulus lupulus L L pulo Cor
24. Algumas Generalidades sobre Din mica das Popula es In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 338 340 Strecht A 2009b Aves e Mam feros Auxiliares Identifica o e Limita o Natural de Pragas In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 340 364 Strecht A 2009c R pteis e Anf bios Auxiliares Identifica o e Limita o Natural das Pragas In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 364 369 149 Teixid N 2012 Epidemiologia de Botrytis cinerea en uva de vinificaci n y nuevas alternativas de control Institut de Recerca i Tecnologia Agroalimentares Acedido em 09 08 2012 http www recercat net bitstream handle 2072 171437 Calvoetal 2010 pdf sequence l Thiery J 2010 Le travail du sol sur le rang en viticulture Chambre d Agriculture du Roussillon Perpignan Thomas E G Schiedel E 2010 Production Guide for Organic Grapes New York State Integrated Pest Management Publication No 224 Torres L 2007 Manual de Protec o Integrada do Olival Jo o Azevedo Editor Mirandela Torres L e Ferreira J 2009 Insectos Auxiliares Identifica o e Limita o Natural de Pragas In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o V
25. Charpentier Acrocephalus palustris Bechstein Sympetrum sanguineum Muller Acrocephalus scirpaceus Hermann Orthetrum cancellatum L Emberiza schoeniclus L Aeschna cyanea Muller 3 7 Gest o da Biodiversidade O tipo e abund ncia da biodiversidade dependem da estrutura e maneio do ecossistema agr rio Nicholls 2005 A gest o do ecossistema vit cola permite o maneio da biodiversidade planeada pelo viticultor que ir promover os servi os ecol gicos criando condi es favor veis manuten o e aumento de biodiversidade associada proveniente do ambiente circundante que ir por sua vez igualmente promover os servi os ecol gicos da biodiversidade Nicholls 2005 111 112 4 A CONVERS O PARA MODO DE PRODU O BIOL GICO PROTEC O FITOSSANIT RIA Em Agricultura Biol gica existem limita es na utiliza o de produtos fitossanit rios de sintese Os pesticidas biol gicos Cap tulo 4 7 devem ser encarados como um meio secund rio de protec o biol gica O principal meio de protec o deve acentar sobre quatro pilares escolha do local selec o de variedades gest o do coberto vegetal e sanidade Quando estas ferramentas culturais n o s o postas em pr tica de modo eficaz o viticultor tende a compensar estas falhas como na agricultura convencional com o uso de produtos fitossanit rios ainda que de origem natural Estes quatro factores s o os principais meios para uma gest o eficaz e duradoura da fit
26. Desenvolvimento Rural PRODER um instrumento de apoio estrat gico e financeiro para o desenvolvimento rural co financiado pelo Fundo Europeu Agr cola de Desenvolvimento Rural FEADER e aprovado pela Comiss o Europeia para o per odo 2007 2013 No mbito deste programa existem diversos temas para o apoio ao desenvolvimento rural dentro dos quais se destaca a medida 2 2 1 Altera o de Modos de Produ o Agr colas que se destina ao apoio convers o e manuten o do Modo de Produ o Integrada e ao Modo de Produ o Biol gico enquadrando se nesta medida o apoio Viticultura Biol gica PRODER 2011 1 2 6 O caso particular do Vinho proveniente de uvas biol gicas Ap s v rios anos de trabalho e investiga o sobre a vinicultura biol gica em 2009 a Comiss o Europeia recebeu uma proposta de trabalho que previa a publica o das normas de execu o relativas ao vinho biol gico Serrador 2010 Esta proposta de trabalho foi o resultado de numerosos estudos dos quais se destaca o programa ORWINE um programa europeu de investiga o sobre viticultura biol gica com a dura o de tr s anos O programa ORWINE teve in cio em Fevereiro de 2006 com o objectivo de levar Comiss o Europeia propostas para a regulamenta o da vinifica o biol gica O programa incidia sobre tr s objectos de estudo 1 estado dos locais an lise das pr ticas de produ o dos vinhos biol gicos an lise da
27. Figura 1 21 A Mancha de podrid o cinzenta na folha Bugaret INRA B Parte distal da infloresc ncia colonizada por Botrytis cinerea Bugaret INRA C Foco esporulado INRA J nnana aa a R E E R a 44 Figura 1 22 Detalhes de ataques de Black Rot em diferentes rg os de plantas de videira A Pequenas manchas circulares em les o foliar B Bagos afectados com pontua es negras C Cachos mumificados Wilcok 2003 rear 46 Figura 2 1 Cobertura vegetal em parcela de vinha na Regi o do Douro Cristina Carlos ADVID ea carmo ces a RS au E oe aed sans a aaa mee 62 Figura 2 2 Tipo de cobertura vegetal do solo em fun o da reserva h drica Adaptado de LABS Yosh dest E RR A ee eased epee ede ee 64 Figura 2 3 Calendariza o cultural das opera es de maneio do solo Thiery 2010 83 Figura 3 1 Sebe de Sumagre em parcela de vinha na Regi o do Douro Cristina Carlos ADNAD isentas rastreador a Lda De Copa Al a Rca iaunie 103 Figura 3 2 Joaninha em infloresc ncia de Cenoura Brava na Regi o do Douro Daucus carota L Cristina Carlos ADVID cccccccccsssssccececececsesssecececeeeeeesssseaeeeseceeseneneaaes 104 Figura 3 3 Parcela de Vinha com Cobertura Vegetal e Mata na Regi o do Douro Cristina Carlos ADNVID sas Oe SN soe tia Oso Da O da E ad A tda Meh Da it dd ES da Lod aid 106 Figura 3 4 Monte de lenha Cristina Carlos ADVID 109 Figura 4 1 D
28. J C Silva C Tenedorio J A Pontes S Encarna o S e Marques L 2004 Coastal Greenways Interdisciplinarity and Integration Challenges for the 143 Management of Developed Coastal Areas Journal of Coastal Research SI 39 Santa Catarina Brasil Ferreira J 2006 Fertiliza o azotada da alface em agricultura biol gica Segredo da Terra n 17 Ferreira J Strecht A 2006 Plantas indicadoras da fertilidade do solo Revista O Segredo da Terra n 17 Ferreira J 2007 Adubos verdes e fixa o de biol gica de azoto Revista O Segredo da Terra n 21 Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 531p Ferreira J e Cunha Queda C 2009 Fertilizantes Org nicos Qualidade Armazenamento e Condi es de Aplica o In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 223 241 Ferreira J 2009a Correc o Org nica e Mineral do Solo In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 254 260 Ferreira J 2009b An lises de Terra In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 155 169 Ferreira J 2009c Adubos Verdes Enrelvamento e Fixa o Biol gica de Azoto In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricul
29. OC e a data de realiza o da primeira ac o de controlo efectuada A indica o da data um elemento muito importante pois desta data que inicia a contagem do per odo de convers o da agricultura convencional para a agricultura biol gica No caso do processo de convers o parcial da explora o as parcelas em convers o devem constar da notifica o de actividade junto da autoridade competente Todos os anos efectuada no m nimo uma visita de controlo extensiva onde elaborado um relat rio de controlo que deve ser assinado pelo operador A visita de controlo essencial para obter uma no o concreta do funcionamento da explora o permitindo ao mesmo tempo dialogar sobre os sucessos e dificuldades O OC recepciona e aprecia os relat rios de controlo e a partir destes elabora as conclus es quanto inspec o auditoria concedendo a certifica o caso as regras sejam respeitadas Os t cnicos podem efectuar visitas suplementares n o anunciadas Ap s o per odo de convers o e mediante uma avalia o positiva s o concedidos os documentos de certifica o licen a e certificado Serrador 2009a Na Figura 1 4 encontram se esquematizadas as etapas do processo de controlo e certifica o Contrato Visitas Operador Notifica o Anuais de oc do GPP Controlo Ano Zero Ano Zero 1 Ano a 3 Ano Visita Inicial In cio do Certifica o de Controlo Per odo de em Ano Zero Convers o MPB 1
30. Produto constitu do por uma mistura de excrementos de camente as mat rias constantes da lista animais e de mat rias vegetais camas seguinte Produtos provenientes das explora es pecu rias sem terra Estrume proibidos A Estrume seco e estrume de aves de Produtos provenientes das explora es pecu rias sem terra capoeira desidratado proibidos A Excrementos compostados de animais Produtos provenientes das explora es pecu rias sem terra incluindo o estrume de aves de capo proibidos eira e estrumes compostados A Excrementos liquidos de animais Utiliza o ap s fermenta o controlada e ou dilui o adequada Produtos provenientes das explora es pecu rias sem terra proibidos A Res duos dom sticos compostados ou Produto obtido a partir de res duos dom sticos separados nz fermentados origem submetidos a compostagem ou a fermenta o anaer bia para produ o de biog s Res duos dom sticos exclusivamente vegetais ou animai Unicamente os produzidos num sistema de recolha fechadc e controlado aceite pelo Estado Membro Concentra es m ximas em mg kg de mat ria seca c dmio 0 7 cobre 70 n quel 25 chumbo 45 zinco 200 merc rio 0 4 cr mio total 70 cr mio VD O A Turfa Utiliza o limitada horticultura produ o horticola floricultura arboricultura viveiros A Residuos de culturas de cogumelos Composi o inicial do substrato limitada a produtos do presente anexo A Excremento
31. aparecimento de pragas e doen as Trujillo e Prieto 2008 e Composi o Qu mica de Estrume Composto Os estrumes e chorumes transformados em composto possuem uma composi o qu mica diferente da sua composi o inicial Os seus teores de nutrientes e azoto s o mais elevados do que na sua composi o inicial a raz o C N menor parte do carbono mineralizado e parte da MO humificada contendo azoto de liberta o lenta Ferreira e Cunha Queda 2009 No Quadro 2 20 encontram se os dados da composi o de um estrume de bovino e o seu respectivo composto comparando teor de MS MO azoto total f sforo P205 e pot ssio K 0 89 Quadro 2 20 Compara o da composi o de estrume de bovino compostado e n o compostado g Kg de produto bruto ITAB 2003f TIPODE ESTRUME MS MO N TOTAL P205 K20 Nao compostado 180 150 5 1 7 6 Compostado 330 210 8 5 14 2 6 2 Composto A compostagem o processo aer bio de decomposi o e transforma o de res duos org nicos biodegrad veis de origem animal ou vegetal sob a ac o de microrganismos TAB 2003f Os principais interesses da compostagem residem na obten o de um produto biologicamente est vel e homog neo no qual a MO se encontra sob a forma de mol culas mais est veis onde ocorre redu o de volume concentra o da mat ria seca e elementos minerais higieniza o pela destrui o de sementes e rg os de propaga o vegetal de agentes fito pat
32. como medida indirecta de protec o No Quadro 4 9 apresentam se os principais organismos auxiliares que combatem naturalmente as principais pragas da vinha 125 Quadro 4 9 Principais organismos auxiliares na limita o natural de pragas da cultura da vinha Adaptado de Rodrigues 2012a PRAGAS AUXILIARES TRA A DA UVA CIGARRINHA VERDE ARANHI O VERMELHO ARANHIGO AMARELO Lobesia botrana Empoasca vitis Panonychus ulmi Tetranychus urticae Insectos Antocor deos Cole pteros Crisop deos Sirf deos Pteromal deos Himen pteros Coccinel deos Forficul deo caros Fitose deos e Trombid deos Estigmat deos Na limita o natural da tra a da uva s o numerosos os auxiliares que ajudam a manter esta praga dentro de n veis economicamente toler veis Por entre os insectos encontra se o Antocor deo Orius insidiosus Say um predador eficaz de ovos e lagartas Os Cole pteros do G nero Malachius s o predadores espec ficos de estados larvares A Crisopa Crisoperla carnea Stephens predadora de ovos larvas e cris lidas sobretudo de G2 e G3 O Sirf deo Xanthandrus comtus Harris predador de lagartas sobretudo de G1 Os Pteromal deos do G nero Dibrachys possuem uma ac o importante sobre cris lidas hibernantes A Forticula auricularia L ou Bicha cadela particularmente eficaz a predar lagartas e pupas no interior do ninho Finalmente salienta se a ac o das a
33. contributing to increase market demand However organic viticulture in Portugal is at an early stage although it has a strong tendency to increase and therefore it is important to study the best techniques and strategies for a successful conversion to organic viticulture Sustainable cultural practices such as cover crops the implementation of ecological infrastructures to promote biodiversity integrated pest and diseases management and a balanced soil management allow the system to become progressively more sustainable relying less on external conditions The key factors of managing efficiently the soil the biodiversity and the plant form an integral and interconnected system that allows the development of sustainable vineyard in organic production economically viable and environmentally relevant Keywords Organic viticulture conversion biodiversity sustainability and plant health soil management viii NDICE DE FIGURAS Figura 1 1 Os tr s pilares da Durabilidade em Agricultura Biol gica Adaptado de IFOAM 2004 ccisescsisssvcncavasanzerccssnvedeisngpuivaspevaava EEEE EE ESEA EEA ETE eg ER tias quien span 3 Figura 1 2 Vers o principal do Log tipo Biol gico da UE CE 2011b 7 Figura 1 3 Exemplos de elementos gr ficos e textuais em associa o com o Log tipo Biol gico da UE CE 20110 san ud ia Dai a a piadas 7 Figura 1 4 Etapas do Processo de Controlo e Certifica o
34. contributo a n vel ambiental Ferreira 2007 2 1 3 Micorrizas As micorrizas s o fungos que existem naturalmente no solo e vivem em associa o simbi tica com o sistema radicular das plantas Estes fungos recebem nutrientes da planta que obt m atrav s do fungo gua e nutrientes minerais No caso da vinha o tipo de micorrizas presentes denomina se arbuscular Marques 2006 A rela o simbi tica das videiras com as micorrizas melhora a sua nutri o mineral promove a sua resist ncia aos ataques de fungos patog nicos do solo e melhora a sua resist ncia secura DRAEM 2004 A presen a de micorrizas no solo aumenta consideravelmente a capacidade de absor o de nutrientes ao n vel do sistema radicular das videiras permitindo reduzir as aplica es de fertilizantes particularmente de f sforo 56 Ao melhorar a resist ncia das plantas secura as micorrizas tornam se essenciais em culturas de sequeiro e em regi es de clima mediterr nico caracterizadas por ver es quentes e secos Marques 2006 Estudos realizados pela Universidade de Coimbra sobre a associa o de fungos micorr zicos a plantas de videira demonstraram uma rela o directa entre o desaparecimento destes fungos micorr zicos e a aplica o de fertilizantes herbicidas e fungicidas Agroportal 2005 Nos terrenos onde s o aplicados estes compostos qu micos de s ntese as videiras ficam privadas dos m ltiplos efeitos ben
35. culturais adequadas e Escolha de cultivares A protec o das culturas come a na escolha de cultivares resistentes e adequadas s caracter sticas edafo clim ticas da explora o Existem variedades adaptadas s diferentes regi es do pa s e variedades resistentes a determinadas pragas e doen as A adequa o das variedades plantadas o primeiro passo para uma cultura resistente e sadia Na escolha das cultivares deve se ter igualmente em considera o a sanidade do material vegetal de forma a impedir a entrada de doen as na explora o e impedir poss veis contamina es e Promo o da biodiversidade A biodiversidade possui um papel essencial na protec o as culturas pois fomenta a fixa o de auxiliares A implementa o de infra estruturas ecol gicas constitui uma medida que promove a presen a destes organismos ben ficos que ir o proteger a cultura da vinha Por entre as IEE podemos citar as coberturas vegetais planta es herb ceas arbustivas e arb reas sebes corredores ecol gicos e estruturas que constituam abrigo ref gio e local de nidifica o a auxiliares tais como muros de pedra e constru es rurais As IEE al m de constituir um local de abrigo ref gio e nidifica o constituem ainda uma fonte de alimento n ctar p len e meladas para os organismos auxiliares e Valoriza o da fauna auxiliar A preserva o da fauna auxiliar engloba medidas favor veis ao desenvolvimento dos org
36. dar prefer ncia a esp cies com flora o de Primavera Ver o pois atraem a maior parte dos insectos ben ficos que necessitam de alimento n ctar p len e meladas nesse per odo No Inverno estas estruturas servem de ref gio para alguns destes organismos que a passam o per odo invernal As esp cies devem estar adaptadas ao local e ter uma caracter stica de rusticidade Qualquer aproveitamento adicional ex frutos obtido a partir dessas esp cies constitui um apoio adicional explora o As infra estruturas ecol gicas de biodiversidade vertical podem corresponder a indiv duos isolados ex rvore de grande porte ou a agregados que constituem pequenas matas bosques prados coberturas vegetais e sebes preferencialmente de car cter multiespec fico Quando as parcelas de vinha s o de grande dimens o pode ser conveniente criar corredores ecol gicos desde as bordaduras at ao centro das parcelas de forma a permitir a passagem dos organismos auxiliares at ao interior das parcelas de vinha centrais As sebes ou corredores ecol gicos Figura 3 1 constituem Hotspots biol gicos e ao mesmo tempo obst culos naturais progress o de pragas e doen as Delinat 2012 O corredor ecol gico estabelece liga es entre reas de elevada concentra o de recursos ecol gicos paisag sticos e culturais promovendo a sua protec o e compatibiliza o com a actividade humana Ferreira et al 2004 cit por Ferreira 201
37. de P los 8 11 2 1 0 77 Farinha de Penas 6 10 1 1 6 0 3 1 1 0 3 Baga o de R cino 9 5 7 0 03 0 17 3 2 Farinha de Sangue 5 11 0 07 0 2 0 12 Sangue Fresco 3 0 05 0 05 93 2 8 Aduba o Mineral A aduba o mineral constitui um complemento fertiliza o org nica quando esta n o suficiente Entre os produtos de origem mineral s o permitidos em AB as rochas em bruto que n o tenham sofrido tratamentos qu micos para aumentar a sua solubilidade ex superfosfatos com tratamentos qu micos que levam solubilidade em gua do f sforo Alguns produtos como a Ureia ou o Nitrato do Chile n o est o autorizados em AB pela sua solubilidade excessiva embora sejam produtos de origem natural e Aduba o Fosfatada Em AB existem dois adubos autorizados para a aduba o fosfatada o fosfato natural macio e o fosfato de alum nio c lcico o ltimo n o se encontrando venda em Portugal O fosfato natural macio de origem natural da regi o de Gafsa na Tun sia de onde prov m o nome pelo qual tamb m conhecido fosfato de Gafsa Este fosfato cont m no m nimo 25 de f sforo e mais indicado para solos cidos O fosfato de alum nio c lcico de origem natural do Senegal sendo por tal conhecido pelo nome de Fosfato do Senegal ou Phospal Este fosfato cont m no m nimo 30 de f sforo e mais indicado para solos alcalinos De mais este fosfato n o deve ser aplicado em solos cidos pela poss
38. de estrume necess ria em ambas as situa es foi contemplado um estrume de ovino com propor es de N P e K raz o de 0 83 0 23 0 67 Mudarraprieto e Trujillo 2005 O material vegetal das podas constitui ainda uma consider vel fonte de h mus podendo compensar cerca de 30 das perdas h micas anuais Quadro 2 15 ITAB 2003a Quadro 2 15 Restitui es h micas dos res duos vegetais ITAB 2003a MATERIAL DE PODAS FOLHAS Mat ria Seca ton ha 1 2 1 2 5 K1 0 25 0 20 Rendimento em H mus Kg ha 250 500 100 300 K1 Coeficiente de humifica o O material vegetal de folhas mortas representa em conjunto com o material de poda uma consider vel fonte de elementos nutritivos para a cultura da vinha 80 Para o c lculo das restitui es nutritivas por parte do material de poda e das folhas est o representadas no Quadro 2 16 as respectivas extrac es de elementos Quadro 2 16 Necessidades e exporta es anuais correspondentes s diferentes partes da vinha Adaptado de Chambre d Agriculture de Gironde 2011 MATERIAL DE PODA FoLHAS N Kg ha 9 31 P20s Kg ha 5 5 K20 Kg ha 10 16 MgO Kg ha 2 7 Densidade de planta o 5000 p s ha A restitui o nutritiva efectuada pela incorpora o dos res duos vegetais da cultura da vinha deve ser inclu da no plano de fertiliza o pois constitui valores consider veis para a sua nutri o 2 5 Maneio do solo Em Agricultura Biol gica as t
39. de trabalho Desta forma os OC t m de demonstrar as suas compet ncias e imparcialidade de funcionamento Serrador 2009a Portugal j teve diversas autoridades nacionais competentes indexadas acredita o do MPB envolvendo diversas fun es tais como o reconhecimento e supervis o dos OC Desde 2007 a autoridade nacional competente o Gabinete de Planeamento de Pol ticas GPP do Minist rio da Agricultura Mar Ambiente e Ordenamento do Territ rio Serrador 2009a e Etapas do Processo de Controlo e Certifica o O processo de convers o para o MPB e o seu processo de certifica o inicia se pela celebra o de um contrato entre o requerente operador e o OC escolhido pelo requerente e pelo preenchimento de um question rio por parte do operador O organismo de controlo deve certificar se de que o operador tem o conhecimento das medidas de precau o necess rias para evitar a ocorr ncia de situa es graves provenientes da n o conformidade com a legisla o em vigor Posteriormente efectuada por um t cnico uma visita inicial de controlo onde atribu do um documento que atesta o in cio da fase de 9 convers o agricultura biol gica Celebrado o contrato com o OC e efectuada a visita inicial de controlo explora o o operador deve notificar a sua actividade em MPB autoridade competente o GPP Do impresso de notifica o devem constar dois pontos essenciais a indica o do nome do
40. e Argila radicular e resist ncia eros o e trabalho do solo Calc rio Total e Calc rio Activo Indica risco de clorose f rrica nos solos calc rios Mat ria Org nica Indica estado de estrutura do solo Raz o C N Indica rapidez de mineraliza o estado de degrada o da mat ria org nica e a intensidade da actividade biol gica do solo pH pH gua indica acidez do solo e pH KCl indica acidez do complexo argilo h mico Densidade Aparente Dap Indica termo comparativo para c lculos de fertiliza o CTC Capacidade de Troca Cati nica Indica capacidade de reter e fornecer nutrientes planta Macro elementos N P K Mg Indica riscos de car ncia ou toxicidade Microelementos Cu Zn B Mn Mo Fe Indica riscos de car ncia ou toxicidade Reserva H drica til Indica quantidade de gua dispon vel para a planta 2 1 2 Fixa o Biol gica de Azoto A fixa o biol gica de azoto um dos poucos processos de transfer ncia do azoto atmosf rico para o solo sendo executada por microrganismos alguns em simbiose com o sistema radicular das plantas como o caso das Rizobacterias que se associam s Leguminosas Ferreira 2007 O sistema radicular das Fab ceas estabelece uma rela o simbi tica com as bact rias da Fam lia das Rizobacterias que vivem nas suas ra zes e captam o azoto atmosf rico acumulando o em n dulos radiculares e representando uma fonte acrescida de azoto Esta rela o simbi tica ben fica
41. e manuten o de animais transforma o e distribui o de g neros aliment cios biol gicos e respectivo controlo CE 201 1a e Regulamento CE n 271 2010 Em 1 de Julho de 2010 entraram em vigor algumas novas disposi es relativas rotulagem atrav s do Regulamento CE n 271 2010 CE 2010 Este regulamento introduziu o actual Log tipo Biol gico da UE Figura 1 2 e a sua utiliza o est enquadrada pelo artigo n 57 do Regulamento CE n 889 2008 O Log tipo Biol gico da UE uma marca comercial registada Figura 1 2 Vers o principal do Log tipo Biol gico da UE CE 2011b O Log tipo Biol gico da UE foi elaborado em torno de dois s mbolos a bandeira europeia e uma folha simbolizando a natureza e a sustentabilidade O log tipo biol gico europeu encontra se pormenorizadamente legislado no que respeita a sua est tica tanto ao n vel do pr prio desenho do log tipo como ao n vel da sua contextualiza o A vers o principal do log tipo biol gico deve ser usada sempre que poss vel podendo ser utilizadas outras vers es desde que inseridos nos par metros permitidos pela legisla o referida A legisla o do desenho e contexto do log tipo biol gico europeu envolvem caracter sticas como cor contraste tipo e tamanho de letra margens espec ficas elementos gr ficos associados entre outras Na Figura 1 3 est o representados alguns elementos que podem ser inclu dos num r tul
42. e sem restri es Ainda que em alguns casos possa ser mais aconselhada a sua aplica o ap s compostagem Segundo o Regulamento UE n 2328 1991 e o Regulamento UE n 3669 1993 uma explora o pecu ria considerada extensiva quando o encabe amento inferior ou igual a 2CN ha As restantes esp cies n o abrangidas pelos regulamentos acima referidos s o definidas pelo Regulamento UE n 1538 1991 e Regulamento UE n 1274 1991 Ferreira 20091 97 Os dejectos provenientes de pecu ria n o biol gica intensiva antigamente permitidos em AB com a obriga o de serem sujeitos a compostagem deixaram de ser permitidos com a actual legisla o Regulamento CEE n 834 2007 Ferreira 20091 Os dejectos provenientes de pecu ria n o biol gica sem terra continuam a n o ser permitidos em Agricultura Biol gica Ferreira 20091 Os estrumes de origem convencional podem ser excepcionalmente autorizados como complemento ap s o agricultor ter dado prioridade s pr ticas culturais de fertiliza o das culturas em AB e estas n o suprirem as necessidades da cultura sendo a maioria destes produtos submetida a autoriza o do Organismo Controlador Ferreira 20091 No que respeita aos produtos autorizados em Agricultura Biol gica como fertilizantes e correctivos do solo estes apresentam se no Anexo I Fertilizantes e Correctivos do Solo em vigor no Anexo I do Regulamento n 889 20
43. maior quinh o produzindo cerca de 167 milhares de hectares vit colas em MPB m Europa Am rica do Norte Am rica do Sul sia frica Oceania Figura 1 7 Distribui o da rea de vinha biol gica a n vel mundial 2009 Fonte FIBL IFOAM 2011 18 Numa an lise evolutiva dos principais pa ses produtores de vinha biol gica h tr s pa ses da Velha Europa que se destacam Espanha It lia e Fran a Figura 1 8 Em 2008 a It lia ocupava o primeiro lugar da viticultura biol gica Contudo o seu fraco aumento em 2009 de apenas 8 fez a It lia perder o lugar para a Espanha voltando ainda assim a obter em 2010 uma evolu o na ordem dos 20 Esta vit ria espanhola em 2009 foi por si pr pria conquistada com uma expans o do seu territ rio vit cola em MPB num crescimento cruzeiro de 75 No entanto demonstrando a sua instabilidade no sector em 2010 Espanha apresenta um aumento de apenas 6 Pelo seu lado a Fran a ocupando sempre o terceiro lugar vem mantendo um aumento mais est vel Em 2009 e 2010 a viticultura biol gica francesa tem tido aumentos de 39 e 28 respectivamente demonstrando a estabilidade do sector e a grande estrutura tanto a n vel associativo como a n vel tecnol gico do sector Por outro lado a moderniza o dos servi os de transporte dos sistemas de comunica o e informa o bem como a transnacionalidade dos produtos gerou um aumento da produ o de vinha em p
44. na Directiva 91 676 CEE do Conselho relativa protec o das guas contra a polui o causada por nitratos de origem agr cola aplicada na explora o n o pode exceder 170 Kg de Azoto por ano e por hectare de SAU Este limite apenas aplic vel a estrume estrume seco e estrume de aves de capoeira desidratado excrementos compostados de animais incluindo estrume de aves de capoeira estrume compostado e excrementos l quidos de animais 3 As explora es que praticam a produ o biol gica podem estabelecer acordos de coopera o escritos exclusivamente com outras explora es e empresas que cumpram as regras da produ o biol gica com vista ao espalhamento do excedente de estrume proveniente da produ o biol gica O limite m ximo referido no n 2 calculado com base no total de unidades que praticam a produ o biol gica abrangidas por essa coopera o 4 Para melhorar o estado geral do solo ou a disponibilidade de nutrientes no solo ou nas culturas podem ser utilizados preparados apropriados de microrganismos 5 Para a activa o de compostagem podem ser utilizados preparados apropriados de microrganismos ou base de plantas Em Agricultura Biol gica est o legisladas algumas obriga es quanto utiliza o dos dejectos animais e sua origem ITAB 2003f Os dejectos provenientes de pecu ria biol gica e de pecu ria n o biol gica extensiva podem ser utilizados sem qualquer compostagem
45. na sua composi o micronutrientes que n o se encontram em d fice Quando s o aplicados com regularidade fertilizantes org nicos n o ocorrem car ncias de micronutrientes Ferreira 2009d 2 9 Fertilizantes e Correctivos Autorizados em Agricultura Biol gica No que respeita as regras aplic veis produ o vegetal biol gica a fertiliza o deve ser primeiramente alcan ada atrav s de pr ticas culturais como as referidas no n 1 do Artigo 12 do Reg CE n 834 2007 a Mobiliza o e cultivo que mantenham ou aumentem as mat rias org nicas dos solos reforcem a estabilidade e a biodiversidade dos mesmos e impe am a sua compacta o e eros o b A fertilidade e a actividade biol gica dos solos s o mantidas e aumentadas pela rota o plurianual das culturas incluindo leguminosas e outras culturas para a aduba o verde e pela aplica o de estrume ou de mat rias org nicas de prefer ncia ambos compostados provenientes da produ o biol gica Ce f Todas as t cnicas de produ o vegetal utilizadas devem impedir ou reduzir ao m nimo eventuais contribui es para a contamina o do ambiente 95 Al m destas pr ticas priorit rias aconselhadas existem ainda algumas normativas relativas aos produtos utilizados na gest o de fertilidade referidas no mesmo n 1 do Artigo 12 do Reg CE n 834 2007 c permitida a utiliza o de preparados biodin micos e N o po
46. nico possui uma taxa de mineraliza o elevada libertando mais rapidamente o azoto a curto prazo do que os correctivos org nicos raz o da sua baixa rela o C N Os principais correctivos org nicos correspondem a subprodutos das explora es agr colas e agro pecu rias como os estrumes chorumes compostos e res duos das culturas MADRP 1997 Estes produtos apresentam grandes diferen as quanto sua natureza reflectindo se na sua composi o mineral Os estrumes e compostos variam tanto no seu conte do em nutrientes como na sua taxa de mineraliza o e Escolha do Tipo de Correc o Org nica A escolha do correctivo org nico deve considerar a natureza dos seus constituintes palha dejectos animais etc a raz o C N e o grau de compostagem As incorpora es 85 de correctivos org nicos devem ser calculadas em fun o das restitui es dos res duos da cultura de forma a fornecer a quantidade necess ria de h mus sem excesso de N prejudicial cultura da vinha A prefer ncia deve ser dada a constituintes de origem vegetal e pobres em azoto A escolha do correctivo deve ser feita com base no seu teor em h mus e n o na sua composi o em elementos fertilizantes e Aplica o A aplica o dos correctivos org nicos deve ser feita no Outono Inverno Mar o no mais tardar considerando o tempo de decomposi o e mineraliza o O correctivo n o deve ser aplicado tardiamente pois a vinha n o b
47. o da semente Em anos de seca pode ser necess rio antecipar o corte do final da Primavera para n o esgotar as reservas h dricas do solo Em anos de Invernos amenos e Primaveras chuvosas podem ser necess rios mais cortes No Ver o os cortes deixados sobre o solo constituem um mulching que reduz a temperatura do solo e a evapora o da gua dificultando ao mesmo tempo a emerg ncia das infestantes Torres 2007 A escolha das alfaias de corte s feita em fun o do tipo de material vegetal Se o corte efectuado sobre material de podas grosseiro recorre se a um destro ador de martelos Se o corte efectuado sobre material de podas fino recorre se a um corta mato de correntes ou de facas horizontais Se o corte feito apenas sobre o adubo verde recorre se a uma gadanheira O destro ador de martelos deve ser usado apenas na presen a de lenhas de poda pois mais invasivo e quando usado na Primavera pode provocar a morte de muitos auxiliares presentes na erva Ferreira 2009c Para permitir a fuga da fauna Carlos 2008 aconselha efectuar sempre que poss vel o corte a 8em do solo em faixas alternadas com intervalos m nimos de 9 semanas e efectuar o corte entre as 18h e as 17h As metodologias de corte devem dar prefer ncia a alfaias de corte horizontal em detrimento das alfaias rotativas dando elei o ao corta mato ou ainda melhor gadanheira Ferreira 2009c e Incorpora o Dependendo do objectiv
48. para ambos a planta e a bact ria A bact ria fixa o azoto transferindo o para a planta alimentando se por sua vez das secre es acucaradas por produzidas pela planta Para esta rela o simbi tica ocorrer devem estar reunidas algumas condi es a ela favor veis O Rhizobium favorecido pela presen a de minerais especialmente o P K Ca Mg Fe Co Z Mn e Mo e inibido pela presen a de azoto sol vel podendo ainda ser destru do pela seca calor metais pesados 54 pesticidas e antibi ticos No caso de solos tratados anteriormente com qu micos de s ntese a popula o de Riz bio pode estar afectada ou mesmo inexistente Para comprovar a efic cia destas bact rias procede se ao corte de um n dulo radicular Se a sua cor for avermelhada est em bom funcionamento Se apresentar uma cor acinzentada n o est a ocorrer a fixa o de azoto Ferreira 2007 O viticultor deve promover as condi es favor veis ao desenvolvimento das Rhizobacterias atrav s da cultura de Fabaceas Um procedimento adicional para aumentar os n veis da popula o de Riz bio a aplica o de f sforo no momento de instala o de uma cultura de cobertura que inclua Fabaceas Ferreira 2007 Se os m todos anteriores n o forem suficientes pode se proceder utiliza o de sementes de Leguminosas inoculadas com estas bact rias Para obter estas sementes pode se proceder aquisi o de sementes de Leguminosas previamente inoculad
49. por um per odo restrito do ano No in cio da esta o a partir do momento em que a vinha est em pleno desenvolvimento o viticultor procura uma boa disponibilidade de gua traduzindo se num bom rendimento de frutos Neste per odo a cultura de cobertura deve ser controlada Por outro lado no momento em que os frutos terminam a sua forma o o viticultor deseja limitar a disponibilidade de gua de forma a concentrar os a cares nos frutos Duval 2003 Neste per odo o desenvolvimento da cultura de cobertura essencial Esta gest o das culturas de cobertura em fun o do ciclo biol gico da vinha pode ser executada atrav s de cobertos tempor rios No in cio da esta o efectuada uma monda seguida de uma cobertura tempor ria ap s a forma o dos frutos para limitar a disponibilidade de gua A sua manuten o mais dispendiosa que as culturas permanentes A aduba o verde tradicional nos climas mediterr nicos corresponde a uma cultura tempor ria de Outono Inverno adaptada particularmente s culturas de sequeiro As culturas tempor rias de Primavera Ver o s o menos praticadas nos climas mediterr nicos inclusivamente em Portugal Ferreira 2009c Este tipo de cobertura mais adequada para locais com menos problemas de eros o de solo e Mulching O empalhamento ou mulching consiste na cobertura no solo com material vegetal morto Os materiais a utilizar como mulching poder o ser a palha o baga o de uva
50. pouco expandida Alguns exemplos de Aves auxiliares s o a Alv ola branca a Carri a a Coruja das torres o Estorninho o Melro o Peneireiro vulgar o Pisco de peito ruivo a Poupa e as Toutinegras Segundo Strecht 2009b s o descritos no Quadro 4 4 os Habitats 120 Agr colas que estas aves frequentam de forma a promover ou implementar as IEE necess rias no sentido da fixa o destas popula es Quadro 4 4 Principais Aves auxiliares e seus habitats agr colas Adaptado de Strecht 2009b Nome COMUM NOME CIENT FICO Alv ola branca comum Motacilla alba L Carri a Troglodytes troglodytes L Coruja das torres Tyto alba Scopoli Estorninho Sturnus spp Melro preto Turdus merula L Peneireiro vulgar Falco tinnunculus L Pisco de peito ruivo Erithacus rubecula L Poupa Upupa epops L Toutinegra de cabe a Sylvia melanocefala negra Gmelin e Mam feros HABITAT AGR COLA Pastagens hortas campos de milho ou outro cereal pomares quinteiros terreiros e telhados de casas Frequenta hortas pomares e vinhas sebes e bosques em torno de terrenos agr colas Prefere zonas agr colas abertas arrozais restolhos de milho de girassol de forragens pastagens permanentes searas e terrenos em pousio Frequenta uma grande diversidade de habitats Nidifica em cavidades de rvores e muros Frequenta jardins hortas pomares avelaneiras e vinhas Frequenta todo o tipo de terrenos abertos Nidifica em velhos ni
51. preven o t m in cio antes da planta o na escolha de castas mais resistentes e de material isento de contamina es As t cnicas culturais podem ter um papel importante na preven o do aparecimento destas doen as como por exemplo pr ticas que favore am o arejamento e impe am condi es de ensombramento e humidade Outras t cnicas tais como a planta o de Rosa canina podem ter um papel importante como indicador precoce do aparecimento da doen a 129 Quadro 4 11 M todos de Protec o das principais doen as da cultura da vinha Adpatado de Rodrigues 2012a Turcotte et al 2010 ITAB 2009g DOEN AS O dio Erysiphe necator M ldio Plasmopara viticola Podrid o cinzenta Botrytis cinerea Black Rot Guignardia bidwellii 4 6 Observa o Visual de Pragas e Doen as M TODOS DE PROTEC O PROFIL CTICOS Escolha de material vegetal isento de infec es Planta o de Rosa canina Sistema de condu o e Sistema de podas que favore am o arejamento Controlo do vigor vegetativo Limita o do aporte de N Queima da lenha de podas Sistema de condu o e Sistema de podas que favore am o arejamento Controlo do vigor vegetativo Limita o do aporte de N Queima da lenha de podas Boa drenagem do solo Escolha de variedades resistentes Porta enxertos menos vigorosos Sistema de condu o e Sistema de podas que favore am o arejamento Controlo do vigor vegetativo Limi
52. tipo de cobertura vegetal efectuada em fun o das condi es edafo clim ticas da regi o do local espec fico e do objectivo pretendido Figura 2 1 No sistema vit cola as culturas de cobertura podem ser aplicadas em locais como bordaduras e entrelinhas As culturas de cobertura das bordaduras das parcelas possuem um papel ecol gico acrescido funcionando como ponto de alimenta o e abrigo a toda uma fauna til e funcionando como zona de transi o entre as reas de vinha e as restantes reas da explora o Nas culturas de cobertura das entrelinhas os cortes devem ser mais frequentes de forma a impedir a sua expans o excessiva bem como a competi o com a cultura da vinha Nas culturas das bordaduras comum deixar a cobertura vegetal florescer e formar sementes de forma a permitir a sua renova o ITAB 2003c 61 Figura 2 1 Cobertura vegetal em parcela de vinha na Regi o do Douro Cristina Carlos ADVID e Cobertura Vegetal Espont nea O tipo de cobertura espont nea quando adequada s necessidades deve ser a primeira op o pela sua adequa o simplicidade e baixo custo Torres 2007 A flora natural apresenta v rias vantagens possui esp cies bioindicadoras que ilustram a qualidade do solo representa um custo zero na sementeira e est perfeitamente adaptada s condi es edafo clim ticas do local Contudo a sua variedade pode ser afectada pelo dom nio de certas plantas anuais resist
53. um total de 955 operadores em Modo de Produ o Biol gico Figura 1 10 Entre 2001 e 2005 o n mero de operadores biol gicos em Portugal aumentou 74 ascendendo a 1660 operadores no ano de 2005 1800 1500 1200 900 600 300 2001 2002 2003 2004 2005 m Operadores em MPB em Portugal Figura 1 10 Evolu o do n mero de operadores em MPB em Portugal 2001 2005 Fonte Eurostat 2011 21 Em 2001 a rea total portuguesa em MPB reduzia se a pouco mais de 30 000 hectares Figura 1 11 Em apenas quatro anos entre o ano de 2001 e 2005 Portugal viveu uma realidade de expans o no sector biol gico que atingiu os 244 No ano de 2003 verificou se a sua maior taxa de aumento atingindo um aumento anual de 54 relativamente ao ano de 2002 No que respeita a viticultura biol gica Portugal apresentou entre 2001 e 2005 um aumento de 48 do seu territ rio de rea de vinha em MPB demonstrando a tend ncia positiva deste sector Figura 1 11 A amplia o da viticultura biol gica em Portugal tem vindo a superar se de ano para ano tendo atingido em 2005 o seu m ximo com um aumento de 15 relativamente ao ano de 2004 Milhares ha Centenas ha e rea Agr cola em MPB Nacional e rea de Vinha em MPB Nacional 2001 2002 2003 2004 2005 Figura 1 11 Evolu o da rea agr cola em MPB e da rea de vinha em MPB em Portugal 2001 2005 Fonte Eurostat 2011 1 2 3 Princ pios da Viticultura B
54. 006 Este est mulo geralmente r pido e intenso pela elevada fermentescibilidade destas mat rias vegetais ITAB 2003d O pr prio sistema radicular do adubo verde cria um bi topo favor vel ao desenvolvimento da flora e fauna do solo 60 assim como forma o de h mus O h mus formado jovem e bastante activo sendo suficiente para manter a taxa de mat ria org nica do solo mas normalmente insuficiente para a aumentar ITAB 2003d e Combate da Eros o As ra zes do adubo verde constituem um meio de suporte e reten o do solo e um meio de protec o contra o impacto das gotas da chuva combatendo a eros o do solo Cichosz 2006 Esta ac o de protec o do solo particularmente importante na poca invernal e em parcelas a solo nu que aguardam a planta o da vinha ITAB 2003d Em locais de declive acentuado a ac o de protec o do solo contra a eros o h drica substancial Torres 2007 Um estudo efectuado pelo INRA Institut National de la Recherche Agronomique Fran a sobre o efeito da cobertura vegetal do solo demonstrou a diminui o do escoamento superficial e da eros o do solo nestas condi es ITAB 2003c e Controlo de Flora Advent cia As culturas de cobertura vegetal do solo representam um m todo de controlo de infestantes As esp cies de crescimento r pido efectuam um controlo bastante eficaz das infestantes Cichosz 2006 2 2 1 Tipos de Cobertura Vegetal A escolha do
55. 07 As altera es clim ticas t m propiciado o seu aparecimento em regi es de Primavera chuvosa e h mida As chuvas e temperaturas inferiores a 32 C durante a Primavera e in cio do Ver o s o condi es favor veis ao desenvolvimento desta doen a O Black Rot aparece em rg os atacados do ano anterior mumificados ca dos no solo ou aderentes videria e ataca todos os rg os verdes da videira em crescimento com um preju zo mais significativo ao n vel dos bagos As folhas apresentam manchas acastanhadas circulares com pontua es negras no seu interior e com poss veis contornos acastanhados Figura 1 22A Nos cachos os sintomas s o necroses de manchas descoloradas em depress o que acastanham medida que v o crescendo Estas necroses atacam os ped nculos r quis e pedicelos dos cachos Os sintomas mais t picos desta doen a ocorrem nos bagos Figura 1 22B com uma colora o castanha aspecto enrugado e uma mumifica o ao final de 3 a 4 dias com pontua es negras Os bagos atacados permanecem fixamente aderidos aos pedicelos Figura 1 22C tendo levado as popula es a chamar esta doen a de doen a do fogo Bugaret et al 2012 O per odo de maior susceptibilidade da videira ao Black Rot vai desde a sa da das primeiras folhas at ao pintor apresentando maior sensibilidade entre o in cio da flora o e o estado de bago de ervilha Bugaret et al 2012 As condi es favor veis ao desenvolvimento
56. 08 A sua classifica o feita com base na Designa o dos produtos ex Estrume seco e na Descri o dos produtos requisitos de composi o e condi es de utiliza o A ltima r brica especifica caracter sticas dos produtos como a sua descri o ex estrume constitu do por mistura de excrementos de animais e de mat rias vegetais das camas condi es e restri es de utiliza o ex utiliza o da turfa limitada horticultura transforma es exigidas para determinados produtos ex fermenta o dilui o compostagem requisitos de composi o ex restri es nas concentra es m ximas de determinados elementos e restri es na origem dos produtos ex carbonato de c lcio apenas de origem natural Em alguns casos a aplica o de determinados produtos exige autoriza o por parte do Organismo de Controlo 98 3 A CONVERS O PARA MODO DE PRODU O BIOL GICO BIODIVERSIDADE FUNCIONAL O princ pio central das novas metodologias em viticultura de qualidade assenta na promo o planeada da biodiversidade Charte de Vignoble en Biodiversit Delinat 2012 Nos ecossistemas naturais a regulac o interna do seu funcionamento exercida por um conjunto de processos e sinergias associados biodiversidade Altieri 1994 Esta forma de controlo perde se na intensifica o e a simplifica o dos sistemas agr rios Nicholls e Altieri 2002 Nicholls 2005 A Agricultura Biol gica pre
57. 0b Os insectos auxiliares com maior presen a em vinhas com corredores ecol gicos s o as Joaninhas ex Coccinella septempunctata Crisopas Chrisoperla carnea Sirf deos ex Syrphus sp Epyshirphus sp e certos Antocorideos ex Orius sp Carlos e Torres 2009 102 Figura 3 1 Sebe de Sumagre em parcela de vinha na Regi o do Douro Cristina Carlos ADVID e Plantas Herb ceas Entre a vegeta o herb cea encontram se as coberturas vegetais Como referido anteriormente as pr ticas de cobertura vegetal estimulam a actividade biol gica do solo disponibilizam nutrientes cultura da vinha controlam as infestantes e actuam na estrutura o e descompacta o do solo bem como no combate eros o Na escolha de esp cies para as culturas de cobertura deve se incluir na composi o das f rmulas esp cies mel feras e atractivas para os organismos auxiliares bem como esp cies adaptadas regi o e pouco exigentes em gua ex Daucus carota L cenoura brava Figura 3 2 Carlos e Torres 2009 As plantas herb ceas mais abundantes na Regi o do Douro que exercem ac o atractiva sobre a fauna auxiliar s o o Coleostephus myconis Pampilho o Daucus carota Cenoura brava o Hypochoeris radicata Leituga o Foeniculum vulgare Funcho e a Inula viscosa Enula pegajosa 103 Figura 3 2 Joaninha em infloresc ncia de Cenoura Brava na Regi o do Douro Daucus carota L Cristina Carlos
58. 12b Pragas Secund rias In Pereira A N Rego C Oliveira H Portugal J Sofia J Bugaret Y Vidal R e Rodrigues R 2012 Manual Bayvitis A fitossanidade da videira Ed Bayer CropScience Lisboa Schleier R 2004 Constituintes Fitoquimicos de Vitis vinifera L Uva Instituto Brasileiro de Estudos Homeopaticos Faculdade de Ci ncias da Satide de Sao Paulo Serrador F 2006 Apresenta o do sistema de certifica o para o modo de produ o biol gico Ficha informativa n 1 Certiplanet Peniche Serrador F 2009a Controlo e Certifica o da Agricultura Biol gica In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 34 41 Serrador F 2009b Regulamenta o Europeia e Rotulagem dos Produtos In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 22 30 Serrador F 2010 Situa o actual da certifica o dos vinhos uvas e das rolhas de corti a corti a Revista O Segredo da Terra n 31 Soeiro A Salgueiro P Medina L e Tamagnini R 2000 Modo de produ o biol gico Direc o Geral de Desenvolvimento Rural Lisboa Strecht A 2007a Infra Estruturas Ecol gicas para vertebrados auxiliares Revista O Segredo da Terra n 20 Strecht A 2007b Outras t cnicas de fertiliza o Revista O Segredo da Terra n 21 Strecht A 2009a Auxiliares Vertebrados
59. 2 3 Escolha d esp cies saias anais nai n n a E S 66 2 2 4 Controlo da Flora Adventicia 2c 2 3 0 50 oie ade eee as 73 2 3 T cnicas culturais da Cobertura Vegetal do Solo 76 2 3 1 T cnicas Culturais na Linhas 22st oa finais eel pallet adie tal een a 78 2 3 2 T cnicas Culturais nos Faludes sc 0scsra ga ee deere catesc ca eetgecien suena 78 2 4 Residuos Vegetais da Calera ss es uai qeu as Uia a Datos dass 79 2 5 Maneio do S010 eieciecesetiesecsiiionndamein nici eon Aia Ean 81 207 WCORTECC AOS QING Acer o DR Wieden ua dashed daha et outa tes 85 26 1 Estnimes e CHORIN S nai eastcye i harsh asia dia pal oes ee asec a tae 87 202 ACOMPOSIO AGS eae eGo da a aa 90 21 _ OUD ACA OTS ANIC ches sc oscacecatbet ange n T anne a ia 93 2 0 Aduba o Mineral sesesiinesssvesntecimpoisaate epacaa tunas eso joacanaenseeraseceedeaavcnudeedeseneens 94 2 9 Fertilizantes e Correctivos Autorizados em Agricultura Biol gica 95 li 3 A CONVERS O PARA MODO DE PRODU O BIOL GICO BIODIVERSIDADE FUNCIONAL sis da ga aa ana 99 3 Servi os Ecol LICOS naine eo e sacs soraia aE debad E E setsaaeedes 100 522 Infra Estr t ras Ecol gicas ii patas facas sis gear tados a Mee rapel gajas needs 100 3 9 Biodiversidade do Solo srncie ss 101 34 Biodiversidade Vertical as acarama isa iors E dd Nad atone saga aa 101 3 5 Biodiversidade Cultural asazass iapasasttriparisesaasaael papas dnsab aaa baila pass desen aacipac
60. Esp cies para aduba o verde pr planta o de vinha nova Adaptado de OP AB As 2012 D iccistsaresteasbansasiuneeabeuseds iig sin ua la ada sad in a A anda aid oa 71 Quadro 2 11 Exemplos de f rmulas para aduba o verde Adaptado de Porcuna Coto et al 2010 6 Fermeitra 2 O07 ceca coe cies pratas dongs E esa eia east ES 72 Quadro 2 12 Estrat gias de controlo de infestantes Adaptado de Zimdahl 1993 cit por Tortes 2007 canas eo Be ae ae Bae a een eed Le Ba 75 Quadro 2 13 Tempo m dio de trabalho para a implanta o de uma cobertura vegetal Adaptado d TTAB 20080 ninian an a a n eita 79 Quadro 2 14 Quantidade anual de elementos extra dos pela vinha Kg ha ano em fun o da incorpora o do material de podas Adaptado de Mudarraprieto e Trujillo 2005 80 Quadro 2 15 Restitui es h micas dos res duos vegetais ITAB 20034 80 Quadro 2 16 Necessidades e exporta es anuais correspondentes s diferentes partes da vinha Adaptado de Chambre d Agriculture de Gironde 2011 81 Quadro 2 17 Alfaias agr colas utilizadas em viticultura biol gica Adaptado de ITAB 2003D PORN RR RRD ae a ORR RRE O SN RR NAA DA Soa DRI PO DURAR pa OR 83 Quadro 2 18 Classifica o de fertilizantes org nicos NP 1048 e teores m nimos para classifica o enquanto adubo org nico Ferreira e Cunha Queda 2009 85 Quadro 2 19 Composi o de estrumes r
61. IOGRAFIA AGRIDEA 2011 Reconversion l agriculture biologique Acedido em 29 11 2011 http www agridea lausanne ch files 2 1 1 18agriculturebio lareconversion_1 pdf Agrobio Gironde 2012 Viticulture Biologique Les comp tences et l exp rience d Agrobio Gironde au servisse des vignerons Acedido em 25 01 2012 http bio gironde fr files prestations viti 2011 O pdf Agroportal 2005 Micorrizas Acedido em 15 11 2011 http www agroportal pt x agronoticias 2005 05 30 htm AIVB LR 2011 Association Interprofessionnelle des Vins Biologiques du Languedoc Roussillon Acedido em 29 11 2011 http www millesime bio com v2 aivb Ir asp Altieri M A 1994 Biodiversity and pest management in agroecosystems Haworth Press New York Aubert C 1974 Alimentos sa de e agricultura Afrontamento Porto Barrote I 2012 Protec o Fitossanit ria em Agricultura Biol gica Direc o Regional de Agricultura e Pescas do Norte Acedido em 21 11 2012 http www drapn min agricultura pt drapn prod agric fil pdf protec o fitossanit ria pdf Bugaret Y Rego C Oliveira H e Sofia J 2012 Principais Doen as Parasit rias da Videira In Pereira A N Rego C Oliveira H Portugal J Sofia J Bugaret Y Vidal R e Rodrigues R 2012 Manual Bayvitis A fitossanidade da videira Ed Bayer CropScience Lisboa Carlos C 2007 Caderno n 1 A Tra a da Uva ADVID Carlos C 2010 Caderno T cnico n 4
62. LUTA are Insecticida extraido de Azadirachta Azadiractina tae indica Neem Bacillus thuringiensis Luta microbiol gica es s Luta qu mica preventiva e Enxofre Fungicida acaricida e repulsivo q R curativa E Atractivo desregulador de Feromonas para confus o sexual Confus o sexual comportamento sexual Cobre Fungicida Luta qu mica preventiva Lecitina Fungicida leo de Ver o Insecticida e acaricida Insecticida extra do de Luta qu mica curativa Chrysanthemum cinerariaefolium q Piretrinas Insecticida de origem microbiana Saccharopolyspora spinosa Luta quimica curativa Spinosade Como referido anteriormente a aplica o de algumas destas subst ncias exige a autoriza o por parte do Organismo de Controlo de salientar a limita o nas dosagens de cobre estando estas limitadas a 6Kg ha ano ou a 30 Kg ha 5 anos Ferreira 2009 Para uma compreens o mais clara apresentam se no Quadro 4 14 a aplica o das principais subst ncias activas no combate das pragas e doen as da cultura da vinha e 133 alguns exemplos de produtos fitofarmac uticos homologados para a Agricultura Biol gica Barrote 2012 Quadro 4 14 Principais subst ncias activas utilizadas na protec o biol gica da vinha sua aplica o no combate de pragas e doen as e alguns exemplos de produtos homologados em Portugal Adaptado de Barrote 2012 SUBST NCIA ACTIVA Azadiractina Bacillus thuringiensis E
63. PRODU O BIOL GICO GEST O DO SOLO E DA FERTILIDADE A produ o vegetal biol gica dever contribuir para manter e aumentar a fertilidade dos solos e impedir a sua eros o Comunidade Europeia 2007 A Agricultura Biol gica utiliza um conjunto de pr ticas agr colas diferenciadas que devem ser dominadas pelo viticultor Este modo de produ o n o existe apenas como substitui o de produtos qu micos de s ntese por produtos naturais permitidos pela legisla o Devem ser efectuadas mudan as profundas nas pr ticas agr colas de forma a melhorar a fertilidade do solo promovendo a biodiversidade local e preservando o bom estado fitossanit rio das culturas com medidas preventivas e sustent veis visando a sustentabilidade e a rentabilidade da cultura da vinha A gest o do solo e da fertilidade tem por base o conhecimento do solo e das suas caracter sticas f sicas qu micas e biol gicas Cap tulo 2 1 A partir deste pilar s o delineadas as principais pr ticas desta gest o a cobertura vegetal do solo Cap tulo 2 2 as t cnicas culturais para a sua manuten o Cap tulo 2 3 os res duos vegetais da cultura Cap tulo 2 4 o maneio do solo Cap tulo 2 5 e por fim os aportes de correc o org nica Cap tulo 2 6 aduba o org nica Cap tulo 2 7 e aduba o mineral Cap tulo 2 8 dentro das pr ticas permitidas em Modo de Produ o Biol gico Cap tulo 2 9 2 1 Bases da Fertilidade No MPB
64. S DE ORGANISMOS AUXILIARES SEBES COMPOSTAS NOME CIENT FICO Sylvia spp Turdus merula L Troglodytes troglodytes L Erinaceus europaeus L Mustella nivalis L 3 5 Biodiversidade Cultural Toutinegras Melro Carri a Ouri o cacheiro Doninha Nome Comum Para aumentar a diversidade de esp cies e variedades dentro da pr pria rea de cultivo podem ser implementadas uma ou v rias culturas secund rias nas entrelinhas da vinha As culturas secund rias podem ser legumes cereais de Inverno pequenos frutos rvores de fruto Quadro 3 4 inclusivamente arom ticas ou flores selvagens no interior ou nas bordaduras das parcelas Delinat 2012 Quadro 3 4 Exemplos de culturas secund rias para a cultura da vinha Delinat 2012 TIPO DE CULTURA SECUND RIA Legumes Tomate Ab bora Cereais de Inverno Centeio Cevada Pequenos Frutos Framboesa Morango Pessegueiro rvores de Fruto Ameixieira Amendoeira Marmeleiro Nome COMUM 108 NOME CIENT FICO Solanum lycopersicum L Cucurbita spp Secale cereale L Hordeum vulgare L Rubus idaeus L Fragaria spp Prunus persica L Batsch Prunus domestica L Prunus dulcis L Cydonia oblonga Mill 3 6 Biodiversidade Estrutural e Muros de Pedra Montes de Pedra e Montes de Lenha Os muros de pedra e amontoados de pedra ou de madeira constituem um albergue para r pteis e insectos ajudando tamb m nidifica o de abelhas insectos e av
65. Torres 2007 ESTRAT GIAS DE CONTROLO DE INFESTANTES DESCRI O Erradica o Eliminar definitivamente uma esp cie espec fica Preven o Impedir as primeiras contamina es Combate Limitar a infesta o Gest o Integrar m todos de controlo O controlo das infestantes permite limitar a competi o com a vinha em momentos chave de maior necessidade de gua e nutrientes do seu ciclo biol gico As pr ticas de controlo envolvem essencialmente o controlo mec nico e a gest o da cobertura vegetal do solo Por controlo mec nico entende se o corte mec nico das infestantes e a monda mec nica do solo O corte mec nico corresponde apenas ac o de corte da cobertura vegetal do solo A monda mec nica al m de controlar o crescimento das infestantes tem ainda uma ac o de arejamento das camadas mais superficiais do solo agindo na descompacta o do solo e na sua estrutura o Contudo a monda mec nica deve ser efectuada o m nimo poss vel e atrav s de m todos pouco invasivos assegurando a protec o do solo As infestantes podem ser por outro lado controladas atrav s de culturas de cobertura ou aduba es verdes que progressivamente combatem ou at mesmo eliminam as infestantes indesejadas O controlo de infestantes no sistema vit cola particularmente importante nas linhas entrelinhas e bordaduras das parcelas de vinha Para o controlo da vegeta o herb cea na linha s o aconselhados dois m todos mobiliza o s
66. Vitis s o lenhosas trepadeiras de porte arbustivo com gavinhas que se inserem nas fendas da estrutura de suporte da videira devido ao fototropismo negativo intumescendo uma vez inseridas mantendo a planta erguida Schleier 2004 As suas folhas s o alternas cordiformes e pecioladas com cinco l bulos dentados glabras na p gina superior e tomentosas na p gina inferior As flores s o pequenas de cor branco esverdeada dispostas em r cimos Os frutos est o dispostos em cachos e representam bagas com duas a tr s sementes A cor das bagas varia com a variedade 28 1 3 2 Ciclo Biol gico Sendo a videira uma planta lenhosa perene o seu desenvolvimento segue um ciclo vegetativo interanual Durante o seu ciclo de vida distinguem se claramente quatro per odos de crescimento Thomas e Schiedel 2010 Crescimento e forma o desenvolvimento para adquirir forma de condu o adulta quase sem produ o estabelecendo se por volta dos 3 anos Desenvolvimento da planta forma adulta com produ es crescentes em quantidade e qualidade dura o de 7 a 10 anos Per odo produtivo estabiliza o da produ o com regula o do potencial vegetativo possibilidades intr nsecas das plantas e meios de produ o aplicados dura o at 40 anos a contar da planta o Per odo de envelhecimento diminui o consider vel da produ o mesmo quando a qualidade se mant m aumentando No seu habitat natural clima t
67. a 113 Quanto simplifica o de culturas que tem vindo a ser praticada no sector agr cola quer pela pr tica de monoculturas quer pela aus ncia de rota es e consocia es o viticultor deve ter especial aten o na gest o da biodiversidade na explora o Enquanto cultura perene a vinha n o permite a rota o de culturas No entanto o viticultor pode e deve promover a biodiversidade atrav s de pr ticas como culturas de cobertura sebes corredores ecol gicos bandas floridas entre outras procurando prevenir os ataques e criar obst culos expans o das pragas e doen as A ocorr ncia de pragas e doen as est intimamente associada a desequil brios entre estes organismos e os seus antagonistas naturais Este desequil brio ocorre nomeadamente quando s o aplicados pesticidas n o selectivos e de largo espectro de ac o fazendo diminuir o efectivo dos auxiliares destas pragas e levando ao desenvolvimento de resist ncias aos pr prios pesticidas Ferreira 2009f descreve um estudo feito sobre o efeito do acaricida Carbaril sobre a fecundidade do Aranhi o Vermelho Panonychus ulmi Koch demonstrando o aumento das posturas de ovos ap s o tratamento com este insecticida A rotenona pesticida outrora autorizado em AB possu a um ndice de mortalidade de Fitose deos Antocor deos e Crisop deos auxiliares da vinha de 41 60 Ferreira 2009f embora num curto espa o de tempo ap s a aplica o A fert
68. a convers o integral de uma explora o sendo poss vel uma convers o parcial Contudo o conselho da Comiss o Europeia direcciona para a convers o total num per odo de 5 anos Durante o per odo de convers o os produtos n o podem ser comercializados com a men o Produto de Agricultura Biol gica Por regulamento no primeiro ano de convers o o produto n o pode ter qualquer men o ao modo de produ o biol gico e no segundo ano pode recorrer ao uso da men o produto em convers o para a agricultura biol gica apenas no final do per odo de convers o final do terceiro ano que o produto pode ser comercializado com a men o produto biol gico Na Figura 1 5 encontram se esquematizadas as etapas do per odo de convers o relativamente a uma cultura vegetal perene tal como a vinha Cichosz 2006 Ano Zero q Ano 2 Prepara o do Ei dossier Notifica o Forma o T cnica Controlo da entidade em AB certificadora Forma o em Produto Em Gest o de Empresa Convers o para 0 Agr cola MPB Ano 1 Ano 3 Notifica o Notifica o Controlo da entidade Controlo da entidade certificadora certificadora e In cio do Per odo de Fim do Per odo de Convers o Convers o Produto N o Produto Biol gico Biol gico Figura 1 5 Etapas de convers o para uma cultura vegetal perene Adaptado de Cichosz 2006 14 1 1 4 Entidades e Autoridades Competentes do Est
69. a a sua idade o modo de estabula o o regime alimentar o material utilizado nas camas a propor o fezes urina e a temperatura atingida durante a matura o MADRP 1997 No Quadro 2 19 indicam se os valores m dios da composi o qu mica de alguns tipos de estrumes 87 Quadro 2 19 Composi o de estrumes relativa ao produto bruto Adaptado de Ferreira e Cunha Queda 2009 MS MO N P205 K20 CaO MGO NAO C N PH Torta KelT Kelit KG T Kelt KG T Herb voros Vaca Leiteira EL 25 18 14 78 55 3 5 8 5 1 9 0 5 Vaca Leiteira EP 21 4 1 3 1 4 4 Bovino de Carne 24 15 73 3 9 3 7 4 2 5 1 5 0 7 Vitelo 19 413 78 2 4 1 2 7 1 8 0 5 0 7 Cavalo 54 41 8 2 3 2 9 2 Ovelha 30 23 23 84 6 7 42 11 2 11 2 1 4 1 8 Cabra 48 6 1 5 2 5 7 Coelho 42 5 12 5 Omnivoros Porco 21 16 6 0 6 6 4 6 2 5 1 Frango 58 48 11 68 255 21 5 21 14 5 3 7 Per 54 43 105 69 24 25 20 5 21 5 42 EL Estabula o Livre EP Estabula o Presa A pequena frac o de azoto mineral presente nos estrumes confere lhe uma ac o a curto prazo Contudo a sua frac o de azoto org nico a sua mais valia fornecendo nutrientes a longo prazo Por exemplo um estrume de ruminantes misturado com os res duos vegetais fibrosos das camas possui uma capacidade de fornecer fertilidade a longo prazo acumulando subst ncias de lenta degrada o Trujillo e Prieto 2008 Ambas as formas de azoto org nica e mineral est o presentes nos estr
70. a acreditado baseado na legisla o comunit ria em inspec es e interven es que asseguram a natureza biol gica dos sistemas de produ o Esta acredita o envolve o consumidor num clima de confian a e seguran a quanto autenticidade do produto essencial para um mercado biol gico mais competitivo Empleaverde 2007 Para esclarecer mal entendidos relativamente aos termos inspec o certifica o e acredita o abaixo descreve se uma pequena s ntese de cada termo IFOAM 2004 Inspec o Efectuada por um inspector membro do OC Se um agricultor pretende certificar os seus produtos deve se submeter no m nimo a uma inspec o anual O inspector avalia e verifica se os procedimentos das actividades agr colas est o em conformidade com as normas Certifica o Efectuada pelo OC Processo detalhado no qual o OC avalia a explora o e declara por escrito que esta preenche os requisitos e exig ncias das normativas biol gicas O inspector transmite ao OC os resultados da visita de controlo inspec o atrav s de um relat rio e o OC compara os seus resultados com as exig ncias normativas A decis o de certifica o concedida por um comit de certifica o Acredita o Efectuada pela autoridade competente que acredita os OC Para assegurar que o programa de certifica o est habilitado a efectuar a inspec o e a certifica o as autoridades competentes avaliam regularmente os Organismos de Con
71. a agricultura biol gica e encontram se esquematizados na Figura 1 1 Figura 1 1 Os tr s pilares da Durabilidade em Agricultura Biol gica Adaptado de IFOAM 2004 1 1 2 Regulamenta o aplic vel Agricultura Biol gica Segundo Soeiro et al Soeiro et al 2000 cit por Serrador 2009b a regulamenta o constitui uma garantia de condi es de concorr ncia leal entre os produtores dos produtos que ostentem as indica es de modo de produ o biol gico impedindo o anonimato dos produtos biol gicos no mercado assegurando a transpar ncia em todos os est dios da produ o e transforma o e conduzindo a uma maior credibilidade dos produtos aos olhos do consumidor A viticultura biol gica enquadrada assim como as produ es vegetais biol gicas por um regulamento comum aos pa ses da Uni o Europeia UE Actualmente o enquadramento legislativo que estabelece as normas para a produ o biol gica e a rotulagem dos produtos biol gicos o Regulamento CE n 834 2007 acompanhado do Regulamento CE n 889 2008 que estabelece as normas de execu o do regulamento anterior O respeito pelo caderno de encargos destes regulamentos assegurado por inspec es efectuadas por organismos certificadores OC autorizados pelo Estado dando aos produtores o direito de utiliza o da men o Agricultura Biol gica assim como a utiliza o do log tipo AB da Comiss o Europeia CE 2011b No f
72. a e flora do sistema vit cola incluindo a vinha culturas secund rias vegeta o espont nea e cultivada insectos fungos fauna e flora do solo entre tantos outros Todos os constituintes da biodiversidade possuem um 99 papel ecol gico importante na media o de processos Nicholls 2005 Num ecossistema agr rio a biodiversidade possui a componente da Biodiversidade Planeada culturas e esp cies inseridas propositadamente pelo viticultor e a componente da Biodiversidade Associada fauna e flora que coloniza o ecossistema agr rio vit cola atra da pelas condi es favor veis ao seu estabelecimento Nicholls 2005 3 1 Servi os Ecol gicos Segundo Carlos e Torres 2009 a biodiversidade funcional representa a parte da biodiversidade que pode ser directamente utilizada para benef cio do viticultor nomeadamente na limita o natural das pragas da vinha A principal vantagem da biodiversidade funcional reside na melhoria das condi es ambientais para a entomofauna ben fica incrementando o controlo biol gico das pragas A protec o biol gica essencialmente exercida por organismos predadores das principais pragas da cultura Organismos Auxiliares Cap tulo 4 3 As fun es da biodiversidade no sistema vit cola constituem os Servi os Ecol gicos que as Infra Estruturas Ecol gicas proporcionam As suas fun es s o a limita o natural das pragas a regula o e purifica o dos recursos h dricos
73. a espont nea p Curto per odo de sementeira Cobertura Melhoria da vida do solo Competi o pees Controlo da eros o Risco de geadas Espont ica Baixa manuten o Cobertura por vezes insuficiente Pouco controlo sobre a flora Cobertura Idem Competi o Permanente Risco de geadas eemente Geralmente necessita de aduba es Custo de sementeira 65 2 2 3 Escolha de esp cies Na escolha de esp cies para a cobertura vegetal da vinha deve se ter em considera o a conserva o do solo a gest o do teor em mat ria org nica a biodiversidade o microclima da vinha a capacidade de combater pragas e doen as a capacidade de atrair organismos auxiliares assim como a produtividade da vinha e a regularidade da sua produ o Torres 2007 A capacidade de regenera o ap s o corte igualmente importante pois esta deve ser adequada ao objectivo da cultura de cobertura As esp cies com elevada capacidade de regenera o constituem uma boa escolha para locais onde pretendida uma cobertura permanente e as esp cies com baixa capacidade de regenera o para locais onde pretendido o controlo da sua expans o nomeadamente para impedir a competi o com a vinha Uma composi o mista geralmente aconselhada Em fun o destes par metros elaborada uma f rmula preferencialmente de composi o multiespec fica mais equilibrada ao suprir as necessidades tanto da cultura da vinha e do so
74. a sedis aides ARS RARE PARAN NERD E EAE DR RDPI 111 Quadro 4 1 Principais Fam lias de insectos parasit ides auxiliares da Ordem Hymenoptera Adaptado de Torres e Ferreira 2000 e qualane ssa sopa aa 117 Quadro 4 2 Principais Ordens de insectos predadores auxiliares Adaptado de Torres e Ferreira 2009 ro in ums sa diretas uni iat Esta io ae eee ed rdias dad ee apito ess sesta ee 118 Quadro 4 3 Classifica o dos Fitose deos conforme o seu h bito alimentar Adaptado de Rodrigues 2000 eae na sanear ao a 119 Quadro 4 4 Principais Aves auxiliares e seus habitats agr colas Adaptado de Strecht ZOD PRO NONE RR oe RE ROD cuadlsane las DE UR RR RR BRR RR OR PER PT REDE AR ats 121 Quadro 4 5 Principais Mam feros auxiliares e seus habitats agr colas Adaptado de Strecht 2000D a camas nnan a a a DURA utes gnats A siden deus ia Utada Sin dps 122 Quadro 4 6 Principais R pteis auxiliares e seus habitats agr colas Adaptado de Strecht XV Quadro 4 7 Principais Anf bios auxiliares e seus habitats agr colas Adaptado de Strecht 2009C Jier n a suds PRRARER ER RENO AEA AE PARDO UR sandeqens dese es PD ER RR 124 Quadro 4 8 T cnicas de estimativa de ataque para as principais pragas da vinha Adaptado de Rodrigues 20 raves io sta RS natn mms A en ie Td atest Says 125 Quadro 4 9 Principais organismos auxiliares na limita o natural de pragas da cultura da vinha Adaptado de Rodrigues 20129 eee crereeerercer
75. a um desenvolvimento sustent vel que permita satisfazer as necessidades das gera es futuras Neste cen rio a viticultura biol gica encontra se em franco crescimento constituindo uma solu o para o desenvolvimento de pr ticas sustent veis no sistema vit cola e para o desenvolvimento de novos produtos Para um sistema de produ o biol gica completo necess rio um elevado n vel de tecnicidade O viticultor deve adquirir capacidades t cnicas e de gest o que lhe permitam desenvolver com xito o processo da convers o para a viticultura biol gica desde a adapta o da explora o ao meio ambiente at sua rentabilidade econ mica passando pela adequa o s pr ticas agr colas e culturais em MPB Nas ltimas d cadas tem havido uma evolu o not vel no que respeita a legisla o sobre este modo de produ o A legisla o sobre o Modo de Produ o Biol gico bem como o seu controlo e certifica o fazem parte de um sistema que assegura a natureza biol gica da produ o envolvendo o consumidor num clima de confian a e seguran a quanto autenticidade do produto essencial para um mercado biol gico mais competitivo Recentemente foi dado um passo adicional viticultura biol gica com a nova legisla o comunit ria que regulamenta o vinho biol gico A Agricultura Biol gica utiliza um conjunto de pr ticas agr colas diferenciadas que devem ser adaptadas Viticultura Biol gica Devem ser efectuad
76. ac uticos autorizados em AB na Uni o Europeia legislados pelo Regulamento CE n 889 2008 Para um tratamento ser autorizado necess rio que se verifique um perigo imediato para a cultura comprovado por parte do agricultor e que o produto em causa esteja homologado pela Direc o Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural Muitos dos produtos autorizados em outros pa ses da Comunidade Europeia ainda n o est o homologados em Portugal o que dificulta a ac o do agricultor muitas vezes optando por ainda assim aplicar estes produtos Nestes casos o Organismo de Controlo e Certifica o aplica uma san o m nima ao agricultor de forma a n o penaliz lo excessivamente pela falta de homologa o em Portugal Ferreira 2009j em caso de produtos reconhecidos internacionalmente pela sua validade em MPB Contudo o agricultor pode ser adicionalmente penalizado nas ajudas agro ambientais por este tipo de escolhas Alguns produtos acabam sendo comercializados sob a denomina o de fertilizantes de forma a evitar a homologa o Ferreira 20091 Alguns exemplos de produtos n o homologados em Portugal internacionalmente utilizados na protec o da vinha s o a calda sulfo c lcica e o permanganato de pot ssio utilizados no combate do O dio ITAB 20039 No que respeita aos produtos fitossanit rios autorizados em Agricultura Biol gica estes apresentam se no Anexo II Produtos Fitofarmac uticos Autoriza
77. ado Membro Portugu s Comit Permanente da Agricultura Biol gica Criado para assegurar uma coopera o estreita com as autoridades respons veis pelo sector entre cada Estado Membro e garantir uma aplica o uniforme da legisla o comunit ria O comit constitu do por representantes dos Estados Membros Comit Consultivo da Agricultura Biol gica Re ne representantes de v rios grupos t cnico econ micos tais como o IFOAM promovendo o interc mbio de experi ncias e opini es Gabinete de Planeamento e Pol ticas Autoridade nacional pertencente ao MAMAOT Minist rio da Agricultura Mar Ambiente e Ordenamento do Territ rio que reconhece e supervisiona o sistema de controlo e certifica o do Modo de Produ o Biol gico atrav s da auditoria dos OC e Organismos de Controlo e Certifica o Como acima referido a inspec o actividade em Modo de Produ o Biol gico efectuada pelos organismos de controlo e certifica o Estas entidades s o elas pr prias supervisionadas pelas autoridades centrais do seu Estado Membro Os EM atribuem um n mero de c digo a cada OC que esteja autorizado o qual figura obrigatoriamente nos r tulos dos produtos biol gicos por si examinados Todos os anos os EM entregam os relat rios sobre a sua supervis o Comiss o Europeia 1 2 Viticultura Biol gica T m sido dados grandes passos no sentido da redu o do impacto das actividades humanas no ambiente e
78. ador Descompacta o Outono Primavera Subsolador Fresa rotativa Sacha Primavera Ver o Enxada rotativa e Itiner rio Cultural O itiner rio cultural Figura 2 3 elaborado em fun o do material agr cola disposi o do viticultor O objectivo planear o maneio do solo de forma a efectuar o m nimo de passagens num m nimo de tempo A escolha das interven es ir depender do estado do solo e o desenvolvimento do coberto vegetal Thiery 2010 D M A M A 900 00 00 09900 Amontoa Alfaia L mina L mina L mina Prepara o Rotativa ou ou ou de Alfaia Alfaia Alfaia Sementeira Rotativa Rotativa Rotativa Figura 2 3 Calendariza o cultural das opera es de maneio do solo Thiery 2010 A partir do abrolhamento torna se necess ria a passagem de uma alfaia para uma destrui o eficaz e duradoura do coberto vegetal e para uma mobiliza o de 83 regulariza o superficial do solo que permita a posterior transitabilidade de equipamentos Desde o in cio da flora o at ao estado de pintor deve ser feita a manuten o da cobertura vegetal na linha e entrelinha com destro ador ou grade de discos na entre linha e inter cepas na linha O n mero de interven es varia conforme o desenvolvimento do coberto e as condi es meteorol gicas Ap s a vindima o solo apenas deve ser trabalhado se a irregularidade ou compacta o do solo o justificar ou em caso de necessidade de prepara o do so
79. adro 1 1 Alguns exemplos de elementos a preparar pelo operador antes de uma visita de controlo Adaptado de Serrador 2009a DOCUMENTA O Elementos descritivos das parcelas Hist rico da explora o e actividade Regulamenta o europeia aplic vel Comprovativo de notifica o de actividade Lista de produtos para certifica o Registos das interven es Relat rios Invent rios de stocks Dossier contabil stico Documentos de certifica o Contratos Lista de ingredientes e receitas de transformados Reclama es Documentos do processo de controlo Rotulagem e publicidade Situa es de n o conformidade DESCRI O EXEMPLIFICATIVA Cadernetas prediais parcel rio levantamento topogr fico contrato de arrendamento Relat rios de controlo documentos do OC Regulamentos Altera es mais recentes Notifica o inicial Uva Fertiliza es tratamentos fitossanit rios rota es Apoio t cnico plano de convers o an lises de solo Factores de produ o mat rias primas Facturas de factores de produ o guias de transporte Conformidade dos fornecedores de produtos Celebrados com empresas subcontratadas Licen a de actividade de transforma o Eventuais reclama es e seu tratamento Contrato de controlo e certifica o question rio inicial Publicidade relativa aos produtos certificados O OC deve possuir e disponibilizar ao operador uma lista clara e objectiva de situa es de n o confo
80. ais habitats tempor rios bosques rvores arbustos montes de lenha e pontos de gua e corredores ecol gicos que favore am a comunica o entre estes diferentes habitats No caso de se verificar uma aus ncia de um determinado organismo ben fico recorre se introdu o do organismo com prefer ncia para as esp cies presentes e adaptadas s condi es clim ticas da regi o 4 4 3 M todos de Protec o As medidas de protec o podem ser de cariz preventivo ou curativo Estes meios de protec o da cultura devem ser meios permitidos no MPB que respeitem o meio ambiente que sejam seguros para o ser humano e que n o comprometam a rentabilidade econ mica da explora o No Quadro 4 10 est o descritos os principais meios de protec o classificados como biol gicos qu micos biot cnicos e culturais 127 Quadro 4 10 M todos de Protec o das principais pragas da cultura da vinha Adaptado de Rodrigues 2012a Carlos 2007 Barrote 2012 e ITAB 2003g M TODOS DE PROTEC O PRAGAS BIOL GICOS Qu micos BIOT CNICOS Preparados base de Enxofre Confus o Bacillus thuringiensis P de Rocha sexual Tra a da uva dus Azadiractina P de Argila Lobesia botrana Spinosade Cal Piretrina Cigarrinha verde Azadiractina Empoasca vitis Piretrina Cigarrinha Dourada Azadiractina Scaphoideus titanus Aranhi o vermelho leo de Ver o Panonychus ulmi Enxofre Aranhi o amarelo leo de Ver o Tetranychu
81. anismos auxiliares tais como o enrelvamento as sebes e os corredores ecol gicos Cichosz 2006 O viticultor deve actuar no sentido de promover a fixa o de organismos auxiliares sobretudo ao observar condi es favor veis ao aparecimento de pragas e doen as tendo em considera o que a aplica o de determinados produtos ainda que autorizada em AB pode prejudicar estes organismos ex o enxofre As 115 medidas de promo o da biodiversidade actuam directamente sobre a promo o dos organismos auxiliares e Fertiliza o adequada Como referido anteriormente a fertiliza o excessiva nomeadamente em azoto torna a planta mais vulner vel ao ataque de pragas e doen as Ferreira 2009g O vigor vegetativo das plantas deve ser controlado na medida em que a maioria das pragas e doen as ataca preferencialmente as plantas com maior vigor Deste modo as doses de fertiliza o devem ser adequadas apenas s necessidades da cultura de forma a n o fomentar o excessivo vigor vegetativo da planta Outra quest o importante na aplica o de fertilizantes nomeadamente estrumes o teor de matura o Os estrumes aplicados devem estar em bom estado de matura o para n o contaminar o terreno com pragas e doen as bem como sementes de infestantes indesejadas e Pr ticas culturais adequadas Certas pr ticas culturais podem diminuir a incid ncia de pragas e doen as Os res duos da cultura devem ser devidamente trit
82. ao teor m ximo definido para os vinhos de produ o n o biol gica Em caso de condi es clim ticas extremas que resultem na deteriora o do 27 estado sanit rio das uvas biol gicas o Regulamento n 203 2012 defende o produtor ao permitir o uso suplementar de sulfitos no sentido de obter um produto final mais est vel e compar vel aos anos anteriores CE 2012 1 3 Caracteriza o da cultura 1 3 1 Aspectos Bot nicos A videira Vitis vinifera L pertence fam lia Vitaceae que engloba 12 g neros e 700 esp cies distribu das pelas regi es tropicais subtropicais e algumas regi es temperadas Schleier 2004 Em bot nica a videira est classificada num dos mais importantes grupos as Cormofitas plantas com raiz caule e folhas autotr ficas com clorofila e reprodu o sexual al m de vegetativa Tipo Espermat fitas plantas com flores e sementes Subtipo Angiosp rmicas plantas com sementes encerradas num ov rio Classe Dicotiled neas com duas folhas embrion rias na base da pl ntula Ordem Ramnales plantas lenhosas com um s ciclo de estames na dianteira das p talas Fam lia Vit ceas flores com corola de s palas soldadas superiormente c lice pouco desenvolvido gineceu geralmente bicarpelar e bilocular com fruto em bago e G nero Vitis com flores exclusivamente di icas nas esp cies silvestres e hermafroditas ou unissexuais nas esp cies cultivadas Hidalgo 1993 As plantas do g pnero
83. aret et al 2012 e Mildio Plasmopara viticola Berk et Curt Berl et de Toni O m ldio constitui um dos grandes problemas da vinha pela sua ac o extremamente nefasta chegando a dizimar vinhas por completo O m ldio n o considerado concretamente um fungo mas um organismo Cromista origin rio da Am rica do Norte Uma vez que todos os rg os n o atempados da videira s o sens veis ao m ldio esta doen a requer uma vigil ncia apertada Conhecida tamb m por manchas de leo esta doen a manifesta se ao n vel das folhas apresentando na p gina superior manchas transl cidas Figura 1 204 colora o amarelada nas castas brancas e avermelhada nas castas tintas e em simetria na p gina inferior a presen a de mic lios esbranqui ados Figura 1 20B Nos p mpanos os sintomas precoces aparecem ao n vel do n ou entre n com uma colora o castanha coberta por um mic lio esbranqui ado Os ataques mais graves podem levar ao encurvamento e poss vel quebra dos p mpanos No caso dos cachos os ataques precoces ocorrem na fase pr flora o muito sens vel aos ataques podendo levar destrui o total das infloresc ncias Na fase p s flora o os bagos cobrem se de um mic lio esbrangui ado tomando posteriormente uma apar ncia acinzentada conhecida por Rot Gris Os ataques mais tardios aos cachos ocorrem entre os est dios fenol gicos bago bago de chumbo e fecho dos cachos apresentando os bagos
84. arlos ADVID B Ataque de tra a nos bagos Cristina Carlos AD VID ia cginsseecs evesscadennsndsstvcsaatdneedncesavecaesdanedusasdusonadonnsdnacnse 32 Figura 1 14 Ciclo Biol gico da Tra a da uva Adaptado de Rodrigues 2012a 34 IX Figura 1 15 A Ninfa de Cigarrinha verde Empoasca vitis B Adulto de Cigarrinha verde Empoas a vitis B DRAPC 2008 css aaa sie saa spa Dia ada dada oia asda ae bis au da 35 Figura 1 16 Adulto de cigarrinha dourada Scaphoideus titanus Ball Chambre d Apricult re de Conde pisa ans ds Sa RUA e Ta 36 Figura 1 17 A Ovos de Inverno de Panonychus ulmi Costa 2006 B Bronzeamento das folhas em consequ ncia de um ataque de aranhi o vermelho Costa 2006 C F mea de aranhi o vermelho INRA Montpellier 0 00 ceccceessecesnceceseeeceeneeceseeeceeeecseeeeseeeeneeeeaees 37 Figura 1 18 A Col nia de aranhi o amarelo Coutin R OPIE B Adultos de aranhi o amarelo mostrando as duas manchas escuras na parte dorsal Cotton D INRA Montpellier C Folha com sintomas de ataque de aranhi o amarelo Coutin R OPIE 39 Figura 1 19 A Manchas brancas de ataque de o dio sobre folhas de vinha B Bagos cobertos de o dio NRA Js sasar tea tis ecb ies ds quai do Sis a sion CAE a saan ea de dad dog OS 41 Figura 1 20 A Manchas de leo na face superior das folhas B Frutifica es con dias do fungo na p gina inferior das folhas Antoin Satin errar 43
85. as disposi o no com rcio ou proceder inocula o das sementes com in culo de Rizobiaceas igualmente disposi o no com rcio Na escolha de esp cies devemos considerar a combina o Esp cie de Leguminosa Esp cie de Riz bio pois certas esp cies de Leguminosas exigem uma determinada estirpe de Riz bio para estabelecer a sua rela o simbi tica A fixa o biol gica do azoto representa um aporte de azoto para o solo n o negligenci vel No Quadro 2 4 est o representadas as quantidades de azoto fixado por diferentes esp cies de Leguminosas 55 Quadro 2 4 Quantidades de azoto fixado por diferentes tipos de Leguminosas Adaptado de Heichel 1987 cit por Ferreira 2007 QUANTIDADE DE AZOTO FIXADO NOME COMUM NOME CIENT FICO KG HA ANO Cornich o Lotus corniculatus L 49 112 Ervilha forrageira Pisum sativum subs arvense L 174 195 Fava Vicia faba L 177 250 Luzerna Medicago sativa L 15 135 Trevo branco Trifolium repens L 128 Trevo encarnado Trifolium incarnatum L 64 Trevo subterraneo Trifolium subterraneum L 58 113 Trevo violeta Trifolium pratense L 68 113 No fabrico de adubo azotado a sintese qu mica do amon aco torna o azoto de saco como descreve Ferreira 2007 o factor de produ o agr cola mais dispendioso em termos energ ticos As pr ticas de fertilidade em Agricultura Biol gica representam alternativas aduba o azotada de s ntese constituindo um importante
86. as vinhas que se encontrem em desequil brio biol gico Costa 2006 No entanto este caro tem vindo a assumir uma import ncia cada vez mais relevante em particular a norte do pa s O seu car cter reprodutivo forte a disponibilidade de alimento favorecida pela monocultura e ainda os tratamentos fitossanit rios intensivos t m sido fortes potenciadores da destrui o dos seus predadores naturais os caros Fitose deos e consequentemente respons veis pela sua forte expans o Rodrigues 2012a Segundo Neves 2000 o principal preju zo desta praga encontra se na redu o da acumula o de a cares e no debilitamento da cepa A B C Figura 1 17 A Ovos de Inverno de Panonychus ulmi Costa 2006 B Bronzeamento das folhas em consequ ncia de um ataque de aranhi o vermelho Costa 2006 C F mea de aranhi o vermelho INRA Montpellier 37 Durante o seu ciclo de vida o aranhi o vermelho passa por cinco est dios de desenvolvimento ovo larva protoninfa deutoninfa e adulto apresentando v rias gera es anuais desde seis na Regi o Norte a dez na Regi o Sul Rodrigues 2012a Este caro hiberna sob a forma de ovo nos gomos na base dos sarmentos e no tronco Neves 2000 O seu ciclo inicia com a eclos o dos ovos de Inverno no come o da Primavera podendo prolongar se at princ pios de Junho consoante a regi o ou seja entre a fase de abrolhamento e duas folhas livres A fase de eclos o geralme
87. as mudan as profundas nas pr ticas agr colas de forma a melhorar a fertilidade do solo promovendo a biodiversidade local e preservando o bom estado fitossanit rio da cultura Relativamente gest o sustent vel do solo e da fertilidade o viticultor deve orientar a cobertura vegetal do solo no sentido de contribuir para a boa estrutura o do solo e da sua fertilidade bem como no sentido de fornecer nutrientes cultura da vinha mantendo um microclima adequado ao seu bom desenvolvimento A incorpora o dos res duos vegetais da cultura em bom estado fitossanit rio contribui igualmente para melhorar a estrutura do solo e a sua fertilidade constituindo um importante aporte de nutrientes para a cultura da vinha As t cnicas de maneio do solo em viticultura biol gica devem ser direccionadas para a descompacta o do solo a incorpora o de mat ria org nica e a luta contra a flora advent cia Estas opera es culturais devem ser calendarizadas de forma a agrupar objectivos diminuindo o impacto da mobiliza o no 137 solo facilitando a vindima e melhorando a transitabilidade dos equipamentos A fertiliza o do solo deve ser primeiramente alcan ada atrav s de pr ticas culturais tais como a aduba o verde e a incorpora o de res duos vegetais da cultura Apenas quando estas pr ticas n o se demonstrarem suficientes para satisfazer as necessidades nutricionais da cultura da vinha dever o viticultor recorrer a fer
88. as ra zes e microrganismos baixo escoamento superficial e eros o reduzida ITAB 2003e As pr ticas culturais desenvolvidas pelo viticultor devem permitir alcan ar este equil brio no solo Atrav s de um bom itiner rio t cnico cultural na gest o da fertilidade do solo poss vel manter a explora o vit cola durante longos per odos sem correc es org nicas Neste cap tulo iremos abordar as principais caracter sticas f sicas qu micas e biol gicas do solo que influenciam a disponibilidade de nutrientes para a cultura nomeadamente o papel da fixa o simbi tica do azoto atmosf rico e das micorrizas 2 1 1 An lise do Solo Para elaborar o plano de fertiliza o o viticultor deve conhecer o seu solo f sica qu mica e biologicamente O plano de fertiliza o deve ser elaborado com base nas caracter sticas do solo permitindo deste modo orientar as escolhas culturais Uma an lise das caracter sticas f sicas qu micas e biol gicas do solo Quadro 2 3 permite a monitoriza o de elementos importantes para o planeamento vit cola 53 Quadro 2 3 Principais par metros a requerer numa an lise de solo Adaptado de Feilhes e Mandroux 2002 e Ferreira 2009b PAR METROS DA AN LISE DE SOLO IMPORT NCIA Textura ou Granulometria Indica compacta o porosidade fissura o estabilidade estrutural risco de asfixia reten o de gua condi es de desenvolvimento Propor o de Areia Limo
89. balhar sobre coberturas vegetais desenvolvidas a precis o do sistema de elimina o de vegeta o custo anual aptid o para prepara o do solo complementaridade com outras alfaias simplicidade e facilidade de manuten o e a adapta o da alfaia ao tipo de solo 84 2 6 Correc o Org nica De forma a tornar clara a utiliza o dos termos correctivos e adubos org nicos neste trabalho adoptada a classifica o de fertilizantes org nicos segundo a legisla o em vigor NP 1048 de 1990 Norma Portuguesa sobre adubos e correctivos org nicos Segundo esta norma a distin o entre correctivos org nicos e fertilizantes org nicos baseia se no seu teor em N P K e MO Quadro 2 18 Ferreira e Cunha Queda 2009 Os fertilizantes org nicos que n o atingirem os teores indicados no Quadro 2 18 s o denominados correctivos org nicos Quadro 2 18 Classifica o de fertilizantes org nicos NP 1048 e teores m nimos para classifica o enquanto adubo org nico Ferreira e Cunha Queda 2009 N ORG NICO P TOTAL K TOTAL FERTILIZANTE N P205 K20 MO N P205 K20 Adubo Org nico azotado 3 50 Adubo Azotado Org nico NPK 2 2 2 10 50 Adubo Org nico NP 2 3 6 50 Adubo Org nico NK 3 6 10 50 A velocidade de mineraliza o dos fertilizantes org nicos depende da rela o C N do teor total de N e da forma em que o azoto se encontra forma org nica ou mineral Ferreira 2006 Um adubo org
90. berada de pesticida interdito em AB durante per odo a definir O operador pode pedir recurso se o entender de uma decis o por parte do OC Este recurso avaliado e apreciado por independentes ao processo de controlo e certifica o Do mesmo modo o OC deve dar seguimento s reclama es efectuadas pelos clientes dos operadores bem como das reclama es feitas pelos operadores ao desempenho do organismo e de seus membros Para estas situa es devem ser tomadas as medidas adequadas No caso de suspens o de licen a o operador fica impedido durante o per odo definido de ostentar qualquer indica o dos seus produtos a Agricultura Biol gica Note se que qualquer recusa por parte do operador em rela o inspec o ou auditoria ao acesso a dossiers e documenta o ou o impedimento de acesso explora o condenada de n o conformidade e imediatamente suspensa ou anulada a licen a Serrador 2009a e Regulamenta o da Convers o A certifica o biol gica pressup e uma fase de transi o devidamente regulamentada O per odo de convers o agricultura biol gica corresponde a essa fase de transi o na 13 qual o produtor inicia as pr ticas agr colas estritamente em conformidade com as normas de produ o biol gica sem no entanto poder usufruir da denomina o biol gica O per odo de convers o para as produ es perenes como a Vinha de 3 anos O regulamento n o obrig
91. das algumas composi es de f rmulas para aduba o verde bem como a dosagem de sementes por hectare 71 Quadro 2 11 Exemplos de f rmulas para aduba o verde Adaptado de Porcuna Coto et al 2010 e Ferreira 2007 NOME COMUM Aveia Azev m Centeio Colza Ervilha Ervilhaca Festuca Luzerna Tremocilha Trevo Branco As F rmulas 1 4 segundo Ferreira 2007 e F rmulas 5 10 segundo Porcuna Coto et al 2010 NOME CIENT FICO Avena sativa L Lolium perenne L Secale cereale L Brassica napus L Pisum sativum L Vicia sativa L Festuca arundinacea L Medicago spp Lupinus luteus L Trifolium repens L FAMILIA Graminea Graminea Graminea Crucifera Leguminosa Leguminosa Graminea Leguminosa Leguminosa Leguminosa 100 50 2 3 100 60 2 80 40 12 F RMULAS COMPOSTAS KG HA 6 7 70 25 70 60 8 8 9 10 25 40 40 10 10 8 Encontram se dispon veis no mercado misturas para aduba o verde pr prias para a vinha para diferentes tipos de solo e regi es nas quais as sementes de Leguminosas j est o previamente inoculadas com riz bio para uma maior efic cia na fixa o do azoto Ferreira 2012a Por fim os m todos para a gest o da vegeta o herb cea devem respeitar as normas agro ambientais em vigor Rodrigues et al 2010 2 2 4 Controlo da Flora Advent cia O conceito de Planta Infestante est associado ao crescimento e desenvolv
92. das folhas No final de Maio eclodem as primeiras larvas da G1 que passam por 5 est dios Em meados de Julho aparecem as larvas e ninfas da G2 e em Agosto os adultos No final do Ver o os adultos abandonam a vinha migrando 34 para o local de hiberna o As cigarrinhas hibernam sobre a forma de adulto preferindo para ref gio g neros florestais como Taxus Juniperus Abies Picea Cedrus Pinus e Quercus Rodrigues 2012a A B Figura 1 15 A Ninfa de Cigarrinha verde Empoasca vitis B Adulto de Cigarrinha verde Empoasca vitis B DRAPC 2008 Enquanto picadoras sugadoras as cigarrinhas verdes afectam a planta atrav s da sua picada nas nervuras centrais e secund rias da folha provocando descolora o e necrose das mesmas Como consequ ncia ltima do seu ataque podem ocasionar redu o da actividade fotossint tica mau atempamento dos sarmentos enfraquecimento das cepas e situa es de mau amadurecimento das uvas As gera es estivais s o as mais nocivas para a vinha Rodrigues 2012a e Cigarrinha Dourada Scaphoideus titanus Ball e a Flavesc ncia Dourada A Cigarrinha Dourada ou cigarrinha branca um Cicadel deo com origem na Am rica do Norte Este cicadel deo exclusivamente ampel fago e constitui o vector de transmiss o para a doen a da Flavesc ncia Dourada FD Rodrigues 2012a A FD originada por um fitoplasma MLO Mycoplasma Like Organism parasita vegetal que altera o funcioname
93. de representar uma fonte de nutrientes e uma fonte de auxiliares da vinha tendo um papel importante no reservat rio gen tico para a biodiversidade e estabelecendo m ltiplas rela es com organismos vivos e com o solo Torres 2007 Finalmente uma cobertura de solo constitu da por flora espont nea n o implica medidas de implanta o nem riscos de adapta o ou adequabilidade e Desvantagens Embora a flora espont nea fa a parte dos ecossistemas agr colas a sua presen a pode constituir um problema para o desenvolvimento da cultura da vinha As infestantes podem se tornar um preju zo se competirem pela gua e nutrientes com a vinha se dificultarem a mecaniza o interferindo com as opera es vit colas e se constitu rem hospedeiros alternativos s pragas da vinha Al m disto o crescimento de infestantes pode criar um microclima desfavor vel ao crescimento saud vel da vinha levando a um aumento de doen as e riscos de geada Duval 2003 aconselha uma luta contra infestantes pr via implanta o da vinha durante duas esta es efectuando se uma pequena mobiliza o do solo para secar alguns raizames de infestantes seguida de aduba es verdes 74 e M todos de Controlo Como estrat gias de controlo de infestantes podem ser adoptadas medidas de erradica o preven o combate e gest o Quadro 2 12 Quadro 2 12 Estrat gias de controlo de infestantes Adaptado de Zimdahl 1993 cit por
94. de dos adultos originam epidemias de FD Rodrigues 2012a A videira pode evidenciar os sintomas at 5 anos ap s a infec o Garrido 2008 A sua distribui o agregativa manifestando se em focos de diferentes intensidades Rodrigues 2012a Como consequ ncia do ataque da FD as folhas da videira endurecem enrolam mudam de colora o vermelha amarela e dourada existe uma aus ncia de atempamento um atraso na rebenta o e uma quebra qualitativa e quantitativa na produ o podem haver morte total ou parcial das videiras Rodrigues 2012a Os sintomas podem atingir uma parte ou a totalidade da cepa dependendo da casta do vigor da videira e do grau de infec o Garrido 2008 36 As exig ncias clim ticas para o desenvolvimento deste cicadel deo s o um ver o quente e prolongado e um inverno bastante frio Garrido 2008 A Flavesc ncia Dourada classificada como doen a de quarentena segundo a directiva comunit ria n 2000 29 CE e o Decreto Lei n 154 2005 sendo uma das doen as mais temidas da videira pelos grandes danos que causa nas regi es vit colas Lobo Xavier 2008 A Portaria n 976 2008 regulamenta a obrigatoriedade de tratamento de forma a conter a epidemia Rodrigues 2012a e Aranhico vermelho Panonychus ulmi Koch O aranhi o vermelho Figura 1 17 um caro da Fam lia Tetranychidae Embora seja considerado uma praga secund ria em Portugal pode desenvolver ataques graves n
95. de modo a agrupar objectivos e desta forma diminuir o impacto da mobiliza o A calendariza o das opera es de mobiliza o de solo deve agrupar o corte e a incorpora o do coberto vegetal e outros res duos org nicos As opera es culturais podem inclusivamente ser calendarizadas de forma a facilitar a vindima e melhorar a transitabilidade dos equipamentos As mobiliza es de Outono servem a facilitar a colheita eliminar a vegeta o herb cea e facilitar o estabelecimento das culturas de cobertura O final da Primavera a poca mais comum de mobiliza es do solo Contudo sendo esta uma poca de precipita o frequente as mobiliza es de solo devem ser evitadas a fim de impedir a eros o h drica Torres 2007 pois exp em o solo ao impacto das chuvas ao eliminar as plantas que o protegem As opera es culturais em viticultura envolvem a tritura o o corte e a incorpora o da mat ria org nica e a descompacta o do solo No Quadro 2 17 encontram se descritas as opera es culturais bem como o material agr cola mais apropriado para o efeito na linha inter cepas e na entrelinha 82 Quadro 2 17 Alfaias agr colas utilizadas em viticultura biol gica Adaptado de ITAB 2003b ALFAIA AGRICOLA OPERA O CULTURAL PER ODO ENTRELINHA LINHA Triturador de Martelos Tritura o das Podas Inverno Corte da Cobertura Vegetal Destri ador Inter cepas Incorpora o da MO Primavera Grade de discos espalh
96. dem ser utilizados fertilizantes minerais azotados O n 2 do artigo 16 do Reg CE n 834 2007 define as normas de autoriza o para a utiliza o dos fertilizantes e correctivos do solo d No caso dos produtos referidos na al nea b do n fertilizantes e correctivos do solo a sua utiliza o essencial para obter ou manter a fertilidade do solo ou para satisfazer requisitos nutricionais espec ficos das culturas ou objectivos espec ficos de correc o do solo Como referido anteriormente os produtos autorizados em AB como fertilizantes e correctivos devem ser aplicados apenas quando as pr ticas culturais acima indicadas n o s o suficientes Para a gest o da fertilidade do solo o Reg N 889 2008 define as normativas de base inclusivamente no que respeita s limita es de doses de N aplicadas conforme abaixo indicado no extracto do Reg CEE n 889 2008 Regulamento CEE n 889 2008 Cap tulo 1 Produ o Vegetal Artigo n 3 Gest o e Fertiliza o do solo 1 Sempre que n o seja poss vel satisfazer as necessidades nutricionais das plantas atrav s das medidas previstas nas al neas a b e c do artigo 12 n 1 do Regulamento CE n 834 2007 apenas podem ser utilizados na produ o 96 biol gica e exclusivamente na medida do necess rio os fertilizantes e correctivos do solo referidos no Anexo I do presente regulamento 2 A quantidade total de estrume animal definido
97. desta doen a s o as altas temperaturas sendo a temperatura ptima 27 C e elevados teores de humidade relativa sendo 90 a humidade relativa ptima Rego e Oliveira 2007 45 A B C Figura 1 22 Detalhes de ataques de Black Rot em diferentes rg os de plantas de videira A Pequenas manchas circulares em les o foliar B Bagos afectados com pontua es negras C Cachos mumificados Wilcok 2003 1 3 6 Outras Pragas e Doen as De forma a completar a listagem das pragas e doen as da vinha descreve se no Quadro 1 7 algumas Pragas e Doen as Secund rias suscept veis de ocorrer nesta cultura 46 Quadro 1 7 Lista de algumas Pragas e Doen as secund rias da cultura da Vinha Adaptado de Bugaret et al 2012 Rodrigues 2012a e Rodrigues 2012b PRAGAS SECUND RIAS Cochonilha algod o Planococcus ficus Acariose de n curto Calepitrimerus vitis Erinose Colomerus vitis Pirale Sparganothis pilleriana ltica Haltica lythri Pedroto Otiorrhynchus sulcatus Charuteiro Byctiscus betulae Filoxera Dactylosphaera vitifolli Formiga branca Reticulitermes lucifugus Roscas Agrostis spp Carac is Helix spp Nem todos 47 DOEN AS SECUND RIAS Escoriose Phomopsis viticola Black Dead Arm Botryosphaeria spp Eutipiose Eutypia lata Esca da videira v rios agentes causais Decl nio das videiras jovens idem Podrid o das ra zes idem 48 2 A CONVERS O PARA MODO DE
98. do no ponto 7 do anexo IA 2 do Regulamento CE n 2003 2003 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos adubos Teor de c dmio inferior ou igual a 90 mg kg de P 05 A Fosfato aluminoc lcico Produto conforme especificado no ponto 6 do anexo IA 2 do Regulamento CE n 2003 2003 Teor de c dmio inferior ou igual a 90 mg kg de P05 Utiliza o limitada aos solos alcalinos pH gt 7 5 A Esc rias de desfosfora o Produto conforme especificado no ponto 1 do anexo IA 2 do Regulamento CE n 2003 2003 A Sais brutos de pot ssio ou cainite Produtos conforme especificados no ponto 1 do anexo IA 3 do Regulamento CE n 2003 2003 A Sulfato de pot ssio contendo even tualmente sais de magn sio Produto obtido de sais brutos de pot ssio por um processc f sico de extrac o contendo eventualmente tamb m sais de magn sio A Vinha a e extractos de vinha a Com excep o das vinha as amoniacais A Carbonato de calcio cr marga rocha c lcica mo da algas marinhas ma rl cr fosfatada Unicamente de origem natural A Carbonato de c lcio e magn sio Unicamente de origem natural Por exemplo cr magnesiana rocha c lcica magnesiana mo da A Sulfato de pot ssio quieserite Unicamente de origem natural A Solu o de cloreto de c lcio Aduba o foliar das macieiras ap s detec o de uma car ncia de c lcio A Sulfato de c lcio gesso Produto c
99. do solo corresponde ao saldo entre as perdas de h mus por mineraliza o e os eventuais ganhos por incorpora o dos res duos org nicos da explora o As perdas h micas variam segundo o tipo de solo ao qual est associada uma taxa de mineraliza o K2 e uma Densidade Aparente Dap No Quadro 2 2 est o representados os valores da taxa de mineraliza o para solos em sequeiro sendo este valor multiplicado por 1 5 para solos em regadio 51 Quadro 2 2 Rela o entre a taxa de mineraliza o K2 em sequeiro e os diferentes tipos de solos Ferreira 2009a TIPO DE SOLO K2 DENSIDADE APARENTE DAP Arenoso 2 5 1 5 Franco Arenoso 2 0 1 4 Franco 1 8 1 3 Limoso 1 5 1 3 Argilo Limoso 1 2 1 2 Argiloso 1 0 1 1 Calc rio 0 4 Vari vel As perdas anuais h micas por mineraliza o s o calculadas atrav s da seguinte f rmula Vasconcelos et al 2009 Perdas anuais MO rea m x profundidade solo m x Dap x MO x K2 A quantidade de mat ria org nica mineralizada corresponde frac o org nica do solo que se torna anualmente dispon vel para as culturas A partir das perdas h micas anuais poss vel calcular a quantidade de azoto libertado para o solo atrav s da mineraliza o Embora o teor de azoto no h mus seja vari vel lhe vulgarmente atribu do um valor m dio de 4 A quantidade de azoto mineralizado corresponde quantidade de MO mineralizada multiplicada pelo seu teor em azoto Va
100. doen as permanece a mat ria mais complexa a dominar em viticultura biol gica As estrat gias de controlo baseiam se num conhecimento espec fico elevado e num controlo visual regular por parte do viticultor Em viticultura biol gica as t cnicas de maneio do solo s o igualmente essenciais influenciando n o apenas a nutri o da vinha como a sua sanidade e consequente protec o contra pragas e doen as Zz A viticultura biol gica um sistema global que envolve o conhecimento profundo da cultura da vinha das pragas e doen as das t cnicas de protec o fitossanit ria das pr ticas agr colas para a fertilidade do solo e protec o da cultura assim como um bom conhecimento da biodiversidade local que ir promover e fortalecer o ecossistema vit cola 1 2 4 A Convers o Um Projecto Global A convers o viticultura biol gica n o uma improvisa o colocar em causa a globalidade do sistema vit cola envolvendo uma revolu o na abordagem da viticultura cl ssica Para uma convers o de sucesso o viticultor necessita de uma forte motiva o qualidades de observa o capacidades t cnicas paci ncia e uma forte capacidade de adapta o CIVAM 2009 23 Um diagn stico pr vio ir permitir ao produtor antecipar a sua convers o aprendendo as novas t cnicas e iniciando a sua pr tica mesmo antes do in cio do per odo de transi o ao MPB A convers o deve ser feita primeiramente atrav s do co
101. dos em Agricultura Biol gica em vigor no Anexo II do Regulamento n 889 2008 A sua classifica o feita com base na Designa o dos produtos ex Cera de abelha e na Descri o dos produtos requisitos de composi o e condi es de utiliza o Esta ltima r brica especifica caracter sticas do produto como a sua descri o ex insecticida atractivo ou inibidor e as condi es e restri es de utiliza o ex produtos apenas autorizados quando em combina o com outros da mesma lista ou restri es nas quantidades 132 aplicadas Neste documento diferenciam se os produtos enquanto subst ncias de origem animal ou vegetal microrganismos utilizados na luta biol gica contra as pragas e doen as subst ncias produzidas por microrganismos subst ncias que s podem ser utilizadas em armadilhas e ou distribuidores prepara es para dispers o superf cie entre as plantas cultivadas outras subst ncias tradicionalmente utilizadas na agricultura biol gica e outras subst ncias CE 2008 No Quadro 4 13 est o descritas as principais subst ncias utilizadas na protec o da vinha em MPB bem como a respectiva descri o e o seu tipo de luta Quadro 4 13 Principais subst ncias activas utilizadas na protec o da vinha em MPB sua descri o e meio de luta Adaptado de CE 2008 e Ferreira 2012a SUBST NCIA ACTIVA DESCRI O E UTILIZA O MEIO DE
102. duo de compostagem n o possui os par metros ptimos para uma compostagem eficiente sendo necess rio elaborar uma mistura que re na na sua globalidade estas caracter sticas Para constituir o sistema de compostagem eficiente s o necess rios tr s materiais o ingrediente prim rio os agentes condicionantes e os agentes de suporte O ingrediente prim rio constitui a base para a compostagem Os agentes condicionantes funcionam como correctores de C ou N correctores de pH humidade e textura da mistura Os agentes de suporte t m como fun o aumentar a porosidade da mistura e assegurar a boa estrutura da mistura a compostar representando materiais com elevada resist ncia mec nica Cunha Queda e Ferreira 2009 e Processo de Compostagem O processo de compostagem mais comum em AB a compostagem em pilha est tica com poss vel volteio s 3 4 semanas durante 3 meses seguido de um per odo de 3 meses de matura o Mour o et al 2006 O processo caracteriza se por duas fases a fase activa de r pida e intensa transforma o aer bia com temperaturas elevadas liberta o de calor de CO e de vapor de gua e a fase de acabamento com lenta e progressiva redu o da temperatura perda da fitotoxicidade residual s ntese de subst ncias h micas e equil brio da popula o microbiana Cunha Queda e Ferreira 2009 Segundo a Chambre d Agriculture du Bas Rhin 2011 uma pilha de composto de 30 ton de estru
103. dvent cia seca naturalmente dando lugar desloca o para a videira A migra o final realiza se entre Setembro e Novembro com o regresso das f meas de volta condi o hibernante Os principais factores que levam hiberna o s o a quebra da qualidade do alimento e a redu o do fotoper odo para valores abaixo das 14 horas Com um ciclo de vida muito curto este caro passa por seis a doze gera es consoante o clima e a regi o Rodrigues 2012a A B c Figura 1 18 A Col nia de aranhi o amarelo Coutin R OPIE B Adultos de aranhi o amarelo mostrando as duas manchas escuras na parte dorsal Cotton D INRA Montpellier C Folha com sintomas de ataque de aranhi o amarelo Coutin R OPIE As condi es favor veis ao seu desenvolvimento s o temperaturas elevadas ptimo entre 30 35 C e humidades relativas baixas 30 35 Solos quentes e expostos a Sul 39 favorecem o desenvolvimento desta praga sendo as castas com folhas glabras ou pouco pubescentes as mais atacadas Outra condi o que pode levar ao desenvolvimento desta praga a aus ncia de predadores naturais Costa 2006 A sua caracter stica de picador sugador causa normalmente danos produtivos relacionados com a diminui o da actividade fotossint tica e aumento da transpira o prejudicando quest es como o amadurecimento e o atempamento das videiras podendo gerar o amarelecimento e queda precoce das folhas Os seus hospedeiro
104. edahaada 108 5 6 Biodiversidade Estrutural masice papai aa as aan 109 3 7 Gest o da Biodiversidade us Cass ssnsi iai ats casei Stl pe D Ina ac pum cd Din Giants 111 4 A CONVERS O PARA MODO DE PRODU O BIOL GICO PROTEC O FITOSSANITARTA Cid AA A e tenia arene 113 4 1 Principais Causas de Pragas e Doen as asda a deceeedevesncuenves 113 4 2 Boas Pr ticas de Profilaxia eeseeeeeseeeesesesesressessresrersersresrteseesesreeseeseeseessre 115 4 3 Organismos Auxiliares da Vinha sssesseeseeesseeessseesseesserssesesseessseessresseessee 116 Ad ANS CIOS cioe nii ele eee tiated heel 117 BBD ACIOS a ea aaen a tote ehe 119 Add MertebtadoSnese seneng aese e oa E T R ES 120 4 4 Protec o contra Pragas aq a qi dada aa Ud a E 124 44 1 Estimativa de RISCO wiciescieuersaueiie rain winnie 124 4 4 2 Organismos Auxiliares sa ag TD 125 AAS Metodos deProLec o ami macias uecsssguteseees Gio adia TEA ATO sad nais caga 127 4 5 Protec o Contra Doen as sssrds lected fada acao geset da tug Shes E EEE ainda 129 ADL Metodos de Protec o assis duiau ondulada quina qdlllades 129 4 6 Observa o Visual de Pragas e Doen as ceeesceceeeeeceeeeeceeeeecsteeeesteeeesaes 130 4 7 Produtos Fitofarmac uticos Autorizados em Agricultura Biol gica 131 5 CONCEUS ES para mean a dan ana E E aaa 137 iii 6 BIBLIOGRAFIA seo iiai prata aaa EKE a 141 ANEXO I FERTILIZANTES E CORRECTIVOS DO SOLO AUTORIZADOS EM
105. egetal EDIBIO Castelo de Paiva 311 325 Trujillo R G Prieto I 2008 Buenas Pr cticas en Producci n Ecol gica Cultivo de la vid Ministerio de Medio Ambiente y Medio Rural y Marino Madrid Turcotte C Bernier D Brisson D Barriault E Dub G Laplante G TUrcotte I P loquin J Bergeron K Zerouala L Bergeron L C t M Roy M Carisse O E N ron R 2010 Vigne Guide de Protection 2010 Centre de R f rence en Agriculture et Agroalimentaire du Qu bec Vasconcelos E Ferreira J e Cabral F 2009 Fertiliza o Azotada das Culturas Fertiliza o Base e Compelmentar In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 267 279 Wilcok W F 2003 Black Rot Disease Identification Sheet No 102GFSG D4 Cornell University and The New York State Integrated Pest Management Program 150 ANEXO I FERTILIZANTES E CORRECTIVOS DO SOLO AUTORIZADOS EM MPB 151 Notas ANEXO I Fertilizantes e correctivos do solo referidos no n 1 do artigo 3 A Autorizados nos termos do Regulamento CEE n 2092 91 e retomados pela al nea c do n 3 do artigo 16 do Regulamento CE n 834 2007 B Autorizados nos termos do Regulamento CE n 834 2007 Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Produtos compostos ou contendo uni
106. eira 2009 RES DUOS ORG NICOS TEOR DE HUMIDADE N TOTAL PH C N Baga o de Azeitona 65 8 0 7 5 0 66 8 Baga o de Uva 56 8 1 9 3 8 23 0 Enga o de Uva 45 7 1 5 8 3 38 8 Casca de Citrinos 74 1 1 0 4 2 49 0 Folhas de Oliveira 52 1 1 3 6 0 37 0 Estrume de Cavalo 52 8 0 6 8 4 35 8 Estrume de Vaca 65 8 2 0 8 8 21 9 Para o correcto desenvolvimento dos microrganismos respons veis pela compostagem a rela o C N representa o elemento com maior influ ncia Para a compostagem existe um intervalo ptimo para a rela o C N situado entre 25 1 e 30 1 e um intervalo de compatibilidade situado entre 20 1 e 40 1 Para valores inferiores a 20 1 o Carbono completamente transformado sem haver estabiliza o completa do Azoto ocorrendo perda do N em excesso para a atmosfera sob a forma de amon aco levando a odores desagrad veis Para valores superiores a 40 1 os microrganismos transformam primeiramente o C at atingir o intervalo ptimo levando a um per odo de compostagem mais longo Cunha Queda e Ferreira 2009 Alguns dos materiais ricos em C s o a palha res duos de papel podas de ramos e madeira que tornam a raz o C N elevada fornecem MO e energia para a compostagem Alguns dos materiais ricos em azoto s o cortes de relva e estrumes que tornam a raz o C N baixa e aceleram o processo de compostagem Mour o et al 2006 Cunha Queda e Ferreira 2009 91 e Elementos Constituintes do Composto Geralmente o principal res
107. elativa ao produto bruto Adaptado de Ferreira e Cunha Queda 2000 pardo cated Aura lees O A Te 88 Quadro 2 20 Compara o da composi o de estrume de bovino compostado e n o compostado g Kg de produto bruto ITAB 2003f 90 xiv Quadro 2 21 Exemplos de res duos org nicos para compostagem em AB Cunha Queda e Ferreiras O09 2s Oooh Ps do duro ria ea Da fa OP ia See aisha edad fe DC silts Rd Aaland te Pd 91 Quadro 2 22 Composi o qu mica de mat rias primas para adubo org nico Ferreira e Cunha Qiieda 2009 as aaa a alados Piadas ae i aata as cast SAS Rea i hl NOEs 93 Quadro 3 1 Exemplos de esp cies de arbustos para constitui o de sebe arbustiva LPO Alsace 20120 usas do Sie cases afinais aa 2A ea eee et S ads sheng AGE da ai ica SR ats Dinda Nb sa 105 Quadro 3 2 Exemplos de esp cies de rvores e arbustos ref gio para aves e Exemplos de aves associadas a esses habitats Strecht 20079 ccccsesssscceccceceesessnsececececeesessnsseeeeeees 107 Quadro 3 3 Exemplos de organismos auxiliares atra dos por sebes compostas Strecht Quadro 3 4 Exemplos de culturas secund rias para a cultura da vinha Delinat 2012 108 Quadro 3 5 Exemplos de esp cies de animais auxiliares que encontram ref gio em muros de pedra Strecht 20074 snes eisisto sisii a a a EE sda Trina R 110 Quadro 3 6 Exemplos de esp cies que habitam perto de pontos de gua LPO Alsace EQ Pio Y
108. emperado mediterr nico a videira segue um ciclo vegetativo anual pr prio com diferentes fases de desenvolvimento designadas por Estados Fenol gicos que Baggiolini definiu sequencialmente como se descreve na Figura 1 12 Garrido et al 2004 O conhecimento dos estados fenol gicos da videira por parte do viticultor de extrema import ncia uma vez que a sensibilidade da videira s diferentes pragas e doen as determinada pelo seu estado de desenvolvimento A videira encontra se particularmente sens vel entre a pr flora o Figura 1 12H e o fecho do cacho Figura 1 121 Durante o per odo de maior crescimento a videira passa igualmente por uma fase sens vel devido juvenilidade dos seus rg os Garrido et al 2004 29 Figura 1 12 Estados Fenol gicos da vinha D Sa da das folhas ae A Gomo de Inverno B Gomo de algod o E 2 a 3 folhas livres F Cachos vis veis G Cachos separados H Flores separadas Bago de Chumbo K Bago de ervilha L Cacho fechado M Pintor Matura o N Cacho maduro Garrido et al 2004 1 3 3 Exig ncias edafo clim ticas O ecossistema agr cola exprime a rela o das caracter sticas da cultura com as caracter sticas do meio f sico e biol gico E essencial associar a aptid o vit cola do meio segundo a Escala de Baggiolini Adaptado de dependente do clima do solo e do meio biol gico com a voca o e exig ncia das variedades cultivadas 30
109. eneficia dos nutrientes na fase cr tica de crescimento contribuindo para o desenvolvimento tardio da cultura A correc o org nica deve ser acompanhada de um itiner rio t cnico apropriado favorecendo o arejamento o aquecimento a manuten o da humidade do solo e uma boa estrutura superf cie TAB 2003a A aplica o n o deve ser feita com uma opera o cultural profunda pois a partir de 30cm de profundidade em vez de decomposi o ocorre a fossiliza o podendo haver liberta o de subst ncias t xicas para as ra zes das plantas ITAB 20034 Um bom exemplo de um itiner rio t cnico adequado ser sincronizar a aplica o da correc o org nica com opera es culturais de Outono Inverno como as opera es superficiais de prepara o do solo para a sementeira da cobertura vegetal Trujillo e Prieto 2008 Nas Fichas T cnicas de Viticultura do Instituto T cnico de Agricultura Biol gica em Fran a ITAB 2003a s o citados valores m dios para a aplica o de h mus em fun o das perdas h micas em viticultura Os valores aconselhados para aplica o s o 1 3 ton ha de h mus equivalente a 10 20 ton ha de composto agr cola Em solos pobres em MO a aplica o deve ser feita cada tr s anos Em solos com teores de MO razo veis para a cultura de vinha a aplica o deve ser feita cada quatro ou cinco anos As medidas de fertiliza o org nica apenas devem ser aplicadas quando as medidas anteriores
110. entes nomeadamente as gram neas podendo chegar a competir com a vinha Por este motivo em situa es de cobertura espont nea deve se procurar uma gest o controlada do tipo prado natural multiespec fico OPABA 2012b e Cobertura Vegetal Semeada Quando a vegeta o espont nea n o possui uma composi o adequada para o objectivo recorre se a uma cobertura semeada Neste caso elaborada uma f rmula composta por esp cies de diferentes Fam lias de modo a suprir as necessidades nutritivas da vinha e da pr pria cultura do adubo verde Inclusivamente poss vel optar por diferentes composi es para diferentes locaisda explora o 62 e Cobertura Vegetal Permanente Uma cobertura permanente do solo corresponde ao coberto vegetal de um local ao longo de todo o ano comumente designado por enrelvamento Esta a escolha mais adaptada e utilizada em climas mediterr nicos sobretudo em culturas de sequeiro e onde existem problemas de eros o do solo As suas mais valias relativamente s culturas tempor rias s o uma melhor conserva o do solo um maior aumento de MO do solo um maior incremento da fauna auxiliar e a consequente melhoria na limita o natural das pragas Ferreira 2009c No que respeita ao controlo da flora advent cia possui maior efic cia que as culturas tempor rias e Cobertura Vegetal Tempor ria Tal como o nome indica este tipo de cobertura vegetal consiste no coberto vegetal de um local
111. erecereracanaa 126 Quadro 4 10 M todos de Protec o das principais pragas da cultura da vinha Adaptado de Rodrigues 2012a Carlos 2007 Barrote 2012 e ITAB 20032 128 Quadro 4 11 M todos de Protec o das principais doen as da cultura da vinha Adpatado de Rodrigues 2012a Turcotte et al 2010 ITAB 20098 130 Quadro 4 12 Observa es visuais a realizar ao longo do ciclo vegetativo da videira Adaptado de TTAB 20038 ccsesicsevaisictasctdnccsdesdaqsisvscalevesdbcevastaveass asdiceasdabanevsecdactanestaceeande 131 Quadro 4 13 Principais subst ncias activas utilizadas na protec o da vinha em MPB sua descri o e meio de luta Adaptado de CE 2008 e Ferreira 2012a 133 Quadro 4 14 Principais subst ncias activas utilizadas na protec o biol gica da vinha sua aplica o no combate de pragas e doen as e alguns exemplos de produtos homologados em Portugal Adaptado de Barrote 2012 qsiesonssapdt quis cap sagadibasfiaiaa GET ALAS Spa b andei arene 134 xvi 1 INTRODU O Da vida do solo depende a vida do homem e das civiliza es Andr Voisin cit Aubert 1974 A Agricultura Biol gica como o pr prio nome indica coloca a sua nfase na vida bio vida em grego A Agricultura Biol gica um modo de produ o agr cola baseado na preserva o do ambiente O principal objectivo contribuir para a melhoria da vida dos solos e da qua
112. erno devem ser feitas logo ap s a vindima e Corte No caso de coberturas permanentes o corte deve ser efectuado quando existem suficientes sementes maduras formadas para permitir a auto renova o do coberto vegetal No caso de coberturas tempor rias o corte deve ser feito antes da forma o de sementes para evitar a produ o de sementes e a lenhifica o do adubo verde No caso de flora espont nea o coberto pode ser mantido vivo durante todo o per odo p s vindima at emerg ncia dos gomos no in cio da Primavera Torres 2007 No per odo de elevado crescimento vegetativo da vinha o desenvolvimento de todo o tipo de coberto vegetal deve ser controlado i e a partir do final de Fevereiro Desde 76 esta poca at ao Ver o s o realizados cortes para controlar a vegeta o conforme o seu crescimento Trujillo e Prieto 2008 No caso de vinhas novas como as ra zes das vinhas jovens ainda n o est o suficientemente desenvolvidas a cultura de cobertura pode tornar se bastante competitiva Nesta situa o aconselh vel efectuar um controlo da cobertura mais frequente e cuidadoso Este trabalho do solo vai levar as jovens plantas a desenvolverem as suas ra zes em profundidade abaixo da zona de trabalho onde est o mais protegidas da seca estival ITAB 2003c Geralmente s o efectuados no m nimo dois cortes por ano o primeiro antes da flora o no final do Inverno e o segundo ap s a forma
113. es Delinat 2012 Os montes de pedra permitem a presen a de animais auxiliares ex sapos cobras e Ouri o Cacheiro Strecht 2007a Os montes de lenha Figura 3 4 s o apreciados por alguns animais que a se refugiam e nidificam ex Carri a e Toutinegras Strecht 20074 Os tradicionais muros de pedra na paisagem vit cola t m a voca o de consolidar os terrenos de encosta e de lutar contra os deslizamentos de terra LPO Alsace 2012e Este elemento caracter stico das vinhas durienses constitui um micro habitat essencial um local de ref gio e reprodu o para uma diversidade de animais auxiliares Quadro 3 5 al m de cobras musaranhos sapos lagartos e lagartixas Strecht 2007a Os interst cios dos muros abrigam um tipo de vegeta o particular pr pria aos solos pobres ex Umbilicus rupestres Salisb Dandy Paralelamente os muros de pedra s o um meio adequado a uma grande quantidade de l quenes LPO Alsace 2012e Pela sua forma linear os muros t m um interessante papel de corredor para numerosas esp cies 109 Quadro 3 5 Exemplos de esp cies de animais auxiliares que encontram ref gio em muros de pedra Strecht 2007a ESP CIES DE ANIMAIS AUXILIARES MUROS DE PEDRA Nome CIENT FICO Nome Comum Anthene noctua Scopoli Mocho galego Erinaceus europaeus L Ouri o cacheiro Erithacus rubecula L Pisco de peito ruivo Motacilla alba L Alv ola branca Mustela nivalis L Doninha Upu
114. ficos da rela o simbi tica com as micorrizas Deste modo as pr ticas agr colas em Agricultura Biol gica desempenham um papel fundamental na recupera o do solo e da sua actividade biol gica criando um ambiente prop cio ao desenvolvimento das micorrizas Contudo dependendo dos precedentes culturais do solo pode se verificar necess rio proceder inocula o de fungos micorr zicos para um restauro mais eficaz dos n veis de coloniza o radicular das videiras DRAEM 2004 2 1 4 Plantas Indicadoras de Fertilidade A flora espont nea pode representar um indicador sobre algumas caracter sticas do solo nomeadamente a sua fertilidade constituindo um bom m todo de diagn stico do estado do solo Minost et al 2002 Quando uma planta requer determinadas caracter sticas de solo nutrientes gua pH entre outros a sua presen a ou aus ncia representa uma informa o valiosa sobre as condi es do meio Uma planta indicadora do estado do solo a uma proximidade radial de 50cm Para ser representativa de uma parcela maior a planta deve estar presente a uma dada abund ncia 5 10 indiv duos m e ser dominante relativamente s restantes esp cies presentes Minost et al 2002 No Quadro 2 5 est o representados alguns exemplos de plantas indicadoras bem como as caracter sticas de solo que identificam 57 NOME CIENT FICO Achillea millefolium L Agrostis stolonifera L Amaranthus retroflexus L Bellis
115. getativo s o os solos ricos a aduba o excessiva e porta enxertos vigorosos Neves 2010 e Podrid o cinzenta Botrytis cinerea Pers Descrita desde os finais do s c XIX e disseminada pelo mundo inteiro esta doen a afecta todos os rg os da videira desde o gomo at aos cachos revelando a sua presen a ao longo de quase todo o ciclo vegetativo da cultura Bugaret et al 2012 A podrid o cinzenta trata se de um fungo pol fago e sapr fita alimenta se dos res duos org nicos e contamina posteriormente os tecidos provocando grandes quebras de quantidade e qualidade nas vinhas Neves 2010 43 Nas folhas desenvolve manchas vermelho acastanhadas semelhantes a queimaduras Figura 1 21A que podem ser cobertas por frutifica es acinzentadas Os p mpanos atacados apresentam manchas e necroses acastanhadas podendo secar e quebrar Este fungo pode igualmente atacar e destruir as infloresc ncias ou os ped nculos das flores contudo no in cio do pintor que a Botrytis assume o limiar da sua import ncia na produ o vit cola Figura 1 21C Nesta fase o aumento do teor em a cares no bago atrai a penetra o do fungo atrav s de micro fissuras originadas por outras doen as pragas ou mesmo ac es meteorol gicas m ldio o dio tra a da uva granizo Estabelece se por esta via e de forma r pida o desenvolvimento de um mic lio de cor cinzenta sobre a superf cie dos bagos No final do ciclo vegetativ
116. hidrolisadas Atractivo apenas em aplica es autorizadas em combinagac com outros produtos adequados da presente lista A Lecitina Fungicida A leos vegetais por exemplo leo de Insecticida acaricida fungicida e inibidor do abrolhamento hortela pimenta leo de pinheiro leo de alcaravia A Piretrinas extra das de Chrysanthemum Insecticida cinerariaefolium A Qu ssia extra da de Quassia amara Insecticida repulsivo A Rotenona extra da de Derris spp Lon Insecticida chocarpus spp e Terphrosia spp 2 Microrganismos utilizados na luta biol gica contra as pragas e doen as Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Microrganismos bact rias v rus e fungos 3 Subst ncias produzidas por microrganismos Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Spinosade Insecticida Apenas se forem tomadas medidas para minimizar o riscc para os parasit ides principais e minimizar o risco de desenvolvimento de resist ncia 4 Subst ncias que s podem ser utilizadas em armadilhas e ou distribuidores Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Fosfato diam nico Atractivo apenas em armadilhas Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza
117. ica a vinha LPO Alsace 2012a 105 As rvores antigas com cavidades servem de local de nidifica o a diversas aves sobretudo aves cavern colas e algumas esp cies de morcegos bem como a salamandra de pintas amarelas Salamandra salamandra L anf bio que aprecia estas cavidades Strecht 2007a As velhas rvores presentes na explora o devem ser mantidas como forma de preservar o ref gio que constituem para certas esp cies As rvores de grande porte permitem a utiliza o dos ramos em altura como poleiros de observa o por parte de aves de rapina como a guia de asa redonda Buteo buteo L a coruja das torres Tyto alba Scopoli ou o mocho galego Athene noctua Scopoli Strecht 2007a A escolha de esp cies deve ser feita em fun o das esp cies locais adaptadas s condi es pedol gicas e clim ticas da vinha LPO Alsace 2012a O marmeleiro a nogueira a amendoeira o pessegueiro e a cerejeira s o rvores particularmente adaptadas ao sistema vit cola e que exercem ac o atractiva sobre a fauna auxiliar LPO Alsace 2012a A presen a de pessegueiros perto da vinha permite a identifica o atempada do ataque de o dio Especialmente sens vel ao o dio o pessegueiro apresenta sintomas tempor os quando se re nem as condi es favor veis a este fungo alertando o viticultor que pode redobrar a sua aten o e tomar medidas preventivas LPO Alsace 2012a Figura 3 3 Parcela de Vinha com Cober
118. iclo vegetativo Os rg os a observar s o definidos pelos h bitos alimentares caracter sticos de cada gera o e associadas aos est dios fenol gicos da vinha A observa o visual pode determinar com precis o o momento adequado de aplica o de medidas de protec o As armadilhas constituem uma t cnica de estimativa indirecta que permite acompanhar a evolu o da praga As armadilhas sexuais monitorizam a curva de voo da praga e podem indicar a poca de tratamento embora n o sejam fi veis para tomada de decis o As armadilhas cromotr picas permitem identificar a presen a do insecto e monitorizar o voo dos adultos Rodrigues 2012a No Quadro 4 8 encontram se descritas as t cnicas de estimativa de ataque adequadas s principais pragas da cultura da vinha Quadro 4 8 T cnicas de estimativa de ataque para as principais pragas da vinha Adaptado de Rodrigues 2012a PRAGAS OBSERVA O VISUAL ARMADILHA Tra a da uva Postura e eclos o em infloresc ncias e cachos Armadilhas sexuais Cigarrinha verde Presen a de adultos e ninfas nas folhas Armadilhas cromotr picas Cigarrinha dourada Presen a nas folhas Armadilhas cromotr picas Aranhi o vermelho Presen a de ovos nos gomos e adultos nas folhas Aranhi o amarelo Presen a de adultos nas folhas 4 4 2 Organismos Auxiliares No que respeita a limita o natural das pragas s o de fomentar as boas pr ticas que privilegiem a preserva o da entomofauna auxiliar que actua
119. icultura Biol gica 25 1 2 6 O caso particular do Vinho proveniente de uvas biol gicas 26 1 2 7 O Vinho Biol gico Europeu sadias is detentions 26 1 3 Caracteriza o da Cultura isis ssenarinin inei an EEEa 28 ES Aspectos Botani toss na E ii a E de E a 28 1 73 27 Ciclo BIol fiC Omsan E sans atareanecues 29 1 3 3 Exig ncias edafo clim ticas ges otd oc sscc systan vous soe cd caasee cae eccoec iasareoavesc oedonts 30 t34 Prasasda Cult ra trosai r va es a sane Paha lpia Gi ulate Aiea Dl 32 1 3 5 Doencas da Cultura sa sacs passa ni deeseanstens sary Tn OSS SAO 41 1 36 AQuitras Pragas e Doen as ss Ses parda ae a say aes cassia ar aet 46 2 A CONVERS O PARA MODO DE PRODU O BIOL GICO GEST O DO SOLO E DA FERTILIDADE Sostengut seriais i e s Era e S a EEE 49 2 1 Basesda Fertlidades ici a e Seca ado R E aa E Coens eiis 49 2 1 1 An lise do SOlO cccste pcaietioges bat esaneeetieneee tides Maries eee eceleee 53 21 2 Fixa o Biol sica de IN ZOLO a Fine dvi ET ahaa was acoso ps 54 DMO AIC OMAR ZAG cuide si Fe nite itm no ani de ae al Anal eed a Meas ic ae 56 2 1 4 Plantas Indicadoras de Fertilidade 57 2 2 Cobertura Vegetal do Solo e Aduba o Verde 59 2 2 1 Tipos de Cobertura Vegetal ssamacasassediaissatr tnfeaeea adaga cega dita sacado Se beneees 61 2 2 2 Escolha do Tipo de Cobertura Vegetal 2 2 32 ceicecsteaenceheredeciateiiones 64 2
120. iculture Biologique Fiches Techniques Techn ITAB Viticulture ITAB 2003d Les engrais verts en viticulture Institut Technique de Agriculture Biologique Fiches Techniques Techn ITAB Viticulture 146 ITAB 2003e R glementation et pr ncipes g n raus de la viticulture biologique Institut Technique de 1 Agriculture Biologique Fiches Techniques Techn ITAB Viticulture ITAB 2003f Utilization du compost en viticulture biologique Institut Technique de l Agriculture Biologique Fiches Techniques Techn ITAB Viticulture ITAB 2003g La protection de la vigne en agriculture biologique Institut Technique de PAgriculture Biologique Fiches Techniques Techn ITAB Viticulture Lobo Xavier M A G 2008 Ficha T cnica n 9 Insecto Vector da Doenga Flavesc ncia Dourada Direc o Regional de Agricultura e Pescas do Norte Acedido em 20 11 2012 http www drapn min agricultura pt drapn conteudos ft2010 ficha tecnica 09 2008 pdf LPO Alsace 2012a Les arbres isol s dans le vignoble Acedido em 06 04 2012 http alsace lpo fr docLPO Arbres isoles pdf LPO Alsace 2012c Les haies dans la vigne Acedido em 09 04 2012 http alsace lpo fr docLPO Haies pdf LPO Alsace 2012d Les zones humides dans le vignoble Acedido em 06 04 2012 http alsace lpo fr docLPO Zones humides pdf LPO Alsace 2012e Murs de pierres s ches et pierriers Acedido em 06 04 2012 http alsace lpo ft docLPO Murets Pierrie
121. iculture Biologique en Alsace Dossiers Techniques Acedido em 08 02 2012 http www opaba org bioenalsace wp content uploads 2011 07 Enherber la vigne pdf Pereira A N Rego C Oliveira H Portugal J Sofia J Bugaret Y Vidal R e Rodrigues R 2012 Manual Bayvitis A fitossanidade da videira Ed Bayer CropScience Lisboa Porcuna Coto J L Gaude Soriano M I Castej n de Romero P Catala Canet J R e Garcia Catal D 2010 Guia de Agricultura Ecologica de Frutales Federacion de Cooperativas Agrarias de la Comunidad Valenciana FECOAV Valencia ProDeR 2011 Altera o de Modos de Produ o Agr cola Acedido em 25 11 2011 http www proder pt conteudo aspx menuid 492 Rego C e Oliveira H 2007 Black Rot da videira causado por Guignardia bidwellii Actas do 7 Simp sio de Vitivinicultura do Alentejo Rodrigues MA Cordeiro AA Arrobas M 2010 Gest o da vegeta o herb cea em vinha e olival Revista Oleavitis n 4 Rodrigues R 2009 caros Auxiliares da Fam lia Phytoseiidae Identifica o e Limita o Natural de Pragas In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 325 337 Rodrigues R 2012a Pragas Principais da Videira In Pereira A N Rego C Oliveira H Portugal J Sofia J Bugaret Y Vidal R e Rodrigues R 2012 Manual Bayvitis A fitossanidade da videira Ed Bayer CropScience Lisboa 148 Rodrigues R 20
122. ifusor de feromona do tipo esparguete homologado em Portugal C Carlos SADVID ira ci ra a a aN e DORSO a rsa ncemdystitte 129 xi xii NDICE DE QUADROS Quadro 1 1 Alguns exemplos de elementos a preparar pelo operador antes de uma visita de controlo Adaptado de Serrador 20098 ie reeeeereeeeereracarnaa 12 Quadro 1 2 Tipos de ac es correctivas ou san es e exemplos pr ticos Adaptado de Serrador 2006 cit por Serrador 20098 e ereeerereeeeeecarenan s 13 Quadro 1 3 Superf cie dedicada viticultura entre os principais pa ses produtores a n vel mundial Adaptado de Empleaverde 2009 casisguasies antera demos fia point eta pal fo 17 Quadro 1 4 Modelo para a Forma o T cnica em Viticultura Biol gica Adaptado de VANA KOITO GIONS 2017 ARC 25 Quadro 1 5 Pr ticas enol gicas e restri es impostas pelo Regulamento n 203 2012 relativamente produ o biol gica Adaptado de CE 2012 21 Quadro 1 6 Hospedeiros preferenciais do Aranhi o Amarelo Rodrigues 20124 40 Quadro 1 7 Lista de algumas Pragas e Doen as secund rias da cultura da Vinha Adaptado de Bugaret et al 2012 Rodrigues 2012a e Rodrigues 2012b eee eeeeeesseceesteeeenteeeeees 47 Quadro 2 1 Necessidades e exporta es anuais correspondentes s diferentes partes da vinha Chambre d Agriculture de Gironde 2011 eee 51 Quadro 2
123. iliza o excessiva corresponde a outro motivo de fragilidade das culturas uma vez que as plantas se tornam mais vulner veis aos ataques de pragas e doen as Ferreira 2009 Finalmente as pr ticas culturais incorrectas podem levar a um aumento das pragas e doen as quando levarem a cabo medidas destruidoras de auxiliares e outras medidas inadequadas As medidas que levam diminui o dos auxiliares s o a destrui o de sebes de muros de pedra de constru es rurais e de outras zonas de abrigo bem como a destrui o de vegeta o que constitua alimento e local de ref gio aos organismos auxiliares As medidas inadequadas que levam ao mesmo efeito s o a incorpora o de restos de cultura doentes proveniente de podas de material deixados directamente no solo ou com compostagem insuficiente a incorpora o de restos de cultura sem qualquer tritura o e a incorpora o de estrumes frescos Outras medidas inadequadas incluem sistemas culturais que impe am o devido arejamento da planta nomeadamente compassos de planta o estreitos e podas desparras e desfolhas insuficientes Ferreira 20091 114 4 2 Boas Pr ticas de Profilaxia Em agricultura biol gica a protec o fitossanit ria deve come ar antes da planta o Ferreira 2009g As medidas de profilaxia t m in cio na prepara o do terreno e envolvem a escolha de cultivares promo o da biodiversidade promo o de auxiliares fertiliza o e pr ticas
124. imento excessivo e indesejado de uma determinada planta ou de um conjunto de plantas As infestantes podem ser classificadas pelo seu ciclo biol gico como anuais bianuais e perenes sendo uma quest o importante a considerar no planeamento do seu controlo Torres 2007 No que respeita a protec o da cultura da vinha as infestantes s o consideradas um problema na medida em que todos os anos necess rio agir para o seu combate Rodrigues et al 2010 As infestantes t m sido combatidas ao longo de d cadas atrav s de frequentes mobiliza es de solo e por m todos qu micos A investiga o t cnico cient fica tem vindo a provar que as mobiliza es de solo devem ser reduzidas e evitadas sempre que poss vel Rodrigues et al 2010 Estas pr ticas tradicionais de controlo de infestantes exp em o solo eros o ao escorrimento superficial desagrega o das suas part culas levando a um aumento progressivo da perda de solo afectando a sustentabilidade dos agro sistemas podendo inclusivamente afectar o sistema radicular das videiras Em paralelo o uso continuado de herbicidas leva redu o da biodiversidade e a um cen rio de domin ncia das espont neas mais resistentes sua aplica o que de modo geral representam plantas com elevada capacidade invasora A persist ncia destas subst ncias herbicidas no solo pode levar ainda contamina o dos aqu feros e guas superficiais Rodrigues et al 2010 Em Agricu
125. inal da d cada de 60 as importantes mudan as sociol gicas influenciaram amplamente o desenvolvimento da agricultura biol gica Come aram assim a surgir os produtos denominados de biol gico ecol gico natural org nico entre outras denomina es A falta de regras ou legisla o levava a todo o tipo de utiliza o de denomina es e rotulagens induzindo o consumidor em engano e levando quebra da sua confian a no mercado Nessa altura o enquadramento da produ o biol gica era efectuado com base nos cadernos de normas de organiza es associativas do sector Em 1964 nascia a Nature et Progr s uma associa o de desenvolvimento agro biol gico que viria a impulsionar o nascimento da IFOAM International Federation of Organic Agriculture Movements uma associa o internacional que deteve desde 1972 um conjunto de normas para o enquadramento da agricultura biol gica Foi em 1986 que em Portugal apareceu a primeira associa o de agricultura biol gica a Agrobio A partir de 4 ent o a produ o biol gica portuguesa passou a ser enquadrada pelo caderno de normas da Agrobio at ao aparecimento da legisla o europeia do Modo de Produ o Biol gico MPB e Regulamento CE n 2092 1991 Como resposta crescente procura por parte dos consumidores de produtos biol gicos em 1989 a Comiss o Europeia apresentou pela primeira vez uma proposta de regulamento para o MPB Ap s debates e d
126. iol gica Em viticultura biol gica fundamental a adapta o s novas exig ncias a n vel ambiental cumprindo e incorporando os conceitos estabelecidos pela normativa de agricultura biol gica A gest o e planeamento da explora o devem ser adequados sua localiza o agro clim tica mantendo a rentabilidade econ mica da explora o 22 A produ o biol gica da vinha n o se reduz substitui o dos produtos qu micos de s ntese proibidos por outros produtos permitidos pela legisla o para o MPB A mudan a nos sistemas de produ o profunda estabelecendo variedades adaptadas s condi es agro clim ticas locais melhorando a fertilidade do solo e promovendo a biodiversidade do sistema de forma a potenciar os processos ecol gicos naturais ben ficos A viticultura biol gica envolve um encontro com a natureza e com o patrim nio vit cola ao n vel do clima e do solo A paisagem vit cola e o sistema agr cola s o cuidados com o uso de produtos naturais pouco agressivos para o meio ambiente promovendo a actividade biol gica do solo No sistema vit cola biol gico procura se a auto sufici ncia do ecossistema no ciclo da mat ria org nica utilizando t cnicas como a aduba o verde cobertura vegetal e compostagem recorrendo essencialmente ao uso de podas baga os e estrume da pr pria explora o ou de explora es extensivas vizinhas para melhorar a fertilidade do solo O controlo de pragas e
127. iscuss es foi aprovado o primeiro regulamento europeu para o modo de produ o biol gico de produtos agr colas e g neros aliment cios o Regulamento CE n 2092 1991 CE 1991 Este regulamento constitu a em 16 artigos remetendo para 8 anexos de teor mais utilit rio para os operadores contendo listas de produtos autorizados e condi es de utiliza o Serrador 2009b Em 2004 o Plano de Ac o Europeu para os alimentos e a agricultura biol gicos estabeleceu 21 Ac es em termos de alimenta o e agricultura biol gica sendo uma delas Ac o 8 Tornar o regulamento mais claro definindo os princ pios da agricultura biol gica CE 2004 O Plano de Ac o Europeu elaborado pela Comiss o das Comunidades Europeias CEE definia novas recomenda es dirigidas UE e aos Estados Membros EM Todos os anos o regulamento sofria altera es a uma m dia de 4 altera es por ano at 2007 revelando o enorme dinamismo do sector e Regulamento CE n 834 2007 Em Junho de 2007 o Conselho Europeu de Ministros da Agricultura Biol gica aceitou este novo regulamento que rege todos os n veis de produ o controlo e rotulagem de produ o biol gica revogando o Regulamento CE n 2092 1991 A estrutura deste novo regulamento foi bastante alterada para uma estrutura de percep o mais simplificada sendo constitu da por 7 t tulos 42 artigos e 1 anexo com diferencia o de object
128. itanica L pedregosos ou rochosos muros paredes habita es edif cios rurais e troncos de rvores Charnecas matagais terrenos cultivados vinhas olivais e Sard o Lacerta lepida Daudin sige Ee zonas com abund ncia de ref gios e Anf bios Tal como os R pteis o seu papel ainda subestimado Alguns exemplos de Anf bios auxiliares s o a R verde a Rela a Salamandra de pintas amarelas e o Sapo comum Segundo Strecht 2009c os Habitats Agr colas que estes anf bios frequentam de forma a promover ou implementar as IEE necess rias no sentido da fixa o destas popula es Quadro 4 7 123 Quadro 4 7 Principais Anf bios auxiliares e seus habitats agr colas Adaptado de Strecht 2009c Nome COMUM NOME CIENT FICO HABITAT AGR COLA Ambientes aqu ticos charcos presas de gua levadas de Ra verde Rana perezi Seoane agua pantanos lameiros tanques de rega lagos lagoas barragens a udes e ribeiras Durante o dia exp e se ao sol sobre arbustos perto de pontos de Rela Hyla arborea L i Se gua Possui tend ncia para locais crepusculares e nocturnos Salamandra de Salamandra Frequenta zonas montanhosas h midas e sombrias bosques pintas amarelas salamandra L caducif lios junto a ribeiros e charcos Frequenta hortas jardins e pomares Durante o dia refugia se Sapo comum Bufo bufo L q J p g perto de muros de pedra entre a vegeta o ou outros orificios 4 4 Protec o contra Pragas Zz
129. ivos princ pios e regras de produ o Serrador 2009b O objectivo deste novo quadro legal definir um novo rumo para o 2 desenvolvimento continuado da agricultura biol gica O objectivo sistemas de 5 cultivo sustent veis e uma variedade de produtos de elevada qualidade Ao longo deste processo ser dado maior nfase protec o do ambiente biodiversidade e aos elevados padr es de protec o animal Comiss o Europeia 201 la Este regulamento estabelece a base para o desenvolvimento sustent vel da produ o biol gica garantindo a confian a dos consumidores e protegendo os seus interesses atrav s de objectivos e princ pios claramente definidos Podemos identificar neste novo quadro um compromisso com um sistema global de gest o agr cola e de produ o que combinam as melhores pr ticas ambientais promovendo a biodiversidade e a preserva o dos recursos naturais Pretende deste modo ir ao encontro da crescente procura no mercado de produtos obtidos a partir de processos e subst ncias naturais com garantias da integridade biol gica e das qualidades essenciais em produtos transformados e em todos os est dios da cadeia de produ o incluindo a distribui o Ferreira 20104 e Regulamento CE n 889 2008 A 18 de Setembro de 2008 foi publicado o Regulamento CE n 889 2008 estabelecendo as normas de execu o do Reg CE n 834 2007 regulamentando desde o cultivo do solo
130. lidade da gua participando na preserva o de um patrim nio paisag stico e gen tico para as gera es vindouras Cichosz 2006 A AB aparece como resultado de uma crise no sistema produtivo agr cola e das suas consequ ncias para a sa de humana e para o ambiente Contudo a Agricultura Biol gica n o apenas uma sa da para um resultado negativo do sistema agr rio uma filosofia um modo de vida uma vis o sobre o planeta e a ac o do ser humano sobre ele CORABIO e Chambre R gionale d Agriculture Rh ne Alpes 2012 Na base da agricultura encontra se o Solo sendo uma das suas premissas alimentar o solo para alimentar a planta Este princ pio contrasta com a abordagem da agricultura convencional que consiste em fornecer os elementos minerais planta atrav s de fertilizantes de s ntese Na AB pratica se um respeito pelo processo natural da nutri o vegetal proporcionando benef cios para a sa de dos solos e das plantas assim como para a sa de humana Duval 2003 Os procedimentos agr colas assentam na reciclagem materiais org nicos naturais na rota o de culturas e no respeito pelo equil brio dos organismos vivos do solo tornando os minerais dispon veis para as plantas A promo o da biodiversidade um pilar neste sistema agr cola Desta forma sem recorrer ao uso de qu micos de s ntese a grande causa da queda da biodiversidade em sistemas agr colas a prote o contra pragas e doen as
131. lo como as necessidades da pr pria cultura de cobertura Inclusivamente poss vel optar por diferentes composi es de esp cies para os diferentes locais da explora o adequando as coberturas vegetais sua localiza o espec fica De mais deve se optar por uma cobertura multiespec fica por esta constituir um ecossistema variado para m ltiplos nichos ecol gicos permitindo o abrigo de uma entomofauna diversificada Alguns autores distinguem ainda os adubos verdes quanto sua capacidade de fornecer carbono ao solo As culturas Carbono Lento s o constitu das por esp cies ricas em celulose e lenhina e as culturas Carbono R pido s o constitu das por esp cies ricas em a cares Analogamente dada prefer ncia a culturas compostas sendo os Cereais abastecedores de carbono lento e as Gram neas e Cruc feras abastecedoras de carbono r pido ITAB 2003d As principais Fam lias usadas em aduba o verde s o as Cruc feras Gram neas e Leguminosas e est o representadas no Quadro 2 7 com as suas ac es fundamentais no sistema vit cola 66 Quadro 2 7 Principais Fam lias de plantas para aduba o verde e as suas caracter sticas no agro sistema Adaptado de Mudarraprieto e Trujillo 2005 Fam lia Principais Ac es Exemplos Cruciferas Extrac o de nutrientes de camadas Brassica napus L Sinapsis alba L mais profundas a F p Esp cies Espont neas Sinapsis arvensis L Gramineas Melhoria da est
132. lo para sementeira de cobertura vegetal Para a descompacta o do solo deve se intervir em final de campanha para evitar novas passagens de equipamento sobre a parcela As chuvas de Outono os per odos de gelo e degelo completam o trabalho de abertura do solo Cichosz 2006 Desde o in cio do repouso vegetativo at ao abrolhamento o per odo de implanta o do coberto vegetal semeado ou espont neo Durante este per odo o coberto vegetal ir proteger o solo da eros o e do impacto da chuva assim como melhorar a estrutura e arejamento do solo Cichosz 2006 A calendariza o das interven es culturais n o pode ser determinada com precis o pois encontra se sujeita ao estado do solo e da meteorologia Deste modo o viticultor deve executar um planeamento e manter o seu equipamento em bom estado de funcionamento e preparado para qualquer interven o necess ria e Escolha dos equipamentos O trabalho do solo e a escolha do material agr cola devem ser adaptados natureza do solo idade e ao vigor da vinha As alfaias devem ser utilizadas em condi es de solo apropriadas nem demasiado seco nem demasiado h mido e deve estar regulado em fun o de cada parcela profundidade largura e velocidade O tipo de solo pode representar uma limita o na escolha do material agr cola Para a escolha das alfaias de trabalho do solo deve se considerar alguns crit rios como a velocidade do trabalho a capacidade de tra
133. ltura Biol gica n o permitido o uso de herbicidas de s ntese e as mobiliza es de solo devem ser reduzidas ao m nimo Deste modo para uma gest o adequada das infestantes no MPB importante conhecer e identificar a flora espont nea perceber em que medida pode constituir um benef cio ou preju zo em 13 fun o da sua localiza o na explora o entrelinhas bordaduras etc e estabelecer um m todo de controlo adequado Os principais objectivos a considerar na gest o das infestantes s o a conserva o do solo a gest o do teor em mat ria org nica a biodiversidade o microclima da vinha a rela o entre infestantes e hospedeiros de pragas e doen as a rela o entre infestantes e organismos auxiliares assim como a produtividade da vinha e a regularidade da sua produ o Torres 2007 A gest o de infestantes constitui uma poderosa ferramenta na gest o da vinha Thomas e Schiedel 2010 e pretende prever a conserva o das suas vantagens e a limita o das desvantagens e Vantagens 2 Uma an lise da flora espont nea essencial pois a flora inicialmente considerada infestante pode na realidade trazer benef cios e constituir uma boa cobertura natural do solo A constitui o de um coberto vegetal do solo permite a estrutura o e descompacta o do solo a sua protec o contra a eros o o est mulo da actividade biol gica e facilita a transitabilidade dos equipamentos A flora espont nea po
134. m qu micos que inibem a germina o de muitas esp cies de infestantes Thomas e Schiedel 2010 Um momento importante na instala o da vinha de import ncia para a gest o da aduba o verde o momento antes da planta o da vinha nova Sobretudo em parcelas antecedidas por remo o de vinha velha a aplica o de uma cultura de cobertura pode reunir v rios interesses Nestes casos aconselh vel a aplica o de um adubo verde ap s a remo o da vinha velha e antes da planta o da vinha nova Os objectivos deste tipo de cobertura vegetal s o evitar os problemas derivados de um solo nu e preparar o solo para a nova planta o com o fornecimento de MO sob a forma de adubo verde No Quadro 2 10 apresenta se uma lista de algumas esp cies mais adequadas para instalar antes da planta o da vinha nova 69 Quadro 2 9 Par metros de produ o rendimento e aporte de nutrientes das principais Fam lias de planta para aduba o verde Adaptado de Vantalon 2000 cit por ITAB 2003d FAM LIA NOME CIENT FICO Brassica napus L Cruciferas Raphanus sativus L Sinapsis alba L Lolium multiflorum L Gramineas Lolium perenne L Secale cereale L Trifolium incarnatum L Trifolium pratense L Leguminosas Vicia faba L Vicia sativa L Na not available dados indisponiveis NOME COMUM Colza Nabo forrageiro Mostarda branca Azev m anual Azev m perene Centeio Trevo encarnado Trevo dos prados Fava Er
135. ma podemos considerar o microclima que se produz ao n vel das cepas dependente da forma de condu o poda rega vigor das plantas superf cie foliar e rendimento fotossint tico bem como de certas pr ticas culturais incluindo a manuten o da superf cie do solo O microclima re ne condi es que fazem com que a temperatura exposi o solar higrometria e factores clim ticos actuem de modos diversos sobre a produ o e qualidade da vinha Hidalgo 1993 A vinha adapta se a v rios tipos de solo sendo a aptid o dos solos muito definida pela origem geol gica do mesmo O vinho produzido numa grande variedade de perfis pedol gicos estruturas profundidades nutrientes e pH Thomas e Schiedel 2010 31 1 3 4 Pragas da Cultura e Traca da uva Lobesia botrana Denn amp Schiff A tra a da uva representada em Portugal pela Lobesia botrana Figura 1 13A tamb m conhecida por Eud mis Rodrigues 2012a Esta esp cie mais abundante nos pa ses mediterr nicos e constitui um maior risco econ mico para o viticultor portugu s Segundo Carlos 2007 a tra a da uva considerada a principal praga das vinhas da Regi o Demarcada do Douro A Eupoecilia ambiguella sendo mais abundante nos pa ses da Europa Central n o representa um risco significativo para Portugal Por este motivo e por possu rem um ciclo de vida muito semelhante a descri o que se segue diz respeito esp cie Lobesia botrana Rodrigue
136. me transforma se pelo processo de compostagem em m dia em 10 ton de composto 1 3 do peso inicial resultando em 5 6 ton de h mus no solo e N vel de Compostagem O n vel de compostagem escolhido conforme o objectivo pretendido Um produto de compostagem curta melhora a estrutura do solo aumenta a ac o anti eros o e a actividade microbiana do solo Um produto de compostagem interm dia enriquece rapidamente o solo com h mus Um produto de compostagem excessiva resulta na perda de elementos fertilizantes por lixivia o Cunha Queda e Ferreira 2009 92 2 7 Aduba o Org nica Como referido anteriormente s o considerados adubos org nicos todos os fertilizantes que atingirem os valores indicados no Quadro 2 18 A maioria dos produtos adubos org nicos de origem animal estrumes res duos de matadouros ou ind strias agro alimentares As diversas mat rias primas utilizadas como adubo org nico possuem composi es vari veis conforme apresentado no Quadro 2 22 Quadro 2 22 Composi o qu mica de mat rias primas para adubo org nico Ferreira e Cunha Queda 2009 GUA N TOTAL N AMONIACAL N N TRICO P205 K20 ADUBO Farinha de Came 6 8 1 0 065 0 016 9 3 0 6 Corno Bruto 12 0 8 0 5 Corno Torrado 14 1 0 7 Estrume de Galinha Seco 18 4 9 0 34 0 23 Estrume de Galinha Fresco 42 25 2 1 2 1 Guano de Aves Marinhas 16 16 2 9 0 3 20 3 Farinha de Osso 6 73 0 4 0 07 16 1 5 Farinha
137. mite o crescimento da vinha sem restri es O corte da zona mais baixa do talude no final da Primavera permite o revestimento do talude at ao Outono melhorando as condi es de humidade e temperatura durante o Ver o Ferreira 2007 No Quadro 2 13 encontra se um resumo do tempo de trabalho das t cnicas culturais para a instala o de uma cobertura vegetal do solo 78 Quadro 2 13 Tempo m dio de trabalho para a implanta o de uma cobertura vegetal Adaptado de ITAB 2003d T CNICA CULTURAL TEMPO DE TRABALHO HA Prepara o do solo 1h30 Sementeira 2h Passagem do Rolo 0 1h Corte 2h Incorpora o do corte 0 2h Total 5h30 8h30 2 4 Res duos Vegetais da Cultura Na cultura da vinha os res duos vegetais da cultura resumem se s folhas e ao material de podas A incorpora o dos res duos vegetais contribui para melhorar a estrutura do solo e a sua fertilidade Neste ponto o viticultor deve ter o cuidado de apenas incorporar res duos de material vegetal em bom estado fitossanit rio de forma a prevenir a reinfesta o de pragas e doen as como o caso da escoriose Phomopsis vit cola Sacc doen a dos sarmentos das videiras Para evitar riscos sanit rios o material que evidencie sintomas de pragas ou doen as deve passar por um processo de compostagem podendo ser necess ria a queima do material Trujillo e Prieto 2008 Pela natureza lenhosa do material de poda este material deve ser triturado antes de se
138. mpromisso do produtor com a agricultura biol gica e n o simplesmente por uma obriga o oficializada ou apenas por motiva es econ micas O verdadeiro compromisso e o sucesso da convers o para a viticultura biol gica envolvem um comprometimento pessoal e familiar um refor o de conhecimentos e compet ncias e finalmente uma experimenta o pr via das metodologias de viticultura biol gica A t tulo pessoal o viticultor deve formular claramente os seus objectivos e motiva es transmitindo os sua fam lia e envolvendo a adequada e oportunamente nos procedimentos para a convers o definindo as altera es necess rias nas estruturas da explora o A aquisi o de capacidades t cnicas engloba o conhecimento da legisla o e seu caderno de encargos o estudo de mercado e possibilidades de escoamento do produto a forma o t cnica espec fica tanto a n vel de forma o b sica em viticultura biol gica como ao n vel do pr prio contacto com viticultores biol gicos para a partilha de experi ncias concretas no sector AGRIDEA 2011 A capacita o t cnica deve ser adquirida pelo viticultor propriet rio da explora o assim como pela totalidade dos colaboradores No Quadro 1 4 apresenta se um modelo de forma o t cnica em viticultura biol gica mencionando as principais reas nas quais os colaboradores devem ser formados para um sucesso do processo de convers o ao MPB Por fim no que respeita a experimenta
139. na pr pria sa de p blica O sector vit cola tem vindo a adaptar se de igual modo s exig ncias ambientais bem como s exig ncias do consumidor no que respeita o aumento da qualidade do produto final O novo mercado da viticultura biol gica atrai produtores com diversas motiva es criar um produto de qualidade conjugar protec o do 15 ambiente e a inova o empresarial aliar filosofia e novas metodologias de trabalho entre outras Para o viticultor biol gico a diferencia o permite a valoriza o do produto e a sua subida de pre o Para o consumidor esta diferencia o traduz se numa subida do n vel de satisfa o pela adapta o do produto aos distintos segmentos de mercado e pela sua adequa o nova tend ncia de oposi o ao consumo massivo e indiferenciado Empleaverde 2007 1 2 1 Viticultura Biol gica no Mundo A viticultura biol gica atravessa uma evolu o desigual a n vel mundial Enquanto na Europa a evolu o tem sido semelhante nos diversos pa ses no resto do mundo alguns pa ses t m se destacado pela sua investiga o e promo o do sector da viticultura biol gica A superf cie agr cola dedicada produ o de vinha a n vel mundial alcan a os 7 9 milh es de hectares sendo que desta superf cie a Europa alberga 3 6 milh es de hectares o correspondente a 46 da superf cie vit cola mundial e o equivalente a 2 da rea agr cola europeia FIBL IFOAM 2011 No Quadr
140. nhas ou de modo alternado de duas em duas entrelinhas Os principais objectivos das culturas de cobertura s o a estrutura o e descompacta o do solo a disponibiliza o de nutrientes para a vinha a estimula o da actividade biol gica do solo o combate da eros o do solo e o controlo de infestantes Cichosz 2006 Um estudo realizado pelo Interprofessional Vine and Wine Technical Centre ITV em Fran a Val de Loire sobre o efeito do enrelvamento na vinha constatou um melhor estado fitossanit rio da cultura nomeadamente na limita o do ataque da podrid o cinzenta ITAB 20030 Em conjunto com as sebes as culturas de cobertura criam um abrigo para os organismos ben ficos da vinha dando provas na sua import ncia para a conserva o da biodiversidade Para uma gest o eficaz das culturas de cobertura o seu acompanhamento deve ser efectuado como se de uma cultura produtiva se tratasse A escolha das esp cies deve ser 59 ponderada e as t cnicas culturais devem ser inseridas no calend rio das restantes opera es vit colas e Estrutura o e Descompacta o do Solo A ac o mec nica das ra zes do adubo verde permite o arejamento do solo conferindo lhe estrutura e descompactando as camadas superiores Cichosz 2006 Esta ac o facilita a penetra o da gua e do ar ITAB 2003d Um benef cio adicional reside na facilidade que uma cultura de cobertura fornece transitabilidade de maquinaria mesm
141. nhos de gralhas reentr ncias das escarpas e edif cios rurais Frequenta hortas jardins e pomares Frequenta zonas de pomares culturas hort colas pousios e pastos pr ximos de bosques Frequenta sebes silvas olivais taludes terrenos em pousio e bosques de baixa altura Os Mam feros exercem um contributo na limita o natural das pragas sendo contudo pouco avistados dada a generalidade do seu h bito nocturno Alguns exemplos de Mam feros auxiliares s o a doninha os morcegos os musaranhos e o ouri o cacheiro Segundo Strecht 2009b s o descritos no Quadro 4 5 os Habitats Agr colas que estes mam feros frequentam de forma a promover ou implementar as IEE necess rias no sentido da fixa o destas popula es 121 Quadro 4 5 Principais Mam feros auxiliares e seus habitats agr colas Adaptado de Strecht 2009b Nome COMUM Doninha Morcegos Musaranhos Ouri o cacheiro e R pteis NOME CIENT FICO Mustela nivalis L Ordem Chiroptera Ordem Insectivora Fam lia Soricidae Erinaceus europaeus L HABITAT AGR COLA Frequenta os meios onde vivem os roedores No Inverno e Primavera habita florestas muros de pedra sebes rvores velhas No Ver o e Outono habita meios abertos e culturas anuais sebes caminhos canais e taludes De noite voam sobre terrenos de cultivo e casas De dia e durante a hiberna o abrigam se em rvores ocas grutas minas pontes sebes altas casas
142. nte prolonga se quando as temperaturas s o baixas As posturas dos adultos de ovos de Inverno originam a primeira gera o anual Ap s a eclos o de G1 ocorre a migra o para a folhagem jovem que constitui o seu aimento As posturas dos ovos de Ver o s o feitas na p gina inferior das folhas ao longo das nervuras principais e secund rias A eclos o dos ovos de Ver o leva a um r pido aumento dos n veis populacionais do fit fago podendo atingir propor es prejudiciais para a cultura As posturas de Inverno s o feitas pr ximo dos gomos de ramos do ano ou no ritidoma da madeira mais velha Estas posturas s o desencadeadas pela quebra da temperatura e do fotoper odo A temperatura o maior regulador das eclos es e da dura o das incuba es situando se as temperaturas ideais para o desenvolvimento do Aranhi o vermelho entre 25 30 C associadas a tempo seco Rodrigues 2012a O seu desenvolvimento parado em condi es de temperaturas abaixo de 8 C ou acima de 35 C assim como humidades relativas abaixo de 60 Costa 2006 Tendo como hospedeiros preferenciais esp cies de fruteiras como macieiras pereiras pessegueiro e at algumas hort colas como o feijoeiro o tomateiro e o tomateiro esta esp cie encontra se cada vez mais sincronizada com o ciclo da vinha tendo como principal efeito o bronzeamento das folhas Rodrigues 2012a e Aranhico amarelo Tetranychus urticae Koch Esta praga reflecte a sua expre
143. nto das plantas Lobo Xavier 2008 Este fitoplasma alojado nos vasos condutores de seiva impede a migra o de nutrientes e afecta a acumula o de reservas no lenho Cichosz 2002 A cigarrinha dourada foi referenciada pela primeira vez em 35 Portugal na Regi o dos Vinhos Verdes e Douro em 2001 e a FD no ano de 2007 Rodrigues 2012a A larva da cigarrinha dourada distingue se da cigarrinha verde por duas pontua es negras de cada lado do abd men desenvolvendo apenas uma gera o anual e todo o seu ciclo sobre a planta de videira Cichosz 2002 sobre a forma de ovo que hiberna sob o ritidoma das videiras tendo uma eclos o faseada que inicia em Maio As larvas passam por 5 instares vivendo e alimentando se na p gina inferior das folhas Os adultos Figura 1 16 com elevada mobilidade surgem em Junho e atingem o seu m ximo no m s de Agosto Rodrigues 2012a Figura 1 16 Adulto de cigarrinha dourada Scaphoideus titanus Ball Chambre d Agriculture de Gironde A Flavesc ncia Dourada pode ser transmitida atrav s de material vegetativo contaminado ou atrav s da cigarrinha dourada A cigarrinha dourada enquanto picadora sugadora adquire o fitoplasma da FD ao alimentar se de seiva de uma videira doente O fitoplasma alcan a o intestino reproduzindo se e atingindo a hemolinfa e as gl ndulas salivares Entre 30 35 dias da ingest o do fitoplasma a cigarrinha come a transmitir a doen a A elevada mobilida
144. nus sanguinea L Sanguinela Rhamnus cathartica L Escambroeiro Ligustrum vulgare L Alfena Sambucus nigra L Sabugueiro Clematis vitalba L Clematite Viburnum opulus L Noveleiro Rosa canina L Roseira brava Euonymus europaeus L Ev nio Berberis vulgaris L Uva espim Prunus padus L Azereiro dos danados Hedera helix L Hera Salix viminalis L Vimeiro branco Prunus spinosa L Abrunheiro Salix alba L Salgueiro Prunus mahaleb L Santa Lucia Salix fragilis L Salgueiro fr gil Viburnum lantana L Viburno e Plantas Arb reas A presen a de rvores aumenta a diversidade vertical exercendo um forte poder atractivo sobre aves insectos e outras esp cies animais que a encontram um local para nidificar ou se refugiar Figura 3 3 As zonas de rvores sejam indiv duos isolados ou em arvoredo ou mata favorecem o repovoamento natural contribuindo para a biodiversidade Delinat 2012 As rvores isoladas permitem a liga o entre diferentes parcelas da vinha quando n o h possibilidade de introduzir corredores ecol gicos permitindo uma melhor desloca o da fauna LPO Alsace 2012a As rvores devem ser plantadas em locais onde n o dificultem as opera es culturais a passagem de equipamento e a colheita Geralmente as rvores s o plantadas nas bordaduras ajudando a delimitar a explora o e constituindo em paralelo um papel importante no paisagismo Embora as rvores possuam um porte m dio a grande a sua sombra raramente prejud
145. nxofre Feromonas para confus o sexual Hidr xido de cobre leo de Ver o Oxicloreto de cobre xido cuproso Piretrinas Spinosade Sulfato de cobre PRAGA Afideos Cicadelas lagartas tra a da uva Lagartas Tra a da uva Aranhi o vermelho Erinose Tra a da uva Aranhi o vermelho Cochonilhas Erinose Pirale caros Afideos e lagartas Lagartas e tra a da uva DOEN A Escoriose O dio Mildio Mildio Mildio Mildio 134 PRODUTO COM AUTORIZAGAO EM PORTUGAL Align Nimoil Bactil X2 Dipel Enxofre F Extra Enxofre molhavel ormental Enxofre molhavel CC Enxofre molhavel Isonet Soleol Atplus 463 Tolfin Cuprocol Cobre nordox 75 WG Pibutrin Spintor Sulfato de cobre combi FORNECEDOR QUIMAGRO EIBOL QUIMAGRO PERMUTADORA AGROQUISA QUIMAGRO AGROQUISA EPAGRO CBC AGOQUISA SYNGENTA QUIMAGRO SYNGENTA MASSO DANIFER DANIFER SAPEC Na publica o Guia de Factores de Produ o para a Agricultura Biol gica editado e revisto regularmente pela AGRO SANUS figuram os produtos comerciais dispon veis em Portugal e alguns produtos n o homologados em Portugal embora homologados em pa ses vizinhos onde as condi es agro clim ticas s o semelhantes Ferreira 20095 135 136 5 CONCLUS ES O aumento da consciencializa o da sociedade para as quest es ambientais tem gerado uma tend ncia par
146. o A Feromonas Atractivo desregulador do comportamento sexual apenas em armadilhas e distribuidores 156 Piretr ides apenas a deltametrina e a lambda cialotrina Insecticida apenas em armadilhas com atractivos espec fi cos apenas contra Batrocera oleae e Ceratitis capitata Wied 5 Prepara es para dispers o superf cie entre as plantas cultivadas Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Fosfato f rrico ortofosfato de ferro D Moluscicida 6 Outras subst ncias tradicionalmente utilizadas na agricultura biol gica Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Cobre sob a forma de hidr xido de Fungicida cobre oxicloreto de cobre sulfato At 6 kg de cobre hectare ano trib sico de cobre xido cuproso Par itar Estados Memb d octanoatode cobre ara as culturas perenes os Estados Membros podem em derroga o do par grafo anterior prever que o limite de 6 kg relativo ao cobre possa ser excedido num determinado ano desde que a quantidade m dia efectivamente utilizada durante um per odo de 5 anos constitu do por esse mesmo ano e os quatro anos precedentes n o exceda 6 kg A Etileno Matura o de bananas quivis e diospiros matura o de citrinos apenas como parte de uma estrat gia para a preven o dos danos causados pela mo
147. o a incorpora o do material pode ser facultativa 11 Ap s o corte o material verde deixado sobre o solo para secar durante pelo menos 3 dias e em seguida incorporado superficialmente a uma profundidade menor que 10cm O estado de humidade do material incorporado vai depender da quantidade de dias que este estiver sobre o solo assim como da pluviosidade A incorpora o nunca deve ser efectuada sobre solo h mido Se a incorpora o for efectuada 1 a 2 dias ap s o corte a decomposi o e a mineraliza o da mat ria r pida e consider vel Se a vegeta o for deixada sobre o solo durante 30 60 dias a mat ria incorporada ser mais seca A incorpora o do material de corte efectuada com recurso a alfaia de dentes ou de discos de forma superficial 2 3 1 T cnicas Culturais na Linha Para a gest o da vegeta o herb cea na linha pode se optar pela mobiliza o de solo com uma alfaia ou por uma cobertura do solo com vegeta o morta tipo mulching Na aplica o do mulching deve se agir sobre uma faixa de 60 80cm de largura e com uma altura m nima de 10cm 2 3 2 T cnicas Culturais nos Taludes O revestimento dos taludes deve ser feito com flora espont nea sendo a sua gest o feita com cortes sucessivos com uma m quina limpa bermas Os cortes dos taludes podem ser efectuados por faixas No in cio da Primavera o corte da zona do talude perto das vinhas do ombro do talude at meio per
148. o em associa o com o Log tipo Biol gico da UE Elemento Textual Elemento Textual Imperia solvit Imperia solvit qui tacet qui tacet AB CDE 999 a 4 Lorum ipsum imperia solvit qui AB CDE 999 AR CDE 909 tacet iussus loqui Vulput adigna pamanatamand c digo num rico da entidade certificadora faccum quat quatue vel irilissi rants AB C digo ISO conforme especificado no Artigo velese facidunt aci tie dolobor t 9 Ps Feat 58 1 a para o pa s onde o controlo ocorre Oborperos amcommy CDE termo de tr s letras que estabelece uma liga o com o m todo de produ o biol gica conforme especificado no Artigo 58 1 b como 6ko org eko bio etc 999 n mero de refer ncia indicado num m ximo log tipo biol gico de tr s algarismos a serem atribu dos log tipo biol gico nacional ou privado conforme especificado no Artigo 58 1 c nacional ou privado Figura 1 3 Exemplos de elementos gr ficos e textuais em associa o com o Log tipo Biol gico da UE CE 2011b O log tipo da EU para a agricultura biol gica oferece aos consumidores a confian a sobre as origens e qualidades dos alimentos e bebidas e a sua coloca o em qualquer produto assegura o cumprimento do Regulamento comunit rio para a agricultura biol gica CE 2011b 1 1 3 Controlo e Certifica o da Produ o Biol gica O controlo e certifica o da produ o biol gica fazem parte de um sistem
149. o 1 3 podemos comparar a superf cie dedicada viticultura entre os principais pa ses produtores a n vel mundial Neste cen rio mundial a produ o vit cola portuguesa de 250 000 hectares equivale a 3 da superf cie vit cola mundial e a 7 da superf cie vit cola europeia 16 Quadro 1 3 Superf cie dedicada viticultura entre os principais pa ses produtores a n vel mundial Adaptado de Empleaverde 2009 Pais SUPERFICIE MILHARES HA Espanha 1180 14 86 Franca 890 11 21 Italia 847 10 66 Turquia 570 7 18 China 487 6 13 EUA 399 5 02 Ir o 296 3 73 Portugal 250 3 15 Rom nia 218 2 74 Argentina 217 2 73 Total Mundial 7900 100 No que respeita a viticultura biol gica este sector representa 2 4 da superficie mundial dedicada ao Modo de Produ o Biol gico Figura 1 6 Situando se na Europa a grande tradi o vit cola esta regi o alberga a maior frac o de viticultura biol gica mundial com 88 da sua superf cie 17 rea Agr cola em MPB Vinha em MPB Europa Vinha em MPB Outras Regi es 12 Figura 1 6 Distribui o da rea de Vinha em MPB relativamente ao total de rea Agr cola em MPB a n vel mundial 2009 Fonte FIBL IFOAM 2011 No ano de 2009 cultivavam se no mundo mais de 190 000 hectares de vinha certificada em MPB No Figura 1 7 podemos observar a sua distribui o nesse ano por regi o do mundo Como anteriormente referido a regi o da Europa destaca se com o
150. o ap s chuvas abundantes sem afectar a estrutura do solo ITAB 2003c e Disponibiliza o de Nutrientes As culturas de cobertura ao serem utilizadas para aumentar a fertilidade do solo s o cultivadas para serem incorporadas sendo a totalidade dos seus nutrientes restitu dos ao solo Al m disto algumas plantas possuem a capacidade de fixar nutrientes que representam um acrescimento aos nutrientes do solo As Cruc feras por exemplo absorvem do solo elementos minerais sob formas n o assimil veis para a vinha acumulando os nas suas estruturas e restituindo os ao solo ap s a incorpora o do corte sob forma assimil vel ITAB 2003d No caso das Leguminosas as suas ra zes representam uma fonte de azoto atrav s da fixa o simbi tica do azoto atmosf rico Cichosz 2006 A presen a de uma cobertura vegetal do solo no per odo invernal permite a reten o de nutrientes no solo ao impedir a sua perda por lixivia o atrav s da ac o das chuvas TAB 2003d De igual modo o coberto vegetal impede a lixivia o dos nutrientes das aduba es ex aduba es c pricas quando a sua aplica o precede fortes chuvadas As subst ncias activas das aduba es s o fixadas pelo coberto vegetal e s o restitu das ao solo atrav s da incorpora o do corte ITAB 2003d e Est mulo da Actividade Biol gica do Solo A incorpora o do adubo verde ap s o corte promove a actividade biol gica do solo Cichosz 2
151. o pode se observar nas videiras atacadas um esbranqui ado com pontua es negras na base dos sarmentos Bugaret et al 2012 A B C Figura 1 21 A Mancha de podrid o cinzenta na folha Bugaret INRA B Parte distal da infloresc ncia colonizada por Botrytis cinerea Bugaret INRA C Foco esporulado INRA As condi es favor veis ao aparecimento deste fungo encontram se associadas ao excessivo vigor vegetativo ex porta enxertos vigorosos aduba es excessivas ou solos ricos a feridas que constituam porta de entrada para o fungo ex feridas causadas por condi es climat ricas como o granizo e a elevada humidade relativa ex mau arejamento das videiras e condu o baixa Neves 2010 A B cinerea pode no entanto assumir uma express o interessante para o viticultor mediante condi es particulares originando vinhos de car cter nico e diferenciado como 44 o caso dos vinhos Sauternes de Fran a sendo denominada nestes casos de podrid o nobre Bugaret et al 2012 e Black Rot Guignardia bidwellii Viala et Ravaz O Black Rot ou Podrid o Negra da videira causada pelo fungo Guignardia bidwellii origin rio da Am rica do Norte tendo aparecido na Europa em finais do s c XIX e com ocorr ncia rara em climas mediterr nicos Actualmente o Black Rot tem aparecido com alguma incid ncia em certas regi es de Portugal embora os preju zos continuem a ser reduzidos Rego e Oliveira 20
152. o processo de nutri o da planta inicia se na nutri o do solo Cichosz 2006 n o se resumindo a nutrir as plantas com os elementos necess rios como ainda assegurar uma boa estrutura do solo e promover a sua actividade biol gica Em viticultura biol gica a fertilidade do solo gerida principalmente atrav s das pr ticas de controlo da flora advent cia e de aduba es verdes bem como atrav s da incorpora o do material de podas e res duos da explora o Cichosz 2006 A incorpora o de estrume 49 proveniente da explora o ou de explora es pecu rias biol gicas representa um aporte nutritivo adicional Quando se verifica que as medidas anteriores s o insuficientes para as necessidades da vinha o viticultor deve em primeiro lugar replanear as suas pr ticas culturais de modo a n o haver necessidade de fertiliza es org nicas com factores de produ o externos explora o Em caso de necessidade os produtos para fertiliza o org nica permitidos em Agricultura Biol gica poder o colmatar as necessidades da vinha n o supridas pelas pr ticas culturais acima descritas e Necessidades Nutricionais da Vinha A vinha uma planta com necessidades nutritivas relativamente baixas 1 5 mat ria org nica suficiente limitadas em elementos fertilizantes e em Azoto Ferreira 2009e Os seus frutos exportam cerca de 26 do total de elementos extra dos pela planta Quadro 2 1 os sarmentos 21
153. og nicos e parasitas dos animais com aus ncia de odores desagrad veis ITAB 20031 Estas caracter sticas constituem a grande diferencia o entre o composto e a sua mat ria prima O composto representa o produto resultante da compostagem de diferentes tipos de substratos O processo de compostagem permite valorizar os res duos org nicos animais e vegetais Chambre d Agriculture du Bas Rhin 2011 e Escolha dos materiais A gama de substratos para compostagem diversa provindo geralmente de res duos org nicos biodegrad veis ROB de origem agr cola agro industrial florestal e urbana A origem dos ROB de elevada import ncia sobretudo em AB A legisla o n o especifica os produtos utiliz veis para compostagem Contudo os produtos e compostos legislados e autorizados para fertiliza o org nica em AB Cap tulo 2 9 constituem um ponto de partida para a escolha dos materiais de compostagem Cunha Queda e Ferreira 2009 Na selec o dos materiais para compostagem deve ser dada prefer ncia aos res duos provenientes da pr pria explora o e aos res duos dispon veis na regi o visando as necessidades em MO N total rela o C N e pH Cunha Queda e Ferreira 2009 90 No Quadro 2 21 encontram se alguns exemplos de res duos para compostagem bem como os principais par metros a ter em conta na sua escolha Quadro 2 21 Exemplos de res duos org nicos para compostagem em AB Cunha Queda e Ferr
154. onforme especificado no ponto 1 do anexo ID do Regulamento CE n 2003 2003 Unicamente de origem natural A Cal industrial proveniente da produ o Subproduto da produ o de a car a partir da beterraba de a car sacarina A Cal industrial proveniente da produ o Subproduto da produ o de sal sob v cuo a partir de gua de sal sob v cuo salgadas existentes em zonas montanhosas A Enxofre elementar Produto conforme especificado no anexo ID 3 do Regula mento CE n 2003 2003 A Oligoelementos Micronutrientes inorg nicos enumerados na parte E do anexo I do Regulamento CE n 2003 2003 A Cloreto de s dio Unicamente sal gema A P de rocha e argilas JOL 304 de 21 11 2003 p 153 154 ANEXO II PRODUTOS FITOFARMACEUTICOS AUTORIZADOS EM MPB 155 ANEXO II Pesticidas produtos fitofarmac uticos referidos no n 1 do artigo 5 Notas A Autorizados nos termos do Regulamento CEE n 2092 91 e retomados pela al nea c do n 3 do artigo 16 do Regulamento CE n 834 2007 B Autorizados nos termos do Regulamento CE n 834 2007 1 Subst ncias de origem vegetal ou animal Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Azadiractina extra da da Azadirachta Insecticida indica Neem A Cera de abelhas Protec o de feridas resultantes de podas e enxertias A Gelatina Insecticida A Proteinas
155. ontos do globo sem tradi o vit cola demonstrando a ascens o da procura dos seus subprodutos a n vel mundial No continente americano os EUA destacam se como o seu maior pa s produtor seguidos pela Argentina e Chile na Am rica do Sul 19 Chile 2 972 Em 3 083 Argentina 3 513 2010 ES i l l 2009 Alemanha 47 Co m2008 O 4 4 Gr cia 4 874 me 5 023 EUA 11 448 11 448 50 268 Fran a 139 146 28 19 52 273 It lia 43 614 40 48 57 232 Espanha 53 959 30 856 i 0 20 40 60 80 Milhares ha Figura 1 8 Evolu o da rea de vinha biol gica nos principais pa ses a n vel mundial 2008 2010 Fonte AIVB LR 2011 Atrav s da Figura 1 9 podemos identificar a franca expans o mundial da viticultura biol gica em 2008 e 2009 sendo o ano de 2009 o ano em que houve maior expans o um aumento de 27 relativamente ao ano de 2008 Em 2009 a viticultura biol gica mundial ultrapassara o patamar dos 190 milhares de hectares 20 DOO anasto o ED cien o ce weenie toate gen erence e D 2 Se ee ee ee ere EO OA BEER RR ADS tents papery wetness ge aye RR PNR ES e Area de vinha biol gica 50 mundial 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Figura 1 9 Evolu o da rea de vinha biol gica mundial incluindo reas em convers o 2000 2009 Fonte FIBL IFOAM 2011 1 2 2 Viticultura Biol gica Nacional Em 2001 Portugal reunia
156. orais Sob o lenho em zonas abrigadas 50 folhas bem desenvolvidas Varas jovens de 10 cepas Folhas pr ximas do solo Bandeira Cepas inteiras sarmentos atacados 100 folhas na zona mediana dos sarmentos 100 folhas de sarmentos n o frut feros e folhas velhas 100 cachos grossos do interior da folhagem Cepas inteiras folhas sarmentos e cachos 4 7 Produtos Fitofarmac uticos Autorizados em Agricultura Biol gica Na protec o das culturas em Agricultura Biol gica os produtos fitofarmac uticos Anexo II Produtos Fitofarmac uticos Autorizados em Agricultura Biol gica devem apenas ser aplicados em caso de risco imediato para a cultura Em termos pr ticos significa que podem ser aplicados a partir do momento em que a praga ultrapassa o n vel econ mico de ataque NEA ponto a partir do qual se justifica e compensa economicamente a aplica o de produtos fitofarmac uticos para a protec o da cultura Ferreira 2009h Apenas quando as pr ticas agr colas e culturais n o s o suficientes para limitar o ataque das pragas podemos recorrer a produtos fitofarmac uticos autorizados em AB para a protec o da cultura tendo em conta que alguns destes produtos exigem a autoriza o do Organismo de Controlo e Certifica o Ferreira 20091 Um exemplo de um produto que necessita autoriza o por parte do OC o leo de ver o Ferreira 2012 No Anexo II encontram se referenciados os produtos fitofarm
157. os Algumas esp cies do G nero Neoseiulus e mais frequentemente por esp cies do G nero Typhlodromus e Amblyseius ex Typhlodromus pyri Scheuten e Ill Predadores Kampimodromus aberrans Oudemans Generalistas Predadores de v rios tipos de caros Tripes entre outros S o efectivos a baixas densidades de caros Fit fagos Possuem alimentos alternativos nero Euseius IV Predadores G ne ue Polifagos As esp cies cujo principal alimento o p len possuem elevado potencial Foloniagos e reprodutivo Generalistas S o efectivos a baixas densidades de caros Fit fagos A presen a das esp cies I e II est dependente da exist ncia de elevadas quantidades de presas enquanto a presen a das esp cies Ill e IV pela sua polifagia n o est dependente de elevadas quantidades de presas Rodrigues 2009 Os fitose deos s o os predadores mais presentes na vinha dispondo se ao longo das nervuras das p ginas inferiores das folhas de videira procura de alimento As suas presas preferidas s o o Aranhi o vermelho o Aranhi o amarelo e as larvas de Tripes 119 Typhlodromus pyri Scheuten considerada a esp cie mais importante na limita o natural destas presas Em Portugal a T pyri bastante comum no ecossistema vit cola no Norte e Centro do pa s Esta esp cie considerada como Predador Generalista Rodrigues 2009 A esp cie Kampimodromus aberrans Oudemans uma esp cie bastante abundante na
158. os para a cultura da amendoeira branca e os terrenos com giesta amarela Cytisus striatus Hill s o escolhidos para a cultura do olival 58 Em Fran a est o identificadas e estudadas 150 esp cies de plantas indicadoras sendo estas classificadas em tr s grupos plantas indicadoras de um excesso plantas indicadoras de uma car ncia e plantas indicadoras da vida microbiana do solo Minost et al 2002 As plantas indicadoras aparecem antes dos problemas estarem instalados permitindo ao viticultor agir antecipadamente face informa o que estas lhe transmitem OPABA 20129 2 2 Cobertura Vegetal do Solo e Aduba o Verde Por aduba o verde considera se uma cultura de cobertura do solo com a finalidade de aumentar a fertilidade do solo para ser restitu da ao solo e n o para ser colhida Desde a antiguidade que a pr tica da aduba o verde exercida Os chineses utilizavam para aduba o verde as gram neas os gregos usavam a fava os romanos usavam o tremo o e os colonizadores americanos o trigo sarraceno o centeio e a aveia Ferreira 2007 A cobertura vegetal do solo pode ser classificada pela sua constitui o flora natural ou espont nea e pela sua dura o tempor ria ou permanente A cobertura vegetal do solo pode ser implantada nas entrelinhas e nas bordaduras das parcelas ITAB 2003c AS culturas semeadas podem ter uma constitui o simples ou composta e serem implantadas em todas as entreli
159. ossanidade da vinha devendo portanto as ac es de protec o contra pragas e doen as incidir primordialmente sobre melhorias nestas quatro ferramentas culturais O viticultor deve recorrer aplica o de produtos fitossanit rios apenas como medida suplementar de protec o em caso de necessidade Cichosz 2006 4 1 Principais Causas de Pragas e Doen as Para aplicar medidas de protec o fitossanit ria adequadas ao Modo de Produ o Biol gico o viticultor deve compreender quais as principais causas do aumento das pragas e doen as derivadas de pr ticas culturais desadequadas As principais raz es de um desequil brio fitossanit rio adv m de escolha de cultivares desadequadas excessiva simplifica o dos sistemas monoculturas e aus ncia de rota es e consocia es consequ ncias do uso de pesticidas desenvolvimento de resist ncia aos pesticidas destrui o de auxiliares fertiliza o excessiva e pr ticas culturais incorrectas Ferreira 2009 Em agricultura biol gica as boas pr ticas t m in cio na escolha de cultivares adaptadas ao local e ao mesmo tempo com certo grau de resist ncia s pragas e doen as que mais afectam a cultura nomeadamente s mais expandidas na regi o de implanta o da cultura Desta forma a proveni ncia e origem do material vegetal essencial de forma a impedir a entrada de determinadas doen as tais como a Escoriose da videira doen a transmiss vel por enxerti
160. ou o baga o de azeitona entre outros conforme a disponibilidade local Ferreira 2012a Esta mat ria 63 morta pode inclusivamente ser proveniente de um corte do coberto vegetal que deixado sobre o solo efeito de empalhamento Nos climas mediterr nicos comum utilizar se na poca de Outono Inverno uma cobertura vegetal viva e na poca de Primavera Ver o um mulching de vegeta o morta Rodrigues et al 2010 O empalhamento constitui um dos m todos utilizados no controlo da vegeta o herb cea da linha Nas entrelinhas da vinha constitui uma boa solu o para reter a gua controlar as infestantes e aumentar a mat ria org nica do solo contudo necess rio ter aten o com a utiliza o excessiva da palhagem pois pode atrair roedores que podem danificar a vinha Thomas e Schiedel 2010 2 2 2 Escolha do Tipo de Cobertura Vegetal O tipo de cobertura vegetal do solo deve ser escolhido em fun o das condi es edafo clim ticas do local e das reservas h dricas do solo ITAB 2003c Figura 2 2 Reserva Reserva Reserva H drica H drica H drica Elevada M dia Baixa Figura 2 2 Tipo de cobertura vegetal do solo em fun o da reserva h drica Adaptado de ITAB 2003c Em zonas com reserva h drica elevada solos profundos e argilosos deve se escolher uma cobertura permanente espont nea ou semeada do solo Em zonas com reserva h drica m dia deve se escolher uma cobertura permanente espon
161. pa epops L Poupa e Constru es Rurais As antigas constru es tradicionais servem de local de nidifica o de aves auxiliares como a Poupa o Estorninho Sturnus vulgaris L a Coruja das torres e o Peneireiro das torres Falco naumanni Fleischer que nidifica nos orif cios das paredes As caves ou lojas podem ser utilizadas por morcegos Strecht 2007a e Minas e Grutas Estes locais servem de abrigo a um grande n mero de esp cies de morcegos Strecht 20074 e Presas Charcas e Tanques Os pontos de gua favorecem a presen a de anf bios auxiliares como a salamandra de pintas amarelas a r verde Rana perezi Seoane e a r ib rica Rana iberica Boulenger Algumas aves e morcegos apreciam igualmente estes pontos de gua Strecht 2007a Estas zonas h midas representam pontos importantes para a biodiversidade acolhendo fauna e flora espec ficas ao constituir uma fonte de alimento e acolhimento para uma vasta gama de esp cies Quadro 3 6 LPO Alsace 2012d 110 Quadro 3 6 Exemplos de esp cies que habitam perto de pontos de gua LPO Alsace 2012d ESP CIES DE ANIMAIS AUXILIARES PONTOS DE AGUA NOME CIENT FICO NOME CIENT FICO Anf bios Borboletas Bufo bufo L Aglais urticae L Rana temporaria L Vanessa atalanta L Lissotriton helveticus Razoumovsky Maniola jurtina L Ichthyosaura alpestris Latreille Lib lulas Bombina variegata L Calopteryx splendens Harris Aves Coenagrion mercuriale
162. parasit ides Os insectos predadores auxiliares s o representados por quatro Ordens Hemiptera Coleoptera Neuroptera e Diptera das quais s o destacadas as principais Fam lias de auxiliares no Quadro 4 2 Quadro 4 2 Principais Ordens de insectos predadores auxiliares Adaptado de Torres e Ferreira 2009 ORDEM FAM LIA COLEOPTERA Coccinel deos Cecidom deos DIPTERA Sirfideos Antocorideos HEMIPTERA Mirideos Crisopideos ORDEM NEUROPTERA Coniopterigideos PRINCIPAIS ORGANISMOS AUXILIARES Vulgarmente conhecidos por Joaninhas As suas larvas e adultos s o predadores de outros insectos e caros S o conhecidas mais de seis dezenas de esp cies associadas limita o natural das culturas Aphidoletes aphidimyza Rondani Um dos auxiliares mais eficazes na limita o natural de Af deos Fam lia de grande interesse na protec o de culturas associando voracidade das larvas com elevada fecundidade e ciclo de vida curto permitindo v rias gera es por ano Um indiv duo chega a consumir 500 Af deos durante o seu desenvolvimento S o conhecidas tr s dezenas de esp cies com preda o sobre diversas pragas Orius sp Polifagos alimentam se sobretudo de Tripes Af deos Acaros e ovos de lagartas de Lepid pteros Est o reconhecidas em Portugal 30 esp cies As esp cies predadoras alimentam se sobretudo de Af deos e caros As larvas jovens confundem se com as larvas jovens da Cigarrinha verde
163. perennis L Cardus spp Chenopodium album L Lolium multiflorum Lam Lolium perenne L Medicago spp Ornithopus compressus L Pteridium aquilinum L Kuhn Ranunculus repens L Raphanus raphanistrum L Rumex acetosella L Rumex obtusifolius L Senecio vulgaris L Stellaria media L Vill Trifolium spp NOME COMUM Mil folhas Erva fina Bredos Margarida Bonina Cardo Catassol Azev m anual Azev m perene Luzerna Serradela Feto Ran nculo rasteiro Saramago Azeda mansa Lingua de vaca Tasneirinha Erva can ria Trevo Quadro 2 5 Plantas indicadoras de fertilidade do solo Adaptado de Ferreira e Strecht 2006 e OPABA 2012a CARACTER STICA DO SOLO Lixivia o de MO Nitritos Excesso de N e K Descalcifica o Bloqueio de f sforo Excesso de MO animal mal decomposta planta nitr fila Excesso de N e K Hidromorfia anaerobiose excesso de N Solo pobre em azoto Solo cido pobre em MO e azoto Solo h mido cido e rico em K Hidromorfia Disponibilidade de K Destrui o do complexo argilo h mico Anaerobiose bloqueio de f sforo Solo esgotado com fraco crescimento Bom n vel de MO boa vida microbiana presen a de azoto Solo pobre em azoto Ferreira e Strecht 2006 referenciam a escolha de culturas pelos agricultores de Tr s os Montes face presen a de determinadas plantas Os terrenos com giesta branca Cytisus multiflorus L H r s o pelos agricultores escolhid
164. r incorporado ou permanecer superf cie de forma a ser correctamente decomposto e a n o favorecer o ataque de fungos decompositores de celulose Ferreira e Cunha Queda 2009 Se o material lenhoso das podas for triturado em granometrias pequenas em estilhas de pequenas dimens es pode permanecer sobre o solo superf cie Se o material lenhoso for triturado ligeiramente deve ser incorporado superficialmente Strecht 2007b A incorpora o do material vegetal das folhas mortas sincronizada com as opera es culturais como a incorpora o do adubo verde ITAB 2003a 79 Mudarraprieto e Trujillo 2005 elaboraram um plano de fertiliza o simples com base nos elementos nutritivos fornecidos pela incorpora o do material de podas Quadro 2 14 Quadro 2 14 Quantidade anual de elementos extra dos pela vinha Kg ha ano em fun o da incorpora o do material de podas Adaptado de Mudarraprieto e Trujillo 2005 QUANTIDADE DE ELEMENTOS EXTRA DOS KG HA ANO MATERIAL DE PODAS N P205 K20 Sem Incorpora o 28 11 41 Com Incorpora o 16 6 27 Mudarraprieto e Trujillo 2005 aconselham no caso de n o haver incorpora o do material de podas aconselham a aplica o de 12ton ha de estrume a cada dois anos No caso de haver incorpora o do material de podas as necessidades da vinha s o diminu das traduzindo se numa redu o da aplica o de estrume para 8ton ha Para o c lculo da quantidade
165. ranhas que incide sobre popula es adultas que fiam 126 prisioneiras nas suas teias e sobre cris lidas enquanto predadoras generalistas salientando se o trombid deo Allothrombium fulliginosum L O principal auxiliar no combate da cigarrinha verde o Himen ptero Anagrus atomus L parasit ide dos seus ovos semelhan a da tra a da uva na limita o natural do aranhi o vermelho s o v rios os organismos auxiliares Os principais insectos auxiliares s o os Antocorideos do G nero Orius a Crisopa Chrysoperla carnea e alguns Coccinel deos como a Stethorus punctilum e a Coccinella spp Por entre os caros predadores auxiliares encontram se o Estigmat deo Zetzelia malli e os Fitose deos Typhlodromus pyri o T phialatus o T rhenanoides o Kampimodromus aberrans e o Euseius stioulatus No combate do aranhi o amarelo as principais esp cies de auxiliares pertencem Fam lia dos Fitose deos sendo estas o Phytoseiulus persimilis Athias Henriot o Phytoseiulus macropilis Banks e o Neoseiulus californicus McGregor com ac o predadora no interior das suas teias Rodrigues 2012a A cigarrinha dourada enquanto praga ex tica n o possui ainda inimigos naturais conhecidos capazes de limitar as suas popula es Rodrigues 2012a A instala o de IEE desenvolve condi es favor veis fixa o e reprodu o dos auxiliares constituindo habitats permanentes florestas matas e pomares tradicion
166. ratiques culturales et productivit maitris et de qualit Acedido em 07 03 2012 http www google com url sa t amp rct amp q besoins 20et 20exportations 20annuell es 20de 201a 20vigne 20chambre 20agriculture 20gironde amp source web amp cd 1 amp ved 0CCOOFJAA amp url http 3 A 2F 2Fsvt seconde free fr 2FMPS 2FAutour du raisin 2Fvigne6 SVT doc amp ei mLFXT DIDoGW8gPdxM33Dg amp usg AFQj C NHcro53rwwHE9TyBqgQFw9hx8v0Fg amp cad rja Chambre d Agriculture du Bas Rhin 2011 Le Compost en Viticulture Acedido em 22 03 2012 http www bas rhin chambagri fr fileadmin documents Environnement Innovation agri mieux 2011 FT viti Compost fevrier2011 pdf Cichosz B 2002 Flavescence dor e et vignobles biologiques en Languedoc Roussillon Revista Alter Agri n 55 Cichosz B 2006 Produire du Vin en Agriculture Biologique Chambre R gionale d Agriculture Rh nes Alpes Lyon CIVAM 2009 Guide Technique pour une conversion en viticulture biologique Editions Civam Agrobio Gironde Cenon 142 CORABIO Coordination Rh ne Alpes de Agriculture Biologique e Chambre R gionale d Agriculture Rh ne Alpes 2012 Dossier de Information Convertir son Exploitation a Agriculture Biologique Acedido em _ 16 11 2012 http www corabio org images stories Publications convertir 20son 20exploitation 20en 20ab 20juin2012 pdf Costa J 2006 Ficha T cnica n 107 O Aranhi o vermelho em Protec o Integrada da Vinha
167. rmidade relativamente legisla o e ao contrato celebrado qual deve estar associada a respectiva lista de ac es correctivas e san es O n vel de gravidade das situa es muito vari vel Quadro 1 2 desde uma simples Observa o a uma Suspens o de Licen a Serrador 2009a 12 TIPO DE AC O CORRECTIVA SAN O Observa o Pedido de Melhoria com prazo definido Exig ncia de Controlo e ou An lise Suplementar geralmente associada a bloqueio de certifica o Certifica o Bloqueada at conformidade Advert ncia Desclassifica o de parcela e produto suspens o Quadro 1 2 Tipos de ac es correctivas ou san es e exemplos pr ticos Adaptado de Serrador 2006 cit por Serrador 2009a ExEMPLO Aus ncia de plano de rota o em culturas anuais Indica o incompleta na rotulagem de produtos Elevado risco de mistura de mat rias primas em unidades de transforma o mistas Falta de plano de convers o em explora es mistas Aquisi o sem utiliza o de produto interdito em AB remo o imediata do produto Utiliza o fundamentada previamente comunicada ao da certifica o e rein cio da fase de convers o Deu de produto interdito ie delemninade parcela Desclassifica o de produto totalidade ou lote Utiliza o fungicida p s colheita produto interdito em AB suspens o de certifica o Suspens o Anula o da Licen a Aplica o deli
168. rochas igrejas e capelas Locais de coberto vegetal consider vel sebes terrenos incultos e vegeta o espont nea Durante o dia podem esconder se em buracos nos campos muros e cortes de gado Frequenta bosques terrenos com sebes proximidades de casas hortas jardins e parques O papel dos R pteis subestimado No entanto a comunidade cient fica tem vindo a executar medidas educativas no sentido de informar a popula o acerca da import ncia tanto dos R pteis como dos Anf bios no equil brio dos ecossistemas Alguns exemplos de R pteis auxiliares s o o c gado o licran o a osga e o sard o Segundo Strecht 2009c s o descritos no Quadro 4 6 os Habitats Agr colas que estes r pteis frequentam de forma a promover ou implementar as IEE necess rias no sentido da fixa o destas popula es 122 Quadro 4 6 Principais R pteis auxiliares e seus habitats agr colas Adaptado de Strecht 2009c Nome COMUM NOME CIENT FICO HABITAT AGR COLA Frequenta ribeiros de montanha de fundo rochoso ribeiros tempor rios de fundo arenoso ou vasoso tanques lagoas canais de irriga o barragens e locais costeiros Mauremys leprosa C gado comum Schweiger Frequenta regides humidas prados terrenos de cultivo Licran o Anguis fragilis L pomares e vinhas Ocupa galerias escavadas por roedores ou por ele pr prio Esp cie antrop fila frequenta zonas urbanas e rurais locais Osga comum Tarentola maur
169. rre precipita o permitindo a instala o de podrid o cinzenta Carlos 2007 A 3 gera o efectua posturas nos cachos em matura o e a sua nocividade elevada pelas condi es clim ticas serem mais favor veis ao desenvolvimento da podrid o cinzenta Esta gera o considerada a mais prejudicial Carlos 2007 Este Lepid ptero metamorfiza numa sucess o de 4 est dios de desenvolvimento ovo larva pupa e adulto ao longo do ciclo vegetativo da videira ocupando bot es florais bagos folhas e ritidoma das cepas Rodrigues 2012a A 1 gera o provoca estragos no estado de Alimpa a 2 gera o no estado de bago de ervilha pintor e a 3 gera o no estado de matura o Carlos 2007 As condi es ptimas para o desenvolvimento da Tra a da uva s o encontradas em Ver es quentes e solheiros situando se as temperaturas ideais volta dos 22 C e a humidade relativa entre 40 a 70 33 G1 Gera o Ant faga G2 Gera o Carp faga G3 Gera o Carp faga O AA Finat Junho Inicio Julho Finat Julho Inicio Agosto C Emerg ncia de Adultos G3 1 2 voo e acasalamento G1 C 3 voo e acasalamento G2 oO 1 voo e acasalamento oO Posturas Ovos bagos verdes O Posturas Ovos bagos J Posturas Ovos bot es florais 1 Incuba o C Incuba o J Incuba o Emerg ncia de Lagartas C Emerg ncia de Lagartas C Emerg ncia de Lagartas 1 Perfura o de bagos C Perfura o de bagos
170. rs pdf MADRP 1997 C digo de Boas Pr ticas Agr colas para a Protec o da Agua contra a Polui o com Nitratos de Origem Agr cola Minist rio da Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas Lisboa Marques G 2006 Os microrganismos do solo e a agricultura sustent vel Revista O Segredo da Terra n 17 Minost C Jonis M Malet O 2002 La gestion globale du vignoble Alter Agri n 51 Mour o I Ara jo J P Brito L M 2006 Manual de Agricultura Biol gica Terras de Bouro C mara Municipal de Terras de Bouro Terras de Bouro Mudarraprieto I Trujillo R G 2005 El vi edo ecol gico Direcci n General de Agricultura Ecol gica Andaluzia Neves M 2000 Pragas e Doen as da Vinha Direc o Regional da Beira Litoral Coimbra 147 Nicholls C 2005 Bases Agroecologicas para dise ar e implementar una estrategia de manejo de habitat para control biologico de plagas Agroecologia n 1 Nicholls C Altieri M A 2002 Biodiversidad y dise o agroecologico un estudio de caso de manejo de plagas en vi edos Manejo Integrado de Plagas y Agroecologia n 65 OPABA 2012a Les Plantes Bio indicatrices Organisation Professionnelle de PAgriculture Biologique en Alsace Dossiers Techniques Acedido em 08 02 2012 http www opaba org bioenalsace wp content uploads 201 1 07 Les Plantes Indicatrices pdf OPABA 2012b Quel enherbement en viticulture biologique Organisation Professionnelle de 1 Agr
171. rutura o do solo e Dactylis glomerata L Avena sativa L promoyae daractividade bielogica Esp cies Espont neas Lolium sp Poa annua L Leguminosas Fixa o do azoto atmosf rico e atrair Lupinus albus L rauna benenoa Esp cies Espont neas Trifolium incarnatum L Cada esp cie desempenha fun es ao n vel do solo estrutura o do solo acumula o de azoto controlo de infestantes entre outras e possui caracter sticas espec ficas de crescimento as quais est o na base da escolha de esp cies a implementar como cobertura vegetal do solo Quadro 2 8 67 Quadro 2 8 Caracter sticas das principais Fam lias de plantas para aduba o verde Comportamento da cultura e objectivos ITAB 2003d OBJECTIVO COMPORTAMENTO DA CULTURA FAM LIA NOME CIENT FICO CicLo 7 R ESTRUTURA O ACUMULAGAO CONTROLO DE CRESCIMENTO REGENERA O SENSIBILIDADE A RESIST NCIA SECA DO SOLO DE AZOTO INFESTANTES GEADAS Brassica napus L AIB na Cruciferas Raphanus sativus L A 10 C Sinapsis alba L A 0 5 C na Lolium multiflorum L A Gramineas Lolium perenne L V Secale cereale L A na 0 Trifolium incarnatum L A na na na na na Trifolium pratense L V na Na 0 Leguminosas Vicia faba L A na na Vicia sativa L A na na 0 Ac o negativa Sem ac o O Ac o positiva na no
172. s 2009 Segundo Ferreira 2010 as IEE possuem uma polival ncia de fun es ecol gicas que incluem a manuten o da biodiversidade o estabelecimento de liga es entre reas de habitat o filtro natural polui o da gua e atmosfera protec o dos ventos e regula o dos processos hidrol gicos As IEE podem ser classificadas enquanto Biodiversidade do Solo Biodiversidade Vertical Biodiversidade Cultural e Biodiversidade Estrutural Delinat 2012 3 3 Biodiversidade do solo A promo o da biodiversidade tem in cio na reactiva o da actividade biol gica do solo atrav s da incorpora o de compostos res duos da cultura e empalhamento Delinat 2012 O equil brio da actividade biol gica do solo melhora a nutri o das culturas atrav s dos microrganismos que tornam os nutrientes assimil veis para as plantas A fauna e flora do solo podem ser estimuladas atrav s de culturas de cobertura do solo que criam um bi topo favor vel ao seu desenvolvimento atrav s do arejamento produzido pelo seu sistema radicular e da incorpora o do corte 3 4 Biodiversidade Vertical A biodiversidade vertical corresponde fauna e flora presentes nos diferentes estratos herb ceo arbustivo e arb reo A planta o de determinadas rvores arbustos e plantas herb ceas ajuda a atrair e manter os organismos ben ficos que controlam as pragas funcionando como local de ref gio alimento e nidifica o 101 Deve se
173. s 2012a A c Figura 1 13 A Eud mis Lobesia botrana Cristina Carlos ADVID B Ataque de tra a nos bagos Cristina Carlos ADVID A Eud mis trata se de um Lepid ptero capaz de produzir v rias gera es Em climas meridionais como o de Portugal completa normalmente 3 gera es Figura 1 14 ocasionando se uma 4 gera o em ver es quentes e prolongados A tra a da uva hiberna sob a forma de cris lida no ritidoma IFV 2010a Os estragos da 1 gera o para a vinha n o constituem um impacto significativo uma vez que esta gera o ant faga alimenta se das infloresc ncias e a vinha possuir nessa fase vegetativa uma boa capacidade de recupera o Rodrigues 2012a A monda efectuada por estas lagartas pode ser considerada ben fica impedindo a expuls o de bagos estado de fecho de cacho ou a podrid o cinzenta que se instalada quando os bagos rebentam estado de matura o Carlos 2007 Contudo a 1 gera o possui um elevado potencial bi tico o que 32 determinante para o n vel populacional das gera es seguintes A 2 e 3 gera o deste insecto ao alimentarem se do bago carp fagas Figura 1 13B nas fases de bago de chumbo ervilha e pintor podem gerar perdas significativas sobretudo em regi es com tend ncia para ataques de podrid o cinzenta e podrid o ac tica Rodrigues 2012a A 2 gera o efectua posturas nos bagos verdes e pode originar estragos particularmente quando oco
174. s atacados apresentam manchas castanho escuras ou negras Os cachos podem ser atacados desde muito cedo s infloresc ncias podendo evoluir at ao fendilhamento dos bagos ap s a forma o dos mesmos tornando prop cio o ataque de outras doen as criptog micas oportunistas tais como a podrid o cinzenta Figura 1 19B No final do ciclo vegetativo as videiras atacadas pelo o dio apresentam pontos negros que representam as cleistotecas rg os sexuados do fungo Bugaret et al 2012 A B Figura 1 19 A Manchas brancas de ataque de o dio sobre folhas de vinha B Bagos cobertos de o dio INRA O desenvolvimento deste fungo est dependente da temperatura sendo a temperatura elevada um factor limitante Neves 2010 O o dio desenvolve se entre os 4 e 33 C tendo os 25 C o ponto ptimo para o seu desenvolvimento Bugaret et al 2012 A sua 41 sobreviv ncia est relacionada com a exist ncia de um elevado teor de humidade relativa sobretudo ao n vel da folha Neves 2010 As condi es ideais de humidade relativa para a germina o dos esporos deste fungo situam se entre 40 90 Bugaret et al 2012 A proximidade a pontos de gua tais como barragens ou zonas mar timas podem favorecer o fungo Neves 2010 A incid ncia da luz outro elemento de elevada import ncia no desenvolvimento desta doen a favorecida pelo ensombramento Este fungo apresenta fortes desenvolvimentos em per odos quentes e h midos Bug
175. s de minhocas lombri composto e de insectos A Guano A Produto da compostagem ou fermen Produto obtido a partir de misturas de mat rias vegetais ta o de misturas de mat rias vegetais submetidas a compostagem ou a fermenta o anaer bia para produ o de biog s A Produtos ou subprodutos de origem Concentra o m xima em mg kg de mat ria seca de animal a seguir mencionados Farinha de sangue Farinha de cascos Farinha de chifres Farinha de ossos ou farinha de ossos desgelatinizados Farinha de peixe Farinha de carne Farinha de penas L Pele P lo Produtos l cteos cr mio VI O 152 Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Produtos e subprodutos de origem vegetal para fertilizantes Exemplos farinha de baga o de oleaginosas casca de cacau rad culas de malte A Algas e produtos de algas Desde que sejam obtidos directamente por i processos f sicos incluindo a desidrata o a conge la o e a tritura o ii extrac o por meio de gua ou de solu es aquosas cidas e ou alcalinas iii fermenta o A Serradura e aparas de madeira Madeira sem tratamento qu mico ap s o abate A Casca de arvore compostada Madeira sem tratamento qu mico ap s o abate A Cinzas de madeira Provenientes de madeira sem tratamento qu mico ap s o abate A Fosfato natural macio Produto conforme especifica
176. s necessidades de mercado e percep o dos consumidores 2 investiga o dos m todos permitindo o melhoramento dos procedimentos de vinifica o e experimenta o em condi es controladas 3 a aplica o e valida o no terreno de m todos de melhoramento testados em laborat rio Cichosz 2006 A 17 de Junho de 2010 a proposta de trabalho discutida desde 2009 na Comiss o Europeia e fruto de anos de investiga o foi recusada sob o argumento de falta de consenso entre os Estados Membros Serrador 2010 At ao in cio de 2012 todo o vinho produzido a partir de uvas biol gicas deveria ter a men o vinho proveniente de uvas biol gicas e n o vinho biol gico 1 2 7 O Vinho Biol gico Europeu A 8 de Fevereiro de 2012 foi finalmente aprovado em reuni o da Comiss o Europeia um regulamento que introduz regras para a vinifica o em Modo de Produ o Biol gico O 26 Regulamento de Execu o CE n 203 2012 entrou em vigor a 1 de Agosto de 2012 e altera o Regulamento n 889 2008 no que respeita ao vinho biol gico Contudo uma vez mais a vota o dos Estados Membros n o foi consensual incluindo as absten es de Espanha e ustria e a aus ncia de voto por parte da Gr cia Os restantes Estados Membros apresentaram um voto favor vel proposta de regulamento GPP 2012 Os produtos do sector do vinho est o sujeitos s disposi es do Cap tulo 3 A inserido pelo Regulamento de Execu
177. s preferidos preferenciais assemelham se aos do Aranhi o Vermelho e est o descritos no Quadro 1 6 Rodrigues 2012a Quadro 1 6 Hospedeiros preferenciais do Aranhi o Amarelo Rodrigues 2012a ESP CIES TIPO DE VEGETA O NOME COMUM NOME CIENT FICO Corriola Convolvulus arvenses L Flora Advent cia Trevo Trifolium sp Macieira Malus domestica Borkh Pereira Pyrus communis L Fruteiras Citrinos Citrus sp Pessegueiro Prunus persica L Batsch Feijoeiro Phaseolus vulgaris L Hort colas Tomateiro Lycopersicum esculentum L Pepino Cucumis pepo L Violeta Saintpaulia sp Ornamentais Roseira Rosa sp Cravo Dianthus caryophyllus L 40 1 3 5 Doen as da Cultura e O dio Erysiphe necator Schw Descrita muito frequentemente como uma das grandes doen as da vinha o o dio a doen a vit cola h mais tempo registada na Europa tendo sido importada do continente americano por volta de 1850 A videira especialmente vulner vel a este fungo entre os estados de pr flora o e vingamento dos bagos De identifica o f cil na maioria dos casos o o dio vis vel nos gomos folhas e cachos pela presen a das estruturas esbranqui adas do seu mic lio que constitui uma esp cie de cobertura aveludada justificando o nome que lhe frequentemente atribu do em algumas regi es do pa s de mal branco Figura 1 194 A sua ac o sobre as folhas apresenta este aspecto branco aveludado Os p mpanos e sarmento
178. s urticae Enxofre CULTURAIS Sistemas de condu o e Sistemas de poda que favore am o arejamento Arranque da planta doente Queima das podas Controlo do vigor Limitar aporte de N Controlo do vigor Limitar aporte de N Por entre os m todos de protec o acima descritos salienta se a t cnica de confus o sexual Esta t cnica consiste na distribui o de uma feromona sint tica ao longo da vinha Figura 4 1 128 Figura 4 1 Difusor de feromona do tipo esparguete homologado em Portugal C Carlos ADVID Na rea coberta pela feromona s o impedidos os acasalamentos e as posturas f rteis por parte das f meas Carlos 2010 Segundo Carlos 2010 a confus o sexual apresenta vantagens ao n vel ambiental ao n vel da sa de do aplicador e do consumidor bem como ao n vel d fauna auxiliar pela sua inocuidade O uso da bact ria entomopatog nica Bt Bacillus thuringiensis baseia se na ac o de uma subst ncia por si produzida t xica para o sistema digestivo da larva da tra a da uva causando a sua morte Rodrigues 2012a 4 5 Protec o Contra Doen as 4 5 1 M todos de Protec o De forma a reduzir o aparecimento e desenvolvimento de doen as nas videiras bem como para prevenir a aplica o de tratamentos essencial tomar medidas de preven o No Quadro 4 11 est o descritos os m todos de protec o das principais doen as da cultura da vinha Os m todos profil cticos de
179. sca da fruta em citrinos indu o floral no anan s inibi o do abrolha mento em batatas e cebolas A Sais pot ssicos de cidos gordos sab o Insecticida mole A Al men de pot ssio sulfato de alum Inibi o do amadurecimento das bananas nio calinite A Calda sulfo c lcica polissulfureto de Fungicida insecticida acaricida c lcio leo de parafina Insecticida acaricida leos minerais Insecticida fungicida apenas em rvores de fruto vinha oliveiras e culturas tropicais por exemplo bananas A Permanganato de pot ssio Fungicida bactericida apenas em rvores de fruto oliveiras e vinha Areia quartz tica Repulsivo Enxofre Fungicida acaricida repulsivo Ty Outras subst ncias Autoriza o Designa o Descri o requisitos de composi o e condi es de utiliza o A Hidr xido de c lcio Fungicida Apenas em rvores de fruto incluindo viveiros para lutar contra a Nectria galligena A Bicarbonato de pot ssio Fungicida 157
180. sconcelos et al 2009 Azoto Mineralizado MO mineralizada x N MO Contabilizados os valores das perdas h micas e da correspondente quantidade de azoto disponibilizado para a cultura o viticultor possui a base para delinear a estrat gia das suas pr ticas culturais que constituem o suporte da fertilidade do solo e da cultura A fertilidade representa a capacidade do solo tornar dispon vel para a planta os elementos nutritivos de que ela necessita em quantidade e qualidade assim como fornecer s ra zes as condi es favor veis de desenvolvimento ITAB 2003e 52 e Complexo Argilo H mico A disponibilidade dos elementos minerais e da gua depende por um lado da capacidade do complexo argilo h mico CAH armazenar e libertar gua e minerais por outro lado da actividade dos microrganismos do solo que v o transformar a mat ria org nica em elementos assimil veis pelas plantas TTAB 2003e O CAH formado pela associa o entre part culas de argila e a mat ria org nica A sua estrutura confere lhe uma forte carga negativa formando um n cleo de fixa o de cati es que estabelece trocas permanentes com o meio envolvente e constituindo uma importante reserva de elementos nutritivos O equil brio entre o CAH e a actividade dos microrganismos exige algumas condi es favor veis do solo Estas condi es incluem boa estrutura do solo boa taxa de MO aus ncia ou presen a limitada de elementos t xicos para
181. senvolvem custa de um hospedeiro ao qual causam a morte Torres e Ferreira 2009 A maioria dos insectos parasit ides que possui ac o de limita o natural de pragas representada pela Ordem Hymenoptera da qual se destacam as principais Fam lias Quadro 4 1 Quadro 4 1 Principais Fam lias de insectos parasit ides auxiliares da Ordem Hymenoptera Adaptado de Torres e Ferreira 2009 FAM LIA PRINCIPAIS ORGANISMOS AUXILIARES Elachertus affinis Masi Um dos principais parasit ides da Tra a da uva em certas Eulofideos regi es Anagrus atomus L Predadores de cerca de 34 esp cies de Cigarrinhas verde o Mimar deos principal agente de luta natural da Cigarrinha verde Empoasca vitis Goethe sendo parasit ide dos seus ovos e vivendo sobretudo em aveleiras e roseiras Pteromal deos Dibrachys sp Atinge taxas de parasitismo da Tra a da uva de 90 Tricogramat deos Trichogramma sp Vespas que parasitam ovos de Tra a da uva Subfam lia Aphidiinae De grande riqueza faun stica na regi o Mediterr nica inclui Breconideos parasoit ides de grande import ncia na limita o natural de Af deos Icneumonideos Campoplex capitator Aubert De especial interesse na limita o da Tra a da uva e Insectos Predadores Os insectos predadores s o organismos que necessitam de ingerir v rias presas para completar o seu desenvolvimento Torres e Ferreira 2009 sendo o seu tamanho 117 geralmente superior ao dos
182. seu uso proibido em modo de produ o biol gico MPB De mais este regulamento afirma que a produ o biol gica deve fomentar o uso de recursos naturais dentro do sistema agr cola local e a reciclagem de res duos vegetais e animais contribuindo para manter e aumentar a fertilidade dos solos e impedir a sua eros o Na base do conceito comunit rio de agricultura biol gica s o definidos elementos essenciais como a gest o da fertilidade dos solos a escolha de esp cies e variedades adaptadas s condi es locais a reciclagem de mat rias org nicas o uso de fertilizantes correctivos e fitof rmacos compat veis com o conceito de AB t cnicas de cultivo como a rota o de culturas e pr ticas de cria o animal que respeitem as normas do seu bem estar CE 2007 1 1 Agricultura Biol gica 1 1 1 A Durabilidade na Agricultura Biol gica No contexto agr cola o conceito de durabilidade refere se a uma boa gest o dos recursos agr colas para satisfazer as necessidades do Homem mantendo ou melhorando a qualidade do ambiente e a conserva o dos recursos naturais Esta no o de durabilidade ou sustentabilidade global e hol stica assentando sobre os tr s pilares da ecologia economia e sociologia Apenas quando estas tr s dimens es est o reunidas se pode verdadeiramente classificar um sistema agr cola de dur vel ou sustent vel IFOAM 2004 Segundo o IFOAM estas tr s dimens es s o os objectivos da durabilidade n
183. ss o principalmente nos vinhedos mais localizados a sul do pa s e tamb m no Douro Superior tendo vindo a expandir se em particular pelas aplica es de pesticidas de largo espectro de ac o a que s o particularmente sens veis os caros Fitose deos os seus principais predadores Rodrigues 20124 Enquanto caro Figura 1 18 tal como o aranhi o vermelho passa por 5 fases de desenvolvimento ovo larva protoninfa deutoninfa e adulto e vive em enormes col nias no interior de densas teias A principal diferen a reside no facto deste fit fago passar o 38 inverno sob a forma de f mea adulta fecundada nas ervas do solo e no ritidoma das videiras As teias densas formadas pelo aranhi o amarelo criam um micro clima favor vel ao seu desenvolvimento protegem o fit fago proteger contra predadores naturais impedem a instala o de col nias de outras esp cies para al m de dificultar a penetra o de acaricidas e reter a humidade da transpira o da videira permitindo a sua sobreviv ncia da praga em climas ridos Rodrigues 2012a Com um ciclo de vida e h bitos alimentares muito semelhantes aos do Aranhi o Vermelho destaca se pela sua superior fertilidade e capacidade reprodutiva bem como pelo facto de n o passar todo o seu ciclo de vida na videira No in cio de Mar o ocorre a primeira migra o do local de hiberna o para a vegeta o herb cea advent cia A segunda migra o ocorre quando a vegeta o a
184. t nea ou semeada alternada Uma cobertura alternada consiste em manter um coberto vegetal de duas em duas entrelinhas alternando a cada ano 64 Em zonas com reserva h drica baixa solos com elevada drenagem e ou pouco profundos caso das regi es mediterr nicas deve se escolher uma cobertura tempor ria espont nea ou semeada de Setembro a Abril Contudo deve se ter em aten o as exig ncias espec ficas de cada cultura nomeadamente se se trata de uma cultura de sequeiro ou de uma cultura de regadio No Quadro 2 6 est o descritas as principais vantagens e desvantagens de cada tipo de cobertura vegetal em fun o da sua dura o permanente ou tempor ria e da origem da vegeta o espont nea ou semeada Na gest o das culturas de cobertura do solo essencial ter em conta as caracter sticas do tipo de cobertura escolhido de forma a diminuir ou evitar os seus preju zos e a potencializar os seus benef cios TTAB 2003c Quadro 2 6 Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de cobertura vegetal do solo ITAB 2003c TIPO DE COBERTURA VANTAGENS DESVANTAGENS Cobertura Invernal Baixa competi o Sensibilidade eros o na R i Primavera Ver o Espont nea Controlo do risco de geadas antes do gomo is Controlo das infestantes na Controlo da eros o no Outono Inverno Primavera Cobertura Invernal Idem Idem Semeada Biomassa geralmente mais consider vel que Custo de sementeira a cobertur
185. t available dados indispon veis A anual B bianual V vivaz 68 Para a escolha de esp cies para aduba o verde essencial considerar os nutrientes que o adubo verde aporta ao solo N P e K o seu rendimento em mat ria vegetal e algumas das suas caracter sticas de produ o per odo de sementeira dosagem de sementes e per odo vegetativo Quadro 2 9 Deste modo em fun o do tipo de cobertura Outono Inverno ou Primavera Ver o Permanente ou Tempor ria e das necessidades da cultura da vinha efectuada a escolha de uma ou v rias esp cies que ir o constituir a s f rmula s mais adequada s para a s cultura s de cobertura Por exemplo para o enrelvamento das entrelinhas em culturas de sequeiro em climas mediterr nicos como a cultura da vinha d se prefer ncia a variedades de ciclo curto para que a cultura de cobertura atinja a matura o antes das reservas h dricas estarem esgotadas Neste caso dar se ia prefer ncia a Leguminosas pratenses anuais e Gram neas pratenses anuais ou vivazes Ferreira 2009c Para este tipo de culturas bastante importante considerar a dura o do per odo vegetativo das esp cies escolhidas Algumas culturas podem impedir as infestantes atrav s de alelopatia como o caso do centeio Secale cereale L e do azev m Lolium sp O centeio providencia alelopatia sobre as infestantes enquanto mulching Os res duos de centeio mantidos sobre a superf cie do solo liberta
186. ta o do aporte de N Remo o de rg os atacados Queima da lenha de podas Sistema de condu o e Sistema de podas que favore am o arejamento Controlo do enrelvamento BIOL GICOS Bacillus thuringiensis Bacillus subtilis Ulocladium oudemansii Qu micos Calda Bordalesa Calda sulfo c lcica Cobre Enxofre Permanganato de Pot ssio Cobre Calda Bordalesa Hidr xido acetato e oxicloreto de cobre Lecitina Cobre Para um controlo eficaz e oportuno dos ataques provocados pelas pragas e doen as suscept veis de prejudicar a vinha essencial a pr tica regular de observa o visual Para facilitar a realiza o da observa o visual apresenta se no Quadro 4 12 um esquema que acompanha os estados fenol gicos da videira e as pragas e doen as a 130 observar nos respectivos rg os da videira Para a tomada de decis o podem ser tomados em aten o os n veis econ micos de ataque definidos para a Protec o Integrada Quadro 4 12 Observa es visuais a realizar ao longo do ciclo vegetativo da videira Adaptado de ITAB 2003g ESTADO PRAGA E DOEN A FENOL GICO Escoriose e O dio A Aranhi o Vermelho ovos Aranhi o Amarelo adultos Aranhi o Vermelho e Amarelo formas m veis E F Pirale Mildio Oidio Esca G J Cigarrinha Verde Cigarrinha Dourada Fim Junho a Traga da Uva ovos Inicio Julho Flavesc ncia Dourada ORGAOS A EXAMINAR Material de poda Gomos fl
187. tende recuperar e implementar processos de incremento da biodiversidade aliados actividade agr cola Segundo a Charte de Vignoble en Biodiversit do Instituto Delinat 2012 o conceito de biodiversidade associado viticultura de qualidade considera a vinha como um ecossistema global onde o equil brio nasce de uma grande biodiversidade biol gica A promo o da biodiversidade n o representa um fim mas um meio para concretizar um ecossistema vit cola est vel e vigoroso Delinat 2012 De mais a biodiversidade n o representa apenas uma contribui o para a estabilidade do sistema vit cola como contribui igualmente para a sua sustentabilidade Carlos et al 2012 E importante salientar que o incremento e manuten o da biodiversidade representam uma das ferramentas mais importantes para o viticultor em MPB A biodiversidade exerce um papel fulcral na conserva o natural na qualidade da produ o na reciclagem dos nutrientes na gest o dos organismos nocivos para a vinha na regula o do ciclo hidrol gico e do microclima local A esta multitude de ac es da biodiversidade d se o nome de Biodiversidade Funcional Carlos et al 2012 A biodiversidade possui deste modo um leque de fun es que exerce sobre o ecossistema vit cola o qual pode ser fomentado atrav s de v rias componentes que constituem as Infra Estruturas Ecol gicas Cap tulo 3 2 A biodiversidade constitu da por toda a faun
188. ticas Complementares de Fertiliza o Fertilizantes Autorizados In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 216 222 Ferreira D 2010a Tese de Mestrado O olival em modo de produ o biol gico Instituto Superior de Agronomia Universidade T cnica de Lisboa Lisboa Ferreira J C 2010b Estrutura ecol gica e corredores verdes Estrat gias territoriais para um futuro urbano sustent vel Pluris 2010 4 Congresso Luso Brasileiro para o Planeamento Urbano Regional Integrado Sustent vel Ferreira J 2012 Manejo do solo em viticultura biol gica Acedido em 24 02 2012 http www agrosanus pt doc viti solo pdf Ferreira J 2012a Guia de factores de produ o para a agricultura biol gica AGRO SANUS Lisboa FIBL IFOAM 2011 The World of Organic Agriculture Statistics and Emerging Trends 2011 Acedido em 05 12 2011 http www organic world net yearbook 2011 html Garrido J Mota T Pereira M J e Moura F 2004 Manual T cnico Comiss o de Viticultura da Regi o dos Vinhos Verdes 2004 Porto 145 Garrido J 2008 A Flavesc ncia Dourada da vinha Uma Nova Preocupa o na Regi o dos Vinhos Verde Esta o Vitivin cola Am ndio Galhano Acedido em 20 11 2012 http www vinhoverde pt pt noticiasfrescas jornadasTecnicas 2008 estrate giafitossani taria Apres Flav pdf GPP 2011 Gabinete de Pol ticas e Planeamento
189. ticas culturais sustent veis tais como a cobertura vegetal do solo a cria o de infra estruturas ecol gicas para a promo o da biodiversidade e a gest o integrada da fitossanidade da cultura associadas a uma gest o equilibrada do solo permitem que o sistema vit cola se torne progressivamente mais sustent vel dependendo menos das condi es externas para o seu bom funcionamento Os factores essenciais de gest o do solo da biodiversidade e da fitossanidade formam um sistema integral e interligado que bem gerido permite o desenvolvimento sustent vel da explora o vit cola no modo de produ o biol gico economicamente vi vel e ambientalmente relevante Palavras chave viticultura biol gica convers o biodiversidade sustentabilidade fitossanidade maneio do solo vii ABSTRACT The conventional cultural practices such as the continuous use of herbicides and the frequent soil mobilization in vineyards are responsible for the degradation of the soil including its structure which leads to lower water holding capacity and lower protection against erosion Also these practices contribute to reduce the biodiversity namely of the natural predators species causing the increase of pests and diseases incidence and the vineyards vulnerability The organic viticulture is a solution to this progressive weakening of the system On the other hand the consumption of organic wine is growing in Portugal and worldwide
190. tilizantes e correctivos do solo autorizados em MPB A biodiversidade funcional representa uma das principais ferramentas para o viticultor biol gico Nos ecossistemas naturais o funcionamento interno exercido por um conjunto de processos e sinergias associados biodiversidade A Agricultura Biol gica pretende recuperar e implementar processos de incremento da biodiversidade aliados actividade agr cola No sistema vit cola as principais fun es da biodiversidade s o a limita o natural de pragas a fonte de alimento abrigo e ref gio para organismos auxiliares a regula o do ciclo hidrol gico a manuten o da fertilidade do solo e o aumento da qualidade dos produtos A instala o de Infra Estruturas Ecol gicas essencial para o desenvolvimento da biodiversidade funcional Em viticultura biol gica a protec o fitossanit ria deve assentar sobre a escolha do local de implanta o da cultura a selec o de variedades resistentes e adaptadas s condi es edafo clim ticas e a gest o da biodiversidade funcional As pr ticas culturais e a fertiliza o devem ser adequadas de forma a diminuir a incid ncia de pragas e doen as na cultura Quando as pr ticas agr colas e culturais n o s o suficientes para limitar o ataque das pragas o viticultor pode recorrer aplica o de produtos fitofarmac uticos autorizados em AB dentro das limita es impostas por regulamento Para a efic cia das medidas de protec o
191. trolo e Certifica o e verificam o seu adequado funcionamento segundo crit rios espec ficos No caso de os OC respeitarem os crit rios a autoridade acredita o OC e o seu programa de certifica o O produtor pode praticar o modo de produ o biol gico sem ser submetido a um processo de controlo ou certifica o Contudo neste caso o produtor n o pode por lei ostentar indica es nos produtos obtidos que sugiram a agricultura biol gica Serrador 2009a A crescente procura de produtos biol gicos geralmente associada a um pre o mais elevado pode levar a fraudes e irregularidades face s exig ncias regulamentadas apoiando a necessidade de controlo da produ o e transforma o de produtos biol gicos A agricultura biol gica necessita da confian a dos consumidores bem como das autoridades competentes Este controlo imp e se por entidades independentes os organismos de controlo e certifica o que atestam a conformidade das explora es e dos seus produtos comercializados Os organismos de certifica o de produtos s o por si mesmos regidos pela norma de qualidade NP EN 45011 correspondente ao Guia ISO IEC 65 Um OC que abrange apenas a inspec o e n o a certifica o dos produtos regido pela norma de qualidade NP EN 45004 correspondente ao Guia ISO 17020 Estas normas de qualidade envolvem requisitos a n vel da organiza o e funcionamento dos organismos de certifica o e dos seus procedimentos
192. tura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 174 191 Ferreira J 2009d Aduba o Mineral In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 279 283 Ferreira J 2009e Fertiliza o das Plantas Necessidades da Planta e Adapta o da cultura ao solo Jn Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 241 254 144 Ferreira J 2009f Pragas Doen as e Suas Causas In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 302 306 Ferreira J 2009g Pr ticas Priorit rias de Protec o das Plantas In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 306 311 Ferreira J 2009h Estimativa do Risco e N vel Econ mico de Ataque In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 419 423 Ferreira J 20091 Pr ticas Complementares de Protec o Produtos Fitofarmac uticos Autorizados In Ferreira J Coord 2009 As Bases da Agricultura Biol gica Tomo I Produ o Vegetal EDIBIO Castelo de Paiva 423 427 Ferreira J 2009 Guia de Factores de Produ o para a Agricultura Biol gica 2009 2010 AGRO SANUS Lisboa Ferreira J 20091 Pr
193. tura Vegetal e Mata na Regi o do Douro Cristina Carlos ADVID 106 No Quadro 3 2 est o representados alguns exemplos de rvores e arbustos que constituem um habitat para ref gio alimenta o e nidifica o de aves Strecht 2007a Quadro 3 2 Exemplos de esp cies de rvores e arbustos ref gio para aves e Exemplos de aves associadas a esses habitats Strecht 2007a ESP CIES DE RVORES E ARBUSTOS NOME CIENT FICO rvores Arbutus unedo L Frangula alnus Mill Pyrus spp Quercus robur L Arbustos Cystus spp Crataegus monogyna Jacq Rosa canina L Rubus spp Ruscus aculeatus L NOME COMUM Medronheiro Amieiro negro Pereira brava Carvalho Pilriteiro Rosa brava Gilbardeira ESP CIES DE AVES NOME CIENT FICO Aves Cavernicolas Parus caeruleus L Parus major L Sitta europaea L Aves Silvicolas Erithacus rubecula L Phylloscopus spp Prunella modularis L Sylvia spp Aves de Rapina Athene noctua Scopoli Buteo buteo L Strix aluco L Nome COMUM Chapim azul Chapim real Trepadeira azul Pisco Felosas Ferreirinha Toutinegras Mocho galego guia de asa redonda Coruja do mato As sebes compostas por plantas herb ceas arbustivas e arb reas servem de abrigo para uma diversidade de organismos auxiliares Quadro 3 3 Strecht 2007a 107 Quadro 3 3 Exemplos de organismos auxiliares atra dos por sebes compostas Strecht 2007a ESP CIE
194. umes O azoto mineral n trico e amoniacal extremamente sol vel n o absorvido pelo complexo agrilo h mico CAH e sujeito a grandes mobilidades e perdas por lixivia o para os cursos de gua Esta forma mineral rapidamente libertada e absorvida pelas plantas a curto prazo O azoto org nico decomposto pelos microrganismos antes de ser 88 absorvido pelas ra zes das plantas sendo facilmente retido pelo CAH e fornecendo fertilidade a longo prazo MADRP 1997 e Transforma o Os estrumes podem ser aplicados frescos sem passar por qualquer tipo de transforma o Contudo geralmente aconselhado o seu processamento atrav s de um processo de matura o como a secagem ou a compostagem Cap tulo 2 6 2 que consiste em sujeitar a mat ria a elevadas temperaturas durante alguns dias de forma a destruir poss veis doen as e inactivar sementes indesejadas Trujillo e Prieto 2008 Os estrumes maduros e secos possuem uma taxa de degrada o mais lenta libertando o azoto de forma progressiva Os estrumes frescos possuem uma taxa de degrada o mais r pida aportando uma grande quantidade de nutrientes no primeiro ano e nos anos seguintes quantidades muito baixas Em viticultura n o s o aconselhados estrumes frescos pois aportam uma grande quantidade de nutrientes especialmente azoto sol vel que pode inibir o desenvolvimento das micorrizas e a actividade biol gica do solo assim como favorecer o
195. uperficial de solo ou cobertura do solo com vegeta o morta tipo mulching Para o controlo da vegeta o nas entrelinhas e bordaduras s o aconselhados o m todo mec nico e a cobertura vegetal do solo com 75 adubo verde A prefer ncia dever ser dada s t cnicas de cobertura vegetal e corte mec nico em detrimento da mobiliza o mec nica do solo 2 3 T cnicas culturais da Cobertura Vegetal do Solo e Prepara o do Solo Para implanta o da cobertura vegetal o solo deve estar suficientemente arejado para permitir uma boa germina o das sementes No caso de uma parcela com vinha a mobiliza o do solo deve ser feita com uma alfaia inter cepas do tipo enxada rotativa No caso de uma parcela n o cultivada necess rio mobilizar o solo com recurso a uma alfaia de discos ou de dentes ITAB 2003c Em qualquer situa o suficiente trabalhar a uma profundidade de 5 10 cent metros Geralmente apenas se verifica necess ria a mobiliza o de solo no primeiro ano de implanta o da cobertura A partir do primeiro ano o viticultor deve evitar a mobiliza o do solo para efectuar a sementeira e Sementeira A sementeira pode ser directa com um distribuidor de sementes aconselhada a passagem do rolo ap s a sementeira para facilitar a implanta o da semente Ferreira 2012a Para a sementeira deve se evitar sempre que poss vel os per odos de maior risco de eros o As sementeiras de Outono Inv
196. urados antes de incorporados de forma a n o favorecer o ataque de fungos decompositores de celulose De igual modo todo o material que evidencie sinais de pragas ou doen as deve ser devidamente compostado antes de incorporado no solo ou mesmo queimado se se verificar necess rio As pr ticas de arejamento da planta podas desrama e desfolha devem ser efectuadas e postas em pr tica para evitar a forma o de tufos favor veis ao desenvolvimento da Tra a da uva e consequentemente dos ataques de Podrid o cinzenta 4 3 Organismos Auxiliares da Vinha As popula es de inimigos da cultura s o controladas por organismos cuja ac o permite manter estas popula es dentro de limites aceit veis e n o prejudiciais cultura DeBach e Rosen DeBach e Rosen 1991 cit por Torres e Ferreira 2009 defendem que menos de 1 2 dos insectos potencialmente nocivos s culturas se torna em praga devido ao efeito controlador e equilibrador que exercem os organismos auxiliares 116 Entre os principais organismos auxiliares da vinha encontram se entre os Acaros Aranhas e Insectos embora outros grupos de organismos exer am uma fun o ben fica no controlo de pragas como os vertebrados aves mam feros r pteis e anf bios 4 3 1 Insectos Por entre os insectos auxiliares da vinha encontram se os insectos parasit ides e os insectos predadores e Insectos Parasit ides Os insectos parasit ides s o organismos cujas larvas se de
197. vilhaca PER ODO DE SEMENTEIRA MESES Ago Set Mar Abr Jun Ago Mar Ago Set Primavera Set Primavera Ago Out Ago Set Mar Abr Primavera Set Out Mar Abr Ago Set Mar Jun 70 PER ODO VEGETATIVO DIAS 60 100 50 80 30 60 gt 80 gt 80 80 140 200 300 na 60 90 50 90 DOSAGEM DE SEMENTES KG HA 8 15 15 30 10 30 15 30 20 30 40 120 25 30 20 25 160 200 100 200 RENDIMENTO TON Ms HA 4 9 4 5 3 8 3 8 3 8 4 6 5 8 5 8 3 8 NUTRIENTES DA COBERTURA KG HA 50 110 60 140 40 90 10 60 10 60 30 50 30 60 30 60 10 100 60 75 30 60 30 50 15 50 10 30 10 30 10 20 10 20 10 20 15 40 20 30 60 170 110 210 60 160 10 120 10 120 40 50 40 70 40 70 20 120 50 75 Estas plantas melhoram a profundidade de solo e promovem a sua actividade biol gica sendo de maior interesse quando semeadas em mistura OPABA 2012b Para a implanta o deste tipo de cobertura efectua se um trabalho superficial do solo ap s a remo o da vinha velha e procede se sementeira directa do adubo verde Quadro 2 10 Esp cies para aduba o verde pr planta o de vinha nova Adaptado de OPABA 2012b NOME POPULAR NOME CIENT FICO Ervilha forrageira Pisum sativum L subsp sativum var arvense L Ervilhaca Vicia sativa L Bersim Trifolium alexandrinum L Trevo encarnado Trifolium incarnatum L No Quadro 2 11 est o representa
198. vinha Da sua dieta fazem parte caros Tetraniqu deos como o Aranhi o vermelho e Aranhi o amarelo Esta esp cie possui um efeito de competitividade com o T pyri podendo chegar a desalojar este fitose deo do ecossistema K aberrans possui as vantagens de recorrer a fontes de alimento alternativas como o p len e actuar sobre a presa quando esta ainda se encontra em baixas densidades Esta esp cie ocorre com bastante frequ ncia em sebes vivas Rodrigues 2009 A sua principal desvantagem est na sua elevada sensibilidade a pesticidas Numa situa o de incid ncia de pesticidas o seu efectivo pode baixar radicalmente criando dificuldades na limita o natural do Aranhi o vermelho dada a baixa popula o de T pyri em ambientes onde a K aberrans est presente Rodrigues 2009 4 3 3 Vertebrados No ecossistema vit cola os Vertebrados fazem parte da cadeia alimentar e deste modo exercem uma ac o sobre o equil brio de algumas pragas da cultura A regula o das popula es mais facilmente atingida em agro sistemas com elevada biodiversidade Strecht 2009a e Aves As popula es de aves auxiliares podem ser aumentadas pela implementa o de estruturas que levem sua aproxima o e fixa o rvores arbustos plantas herb ceas e elementos estruturais nomeadamente atrav s da instala o de ninhos artificiais A introdu o de aves com o intuito de limitar uma popula o continua a ser uma pr tica

conversão para viticultura biológica

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