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DISSER_PGENF_290 - VALDENIR ALMEIDA DA SILVA

1. muito raro eu acho raro quando tem a fam lia que t aqui junto C 07 A mesma enfermeira segue ent o atribuindo a falta de acompanhamento pelos familiares falta de esclarecimentos sobre as terap uticas o quadro cl nico dos pacientes e a maneira como devem realizar o cuidado aos seus familiares raro a fam lia que realmente acompanha aqui que t junto se preocupando se fez aquele exame de t junto porque que fez qual o resultado muito dif cil Ainda mais aqui que s o pessoas humildes que n o tem esclarecimentos tanto o paciente quanto a fam lia n o questionam mesmo qual foi esse exame qual foi o resultado e agora vai fazer o que vai para casa e eu vou cuidar como C 07 A enfermeira C 07 tamb m relata a pressa dos familiares em deixar seus idosos ap s a interna o dificultando assim a obten o de informa es importantes Muito das fam lias a gente v muito do familiar quando chega j perguntar eu j posso ir j posso ir Sabe n o espera para poder conversar tudo ou se n o perguntar tudo ao familiar e muitas vezes n o quer nem ter aquela entrevista ali quando vem aqui tem que realmente contar tudo de o hist rico do paciente e muitos n o tem nem essa paci ncia de ficar aqui conversando Quando chega t vendo que t internado e j t aqui dentro j quer ir embora Ent o eles s o bem carentes em rela o ao acompanhamento famil
2. sesssesssecssocesocesoosssocsssecssocesocesoosesocssocessocesocescosesoesssesssocesocsso fio RR O Blob ds 6 0 nna naa a a E R A E REDE A n a 2 5 2 O cuidado de enfermagem a pessoas idosas hospitalizadas ssssssssessseeeseeeeesee A Teoria do Cuidado Transpessoal METODOLOGIA 3 1 3 2 3 3 3 4 3 5 3 6 Tipode estio ninnaa a E E E ae E R NE Locus do estudos niire iea e EEE E E aN AE e RE RRT Colaboradoras do esthdo s tiesit isita ei erta iise eiei is Coleta dos depoimentos irere opsecaahassastis E a aaa sa EEEE EEE EE AE iS An lise dos dep imentoSs eseni a a a A ias ASpectOS ti COS ronn ie eoi es AE E a eE A VALA A AE Lea R EE A ES RESULTADOS ssicsssserosssssverossccssssess soroisssorsssissepro s sectsst ssrsv seosssss eperd cost vis e rosessi dandadi 4 1 4 2 AS COLABORADORAS DO ESTUDO seeseesesereceesesorsesesesoeeesoroeseseroesesoroeseseeeeeee Al F APRESENTA O a isses i E fa E EEE E 4 1 2 Contextualiza o das caracter sticas ssseseeeeseseeeeesetsrerreesererrsrirsreseeseresreses APRESENTA O E DISCUSS O DAS CATEGORIAS TEM TICAS COM AS RESPECTIV AS SUBCATEGORIAS eesesesereceesoroesesecceeesoroeseseseeeesosee 4 2 1 As enfermeiras cuidadoras de pessoas idosas em hospitaliza o OAEI OTE Ci P POEA EE EAEE E E A E 4 2 1 1 O ingresso no servi o como estagi rias e a defici ncia referida na FORMA O academie as drs ir ia Quad E E E EE R 4 2 1 2 A Geriatria Gerontologia c
3. LISTA DE FIGURAS Figura 01 Distribui o das colaboradoras segundo a idade em anos 60 Figura 02 Distribui o das colaboradoras segundo a religi o referida 63 Figura 03 Distribui o das colaboradoras segundo a situa o conjugal 64 Figura 03 Distribui o das colaboradoras segundo o tempo de graduadas 65 Figura 05 Distribui o das colaboradoras segundo o tempo de trabalho no servi o PESQUISADO E E E EA ANTAS AS na ado ae 65 LISTA DE FLUXOGRAMAS Fluxograma 01 Processo de cuidado estabelecido pelas enfermeiras na admiss o da PESSOA Idosa eenaa pensas ann asd visada a aaia 108 Fluxograma 02 Processo de cuidado estabelecido pelas enfermeiras diariamente no cuidado de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 109 LISTA DE QUADRO Quadro 01 Correla o entre os elementos do processo de cuidado segundo Jean Watson com as necessidades de cuidado identificadas e os cuidados implementados na popula o pesquisada is LSITA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AVD Atividades da Vida Di ria CAAE Certificado de Apresenta o para Aprecia o tica CEP Comit de tica em Pesquisa CNDI Conselho Nacional dos Direitos do Idoso CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico COFEN Conselho Federal de Enfermagem CPDOC Centro de Pesquisa e Documenta o de His
4. maior na Grande Salvador que no Brasil 2006 Dispon vel em http www pnud org br gerapdf php id01 2498 Acesso em 12 11 2011 PR TAT Jane R Envelhecer os anos de decl nio e a transforma o da ltima fase da vida S o Paulo Paulus 1997 QUEIROZ Zally Pinto Vasconcellos O impacto do cuidado na vida do cuidador de idosos fator de risco de neglig ncia dom stica em idosos dependentes In BERZINS Mar lia Viana MALAGUTTI William Rompendo o sil ncio faces da viol ncia na velhice S o Paulo Martinari 2010 QUEIROZ Zally Pinto Vasconcellos LEMOS Naira de F tima Dutra RAMOS Luiz Roberto Fatores potencialmente associados neglig ncia dom stica entre idosos atendidos em programa de assist ncia domiciliar Ci ncia amp Sa de Coletiva v 15 n 6 2010 p 2815 24 Dispon vel em http www scielosp org pdf csc v15n6 a19v15n6 pdf Acesso em 23 08 2011 RESNICK Barbara O Paciente Idoso Criticamente Doente In MORTON Patricia Gone FONTAINE Dorrie K HUDAK Carolyn M GALLO Barbara M Cuidados Cr ticos de Enfermagem uma abordagem hol stica 8 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007 ROLKA Gail Meyer 100 mulheres que mudaram a hist ria do mundo Rio de Janeiro Ediouro 2004 RUIP REZ Isidoro LLORENTE Paloma Guias Pr ticos de Enfermagem Geriatria Rio de Janeiro Mc Graw Hill 2002 SALES Catarina Aparecida O Ser No Mundo e o Cuidado Humano concep es heideggerianas Rev enferm
5. bu s UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA X ESCOLA DE ENFERMAGEM TYY Valdenir Almeida da Silva O CUIDADO DE ENFERMAGEM A PESSOAS IDOSAS EM HOSPITALIZA O PROLONGADA Salvador 2011 Valdenir Almeida da Silva O CUIDADO DE ENFERMAGEM A PESSOAS IDOSAS EM HOSPITALIZA O PROLONGADA Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Enfermagem Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia como requisito parcial para a obten o do grau de mestre na linha de pesquisa O cuidar em enfermagem no processo de desenvolvimento humano Orientadora Professora Dra Maria do Ros rio de Menezes Salvador 2011 Ficha catalogr fica elaborada pela Biblioteca Universit ria de Sa de SIBI UFBA S586 Silva Valdenir Almeida da O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Valdenir Almeida da Silva Salvador 2011 136 f Orientadora Prof Dr Maria do Ros rio de Menezes Disserta o Mestrado Universidade Federal da Bahia Escola de Enfermagem 2011 1 Idoso 2 Hospitaliza o 3 Cuidados de enfermagem 4 Envelhecimento 5 Interna o 6 Geriatria I Menezes Maria do Ros rio II Universidade Federal da Bahia II T tulo CDU 616 053 9 O CUIDADO DE ENFERMAGEM A PESSOAS IDOSAS EM HOSPITALIZA O PROLONGADA Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Enfermagem Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia como r
6. frequentemente s o mais prolongados do que os de adultos n o idosos acarretando preju zos 22 muitas vezes irrevers veis capacidade funcional recupera o mais lenta e complicada com repercuss es na qualidade de vida Al m disso os idosos tendem a apresentar pluripatologias que associadas interna o hospitalar acarretam mais riscos quando se considera o decl nio fisiol gico relacionado ao envelhecimento Constatou se que frequentemente as pessoas idosas em situa o de internamento prolongado requerem da enfermagem cuidados diferenciados em rela o aos demais pacientes As multipatologias o decl nio da capacidade funcional as complica es relacionadas ao internamento como lceras por press o traqueostomia infec o por micro organismos multirresistentes e o uso de dispositivos como ostomia intestinal sondas cateteres e suporte ventilat rio exigem da enfermagem mais tempo para o cuidado Esses pacientes s o os que demandam mais cuidado da equipe e em alguns casos pode se notar que h relut ncia por parte de alguns profissionais em dedicar a aten o diferenciada que esses idosos exigem seja no cuidado direto atrav s da realiza o de procedimentos ou na avalia o cont nua com vistas identifica o das necessidades de cuidados e interven es Al m disso o idoso no contexto da hospitaliza o considerado como fr gil ou em situa o de fragilidade Conforme defini o do Minis
7. acredita e valoriza um poder superior sem necessariamente manifestar cren a religiosa ou estar vinculada a uma religi o FARIA SEIDL 2005 A experi ncia da ilumina o religiosa um terceiro olho que se abre para ver as coisas que os outros dois n o podiam ver ALVES 2009 p 27 passando assim a dar sentido diferente pr pria vida e ao mundo Ent o acredita se que mesmo diante do arcabou o cient fico requerido para o exerc cio de uma profiss o o fazer de um profissional que professa determinada religi o carrega valores que tem por base seus s mbolos e as coisas sagradas referentes sua cren a Em se tratando da enfermagem n o portanto um cuidar neutro mas sim um cuidar permeado por um conjunto de cren as e valores estabelecidos para as rela es humanas A esse respeito importante refletir sobre como a cren a religiosa de um enfermeiro influencia em sua maneira de cuidar A hist ria da enfermagem assinala a forte presen a do fator religioso como um requisito para o cuidado Autoras assinalam que a enfermagem tinha como objeto de trabalho o corpo dos indiv duos por m visando atingir o esp rito em favor de 64 uma ideologia crist e cat lica Dessa forma contribu am para a manuten o de uma ordem pol tica econ mica e social dominadoras cumprindo um papel religioso ao disseminar os princ pios crist os e controlar as a es humanas determinado assim uma forma de ser PASSOS 1996
8. chegam eu t sentindo isso Ontem aconteceu isso de noite eu ca entendeu Ent o eu acho que aqui existe uma intera o bem bacana entre o enfermeiro e o paciente Assim rela o de carinho de afeto fora a quest o profissional C 02 Depreende se das falas da enfermeira C 02 um senso de naturalidade diante de condi es adversas a que tais idosos possam estar expostos A rela o familiar relatada pela depoente pode sinalizar um afastamento do profissionalismo chegando um n vel de informalidade no cuidado H que se pensar tamb m que a naturaliza o do cotidiano aponta para uma perda de estranheza frente a condi es adversas no cuidado a pessoas idosas deixando se de intervir adequadamente frente s necessidades de cuidado Outro aspecto que refor a a ideia da perda de estranheza e de profissionalismo a forma natural e corriqueira que a enfermeira C 02 encara o relato de uma queda por uma pessoa idosa Para a doente o relato da iatrogenia citada visto como positivo dado que a pessoa idosa sente confian a em relatar o ocorrido No entanto as quedas devem ser encaradas como um ocorr ncia grave nas pessoas idosas em hospitaliza o prolongada devendo ser registrada e notificada com vistas ado o de medidas preventivas Conforme Eliopoulos 2011 a incid ncia de quedas uma das principais preocupa es relativas seguran a na velhice Conforme a autora citada um ter o das pessoas com 75
9. o e teoria a fim de n o se produzir conhecimento isolado ALLIGOOD TOMEY 2002 42 Os fundamentos da Teoria de Jean Watson foram publicados em 1979 no livro intitulado Nursing the philosophy and science of caring O livro foi revisado em 1985 e publicado em 1988 com o t tulo Nursing human science and human care Foi ampliado e sofreu novos avan os em 2005 No que se refere s fontes te ricas para a elabora o da teoria Watson baseou se nas ci ncias e nas humanidades fornecendo orienta o fenomenol gica existencial e espiritual WATSON 2008 A teoria apresentada por Jean Watson Teoria do Cuidado Transpessoal est fundamentada em pressupostos relativos ci ncia do cuidar e em pressupostos concernentes aos valores do cuidar A autora referida apresenta alguns pressupostos da ci ncia do cuidar em enfermagem que s o 1 O cuidado s pode ser demonstrado e praticado com efici ncia se for feito interpessoalmente 2 O cuidar consiste em fatores de cuidar que resultam na satisfa o de determinadas necessidades humanas 3 O cuidar eficiente promove a sa de e o crescimento individual ou familiar 4 As respostas do cuidar aceitam uma pessoa n o apenas como ela atualmente mas como pode vir a ser 5 Um ambiente de cuidar proporciona o desenvolvimento do potencial enquanto permite que a pessoa escolha a melhor a o para si num dado momento 6 O cuidar mais promotor da sa de do que cura A pr tica do
10. o prolongada o cuidado s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e a rela o das enfermeiras com as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada As necessidades de cuidados identificadas est o em sua maioria relacionados com a dimens o f sica do envelhecimento e do processo de doen a J os cuidados emergiram em estreita rela o com as necessidades identificadas ou seja tamb m voltados para a dimens o f sica A despeito de as enfermeiras reconhecerem as dimens es subjetivas do cuidado n o elencaram tais dimens es dentre os cuidados que prestam Palavras chave IDOSO HOSPITALIZA O CUIDADOS DE ENFERMAGEM ENVELHECIMENTO TEMPO DE INTERNA O ABSTRACT The growth of the old population plus the change in the epidemiological profile with a higher prevalence of chronic non transmittable diseases causes profound impact on health services particularly the impact on the costs of medical treatments and hospital The elderly consume more health services are more frequent in hospital admissions and the length of hospital bed occupancy is greater than that of other age groups The elderly hospitalization represents a moment of weakness fear of association with death and dependency as well as suffering and the unpleasant feeling of insecurity that causes the disease these patients will require the attention of a group of health workers among which nurses that plays a primal role in care This is an exploratory research
11. tem que repetir falar para ele mais vezes o que fala para ele ouvir Ent o acho importante ter paci ncia para ouvir tamb m ele os pacientes l cidos e orientados gostam muito de conversar sobre as experi ncias de vida as hist rias ent o acho que tem que ser um bom ouvinte para poder dar aten o a eles C 01 e voc na Geriatria tem que ser tudo n Tem um paciente que n o fala mas voc tem que adivinhar tem paciente que n o ouve a gente tem que fazer m mica tem paciente que n o quer usar fralda a gente tem que convencer O idoso demora at voc convencer que tem que ser assim C 03 paciente demente a gente tem que saber lidar entender o que que ele t falando Eu tenho um paciente que tem disartria Um dia eu cheguei no leito e ele tava com uma raiva que eu n o sei eu seu pelo amor de Deus fique calmo que eu n o vou entender nada eu n o entendia nada e eu sei que ela tava brigando por alguma coisa E eu pedia para todo mundo conversa ali com seu para ver se entende o que que ele t falando e ele tem uma disartria dele tipo assim voc n o entende nada do que ele fala Ent o at hoje eu chego para ele e a seu t mais calmo e ele humm humm humm e eu n o entendi nada mas eu sei que ele t mais calmo foi alguma coisa que incomodou ele ele t mais calmo C 03 Ent o s vezes eles querem chamar a aten o chamar a a
12. 0 1 2 3 4 5 6 7 N mero de colabradoras 29 Fonte Pesquisa O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Como rela o ao tempo de trabalho no servi o pesquisado nota se que h uma aproxima o entre o tempo de gradua o e o tempo de trabalho Figura 05 Essa coincid ncia pode ser justificada pela pol tica institucional de contratar o estudante como estagi rio e absorv lo como profissional ap s a formatura Figura 05 Distribui o das colaboradoras segundo o tempo de trabalho no servi o pesquisado Salvador 2011 3 5 anos 6 meses 2 anos Tempo no servi o 0 1 2 3 4 5 6 7 8 N mero de colaboradoras Dentre as enfermeiras pesquisadas nove obtiveram o grau de bacharel em enfermagem em institui es de ensino de natureza privada e apenas tr s em universidades p blicas Com rela o exist ncia de componente curricular relacionado sa de do idoso onze enfermeiras afirmaram ter cursado por m informaram n o se lembrarem da carga hor ria Apesar da informa o sobre a abordagem do assunto nas respectivas academias sobressaiu se a ideia da insufici ncia das abordagens sejam em termos de carga hor ria viv ncias em campos de pr tica ou do conte do program tico 66 Quando questionadas sobre a forma o em n vel de p s gradua o latu sensu na rea de geriatria gerontologia todas afirmaram n o ter cursado Houve prefer ncia no grupo pesquisa
13. 2002a WILLS 2009 Por sua vez o campo fenomenol gico a totalidade da experi ncia humana de estar no mundo abrange a estrutura individual de refer ncia que pode ser conhecida apenas por aquela pessoa A forma como uma pessoa compreende e responde numa dada situa o depende do seu campo fenomenol gico ou realidade subjetiva e n o apenas das condi es objetivas e realidades externas J o eu diz respeito Gestalt conceitual organizada composta de percep es do eu e percep es do relacionamento do eu com os outros e com v rios 45 aspectos da vida o centro subjetivo que experiencia e vive dentro do somat rio total das partes do corpo dos pensamentos sensa es mem rias e hist ria de vida WATOSN 2002a WILLS 2009 Conforme Watson 2002a o cuidado traz em seu mago uma no o ontol gica de unidade entre todas as coisas de harmonia de paz e agrega o entre a humanidade O cuidar se expressa na enfermagem atrav s de elementos utilizados para prestar cuidados s pessoas Esses elementos constituem o processo Clinical Caritas e descrevem o processo de cuidar para a obten o e manuten o da sa de ou mesmo para uma morte serena WATSON 2008 Caritas significa valorizar apreciar dedicar aten o especial e representa caridade compaix o e generosidade de esp rito Dentro do caritas processes Watson 2008 faz uma conex o entre o cuidado e o amor e dessa forma indica um caminho
14. Essa diretriz inclusive transversal s demais diretrizes e um passo fundamental para a articula o das a es intersetoriais A responsabilidade pela execu o compartilhada entre as tr s esferas do governo BRASIL 2006 Sobressaiu se ent o a lacuna entre o que est previsto nas pol ticas nos projetos pedag gicos das escolas e o que de fato ocorre As depoentes relataram uma insufici ncia nas abordagens das Institui es de Ensino Superior sobre a Geriatria e a Gerontologia quando se referem carga hor ria preparo do docente e metodologias Outro fator que se destaca que nenhuma das profissionais entrevistadas tem forma o espec fica na Geriatria e Gerontologia e a aquisi o de conhecimentos est relegada ao que absorvido no cotidiano profissional 4 2 1 3 A gratid o pelo reconhecimento do papel de cuidadoras Se a primeira rea o diante da possibilidade de trabalhar com pessoas idosas foi o susto e o receio em um segundo momento as enfermeiras expressaram sentimento oposto ao inicial Ao longo do exerc cio da profiss o foram capazes de permitir um envolvimento com as necessidades dos idosos e isso favoreceu o descortinamento de um universo at ent o desconhecido Mas quando eu vim me apaixonei C 07 Mas abracei a experi ncia e falei que seria um desafio Desafio esse que sou apaixonada C 09 Dessa rela o estabelecida emerge nas enfermeiras um sentimento de gratid o ao t
15. Esses valores foram difundidos tamb m pela fundadora da enfermagem moderna Florence Nightingale que relacionou as leis da sa de com as leis de Deus NIGHTINGALE 2010 Para al m dos aspectos citados Watson 2002a sinaliza para a proemin ncia do mundo do esp rito e da alma medida que uma pessoa cresce e amadurece como indiv duo Em sua teoria do cuidar transpessoal Watson 2002a 2008 enfatiza a necessidade e os benef cios do cultivo da f e das for as exist ncias fenomenol gicas e espirituais para que a transpessoalidade do cuidado seja atingida Com rela o situa o conjugal apenas duas das enfermeiras s o casadas as quais s o as de maior idade entre o grupo como mostra a figura 03 Esse dado pode ser justificado pela baixa faixa et ria do grupo em estudo Como j foi dito oito das enfermeiras tem menos de 28 anos Figura 03 Distribui o das colaboradoras segundo a situa o conjugal Salvador 2011 Casadas 2 Solteiras 10 Fonte Pesquisa O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada No que se refere ao tempo de gradua o constatou se que seis enfermeiras t m entre oito meses e dois anos de graduadas cinco entre tr s e cinco anos e uma delas graduou se h 17 anos conforme a figura 04 a seguir 65 Figura 04 Disitribui o das colaboradoras segundo o tempo de graduadas Salvador 2011 gt 5 anos 3 5 anos Tempo de graduadas 0 2 anos
16. a a personas mayores en hospitalizaci n prolongada y describir el cuidado de las enfermeras a personas mayores en hospitalizaci n prolongada El estudio fue desarrollado en un centro geri trico de un hospital filantr pico de gran porte localizado en la ciudad de Salvador Bahia en el per odo de marzo a abril de 2011 teniendo como colaboradoras doce enfermeras Las entrevistas fueron recolectadas mediante la t cnica de Hist ria Oral analizadas conforme la t cnica de an lisis categorial tem tica e interpretadas seg n los presupuestos de la Teoria del Cuidado Transpersonal Las categor as emergentes fueron las enfermeras cuidadoras de personas mayores en hospitalizaci n prolongada las personas mayores en hospitalizaci n prolongada el cuidado a las personas mayores en hospitalizaci n prolongada y la relaci n de las enfermeras con las personas mayores en hospitalizaci n prolongada Las necesidades de cuidados identificadas est n en su mayor a relacionadas con la dimensi n f sica del envejecimiento y del proceso de la enfermedad Ya los cuidados emergieron en estrecha relaci n con las necesidades identificadas o sea tambi n orientados para la dimensi n f sica A despeito de que las enfermeras reconozcan las dimensiones subjetivas del cuidado las mismas no consideraron tales dimensiones entre los cuidados que prestan Palabras clave MAYOR HOSPITALIZACI N CUIDADOS DE ENFERMER A ENVEJECIMIENTO TIEMPO DE INTERNACI N
17. cada vez isso vai se repetindo se repetindo C 10 A situa o de abandono acompanha as pessoas idosas n o somente nos hospitais Menezes 1999 relata como esta realidade se processa tamb m em ILPI s onde frequentemente as pessoas idosas s o deixadas pelos familiares as perdas em diversos segmentos se manifestam a solid o e o cio permeiam o cotidiano e a vida se resume espera junto porta de entrada pela visita de uma familiar Essa situa o ilustrada pela fala seguinte O meu filho ficou de vir me visitar hoje e de me trazer umas coisinhas sabe ele muito ocupado trabalha muito mas ele disse que eu n o vou ficar aqui por muito tempo meu filho me trouxe aqui s para conhecer e passar uns dias eu vou voltar para casa j telefonei para o trabalho dele mas ele estava em uma reuni o com certeza ele vir amanh MENEZES 1999 p 20 Beauvoir 1990 narra os rituais de abandono desvaloriza o e sacrif cios a que s o submetidas as pessoas idosas a partir de an lise antropol gica de diversas sociedades ditas primitivas Destaca como fator importante na din mica do abandono a quest o econ mica j que os idosos n o podem mais trabalhar logo tornam se bocas in teis Destaca se a hist ria de Narayama e o ritual de abandono que ali se processa Conforme a tradi o daquele lugar os velhos deviam ser sacrificados devido ao fardo no qual se constituiam em vistas da escassez alimentar BEAU
18. ent o temos as medidas mais rigorosas nos 98 cuidados de enfermagem e o outro que tem doen a terminal doen a cr nica tem s medidas de conforto Ent o tem uns que tem neoplasia sem medida medicamentosa tem medida de conforto Ent o eu vejo assim a atua o de acordo com o grau de depend ncia C 10 Emerge ent o a presta o de um cuidado que ainda se fundamenta no modelo biom dico e que portanto tem como foco a pessoa em estado de doen a A despeito de apresentarem uma concep o subjetiva sobre o cuidado ainda h confus o no momento de expressar esse cuidado Foi identificado na subcategoria A concep o das enfermeiras sobre o cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada que as enfermeiras reconhecem as dimens es subjetivas do cuidado mas a expressam na forma de procedimentos t cnicos focados na patologia e no grau de depend ncia Parece haver dessa forma uma dificuldade em distinguir o cuidado t cnico dos aspectos human sticos e relacionais Ou seja as depoentes identificam e expressam a dimens o subjetiva mas ao mesmo tempo n o relacionam esses fatores dentre os cuidados que prestam As depoentes elencaram em seus discursos os seus cuidados atrelados s necessidades biof sicas psicof sicas e psicossociais segundo classifica o apresentada por Watson 2008 e tentaram justificar suas a es de acordo com o quadro cl nico apresentado pelas pessoas idosas Com rela
19. fase de organiza o do material sistematiza se as ideias de modo a conduzir a um esquema do desenvolvimento das opera es seguintes Nessa fase realiza se a leitura flutuante quando se tem as primeiras impress es e interpreta es a partir do contato inicial com o material a ser analisado A partir de leituras sucessivas do texto proveniente das entrevistas o conte do torna se mais sugestivo de modo a ultrapassar a impress o inicial Tamb m nesta fase realiza se a constitui o do corpus ou seja o conjunto de documentos que ser o analisados devendo portanto obedecer aos crit rios de exaustividade representatividade homogeneidade e pertin ncia em rela o ao objeto de estudo e com as quest es levantadas no instrumento de coleta de dados BARDIN 2009 A segunda fase corresponde explora o do material Nessa etapa os esfor os devem ser empreendidos no sentido de se alcan ar o n cleo de compreens o do texto e de encontrar categorias expressivas dos significados atrav s da codifica o e categoriza o BARDIN 2009 MINAYO 2008 A terceira fase da an lise de conte do o tratamento e a interpreta o dos resultados obtidos Nessa fase os dados brutos tornam se significativos podendo se fazer infer ncias e interpreta es a partir dos objetivos tra ados ou das descobertas realizadas BARDIN 2009 Os resultados obtidos devem ser correlacionados com a teoria que fundamenta o estudo favorecendo novas interpre
20. ncia s quest es socioecon micas e s necessidades de ordem afetiva Bom o idoso tem necessidades socioecon micas tem necessidade de sa de tem necessidade afetiva tem necessidade amorosa C 04 Sendo assim a enfermeira C 04 alerta que preciso ampliar a maneira como se v os idosos n o se restringindo apenas a trat lo como um paciente Ent o quando a gente lida com um idoso a gente tem n o pode enxerg lo simplesmente como um paciente como uma pessoa doente mas entend lo como um ser humano que j viveu que tem in meras experi ncias pra t dividindo que tem fam lia que tem hist ria que tem problemas sociais que muitas vezes s o abandonados pelos pr prios familiares e sentem esse abandono e acabam transformando a equipe na sua fam lia C 04 Concorda se com a depoente de que preciso considerar a hist ria de vida e o contexto no qual o idoso est inserido para se poder valorizar respeitar e planejar melhor o cuidado Deve se considera inclusive as rela es familiares Essas quando bem ajustadas s o uma fortaleza para o idoso No entanto como j abordado anteriormente existem os maus tratos a viol ncia e o abandono por parte dos familiares Diante do exposto e considerando desde os fatores biol gicos aos sociais concorda se que as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada se constituem como um grupo complexo que demanda um cuidado diferenciado e que atenda na medida do
21. o idade observou se uma varia o entre 24 e 49 anos de idade sendo que duas colaboradoras tinham 26 duas 27 e tr s 28 anos conforme pode ser verificado na figura 01 Figura 01 Distribui o das colaboradoras segundo a idade em anos Salvador 2011 N mero de colaboradoras 24 26 27 28 29 31 34 49 Idades Fonte Pesquisa O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Um fator importante a ser analisado a influ ncia da idade no cuidado prestado s pessoas idosas Nesse caso h um distanciamento entre as faixas et rias das enfermeiras cuidadoras e dos idosos pessoas cuidadas Na sua maioria s o pessoas mais jovens cuidando de pessoas mais velhas Algumas enfermeiras est o no primeiro ano da vida profissional e j se deparam com uma clientela t o espec fica e especial Espec fica pelas particularidades advindas da senesc ncia e da senilidade da hospitaliza o prolongada e do contexto social no 61 qual est o inseridos que algumas vezes os submete a priva es e maus tratos Especiais pela riqueza da trajet ria de vida de cada uma das 216 pessoas idosas hospitalizadas no local em estudo Com base nas falas analisadas na sequ ncia deste estudo a experi ncia de cuidar de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada representa a princ pio repulsa e choque o que pode ser indicativo nas entrelinhas de um comportamento gerontof bico Esse comportamento pode se con
22. o ao envelhecimento Colli re 2003 aborda que h necessidade de cuidados de compensa o e de manuten o da vida nos contextos de doen a aguda ou cr nica Enfatiza ainda a necessidade de cuidados de outros motes como cuidados de estimula o centrados nas capacidades fundamentais como respirar mamar sentir ouvir ver cuidados de conforta o centrados no encorajamento permitindo adquirir seguran a cuidados do parecer que contribuem para construir e valorizar a imagem de si pr prio e assim fazer emergir e fortificar o sentimento de identidade e de perten a a um grupo cuidados de apaziguamento permitem repouso liberta o de tens es apaziguando a turbul ncia do que est em desassossego Colli re 2003 afirma que cuidar situa se na encruzilhada do que faz viver e do que faz morrer Valorizando assim os conhecimentos sobre energia dimens es do espa o e tempo interrela es estresses passagens da vida esquema e imagem corporal Ao trazer 39 tona tais afirmativas a referida autora encontra amparo nos constructos te ricos de Jean Watson a qual valoriza o ser humano em todas as suas dimens es e oportuniza o encontro como o momento do cuidado transpessoal Ainda como ponto de concord ncia entre Watson e Colli re identifica se a ideia do cuidar como permiss o para renascer para a vida viver a morte reencontro da dimens o e do sentido simb licos do sagrado permitindo que a vida mantenha ou recupere seu
23. que os pressupostos b sicos de cidadania e dignidade inerentes s pessoas idosas e a todos os seres humanos sejam aprimorados O presente estudo insere se na realidade local direcionando o olhar para um contexto de cuidados pela enfermagem em um centro especializado no cuidado gerontol gico e geri trico portanto com caracter sticas pr prias De forma ampliada reflete tamb m uma realidade em n vel de estado pa s e porque n o dizer mundial O envelhecimento uma realidade global assim como as demandas espec ficas de cuidados e a busca por formas inovadoras de cuidar do outro pensando se no respeito dignidade autonomia ess ncia do ser humano e otimiza o de recursos e resultados No tocante enfermagem faz se patente que esta reconhe a a necessidade de mudan as de suas pr ticas com vistas transcend ncia do cuidado limitado ao corpo f sico buscando uma harmoniza o com o ambiente As pessoas idosas trazem uma carga de sofrimento advinda das dificuldades sociais a que est o expostas Logo um imperativo da enfermagem transmitir atrav s de uma rela o de cuidado aut ntica e interessada acolhimento e solidariedade em ltima inst ncia valores human sticos Destaca se por fim a necessidade de adequa o das pol ticas p blicas no contexto do SUS realidade das pessoas idosas fr geis em hospitaliza o prolongada 122 REFER NCIAS ALBERTI Verena Manual de Hist ria Oral 3 ed
24. s pessoas idosas e a sua complexidade Da a necessidade de conhecimentos ampliado e profundo Os problemas dos idosos s o m ltiplos e cr nicos abrangendo desde as quest es sociais s quest es ligadas diretamente s patologias e valoriza o do ser humano com sua subjetividade em dire o ao cuidado transpessoal 69 As falas expostas justificam a necessidade de mais aten o durante a gradua o aos conte dos sobre a sa de do idoso Nesse sentido faz se patente saber sobre as institui es de origem bem como a sua natureza e a exist ncia de componentes curriculares sobre a tem tica Como j foi apresentado anteriormente nove das enfermeiras colaboradoras estudaram em institui es privadas e apenas uma dentre as doze referiu n o ter cursado disciplina referente sa de do idoso Nota se que h uma lacuna entre conte dos program ticos e o que de fato absorvido pelas estudantes tendo em vista que elas referem se insufici ncia da abordagem Diante disso as institui es de ensino tanto p blicas quanto privadas precisam repensar seus curr culos e m todos de ensino visando dar mais espa o s quest es relativas sa de do idoso visto que esta obrigatoriedade j est posta tanto na PNI como no Estatuto do Idoso e na Pol tica Nacional de Sa de do Idoso PNSD Ao tornar o aprendizado mais efetivo e eficaz poder o fazer germinar nos seus discentes uma pr tica embasada e transformadora dos con
25. Nordeste conta com aproximadamente um quarto desse total com 5 646 milh es de pessoas acima de 60 anos ficando atr s apenas da regi o Sudeste que possui 10 225 milh es A Bahia o Estado que concentra o maior n mero de idosos na sua regi o 1 556 milh o representando 10 7 do total da popula o e em Salvador e regi o metropolitana encontram se 331 mil pessoas com idade maior ou igual a 60 anos IBGE 2010b Dados do censo demogr fico realizado pelo IBGE em 2010 apontam para um crescimento no n mero de idosos centen rios O Brasil possui 23 760 pessoas a partir dessa idade e o estado da Bahia destaca se com o maior n mero de idosos centen rios 3 525 seguida por S o Paulo com 3 146 e Minas Gerais com 2 597 IBGE 20104 Quanto aos aspectos relacionados s condi es de sa de dados revelam a elevada preval ncia de doen as cr nicas n o transmiss veis As doen as cr nicas s o aquelas que acompanham a pessoa por um longo per odo de tempo podendo ter altern ncia entre fases agudas com momentos de piora e melhora IBGE 2009b O percentual de doen as cr nicas na popula o brasileira gira em torno de 29 9 Essas doen as aumentam de forma significativa com o passar dos anos passando de 9 3 na popula o de 0 14 anos para 75 5 entre os idosos Nesse ltimo grupo h ainda uma distribui o desigual conforme o sexo atinge 69 3 dos homens e 80 2 das mulheres brasileiras Outro dado relevante que 64 4
26. Por outro lado questiona se sobre as responsabilidades pelas pessoas idosas no domic lio 86 Uma pesquisa recente apontou para um perfil de cuidador familiar predominantemente feminino sem vida conjugal residente com o idoso e tamb m sendo idoso com dedica o di ria de 13 a 24 horas de cuidado QUEIROZ LEMOS RAMOS 2010 Qual o apoio a forma o e a estrutura que essas fam lias recebem do Estado para manter um cuidado em condi es adequadas aos seus idosos Os cuidados nas circunst ncias da depend ncia e fragilidade requerem muita paci ncia dedica o disponibilidade de tempo e informa o Nesse sentido importante conhecer os familiares cuidadores de pessoas idosas e o suporte que recebem para manter esse cuidado 4 2 2 3 A infantiliza o da velhice Sobressaiu se nas falas das enfermeiras uma ideia de rela o da velhice com a inf ncia Para a enfermeira C 05 a pessoa idosa volta a ser crian a e isso requer e justifica o uso de artif cios utilizados para as crian as como o convencimento Tem que ter toda sensibilidade tem que ser sens vel tem que ser um pouco paciente porque como diz eles voltam a ser crian a ent o tem que ter muito cuidado mesmo no lidar no falar no convencer Precisa convencer a tomar a medica o que n o aceita as coisas assim de forma assim t o f cil ent o precisa esconder o rem dio precisa mentir que n o rem dio que alguma outra coisa C 05 Para
27. Rio de Janeiro FGV 2005 ALLIGOOD Martha Raile TOMEY Ann Marriner Introdu o Teoria de Enfermagem Hist ria Terminologia e An lise Cap 1 In In TOMEY Ann Marriner ALLIGOOD Martha Raile Te ricas de Enfermagem e a sua obra Modelos e Teorias de Enfermagem 5 ed Loures Portugal Lusoci ncia 2002 ALVES Rubem O que religi o 10 Ed S o Paulo Edi es Loyola 2009 ANTHIKAD Jacob Psicologia para enfermagem S o Paulo Reichmann e Autores Editores 2005 AYRES Jos Ricardo de Carvalho Mesquita O cuidado os modos de ser do humano e as pr ticas de sa de Sa de e Sociedade v 13 n 3 set dez 2004 p 16 29 AYRES Jos Ricardo de Carvalho Mesquita Cuidado e Humaniza o das Pr ticas de Sa de In DESLANDES Suely Ferreira org Humaniza o dos cuidados em sa de conceitos dilemas e pr ticas Rio de Janeiro Fiocruz 2006 AYRES Jos Ricardo de Carvalho Mesquita Da necessidade de uma pr tica reflexiva sobre o Cuidado a hermen utica como acesso ao sentido das pr ticas de sa de In PINHEIRO Roseni MATTOS Ruben Ara jo de Orgs Raz es p blicas para a integralidade em sa de o cuidado como valor Rio de Janeiro IMS UERJ CEPESC ABRASCO 2007 p 127 144 BARDIN Laurence An lise de Conte do Lisboa Edi es 70 2009 BEAUVOIR Simone de A velhice Rio de Janeiro Nova Fronteira 1990 BERGER Louise Contexto dos cuidados em gerontologia In BERGER Louise MAIL
28. TO OTE EURISONOIO 3 J3IANJAY 136 ANEXO A Parecer do Comit de tica em Pesquisa OBRAS SOCIAIS IRM DULCE Comit de tica em Pesquisa Hospital Santo Antonio Avenida Bonfim 161 Roma CEP 40420 000 3 Salvador Bahia OBRAS SOCIAIS Telefax 71 3310 1335 IRMA DULCE E mail ep im dulce ora t Of CEP 006 2011 Salvador 1 de fevereiro de 2011 Sr Valdenir Almeida da Silva Pesquisador Respons vel Prezado Senhor Informamos que o Comit de tica em Pesquisa do Hospital Santo Ant nio tomou conhecimento e aprovou o Protocolo de Pesquisa n 04 11 do estudo intitulado O cuidar cuidado de enfermagem ao idoso em hospitaliza o prolongada na reuni o ordin ria de 1 de fevereiro de 2011 Reiteramos a necessidade de ser encaminhado relat rio peri dico at 1 Agosto 2011 6 meses ap s a aprova o ou relat rio final se o t rmino ocorrer antes dessa data Atenciosamente zanet Nma de Melo Coo adora do CEP Hospital Santo Ant nio
29. UERJ v 16 n 4 out dez 2008 p 563 8 128 SANTOS Silvana Sidney Enfermagem Gerontogeri trica reflex o a o cuidativa 2 ed S o Paulo Robe Editorial 2001 SANTOS Silvana Sidney Enfermagem Gerontol gica reflex o sobre o processo de trabalho 2004 Dispon vel em http www odontologia com br artigos asp id 461 Acesso em 25 de Outubro de 2007 SHIMAZU Helena Eri Como os trabalhadores de enfermagem enfrentam o processo de morrer Rev Bras Enferm v 60 n 3 2007 Dispon vel em http www scielo br scielo php pid S0034 71672007000300002 amp script sci arttext Acesso em 23 08 2011 SILVA Giliane Carvalho e CALDAS C lia Pereira Aspectos ticos da abordagem contempor nea do envelhecimento Arq Ci nc Sa de n 16 v2 2009 p 76 82 Dispon vel em http www cienciasdasaude famerp br racs ol vol 16 2 1D318 pdf Acesso em 13 11 2011 SILVA Karen Schein da RIBEIRO Rubia Guimar es KRUSE Maria Henriqueta Luce Discurso de enfermeiras sobre morte e morrer vontade ou verdade Rev Bras Enferm v 62 n 3 2009 Dispon vel em http www scielo br scielo php pid S0034 71672009000300019 amp script sci arttext Acesso em 23 08 2011 SIQUEIRA Ana Barros CORDEIRO Renata Cereda PERRACINI Monica Rodrigues RAMOS Luiz Roberto Impacto funcional da interna o hospitalar de pacientes idosos Rev Sa de P blica n 38 v 5 2004 p 687 94 SMELTZER Suzanne C BARE Brenda G Brunner amp Suddarth Tr
30. a enfermeira C 03 as pessoas idosas tamb m voltam a ser crian as No entanto d um passo adiante e reconhece que a velhice encontra se em desvantagem em rela o inf ncia no que diz respeito ao perfil de idosos fragilizados e em hospitaliza o prolongada Voc tem que que voltar como crian a Crian a tem m e e tem pai Idoso geralmente C 03 Para essa colaboradora as crian as contam com o apoio dos pais J os idosos fragilizados que sofrem maus tratos e viol ncia em seus domic lios que s o abandonados no hospital pelos seus familiares n o t m a quem recorrer A enfermeira C 04 manifestou posi o contr ria ideia de que as pessoas idosas voltam a ser crian as Eles n o voltam a ser crian a eu n o gosto C 04 E segue afirmando que algumas caracter sticas assemelham a inf ncia da velhice mas a experi ncia de vida os torna completamente distintos Eles podem at a voltar a apresentar algumas necessidades que crian a apresenta como por exemplo incontin ncia e tem que trocar fralda tem que dar comida na boca Mas ele um ser humano que tem in meras experi ncias muito mais at do que um jovem e que essas experi ncias n o tem como tirar deles Ent o eles n o voltam a ser crian as passam por algumas necessidades com algumas caracter sticas da pr pria idade parecidas com as da pr pria crian a mas eles n o voltam a ser n o C 04 87 Entende se que a infantiliza
31. a experi ncia das enfermeiras com as condi es cl nicas e patol gicas das pessoas idosas ao acessarem o servi o em estudo Nesse sentido vem superf cie o despreparo dos familiares para lidar com as pessoas idosas dependentes como ilustrado nas falas seguintes Muitos deles chegam aqui num est gio de lceras em toda parte do corpo com odor porque justamente a fam lia n o sabe cuidar C 01 J vem de casa em uma situa o que a gente acredita ser de abandono pacientes muito fragilizados C 09 muito frequente a recidiva O paciente sai de alta vem para tratar principalmente aqui na unidade que de paciente cr nico lcera a maioria tem lcera cr nica ent o ele vem a gente trata tem uma boa evolu o vai para casa e volta com a lcera ou vai com a lcera j em fase de cicatriza o e quando volta a lcera t p ssima toda p ssima novamente Ent o eu vejo que n o tem um acompanhamento realmente um cuidado ali de t ali no intuito de fazer um curativo sabe de cuidar da alimenta o C 07 Na fala da enfermeira C 07 apreende se a import ncia dos cuidados de manuten o da vida prestados por familiares no domic lio Quando esses cuidados n o s o prestados de forma adequada h piora do quadro cl nico 78 O cen rio do envelhecimento traz tona a necessidade de se trabalhar a quest o da interface entre o envelhecimento e as pol ticas p blicas voltadas s nece
32. a preserva o e o progresso do cuidar humano 10 Somente atrav s de rela es interpessoais pode o cuidar humano ser demonstrado e praticado com efic cia 11 Os contributos moral social e cient fico da enfermagem para a humanidade e para a sociedade residem nos seus compromissos para com os ideais de cuidar humano na teoria na pr tica e na investiga o WATSON 2008 Watson procura descrever uma mudan a ontol gica essencial na consci ncia humana evocando o regresso ao n cleo sagrado da humanidade e da sua rela o com o universo Esta rela o liga se a um sentido e atrai temor e o mist rio de volta vida e ao trabalho Assim o aspecto espiritual valorizado como uma abordagem para a sa de e para a cura WATSON 2002b A enfermagem interessa se em compreender a sa de a doen a e a experi ncia humana A evolu o da sua teoria centrou se nos aspectos transpessoais do cuidar curar Estes aspectos englobam cren as e valores acerca da vida humana que se constituem como pontos fundamentais da sua teoria Dentre eles destacam se a necessidade de conhecimento e valoriza o da mente das emo es a alma a necessidade de uma rela o interessada e amorosa entre as pessoas busca por um sentido nas rela es WATOSN 20024 Caracteristicamente a teoria de Watson n o diz o que fazer para pratic la visando s rela es de cuidar curar aut nticas A autora defende a preval ncia do ser sobre o fazer medida que o
33. acerca da pessoa que fala um fator importante para se compreender o que dito Al m de quest es relativas aos aspectos sociais culturais e ao contexto de produ o das falas informa es acerca da identidade das colaboradoras auxiliam na an lise do cuidado que enfermeiros prestam a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 60 Fundamentado na Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson a ocasi o do cuidado influenciada pela hist ria de vida pela qual o enfermeiro e a pessoa idosa passaram A partir dessa jun o das duas pessoas com suas hist rias de vida nicas e o campo fenomenol gico na rela o de cuidar poss vel atingir a transpessoalidade do cuidado WATSON 2002a De acordo com a autora citada no cuidar transpessoal h uma partilha das experi ncias de vida entre o enfermeiro e a pessoa cuidada Este tipo de cuidado tem a intersubjetividade como ideal e h um envolvimento de ambas as partes Desse modo os valores e perspectivas do enfermeiro s o potencialmente t o relevantes quanto os da pessoa cuidada WATSON 2002a Dados levantados na parte da caracteriza o s cio demogr fica do instrumento de coleta utilizado permitiram uma an lise das colaboradoras relativas idade sexo situa o conjugal tempo de graduada natureza da institui o de ensino onde graduaram se curso de disciplina relativa sa de do idoso tempo de atua o profissional e p s gradua o cursada Com rela
34. anos ou mais tem uma queda por ano e metade tem m ltiplas quedas com graves consequ ncias Ainda que n o haja les o f sica as pessoas idosas v timas de quedas podem reduzir suas atividades com receio de cair novamente podendo causar depend ncia desnecess ria perda de fun o menor socializa o e perda na qualidade de vida J a enfermeira C 04 destaca al m da confian a a cumplicidade o respeito a parceria e a compreens o Bom desde quando eu entrei aqui nessa unidade eu vejo a rela o do enfermeiro com o idoso uma rela o de uma rela o de cumplicidade de confian a de respeito de respeito pelo ser humano respeito pela hist ria do ser humano Confian a pelo fato do idoso confiar naquele profissional que t cuidando do enfermeiro confiar nos sintomas nos sinais que o idoso t apresentando De parceira uma rela o de parceria Ent o uma rela o muito harmoniosa C 04 112 As enfermeiras destacam o estabelecimento de uma rela o que fortalecida pelo tempo de conv vio com as pessoas idosas chegando mesmo ao ponto de haver uma harmoniza o proveniente do estabelecimento de v nculos Ao longo desse tempo ocorre a express o de sentimentos por ambas as partes como a confian a o respeito a cumplicidade e a no o de parceria no processo de cuidar Nesse sentido nota se uma interface entre a rela o estabelecida pelas enfermeiras com as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada
35. capacidade humana de atribuir um valor aos gestos e s coisas fazendo assim uma discrimina o entre coisas de import ncia secund ria e coisas que trazem para si um sentido sagrado e religioso Nesse mesmo sentido o autor citado defende que o encontro das pessoas com o sagrado manifesto nos sentimentos e experi ncias pessoais se apresentam sob certo tipo de fala um discurso ou mesmo uma rede de s mbolos Dessa maneira esses s mbolos concorrem para a discrimina o de objetos tempos e espa os constituindo uma ab bada sagrada com que recobrem seu mundo 63 Figura 02 Distribui o das colaboradoras segundo a religi o referida Salvador 2011 8 E Cat lica D Esp rita O N o possui 84 Fonte Pesquisa O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongadada A religiosidade apresentada como um atributo de uma religi o espec fica correspondendo assim ades o a cren as e pr ticas relativas a uma igreja ou institui o religiosa organizada J a espiritualidade diz respeito a uma rela o pessoal com uma for a superior na qual se acredita sendo um fen meno individual abrangendo a transcend ncia pessoal sensibilidade extraconsciente e fonte de sentido para eventos da vida FARIA SEIDL 2005 Nesse sentido uma pessoa religiosa aquela que possui cren as religiosas e est vinculada a uma religi o Ao passo que uma pessoa espiritualizada aquela que tem devo o
36. citam que a fam lia n o sabe cuidar da pessoa idosa no domic lio e por isso nem sempre h sucesso no plano terap utico Com tantos dados desfavor veis seria mais surpreendente a presta o de um cuidado adequado pelos familiares Os profissionais e a sociedade em geral precisam se posicionar para efetivamente implementar as pol ticas de aten o ao idoso como resposta cada vez mais crescente demanda social por aten o do Estado popula o idosa A enfermeira C 09 revelou a maneira como obt m informa es relevantes para o diagn stico de maus tratos s pessoas idosas no domic lio Parar para dar um espa o ao idoso saber a hist ria dele colher o hist rico A hist ria de vida que muito importante s vezes a gente consegue colher coisas que quando a gente vai ver a gente consegue fazer a jun o do internamento dele da cl nica que esse paciente sofria espancamento em casa A gente tem poucas hist rias assim mas quando voc colhe a hist ria quando voc conversa com o paciente n o s faz uma visita de observar fazer exame f sico mas quando voc conversa com o paciente com o idoso voc consegue absorver e obter informa es que eu acho que s o muito importantes para a gente ver na cl nica dele C 09 80 Percebe se no depoimento acima a ponta do iceberg de um problema social grave que assola a popula o idosa A viol ncia e os maus tratos contra as pessoas idosas a despeito de n o ser um
37. colaboradoras no mbito do servi o O anonimato foi garantido mediante a n o divulga o de nomes ou de dados que pudessem identific las No instrumento de coleta de dados a identifica o foi feita pelas letras iniciais do nome e ao longo da disserta o pela letra C significando colaboradora seguida do n mero de ordem da realiza o da entrevista Foi respeitado o sigilo das informa es como tamb m informado que os dados s seriam utilizados para elabora o da disserta o e de artigos cient ficos para publica o sem exp las ou afetar suas imagens Foi tamb m garantido s colaboradoras o direito de recusar ou suspender suas participa es em qualquer fase da pesquisa As informa es referentes s entrevistas ficar o arquivadas na institui o de origem da pesquisa por um per odo de cinco anos 55 4 RESULTADOS 4 1 AS COLABORADORAS DO ESTUDO 4 1 1 Apresenta o COLABORADORA N MERO 01 C 01 A primeira entrevista foi realizada com uma colaboradora de 27 anos de idade solteira cat lica graduada h quatro anos em uma organiza o de natureza privada localizada na cidade do Salvador Bahia A referida colaboradora afirmou que durante a gradua o cursou disciplina relacionada Sa de do Idoso cursou p s gradua o latu sensu em Terapia Intensiva e Emerg ncia e n o possui p s gradua o latu sensu em Geriatria e Gerontologia Trabalha no servi o em estudo h quatro anos tendo
38. com as premissas de uma rela o transpessoal de cuidar Conforme relata Watson 20024 a partilha da experi ncia o ponto de partida para uma rela o transpessoal harmonizante Embora n o haja refer ncia aos aspectos da espiritualidade fica claro que h uma troca de subjetividades na rela o do cuidar Nas entrelinhas dos depoimentos l se o est mulo express o de sentimentos fruto de uma rela o de confian a e de conhecimento m tuo j estabelecido Na contram o do que j foi exposto acerca do abandono das pessoas idosas pelos familiares no hospital h relato tamb m de uma situa o inversa Existem idosos que recebem alta hospitalar e n o querem deixar o hospital segundo depoimento devido boa rela o que estabelecem com a equipe multiprofissional Muitos n o querem ir para casa acontece muito aqui Acontece da fam lia n o querer levar acontece muito tamb m de t de alta e n o querer ir Aqui muito bom A equipe toda em si se envolve muito com eles com os idosos aqui Trabalham muito com eles C 07 De fato se a transpessoalidade do cuidar alcan ada cria se uma atmosfera acolhedora e com uma forte valoriza o dos componentes humanos na rela o transpessoal No entanto o fato relatado soa tanto quanto estranho Inicialmente o ambiente hospitalar despersonalizado tecnocrata e invade a privacidade o que j seria motivo suficiente para se pretender permanecer nesse ambiente ape
39. cotidiano das enfermeiras Assim emergiu dos depoimentos a rotina do cuidado das enfermeiras a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada esquematizada a seguir 108 Fluxograma 01 Processo de cuidado estabelecido pelas enfermeiras na admiss o da pessoa idosa Avalia o da pessoa idosa pelo m dico Encaminhamento da pessoa idosa para a unidade de interna o Admiss o da pessoa idosa pela enfermeira Enfermeira conversa com os familiares da pessoa idosa esclarece d vidas da pessoa e dos familiares realiza exame f sico c falo caudal com foco na integridade da pele e na avalia o das feridas Encaminha a pessoa idosa ao leito Realiza higiene corporal e curativos Realiza diagn stico prescri o e evolu o de enfermagem Fonte Pesquisa O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 109 Fluxograma 02 Processo de cuidado estabelecido pelas enfermeiras diariamente no cuidado de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Passagem de plant o com foco nas informa es sobre as altera es no per odo anterior press o arterial glicemia v mito e queixas Comunica as altera es ao m dico e aguarda conduta Realiza a visita a todas as pessoas idosas Realiza exame f sico c falo caudal Detecta as necessidades priorit rias encaminhamento para exames procedimentos atendimento de intercorr ncias Cumprem a rotina administrativa da
40. cuidada Esses requisitos por sua vez s o importantes para entender a pessoa idosa durante o atendimento das suas solicita es para um maior comprometimento com o cuidado para a ado o de uma atitude proativa frente aos processos fisiopatol gicos 4 2 3 3 A concep o acerca do cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada As depoentes explicaram as suas concep es acerca do cuidado correlacionando o com a aplica o s pessoas idosas Apresentaram ideias subjetivas as quais s o atributos pessoais e se expressam no momento da rela o profissional idoso A enfermeira C 06 expressa que cuidar est em uma dimens o b sica e indispens vel para o estabelecimento de uma rela o de confian a e at mesmo de um cuidado t cnico designado por assist ncia Vou t falando mais sobre o cuidado o cuidar mesmo A gente come a o cuidar do carinho da aten o E como eu te falei j o cuidado da enfermagem com eles vem antes da pr pria doen a vem antes da patologia e da pr pria assist ncia C 06 Para essa depoente cuidado sin nimo de carinho aten o amor e zelo e todo o trabalho da enfermagem permeado pelo cuidado Ent o na nossa parte como enfermagem n o s o medicamento sim o carinho o amor o zelo C 10 Esta ideia tamb m compartilhada pela enfermeira C 07 que acrescenta como descritores para o cuidado o estar junto acompanhar escutar e preocupar se Isto por s
41. dessa forma que a maior concentra o de cuidados ocorreu no nono elemento do processo de cuidar relacionados ao atendimento das necessidades humanas b sicas Os demais cuidados distribuem se de acordo com as necessidades identificadas no dom nio da comunica o dado que as altera es cognitivas e sensoriais prejudicam a intera o da pessoa idosa em hospitaliza o prolongada com o seu meio Nesse sentido necess rio a ado o de estrat gias para garantir o entendimento entre o profissional e o ser cuidado Da mesma forma o estado emocional e de humor podem ser alterados em decorr ncia do abandono e das condi es adversas que assolam as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Para tanto a observa o cont nua a estrat gia adotada pelas enfermeiras com vistas detec o precoce de altera es e para a busca das estrat gias de interven o No que se refere ao sexto elemento do processo de cuidado houve uma concord ncia com a conduta das enfermeiras de tentar convencer as pessoas idosas sobre a necessidade de 117 determinadas condutas Nesse item identificou se como estrat gia a pr pria implementa o da Sistematiza o da Assist ncia de Enfermagem SAE permeando toda a hospitaliza o sem a explicita o de estrat gias espec ficas adotadas Com vistas manuten o da autonomia para o autocuidado sobressa ram se cuidados que v o ao encontro do s timo elemento do processo de cuidado
42. do Salvador Bahia a colaboradora trabalha como enfermeira no servi o em estudo por igual per odo Antes da contrata o j atuava no servi o como estagi ria h um ano e seis meses Al m da experi ncia de ser enfermeira assistencial vivencia tamb m a experi ncia de ser enfermeira principal que na pol tica do servi o em quest o acumula tamb m fun es administrativas e gerenciais P s graduada na modalidade latu sensu em Terapia Intensiva e Enfermagem Dermatol gica e n o possui p s gradua o latu sensu em Geriatria e Gerontologia A colaboradora demonstrou se dispon vel a colaborar com o estudo e a entrevista foi realizada em um espa o destinado ao descanso noturno de enfermeiros com dura o de onze minutos no terceiro contato estabelecido COLABORADORA N MERO 12 C 12 A entrevista n mero doze foi concedida por uma colaboradora de 28 anos de idade que se declarou sem religi o solteira graduada h dois anos uma universidade privada localizada na cidade do Salvador Bahia onde cursou a disciplina Sa de do Idoso N o possui nenhuma p s gradua o e trabalha no referido servi o desde que se graduou A entrevista foi realizada em um posto de enfermagem com dura o de onze minutos ap s tr s tentativas nas quais a colaboradora declarava se impossibilitada devido s atividades laborais 4 1 2 Contextualiza o das caracter sticas das colaboradoras do estudo Acredita se que o conhecimento
43. dos idosos possuem mais de uma patologia cr nica VERAS PARAHYBA 2007 Quanto aos aspectos relacionados sa de em Porto Alegre 81 dos idosos consideraram se saud veis 69 2 referiram ter algum problema de sa de e 76 6 relataram fazer uso regular de medica o PASKULIN VIANNA 2007 J em Minas Gerais Pereira et al 2010 encontraram em seu estudo uma refer ncia de 76 8 a alguma morbidade sendo que dessas 72 51 possu am at quatro patologias concomitantes A doen a mais referida foi a hipertens o arterial seguida pelo diabetes mellitus e das doen as cardiovasculares As doen as do aparelho circulat rio as neoplasias e as doen as do aparelho respirat rio s o a tr s principais causas de mortalidade entre idosos brasileiros Juntos perfazem cerca de 60 do total de bitos BRASIL 2008b 28 Dados do IBGE revelam que a causa mais frequente de interna o hospitalar entre os idosos a insufici ncia card aca Na sequ ncia aparece a pneumonia bronquite e acidente vascular cerebral J a diabetes e hipertens o aparecem entre as seis principais causas entre as mulheres enquanto que a h rnia inguinal e a desnutri o comp em esse grupo somente entre os homens IBGE 2009b A descri o desse cen rio remete aos efeitos causados na sociedade Com base nas proje es pode se deduzir que aumentar a demanda de idosos pela rede de amparo social dentre ela os servi os de sa de Quais as implica es
44. e os elementos do processo de cuidado processo clinical caritas de Jean Watson 2008 O processo proposto preconiza uma aproxima o entre o cuidado e o amor o que por sua vez se constitui como ponto fundamental para uma rela o aut ntica no momento real do cuidado favorecendo a partilha das unicidades de cada ser atrav s da jun o dos campos fenomenol gicos individuais Os tr s primeiros elementos do processo de cuidado de Jean Watson referem se pr tica de valores humanistas como a gentileza e a equanimidade favorecimento e sustenta o de um sistema de cren as e a instila o de f e esperan a e a sensibilidade de si mesmo e do outro para alcan ar a evolu o em conex o com o universo Esses tr s elementos situam se no centro entre a rela o enfermeira pessoa idosa Esses tr s elementos se constituem como base para o desenvolvimento dos demais elementos Nesse sentido a enfermeira desenvolve e pratica a gentileza e a equanimidade acredita e estimula a f e a esperan a e cultiva a sensibilidade com vistas a uma rela o de ajuda confian a e aos demais elementos do processo WATSON 2007 WATSON 2008 TALENTO 2000 NEIL 2002 MATHIAS ZAGONEL LACERDA 2006 As associa es estabelecidas entre os elementos do processo de cuidar WATSON 2008 os grupos de necessidades de cuidados identificados e os cuidados realizados est o descritos a seguir no Quadro 01 115 Quadro 01 Correla o entre determinado
45. idosa mesmo antes da hospitaliza o como nos casos em que os idosos n o t m fam lia e s o provenientes das Institui es de Longa Perman ncia para Idosos ILPT s Tem paciente aqui que n o tem fam lia mesmo s o pacientes de abrigo que n o tem a quem recorrer para saber alguma coisa dele Se for verdade o que eles est o contando a gente n o tem como saber s vezes eles contam a hist ria a gente vai procurar e n o tem como descobrir se verdade ou se mentira entendeu C 03 A situa o de abandono causa rea es n o somente na equipe mas tamb m naqueles que s o diretamente afetados pela problem tica Por vezes manifestam rea es de tristeza e revolta quando sentem o abandono como exemplificado na fala seguinte O paciente fala ah cad aquele Hoje mesmo um falou bem assim para mim ah cad aquele bendito filho que nunca vem me visitar sempre t sentindo hoje tava muito triste E quando eu perguntei o que estava acontecendo ele falou isso aquele bendito filho que nunca vem me visitar C 03 83 Essas situa es concorrem ent o para o aumento da fragilidade da pessoa idosa As vezes o idoso deixado na institui o ele pouco visitado ent o ele se sente ele fica mais fragilizado ainda E uma rotina aqui C 05 O abandono soa como uma situa o t o corriqueira que uma das enfermeiras chegou mesmo a classificar a presen a da fam lia como um evento raro
46. idoso Outro fator a ser valorizado a subjetividade de cada pessoa MENEZES 2010 2 4 Pol ticas p blicas para as pessoas idosas O cen rio do envelhecimento traz tona a necessidade de se trabalhar a quest o da interface entre o envelhecimento e as pol ticas p blicas voltadas s necessidades de cidadania 36 espec ficas desta faixa et ria Constitui se um desafio inserir o idoso em um contexto social que lhe garanta cidadania e qualidade de vida A despeito de ser reconhecido como uma das principais conquistas do s culo XX o envelhecimento traz consigo grandes desafios para as pol ticas p blicas No plano internacional a discuss o sobre uma agenda de pol ticas p blicas para a popula o idosa aconteceu em duas assembleias das Na es Unidas A primeira aconteceu em Viena em 1982 e a segunda em Madri em 2002 CAMARANO PASINATO 2004 No Brasil um grande avan o nas pol ticas de prote o social aos idosos representado pela Constitui o de 1988 Nesta constitui o foi introduzido o conceito de seguridade social passando a adquirir conota o de cidadania na medida em que houve uma desvincula o do contexto social trabalhista e assistencialista Houve avan o tamb m no papel do Estado como respons vel pela prote o ao idoso embora a fam lia continue sendo a principal respons vel pelos cuidados a este grupo populacional podendo ser responsabilizada criminalmente caso n o o fa a CAMARANO PASI
47. j que todos os envolvidos como familiares pacientes e profissionais da sa de precisam ent o aceitar a morte como parte da vida SILVA RIBEIRO KRUSE 2009 O tema morte vem sendo tratado pelas enfermeiras brasileiras atrav s da publica o de artigos em dois ve culos de grande penetra o na profiss o Nas publica es mais antigas o tema morte silenciado e ocultado Os discursos normativos manifestos fortalecem a ideia de que os profissionais n o podem se emocionar e deve desenvolver habilidades de comunica o para confortar familiares e pacientes saber administrar analgesia promover o conforto do moribundo e satisfazer a sede espiritual dos pacientes SILVA RIBEIRO KRUSE 2009 p 453 Com o fortalecimento das tecnologias os discursos sobre a morte ganham forma como uma luta travada pela manuten o da vida e com o emprego de aparatos tecnol gicos Mais recentemente passou se a discutir sobre as facetas da morte como a mudan a dos locais de ocorr ncia migrando dos seios das fam lias para a frieza do ambiente hospitalar Na ltima d cada o tema vem se destacando gra as ao advento dos cuidados paliativos Nessa modalidade de cuidados inevit vel que o fim da vida n o seja visto como resultado de uma sequ ncia natural Assim sendo h mais espa o para a discuss o do tema no entanto ainda causa desconfortos nos profissionais Acredita se que esse fato seja devido a pouca abordagem na forma o acad mi
48. mudan a de dec bito C 08 O idoso acamado por exemplo ent o o idoso acamado a gente tem fazer aquela mudan a de dec bito de duas em duas horas Se a gente passa nessas duas horas que a gente n o fez na outra hora que a gente vai olhar j ta vendo que a pele j t com uma certa hiperemia C 02 Com rela o altera o na mobilidade f sica na medida em que se envelhece ocorre altera o na sensibilidade t til aumentando a predisposi o para o desenvolvimento de posturas viciosas requerendo a mobiliza o frequente no caso dos idosos acamados O idoso tamb m apresenta sensa o cinest sica diminu da que a consci ncia da pessoa sobre seu pr prio corpo no espa o resultando em instabilidade postural e dificuldade em reagir s altera es corporais no espa o RESNICK 2007 As limita es da mobilidade do paciente idoso podem estar relacionadas com a perda da for a muscular A massa muscular pode diminuir por causa da redu o no n mero e tamanho das fibras musculares ou de aumento dos tecidos conjuntivos Essas altera es resultam em menos tens o muscular e diminui o da for a de contra o A diminui o da massa muscular magra com consequ ncia para a articula o sobretudo perif rica advindo isquemias e necrose e a perda da elasticidade contribuem para a perda da flexibilidade para a rigidez aumentada CARVALHO FILHO 2006 RESNICK 2007 ELIOPOULOS 2011 101 Quanto ne
49. ncia de maior vulnerabilidade e que est com o acesso ao seu cotidiano obstru do A autora citada aborda a ideia de que atrav s do corpo que se sentem as limita es e os impedimentos de se transitar conforme o habitual Com a experi ncia da doen a inicialmente o corpo torna se o centro da preocupa o ficando consciente de acordo com a severidade do adoecimento em seguida h uma imprevisibilidade do corpo sujeito a n o corresponder ao funcionamento usual e por fim d se conta de que n o se depende apenas das pr prias escolhas Passa a haver ent o uma consci ncia da finitude e poss vel perda do self Por fim estabelece se uma rela o desigual 34 entre o ser doente e as demais pessoas pois h a percep o da debilidade instala se a inseguran a e por consequ ncia sentem se humilhados e isolados A hospitaliza o considerada de grande risco especialmente para as pessoas mais idosas Como repercuss o da hospitaliza o pode ocorrer diminui o da capacidade funcional e mudan as na qualidade de vida muitas vezes irrevers veis No caso do decl nio da capacidade funcional h associa o positiva com maiores dias de hospitaliza o d ficit cognitivo e estado confusional agudo A capacidade funcional considerada como um importante marcador de sa de em idosos sendo til para identificar resultados cl nico funcionais decorrentes da hospitaliza o SIQUEIRA CORDEIRO PERRACINI 2004 Outro
50. nica Cristine Jove Del rio Dispon vel em http www medicinageriatrica com br 2007 02 09 saude geriatria delirio nos idosos Acesso em 14 04 2008 MUSSI Fernanda Carneiro Conforto e l gica hospitalar an lise a partir da evolu o hist rica do conceito de conforto na enfermagem Acta Paul Enferm v 18 n 1 2005 p 72 81 Dispon vel em http www scielo br pdf ape v18nl a10v18nl pdf Acesso em 23 08 2011 NEIL Ruth M Jean Watson filosofia e ci ncia do cuidar Cap 11 In TOMEY Ann Marriner ALLIGOOD Martha Raile Te ricas de Enfermagem e a sua obra Modelos e Teorias de Enfermagem 5 ed Loures Portugal Lusoci ncia 2002 NEWMAN Diane Kaschak SMITH Diane A Jakovac Planes de Cuidados en Geriatria Madri Mosby Doyma 1994 NIGHTINGALE Florence Notas sobre Enfermagem um guia para cuidadores na atualidade Rio de Janeiro Elsevier 2010 NPUAP National Pressure Ulcer Advisory Panel Updated Staging System Pressure Ulcer Stages Revised by NPUAP 2007 Dispon vel em http www npuap org pr2 htm Acesso em 12 02 2009 OLIVEIRA Griebeler Oliveira QUINTANA Alberto Manuel BERTOLINO Karla Cristiane Oliveira Reflex es acerca da morte um desafio para a enfermagem Rev Bras Enferm v 63 n 6 2010 Dispon vel em http www scielo br scielo php pid S0034 71672010000600033 amp script sci arttext Acesso em 23 08 2011 OLIVEIRA Maria Marly de Como fazer pesquisa qualitativa Petr polis Vozes
51. o MORAES MARINO SANTOS 2010 Watson 2008 enfatiza a import ncia de se proporcionar um ambiente harmonizado que favore a o healing ou seja restaura o ou equil brio interior Segundo concep o da te rica citada a sa de e a doen a das pessoas podem ser influenciadas pelo ambiente Al m das vari veis epidemiol gicas aspectos como o conforto a privacidade a seguran a a limpeza e a est tica tamb m influenciam na harmoniza o da pessoa com o ambiente Para al m das altera es citadas uma das colaboradoras relatou que a hospitaliza o representa sofrimento tristeza e dor tanto para a pessoa idosa quanto para seus familiares A hospitaliza o prolongada s vezes o sofrer dolorida triste tanto para o paciente quanto para o familiar A fam lia que tem um idoso com uma doen a prolongada sofrimento tanto para a fam lia quanto para o idoso C 10 Os pressupostos da Teoria do Cuidado Transpessoal d o relevo aos aspectos ambientais para uma maior integra o da pessoa com o meio A partir dessa integra o o indiv duo pode sentir se em harmonia com o seu contexto de cuidado e perceber se como parte de um ambiente mais amplo A essa concep o ampliada de espa o Watson 2002b denomina de cosmo Da an lise das falas destacadas depreende se que o ambiente aos quais as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada est o expostas causador de desarmonia n o favorecendo assim o healing ou
52. o ou alguma causa n o significa que tem que ser a vida toda Por sua vez o dedicar se ou devotar se pode ser tamb m um ato livre e aprendido de acordo com a filosofia de vida adotada O que se deve ter em mente que a dedica o ou devotar se n o implica submiss o e precisa ser acompanhada de uma consci ncia cr tica Da mesa forma a geriatria como sub rea para o exerc cio da enfermagem requer dedica o humaniza o e profissionalismo sem a necessidade da predestina o Outro ponto importante a ser destacado a defici ncia referida pelas enfermeiras em suas forma es acad micas como pode ser exemplificado nas falas a seguir Ent o quando a gente entra aqui uma coisa nova que na faculdade a gente v Sa de do Idoso bem r pido C 03 Eu entrei aqui rec m formada ent o boa parte dos meus conhecimentos foi adquirida aqui C 01 Na verdade na faculdade a gente n o tem muitas oportunidades como eu tive aqui nesta escola que essa institui o C 04 Eu n o tenho isso na faculdade eu vim ver isso aqui E voc tem toda uma teoria dada na faculdade que para mim foi muito superficial Eu acho que na faculdade aquele aprendizado foi muito superficial C 07 As falas d o conta sob o ponto de vista daquelas que experienciaram do quanto deficiente a abordagem sobre a sa de do idoso nas academias Essa constata o sobressai se quando o profissional se depara com o universo do cuidado
53. parte do Estado visando instrumentalizar os familiares para o cuidado e oferecendo efetivamente o suporte necess rio para os cuidados domiciliares Entende se que em face de tais diretrizes a Estrat gia de Sa de da Fam lia ESF seja um modelo privilegiado para o alcance dessas pessoas idosas na comunidade Pode assim oferecer o suporte necess rio tanto para o cuidado direto quanto para a instrumentaliza o dos familiares Na contram o do que preconizado pelas legisla es ilustra se o cen rio real com o caso do munic pio do Salvador Bahia onde a propor o de cobertura populacional estimada pela ESF de apenas 17 72 enquanto para o estado da Bahia de 58 60 e a cobertura estimada para o Brasil de 52 23 BRASIL 201 1b O munic pio de Salvador tem uma popula o total de 2 675 656 pessoas sendo cerca de 8 8 de pessoas idosas IBGE 2010b Salvador uma cidade de contrastes e parte da sua popula o vive em condi es de mis ria com o descaso e o abandono por parte do Estado Essas mazelas podem ser ilustradas pelas barreiras f sicas e arquitet nicas pela falta de saneamento b sico precariedade no transporte p blico e pela falta de acesso aos servi os de sa de Al m disto basta citar que Salvador uma das cidades mais desiguais do mundo com a coexist ncia de reas de elevado padr o de desenvolvimento e bols es de mis ria PNUD 2006 Entende se desse modo as falas das depoentes quando
54. profissional interioriza os princ pios postulados e pressupostos e os p e em pr tica WATOSN 20024 WATSON 2008 Jean Watson defende que a ci ncia do cuidado o ponto de partida para o oferecimento de conhecimentos distintos para a profiss o Valoriza aspectos que est o embutidos na dimens o subjetiva das pessoas Conforme a autora citada a ci ncia do cuidado um conhecimento que guia a profiss o al m do modelo biom dico al m da ci ncia centrada na t cnica al m das crises nos sistemas de sa de al m das cr ticas a pouca idade 44 profissional da enfermagem e al m da falta de cuidado com a pr pria vida e com o mundo Para tanto deve se vencer o desafio de romper os la os que a mant m presa preocupa o exacerbada com procedimentos posi es r gidas e racionalismos severos WATSON 2002a Watson 2002a apresenta alguns conceitos que s o fundamentais para o entendimento da sua Teoria do Cuidado Transpessoal Para ela ser humano a pessoa dotada de valor a ser atendida respeitada nutrida e auxiliada J a pessoa vista como um ser no mundo local da exist ncia humana possui tr s esferas mente corpo e alma que s o influenciadas pelo conceito de eu Para a autora a mente e as emo es s o o ponto de partida o ponto focal e o ponto de acesso ao corpo e alma A alma refere se ao esp rito ao eu interior ou ess ncia da pessoa a qual est ligada a um sentido maior de conhecimen
55. quest o acumula tamb m fun es administrativas e gerenciais Afirmou ter cursado p s gradua o latu sensu em Emerg ncia e n o possui p s gradua o latu sensu em Geriatria e Gerontologia A colaboradora demonstrou se dispon vel a colaborar com o estudo e a entrevista foi realizada em dia acordado por ambas as partes com uma dura o de quinze minutos em um espa o destinado ao descanso noturno de enfermeiros respondendo com seguran a s quest es apresentadas COLABORADORA N MERO 05 C 05 A quinta entrevista foi realizada com uma colaboradora de 34 anos de idade casada cat lica graduada h um ano e oito meses em uma organiza o p blica localizada na cidade do Salvador Bahia onde cursou a disciplina Sa de do Idoso Trabalha no servi o em 57 quest o h um ano e seis meses p s graduada na modalidade latu sensu em Administra o Hospitalar e n o possui p s gradua o latu sensu em Geriatria e Gerontologia Ap s o contato inicial solicitando se a colabora o com o estudo agendou se a entrevista que foi realizada em um refeit rio com dura o de treze minutos Al m das refei es o refeit rio utilizado tamb m para realiza o de atividades em grupo A colaboradora ao ser abordada foi sol cita em colaborar com o estudo tendo demonstrado seguran a em sua fala COLABORADORA N MERO 06 C 06 A sexta entrevista foi realizada com uma colaboradora de 31 anos de idade cat
56. restaura o do eu Essas desarmonias adv m sobretudo da l gica de organiza o hospitalar voltada para a generaliza o das abordagens com perda da vis o da integralidade da privacidade e da individualidade Al m disso a pr pria conviv ncia for ada com pessoas desconhecidas e com profissionais sem vis o dos aspectos subjetivos nas rela es pode ser um obst culo harmoniza o com o ambiente e transpessoalidade do cuidado 90 4 2 3 O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada O cuidado s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada est no cerne deste estudo Foi a categoria que emergiu com mais densidade de conte do a partir do material analisado supostamente por se referir ao cotidiano do trabalho das depoentes Traz como ponto de partida a primeira subcategoria o reconhecimento das especificidades das pessoas idosas em hospitaliza o prolongada na sequ ncia as enfermeiras assinalam as compet ncias profissionais necess rias para o cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada exp em as suas concep es acerca do cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada apresentam as suas a es cuidativas atreladas s demandas de cuidados exp em a sua rotina de cuidado e reconhecem o cuidado como um atributo da equipe multiprofissional 4 2 3 1 As especificidades das pessoas idosas em hospitaliza o prolongada As depoentes indicaram que o cuidado a pe
57. s necessidades reais dos seres humanos quelas espec ficas das pessoas das quais se cuida 24 2 REVIS O DE LITERATURA 2 1 Aspectos demogr ficos e epidemiol gicos do envelhecimento O crescimento do contingente populacional um fen meno que vem ocorrendo ao longo do tempo acompanhando a hist ria da humanidade O crescimento da natalidade e a redu o da mortalidade um fato recente no Brasil devido a melhoria das condi es sociais e econ micas Pereira 2007 indica que no s culo I d C a popula o mundial alcan ou 210 milh es de habitantes passando a 500 milh es em 1650 1 bilh o em 1800 2 bilh es em 1930 3 bilh es em 1960 4 bilh es em 1975 e 5 bilh es em 1986 Esses dados caracterizam uma verdadeira explos o demogr fica O crescimento populacional resulta de altera es nas taxas de mortalidade natalidade e fecundidade Esses termos s o indicadores epidemiol gicos que se referem ao dinamismo de uma popula o com rela o aos eventos vitais Mortalidade expressa o quociente entre frequ ncias absolutas de bitos e o n mero de sujeitos expostos ao risco de morrer Taxa de natalidade diz respeito rela o entre o n mero de nascidos vivos com a popula o total J fecundidade se refere ao n mero de nascidos vivos ocorridos em um dado per odo de tempo relacionado com o n mero de mulheres em idade f rtil ou seja na faixa et ria de 15 49 anos VERMELHO MONTEIRO 2006 Do dinamismo entr
58. ser humano para com o seu semelhante tendo como objetivo a prote o promo o e preserva o da humanidade numa rela o de ajuda que visa o encontro de significados na doen a sofrimento dor e na exist ncia Para a autora citada o cuidado auxilia na obten o do autoconhecimento controle e autocura restaurando um sentimento de harmonia interna independentemente das circunst ncias externas cuidado um modo de ser 20 Para Waldow 2006 o cuidado significa preocupa o considera o interesse zelo cautela aten o responsabilidade e tamb m importar se proteger gostar J o verbo cuidar assume a conota o de imaginar pensar meditar causar inquieta o empregar a aten o Para al m do entendimento do cuidado em termos conceituais importante contextualiz lo em seu espa o de concretiza o como terap utica O ambiente hospitalar um dos espa os onde a enfermagem exercida de modo altamente relacional pressupondo assim todos os princ pios filos ficos do cuidado Ao definir o cuidado como um ato que pode ser autopraticado de forma aut noma ou rec proca Colli re 1999 traz tona a varia o das necessidades de cuidado em fun o da necessidade de ajuda sentida pelo outro No que tange s etapas da vida nota se maior depend ncia de cuidados em fases lim trofes como o nascimento e a velhice Nesse sentido considerando a situa o da perda de autonomia para cuidar se Colligre 2003 c
59. sido contratada ainda rec m formada abordagem do entrevistador para solicitar a participa o no estudo se mostrou receptiva dispondo se a conceder a entrevista no instante seguinte Foi realizada em uma sala de prescri o m dica do local do estudo com dura o de doze minutos No transcurso da entrevista alternou momentos de inseguran a sobre o assunto demonstrados atrav s de pausas no pensamento com momento de muita firmeza na fala COLABORADORA N MERO 02 C 02 A entrevista n mero dois foi realizada com uma colaboradora de 26 anos de idade cat lica e solteira graduada h tr s anos em uma organiza o privada localizada na cidade de Salvador Bahia onde cursou disciplina relacionada sa de do idoso Trabalha no servi o em estudo desde que se graduou Afirmou ter cursado p s gradua o latu sensu em Emerg ncia e n o possui p s gradua o latu sensu em Geriatria e Gerontologia Mostrou se dispon vel a colaborar com o estudo ao ser solicitada sendo a entrevista realizada no mesmo dia do primeiro contato com uma dura o de nove minutos em um espa o destinado ao descanso noturno de enfermeiros No transcurso a colaboradora se mostrou segura em sua fala por m sem olhar diretamente para o entrevistador na maior parte do tempo 56 COLABORADORA N MERO 03 C 03 Essa entrevista foi realizada com uma colaboradora de 26 anos de idade cat lica e solteira graduada h dois anos e sei
60. tem algum problema Eu fiz n o meu nico problema era pediatria ent o eu acho horr vel trabalhar com crian a Eu fui escolhida hoje n o tenho problema nenhum C11 Eu entrei como bolsista de enfermagem aqui e fiquei aqui por um per odo de dois anos e a foi um momento que eu ainda era estudante mas foi um momento que eu pude associar a teoria pr tica C 04 As falas expressam o ingresso como estagi rias e a oportunidade oferecida para o contato com o cotidiano profissional Por se tratar de uma rea de atua o t o espec fica e 68 que portanto poder n o ser a rea de escolha por parte dos estudantes entende se o questionamento tem algum problema A enfermeira C11 interpretou o convite como um chamado uma predestina o para o trabalho na geriatria Acredita se que essa consci ncia tenha vindo tona na medida em que essa enfermeira permitiu se envolver com o universo do cuidado s pessoas idosas e a partir da passou a identificar se profissionalmente com ele A ideia de predestina o esteve presente nos prim rdios da enfermagem profissional com Florence Nightingale a qual estabeleceu entre seus princ pios a capacidade de devotar se princ pio esse que ainda encontra resqu cios pelo que pode ser constatado Entretanto acredita se que a profiss o enfermagem assim como qualquer outra pode ser aprendida e exercida livremente Obrigatoriamente dedicar se a uma profiss
61. transpessoais visa atender a unidade do ser e dos significados para manter se dentro do referencial do outro Atrav s desta conex o verdadeira o indiv duo pode ser capaz de cuidar de si reconhecendo as pr prias necessidades e autoconhecendo se Ambiente sustentador protetor e ou corretivo mental f sico social e espiritual potencializa o conforto e a dignidade nos n veis f sicos e n o f sico sejam eles internos ou externos Visa enfrentar a situa o vivenciada buscando op es para o enfrentamento O ambiente deve ser confort vel limpo seguro e saud vel Assist ncia s necessidades humanas consiste em ajudar nas necessidades b sicas com consci ncia intencional do cuidado visando alinhar corpo mente esp rito totalidade e unidade do ser em todos os aspectos do cuidado Dimens o existencial fenomenol gica a sacralidade do ser traz tona o fen meno do desconhecido os quais n o podem ser explicados cientificamente por meio da medicina moderna ocidental Esse fator permite a express o de aspectos da experi ncia humana como o metaf sico e o filos fico os quais n o fazem parte do pensamento racional cient fico No entanto essa racionalidade sofre influ ncia dos fatores citados A valoriza o do esp rito da mente das 47 cren as culturais mitos met foras e dos aspectos subjetivos dos enfermeiros e dos pacientes e seus familiares permite a cura milagres e a restaura o NEIL 2002
62. 2007 OSID Obras Sociais Irm Dulce Centro Geri trico J lia Magalh es Dispon vel em http www irmadulce org br teste obrassociais saude cGeriatrico php Acesso em 10 11 2010 PASKULIN Lisiane M G VIANNA Lucila A C Perfil sociodemogr fico e condi es de sa de autoreferidas de idosos em Porto Alegre Rev Sa de P blica V 41 n 5 2007 p 757 68 PASSOS Elizete Silva De anjos a mulheres Ideologias e valores na forma o de enfermeiras Salvador EDUFBA EGBA 1996 127 PEREIRA Maur cio Gomes Epidemiologia teoria e pr tica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007 PEREIRA Renata Santos CURIONI C ntia Chaves VERAS Renato Perfil demogr fico da popula o idosa no Brasil e no Rio de Janeiro em 2002 Textos Envelhecimento v 6 n 1 Rio de Janeiro 2003 PEREIRA Renata Junqueira et al An lise do perfil sociossanit ro de idosos a import ncia o Programa de Sa de da Fam lia Rev Med Minas Gerais V 20 n 1 2010 p 5 15 PESSINI Leo BERTACHINI Luciana O que entender por cuidados paliativos S o Paulo Paulus 2006 PIMENTEL Lilian de Jesus SILVA Valdenir Almeida da Implementa o da Sistematiza o da Assist ncia de Enfermagem a pacientes idosos em Unidade de Terapia Intensiva Trabalho de Conclus o de Curso Resid ncia em Enfermagem Intensivista Universidade Federal da Bahia Salvador 2008 PNUD Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento Not cias Desigualdade
63. 2009 VERMELHO Let cia Legay MONTEIRO M rio F G Transi o demogr fica e epidemil gica Cap 6 In MEDRONHO Roberto A et al Epidemiologia S o Paulo Athneu 2006 WALDOW Vera Regina Cuidar express o humanizadora da enfermagem Petr polis Vozes 2006 WATSON Jean Enfermagem ci ncia humana e cuidar Uma teoria de Enfermagem Lusoci ncia Loures Portugal 2002a WATSON Jean Enfermagem p s moderna e futura um novo paradigma da enfermagem Lusoci ncia Loures Portugal 2002b WATSON Jean Watson s Theory of Human Caring and Subjective Living experiences carative factores caritas process as a disciplinary guide to the professional nursing practice Texto Contexto Enferm v 16 n 1 Jan Mar 2007 p 129 35 WATSON Jean Nursing the philosophy and science of caring Revised edition University Press of Colorado Colorado 2008 WILLS Evelyn M Grandes Teorias de Enfermagem Baseadas no Processo Interativo Cap 8 In MCEWEN Melanie WILLS Evelyn M Bases Te ricas para a Enfermagem Porto Alegre Artmed 2009 130 AP NDICE A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Voc est sendo convidado a a participar voluntariamente de um estudo intitulado O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada que de autoria do aluno do curso de Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal da Bahia na linha de pesquisa O cuidar em enfermagem no processo de desenvolvimento
64. 3 In GIL B Enfermer a Geri trica Cl nica y Pr ctica Madri Paradigma 1994 v 1 MARINO Mar lia Campos Abreu SANTOS Anielo Greco Rodrigues Epidemiologia das Infec es no Idoso In ROCHA Manoel Ot vio Costa PEDROSO Enio Ribeiro Pietra SANTOS Anielo Greco Rodrigues Infectologia Geri trica S o Paulo BYK 1997 Cap 2 MARTINS Josiane de Jesus NASCIMENTO Eliane Regina Pereira do Repensando a tecnologia para o cuidado do idoso em UTI Arquivos Catarinenses de Medicina v 34 n 2 2005 Dispon vel em http www acm org br revista Acesso em 18 07 2010 MATHIAS Jania Jacson dos Santos ZAGONEL Ivete Palmeira Sanson LACERDA Maria Ribeiro Processo Clinical Caritas novos rumos para o cuidado de enfermagem transpessoal Acta Paul Enferm v 19 n 3 2006 p 332 7 MEDINA E Albuquerque et al Cuidados Paliativos en el Anciano Terminal In GIL B Enfermer a Geri trica Cl nica y Pr ctica Madri Paradigma 1994 V 1 MENDES M rcia R S S Barbosa et al A situa o social do idoso no Brasil uma breve considera o Acta Paul Enferm v 4 n 18 S o Paulo 2005 p 422 6 MENEZES Maria do Ros rio de Da viol ncia revelada viol ncia silenciada Um estudo etnogr fico sobre a viol ncia dom stica contra o idoso Tese Universidade de S o Paulo Ribeir o Preto 1999 MENEZES Maria do Ros rio de et al Revelando a Viol ncia Dom stica Contra Idosos em Salvador Bahia Relat rio de Pes
65. A cada ano se eleva percentual de pessoas idosas e com isso aumenta tamb m as demandas por aten o e cuidados que levem em considera o as particularidades oriundas do processo de envelhecimento nas suas dimens es fisiopatol gicas e s cio econ micas com s rios reflexos na vida da humanidade O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada foi o objeto deste estudo que objetivou analisar o cuidado que a enfermagem presta a tais idosos na ocasi o das hospitaliza es Por sua vez a hospitaliza o de pessoas idosas sabidamente mais prolongada do que em outras faixas et rias e isso traz consigo uma s rie de repercuss es para a pr pria pessoa idosa para os profissionais da enfermagem para o sistema de sa de e para a sociedade como um todo O estudo desenvolveu se em tr s eixos os quais emergiram das informa es coletadas o eixo das informa es que permitiram conhecer as enfermeiras que cuidam de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada o eixo referente s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e o eixo sobre o cuidado resultante do encontro entre as enfermeiras e as pessoas idosas no momento real do cuidado em um ambiente hospitalar algumas vezes hostil despersonalizado e tecnocrata Esse cuidado tamb m resultante das cren as e valores que permeiam as rela es entre o ser idoso e o ser enfermeira com vistas ao alcance de um cuidado transpessoal No que se refere s enfermeir
66. AL 1 CARACTERIZA O S CIO DEMOGR FICA 1 1 INICIAIS 1 2 IDADE 1 3 Sexo MASCULINO FEMININO 1 4 POSSUI RELIGI O JN O SIM QUAL 1 5 SITUA O CONJUGAL 1 6 TEMPO DE GRADUADO A 1 7 TEMPO DE SERVI O NO CENTRO GERI TRICO 1 8 POSSUI P S GRADUA O EM GERONTOLOGIA GERIATRIA N O SIM 1 9 POSSUI OUTRA P S GRADUA O JN O SIM QUAL IS 1 10 INSTITUI O DE ENSINO SUPERIOR ONDE CURSOU A GRADUA O EM ENFERMAGEM 1 11 CURSOU DISCIPLINA REFERENTE SA DE DO IDOSO JN O SIM 2 CONTE SOBRE SUA EXPERI NCIA COM A HOSPITALIZA O PROLONGADA DE IDOSOS 3 FALE SOBRE A NECESSIDADE DE CUIDADOS POR PARTE DE ISOSOS EM HOSPITALIZA O PROLONGADA 4 FALE COMO O CUIDADO DE ENFERMAGEM A PESSOAS IDOSAS EM HOSPITALIZA O PROLONGADA 133 AP NDICE C Carta Convite Caro a colega o envelhecimento populacional uma realidade nas diversas sociedades inclusive a brasileira O aumento do n mero de idosos tem profundas repercuss es nos servi os de sa de pois esta parcela da popula o apresenta com frequ ncia pluripatologias maior fragilidade e vulnerabilidade maior consumo dos recursos al m de internamentos mais prolongados do que outras faixas et rias Diante desta realidade t o presente no nosso cotidiano profissional o a convido a colaborar com o desenvolvimento desta pesquisa projeto de Disserta o de Mestrado em Enfer
67. LOUX POIRIER Danielle Pessoas Idosas uma abordagem global Processo de Enfermagem por necessidades Lusodidacta Lisboa Portugal 1995 cap 1 BRASIL Lei n mero 8 842 de 4 de janeiro de 1994 Pol tica Nacional do Idoso BRASIL Minist rio da Sa de Conselho Nacional de Sa de Resolu o N 196 96 1996 BRASIL Lei N 10741 de 01 de outubro de 2003 Estatuto do Idoso Rio de Janeiro Roma Victor 2003 BRASIL Minist rio da Sa de Portaria N 2 528 de 19 de outubro de 2006 Pol tica Nacional de Sa de da Pessoa Idosa Bras lia 2006 123 BRASIL Minist rio da Sa de Rede Intergeracional de Informa es para a Sa de RIPSA Indicadores de Recursos 2008a Dispon vel em http tabnet datasus gov br cgi idb2008 matriz htm saude http 3 A 2F 2Ftabnet datasus g ov br 2Fcgi 2Fidb2008 2Fmatriz htm amp botaook 0OK amp obj http 3A 2F 2Ftabnet datas us gov br 2Fcgi 2Fidb2008 2Fmatriz htmfrecur Acesso em 08 10 2010 BRASIL Minist rio da Sa de Manual T cnico Operacional Sistema de Informa o Hospitalar Vers o preliminar Bras lia 2008b BRASIL Minist rio da Sa de Secretaria de Vigil ncia em Sa de Instrutivo de preenchimento da ficha de notifica o investiga o de viol ncia dom stica sexual e ou outras viol ncias Bras lia 2009 BRASIL Conselho Federal de Enfermagem Relat rio de registros Qualifica o acad mica 2011a Material fornecido via e mail BRASIL Minist rio da Sa de Dep
68. MATHIAS ZAGONEL LACERDA 2006 WATSON 2007 WATSON 2008 WILLS 2009 48 3 METODOLOGIA 3 1 Tipo de estudo Trata se de uma pesquisa de natureza explorat ria com abordagem qualitativa O estudo explorat rio versa sobre um tema pouco pesquisado sobre o qual ainda n o se acumulou uma bibliografia significativa destacando as informa es novas levantadas Por sua vez o estudo de natureza qualitativa de acordo com Minayo 2004 busca compreender e apreender a realidade a partir de um universo de trabalho constitu do por significados valores viv ncias e inten es que n o podem ser captados por vari veis matem ticas e opera es estat sticas Na pesquisa qualitativa a subjetividade dos fatos fen menos e processos ganham relev ncia porque o mais importante n o a quantifica o mas desvelar a din mica e a estrutura das rela es e a es humanas Para Minayo 2008 o m todo qualitativo adequado ao estudo de aspectos hist ricos relacionais das representa es das cren as percep es e opini es Esses fatores resultam segundo a autora das interpreta es que os sujeitos fazem da forma como vivem sentem e pensam Uma das vantagens da aplica o desse m todo a possibilidade permitida por ele de desvelamento de processos sociais e da cria o de novos conceitos e categorias Embora seja necess ria uma valoriza o dos aspectos subjetivos dos entrevistados n o prescinde de objetiva o Sendo ass
69. NATO 2004 A Pol tica Nacional do Idoso PNI foi aprovada em 1994 Lei 8 842 Essa lei estabelece um conjunto de a es governamentais com o objetivo de assegurar os direitos sociais dos idosos Leva em considera o que o idoso um ser de direitos devendo ter suas necessidades f sicas sociais econ micas e pol ticas atendidas de maneira diferenciada Foi criado tamb m o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso CNDI que foi implementado em 2002 CAMARANO PASINATO 2004 As principais diretrizes norteadoras da PNI s o incentivar e viabilizar formas alternativas de coopera o intergeracional atuar junto s organiza es da sociedade civil representativas dos interesses dos idosos com vistas a formula o implementa o e avalia o das pol ticas planos e projetos priorizar o atendimento dos idosos em condi o de vulnerabilidade por suas pr prias fam lias em detrimento ao atendimento asilar promover a capacita o e a reciclagem dos recursos humanos nas reas de geriatria e gerontologia priorizar o atendimento do idoso em rg os p blicos e privados prestadores de servi os e fomentar a discuss o e o desenvolvimento de estudos referentes quest o do envelhecimento BRASIL 1994 No mbito da sa de em 1999 foi lan ada a Pol tica Nacional de Sa de do Idoso PNSD sendo reformulada em 2006 Tem como eixos norteadores as medidas preventivas como destaque para a promo o da sa de e o atendimento multidiscip
70. Ressalta se que uma das fun es do l cus deste estudo a reabilita o da a forte nfase nos aspectos voltados para a preserva o das capacidades individuais das pessoas idosas J os aspectos relacionados com a manuten o de um ambiente f sico confort vel e que minimize os riscos para as pessoas idosas emergiram em concord ncia com o oitavo elemento do processo de cuidar De fato o ambiente hospitalar tem o potencial de causar danos e desconforto s pessoas idosas Para al m da atua o em n vel dos aspectos f sicos do ambiente um imperativo a cria o de um ambiente acolhedor e confort vel que em ltima inst ncia uma manifesta o de respeito ao ser humano O d cimo elemento do processo de cuidado leva a uma reflex o provocadora que conduz a um maior conhecimento de si mesmo e dos outros Para Watson 2008 por meio da fenomenologia poss vel compreender as pessoas atrav s da forma que as coisas aparentam para ela a partir da sua refer ncia Dessa forma esse elemento fundamental para a compreens o do significado que a pessoa encontra na vida e da mesma forma descobrir significa es nos momentos dif ceis da vida TALENTO 2000 Transpondo o mesmo racioc nio proposto por Watson para a realidade deste estudo a compreens o dos eventos dif ceis atravessados pelas pessoas idosas com a doen a a hospitaliza o prolongada o abandono pelos familiares e a prem ncia da terminalidade auxilia na pre
71. VOIR 1990 S o muitos os rituais de 85 abandono englobando desde a priva o de gua e comida abandonar na neve esquecimentos propositais trancafiamentos atirar em vales e em mares A prote o mais eficaz para as pessoas idosas o amor do filho Do ponto de vista antropol gico h correspond ncia entre o bem estar na inf ncia com o da velhice Destaca se Sabe se que import ncia tem no desenvolvimento ulterior de sua personalidade a maneira como uma crian a foi tratada Frustrada na alimenta o na prote o na ternura cresce no rancor no medo e at mesmo no dio quando adulta suas rela es com os outros s o agressivas negligenciar seus velhos pais quando estes forem incapazes de se bastarem Ao contr rio quando os pais alimentam bem os filhos e os mimam fazem deles indiv duos felizes abertos benevolentes nos quais se desenvolvem sentimentos altru stas em particular ser o apegados aos seus ascendentes reconhecem que tem deveres em rela o a estes e cumprem esses deveres BEAUVOIR 1990 p 100 No presente estudo constatou se que os rituais de abandono e maus tratos s pessoas idosas tamb m se repetem Dessa vez o idoso abandonado no hospital pelos familiares sendo que em alguns casos tais familiares n o comparecem nem mesmo para visitar e nem para lev los para casa ap s a alta hospitalar Nessa din mica usam se da engana o da falta de apoio e de acompanhamento Artif cios ess
72. a importante que voc leia atentamente este documento Se voc desejar pode levar esta folha para casa pensar melhor antes de decidir e assinar Estaremos dispon veis para qualquer esclarecimento de suas d vidas 131 Declara o Eu fui procurado a pelo enfermeiro Valdenir Almeida da Silva mestrando em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia autor a do projeto de pesquisa com o t tulo acima citado orientado pela Profa Dra Maria do Ros rio de Menezes e fui suficientemente esclarecido que para participar deste estudo os crit rios s o trabalhar por um per odo de tempo superior a seis meses como enfermeiro na unidade de pacientes agudos do Centro Geri trico J lia Magalh es do Hospital Santo Ant nio localizado na cidade do Salvador Bahia e concordar em participar do estudo assinando este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Declaro que minha participa o neste estudo volunt ria e que compreendi que estarei contribuindo para a melhoria da pr tica de enfermagem ao idoso em hospitaliza o prolongada O pesquisador me garante que em presen a de qualquer d vida ou intercorr ncias que surjam no decorrer deste estudo poderei contat lo atrav s do telefone 71 9972 4406 Salvador Bahia 2011 Assinatura do participante Assinatura do pesquisador 132 AP NDICE B Instrumento de Coleta de Dados ENTREVISTA N MERO IN CIO H MIN T RMINO H MIN DATA 2011 LOC
73. a justi a social ou seja a equidade entre partes desiguais CAMARANO PASINATO 2004 O Estatuto do Idoso Lei n 10741 2003 traz nas suas disposi es preliminares como um pr requisito para a garantia da prioridade ao atendimento ao idoso a capacita o de recursos humanos na rea da geriatria e gerontologia No cap tulo referente ao direito sa de abordado como dever das institui es de sa de atender a crit rios m nimos visando s necessidades dos idosos Dentre estes crit rios posto a capacita o dos profissionais de sa de nesta rea BRASIL 2003 2 5 O cuidado a pessoas idosas 2 5 1 O cuidado A palavra cuidado prov m do latim cogitatu que significa pensamento reflex o aquilo que pensado Significa tamb m aten o desvelo cautela zelo J a palavra cuidar adv m igualmente do latim cogitare significando imaginar pensar aplicar o pensamento a imagina o ter cuidado consigo mesmo com a sua apar ncia ou apresenta o FERREIRA 1999 38 No que se refere s passagens da vida como ocasi es de cuidado Colliere 2003 infere que o ser humano depende de cuidados desde o nascimento at a morte Nesse percurso se est exposto a situa es que exigem envolvimento de cuidados para ultrapassar e dar seguimento vida Dentre as naturezas dessas passagens situam se aquelas ocasionais como a doen a ou acidentes que levam depend ncia tempor ria ou duradoura Para al m do n
74. a o a come a a ficar desidratado a come a a ter problema de emagrecimento do emagrecimento j vem a fraqueza que j come a a ficar mais restrito ao leito e a j vem as lceras C 01 a quest o do risco de broncoaspira o porque a maioria deles a grande maioria n o se alimenta sozinho ent o voc tem que ter o cuidado de t elevando a cabeceira na hora de administrar a dieta t olhando se esse paciente t deglutindo se ele n o t broncoaspirando a comida a medica o C 09 No que se refere necessidade de hidrata o afirmam que adotam o cuidado de observar estimular e ofertar l quidos Nos casos em que a hidrata o por via parenteral se faz necess ria e n o sendo poss vel acessar a via endovenosa lan am m o da t cnica da hipoderm clise Monitoram a necessidade de hidrata o pela press o arterial e pelo d bito urin rio Justificam que uma hidrata o adequada evita complica es como infec o do trato urin rio e at mesmo a sepse A hidrata o tamb m muito importante Se o paciente t precisando se hidratar aumentar a ingesta h drica C 08 A quest o tamb m da desidrata o voc tem que t observando se o paciente t fazendo hipotens o o d bito urin rio desse paciente aumentar a ingesta h drica e t o tempo todo observando C 09 Ent o uma clientela que precisa estar sendo hidratada para n o chegar a uma infec o urin ria e ess
75. a rea assim n o queria uma rea espec fica para fazer est gio Eu fiz a sele o quando a gente faz naquela poca quando a gente fazia a sele o a gente dizia qual rea que era pediatria cl nica m dica que a gente tinha interesse que tinha afinidade E eu assim geriatria eu n o falei mas geriatria eu n o queria porque eu fiz est gio aqui est gio curricular e n o gostei da experi ncia n o gostei Porque eu olhava os idosos assim meu Deus muito fr gil E eu me sentia incapaz de cuidar de uma pessoa como um idoso C 12 Nesse sentido retoma se discuss o acerca dos m todos de ensino Entende se que estes devam ser caminhos que conduzam ao aprendizado e descoberta de uma determinada rea No entanto o que se apreende que tais m todos funcionaram como obst culos para a aprendizagem n o contribuindo dessa forma com as possibilidades de melhorias e inova es no cuidado s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada bem como ao cuidado geronto geri trico de forma ampla As pol ticas p blicas j formuladas para os idosos s o claras em abordar o papel da forma o dos profissionais da sa de na rea da Geriatria e Gerontologia A PNI traz que os 12 curr culos materiais did ticos e metodologias devem ser adequados tem tica do idoso al m da sua obrigatoriedade nos cursos superiores BRASIL 1994 A PNSI traz como diretriz a capacita o de recursos humanos especializados
76. a a gente poder correr atr s para recuperar para trazer de volta a evolu o que vinha tendo antes C 05 91 A literatura mostra que o estado nutricional tem grande impacto na capacidade funcional de uma pessoa A nutri o adequada favorece a capacidade individual de defesa contra doen as de manuten o da normalidade anat mica e estrutural no racioc nio e na disposi o para o envolvimento em atividades sociais De fato o processo de envelhecimento associado ao contexto social pode ser fator de risco para que as pessoas idosas mantenham uma boa condi o nutricional ELIOPOULOS 2011 Essas quest es tornam as pessoas idosas mais suscept veis provocando a piora no seu estado de sa de Quando internadas e sobretudo com o prolongamento da hospitaliza o est o mais suscept veis a contrair afec es como a infec o hospitalar altera es no n vel de consci ncia e lceras por press o No sentido do reconhecimento da subjetividade do ser a enfermeira C 05 falou E assim um p blico diferenciado Voc t lidando com pessoas que j n o tem tanta lucidez que teria no caso uma pessoa de outra idade n A pessoa tava acostumada uma vida inteira com seu cantinho ter seu lugar C 05 Dessa forma exemplifica um passo importante para a rela o transpessoal do cuidado e reconhecem tamb m que a diferencia o das pessoas idosas ocorre n o somente devido s quest es fisiopatol gicas como fazem refer
77. a infec o urin ria chegar posteriormente a uma sepse e posteriormente esse paciente agravar um paciente que j t com os vasos j cansados com dificuldade de acesso venoso tem que ter um cuidado A predisposi o a uma flebite maior nesse paciente C 04 Com rela o hidrata o sabe se que h redu o dos l quidos corporais totais com o envelhecimento Nas pessoas idosas o percentual de gua corresponde a cerca de 50 do peso do corpo e isso diminui a margem de seguran a em rela o s perdas h dricas Al m disso a restri o h drica fator de risco para infec es constipa o intestinal desequil brio hidroeletrol tico e desidrata o ELIOPOULOS 2011 Na popula o idosa alguns fatores contribuem para a altera o no estado nutricional e de hidrata o Dentre esses fatores pode ser citado o posicionamento para a oferta da dieta sendo recomendado a posi o sentada tamb m chamada de posi o de Fowler Mudan as org nicas provenientes de doen as e do envelhecimento alteram o apetite e para al m do corpo f sico outros fatores levam falta de motiva o da pessoa idosa para alimentar se como as perdas a solid o e o estresse podendo esse ser potencializado pelo pr prio prolongamento da hospitaliza o Pode ocorrer tamb m disfagia constipa o e desnutri o como fatores que interferem na adequa o do estado nutricional da pessoa idosa ELIOPOULOS 2011 100 Por ve
78. amento da interna o hospitalar Tamb m frequente ao longo do internamento o desenvolvimento de altera es no estado cognitivo e comportamental dos idosos como a S ndrome Confusional Aguda que se instala subitamente e apresenta se flutuante com altern ncia de momentos de lucidez e desorienta o sendo secund ria a uma doen a cerebral prim ria ou doen a sist mica Os pacientes idosos com quadros de confus o mental agudo apresentam per odos mais longos de interna o associados a decl nio funcional MOTTI 2007 Existem quatro tipos de ang stia que podem ser manifestados durante a hospitaliza o ansiedade medo depress o irritabilidade raiva e depend ncia submiss o A hospitaliza o e a consequente mudan a brusca de ambiente podem provocar mudan as sobre o psicol gico dos idosos Dentre esses efeitos destaca se a instala o da s ndrome confusional 89 aguda caracterizada por um embotamento da consci ncia n vel de consci ncia flutuante entre estados de alerta e coma ANTIKAD 2005 Uma altera o cognitiva que pode se instalar no idoso em hospitaliza o prolongada o delirium causada por um comprometimento transit rio da atividade cerebral de causa org nica Tem in cio s bito e envolve a consci ncia a aten o a cogni o e a percep o podendo variar ao longo do dia Tem como principais causas as infec es uso de medicamentos intercorr ncias cl nicas al m da hospitaliza
79. apital do Nordeste apontam que 75 3 dos idosos moravam em lar multigeracional sendo esta situa o mais acentuada nas reas perif ricas A exist ncia de lares multigeracionais representa um novo arranjo nas sociedades Geralmente h uma rela o de depend ncia entre os membros da fam lia seja financeira com rela o aos proventos dos 31 idosos ou com rela o necessidade de um teto Tamb m pode haver uma depend ncia de cuidados por parte dos idosos com rela o aos membros da fam lia 2 1 2 Efeitos do envelhecimento sobre o sistema de sa de A popula o idosa a despeito de representar em 2006 cerca de 9 da popula o brasileira consumiu nesse mesmo ano mais de 26 dos recursos de interna o hospitalar no Sistema nico de Sa de SUS atrav s principalmente de interna es mais frequentes e de um maior tempo de ocupa o do leito do que em outras faixas et rias BRASIL 2006 O Estado da Bahia possui uma popula o estimada de 14 016 906 milh es de habitantes sendo que desse total 2 675 656 residem na sua capital Salvador Desse total 10 7 s o de pessoas com mais de 60 anos Com rela o ao sistema de sa de dados dispon veis no DATASUS revelam que no ano de 2007 a capital baiana dispunha de 2 9 leitos para cada 1000 habitantes sendo que a propor o para a rede do SUS nessa mesma capital foi de 2 1 Possui um total de 9 090 leitos sendo 6 254 pertencentes ao SUS Nesse ano foram realiza
80. ara o cuidar Ent o h que se considerar essas nuances na ocasi o real do cuidado Al m da baixa idade da maioria das enfermeiras destaca se o fato de estarem no in cio da vida profissional e dez delas n o terem ainda constitu do fam lia o que pode dificultar o entendimento do significado de ser idoso Acredita se tamb m que as caracter sticas destacadas possam dificultar a proje o da pr pria vida na velhice e com isso ocorrer viola es aos direitos humanos O enfermeiro no in cio da vida profissional traz uma bagagem te rica adquirida na academia mas por outro lado tem menos experi ncias na vida profissional N o se pretende com isso sugerir que pessoas mais jovens n o sejam capazes de cuidar de pessoas idosas nem 62 tampouco negar as possibilidades do estabelecimento de rela es bem sucedidas entre pessoas de diferentes idades e gera es Acredita se nas possibilidades de mudan as com rela o ao cuidado prestado a pessoas idosas e que esse movimento poder ter in cio nos centros formadores e em seguida repercutir no cotidiano dos servi os Uma forma o com foco human stico e que valorize a subjetividade a express o de sentimentos e o estabelecimento de uma rela o aut ntica e interessada conforme relata Watson 2002a s o fatores importantes para o alcance de um cuidado transpessoal Seguindo um padr o de distribui o comum na enfermagem com predomin ncia de mulheres no exerc cio da profis
81. artamento de Aten o B sica Teto credenciamento e implanta o das estrat gias de Agentes Comunit rios de Sa de Sa de da Fam lia e Sa de Bucal Bras lia 2011b Dispon vel em http dab saude gov br historico cobertura sf php Acesso 28 08 2011 BRITTO DA MOTTA Alda A atualidade do conceito de gera es na pesquisa sobre o envelhecimento Revista Sociedade e Estado v 25 n 2 Mai Ago 2010 Dispon vel em http www scielo br pdf se v25n2 05 pdf Acesso em 16 08 2011 BUSSE Edwald W O mito hist ria e ci ncia do envelhecimento In BUSSE Edwald W BLAZER Dan G Psiquiatria Geri trica Porto Alegre Artes Medicas 1992 CAMARANO Ana Am lia PASINATO Maria Tereza O envelhecimento populacional na agenda das pol ticas p blicas In CAMARANO Ana Am lia org Os novos idosos brasileiros muito al m dos 60 Rio de Janeiro IPEA 2004 CARVALHAIS Maribel SOUSA Liliana O comportamento dos enfermeiros e impacto em situa o de interna o hospitalar Revista Eletr nica de Enfermagem v 9 n 3 set dez 2007 p 596 616 CARVALHO FILHO Eurico Thomaz Fisiologia do Envelhecimento In PAPAL O NETO Matheus Geriatria Fundamentos Cl nica e Terap utica S o Paulo Atheneu 2006 CHAIMOWICZ Fl vio Os Idosos Brasileiros no S culo XXI demografia sa de e sociedade Belo Horizonte Postgraduate Brasil 1998 COLLIERE Marie Fran oise Promover a vida da pr tica de mulheres de virtude aos cuida
82. as houve uma predomin ncia de colaboradoras com faixa et ria baixa de religi o cat lica solteiras com at dois anos de graduadas e que ingressaram no servi o estudado como estagi rias Quanto s pessoas idosas ficou patente que trazem consigo as marcas da realidade social a que est o expostas como os maus tratos a falta de apoio de uma rede de servi os estruturada para referenci los bem como das fam lias obrigadas a assumirem os cuidados com os parcos recursos de que disp em N o obstante falta de amparo social a que as pessoas idosas s o submetidas quando no ambiente hospitalar que lhes estranho e distinto dos seus domic lios ainda sofrem com o abandono por seus familiares Esse abandono se manifesta durante a hospitaliza o atrav s da 120 falta ou baixa frequ ncia de visitas e na ocasi o da alta hospitalar com o retardo no comparecimento dos respons veis para levarem a pessoa idosa de volta para casa Ao se estudar a fala das enfermeiras que cuidam de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada em um Centro Geri trico encontrou se que cuidado que descrito como sin nimo de carinho aten o amor zelo preocupa o escuta acompanhamento estar junto resolu o problemas e proporcionamento de conforto Ao relatarem a necessidade de cuidados identificadas nas pessoas idosas em hospitaliza o prolongada fazem refer ncia a condi es relacionadas com aspectos do envelhecimento da hospital
83. as e conhecimentos quando a pessoa idosa narra suas hist rias de vida No mesmo estudo a valoriza o do cuidado prestado tamb m se sobressaiu como importante fonte de prazer sendo motivador para o trabalho Por fim a melhoria do quadro cl nico obtido atrav s de uma assist ncia resolutiva tamb m se sobressaiu como fonte de prazer TAVARES et al 2010 Esses dados v o ao encontro dos resultados encontrados neste estudo Outro sentimento expresso como manifesta o de gratid o foi a possibilidade de extrair aprendizados a partir das experi ncias de vida das pessoas idosas 74 Trabalhar nessa unidade com o p blico idoso maravilhoso um p blico que tem muito a lhe ensinar s o pessoas que j viveram muitos anos j viveram muito mais anos do que eu e tem muita coisa a lhe ensinar n o s como profissional mas como ser humano Ent o maravilhoso gratificante muito bom Ent o foi gratificante foi muito boa a experi ncia C 04 De fato as pessoas idosas t m muito a ensinar a partir das suas experi ncias de vida A possibilidade de conviver com essas pessoas e estar atento aos seus ensinamentos pode contribuir para o enriquecimento pessoal profissional e cultural de quem faz o exerc cio da escuta Para al m dos benef cios pessoais citados ouvir um idoso tamb m valorizar seu passado permitir que se expressem conforme sua vis o de mundo e faz lo se sentir importante tamb m um recurso
84. as pessoas idosas 4 2 APRESENTA O E DISCUSS O DAS CATEGORIAS TEM TICAS COM AS RESPECTIVAS SUBCATEGORIAS 4 2 1 As enfermeiras cuidadoras de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Ao se analisar o texto proveniente das entrevistas sobressaiu se a categoria as enfermeiras cuidadoras de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Nessa categoria busca se conhecer as agentes do cuidar para ent o conhecer a din mica do cuidado que efetivamente prestado Como subcategorias emergiram informa es relativas forma de ingresso no servi o e as defici ncias referidas na forma o acad mica a geriatria gerontologia como rea de exclus o para a atua o profissional a gratid o pelo reconhecimento do papel de cuidadoras e as rea es diante da morte de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 4 2 1 1 O ingresso no servi o como estagi rias e a defici ncia referida na forma o acad mica Para as enfermeiras pesquisadas uma forma comum de ingresso no servi o tem sido atrav s de um contato pr vio com a institui o enquanto estudantes de gradua o Nesse per odo s o contratadas como estagi rias e assim ao exercer atividades inerentes enfermagem se familiarizam com o cotidiano do cuidado s pessoas idosas As falas seguintes expressam como se deu esse ingresso Eu acho que n o escolhi a geriatria foi a geriatria quem me escolheu Me ligaram ah tem uma vaga para ser bolsista em geriatria
85. ascimento e da velhice os cuidados perpassam todas as etapas da vida Ao se recorrer aos outros permite se ser cuidado ao assegurar a si pr prio os cuidados di rios pratica se o cuidar se e ao dispensar aten o desvelo ajuda a outrem mantendo e estimulando sua puls o de vida exercita se dessa maneira o cuidar Esse cuidar pode ser exercido de forma profissional com o intuito de suprir temporariamente aquilo que os seres humanos n o est o capazes de fazer a si pr prios COLLIERE 2003 No tocante natureza dos cuidados Colligre 1999 difere entre os cuidados cotidianos e habituais care to care do ingl s que significa tomar conta cuidar ligado s fun es de manuten o da vida e de continuidade e entre os cuidados de repara o cure to cure do ingl s significando curar ressecar tratar tirando o mal e da cureta curetagem ligado necessidade de reparar o que constitui obst culo vida Com a emerg ncia e a domina o da l gica cartesiana e do modelo biom dico na sa de os cuidados de manuten o da vida s o relegados a um segundo plano e desvalorizados No entanto os preju zos e desconfortos causados pela doen a ser o mais intensamente aliviados e confortados ao se lan ar m o dos cuidados de manuten o da vida Os tratamentos provenientes da vis o da cura e da profiss o m dica visam elimina o do que lesa o organismo n o podendo substituir os cuidados COLLIERE 2003 Com rela
86. at a sa de mesmo a sa de mental a sa de do corpo tudo Ent o abrange muito Ent o o cuidado da gente vem desde o psicol gico o cuidado com a fam lia C 03 O cuidado geral cabe a corpo mente tudo C 03 J a enfermeira C 06 afirmou que o cuidado pressup e o atendimento de necessidades outras que n o somente as espec ficas da enfermagem Para ela uma forma de manifestar o cuidado atrav s da resolu o de problemas apresentados pelas pessoas idosas como nas quest es de ordem psicol gicas e sociais Conclui que a resolu o desses problemas uma express o de cuidado ainda que n o sejam procedimentos t cnicos sin nimo de assist ncia T m pacientes aqui que s o muito carentes muito mesmo Ent o aqui a gente faz um papel de tudo um pouquinho um pouco psic loga um pouco assistente social enfermeira Tem muito problema muito problema social Ent o a gente acaba resolvendo E a come a o cuidado a Bem antes de uma assist ncia C 06 De fato a transpessoalidade pode ser atingida durante o processo de cuidar quando h uma aproxima o entre mente corpo alma das duas pessoas no momento vivido A partilha verdadeira do momento tem o potencial de transcender o tempo o espa o e as dimens es f sicas ultrapassando as rela es tradicionais enfermeira paciente WATOSN 2002a WATOSN 2002b 96 Para as enfermeira C 05 e C 10 h uma estreita liga o entre cu
87. atado de Enfermagem M dico Cir rgica 10 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 v 1 SOLANO Jo o Paulo Consentino SCAZUFCA M rcia MENEZES Paulo Rossi Frequ ncia de sintomas no ltimo ano de vida de idosos de baixa renda em S o Paulo estudo transversal com cuidadores informais Rev Bras Epidemiol v 14 n 1 2011 p 75 85 Dispon vel em http www scielo br pdf rbepid v 14n1 07 pdf Acesso em 23 08 2011 STEIN Pamela S HENRY Robert G Poor oral hygiene in long term care AJN v 109 n 6 June 2009 TALENTO Barbara Jean Watson Cap 18 In GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos pr tica profissional 4 ed Porto Alegre Artes M dicas 2000 TAVARES Juliana Petri et al Prazer e sofrimento de trabalhadoras de enfermagem que cuidam de idosos hospitalizados Esc Anna Nery Rev Enferm v 14 n 2 abr jun 2010 p 253 9 Dispon vel em http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S1414 81452010000200007 Acesso em 23 08 2011 THOMPSON Paul A voz do passado hist ria oral 3 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 2002 129 VERAS Renato PARAHYBA Maria Isabel O anacronismo dos modelos assistenciais para os idosos na rea da sa de desafios para o setor privado Cad Sa de P blica v 23 n 10 out 2007 p 2479 89 VERAS Renato Envelhecimento populacional contempor neo demandas desafios e inova es Rev Sa de P blica v 43 n 3 S o Paulo maio jun
88. atid o diante da melhora do quadro cl nico do paciente sendo que esse sentimento supera mesmo quaisquer pontos adversos no contexto do cuidado Os idosos de reabilita o eles fazem tratamento muitos a gente v ir embora reabilitados Pacientes que chegam acamados sequelados paciente hoje em dia t andando com a muleta entendeu Eu j vi paciente com sonda entrar aqui totalmente rebaixado se referindo ao rebaixamento do n vel de consci ncia e hoje em dia t sentado conversando com voc entendeu tem seus pausa mas tamb m tem suas gratificante n gratificante n C 03 Com rela o aos pontos desfavor veis no cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada acrescenta se que a hospitaliza o de pessoas idosas pode ser a causa de sofrimento aos trabalhadores de enfermagem pois em muitas situa es esses trabalhadores deparam se com quest es como a imin ncia da morte o abandono das pessoas idosas pelos familiares e com quest es sociais TAVARES et al 2010 Um estudo com o objetivo de identificar as fontes de prazer e sofrimento de trabalhadoras de enfermagem que cuidam de pessoas idosas hospitalizadas revelou quatro fontes de prazer Uma dessas fontes est relacionada com o estabelecimento de uma conversa agrad vel do carinho da express o de sentimentos positivos demonstrando se um interesse pelo outro ser Outra fonte de prazer est relacionada com a troca de experi nci
89. ca focada na manuten o da vida SILVA RIBEIRO KRUSE 2009 Acrescenta se tamb m que o ser humano um ser sens vel a perdas sobretudo quando relacionadas a emo es e afetos e que uma das formas de trabalhar os desconfortos atrav s de uma viv ncia espiritual mais aut ntica 71 No tocante s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada a morte ainda traz um agravante a sua aceita o sob a gide de que se trata de um processo natural e a pessoa idosa j viveu muito Ideia essa destacada por Menezes 2010 a qual relata que trabalhadores de enfermagem manifestam maior complac ncia com a morte de idosos e mais dificuldade em lidar com a morte de jovens e crian as 4 2 2 As pessoas idosas em hospitaliza o prolongada A segunda categoria que emergiu dos discursos diz respeito especificamente s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada O conhecimento acerca dessas pessoas importante para se conhecer mais sobre suas especificidades e sobre os contextos dos quais s o provenientes Representa na verdade um elo no encadeamento do cuidado seguido do conhecimento sobre as enfermeiras Dentro dessa categoria emergiram quatro subcategorias a falta de cuidado e os maus tratos no domic lio o abandono familiar das pessoas idosas no hospital a infantiliza o da velhice e sofrendo as repercuss es da hospitaliza o prolongada 4 2 2 1 A falta de cuidados e os maus tratos no domic lio Emergiu dos discursos
90. cebido por quem o viveu ALBERTI 2005 Ao ser atribu do um car ter cient fico t cnica da hist ria oral esta se constitui como um eficiente instrumento de investiga o Deve ser embasada entretanto em conhecimentos te ricos O problema e a fundamenta o te rica devem orientar a investiga o a fim de alcan ar o conhecimento objetivado a partir do levantamento interpreta o e an lise dos dados GON ALVES LISBOA 2007 Para Alberti 2005 ao se trabalhar com hist ria oral deve se adotar uma postura de respeito pelo outro por suas opini es atitudes posi es e vis es de mundo Esses itens norteiam o depoimento fornecido e ao mesmo tempo conferem significado ao fato narrado Embora seja particular e individual constitui elemento indispens vel para a compreens o do grupo social ao qual pertence Neste estudo foi utilizada a hist ria oral tem tica como t cnica de coleta dos depoimentos A hist ria oral tem tica tem como foco a participa o dos colaboradores no tema em estudo conforme descreve Alberti 2005 Para a autora citada a entrevista tem tica se ad gua ao estudo de temas que t m trajet ria definida na vida dos colaboradores em raz o do desempenho de determinada fun o ou do envolvimento em conjunturas e acontecimentos 52 espec ficos Nesse contexto o conhecimento da parte da biografia do sujeito permite uma melhor compreens o do relato do discurso e das refer ncias particulares confor
91. cessidade de manuten o da integridade cutaneomucosa identificou se que as depoentes reconhecem nas pessoas idosas altera es na pele em decorr ncia do envelhecimento e da hospitaliza o prolongada Relatam que as pessoas idosas tem a pele mais sens vel com elasticidade diminu da e mais fr gil Somado a esses fatores falam sobre as complica es decorrentes do prolongamento da hospitaliza o como o emagrecimento a restri o ao leito as lceras por press o al m de lceras cr nicas j instaladas no momento da interna o Seguindo a linha de racioc nio referida pelas depoentes as quais informam um cuidado essencialmente t cnico e em conson ncia com as necessidades apresentadas pelas pessoas idosas descrevem o cuidado que prestam quando identificam a necessidade de manuten o da integridade cutaneomucosa Assim realizam a hidrata o da pele adotam uma postura mais cautelosa mobiliza o em consequ ncia da fragilidade e a mudan a de dec bito Relatam tamb m a necessidade da troca de fralda a fim de evitar assaduras e les es da pele por excesso de umidade Quando as les es da pele j est o instaladas elas realizam e supervisionam a realiza o dos curativos com os produtos padronizados pelo servi o avaliam e documentam a evolu o das feridas A a gente tem que tenta dar aquele conforto porque j t com tanta lcera que n o tem muito A recupera o j mais dif cil j no id
92. cial fundamental discuss o Em seguida apresenta se a metodologia Nos resultados s o apresentadas as colaboradoras seguida pela caracteriza o das mesmas Na continuidade s o apresentadas e discutidas as categorias encontradas e suas respectivas subcategorias A primeira categoria refere se s enfermeiras cuidadoras de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada tendo como subcategorias 1 o ingresso no servi o como estagi rias e as defici ncias referidas na forma o acad mica 2 a geriatria gerontologia como rea de exclus o para a atua o profissional 3 a gratid o pelo reconhecimento do papel de cuidadoras e 4 as rea es diante da morte de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada A segunda categoria refere se s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada tendo como subcategorias 1 a falta de cuidado e os maus tratos no domic lio 2 o abandono familiar das pessoas idosas no hospital 3 a infantiliza o da velhice e 4 sofrendo as repercuss es da hospitaliza o prolongada A terceira categoria refere se ao cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada tendo como subcategorias 1 as especificidades das pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 2 as condi es necess rias para o cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 3 a concep o acerca do cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 4 as demandas de cuidados por pessoas
93. comunica es depreciativas e repletas de estere tipos Destacam se as propagandas m sicas hist rias infantis as piadas e os ditos populares Essas manifesta es refor am no imagin rio social caracter sticas negativas da velhice e uma maior desvaloriza o dessa etapa da vida MERCADANTE BERZINS 2010 Acredita se que essas abordagens contribuam para a forma o de uma vis o negativa da velhice e dessa forma prestam um desservi o sociedade e aos pr prios idosos Com rela o aos achados deste estudo acredita se que esta realidade pode ser explicada n o somente pela falta de afinidade anterior a um contato pr vio com a geriatria e gerontologia mas tamb m pela forma perif rica e pejorativa como o tema tratado na sociedade e nos meios de comunica o de massa Pr tat 1997 cita a import ncia da maturidade como fator preponderante para a sabedoria assim afirmando Conf cio teria dito que apenas depois dos sessenta anos uma pessoa pode ser suficientemente s bia para estudar os livros da sabedoria antiga Antes dessa idade at mesmo os mais s bios s o imaturos demais para compreend los PRETAT 1997 p 58 71 Diante disso a import ncia de se dar relevo ao papel da educa o como ferramenta modificadora de uma imagem negativa da velhice em uma outra repleta de significados e valores Acredita se que uma melhor pr tica de cuidados possa ser desenvolvida quando as imagens negativas do inconscie
94. cuidar integra conhecimentos biof sicos com conhecimento humano para gerar ou promover a sa de e para prestar assist ncia aos que se encontram doentes A ci ncia do cuidar portanto complementar ci ncia do curar 7 A pr tica do cuidar vital para a enfermagem WATSON 2008 Com a finalidade de definir as responsabilidades de enfermagem e para explicar os conceitos de cuidar humano s o propostos por Watson onze pressupostos relativos aos valores do cuidar S o eles 1 O cuidar e o amor compreendem a energia ps quica primitiva e universal 2 O cuidar e o amor frequentemente desvalorizados s o os pilares da humanidade alimentar essas necessidades preenche a natureza humana 3 A capacidade para manter o ideal e a ideologia do cuidar na pr tica ir afetar o desenvolvimento da civiliza o e determinar o contributo da enfermagem para a sociedade 4 Cuidar de si pr prio um pr requisito para cuidar dos outros 43 5 Historicamente a enfermagem tem tido uma posi o de cuidado e cuidar humano no que diz respeito a pessoas com problemas de sa de doen a 6 O cuidar o foco unificador central da pr tica de enfermagem a ess ncia da enfermagem 7 O cuidar tem vindo a ser cada vez mais desvalorizado no sistema de sa de 8 Os avan os tecnol gicos e os constrangimentos institucionais sublimaram o estabelecimento do cuidar de enfermagem 9 Um assunto de interesse atual e futuro para a enfermagem
95. d php t 363712 Acesso em 01 11 2010 HUENCHUAN S RODR GUEZ PINERO L Envejecimiento y derechos humanos situaci n y perspectivas de protecci n Naciones Unidas CELADE CEPAL 2010 Dispon vel em http www eclac org publicaciones xml 1 41721 LCW353 pdf Acesso em 13 10 11 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Proje o da popula o do Brasil por sexo e idade 1980 2050 Revis o 2008 Rio de Janeiro IBGE 2008 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lios S ntese de indicadores Rio de Janeiro IBGE 2009a IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Indicadores Sociodemogr ficos e de Sa de no Brasil 2009 Rio de Janeiro IBGE 2009b IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Censo 2010 popula o do Brasil de 190 732 694 pessoas Rio de Janeiro IBGE 2010a Dispon vel em http www ibge gov br home presidencia noticias noticia visualiza php id noticia 1766 amp id pagina 1 Acesso em Acesso em 08 12 2010 125 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica S ntese dos indicadores sociais uma an lise das condi es de vida da popula o brasileira 2010b Rio de Janeiro IBGE 2010 Dispon vel em http www ibge gov br home estatistica populacao condicaodevida indicadoresminimos sinte seindicsociais2010 SIS 2010 pdf Acesso em 24 08 2011 L ZARO M Torrej n La Enfermera Geri trica Cap
96. das 2 754 946 interna es hospitalares sendo gasto um montante de R 156 115 380 83 A m dia de perman ncia no leito foi de oito dias Quando se considera os internamentos prolongados observa se uma m dia de perman ncia de 96 6 dias com um custo m dio de R 6 089 04 ao passo que o valor m dio foi de R 956 84 BRASIL 2008a 2 2 Processo de envelhecimento O processo de envelhecimento din mico A cada instante as c lulas do corpo se transformam para um patamar posterior paralelamente s mudan as nos contextos de vida Por se tratar de um processo cont nuo e sutil muitas vezes o envelhecimento n o percebido at que o indiv duo se depare com a velhice PR TAT 1997 Dada a condi o de despreparo para o enfrentamento do envelhecimento sobretudo no mundo ocidental adv m ent o o sentido negativo sobre esse processo Fato este que encontra exemplifica es nas quantias cada vez maiores gastas com a busca por uma apar ncia capacidades e atitudes jovens PR TAT 1997 Ainda persistem na sociedade mitos e estere tipos quanto ao envelhecimento Geralmente perduram ideias pejorativas associadas feiura senilidade improdutividade conservadorismo infelicidade ociosidade No entanto h variabilidade fisiol gica no envelhecimento sendo comum encontrar pessoas mais velhas com capacidades f sicas e 32 cognitivas preservadas Seguindo essa linha de racioc nio a velhice uma etapa da vida com rosto autonom
97. de dos cuidados b sicos de higiene banho higieniza o a gente v muito aqui pacientes que n o higieniza o prec ria n tipo oral tamb m a gente procura melhorar isso cuidado de higiene C 01 banho alguns tomam banho sozinhos outros n o tomam a quest o da higiene mesmo tem que ser feita A higiene oral tem que ser feita tem que ser feita constantemente que muitos ficam acamados e a quest o da infec o respirat ria entendeu C 02 Stein e Henry 2009 afirmam que as pessoas idosas que permanecem hospitalizadas por muito tempo est o sujeitas a terem um estado de higiene oral prec ria Os fatores que contribuem para esse estado s o intr nsecos ao pr prio idoso mas tamb m relacionados com a equipe de cuidados como a neglig ncia desse aspecto A higiene prec ria pode levar a uma s rie de consequ ncias sa de como a pneumonia e doen as card acas ao passo que um bom estado de higiene oral favorece ao bem estar a estimula o paladar Depreende se da fala da enfermeira C 02 que a higiene corporal enfatizada tamb m como forma de evitar a infesta o por escabiose em decorr ncia da higiene corporal prec ria com a conviv ncia coletiva e com o prolongamento da hospitaliza o Por vezes as depoentes trazem em seus discursos a vis o de um cuidado voltado para que a pessoa idosa mantenha a capacidade de auto cuidar se e mantenha a sua independ ncia o m ximo poss vel O profissional deve
98. de melhoria do cuidado a partir de uma a o com foco human stico e com considera es s subjetividades da pessoa que cuida e da que cuidada O envelhecimento uma realidade global e entende se que as organiza es formadoras devem dar uma resposta frente s crescentes demandas advindas do grupo populacional em quest o Assim no contexto da forma o dos profissionais para o cuidado das pessoas idosas sugere se que haja adequa o de conte dos e metodologias com vistas a uma sensibiliza o para a causa e cuidados gerontol gicos e geri tricos 121 Nas pol ticas p blicas em vigor no Brasil para as pessoas idosas com destaque para a Pol tica Nacional do Idoso a Pol tica Nacional de Sa de da Pessoa Idosa e o Estatuto do Idoso h forte recomenda o para a abordagem dos conte dos sobre o envelhecimento nos curr culos dos diversos n veis do ensino formal de modo a conduzir valoriza o da pessoa idosa eliminar preconceitos e produzir novos conhecimentos Apela se ent o para a efetiva implementa o de tais pol ticas e qui chegue se a um patamar onde as enfermeiras n o precisem mais repetir que os conte dos referentes sa de do idoso em sua educa o formal foram abordados superficialmente ou que n o foram abordados No contexto mundial est em evid ncia a Declara o Universal dos Direitos da Pessoa Idosa da qual o Brasil signat rio Almeja se com isso que a velhice ganhe visibilidade social
99. do por cursos de p s gradua o latu sensu em reas voltadas para o cuidado a pacientes em estado de sa de cr tico como terapia intensiva e emerg ncia Apenas uma enfermeira p s graduada na modalidade latu sensu em administra o hospitalar uma est cursando p s gradua o latu sensu em nefrologia e uma n o cursou nenhuma p s gradua o Dado o aumento da expectativa de vida da popula o brasileira e o envelhecimento populacional compreender e estudar a sa de do idoso com profundidade deve ser um requisito indispens vel na forma o de enfermeiros Os dados do ltimo censo demogr fico d o conta de que a popula o idosa brasileira de 11 3 IBGE 2010b e a expectativa de vida de 69 4 anos para os homens e 77 para as mulheres IBGE 2010b Segundo Veras 2009 a maior parte dos 650 mil novos idosos que s o incorporados anualmente popula o brasileira possuem doen as cr nicas n o transmiss veis e alguns possuem tamb m limita es funcionais Nesse sentido o autor citado infere que em menos de 40 anos o Brasil passou de um cen rio de mortalidade pr prio de uma popula o jovem para um quadro de enfermidades complexas e onerosas t pica dos pa ses longevos caracterizado por doen as cr nicas e m ltiplas que perduram por anos com exig ncia de cuidados constantes medica o cont nua e exames peri dicos O incremento na popula o de idosos causa efeitos marcantes nos servi os de sa de De aco
100. do problema da viol ncia e adotar estrat gias para sensibilizar e encorajar os profissionais notificar os casos Concomitantemente a rede de servi os precisa estar estruturada e articulada de forma intersetorial para oferecer suporte pessoa idosa que sofre viol ncia e se constituir como refer ncia para os profissionais tal como est posto nas pol ticas p blicas Entende se que a a o intersetorial imprescind vel para o enfrentamento da viol ncia Do contr rio as a es isoladas se caracterizar o como tarefas dispendiosas sem o alcance de um impacto social efetivo 4 2 2 2 O abandono das pessoas idosas no hospital pelos familiares As pessoas idosas a quem se referiram as enfermeiras entrevistadas est o submetidas n o somente a situa es de maus tratos e viol ncia intrafamiliar mas tamb m ao abandono 82 Das falas analisadas emergiu a situa o de abandono das pessoas idosas pelos familiares no hospital causando assim grande ang stia nas enfermeiras por se depararem com a recorr ncia do fato e pelo sentimento de impot ncia Nas falas seguintes constata se essa realidade de abandono Tamb m esse caso da fam lia que s vezes abandona larga o idoso aqui e eles n o querem levar para casa t m muitos desses Quando o m dico diz que vai dar alta a um idoso a fam lia se manifesta ah como que vai mandar ele para casa assim mandar para casa com essa sonda na barriga quem vai cuidar del
101. dos de enfermagem Lisboa Sindicato dos Enfermeiros Portugueses 1999 COLLIERE Marie Fran oise Cuidar A primeira arte da vida 2 ed Lusoci ncia Loures Portugal 2003 124 CONSEJO NACIONAL DE POBLACI N El envejecimento de la poblaci n mundial Dispon vel em http www conapo gob mx publicaciones enveje2005 enveje01 pdf Acesso em 01 11 2010 DIAS Eliane Golfieri DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira LEBR O Maria L cia Efeitos longitudinais das atividades avan adas de vida di ria em idosos implica es para a reabilita o gerontol gica O Mundo da Sa de V 34 n 2 2010 p 258 267 ELIOPOULOS Charlotte Enfermagem Gerontol gica 7 Ed Porto Alegre Artmed 2011 FARIA Juliana Bernardes de SEIDL Elaine Maria Fleury Religiosidade e enfrentamento em contextos de sa de e doen a revis o da literatura Psicologia Reflex o e Cr tica V 18 n 3 2005 p 381 9 FERREIRA Aur lio Buarque de Holanda Novo Aur lio S culo XXI o dicion rio da l ngua portuguesa 3 ed Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 GON ALVES Rita de C ssia LISBOA Teresa Kleba Sobre o m todo da hist ria oral em sua modalidade trajet rias de vida Rev Kat l Florian polis v 10 n esp 2007 p 83 92 HAGUETTE Teresa Maria Frota Metodologias qualitativas na sociologia 7 ed Petr polis Vozes 2000 HARDMOB China ter mais de 400 milho es de idosos em 2050 Dispon vel em http forum hardmob com br showthrea
102. e n o sei o que entendeu C 03 Em outro momento parece ser o uso de dispositivos por longo tempo como a gastrostomia o motivo da recusa dos familiares em levar o idoso para o domic lio A tem pacientes em cuidados paliativos que na verdade sofreram assim entre aspas meio que sofreram abandono do familiar C 05 Ent o muitos t m a car ncia e j entra tamb m o lado pessoal Muitos a fam lia acompanha mas a grande maioria a fam lia n o acompanha n o t junto para acompanhar mesmo o paciente aqui C 07 T m familiares que a gente percebe que est o sempre presentes Chegam perguntam como que o paciente passou a noite A gente v aquela preocupa o enquanto que outros n o a fam lia vem interna e deixa a entendeu A gente v o paciente cair vai definhando definhando com dificuldade para reabilitar entendeu e chegam depois de uma semana quinze dias chegam e pergunta como que o paciente t entendeu C 08 N o obstante o abandono em si as circunst ncias na qual ocorre exp e a sua face cruel conforme a fala seguinte E e quando eles est o naquela fase terminal que aqui a gente tem os cuidados paliativos pior ainda ningu m vem os familiares n o aparecem n o d o aquele apoio C 03 Nesse caso a proximidade da morte afasta os familiares e relega equipe de sa de o apoio que a pessoa idosa carece Por vezes a situa o de abandono familiar acompanha a pessoa
103. e do Sul J em estudo realizado por Pereira et al 2010 no interior de Minas Gerais 39 8 da amostra de idosos possu am um ano ou menos de instru o Quanto ao local de moradia foi constatado que houve um decr scimo da popula o geral residente na popula o rural Esta tend ncia tamb m pode ser observada na popula o idosa Os idosos que vivem na zona urbana somaram 77 em 1991 passando para 81 em 2000 Esta mudan a no local de moradia n o significa melhoria da qualidade de vida e sim mais competitividade e luta pela sobreviv ncia IBGE 2010a Vem ocorrendo um incremento no ndice de idosos respons veis pelos domic lios no Brasil Em 1991 eles eram respons veis por 60 4 dos lares atingindo 62 4 em 2000 Com os n veis crescentes de desemprego a aposentadoria dos idosos acaba por se constituir no nico sustento familiar PEREIRA CURIONI VERAS 2003 A aposentadoria foi concebida como uma institui o social assegurando aos indiv duos renda permanente at a morte correspondendo crescente necessidade de seguran a individual que marca as sociedades da nossa poca MENDES et al 2005 Quando se considera a renda total constata se que no ano 2000 44 dos idosos tinham renda de at um sal rio m nimo proveniente da aposentadoria o que n o garante condi es satisfat rias de vida PEREIRA CURIONI VERAS 2003 Dados apresentados por Coelho Filho e Ramos 1999 em estudo sobre o perfil dos idosos em uma c
104. e ganho foi ainda maior para o sexo feminino com 8 3 anos ao passo que para o sexo masculino foi de 7 1 anos As proje es para 2010 j revelavam uma m dia de expectativa de vida de 73 4 anos sendo 69 7 anos para os homens e 77 3 para as mulheres IBGE 2008 As proje es para o ano de 2050 indicam que a esperan a de vida m dia dos brasileiros ser de 81 3 anos sendo 78 2 anos para os homens e 84 5 para as mulheres No que se refere ao percentual de idosos na popula o em geral em 2050 29 75 da popula o brasileira ser de idosos sendo que deste total 6 39 ter o mais de 80 anos IBGE 2008 O ndice de envelhecimento um dos indicadores utilizados para demonstrar o envelhecimento da popula o brasileira O n mero de idosos aumentando acentuadamente entre a popula o brasileira Passou de 3 milh es em 1960 para 7 milh es em 1975 e 20 milh es em 2008 um aumento de quase 700 em menos de 50 anos VERAS 2009 27 Em 2008 para cada grupo de 100 crian as de O a 14 anos havia 24 7 idosos de 65 anos ou mais de idade Entre 2035 e 2040 j haver mais popula o idosa numa propor o 18 superior de crian as e em 2050 a rela o poder ser de 100 para 172 7 demonstrando assim um elevado envelhecimento da popula o brasileira IBGE 2008 O Censo Demogr fico realizado em 2010 revelou a exist ncia no Brasil de 21 736 milh es de idosos correspondendo a 11 3 do total da popula o A regi o
105. e medo de associa o com a morte e de depend ncia pois al m do sofrimento da sensa o desagrad vel e da inseguran a que a doen a ocasiona esses pacientes ir o necessitar da aten o de um conjunto de trabalhadores da sa de dentre os quais os enfermeiros que tem papel fundamental no cuidado Trata se de uma pesquisa de natureza explorat ria com abordagem qualitativa que teve como objeto o cuidado de enfermagem pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e como quest o problema Como se d o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Teve como objetivo geral analisar o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e objetivos espec ficos identificar as necessidades de cuidados de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e descrever o cuidado de enfermeiras a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada O estudo foi desenvolvido em um centro geri trico de um hospital filantr pico de grande porte localizado na cidade de Salvador Bahia no per odo de mar o a abril de 2011 tendo como colaboradoras doze enfermeiras Os depoimentos foram coletados mediante a t cnica de Hist ria Oral analisados conforme a t cnica an lise categorial tem tica e interpretados segundo os pressupostos da Teoria do Cuidado Transpessoal As categorias emergentes foram as enfermeiras cuidadoras de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada as pessoas idosas em hospitaliza
106. e mortalidade natalidade e fecundidade resultaram o processo de transi o demogr fica Nesse processo o primeiro fen meno a ocorrer a queda da mortalidade que leva a um ganho no n mero de vidas sem alterar necessariamente a estrutura et ria da popula o J a queda na taxa de fecundidade leva a uma altera o nessa estrutura pois reduz proporcionalmente os contingentes populacionais mais jovens e amplia a popula o em faixas et rias mais velhas VERMELHO MONTEIRO 2006 Segundo Vermelho e Monteiro 2006 na transi o demogr fica identificam se tr s diferentes est gios fase de equil brio entre as taxas de mortalidade e natalidade ambas elevadas conhecida como pr industrial ou primitiva fase de diverg ncia de coeficientes quando ocorre decr scimo nas taxas de mortalidade por m com natalidade elevada levando ao crescimento populacional conhecida com fase intermedi ria fase na qual os coeficientes de mortalidade e natalidade convergem com a mortalidade diminuindo em ritmo acelerado levando a um envelhecimento r pido da popula o Ao final deste processo a popula o atinge um equil brio chamado de fase p s moderna ou de p s transi o com aproxima o dos coeficientes por m em n veis mais baixos Segundo os autores citados neste ponto da 25 evolu o demogr fica h estabilidade populacional com valores de fecundidade se aproximando dos valores de reposi o Observa se ent o um ganho na esp
107. e n o tem o que fazer devido patologia a idade ent o a gente fica querendo fazer algo mais mas n o vai surtir tanto efeito entendeu A fica ali s os pacientes mais antigos a gente tem uma afetividade e tal e a gente v os pacientes indo e n o pode fazer muita coisa entendeu C 08 A mesma colaboradora segue em seu discurso afirmando suas dificuldades em aceitar a terminalidade e a suposta decis o da n o interven o m dica invasiva 75 Assim bem marcante o que a gente tem aqui que s o os cuidados paliativos sem interven o m dica pacientes assim que n o tem mais o que investir Pacientes que n o vai investir que n o vai fazer procedimento invasivo pacientes que sofre e a eles s o internados na unidade de paliativos C 08 Segundo Silva e Caldas 2009 os profissionais da sa de devem reconhecer os limites da medicina e evitar a pr tica da distan sia caracterizada pelo excesso de tratamento assim como tratamento f til e in til Para as autoras citadas o cuidado est al m da elimina o da dor e do sofrimento Nesse sentido importante resgatar a bio tica como possibilidade de reflex o e de discuss o sobre como encontrar sentido no processo de envelhecer no questionamento da busca desenfreada do rejuvenescimento com base na apar ncia Ao atuar como mediadora das quest es morais a Bio tica surge como fonte de conhecimento t cnico para resolu o de equa es como a
108. ecto mesmo de acompanhar acompanhar uma dieta que a dieta n o ele que pega a gente que d s vezes s o os t cnicos que alimentam De ver tamb m como que os t cnicos est o cuidando desses idosos que tamb m importante a gente tem que ver como que t cuidando C 12 Segundo a depoente as tarefas administrativas dificultam o estabelecimento de uma rela o mais pr xima entre a enfermeira e a pessoa idosa Dificulta tamb m a supervis o do cuidado realizado pelos t cnicos em enfermagem e a realiza o de determinados procedimentos t cnicos como curativos e a alimenta o Cabe aqui refletir sobre o desempenho de fun es outras que na dizem respeito diretamente sobre o cuidado caracterizando assim um desvio de fun o Este por sua vez contribui para uma descaracteriza o do trabalho da enfermagem como agente de cuidado Destaca se que a preocupa o referida pela depoente deve se pouca supervis o da equipe de t cnicos em enfermagem e impossibilidade de realizar determinados procedimentos t cnicos N o passa pelo ide rio da depoente o emprego de tempo para o estabelecimento de uma rela o de cuidar individualizada com clareza e intersubjetiva ou seja intencional conforme relata Watson 20024 Por outro lado Watson 2002a relata a preponder ncia do como acontecem os atos da enfermagem sobre o qu feito como cerne da transpessoalidade do cuidado Mesmo em condi es adversas acr
109. edita se na possibilidade de uma rela o de cuidar aut ntica interessada e intersubjetiva que pode ser estabelecida durante a realiza o de procedimentos como banho de leito ou curativos por exemplo A melhoria no ambiente organizacional s tem ent o a acrescentar transpessoalidade do cuidado A rela o dos trabalhadores com o ambiente organizacional influencia certamente na forma como a rela o do cuidado estabelecida N o se pretende negar a import ncia e a necessidade da mobiliza o do coletivo de trabalhadores por melhores condi es de trabalho pelo contr rio entende se que esta uma luta necess ria e pertinente para a enfermagem que historicamente n o tem se posicionado diante das condi es adversas de trabalho 114 4 3 RELACIONADO OS ELEMENTOS DO PROCESSO DE CUIDADO DE JEAN WATSON COM AS NECESSIDADES DE CUIDADOS IDENTIFICADAS E OS CUIDADOS REALIZADOS No intuito de relacionar de forma clara as categorias apresentadas e discutidas ao longo deste estudo com o objeto e os objetivos propostos elaborou se a s ntese seguinte A an lise do cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada remeteu identifica o das demandas de cuidados por parte das pessoas idosas e descri o dos cuidados realizados Ao se olhar os resultados obtidos com a lente da Teoria do Cuidado Transpessoal pode se fazer uma associa o entre os pontos de aproxima o e afastamento entre os cuidados prestados
110. elas poss veis repercuss es negativas sobre a sa de sobre o estado psicol gico e emocional e qui concorrendo para o prolongamento da hospitaliza o O desfecho dessa hist ria pode ser a melhora do quadro cl nico e a alta hospitalar ou ent o a morte Em ambos os casos permanece o abandono Quando recebem alta a mesma fam lia que teve pressa em processar o internamento e deixar o idoso na unidade de interna o que pouco ou nunca visitou que n o acompanhou a evolu o do quadro cl nico permanece em cena Dessa vez postergando o retorno da pessoa idosa para o domic lio Muitas vezes a gente pede para o servi o social ligar para a fam lia que n o veio para buscar n o vai vir As vezes eles ficam bem chorosos a a gente chega eles falam o que ah meu filho que me deixou aqui e nunca mais veio me buscar C 08 Conforme relato acontece mesmo de ocorrer bito sem que os familiares retornem A a sequ ncia da vida a chega a morte Ent o chega a morte e voc fez tudo e ningu m nunca mais apareceu Ent o para mim dolorido isso Meu Deus Ser abandonado nunca mais ningu m aparece chegou a morte e ningu m nunca mais veio Ent o o idoso ficou sempre na du sempre naquela esperan a Um dia diz assim n o eu t s tomando um rem dio que vou para casa minha filha vem me buscar meu genro minha nora e nunca mais ningu m vem Ent o uma coisa assim que me deixa triste
111. em Porto Alegre Rio Grande do Sul constataram que 53 1 dos idosos entrevistados n o tinham companheiro havendo mais homens vivendo com companheiras do que mulheres com companheiros Outra caracter stica marcante entre os idosos brasileiros o baixo poder aquisitivo sendo as aposentadorias e pens es as principais fontes de renda No estudo citado 59 7 da amostra possu a renda mensal entre meio a um sal rio m nimo PEREIRA et al 2010 No tocante ao grau de instru o em 1996 66 dos indiv duos com mais de 60 anos tinham 30 menos de quatro anos de estudo sendo a situa o das mulheres pior do que a dos homens o que reflete a menor chance de frequentar escolas h algumas d cadas As migra es sobretudo dos jovens desfavorecem a situa o social dos idosos por afetar a configura o et ria da popula o remanescente e tamb m por enfraquecer o papel da fam lia como provedora de suporte aos idosos CHAIMOVICZ 1998 No que tange escolaridade a maioria dos idosos brasileiros n o sabe ler ou escrever No ano de 1991 existiam 44 2 de idosos analfabetos j no ano 2000 esse percentual passou para 35 2 No entanto a maioria dos que n o sabe ler ou escrever composta por mulheres fato que explica as desigualdades de acesso educa o nas primeiras d cadas do s culo passado PEREIRA CURIONI VERAS 2003 Este dado corroborado por Paskulin e Vianna 2007 em estudo realizado em Porto Alegre Rio Grand
112. em a terap utica e tudo o mais mas a medida de conforto C 10 O termo conforto traz consigo interpreta es relativas Varia conforme o sujeito que expressa senti lo na sua presen a ou a sua falta Pode significar controle de um quadro lgico e com isso se obter algum descanso ou liberdade de estresse f sico e mental No sentido denotativo expressa al vio de ang stia diminui o de sofrimento aus ncia de dor e preocupa o calma e instila o de esperan a Ainda sob um ponto de vista hol stico significa uma sensa o de paz e bem estar f sico social emocional e espiritual ELIOPOULOS 2011 Ao transpor o conceito de conforto para a enfermagem Mussi 2005 infere ser este uma meta do cuidado fazendo se presente em toda a hist ria da enfermagem No caso do cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada as a es cuidativas das enfermeiras devem produzir em ltima inst ncia conforto ideia essa que est em concord ncia com os resultados obtidos neste estudo Para Mussi 2005 o conforto um imperativo moral para a enfermagem sendo mesmo em alguns momentos tratado como um componente do constructo cuidado Nesse sentido o conforto deve ser tratado como um estado subjetivo implicando assim uma valoriza o das rela es dos profissionais com as pessoas hospitalizadas resgatando as dimens es humanas do cuidado A garantia do conforto um processo no qual s o necess rias reavalia es e reajus
113. em ao adentrar na institui o hospitalar sentido pelas diferen as com o ambiente dom stico Esta diferen a sinalizada pela enfermeira C 11 O idoso at mesmo pelo fato de estar institucionalizado porque um ambiente totalmente diferente da sua casa da sua rotina t comprometido C 11 Para essa enfermeira a mudan a brusca nos ambientes acarreta em um maior comprometimento do idoso N o obstante a mudan a de ambiente ocorre tamb m altera o nos ritmos pessoais com os quais a pessoa idosa estava familiarizada Beauvoir 1990 em sua obra cl ssica A Velhice discutindo as interfaces entre o envelhecimento e a biologia afirma que comum entre as pessoas idosas uma dificuldade de adapta o a situa es novas Tem mais facilidade de organizar coisas conhecidas com certa 88 resist ncia s mudan as por custarem lhes grande esfor o e falta lhes flexibilidade para abrir m o de h bitos adquiridos anteriormente No que se refere s unidades de interna o sejam elas individuais ou coletivas podem levar o idoso a se sentir isolado ou abandonado frequente o medo de ser esquecido ou mesmo de morrer sozinho falta de privacidade na execu o de procedimentos como banho de leito curativos ou mesmo durante a satisfa o de necessidades fisiol gicas higiene ntima cateterismo vesical lavagem intestinal e tricotomias MENEZES 2010 Sabendo se da exposi o for ada da pessoa idosa a esse ambi
114. enfermeiras que prestam cuidados a pessoas idosas em situa o de hospitaliza o prolongada no Centro Geri trico em estudo O termo popula o ou universo entendido como a totalidade de sujeitos que comp em o cen rio do estudo OLIVEIRA 2007 Os crit rios definidos para a inclus o no estudo foram trabalhar h pelo menos seis meses no Centro Geri trico e aceitar participar do estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE AP NDICE A 50 De um total de 20 enfermeiras 16 j trabalhavam no servi o h mais de seis meses e foram entrevistadas doze obedecendo se os pressupostos da Hist ria Oral e da An lise de Conte do no que se referem ao quantitativo de colaboradores em estudos com abordagem qualitativa Para Minayo 2008 Alberti 2005 e Haguette 2000 em Hist ria Oral a escolha dos entrevistados n o deve seguir crit rios quantitativos mas sim partir da posi o do sujeito no grupo social no qual est inserido e o significado da sua experi ncia Assim devem ser selecionados para a entrevista aqueles sujeitos que participaram viveram presenciaram ou se inteiraram de ocorr ncias ou situa es ligadas ao objeto em estudo Dessa forma podem fornecer depoimentos significativos Os sujeitos em hist ria oral e em pesquisa qualitativa devem ser tomados como unidade qualitativa e n o como unidade estat stica Entretanto infere se que o n mero de entrevistas realizadas deve ser suficien
115. ental e por conseguinte tamb m das pr ticas de promo o prote o ou recupera o da sa de AYRES 2004 Nas pr ticas de sa de o cuidado assume como import ncia o favorecimento do desenvolvimento de atitudes e espa os de genu no encontro intersubjetivo de exerc cio de uma sabedoria pr tica para a sa de apoiados na tecnologia mas sem deixar resumir se a ela a a o em sa de AYRES 2006 2 5 2 O cuidado de enfermagem s pessoas idosas hospitalizadas De forma global os cuidados de enfermagem voltados pessoa idosa devem cumprir o prop sito de n o s conduzi la sa de e a longevidade com qualidade de vida mas tamb m sua autonomia BERGER 1995 As a es de enfermagem podem e devem avan ar nos servi os em dire o a uma abordagem mais ampla onde os problemas patol gicos n o sejam considerados de forma descontextualizada do processo de envelhecimento ou ao contr rio sejam erroneamente tomados como pr prios da velhice sem que se tenha em conta outros aspectos da vida do idoso como as dimens es biol gica psicol gica social e cultural De acordo com Eiopoulos 2011 o papel do enfermeiro em rela o ao cuidado com o idoso hospitalizado fundamental Perpassa desde a acolhida no servi o a assist ncia ao longo do internamento e as orienta es para a alta Para esta autora no momento da acolhida que se abre um canal para a comunica o eficaz entre o enfermeiro e o idoso Nesse mome
116. ente as repercuss es identificadas nas falas foram a desorienta o no tempo a invas o da privacidade e as altera es de humor Os excertos seguintes ilustram essas constata es ali s qualquer paciente internado tem dificuldade na no o do tempo perde um pouco a no o de tempo C 01 A gente sabe que o hospital invade muito a privacidade entra muita gente ent o para o idoso muito mais dif cil ainda mais ele em uma enfermaria Porque j n o mais uma pessoa de outra idade tem um perfil bem diferente tem pessoas bem especiais C 05 Ent o assim t atento para essas altera es de humor S o pessoas que a gente sabe que com o passar do tempo a gente vai adquirindo mania que dif cil da gente t realmente convivendo e a s vezes j tem suas manias e a divide um quarto com mais outro paciente ent o s vezes dif cil Ent o quest o s vezes uma televis o de luz essas coisas Ent o assim t atento para essa quest o do humor n o C 11 Somado a isso segundo Martins e Nascimento 2005 est o fato de a hospitaliza o representar um momento de solid o pois eles est o na maior parte do dia sem os seus familiares Carvalhais e Sousa 2007 acrescentam que nessas circunst ncias as altera es no ritmo e contexto de vida inerentes s interna es hospitalares acabam por ter efeitos mais graves sobre a recupera o do idoso Dentre esses efeitos pode ocorrer o prolong
117. equisito parcial para a obten o do grau de mestre na linha de pesquisa O cuidar em enfermagem no processo de desenvolvimento humano Aprovada em 19 de dezembro de 2011 BANCA EXAMINADORA Maria do Ros rio de Menezes Rosto Me Lito Doutora em Enfermagem e professora da Universidade Federal da Bahia EEUFBA Alda Britto da Motta cStsts GIN da Att Doutora em Educa o e professora da Universidade Federal da Bahia FFCH j sh Therezinha Teixeira Vieira R iX A Doutora em Enfermagem e professora da Universidade Federal da Bahia EEUFBA lvaro Pereira Doutor em Enfermagem professor da Universidade Federal da Bahia EEUFBA Dedico este trabalho a todas as pessoas idosas que necessitadas e padecendo de males f sicos e sociais se colocam em nossas m os sedentas por cuidados AGRADECIMENTOS O caminho longo preciso chegar Ao fim preciso ter coragem correr os riscos enfrentar o perigo constante O caminho n o est feito preciso constru lo todos os dias arrancando espinhos derrubando barreiras aterrando vales s vezes o caminho solit rio preciso um amigo 8 Agrade o queles que estiveram comigo nesta jornada A Deus pela vida pela for a pela luz e pela capacidade de discernimento Aos meus familiares pai m e irm os e sobrinhos pelos incentivos e por acreditarem sempre em mim A Professora Maria do Ros rio pelas orienta es confian a incenti
118. er que enquanto ele estiver vivo ele tenha os ltimos momentos dele saud veis promover uma boa alimenta o se ele n o tiver condi o de acesso perif rico uma hipoderm clise para fazer com que ele receba a medica o Cuidados paliativos n o a gente deixar um paciente abandonado a gente deixar a assist ncia dele diferenciada dar uma boa qualidade a ele enquanto estiver vivo para que tenha uma morte tranquila C 09 De acordo com Pessini e Bertachini 2006 o termo paliativo adv m do latim pallium significando manto capote Etimologicamente essa palavra significa prover um manto para aqueles que passam frio visto que est o sem possibilidade de serem ajudados pela medicina curativa A ess ncia dos cuidados paliativos aliviar sintomas dor e sofrimento em pacientes 107 portadores de doen as cr nicas n o transmiss veis ou em fase final Os cuidados visam o ser em sua globalidade Conforme Medina et al 1994 e Pessini e Bertachini 2006 a filosofia dos cuidados paliativos se desenvolveu para dar resposta s necessidades das pessoas e seus familiares no processo da doen a terminal Tem como caracter sticas segundo os autores citados aus ncia de tratamento curativo em uma enfermidade avan ada e progressiva progn stico de vida limitado presen a de numerosos problemas f sicos emocionais sociais e espirituais falta de respostas ao tratamento espec fico presen a da morte como acontecimento pr x
119. eran a de vida aumento na popula o de mulheres e envelhecimento populacional Entre 1950 e 1980 o percentual de idosos com rela o popula o mundial se manteve em torno de 8 enquanto que em 2000 elevou se para 10 De acordo com estudos sobre tend ncias para o envelhecimento da popula o mundial estima se que esse percentual em 2030 seja igual a 16 6 e em 2050 21 4 da popula o mundial Neste ano a popula o de idosos superar a popula o de jovens CONSEJO NACIONAL DE POBLACI N 2010 Somente ap s este per odo devido redu o do ritmo de crescimento demogr fico mundial estima se que a popula o idosa alcance seu tamanho m ximo como uma popula o estimada de 9 bilh es de habitantes sendo cerca de dois bilh es idosos Isso equivale a dizer que no ano 2000 uma em cada dez pessoas no mundo era idosa j na metade do s culo XXI esta propor o passar de uma para cinco O grupo de idosos que mais cresce o de mais de 80 anos devendo alcan ar 400 milh es em 2050 n mero quatro vezes maior do que a atualidade CONSEJO NACIONAL DE POBLACI N 2010 A taxa de crescimento anual da popula o idosa gira em torno de 2 maior do que o conjunto da popula o Esta tend ncia esperada para os pr ximos 25 anos devendo alcan ar 2 8 entre 2025 e 2030 CONSEJO NACIONAL DE POBLACI N 2010 Os pa ses europeus e o Jap o s o os que apresentam maior percentual de pessoas com 60 anos ou mais Nesses pa
120. erem o seu trabalho reconhecido pelas pessoas idosas A esse respeito a enfermeira C 01 afirmou Eu adoro muito quando o paciente me chama pelo nome sabe quem eu sou tenta ter respeito n Eu acho importante ter essa rela o pr xima mesmo tem que ser pr xima C 01 Demonstra se assim que a rela o pr xima favorece um conhecimento m tuo sendo portanto um ponto a ser estimulado e fortalecido J a enfermeira C 02 afirmou que se sente gratificada devido ao fato de receber o carinho das pessoas idosas e por ter o seu trabalho reconhecido 73 a gente tem uma gratifica o imensa por isso porque voc recebe um carinho porque todo o nosso trabalho todo o nosso esfor o realmente reconhecido O m nimo que voc dar parece que o m ximo de afeto de sensibilidade O minuto que voc p ra para conversar j distrai aquela pessoa que t o tempo todo internada aqui no mesmo ambiente n o pode sair Ent o eu particularmente gosto muito muito de trabalhar aqui na Geriatria e trabalhar com idosos Ent o eu fico muito satisfeita de trabalhar aqui na Geriatria C 02 No que se refere ao reconhecimento do papel de cuidador adv m de uma intera o aut ntica interessada e de acesso ao campo fenomenol gico do outro ser como explica Watson 2002a Decorre ent o o reconhecimento por parte do utente diante da partilha do self das duas pessoas no momento real do cuidar A enfermeira C 03 manifestou gr
121. es que podem perdurar at a morte da pessoa idosa Seria esse cen rio uma nova Narayama Na Narayama da literatura as motiva es do abandono pelo familiar do idoso ao encontro da pr pria morte s o justificadas pela escassez de alimentos aliada forte tradi o religiosa e cultural Nos dias atuais o que justifica tal abandono Acredita se na hip tese da escassez de recursos na falta de suporte por parte do Estado na falta da implementa o das pol ticas p blicas espec ficas para o idoso sim Mas considera se tamb m a hip tese da desvaloriza o da pessoa idosa e da velhice e de que esta se constitui como um inc modo para a sua fam lia seja pelo disp ndio de cuidado seja pelas limita es e fragilidades impostas pelas Doen as Cr nicas n o Transmiss veis DCNT t o presentes neste grupo et rio De acordo com Queiroz 2010 as caracter sticas socioculturais da popula o idosa brasileira somada presen a de pessoas com alto grau de depend ncia para a realiza o das Atividades da Vida Di ria AVD s d o relevo quest o da sobrecarga dos cuidadores A presen a dessa sobrecarga constitui como um fator de risco para situa es de abusos neglig ncias e maus tratos A concep o de fam lia significa unidade apoio e cumplicidade No entanto parece haver uma invers o desses valores As pessoas idosas passaram a ser um fardo quando dependentes doentes fragilizadas e em condi es que inspiram mais cuidados
122. ferencia es entre as altera es pr prias do envelhecimento e as secund rias a processos patol gicos Senesc ncia ou senectude refere se a altera es org nicas morfol gicas e funcionais decorrentes do pr prio envelhecimento J senilidade refere se a modifica es determinadas pelas afec es que frequentemente acometem os idosos Na maioria das situa es dif cil distinguir entre o que patol gico e o que pr prio do envelhecimento CARVALHO FILHO 2006 Este processo de involu o n o impede entretanto que o idoso viva em atividade independ ncia e felicidade pois do ponto de vista ps quico uma fase de sabedoria e de compreens o plena do sentido da vida MORAES MORAES LIMA 2010 O envelhecimento pode assim ser um processo bem sucedido Os idosos precisam ser capazes de lidar com aspectos excludentes como o afastamento dos trabalhos mais importantes o mito do abalo da for a f sica e da perda de valor o mito do impedimento do desfrute de prazeres sensuais e o mito de que a velhice traz junto crescente ansiedade sobre a morte BUSSE 1992 33 Na velhice os indiv duos atingem um grau m ximo de compreens o da vida e da consci ncia do absoluto O sentido tico da exist ncia permite a supera o de preconceitos e maior participa o na evolu o das pessoas e nos grupos aos quais esteja ligado MORAES MORAES LIMA 2010 2 3 A hospitaliza o prolongada de pessoas idosas O contexto
123. fissional melhor ser o os cuidados prestados aos idosos L ZARO 1994 De acordo com Berger 1995 os cuidados de enfermagem em gerontologia se baseiam em uma filosofia humanista Nessa vis o o ser humano abordado como capaz de crescer continuamente a partir das rela es e intera es com os outros Conforme a autora citada o enfermeiro que cuida de idosos deve ser muito humano e aut ntico nas suas rela es de cuidado Assim o enfermeiro deve pautar os cuidados prestados aos idosos em aspectos biol gicos f sicos sociol gicos e psicol gicos 2 6 A Teoria do Cuidado Transpessoal As Teorias de Enfermagem ganharam corpo e foram mais enfatizadas a partir do s culo XX Surgiram da necessidade de se desenvolver um conhecimento de enfermagem que pudesse servir como referencial te rico para a pr tica A efic cia dos cuidados dispensados pela enfermagem aos clientes em pocas anteriores n o era documentada assim como os conhecimentos acerca dessa profiss o ALLIGOOD TOMEY 2002 Partindo da necessidade de se estabelecer uma base s lida e pr pria da ci ncia enfermagem foi dada nfase s teorias com o objetivo de fortalecer o conhecimento da profiss o e dedicar cuidados aos doentes como profissionais ALLIGOOD TOMEY 2002 p 03 As teorias na enfermagem surgiram em decorr ncia da investiga o cient fica Resultou portanto do avan o do aprendizado e do entendimento de que necess rio aliar investiga
124. grada o temida contradizendo o ideal da virilidade ou da feminilidade adotados pelos jovens e adultos Adv m dessa vis o negativa da velhice e do envelhecimento um desejo de distanciar se dela Transpondo o mesmo racioc nio para a an lise das falas das depoentes constata se a express o de um desejo de n o querer trabalhar com pessoas idosas caracterizando assim um comportamento gerontof bico tomando se por empr stimo o termo empregado por Menezes 2010 Entende se que este um posicionamento social e coletivamente constru do por uma cultura que desvaloriza a sabedoria e as possibilidades de constru o das pessoas idosas Frequentemente os idosos s o tratados como feios senis solit rios infelizes improdutivos conservadores ultrapassados ociosos ranzinzas e todos iguais MENEZES 2010 p 29 Para Mercadante e Berzins 2010 a discrimina o das pessoas idosas manifesta se sob diferentes formas na sociedade A faixa et ria em discuss o est no alvo da intoler ncia da n o aceita o da diferen a e da exclus o da vida social O pensamento generalizador sobre a velhice uma constru o cultural do pensamento e da a o Esse pensamento estabelece uma dicotomia entre os idosos com seus pensamentos e atributos do corpo e os jovens tamb m com seus pensamentos e atributos geralmente postos de forma antag nica aos idosos MERCADANTE BERZINS 2010 Os velhos carregam significados negativos evidenciados em
125. hospitalar guarda em si uma carga de fatores que favorecem a manifesta o de sensa es desagrad veis ao doente O grande n mero de pessoas circulando como os profissionais das diversas reas estudantes e familiares o barulho a planta f sica muitas vezes inadequada s condi es do ser idoso s o exemplos de fatores que podem favorecer o desconforto Florence Nightingale j defendia em seu best seller Notes on Nursing what is and what it is not a import ncia de um ambiente livre de condi es insalubres e portanto favor vel ao bem estar e recupera o do doente NIGHTINGALE 2010 Na vanguarda da concep o ampliada sobre sa de e doen a Nightingale j abordava ideias acerca da concep o de ambiente terap utico Para a autora citada fundamental a provis o de um ambiente onde se possa ter ar e gua puros limpeza e ilumina o adequada organiza o e funcionalidade em conson ncia com as capacidades e necessidades do doente permita a penetra o da luz solar o que favorece o aquecimento e a orienta o quanto ao per odo do dia controle de infec es barulho excessivo e interrup o do sono NIGHTINGALE 2010 De acordo com Waldow 2006 a hospitaliza o um evento que causa temor em determinadas pessoas N o obstante a amea a da doen a o sentir se doente promove uma separa o na rela o do sujeito com o mundo Nesse sentido no momento do cuidado tem se um ser que atravessa uma experi
126. humano Valdenir Almeida da Silva orientado pela Prof Dr Maria do Ros rio de Menezes Tem como Objeto de Pesquisa o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada como objetivo geral analisar o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e objetivos espec ficos identificar as necessidades de cuidados de enfermagem por pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e descrever o cuidado de enfermeiros a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Tem como possibilidades de risco o eventual constrangimento diante da exposi o de fatores ligados ao seu cotidiano profissional e tem como possibilidade de benef cios a melhoria da assist ncia de enfermagem aos pacientes idosos em situa o de internamento prolongado Voc poder sair deste estudo a qualquer momento caso decida Os as pesquisadores as e os participantes n o estar o recebendo remunera o para a realiza o do estudo Informamos ainda que a sua participa o ser mantida em sigilo e as informa es ser o usadas especificamente para a constru o da disserta o resultante deste projeto e para publica es de artigos cient ficos sem haver contudo divulga o de informa es que permitam a sua identifica o Os dados ser o arquivados por um per odo de cinco anos na institui o de origem da pesquisa Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia Antes de concordar em participar desta pesquis
127. ia capacidades e repleta de sentido dado que o envelhecimento n o doen a Assim as a es das redes de servi os devem estar voltadas para a preven o diagn stico tratamento e reabilita o das enfermidades MENEZES 2010 A transi o para a velhice descrita como causadora de altera es na estrutura psicol gica do sujeito podendo gerar conflitos medos e confus es em quem a vivencia Estas altera es ocorrem devido perda da seguran a dos h bitos conhecidos s mudan as f sicas e na apar ncia do corpo e tamb m devido ao modo preconceituoso como a sociedade enxerga a velhice PR TAT 1997 O envelhecimento uma etapa do desenvolvimento humano complexa e pluridimensional estudado pela Gerontologia geron velho e logia estudo que se ocupa do estudo dos determinantes biol gicos psicol gicos e sociais do processo de envelhecimento e do fen meno velhice em diferentes contextos hist ricos e s cio culturais respons vel pelo estudo cient fico do idoso de forma global SANTOS 2004 Envelhecimento intr nseco refere se s modifica es provocadas pelo processo normal de envelhecimento as quais s o geneticamente programadas e acontecem quase universalmente dentro da esp cie O envelhecimento extr nseco resulta das influ ncias externas pessoa como doen as polui o do ar e luz solar SMELTZER BARE 2008 A apreens o de conceitos como senesc ncia e senilidade ajudam a compreender as di
128. iar C 07 E assim segue a din mica do abandono narrada por uma das colaboradoras N s sabemos que aqui no hospital tem muitos idosos abandonados pela fam lia A quest o familiar s vezes muito forte s vezes a nora n o aceita o sogro o filho n o aceita a sogra ent o eles veem a quest o conjugal s vezes mais importante Se para ficar com o idoso em casa e perder esse elo conjugal prefere abandonar o idoso para n o perder o companheiro Ent o a quest o do abandono aqui muito s ria muito s ria C 10 A depoente explica que a g nese do abandono pode estar na n o aceita o da presen a da pessoa idosa pelo c njuge de um familiar Para realizar o internamento usam de artif cios como a mentira e a engana o E s vezes o que mais me marca aqui que o idoso enganado Isso me deixa triste O familiar diz assim ah voc vai ficar l no hospital l um hospital s para fazer um tratamento tomar um rem dio depois volta e nunca mais vem buscar uma coisa assim que me d i C 10 E assim segue o internamento sem que os familiares se fa am presentes e nem ao menos proporcionam o consolo de uma visita N o se pretende aqui generalizar o abandono para todas as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Existem familiares que se fazem presentes manifestando interesse 84 e preocupa o No entanto o desamparo familiar sobressaiu se como a situa o mais preocupante p
129. idado e conforto As colaboradoras falam que o cuidado deve proporcionar o conforto Para elas proporcionar o conforto mais importante por vezes do que a administra o de um medicamento ou a realiza o de um procedimento t cnico A gente tem que ter mais cuidado que d o m ximo de conforto porque eles t o precisando Acho que tem que pensar assim A equipe de enfermagem n o pode olhar para o idoso e dizer ah j viveu muito j e a o que vier lucro entendeu Acho que a gente t aqui para dar uma qualidade de vida e encarar dessa forma essa pessoa que viveu uma vida inteira com uma rotina e agora est o precisando da gente e a gente precisa dar esse cuidado C 05 Ah os cuidados s o muitos voc do dia a dia do amanhecer ao anoitecer chama cuidados cont nuos e s vezes medidas de conforto s vezes o idoso ele n o t querendo o rem dio a dor ele t querendo o conforto Ele t gritando ah mas eu dei rem dio para a dor ent o ele n o t querendo nenhum rem dio para a dor Ele t querendo conforto Ent o o nosso cuidado em idosos em hospitaliza o prolongada medida de conforto a posi o o movimento a dor a voc veja s um gemido voc colocou um travesseiro para ele j foi um conforto Ent o eu sempre digo Em hospitaliza o prolongada o que mais caracter stico a medida de conforto s vezes n o nem o medicamento O medicamento sim porque t
130. idosas em hospitaliza o prolongada gerando a a o das enfermeiras 17 5 a rotina de cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 6 o cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada como um atributo da equipe multiprofissional A quarta categoria refere se rela o das enfermeiras com as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Em seguida apresenta se a correla o estabelecida entre os elementos do processo de cuidado segundo Jean Watson com as necessidades de cuidados identificadas e os cuidados realizados Na continua o apresentam se as considera es finais Como elementos p s textuais apresentam se as refer ncias ap ndices contendo o cronograma Termo de Consentimento Livre e Esclarecido instrumento de coleta de dados carta convite s colaboradoras do estudo e o plano de an lise Como anexo o of cio de aprova o do protocolo da pesquisa pelo Comit de tica em Pesquisa 18 1 INTRODU O Esta disserta o tem como proposta contribuir para uma an lise acerca do cuidado de enfermagem que vem sendo prestado a pessoas idosas no contexto hospitalar em situa o de prolongamento da hospitaliza o O estado de doen a e a hospitaliza o representam para o idoso um momento de fragilidade ang stia medo L ZARO 1994 CARVALHAIS SOUSA 2007 inseguran a e depress o por tir lo do seu habitat e o expor a um ambiente extremamente tecnocrata e despersonalizado A submiss o a
131. im ao longo do processo investigativo h necessidade de teoriza o revis o cr tica do conhecimento produzido sobre o tema estabelecimento de categorias e conceitos e o emprego de t cnicas adequadas de an lise que sejam espec ficas e contextualizadas MINAYO 2008 3 2 L cus do estudo O estudo foi realizado em um Centro Geri trico no per odo de mar o a abril de 2011 O referido Centro Geri trico est inserido em um conjunto de obras sociais de car ter filantr pico conveniado com o Sistema nico de Sa de SUS localizado na cidade do Salvador Bahia que prestam servi os de sa de popula o nas mais diversas especialidades a pessoas de todas as faixas et rias em regime ambulatorial e de interna o hospitalar O referido Centro o nico dessa natureza no munic pio de Salvador Bahia que oferece ao mesmo tempo atendimento ambulatorial e interna o hospitalar para pacientes idosos graves e cr nicos E reconhecido pelo Minist rio da Sa de como refer ncia para o 49 atendimento geri trico No desenvolvimento das suas atividades visa garantir o atendimento ao idoso na sua integralidade estimulando a cidadania socializa o e qualidade de vida Est em funcionamento desde 1986 Possui 216 leitos assim distribu dos 16 leitos voltados para pacientes agudos 16 leitos para cuidados paliativos 40 para reabilita o 72 para moradia e 72 para pacientes cr nicos Conta com uma equipe multiprofissi
132. imo de forma expl cita ou n o impacto ou estresse emocional que afeta o enfermo familiares e cuidadores progn stico de vida inferior a seis meses Trata se de centrar a aten o nas necessidades reais da situa o pessoal do doente como conforto estima e autonomia e menos na presen a da morte O objetivo principal do processo de aten o em cuidados paliativos o conforto Outros aspectos como o afeto dos familiares dos amigos a rela o com pessoas e objetos apreciados a paz e a tranquilidade devem ser priorizados MEDINA et al 1994 No que concerne aos valores da Geriatria relacionados aos cuidados paliativos observa se que esses se coadunam Em ambos os campos o paciente est no centro dos cuidados h perspectiva de uma abordagem interdisciplinar hol stica a compreensiva englobando paciente e familiar como entidade nica PESSINI BERTACHINI 2006 Para Pessini e Bertachini 2006 oferecer cuidados paliativos com qualidade equivale a implementar a es que evitem o sofrimento f sico e espiritual al m da desmemorializa o e da perda do sentido comuns na fase final da vida 4 2 3 5 A rotina do cuidado de enfermeiras a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Sabendo se dos cuidados que as enfermeiras realizam tendo como foco as necessidades apresentadas pelas pessoas idosas e direcionadas fundamentalmente para os aspectos patol gicos torna se importante saber como os processos de cuidado acontecem no
133. imunidade celular Ocorre uma secre o diminu da de imunoglobulinas levando a uma resposta humoral deficiente Al m disso o timo involui com a idade acarretando redu o dos horm nios t micos e eleva o dos auto anticorpos RESNICK 2007 Um fator agravante dos quadros infecciosos nos idosos que os sintomas usualmente presentes nas infec es como calafrio febre leucocitose ou taquicardia podem estar ausentes ou reduzidos Entretanto devem ser pesquisados e valorizados sinais como altera o aguda na cogni o ou comportamento RESNICK 2007 As infec es nos idosos ganham elevadas propor es devido sua alta frequ ncia gravidade e mortalidade As infec es mais frequentes nesse grupo et rio s o as pneumonias infec es do trato urin rio infec es da pele e tecidos subcut neos e septicemia devido a infec o intra abdominal A pneumonia a principal causa de morte por infec es entre idosos sendo que sua incid ncia hospitalar tr s vezes maior em idosos do que em jovens MARINO SANTOS 1997 Com rela o necessidade de cuidado corporal as enfermeiras relataram que alguns idosos chegam ao servi o em estado de higiene prec ria e que algumas vezes os pr prios 104 idosos negligenciam esse cuidado Ent o enfatizam a necessidade de realizar o banho seja de aspers o ou no leito e a higiene da cavidade oral esta como uma medida tamb m para evitar infec o do trato respirat rio Des
134. inadequado ao idoso fr gil ou em situa o de fragilidade em hospitaliza o prolongada pode repercutir negativamente em sua 23 recupera o no tempo de perman ncia no hospital e em sua qualidade de vida decidiu se realizar este estudo que traz como objeto o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Como quest o norteadora pensou se Como se d o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Tem como objetivo geral Analisar o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e objetivos espec ficos identificar as necessidades de cuidados de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e descrever o cuidado de enfermeiras a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Espera se com este estudo contribuir para uma melhoria na qualidade dos cuidados dispensados pela enfermagem a pessoas idosas em situa o de hospitaliza o prolongada e s demais pessoas idosas hospitalizadas Sabe se que este grupo populacional um grande consumidor dos servi os de sa de com internamentos mais demorados recupera o mais lenta s vezes fora de possibilidades terap uticas e necessidades advindas da pr pria senesc ncia e de processos patol gicos agudos e cr nicos Assim a enfermagem precisa ser capaz de implementar esses cuidados diferenciados e entende se que uma forma de atingir esse patamar atrav s da reflex o sobre a pr tica articular
135. iza o prolongada e de patologias As necessidades de cuidados identificadas foram relacionadas com a comunica o a observa o do estado de humor com o est mulo manuten o da capacidade de autocuidar se adequa o do ambiente f sico ao conforto com a alimenta o com a pele com a oxigena o com a hidrata o com a mobilidade com a higiene e com a elimina o Os cuidados implementados pelas enfermeiras est o em conson ncia com as necessidades identificadas por m revelam se essencialmente t cnicos atrav s da repeti o de procedimentos e rituais Exp e se assim uma lacuna entre o que dizem entender por cuidado e o que cuidado que efetivamente p em em pr tica Tal ideia refor ada pela descri o da rotina das enfermeiras centrada na repeti o de tarefas administrativas e no consequente distanciamento destas com as pessoas idosas conforme relatado Destaca se tamb m os ind cios de neglig ncia no cuidado de perda da estranheza diante de ocorr ncias adversas e do afastamento de uma postura profissional a partir da conviv ncia com a pessoa idosa em hospitaliza o prolongada Nesse sentido a tica da Teoria do Cuidado Transpessoal foi de grande valia pois a partir das suas premissas e pressupostos foi poss vel enxergar o cuidado sob um ponto de vista human stico eminentemente relacional e que se expressa na forma como a enfermeira interage com a pessoa idosa Assim se destacam as potencialidades
136. lica e solteira graduada h dois anos por uma universidade p blica localizada na cidade do Recife Pernambuco onde cursou disciplina sobre Sa de do Idoso trabalha no servi o em quest o h um ano p s graduada na modalidade latu sensu em Terapia Intensiva e n o possui p s gradua o latu sensu em Geriatria e Gerontologia Declarou que n o admitia enquanto estudante a possibilidade de trabalhar com pessoas idosas devido a experi ncias negativas ao longo da gradua o Ap s contato inicial e o convite para participar do estudo a entrevista s foi realizada ap s o quarto agendamento devido s atividades laborais da colaboradora O depoimento foi coletado em um refeit rio com dura o de seis minutos Respondeu aos questionamentos de forma direta e sucinta COLABORADORA N MERO 07 C 07 A s tima entrevista foi realizada com uma colaboradora de 24 anos de idade que se declarou cat lica solteira graduada h oito meses por uma organiza o de natureza privada localizada na cidade do Salvador Bahia passando a trabalhar como enfermeira no local de realiza o deste estudo desde ent o Atuou por um per odo de um ano como estagi ria antes da contrata o N o possui p s gradua o latu sensu em Geriatria e Gerontologia e est cursando p s gradua o latu sensu em Terapia Intensiva e Emerg ncia A colaboradora mostrou se dispon vel para participar da pesquisa sendo a entrevista realizada no me
137. linar espec fico BRASIL 2006 37 A PNSI oferece subs dios ao setor sa de para que promova aten o integral pessoa idosa e quelas em processo de envelhecimento em conson ncia com a Lei Org nica da Sa de Lei n 8080 90 e a Lei n 8842 94 Pol tica Nacional do Idoso A PNSI aborda que no mbito hospitalar a assist ncia ao idoso n o deve considerar a idade visto que a idade um indicador prec rio na determina o das caracter sticas dos idosos hospitalizados Desse modo deve se utilizar a capacidade funcional como par metro para defini o das necessidades de cuidados Os idosos totalmente dependentes s o mais suscept veis a interna es prolongadas reinterna es sucessivas e de pior progn stico tornando se mais vulner veis Este fato requer dos servi os de sa de uma assist ncia diferenciada Entretanto entende se que para a dispensa o de cuidados diferenciados necess ria a forma o de recursos humanos na rea da geriatria e gerontologia BRASIL 2006 O Estatuto do Idoso foi aprovado pelo Congresso Nacional em 2003 BRASIL 2003 O documento re ne em um nico texto legal muitas leis e pol ticas j aprovadas Al m disso incorpora novos elementos e enfoques medida que visam proporcionar bem estar aos idosos O referido estatuto proporciona uma dupla condi o em termos de direitos sociais Representa igualdade e diferencia o no intuito de promover a igualdade substantiva vinculad
138. m trabalho de confian a como exposto pela colaboradora significa mais empenho na presta o de um cuidado individualizado Para a colaboradora C 05 importante que o profissional fa a o movimento de transcend ncia do seu papel e imagine se no outro lado da situa o Apesar de a velhice ser por vezes temida e caricaturizada n o se deseja geralmente morrer para n o alcan la Logo fundamental que o cuidado seja prestado com o mesmo empenho e qualidade que o profissional gostaria de receber se estivesse do outro lado 94 Acho que todo mundo quer chegar l e s vezes quando a gente t cuidando n o se v nessa situa o Ent o precisa muito mais sensibilidade para lidar com esse p blico colocar no lugar enfim C 05 E assim as pessoas precisam amadurecer no respeito realmente pelo idoso Acho que se as pessoas respeitarem mais entendeu porque assim voc respeitando voc acaba tendo essa conscientiza o do cuidado diferente do olhar diferente para as coisas Ent o tudo isso implica na sua conduta na enfermagem no seu dia a dia C 11 Ressalta se que se imaginar no lugar do outro tamb m favorece uma rela o de respeito e compreens o Em s ntese segundo a concep o das enfermeiras entrevistadas sobre o cuidado que prestam a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada s o requisitos fundamentais a paci ncia o gostar o respeito a sensibilidade e o conhecimento aprofundado acerca da pessoa
139. magem pela Universidade Federal da Bahia que traz como t tulo O CUIDADO DE ENFERMAGEM A PESSOAS IDOSAS EM HOSPITALIZA O PROLONGADA que tem como objetivo geral analisar o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e como objetivos espec ficos identificar as necessidades de cuidados de enfermagem por pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e descrever o cuidado de enfermeiros a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Para tanto solicito assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ap s leitura e reflex o Sua participa o contribuir com dados e informa es para a constru o de novas formas de cuidar para a constru o de estrat gias na rea da Gerontologia e pol ticas p blicas para os idosos Certo de contar com a vossa colabora o subscrevo me Salvador Bahia 2011 Valdenir Almeida da Silva Mestrando em Enfermagem UFBA 134 AP NDICE D Plano de an lise PR AN LISE CONSTITUI O DO CORPUS 12 entrevistas representativas do grupo de enfermeiras EXPLORA O DO MATERIAL CODIFICA O Unidades de significa o segundo o crit rio sem ntico TRATAMENTO DOS RESULTADOS E INTERPRETA O CATEGORIZA O INFER NCIA INTERPRETA O O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada luz da Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson 135 GERE E l GEES RE cg a fo nl eaa a aa
140. me salienta Alberti 2005 Para Minayo 2008 o roteiro equivale a uma lista de temas elaborados de modo a dar conta dos indicadores da pesquisa qualitativa Deve servir como um guia para a entrevista sendo que seu conte do precisa fazer parte do delineamento do objeto possibilitar o aprofundamento da comunica o e contribuir para a emers o do ju zo das relev ncias e da vis o do objeto a partir do entrevistado devendo desdobrar os pontos essenciais de modo a contemplar as informa es esperadas Al m disso deve ser flex vel ao ponto de permitir a absor o de novos temas e quest es trazidas pelo entrevistado MINAYO 2008 Durante a entrevista importante trilhar no sentido de um di logo informal e sincero que permite cumplicidade entre entrevistado e entrevistador Deve ser evitada postura de teste do entrevistado pois o que se deseja o relato do vivido e a opini o sobre o objeto em estudo ALBERTI 2005 Ap s aprova o do protocolo da pesquisa pelo Comit de tica em Pesquisa CEP e libera o pela coordena o do servi o para o in cio da coleta dos dados procedeu se da seguinte forma estabelecimento de contato inicial com as colaboradoras com tempo de trabalho superior a seis meses e entrega de uma Carta Convite Ap ndice C explicando os objetivos da pesquisa e convidando a participar do estudo agendamento da entrevista conforme disponibilidade da colaboradora e do pesquisador realiza o da entrevista
141. n sia caracterizada pelo prolongamento artificial da vida sem perspectiva de revers o e ocasionando mais dor e sofrimento ao idoso e sua fam lia prescri es e interven es f teis ou sem comprova o cient fica e o excesso de interven es reabilitadoras tamb m se constitui como pr ticas tatrog nicas MORAES MARINO SANTOS 2010 Alguns idosos possuem trauma com rela o hospitaliza o Esses traumas podem ter sido originados de experi ncias pr prias de interna es ou mesmo da perda de familiares ou amigos pr ximos Neste nterim podem ter se submetidos a experi ncias dolorosas por meio de procedimentos invasivos imobilidade prolongada dificuldade de mobiliza o frio 35 interrup o de sono les es de pele infec es perda da autonomia cuidados prestados de forma impessoal e desrespeitos sua condi o de idoso MENEZES 2010 Quando e por que necess ria a hospitaliza o de idosos Quando h problemas agudos de doen as com risco iminente de morte sendo necess ria a estabiliza o Outro aspecto a ser discutido refere se medicaliza o do corpo afastando os doentes dos familiares atrav s do internamento a falta de estrutura familiar e social para manter os idosos em situa o de doen a em cuidados domiciliares A literatura mostra que a popula o idosa tem menos doen as graves e menor taxa de mortalidade em decorr ncia destas do que a popula o de menos idade No entanto uma
142. nada perman ncia prolongada no leito e imobilidade estado de higiene corporal prec ria desconforto relacionado inadequa o do leito algumas vezes muito alto ou baixo com molas ou estrados danificados inadequa o da ilumina o e do piso levando a riscos de queda Al m do sofrimento da sensa o desagrad vel da fragilidade da exposi o a diversos fatores de risco e da inseguran a ocasionados pela hospitaliza o e pela doen a essas pessoas necessitam ao longo da interna o de cuidados por parte de um conjunto de profissionais de 19 sa de a fim de garantir uma aten o global L ZARO 1994 CARVALHAIS SOUSA 2007 O ambiente terap utico considerado um fator significante para a recupera o e manuten o da sa de Florence Nightingale j falava da import ncia da ventila o da gua da higiene da ilumina o do controle das infec es e do sil ncio no ambiente em que se encontram as pessoas enfermas NIGHTINGALE 2010 Nesse sentido cabe refletir sobre a import ncia do ambiente hospitalar para a recupera o dos pacientes Ser que o ambiente hospitalar tem favorecido o bem estar e o conforto dos doentes Ser que ele favorece realmente a recupera o Os profissionais que atuam nesses ambientes s o capazes de identificar os riscos a que os idosos est o expostos de modo a minimiz los O enfermeiro ao cuidar do idoso hospitalizado deve estar atento a uma s rie de altera es p
143. nas o tempo necess rio Isso sugere que as pessoas idosas referidas podem dispor de condi es piores fora do ambiente hospitalar Dentre essas condi es pode se pensar nos maus tratos nas priva es na car ncia afetiva e at na acessibilidade prec ria aos servi os de sa de e aos servi os em geral Por outro lado veio tona tamb m uma faceta contr ria ao que foi exposto concernente rela o das enfermeiras com as pessoas idosas Para uma das depoentes h um distanciamento entre enfermeira e pessoas idosas devido necessidade de realiza o de tarefas administrativas e ao quantitativo elevado de pessoas hospitalizadas Eu acho que aqui a gente interage pouco Acho que a gente interage pouco Porque na verdade assim acho que a gente tem muita atividade administrativa Acho 113 que a gente fica assim muito tempo nas atividades administrativas mesmo que n o ruim porque isso faz parte da ger ncia de enfermagem mas aqui s o 72 idosos S o nove enfermarias cada uma com oito leitos Ent o s o muitos idosos e muitas vezes a gente n o tem tempo de acompanhar digamos assim durante o dia eu n o posso ver todas as feridas eu n o posso fazer todos os curativos porque s o muitos e a eu tenho outras coisas aqui para fazer Eu tenho exames para encaminhar eu tenho pend ncias para cobrar daqui do setor devido s atividades que a gente tem aqui acaba se distanciando um pouco mais dos idosos no asp
144. ndo que compartilham e projetam AYRES 2006 Para Heidegger segundo interpreta es de Ayres 2007 cuidado uma esp cie de curadoria que as pessoas est o sempre exercendo sobre si e seu mundo como resultado da autocompreens o e da a o transformadora constitutivas do ser a O cuidado efetivo enquanto pr tica de sa de que se preocupa com o projeto de felicidade permite permear pelo xito t cnico a fim de atingir o sucesso pr tico Deve haver permeabilidade da racionalidade t cnica O autor alerta no entanto para o risco de se desvalorizar a t cnica como sa da para o cuidado medida que a permeabilidade ocorre atinge se o sucesso pr tico que deve nortear a negocia o de projetos de felicidade Esse projeto por sua vez justifica e realiza o cuidado 40 No encontro terap utico entre profissional e o ser cuidado defendida a ideia do privil gio da dimens o dial gica isto a abertura de um aut ntico interesse em ouvir o sujeito e ser por ele ouvido N o se trata apenas da escuta mas da procura da ontologia do que se busca escutar O cuidado passa pelos aspectos da responsabilidade e da identidade o que implica em um compromisso moral de fugir comodidade t cnica e travar um di logo efetivo AYRES 2007 No mbito das pr ticas de sa de o cuidado entendido como uma designa o de uma aten o sa de imediatamente interessada no sentido existencial da experi ncia do adoecimento f sico ou m
145. no local escolhido pela colaboradora observando a necessidade de privacidade e o m nimo de interfer ncias externas como barulhos e a presen a de outras pessoas N o houve recusa em participar do estudo Todas as entrevistas foram gravadas em um aparelho gravador de voz port til marca Powerpack modelo DVR 2920 ap s esclarecimento de d vidas e o consentimento das colaboradoras expresso atrav s da assinatura do TCLE Ap s a realiza o de cada entrevista o pesquisador procedeu transcri o integral e a confer ncia das falas 3 5 An lise dos depoimentos De posse do material proveniente das entrevistas elaborou se um plano de an lise Ap ndice D em conson ncia com a t cnica de an lise de conte do de Bardin mediante os 53 tr s p los preconizados pr an lise explora o do material e o tratamento dos resultados infer ncia e interpreta o BARDIN 2009 Conforme Bardin 2009 a an lise de conte do corresponde a um grupo de t cnicas de an lise das comunica es por meio de procedimentos sistem ticos e objetivos de descri o dos conte dos das mensagens com a finalidade de se obter indicadores que favore am a infer ncia de conhecimentos a partir do conte do das mensagens A an lise de conte do comporta segundo Minayo 2008 a descoberta dos n cleos de sentido que a partir da presen a ou da repeti o expressem algo para o conte do anal tico Na fase de pr an lise que equivale
146. normas r gidas do servi o a separa o de objetos pessoais como culos pr teses dent ria e auditiva exposi o a procedimentos diagn sticos e terap uticos muitas vezes agressivos como pun es sondagens enemas e o uso de dietas especiais ocastonam sensa es desagrad veis s quais o idoso n o estava acostumado no seu cotidiano L ZARO 1994 RUIP REZ LLORENTE 2002 Somado a esses fatores acrescenta se o fato de a hospitaliza o representar um momento de solid o pois os idosos est o na maior parte do dia sem os seus familiares MARTINS NASCIMENTO 2005 No contexto hospitalar as altera es no ritmo e h bitos de vida geradas pela interna o acabam por ter efeitos mais graves sobre a recupera o da sa de A hospitaliza o por si s j um fator de risco para a qualidade de vida dos idosos dada as peculiaridades do envelhecimento s condi es de fragilidade e as pluripatologias associadas Nesse sentido pode ocorrer o prolongamento da interna o hospitalar CARVALHAIS SOUSA 2007 com a sobreposi o de fatores de riscos para complica es Dentre esses fatores apresentam se a exposi o a elementos que prejudicam a integridade da pele podendo advir lceras por press o UP infec o do trato respirat rio urin rio e cut neas mais frequentemente como tamb m o desenvolvimento da s ndrome confusional aguda altera es no padr o do sono decl nio da capacidade funcional relacio
147. nte do profissional forem substitu das por uma pr tica transformadora que valorize o envelhecimento e que assim possa ressoar na sociedade como um todo Retomando a discuss o sobre o aperfei oamento profissional e sua rela o com a geriatria gerontologia constata se nas falas seguintes que h prefer ncia por uma rea de atua o onde h a presen a marcante das tecnologias duras de procedimentos invasivos e caracterizada pela alta complexidade como as Unidades de Terapia Intensiva UTD Essa ideia se fortalece ao se constatar que h predomin ncia de enfermeiras no grupo em estudo p s graduadas na modalidade latu sensu em terapia intensiva e emerg ncia e nenhuma p s graduada em geriatria gerontologia a nica coisa que eu n o queria na vida era justamente a geriatria era trabalhar com essa rea Sempre queria UTI porque na poca eu fiz um est gio no asilo e eu n o gostei achei que n o foi proveitoso na poca de faculdade C 06 Outro ponto que emerge na fala acima e nas seguintes a falta de interesse pela geriatria devido s experi ncias negativas enquanto graduandas e mesmo um sentimento de incapacidade para lidar com pessoas de idade avan ada No in cio quando fui chamada n o queria Meu est gio na faculdade tinha sido muito ruim detestava E quando fui chamada fiquei um pouco receosa C 09 Quando eu entrei estava no s timo semestre e eu assim n o queria uma rea n o queria um
148. ntes de cuidado Houve destaque para os t cnicos em enfermagem fisioterapeutas fonoaudi logos e terapeutas ocupacionais al m dos enfermeiros e m dicos N o houve refer ncia entretanto participa o de outras categorias profissionais como a psicologia a nutri o e a odontologia E tamb m entra a a parte da equipe multi Entra a a parte da fisioterapia fonoaudi loga n o s o cuidado de enfermagem Entra todas as outras reas C 01 E tem a terapeuta ocupacional tamb m que ela faz um timo trabalho na reabilita o C 01 Com rela o ao atendimento multiprofissional est posto na PNSI a import ncia de um atendimento multiprofissional e interdisciplinar como possibilidade de redu o de vulnerabilidades preven o de perdas manuten o e recupera o da capacidade funcional e controle de fatores que interferem no estado de sa de BRASIL 2006 Motta Caldas e Assis 2008 refor am a import ncia da interdisciplinaridade no processo de produ o do conhecimento em gerontologia Para as autoras citadas necess ria integra o de m ltiplos aspectos para uma melhor compreens o do envelhecimento A import ncia da equipe multiprofissional para o cuidado pessoa idosa foi salientada pelas enfermeiras neste estudo No entanto as nutricionistas n o foram citadas assim como tamb m n o houve refer ncia aos odont logos e psic logos todos eles com fun es importantes no cuidado s pessoa
149. nto a partir da escuta pode se identificar as necessidades espec ficas as emo es presentes os problemas e subs dios para a elabora o de um plano de cuidados A linguagem n o verbal tamb m um item importante a ser valorizado Al m disso mostrar se dispon vel olhar o outro adotar posturas e posi es adequadas tamb m favorece uma boa intera o Dentre as atitudes requeridas do enfermeiro em geriatria destaca se a atitude espont nea ou induzida pelo profissional a fim de proporcionar uma informa o clara que 41 permita uma boa comunica o atitude multidisciplinar de modo a tornar o cuidado mais global atitude de respeito considerando o idoso acima de tudo como um ser humano descobrindo suas capacidades e crendo na sua boa vontade evitando julgamentos sendo entusiasta e respeitando a intimidade atitude sens vel o que n o impede de ser en rgico quando necess rio cuidar da imagem do tom de voz e ter habilidade na escuta L ZARO 1994 Uma base de conhecimentos em geriatria e gerontologia ajuda o enfermeiro na identifica o e solu o de problemas que possam surgir diante do idoso em hospitaliza o prolongada No cerne desses conhecimentos est inclusa a capacidade de an lise dos sinais e sintomas presentes favorecendo a presta o de cuidados mais personalizados bem como a habilidade em decifrar mensagens verbais e n o verbais Quanto maior o conhecimento e a toler ncia por parte da equipe pro
150. ntos normais do envelhecimento Esses problemas podem ser fonte de medos e ansiedade Diante disso ao abordar o assunto importante a demonstra o de sensibilidade aceita o e compreens o Outro ponto a ser valorizado o respeito privacidade adotando se uma postura de cuidado no sentido de evitar a exposi o da pessoa idosa diante de terceiros ELIOPOULOS 2011 No que tange necessidade de oxigena o relatam que alguns idosos apresentam infec o do trato respirat rio e por isso h a necessidade de aspira o das secre es de vias a reas e observar o padr o respirat rio Como medida de preven o dessa complica o as depoentes indicam a necessidade da manuten o da higiene da cavidade oral e de evitar bronco aspira o auxiliando na alimenta o ou mesmo ofertando a dieta atentar para aspirar para t observando o padr o respirat rio desse paciente para n o ficar assim um paciente abandonado C 09 Os idosos tendem a ter infec es bacterianas virais e f ngicas mais frequentes e graves devido aos processos patol gicos s altera es nos sistemas org nicos bem como s altera es funcionais e estruturais RESNICK 2007 CARVALHO FILHO 2006 Com a idade a fun o imunol gica declina e paralelamente ao decl nio das outras fun es org nicas h predisposi o do idoso contra o de infec es As fun es das c lulas Te B de defesa declinam produzindo efeitos sobre a
151. o necessidade de nutri o elas explicam a forma como est afetada nos idosos e a partir da descrevem o cuidado que prestam A partir dos depoimentos essa necessidade est afetada nas pessoas idosas que apresentam altera es no n vel de consci ncia como nas dem ncias nos deprimidos nos que apresentam disfagia dificuldade de mastiga o aus ncia total ou parcial dos dentes ou desajuste de pr tese dent ria Nos casos citados referem como cuidados a observa o da aceita o da dieta o apetite a degluti o e a presen a de tosse ao deglutir estimulam a aceita o e oferecem a dieta elevam o dec bito no momento de alimentar ou alimentam atrav s de sonda enteral aqueles incapacitados de deglutir Justificam esses cuidados afirmando que o aporte nutricional abaixo das necessidades corporais pode levar ao emagrecimento fraqueza restri o no leito e possibilidade de desenvolvimento de lceras por press o Refere se tamb m ao risco de engasgo e broncoaspira o a quest o da dieta que muitos t m dem ncia a entra com depress o a j n o tem uma boa aceita o da dieta a tem que observar isso C 01 n o podem comer sozinhos ent o a gente tem que ajudar C 02 99 ent o tem que come ar a observar tem que ter mais cuidado nessa quest o como eu disse desde a aceita o da dieta se ele t aceitando porque ele come a a se deprimir a n o tem uma boa aceit
152. o mbito da pesquisa qualitativa Thompson 2002 considera que a hist ria oral um instrumento poderoso para que os sujeitos compreendam seu contexto social associando o sua experi ncia interpretando o e dando lhe sentido Esse autor afirma que atrav s dessa t cnica poss vel ter acesso a experi ncias n o documentadas a aspectos da viv ncia que n o s o registrados e evidenciar significados subjetivos Conforme Minayo 2008 a hist ria oral valoriza a forma como as pessoas vivenciam os acontecimentos do seu tempo formando uma totalidade coerente e enraizada na experi ncia social real De acordo com Alberti 2005 a hist ria oral pode ser empregada em diversas disciplinas dentre elas as que utilizam m todos qualitativos Pode ser definida como m todo de investiga o fonte de pesquisa ou como t cnica de gera o e an lise de depoimentos HAGUETTE 2000 Assim caracteriza se como um m todo de pesquisa que privilegia a realiza o de entrevistas com pessoas que participaram ou testemunharam acontecimentos conjunturas vis es de mundo e dessa forma podem aproximar se do objeto em estudo ALBERTI 2005 A hist ria oral pode ser empregada para o estudo de acontecimentos hist ricos institui es grupos sociais categorias profissionais movimentos e conjunturas com base em depoimentos de pessoas que deles participaram ou testemunharam Apresenta como peculiaridade a possibilidade de recuperar o vivido conforme con
153. o da velhice pressup e uma atitude paternalista e esta atitude est na contram o do entendimento sobre cuidado apresentado por Watson 2002a a qual enfatiza a rever ncia pela pessoa e pela vida humana a autonomia e a liberdade de escolha Segundo Berger 1995 a infantiliza o da velhice uma atitude discriminat ria e se constitui como um atentado integridade da outra pessoa Infantilizar uma pessoa idosa significa diminu la desvaloriz la e despoj la de sua integridade A infantiliza o manifesta se atrav s da linguagem utilizada da simplifica o de atividades sociais e recreativas que n o respondem s necessidades das pessoas idosas Essas atitudes impedem o reconhecimento das capacidades reais o potencial a for a de recupera o o valor do ju zo cr tico bem como a pr pria avalia o de vida pelos idosos BERGER 1995 4 2 2 4 Sofrendo as repercuss es da hospitaliza o prolongada Na sequ ncia do entendimento dos pontos que elucidam o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada emergiu as repercuss es de tal hospitaliza o Conhecendo se as enfermeiras conhecendo se as pessoas idosas e as mazelas sociais a que s o submetidas pretende se indicar algumas repercuss es que estes poder o sofrer no contato com o ambiente hospitalar Nesse ambiente que se diz terap utico n o se observa apenas benef cios sobre as pessoas idosas O primeiro impacto que as pessoas idosas sofr
154. o definidas pela National Pressure Ulcer Advisory Panel NPUAP como uma rea de inj ria localizada na pele ou latente no tecido usualmente sobre uma rea de proemin ncia ssea como resultado de press o ou press o em combina o com fric o e tra o ou cisalhamento NPUAP 2007 Smeltzer e Bare 2008 acrescentam que os capilares sofrem enfartamento e colabamento quando submetidos a uma press o maior do que a normal de fechamento que de 32 mmHg No caso dos pacientes cr ticos acrescentam essas autoras a press o de fechamento menor e a despeito de outros fatores de risco est o mais expostos ao desenvolvimento de UP A popula o idosa est em maior risco para o desenvolvimento de UP Com o processo de envelhecimento os tecidos conectivos alteram se em quantidade e qualidade As altera es no col geno conduzem rigidez dos tecidos e maior dificuldade de difus o dos nutrientes dos capilares para as c lulas e dos metab litos das c lulas para os capilares o que ocasiona deteriora o progressiva da fun o celular Os tecidos tornam se menos el sticos devido a altera es na composi o e formato das c lulas e das fibras el sticas RESNICK 2007 CARVALHO FILHO 2006 Esse risco aumenta quando o idoso est im vel ou paralisado NEWMAN SMITH 1994 Da a import ncia de se implementar cuidados como a hidrata o da pele massagens com cremes e de se ter aten o s primeiras queixas de desconforto das pessoa
155. o por umidade Avalia o da evolu o das feridas Manuten o da integridade da pele Oxigena o Aspirar secre es de vias a reas Hidrata o Observar e estimular a ingesta h drica Evitar infec o do trato urin rio Hipodem clise 116 Mudan a de dec bito sistem tica Manipula o com paci ncia Retirar do leito e por sentado na cadeira Aplicar luva de boxe nas m os para evitar a retirada de dispositivos Atividade inatividade Banho TREN Higiene oral Monitoramento da Elimina o elimina o urin ria e intestinal Fonte Pesquisa O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Embora n o haja uma orienta o expl cita sobre a forma de aplica o da Teoria do Cuidado Transpessoal nota se que houve uma rela o entre alguns elementos do processo de cuidado de Watson 2008 e os cuidados implementados pelas enfermeiras neste estudo Os pressupostos da teoria de Watson fortalecem mais a integra o de valores humanos positivos que se expressam no ser com o outro e nas atitudes adotadas na ocasi o real do cuidado Como j foi discutido anteriormente o cuidado prestado pelas enfermeiras est ancorado nas necessidades apresentadas pelas pessoas idosas Muitas dessas necessidades est o diretamente relacionadas com os aspectos afetados pela doen a somada a altera es org nicas provenientes do envelhecimento Nota se
156. ociais econ micas e do dinamismo entre os eventos vitais como a fecundidade natalidade e mortalidade Desse dinamismo resultou o incremento na popula o de idosos no mundo e no Brasil onde este grupo j representa 11 3 do total de habitantes IBGE 2010 21 O crescimento demogr fico da popula o idosa somada mudan a no perfil epidemiol gico com maior preval ncia de doen as cr nicas n o transmiss veis acarretam profundas repercuss es nos servi os de sa de sobretudo pelo impacto nas despesas com tratamentos m dico e hospitalar O idoso consome mais servi os de sa de as interna es s o mais frequentes e o tempo de ocupa o do leito maior do que o de outras faixas et rias Em geral as doen as dos idosos s o cr nicas e m ltiplas perduram por v rios anos e exigem acompanhamento permanente da equipe multiprofissional al m de interven es cont nuas IBGE 2009a Para al m das repercuss es do envelhecimento populacional nos servi os de sa de procura se destacar a responsabilidade da enfermagem no cuidado s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Entende se que seja um imperativo a presta o de um cuidado com foco human stico individualizado e que considere a pessoa idosa em suas dimens es subjetivas As pessoas idosas cada vez mais numerosas nos servi os de sa de com suas caracter sticas pr prias no que tange aos aspectos biol gicos social e psicol gico requerem dos
157. om o idoso al m de voc gostar claro tem que ter primeiro muita paci ncia porque um paciente muito solicitante C01 Para a enfermeira C 01 o ponto de partida gostar de trabalhar com pessoas idosas Na concep o da enfermeira C 11 o gostar leva a um olhar diferenciado e a um maior comprometimento com o trabalho O olhar diferenciado passa pelo gostar mas tamb m se ampara no conhecimento cient fico sobre o envelhecimento Conhecimento este que pode servir como base para a implementa o de um cuidado que promova estabiliza o e melhora do estado cl nico Para cuidar de idoso tem que ser pessoa que realmente goste para poder ter esse olhar que tem que ter esse olhar diferencial de comprometimento Porque algumas coisas s vezes n o sinalizadas futuramente quando a gente descobre entendeu Alguma coisa que a gente poderia resolver evitar essas coisas e futuramente fica mais dif cil n C 11 93 O cuidado diferenciado est para al m das quest es de higiene e alimenta o segundo afirma a enfermeira C 11 Para ela tamb m importante perceber as altera es no estado humoral das pessoas idosas pois este pode ser sugestivo de uma condi o patol gica A esse respeito Menezes 2010 destaca o ir e vir de pessoas os gemidos e os odores fortes como fatores que dificultam a adapta o da pessoa idosa hospitalizada podendo mesmo agravar ou desencadear a desorienta o Destaca se que a h
158. omo rea de exclus o para o exerc cio Profissional hied nei a a a E A A delta nads ie ecoococcocooooooooooooooooooooooooooooooo 0000000000 00000000 00000000 0000000000 0000000000 00000000 000000 000000 00 000000 0000000000 000000000 000000 00000000 00000000 0000000000 00 0CCLOCCOCC COCO OC CCC CCC OC CCC OCO COCO CC COCO OO CCO OO COCO COCO 0 00 16 18 24 24 28 31 31 33 35 37 37 40 41 48 48 48 49 50 52 54 55 55 55 59 67 67 4 3 4 2 1 3 A gratid o pelo reconhecimento do papel de cuidadoras 4 2 1 4 Rea es das enfermeiras diante da morte de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada ir rrereeeeeeereeereracereanda 4 2 2 As pessoas idosas em hospitaliza o prolongada sicicesisatcsuiiennrinicatoriiaisateniigatanbiecs apndiada ralada raid acid a dd Meta bai iai 4 2 2 1 A falta de cuidados e os maus tratos no domic lio 4 2 2 2 O abandono das pessoas idosas no hospital pelos familiares 4 2 2 3 A infantiliza o da velhice Lessa ras densaaeian ss qa DU REAL ape aa adi da Ds 4 2 2 4 Sofrendo as repercuss es da hospitaliza o prolongada 4 2 3 O cuidado s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada cessa csinnssarnieicatira sair ainsi iaitentdnid ca niniadiiia dad Duda nie id boa Sina di nani aaa 4 2 3 1 As especificidades das pessoas idosas em hospitaliza o prolongada 4 2 3 2 Condi es neces
159. onal formada por enfermeiros m dico geriatra assistente social fisioterapeuta terapeuta ocupacional fonoaudi loga nutricionista psic logo t cnicos em enfermagem cuidadores musicoterapeuta auxiliares de servi os gerais e administrativos OSID 2010 No que se refere ao tempo de perman ncia dos idosos hospitalizados no per odo de janeiro a abril de 2011 apresentou uma m dia de 124 5 dias conforme informa es do servi o de educa o continuada Com rela o organiza o do servi o de enfermagem conta com uma enfermeira l der respons vel t cnica pelo conjunto que comp e as obras sociais No que se refere ao Centro Geri trico o servi o de enfermagem est composto da seguinte forma 01 enfermeira coordenadora 01 enfermeira respons vel pelo setor de educa o continuada que tem a fun o de realizar treinamentos em servi o e assessorar a coordena o 02 enfermeiras principais voltadas para as quest es administrativas e com participa o no cuidado a idosos em hospitaliza o prolongada e 18 enfermeiras assistenciais al m de t cnicos e auxiliares de enfermagem A escolha desse campo se deu por ser um hospital conveniado ao SUS que possui unidade de cuidados espec ficos para idosos em regime de interna o e que serve como campo de ensino logo o modelo de assist ncia a idosos deve ser refer ncia para os demais Servi os 3 3 Colaboradoras do estudo A popula o do estudo foi constitu da por
160. onsidera que o cuidado representa um recurso de engenho e criatividade que permite ultrapassar os limiares da vida a fim de manter a sua continuidade Seguindo esta linha de racioc nio importante a compreens o do processo de envelhecimento a fim de evitar posturas estereotipadas e a minimiza o ou supervaloriza o de sinais e sintomas de altera es O envelhecimento fisiol gico entendido como um fen meno din mico e progressivo com mudan as nos processos bioqu micos Estas mudan as por sua vez levam a altera es funcionais e estruturais nas c lulas nos tecidos de sustenta o e no organismo como um todo tornando se mais evidentes com o avan ar dos anos ELIOPOULOS 2011 Com a senesc ncia ocorre uma deteriora o progressiva dos processos imunol gicos do organismo uma maior vulnerabilidade aos radicais livres que lesam componentes corporais como lip dios col geno e elastina corrobora o envelhecimento A fisiologia normal dos sistemas tamb m sofre altera es e o idoso passa a apresentar uma capacidade reduzida de enfrentamento ao estresse que lhe imposto no curso da interna o Ademais a mem ria a capacidade de aprendizado o controle emocional e sensorial a for a motora e a defici ncia dos sistemas reguladores do organismo levam a um aumento da morbidade nos gerontes ELIOPOULOS 2011 O envelhecimento tamb m pode ser entendido do ponto de vista demogr fico resultante de melhorias nas condi es s
161. or eles n o antecipe as coisas por eles C 05 105 Ent o ter cuidado com alguns aspectos que s vezes na nossa assist ncia di ria a gente acaba se passando batido Como as atividades di rias dos idosos para a gente t permanecendo ajudando para que ele continue preserve ou ent o se ela t comprometida voc adequar da melhor forma poss vel C 11 A gente tem que trabalhar sempre na perspectiva de que esse idoso v ter alta e que ele se insira de novo no contexto social e que ele esteja apto juntamente com a fam lia para poder lidar com isso C 11 Quando identificam que a comunica o e a percep o est o afetadas lan am m o de diversas estrat gias para prestar o cuidado Alguns idosos apresentam diminui o da acuidade visual e auditiva surdez disartria e at afasia Nesses casos as enfermeiras relatam que importante repetir a fala quantas vezes forem necess rias para fazer se entender tentar adivinhar entender o que est o falando e at mesmo fazer m mica J os pacientes que apresentam algum grau de lucidez geralmente sentem a necessidade de conversar sobre suas experi ncias de vida requerendo das enfermeiras a habilidade de serem boas ouvintes e dar aten o aos idosos Por vezes faz se necess rio lan ar m o da estrat gia do convencimento quando preciso implementar algum cuidado imprescind vel um paciente que tem diminui o da acuidade visual auditiva ent o j n o
162. oso ent o que a pele j mais sens vel se j ele tiver emagrecido ent o pior ainda se tiver restrito ao leito C01 Assim o cuidado que n s temos aqui no caso evitar lcera porque s o pacientes que tem j uma fragilidade capilar ah a elasticidade da pele j n o mais a mesma coisa de um paciente adulto ent o a gente pratica muito essa parte da mudan a de dec bito C 06 curativo que a gente t sempre acompanhando os curativos e realizando tamb m C 07 Ent o esses pacientes que ficam aqui na unidade ficam com feridas ent o a gente acompanha a ferida a evolu o para poder t indicando os produtos padronizados pela institui o C 11 um paciente que j tem uma fragilidade capilar que precisa ter um cuidado maior com a pele para n o abrir uma les o C 04 pacientes que tem lceras venosas lceras arteriais Ent o aqui a gente presta cuidados nesses curativos acompanha esses curativos a gente acompanha mais avaliando para poder evoluir as lceras aplicando bota de una pacientes que tem indica o de bota de una C 05 As lceras por press o UP t m se revelado como um problema de grandes propor es entre a popula o de pessoas hospitalizadas Atinge sobretudo pacientes que 102 permanecem no leito por per odos prolongados que apresentam algum grau de limita o motora ou sensorial e atrofia muscular SMELTZER BARE 2008 As UP s
163. osos do Brasil vivem nas regi es Nordeste e Sudeste do pa s havendo diferen as marcantes nos indicadores socioecon micos e na situa o de sa de nestas regi es Os baixos indicadores no Nordeste acarretam enfraquecimento da rede familiar de suporte aos idosos de n vel socioecon mico mais baixos COELHO FILHO RAMOS 1999 Considerando o cen rio nacional Pereira Curioni e Veras 2003 consideram que a maioria dos idosos brasileiros do sexo feminino havendo uma expressiva predomin ncia das mulheres sobre os homens Em 1991 de acordo com os autores citados existiam 5 7 29 milh es de mulheres idosas passando para 8 milh es em 2000 ao passo que a popula o idosa masculina era de 4 9 milh es em 1991 e passou para 6 5 milh es em 2000 Este fen meno chamado de feminiza o da velhice atribu do maior longevidade das mulheres o que as predisp e a viverem mais sozinhas em conseqii ncia da viuvez e do baixo ndice de recasamento Soma se tamb m o menor consumo de lcool e tabaco fatores de risco associado a doen as cardiovasculares e neoplasias ao uso mais constante pelas mulheres dos servi os de sa de levando a um diagn stico precoce das doen as e ao melhor progn stico menor exposi o a fatores de risco para mortalidade por causas externas PEREIRA CURIONI VERAS 2003 Em 1980 para cada grupo de 100 mulheres havia 98 7 homens Em 2000 j se observam 97 homens para cada 100 mulheres e em 2050 e
164. ospitaliza o representa para muitos idosos de acordo Carvalhais e Sousa 2007 e L zaro 1994 um momento de fragilidade ang stia e de medo pois al m do sofrimento da sensa o desagrad vel da fragilidade e da inseguran a que a doen a ocasiona essas pessoas necessitam da aten o de um conjunto de trabalhadores da sa de para intervir no processo de doen a e garantir a solu o da mesma Na sequ ncia a paci ncia apresentada como um fator importante para atender s solicita es e as demandas aumentadas de cuidados Reconhece se que a paci ncia uma virtude fundamental ao exerc cio da enfermagem mas tamb m entende se que deve ser feita uma busca pelas causas das solicita es frequentes da pessoa idosa equipe Muitas vezes o idoso sente se sozinho e uma forma de manter a equipe pr xima atrav s dos chamados frequentes Outras vezes suas queixas n o est o sendo avaliadas ou levadas em considera o e por isso h recorr ncia Acredita se que uma boa intera o do profissional com as pessoas idosas favorece o conhecimento m tuo levando a uma melhor resolu o das queixas e solicita es O conhecimento aprofundado favorece n o somente o estabelecimento de la os de confian a mas tamb m a melhora cl nica e a alta segundo o relato seguinte Acho que voc tem que conhecer o paciente muito mesmo para poder desenvolver um trabalho de confian a e que ele possa sair de alta C 01 Acredita se que u
165. ou que n o gostava da rea da sa de do idoso devido a experi ncias negativas vividas durante a gradua o por m mudou de conceito ao ingressar no servi o e obter mais conhecimento acerca do cuidado a pessoas idosas N o p s graduada na modalidade latu sensu em Geriatria e Gerontologia e est cursando p s gradua o latu sensu em Terapia Intensiva A colaboradora mostrou se dispon vel para participar da pesquisa sendo a entrevista realizada em data sugerida pela colaboradora com dura o de oito minutos em um espa o destinado ao descanso noturno de enfermeiros COLABORADORA N MERO 10 C 10 A entrevista n mero dez foi realizada com uma colaboradora de 49 anos de idade casada cat lica graduada h dezessete anos por uma universidade p blica localizada na cidade de S o Lu s Maranh o a colaboradora informou n o ter cursado disciplina sobre sa de do idoso trabalha no servi o em estudo h cinco anos possui p s gradua o latu sensu em Emerg ncia e n o p s graduada na modalidade latu sensu em Geriatria e Gerontologia 59 Demonstrou disponibilidade para conceder a entrevista no mesmo dia do contato inicial tendo essa uma dura o de sete minutos e foi realizada em uma sala destinada a prescri o m dica COLABORADORA N MERO 11 C 11 Entrevista realizada com uma colaboradora de 29 anos cat lica solteira graduada h quatro anos por uma universidade privada localizada na cidade
166. para o cuidado transpessoal A rela o entre cuidado e amor permite o acesso para a restaura o interior de si mesmo e do outro A enfermeira segundo o ponto de vista de Watson 2008 precisa reconhecer se como dotada de uma energia que a torna parte de um cosmo que a liga ao universo Da mesma forma a outra pessoa de quem se cuida tamb m faz parte e est ligada ao universo A consci ncia dessa liga o fruto de autoconhecimento profundo que por sua vez mobiliza e mobilizado pelo cuidado e pelo amor A restaura o descrita como healing corresponde a um estado de equil brio interior que transcende ao corpo f sico conectando as dimens es corpo mente esp rito Essa conex o pode ser alcan ada quando h uma rela o aut ntica e interessada entre o ser enfermeiro e o ser idoso o que caracteriza uma rela o de cuidado com amor WATSON 2008 A restaura o ou healing n o significa ent o cura de um processo patol gico mas sim autoconsci ncia e harmonia interior Esse estado passa pela cria o e manuten o de uma atmosfera de energias positivas de autenticidade e de respeito Nesse sentido o cuidado transpessoal n o conduz cura mas atrav s da autocompreens o conduz busca de cura f sica e ao entendimento e aceita o do curso da vida WATSON 2008 Os elementos do processo de cuidado s o descritos a seguir 1 Cultivo de valores humanistas como a equanimidade e a gentileza para si mesmo e para o o
167. podendo ser responsabilizada criminalmente caso n o o fa a CAMARANO PASINATO 2004 A PNI parte do princ pio de que a fam lia a sociedade e o Estado t m igual parcela de responsabilidade na defesa da vida bem estar e dignidade das pessoas idosas Dentre as diretrizes dessa pol tica destaca se a prioriza o do atendimento ao idoso em condi o de vulnerabilidade por suas pr prias fam lias em detrimento ao atendimento asilar e promover a capacita o e a reciclagem dos recursos humanos nas reas de geriatria e gerontologia BRASIL 1994 Essa mesma ideia tamb m refor ada no Estatuto do Idoso j nas suas disposi es preliminares BRASIL 2003 A PNSI tamb m traz no bojo das suas diretrizes a prioriza o da assist ncia domiciliar como alternativa hospitaliza o prolongada Considera que com essa medida h redu o de custos e acrescenta todos os desconfortos gerados pela perman ncia no leito hospitalar Al m disso considera tamb m que deve haver est mulo ao desenvolvimento dos cuidados informais tais cuidados devem ser prestados prioritariamente pelas pessoas pr ximas aos idosos BRASIL 2006 79 Diante do exposto constata se que n o faltam legisla es sobre a perman ncia da pessoa idosa no ambiente domiciliar mesmo em situa o de depend ncia Da mesma forma o papel da fam lia como refer ncia para os cuidados enfatizado No entanto carece se da implementa o de tais pol ticas por
168. poss vel suas particularidades 92 A equipe de sa de ao atender o idoso deve estar atenta a uma s rie de modifica es pr prias do envelhecimento como as f sicas as psicol gicas e sociais que normalmente ocorrem nesses pacientes e que justificam um cuidado diferenciado Poder ocorrer tamb m de acordo com L zaro 1994 depress o que pode levar o idoso a estado cr tico pondo em risco a sua pr pria vida Sabe se que o processo de envelhecimento provoca altera es fisiol gicas no organismo incorrendo em decl nio funcional Da ent o a necessidade da presta o de um cuidado que vise tais particularidades mas que tamb m transcenda aos aspectos biol gicos do envelhecimento Cada indiv duo nico em sua subjetividade e em sua trajet ria de vida interagindo com o meio de forma particular Para a transpessoalidade do cuidado importante ent o se considerar a imagem corporal da pessoa idosa e o reconhecimento da unicidade de cada ser o que passa pelo autoconhecimento da pessoa que cuida 4 2 3 2 Condi es necess rias para o cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Nessa subcategoria as depoentes designaram crit rios que julgam necess rios para o cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Partem da ideia de que o grupo populacional em discuss o tem necessidades espec ficas e particularidades que precisam ser atendidas acho que o mais importante para trabalhar c
169. problema recente vem crescendo de forma acentuada e destacando se como um grave problema social Sobre os idosos a incid ncia da viol ncia contribui para uma perda na qualidade de vida e para o aumento de doen a conforme afirma Menezes 2010 Menezes 2010 relata ainda que os rituais de agress o viol ncias e maus tratos se manifestam de formas diversificadas desde o emprego da for a f sica de palavras depreciativas de xingamentos no sil ncio na omiss o de cuidados e mesmo da apropria o ind bita de bens No contexto familiar a autora citada afirma que um idoso pode ter at sete agressores a exemplo dos c njuges filhos netos genros noras sobrinhos e irm os Com o intuito de ilustrar a preval ncia do problema da viol ncia entre as pessoas idosas cita se uma pesquisa realizada por pesquisadoras da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia com apoio institucional do Minist rio da Sa de e Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq acerca da viol ncia dom stica contra idosos em delegacias de pol cia da cidade do Salvador Bahia Nessa pesquisa foram encontrados 3 350 casos de viol ncia contra pessoas idosas Dentre o total 1 838 54 9 casos estavam relacionados s viol ncias ocorridas no mbito dom stico No mesmo estudo sobressa ram se como principais agressores os filhos e as filhas e dentre as agress es praticadas estavam os maus tratos MENEZES et al 2007 No q
170. profissionais do cuidado uma aten o especial Nesse sentido faz se patente que o enfermeiro assim como os demais membros da equipe de sa de compreenda o processo de envelhecimento de forma global e paute o cuidado dispensado no atendimento das necessidades espec ficas das pessoas idosas A motiva o para este estudo surgiu desde o primeiro contato com o cuidado de idosos ao longo do curso de Resid ncia em Enfermagem Intensivista realizada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia no per odo de 2007 2008 O maior n mero de pessoas internadas nas Unidades de Terapia Intensivas era de idosos com hospitaliza es mais prolongadas do que em outras faixas et rias Esse contexto levou ao seguinte questionamento como ocorre o cuidado sistematizado de enfermagem neste cen rio Sobre isso foi desenvolvido o Trabalho de Conclus o de Curso da referida Resid ncia que teve como t tulo Implementa o da Sistematiza o da Assist ncia de Enfermagem a Pacientes Idosos em Unidade de Terapia Intensiva Neste trabalho p de se constatar que o cuidado ao idoso ocorre de forma fragmentada n o abrangendo o ser humano idoso de forma global PIMENTEL SILVA 2008 J ao longo do exerc cio profissional em uma unidade de interna o de cl nica m dica de um Hospital Escola de grande porte localizado na cidade de Salvador Bahia percebeu se que tamb m h uma predomin ncia de pessoas idosas hospitalizadas Tais internamentos
171. promo o de pol ticas de sa de p blica para a popula o idosa preservando a equidade e universalidade SILVA CALDAS 2009 p 80 81 O modelo biom dico de aten o sa de no qual se est inserido tem como foco a interven o visando a cura e causando nos profissionais um sentimento de ang stia e impot ncia quando a pessoa doente n o responde a contento s terap uticas implementadas A partir dos depoimentos fica vis vel a dificuldade manifestada pelas enfermeiras que cuidam de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada em aceitar o processo de morte Autores como Shimazu 2007 Silva Ribeiro e Kruse 2009 e Oliveira Quintana e Bertolino 2010 discutem que a morte atormenta aos profissionais de sa de de tal monta que se configura como algo estranho ao ciclo vital Por vezes quando a palavra morte pronunciada provoca espanto comportamento aversivo e nega o da morte Desse modo a morte vista pelos profissionais da sa de como um fracasso como algo vergonhoso fr gil e envolto por um sentimento de culpa diante da disponibilidade de um vasto e sofisticado aparato tecnol gico Na sequ ncia a colaboradora confunde o cuidar e o curar atrelando os cuidados de enfermagem s interven es m dicas s vezes a gente quer fazer mais mas s que fica restrita de m os atadas a gente v aquele paciente indo C 08 Na verdade as pr ticas m dica e de enfermagem s o interdependentes No caso e
172. que esta demanda elevada acarretar Pode se pensar em uma popula o com preval ncia elevada de doen as cr nicas n o transmiss veis sobrepostas al m da eleva o dos custos com hospitaliza es medicamentos e reabilita o Outro aspecto decorrente o prolongamento da hospitaliza o e a implic ncia em necessidades de cuidados de enfermagem e da equipe de cuidados como um todo que atendam as especificidades do processo de envelhecimento No que se refere rede social h implic ncia em maiores investimentos na infraestrutura de servi os e na adequa o s necessidades dos idosos na capacita o de profissionais de diversas reas para atend los nas suas especificidades implementa o de pol ticas p blicas como a Pol tica Nacional do Idoso Pol tica Nacional de Sa de do Idoso e do Estatuto do Idoso que a despeito de j contarem com alguns anos de formuladas ainda carecem de cumprimento Faz se patente tamb m o desenvolvimento de uma cultura de solidariedade referente s causas dos idosos bem como a sensibiliza o para o respeito e a valoriza o do envelhecimento seja na fam lia nos servi os ou na sociedade 2 1 1 Perfil social e econ mico dos idosos brasileiros De acordo com Mendes et al 2005 uma quest o preocupante e que vem acontecendo com a vida dos idosos o envelhecimento sem qualidade e a car ncia no aspecto pol tico e social que d em suporte a uma vida saud vel Aproximadamente 75 dos id
173. quisa UFBA EE CNPg 2007 MENEZES Maria do Ros rio de Viol ncia contra idosos preciso de simportar In BERZINS Mar lia Viana MALAGUTTI William Rompendo o sil ncio faces da viol ncia na velhice S o Paulo Martinari 2010 MERCADANTE Elisabeth Frolich BERZINS Mar lia Viana Discrimina o e perversidade contra pessoa idosas reveladas nas piadas In BERZINS Mar lia Viana MALAGUTTI William Rompendo o sil ncio faces da viol ncia na velhice S o Paulo Martinari 2010 MINAYO Maria Cec lia de Souza org Pesquisa social teoria m todo e criatividade Petr polis Vozes 2004 MINAYO Maria Cec lia de Souza O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em sa de 11 ed S o Paulo HUCITEC 2008 MORAES Edgar Nunes de MARINO Mar lia Campos de Abreu SANTOS Rodrigo Ribeiro Principais s ndromes geri tricas Rev Med Minas Gerais v 20 n 1 2010 p 54 66 126 MORAES Edgar Nunes de MORAES Fl via Lanna de LIMA Simone de Paula Pessoa Caracter sticas biol gicas e psicol gicas do envelhecimento Rev Med Minas Gerais v 20 n 1 2010 p 67 73 MOTTA Luciana Branco da CALDAS C lia Pereira ASSIS M nica A forma o de profissionais para a aten o integral sa de do idoso a experi ncia interdisciplinar do NAI UNATIVUER Ci ncia amp Sa de Coletiva n 13 v 4 2008 p 1143 51 Dispon vel em http redalyc uaemex mx pdf 630 63013410 pdf Acesso em 13 11 2011 MOTTI M
174. r prias do envelhecimento Dentre elas as f sicas as psicol gicas e as sociais que por sua vez justificam a necessidade de cuidados diferenciados Com rela o ao envelhecimento Colligre 2003 aborda que h necessidade de cuidados de compensa o e de manuten o da vida nos contextos de doen a aguda ou cr nica O cuidado ao idoso hospitalizado deve ser pautado na continuidade na globalidade da avalia o na participa o da fam lia na considera o da unicidade do ser na otimiza o das capacidades individuais na manuten o da autoestima da individualidade e integridade Sempre que poss vel deve ser preservada a autonomia e a integra o social SANTOS 2001 BERGER 1995 O cuidado em sua natureza sempre acompanhou a humanidade ao longo das grandes passagens da vida englobando desde o nascimento at a morte Atrav s dos cuidados o ser humano desperta para a vida se insere no meio social e cultural concretizando assim o seu existir O cuidar situa se em uma encruzilhada entre a vida e a morte comunica vida deixa existir desenvolve o que permite viver Pressup e ainda a compensa o acompanhamento mobiliza o ajuda e cria o Exige o encontro e a jun o de fatores como a nima ou seja o sopro de vida a sabedoria a ci ncia e a arte COLLIERE 2003 Ao fazer um contraponto com a Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson Waldow 2006 infere que o cuidado contrap e esfor os transpessoais de um
175. r mesmo C 01 a parte emocional que muitos deles sentem falta que muitos deles est o aqui est o longe de casa que muitos deles ficam muito tempo internados Ent o a gente tem que ter muito cuidado na hora de conversar porque um paciente que se deprime j se debilita mesmo que por conta disso j n o querem mais comer Ent o tudo isso a gente tem que ter esse cuidado C 05 As depoentes tamb m relataram a experi ncia do cuidado a pessoas idosas em cuidados paliativos Relataram que os pacientes em cuidados paliativos apresentam alto grau de comprometimento do estado cl nico com doen a avan ada Diante disso o cuidado precisa ser diferenciado Deve ter como foco o al vio da dor e o conforto visando uma boa qualidade de morte Para isso enfatizam a import ncia da presen a da fam lia que junto com o profissional deve estar ao lado do idoso oferecendo suporte e um cuidado humanizado A fam lia tamb m muito importante nossa aliada tamb m aos cuidados paliativos que s o hospitaliza o prolongada ent o a gente t sempre ali do lado A gente do lado da fam lia C 08 Um cuidado mesmo diferenciado porque a gente vai dar uma boa qualidade de morte para aquele paciente N o um paciente que vai abandonar na enfermaria mas um paciente que a gente vai t atendendo as necessidades dele dentro do que ele precisa naquele momento Voc n o vai prolongar uma vida um sofrimento mas voc vai faz
176. rdo com Pereira 2007 e Veras 2009 esses impactos adv m sobretudo da maior preval ncia de doen as degenerativas e de incapacidades Essas condi es de sa de ocasionam maior consumo de consultas com profissionais de sa de exames laboratoriais medicamentos e interna es As interna es s o mais prolongadas o que representa maiores custos A despeito da experi ncia adquirida com o exerc cio profissional e da necessidade de uma vis o abrangente sobre a sa de entende se que necess ria a busca por um conhecimento te rico aprofundado na rea na qual se atua Apenas uma das enfermeiras colaboradoras manifestou o desejo de cursar p s gradua o latu sensu na rea de geriatria gerontologia Isso revela a busca por conhecimentos outros que n o est o diretamente relacionadas s necessidades de pessoas idosas hospitalizadas Entende se que essa a o incorre no risco de prestar um cuidado na superf cie do visivelmente apresentado pelas pessoas idosas hospitalizadas sem contudo ser capaz de planejar e implementar cuidados que sejam diferenciados e ao mesmo tempo espec ficos para essa clientela 67 Outro ponto suscita reflex o Se as enfermeiras n o valorizam a gerontologia o suficiente para desejarem especializar se ou se nem mesmo se d o conta do universo posto diante de si pressup e se que n o ser o capazes de perceber a realidade que as cerca ou mesmo de pensar numa maior valoriza o da individualidade d
177. ren as entre o que est posto como lei e o que de fato acontece Tais legisla es s o feridas principalmente no que se refere s formas de neglig ncia ao abandono aos maus tratos e defici ncia ou inexist ncia do atendimento domiciliar visando continuidade dos cuidados Todos esses aspectos permearam as falas das colaboradoras expondo um reflexo da situa o social das pessoas idosas nos servi os de sa de Ficou claro que comum no cotidiano profissional das enfermeiras a identifica o de casos de viol ncia f sica maus tratos abandono e neglig ncia contra pessoas idosas As enfermeiras manifestaram uma sensa o de desconforto mediante essa problem tica por m n o apontaram medidas adotadas para o enfrentamento das formas de viol ncia contra as pessoas idosas A PNI traz dentre seus dispositivos o dever do profissional de sa de de denunciar os casos de viol ncia aos rg os competentes BRASIL 1994 O Minist rio da Sa de reconhecendo o grande peso social e econ mico sobre o SUS instituiu a obrigatoriedade da notifica o da viol ncia lan ando uma ficha para a notifica o compuls ria e desse modo pretende dar maior visibilidade problem tica BRASIL 2009 Tendo em vista as dificuldades de operacionalizar a notifica o da viol ncia a despeito da exist ncia de uma ficha e da obrigatoriedade algumas considera es precisam ser feitas Inicialmente os servi os precisam reconhecer a dimens o
178. s o a totalidade dessa amostra foi composta apenas por enfermeiras Vale ressaltar que no per odo em que se coletaram os dados n o havia nenhum enfermeiro no quadro funcional do l cus do estudo Estat sticas do Conselho Federal de Enfermagem COFEN assinalam que no Brasil o quantitativo de enfermeiros corresponde a 11 4 ao passo que no estado da Bahia esse percentual de 9 2 BRASIL 2011a Esses dados mostram tamb m a manuten o da predomin ncia das enfermeiras no entanto h que se considerar a expressividade da participa o masculina na profiss o Tem sido maior a procura de homens por profiss es ditas femininas como a enfermagem Acredita se que a capacidade de exercer uma determinada profiss o n o determinada por um sexo mas culturalmente definida conforme relata Passos 1996 Diante disso destaca se a import ncia das organiza es levarem em considera o esse fator ao definir suas pol ticas de recrutamento e sele o de pessoal sobretudo de enfermagem A esse respeito Watson 2002b afirma que a enfermeira mulher como prestadora de cuidados unida a homens compassivos acalentadores intuitivos e equilibrados p 15 podem por em pr tica a ess ncia do ato de cuidar Quando questionados sobre a pr pria religi o dez das enfermeiras afirmaram que s o cat licas uma esp rita e outra afirmou n o ter religi o como pode ser verificado na figura 02 Para Alves 2009 a religi o nasce com a
179. s rias para o cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prol ngada neminie riia E EEEE E Sais Aa ANA dates aa dtnn vaga dietas 4 2 3 3 A concep o acerca do cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o Prolon dA as nado iara N a dra 4 2 3 4 As demandas de cuidados por pessoas idosas em hospitaliza o prolongada gerando a a o das enfermeiras ii 4 2 3 5 A rotina do cuidado de enfermeiras a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada cessa Rasa a de bad en nl E praia afasta 4 2 3 6 O cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada como atributo da equipe multiprofissional sucos andas eis O AE na Ed 4 2 4 A rela o das enfermeiras com as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada eia eoninisasennicnaliranaiiasasniisteadii da caiiuiidiina sad nda nai banis sessios eistes nina RELACIONANDO OS ELEMENTOS DO PROCESSO DE CUIDADO DE JEAN WATSON COM AS NECESSIDADES IDENTIFICADAS E OS CUIDADOS REALIZADOS e eessesessossesessossesossossessossesossossesossossessossesossossesssssssesse CONSIDERA ES FINAIS ccecseesererseneenensenearensereneneeensenseseasensesensencesensesensensasensensas REFERENCIA Sinion aian aa RSE E AP NDICE A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido AP NDICE B Instrumento de Coleta de Dados teemeeaeeeeeeemeeeeemaeo AP NDICE C Carta Convite sisstseisertamenerenseaee errar e aeaeeseeceerea acena e needs AP NDICE D Plano de an lise aeee ereta
180. s elementos do processo de cuidado de Jean Watson com as necessidades de cuidado identificadas e os cuidados implementados Elementos do Processo Necessidades de Cuidados Clinical Caritas cuidados implementados identificadas Elemento 5 Estar presente e oferecer Falar com calma suporte express o de sentimentos Comunica o Repetir a fala positivos e negativos Ouvir M mica Observa o do estado de Humor humor Observar o estado emocional Elemento 6 Usar de forma criativa as Convencimento v rias maneiras de ser e fazer como Orienta o parte do processo de cuidar Elemento 7 Engajar se na experi ncia Est mulo ao autocuidado genu na de ensino e aprendizagem para Reabilita o a autoger ncia e o autoconhecimento Autocuidado Manuten o da capacidade de autocuidar se Elemento 8 Criar um ambiente de reconstitui o potencializando o conforto e a dignidade Ambiente f sico Adequa o do ambiente Conforto Al vio da dor Elemento 9 Alinhar corpo mente esp rito na consci ncia intencional de um cuidado que atenda as necessidades humanas b sicas Alimenta o Observa o da aceita o da dieta Ajuda na alimenta o Eleva o do dec bito para alimentar Observar degluti o Introduzir sonda para a alimenta o Pele Avalia o di ria Manipula o cuidadosa Hidrata o Curativos com produtos espec ficos Evitar les
181. s idosas No que se refere necessidade de elimina o as depoentes informaram que a altera o no funcionamento intestinal pode levar forma o de fecaloma e desorienta o J a reten o urin ria sobretudo nos homens que apresentam alguma disfun o prost tica pode levar infec o do trato urin rio Nesse sentido relataram que realizam como cuidado a troca da fralda e acompanham a frequ ncia das elimina es urin ria e intestinal t observando se ele t apresentando as deje es regulares porque os idosos tem muito essa quest o por exemplo de ficarem sem apresentar deje es e a j pode formar um fecaloma e a j pode vir a provocar desorienta o e uma s rie de problemas no seu organismo Essa quest o da diurese tamb m que a gente pode t vendo reten o urin ria principalmente se tem problema de pr stata os homens enfim e a pode causar alguma infec o no trato urin rio C 05 Os problemas urin rios embora sejam causadores de transtornos qualidade de vida da pessoa idosa s o pouco discutidos Alguns dist rbios miccionais podem estar presentes na pessoa idosa em hospitaliza o prolongada como a reten o e a incontin ncia urin ria ELIOPOULOS 2011 Destaca se que a enfermagem pode realizar o controle h drico independentemente de prescri o m dica 103 comum que os indiv duos sintam se envergonhados para tratar desse assunto ou ent o que aceitem como eleme
182. s idosas no contexto gerontogeri trico 4 2 4 A rela o das enfermeiras com as pessoas idosas em hospitaliza o prolongada De acordo com Watson 2002a uma rela o transpessoal do cuidar corresponde a uma rela o especial de cuidar na qual ocorre uma elevada considera o pelo todo da pessoa e pelo seu estar no mundo Nessa categoria as depoentes relataram a maneira como veem a sua rela o com as pessoas idosas Por vezes relatam que o tempo de conv vio com as pessoas idosas decorrente do prolongamento da hospitaliza o favorece o estabelecimento de uma rela o mais pr xima um conhecimento m tuo maior envolvimento e uma rela o de confian a 111 Por ser realmente de internamento prolongado j come a a saber a intimidade do paciente as necessidades acaba se envolvendo C 07 Eu vejo assim como se fosse uma fam lia entendeu N s criamos um v nculo n o s aquela quest o profissional enfermeiro paciente eu sou enfermeira voc o paciente A gente t trabalhando aqui todo dia trabalha num per odo de meio turno os enfermeiros est o praticamente durante a semana toda C 02 A enfermeira C 03 destaca que existe uma rela o de carinho e afeto que fortalecida quando h confian a do idoso no profissional O paciente chama a gente pelo nome ntima pelo nome eu t sentindo isso t sentindo aquilo s vezes a gente nem foi ainda visitar na enfermaria e eles j
183. s meses por uma organiza o de natureza privada localizada na cidade de Salvador Bahia passando a trabalhar no servi o em estudo desde ent o por m j atuava como estagi ria do referido servi o antes de graduar se Informou ter cursado disciplina referente sa de do idoso por m declarou que o conte do do programa foi insuficiente diante das demandas de conhecimento sobre as especificidades do cuidado s pessoas idosas encontradas no servi o N o possui p s gradua o latu sensu em Geriatria e Gerontologia sendo p s graduada na modalidade latu sensu em Terapia Intensiva A colaboradora demonstrou se sol cita ao convite para participar deste estudo sendo a entrevista realizada no mesmo dia do primeiro contato com uma dura o de nove minutos em um espa o destinado ao descanso noturno de enfermeiros respondendo com seguran a s quest es apresentadas COLABORADORA N MERO 04 C 04 Entrevista realizada com uma colaboradora de 28 anos esp rita e solteira formada h cinco anos por uma organiza o de natureza privada localizada na cidade de Salvador Bahia onde cursou disciplina referente sa de do idoso Trabalha como enfermeira no local do estudo por igual per odo por m antes da contrata o j atuava no servi o como estagi ria h dois anos Al m da experi ncia de ser enfermeira assistencial vivenciou tamb m a experi ncia de ser enfermeira principal que na pol tica do servi o em
184. s riscos podem sobrevir com o prolongamento da interna o como as quedas lceras por press o e infec es por micro organismos multirresistentes Alguns fatores podem desencadear esses riscos como d ficit no equil brio redu o da acuidade visual debilidade muscular altera o nos h bitos cotidianos e incapacidade para sair do leito Outros podem ser causados pela pr pria doen a como problemas cardiovasculares neurol gicos hipoglicemia desidrata o e imobilidade L ZARO 1994 Durante a hospitaliza o os idosos tamb m est o sujeitos a iatrogenias que s o altera es patog nicas advindas da pr tica profissional e podem resultar da presen a das diversas situa es A iatrofarmacogenia est relacionada ao uso de medicamentos polifarm cia e intera es medicamentosas A interna o hospitalar pode resultar em tatrogenia na medida em que potencializam os riscos inerentes ao decl nio funcional subnutri o imobilidade lceras por press o e infec es O uso da palavra quando n o s o respeitadas as formas eficazes de comunica o no cotidiano na interna o e mesmo na comunica o de m s not cias pode se tamb m caracterizar como iatrog nico assim como o sil ncio decorrente da dificuldade profissional de ouvir adequadamente o idoso e seu familiar O subdiagn stico quando se atribui todas as queixas idade cascata proped utica associada solicita o excessiva e desnecess ria de exames dista
185. sentido Para Waldow 2006 o cuidado n o somente uma caracter stica da enfermagem enquanto ato de cuidar mas nela que se concretiza e se profissionaliza por meio do estar presente Para esta autora o cuidado humano pressup e valores como a paz a liberdade o respeito e o amor Associando o cuidado ao amor infere se que cuida se do que se ama e atrav s do ato de cuidar torna se mais amoroso sendo a capacidade de cuidar potencializada pelo amor o cuidado que conduz o homem abertura para o universo existencial por meio do cuidado que o homem transporta se para um existir para al m do j dado O cuidado portanto o primeiro gesto da exist ncia o horizonte da transcend ncia a priori um horizonte capaz de ir al m da sua pr pria exist ncia SALES 2008 O cuidado o estado primordial do ser do homem no seu esfor o de adquirir autenticidade portanto o primeiro gesto da exist ncia o horizonte da transcend ncia O cuidado a pedra fundamental na constru o de um novo mundo pois ele o evento do ser em n s a possibilidade de abertura do ser humano nesse seu estar no mundo Resgatar o cuidado aut ntico nesses momentos de crise calar o eco do vazio adormecido na consci ncia do homem SALES 2008 o cuidar que revela simultaneamente o mundo em que se est vivendo o mundo que se antecipa se escolhe e se negocia como futuro desejado e os sujeitos antecipam escolhem e negociam esse mu
186. ses uma em cada cinco pessoas tem 60 anos ou mais J em 2050 em torno de uma em cada tr s pessoas tenham essa idade Nos pa ses menos desenvolvidos a propor o de idosos atualmente est em torno de um para quatro habitantes Esses pa ses concentram o maior n mero de idosos com perspectivas de aumentar ainda mais nas pr ximas d cadas e avan ar no processo de envelhecimento populacional Em 2050 estima se que 80 dos idosos estejam vivendo em pa ses que hoje tem menores ndices de desenvolvimento CONSEJO NACIONAL DE POBLACI N 2010 Neste cen rio destaca se a China As proje es para 2050 apontam que este pa s ter mais de 400 milh es de idosos podendo causar um s rio impacto na economia como o encarecimento de m o de obra devido queda brusca na propor o de trabalhadores que geram renda e dependentes Dentro das pr ximas d cadas a China ter dois trabalhadores na ativa para cada aposentado Atualmente a propor o de seis empregados para cada inativo segundo dados do Comit Nacional da China para o Envelhecimento CNCE HARDMOSB 2010 26 No Brasil reconhece se como idoso os indiv duos com idade igual ou superior a 60 anos BRASIL 2003 J em pa ses desenvolvidos esta idade igual a 65 anos No que se refere estrutura et ria brasileira experimentou uma r pida altera o a partir da quarta d cada do s culo XX Ao longo das primeiras quatro d cadas desse s culo houve estabilidade na estr
187. smo dia do primeiro contato com dura o de nove minutos em um espa o destinado ao descanso noturno de enfermeiros respondendo com seguran a s quest es apresentadas 58 COLABORADORA N MERO 08 C 08 A entrevista n mero oito foi realizada com uma colaboradora de 28 anos de idade cat lica solteira graduada h tr s anos por uma universidade privada localizada na cidade do Salvador Bahia afirmou ter cursado a disciplina Sa de do Idoso trabalha no referido servi o h dois anos e sete meses N o p s graduada na modalidade latu sensu em Geriatria e Gerontologia e est cursando p s gradua o latu sensu em Nefrologia A entrevista foi realizada em um espa o destinado ao descanso noturno de enfermeiros com dura o de vinte e um minutos ap s tr s tentativas nas quais a colaboradora declarava se impossibilitada devido s atividades laborais Foi necess rio formula o de outras perguntas complementares s estabelecidas com o intuito de aprofundar as respostas COLABORADORA N MERO 09 C 09 A nona entrevista foi realizada com uma colaboradora de 27 anos de idade cat lica solteira graduada por uma organiza o de natureza privada localizada na cidade do Salvador Bahia onde cursou disciplina sobre sa de do idoso trabalha como enfermeira no servi o em estudo desde ent o por m possui a experi ncia de ter sido estagi ria em per odo anterior contrata o A colaboradora inform
188. spec fico dos cuidados paliativos o foco n o a cura mas o conforto que pode ser proporcionado visando uma morte digna Nesse ponto a pr tica da enfermagem vive sua autonomia focalizada na humaniza o e nos cuidados de manuten o da vida em ess ncia a natureza da enfermagem 76 Por outro lado no grupo estudado a morte tamb m encarada como um fen meno que traz benef cios pessoa idosa em hospitaliza o prolongada dado o estado de sofrimento intenso e a impossibilidade de revers o do quadro cl nico Trata se de uma vis o que reconhece os limites da vida sem apego extremado ao xito De nada adianta a sobrevida em estado de sofrimento intenso e de completa depend ncia Muitos idosos com hospitaliza o prolongada com sofrimento intenso e demorando muito para desencarnar Ent o a gente come ou a encarar a morte como uma situa o que pode trazer um certo benef cio para o paciente A gente via muitas pessoas j com situa o de sa de muito grave e n o desencarnava Ent o assim a gente passou a encarar a morte de uma maneira assim de uma maneira menos chocante Isso n o quer dizer tamb m que a gente n o se comova com os bitos com as intercorr ncias a gente se comove C 02 Autores discutem que falar da morte uma oportunidade para pensar na vida No contexto hospitalar os cuidados s pessoas sem possibilidade de cura constituem um cen rio rico para a desmistifica o dos tabus
189. spera se que a raz o de sexo da popula o fique por volta de 94 Dessa forma verificam se eleva es no excedente feminino na popula o total que em 2000 era de 2 5 milh es de mulheres podendo atingir quase 7 milh es em 2050 IBGE 2010b De acordo com Pereira 2007 s o concebidos mais homens do que mulheres contudo maior a mortalidade masculina na vida extra uterina ao longo da vida Em decorr ncia deste fen meno existem mais vi vas que moram sozinhas As maiores taxas de acidentes viol ncias e doen as cr nicas n o transmiss veis s o mais comuns entre os homens Al m disso h maior preval ncia de fatores de risco no sexo masculino e exerc cio de ocupa es perigosas o que favorece a exist ncia de mais idosas do que idosos na popula o em geral Com rela o situa o conjugal h um percentual maior de mulheres vi vas solteiras e separadas em rela o aos homens fato explicado n o somente pela menor longevidade dos homens mas tamb m pelo maior ndice de recasamento destes e com mulheres mais jovens Um estudo realizado em uma cidade do interior de Minas Gerais com uma amostra de 15 da popula o de idosos residentes no munic pio encontrou se que 62 possu a v nculo conjugal e 37 4 viviam sem companheiro sendo solteiros vi vos separados ou divorciados PEREIRA et al 2010 Paskulin e Vianna 2007 em estudo sobre o perfil s cio demogr fico e condi es de sa de auto referidas de idosos
190. ssidades de cidadania espec ficas dessa faixa et ria Constitui se um desafio inserir o idoso em um contexto social que lhe garanta cidadania e qualidade de vida A despeito das diretrizes enfatizadas na PNI PNSI e no Estatuto do Idoso sobre a necessidade do cuidado domiciliar a literatura afirma que os recursos destinados aos idosos dependentes s o insuficientes face ao envelhecimento da popula o brasileira Por outro lado o aumento da longevidade traz consigo um comprometimento do estado geral do idoso decorrente da falta de recursos e de cuidados visando um envelhecimento saud vel Neste sentido cabe fam lia prover o cuidado a seus idosos arcando com o nus f sico e financeiro sem informa es suficientes para exercer o cuidado com o choque com as atividades profissionais do cuidador familiar com a possibilidade do afloramento de sentimentos antigos e com a sobrecarga de um nico membro da fam lia QUEIROZ 2010 No Brasil um grande avan o nas pol ticas de prote o social aos idosos representado pela Constitui o Federal de 1988 Nessa constitui o foi introduzido o conceito de seguridade social passando a adquirir conota o de cidadania na medida em que houve uma desvincula o do contexto social trabalhista e assistencialista Houve avan o tamb m no papel do Estado como respons vel pela prote o ao idoso embora a fam lia continue sendo a principal respons vel pelos cuidados a este grupo populacional
191. ssoas idosas diferenciado e mais complexo com rela o a outros grupos et rios Assinalam tamb m causas que justificam essa diferencia o Ent o uma clientela diferenciada com certeza uma clientela diferenciada C 04 O idoso requer mais cuidado tem mais particularidades entendeu diferente n do que a gente t acostumado com adulto O idoso requer mais cuidado tem mais particularidades C 08 2 O cuidado ao idoso internado em hospitaliza o prolongada um cuidado diferenciado porque cuidar de uma pessoa adulta que voc atende em uma unidade de interna o normal acho que um pouco menos complexo C 09 Na sequ ncia fazem a justificativa das diferen as Para a enfermeira C 08 as diferen as ocorrem devido pr pria idade e s limita es fisiol gicas impostas pelo pr prio envelhecimento ideia tamb m compartilhada pela enfermeira C 05 Essa realidade torna inclusive a recupera o mais dif cil nos casos de descompensa o do estado cl nico segundo vis o da depoente As diferen as se acentuam devido s patologias associadas e precariedade do estado nutricional o idoso devido idade seu estado nutricional necessita de mais cuidado s patologias associadas tamb m C 08 Os pr prios idosos o organismo dele j n o reage como reage numa pessoa mais jovem Ent o tem que t sempre acompanhando para que qualquer sinal de regress o de piora tem que sinalizar logo par
192. sta o de um cuidado mais humano em uma rela o mais aut ntica e individualizada Ent o os tr s elementos b sicos somados aos demais podem auxiliar as enfermeiras na compreens o dos significados dos eventos dif ceis Para al m da descri o e an lise das necessidades de cuidados identificados e nos cuidados realizados est a postura das enfermeiras Conforme Watson 2002b 2008 na transpessoalidade do cuidado mais importante a forma de ser do que o fazer Em outras palavras mais importante o como se faz a forma como as enfermeiras se portam diante da pessoa idosa do que o que se faz A transpessoalidade acontece no momento real do cuidar ou seja no momento no tempo em uma localiza o no espa o nos quais a pessoa enfermeira encontra a pessoa idosa Nesse momento a conflu ncia dos campos fenomenol gicos favorecem um entendimento 118 m tuo o que pressup e considera o unicidade de cada ser com suas experi ncias de vida subjetividades desejos e expectativas O resultado um cuidado prestado o que se faz com um forte componente humano como se faz que s tem a acrescentar ao cuidado geronto geri trica s pessoas idosas fr geis ou em situa o de fragilidade e ao fortalecimento da enfermagem como ci ncia e arte preocupada com a humanidade exercida de humano para humano 119 5 CONSIDERA ES FINAIS O envelhecimento populacional j uma realidade na sociedade mundial e brasileira
193. stituir como uma barreira intera o humana entre as enfermeiras e as pessoas idosas Por outro lado a experi ncia do cuidado representa tamb m aceita o e admira o medida que as enfermeiras estudadas permitem que seu universo profissional seja permeado pelo universo dos idosos Ainda assim acredita se que a diferen a entre as gera es das enfermeiras e das pessoas idosas pode levar a incompreens es de ambas as partes no cotidiano das rela es estabelecidas Destaca se que imprescind vel a divulga o de informa es sobre o processo de desenvolvimento humano atrav s dos seus ciclos vitais com suas caracter sticas pr prias Essas informa es podem ser obtidas em n vel de educa o formal mas tamb m parte de uma sociedade que valoriza o ser humano em todas as etapas da vida O termo gera o entendido conforme a concep o apresentada por Britto da Motta 2010 como sendo a posi o e a atua o de um indiv duo em seu grupo de idade ou de conviv ncia em um determinado espa o de tempo Dessa forma tem se por um lado o grupo das pessoas idosas de gera es distintas das enfermeiras e tamb m distinta entre si dada a varia o de idade e por outro o grupo das enfermeiras Ent o nessa condi o de encontro geracional na contemporaneidade qual o cuidado resultante As pessoas idosas trazem como ponto comum a condi o de fragilidade e a hospitaliza o e as enfermeiras a forma o voltada p
194. t ria Contempor nea do Brasil d C depois de Cristo DATASUS Departamento de Inform tica do Sistema nico de Sa de DCNT Doen as Cr nicas n o Transmiss veis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica ILPT s Institui es de Longa Perman ncia para Idosos mmHg Mil metros de merc rio NPUAP National Pressure Ulcer Advisory Panel OSID Obras Sociais Irm Dulce PNI Pol tica Nacional do Idoso PNSI Pol tica Nacional de Sa de da Pessoa Idosa SAE Sistematiza o da Assist ncia de Enfermagem SISNEP Sistema Nacional de tica em Pesquisa SUS Sistema nico de Sa de TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UP lcera por press o SUM RIO APRESENTA O TINTRODUC NOR aii de a NA 2 REVIS O DE LITERA TUR Aulas basis peaind isa Dna aU aa 2 1 2 2 2 3 2 4 2 5 Aspectos demogr ficos e epidemiol gicos do envelhecimento 2 1 1 Perfil social e econ mico dos idosos brasileiros e erarrreeae 2 1 2 Efeitos do envelhecimento sobre o sistema de sa de e Processo de envelhecimento ososossesoeoesosossssosoesosossssosoosoosssssssossesssossssossessssssssosossssssee A hospitaliza o prolongada de pessoas idosas eessoesssesssesssoossoossosesssesssosesoosssosssssssse Pol ticas p blicas para as pessoas id0SaS essescesseescesocsscescesocsscescesocsscesoesoosseessesocesocssessoe O cuidado a pessoas ido0SaS
195. t rio da Sa de BRASIL 2006 esse conceito engloba os idosos em Institui es de Longa Perman ncia para Idosos ILPT s os acamados os que estiveram hospitalizados recentemente aqueles que apresentem doen as causadoras de incapacidade funcional como acidente vascular encef lico s ndromes demenciais e outras doen as neurodegenerativas etilismo neoplasia terminal os amputados os que apresentam alguma incapacidade funcional v timas de viol ncia dom stica e aqueles acima de 75 anos O Minist rio da Sa de define pacientes sob cuidados prolongados os que apresentam as seguintes caracter sticas convalescentes submetidos a procedimento cl nico cir rgico que encontrem se em recupera o e necessitem de acompanhamento m dico de outros cuidados de assist ncia e de reabilita o f sico funcional por per odo prolongado portadores de m ltiplos agravos sa de aqueles que necessitam de cuidados m dico assistenciais permanentes e de terapia de reabilita o cr nicos portadores de patologia de evolu o lenta ou de sequela da patologia b sica que gerou a interna o e que necessitam de cuidados m dicos assistenciais permanentes com vistas reabilita o f sico funcional e sob cuidados permanentes aqueles que tiveram esgotadas todas as condi es de terapia espec fica e que necessitam de assist ncia m dica ou cuidados permanentes BRASIL 2008b Diante dessa realidade e considerando que o cuidado
196. ta es conforme salienta Minayo 2008 A Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson foi utilizada como base te rica para o entendimento das categorias explicativas do cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada emergidas a partir das falas das colaboradoras Jean Watson prop e uma filosofia e ci ncia centrada no cuidado o que constitui o eixo da pr tica da enfermagem Considera o cuidado humano transpessoal como o contato dos mundos subjetivos do enfermeiro e do cliente e dessa forma se ad qua ao objeto de estudo aqui proposto de modo a facilitar seu entendimento e explica o WATSON 20024 WATSON 2002b WATSON 2008 54 3 6 Aspectos ticos Em conson ncia com a Resolu o 196 96 do Conselho Nacional de Sa de BRASIL 1996 que disp e sobre pesquisa envolvendo seres humanos foi solicitada libera o do campo para a realiza o do estudo e o projeto foi encaminhado a um Comit de tica em Pesquisa tendo sido aprovado mediante e expedi o do Of cio n mero 006 2011 ANEXO A e identificado no Sistema Nacional de tica em Pesquisa SISNEP mediante o Certificado de Apresenta o para Aprecia o tica CA AE n mero 0082 0 058 000 11 As participantes foi solicitada a assinatura TCLE ap s esclarecimentos sobre o estudo seus riscos e benef cios sendo garantido o respeito a privacidade o anonimato e o sigilo das informa es As entrevistas foram realizadas em local escolhido pelas
197. te para viabilizar um grau de generaliza o dos resultados do trabalho Conforme relata Minayo 2008 em pesquisa qualitativa n o se trabalha com somat rio de depoimentos mas deve buscar as unidades de significa o nas respostas Essas unidades se constroem pelos significados que refletem uma ou as m ltiplas l gicas espec ficas do grupo social estudado 3 4 Coleta dos depoimentos Os depoimentos foram coletados atrav s de um roteiro contendo dados de caracteriza o s cio demogr fica das colaboradoras e tr s perguntas abertas AP NDICE B O referido instrumento foi elaborado segundo os conceitos da t cnica da Hist ria Oral tem tica Visando facilitar a compreens o apresentam se alguns aspectos hist ricos e conceituais referentes hist ria oral A hist ria oral considerada t o antiga quanto a pr pria hist ria THOMPSON 2002 H conhecimento sobre o uso dessa narrativa desde a Idade M dia Mesmo sem o recurso de um gravador de udio ou v deo j se recorria aos relatos orais como uma forma de conhecer fatos passados Entretanto s a partir da segunda metade do s culo XX que a hist ria oral ganhou mais for a como m todo de estudos dos acontecimentos e conjunturas sociais sobretudo nos Estados Unidos e Europa No Brasil o primeiro n cleo foi implantado em 1975 no Centro de Pesquisa e Documenta o de Hist ria Contempor nea do Brasil Cpdoc da Funda o Get lio Vargas ALBERTI 2005 51 N
198. ten o de alguma forma dizem que t com dor dizem que est o com alguma coisa que na verdade n o Eles precisam de aten o voc precisa mostrar que voc t ali ouvindo d uma aguinha e dizer que um remedinho C 05 Com rela o necessidade de comunica o h elemento do processo de cuidado Clinical Caritas de Jean Watson 2008 a qual enfatiza a necessidade de uma rela o de ajuda e confian a entre a enfermeira e a pessoa idosa Esse tipo de rela o pressup e a aceita o e a express o de sentimentos envolvendo coer ncia empatia e uma comunica o 106 eficaz A comunica o eficaz engloba componentes cognitivos afetivos e comportamentais como o olhar o sorriso a postura do corpo o toque e a capacidade de ouvir Com rela o ao humor e orienta o no tempo e no espa o as depoentes relataram que muitos idosos encontram se dementes e desorientados O afastamento do cotidiano com o prolongamento da hospitaliza o e a exposi o permanente ao mesmo ambiente hospitalar concorrem para a depress o do estado de humor Nesse sentido relatam a import ncia do cuidado de dar mais aten o durante a comunica o observar o estado de humor e oferecer suporte psicol gico Ent o a gente procura sempre t observando o humor do paciente tamb m como que ele se um paciente eu j tive pacientes aqui que eram l cidos e orientados com bom humor assim deambulando e come aram a deprimi
199. terap utico propor o que estimula a mem ria trazendo o do seu mundo interior para o contato com o mundo que o cerca Al m dos fatores citados tamb m emergiu nas falas a riqueza do cuidado s pessoas idosas pela oportunidade de contextualizar os estudos acerca da cl nica geri trica E uma experi ncia muito rica eu aprendi e estou aprendendo muito Desde estudar feridas estudar as patologias estudar a desidrata o a incontin ncia urin ria estudar os assuntos que a cl nica que a gente v diariamente C 09 Nesse sentido a busca pessoal por aprofundar os conhecimentos favorece tamb m o desenvolvimento de sentimentos positivos e assim a satisfa o com o cuidado s pessoas idosas em hospitaliza o prolongada O idoso como outros pacientes se constituem em fonte permanente de expans o do conhecimento e de oportunidade para o cuidador ser mais humano 4 2 1 4 Rea es das enfermeiras diante da morte de pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Diante da gratid o e da riqueza da experi ncia do cuidado s pessoas idosas referida pelas enfermeiras qual rea o manifestam ao se deparar com a morte de uma pessoa idosa em hospitaliza o prolongada Emergiu das falas a terminalidade atrelada aos cuidados paliativos como agente de ang stia profissional como pode ser exemplificado pela fala seguinte N s temos uma divis o e temos uma unidade de cuidados paliativos Ent o a gente tem pacientes qu
200. tes das medidas implementadas ao longo do tempo Ao adotar uma postura de cuidado com vistas ao conforto o enfermeiro expressa sensibilidade frente s manifesta es sofridas e dessa 97 forma um compromisso em alivi lo De maneira ilustrativa os sintomas manifestos pelas pessoas idosas no desconforto s o o choro a express o facial a prote o de parte do corpo a depress o a fun o reduzida e as queixas As interven es referidas para proporcionar conforto s o a administra o de medicamentos a busca por estrat gias de conforto e o emprego de terapias complementares ELIOPOULOS 2011 A t tulo de ilustra o a respeito da prem ncia do al vio de sintomas em pessoas idosas com vistas ao conforto cita se um estudo que foi realizado em S o Paulo com 81 cuidadores informais de idosos para investigar a intensidade e dura o de sintomas no ltimo ano da vida de tais idosos e o tratamento recebido para alivi los Os sintomas mais referidos foram dor fadiga dispneia depress o anorexia e incontin ncia urin ria Dos idosos que tiveram depress o 79 ficaram sem tratamento assim como 77 dos que referiram incontin ncia urin ria evidenciando desse modo que muitos sintomas deixam de ser identificados e tratados SOLANO SCAZUFCA MENEZES 2011 Conforme relato das depoentes o conforto est al m do cuidado al m da administra o do medicamento equiparando se ao carinho aten o e al vio de sintomas ca
201. textos e pr ticas de cuidado voltado s pessoas idosas A PNI PNSIe o Estatuto do Idoso abordam tamb m a obrigatoriedade da geriatria e gerontologia como conte do obrigat rio nos cursos superiores e a geriatria como especialidade cl nica em concursos p blicos 4 2 1 2 A Geriatria Gerontologia como rea de exclus o para o exerc cio profissional Emergiu das falas das colaboradoras um sentimento de exclus o da geriatria gerontologia do rol das possibilidades para o exerc cio profissional Este fato pode ser exemplificado na fala a seguir Eu n o imaginava antes trabalhar com idosos Idosos e crian as eu sempre trabalhei bem com adultos porque eu achava mais tranquilo Mas quando vim quando eu tive a proposta de trabalhar com idosos de in cio eu tomei aquele susto porque era tudo que eu n o imaginava que eu n o queria C 07 Apreende se na cita o acima que o universo do trabalho com as pessoas idosas n o povoa os sonhos de atua o profissional das enfermeiras Isso sugere que a ideia do trabalho geronto geri trico est t o margem que chega mesmo a provocar rea es como receios e susto diante da possibilidade de execut lo Vive se uma cultura que valoriza a velocidade e a a o imediata com est mulos do tipo que estimulam a nega o do envelhecimento tanto por quem vivencia a velhice quanto pela sociedade como um todo PR TAT 1997 70 Segundo Beauvoir 1990 a velhice acarreta uma de
202. to pr prio um grau de consci ncia mais elevado uma for a interior e um poder que pode expandir capacidades humanas e permitir que uma pessoa transcenda seu eu habitual Sa de corresponde unidade e harmonia entre mente corpo e alma corresponde tamb m a uma congru ncia entre o eu percebido e o eu vivenciado Enfermagem a ci ncia humana das pessoas e das experi ncias de sa de e doen a que s o mediadas por transa es profissionais pessoais cient ficas est ticas e ticas do atendimento humano WATOSN 2002a WILLS 2009 O cuidar transpessoal e as transa es do cuidar s o cient ficas profissionais ticas est ticas criativas al m de comportamento personalizado entre duas pessoas que permite um contato entre seus mundos subjetivos O transpessoal uma intersubjetividade da rela o de humano para humano na qual a pessoa do enfermeiro influencia e influenciada pela pessoa do outro Ambos est o plenamente presentes e sentem uma uni o com o outro Transpondo o conceito para a realidade deste estudo enfermeira e a pessoa idosa est o totalmente presentes no momento e sentem a uni o com o outro compartilhando o campo fenomenal que se torna parte da hist ria de vida dos dois WATOSN 20024 A ocasi o real do cuidar envolve as a es e as escolhas do enfermeiro e do indiv duo o momento do atendimento e proporciona a ambos a oportunidade de decidir como ser no relacionamento e o que fazer com o momento WATOSN
203. trabalhar na perspectiva de que quando os idosos sa rem de alta hospitalar o cuidado no domic lio deve ser continuado por si pr prio quando poss vel Ent o importante orientar e verificar se est sendo realizado ou se precisa de ajuda evitando assim uma postura de antecipa o Assinalam a necessidade da manuten o da capacidade de alimentar se tomar banho deambular e manter a contin ncia dos esf ncteres Outro fator relevante a necessidade da adequa o do ambiente s capacidades dos idosos com vistas manuten o da autonomia Se voc passar v o estar todos na cadeira justamente para ir porque paciente que tem condi o de comer sozinho a gente estimula Por mais que eles n o queiram a gente tem que estimular eles a comer sozinhos porque unidade de reabilita o Tem paciente que quer usar fralda mas ele tem condi o de controlar a urina e a gente n o deixa ele usar fralda a gente estimula ele a pedir a aparadeira Tem muitos que fazem xixi na cama s de pirra a para poder a gente colocar a fralda nele C 03 Cuidado de estar sempre estimulando para que mantenham o m ximo a independ ncia que eles tinham muitos deles tinham independ ncia em casa de estar sempre estimulando essa parte para que sempre mantenham o m ximo poss vel essa quest o de estar sempre interessado de t sempre estimulando para que fa am as coisas sozinhos de t supervisionado mas n o deixar que a gente fa a p
204. tretas 74 77 77 81 86 87 90 90 92 94 97 107 110 AP NDICE E CronO Siad past ris Tsedado na a E ANEXO A Parecer do Comit de tica em Pesquisa 16 APRESENTA O O presente estudo uma disserta o de mestrado desenvolvida com o objetivo geral de analisar o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Fundamentado no significado da palavra dissertar como sendo o discorrer sobre um determinado assunto e disserta o no sentido metodol gico como sendo o documento que re ne analisa e interpreta informa es desenvolveu se o presente trabalho a partir dos depoimentos das enfermeiras que cuidam de pessoas idosas hospitalizadas em centro geri trico localizado na cidade do Salvador Bahia Aplicando se a t cnica de an lise de conte do chegou se s categorias emp ricas apresentadas e discutidas Seu conte do est estruturado em tr s blocos O primeiro bloco cont m os elementos pr textuais o segundo o texto propriamente e o terceiro os elementos p s textuais Como elementos textuais apresentam se a introdu o uma breve revis o da literatura sobre os aspectos demogr ficos e epidemiol gicos do envelhecimento as pol ticas p blicas voltadas para as pessoas idosas a hospitaliza o prolongada de pessoas idosas o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada e sobre a Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson como referen
205. ua vez gera um conhecimento das necessidades da pessoa idosa e o enfermeiro tenta atender sempre que poss vel 95 Ah eu acho que voc estar junto acompanhar escutar saber da necessidade e atender o que poss vel atender sabe C 07 Eu vejo que a equipe n o s de enfermeiros mas de t cnicos tamb m trabalham cuidando mesmo sabe T ali junto se preocupa C 07 As enfermeiras que participaram deste estudo destacam como sin nimo de cuidado o carinho a aten o o amor o zelo al m de acompanhar estar junto preocupar se Para Watson 20024 o cuidado traz como valor um maior sentido do ser envolvendo uma filosofia do compromisso moral voltada para a preserva o da dignidade humana Nesse sentido o cuidado engloba uma aten o individual preocupa o responsabilidade por ou providenciar para afeto amizade Ainda segundo a autora citada uma atitude cuidativa pressup e a compreens o do outro como ser nico compreendendo e distinguindo seus sentimentos Watson 2002a destaca como categorias do cuidado a considera o da individualidade a preocupa o a empatia a comunica o o esfor o para a resolu o de problemas a presen a do enfermeiro compartilhando sentimentos e emo es Para as enfermeiras o cuidado deve ser abrangente n o se restringindo apenas ao cuidado com a dimens o f sica mas tamb m com a mente Ent o a gente tem que cuidar desde a cabe a deles n
206. ue concerne aos fatores que concorrem para as viol ncias a pessoas idosas por cuidadores dentre elas os maus tratos Menezes 2010 traz reflex o o cotidiano extenuante do cuidado domiciliar em situa es de fragilidade e depend ncia Esses cuidadores assumem o ritual dos cuidados sozinhos na maioria das vezes tornando o extenuante para for as f sica e mental As particularidades advindas do envelhecimento da fragilidade e das patologias geram uma demanda de cuidados diferenciados Esses cuidados v o desde os cuidados com a alimenta o a forma de se alimentar a higiene os cuidados com a pele a mobiliza o no leito as elimina es o sono e o repouso o uso de medicamentos at a estimula o sensorial a orienta o no espa o e o cuidado com o ambiente Por um lado t m se as demandas elevadas e por outro o estresse e o esgotamento f sico dos cuidadores quando ent o s o ultrapassados os limites da toler ncia e da paci ncia Diante disso entende se a maior vulnerabilidade das pessoas idosas em sofrerem viol ncias e maus tratos no mbito dom stico mas tamb m nas Institui es de Longa Perman ncia para Idosos ILPTs institui es de sa de e nos espa os p blicos 81 Ao se analisar os resultados obtidos luz das pol ticas p blicas j formuladas para as pessoas idosas BRASIL 1994 2003 2006 e da Declara o dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa HUENCHUAN RODR GUEZ PINERO 2010 constata se as dife
207. unidade Realiza procedimentos t cnicos Fonte Pesquisa O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada Depreende se que o processo do cuidado voltado essencialmente para a dimens o f sica para os aspectos relacionados patologia e para as rotinas administrativas A partir dos depoimentos n o foi poss vel captar os aspectos subjetivos da enfermeira e da pessoa idosa Mais uma vez exp e se uma lacuna entre o que as enfermeiras dizem compreender por cuidado o cuidado que fazem e como o distribui no per odo do trabalho Isso sugere que h uma dificuldade em compreender o valor real de dimens es subjetivas como sendo um ato de cuidado No momento de expressar o que fazem o que sobressai s o os aspectos t cnicos voltados para os procedimentos Ressalta se que as dimens es subjetivas do cuidado podem ser expressas em todo o momento que se estabele a contato com a pessoa idosa perpassando inclusive os momentos nos quais se est realizando procedimentos t cnicos Este inclusive um momento privilegiado para conversar ouvir e sentir os anseios da pessoa cuidada sem a necessidade imperiosa de se dedicar parte do tempo exclusivamente para este fim 110 4 2 3 6 O cuidado a pessoas idosas em hospitaliza o prolongada como atributo da equipe multiprofissional Para al m do cuidado de enfermagem identificou se tamb m que as enfermeiras reconhecem o papel de outros profissionais como age
208. usadores de desconfortos Por vezes a express o medidas de conforto emergiu como sendo o ltimo recurso a ser oferecido pessoa idosa frente falta de perspectivas de cura 4 2 3 4 As demandas de cuidados por pessoas idosas em hospitaliza o prolongada gerando a a o das enfermeiras Nessa subcategoria abordam se as demandas de cuidados por parte das pessoas idosas em hospitaliza o prolongada atreladas aos cuidados que as depoentes referiram prestar Quando da an lise das falas constatou se que o cuidado prestado corresponde s demandas secund rias s necessidades que as pessoas idosas apresentam de acordo com o comprometimento do estado de sa de O cuidado identificado baseado na an lise que feita pelas enfermeiras das pessoas idosas tendo como foco essencialmente a patologia a gravidade e o grau de depend ncia conforme os depoimentos seguintes Ent o a gente baseia o cuidado de acordo com a an lise que a gente faz da patologia do paciente do exame f sico e tudo E a a partir do momento a gente vai fazer a prescri o de enfermagem e vai realizar o cuidado de com o paciente C 02 Tem outros pacientes que tamb m s o mais graves a j demandam outros tipos de cuidados C 02 Cuidados cont nuos n Vai assim do paciente mais grave o mais comprometido Ent o assim pelo quadro do paciente A atua o vai para cada quadro de paciente Paciente que tem um estado mais grave
209. utro A equanimidade corresponde a um senso de equil brio interno e espiritual Esse elemento comporta a pr tica do amor dentro do contexto da consci ncia do cuidado Atrav s do amor poss vel abrir se ao outro estabelecendo uma comunh o 2 10 46 F e esperan a fortalecer e sustentar um sistema de cren as e subjetividade do seu mundo sua vida e do ser cuidado Sensibilidade para si e para os outros meio para se alcan ar a evolu o em conex o com o universo pelo cultivo de pr ticas pr prias espirituais e do eu transpessoal Desenvolvimento das rela es de aux lio confian a e cuidado d se por meio de atitudes como atrav s do olhar nos olhos do outro demonstrando verdadeiro interesse valorizando se detalhes como o sorriso postura toque e a escuta Incentivo express o dos sentimentos e emo es positivas e negativas realizada atrav s da conex o entre os esp ritos de quem cuida e de quem cuidado A valoriza o das emo es faz parte do perceber se sentir se e pensar do homem sendo elas positivas ou negativas Processo de cuidado criativo e individualizado para solu o de problemas valoriza o engajamento em pr ticas art sticas de cuidados para a reconstitui o do ser O enfermeiro deve lan ar m o de fontes diversas de conhecimentos como a intui o senso comum est tica tica pessoal e das experi ncias de vida a fim de realizar o cuidado Ensino e aprendizado
210. utura demogr fica em fun o das elevadas taxas de natalidade e mortalidade VERMELHO MONTEIRO 2006 Esta baixa oscila o contribuiu para um tamb m baixo crescimento vegetativo ou seja a diferen a entre natalidade e mortalidade que girou em torno de 2 Aquela poca o maior contingente populacional estava concentrado no grupo com menos de 15 anos com varia o entre 42 a 46 enquanto que os idosos representavam apenas 2 5 CHAIMOWICZ 1998 A estrutura populacional referida anteriormente passou a ser alterada a partir da d cada de 40 quando houve uma queda na taxa de mortalidade e incremento na esperan a de vida ou expectativa de vida Houve crescimento vegetativo em decorr ncia da queda da mortalidade infantil e da eleva o das taxas de fecundidade O equil brio entre taxas de mortalidade e natalidade ambas elevadas perdurou at a d cada de 40 do s culo XX por m sem altera o da estrutura et ria da popula o CHAIMOWICZ 1998 VERMELHO MONTEIRO 2006 A taxa de crescimento passou de 2 4 na d cada de 40 para 2 9 nos anos 60 CARVALHO GARCIA 2003 Pereira 2007 observa que ao longo do s culo XX a esperan a de vida ao nascer passou de 30 anos para mais de 60 Uma mulher nascida no in cio desse s culo que esperaria viver 30 anos passou a esperar viver 65 anos em 1975 A esperan a m dia de vida dos brasileiros passou de 62 7 anos em 1980 para 70 4 anos em 2000 com um ganho m dio de 7 7 anos em 20 anos Est
211. vez manifestada alguma doen a grave necessitam de maiores per odos de recupera o com a sobreposi o de complica es associadas ELIOPOULOS 2011 Outra quest o abordada a insufici ncia de servi os de promo o sa de de preven o de agravos de assist ncia domicili ria e ou ambulatorial com forte nfase em um modelo de aten o focado nos aspectos curativos levando a uma procura tardia por atendimento quando na maioria das vezes a doen a j est em uma fase avan ada DIAS DUARTE LEBR O 2010 Com base no grande quantitativo de idosos na sociedade e na busca crescente por servi os de sa de imprescind vel a cria o de alternativas para o atendimento dessas demandas Para tanto seria importante conhecer a estrutura das redes de atendimento ao idoso como os servi os de aten o b sica a disponibilidade de Institui es de Longa Perman ncia leitos hospitalares composi o apoio e estrutura familiar em compara o com as demandas de atendimento e amparo por parte dos idosos O conhecimento desse cen rio possibilitaria verificar a adequa o da estrutura montada s necessidades reais pensando se nos efeitos ao longo das pr ximas d cadas O significado do adoecimento na velhice deve ser apreendido pelos profissionais que cuidam de idosos Devem se ouvir as hist rias de vida e aspectos da personalidade para que o cuidado prestado possa chegar o mais pr ximo do modo de ser e das singularidades do
212. vide Keywords ELDERLY HOSPITALIZATION NURSING CARE AGING PROCESS LENGTH OF HOSPITAL STAY RESUMEN El crecimiento de la poblaci n mayor sumada al cambio en el perfil epidemiol gico con mayor prevalencia de enfermedades cr nicas no transmisibles provoca profundas repercusiones en los servicios de salud sobre todo por el impacto en los gastos con los tratamientos m dicos y hospitalarios El paciente mayor consume m s servicios de salud las internaciones son m s frecuentes y el tiempo de ocupaci n del lecho es mayor del que el de otros grupos de edad La hospitalizaci n representa para los mayores un momento de fragilidad de miedo de asociaci n con la muerte y de dependencia pues adem s del sufrimiento de la sensaci n desagradable y de la inseguridad que la enfermedad provoca esos pacientes van a necesitar de la atenci n de un conjunto de trabajadores de la salud entre los cuales los enfermeros que desempe an un rol fundamental en el cuidado Se trata de una investigaci n de naturaleza exploratoria con enfoque cualitativo que tuvo como objeto el cuidado de enfermer a con personas mayores en hospitalizaci n prolongada y como cuesti n problema C mo se d el cuidado de enfermer a a personas mayores en hospitalizaci n prolongada Tuvo como objetivo general analizar el cuidado de enfermer a a personas mayores en hospitalizaci n prolongada y objetivos especificos identificar las necesidades de cuidados de enfermer
213. vo e pela partilha do saber Aos amigos que estiveram comigo neste caminhar apoiando me e incentivando me rica Andr Mileide Roberto Jonas A Amauri pela presen a Ao Hospital Universit rio Professor Edgar Santos pelo apoio recebido atrav s da Coordena o de Enfermagem do Servi o de Assist ncia Intermedi ria da Unidade Coronariana e dos colegas enfermeiros Ao Centro Geri trico J lia Magalh es pelo apoio e acolhida Ao Grupo NEVE Pelas momentos e informa es compartilhados Aos colegas e amigos que conquistei durante esta jornada Fab ola Cristina Andr a e Ta ze pela solidariedade troca de saberes e apoio m tuo Acho que a vida humana n o se mede nem por batidas cardiacas nem por ondas cerebrais Somos humanos permanecemos humanos enquanto estiver acesa em n s a chama da esperan a Ga alegria Desfeita a esperan a da alegria a vida perde o sentido Rubem Alves Desfiz 77 anos RESUMO O crescimento da popula o idosa somada mudan a no perfil epidemiol gico com maior preval ncia de doen as cr nico n o transmiss veis acarreta profundas repercuss es nos servi os de sa de sobretudo pelo impacto sobre as despesas com tratamentos m dico e hospitalar O idoso consome mais servi os de sa de as interna es s o mais frequentes e o tempo de ocupa o do leito maior do que o de outras faixas et rias A hospitaliza o representa para os idosos um momento de fragilidade d
214. with a qualitative approach that aimed at the elderly nursing care and prolonged hospitalization in issue as a question How is the nursing care for the elderly in prolonged hospitalization Had as general objective to analyze the nursing care for the elderly in prolonged hospitalization and the specific objectives are to identify the needs of nursing care for the elderly in prolonged hospitalization and describe the care of nurses for the elderly in prolonged hospitalization The study was conducted in a geriatric center of a large charity hospital located in the city of Salvador Bahia in the period march to april of 2011 with twelve nurses as collaborators The testimonies were collected by the technique of oral history analyzed according to the technical thematic categorical analysis and interpreted according to the assumptions of transpersonal caring theory The categories were nurses caring for older people in prolonged hospitalization the elderly in prolonged hospitalization the care of older people in prolonged hospitalization and the relationship of the nurses with older people in prolonged hospitalization The care needs identified are mostly related to the physical dimension of aging and the disease process The care emerged in close relation with the needs identified ie also focused on the physical dimension Despite the nurses acknowledging about subjective dimensions of care such dimensions were not listed among the care they pro
215. zes a manifesta o de sinais como o del rio depress o dist rbios visuais cicatriza o retardada de feridas letargia e fadiga podem ser relacionados desnutri o Uma abordagem mais eficiente envolve um trabalho integrado entre a equipe multiprofissional ELIOPOULOS 2011 Com rela o necessidade de motilidade afirmam que as pessoas idosas acamadas e imobilizadas est o em maior risco para les es de pele como as lceras por press o Nesse sentido realizam mudan a de dec bito a cada duas horas cobram dos t cnicos em enfermagem para ajud los nessas mudan as por se constitu rem em oportunidade de supervisionar e de relacionar se com as pessoas idosas e com os pr prios t cnicos em enfermagem al m de estimular a sa da do leito Reconhecem que os idosos s o mais lentos ao mobilizarem se e por isso a manipula o deve ser feita com mais paci ncia ent o tem muita necessidade de estar ali com a equipe acompanhando vinte e quatro horas para fazer mudan a de dec bito sen o abre realmente vai desenvolver uma lcera por press o C 07 Ter paci ncia na maneira como ele se mobiliza porque ele mais lento ent o tem que ele n o gil n C 01 S o pacientes que a maioria aqui fica acamados e a voc tem que dar um suporte maior principalmente que tem aqui muitos idosos abrindo lceras com lceras de press o ent o voc que t sempre atento ali no p do t cnico para realizar essa

DISSER_PGENF_290 - VALDENIR ALMEIDA DA SILVA

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