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UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS INSTITUTO

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1. 128 CASANOVAS L Conserva o preventiva e preserva o das obras de arte condi es ambiente e espa os museol gicos em Portugal Lisboa Santa Casa da Miseric rdia Ed Inapa 2008 CASANOVAS L ALMEIDA A Conserva o Preventiva VADE MECUM IPCR Lisboa CASSAR M Environmental management guidelines for museums and galleries Great Britain Museums and Galleries Commission 1995 CHURCH A Chemistry of paints and painting HR S Seeley Service amp Co Limited London 1915 COUTO J Aspectos Actuais Do Problema Do Tratamento Das Pinturas Portugal Nas Ultimas Conferencias Internacionais Do Restauro Excelsion Lisboa 1952 Colec o Reis dos Santos CRESPO C AND VINAS V The Preservation and Restoration of Paper Records and Books Paris 1984 D AGOSTINO V Condizioni Microclimatiche e di qualita dell aria negli ambient museali Universit degli Studi di Napoli Federico II 2005 Tese de Doutoramento DEAN D Museum Exhibition Theory and Practice Routledge 1994 DESVALL ES A MAIRESSE F Key Concepts of Museology Mus e Royal de Mariemont and the assistance of the ICOM International Committee for Museology O Armand Colin 2010 ISBN 978 2 200 25398 1 DORGE V JONES S Building an Emergency Plan A Guide for Museums and Other Cultural Institutions Getty Conservation Institute Los Angeles 1999 DRUZIK J ESH J B Museum lighting its past and future develo
2. as pinturas devem manter se na vertical separadas entre si e isoladas do ch o S o as caracter sticas materiais e o estado de preserva o de uma pintura assim como um outro tipo de obra que determinam quais os procedimentos mais correctos a seguir em tr mites de acondicionamento e manuseamento das mesmas As mais nfimas varia es termo higrom tricas podem causar movimentos incontrolados nas obras todas se tratam de micro movimentos que n o s o vis veis de imediato mas a longo prazo acabam por abranger toda a pintura dando visibilidade aos danos muitas vezes irrevers veis imposs vel erradicar todo o tipo de amea a obra mas se a oportunidade de controlar e minimizar as ditas existe podemos ent o procurar as melhores formas meios materiais equipamentos etc para preservar a integridade global da obra ou seja f sica est tica art stica material e hist rica 7 Ibidem p 73 62 CAPITULO III QUANDO AS CIRCUNSTANCIAS TRANSPOEM AS TEORIAS AS INUNDA ES DO PAL CIO POMBAL 1967 O caso da Funda o Gulbenkian representa uma situa o imprevis vel que nos leva a raciocinar sobre os imponder veis no mundo da conserva o da museologia e do restauro pois apesar de termos cada vez mais os melhores recursos dispon veis e a informa o adequada nem tudo pode de facto ser previsto somente evitado ou como neste caso minimizados os efeitos negativos para um impacto menor nas obras de arte e
3. deteriora o por muito lentamente que esta se desenvolva no tempo activam se processos que alteram o estado original minando a integridade da obra Um dos grandes e graves problemas sem d vida o da conserva o dos objectos de arte cuja defesa muito dependa da conserva o das condi es do meio Percorrendo esta afirma o evidenciamos que todos estes processos est o em estreita rela o com a tipologia dos materiais que constituem os objectos e com as condi es termo higrom tricas presentes no ambiente no qual est o inseridos Podemos elencar sumariamente e de maneira x 5 ee 5 representativa determinados problemas reais a que o acervo pode estar sujeito Destrui o cont nua devido aus ncia de obras essenciais de repara o no caso de monumentos e locais onde se encontram artes pl sticas Fragmenta o pela perda de ader ncia dos componentes intermedi rios no caso de locais com excesso de humidade ou excesso de secura Ru na do suporte e da pintura por organismos xil fagos bact rias fungos ou insectos exemplo de m s condi es locais e aus ncia de medidas preventivas para a protec o das pinturas Danifica es e perdas provocadas pela inc ria dos indiv duos respons veis exemplo de obras abandonadas por falta de interesse ou meios 2 1 Humidade e Temperatura Devido ao clima frio e isolamento m nimo nas paredes de um museu as superf cies internas do ext
4. es e fendas e nas madeiras provoca solturas das articula es m veis e a separa o dos ret bulos No The Museum Environment Garry Thomson recomenda para o museu tradicional valores de 55 de humidade relativa estimativa feita por ser o ponto m dio entre a que ele considera ser a zona de seguran a que vai dos 40 e 70 a esta percentual h o crescimento de fungos H infinitos casos que comprovam que extremos de humidade causam danos grav ssimos Valores de temperatura s o provavelmente o tema menos controverso uma vez que por raz es pr ticas em termos de espa o de exposi o deve ser mantido um n vel dentro da faixa do conforto humano independentemente dos efeitos que provoque Existem tr s etapas fundamentais no controlo do clima de um museu Determinar os efeitos do ambiente sobre os materiais e objectos Especifica es estabelecidas com base nos resultados da etapa 1 tendo em conta o tipo de colec o a constru o e o clima local Manter e monitorar o ambiente baseado nos resultados da Etapa 2 Desafortunadamente tende se a dar mais aten o s etapas 2 e 3 em detrimento da etapa 1 que basilar pois permite agir correctamente nas etapas consecutivas A defini o de condi es para o bem estar de uma obra que tenha interesse hist rico art stico garante uma correcta conserva o do mesmo e actualmente este definir de valores de temperatura e humidade relativa j considerado
5. na sua preserva o para o futuro 1 As obras da Funda o Calouste Gulbenkian O instituidor escolheu Portugal para instalar a sede da Funda o e quis que ela se constitu sse de harmonia com as nossas leis o que antes de mais nada vale como prova de afecto e de prefer ncia pelo Pa s a que se acolheu em momento delicado da situa o internacional onde passou os ltimos anos da sua operosa vida e onde fixou o seu domic lio Por essa distin o lhe ficam gratos todos os portugueses Mas n o poderiam apenas os motivos sentimentais determinar uma escolha em mat ria t o importante e necessariamente outras raz es mais ponderadas e reflectidas pesaram no nimo do testador Bem sabia ele o valor da paz portuguesa e a garantia que ela representava para a obra que iria prolongar o seu pensamento Sobejamente apreciava a tranquilidade que entre n s se desfruta e estimava o que h de est vel nas institui es e no equil brio social que s o o espelho da nossa personalidade assim como conhecia o grau de respeito que em Portugal se professa em casos desses pela vontade dos E 78 instituidores Concentrar nos emos ent o na tem tica desta disserta o que consiste na an lise da vida das pinturas pertencentes Funda o Calouste Gulbenkian iniciando este 78 DECRETO LEI N 40690 DE 18 DE JULHO DE 1956 http www gulbenkian pt media files fundacao historia e missao PDF DECRETO LELpdf p 1 13 04 2012 s
6. o qual o comportamento a seguir durante uma cat strofe imprevista Analisaremos todas as condicionantes e quais as vias poss veis para uma salvaguarda potencialmente completa em casos semelhantes O que torna o caso da Funda o interessante s o as suas pequenas grandes particularidades pois o que se poderia ter revelado uma aut ntica cat strofe em todos os sentidos da palavra acabou talvez da melhor maneira poss vel tendo em conta a poca os meios o local e a informa o dispon vel Houve uma delega o de tarefas interajuda e compreens o m tua fenomenais que impediram maiores desgra as em rela o preserva o das esp cies Todos se empenharam para chegar ao mesmo objectivo Retiramos assim exemplo para contextualizar uma eventualidade semelhante concebendo cen rios actuais e propondo solu es museol gicas Por ltimo abordaremos a quest o da conserva o museol gica em si pois toda a disserta o culmina num tema de resposta l gica visto que tendo em conta todos os factores analisados o resultado concludente o perfazimento de uma an lise multiplicidade de conceitos que fazem parte da museologia O intuito do conservador deve ser a manuten o a lungo termine da vida das obras e para um exerc cio positivo da sua fun o h que requerer bases concretas de museologia s quais pode aliar as pr ticas de restauro preventivo para o bem estar do acervo pelo qual respons vel Ora o museu tem n
7. o de quais as reas mais danificadas desenvolver projectos para reparar as partes danificadas da institui o conduzir uma inspec o dos sistemas utilit rios para confirmar se existem danos a n vel el ctrico ou canaliza es e providenciar protec o adicional para a equipa Acima de tudo tem de se manter um n vel de comunica o satisfat rio e regular entre estes rg os para que todas as opera es corram em concord ncia com os objectivos de salvaguarda do museu A experi ncia demonstrou nos infelizmente que negligenciando as regras da l gica para n o dizer do simples senso comum na maioria das vezes mais do que uma falta de recursos f sicos ou financeiros a causa para os erros de c lculo mais graves no 161 campo da seguran a Para evitar imprecis es que se podem revelar consequentemente graves Pavel Jir sek recomenda que um formul rio de emerg ncia seja criado e que o dito relat rio fa a parte do plano de emerg ncia Deste modo disponibilizando o a todos os membros da institui o evitam se extravios de informa o Todos estes manuais de planifica o para os museus concordam que para al m dos estudos de rea e localiza o geogr fica se devem analisar os potenciais factores de risco bem como ap s a elabora o de um plano de emerg ncia devem fazer se regularmente anualmente simulacros ou exerc cios de menor escala para preparar a pronta resposta dos membros Um registo do historial
8. o e chegou aos seis metros acima do n vel estradal durante a manh e o n vel de mortes n o foi t o grande quanto esperado visto ser feriado nacional A magnitude desta cat strofe explica a imensid o de objectos suscept veis a danos que em pouco tempo ficaram expostos e completamente imersos em gua lamacenta e contaminada 121 com crude sendo que nada foi possivel fazer a riqueza artistica que se encontrava em casas fortes livrarias igrejas e museus Nas galerias Uffizi as guas progressivamente invadiram os dep sitos e os gabinetes de restauro enquanto uma ac o urgente decorria para poder salvar famosas obras em processo de recupera o Parte da colec o conseguiu ser retirada por janelas mas semelhan a da casa forte do Pal cio Pombal as portas obstru das pela press o da gua n o conseguiram ser abertas e z122 consequentemente muitas obras foram obrigatoriamente deixadas para tr s Apesar da lista de obras recuperadas ser incerta as primeiras a serem salvas e contabilizadas foram as obras mais famosas que rondariam cerca de 1000 obras de extrema relev ncia 120 MOLAJOLI B Years to repair the damage in The international campaign for Florence and Venice Special Issue by UNESCO Courier January 1967 pp 6 7 121 3 gras O petr leo vindo da central dom stica de aquecimento e de carros submersos tinha contaminado as guas 12 PLENDERLEITH H The Painting Hospital
9. regra Contudo 8 ERHARDT D TUMOSA C MECKLENBURG M Applying science to the question of museum climate in Museum Microclimates eds NMD 2007 4 PADFIELD T BORCHERSEN K Museum Microclimates eds National Museum of Denmark 2007 p 13 43 sempre de boa norma n o esquecer alguns princ pios fundamentais que metem a a RS confronto a degrada o com os par metros termo higrom tricos As baixas temperaturas do ar n o s o danosas para os objectos do museu enquanto que as altas podem s lo pois favorecem os processos degenerativos de car cter qu mico As oscila es no tempo da temperatura do ar em contacto com o objecto induzem um stress t rmico provocando dilata es a entidade do dano aumenta se o objecto for constitu do por materiais diferentes A humidade relativa influ ncia as varia es de dimens o e forma dos objectos e dos processos qu micos e biol gicos em particular Todos os materiais org nicos capazes de absorver gua como a madeira o papel e as colas incham quando a humidade relativa cresce e encolhem quando esta diminui com consequentes varia es de peso deforma es ruptura de fibras e fissura es As varia es de temperatura induzem diferentes expans es nos materiais e esfor os de tens o entre a superf cie e as estruturas subjacentes estas varia es c clicas de T contribuem para a danifica o dos materiais e os danos s o tanto m
10. A primeira exposi o realizou se no Museu Nacional de Arte Antiga em 1961 precisamente com as Pinturas Da Colec o Da Funda o Calouste Gulbenkian que seria a primeira de uma s rie de exposi es que a Funda o decidira impulsionar em prol do re conhecimento do legado que lhes havia sido deixado Em Oeiras com um cuidado e controlo supervisionado as obras foram desembaladas e instaladas nas depend ncias designadas para cada tipologia de esp cie No r s do ch o guardaram se as obras de grande dimens o ou peso que n o possibilitavam portanto grandes viagens bem como outras obras que melhor se adaptavam aquela rea como cer micas e azulejos No piso superior instalaram se os objectos mais fr geis como as pinturas os t xteis joalharia v ria e a biblioteca No piso t rreo foi colocada uma Casa Forte destinada s obras de maior valor e import ncia art stica que por isso mesmo exigiam condi es mais rigorosas de seguran a e protec o As reservas teriam sido ent o estruturadas segundo princ pios museogr ficos EERREIRA M Mem rias de um tempo a Colec o no Pal cio Pombal em Oeiras 1958 1969 2001 p 3 4 Ibidem p 5 35 Ibidem s656 estudados para garantir um f cil acesso e manuseamento verifica o e salvaguarda eficiente das obras Estes agrupamentos serviriam tamb m para facilitar o controlo anual do acervo e dos sistemas que haviam sido instalados para a climatiza o do ambie
11. Avvicinamento al Restauro Napoli 1997 pp 185 301 em BRANDI C op Cit pp 13 14 a i define o restauro como o pior tipo de destrui o acompanhado de uma falsa descri o da coisa destru da nem o p blico nem aqueles encarregues pela protec o dos monumentos p blicos compreendem o verdadeiro significado da terminologia restauro o paradoxo grotesco que tal massacre continuamente motivado e oficializado por crit rios convenientes da tutela e da salvaguarda A linha neo filol gica ou neo estil stica privilegia por sua vez o lado est tico em detrimento do hist rico procura uma recupera o da beleza perdida e da integridade mesmo que para isso se descure a complexidade e autenticidade hist rica de um objecto O restauro visto como a recupera o e restitui o de um estado original que se presume alcan vel com um processo de reintegra o completa pr art stica mais que cientifica As interven es guiam se pela necessidade de tipo est tico e de reintegra o total de uma express o art stica Marconi escreve admito com orgulho a debilidade em querer reconstruir no melhor dos modos o que tinha sido danificado ou 13 destruido Por sua vez a linha cr tica visa o estabelecimento de uma l gica saud vel entre as duas inst ncias avaliando caso a caso para o fornecimento de uma resposta as perguntas que cada restauro prop e sem dogmas ideologias ou m todos pr constit
12. Nascimento do Departamento De Codicologia Da Faculdade De Letras Da Universidade De Lisboa De Espanha do Centro De Conservacion De Bienes Culturales Madrid Vicente Vi as Torner De Fran a Andr Desbrosses Guy Oret Marcel L omant Fran oise Flieder Conservation Brtish Museum Londres John Lewis Margareth Hey Roger Powel and Muller Peter Waters Sidney Cockerell William Topping de Camberwell College of Arts De It lia Laborat rio da Biblioteca do Vaticano Mario Pinzutti do Istituto Di Restauro Scientifico Del Libro Da Turquia Emin Barin Isl m Se en Rikkat Kunt de Gussel Sanatlar Akademisi Istambul Este investimento demonstrou se frut fero a longo prazo pela sua patente proficuidade e pelo reconhecimento que a Funda o Calouste Gulbenkian viria a ganhar destacando um protocolo para a colabora o dos especialistas da Oficina de 112 NOTA As institui es citadas s o aquelas a que os t cnicos pertenciam na altura das colabora es 13 Ibidem p 102 114 Chefe de divis o de Pintura do IJF coordenou e executou os restauros das obras da FCG danificadas pela gua 74 Restauro do Museu Calouste Gulbenkian no primeir ssimo curso de forma o para M E as so 11 T cnicos de Conserva o e Restauro de Documentos Gr ficos realizado em Portugal Entre os quadros destaca se o ja referido Martin De Wild t
13. cnico holand s conservador da colec o Gulbenkian que se encarregou de supervisionar todos os restauros efectuados em particular das pinturas pois segundo o relato da Dr Maria Teresa Calouste Gulbenkian seria extremamente zeloso das pinturas da sua colec o deixando somente que se acondicionassem as mesmas e apenas em casos excepcionais efectuar interven es Cada rea intervencionada requeria o seu especialista e esta colabora o internacional serviu para a aprendizagem dos t cnicos portugueses preenchendo lacunas educativas criando assim uma vasta e frut fera contribui o para o restauro em Portugal que se protraiu at actualidade Ap s uma fase inicial de tratamentos e restauros urgentes das obras que constavam da exposi o do Museu procedeu se com a embalagem das colec es e dos objectos pertencentes ao esp lio da Funda o que foram transferidos ent o para lisboa e integrados no museu nas galerias e nas reservas de acordo com os programas previamente estudados e estabelecidos No dia 2 de Outubro de 1969 inaugura se o Museu Calouste Gulbenkian na qual o Presidente da Funda o proferiu durante o acto solene que N o pois sem profunda emo o que depois de tantas batalhas de tanto esfor o de tantos sacrif cios hoje procedemos inaugura o onde elas as obras de arte passam a viver como se constitu ssem uma fam lia para deleite de todos os que as visitem as estudem as interroguem e com el
14. craquelures de deterioramento podem se definir como o produto de uma s rie de ajustes da pintura podemos encontrar bolhas ou eleva es da pintura Neste caso a cor que deforma a tela e n o o contr rio a tela el stica e a cor inicialmente tamb m mas ao longo do tempo torna se pl stica Estas fendas assumem todas as formas relatadas precedentemente mas est o mais a risco porque tem os bordos elevados t m de ser n o somente tratadas mas tamb m aplainadas niveladas O envelhecimento material est ent o ligado aos movimentos e ao acostumar da obra ao longo da sua exist ncia consideremos o estrato pict rico e a sua prepara o como uma nica entidade as solicita es mec nicas que interessam prepara o provocam fissuras que se transmitem pintura H ulteriores factores que contribuem para a deteriora o da pintura relativamente ao suporte independentemente da idade seja este de madeira ou tela em presen a de humidade incha ou encolhe segundo a percentual de HR em determinado momento Estes movimentos se cont nuos fazem com que a pintura e a prepara o deslizem do suporte por n o conseguirem acompanhar as movimenta es deste um fen meno que pode mesmo causar a separa o dos estratos mais frequentes e extremas forem as oscila es de humidade relativa e temperatura mais danos causar pintura Em situa es inversas o extremo calor e seca causam um aceleramento do processo de envelhe
15. destrui o do valor material A teoria Brandiana foca se sim na necessidade de equilibrar a dial tica est tica hist rica inerente s interven es de restauro pois enquanto a obra definida na sua dupla polaridade a determina o das condi es necess rias para o proveito da obra como imagem e facto hist rico coincidem no campo da pesquisa para encontrar a solu o est vel e portanto id nea longevidade da mat ria e da imag tica a serem transmitidas Em termos estruturais a mat ria ou mat rias das quais formada a raz o pela qual parte da obra de arte se define como tal por isso h uma BRANDI C op cit p 55 BRANDI C op cit p 56 Dezzi Bardeschi Floren a 1934 um arquitecto te rico da conserva o integral com cerca de 40 anos de profiss o de renome no mbito da conserva o e interven o do patrim nio constru do Possui in meras publica es no mbito do restauro e da arquitectura tendo fundado e dirigido 1980 1985 o departamento para a Conserva o dos recursos arquitect nicos e ambientais no Polit cnico de Mil o Consultar http www marcodezzibardeschi com BARDESCHI M Manuale del Restauro Architettonico Mancosu Ed 2001 Cap 8 Approcci metodologici Cesare Brandi 1906 1988 formado em Letras demonstra pelo seu percurso profissional e pelos seus estudos uma actividade poli drica combinada com um pensamento human stico e vis o nica em
16. em sais minerais e em alguns materiais org nicos como a madeira Excepto em danos mec nicos de incha o l Perusini d o exemplo das pinturas murais em tombas ou grutas conservadas perfeitamente n o obstante a alta percentual de humidade at sua descoberta ou seja ate ventila o do ambiente aquando a evapora o da gua PERUSINI G Il Restauro dei Dipinti e delle Sculture Lignee Storia teorie e tecniche Udine Del Bianco Editore 1994 pp 71 72 46 Oxidos de carbono mon xido de carbono anidrido carb nico Derivados do enxofre di xido de enxofre acido sulf rico Ozono Halog neos Compostos org nicos vol teis Part culas aerodispersas Contaminantes biol gicos microrganismos A seguinte tabela mostra os danos induzidos pela presen a de poluentes e outros Ma ud E 53 factores ambientais nos esp lios comuns do museu OUTROS MATERIAL TIPO DE DANO POLUENTES FACTORES AMBIENTAIS Oxido de enxofre e t Ifuro d Metais Corros o opacidade ei q ia De Humidade hidrog nio cloretos ozono Aeross is alcalinos Sa Pescolora o radia oes solares Humidade degrada o microrganismos xido de enxofre Papel material de Descolora o Oxido de enxofre as Humidade arquivo enfraquecimento sulfito de hidrog nio Material fotogr fico Micro manchas xido de enxofre y z nos Humidade filmes sulfura o sulf
17. gua e dos elementos que esta continha sen o pela pr pria ac o dos elementos ent o por causa da for a aplicada pela gua que provocou danos complicados como grandes rasg es nas telas 110 A relev ncia que este caso nos proporciona a maneira como ap s a cat strofe tudo o resto decorreu a organiza o manuten o rapidez a preven o imediata as interven es de restauro e conserva o in situ e a posteriori a ajuda vindas de fora o interesse sublimado pela salvaguarda do tesouro herdado que foi sempre posto em primeiro lugar Tudo isto durante um per odo onde ainda n o tinham propriamente chegado os avan os cient ficos do mundo do restauro este existia claro mas a vertente te rica era mais bem estudada que a pr tica No entanto apesar destas inevitabilidades transcendentes Funda o Gulbenkian todo o processo de recupera o decorreu da melhor forma vi vel foram reunidos todos os esfor os e fontes poss veis com vista num s objectivo a recupera o do legado de Calouste Gulbenkian Reflectindo nesta observa o podemos concluir que sem legado n o haveria Funda o pois esta originou do desejo do Coleccionador em deixar em Portugal tudo o que com toda a cura reuniu ao longo da sua vida A abordagem relativa aos cap tulos da museologia e do plano de emerg ncia julgamos que seja id neo conjug los numa s observa o a museologia e o estudo e an lises que esta implica dentro do ambien
18. o dos valores apropriados para o clima do museu especialmente o intervalo de temperatura e humidade relativa em que os objectos est o est veis Ora a preserva o das obras depende do conhecimento dos materiais que integram as mesmas como se comportam e como as influ ncias ambientais actuam sobre estas para poderem ser posteriormente controladas Danos causados pela ac o da luz e de valores inadequados termo higrom tricos deterioram lentamente e de maneira menos dram tica Evidente que a luz n o se pode eliminar uma vez que necess ria visualiza o dos objectos e permite que o p blico se movimente com seguran a A quantidade e o tipo de radia o a que poder o ser expostas colec es mais suscept veis devem ser limitadas ao montante m nimo da faixa espectral de luz vis vel indispens vel para a visualiza o de uma obra Sem d vida que uma tarefa que requer uma adapta o variabilidade do olho humano e da ampla gama de cores texturas e contrastes Determinar de maneira concreta os n veis mais apropriados muito complexo pois tantos outros efeitos t m de ser considerados visto que diferentes materiais t m diferentes respostas a valores espec ficos ou a altera es Um clima adequado para um tipo de material pode ser extraordinariamente prejudicial para outros e e e o efeito a curto e longo prazo e a velocidade do processo de envelhecimento de cada mat ria deve ser considerado A manuten o
19. s o a classe mais afectada a todos os tipos de degrada o e em rela o luz podem alterar se manifestamente A exposi o luz quando n o controlada provoca uma modifica o do estado molecular de um material seguindo se um estado de excita o provocado por um aumento de energia acumulada as consequ ncias de tal processo comportam normalmente um amarelecimento ou descolora o das cores que ficam como que esmorecidas Portanto um ambiente sem conten o de luz provoca a foto oxida o a degrada o causada pelos efeitos denominados fotoquimicos depende da qualidade e quantidade de radia es a que est o sujeitos como Radia es ultravioletas UV U V com comprimento de onda mais curto Tempo de exposi o maior Intensidade da radia o Conjuga o com a temperatura e a humidade relativa Somando estes factores e tendo em conta o grau de ilumina o e o tempo a que as obras foram expostas h que salientar que estes se baseiam em leis de reciprocidade a deteriora o directamente proporcional ilumina o e ao tempo de exposi o Como 2 gt As a 5 valores m ximos de ilumina o foram preestabelecidos quadros guias 5 ALVES L O ambiente e os objectos de museu Instituto Jos de Figueiredo Lisboa 1977 55 mo Ibidem 48 Para pintura a leo couro n o pintado marfim osso madeira e laca n o se deve superar 150 Jux Para objectos partic
20. sempre que poss vel e o procedimento integralmente documentado Artigo 16 Quando a utiliza o social de um bem cultural seja incompat vel com a sua preserva o o Conservador restaurador deve discutir com o propriet rio ou respons vel legal se a execu o de uma reprodu o do bem cultural poder ser solu o O Conservador restaurador deve recomendar processos de reprodu o adequados de modo a n o danificar o original So Todo este tipo de decis es s o feitas pelo conservador restaurador que analisando a obra estruturalmente e no meio circundante ir decidir o que melhor para o prolongamento da vida desta Usufru mos assim deste exemplo para sublinhar a patente diferen a que existe entre o t cnico restaurador conservador e o curador que esse sim tem fun es de supervis o administra o e delega o complementares s dos t cnicos de restauro O trabalho do curador multifacetado e dependendo do tipo de institui o em que est inserido pode ser uma pessoa altamente especializada com responsabilidades particulares para reas da colec o definidas ou pode desenvolver um trabalho mais generalista que permita controlar um vasto espectro de materiais e encarregar se do desenvolvimento de uma exposi o ou a manuten o e utilizo das instala es do museu 18 E fo pi O CurCom descreve as fun es do curador sublinhando a import ncia de ter em conta os seguintes factores A int
21. 89 90 64 enquadramento humano E ainda que um Museu n o se pode medir pela sua extens o mas pela dimens o do espa o que o p blico tenha podido percorrer dele auferindo um verdadeiro proveito cultural Portanto aquando o recebimento das esp cies para os abrigar idoneamente a Funda o adquire para al m do local destinado constru o do Museu o Pal cio Pombal em Oeiras que serviu como dep sito transit rio Os servi os t cnicos da Funda o e diversos especialistas procederam ao perfazimento adaptativo e renova o dos espa os com cuidados espec ficos como a instala o de sistemas de seguran a e de climatiza o tendo em conta a recupera o do edif cio mas sobretudo a conserva o do variado acervo Relativamente ent o s decis es de foro museol gico vigoravam na altura duas correntes antag nicas uma mais cl ssica e outra mais vanguardista veio defendida esta ltima colocando assim a Institui o num estado actual a n vel internacional A transfer ncia das obras ocorreu de Julho de 1958 a Julho de 1960 com uma totalidade de cerca 1272 embalagens transportadas por via t rrea mar tima e a rea A compet ncia de todos os t cnicos que se encarregaram do embalamento e transporte foi ex mia visto o xito total da transla o A Funda o como propriet ria de inigual vel patrim nio art stico sente se na obriga o de fornecer ao p blico a frui o da colec o que tinha em m os
22. Imagem 17 3 O verniz oxida com a ac o da luz e ar amarelecendo com o tempo Este fen meno causa tamb m transpar ncia e uma apar ncia leitosa turva Esta opacidade denomina se bloom e o resultado da H R alta ou seja neste caso trata se da ac o da gua e da secagem subsequente 86 TO 14 14 14 problem tico em termos de interven o ter o sido os rasg es que s por si ter o tornado as opera es de restauro mais morosas visto que a recupera o se trataria n o somente de uma opera o em concreto mas de v rias subsequentes de modo a restaurar toda essa parte redando lhe a justa reintegra o material e pict rica Um ponto singular foi que ap s o levantamento da primeira camada oxidada de verniz em mais do que um caso a que estava por baixo apresentava se tamb m amarelecida o que podemos assumir como um reflexo das primeiras interven es de restauro que se ocupariam mais do camuflar para dar um ar saud vel obra quando as t cnicas de recupera o n o tinham sido ainda exploradas e restaurar significava esconder As restantes tipologias de degrada o s o naturais consequ ncias da ac o da gua na medida em que se tratam sobretudo de amolecimentos de colas fragiliza es das camadas pict ricas e margens irregulares devido s oscila es e dilata es do corpo das pinturas O Instituto Jos de Figueiredo foi a entidade encarregue de todos os restauros
23. In The Lemon Grove in Years to repair the damage in The international campaign for Florence and Venice Special Issue by UNESCO Courier January 1967 p 24 z7 313 Pinturas de ret bulo 431 Pinturas em tela 11 Series de frescos 39 Frescos individuais 3 Frescos removidos da localiza o original 14 Grupos de esculturas 144 Esculturas individuais incluindo 22 talhas 23 Iluminuras x E 125 Relativamente s pinturas destacamos as obras de Cimabue Lorenzetti Fra Angelico z g 3 12 z Domenico Veneziano Bronzino e Vasari entre tantos outros vindos desde o s culo XIII at ao s culo XVI As contribui es de assist ncia aos trabalhos de restauro foram grandes tendo movido restauradores institui es e diversas entidades que de livre vontade se deslocaram para cooperar na recupera o dos esp lios danificados Os especialistas e profissionais que chegaram a It lia provenientes de todas as partes do mundo para participar no esfor o de recupera o regressaram aos seus pa ses e respectivas institui es com abordagens e tratamentos pioneiros em Floren a semelhan a dos procedimentos efectuados pela FCG quanto s pinturas a prioridade foi dada a limpezas preliminares e fixa o das superf cies pict ricas para evitar a perda total Tamb m a perda de volumes e pergaminhos foi resolvida da mesma forma com interven es r pidas de emerg ncia para o evitamento
24. Retrato de uma Jovem Esta pintura estava fixada num suporte de madeira com cerca de 20mm de 1 k ES EE As gt as espessura 33 e os danos causados pela inunda o consistiram em dois rasg es de m dia 132 Consultar Anexos Imagens 6 a 17 3 133 Consultar Anexos Imagem 12 83 dimens o danifica o intensa das margens e oxida o parcial da pel cula protectora Os rasg es encontravam se num dos quadrantes inferiores e os danos nas margens abrangiam toda a pintura A camada crom tica para al m da oxida o da camada superior de verniz encontrava se fragilizada nos bordos devido s rachaduras das margens A oxida o do verniz vis vel sobretudo pela presen a de uma linha s 2 n135 demarcada do n vel da gua As interven es levadas a cabo corrigiram todos estes problemas as fixa es da camada crom tica evitaram uma maior perda de pintura e a entretelagem de refor o assegurou a estabilidade do suporte e nivelou as margens da pintura O pintor Brown com a fam lia O problema mais relevante que esta pintura apresentou foi uma intensa oxida o da pel cula de verniz e a presen a de lamas no verso e fronte do quadro Ap s a limpeza sobressairam pequenos retoques j enegrecidos sobre as lacunas na camada pict rica sobretudo nas margens do quadro A extens o da oxida o do verniz abrangia toda a pintura e igualmente a presen a de lamas por sua vez o suporte revelou se algo inst
25. Um museu tanto pode ser um sepulcro como um altar Tanto pode ensombrar de morte as obras mais belas como animar e exaltar a vida da beleza que algum sopro divino criou Durante longos anos quase foram os museus meros armaz ns recheados em geral a mais n o poder ser num ordenamento ass s relativo numa atmosfera de solenidade invariavelmente soturna e pesada Museu e pe a de museu chegaram assim a tornar se express es depreciativas Mas a museologia nasceu adquirindo fei o de ci ncia estabelecendo conceitos e normas a que j hoje s por defici ncia de meios se n o atende e obedece Para a apresenta o desta parte da colec o houve uma preocupa o museol gica resultando numa an lise e aplica o de melhoramentos se bem que j previamente o MNAA tinha sido alvo de v rias aperfei oamentos como revestimento de superf cies sistemas de ilumina o natural e artificial organiza o e distribui o dos espa os para um acondicionamento e nfase das obras expostas Para a exposi o da Funda o procedeu se ent o ao arranjo de novas salas amplia o e melhoria das restantes procura de um clima ideal e preocupa o pelo equil brio e harmonia que a distribui o propositada das pe as pudesse fornecer ao visitante Em rela o ao sector educacional houve uma preocupa o para com a compreens o do p blico e como primeira experi ncia foram realizados textos explicativos com grava o que eram transmiti
26. as minhas grandes amigas as quais me ajudaram sempre entre desabafos a ter for as e que me ajudaram a superar tudo A toda a minha fam lia fenomenal que sempre me ajudou e incentivou aos meus av s Alberto e Lic nia aos meus tios Jo o e Elisa s minhas primas Mariana e Elvira ao Eurico minha irm Marta que com as suas impaci ncias sempre me distrai e por fim aos meus queridos pais ao meu pap Gabriele pela grande ajuda esfor o e amor e minha mam F tima a mulher mais corajosa que conhe o bonita por dentro e por fora que apesar das intemp ries da vida p e sempre os seus frutos em primeiro lugar dando me sempre todo o amor benevol ncia apoio incondicional e felicidade que eu possa precisar Por fim agrade o ao Carlos Frederico por tudo pelo seu amor e pelo est mulo amizade carinho apoio compreens o cr ticas e sugest es que sempre me deu mas sobretudo pela sua infinita paci ncia e pela sua habilidade em aguentar os meus maus humores e as minhas tristezas e por estar sempre a meu lado no bom no mau e no p ssimo durante estes anos percorridos juntos N o vou deixar de referir e agradecer ao tio Carlitos no qual penso muita vez com imensa saudade e que tenho a certeza que de vez em quando d uma espreitadela e um empurr ozinho e o qual tenho a certeza que estar presente neste momento de felicidade se n o em carne ent o em esp rito Resumo O equil brio vital de uma obra de arte deve
27. catastr ficas id nticas Optou se por analisar analogamente o caso de Floren a extremamente semelhante se bem que em dimens es maiores ocorrido em 1966 N o querendo cingir o caso da Funda o a um espor dico evento lusitano a necessidade de um caso comparativo surgiu com oportuno e v rios foram os casos pesquisados mas a prefer ncia foi para o de Floren a por ter sido um caso derradeiramente catastr fico eliminando in meras obras de arte de valor exponencial e por ser mais pr ximo s nossas ra zes Como referido estas pinturas encontravam se no Pal cio Marqu s de Pombal em Oeiras aquando das inunda es de 1967 que resultaram no alagamento dos cofres do Pal cio onde estavam colocadas temporariamente as ditas Iremos analisar o estado das pinturas antecedente s inunda es o estado ulterior s cheias e consequentemente os procedimentos realizados pela principal entidade restauradora o Instituto Jos de Figueiredo Denot mos que durante este processo foi fulcral o relato vivo que nos ofereceu a Dr Maria Teresa Gomes Ferreira a antiga Directora da Funda o que Nomeadamente a inunda o de 2002 em Dresden DE especificamente o museu Albertinum completamente restructurado e reaberto em 2010 pinturas danificadas pelas inunda es causadas pelo furac o Katrina em 2005 inunda o em Praga CZ de 2002 af sobejamente descreveu a logistica da qual foi encarregue naquele momento de emerg ncia sublinhando a
28. das outras que podem ser limitativas pode ser aplicada e modificada visto os tempos de secagem longos um tipo de pintura normalmente est vel duradoura e resistente se bem aplicada No entanto o envelhecimento afecta igualmente este g nero de pintura com diversas variantes que podem ser naturais ou causais esta ltima por vezes erro do pr prio pintor por falta de conhecimento dos materiais e da consequente m aplica o dos mesmos he As modifica es do estrato pict rico devido s t cnicas pict ricas e ou envelhecimento s o Rugas Amarelecimento prim rio e secund rio Perda de capacidade de cobertura Perda de coes o Descolora o ou atenua o das cores Escurecimento Deslizamentos Craquelures 7 Blanching O amarelecimento prim rio frequentemente encontrado uma reac o escurid o que comparece nas pinturas frescas que foram conservadas no escuro ou na penumbra Depende da natureza dos leos secantes da sua percentagem da espessura do estrato e da HR do ar quando o ar muito seco a pel cula pict rica n o amarelece O amarelecimento verifica se com o passar do tempo um efeito secund rio da secagem quando em estado l quido os leos secantes n o amarelecem Com o passar do tempo o amarelecimento prim rio transforma se em secund rio este consequente da presen a e ac o da luz ao inv s do amarelecimento prim rio e irrevers vel Este efeito deterioran
29. de experi ncias pr vias para um novo plano de emerg ncia Utilizar um plano de emerg ncia pertencente a uma outra institui o cultural como modelo mas n o adoptar automaticamente todas as guias sem avaliar o plano para adapt lo s necessidades caracter sticas da pr pria institui o Apontar v rios adeptos ac rrimos de um plano de emerg ncia que sejam membros da equipa para a forma o de uma comiss o s lida VAROLI PIAZZA R Sharing Conservation Decisions ICCROM Roma 2007 p 135 156 yp Ibidem 157 DORGE V JONES S Building an Emergency Plan A Guide for Museums and Other Cultural Institutions Getty Conservation Institute Los Angeles 1999 p 25 92 Ajudar os empregados a superar o eventual receio de um desastre pondo em pr tica respostas com simulacros de emerg ncia para que haja treino e responsabilidade de pronta resposta Cada institui o nica pela natureza das suas colec es pelas suas instala es posi o geogr fica recursos comunit rios equipa e volunt rios Para um bom planeamento de emerg ncia grande parte do tempo pode ser poupado procedendo examina o de planos de emerg ncia que outras institui es tenham implementado tendo em conta as necessidades da pr pria institui o modificando o plano de acordo com as ditas As quest es mais relevantes a considerar durante a delinea o do plano de emerg ncia 158 a sois segundo o GCI 5
30. de emerg ncia evacuar de imediato o museu sem que haja qualquer impedimento Inspeccionar os recursos de conserva o tendo em conta a quantidade qualidade e durabilidade Inspeccionar os pontos fracos e planos de seguran a no edif cio Verificar a funcionalidade e disponibilidade dos meios de transporte disposi o Claramente que para que estes passos sejam eficazes h que ter um conhecimento profundo da estrutura que o museu e por isso que mais uma vez sublinhamos a import ncia da efic cia da elabora o de um plano de emerg ncia que tenha sido produzido tendo em conta todos os pr s e contras do museu todas as falhas e todos os pontos a favor para que o salvamento das obras ocorra com sucesso O museu e as suas colec es inevitavelmente deterioram se com o passar do tempo o que demanda uma minimiza o for ada das causas de deteriora o Apesar de pouco frequentes se nos depararmos com uma situa o de emerg ncia n o estamos imunes aos danos que possa causar e ao descurarmos ou se tomamos decis es inapropriadas a emerg ncia torna se um desastre fora do nosso controlo 2 3 1 As pe as Aquando a elabora o de um plano de emerg ncia h uma multiplicidade de factores relativos s esp cies a serem calculados Cada colec o tem uma identidade muito pr pria com as suas vulnerabilidades e pontos fortes mas no caso de dano potencial h que ter em conta as fragilidades que as pe as apresent
31. de perdas ulteriores ou danos z 128 ureversivels A raz o pela qual os trabalhos de recupera o das pinturas se demonstrou extremamente moroso nos reportada por Bruno Molajoli que afirma que o restauro de uma pintura um processo muito complexo e delicado mas restaurar simultaneamente in meras obras torna se um problema sem precedentes a coordena o de pesquisa para Consultar Anexos Imagem 3 124 MOLAJOLI B Ibidem p 7 125 Consultar Anexos Imagem 4 126 Consultar Anexos Imagem 5 27 Conservation Legacies of VAlluvione A Symposium Commemorating the 40 Anniversary of the Florence Flood November 2006 Villa la Pietra Florence Italy 128 Consultar Anexos Imagem 2 78 cada caso a mobiliza o de fontes t cnicas e os custos relativos s interven es certamente altos Nem sob as condi es mais favor veis esta imensa heran a art stica pode ser restaurada r pida e completamente H raz es t cnicas pela qual n o se podem tomar atalhos em determinadas opera es Logicamente que ap s uma cat strofe imposs vel de prever h que balancear e ponderar com alguma rapidez todos os passos a tomar sem esquecer que o que est em causa a recupera o m xima poss vel das obras danificadas mesmo que isso implique custos mais elevados e anos a restaurar Encontramos portanto muitas analogias entre o caso nacional e o italiano podendo se afirmar que apesar de se terem desen
32. do Paraloid que apesar de n o vir especificado o tipo e a percentual utilizada um produto moderno que continua a ser preferido pela sua estabilidade J a Ess ncia de petr leo um produto incolor de origem mineral obtido pela destila o do petr leo que possui um ptimo poder solvente sobretudo em rela o a subst ncias gordas ou leos em geral largamente utilizado nos dias de hoje pela sua volatilidade e capacidade de evapora o sem res duos Em rela o ao tipo de interven es efectuadas todas est o em concord ncia com as que estavam em voga nos anos 60 logo foram procedimentos actualizados e correctamente efectuados tanto que posteriormente nenhuma obra necessitou de uma renova o de opera es Constatamos tamb m que as interven es t m v rias semelhan as n o s por fazerem parte da mesma tipologia de obra mas por terem sofrido danos causados pelo mesmo evento Entre as causas externas de deteriora o encontramos entre a categoria das chamadas acidentais as ditas inunda es pois como a pr pria defini o indica n o s o uma causa frequente de degrada o Os efeitos da inunda o podem ser considerados casos de hidrata o extrema ou seja humidade excessiva Nestes casos os ind A 4s ys eae E Dq 131 danos causados s o de tr s tipologias diferentes f sico qu mico e biol gico BI Ibidem p 22 82 NATUREZA FISICA Amolecimento ou dilui o de colas na
33. do museu em climas espec ficos continuamente demorada cara sempre activa e de grande responsabilidade um meio adequado contribuir para a perman ncia da colec o no museu Caso seja um processo negligenciado em que se trabalhe com uma base de dados incorrecta ou incompleta para al m de ser prejudicial um desperd cio de energias e fundos Michalski notou a semelhan a entre a conserva o preventiva moderna e os conselhos dados para a boa manuten o dom stica em textos 2 30 do s culo XIX e uniu os sumarizando os em 5 pontos essenciais Deixar os espa os limpos e arrumados Manter um hor rio rotineiro para as tarefas relativas manuten o Controlar a humidade mofos e eventual apodrecimento Confinar proteger o acervo Conhecer os objectos Este ltimo ponto talvez o de maior import ncia para a conserva o em Si julgamos que pretende salientar todas as medidas que devem ser tomadas para ampliar a vida da obra ou protrair o seu envelhecimento Para uma preven o adequada deve se em primeiro lugar conhecer a estrutura material da obra ou seja a mat ria e a t cnica utilizadas na sua confec o que ir o posteriormente definir as interven es b sicas de 31 conserva o 1 1 A problem tica Se o tutelar define uma abordagem subjectiva ou passiva o acto do apresentar ou mostrar ao inv s caracterizado por uma gestualidade activa pr tica e aberta este
34. dualismo de metodologia em certos aspectos anti tica contra distingue as principais 3 MICHALSKI S Risk analysis of backing boards for paintings damp climates vs cold climates in Colour and Conservation Materials and Methods in the Conservation of Polychrome Art Works Minimal Intervention on the Structural Conservation of Paintings Proceedings of the CESMAR7 Conference Thiene October 2004 pp 21 22 DRUMOND P Preven o e Conserva o em Museus 09 11 2010 em Instituto Brasileiro de Museus p 108 http www museus gov br sbm downloads cadernodiretrizes_sextaparte pdf 3A 2 finalidades caracter sticas da institui o museal Como refere Michalski o material versus o conhecimento ou seja o objectivo por oposi o ao subjectivo o mundo material aquele do qual podemos deduzir que a sua exist ncia subsiste independentemente da sabedoria humana e sua percep o deste S o as mudan as qu micas moleculares s quais damos defini es e analisamos para um cont nuo estudo subjectivo A demanda pela conjuga o destes prop sitos antin micos dando respostas univocas contra distingue e envolve in meros aspectos da vida do museu como os aspectos pr ticos conceptuais institucionais e t cnicos A concilia o das exig ncias potencialmente contradit rias entre a salvaguarda do patrim nio a sua conserva o e o acolhimento de um p blico que reivindica n veis diferentes de oferta cultu
35. e sem qualquer tipo de barreira invadiram os jardins causando destrui o total e atingiram as paredes de duas casas fortes do Pal cio afectando assim o esp lio l guardado Impeliram os aparelhos climatizadores colocados junto as abobadas a cerca de tr s metros do solo entrando neles em cascata inundando por completo os dep sitos Os ditos aparelhos tinham como objectivo a manuten o equilibrada do clima da casa forte que encontrando se em subsolo poria em causa a conserva o das obras que estariam assim sujeitas ac o deteriorante da humidade e temperatura As portas da casa forte s conseguiram ser abertas na manh seguinte pois a gua teria inundado quase por completo o local e devido press o exercida por esta as portas s se abriram com a ajuda de maquinaria pesada Para o esvaziamento da gua foram utilizadas bombas de despejo e ap s essa interven o as obras foram de imediato retiradas e foi Dada a m nima documenta o de arquivo encontrada acerca deste caso foi poss vel e vantajoso entrar em contacto com a antiga Directora da Funda o para poder assim construir passo por passo e de modo detalhado o ocorrido ficando desta maneira com um relato de mem ria viva contada na primeira pessoa 10 Primeiro Presidente da Funda o Calouste Gulbenkian 101 Inspector geral na Funda o Calouste Gulbenkian encarregado pelo departamento Servi o Projectos e Obras a partir de 1957 102 http www
36. errada ohana E ilumina o exposta na rea comprimento fontes de luz e LUZ enfraquecimento ae eee de exposi o reduzir os de onda curta artificial n o E d ae empos de exposi o luz ultravioleta Destrui o adequada falta de P Eos P se necess rio impor um filtros a limite anual 3 Defeca es nos Furos e passagens no Cuidar da manuten o do P ssaros api oe objectos edificio edificio Materiais atractivos Objectos roidos ou fontes de a Roedores Inserir ratoeiras INFESTA ES ou devorados alimento nos materiais expostos Insectos Objectos com Isolar imediatamente os i a 3 Limpeza lepid pteros defeca es ro dos ae objectos infestados insuficiente falta de ou devorados inspeccionar as novas controlo pan Tra as baratas internamente e aquisi es do acervo danificados na 38 superficie Evitar a cria o de reas Mofo Danos superficiais h midas isolar da luz e Humidade relativa manter ao frio os elevada reposit rios etiquetar e Fungos Danos superficiais inspeccionar frequentemente os materiais a risco Amea a Fonte Danos Causas frequentes Ac o preventiva Limpar regularmente e cuidadosamente as aras de pib exposi o e os dep sitos Proximidade de i poste p PR introduzir tapetes vin licos estradas para a reten o de poeiras efectuar um controlo ambiental Falta de fil
37. futura e os aspectos est ticos precisamente porque se interv m directamente na materialidade da obra Estas duas inst ncias est o contudo frequentemente em contraste No panorama actual do restauro italiano sublinhamos as tr s principais linhas de m todo que privilegiam ou uma ou outra das inst ncias brandianas Linha conservativa Bellini e Bardeschi Linha neo filol gica Marconi Linha cr tica Carbonara A linha conservativa como j referido privilegia o factor hist rico em detrimento do 2 est tico O restauro visto como um acto eminente t cnico cient fico atento materialidade de um antigo testemunho hist rico art stico e que a obra para ser mantida e protra da na sua integridade e autenticidade vindas do passado n o postula uma necessidade de retorno ao estado original nem de parecer falsamente novo Bardeschi 10 BRANDI C op cit p 57 4 Por restauro cr tico entende se toda a interven o como um caso em si n o classific vel em categorias como as do restauro cient fico catalogadas pelos seus te ricos O restauro cr tico n o responde a dogmas ou regas mas segue a reinven o e a originalidade pois entende a obra como um objecto nico logo com requerimentos e compet ncias diversos das outras O restauro cr tico fundamenta a individualidade da obra e portanto das suas interven es dando extrema relev ncia ao ju zo cr tico que o restaurador deve possuir CARBONARA G
38. lacunas e reintegra o Remo o dos vernizes oxidados e amarelecidos Verniz de protec o aplicado 81 fontaine Coleccao Hope Venda Newmann Londres Bibliografia Obras de arte da coleccao CG Oeiras FCG 1965 N 282 do Catalogo F Gulbenkian catalogo lisboa 1982 N 987 p 154 c ilust P 377 Nota ao removerem se os retoques na base da pintura aparecerem vestigios de uma assinatura abandonada pelo pr prio pintor assinado Jan Weenix 1708 Bibliografia benezit e Dictionnaire des peintres sculpteurs dessinateurs et graveurs Tomo I Fran a Libraire Grunct 1955 p 691 De denotar varios pontos relevantes em comum todas as obras ficaram prontas para a inaugura o do Museu da FCG em 1969 logo todos os restauros acima reportados tiveram a dura o m xima de dois anos Um outro ponto interessante o facto de todas as entretelagens terem sido feitas com uma tipologia de tela da Companhia Nacional de Fia o e Tecidos de Torres Novas dando assim prefer ncia por materiais e qualidade nacionais Tamb m a tipologia de interven es um ponto de an lise interessante tendo em conta os materiais que foram utilizados para as opera es como o Gervatol o Paraloid e a Ess ncia de petr leo que s o produtos completamente actuais e muito utilizados excep o talvez do Gervatol que teve o seu apogeu nos anos 60 em Fran a mas que pode provocar irreversibilidade ao contr rio
39. m acerca das circunst ncias dram ticas que na altura se julgaram momentaneamente irremedi veis Pretendeu se com esta exposi o apresentar os resultados da recupera o das pinturas bem como dos seus tratamentos executados pelo Instituto Jos de Figueiredo Do esp lio danificado foram escolhidos doze casos que representavam as obras mais atingidas para tal foi necess rio recorrer a outros componentes informativos que pudessem transmitir aos visitantes algumas das fases interm dias dos tratamentos e tamb m parte da documenta o fotogr fica A exposi o forneceu ao p blico uma ideia do antes estado precedente inunda o o interm dio resultados e consequ ncias dos danos provocados e o resultado final fase posterior ap s os restauros executados Podemos considerar que esta exposi o teve como objectivo passar uma mensagem acerca dos seus actos de conserva o e restauro preventivo para transmitir um legado ao p blico ou um alerta para situa es futuras A mensagem que o Museu pretendeu passar foi a de compromisso com a preserva o das obras de arte entendida como uma ac o c clica e cont nua neste caso respeitante s circunst ncias catastr ficas sofridas A mem ria desses instantes parte integrante do Museu sofrida em conjunto com as entidades que ao facultarem todos os meios materiais e humanos conseguiram reunir volta da cat strofe compet ncias e esfor os no mbito t cnico cient fico das
40. mas oferecem gua e aos sais sol veis uma via de penetra o em profundidade Estes danos s o potenciados pelos materiais constituintes do objecto que ao possu rem Um lux equivale ilumina o de uma superf cie sobre a qual cai uniformemente o fluxo luminoso de um lumen por metro quadrado O lumen a unidade de medida da quantidade da luz emitida no vis vel Factors Of Deterioration Affecting Works Of Art Heritage Conservation Centre 2001 49 coeficientes diferentes de dilata o t rmica permitem que os danos se manifestem em fracturas nas interfaces das superf cies em que se interligam Esta tipologia de dano considerada de tipo f sico visto tratar concretamente de mecanismos de deteriora o na forma e dimens o dos objectos A esta tipologia agrupam se outras duas a de tipo qu mico que concerne as reac es qu micas danosas nos materiais e a de tipo biol gico que trata dos microrganismos axiom tico que valores inadequados e oscila es de valores no ambiente induzem aos materiais solicita es tais que provocam o enfraquecimento estrutural e consequentemente danos irrevers veis porque cada material possui um valor espec fico de toler ncia humidade que pode variar consoante as condi es termo higrom tricas em que se encontra inserido Se n o se encontra um ponto de equil brio entre o objecto e o ambiente d se uma troca de vapor aquoso que comporta muta es de vo
41. mesmo campo Consultar http www iccrom org eng news en 2007 en various en 06 O6obitThomson en shtml 98 tempo O edif cio pode portanto ser uma fonte de problemas como uma fonte de solu es Elias Casanovas refere acerca do nosso pa s que n o podemos ignorar que o nosso clima sobretudo o de Portugal continental sujeito a varia es s vezes bruscas que podem ter consequ ncias muito graves para a conserva o das obras de arte para as quais h que estar preparado e cuja incid ncia no passado de uma 2 clima est colec o temos de conhecer conforme temos vindo a afirmar directamente relacionado com as potenciais causas de perigo para o edif cio da institui o bem como para a conserva o das obras Por isso h que ter em conta os estudos realizados sobre o clima do pr prio pa s e incluir os factores de riscos se os houver no plano de emerg ncia a ser elaborado O edif cio se for recente j ter medidas de seguran a implementadas mas tratando se de um edif cio n o adequado sem normas para salvaguarda e manuten o do museu tornar se mais rdua a implementa o de um plano de emerg ncia equilibrado Portanto a multiplicidade de factores como j referido s o todos importantes nas suas respectivas reas sobretudo em rela o preserva o do esp lio como os j referidos Vade Mecum e Invent rio de todas as esp cies que o museu possui O plano de emerg ncia vem apenas
42. na medida em que esta seria uma situa o sujeita ao fracasso com in meras causas para o insucesso e no entanto com toda a assertividade e profissionalismo progrediu de um ponto baix ssimo at recupera o quase total Uma conclus o directa e objectiva imposs vel de retirar pois este um estudo cont nuo sobre a vida das pe as e da sua conserva o que estar o em constante mudan a e adapta o e que prolongar ao longo de largos anos Ao longo deste estudo despontaram portanto outros temas intr nsecos conserva o e houve uma necessidade de tentar esclarecer alguns Tomamos exemplo da primeira parte que trata da quest o do restauro preventivo referenciado primariamente por Cesare Brandi considerado pai do restauro uma nomenclatura que suscita debate pelo uso da terminologia restauro Ao longo desse cap tulo prop e se uma ideia do que poder realmente ser considerado o restauro preventivo Aquilo que podemos afirmar com certeza que implica toda a tarefa ou plano para um acondicionamento secund rio ou indirecto das obras com vista a prolongar a vida da obra A conserva o ou o restauro preventivo t m o mesmo fundamento visto que ambas se ir o basear numa actividade indirecta diferenciando se cremos apenas por um factor hist rico da escola italiana versus as restantes em que esta adopta esta terminologia e os conceitos que a precedem tratando a como restauro considerando a um restauro indirecto S
43. nosOLICS Sins asa E ec a 20 2 Aspectos fundamentais da pintura a leo wicccccssscccccssscccceeessecececsseceeessuseeseessaeeeenes 25 2 VOS Craquelures aaa sima dessas alado Geant santana les saaaa a a LR 28 CAP TULO II NO ES DE MUSEOLOGIA COMPORTAMENTOS A ADOPTAR PARA AS BOAS PR TICAS DE CONSERVA O NO MUSEU 32 1 Responsabilidade conservativa do MUSCU scccccccesseceteceteceeeeeeseeeeseceseeeeeeenaeees 32 LIA problem tica ct etei cA i E SE Sei sD AM ne a 34 WD Tutela das Colec es us inatas secesndceudtees Gba eMail 35 2 Consideracoes TECNICOS dita aaa dai natalia cane tec 4 2 1 Humidade e Temperatura sissuscssdevadcecstacscsha ss vevecr sovadesadsyieiavssianetsentadiesentese 42 22 Os poluente Senas e a ndike dl ra N sags a Cadi wad sama Cotati ee Ae 46 2 3 A luz como factor de GELENOT OCHO ss plate sanar us da 48 2 4 Tipologias ACC OTAA ICAO dascstsnauctuias Sia epee spsaaeeeeaalabeaseaniies 49 24 1 Deteridra o fisica wissccrsiirunceeessccuedsaavanacessebaatandsasannessdendeervasedan Enade nas 49 2 4 2 Deterior a o g imicd ansiedade EN safadas 52 2 4 3 Deteriora o DIOI LICA custas aus ao pala gata ias cahendiousei Nb nana as nda 53 3 Finalidades e Metodologias apra cima paira ap satan atado escala ci pas aa 55 4 conserva o da pintura de cavalete em ambiente museol gico 59 4 1 Cuidados de manuseamento e ma
44. o Par metro Materiais Objectos Nivel de Sensibilidade M veis dourados lacados ou entalhados instrumentos musicais em madeira pinturas q ny moe E Extremos s varia es de HR em pain is ret bulos ou esculturas de madeira iluminuras lacas orientais gesso Tecidos vestidos pinturas a leo em tela obras de arte e documentos em papel ou i e pap Necessitam de condi es de humidade pergaminho materiais de origem vegetal fits relativa moderadas est veis HUMIDADE papiro objecto em madeira policromada RELATIVA couro marfim miniaturas Pedra m rmore cer mica vidro ligas de Relativamente insens veis s varia es de prata e ouro humidade relativa Ferro a o lat o bronze cobre e as suas ligas prata e ouro comum bronzes f A gas pi i as a Necessitam de valores baix ssimos de arqueol gicos vidro inst vel e iridescente a e humidade relativa tecidos com elementos met licos repert rio mumificados TEMPERATURA Pelicas peles animais repert rios animais Necessitam de baixos valores de DO AR mam feros e p ssaros temperatura A interac o conjunta entre a temperatura e a humidade actua de maneira diferente no objecto ou seja segundo a sua higroscopicidade Estas varia es estabilizam se entre o objecto e o meio circundante quando se chega a um ponto de equil brio mas esta harmonia constantemente descontinuada pois a hum
45. o portanto conceitos e terminologias que acabam por ser an logos pois trabalham para o mesmo fim Subsequentemente a esta abordagem inicial foc mos a diferencia o entre o restaurador conservador e o curador que sendo duas profiss es t o distintas n o deixam de estar como em todo o universo do restauro e da conserva o intrinsecamente interligadas pois mais uma vez ocupam se da salvaguarda das obras de forma directa ou indirecta tratando se de um objecto singular 109 ou de uma colec o O curador desempenha um papel talvez superior em rela o ao t cnico de restauro na medida em que delega e administra fun es relativas salvaguarda das obras incluindo o trabalho desempenhado por um t cnico Portanto apesar de se tratar de uma profiss o repleta de multiplicidade de responsabilidades um trabalho de supervis o lideran a e delega o de tarefas O curador considerado um conservador mas o seu trabalho difere pois n o h uma vertente pr tica no mbito da rea do restauro para isso o t cnico de restauro t m o seu lugar pois ocupa se principalmente da materialidade das obras Ressaltamos ent o a introdu o pintura na sua vertente pr tica e material com o intuito de abordar as maiores causas de deterioramento da mesma para introduzirmos subsequentemente os casos da Funda o Gulbenkian que sendo alvo de uma inunda o sofreram danifica es sua estrutura que analisamos ao longo da segund
46. origem em falhas estruturais do museu canos rebentados escoamentos do telhado ou outro tipo de fugas Os materiais mais vulner veis ac o da gua incluem se num largo espectro pois quase todos os materiais mesmo os mais 100 resistentes em contacto prolongado com a gua apresentam danifica es Elencamos 173 alguns Materiais de arquivo como desenhos fotografia filmes documentos v rios de diferentes materiais ou documentos que tenham um m dium sol vel em gua Colagens pintura em tela ou pain is esculturas policromadas aquarelas e guaches Osso e marfim possuem um n vel alto de higroscopicidade Mobili rio madeiras entalhados lacados ou pe as que contenham ferro ornamental Peles couro sobretudo se forem objectos que estejam sob tens o que tenham aplica es de tinta ou que sejam trabalhados como os pergaminhos Objectos de metal como bronzes ferro lat o cobre a o ou ferro T xteis A tipologia dos danos que a gua provoca est o na sua totalidade identificados e que podem ser intitulados de cl ssicos pois s o danifica es que por causa de todas as experi ncias precedentes se revelaram as mais frequentes Identificamos os mais a 174 relevantes num dominio geral Passagem de cor ou bleeding de um objecto para outro Corros o e ferrugem em objectos met licos Eros o de objectos em pedra Perdas de estabilidade dimensional em t xt
47. preven o pois o acervo de uma institui o est sempre no caso em que se exclua o perigo para o p blico em primeiro lugar Tem de ser portanto um plano de seguran a multidisciplinar que consiga abranger e ditar orienta es para tudo o que esteja sujeito aos danos de um evento catastr fico 2 1 O Vade Mecum Este tipo de manual funciona como um guia abrangente e intelig vel que aborda todas as tem ticas recorrentes do bom funcionamento de um museu e acima de tudo oferece procedimentos importantes simples e adequados No Vade Mecum de Elias Casanovas e Anabela Almeida s o nos fornecidas recomenda es relevantes para a manuten o das obras de arte num comp ndio escrito com rigor e clareza que nos guia por uma sabedoria acess vel ao universo da conserva o preventiva dentro de um museu Consideramos extremamente eficaz um regulamento do g nero que preceda e acompanhe o plano de emerg ncia que a ser elaborado por um museu com recomenda es pr ticas podem ser acess veis a todos os funcion rios do museu ou aos encarregados de determinados departamentos como os funcion rios encarregues de supervisionar as exposi es para que estes possam p r em pr tica as ditas advert ncias Porqu a necessidade de implementa o destes conceitos Porque a conserva o preventiva parte integrante da vida do museu e os objectivos desta s o os de conceber planificar e de realizar sistemas ou procedimentos eficazes
48. rela o obra de arte e sua dupla polaridade Da conclu mos a import ncia da necessidade de incidir estes conceitos na forma o do restaurador de modo a que este considere a obra e a veja como a entendia Brandi na sua historicidade e na sua est tica de modo a que ambas sejam recuper veis 16 indispensabilidade de pesquisa pelo estado da consist ncia da s mat ria s e consequentemente sobre as condi es ambientais em que se insere que t m de ser necessariamente consideradas pois podem permitir a precariza o ou amea ar E 10 directamente a conserva o da obra Nos dois ltimos dec nios o contraste entre a teoria da conserva o e o restauro cr tico foi se atenuando progressivamente resultando numa converg ncia de posi es cr tico conservativas ou seja tem hoje uma inclina o prevalente para com a sensibilidade ao dever prim rio da tutela da perpetua o e da conserva o das esp cies sem esquecer as raz es e os porqu s de uma v lida modifica o da pr pria obra Actualmente o restauro encontra se definido cientificamente em termos de estatuto e chegou gradualmente a um alto n vel de rigor hist rico e cr tico acolhe e integra a atribui o de fun es compat veis e equilibradas para uma garantia de preserva o no tempo Brandi exp e claramente a duplicidade dos problemas do restauro que tem de ter em considera o os aspectos hist ricos que se conservam para uma transmiss o
49. requer capacidades estrat gicas de denotar em que as v rias reas abrangidas actuem interligadas para o mesmo prop sito final Cada rea competente tem um impacto directo nos standards de funcionamento e evolu o do museu o que se revela significativo pois actualmente a qualidade de um museu avaliada n o somente em rela o ao seu n vel de m rito colec es que possui ou atrac o ao p blico mas sim em rela o capacidade de satisfazer as exig ncias espec ficas da gest o do museu da manuten o do esp lio e dos servi os ao p blico O conceito de valoriza o consiste no assegurar as melhores condi es de frui o p blica do patrim nio incorporando o apoio dos intervenientes da conserva o do patrim nio cultural Fica ent o impl cito que os conceitos de frui o e conserva o est o interligados no o de efici ncia de presta o do museu e das dota es infraestruturais que este possui ergo a qualidade ambiental A problem tica principal do conservador ent o a gest o de um todo e da escolha e utilizo dos instrumentos mais adequados para p r em pr tica os objectivos indicados e para preservar o pr prio patrim nio de valores sem faltar ao compromisso hist rico que imp e uma adequa o do sistema museal s novas expectativas e responsabilidades que lhe foram confiadas O objectivo principal do conservador uma avalia o conservativa que funcionar mate se 70 como modelo d
50. ser poligonais com andamento 2 Critical Pigment Volume Concentration Concentra o Volum trica Cr tica do Pigmento Urdidura s o os fios longitudinais paralelos deitados sobre a arma o da tela A trama s o os fios transversais inseridos com lan adeiras Consultar Anexos Imagem 1 Em http www disegnoepittura it tecnica caravaggio tele 17 07 2012 28 geom trico ordenado ortogonal farpado etc as que t m um bordo visivelmente l mpido s o mais recentes e s o devidas a traumas f sicos Precoces t cnicas erradas ou pouco id neas de execu o a cor lasca H uma m xima a respeitar a do grasso sul magro ou seja subst ncias polares em bases apolares Se esta n o for respeitada ou seja revertida d se um deslizamento da mat ria magra na gorda que causa uma consequente quebra Existem v rios tipos de craquelures j identific veis pela sua frequ ncia Cocleares Cocleiformes quando a espessura do estrato excessiva relativamente ao suporte este n o aguenta a cor E um fen meno que se encontra frequentemente em pinturas do s culo XVIII V rtice quando os tempos de secagem n o s o respeitados entre os estratos subjacentes h uma tentativa de sa da evapora o do solvente pelo substrato que ao tentar sair concentra se nos pontos mais d beis Rugas Encrespaduras apresentam se como vincos pregas ou grumos na superf cie e s o devidas a um exc
51. 56 692 3 MICHALSKI S et al Running a Museum A Practical Handbook Care and Preservation of Collections ICOM International Council of Museums 2004 ISBN 92 9012 157 2 MOURA A Exame T cnico E Ficha De Restauro De Uma Pintura Portuguesa Do S culo XVI Separata da Revista Museu Porto 1942 Colec o Reis dos Santos MOURA de A Os Problemas da Conserva o das Pinturas e das Condi es do Meio Colec o Reis Santos Museu Nacional de Arte Antiga Lisboa 1961 MOURA A Restauro e Conserva o de Obras de Arte I Reuni o Dos Conservadores Dos Museus Pal cios E Monumentos Nacionais Separata de Viseu setembro de 1960 Colec o Reis dos Santos 130 MURRAY E Protecting your assets an evaluation of museum emergency planning practices Disserta o de mestrado em Museum and Heritage Studies 2011 PADFIELD T BORCHERSEN K Museum Microclimates eds National Museum of Denmark 2007 ISBN 978 87 7602 080 4 PERUSINI G II Restauro dei Dipinti e delle Sculture Lignee Storia teorie e tecniche Udine Del Bianco Editore 1994 RUIJTER M La manipulation des collections dans les r serves em coopera o com ICCROM UNESCO 2010 SAMPAIO L et al Pintura no Museu Calouste Gulbenkian Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa Portugal 2009 ISBN 978 972 8848 61 3 SOUSA de B C et al Plano de Conserva o preventiva Bases orientadoras normas e procedimentos
52. 8 s o as seguintes 7 O acervo mais importante que o edif cio Pode a pr pria colec o ser priorizada Quais s o as obriga es morais e legais da institui o em rela o equipa aos visitantes e s colec es Tendo em conta o tipo de emerg ncias que se pode esperar e a dimens o da pr pria institui o que tipo de resposta de emerg ncia a melhor O qu o s rio tem de ser a emerg ncia para se activar o plano e quem toma essa decis o O planeador do desastre contingente deve transcender o mundo confort vel do seu gabinete e situar se no frenesim no ambiente de p nico que prevalece quando um desastre ataca Esta pessoa tem de pensar o impens vel antever o imprevisto e esperar o inesperado Barton J e Wellheiser J em An Ounce of Prevention Face a um desastre imprevisto todos os rg os de uma institui o desde o Director aos funcion rios toda a equipa tem de estar mentalmente preparada para a eventualidade se bem que caber ao diligente encarregar ent o as tarefas aos respectivos funcion rios participando activamente na ac o de interajuda que ter de se desenvolver progressivamente para a salvaguarda do p blico do acervo e dos restantes objectos a preservar Ap s a intemp rie o diligente ter de enfrentar uma multiplicidade 158 Acr nimo de Getty Conservation Institute 19 Ibidem p 32 18 Ibidem p 42 traduzido por Elisa Comberiati 93 de tarefas como a determina
53. Institui es nacionais e estrangeiras mais 119 conceituadas 1 3 Um caso comparativo a inunda o de Floren a de 1966 N o obstante a bibliografia dispon vel relativa s solu es museol gicas para eventos catastr ficos na poca em quest o verificamos que o caso das obras da Funda o Gulbenkian se reveste de peculiares condi es nomeadamente localiza o e a 18 Ibidem p 16 Do Bisturi ao Laser Oficina de Restauro do Museu Calouste Gulbenkian Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa 1995 p 11 76 improbabilidade do acontecimento o que ter condicionado uma ac o for osamente adaptativa Esta eventualidade pode ser comparada s inunda es florentinas que decorreram no ano precedente se bem que esta ltima tenha sido exponencialmente mais gravosa pois atingiu um largo espectro de edif cios onde se encontravam important ssimas obras de arte No entanto o caso n o deixa de se assemelhar pois muitas das obras atingidas encontravam se nas mesmas condi es que as da Funda o Gulbenkian Bruno Molajoli reporta para a Unesco que Floren a uma cidade desfigurada um patrim nio art stico constru do ao longo de longos s culos de fervor art stico gravemente danificado e em parte perdido para sempre por causa die os 120 da viol ncia das for as naturais desencadeadas no espa o de algumas horas Os danos propriedade cultural foram imensos o rio Arno rebentou as paredes de reten
54. Preju zos na Funda o Gulbenkian 28 Novembro p 4 7 Museu Nacional de Arte Antiga 8 F unda o Calouste Gulbenkian 1956 1981 25 anos Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 1983 pp 94 95 69 complemente a informa o obtida fruto da pesquisa executada As d vidas esclarecidas nee ics 99 podem ser divididas por v rios pontos fulcrais 1 Sucess o de eventos ap s recep o da noticia dos danos s obras 2 Estado de conserva o da pintura pr vio inunda o 3 Danos gerais sofridos pelas obras 4 Log stica do retiro e manuseamento das obras danificadas 5 Preven o poss vel do evento catastr fico Seguindo esta linha sucessiva de quest es expomos ent o a informa o obtida acerca da inunda o e o n vel de estragos produzidos bem como os procedimentos sucessivos para a salva o e salvaguarda das obras Ap s o recebimento da not cia de que o Pal cio Pombal estaria inundado e as obras danificadas o Dr Azeredo Perdig o juntamente com a Dr Maria Teresa e o Dr Charters de Azevedo dirigiram se de imediato para Oeiras mas os danos na capital eram de tal ordem que a viagem protraiu se e culminou na manh seguinte Oeiras encontra se numa posi o ribeirinha sendo circundada por v rias ribeiras que t m como limite o sul do rio Tejo Aquando as inunda es o n vel das guas circundantes conjugada com a forte precipita o e a subida da mar subiu cerca de 7 metros
55. Temas de Museologia IMC 2007 STOLOW N Procedures and Conservation Standards for Museum Collections in Transit and on Exhibition Switzerland UNESCO 1981 STUART B Analytical Techniques in Materials Conservation Department of Chemistry Materials and Forensic Sciences University of Technology Sydney Australia John Wiley amp Sons Ltd 2007 T TREAULT J Display materials the good the bad and the ugly Canadian Conservation Institute Ottawa Canada From Exhibitions and Conservation Pre prints of the Conference held at The Royal College of Physicians Edinburg Ed J Sage The Scottish Society for Conservation amp Restoration SSCR Edinburg 1994 ISBN 0950 8068 70 pp 79 87 THOMSON G The museum environment Butterworth Heinemann Title in association with The International Institute for Conservation of Historic and Artistic Works 1986 VAROLI PIAZZA R Sharing Conservation Decisions ICCROM Roma 2007 VODYANOY I et al Modern non destructive physical methods for paintings testing and evaluation University of Windsor Institute for Diagnostic Imaging Research Ontario Canada Imperial College London UK 131 A Code of Ethics for Curators CurCom approved by the Executive Committee of CurCom at the AAM Annual Meeting in 2009 C digo de Etica para Museus traduzido pelo Comit Portugu s e Brasileiro do ICOM CIM ICOM 2004 Do Bisturi ao Laser Oficina de Restauro do Museu C
56. UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS INSTITUTO DE HISTORIA DE ARTE As obras da Funda o Calouste Gulbenkian alvo das inunda es de 1967 O restauro preventivo da pintura a leo e a sua rela o com o ambiente museol gico Elisa Loureiro Comberiati Disserta o MESTRADO EM ARTE PATRIM NIO E RESTAURO 2012 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS INSTITUTO DE HISTORIA DE ARTE As obras da Funda o Calouste Gulbenkian alvo das inunda es de 1967 O restauro preventivo da pintura a leo e a sua rela o com o ambiente museol gico Elisa Loureiro Comberiati Disserta o orientada pela Prof Doutora Clara Moura Soares MESTRADO EM ARTE PATRIM NIO E RESTAURO 2012 Aos meus pais e ao Frederico A guilty conscience needs to confess A work of art is a confession Albert Camus 1957 Conte dos ART AGCCIING BIOS ahasacres Neca ind ar A EM gia O DD a gu TA Ed 8 Resumo mage roca e DER RSS ERR egelads teenie aaa deacon a E a eget ee 10 TRIP ODUC GO isseadinsiassasesnnenatussindadeas EE EEA T E ea eia T EA 11 CAP TULO I ALGUMAS QUEST ES TE RICAS ACERCA DA CONSERVA O E RESTAURO DA PINTURA A LEO 15 1 Restauro preventivo versus Conserva o ssscceessecesncecesncecescceessececsueeessneeeeneeeeaas 15 1 1 O restaurador conservador e o curador uma rela o intr nseca e distinta no mbito da conserva o e do restauro sa asanisis sussa Ta san den
57. a o de Pintura e Artes Gr ficas Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa Outubro 1972 Conservation Legacies of l Alluvione A symposium Commemorating the 40th Anniversary of the Florence Flood Firenze Italia November 2006 Factors of Deterioration Affecting Works of Art Heritage Conservation Centre National Heritage Board 2001 Managing Pests in Your Collections Chicora Foundation Inc 1994 Preservation Priorities for paintings in Museum Collection A publication of the Museum Association of Newfoundland and Labrador Beverley Lambert 2006 134 Response to Food and Water Damage Library of Congress Preservation Directorate June 2008 Sharing Conservation Decisions ICCROM Roma 2007 The international campaign for Florence and Venice Special Issue by UNESCO Courier January 1967 WEBGRAFIA BOTHWELL A North Texas Association for Art Conservation NTAAC presents Disaster Planning Current Trends and Implications for Museums http artandseek net 2011 10 17 when disaster strikes save the art 15 03 2012 DRUMOND P Preven o e Conserva o em Museus Instituto Brasileiro de Museus http www museus gov br sbm downloads cadernodiretrizes sextaparte pdf 09 11 2010 READ F Preventative conservation www meaco com preventa htm 03 02 2012 Carta de Crac via 2000 sobre os Princ pios para a Conserva o e o Restauro do Patrim nio Constru do http www igespar pt pt patr
58. a desinfesta o para o uso de gases t xicos pois estes possuem um alto poder letal e geralmente n o causam danos nem na estrutura f sica nem no aspecto est tico da obra A ac o do g s tem por m uma dura o limitada no tempo logo um objecto desinfestado tem de ser mantido num clima e ambiente biologicamente s o para e 68 evitar uma repeti o de ataques M cron unidade de medida de comprimento de s mbolo u equivalente mil sima parte do mil metro Dicion rio Editora Lingua Portuguesa 2011 http www infopedia pt pesquisa global m C3 ADcron 8 PERUSINI G Il Restauro dei Dipinti e delle Sculture Lignee Storia teorie e tecniche Udine Del Bianco Editore 1994 p 77 54 fundamental apreender que qualquer acervo ao longo do tempo tende a p r se em equil brio com o ambiente circundante pois h uma necessidade de adapta o ao meio Os materiais sofrem altera es de tipo qu mico durante o seu processo natural de envelhecimento mas estas muta es podem ser induzidas por causas ocasionais como varia es ambientais stressantes ou por causas acidentais como danos traum ticos em situa es catastr ficas por fim e n o menos relevante a degrada o pode ser devida a m s interven es de restauro e conserva o precedentes A deteriora o pode ser de origem qu mica f sica ou biol gicas mas comporta sempre uma altera o estrutural 3 Finalidades e Metodologias A conserva o
59. a existente em Portugal maioritariamente patente a n vel te rico em detrimento da parte t cnica na medida em que avan os tecnol gicos e cient ficos ou t cnicos especializados eram conceitos que ainda n o tinham sido aplicados em Portugal 1 2 4 Funda o e os restauros inesperados Relativamente ao caso da Funda o na procura pelas melhores solu es face a uma cat strofe do g nero justificou se portanto a colabora o dos t cnicos de restauro estrangeiros e nacionais que se revelaram prontamente dispon veis para contribuir para a salvaguarda do riqu ssimo raro e variado acervo do Museu Esta colabora o inicialmente transp s se numa ac o directa e emergente para depois se protrair num acompanhamento posterior simult neo e cont nuo dos t cnicos que constitu ram o grupo da Oficina de Restauro do Museu 108 Ibidem p 1 Ver Capitulo I 1 Ibidem p 4 1I MOURA A Exame T cnico E Ficha De Restauro De Uma Pintura Portuguesa Do S culo XVI Separata da Revista Museu Porto 1942 Colec o Reis dos Santos Elis Destacamos TI3 De Portugal De Inglaterra Reys dos Santos Frank Minney de Departament of Dr Concei o Casanova do Departamento de Restauro do L B N L Prof Eng Lu s Seabra do Laborat rio de Histologia e Tecnologia de Madeiras Eng Eduardo Jaime Sampaio Franco do Laborat rio Nacional De Engenharia Civil Eng Rui H Rol o Gon alves Prof Aires A
60. a parte desta disserta o O saber pr tico no mundo do restauro fulcral e a raz o pela qual o restauro existe como campo te rico cient fico e art stico portanto faz parte da bagagem de um restaurador saber identificar os qu s e porqu s da degrada o de uma obra para poder posteriormente considerar todas as vari veis de modo a seleccionar qual o m todo ou interven o melhor para a recupera o da dita obra Os casos da Funda o revelaram se sempre mais interessantes medida que a documenta o era explorada dentro de todas as suas minuciosidades particularidades curiosas n o s em rela o s obras em si mas tamb m a todo o desenrolar da situa o que embora tenha sido e continue a ser considerada uma s ria cat strofe teve o seu qu de invulgar As obras que tivemos oportunidade de estudar apresentaram se como casos em que a gua tinha perpetuado os seus danos de forma vincada o que de certa forma nos permitiu tamb m englobar as restantes as quais mesmo n o tendo tido oportunidade de analisar por an lise dedutiva permitiu nos elaborar uma linha semelhante entre todas Sublinhamos novamente que estas obras foram alvo de danos catalogados de graves e que se n o fosse a ex mia e fulcral ajuda de peritos durante as interven es de restauro talvez as mesmas n o se encontrassem no estado ideal que se encontram actualmente Algumas mais afectadas que outras mas todas sofreram com a ac o de
61. abo por um t cnico restaurador conservador cremos que tenha a ver com o seu background denotamos sobretudo que a preval ncia da utiliza o desta express o brandiana se manifesta em It lia onde os c nones brandianos independentemente das outras linhas de pensamento que possam surgir ao longo da hist ria do restauro imperam por serem os que mais se coadunam com o tipo de trabalho que cada vez mais o t cnico tem de executar 1 1 O restaurador conservador e o curador uma rela o intr nseca e distinta no mbito da conserva o e do restauro Esta abordagem surge como resultado do estudo comparativo entre a tipologia de trabalho da conserva o e do restauro Seguindo as missivas de Brandi assumimos que s o dois encargos diferentes mas actualmente consideramos que haja um pouco de desentendimento no que diz respeito ao trabalho de um t cnico e o de um curador Coloca se a quest o porqu esta fus o algo indistinta de trabalhos que requerem compet ncias diferentes Estas s o duas reas que estar o sempre e inevitavelmente interligadas porque visam o cumprimento do mesmo objectivo o prolongamento da vida da s obra s mas um conservador n o executa as fun es de um restaurador e vice versa podendo apenas complementar se alternadamente nas suas tarefas Esclarecemos que com conservador queremos indicar o designado curador que executa fun es que complementam as dos t cnicos especializados e vice versa Destac
62. ador para as interven es de salvamento para os objectos afectados Se a gua se encontrar suja ou infestada com outros componentes antes de proceder com as opera es de conserva o ou restauro retirar toda a sujidade dos objectos afectados Reportar e actualizar os custos de financiamento para as interven es bem como as perdas financeiras devido s danifica es causadas ao edif cio A pr pria institui o deve auto colocar se quest es como qual o n vel de vulnerabilidade da mesma e do seu esp lio se sujeita a inunda es ou outros desastres naturais Idealmente formando se uma equipa de emerg ncia para avaliar estes aspectos a exactid o e efic cia de uma avalia o em muito aumentaria a probabilidade de praticar uma boa preven o contra a ocorr ncia de danos graves durante um desastre Voltando de novo ao caso da Funda o analisando todos os factores em torno do desastre n o s das ac es posteriores mas tamb m da situa o pr via assumimos que se este imprevisto se tivesse dado no edif cio actual os danos causados seriam completamente evit veis pois o edif cio encontra se estruturalmente preparado para 3 Thidem 4 Thidem 9 isso ao contr rio do Pal cio que provisoriamente abrigou as obras Este tratando se simplesmente de um edif cio sem normas respeitantes salvaguarda e seguran a bem como museologia praticada pela Funda o tentou ser o mais poss vel com variad ssi
63. aiores quanto mais r pidos s o os ciclos ou seja a rapidez dos ciclos directamente proporcional ao aumento dos danos Dado que normalmente as obras de maior valor art stico se encontram expostas os ciclos de temperatura di rios mais breves s o muito mais importantes que aqueles sazonais Os ciclos sazonais sendo mais lentos ou graduais s o menos perigosos porque permitem a cria o de condi es de equil brio entre os materiais e o ambiente e entre os estratos internos e externos De seguida v m reportadas as categorias de materiais reunidos por classe de sensibilidade aos par metros higrom tricos dos quais se denota que o factor relevante pertinente deteriora o a humidade relativa Existe uma sinergia pr xima entre os dois factores a humidade relativa e a temperatura na determina o dos danos o que torna mais dif cil de distinguir a causa exacta dos mesmos de sublinhar que a entidade dos danos induzidos por cada par metro ou pela combina o dos dois depende sobretudo da 45 FILIPPI M AGHEMO C ALESSIO E Dal macroclima al microclima per la conservazione delle opere darte principi e tecniche di controllo ambientale in Atti della Giornata Seminariale Microclima Qualit dell Aria e Impianti negli Ambienti Museali Florence 7 February 1997 44 natureza dos materiais da geometria do objecto do tempo de exposi o da magnitude do factor de dano e do tipo de mecanismo de deteriora
64. alouste Gulbenkian Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa 1995 Funda o Calouste Gulbenkian 1956 1981 25 anos Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa 1983 HANDBOOK ON EMERGENCY PROCEDURES Developed by members of the ICMS ICOM Outubro 2012 Vade Mecum de la Conservation Preventive Departement Conservation Preventive Centre de Recherche et de Restauration des Mus es de France C2RMF 2006 The Protection of Museums Against Theft ICOM Museum Unesco Paris 1964 Vol 17 ICOM ICMS off print ARTIGOS Di rio da Manh 1967 A cheia inutilizou 200 mil volumes destinados s bibliotecas da Funda o Gulbenkian 28 de Novembro p 7 Di rio de Not cias 1967 Preju zos na Funda o Gulbenkian 28 Novembro p 4 ERHARDT D TUMOSA C MECKLENBURG M Applying science to the question of museum climate in Museum Microclimates eds National Museum of Denmark 2007 ISBN 978 87 7602 080 4 FERREIRA M Mem rias de um tempo a Colec o no Pal cio Pombal em Oeiras 1958 1969 2001 FERREIRA M O museu da Funda o Gubenkian em Oeiras in Sol Lisboa N 3 Outono Inverno 1966 1967 pp 55 62 132 FILIPPI M AGHEMO C ALESSIO E Dal macroclima al microclima per la conservazione delle opere d arte principi e tecniche di controllo ambientale in Atti della Giornata Seminariale Microclima Qualit dell Aria e Impianti negli Ambienti Museali Flor
65. amos no C DIGO DE TICA da E C C 0 Directrizes Profissionais II algumas das directrizes descritas que julgamos uniformes e an logas na descri o das fun es do Zs 17 t cnico restaurador conservador filtros nas vidra as substitui o de l mpadas incandescentes e um filtro entre o interno e externo do edif cio aplicado durante a restrutura o uma das opera es mais complexas e modernas realizadas no restauro da Capela Ap s um ano verificou se uma nova e est vel situa o ambiental interna o que significa que os restauros preventivos foram eficazes http www giottoagliscrovegni it ita resta 16 07 2012 S European Confederation of Conservator Restorers Organisations E C C O Directrizes Profissionais II C DIGO DE TICA aprovado pela sua Assembleia Geral em Bruxelas a 7 de Mar o de 2003 em http arp org pt profissao codigo de etica html 14 05 2012 TA E C C O denomina o t cnico de restaurador conservador pois define esta rea como contradistinta das restantes dentro da Arte O objectivo do t cnico a preserva o do patrim nio cultural ao inv s da cria o de novos objectos ou repara o no sentido funcional A forma o do t cnico especificamente em conserva o e restauro da a sua denomina o pois o t cnico apreender toda a informa o necess ria para de modo directo ou indirecto salvaguardar a vida da obra 20 II Obriga es para com os Bens Culturais E Ar
66. ante ao que o museu pretende e necessita O que em suma o mais relevante que apesar de se tratar de um trabalho demorado pela minucia que requer um projecto que visa proteger um determinado legado que est intrinsecamente ligado sociedade e aos seus interesses como a heran a hist rica cultural e art stica Como constat mos ao longo desta disserta o as situa es imprevistas t m possibilidade de solu o mas se pudermos evitar uma hipot tica situa o semelhante as preocupa es a desordem e a variedade 107 de problem ticas que esta suscita podem ser evitados ou apaziguados se tivermos comandos e ferramentas para tal Torna se portanto cada vez mais um processo imprescind vel relevante e fundamental para a preserva o de um esp lio que representa e transmite determinados valores intemporais 108 Considera es Finais A an lise efectuada aos casos da Funda o Calouste Gulbenkian fez com que durante a elabora o desta disserta o despontassem outras tem ticas complementares ao estudo da conserva o que decidimos abordar ao longo da tese Julgamos que no mundo da conserva o e do restauro existem tantas interliga es intr nsecas que n o seria justo n o abordar algumas que neste caso servem para um melhor entendimento e enquadramento cient fico dos casos estudados O estudo progressivo dos casos revelou se desde a sua fase embrion ria repleto de inusitadas complexidades
67. articular focaremos a inunda o como factor principal dado o caso da Funda o Calouste Gulbenkian tema de an lise desta disserta o A inunda o em particular representa um dos riscos acidentais pois pertence sec o dos riscos imprevis veis e at raros dependendo da localiza o geogr fica do museu pois pode naturalmente haver mais ou menos propens o ocorr ncia deste tipo de cat strofe Ser ent o abordada e explorada especialmente esta al nea do plano de emerg ncia focando tamb m os aspectos mais relevantes para a elabora o do plano em geral 1 A inunda o como factor catastr fico Anne Bothwell escreve para um artigo when disaster strikes save the art consideramos que esta seja uma express o sucinta do que necess rio fazer em casos catastr ficos como uma inunda o ou outro tipo de evento semelhante Variad ssimos artigos e manuais incumbem as tarefas como guidelines a seguir neste tipo de casualidade Mas quando esta acontece improvisadamente sem qualquer tipo de aviso pr vio tratando se de um evento espor dico e frequentemente inesperado quais as medidas a tomar Ao analisar todo o caso das obras da Funda o julgamos poder afirmar que teve uma dilig ncia e uma gest o tendo em conta todos os factores imaculadas No meio da desgra a conseguiu se gerir toda a pan plia de tarefas de maneira a que a salvaguarda das obras fosse o factor proeminente a ter em conta s
68. as mantenham o di logo sem fim que sempre se estabelece entre o Homem e a verdadeira obra de arte Mas este Museu ser ou n s desejamos que venha a ser mais do que um lar das obras de arte que Calouste Gulbenkian nos confiou ele ser tamb m uma escola de inicia o um centro de investiga o e de irradia o art stica um lugar de encontro de todos quantos 117 amando as artes desejem receber o sortil gio da sua mensagem Este important ssimo relato demonstra o fant stico empenho e dedica o de todos os rg os da Funda o em manter viva a recorda o do Coleccionador proporcionando ao p blico uma vis o nica do entendimento art stico de Calouste Gulbenkian priorizando 15 Do Bisturi ao Laser Oficina de Restauro do Museu Calouste Gulbenkian Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa 1995 p 21 6 Martin de Wild foi at ced ncia da colec o FCG o encarregado pela conserva o da colec o do Sr Gulbenkian 17 FERREIRA M Mem rias de um tempo a Colec o no Pal cio Pombal em Oeiras 1958 1969 2001 p 18 75 assim a conserva o do seu legado para um protrair geracional da mensagem do Coleccionador t com o Mais tarde entre 1972 e 1995 realizaram se as Exposi es de Restauro objectivo de divulgar o compromisso e empenho do Museu relativamente conserva o das obras para que se transmitisse o ideal da ac o cont nua concernente sua voca o fundamental e tamb
69. as pluviais ou resultantes da pr pria canaliza o retire dos locais onde tal se verifique todas as obras que possam ser afectadas tenha especial aten o na preven o de infiltra es e condensa es superficiais em locais com revestimentos murais decorativos Em espa os que n o disponham de sistemas de controlo das condi es ambiente e em que haja necessidade de proteger objectos mais sens veis das oscila es de humidade procure recorrer a vitrinas para esse efeito A elabora o de um regulamento de seguran a incluindo um plano de actua o em casos de emerg ncia e a designa o de um respons vel pela seguran a A enorme import ncia em manter permanentemente desobstru das as sa das de emerg ncia e de n o autorizar em caso nenhum a utiliza o dos s t os para armazenamento de materiais combust veis tais como madeira papel tecidos etc Mantenha uma vigil ncia regular e garanta a manuten o sempre que necess ria do edif cio ou espa o museol gico Procure aconselhamento em caso de obras de beneficia o no que diz respeito protec o tanto das colec es como dos revestimentos decorativos 166 Ibidem p 6 9 C digo de tica para Museus II Sec o Protec o de Acervos ICOM 2004 traduzido pelo Comit Portugu s e Brasileiro do ICOM CIM 168 CASANOVAS L ALMEIDA A Op cit pp 4 6 96 Evite todo o tipo de ac es que contribuam para alterar ou agravar as co
70. bra de arte um n vel de bem estar exemplar significa acondicion la por um longo per odo de tempo seguindo boas pr ticas de conserva o o que requer uma procura de materiais e meios de acondicionamento superiores Estes oe E bai eg 7 materiais devem seguir determinadas caracter sticas como Qualidade MADUREIRA J CAYRES I Manuseamento acondicionamento e transporte de bens culturais avalia o de riscos e cuidados espec ficos a ter com pinturas de cavalete t xteis e trajes in Estudos de Conserva o e Restauro N 3 UCP Porto 2011 pp 67 68 Ibidem p 70 19 Ibidem p 72 2612 Estabilidade inalter veis em condi es ambientais normais Compatibilidade Durabilidade Acessibilidade e custo Particularmente para a pintura destacamos Uso de materiais que n o comprometam a conserva o dos objectos Pinturas sobre tela que estejam perenemente mantidas em grades de suporte normalmente quando se encontram em dep sito devem estar sempre em tens o para evitar deforma es de suporte e enfolamentos cedimento gravidade e se estas possu rem moldura verificar sempre se esta n o est muito apertada para evitar marcas na fronte da pintura O armazenamento normalmente feito em modo de suspens o em redes met licas o que se revela til em termos pr ticos pois permite examinar as obras e acondicionar correctamente a ventila o caso este sistema n o seja poss vel
71. ceiros a causa original veremos ent o as medidas de emerg ncia dadas pelo ICMS No es actualizadas de barragens ou de sistemas de reten o para rios Planeamento de sistemas de barreiras m veis contra a poss vel subida do n vel de guas do rio Instala o de tabiques nos jardins e nas portas da galeria Sigila o de todas as liga es do edif cio abaixo da linha da gua para prevenir fugas de tubagens ou canaliza es 1 HANDBOOK ON EMERGENCY PROCEDURES Developed by members of the ICMS ICOM Outubro 2012 p 20 5 ICMS International Committee for Museum Security S Ibidem pp 22 23 192 Ibidem 90 Ap s a ocorr ncia os sistemas propostos para a elimina o das guas s o os 1 seguintes gt Instala o de bombas nas caves para recolha de gua independentemente da sua proveni ncia Providenciar equipamento perto de cada uma das fontes acima indicadas como bombas m veis fontes el ctricas condutoras tubos etc Pen sate il SA Os restantes procedimentos para o momento p s inunda o s o Fechar a s rea s afectada s e monitorizar cada movimento da equipa e p blico Assegurar a seguran a do armazenamento de emerg ncia N o retirar de imediato a gua dos dep sitos sem consultar um perito na estrutura do edif cio Come ar a secagem lentamente das salas de exposi o e restantes espa os cuidadosamente Consultar um conserv
72. cimento e faz com que as fibras enfraque am e fiquem quebradi as As telas podem tamb m fazer folgas o que consequentemente origina vincos e protuber ncias A humidade inconstante ou alta tamb m facilita o desenvolvimento de bolor e atrai O fen meno creep consiste no efeito sobretudo em telas de grandes dimens es de surgimento de bolsas devido press o exercida pelo peso e como resultado destas altera es o film camada pict rico quebra e cai 30 diversas tipologias de insectos que os s o motivadores da biodegrada o A camada protectora de verniz esta sujeita ao amarelecimento e a craquelures assim como a acumula o de p s e sujidade na superf cie Sendo a primeir ssima camada est desarmada e vulner vel s mudan as que possam ocorrer volta desta A problem tica que se prop e como raz o para todos estes danos consequentes poder estar no acondicionamento for ado da obra a determinado ambiente Ao colocarmos uma obra num ambiente desconhecido totalmente diferente do ambiente onde sempre esteve inserida resulta num acomodamento for ado da obra a estas condi es mesmo que para isso a deteriora o acelere uma situa o mais frequente com obras a fresco que s o extremamente sens veis a mudan as ambientais devido aos materiais componentes que tendem a interagir devido sua natureza com os elementos atmosf ricos presentes no ar circundante Hoje a escolha recai em deixar o
73. cionam de maneira coesa devido sua interliga o de materiais o que significa que aquando o fen meno de degrada o natural ou causal h um alterar gradual de toda a estrutura da pintura Como referido anteriormente as 73 uma camada opcional mas quase sempre utilizada pois funciona como estrato protector 59 consequ ncias da deteriora o na pintura em tela s o v rias e s o causadas por in meros factores logo h que adoptar uma vis o estrat gica mais singular Regra geral a maior parte dos museus apresentam uma vasta colec o de pintura em detrimento de outro tipo de acervo portanto os planos de adapta o ambientais s o gen ricos mas n o podem descurar a aten o aos objectos mais sens veis e por consequ ncia mais sujeitos a ataques deteriorantes H que adoptar ent o directrizes de preven o id neas para o tipo de pintura em quest o neste caso focamos a pintura a leo em tela que apresenta potenciais riscos de deteriora o se n o estiver protegida num ambiente ideal Quando h um conhecimento adquirido da constitui o do objecto a ser preservado h um melhor entendimento das suas fragilidades a n vel qu mico e f sico e portanto das causas da sua eventual degrada o No caso das pinturas a leo a ac o da luz sobre os pigmentos altera substancialmente as cores Esta causa n o s mudan as crom ticas como tamb m altera a resist ncia dos materiais e causa o enfraquecimento dos
74. cm oeiras pt voeiras Turismo Ondelr Paginas PatrimonioNaturale Ambiental aspx 26 05 2012 70 efectuada uma secagem provis ria no Pal cio O problema mais relevante em torno da salvaguarda das obras foram as lamas que vieram com a enxurrada a tipologia de lama que afectou o esp lio colocado na casa forte teve de ser analisada em laborat rio pois E Z 103 continha n o somente terra mas tamb m dejectos e outro tipo de res duos que poderiam afectar as obras a outro n vel Os planos de conserva o e de restauro passaram evidentemente a uma recupera o de emerg ncia das obras atingidas com vista a recuperar o patrim nio art stico da Funda o Claramente que o esp lio danificado n o se limitava somente a pinturas mas a toda uma pan plia distinta de obras t pica da colec o Gulbenkian Entre as pinturas encontravam se tamb m manuscritos desenhos cer micas t xteis e mobili rio A sec o mais afectada foram os manuscritos pois sendo uma esp cie extremamente fr gil ap s a sujei o for ada s consequ ncias da inunda o ficaram extraordinariamente debilitados e a recupera o dos mesmos revelou se um processo moroso e delicado Foi provisoriamente montada uma oficina de restauro no local e os manuscritos foram as primeiras obras intervencionadas por meio de secagem transit ria feita em estendais de emerg ncia Depois do esvaziamento das guas e de retiradas as obras as mais fragilizadas f
75. complementar o objectivo de preserva o de tudo o que faz parte do museu desde arquivos ao esp lio dos trabalhadores ao p blico visto tratar se de um projecto de conserva o em larga escala De todos os planos de emerg ncia pesquisados todos s o semelhantes na medida em que seguem procedimentos de maneira l gica e consistente Dependendo da estrutura do edif cio ter que ser realizada uma an lise detalhada dos potenciais perigos e zonas fr geis que este possa apresentar e devem se efectuar avalia es para medir o grau de risco No caso dos dep sitos ou arquivos que se encontrem em subsolo como no caso estudado devem ser vistas as paredes e funda es para perceber se estas permitem que a gua as atravesse e que tipo de press o pode exercer Todos os manuais indicam que por exemplo no caso de material ou esp cies que n o esteja exposto devem ser inventariados e colocados em seguran a de prefer ncia a uma determinada altura do ch o deste modo a assegurar a sua preserva o em caso de inunda es CASANOVAS L Conserva o preventiva e preserva o das obras de arte condi es ambiente e espa os museol gicos em Portugal Lisboa Santa Casa da Miseric rdia Ed Inapa 2008 p 81 99 Os objectivos globais para um plano de emerg ncia eficaz ser o Identificar antecipar e evitar potenciais fontes de cat strofe Mitigar os danos depois da cat strofe ocorrida para que se evite ao m xi
76. de pintura de cavalete tendo cumprido os objectivos na perfei o tendo dado novamente vitalidade total s obras fulcral para a longevidade das mesmas A sabedoria aplicada aos restauros efectuados bem como o restauro preventivo posterior foram de uma preocupa o e cuidado constante o que resultou numa manuten o cont nua protra da ao longo dos anos no Museu Gulbenkian em que as obras n o voltaram a precisar de interven es directas e mesmo cedendo ancianidade os cuidados que obtiveram foram suficientes para se manterem num perfeito estado de conserva o O que ressalta nesta reflex o a interajuda e a estreita inter rela o entre ambas as institui es que trabalharam de maneira concorde e simult nea para assegurar uma perfeita manuten o e acondicionamento da materialidade das obras ou seja com os mesmos objectivos em mente O Instituto encarregou se de colmatar literalmente as lacunas presentes nas obras com relativa rapidez se compararmos a quantidade de esp lio danificado e a tipologia de interven es procurando primor e efic cia e o Museu da FCG aquando a sua abertura e depois de recuperar as obras encarregou se de estipular as melhores condi es do meio para inserir as obras num ambiente s o e protegido que conservasse a longevidade do esp lio Com efeito sucederam ambas no cumprimento dos seus objectivos o que de laurear visto que em condi es normais 147 Consultar Anexos Fot
77. de acidentes avalia a frequ ncia destes acontecimentos mas claro que se se tratar de um evento derradeiramente casual dificulta se a estimativa O objectivo principal destes planos sejam estes de tipologias diferentes o de reduzir o impacto das ocorr ncias e a probabilidade das mesmas da a necessidade de uma estrat gia Dependendo depois da qualidade do estudo efectuado obter se um plano de resposta mais ou menos eficaz Este plano deve ser revisto de acordo com as necessidades da institui o que podem mudar com os anos adicionando sempre os f a R a es 163 conhecimentos que se v o adquirindo com os anos e com a experi ncia O dito plano de emerg ncia ter de ser pensado e realizado contemplando os procedimentos do plano de conserva o preventiva ou seja o plano de emerg ncia apesar de considerar 161 The Protection of Museums Against Theft ICOM Museum Unesco Paris 1964 Vol 17 p 187 em Museum Security and Protection Guidelines for Disaster Preparedness in Museums ICOM ICMS off print p 14 traduzido por Elisa Comberiati 16 MICHALSKI S et al Running a Museum A Practical Handbook Care and Preservation of Collections ICOM International Council of Museums 2004 p 210 SOUSA de B C et al Plano de Conserva o preventiva Bases orientadoras normas e procedimentos Temas de Museologia IMC 2007 p 40 94 m ltiplos factores tem de ser idealizado em fun o do plano de
78. di es do tempo retira se lhe o significado primordial a transmiss o de uma mensagem Especialmente no caso da pintura que oferece uma vis o diferente de outro tipo de objecto d nos uma vis o mais viva e real como uma brecha que nos possibilita uma aproxima o ver dica aos nossos antepassados Se todo o esp lio de pintura que possu mos n o tivesse sido conservado idoneamente ou n o tivesse sobrevivido ao tempo decorrido a nossa vis o da Hist ria e das vicissitudes precedentes seria com certeza diferente N o se pode secundarizar a uni o infrang vel entre a obra e o conservador mas este deve evocar sempre o facto de que a obra a gui lo e n o o contr rio A conserva o diverge do restauro pois este ltimo procura recuperar as lacunas materiais e reestruturar poss veis falhas enquanto a conserva o visa a adapta o da obra a um meio que possua condi es id neas para que esta subsista ao longo do tempo sem que o seu envelhecimento natural seja acelerado ou alterado por factores externos e sem que haja necessariamente uma interven o pr tica na obra Cesare Brandi denomina o que n s reconhecemos como conserva o de restauro preventivo e fundamenta o significado deste termo como a tutela remo o de perigos e garantia de condi es favor veis N o consiste apenas em interven es pr ticas sobre a mat ria da obra mas em BRANDI C Teoria del Restauro Einaudi To
79. dos museus se encontram em reas urbanas de tr fego e muitas vezes n o possuem planos adequados de protec o Por outro lado tamb m os pequenos museus que se encontram nas imedia es de zonas agr colas podem sofrer com a mesma problem tica devido a produtos qu micos que possam ser usados nas terras ou no caso do mar presen as salinas O aparecimento de poluentes no museu tem m ltiplas fontes correlacionadas que podem ser divididas entre end genas e ex genas As end genas concernem basicamente o interno do museu as actividades humanas e os sistemas implementados no museu que desde os processos de combust o s emiss es de contaminantes contribuem para o aparecimento de poluentes atmosf ricos As ex genas focam se nos factores externos do meio em que o museu est inserido das ind strias ao tr fego em que a causa principal s o os despejos Os efeitos que estes t m nos materiais s o diversos descolora es corros o metais e vidros fen menos de hidr lise ataques cidos enfraquecimento amarelecimento esfarelamento perda de elasticidade e flexibilidade e eventual destrui o Estes agem em fun o e com o aux lio de outros factores como a temperatura e a humidade relativa Elencamos os mais comuns 48 Este fen meno denomina se press o capilar A gua de imbibi o diferente da gua de cristaliza o esta ltima encontra se em muitos materiais higrosc picos
80. dos nas salas de exposi o segundo um hor rio pr estabelecido Durante o per odo inicial de abertura decorreram tamb m li es dadas por especialistas nacionais e estrangeiros sobre as pinturas apresentadas dos quais citamos Sir Anthony Blunt professor de Hist ria de Arte da Universidade de Londres e Director do Courtauld Institute of Art e Carlos de Ibidem pp 6 7 MACIEL A A colec o da pintura da Funda o Gulbenkian Sep Boletim da Academia Portuguesa de Ex L bris N o 18 Set 1961 Lisboa Colec o Bordalo Botto p 19 20 67 Azevedo Conservador de Museus e Secret rio da Comiss o Cultural Luso Americana A relev ncia e o cuidado que se denota pela fase de prepara o da exposi o bem como pelas condicionantes museol gicas e pela vertente da arquitectura da exposi o revelam uma s rie de concep es e estudos j modernizados que souberam aplicar para fornecer ao p blico a vis o de uma exposi o equilibrada em todos os sentidos Apesar das exposi es realizadas os n cleos at ent o patenteados ao p blico n o pareciam reproduzir uma elucida o suficiente e uma esclarecida import ncia da heran a obtida e da personalidade do Coleccionador Foi tomada a decis o de expor ao p blico no pr prio Pal cio Pombal um conjunto mais rico de obras mais completo Apesar de n o se ter demonstrado uma compet ncia de f cil realiza o a de definir a exposi o e integra o das
81. ds percurso desde o momento cr tico vivido em 1967 aquando dos fortes aluvi es que atingiram Lisboa e arredores de que as obras foram v timas at ao presente estado de conserva o dado que actualmente se encontram expostas permanentemente no museu da Funda o A colec o de Calouste Gulbenkian foi cedida por disposi o testament ria Funda o por ele criada que viu os seus estatutos aprovados pelo Estado Portugu s a 18 de Julho de 1956 A Funda o iniciou ent o a compila o das obras de Calouste Gulbenkian que at data da sua morte se encontravam dispersas pela Europa e Estados Unidos da Am rica com o objectivo de converg ncia da sua totalidade de esp cies em Lisboa As obras que ele tanto estimava passaram ent o a integrar um mbito privilegiado art stico e educacional e a fornecer uma mensagem cultural estimulando uma nova forma o sociocultural do p blico A colec o fica patente ao p blico no Pal cio Marqu s de Pombal em Oeiras at abertura do Museu criado propositadamente em 1969 Esta exposi o foi meticulosamente planificada e desde a fase inicial do empreendimento quer em Lisboa quer em Oeiras as aten es eram divididas em escrupulosos estudos feitos n o somente por especialistas nacionais mas tamb m por estrangeiros Devido complexidade transcendental do dito Museu foi do entendimento da Funda o convidar ainda durante uma fase embrion ria entidades e
82. e a ltima ap s a remo o do verniz 127 Elenco Bibliogr fico ACCIANI C I supporti artistici in tela studio delle caratteristiche chimiche strutturali meccaniche e metodi di riconoscimento delle fibre Universita Degli Studi Di Roma La Sapienza A A 2004 2005 Tese de Doutoramento ALARCAO A Conservar conhecer Museu Nacional Machado de Castro Lisboa 2005 ALARCAO C Prevenir para preservar o patrim nio museol gico Museu Nacional machado de Castro Lisboa ALBADA J HOEVEN H Lost memory Libraries and archives destroyed in the twentieth century UNESCO Paris 1996 ALC NTARA R Standards in Preventive Conservation Meanings and application June 2002 ICCROM ALLSOPP D SEAL K GAYLARDE C Introduction to Biodeterioration II Edition Cambridge University Press 2004 ALVES L O ambiente e os objectos de museu Instituto Jos de Figueiredo Lisboa 1977 AVRAMI E et al The conservation assessment a proposed model for evaluating museum environmental management needs Getty Conservation Institute August 1998 AVRAMI E MASON R TORRE M Values and Heritage Conservation Research Report The Getty Conservation Institute Los Angeles BARDESCHIM Manuale del Restauro Architettonico Mancosu Ed 2001 BRANDIC Teoria del Restauro Einaudi Torino 1977 CANEVA C NUGARI M SALVADORI O La Biologia nel Restauro Nardini Editori Firenze 1994
83. e assist ncia a fornecer ao museu nomeadamente D AGOSTINO V Op Cit pp 9 10 7 AVRAMI E et al The conservation assessment a proposed model for evaluating museum environmental management needs Getty Conservation Institute August 1998 p 4 s552 Avalia o das necessidades ambientais Identificar e dar prioridade a situa es problem ticas Estabelecer uma manuten o apropriada e regimes de supervis o Implementa o de solu es t cnicas sustent veis e apropriadas onde seja necess rio Estes modelos de avalia o t m de ter uma evolu o gradual n o podem ser esquemas standard pois a conserva o requer uma constante evolu o dado que concerne a avalia o e manuten o de objectos que requerem condi es clim ticas n o standard Como j referido os tr s elementos principais do sistema museal s o o museu edif cio a ALA zoos 24 71 as colec es e o p blico cada um representa poss veis fontes problem ticas 1 O museu Est num contexto clim tico e ambiental espec fico e n o poss vel a planifica o de um microclima id neo e standard aplic vel a todas as situa es Pode apresentar limita es relativamente possibilidade de interven es tecnol gicas ao edif cio se este como acontece frequentemente tamb m um bem patrimonial a salvaguardar 2 As colec es Apresentam materiais constitutivos diferentes logo devem se considerar cont
84. e normalmente por poca proveni ncia ou artista 25 Figura 2 Corte transversal de uma pintura a leo Como reportado na Figura 2 podemos ver um corte seccional de uma pintura a leo sobre tela que cont m 5 estratos diferentes para al m do suporte sendo que a primeira a camada preparat ria serve como estrato preliminar para a aplica o das cores a leo Como indica a pr pria nomenclatura o estrato interm dio que d tela a idoneidade material sela a porosidade do suporte e d suavidade superf cie para a aplica o da camada seguinte a pict rica Segue se a imprimitura uma outra camada preparat ria que um estrato impermeabilizante feito com a utiliza o de uma cola animal aplicada v rias vezes ou mediante uma primeira camada homog nea de leo com cor A camada pict rica implica ent o a utiliza o do ligante ou m dium que o leo que ir englobar o pigmento Antes da industrializa o das cores a prepara o destas era um processo manual e moroso desde a moagem dos pigmentos at prepara o do leo para a consequente mistura e aplica o e estes eram produzidos pelo pr prio artista que decidia assim o tipo de cor a utilizar bem como a densidade desta criando uma paleta de cores exclusiva Este g nero de pintura implica frequentemente a aplica o da t cnica de velatura sobre velatura para dar dimens o imag tica do quadro visto que a pr pria t cnica ao contr rio
85. e pl stica que leva ao cumular de deforma es pl sticas irrevers veis Focando a pintura de cavalete um dos objectos mais frequentes em museus podemos afirmar que os danos mais recorrentes s o a exposi o a n veis dr sticos de humidade devido aos efeitos de condensa no interior das paredes onde est o colocadas A import ncia em estudar os materiais e objectos de um museu fundamental exactamente para prevenir estas situa es pois um estudioso sabe que cada material tem a sua higroscopicidade e que esta pode levar se as condi es s o prop cias a uma disseca o ou uma elevada absor o de humidade Os problemas revelam se c clicos ganham uma esp cie de rotina segundo a esta o do ano e esse padr o revela se notoriamente na pintura e na tela Todas as varia es do meio ambiente e do equil brio podem provocar rompimentos nessa estabilidade o que requer que os materiais involuntariamente se adaptem a novas condi es e o resultado uma degrada o lenta e cont nua E embora a humidade seja a maior causa de deteriora o dos materiais usados na Arte os outros factores j enunciados actuando em conjunto podem concorrer para a destrui o do objecto Higroscopicidade capacidade de absor o de humidade Dicion rio da Lingua Portuguesa 2012 http www infopedia pt pesquisa global higroscopicidade AAT 2 4 2 Deteriora o qu mica A deteriora o qu mica devida a um valor higrom tr
86. e sistemas de valores baixos controlo activo e passivo da HR Ventila o inadequada limpeza a h mido dos R pidas Fissura o pavimentos tinta das Melhorar a ventila o varia es de HR Deforma es paredes internas 3 D AGOSTINO V Op Cit pp 14 17 Ss shrinking Humidade proveniente do solo presen a de condensa superficial Intervir no inv lucro de constru o Aquecimento ou controlo Efectuar um controlo Temperatura Aumento da e regula o da microclim tico elevadaou degrada o e temperatura inadequados melhorar os sistemas baixa enfraquecimento de controlo e Mudan as climat ricas regula o da T Instalar um sistema de E ilumina o externa s Ilumina o he i vitrinas com baixa TEMPERATURA dissipa o de energia Fissura o R pidas Isolamento insuficiente Melhorar o varia es de shrinking do edif cio isolamento T Deforma es Controlar a T com n a a sistemas de Regula o insuficiente do nd condicionamento ou aquecimento melhorar o controlo do aquecimento Amea a Fonte Danos Causas frequentes Ac o preventiva Medir a intensidade da luz e Luz natural ou fadin hee E o n vel dos ultravioletas Luz intensa 8 artificial n o i instalar filtros para reduzir as doseada objectos na eee 3 Descolora o ya radia es UV reduzir a Luz de posi o
87. ecer o legado transmitido pelo seu Coleccionador 3 A Maison Andre de Paris foi fundada em 1859 por Alfredo Andre especializada em restauro de mobili rio Ver http maisonandre com 87 Martin de Wild foi at ced ncia da colec o FCG o encarregado pela conserva o da colec o do Sr Gulbenkian Foi talvez a pessoa com conhecimentos mais profundos sobre as pinturas da colec o Gulbenkian dada a viv ncia pr xima que teve com esta 88 FERREIRA M Mem rias de um tempo a Colec o no Pal cio Pombal em Oeiras 1958 1969 2001 pp 8 9 66 Todas as pinturas que j haviam sido expostas na National Gallery de Londres entre 1937 e 1950 estavam agora no primeiro piso do Pal cio Alvor A escolha do MNAA como local para a apresenta o das esp cies esteve relacionada n o s com a import ncia da institui o mas com as condi es superiores que este possu a bem como pelo facto de que tinha uma liga o simb lica a Calouste Gulbenkian Este visitava frequentemente o museu durante as suas estadias em Lisboa visitando assiduamente as obras da colec o do MNAA trocando frequentemente impress es com o Director Dr Jo o Couto Devido a este apre o reconhecido foi ent o decidido que a exposi o se realizaria naquele museu onde foram efectuadas as adapta es necess rias para acondicionar as pinturas de Gulbenkian Artur Maciel aborda acerca da exposi o a vertente museol gica relatando que
88. efas em tarefas de realiza o a longo prazo ou seja de modo cont nuo e moderado e tarefas peri dicas que podem ser realizadas no dia a dia ou periodicamente Das 17 fun es de longo prazo retiramos algumas Estabelecer uma linha de comando para a decis o de evacua o do museu Manter a sala que funciona de deposito de emerg ncia sempre limpa e preparada para as colec es Actualizar o plano de emerg ncia Providenciar um plano de emerg ncia para duas situa es situa es com tempo de resposta e situa es imprevistas e que requeiram resposta imediata Submeter o plano de emerg ncia a interven es de prova com bombeiros ou pol cias e efectuar as eventuais modifica es que possam estes entes aconselhar Instalar detectores de gua nas caves ou arquivos do museu Evitar a coloca o de acervo pesado como pianos nos pisos t rreos que dificultam a sua mobiliza o 176 Providenciar uma an lise SWOT cont nua da institui o Preparar e actualizar continuamente a lista de conservadores para uma situa o de emerg ncia a 177 Das fun es a serem realizadas periodicamente Seguir sempre a informa o meteorol gica 15 HANDBOOK ON EMERGENCY PROCEDURES Developed by members of the ICMS ICOM Outubro 2012 p 24 176 M todo de an lise para Strenght Weaknesses Opportunities and Threats de uma organiza o 17 Ibidem p 24 102 Em caso
89. eis madeiras ou documentos Perda de pigmentos em pinturas livros fotografias ou t xteis Separa o das camadas de emuls o das fotografias Incha os ou danos causados pela press o da gua que quebra literalmente as esp cies Enfraquecimento de fibras Analisando o que nos aconselhado a ser feito para evitar ou parar ao m ximo danos causados pela gua ou inunda es foi de fulcral ajuda as respostas dadas pelas conservadoras chefe do Fine Arts Museums of San Francisco National Gallery of Art National Museum of the American Indian e Smithsonian American Art Museum que 13 Museum Handbook Part I Chapter 10 Emergency Planning NPS 2000 p 10 8 14 Museum Handbook Ibidem p 10 9 101 enviaram as dicas gerais acerca da preven o em casos de presen a de gua como nos casos acima reportados Reunimos ent o as diferentes no es todas da mesma import ncia muito pr ticas e facilmente execut veis Colocar as esp cies longe dos terrenos transbordantes de gua Colocar as colec es em edif cios que tenham estruturas bem seladas incluindo janelas dep sitos e telhado Colocar todos os equipamentos pelo menos a 10 cent metros do ch o Utilizar espa os em que n o se corra o perigo de rebentamento de tubagens Referenciamos tamb m o ICOM que em Handbook On Emergency Procedures nos delega outro tipo de dicas a consultar e confirmar em caso de inunda o subdividindo as tar
90. em H que estabelecer prioridades no caso da evacua o das obras como trat las e como recuperar e preservar o maior n mero poss vel de obras poss vel num evento catastr fico No entanto como referido pelo Getty Conservation Institute temos de dar uma certa perspectiva ao conceito de salvamento das colec es pois apesar de estas serem o cora o da institui o n o s o o nico foco do plano de emerg ncia As pessoas t m preced ncia E 178 Nenhum objecto vale uma vida humana 118 DORGE V JONES S Building an Emergency Plan A Guide for Museums and Other Cultural Institutions Getty Conservation Institute Los Angeles 1999 p 149 103 A avalia o das fraquezas da colec o procura definir o grau de susceptibilidade dos objectos face ao dano causado por potenciais factores de risco a exactid o e efic cia da avalia o tem efeitos ben ficos na protec o ou minimiza o dos danos logo n o deve ser efectuada de modo acess rio ou como projecto secund rio Embora a tarefa de dividir as obras seja complexa para um profissional no campo das artes n o uma escolha f cil visto que se estipulam as obras com prioridade em detrimento das outras mas infelizmente s assim com uma estipula o de retiro segundo o tipo de obras pode o plano de emerg ncia salvar as obras mais importantes Algumas fraquezas s se tornam claras ap s uma avalia o detalhada e deve se dar aten o aos pontos 17 seg
91. emerg ncia 171 Garry Thomson divide em dois grupos os factores mais importantes a ter em conta para boas condutas na conserva o Factores que s o considerados exteriores ao edif cio ou seja aqueles em que o papel do edif cio essencialmente passivo exemplo da polui o e luz Factores que chamamos internos como a humidade e a temperatura ou seja que podem ser directamente influenciados pelo pr prio edif cio Com as modernas t cnicas da conserva o que actualmente conseguem controlar facilmente o ambiente interno em detrimento do papel que a estrutura do edif cio tem d se menos aten o aos pormenores da estrutura da institui o que normal que apresente falhas ao longo do tempo que causam problemas graduais com o passar do 170 ALVAREZ J PATR O S Normas de Invent rio Esp lio Documental Artes Pl sticas e Artes Decorativas IMC 978 972 776 357 3 171 Garry Thomson 1926 2007 foi uma figura incontorn vel no mundo da museologia Publicou diversas obras sobre o ambiente dentro do museu climatologia conserva o entre outros Colaborou com o ICCROM em v rias miss es e projectos por todo o mundo bem como com o IIC International Institute for Conservation o qual chegou a presidir de 1983 a 1986 Garry Thomson deixou como legado um conhecimento cient fico excepcionalmente bem explicado tendo contribu do para o estudo e avan o da museologia e todas as outras mat rias concernentes o
92. emporaneamente todos os fen menos f sicos qu micos e biol gicos que se possam verificar em condi es microclim ticas especificas e as poss veis interac es que possam advir com os materiais utilizados para a exposi o ou nos dep sitos T m uma hist ria ambiental pregressa que tem de ser respeitada e relacionada com a sequ ncia de eventos caracter sticos da degrada o dos materiais Para eventuais interven es tem de ser avaliados os procedimentos executivos a fazer os eventuais procedimentos precedentes e o estado de conserva o actual de cada objecto 7 D AGOSTINO V Op Cit pp 11 12 56 3 Ao publico Tem de ser garantidas condi es adequadas de acessibilidade e frui o a conserva o sempre confrontada com a necessidade de oferecer uma frui o correcta ao p blico e este aspecto apresenta alguns inconvenientes os visitantes alteram o microclima dos ambientes expositivos transportando p s e poluentes do externo e transmitindo energia t rmica calor e vapor aquoso Para al m disso tem de se garantir ao p blico as melhores condi es de legibilidade dos objectos expostos o que n o facilita uma concilia o ideal com as exig ncias conservativas dos materiais Deve ser garantida a continuidade e estabilidade dos servi os prescindindo dos projectos e interven es qualidade do ambiente T m de ser asseguradas condi es ambientais de conforto que permitam a fr
93. ence 7 February 1997 MACIEL A A colec o da pintura da Funda o Gulbenkian Sep Boletim da Academia Portuguesa de Ex L bris N o 18 Set 1961 Lisboa Colec o Bordalo Botto MICHALSKI S Paintings Their Response To Temperature Relative Humidity Shock And Vibration in Works of Art in Transit National Gallery Washington pp 223 248 1991 MICHALSKI S Risk analysis of backing boards for paintings damp climates vs cold climates in Colour and Conservation Materials and Methods in the Conservation of Polychrome Art Works Minimal Intervention on the Structural Conservation of Paintings Proceedings of the CESMAR7 Conference Thiene October 2004 MICHALSKI S Conservation lessons from other types of museums and a universal database for collection preservation in Modern Art Who Cares Netherlands Institute for Cultural Heritage pp 290 295 1999 MICHALSKI S Relative humidity and temperature guidelines what s happening CCI Newsletter Bulletin de l ICC Number 14 September pp 6 8 1994 MICHALSKI S Quantified Risk Reduction In The Humidity Dilemma APT Bulletin 37 1996 pp 25 30 MICHALSKI S Relative Humidity A Discussion Of Correct incorrect Values Tenth Triennial Meeting ICOM CC ICOM CC Paris pp 624 629 1993 Estado da Arte MICHALSKI S et al A systematic approach to the conservation care of museum collections with technical appendices Ottawa Canadian Conservat
94. erior dessas mesmas paredes pode chegar ao ponto de orvalho o que resulta em n veis alt ssimos de humidade e at em condensa o dessas superf cies Se Na literatura encontram se sugest es acerca de valores e ou intervalos para a conserva o contudo p e se sempre a quest o da efic cia de valores padr o em todos os campos da conserva o In MECKLENBURG F et al Applying Science To The Question Of Museum Climate NMD 2007 MOURA de A Os Problemas da Conserva o das Pinturas e das Condi es do Meio Colec o Reis Santos Museu Nacional de Arte Antiga Lisboa 1961 PADFIELD T BORCHERSEN K Museum Microclimates eds National Museum of Denmark 2007 42 ao inv s de isso analisarmos o mesmo edif cio em dias de ver o em que a temperatura chega ao seu pico podemos constatar que nos mesmos pontos poderemos verificar descidas de temperatura em que a de humidade pode chegar aos 30 O acervo de um museu galeria est normalmente perto das paredes quer sejam ret bulos telas ou esculturas o espa o entre o objecto e a parede denomina se microclima em que a temperatura e a humidade t m quase sempre valores que divergem amplamente com o resto do ambiente e com o pretendido controlo do clima do local Como consequ ncia podem ocorrer danos consider veis s obras de arte A humidade relativa se estiver a um n vel diminuto pode causar problemas incluindo danos f sicos pintura como deforma
95. erpreta o estudo cuidado e desenvolvimento da colec o Os materiais conceitos exposi es e outros programas focados na identidade do museu Dada a sua posi o dentro do museu o curador tem directas responsabilidades para com a colec o e pelo papel que desempenham em rela o ao desenvolvimento do material interpretativo os curadores s o embaixadores que representam a institui o em que se inserem dentro da esfera p blica H uma not ria distin o entre o tipo de fun es desempenhadas por um conservador respons vel por diversas reas do museu e um t cnico de conserva o e restauro que se ocupa principalmente da vitalidade da obra E apesar do trabalho do conservador se focar em todas as envolventes das obras das quais encarregue o seu trabalho acima de tudo evidencia se na delega o de tarefas e lideran a dentro da comunidade do museu semelhan a das Directrizes Profissionais dadas pela E C C O em rela o ao t cnico especialista o C digo de tica elaborado pela CurCom evidencia a tipologia de trabalho desenvolvida pelo conservador do qual retiramos alguns exemplos para efeitos comparativos BCurators Committee of the American Association of Museums PCurCom A Code of Ethics for Curators approved by the Executive Committee of CurCom at the AAM Annual Meeting in 2009 p 3 22 Assumir responsabilidades para com os cuidados gerais e desenvolvimento da colec o que pode inclu
96. ese de Doutoramento pp 10 11 Ibidem p 12 535 radiologia aos m todos de investiga o das obras de arte como a cromatografia espectrofotometria etc Nos ltimos anos a conserva o de obras de arte tem ganho um crescente interesse pela parte da pesquisa cient fica aplicada esta nova aten o devida forte perseveran a das estrat gias de conserva o preventiva que ao apelarem ao seu car cter multidisciplinar conseguem envolver activamente o sector f sico t cnico nomeadamente devido ao controlo de par metros como os da temperatura humidade relativa radia es etc que influenciam os fen menos naturais de degrada o das obras oportuno assumir que do ponto de vista t cnico conservar significa criar volta da obra de arte condi es microclim ticas adequadas Todavia a idoneidade de um ambiente museal n o clara porque todos os processos e controlos n o podem ser estandardizados esquematicamente quando lidamos com objectos que requerem condi es clim ticas n o standard e que normalmente est o inseridos em edif cios que por sua vez t m as suas necessidades tecnol gicas construtivas Isto significa que necess rio considerar tr s elementos principais do sistema museal o museu as colec es e o p blico em que cada um pode apresentar problem ticas diversas H que chegar a uma pol tica concorde entre a preserva o a longo prazo e a gest o dos riscos e para tal h que criar uma se
97. essa fun o conservativa grande responsabilidade porque ao expor uma obra tem de estudar a adapta o dessa mesma com o meio onde ir inserir se e conseguir mant la num ambiente id neo fora de situa es que comprometam a sua exist ncia A planifica o do espa o de exposi o por isso de extrema import ncia Sendo tamb m o museu um fiel consignat rio de patrim nio n o h qualquer d vida de que tem o dever de manuten o caso contr rio o museu nunca teria hoje a defini o pela qual o conhecemos Os factores a ter em conta s o variados e o museu n o pode comprometer a situa o das obras expondo as a agentes de degrada o ou danificando os por priva o de salvaguarda Uma an lise A longo prazo Express o e conceito que ser o analisados ao longo do cap tulo primeiro para uma reflex o sobre as no es de conserva o da escola italiana id perspicaz ao esp lio de obras que este possui o ideal para recolher dados sobre como conservar da melhor forma E evidente que a preserva o adequada de uma colec o depende do g nero de obras que a comp em o que se ajusta a um conjunto de telas n o ser o mesmo que se aplica num conjunto de livros O prop sito assegurar a seguran a e preserva o a longo termo das colec es a problem tica que se prop e que enquanto as obras demandam determinadas condi es os visitantes podem necessitar de outras Administrar o ambiente pode se
98. esso de ligante geralmente muito difusa nos bordos Fendas estratos espessos de cor e de medium que ficam presos na zona subjacente s o semi conc ntricas Ilha excessos de ligante aplicado de maneira homog nea subtil distendido Com a evapora o da frac o vol til do medium d se uma ren ncia ou encolhimento da mat ria os bordos distanciam se deixando entrever o estrato subjacente Sumariamente a cor contrai se sem o ligante Fechadas quando o estrato preparat rio suporta uma ruptura precoce enquanto a cor sobrejacente se encontra ainda macia e s com o tempo tender a fender se Causas eventuais precipitadas devido a causas externas eventos catastr ficos velas inc ndio inunda es etc A regra do grasso sul magro diz respeito s subst ncias compat veis com a gua da polares e as subst ncias gordas incompat veis com a gua da n o se poderem misturar pela sua natureza diferente 20 As ascens es s bitas de temperatura comportam uma evapora o do solvente tendem a ter bordos mais farpados Longas exposi es em ambientes saturados de HR podem acelerar o 2 27 E fen meno creep que se manifesta com fendas muito vincadas O transporte de cor de um suporte para outro faz com que as tipologias se somem sobreposi o de craquelures Degrada o deterioramento define se como degenera o do envelhecimento As
99. estado pr vio das obras e todo o tipo de informa o que num momento de emerg ncia pode ser esquecido A finalidade do invent rio clara A identifica o de todo o esp lio Oestudo e classifica o das esp cies de acordo com as t cnicas mais eficientes A explora o cont nua para uma documenta o renovada e consequentemente sempre actual Podemos englobar as seguintes ac es como as que integram um invent rio completo ROBERTS A et al Invent rio e Documenta o em Running a Museum A Practical Handbook Care and Preservation of Collections ICOM International Council of Museums 2004 p 33 97 Cataloga o Numera o e Identifica o Relat rio sobre o Estado de Conserva o Gloss rio Padr es Documenta o O invent rio permite nos seguir toda a pan plia de informa es sobre o acervo e sobre cada esp cie que continuamente actualizadas s o uma ferramenta preciosa para a recupera o no caso de eventuais danos importante referir que h diversas normativas relativas a esta documenta o como Esp lio Documental Artes Pl sticas e Artes Decorativas pois esta suscita a necessidade de realiza o regrada eficiente e proveitosa caso contr rio se existirem falhas ou se a documenta o tiver imprecis es n o ser prof cua em qualquer tipo de situa o em que o museu necessite de recorrer mesma 2 3 Crit rios para a elabora o de um plano de
100. eventivo visto que ambas se baseiam nas ac es indirectas Em suma cremos que apesar das diverg ncias em usar determinadas terminologias que ser o mais ou menos adequadas segundo a vis o da pr pria pessoa o restauro preventivo e a conserva o t m ambas as mesmas finalidades baseiam se nos mesmos conceitos e focam os mesmos aspectos quando se trata de escolher a maneira de operar A aplica o deste termo precede logicamente os seus fundamentos e cremos que a escola italiana se baseia muito no principio do restauro preventivo tendo sido este l originado enquanto que de maneira geral o termo conserva o o mais utilizado talvez por ser um termo de certa maneira mais abrangente que engloba todas as variantes da conserva o O restauro preventivo por ser denominado restauro n o significa que obrigatoriamente isso implique uma interven o na obra em si mas interven es em prol do seu bem estar interven es que EM 14 A a 3 a acondicionem do melhor modo Estas acabam por ser ent o express es an logas e o j E o E eee waves gt Giuseppe Basile restaurador italiano aluno e disc pulo de Brandi dirigiu os restauros da Cappela degli Scrovegni em P dua seguindo sempre a metodologia do seu mentor V rias interven es indirectas foram realizadas e por ele denominadas de opera es de restauro preventivo retiramos exemplo de alguns 19 facto de se adequarem ou n o ao tipo de interven o levada a c
101. exhibits the tangible and intangible heritage of humanity and its environment for the purposes of education study and enjoyment 35 2 objectos fiquem ao abrigo de factores de destrui o como a humidade que um dos mais graves Outro problema para a conserva o a explora o intensiva a que est o sujeitas as obras desde a simples exposi o ao p blico at s exposi es tempor rias no exterior do museu ou em outras localidades A frequ ncia dessas viagens faz com que os objectos sofram com as varia es causadas pela mudan a por estes motivos que garantir a seguran a a longo prazo e preserva o das colec es requer fundamentalmente a estabilidade das obras por isso se criam ambientes controlados que impedem que varia es de luz calor ou humidade cheguem ao corpo da obra Examinando a hist ria da evolu o cient fica e o desenvolvimento das ditas recomenda es para o clima dos museus revelou se m nimo o apoio cient fico dado Muitas das advert ncias dadas n o eram aplic veis a toda a tipologia de objectos agia se seguindo suposi es baseadas em provas nfimas S recentemente que a pesquisa come ou a focar se na perman ncia dos objectos num determinado local e a pensar nas limita es mec nicas dos sistemas de climatiza o do ambiente circundante exterior e em regulamentos de edif cios hist ricos fornecendo aos t cnicos uma base cient fica cred vel para a determina
102. fresco no seu ambiente original para permitir uma leitura exacta da obra e para assegurar que a unidade estrutural se mantenha somente quando as condi es ambientais do local n o garantem a sua sobreviv ncia que se procede com o stacco ou seja a remo o do fresco da parede original A identifica o das diversas formas de degrada o que atingem a obra s o importantes na aplica o de metodologias de diagn stico que t m como tarefa a obten o de dados e informa es sobre a forma como estes factores interagem com a obra de fundamental import ncia tamb m o diagn stico ambiental que tem por objectivo recolher dados e informa es sobre o ambiente em que se encontra a obra toda esta informa o permite ao t cnico a defini o das melhores condi es para a preserva o das obras 28 o Ls Defini o em italiano para remo o eu Re CAPITULO II NOCOES DE MUSEOLOGIA COMPORTAMENTOS A ADOPTAR PARA AS BOAS PRATICAS DE CONSERVACAO NO MUSEU O International Council of Museums ICOM define a Museologia como a ci ncia do museu ou o estudo da hist ria e do passado dos museus do seu papel na sociedade de sistemas de pesquisa espec ficos conserva o educa o e organiza o rela o com o ambiente f sico 1 Responsabilidade conservativa do Museu 2 O museu uma institui o permanente ao servi o da sociedade e da sua evolu o que deve ter como objectivo a aqu
103. himento das margens com as medidas originais procedendo se a uma 42 a 141 i 5 integra o sottotono e rigatino e a uma remo o dos vernizes deteriorados com nova aplica o de verniz 138 Consultar Anexos Imagem 15 13 Consultar Anexos Imagem 16 1 14 Consultar Anexos Imagem 16 141 Sottotono tipo de reintegra o pict rica de tipo imitativo reconstru o da liga o crom tica e formal da lacuna com o resto da pintura dando possibilidade de individua o da dita rea gra as utiliza o de tons mais leves relativamente aos circundantes 85 Pav es e trof us de ca a Podemos admitir que esta pintura em particular sofreu os danos maiores pois a for a da gua ter feito com que o quadro embatesse em algo pontiagudo o que resultou em dois grandes rasg es na zona central e no quadrante inferior direito A pel cula de verniz oxidou grandemente mais acentuadamente na zona inferior e em dois tra os horizontais demarcados pela gua A entretelagem anterior tamb m ficou muito danificada e com lamas residuais no reverso Visto o suporte se encontrar danificado nas zonas dos rasg es e n o oferecendo logicamente garantias conserva o da obra foi efectuada a nova entretelagem No que concerne a camada crom tica al m das lacunas provocadas pelos golpes verificaram se outras de pequenas dimens es e a perda crom tica revelou se de grande extens o devido aos rasg es O vern
104. ias imediatas teriam sido tomadas para reparar os danos causados utilizando n o s os servi os dos t cnicos da oficina de restauro anexa ao MNAA como tamb m t cnicos estrangeiros chamados de urg ncia A Funda o relata que ap s as ditas inunda es o restauro ganhou outra dimens o tendo sido assistido de todos os meios e de in meras entidades privadas nacionais e estrangeiras e institui es oficiais Entre estas destaca se o Instituto Jos de Figueiredo encarregado pelas interven es de restauro executadas nas pinturas a leo danificadas que iremos analisar posteriormente Quem dirigia na poca o Museu Gulbenkian era a Dr Maria Teresa Gomes Ferreira Directora da FCG encarregada pela manuten o do esp lio da colec o Gulbenkian A Dr Maria oferece nos um relato especial uma mem ria viva acerca da funesta noite para que melhor se e Pintura gravura desenho escultura t xteis cer mica ourivesaria joalharia e mobili rio de diferentes per odos hist ricos e proveni ncia geogr fica FERREIRA M Mem rias de um tempo a Colec o no Pal cio Pombal em Oeiras 1958 1969 2001 p 15 5 O edif cio actual da FCG foi inaugurado em 1969 s a partir desse momento que as obras foram colocadas permanentemente no Museu Di rio da Manh 1967 A cheia inutilizou 200 mil volumes destinados s bibliotecas da Funda o Gulbenkian 28 de Novembro p 7 e Di rio de Not cias 1967
105. ico inadequado que age come catalisador a reac es cin ticas e ou fotoqu micas devido presen a de contaminantes A temperatura baixa ajuda a manter a estabilidade qu mica dos materiais porque baixa a reactividade dos mesmos enquanto que uma temperatura alta acentuam os fen menos descritos As manifesta es dos danos qu micos v o desde a hidr lise x ir o i n 62 oxida o e foto oxida o que comportam sempre uma despolimeriza o A hidr lise comporta uma excis o de ligamentos uma quebra de mol culas devido ac o da gua que se observa em compostos org nicos ou inorg nicos Pode ser catalisada ulteriormente pela ac o da luz raios UV um erro crasso tentar secar rapidamente o material a gua deve evaporar gradualmente de modo a evitar tens es ao interno dos materiais devido ac o dos sais transportados pela gua Se esta seca rapidamente os sais permanecem e os danos intensificam se com o tempo A oxida o comporta uma quebra de ligamentos prim rios pelo oxig nio como na celulosa presente em muitos materiais obtendo outros elementos cidos org nicos pertencentes atmosfera como o enxofre a polimeriza o do oxig nio com a celulosa subsequente a estes fen menos faz com que os materiais escure am A foto oxida o adv m da combina o dos raios UV com o oxig nio estes s o capazes de romper ligamentos prim rios consentindo a introdu o do oxig nio que
106. idade e a temperatura variam em rela o hora esta o s condi es meteorol gicas e a m ltiplos outros factores O objecto sujeita se assim a um stress de adapta o cont nuo que induz a degrada o em grau maior ou menor segundo a velocidade e a entidade de tais varia es Uma caracter stica fundamental a porosidade dos materiais constituintes da obra que para al m de estar directamente relacionada higroscopicidade destes tamb m um factor determinante de outras caracter sticas como a resist ncia mec nica a elasticidade e a dureza A higroscopicidade de um material varia segundo esta porosidade segundo a D AGOSTINO V Op Cit p 26 7 Considera se poroso um corpo constitu do por part culas s lidas dispostas de maneira a deixar espa os vazios ao interno deste 45 estrutura dos seus poros pois quanto menor a sec o dos poros maior a capacidade que estes possuem de absor o A gua absorvida por um s lido poroso atrav s da press o capilar denomina se gua de imbibi o e a causa principal dos fen menos de degrada o A maior parte dos danos provocados pela humidade surgem z Bin Be 51 52 n o no momento de absor o da gua mas quando esta evapora 2 2 Os poluentes Uma problem tica an loga a exposi o aos poluentes atmosf ricos uma das causas principais para sua presen a o ambiente externo visto que a maior parte
107. imonio legislacaosobrepatrimonio 02 01 2011 MARCONIP Il recupero della bellezza Skira Ed 2006 inhttp architettura unipr it didattica att ba8d 5802 file pdf 01 06 2012 Procedimentos b sicos de preserva o conserva o preventiva de Documentos Gr ficos Divis o de Preserva o Conserva o e Restauro Direc o Geral de Arquivos dgarq gov pt servicos consultorias preservacao 15 11 2011 135
108. ion Institute 1992 MICHALSKI S An Overall Framework For Preventive Conservation And Remedial Conservation Ninth Triennial Meeting ICOM CC ICOM CC Paris pp 589 591 1990 133 MICHALSKI S WALLER R Effective preservation From reaction to prediction The Getty Conservation Institute Newsletter 19 number 1 pp 4 9 2004 REBELO F Um novo olhar sobre os riscos O exemplo das cheias r pidas Flash Floods em dom nio mediterr neo Territorium 15 pp 7 14 SACCHI E La qualita dell aria in edifici storico museali una indagine su campo Atti della giornata seminariale AICARR Microclima qualita dell aria e impianti negli ambienti museali Firenze 1997 pp 39 65 SCICOLONE G C Il restauro dei dipinti su tela nella seconda meta del XX secolo evoluzione e rivoluzione atti del convegno Il restauro dell arte moderna e contemporanea Bologna 2001 WALLER R Preventive Conservation Planning For Large And Diverse Collections American Institute for Conservation Presession Preprints 1996 Terminology to characterize the conservation of tangible cultural heritage Resolution to be submitted to the ICOM CC membership on the occasion of the XVth Triennial Conference New Delhi 22 26 September 2008 The Cleaning and Restoration of Museum Exhibits Second report upon investigations conducted at the British Museum in Analyst Issue 565 1923 AN9234800173 pp 173 174 Congresso de Conserv
109. ir artefactos fine arts esp cimes estruturas hist ricas e propriedade intelectual Desenvolver e organizar exposi es Desenvolver e providenciar o usufruto da colec o ao p blico Executar pesquisas para identifica o de materiais na colec o e para documentar posteriormente a sua hist ria Representar a sua institui o para com os media em reuni es publicas e conferencias e semin rios profissionais 20 Consideramos ainda mais relevantes os valores que o curador deve possuir Servir o bem p blico contribuindo e promovendo a aprendizagem a consulta e o di logo Servir a institui o de maneira respons vel gerindo financiamentos materiais e recursos intelectuais perseguindo os objectivos e a miss o da institui o respeitando a diversidade de ideias culturas e cren as Servir a profiss o museol gica com a promo o e pr tica de excel ncia honestidade e transpar ncia em todas as actividades profissionais O curador tem portanto um papel de orientador relativamente ao desenvolvimento da colec o considerando sempre a conjun o dos valores transmitidos pelo museu ou seja o que que a entidade possuidora do acervo pretende fazer com este e qual a sua miss o bem como outras pol ticas de procedimentos S o encarregues de toda uma pan plia de fun es sendo capazes de identificar malef cios na colec o ou defici ncias que possam existir a n vel da co
110. isi o conserva o pesquisa comunica o e exposi o para educa o e deleite dos testemunhos materiais da humanidade e do ambiente incumbida ao museu a tarefa de difundir o conhecimento do patrim nio adquirido e de comportar se como abrigo dos vest gios materiais da nossa civiliza o e igualmente proteg los de maneira ininterrupta para dar longevidade ao patrim nio Uma das suas finalidades principais a de garantir a conserva o mais adequada e id nea dessa heran a O campo que abrange o meio conservativo do local da exposi o a museologia mat ria de compet ncia t cnica em que se projectam entre outros os meios de apresenta o mais id neos s obras como a climatiza o do ambiente parte fundamental da estabilidade que as obras t m de ter S o considerados os diversos aspectos da actividade do museu e estudados os meios mais aptos realiza o completa do prop sito da exposi o sem negligenciar a conserva o finalidade primordial do museu a solu o dos problemas referentes conserva o da obra As exig ncias come am pelo local onde instalado o museu que deve ser concebido para que os 2 Defini o de Museu segundo os Estatutos do ICOM adoptados durante a 21 Conferencia Geral em Viena Austria 2007 A museum is a non profit permanent institution in the service of society and its development open to the public which acquires conserves researches communicates and
111. ita de imediato uma refer ncia pintura a leo e de facto todos os casos examinados s o realizados mediante esta t cnica Logo de in cio a abordagem concentrar se nos materiais e t cnicas utilizados na pintura de cavalete e na sua rela o com a subsequente e inevit vel degrada o e ou envelhecimento A degrada o e o envelhecimento da pintura assumem v rias formas identific veis s o processos inevit veis consequ ncias do tempo e do meio em que se insere a pintura O fen meno do envelhecimento afecta toda a estrutura da pintura se bem que onde os efeitos se denotam maioritariamente no estrato pict rico o mais vis vel Outro factor que iremos abordar e que consideramos atinente o caso do restauro conservativo e da sua teoriza o Esta escolha precedeu uma conclus o pessoal que h uma not vel diferen a entre a escola italiana do restauro e da conserva o e todas as outras institui es internacionais que apesar de serem regidas pelos mesmos princ pios n o acentuam a necessidade da aplica o do restauro 12 preventivo como conceito a seguir Por isso mesmo uma pequena reflex o feita sobre o restauro conservativo a conserva o e o restauro e entre as diferen as ou semelhan as entre o trabalho de um restaurador e de um conservador que cremos se complementem apesar de existirem pontos divergentes Um outro ponto fulcral que dissertaremos ser e retirando o exemplo do caso da Funda
112. ito de hidrog nio Redu o da Oxido de enxofre e Humidade luz Tecidos resist ncia mec nica N azoto ozono lavagens degrada o Enfraquecimento q Ozono xidos de Luz temperaturas Colorantes pigmentos superf cie azoto altas pulverizada Ozono sulfito de Vernizes Escurecimento a Humidade hidrog nio Oxido de enxofre Frescos Esfarelamento Nes o Humidade cido sulf rico Madeira Enfraquecimento Ozono Humidade Opacidade o ne Vidros y p ee Acido clor drico arranh es SACCHI E La qualita dell aria in edifici storico museali una indagine su campo Atti della giornata seminariale AICARR Microclima qualita dell aria e impianti negli ambienti museali Firenze 1997 pp 39 65 47 2 3 A luz como factor de deteriora o O uso de ilumina o de fontes artificiais ou naturais uma parte integrante de qualquer edif cio contudo a luz como forma de radia o de energia pode danificar irreversivelmente considerada uma causa iniciadora de muitos processos de deteriora o em materiais A luz cont m radia es vis veis e invis veis ao nosso espectro sejam elas de origem natural ou artificial s o tamb m causa de danos a certos grupos de obras de arte Materiais que s o mais resistentes como a pedra cer mica e metais s o menos suscept veis ac o da luz em contrapartida os materiais org nicos t xteis manuscritos aguarelas
113. iz oxidou devido humidade e lamas sob esta camada semelhan a do caso anterior verificou se a exist ncia de outra subjacente amarelecida grandemente de tal forma que os valores crom ticos originais da pintura se encontravam deturpados Uma situa o relevante ocorrida durante a remo o dos retoques foi a descoberta de vest gios de uma assinatura deixada pelo autor 1 5 Aprecia es as obras hoje Como perfazimento global podemos assumir que a maior parte sofreu uma l gica consequ ncia da ac o aquosa a densa oxida o da camada protectora de verniz bg ee 146 i i 2 E A oxida o provoca um amarelecimento da respectiva pel cula e uma patologia encontrada quase sempre nas pinturas a leo devido ao natural processo de envelhecimento e secagem das camadas superiores A excepcionalidade deste tipo de deteriora o que nestes casos apresentavam se not rias linhas de demarca o do n vel da gua onde a oxida o tinha por isso sido mais densa O que ter sido mais 1 Rigatino ou tratteggio quando a liga o crom tica executada atrav s de um tra ado vertical em sintonia com os valores crom ticos circundantes de modo a que de longe seja impercept vel mas que ao erto se evidencie Consultar Anexos Imagem 17 e 17 2 fotografia seccional onde no canto inferior direito se evidencia um dos rasg es j protegido Consultar Anexos Imagem 17 gt Consultar Anexos
114. lume massa e forma do objecto e que por sua vez induzem stress fissura es lacera es fendas entre outros 60 Saad POREN A seguinte tabela demonstra as vari veis de humidade e temperatura aceit veis para o bem estar da obra segundo a sua tipologia Humi Relati Tipo de Objecto cae ano Temperatura Cer mica 40 60 18 2 C Cera 55 60 15 1 C Cura 50 55 20 C pergaminhos Documents 55 4 5 18 2 C graficos Madeira 50 19 21 C Marfim 55 18 C 16 24 C Thermal expansion increase in volume of a material as its temperature is increased usually expressed as a fractional change in dimensions per unit temperature change When the material is a solid thermal expansion is usually described in terms of change in length height or thickness in Britannica Concise Encyclopedia D AGOSTINO V Op Cit pp 27 28 ALARCAO C Prevenir para preservar o patrim nio museol gico Museu Nacional Machado de Castro Lisboa 50 Metais 0 45 15 20 C Pintura 55 60 18 22 C T xteis 40 60 18 C A recomenda o de valores admiss veis tendo sempre em conta o tipo de colec o e o clima local de 55 HR Este valor considerado uma zona de seguran a entre os 40 HR inicio da perda de elasticidade e 70 HR crescimento de mofo acima do valor ideal sujeitamos os materiais a um progressivo aumento de flexibilidade e capacidad
115. manuten o e controlo de manuten o internos e Aumento de externos treinar e motivar os volume empregados Desintegra o Incinera o Falhas el ctricas Inc ndios Abras es rel mpagos causas acidentais Furtos Aumento de Rupturas Manipula o n o necess ria ou Temperatura PESSOAS Intrusos Abras es indevida manipula es Poluentes Furtos incorrectas Grau higrom trico Aumento de Da x Optimizar a gest o dos fluxos Temperatura e percursos das visitas P BLICO Poluentes DADE Prevenir a possibilidades de Grau Exposi o aberta os visitantes tocarem nos higrom trico objectos 40 Ha que salientar por fim a import ncia da elabora o de um perfil das colec es pois algumas problem ticas de conserva o podem afectar um limitado n mero de objectos dentro da dita colec o Uma perspectiva ampliada n o delibera a estimativa de riscos que requer um escrut nio mais detalhado Para grandes colec es impratic vel uma an lise por objecto h que definir primariamente os prop sitos deste 7 38 x E profiling system para a conserva o preventiva Estabelecer uma base para definir os recursos necess rios para uma manuten o cont nua pois n o se devem criar possibilidades para eventuais lacunas nos cuidados da colec o por falta de recursos Definir custos e dar prioridade a planos de manuten o espec ficos para eventuais casos partic
116. mente ciente das mesmas durante uma calamidade o que de positivo podemos retirar de uma experi ncia semelhante pois conseguimos posteriormente aperfei oar e corrigir o que de mau possa existir para prevenir futuros danos semelhantes ou padr es repetitivos Refor amos o conceito de que fundamental a interajuda em todas estas ac es complementares bem como uma comunica o id nea assertividade e profissionalismo pois tudo deve ser registado da maneira mais correcta e completa poss vel N o devem existir informa es enganosas repetitivas ou confusas pois durante uma cat strofe as ac es s o imediatas e n o h tempo para verifica es detalhadas logo toda a informa o registada deve ser coincidente e ver dica Todo o plano de emerg ncia implica um trabalho elaborado segundo tabelas organizacionais tendo em conta tudo o que concerne um museu o edif cio a colec o as estruturas os trabalhadores o p blico acessibilidades somando ent o as probabilidades de um evento danoso ao museu considerando por sua vez toda a tipologia de dano que possa ocorrer segundo o qu e em qu Logo como j referido aconselha se a adapta o de um plano de emerg ncia bem elaborado de um museu semelhante modificando o de acordo com as necessidades do museu e da colec o H todo um vasto leque de op es a considerar portanto a maneira mais f cil de elaborar um plano de emerg ncia retirar a ideia geral de um semelh
117. mo ou minimize os preju zos Procurar ser eficaz profissional e r pido quanto for poss vel na recupera o de desastres para que n o hajam perdas ou danos ulteriores A finalidade da elabora o de um plano de emerg ncia baseia se no que se pode prevenir como a manuten o da preserva o das colec es poupan a de tempo e recursos e sobretudo se for esse o caso salvamento de vidas Os perigos a que o museu est exposto podem ser divididos em dois elementos chave Riscos que s o considerados os factores naturais como as inunda es riscos locais como a proximidade a rios ou costas e factores sociais como terrorismo ou vandalismo que amea am o acervo do museu Vulnerabilidades s o relativas s probabilidades de dano que a colec o possa sofrer v Tipologia de colec o Y Estruturas que abrigam as obras podem ser ultrapassadas ou velhas logo de baixa efic cia v Grau de prepara o dos empregados do museu seja este em rela o informa o a que o staff tem acesso assim como ao conhecimento impl cito e estado de prepara o Em rela o aos danos causados pelas inunda es podemos afirmar que estes t m v rias origens muitas das vezes s o consequ ncia de um primeiro dano causado por um inc ndio ou tempestades apesar de considerarmos que as chamadas flash floods ou seja as inunda es repentinas por serem de facto imprevis veis podem causar maiores problemas Estas podem ter
118. mos adaptamentos um ref gio de protec o para as obras Face dimens o do ocorrido aos danos causados e aos que conseguiram ser evitados a Funda o diligenciou as interven es de salvaguarda da melhor maneira poss vel tendo em conta as circunst ncias 2 O plano de emerg ncia Sem d vida que qualquer situa o infortuna que possa acontecer torna se automaticamente parte da identidade e mem ria da institui o bem como no contexto social se torna um marco se esta afectar a popula o Varoli Piazza questiona que mecanismos conscientes ou inconscientes s o activados e quando e como que o conhecimento que encaixa solidamente relacionando se com o savoir faire e experi ncia dos envolvidos tem um papel definido que pode variar entre criativo e burocr tico O que torna este tipo de evento identidade hist rica de um Museu ou de uma sociedade est directamente relacionado com o processamento de todos os factores que cada envolvido faz dentro de um todo Saber como ouvir e saber como ver s o as ferramentas mais efectivas para uma formula o real de um plano de emerg ncia e risco baseado nas experi ncias passadas Este processo deve incluir uma an lise cr tica da informa o retida dos recursos humanos e das ferramentas adequadas a utilizar Para uma abordagem mais pr tica mas igualmente consistente o Getty Conservation Institute prop e nos um trajecto fruto da assimila o de informa es retiradas
119. ndic es interiores em termos de humidade e temperatura para ndo por em risco o equilibrio que de algum modo as pecas mant m com o meio envolvente N o mantenha as pe as assentes directamente sobre o ch o de modo a proteg las da humidade dos insectos de choques mec nicos etc As recomenda es s o nos dadas para evitar uma degrada o inevit vel e irremedi vel e como referencia o C2RMEF para que uma ac o em caso de cat strofe seja eficaz tem de existir um plano pr vio de ac o curativa de pronta resposta E nesta perspectiva que compreendemos que o plano de emerg ncia fulcral e que se diferencia do Vade Mecum pois este ltimo acaba por ser um util ssimo manual com linhas guia para a manuten o cont nua dentro do museu enquanto que o plano de emerg ncia tem a fun o de orientar as acc es requeridas num momento espont neo de perigo para a institui o 2 2 O invent rio Um dos recursos essenciais para gest o do acervo investiga o e servi os re 5 TANE AT A 2 4169 p blicos a exist ncia de uma documenta o precisa e acess vel Um dos primeiros passos para a elabora o do plano de emerg ncia a documenta o detalhada do acervo ou seja o invent rio da colec o O invent rio o primeiro ponto a ser definido e fulcral pois uma fonte de confirma o em caso de cat strofe serve para contabilizar as esp cies e em casos de restauro d nos informa es sobre o
120. ndio para detec o de fogo com a gua Todos os propositados edif cios conserva o artefactos adjacentes Fluoresc ncia em materiais E s Inunda es porosos incha o de materiais a E tempestades Telhados Conserva o org nicos corros o de E are 3 defeituosos prepara o para metais dissolu o de colas an ND ga ee canaliza es internas emerg ncias para gua alargamento fracturas corros o de objectos com componentes conjuntos encolhimento de t xteis e telas defeituosas internas ou externas supress o de sistemas anti inc ndio detec o e resposta imediata servi os de limpeza do edifico 98 Ay Paisagem envolvente Perfura es cortes t neis E Pestes vegeta o ou habitats T Excre es destrutivas que E Conserva o servi os 1 insectos j perto do per metro do i enfraquecem desfiguram e HE C de alimenta o design 2 vermes A D edif cio materiais de no E entalham os materiais t xteis da exposi o todo o p ssaros i constru o de peles madeira penas staff do museu outros me chegada artefactos consumo de materiais companhias externas de 3 mofo ee novos de chegada es organicos deslocamento de no controlo de pestes bact rias j visitantes staff pequenos objectos comida Sendo a primeira miss o do museu a de se colocar disposi o da comunidade por meio da exposi o das sua
121. nserva o efectuando revis es das esp cies periodicamente n o s o seu estado mas tamb m a n vel da exposi o deslocando as obras ou gerindo o espa o de exibi o para que as obras n o percam a relev ncia que acaba por estar directamente interligada com a miss o do pr prio museu a qual o p blico est encarregue de lhes dar O ICOM refere que o termo conserva o engloba todas as fun es de conserva o e de restauro no entanto fornece nos as diferen as entre as tipologias de trabalho referindo 2 Ibidem p 3 23 que a conserva o preventiva consiste em todas as medidas e ac es destinadas ao evitar e minimizar futuras deteriora es ou perdas S o conduzidas no mbito do contexto ou do meio circundante de um item mas mais frequentemente num grupo de itens independentemente da sua idade ou condi o Estas medidas e ac es s o indirectas n o interferem com os materiais e estruturas dos itens N o modificam a sua apar ncia J o restauro definido como todas as ac es directamente aplicadas a um singular e est vel item visando a facilita o sua aprecia o compreens o e utiliza o Estas ac es s s o levadas a cabo quando o item perdeu parte do seu significado ou fun o atrav s de altera es passadas ou deteriora o S o baseadas no respeito pelo material original Frequentemente tais ac es modificam a apar ncia de 22 um item Assumimos ent o que apesa
122. nsibiliza o e colabora o entre todos os servi os do museu para alcan ar o objectivo prim rio que a salvaguarda do acervo ao longo dos ni E E x 35 anos diminuindo os riscos de altera es ou degrada o das obras de arte Acerca do manuseamento das pe as segundo a DGA podemos sistematizar para reconhecer e controlar os possiveis agentes danificadores cooperando para a longevidade dos esp lios ao providenciarmos uma sensibiliza o ao pessoal interveniente Induzindo solicita es b sicas que v o desde uma limpeza regular inspec o e manuseamento correcto das pe as promovendo assim a sua preserva o implementando um acondicionamento correcto das esp cies ap s uma devida an lise das caracter sticas das mesmas para um melhor manuseamento Os seguintes pontos demonstram sumariamente os cuidados que o museu pode tomar para uma preven o id nea da sua colec o Condi es ambientais adequadas Constante e eficaz manuten o de todos os locais 3 Procedimentos b sicos de preserva o conserva o preventiva de Documentos Gr ficos Divis o de Preserva o Conserva o e Restauro 15 11 2011 Direc o Geral de Arquivos pp 1 2 http dgarq gov pt servicos consultorias preservacao Direc o Geral de Arquivos op cit 36 Medidas especificas de protec o Verifica o regular dos standards de conserva o Sempre que necess rio proceder com adequadas in
123. nte 1 1 O per odo pr inunda es No Pal cio Pombal decorreram os primeiros trabalhos de tratamento das esp cies especialmente as pinturas e mobili rio com a colabora o important ssima dos t cnicos escolhidos pelo pr prio Calouste Gulbenkian a Casa Andr de Paris encarregue pelo restauro do mobili rio e Martin de Wild para a pintura Ambas as entidades voltariam mais tarde a ocupar se dos restauros de emerg ncia ocorridos ap s a inunda o O Instituto Jos de Figueiredo encarregou se por sua vez dos t xteis e da respectiva limpeza e tratamento Esta ocasi o concedeu aos conservadores a oportunidade de realizar um primeiro estudo aprofundado gra as observa o directa e pormenorizada das atribui es e caracter sticas das obras e da sua classifica o tipol gica Este continuado estudo abriu as portas ao desenvolvimento de programas do Museu concep o museogr fica e a uma colabora o intr nseca entre todos os rg os da Funda o que em conjunto procederam ao estudo detalhado do acervo com vista elabora o de um programa concludente de museologia 1 1 2 As pinturas da Colec o da Funda o Calouste Gulbenkian A primeir ssima exposi o realizada pela Funda o ocorreu em 1961 e teve lugar no Museu Nacional de Arte Antiga destacamos a sua import ncia por ter sido a primeira de uma s rie de exposi es que a Funda o desenvolvera com o objectivo de promover e dar a conh
124. ntegra o crom tica com t mpera e finaliza o a aguarela 1 Fixa o com verniz tableux Remo o de antiga entretelagem Entretelagem com gervatol Remo o da fixa o com ess ncia de petr leo Massas de cr com gervatol 80 Proveni ncia Venda Oscar Huldschingsky Berlim Bibliografia Benezit E Dictionnaire des peintres sculpteurs Dessinateurs et Graveurs Tomo I Fran a Libraire Grunct 1948 p 645 746 Segundo Benezit esta pintura foi vendida em Paris na venda Manzi em 13 e 14 Mar o de 1919 por 10 000 fr Bibliografia F Gulbenkian Cat logo Lisboa 1982 N 929 p 153 c ilust P 362 Bibliografia F Gulbenkian Catalogo lisboa 1982 N 968 p 151 c uns 12 7 2 Proveni ncia Colec o La Italiana S culo XVIII O canal da Giudeca com a Igreja de Santa Marta de Francesco Guardi Holandesa S culo XVII XVII Pav es e trof us de ca a de Jan Weenix 1 Fixa o com paraloid Remo o da antiga entretelagem Entretelagem com gervatol Remo o da fixa o Efectuou se um novo preenchimento nas quatro margens do quadro na mesma medida do anterior Procedeu se nestas zonas a uma integra o em tom mais claro utilizando tempera e aguarela com acabamentos a tinta de leo e verniz Remo o da antiga entretelagem e respectiva cola Nova reentelagem Remo o de repintes e retoques antigos Preenchimento das
125. ntura onde os danos sofridos causaram uma separa o entre a tela original e uma entretelagem posterior 17 Detalhe que demonstra m ltiplos danos sofridos desde oxida o do verniz oxida o mais densa e rasg es em Pav es e trof us de ca a de Weenix quadrante central inferior 123 17 1 Detalhe de teste de limpeza durante a fase de remo o dos vernizes amarelecidos quadrante central inferior 17 2 Detalhe de rasg o e da camada crom tica consequentemente muito fragilizada quadrante central 124 17 3 Detalhe da assinatura do pintor previamente oculta quadrante inferior direito Fotos Parciais 1 Retrato de Lady Elizabeth Conyngham de Thomas Lawrence prova de limpeza em que se denota a camada amarelecida pelo verniz oxidado quadrante central 125 2 J piter e Calisto de J Nattoire presen a de lacunas provocadas pela inunda o e por retoques feitos previamente sobretudo no borda esquerdo que apareceram durante a remo o da pel cula de verniz 3 Sacra Conversazione de Cima da Conegliano durante a fase de remo o da pelicula amarelecida de verniz 126 4 Os Barcos de C Monet presenga de lacunas de aspecto longilineo provocadas pela inunda o 5 O Regato de Jean Honor Fragonard presen a de tr s fases distintas da esquerda para a direita uma de pelicula oxidada outra central ulteriormente oxidada pela inunda o
126. nuten o da pintura s s s 60 CAP TULO III QUANDO AS CIRCUNST NCIAS TRANSP EM AS TEORIAS AS INUNDA ES DO PAL CIO POMBAL 1967 63 Gs 1 As obras da Funda o Calouste Gulbenkidt i eecccceccccceesseceeseeeeseeeenseeetnneeeenseeeeaas 63 LO periodo pr in nda es sas a a NR ah luctus wae dei i 66 1 1 2 As pinturas da Colec o da Funda o Calouste Gulbenkian 66 1 1 3 O Restauro emergente Contribui es educacionais eta 72 1 2 A Funda o e os restauros inesperados eescccessceceenceeesnceeesececesececsneeeesaeeeeaees 73 1 3 Um caso comparativo a inunda o de Floren a de 1966 76 1 4 An lise aos restauros efectuados s pinturas da Funda o 79 1 4 1 Particularidades dos restauros ic coe ocak 2 aid q a a aa 83 1 5 Aprecia esras obras hoje siiasaisaa iudadase sas aala ada da sa es nada aa do aptas tanta ata 86 CAP TULO IV A INUNDA O E O PLANO DE EMERG NCIA CONSIDERA ES PARA A SUA ELABORA O senn 89 1 A inunda o como factor catastr fico se ssccs sea Neasesalaetycadeecusesceccsnetates Vases Copan indo 89 2 O plano de emerg ncia iss seria usn ieina es Adeeb ata ieee esa 92 21O Vade Mechas Sa asd ph Si eee papelada alega 95 22 O invent ri Oisen CRP RR dual oad aul UE RR al baad ut teat ot esau cil eceaatiad 97 2 3 Crit rios para a elabora o de um
127. o invent rio da colec o mas sempre um modo de perceber que lacunas existem na documenta o que se n o for realizada correctamente tamb m est sujeita a que as obras sejam roubadas durante uma cat strofe Est impl cito que nesta avalia o das esp cies est o valor das mesmas que de extrema relev ncia quando se trata de dar prioridade a certas obras em detrimento de outras e tamb m pela import ncia que t m no papel que 2 sie 181 desempenham dentro do museu H v rios conceitos a considerar de modo conjunto Valor hist rico cultural religioso Valor econ mico Raridade ou possibilidades de substitui o Vulnerabilidade de determinados objectos a perigos espec ficos Estado de empr stimo se for o caso Podemos afirmar que esta avalia o vai desde uma vis o global dos riscos at a uma an lise de escrut nio em rela o s obras que tem uma variada documenta o a ser realizada e visto que o museu ou a institui o revolve volta da colec o que lhe foi legada esta rigorosa estimativa dos riscos deve ser efectuada com toda a primazia pelo detalhe 2 3 2 Avalia o de danos Assim como h uma necessidade de construir uma documenta o elaborada sobre a colec o independentemente de um eventual incidente tamb m no seguimento de uma cat strofe h que executar uma documenta o posterior para comparar o estado das esp cies o tipo e a gravidade dos danos causado
128. obras na estrutura interior do edif cio a concretiza o deste plano levou ao surgimento de ulteriores dificuldades cria o de condi es favor veis s obras a expor Sobrepunha se tamb m a problem tica da for ada evoca o ao Marqu s de Pombal nos espa os interiores do Pal cio que se impunha do Coleccionador Denotamos que na altura j havia uma perene preocupa o pelo sentido que cada esp cie poderia adquirir conforme a sua coloca o dentro de um espa o e ao p de uma ou outra tipologia de obra diferente que valor poderia adquirir pois tratando se de uma colec o variad ssima havia uma constante exig ncia por um enquadramento equilibrado e favor vel a cada obra Primariamente procedeu se a uma reintegra o e restrutura o dos espa os com obras de consolida o e restauro dos estuques e da pintura prosseguindo ent o com a atribui o de espa os decidiu se dividir as Galerias em duas sec es principais a de arte europeia e a de arte oriental sendo que a primeira foi colocada no piso nobre e abrangia as artes pl sticas e decorativas distribu das por catorze salas e a segunda no piso t rreo na Casa da Guarda cuja estrutura arqueada e ausente de decora o permitiu a cria o de um ambiente adequado exposi o das esp cies de origem isl mica e eg pcia Foram adoptados os sistemas de ilumina o condicionamento do ar e seguran a mais convenientes patenteando assim entre os dois piso
129. obretudo tendo em 148 BOTHWELL A North Texas Association for Art Conservation NTAAC presents Disaster Planning Current Trends and Implications for Museums http artandseek net 2011 10 17 when disaster strikes save the art 15 03 2012 89 conta que n o se tratava de um Museu mas sim de um Pal cio que n o estava equipado com medidas de emerg ncia e seguran a como estaria se se tratasse do edif cio actual da Funda o Assim como no caso de Floren a ou Dresden n o havia um plano avan ado de emerg ncia as interven es levadas a cabo durante as inunda es foram para os tr s casos improvisadas sob a press o das circunst ncias imediatas Os membros do ICMS colocam a quest o omnipresente de como agir dentro destas circunst ncias esclarecendo que cada equipa tem os seus membros cada um com compet ncias e responsabilidades definidas e n o sendo necess ria a evacua o de pessoas o foco de imediato volvido para as esp cies Portanto em primeiro lugar a evacua o do acervo e de equipamento mais valioso tem de ser efectuada para fora do edif cio ou para os andares superiores do mesmo As fontes e poss veis medidas contra inunda es s o diversas estas podem ter 151 diversas origens ou causas Superf cies aquosas como rios grandes aguaceiros ou neve derretida Agua de desperd cio de sistemas de esgoto que possam rebentar gua do solo Neste caso tratando se de grandes agua
130. oda a realiza o deste trabalho que sem a preciosa interac o benevol ncia e ajuda dos demais n o teria chegado a um ponto atinente conclusivo A Funda o Calouste Gulbenkian e continuar a ser um pilar de refer ncia no mundo dos museus portugueses bem como uma refer ncia em rela o ao seu legado t o rico e variado com uma mensagem que transmitida continuamente e que se renova com o passar do tempo aos olhos do p blico 112 ANEXOS 1 Imagem que exemplifica a urdidura e a trama na tela e e e uu um O O ee o O ms i i lt ee o T me ce a ee O ww Urdidura Zuk ne n n longitudinal ik a a Se ee qm SS SS SS Trama x lt _ se ee ee o ee ee um sx ee transversal o ae O ee cu O o es D S ee O a o O o a E nr wa war mi 2 Procedimentos de urg ncia efectuados nas capas de volumes afectados pela inunda o em Floren a BNCF foto n 1190 RENZO E Fotografare Valluvione Collezioni Biblioteche Oggi Outubro 2004 p 43 113 3 Fotografia ilustrativa do p s inunda o florentino com algumas esculturas a serem levadas para o est dio de restauro 114 4 O Crucifixo de Cimabue a gua submergiu quase totalmente a obra e ap s a drenagem constatou se que a gua criara bolhas de ar na pintura que fragmentou e levou 60 da superf cie pict rica 115 6 O pintor Brown com a familia de Gi
131. ondicionamento geral com subsequentes restauros pontuais muitas vezes infrut feros na recupera o da obra dependendo do estado de deteriora o em que esta se encontra e a irreversibilidade dos danos causados A deteriora o temporal da obra um processo inevit vel como se do envelhecimento humano se tratasse podemos abrandar este processo com todo o tipo de acondicionamento e protec o ideais mas n o o conseguimos impedir totalmente A obra de arte representa uma unidade temporal espec fica e determinante pela heran a de informa es que nos transmite e este legado s consegue continuar a ser transmitido se for conservado A conserva o exige um conhecimento total da materialidade da obra das suas fragilidades e pontos fortes da sua composi o e da hist ria que transporta O restauro preventivo acaba por ser uma terminologia que nos foi transmitida por Cesare Brandi e que d significado a todo o tipo de interven o indirecta que vise o bem estar da obra e o seu prolongamento na Hist ria Suscita d vidas por ser uma express o que englobando a palavra restauro remete nos automaticamente para uma vis o de interven es estruturais e directas Brandi poder referir se ao restauro preventivo como o trabalho de um t cnico que se foque maioritariamente na conserva o das pe as e n o numa ac o directa e nica sobre a obra De modo geral a conserva o como fundamento poder significar o mesmo que restauro pr
132. opere giungendo poi alla stabilit conservativa nel tempo Parole Chiave Conservazione Pittura a olio Museo Deterioramento Cause Gulbenkian 10 Introdu o Esta disserta o aborda e analisa as pinturas da Funda o Calouste Gulbenkian alvo das inunda es ocorridas em Novembro de 1967 estudando posteriormente um comportamento conservativo adequado em rela o a um potencial evento catastr fico Devido ao nosso percurso profissional realizado no mbito da Conserva o e do Restauro houve desde sempre um interesse enraizado na especializa o no campo da pintura em tela raz o pela qual a presente disserta o d um relevo a certas vertentes pr ticas n o focando somente a inunda o do Pal cio Pombal e os seus porqu s Gra as a uma rela o concordante estabelecida com a Conservadora da Funda o a Dr Lu sa Sampaio despontou a oportunidade de ter acesso documenta o dos processos de restauro efectuados pelo Instituto Jos de Figueiredo de modo a aprofundar e analisar todas as vertentes te rico pr ticas da eventualidade ocorrida e dos comportamentos e interven es que se seguiram O objectivo primordial desta tese ser ent o analisar as ac es subsequentes inunda o no Pal cio Marqu s de Pombal onde se encontrava o esp lio naquela altura a log stica empregue em rela o salvaguarda e ao restauro das obras bem como uma posterior vis o global sobre o savoir faire em situa es
133. ora o Riscos do agente forma da perda ou dano e vulnerabilidade do tipo de colec o Perigos fontes e atractivos do agente Lista parcial Outras actividades disciplinas envolvidas na manuten o dos riscos For as f sicas Terramotos Conserva o directas Rupturas distor es manuseamento Todo o pessoal do choque perfura es buracos incorrecto dep sitos museu preparado para vibra o arranh es abras es superlotados tr nsito resposta de abras o Todos os artefactos dentro e fora do emerg ncia servi os gravidade museu de limpeza do edif cio Vandalos 1 Perda total a n o ser que se ladr es recupere displacers Todos os artefactos Criminosos amadores pessoal n o autorizado ao sobretudo os de maior valor e facilmente transport veis ou profissionais p blico em geral Seguran a supervis o da colec o acesso e Desfigura o sobretudo de pessoal do museu conservadores e manejo das artefactos simb licos ou artefactos investigadores policia obras populares visivelmente de alto local 1 Intencional 2 Perda ou coloca o fora do valor 2 Sem lugar apropriado Todos os inten o artefactos Total destrui o sem Instala es da recupera o Artefactos exposi o sistemas Seguran a todo o staff F chamuscados danos feitos el ctricos defeituosos do museu preparado ogo eaaa ogs 5 8 pelo fumo danos colaterais fumadores inc
134. oram intervencionadas de imediato in situ enquanto as outras seguiram de imediato para laborat rio O aux lio prestado logo ap s as inunda es fez com que se conseguisse evitar que alguns danos mais graves atingissem as obras A t tulo de exemplo os documentos gr ficos foram de imediato submetidos a uma s rie de interven es bem orientadas que asseguraram a longevidade destes e evitaram o deterioramento biol gico e qu mico com processos como o desmembramento de livros para a secagem a fumiga o em c mara de v cuo e o armazenamento das obras em c mara fria 103 Os dejectos possuem uma ac o corrosiva que resulta numa oxida o da pintura 104 yp Ibidem p 22 Fl 1 1 3 O Restauro emergente Contribui es educacionais O Dr Jos de Azeredo Perdig o Presidente da Funda o declara ap s as inunda es que Todo o pessoal do Museu sem distin o de categorias e fun es se conduziu na emerg ncia com o mais louv vel esp rito de sacrif cio e a seguir as conservadores com grande dedica o e compet ncia inexced vel tudo fizeram para E ae ea 105 reduzir ao minimo os prejuizos que algumas obras de arte haviam sofrido Na altura Portugal encontrava se um pouco a margem relativamente a exist ncia de t cnicos especializados em conserva o e restauro revelou se portanto fulcral a vinda de restauradores e conservadores especializados nas diversas reas de interven o para orientar e t
135. origina uma despolimeriza o dando assim in cio oxida o O calor no caso de temperaturas muito altas tamb m um agente qu mico este faz com que a gua de impregna o evapore em primeiro lugar seguindo se a gua de cristaliza o e os solventes mais vol teis tudo isto d lugar a fen menos de perda de coes o desagrega o e empoeiramento A despolimeriza o consiste na revers o de um pol mero para o seu mon mero ou para um pol mero de menor peso molecular Esta revers o pode ocorrer quando o pol mero se encontra exposto a temperaturas muito elevadas a determinados produtos qu micos ou humidade Em Infop dia http www infopedia pt despolimerizacao 55 2 4 3 Deteriora o biol gica Zz A deteriora o biol gica por sua vez motivada por altos valores de temperatura e HR que facilitam a procria o e prolifera o de organismos deteriorantes como fungos bact rias e algas Este tipo de deteriora o de natureza qu mica e f sica devido ao comportamento dos organismos estes alimentam se dos materiais da obra e expelem subst ncias cidas corrosivas que criam micro tens es como por exemplo os simbi ticos que s o a uni o de bact rias e fungos comem os a cares circundantes ou subtraem o carbono ao anidrido e expelem as ditas mat rias acidas que rompem os pol meros aumentando novamente a acidez Dada a facilidade de prolifera o dos insectos e organism
136. os este tipo de deteriora o de evitar e por isso talvez haja neste caso uma no o mais forte de preven o ao inv s de conserva o N o poss vel evitar este tipo de dano controlando somente os valores termo higrom tricos necess rio verificar a presen a de fluxos de ar e os crit rios expositivos a melhor maneira de lidar com esta problem tica a estabiliza o do ambiente e a estagna o de crescimento Os factores favor veis ambientais e climat ricos ao aparecimento e prolifera o s o os seguintes Elevada temperatura humidade Fraca ventila o Aus ncia de luz P e sujidade reas escondidas cantos Aus ncia de perturba es Acesso directo ao exterior Materiais contaminados Falhas em controlos peri dicos amp A sua nutri o consiste na celulosa e lenhina presente em quase todo o tipo de obra colas prote nas pigmentos e tintas no caso de tinta de papel Estes organismos s o seres autotr ficos e heterotr ficos possuem a vantagem de conseguirem nutrir se melhor sendo simbi ticos 65 CRESPO C AND VI AS V The Preservation and Restoration of Paper Records and Books Paris 1984 p 47 A temperatura um factor fundamental na determina o do habitat da vida biol gica e no controlo do seu metabolismo T de 20 35 C favorece a actividade microbiol gica T menor de 20 C reduz o metabolismo s53 Falhas em passos preventivo
137. os Parciais de outros restauros efectuados a pinturas de cavalete da colec o Gulbenkian retiradas do Congresso De Conserva o De Pintura E Artes Gr ficas Funda o Calouste Gulbenkian Exposi o patente na Funda o Calouste Gulbenkian em colabora o com o Instituto Jos de Figueiredo por ocasi o da 5a Reuni o do International Institute for Conservation of Historic and Artistic Works em Lisboa de 9 a 13 de Out de 1972 87 por vezes torna se dificil conciliar os objectivos entre a entidade encarregue pelas obras e a entidade incumbida pela assist ncia ainda mais se considerarmos uma situa o de emerg ncia que requer ac es prim rias imediatas O antagonismo presente neste caso em rela o h diferencia o de tipologia de forma o entre o conservador e o restaurador extremamente evidente H sempre uma clara simetria entre os dois contudo cada um exerce fun es diferentes ocupa se de problem ticas diferentes se bem que estejam sempre interligadas e com o prop sito no bem estar da obra seja este directo ou indirecto 88 CAPITULO IV A INUNDA O E O PLANO DE EMERG NCIA CONSIDERA ES PARA A SUA ELABORACAO Este capitulo final da disserta o visa abordar o plano de emerg ncia indispens vel para o bom funcionamento organiza o controle e preven o do museu ou institui o que tenha como responsabilidade a transmiss o de um determinado tipo de legado Neste caso em p
138. ovanni Boldini 7 O salgueiral de Jean Baptiste Camille Corot 116 8 Retrato de uma jovem de Giuliano Bugiardini 117 10 O canal da Giudeca e a Igreja de Santa Marta de Francesco Guardi 11 Pav es e trof us de ca a de Jan Weenix 118 12 Detalhe de fragmento deslocado do suporte de madeira que provocou danos no Retrato de uma jovem de Bugiardini lateral 12 1 Detalhe de zona perimetral muito danificada por rasg es quadrante central inferior esquerdo 119 12 2 Detalhe da mesma lacuna ap s o primeiro preenchimento 12 3 Detalhe da linha horizontal demarcada pelo n vel da gua quadrante superior esquerdo 120 13 Detalhe de oxida o densa da camada de verniz resultado da fric o das lamas em O pintor Brown com a fam lia de Boldini quadrante central esquerdo 14 Detalhe da pintura antes do tratamento em que se v claramente o restringimento da tela sobretudo nos bordos e craquelures devido ac o da gua n O salgueiral de Corot quadrante superior esquerdo 121 15 Detalhe da densa oxida o do verniz provocada pelo excesso de gua em Vista da costa da Noruega de Riiisdael quadrante central inferior 16 Detalhe da pintura vista a luz rasante com not ria fissura antes dos tratamentos em O canal da Giudeca e a Igreja de Santa Marta de Guardi quadrante superior direito 122 16 1 Detalhe do verso da pi
139. plano de emerg ncia n os 98 Dads VAS PO OS riera nes natas alaia E E OA Gaga DOGS eo adia per deRaraad a 103 XIL Av lia cao de danos Ga OD a E 105 Considera es FUNGIS ct pasado ia RRS asd eh hg OTE REA 109 ANEXOS GEGEN a SS a a a GAS ea ah 113 Elenco Bibliogr fico Jana ects apie hai ae ei ad sale ARO 128 Agradecimentos Expresso aqui os meus sinceros agradecimentos s in meras pessoas sem as quais a presente disserta o n o teria sido poss vel minha orientadora a Professora Doutora Clara a qual tenho a agradecer a receptividade e o facto de me ter acolhido incentivando me durante esta jornada a manter a perseveran a fornecendo me informa o e dando me sugest es fulcrais para a conclus o deste percurso Dr Lu sa Sampaio sem a qual n o teria sido poss vel concretizar este trabalho agrade o a boa vontade paci ncia e disponibilidade que sempre teve para comigo Dr Maria Teresa Gomes Ferreira pela disponibilidade e cordialidade que teve em receber me deixando me com um relato nico que irei guardar na mem ria bem como a valiosa e agrad vel troca de impress es sobre determinados conceitos no mbito da conserva o Ao Professor Doutor V tor Serr o o qual no meio de uma agenda preenchida se disponibilizou a ajudar me na ingress o para o mestrado e sem o qual n o me encontraria nesta fase de conclus o Numa t nica mais pessoal agrade o em primeiro lugar a todas
140. pment The Getty Conservation Institute GARDNER SWARD Paint Testing Manual 13th Edition 1972 KEENE S Managing conservation in museums Butterworth Heinemann Title II edition 2002 ISBN 978 0750656030 KNELL S Care of Collections Routledge 1994 129 KOESTLER R SANTORO E Assessment of the susceptibility to biodeterioration of selected polymers and resins The Getty Conservation Institute 1988 LAPA S Georges Henri Rivi re na g nese do museu Calouste Gulbenkian Contributos para o estudo da colabora o entre o muse logo franc s e a Funda o Calouste Gulbenkian Tese de mestrado IHA 2009 MADUREIRA J CAYRES I Manuseamento acondicionamento e transporte de bens culturais avalia o de riscos e cuidados espec ficos a ter com pinturas de cavalete t xteis e trajes in Estudos de Conserva o e Restauro N 3 UCP Porto 2011 MAEKAWA S Oxygen Free Museum Cases The Getty Conservation Institute 1998 ISBN 0 89236 529 3 MARONGIU A MASDEA M A quarant anni dalPalluvione restauri 2002 2006 Collana Interventi e testimonianze Polistampa 2006 MAYER R The artist s handbook of materials and techniques Martins Fontes 2006 MECKLENBURG M F Meccanismi di cedimenti nei dipinti su tela Approcci per lo sviluppo di protocolli di consolidamento Failure Mechanisms in Canvas Supported Paintings Approaches for developing consolidation protocols Il Prato 2008 ISBN 978 888 9
141. presentou oxidada particularmente em duas linhas horizontais que marcavam os dois n veis de gua que teriam atingido a pintura A tela de entretelagem foi pelas raz es anunciadas removida assim como as respectivas colas e foi efectuada uma nova entretelagem A camada crom tica aparentemente em estado razo vel de conserva o depois da limpeza das oxida es revelou se com alguns retoques n o somente em pequenas lacunas mas tamb m em reas maiores mais leves com o objectivo de atenua o do aspecto gasto da pintura fruto de interven es anteriores O canal da Giudeca com a Igreja de Santa Marta Esta obra foi grandemente danificada pela gua o suporte separou se da entretela de uma interven o anterior e da respectiva grade encontrando se em mau estado conservativo devido a uma grande quebra que atravessou o suporte e atingiu a camada crom tica Esta apresentava portanto v rios solevantamentos e um acrescento de cerca de 1 cm de espessura nas quatro margens do quadro com a finalidade de adapta o s dimens es da moldura A pel cula de verniz encontrava se oxidada e curiosamente sob esta encontrava se uma outra de verniz amarelecido o que significa que erroneamente a interven o levada a cabo previamente n o restaurou a camada amarelecida de verniz mas simplesmente a camuflou Removeu se portanto a entretela e as colas da interven o anterior e procedeu se a uma nova entretelagem efectuando se um novo preenc
142. que assegurem a salvaguarda das colec es A conserva o preventiva segundo o Vade Mecum do C2RMF manual destinado a todos os respons veis dos museus de Fran a e respectivos profissionais solicita a Pensar na colec o e n o somente num objecto Pensar no edif cio e n o somente na sala Considerar todo o ensemble de factores e n o somente num determinado factor Pensar num plano a longo prazo e n o somente no dia a dia 164 CASANOVAS L ALMEIDA A Conserva o Preventiva VADE MECUM IPCR Lisboa SVade Mecum de la Conservation Preventive Departement Conservation Preventive Centre de Recherche et de Restauration des Mus es de France C2RMF 2006 95 Pensar em equipa e n o individualmente Pensar em investimentos a longo prazo ao inv s de custos imediatos Pensar no plural Lae E 16 Ter uma vis o abrangente e nao pensar de maneira circunscrita Este tipo de manual ajuda precisamente e incita ao cumprimento de certos deveres que o museu como entidade respons vel por um legado deve ter A delega o destes sempre que envolvam a protec o dos acervos deve ser atribu da a t cnicos com A 5 4 E zs 1 compet ncias e conhecimentos compat veis e supervisionadas sempre que necessario 67 Retiramos dos dois exemplos dados as recomenda es que ach mos pertinentes tendo 168 em conta o caso tratado Verifique a exist ncia de infiltra es de gu
143. r dif cil porque requer peritos tempo e meios Solicita um esfor o de equipa constante e a coopera o do p blico No entanto um ambiente controlado pode ser conseguido at em pequenos museus com escassos recursos Para esta disserta o despontou portanto como hip tese oportuna e favor vel a descri o de casos aut nticos de restauro preventivo de uma Funda o de renome em Portugal possuidora de um percurso dignificante desde o come o da sua exist ncia e partindo deste pressuposto h toda uma complexidade de tem ticas que ach mos que se coadunavam perfeitamente com o tema e por isso mesmo complementam e enquadram globalmente todos os factores relevantes dos casos da Funda o Calouste Gulbenkian 14 CAP TULO I ALGUMAS QUESTOES TEORICAS ACERCA DA CONSERVACAO E RESTAURO DA PINTURA A OLEO 1 Restauro preventivo versus Conserva o A pintura uma parte integrante da arte que relata um peda o de hist ria seja pelo tema da pintura pelo artista ou pela materialidade desta este o entendimento necess rio de que o conservador precisa ao trabalhar com a obra por isso que a preserva o material deve ser conseguida pois est directamente interligada preserva o da historicidade da vida da obra A conserva o de um objecto da arte prova que um determinado intervalo de espa o tempo existiu e por isso esta pr tica deve subsistir sempre porque alterando ou danificando a obra ou sujeitando a s con
144. r do englobamento da nomenclatura do restaurador conservador as fun es ser o sempre divergentes das de um curador que tem como fun o principal o acondicionamento indirecto da colec o sem ter necessidade de intervir directamente em qualquer aspecto estrutural de que as obras possam carecer Podemos sumarizar os conceitos dizendo que o conservador delega as tarefas ao t cnico de conserva o e restauro pois apesar de serem parte integrante do mesmo campo executam tarefas diferentes e complementares e distinguem se por serem dois cargos diferentes com aprofundamentos distintos O curador teoriza e delega o que poss vel fazer para o melhor acondicionamento das obras sem ter propriamente necessidade de um background t cnico embora seja conveniente enquanto que o restaurador executa um tipo de trabalho completamente manual t cnico cient fico interagindo com a obra e as suas condicionantes Visam como j referido sempre o mesmo objectivo o fornecer de longevidade vida da obra respeitando os aspectos estruturais est ticos e hist ricos da mesma mas ocupam se das obras de maneira diferente Terminology to characterize the conservation of tangible cultural heritage Resolution to be submitted to the ICOM CC membership on the occasion of the XVth Triennial Conference New Delhi 22 26 September 2008 p 2 Ibidem p 2 24 2 Aspectos fundamentais da pintura a leo Todas as pinturas assim como todas as obra
145. rabalhar nos restauros das obras Dado que os cuidados de restauro e conserva o ganham uma dimens o de recupera o de emerg ncia integrou 106 se o seguinte plano Vinda de in meros especialistas para consultas circunstanciais Perman ncia de orientadores estrangeiros para a forma o e orienta o dos t cnicos recrutados vindos de cursos de arte Protocolos de coopera o e consultoria com institui es internacionais e nacionais e individualidades do campo abrangendo a pesquisa de laborat rio Investimentos efectuados visando o prolongamento da forma o t cnica dos quadros atrav s de promo es de est gios semin rios e cursos em Portugal e no estrangeiro Apesar do pa s demonstrar sabedoria te rico pr tica no mbito do restauro aprofundamentos relevantes cient ficos e pr ticos eram uma lacuna vis vel no Restauro 107 Be a Abel de Moura demonstra uma interessante ptica e Conservacdo de Obras de Arte do mundo do restauro que se revela em termos te ricos bastante actual uma experi ncia baseada em observa es cont nuas e uma pr tica do of cio a par de um 105 FERREIRA M Mem rias de um tempo a Colec o no Pal cio Pombal em Oeiras 1958 1969 2001 p 16 6 Do Bisturi ao Laser Oficina de Restauro do Museu Calouste Gulbenkian Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa 1995 p 21 107 MOURA A Restauro e Conserva o de Obras de Arte I Reuni o Dos Conser
146. ral requerem n o s uma profissionaliza o e especializa o mas tamb m uma interdisciplinaridade transversalidade e capacidade de trabalhar em grupo pela parte dos respons veis pela an 3 conserva o 1 1 2 Tutela das colec es Fundamentalmente a figura do conservador a mais relevante no que concerne a responsabilidade da seguran a gest o e valoriza o das colec es que tem em m os 4 Idealmente o conservador deve Colaborar com o Director para a defini o dos objectivos do instituto Ser o referente cient fico no interior e aquando situa es oportunas no exterior do edif cio do museu pelas colec es pelas quais respons vel Predisp e planos de manuten o standards de conserva o e restauro Ajuda na elabora o dos projectos de exposi o do acervo Conduz e coordena as actividades de pesquisa cient ficas Colabora para a valoriza o das colec es A ci ncia da conserva o uma mat ria vasta e articulada e as actividades desenvolvidas pelos peritos deste campo concernem m ltiplos campos da qu mica MICHALSKI S Conservation lessons from other types of museums and a universal database for collection preservation in Modern Art Who Cares Netherlands Institute for Cultural Heritage pp 290 295 1999 3 D AGOSTINO V Condizioni Microclimatiche e di qualit dell aria negli ambient museali Universit degli Studi di Napoli Federico II 2005 T
147. rino 1977 pp 53 54 E qualquer procedimento que assegure no futuro a conserva o desta como imagem e materia Este refere ainda que somente a t tulo pr tico que se distingue um restauro preventivo de um restauro efectivo executado numa pintura enquanto um e outro valem pelo nico e indivis vel imperativo que a consci ncia p e em acto o reconhecimento da obra de arte na sua dupla polaridade est tica e hist rica e que leva sua salvaguarda como imagem e como mat ria Ou seja a diferen a entre o restauro e a conserva o t nue e implica conhecimentos an logos com aplica es diferentes mas com o mesmo prop sito de fornecimento de estabilidade vida da obra para que possamos protrair para o futuro o nosso legado Brandi sustenta por fim que O restauro preventivo mais imperativo sen o mais necess rio do que aquele de extrema urg ncia porque dirigido ao impedimento deste ltimo o qual dificilmente poder realizar se com um salvamento completo da obra de arte Claro que estas considera es t m sido contestadas pelos te ricos apologistas da conserva o pura como Dezzi Bardeschi que sendo um dos basti es da conserva o integral afirma que as aten es devem ser concentradas prioritariamente sobre a imagem em detrimento da representa o da cultura material que a produziu valorizando assim a apar ncia vis vel ao inv s da consist ncia da obra que ocasiona a altera o e
148. s Fazendo uma s mula de conceitos a vinda a presen a e a reprodu o de todos estes insectos e organismos nutrida por altos valores de C e U e escassez de ar As suas caracter sticas s o determinantes sua viv ncia e sobreviv ncia nestes espa os mediante aquilo que comem mat ria org nica ou inorg nica a sua estrutura celular o tipo de reprodu o a dimens o varia de poucos m cron a alguns cm e sobretudo se s o aer bios ou anaer bios ou seja se t m necessidade ou n o de oxig nio Os organismos mais frequentes s o Insectos xil fagos t rmita bicho da prata etc Algas Bact rias Fungos L quenes jun o de algas e fungos Mofo Bolor jun o de bact rias e fungos Um exemplo da ac o de um organismo perigoso a alga para a materialidade de uma obra que esta esp cie consegue desenvolver se em condi es de humidade satura assim como na total aus ncia de gua reactivando se quando esta volta Provocam na obra p tinas coloridas e espessas para al m de que proliferando englobam e mant m res duos org nicos provocando assim crostas que funcionam como tapetes para as bact rias f rteis Frequentemente debaixo de uma camada de algas mortas est uma viva que se desenvolve melhor por estar protegida pela superior As solu es actuais para o combate contra os agentes de deteriora o biol gica s o orientadas primariamente seja na desinfec o ou n
149. s A documenta o dos danos 8 Ibidem p 147 105 f sicos cr tica e indispens vel n o s em rela o s opera es de restauros subsequentes mas tamb m em termos burocr ticos de assegura o das pe as a documenta o torna se uma ferramenta fundamental Um dos meios acess veis a documenta o visual pois se ap s uma inunda o os sistemas de visualiza o que a institui o possui estiverem ainda acess veis deve se acrescentar esta vital fonte de informa o como prova dos danos documenta o escrita e fotogr fica semelhan a da inventaria o precedente a avalia o dos danos deve ser feita de maneira muito bem detalhada talvez mais minuciosa ainda porque neste caso todos os danos devem ser analisados e documentados para um salvamento eficaz das obras Se este tipo de opera es n o for efectuado de imediato logo ap s o incidente os danos podem tornar se irrevers veis pois as obras est o expostas prolongadamente ao tipo de dano e deste modo torna se extremamente dificultosas as interven es de restauro que implicam mais tempo e maiores custos n o assegurando a recupera o total das esp cies mais expostas O ICOM fornece um leque de checklists a realizar antes e depois de uma inunda o Reportamos de seguida alguns dos factores 2 a ter em considera o ap s uma inunda o e que consideramos pertinentes para a elabora o de um plano de salvamento ideal Moni
150. s colec es o desafio de um conservador apresenta se na perspectiva de concilia o de procedimentos estabelecidos harmoniosamente entre exposi o e conserva o Uma exposi o pressup e um espa o reservado para esse fim dotado de condi es que garantam a integridade f sica do acervo logo h que procurar alcan ar condi es pr ximas das ideias estando ciente de todos os riscos a que est o sujeitos os objectos pela sua vulnerabilidade a n vel f sico biol gico qu mico e mec nico 4 A conserva o da pintura de cavalete em ambiente museol gico A pintura em tela considerada uma obra muito delicada porque se trata de um objecto composto por uma multiplicidade de materiais diversos e que est em certos aspectos mais condicionada e sujeita aos poss veis danos que a conserva o preventiva tenta evitar H uma pluralidade de factores contribuintes sua deteriora o e a percentagem desta numa pintura diminui significativamente com o contributo da conserva o A pintura composta por v rias e distintas sec es no caso da pintura em tela as principais sec es s o divididas em duas a de suporte e a da imagem A de suporte constitu da pelo tecido que servir depois de base pintura normalmente de linho algod o ou misto A segunda camada dividida por sua vez em v rias sec es interligadas a de prepara o a de pintura e a ltima camada que a do verniz Todas estas diferentes camadas fun
151. s de arte est o sujeitas ao envelhecimento ou acondicionamento ao meio em que se encontram e tal fen meno concerne toda a estrutura da obra As pinturas s o feitas de diversos materiais que juntos formam uma estrutura complexa e interligada que pode ser facilmente ou danificada devido sensibilidade dos seus componentes em rela o ao ambiente circundante O estrato pict rico em particular revela sinais de envelhecimento que podem ser devidos ao suporte prepara o aos pigmentos e aos seus ligantes assim como aos vernizes que frequentemente n o s o poss veis procrastinar com interven es conservativas nem anular com opera es de restauro Como j referido uma boa conserva o consegue abrandar a deteriora o mas n o a pode parar Um conhecimento global e completo da estrutura da pintura dos seus materiais e potenciais fragilidades das tipologias de degrada o e poss veis amea as proporcionam ao conservador os instrumentos necess rios para uma boa pr tica de conserva o Uma pintura a leo geralmente constitu da por quatro estratos principais o suporte a prepara o a camada pict rica e o verniz Verniz Camada Crom tica 2 Camada Crom tica 1 Preparai ria lt Suporte Figura 1 Exemplo de corte transversal da superf cie de uma t pica estrutura A camada preparat ria e a pict rica podem estar por sua vez subdivididas a pluralidade destas diferencia s
152. s do Pal cio 274 FERREIRA M Mem rias de um tempo a Colec o no Pal cio Pombal em Oeiras 1958 1969 2001 pp 7 8 FERREIRA M O museu da Funda o Gubenkian em Oeiras in Sol Lisboa N 3 Outono Inverno 1966 1967 pp 55 56 68 aT 93 l obras da mais diversa tipologia que eram expostas rotativamente compensando a impossibilidade de aumentar as zonas de exibi o Exercendo o plano de ac o cultural o tratamento cont nuo das colec es o desenvolvimento de novos projectos de investiga o que se desenvolveriam subsequentemente no Museu restava apenas aguardar a reembalagem das obras aquando a constru o do dito edif cio se conclu sse mas o homem p e e Deus RE e aquando as cheias de 25 para 26 de Novembro as obras da Funda o 15 disp e encontravam se portanto provisoriamente colocadas no Pal cio Pomba Lamentavelmente o evento catastr fico ocorrido para al m das centenas de mortes causadas e edif cios destru dos arruinou tamb m parte da colec o Os jornais da poca relatam que tanto o acervo que se encontrava exposto como nas reservas a nivel do r s do ch o n o teriam sofrido qualquer dano enquanto as obras que se encontravam nos cofres teriam sido atingidas pelas guas em poucas horas tendo por isso sofrido preju zos cuja extens o e valor estaria ainda por determinar mas diminutos relativamente totalidade do esp lio Indicavam tamb m que provid nc
153. s inter rela es criadas com especialistas vindos do estrangeiro que em conjunto com os t cnicos nacionais primaram pela salvaguarda e recupera o das obras danificadas A comunica o irrepreens vel que se manteve durante todo este processo resultou numa recupera o ex mia das obras que com toda a aten o cuidado e sabedoria voltaram a espelhar mem ria art stica e hist rica atrav s das suas pinceladas Em termos t cnicos analisar se o portanto os pontos em comum entre as ditas interven es efectuadas nos seis casos apresentados conseguindo assim chegar a um ponto de conclus o representativo concernente a todos os casos deste sector que estiveram sujeitos a estas circunst ncias A escolha de seis casos espec ficos foi feita com base na informa o concedida tendo em conta o tipo de danos sofridos e a tipologia de pintura e cremos que expressam um resultado global acerca do esp lio de pintura danificado em 1967 Visto que os casos analisados da Funda o se tratam somente da sec o de pintura achou se l gico fazer uma abordagem espec fica introdut ria e explicativa dos conte dos t cnico pr ticos da pintura a leo focando os aspectos estruturais das quest es propostas acerca da pintura de cavalete e da sua rela o com a conserva o tendo em conta os restantes factores de degrada o das obras como o natural processo de envelhecimento ou outras causas externas O termo pintura de cavalete susc
154. s materiais usados para a pintura da t cnica do artista das condi es atmosf ricas s quais foi submetida a pintura e do modo como foi tratada e ou preservada S o contrac es e microrroturas nos estratos constitutivos de uma pintura com diferentes coeficientes de dilata o segundo a elasticidade do suporte da prepara o e da camada pict rica H uma distin o entre o tipo de craquelures podemos afirmar que todas as formas de fissuras produzidas no mbito do processo de secagem ou de oxida o definem se fendas de retrocesso ou retiro ao passo que quando o estrato pict rico j se encontra seco oxidado polimerizado e n o el stico pode apresentar fissuras de envelhecimento devido a agentes mec nicos externos Das fissuras para al m da morfologia geralmente conseguimos distinguir a formas dos bordos a profundidade a largura e a dist ncia Divis o de tipologias das craquelures Envelhecimento deforma o pl stica devido ao processo natural de envelhecimento Tamb m denominada de CVCP ou seja a capacidade de absor o de leo que um pigmento possui As zonas com maior quantidade de leo ressentem mais os movimentos e vice versa o que significa que numa pintura coexistem vertical e horizontalmente diferentes tens es A tela inevitavelmente alargar se a porque a urdidura muito mais r gida que a trama As cores duras quebram primeiro devido baixa concentra o de CVCP e as fendas podem
155. ser tutelado com o aux lio de espertos deste campo que trabalham com o prop sito de abonar uma harmonia s bia e adequada a estas Esta tese tem como objectivo aprofundar os conceitos e argumentos da conserva o da pintura ao interno do ambiente museol gico especificamente a pintura a leo analisando os factores de deteriora o contemplando as causas mais recorrentes que conduzem s ditas deforma es Com alguns casos proporcionados pela Funda o Calouste Gulbenkian podemos analisar as sequelas do evento catastr fico comum de que as obras foram alvo e as subsequentes interven es de restauro efectuadas para um conseguimento conservativo final que se mant m at ao presente Palavras chave Conserva o Pintura a leo Museu Deteriora o Causas Gulbenkian Riassunto L equilibrio vitale di un opera d arte dev essere tutelato con l ausilio di esperti del campo che operano al fine di fornire all opera un adeguata armonia Questa tesi ha lo scopo di approfondire il tema della conservazione della pittura all interno di un museo specificamente della pittura a olio su tela analizzando i fattori di deterioramento ed esaminando in questo modo le cause pi comuni che conducono alle suddette deformazioni Su alcuni casi forniti dalla Fondazione Calouste Gulbenkian analizzeremo le conseguenze dell evento catastrofico comune che hanno subito questi dipinti e i successivi interventi di restauro apportati alle suddette
156. strangeiras segundo as especialidades inerentes s distintas reas Entre estas personalidades destacamos o primeiro Director do ICOM George Henri Rivi re que colaborou com a Funda o para a abertura do Museu e posteriormente para consultas e confer ncias de museologia Este afirmava que a import ncia de um Museu n o se mede pelo n mero de objectos que exp e mas pelo n mero daqueles que puderam ser percepcionados pelos visitantes no seu O Museu da Funda o encontra se em pleno centro capital o edif cio actual foi inaugurado dois anos ap s as inunda es em 1969 No DECRETO LEI N 40690 aprovado a 18 DE JULHO DE 1956 como encarregues da aprova o deste processo figuram os seguintes nomes Francisco Higino Craveiro Lopes Ant nio de Oliveira Salazar Fernando dos Santos Costa Joaquim Trigo de Negreiros Jo o de Matos Antunes Varela Ant nio Manuel Pinto Barbosa Am rico Deus Rodrigues Thomaz Eduardo de Arantes e Oliveira Paul Jorge Rodrigues Ventura Francisco de Paula Leite Pinto Ulisses Cruz de Aguiar Cort s Manuel Gomes de Ara jo Henrique Veiga de Macedo 81 George Henri Rivi re foi a partir de 1958 consultor permanente da Funda o Calouste Gulbenkian na rea da museologia 832 LAPA S Georges Henri Rivi re na g nese do museu Calouste Gulbenkian Contributos para o estudo da colabora o entre o muse logo franc s e a Funda o Calouste Gulbenkian Tese de mestrado IHA 2009 pp
157. te acontece somente em zonas de cor branca ou claros para as outras cores sobretudo as da gama fria que v o dos azuis aos roxos n o h um amarelecimento mas sim uma altera o irrevers vel das cores que mutam para uma gama que vai do verde ao castanho escuro Algumas das cores utilizadas pelos mestres do passado em particular nas velaturas perderam a vivacidade da tonalidade original no decorrer do 2 Branqueamento reas irregulares p lidas ou de cor leitosa na pintura ou na camada de verniz n o s o um defeito superficial como o bloom mas sim uma dispers o geral de luz devido porosidade acrescida ou granula o em films envelhecidos in Appendix L Curatorial Care of Easel Paintings http www nps gov museum publications mhi appendl pdf traduzido por Elisa Comberiati Pois tempo Esta atenua o influenciada pela luz e pelo oxig nio e depois de uma fase inicial s bita de descolora o segue se uma mais lenta 2 1 Os Craquelures As manifesta es mais evidentes e mais frequentes de deteriora o e envelhecimento s o os craquelures por isso cremos que seja importante abordar esta patologia da degrada o das pinturas o sinal de envelhecimento ou danifica o mais reconhecido pela sua facilidade de diagn stico a olho nu e apesar de parecerem semelhantes os craquelures t m de facto origem e raz o diferente Estes consistem numa rede de fissuras ou fendas que dependem de v rios factores do
158. te do museu interior e exterior est pois intrinsecamente ligado elabora o de um plano de emerg ncia da a decis o de pesquisar e escrever sobre ambos Embora sejam duas mat rias diferentes a museologia necess ria para a organiza o de dados que consequentemente ir o ditar uma boa prepara o do plano de emerg ncia pr prio daquele museu Cada plano diferente pois cada museu funciona estruturalmente de maneira diferente todos possuem esp lios diversos est o sujeitos a riscos diferentes Logo h uma multiplicidade de pequenos e grandes factores que n o podem ser descurados e s com o aux lio da museologia que o museu poder reunir toda a informa o exclusiva e indispens vel para a calcula o das ponder veis do plano de emerg ncia seja este pretendido de modo geral ou como exemplific mos de modo particular concernente uma determinada causa Se bem que por norma o plano de emerg ncia e avalia o de riscos seja sempre feito de maneira geral se um museu ou institui o est mais sujeito a sofrer as consequ ncias de determinada causa pode estar mais condicionada devido a uma zona prop cia a terramotos por ex de boa pr tica que explore mais esse factor em detrimento de outros que tenham menos probabilidade de ocorrer por isso de bom prop sito que seja elaborada uma sec o mais detalhada sobre tal causa riscos consequ ncias poss veis e preven o 111 Foi de facto um deleite t
159. tecidos a destrui o da pintura e a oxida o dos vernizes Estes s o processos sequenciais que podem ser minimizados se existir um controlo da intensidade e dura o de exposi o luz a redu o da ilumina o artificial ao m nimo poss vel nos dep sitos a utiliza o de filtros bloqueadores de UV de forma a reduzir os efeitos fotoqu micos cortinas fechadas s o alguns pontos concretiz veis num museu mesmo que este possua escassos recursos para a manuten o 4 1 Cuidados de manuseamento e manuten o da pintura H uma necessidade constante de esclarecer quest es relacionadas com o restauro preventivo dos bens culturais incidindo particularmente no manuseamento e acondicionamento destes logo h que focar a necessidade de sensibiliza o e de alerta para todos os tipos de tarefas e poss veis consequ ncias danosas que podem surgir Pode se afirmar que h uma constata o patente dos efeitos ben ficos que a conserva o preventiva fornece pintura bem como a toda a tipologia de bens culturais tendo vindo precisamente por isso a ser gradualmente reconhecida A conserva o encarregue de um vasto leque de ac es mas focando se principalmente na monitoriza o das condi es ambientais e de seguran a Cremos que a raz o pela qual a conserva o n o esteja completamente implementada em institui es museus 60 galerias etc reside no facto de que os resultados n o sejam percept veis a cur
160. terven es para assegurar a integridade dos objectos Medidas de seguran a para todo o esp lio pertencente ao museu ou seja para o acervo exposto e para os objectos mantidos em dep sito ou laborat rios Podemos considerar a conserva o preventiva como um conjunto global de interven es t cnicas e actividades desenvolvidas para o melhorar do estado conservativo seja das obras expostas ou em dep sito seja do ambiente circundante que alberga as ditas atrav s da gest o e planifica o dos recursos materiais humanos e temporais disposi o Acentua se uma necessidade de agir n o somente num s objecto mas em todo um esp lio considerando o espa o envolvente como todo o edif cio do museu e n o somente o espa o de exposi o que pode apresentar m ltiplas e diversas limita es Evidentemente que h uma necessidade de defini o de prioridades que permitam individuar as problem ticas principais dando assim um maior foco aos factores que resultam potencialmente mais danosos As seguintes tabelas AM 7 demonstram uma an lise dos riscos Amea a Fonte Danos Causas frequentes Ac o preventiva Mudan as Efectuar um controlo mofo ea nei Bias meteorol gicas clim ticas termo higrom trico Humidade corros o relativa valores Mudar as colec es muito alta elevados para ambientes HUMIDADE rae Presen a de condensa id neos introdu o RELATIVA enfraquecimento infiltra es de gua d
161. tigo 5 O Conservador restaurador deve respeitar o significado est tico hist rico e espiritual e a integridade f sica dos bens culturais que lhe foram confiados Artigo 6 O Conservador restaurador em colabora o com outros profissionais relacionados com o Patrim nio Cultural deve ter em considera o as exig ncias da utiliza o social dos bens culturais que est a preservar Artigo 8 O Conservador restaurador deve ter em considera o todos os aspectos relativos Conserva o Preventiva antes de desempenhar o tratamento de bens culturais e dever limitar o tratamento ao estritamente necess rio Artigo 9 0 Conservador restaurador deve empenhar se em utilizar unicamente produtos materiais e procedimentos que de acordo com os n veis de conhecimento nesse momento n o ir o danificar os bens culturais o meio ambiente ou pessoas A pr pria interven o e os materiais usados n o devem interferir dentro do poss vel com quaisquer diagn sticos tratamentos ou an lises futuros Devem ainda ser compat veis com os materiais constituintes desses bens culturais e tanto quanto poss vel f cil e totalmente revers veis Artigo 15 O Conservador restaurador nunca deve remover material de bens culturais a n o ser que seja indispens vel para a sua preserva o ou que esse material interfira substancialmente com o seu valor hist rico e est tico dos bens culturais Os materiais removidos devem ser conservados
162. to prazo apesar de garantirem o prolongamento salutar das peculiaridades materiais t cnicas 2 En Gita lt 74 est ticas e hist ricas dos bens culturais Z E a raz o pela qual ocorrem constantemente danos irrepar veis causados por factores internos aos espa os de exposi o como a falta de controlo dos valores termo higrom tricos ataques biol gicos etc ou por factores externos como as cat strofes naturais O manuseamento e acondicionamento s o duas pr ticas conjugadas em termos de responsabilidade para com as obras de arte salientando a import ncia de que sejam tarefas efectuadas por t cnicos qualificados caso contr rio se forem consideradas como fun es de relev ncia inferior podem levar a danifica es sobre os objectos No manuseamento de pinturas de cavalete salientamos os cuidados principais a 7 considerar Verificar sempre o n vel de tens o do suporte Desloca o da pintura na vertical Utilizar caixas de molduras quando necess rio Quando se trata de pinturas de grandes dimens es por vezes quando se trata de desloca las e para facilitar o manuseamento podemos enrolar as ditas procedimento que pode ser efectuado somente se o estado de conserva o da pintura e condi es t cnicas o possibilitarem muitas telas correm o risco de sofrer destacamentos das camadas pict ricas sobretudo se as entretelagens s o originais e segundo m todos antigos Proporcionar o
163. torizar e registar todos os movimentos nas reas afectadas Certificar se da seguran a dos cofres da institui o e assegurar se que estes n o sofreram danos N o retirar a gua de imediato antes de proceder com o esvaziamento ideal consultar um conhecedor da estrutura do edif cio Iniciar a secagem dos espa os de exibi o lentamente Consultar um conservador restaurador acerca das interven es a serem efectuadas nos objectos afectados Se a gua de inunda o estiver suja ou infecta guas de esgoto antes de se proceder com as opera es de restauro limpar os objectos em gua l mpida Congelar objectos de papel de imediato e deix los em congela o at come arem os restauros 12 HANDBOOK ON EMERGENCY PROCEDURES Developed by members of the ICMS ICOM Outubro 2012 p 25 106 A avalia o dos danos documenta o indispens vel e torna se legado hist rico da viv ncia do museu e do seu esp lio informa o relevante a ser unida de invent rio pois acima de tudo o museu deve compendiar em rela o s colec es todo o percurso hist rico das mesmas dentro do museu bem como as sequelas de eventos catastr ficos que tenham ocorrido O que significa que deve sempre haver um antes um durante e um depois Esta avalia o serve tamb m em termos estruturais para corrigir eventuais falhas do edif cio ou falhas no plano de emerg ncia pois s poss vel estar completa
164. tra o do Utilizar aparelhos de i ar filtra o Aeriformes cidos a Degrada o dos Fecho inadequado de particutados ia ortas e janelas e materiais p J gt x POLUENTES sujidade faanutengao Cuidar da manuten o do edif cio poeiras inadequada do edif cio Desinfesta o e utilizo de qualquer produto qu mico normalmente n o presente no ambiente Utilizar materiais e procedimentos aprovados Reduzir o contacto com os Visitantes objectos Oe Embalar e proteger os Reposit rios g P E h objectos que est o em inadequados arquivo 39 Materiais utilizados para os dep sitos e elementos de Corros o Descolora o Danos f sicos Usar somente materiais aprovados e testados para determinadas aplica es evitar o uso de materiais danosos se poss vel testar os materiais conhecidos antes de os utilizar ou ent o sigilar exposi o 7 posis cobrir ou ventilar para a mitiga o dos poss veis efeitos secund rios Amea a Fonte Danos Causas frequentes Ac o preventiva Ferrugem Dissolv ncia de pigmentos e tinta Crescimento de mofo Inunda es externas Formular um detalhado E perdas de tubagens Disaster Plan que inclua Inunda es E j lista d l Deforma es infiltra es sistema uma lista de controlo para os anti inc ndio procedimentos de DESASTRES Impregna o
165. turais Desagrega o de fibras Dilata es oscila es e movimentos opostos das fibras Perda de coes o NATUREZA QUIMICA Hidr lisis acidifica o directa ou indirecta por condensa o Oxida o Corros o de determinados pigmentos NATUREZA BIOLOGICA Grande desenvolvimento de micro organismos como fungos bact rias e insectos Desenvolvimento de micro vegetais l quenes musgos Fuga de pigmentos eteren Dispers o de estuques Manchas de humidade As obras analisadas sofreram sobretudo danos de natureza f sica pois as opera es efectuadas revelam os problemas que lhes antecederam como a perda de coes o o amolecimento de colas dispers o de estuques manchas de humidade e dilata es de suporte e rompimentos v rios Poderemos constatar nas imagens reportadas em anexo a tipologia de degrada o que afectou cada uma das pinturas em zonas que talvez estivessem mais debilitadas e consequentemente mais sujeitas s intemp ries ocorridas Podemos ent o afirmar que apesar de algumas terem sofrido danos significativamente maiores que tornaram as interven es de restauro mais dif ceis do que nos outros casos estas opera es foram executadas de maneira ex mia e pormenorizada que n o foram necess rias posteriores ac es directas nas obras As manobras posteriores foram de tipo conservativo dando idoneidade conserva o destas 1 4 1 Particularidades dos restauros
166. u dos Confia nas possibilidades expressivas e resolutivas das t cnicas modernas do restauro e guia se pela diferencia o interven o m nima reversibilidade e autenticidade expressiva Em caso de contraste hist rico art stico define se um passo de cada vez para esclarecer que inst ncia deve prevalecer estabelecendo assim as linhas de interven o sem delegar aleatoriamente e coordenando os argumentos e contrapropostas que sobressa ram ap s este esclarecimento A linha mais sensata podemos afirmar que a ideologia cr tica que apesar de n o se querer basear em doutrinas pr estabelecidas n o deixa de funcionar em prol dos dois aspectos mais importantes da obra sempre em vista da transmiss o cont nua do legado que possu mos e sem colocar em causa o lado hist rico ou o art stico da obra Contudo ap s esta reflex o cada vez mais constatamos que a m xima de Brandi mais ajust vel e ponderada do que qualquer outra pois o Museu vai ganhado sempre mais import ncia como lugar permanente de manuten o do nosso legado logo o restauro preventivo e a BARDESCHI M Manuale del Restauro Architettonico Mancosu Ed 2001 Cap 8 Approcci metodologici S MARCONI P Il recupero della bellezza Skira Ed 2006 in http architettura unipr it didattica att ba8d 5802 file pdf 01 06 2012 18 adapta o equilibrada de valores favor veis pintura uma resolu o mais vantajosa do que um pobre ac
167. ui o do esp lio tendo sempre em conta as exig ncias dos objectos conservados Cada elemento indicado tem uma valia pr pria que tem de ser identificada e considerada mas um bom resultado n o se baseia somente numa mera individua o fundamenta se tamb m na utiliza o dos contributos que prov m de diversos graus de informa o para a obten o de uma pan plia de rela es complexas capazes de conduzir uma estrutura o l gica do projecto conservativo Um potencial futuro para a pr tica da conserva o do museu pode englobar os diferentes semblantes desta E 72 integrando os de forma coerente VALORES INTERESSES PROTEC O PLANEAMENTO SUPERVIS O 72 AVRAMI E MASON R TORRE M Values and Heritage Conservation Research Report The Getty Conservation Institute Los Angeles p 5 STi Em Care and Preservation of Collections Michalski refere a preserva o da colec o como um processo sem fim e de certa forma repetitivo visto que se comporta como um ciclo com v rios estados interligados Este ciclo da preserva o da colec o que varia segundo as necessidades espec ficas de cada museu deve ser feito em concord ncia com os outros planos c clicos do edif cio para n o interferir nem colidir com os outros conceitos Michalski apresenta tamb m uma tabela a considerar acerca dos potenciais e mais frequentes riscos a que o esp lio do museu est sujeito Agentes de deteri
168. uintes Objectos amontoados em arquivo no ch o Limpeza negligente Invent rio e documenta o das colec es pouco fidedigno Objectos em exposi o desprotegidos Em Building an Emergency Plan tamb m nos aconselhado subdividir as tarefas de agrupamento de objectos que possam estar sujeitos ao mesmo tipo de danos ou seja objectos de composi o similar e dividir categorias em componentes para estudos posteriores Este ltimo passo bastante detalhado na medida em que tratamos de separar ulteriormente cada tipologia de dano segundo a composi o estrutural de cada obra e naturalmente uma an lise que sucede o primeiro agrupamento de objectos Esta avalia o est intrinsecamente correlacionada com o invent rio e da a relev ncia que este processo tem pois para al m de poupar trabalho e tempo permite nos averiguar se existem eventuais falhas de cataloga o As categorias principais a ter em conta durante a avalia o das pe as em conjunto X seat P1890 com a informa o do invent rio s o Fotografias ID dos objectos n mero espec fico de invent rio ou c digo Tipo de obra Nome da obra Materiais e t cnicas Medidas 1 Ibidem p 142 130 Ibidem p 145 104 Inscri es ou marcas Tra os caracter sticos distinguiveis Tema Data ou per odo Autor Descri o partida a maior parte destas informa es estar o j presentes n
169. ulares de conserva o Com um suporte modelo a seguir ganha se uma orienta o mais plaus vel versus o objectivo principal que a longevidade da vida das obras pertencentes ao museu Il primo intervento che noi dovremo considerare non sar quello diretto sulla materia stessa dell opera ma quello volto ad assicurare le condizioni necessarie a che la spazialita dell opera non sia ostacolata al suo affermarsi entro lo spazio fisico dell esistenza 2 Considera es t cnicas Os progressos que se tem vindo a incrementar ao longo do ltimo s culo no mbito da pesquisa para o desenvolvimento de orienta es mais racionais em rela o ao ambiente do museu concederam novas directrizes com ampla aceita o desvalorizando o pensamento arraigado das recomenda es fixas e inflex veis que se propunham 38 WALLER R Preventive Conservation Planning For Large And Diverse Collections American Institute for Conservation Presession Preprints 1996 p 5 BRANDI C Teoria del Restauro in Lo spazio dell opera d arte Cap VII Edizioni di Storia e Letteratura Einaudi Torino 1977 41 aquando as primeiras formula es de conserva o preventiva para o museu Um objecto exposto num museu enquanto testemunho material do percurso de crescimento civil e cultural do Homem para as futuras gera es deveria conservar se imut vel no tempo No entanto todas as obras de arte mesmo que protegidas cedem sempre
170. ularmente sens veis luz como t xteis vestu rio aguarelas tapetes estampas desenhos manuscritos miniaturas tempera couros pintados esp cies bot nicas n o se deve superar 50 lux A luz deve ser difusa e nunca incidir directamente sobre um objecto porque se assim fosse n o obstante estando a luz dentro dos valores ideais a degrada o ocorreria na mesma se bem que muito lentamente A protec o contra os poss veis danos ao esp lio de obras pode ser feita de v rias formas Baixar o n vel da luz Remover os UV mais danosos com o uso de filtros Utilizar um difusor de luz para fontes de luz artificial reduzindo assim a intensidade da incid ncia desta nos objectos Reduzir a quantidade de tempo em que as obras de arte est o expostas luz 2 4 Tipologias de degrada o 2 4 1 Deteriora o f sica Fen menos de transfer ncia de energia t rmica e de vapor de gua induzem varia es de temperatura e humidade relativa no ambiente de exposi o que constituem por sua vez os potenciais riscos para a conserva o Este gradiente t rmico provoca n o s dilata es e contrac es como fen menos de evapora o e condensa o migra o da gua e sais e transporte e dep sito de part culas aerodispersas Se apresentam uma maior velocidade de oscila es podem provocar tens es varia es de volume do objecto e forma o de micro fracturas que n o s reduzem a resist ncia do material
171. vadores Dos Museus Pal cios E Monumentos Nacionais Separata de Viseu setembro de 1960 Colec o Reis dos Santos contacto com centros estrangeiros de actividades semelhantes levam nos a concluir que a conserva o das obras de arte n o se faz por restauros mas sim por uma vigil ncia constante das condi es do meio ambiente e do comportamento das obras Este parecer reporta nos ao j discutido tema da preven o cont nua versus o restauro pontual e demonstra que apesar de em termos t cnicos a informa o se revelar escassa ou superada em termos te ricos h j uma importante no o da diferencia o entre o restauro conservativo e o restauro como evento nico Tamb m nas Disposi es Pontificias Em Mat rias De Arte Sacra Abel de Moura reporta que prefer vel e algumas vezes menos grave a danifica o produzida pela natureza e pela idade do que o preju zo causado por m os in beis divulgando o conhecimento de que necess ria uma educa o para o restauro para benef cio da obra em si visto que a falta de no es pr ticas leva muitas vezes a erros irremedi veis para com as obras No Exame T cnico E Ficha De Restauro De Uma Pintura Portuguesa Do S culo xvi um artigo pr vio 1942 do mesmo autor exp e numa vertente puramente pr tica todo o processo de restauro com an lises do pr e p s interven es e respectivas conclus es das quais retiramos que sim o restauro era uma pr tic
172. vel n o oferecendo garantias de estabilidade pintura e por isso mesmo foi realizada uma nova entretelagem conservando a grade antiga O preenchimento das lacunas foi corrigida e reintegrada e a pel cula de verniz for removida e procedeu se com a aplica o de um verniz de protec o O salgueiral Os danos causados pela inunda o englobaram toda a obra especificamente solevantamentos da camada crom tica craquelures e restringimentos oxida o da pel cula protectora e pequenas lacunas Tamb m neste caso o suporte se revelou inst vel tendo se procedido com nova entretelagem que para al m de ter devolvido estabilidade e tens o pintura serviu tamb m para alisar os solevantamentos O lado mais atingido foi o quadrante esquerdo que compreendia todas as deforma es acima reportadas As part culas solevantadas foram fixadas e procedeu se ao preenchimento das lacunas e 134 Consultar Anexos Imagens 12 1 e 12 2 135 Consultar Anexos Imagem 12 3 136 Consultar Anexos Imagem 13 137 Estes tr s danos est o vis veis na Imagem 14 dos Anexos 84 reintegra o das mesmas os vernizes oxidados devido ac o da gua e amarelecidos foram removidos e a nova camada protectora foi aplicada Vista da Costa da Noruega Esta pintura possu a uma tela de entretelagem de uma interven o anterior que se encontrava extremamente afectada pela humidade excessiva e as lamas A pel cula de verniz tamb m se a
173. volvido em propor es diferentes as trag dias e consequentes respostas foram semelhantes desde o retiro das obras at ao tipo de tratamento das mesmas A recupera o foi para ambos os casos lenta mas bem sucedida se considerarmos tudo o que se p de fazer pelos esp lios danificados 1 4 An lise aos restauros efectuados s pinturas da Funda o Reportaremos de seguida o grupo de obras analisadas especificando que constituem cerca de 10 de todo o esp lio de pintura recuperado o que nos oferece uma vis o global dos danos do tipo de degrada o posterior e dos restauros 1 executados Retrato de uma Jovem de Giuliano Bugiardini 2 MOLAJOLI B Years to repair the damage in The international campaign for Florence and Venice Special Issue by UNESCO Courier January 1967 pp 10 130 Consultar Anexos Imagens 6 12 79 O pintor Brown Italiana com a familia de S culo XIX Jean Boldini XX O salgueiral de Francesa Jean Baptiste S culo XIX Camille Corot Holandesa S culo XVII Vista da Costa da Noruega de Jakob Ruysdael Massas de cr Verniz de retoque Conservada a antiga grade 1 Fixa o de emerg ncia Fixa o com papel e goma de amido Remo o de antiga entretelagem e colas Entretelagem nova Aplica o de verniz de retoque 1 Fixa o com verniz e amido de arroz Remo o de lamas Entretelagem Preenchimento das lacunas e rei

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