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Segundo Massaud Moisés (1997:15) a palavra conto antes em

1. sseessssssesesssessseessressersseresseesssresssesse 43 Gr fico 11 Distribui o dos pais que oferecem livros aos filhos 44 Gr fico 12 Frequ ncia dos pais que oferecem livros aos filhos 45 Grafico 13 Ultimo pro do eunin ee aea E T A 45 Gr fico 14 Motivos da leitura csasapesasasosigeniiacuastado Debeua Drama dal pala peailinas aado Lao S eia i cada ida sa pan duadas 46 Gr fico 15 Distribui o quanto leitura de Unine e Est trias de encantar 47 Gr fico 16 Distribui o quanto motiva o da leitura Gr fico 17 Distribui o quanto simpatia dos textos trabalhados na sala de aula pelo professor 48 Gr fico 18 Distribui o quanto ocupa o dos tempos livres 49 Gr fico 19 Frequ ncia quanto ao gosto pela leitura eee 51 Gr fico 21 Distribui o quanto prefer ncia ni reeeereeecerercereanas 51 Gr fico 20 Distribui o quanto ao respeito das prefer ncias i 51 Gr fico 22 Frequ ncia quanto ao respeito pelas prefer ncias iii 53 Gr fico 23 Frequ ncia quanto metodologia de explora o de textos 53 Gr fico 24 Frequ ncia quanto valores Gpsa issinamad tuas iara das pad Tania SGA een na e cana dr as sda 54 Gr fico 25 Frequ ncia quanto ao estudo do vocabul rio erea 55
2. sseeeeeeseeeeseeeeseeeeeseteesereseesrrsrrestesstsersstesseseesstensesstesresseeseee 16 LA Dimens o psicol gica isnan a a an ad 16 LA Dimensdo MiCrAna gas od TR dd E 17 1 4 1 3 Dimens o social a Educa o para a Cidadania 20 Capitulo I o distando ur e Ra ad nd Aa ic Cale O A CS A 25 Leitura comparada dos contos Unine de Le o Lopes e O p ssaro azul Est rias de encantar de Herminia Pereira sa AR a E ARG E 25 2 1 Valores morais presentes nas obras ssssesesssrssseesseessessseresseeesstesseesseesseeesseeesseesstesseeeseet 25 2 2 Temas linguagens e elementos identit rios sssessssssessseeesseeesseessetsseesseeessseesseessersseeesees 28 2 3 O discurso linguagem e estilo nos contos Unine e O p ssaro azul Est rias de encantar E E A T E E E E A S N 30 Cap tulo EM yraa a E A EAA A O A A asas 35 O aproveitamento do Conto infantil do ensino b sico para o secund rio sesessseesseesseesseeeseee 35 3 l Justifica o do Estuda d CaSO enee in a E E E E EE E E E a 35 3 2 Caracteriza o da Escola de Tira Chap u sesssssessesssessseresseeesseesseesseesseresseeesseesseesseessees 36 3 3 Observa o directa da pr tica pedag gica a leitura dos contos tradicionais 38 3 3 1 An lise de dados I sobre a motiva o para a leitura iireeeas 38 3 3 2 An lise de dados II professor na promo o da leitura
3. influenciada por v rios elementos Primeiro os indiv duos devem internalizar a perten a e identificarem se subjectivamente com o grupo Segundo a situa o social tem de permitir compara es entre grupos que permitam a selec o e avalia o dos atributos relevantes para a rela o intergrupal Em terceiro a comparabilidade com dado grupo percebida como algo relevante A forma o das identidades est relacionada com a hist ria social dos grupos uma vez que estas se formam em ciclos temporais relativamente longos em processos de inven o composi o e consolida o Entretanto Diane E Papalia et al afirmam que a identidade se forma quando os jovens resolvem as tr s quest es essenciais da vida que s o a escolha de uma profiss o adop o de valores pelos quais vivem e o desenvolvimento da identidade sexual satisfat ria Sendo assim pode se compreender ent o que a constru o da identidade acontece durante os anos da adolesc ncia www2 fcsh unl pt edtl verbetes I identidade htm FERREIRA Patr cia Magalh es Identidades tnicas poder e viol ncia em frica o conflito no Burundi 2005 73 Ibidem w PAPALIA Diane et al O mundo da Crian a Ed McgrawHill Portugal Lisboa 2001 15 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 1 4 1 As dimens es da identidade 1 4 1 1 Dimens o psicol gica O conceito de identidade nem sempre teve a mesma interpr
4. 3 5 1 Projectos de leitura De entre as estrat gias poss veis de leitura propomos o desenvolvimento de um projecto de leitura Este projecto a ser desenvolvido no Ensino B sico e Intregado poder ser POTSS Jonh S d 62 Leitura e leituras nos ensinos prim rios e secund rios 70 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso intitulado Ler para desenvolver a nossa capacidade de pensar exprimir e questionar Esse nome justifica se pelo facto de a leitura ser fundamental tanto na vida escolar social como profissional de um indiv duo Mas para desenvolver essas compet ncias preciso fazer com que as crian as desde a tenra idade tenham o gosto e o h bito de ler fazendo do livro o seu amigo e n o um simples objecto de informa o e de ensino aprendizagem em que elas ter o que aprender as regras gramaticais da l ngua portuguesa uma vez que se pode obter isso atrav s da interpreta o de textos P blico alvo alunos do 5 ano do EBI Objectivos gerais Conhecer a panor mica hist rica da literatura infantil de Cabo Verde Aprender a ler e analisar v rios aspectos debatidos na fic o infantil que muitas vezes s o retratos de realidades de pocas diferentes Objectvos espec ficos Perceber a import ncia da l ngua materna crioula nos contos cabo verdianos como parte da nossa identidade cultural Saber reflectir em torno dos valores morais como so
5. se por conto um g nero narrativo de car cter linear centrado num nico tema tempo e espa o reduzido com pequeno n mero de personagens Tem poucas divaga es e de f cil compreens o para os leitores De entre os diferentes tipos de conto identificados adequado ao p blico infantil destaca se o conto maravilhoso que segundo Vladimir Propp 1978 144 aquele que possui um desenrolar da ac o que parte de uma malfeitoria ou de uma falta e que passa por fun es interm dias para terminar em casamento ou em outras fun es utilizadas como desfecho A fun o limite pode ser a recompensa o alcan ar de um objecto demandado de uma maneira geral a recupera o da malfeitoria o socorro e a salva o durante a persegui o e este pertence literatura escrita Por sua vez o conto tradicional popular insere se numa literatura de transmiss o oral representativo da memoriza o das hist rias criadas pelo autor colectivo que respeita os valores da sua comunidade e os transmite de gera o em gera o e s o hist rias normalmente ligadas s cren as religiosas aos costumes populares Trata se assim de uma literatura destinada s crian as entre os dois e os dez anos de idade em que todo o universo social e familiar aparece em cena com os conflitos latentes e os fantasmas que o enredam A Literatura infantil levanta quest es com as quais o indiv duo se confronta quest es como a rivalidade de gera es e o ant
6. Gr fico 26 Frequ ncia quanto s actividades da leitura 56 Gr fico 27 Frequ ncia quanto ao ambiente de leitura c erre 56 Gr fico 28 Distribui o quanto promo o da leitura rea 57 81 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Question rio professor Identifica o pessoal e profissional Ano de escolaridade em que lecciona N vel acad mico profissional Anos de servi o Possui forma o adequada para os n veis em que lecciona Sim N o vu A U N e m Se sim em que ano que se formou II Conhecimentos sobre o aluno 6 Os seus alunos gostam de ler Sim N o 7 Conhece a prefer ncia dos seus alunos Sim N o 8 Que tipo de textos preferem os seus alunos 9 Costuma respeitar essas prefer ncias Sim N o 10 Se sim com que frequ ncia Sempre Raramente As vezes Nunca HI Estrat gias utilizadas para explora o dos textos liter rios 11 Que estrat gias pensa ser mais adequadas para a explora o de textos liter rios Porqu 12 Nas reuni es de coordena o discutem se metodologias para explora o de textos 13 Os textos que escolhe s o direccionados para trabalhar valores Sim N o 14 Trabalham com os alunos na vertente da educa o para a cidadania Se sim como 82 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 15 Os textos
7. a bondade a lealdade a dignidade a toler ncia a generosidade com o objectivo de ter cidad os bem comportados na sociedade onde se encontram inseridos 2 www initau br Scripits prpg evolucao N2 2001 pdf 21 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Esses valores s o trabalhados de forma pr tica isto atrav s de actividades como recolha de brinquedos roupas sapatos usados para oferecer os mais carenciados entre outros Com esses gestos o aluno est a aprender a ser solid rio e a compartilhar Uma das outras actividades a dramatiza o de pe as em que os alunos s o levados a simular situa es onde se identificam os valores b sicos como a verdade a responsabilidade a coopera o e a solidariedade etc Segundo Martins et al 2009 35 a educa o para a cidadania baseia se em princ pios como o da transmiss o e valoriza o da heran a cultural recebida das sucessivas gera es o da educa o em valores e para valores o da educa o para a pr tica di ria da participa o da responsabilidade do cumprimento das normas do respeito m tuo da conviv ncia com o pluralismo E porqu a educa o para a cidadania nas escolas Como se sabe as crian as s o consideradas seres mais vulner veis do que os jovens ou os adultos da que quando educadas para a aquisi o de valores elas possam vir a servir de elo de transmiss o de valores para a comunidade e a esc
8. iiieeas 49 3 3 3 Reac o dos alunos quanto leitura dos contos Unine e O p ssaro azul 57 3 4 Estrat gias para a promo o da leitura dos contos infantis com os alunos da 3 fase do EBI como base para a promo o da leitura no 1 ciclo do ensino secund rio 60 3 4 1 Leitura dos contos a partir dos elementos paratextuais sssesseessesssesseeesssetssresseesseesseee 62 3 4 2 An lise dos elementos paratextuais dos contos analisados sesssesssesesseeessresseesseeeseee 67 3 5 Estrat gias para a motiva o da leitura ceeceseeressemeesecerersresesurasesacereacecrnsieesaneeeres eros es 68 3 51 Projectos de EItura css sereia seretirameniatr ssa na aspas ita EA dep ada TA aan aa a aas 70 3 32 RECONTO ques foRin Road oO E Cass aCUnd apud AN Dota Das E PCR d Cas Rigo SEE au aa RE 12 3 5 3 Introdu o de um elemento incongruente sussa asa as isa E OE as Para 12 3 54 A hora do Conto siseses hesiari a SESE e EA anasa a aaa Dus paira SE iiaae 13 3 5 5 Cria o de uma biblioteca escolar esessseeesseessseesseessessseresseeesstesseesseesseeesseeesseessresseessees 13 Capitulo Vea Ee a E OR A EEES 75 lt OTT LERE O EE E ERT EE N EAEN 75 4 2 Considera es n l Sersan E A ASS e a eies 11 Bibliografia eetere reni a RE EA T A A a saia T R 78 PADEROS E A E Ad add EE 81 Indicada Icos res Ea a E ET N R 81 Question rio professor sussa muspasetismresataeniatir os E aaa ca da E E VALA dA ERC
9. ncia de problemas de fala e de fraco dom nio das regras b sicas de funcionamento da l ngua portuguesa que convive com a l ngua materna e em situa o de desvantagem torna se imprescind vel que o professor como orientador ajude o aluno a ultrapassar esses problemas levando o a desenvolver a sua consci ncia fonol gica fazendo desta forma que ele combine ou suprima os elementos sonoros das palavras orais e n o s Para isso cabe lhe motivar o aluno a aprender a ler a ganhar o ao ELIAS Carmina Pereira Promover a literacia da leitura pr tica Pr escolar 4 a 6 anos Edi o Associa o de paralesia cerebral de Coimbra Mar o de 2005 9 49 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso gosto h bito da leitura tra ando estrat gias de motiva o leitura quer dentro ou fora do espa o escolar Segundo Carmina Elias 2005 11 o n o ensino da leitura espelha se nas elevadas taxas de insucesso escolar afectando todo o desempenho escolar Por isso a escola professor deve promover a leitura favorecendo ambiente agrad vel para esta pr tica e diversificando tipos de textos que v o ao encontro do gosto e da expectativa do aluno para que assim ele possa suprimir a sua dificuldade e encontrar solu es para as suas inquieta es na vida pr tica Por isso o professor como intermedi rio da aprendizagem da leitura ter que desempenhar um papel activo proporcionando ao aluno o prazer
10. o Discurso Linguagem Valor Sem ntico Verbos ver contrariar aproximar agarrar ir reparar esvoa ar afastar correr querer iluminar falar tornar secar entendimento com vista Adjectivos majestosa deliciosas deserta Simples e de f cil O P ssaro azul Est rias de t r Dena iei seca desolada maravilhoso grande encantar comunica o clara e directa ressequida grandiosa alto mas marcada pela Substantivos montes mar ribeiras terra E covas cidade express o oral Neste segundo levantamento o primeiro grupo tem em comum uma propriedade sem ntica parafrase vel por aquele que faz x Dito de uma outra forma os verbos ver aproximar agarrar ir correr esvoa ar tornar e falar s o do dom nio psico motor As palavras deliciosa e maravilhoso classificadas por adjectivos partilham a propriedade sem ntica sabor e juntamente com majestosa grandiosa grande remetem nos para afectividade enquanto que deserta seca desolada e ressequida possuem uma propriedade sem ntica negativa que desqualificam algo Por sua vez os substantivos seleccionados partilham o mesmo campo sem ntico lugar Para concluir podemos dizer que as duas obras infantis cabo verdianas Unine e O p ssaro azul Est rias de encantar apesar de terem uma linguagem simples de f cil 33 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso ent
11. os pensamentos das personagens principalmente os da personagem adjuvante o corvo perdera o apetite ao milho e lembrando os conselhos do guardador de sementeira come ou a esfor ar se para tornar a sua alma sens vel as grandes coisas da vida como o amor a generosidade a poesia p 14 o corvo pensou baixinho dois entes encontraram se p 22 Pode se ver que o narrador tem um grande controlo do pensamento dos personagens das e ac es e at do estado psicol gico dos mesmos o Corvo ficou cabisbaixo Come ava a apaixonar se por Unine tal como o Sol p 14 A apresenta o das personagens feita pelo narrador come ando se pela personagem principal logo no primeiro par grafo do conto era uma vez uma m e que teve uma filha muito muito bonita T o bonita que o Sol mal um dia a viu logo se perdeu de paix o por ela p 5 Como se pode ver a personagem descrita f sicamente e de forma exuberante visto que a sua beleza que faz com que o Sol se apaixone por ela e o narrador f lo de forma directa A sua apresenta o f sica tamb m continua ao longo da narrativa enquanto o seu apaixonado o Sol a procura por todo povoado ilha e continente perguntando ao mar nuvem se n o teriam visto a criatura mais linda Uma outra estrat gia que o narrador utiliza para prender o leitor o uso do di logo que aparece em forma de discurso directo Mar n o viste a criatura mais bela p
12. refor ando a sua identidade Por sua vez a literatura com base ou fundo hist rico pode participar da constru o da identidade do indiv duo 1 4 1 3 Dimens o social a Educa o para a Cidadania Socialmente a identidade um processo que surge de press es externas para que o indiv duo escolha e invista em pap is familiares profissionais e sociais o que acaba por lhe dar um estatuto na sociedade No seu percurso a identidade pode ser compreendida como uma constru o social formada ao longo do tempo atrav s de processos inconscientes Desta forma os indiv duos v o se construindo integrando esse processo num movimento cont nuo uma vez que se aceita o facto de o indiv duo n o nascer com ela isto a identidade n o inata pelo contr rio ela est sempre a ser formada E isto constata se atrav s da tradi o oral e suas manifesta es como as adivinhas e as hist rias que s o conservadas na mem ria das pessoas e transmitidas de boca em boca ao longo de gera es Pode se dizer que a tradi o oral um importante processo que serve para lidar com o tempo e o espa o e requer uma experi ncia particular entre passado presente e futuro ajudando deste modo o povo a construir ou formar a sua identidade cultural Essas tradi es tamb m contribuem para a protec o a recupera o e a divulga o do patrim nio oral At certo ponto o termo identidade pode ser associado ao problema da identifica o de um est
13. Albertino et al Educa o para a cidadania Guia de forma o 2009 84 25 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso sempre encontrou para trabalhar valores morais com o objectivo de encaminhar ou zelar pela educa o moral das crian as propondo lhes modelos de comportamentos No conto Unine de Le o Lopes encontram se algumas passagens em que os valores morais est o expl citos e estes prop em s crian as modelos de comportamentos como acima referido Assim da an lise feita destacamos os seguintes a Honestidade Tu terias que ter a pureza de uma crian a aprender a semear o teu pr prio milho e 18 7 nao ter que roubar a quem semeia Tu terias aprender a cantar e tornar a tua alma sens vel s coisas sens veis da vida como o amor e a generosidade para se calhar poderes ver um ente p 14 b Solidariedade A not cia come ou a espalhar se pelo mundo e o mundo com medo de que o Sol cansado sucumbisse de tanto procurar a criatura mais bela resolveu ajud lo Espalhou se por todos os povoados que se procurava a criatura mais bela Uma criatura estranha n o se sabia de onde vinha tanta beleza p 8 Ele ficou surpreendido com o pedido do Corvo Tinha ouvido falar dessa criatura por quem o Sol se apaixonara mas nunca esperou v la Disse ao Corvo Vamos pedir Ibis Sagrada que nos ajude pois Unine n o pode mais viver presa numa g
14. Gr fico 28 Distribui o quanto promo o da leitura Quando perguntamos se a escola inquirida favorece o ambiente prop cio leitura n o s nos referimos ao ambiente da sala de aula como tamb m exist ncia de uma bilblioteca que privilegia a igualdade de acesso e se possui recursos variados que v o ao encontro das necessidades dos alunos de forma a promover o desenvolvimento social dos mesmos No tocante a esta quest o de ambiente 80 dos professores partilha a opini o de que este promove a leitura pois ele acolhedor e desperta a curiosidade dos alunos No entanto 20 discordam dos colegas E isso nos deixa com a ideia de que se para uns a escola discente vem promovendo a leitura h outros que acham que n o e acreditamos que estes querem investir mais para que essa atitude seja mais significativa 3 3 3 Reac o dos alunos quanto leitura dos contos Unine e O p ssaro azul O conto Unine de Le o Lopes um conto fant stico e de f cil entendimento para os leitores seleccionados uma narrativa que teve um grando impacto na Turma N visto que aborda como o amor e a paix o s o temas que suscitam muito interesse nos alunos o que fez com que a professora tivesse alguma dificuldade em gerir a turma um conto maravilhoso porque toda a atmosfera est ligada beleza inconfud vel da protagonista Unine e tamb m aos seres da natureza como o Sol a Nuvem o Mar o Corvo e a Ibis S o personagens que t m
15. com seu primeiro livro Narizinho Arrebitado Quanto designa o de Literatura infantil esta circunscreve se para alguns autores de conto infantil Segundo Massaud Mois s 1997 15 a palavra conto tinha inicialmente o significado de n mero c mpulo e quantidade passando posteriormente a ser utilizada na literatura com o significado de hist ria narra o historieta f bula Na realidade o voc bulo teve a sua origem na forma latina commentu m com o significado de inven o e fic o Passou a ser aplicado literatura portuguesa no s culo XVI altura em que surge o primeiro contista em l ngua portuguesa Gon alo Fernandes Trancoso autor dos Contos e Hist rias de Proveito e Exemplo publicado em 1575 1 www ufsm br lec 02 01 CintiaL C6 htm 50k Ibidem 12 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Com a evolu o do conceito de Literatura e sobretudo a partir da Era Moderna em que se fez sentir a necessidade de diferenciar os tipos de g neros liter rios para que estes pudessem ser melhor entendidos ou estudados a defini o de conto passou a situar se primordialmente no contexto das rela es entre modos e g neros Os modos l rica narrativa e drama s o as categorias historicamente situadas e apreendidas por via emp rica integrando na express o liter ria os g neros romance conto trag dia can o etc Assim aplicado literatura entende
16. decifrar o assunto abordado pelo autor verificar se o tema concilia com o assunto versado no texto em estudo ou ainda convidar o aluno a interpretar gravuras o que n o deixa de ser um exerc cio de desenvolvimento mental O h bito gosto pela leitura tem que ser despertado na escola para que posteriormente esse h bito perdure no ensino secund rio como tamb m pela vida inteira no leitor Uma das estrat gias que o professor pode adoptar para despertar esse h bito gosto pela leitura dos textos infantis escolher livros com cores vivas capas ilustrativas que despertem no aluno a curiosidade de ler e como se sabe as cores t m efeitos psicol gicos sobre as pessoas ao utiliz las de forma correcta acabam por contribuir na constru o da identidade dos leitores na sua forma de expressar de pensar e de estar tendo em conta sempre a sua cultura As cores exercem uma grande influ ncia sobre as crian as e n o por acaso que as editoras hoje est o a investir nelas Isso porque as cores agu am os sentidos dos mais pequenos e educam nos H cores suaves delicadas que v m associadas a determinados desenhos nos livros e que acabam por mudar a forma de pensar da crian a Por isso pertinente que o professor invista nos elementos paratextuais dos livros para que ele possa conquistar nos alunos o gosto pela leitura a capacidade de reflectir interpretrar um texto posicionar se criticamente sobre um tema do texto analisado Fazer leitu
17. durante o s culo XVII poca em que as mudan as na estrutura da sociedade desencadearam repercuss es no mbito art stico e atingiu o seu apogeu no s culo XIX com as adapta es dos irm os Grimm das hist rias tradicionais e o surgimento de outros autores no mesmo ramo De acordo com Cristiane M de Oliveira o aparecimento deste tipo de literatura tem caracter sticas pr prias pois decorre da ascens o da fam lia burguesa do novo status concedido inf ncia na sociedade e da reorganiza o da escola A sua emerg ncia deve se antes de tudo sua associa o com a Pedagogia j que as hist rias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela Barbara Vasconcelos s d 75 76 acrescenta ainda que a literatura infantil surgiu porque a crian a passou a ser considerada como um ser diferente do adulto com necessidades e caracter sticas pr prias pelo que deveria distanciar se da vida dos mais velhos e receber uma educa o especial que a preparasse para a vida adulta Deste modo o in cio da literatura infantil ficou distintamente marcado com Perrault entre os anos de 1628 e 1703 com os livros M e Gansa O Barba Azul Cinderela A Gata Borralheira O Gato de Botas e outros Depois disso apareceram os seguintes escritores Andersen Collodi Irm os Grimm Lewis Carrol Bush No Brasil a literatura infantil foi marcada com o livro de Andersen O Patinho Feio no s culo XX Depois surgiu Monteiro Lobato
18. e deveres a cumprir E tamb m ajuda os a conhecer quais os valores capazes de as converter em cidad os activos respons veis participativos e solucionadores dos problemas que afectam a sociedade onde se encontram inseridas O cidad o deve ser formado do ponto de vista tico ter atitudes morais correctas Portanto fomentar comportamentos que alarguem a sua forma de vivenciar o mundo desenvolver e defender valores adequados sociedade como afirma Albertino Martins et al 54 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Os textos que a Direc o da escola estabelece para serem trabalhados s o ricos em vocabul rio N o respondeu 10 Gr fico 25 Frequ ncia quanto ao estudo do vocabul rio Ler na ntegra uma obra implica compreender todos os signos nela presentes Para isso imprescind vel que o aluno seja levado a descodificar o significado do vocabul rio contido nos textos com o prop sito de o levar a aprender novas palavras enriquecendo o seu vocabul rio para que ele possa utilizar a l ngua de forma correcta e variada em qualquer situa o de comunica o ou seja fluentemente tanto escrita ou oralmente Analisando o gr fico 25 pode se ver que a direc o da escola inquirida n o tem estado a propor aos professores trabalharem textos que s o ricos em vocabul rio e isso se nota quando 60 dos inquiridos afirma que de facto isso se verifica embora 30 afirme que sim que s o
19. leitores a informa o a criatividade e a comunica o com diferentes manuais A biblioteca enquanto entidade orientadora de informa o tem a fun o de fazer o leitor sentir que o livro existe e que o espera para que de uma forma ou outra possa tirar bom proveito dele Apetrechar as bibliotecas escolares infantis principalmente com contos infantis pode estimular e muito as crian as a ganharem o gosto pela leitura pois a sua forma o corresponde a uma necessidade do nosso tempo visto n o existirem mais amas nem av s que se interessem pela doce profiss o de contar hist rias Meireles 1984 76 Se o livro a mem ria do passado a testemunha do presente e anuncia a saudade do futuro se a leitura um fecundo caminho que nos leva compreens o do mundo e dos outros se ler uma actividade l cida e l dica que nos coloca no limiar sentidos ent o a escola deve investir em bibliotecas que proporcionem um ambiente favor vel forma o de h bitos de leitura com espa o acolhedor organizado um leque vari vel de livros e com orienta es quanto ao uso e manuten o dos mesmos 3 BARTHES R 1974 147 O grau zero da escrita Lisboa No Semin rio in Discurso Escrita Texto Braga Editora espa o 14 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Cap tulo IV 4 1 Conclus o No decorrer do trabalho pudemos constatar que existem diversos factores que influenciam o interes
20. o po tica atrav s do processo l dico e isso acontece quando o leitor se aproxima da leitura de forma afectiva de salientar que os pequenos leitores ao lerem os contos infantis muitas vezes projectam o papel dos personagens com os comportamentos que eles mesmos t m no dia a dia e o processo da identidade come a a actuar se visto que crian a tenta reconhecer se personagem dos contos converte se para ela num agente de criatividade e de coragem Dos inquiridos sobre a mesma quest o 9 j leu livros de hist rias e 30 n o respondeu quest o talvez porque n o estejam a lembrar do t tulo do ltimo livro que leram L s para qu Compreender a mat ria 18 Tirar apontamentos 4 Gr fico 14 Motivos da leitura A literatura em si n o o espa o adequado para propagar conhecimentos contudo n o deixa de enriquecer progessivamente o leitor Ao que parece sempre que lemos porque temos algum motivo para tal E perante a quest o L s para qu tiv mos a oportunidade de averiguar que 65 dos entrevistados l em para aprenderem mais 18 l em para compreenderem a mat ria 4 l em para tirar apontamentos enquanto que 13 l em para se divertirem o que nos leva a concluir que os inquiridos l m quando se lhes solicitado Portanto os alunos n o l em por prazer mas por motivos pontuais Desta forma necess rio incentivar ou mostrar aos alunos o prazer que o livro pode lhes proporc
21. o processo de identifica o em que nasce uma rela o entre a obra e o leitor sociedade gerando dessa forma uma unidade no que foi escrito com maior incid ncia no campo infantil O autor ao dar vida s palavras est a fazer com que o leitor ou o p blico alvo se posicione perante o assunto tratado na obra fazendo com que ele n o seja mero espectador mas algu m que reflecte sobre problemas do dia a dia como a justi a o amor o tempo a morte a solidariedade a vingan a etc Por outras palavras pode se dizer que o autor est a fazer com que o receptor reflicta sobre ess ncia da sua condi o humana na sociedade onde se encontra inserido Deste modo o papel da literatura na vida social de uma plurifuncionalidade Al m da fun o est tica arte da palavra e express o do belo uma obra liter ria pode possuir a fun o l dica provocar prazer a fun o cognitiva forma de conhecimento de uma realidade objectiva ou psicol gica a fun o cat rtica purifica o de sentimentos e a fun o pragm tica prega o de uma ideologia A hist ria tamb m participa na forma o da identidade de um povo sendo essencial porque contribui para a colectiviza o da mem ria popular Ela regista a mem ria viva as emo es as ideias as percep es e os sentimentos de diversas pessoas acabando deste modo por construir uma imagem do passado recente de forma din mica e abrangente A oratura na forma o da identi
22. pode ser importante para uma maior integra o leitor 65 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso e texto isto pode fazer com que o leitor se interesse pelo que est a ler e aprofunde mais o assunto abordado no livro Por outro lado permitir crian a a liberdade de desenhar e de colorir a partir do pensamento pode ser ainda mais poderoso no processo de aprendizagem e compreens o do texto de se real ar que as imagens coloridas s o elementos paratextuais que geralmente acompanham os livros infantis pois elas enriquecem o texto e facilitam a percep o visual das crian as e a memoriza o do conte do e deste modo pode se dizer que este um elemento que facilita a aprendizagem porque tamb m uma componente fulcral para a compreens o escrita do texto conte do A cor nos livros infantis um factor de grande relev ncia dando imagem a possibilidade de trazer uma informa o mais completa da realidade visto que a natureza constitu da de cores A mesma d mais vida ao acto narrado e permite que o leitor fa a a leitura do estado do esp rito das personagens do seu progresso ou retrocesso e ainda da sua fun o dentro da narrativa da qual ela faz parte Como se pode concluir a leitura a partir dos elementos paratextuais possibilita ao aluno desenvolver a sua linguagem oral e fazer uma rela o entre a linguagem escrita do pr prio texto e entre o t tulo e as imagens Permi
23. poderia proteger como amea ar construir ou destruir S o tamb m de car cter m gico ou fantasioso as narrativas conhecidas hoje como literatura primordial Nela foi descoberto o fundo fabuloso das narrativas orientais que se forjaram durante s culos a C e se difundiram por todo o mundo atrav s da tradi o oral Da sua estrutura fazem parte personagens sentimentos valores como a solidariedade o respeito a toler ncia o companheirismo o amor etc e desafios que correspondem s exig ncias infantis e possibilitam crian a resolver ou mesmo compreender as suas manifesta es mais arcaicas O seu car cter simb lico permite lhe utilizar essa forma liter ria conforme a sua necessidade pois trata se de uma obra aberta subjectividade e que oferece de modo simplificado novas dimens es imagina o da crian a sendo pass vel de um leque de possibilidades interpretativas E de acordo com Bettelheim 1986 20 21 os contos s o mpares n o s como forma de literatura mas como obras de arte integralmente compreens veis para a crian a como nenhuma outra obra de arte o O valor hist rico social e identit rio da literatura infantil parece ineg vel tanto que a literatura infantil que hoje se escreve tem em conta os interesses das crian as e dos pr adolescentes indo ao encontro das suas inquieta es sendo protagonizada por personagens que ERR sentem e pensam como eles vivem os mesmos problemas
24. por enriquecer as literatura africanas Outro ponto que vem marcando os escritores africanos a valoriza o das l nguas nacionais africanas neste caso a crioula em que Le o Lopes faz uso de algumas palavras crioulas com o objectivo de fazer com que a l ngua do seu povo seja mais conhecida e como exemplo disso temos botiado e nocente guarda cabe a e bli Vejamos ent o a seguir o quadro resumo da an lise do discurso nos dois contos em estudo Discurso Linguagem Valor Sem ntico Verbos ver fazer ficar esconder perdoar levar cantar tapar entrar receber p r entrar Simples e de f cil julgar resolver espalhar perguntar procurar Unine i ser prometer dizer responder roubar entendimento com vista a entender gostar morrer viver voltar uma comunica o clara e aprender andar fugir Adjectivos bonita ciumento entes feiticeiras melanc lico melodiosa triste companheira directa sem marca es temporais e espaciais empalidecida branca exausto criatura estranha guardador florescente feias nocente Substantivos bela senha porta ondas mar nuvem noite gruta Neste levantamento as palavras do primeiro conjunto t m em comum uma propriedade importante ou seja as entidades envolvidas nas situa es por elas descritas sofrem mudan a s Por exemplo temos os verbos fazer levar receber voltar andar que t m propr
25. quando os pais sa am para trabalhar ela cumpria a sua tarefa que era cuidar da casa coisa que muitos desses alunos fazem diariamente Motivar o aluno para a actividade da leitura um dos objectivos da pr leitura e isso faz se para que o aluno inicie a leitura com esp rito cr tico ou seja no fim da aula o mesmo poder confirmar as expectativas tidas durante a actividade de pr leitura Estimular o discente a interagir com texto lev lo a interpretar o texto a comentar e a reflectir sobre o mesmo que por coseguinte ser uma constru o de conhecimento ou da identidade que foi um dos objectivos estabelecidos para a actividade da leitura das narrativas Durante as aulas assistidas tiv mos a oportunidade de averiguar que antes da leitura a professora sempre estabelece a leitura de contacto com o texto e isso aconteceu em dois momentos primeiro momento os alunos com a orienta o da professora fazem a pr leitura avaliando a capa o t tulo No segundo momento o da leitura estabelecem a rela o entre os elementos paratextuais com o assunto versado na obra ou seja viu se se estes elementos se cuadunam com a obra ou n o No que diz respeito leitura dos contos Unine e O p ssaro azul Est rias de encantar todos os alunos chegam conclus o de que os t tulos s o reflexos da hist ria narrada Deste exerc cio podemos dizer que houve uma constru o da compet ncia e 58 A literatura infantil como um fen meno identit r
26. t tulo as imagens coloridas e a capa as ilustra es Vejamos cada um dos elementos a A Capa Revestimento inicial de um livro que cont m uma ilustra o apelativa sugestiva para a leitura de uma determinada obra De acordo com Fernando Azevedo 2006 221 a capa um paratexto que acolhe mais informa o e que se dirige ao comprador antes do leitor ou seja ela funciona como anzol tendo como fun o atrair a aten o de quem o v Este paratexto um elemento mais vis vel e que cont m mais informa o sobre o livro como o nome do autor a imagem que por vezes tem uma rela o afectiva ou n o com a obra o ilustrador e a editora o ano da edi o e por conseguinte a identidade da obra que o t tulo E por ser um elemento muito rico em informa es sobre o acto narrado o professor pode escolher um conto infantil com capa ilustrativa e fazer com que o aluno leia o livro a partir da capa estabelecendo deste modo uma rela o entre a imagem nela contida e o t tulo com o assunto tratado no livro Hoje as editoras que oferecem produtos de qualidade e que se preocupam com os pequenos leitores est o a eleger cada vez mais um tipo e um tamanho de letras adequadas como forma de manter uma ora o completa numa p gina para facilitar a leitura crian a como afirma Fernando Azevedo 2006 229 O professor deve ter em conta o tipo de letra ou a disposi o das letras nas p ginas na escolha de livros infantis Na
27. tenha escolhido para trabalhar e em voz alta ler o poema para os educandos preencherem os espa os em branco Esse tipo de aula activa faz com que o aluno ganhe gosto pela leitura e que a aula n o seja mon tona Na aula da poesia deve se explorar o ritmo a musicalidade e os aspectos mel dicos que s o f ceis de fixar 52 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Se sim com que frequ ncia Sempre 30 s vezes 70 Gr fico 22 Frequ ncia quanto ao respeito pelas prefer ncias Pensamos que ao respeitar sempre as prefer ncias dos alunos o professor n o est a fazer com que os alunos ganhem o gosto pela leitura O equil brio tamb m bom e isso p de ser verificado no gr fico 22 em que apenas 30 dos inquiridos sempre respeita as prefer ncias dos alunos enquanto que 70 s s vezes o faz Ao levar para a aula uma grande variedade de textos diversificar as estrat gias de trabalho e respeitar sempre que poss veis as prefer ncias dos alunos os docentes acabam por incutir nos alunos o gosto pela leitura Nas reuni es de coordena o discutem se metodologias para explora o de textos Gr fico 23 Frequ ncia quanto metodologia de explora o de textos A partir do gr fico 23 averigu mos que os textos que os professores trabalham com os alunos na sala de aula s o discutidos nas reuni es de coordena o e isso se verifica quando 60 dos inquiridos afirma que
28. verdianos Unine de Le o Lopes e P ssaro azul de Herm nia Ferreira no intuito de proceder ao levantamentos dos aspectos que enformam o fen meno identit rio Este trabalho contempla tamb m um estudo de caso Prepar mos o estudo de caso elaborando instrumentos de an lise inqu ritos destinados a alunos e professores e gui o de observa o de aulas Escolhemos como amostra uma turma da 3 fase do Ensino B sico Integrado 5 classe da escola de Tira Chap u na cidade da Praia composta por vinte e tr s alunos sendo sete de sexo feminino e dezasseis de sexo masculino No decurso da an lise dos resultados fornecidos pelos instrumentos aplicados elabor mos uma proposta para o estudo dos contos nesse mesmo ciclo e ainda tra mos algumas estrat gias para a promo o da leitura como tentativa de vir a formar leitores e de fazer com que estes adquiram o h bito gosto pela leitura aprimorando o conhecimento sobre os contos visto que nesta fase que eles trabalham mais os contos infantis conforme explanado nos planos curriculares A implementa o das estrat gias visou demostrar que o aproveitamento dos contos e o modo de explora o pelo professor institui bases importantes para a dinamiza o da leitura no Ensino Secund rio 11 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 1 3 Enquadramento te rico da literatura infantil perspectiva hist rica A Literatura infantil constitui se como g nero
29. vida na narrativa e desempenham pap is importantes de modo que o um final feliz n o de se estranhar 57 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Quanto identidade por ser um objectivo fulcral do nosso trabalho pud mos constatar que o conto Unine causou identifica o na medida que as meninas se idenificaram com a protagonista Unine por ela ser muito bonita e os rapazes se identificaram com o Corvo por ele ser uma das personagens mais corajosas e solid rias que gostava de ajudar os outros e por se coverter num p ssaro bondoso Houve tamb m muitos alunos que se identificaram com a personagem Sol por ele abrir m o da amada deixando que ela ficasse com o Homem da luz m gica no olhar e com esse acto o Sol deixou de ser ci mento O conto de Herm nia Fereira O p ssarro azul Est rias de encantar foi a narrativa com que os alunos mais se identificaram visto que retrata valores de forma mais expl cita e tamb m porque algumas das suas passagens fazem com que os alunos tenham comportamento adequado por exemplo quando a Clarinha desobedece aos seus pais ou seja sa u de casa contra a vontade deles o que fez com que os alunos reprovassem o comportamento da personagem Contudo houve alguns que se projectaram na Clarinha visto que s vezes tamb m apresentam o mesmo tipo de comportamento Constat mos ainda que nessa narra o a maioria dos alunos se identificaram com a protagonista porque
30. 7 mar mar amigo traz me a minha menina J andei meio mundo e sou j uma velha cansada por favor mar tem pena de mim traz me minha menina p 24 com o objectivo de dar maior credibilidade hist ria que conta O di lago que o narrador utiliza tamb m para quebrar a monotonia da narrativa fazendo com que a narrativa tenha mais vivacidade e mais dinamismo de salientar que a presen a do narrador no enunciado nula ou seja n o h nenhuma marca sint ctica da sua interven o como por exemplo o uso do pronome pessoal na primeira 31 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso pessoa Ele constr i a narrativa fazendo uso do discurso indirecto e do pret rito mais que perfeito era uma vez tendo em conta que nos contos tradicionais n o se sabe exactamente quando que algo aconteceu com exactid o e esses dois pontos s o caracter sticos dos contos em particular dos tradicionais Todas as informa es s o fornecidas nica e exclusivamente pelo narrador e ele quem controla toda a narrativa at ao fim Fazendo parte das literaturas africanas as literaturas infantis cabo verdianas em particular os contos transportam dentro de si a for a da oralidade Por raz es s cio hist ricas Cabo Verde vem se defrontando com o problema da coexist ncia da l ngua dois portuguesa com a l ngua um materna fen meno esse que conhecido ou designado de bilinguismo o que acaba
31. 7 aos 11 12 anos em que os seus racioc nios est o ligados ao concreto exercendo se preferencialmente sobre os factos e suas rela es de acordo com Gl ria Bastos 1999 36 Estudar os contos infantis no ltimo ciclo do Ensino B sico Integrado poder ter um impacto muito grande no primeiro ciclo do Ensino Secund rio se o professor n o utilizar textos liter rios infantis apenas como pretexto para trabalhar a gram tica o vocabul rio e os valores que regem a vida do homem mas fazer o aluno tirar a moral da hist ria em estudo e ainda trabalhar a hist ria origem as caracter sticas as fun es as estruturas dos contos Assim o professor consegue orientar e atrav s da leitura e de uma interpreta o b sica desses contos ajudar os alunos a buscarem o sentido para a vida com afirma Bruno Bettelheim A escolha dos texto requer muito cuidado por parte do professor pois este ter que saber escolher textos ligados faixa et ria das crian as e sua realidade cultural para que no Ensino Secund rio o discente esteja mais preparado em abord lo em diferentes perspectivas tendo em conta que ele j tem uma base mais s lida sobre os contos 3 2 Caracteriza o da Escola de Tira Chap u Identifica o Escola n mero XII P lo n mero XIX Tira Chap u Gestor Manuel Ant nio Timas A escola n mero XII P lo n mero XIX Tira Chap u fica situada na cidade da Praia mais precisamente em Tira Chap u que um bairro
32. A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 4 Dados sobre a leitura a Gostas de ler Sim N o b Se n o porqu c Tens o h bito de ler Sim N o d Se sim qual o ltimo livro que leste 5 1 Com que frequ ncia l s a Todos os dias __ b s vezes __ c Raramente ___ d Apenas no espa o escolar 5 2 L s para a Aprender mais b Tirar apontamentos __ c Divertir _ _ d Compreender a mat ria 6 Dados sobre a leitura dos textos a J leste Unine ou Est rias de encantar O p ssaro azul b O que sabes sobre esta hist ria 7 Dados sobre a leitura nas aulas de l ngua portuguesa a Gostas de ler nas aulas de L ngua Portuguesa Sim N o __ b o teu professor que te incentiva a ler Sim N o __ c Gostas dos textos que o teu professor trabalha na sala de aula Sim N o 7 1 O que mais gostas de fazer nos teus tempos livres a Ler b Ver televis o ___ c Brincar ___ Muito obrigada pela tua colabora o 85 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Gui o de assist ncia de aula Observadora ngela Curso ECVP Lopes Ensino B sico Integrado Professor a Escola Central de Tira Chap u Praia Disciplina L ngua Portuguesa Concelho da Praia Conte do 1 Conhecimentos cient ficos 31415 Observa o Utiliza linguagem adeq
33. AN ponta TA nda a 82 Question rio al NOS css sita E E A O TS RS ni dad US DRE TA SALES e LS Sa 84 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Gui o de assist ncia de aa ereerere aaa cereereerena nana aa crer L AEA 86 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Cap tulo I 1 1 Enquadramento e justificativa A Leitura considerada um dos meios mais eficazes para a aquisi o de conhecimentos constitui um meio privilegiado para o desenvolvenvimento de uma atitude profissional eficiente perante a sociedade A leitura permite ao leitor descobrir a sua identidade e ou formar paulatinamente a sua personalidade A escolha do tema A literatura infantil como um fen meno identit rio para trabalho de fim de curso procura explicar por que que a partir da leitura os leitores infanto juvenis se podem identificar com as situa es narradas interiorizar valores veiculados pelas hist rias e ao encontrar solu es para os seus problemas registar no desenvolvimento da sua personalidade a constru o da identidade A pertin ncia deste trabalho justifica se com o facto de os contos infantis cabo verdianos serem pouco explorados no Ensino B sico Integrado e por serem leccionados como unidade de ensino quase exclusivamente a n vel do estudo do funcionamento da L ngua gram tica e vocabul rio No nosso percuso de forma o a disciplina de Did ctica da literatura despertou nos
34. Na Turma N h um predom nio de rapazes correspondente a 70 em detrimento das raparigas A turma heterog nea em termos sociais ou seja composta por alunos de v rias zonas da capital mas com uma maior incid ncia do bairro de Tira Chap u N o repetentes 2 Repetentes 21 Gr fico 3 Distribui o quanto repit ncia A Turma N apresenta um elevado n mero de alunos repetentes registando uma taxa de 91 correspondendo 9 apenas aos que nunca reprovaram 39 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Gostas de ler Tens h bito de ler Sim 4 E1 E N o respondeu E Sim E N o 65 Gr fico 5 Distribui o quanto ao h bito de leitura Gr fico 4 Distribui o quanto ao gosto pela leitura A partir da quest o Gostas de ler e da quest o Tens o h bito de ler podemos constatar que os vinte e tr s inquiridos correspondente a 100 afirmam que gostam de ler No entanto apenas 65 deles dizem ter o h bito de ler 4 n o respondeu quest o 31 afirmam n o ter o h bito de ler o que acaba por nos surpreender na medida em que todos afirmam que gostam de ler Pois parte se do princ pio que quando se tem o gosto por alguma coisa tenta se faz la Tendo a frequ ncia e o exerc cio de leitura pode se decifrar os signos escritos do texto que ajudam na pr tica coerente da compreens o e descoberta das linhas de sentido J
35. a dada obra No caso de Cabo Verde especificamente no s culo XIX e ap s a instala o da imprensa em 1842 um p blico leitor cada vez mais exigente se vai evidenciando no percurso de afirma o identit ria a partir da movimenta o cultural em torno do Semin rio Liceu de S o Nicolau at aos nossos dias Sendo assim escolhemos analisar dois contos infantis cabo verdianos contempor neos Unine de Le o Lopes e Est rias de encantar de Herm nia Ferreira para comprovarmos como ou de que forma esses contos podem contribuir para a forma o da personalidade das crian as cabo verdianas se os referidos textos trazem consigo uma fun o moralizante ou se os valores por eles veiculados poder o fazer face crise identit ria com que se depara a sociedade contempor nea Numa an lise de situa o pr tica procur mos perceber se os alunos se identificam com esses contos e como Propusemos a explora o dos dois textos acima referidos numa turma do primeiro ano da terceira fase do Ensino B sico Integrado n o s para apurarmos se os nossos leitores se identificam com os comportamentos e situa es neles presentes como tamb m averiguar se existe uma preocupa o de veicular valores nessas narrativas verificar quais s o e at que ponto os mesmos podem levar as nossas crian as e adolescentes a modificarem os seus comportamentos pela positiva A ideia averiguar de que modo a leitura permite que o leitor tenha acesso ao conheci
36. adania revela que a seguran a o bem estar e qualidade de vida devem estar garantidos pelo Estado mas providenciados tamb m por grupos e organiza es da sociedade civil Segundo Albertino Martins et al 2009 35 trata se da globaliza o de um fen meno que tem vindo a aproximar os pa ses e os povos tornando os cada vez mais interligados nas suas rela es sociais culturais econ micas e pol ticas ela assenta em quatro pilares fundamentais O respeito m tuo que implica o reconhecimento do outro e saber conviver com as diferen as a solidariedade que envolve a partilha a n o viol ncia que promove a resolu o de conflitos atrav s de di logo a autonomia auto estima que tem a ver com o conhecimento de si pr prio e do seu meio evitando a dilui o e a perda da identidade Isso permite dizer que no mundo globalizado o cidad o tem direitos e deveres a cumprir No ensino mais propriamente na Escola a educa o para a cidadania tamb m actua visto que um importante espa o para a educa o das crian as e jovens Na escola de hoje os professores s o formados para os educar com base nos valores porque considera se que a nossa sociedade hoje em dia est a viver uma crise de valores Portanto al m do ambiente familiar a escola considerada o segundo espa o onde se pode ainda resgatar valores educando as crian as para valores como a solidariedade a sinceridade a justi a o amor o respeito a compreens o
37. ado na mente de quem l ou seja o leitor Pois essa interac o inclui tr s facetas primeiro constitui se como um material para ser lido segundo interpela o conhecimento do leitor e por ltimo tem um impacto nas actividades fisiol gicas e intelectuais de acordo com Teresa Balt 1976 27 A leitura implica o reconhecimento de s mbolos impressos ou escritos que servem de est mulos para a evoca o de significados formados atrav s da experi ncia passada e para a constru o de novos significados atrav s da manipula o de conceitos j possuidos pelo leitor Os significados resultantes s o organizados em processos de pensamento de acordo com os prop sitos adoptados pelo leitor Tal organiza o leva a um pensamento e ou a um comportamento modificado ou ent o conduz a um novo comportamento que ocupa o seu lugar quer no desenvolvimento pessoal quer no social Sendo assim a leitura passa a ter uma dimens o utilit ria funcional socializadora formativa porque est a permitir que a crian a se desenvolva de forma progressiva tanto como leitora como enquanto pessoa que tamb m construindo deste modo a sua personalidade Isso porque proporciona que o leitor desenvolva o seu vocabul rio e essa aquisi o segundo Teresa Balt 1976 77 adquire se atrav s de quatro formas distintas que s o a fala a audi o a leitura e a escrita Cremos ent o que a leitura dos textos liter rios e n o s permitem que o le
38. agonismo dos sexos entre outros Os leitores lidam com aspectos do comportamento humano com as etapas fundamentais da vida como o nascimento o namoro a velhice e a morte O dio e o amor a desconfian a a persegui o a alegria a felicidade a rivalidade fazem parte do campo emocional desta literatura e na maioria das vezes este mesmo conto apresenta fen menos de contraste entre o Bem e o Mal o xito contra o fracasso a benevol ncia contra a malevol ncia a pobreza contra a riqueza e consequentemente 5 REIS Carlos e LOPES Cristina Ana Dicion rio da Narratologia 2 ed 1990 181 GUERRA Jo o Augusto et al Aula Viva do Portugu s 10 ano B S d 13 13 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso os pequenos leitores acabam por se identificar com as personagens boas e her icas da hist ria dando asas ao seu imagin rio Esses contos t m como objectivo ajudar a construir a personalidade das crian as isto t m uma fun o moralizante que a de corrigir de encaminhar e zelar pela forma o das mesmas Mais pr xima da realidade cabo verdiana a c lula mater da literatura infantil hoje conhecida como cl ssica encontra se na Novel stica Popular Medieval que tem suas origens na ndia chegando at n s em grande parte por influ ncia europeia Descobriu se que desde a poca medieval a palavra se imp s ao homem como algo m gico como um poder misterioso que tanto
39. am se as disciplinas como o Latim a Moral e a Teologia O objectivo principal do ensino era preparar os jovens para a vida eclesi stica oportuno frisar que a igreja desempenhou um papel preponderante no desenvolvimento da Educa o em Cabo Verde Na segunda metade do s culo XIX procede se cobertura escolar do arquip lago tendo sido criado em 1860 na Praia o Liceu Nacional de Cabo Verde em que para al m das disciplinas normais era ministrada a Moral de se salientar que houve sempre desde os prim rdios da educa o a necessidade de introduzir no ensino valores que regem uma sociedade sendo f cil a constata o desse facto atrav s das pol ticas do Minist rio de educa o que teve a preocupa o de introduzir no sistema educativo a disciplina de Moral como conte do de ensino Hoje nota se que tamb m h uma preocupa o em ministrar determinados princ pios e valores na escola virada para a vertente Educa o para a Cidadania de forma mais intensa visto que os valores na sociedade t m estado a decair dia ap s dia Acreditamos que a introdu o de determinados princ pios e valores no sistema educativo possui como premissa o refor o na forma o de um cidad o de forma a contribuir para que tenhamos cidad os solid rios respeitadores respons veis e honestos mais do que nunca uma vez que o cidad o faz parte ou membro de uma comunidade pol ticamente organizada onde a cidadania deve ser exercida atrav s
40. antipatia pelos mesmos preciso igualmente que os professores partilhem os conhecimentos sobre as obras dispon veis inquirindo os alunos sobre o tipo e h bito de leitura que desenvolvam a iniciativa de criar espa os de leitura e discuss o sobre as hist rias lidas para assim poderem criar nos alunos o gosto h bito pela leitura 48 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso O que gostas de fazer nos teus tempos livres Ler 17 Brincar Ver 57 televis o 26 Gr fico 18 Distribui o quanto ocupa o dos tempos livres Ao efectuar a an lise da ocupa o dos tempos livres dos alunos para verificarmos se os mesmos praticam a leitura nos seus tempos livres pud mos apurar que isso na verdade n o acontece uma vez que a maioria ou seja 57 ocupa os seus tempos brincando 26 aproveita para ver televis o enquanto que apenas 17 goza da leitura Isso preocupa nos quando todos eles afirmam que gostam de ler em termos de ocupa o de tempos livres tabela 18 isso n o se verifica 3 3 2 An lise de dados II professor na promo o da leitura A leitura um processo complexo influenciado por numerosos factores lingu sticos cognitivos e sociais Mas apesar da sua complexidade em grande medida dependente da linguagem oral No Ensino B sico e Integrado onde as crian as est o na fase das primeiras etapas de aquisi o da leitura e onde nos deparamos com a exist
41. atuto de literatura partindo se da ideia de que as caracter sticas de um texto liter rio se mant m iguais ao longo de todos os tempos No mbito da Educa o para a cidadania aspecto muito valorizado na organiza o dos planos curriculares da actualidade e na manifesta o do saber ser do indiv duo nas sociedades contempor neas ditas globalizadas importa referir autores como Cyro de Barros e Ismard Neto para os quais A cidadania notoriamente um termo associado vida da sociedade A sua origem est ligada ao desenvolvimento das polis gregas entre os s culos VIII e VII a C A partir 1 Www2 fcsh unl pt edtl verbetes I identidade htm 20 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso de ent o tornou se refer ncia nos estudos que enfocam a pol tica e as pr prias condi es do seu exerc cio tanto nas sociedades antigas como nas modernas 12 O conceito de cidadania parece complexo na medida em que existe um n cleo hist rico em torno do qual ela se organiza Na antiga Gr cia e na Rep blica Romana a cidadania consistia na participa o p blica dos cidad os como por exemplo em dar forma s leis e s decis es de um Estado participar no julgamento dos cidad os entre outros Na modernidade os ideais democr ticos e igualit rios veiculados por diferentes movimentos sociais foram progressivamente conduzidos ao alargamento dos poderes c vicos No campo social a educa o para a cid
42. ca Merlina Ester Leila ao Diamantino Aurea Helena Maria do C u e a todas as pessoas que acreditaram em mim e que amam o ensino literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Agradecimentos Este trabalho pretende encerrar as actividades cient ficas do curso de Licenciatura em Estudos Cabo verdianos e Portugueses O percurso feito at aqui n o foi uma tarefa f cil e seria mais d ficil sen o imposs vel caso n o tiv ssemos tido o apoio de v rias pessoas que n o mediram esfor os em nos ajudar com materiais did cticos minha orientadora por ter aceite este desafio pelos seus ensinamentos paci ncia e sabedoria pelas horas dispensadas para que este trabalho pudesse seguir todos os par metros a minha profunda gratid o Ao Centro de L ngua Portuguesa Instituto Cam es e minha amiga Sandra Bibliotec ria da Biblioteca Nacional Ao meu marido pelo apoio dado sempre que precisei s minhas amigas Dulce e Marli s minhas sobrinhas Anderlina e F tima por me terem estendido a m o quando necessitei Aos meus amigos Vanina Fonseca Ibraltino e Niltom pelo apoio t cnico Aos professores Daniel Medina Am lia Gomes e Leopoldo Amado por me terem cedido os materiais did cticos indispens veis aquisi o de conhecimentos e fundamenta o das ideias e teorias desenvolvidas neste trabalho Enfim a todos os que de uma forma directa ou indirecta nos apoiaram os maiores agradecimen
43. caso que aqui apresent mos esperamos colmatar algumas das lacunas identificadas Trata se de propostas gratificantes e acreditamos que com estas actividades o professor poder propor momentos de lazer aos seus educandos tornando a leitura uma actividade l dica e prazerosa para que o aluno possa enriquecer o seu vocabul rio construir a sua personalidade e praticar a cidadania a partir de uma tomada de consci ncia e ser poss vel a constru o de uma base de leitura com refor o da identidade que abrir as portas de uma forma o de n vel secund rio com sucesso 76 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 4 2 Considera es finais Entrar em contacto com a pr tica educacional no Ensino B sico e Integrado foi uma experi ncia muito positiva na medida em que pud mos constatar que no universo analisado a escola e os professores est o a primar por um ensino de qualidade Preocupam se em fazer com que os alunos enrique am o seu vocabul rio a partir da leitura partindo do particular para o geral levando os alunos sempre a reflectirem em torno de temas e a motiv los a praticarem a leitura advertindo os sempre sobre a import ncia que esta tem na vida embora o ambiente escolar da escola inquirida n o proporcione o denvolvimento de uma leitura como devido e a justifica o para tal porque o espa o da sala de aula se encontra danificado e tamb m existem fracos recursos did ctico
44. cem livros aos filhos Incidindo sobre o gr fico 12 podemos verificar que 48 dos pais oferecem livros aos seus filhos enquanto 52 n o o que preocupante visto que s o os pais os primeiros agentes da promo o da leitura Cabe lhes o papel de incentivar os educandos a lerem seleccionando uma boa obra infantil cujo texto seja simples e ao mesmo tempo rico em vocabul rio expressivo e que conquiste o interesse do aluno Se sim qual o ltimo livro que leste Livros de N o respondeu hist rias 30 9 Ostr s porquinhos 13 Lobo e Chibinho 48 Gr fico 13 ltimo livro lido Apesar de constatarmos que a maioria dos inquiridos n o tem o h bito de ler ficamos a saber que uma boa parte 48 deles j leu o conto tradicional Lobo e Chibinho Mas pensamos que isso se deve ao facto de que nos ltimos tempos a escola tem sido o local de lan amento da iniciativa com o objectivo de promover a leitura de hist rias tradicionais que desde sempre fizeram parte da cultura cabo verdiana O interessante que 13 dos entrevistados tamb m se 45 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso interessa por contos n o nacionais Os tr s porquinhos ou seja j o leram Os tr s porquinhos um conto que se caracteriza por uma dimens o po tica muito rica isto centra a aten o do leitor na pr pria forma de mensagem Esse conto tamb m faz com que a crian a experimente a dimens
45. cia o tamb m quanto aos elementos identit rios visto que no conto Unine o autor teve a preocupa o de escolher nomes de personagens que fazem parte do mundo l dico e maravilhoso das crian as como por exemplo o Sol o mar e a nuvem tr s elementos que fazem parte do universo real que s o s mbolos da for a e da vida concomitantemente com bis figura sagrada que ganha vida no interior da narrativa De outro lado temos o personagem Corvo que um p ssaro que simboliza a escurid o e a desgra a dos camponeses mas que se destaca pela sua afabilidade pelo seu empenho em tornar se solid rio em querer ajudar na liberta o da Unine e tamb m por se converter num p ssaro honesto preocupando se em praticar apenas coisas boas na vida Este tipo de personagem ou seja o animal tamb m est presente no conto O p ssaro azul e nesse ponto os dois contos se assemelham Ambos trazem para a literatura infantil as marcas da oralidade como forma de enaltecer a l ngua materna que uma das tend ncias das literaturas africanas As grandes diferen as entre esses dois contos est o nos nomes t picos do povo cabo verdiano na forma de tratamento no sentimento de apego terra que caracter stico dos povos insulares rodeados pelo mar atl ntico O conto O p ssaro azul na sua composi o liter ria pouco extenso e cont m t tulos sugestivos nas suas divis es despertam curiosidade e prendem o leitor fazendo o ficar interressad
46. com fracos recursos econ micos dado que se reflecte bastante na vida escolar acreditamos que isso se deve ao facto de muitas pessoas n o terem habilita es liter rias m nimas e de a existir um n mero signifcativo de desempregados Sendo assim muitos dos habitantes do bairro n o ter o meios suficientes para financiar aos seus filhos materiais did cticos para o estudo Trata se de uma zona problem tica porque como se sabe muitos dos jovens se refugiam nas drogas no lcool na prostitui o e no roubo justificando que essa realidade reflexo da falta de emprego Contudo como todos os bairros da capital t m escolas que s o condi es essenciais 36 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso para que a sociedade cabo verdiana mais tarde venha a ter quadros importantes que poder o ajudar o pa s a desenvolver se social e financeiramente pensamos que futuramente esses problemas poder o vir a ser ultrapassados A escola deste bairro um sat lite integra uma outra chamada Capelinha que p lo central n mero XII e constitu da por um total de oitocentos e quinze alunos distribu dos por vinte e nove professores efectivos e com forma es adequadas ou seja todos t m curso de professores feitos no Instituto Pedag gico Ela disp e de doze salas de aula e quatro no sat lite constitu da ainda por duas cozinhas uma na escola central e outra no sat lite A mesma possui ai
47. dade de um povo tamb m outro elemento a ser tido em conta Como se sabe ela mais antiga do que a pr pria literatura escrita Ela facilita a necessidade de partilha e comunh o de uma determinada comunidade atrav s das est rias infantis das advinhas das lenga lengas dos mitos etc 17 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso A quest o da identidade tamb m chamada para as hist rias infantis como acima referido isso quando num conto infantil uma crian a se identifica com o objecto her i ou ainda constata que as caracter sticas comportamentais de um personagem s o id nticas s dela na vida real E medida que a crian a se vai identificando com a hist ria com um determinado personagem com as ac es ou com uma determinada situa o como o caso das situa es dicot micas que a levam reflex o ela acaba por desenvolver o seu imagin rio modo de se expressar tanto escrita como oralmente linguagem aprendendo assim a ter uma postura racional de forma argumentada perante uma determinada situa o visto que os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem Tal significa dizer que a crian a est a desenvolver a sua capacidade de resolu o de problemas Quanto leitura a literatura infantil como um instrumento de pr tica educativa geralmente se apresenta como um instrumento norteador da liberdade e da criatividade infantil Ela tamb m exerce um papel fu
48. de atitudes comportamentos sociais ticos e morais que est o consagrados na Constitui o da Rep blica cabo verdiana O exerc cio da cidadania um direito e um dever que cresce de acordo com as exig ncias do desenvolvimento e da complexifica o das rela es socio econ micas pol ticas e culturais provocadas pela globaliza o Com o colonialismo e as condi es de abandono que se fazia sentir em Cabo Verde o povo cabo verdiano teve a necessidade de lutar pela independ ncia do pa s em que todos teriam os mesmos direitos Recentemente apareceram v rias institui es e organiza es n o governamentais que se preocuparam com a problem tica dos direitos humanos e uma delas a Comiss o Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania CNDHC Essa institui o foi criada em 2004 e preocupa se em desenvolver programas de educa o para os direitos humanos I5 MARTINS Albertino et al Educa o para a cidadania Guia de forma o 2009 84 23 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso e cidadania dirigidos s organiza es estatais organiza es da sociedade c vil associa es comunit rias e comunidade escolar No que diz respeito promo o da cidadania de entre v rios objectivos essa comiss o segundo o PNADHC pretende promover o culto da express o art stica cultural e desportiva como forma de aumentar a coes o social e a ocupa o das crian as e adolescent
49. de leitura e como modelo deve ler textos com entoa o e com ritmo procurando sempre que seja necess rio promover dramatiza es e debates visto que estas s o actividades que os alunos mais gostam na aula de L ngua e que fazem com que eles pratiquem e desenvolvam a L ngua Teresa Balt frisa ainda que os professores t m um papel importante ao longo do processo de leitura e que por isso devem pautar se por uma aula de L ngua activa significativa criativa l dica formativa sempre te rico pr tica e que seja uma aula atractiva e proveitosa para os alunos Para verificarmos se a promo o da leitura tem estado a ocorrer no Ensino B sico e Integrado neste cap tulo iremos apresentar os dados analisados atrav s de inqu ritos dirigidos ao professor desta escola do Ensino B sico e Integrado de Tira Chap u Para essa an lise tivemos como corpus 34 que representa dez professores De acordo com as respostas obtidas no inqu rito tivemos a oportunidade de verificar que todos os professores desta escola s o formados no Instituto Pedag gico o que nos deixa saber que eles t m forma o adequada e todos eles possuem uma vasta experi ncia em trabalhar com os alunos As vari veis que delimitamos para fazer o levantamento dos dados foram Gosto pela leitura Prefer ncia dos alunos Tipos de texto que os alunos preferem Respeito pela prefer ncia dos alunos BALT Teresa O ensino da leitura I editorial Estampa Lda Out
50. dentit rio estudo de caso o teu professor quem te incentiva a ler Gostas dos textos que o teu professor trabalha na sala de aula N o Sim 100 96 Gr fico 16 Distribui o quanto motiva o da leitura Gr fico 17 Distribui o quanto simpatia dos textos trabalhados na sala de aula pelo professor A escola deve desempenhar um papel importante na forma o dos pequenos leitores Para isso ela tem de promover nas crian as o poder de ler que um processo cont nuo Portanto ao cruzarmos os dados do gr fico 16 Distribui o quanto motiva o da leitura e os dados do gr fico 17 Distribui o quanto simpatia pelos textos trabalhados na sala de aula pelo professor conclu mos da necessidade de o docente enquanto agente educador incutir nos alunos o h bito de praticarem a leitura incentivando os seus alunos a lerem O gr ficol6 explicativo quanto a isso pois demonstra que 100 dos inquiridos afirma que o pr prio professor que os incentiva a lerem Ao cruzarmos os dados dessa tabela com o gr fico 17 fica claro que tal se deve ao facto de o docente escolher na maioria das vezes textos que v o ao encontro do gosto deles visto que 96 confessa gostar dos textos trabalhados na sala de aula pelo mesmo Acreditamos que os alunos gostam dos textos escolhidos pelo professor talvez porque nem sempre o docente utiliza os textos para os avaliar Se assim fosse talvez eles n o gostassem teriam
51. do Erickson fundamental para o desenvolvimento da identidade O quarto est dio designado como o de ind stria inferioridade Coincide com o momento em que a crian a vai para a escola e come a a desenvolver a sua capacidade intelectual O quinto est dio corresponde ao da crise de adolesc ncia E nesta fase o adolescente precisa de uma morat ria que lhe possibilite a integra o dos elementos da identidade anteriormente adquiridos para voltar a ter confian a em si mesmo O sexto est dio o de intimidade isolamento e aquele em que muitas das rela es dos jovens funcionam como pontes para a resolu o da identidade O s timo est dio designa se como o da generatividade estagna o Aqui o indiv duo orienta a gera o seguinte e pressup e se que ele investe na sociedade onde se encontra inserido 16 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso O oitavo e ltimo est dio integridade desespero o indiv duo tem a necessidade de integrar as imagens do passado para que assim ele possa ser capaz de compreender os outros 1 4 1 2 Dimens o liter ria A literatura uma representa o da linguagem ou seja ela est associada ideia de est tica enquanto imita o imaginosa por meio do discurso O discurso liter rio constru do ou elaborado pelo autor na tentativa de tocar o leitor de o seduzir e de o influenciar com pluralidade de significados e beleza A partir da surge
52. e apontam solu es gt infantilO graudez com br MONZANO Mercedes G mez Del A crian a e a literatura Porto editora 1988 114 14 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 1 4 O Conceito de identidade O termo identidade de origem latina formado a partir do adjectivo idem que significa o mesmo e do sufixo dade indicador de um estado ou qualidade A sua etimologia conduz aplica o daquilo que id ntico ou identificador de algo Em termos filos ficos a identidade traduz consci ncia de uma subst ncia consigo mesma e o primeiro princ pio l gico do pensamento o princ pio de identidade com o qual se compreende o sentido da lei suprema do ser e a do pensamento Para alguns autores a quest o da identidade complexa uma vez que m ltipla din mica e est num devir ou seja em cada campo de estudo lhe dada uma acep o diferente Na perspectiva de Carlos Gonzal z socialmente o termo pode ser definido num reencontro uno de pessoas como conte do vivo que se renova constantemente no ambiente onde se vive Patr cia Ferreira citando Taifel frisa que uma identidade social corresponde parte do autoconceito self que decorre da perten a de um indiv duo a um grupo ou categoria social a qual acompanhada de aspectos valorativos e emocionais Ainda segundo a citada autora em situa es concretas a diferencia o intergrupal
53. e elementos identit rios Unine Est rias de encantar Amor Paix o Ego smo Malfeitoria Amizade Seca Temas Conte dos Inseguran a temas do Amor terra temas do quotidiano quotidiano Nomes das personagens Nomes das personagens que que fazem com eles se s o t picos dos cabo verdianos identifiquem como seres do exemplos nh Totone Elementos identit rios mundo maravilhoso Clarinha nh N n Paulo Express es em l ngua Express es ou palavras da materna sobretudo da l ngua materna sobretudo da Oralidade ou seja que Oralidade ou seja express es funcionam como s mbolos da l ngua materna que s o identit rios do povo cabo s mbolos identit rios do povo verdiano ex express es cabo verdiano ex nomes das como botiado bli guarda personagens e nas formas de cabe a tratamento ex nh e nh fidju sentimento de apego terra e a luta persistente pela sobreviv ncia esperan a num futuro melhor A partir da an lise dos contos Unine e O p ssaro azul pode se dizer que ambos abordam temas semelhantes que s o pr prios do quotidiano como o amor a paix o o ego smo a inseguran a a malfeitoria a amizade entretanto O p ssaro azul Est rias de encantar vai mais 28 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso al m abordando temas tais como a seca e o amor terra H uma diferen
54. e se fazia a leitura do texto os alunos interpelam a professora com palavras desconhecidas ou vice versa e esta leva os a chegar ao sentido literal das palavras partindo do simples para geral ou ainda consultam o dicion rio Esse ponto podemos consider lo positivo visto que este exerc cio ajuda os alunos a aperfei oar e a enriquecer o seu vocabul rio Ap s a leitura de contacto constatamos que houve a p s leitura em que os alunos oralmente faziam a s ntese da aula Pois esta actividade significa um momento de confirma o ou n o de expectativa sobre o texto e de reorganiza o das ideias Deste modo a aula passa a ser mais esclarecedora tanto para os alunos como para a professora ajudando a a certificar se a aprendizagem ocorreu de forma significativa ou n o As duas obras infantis cabo verdianas escolhidas vieram infirmar ou confirmar as nossas pesquisas por serem de natureza formativa na medida em que retratam valores que ajudam os nossos alunos a integrarem na sociedade e fazem com que eles reipeitem as normas vinculadas pela sociadade Ajuda as crian as a ampliarem as suas vis es ou seja a forma de 59 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso ver o mundo e a encontrar solu es para resolu o de certos problemas pelos quais o mundo est a passar 3 4 Estrat gias para a promo o da leitura dos contos infantis com os alunos da 3 fase do EBI como base para a promo o da leitu
55. e secund rios REIS C amp ADRAG O J V 1992 Did ctica do portugu s Universidade aberta VASCONCELOS B V S d A literatura infantil vis o hist rica e cr tica S o Paulo Global editora Webgrafia infantilO graudez com br www ufsm br lec 02 01 CintiaLC6 htm 50k WWW2 fcsh unl pt edtl verbetes I identidade htm Www2 fcsh unl pt edtl verbetes I identidade htm 79 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 80 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Anexos ndice de gr ficos Gr fico 1 Distribui o quanto ZONA asas ari saarss ques snairieataasssadea cnfeaato ce deaseia sd de costas aaa 39 Gr fico 2 Distribui o quanto ao SEXO s e ecessenterogaasuteos aesqueascaaa dios adndanas nto nato sedan son ies o hadac ds 39 Gr fico 3 Distribui o quanto repit ncia as uaasa s asda DR ea a da dd 39 Gr fico 4 Distribui o quanto ao gosto pela leitura Gr fico 5 Distribui o quanto ao h bito de leitura erre 40 Gr fico 6 Distribui o quanto ao gosto da leitura nas aulas de L ngua Portuguesa 41 Gr fico 7 Frequ ncia quanto leitura sais a DART la Casa 41 Gr fico 8 Distribui o dos alunos que l em em casa erre 42 Gr fico 9 Distribui o quanto tipologia de livros e rerereereeana 43 Gr fico 10 Distribui o quanto solicita o de livros
56. e um ensino directo tanto por parte de outrem como por parte dos professores e uma das estrat gias para a motiva o da leitura que o professor pode tra ar levar para a sala de aula contos atractivos que tenham a ver com a realidade social dos alunos criando situa es de leitura motivadoras l dicas e activas em que os alunos podem dramatizar o conto ou debater sobre o tema abordado no referido conto fazendo com que os alunos exponham os seus pontos de vista ou ainda pedir lhes que leiam o texto acompanhando o ritmo da hist ria fazendo express es faciais ou orais de acordo com a hist ria narrada Dessa forma o professor acabar por levar os alunos a cultivar o gosto pela leitura dos textos infantis e tamb m o gosto pela participa o nas aulas de L ngua Portuguesa Em la Amor de opini o que a leitura deve ser vista como uma actividade aut noma que promova a compreens o do que se l e que por isso preciso ter em conta a entoa o e a pron ncia porque a leitura usada como actividade e como objectivo de ensino e aprendizagem nas institui es de ensino Para Ald nio Gomes et al um professor como motivador da leitura deve assumir um papel importante nesse processo optando por vias como fazer o aluno sentir o interesse pelos diversos tipos de leitura no aspecto profissional e pessoal estimular posi es cr ticas e o exerc cio de racioc nio provocar situa es em que a leitura se torna necess ria jus
57. ecer ao leitor os acontecimentos narrados Ainda Benveniste 1974 define o discurso como enunciado considerado em fun o das suas condi es de produ o isto porque ele introduz o sujeito e a situa o na descri o da actividade verbal em que sublinha que os locutores n o s o meros p los de um circuito comunicativo mas sim entidades situadas num tempo hist rico e num espa o s cio cultural bem definido que condicionam o seu comportamento lingu stico Nas duas obras em estudo nota se que o narrador prende o leitor neste caso a crian a com um discurso inovador l dico e maravilhoso fazendo deste modo com que o leitor transcenda o mundo real para o irreal E isto acontece principalmente no conto Unine em que o 30 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso mesmo utiliza a f rmula inicial incipit da narrativa Era uma vez com o objectivo de transportar o leitor para o mundo m gico Uma outra estrat gia utilizada pelo Le o Lopes na obra a do estatuto do narrador respons vel pelo discurso do conto Notamos que o narrador n o participante da diegese ou seja ele um mero testemunho o que lhe possibilita ver as coisas de forma neutra Ao longo da narrativa ele discursa sobre os factos na terceira pessoa do singular fazendo o uso do verbo no pret rito mais que perfeito para descrever as ac es da narrativa Ele mesmo sendo hetero dieg tico sabe tudo da narrativa que narra e at
58. endimento adequada aos pequenos leitores t m uma riqueza vocabular imprescind vel que suscita os pequenos leitores a procurarem o significado desses voc bulos o que acaba por lhes abrir os horizontes e logo acaba por contribuir para o desenvolvimento e enriquecimento do seu vocabul rio 34 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Cap tulo II O aproveitamento do Conto infantil do ensino b sico para o secund rio 3 1 Justifica o do estudo de caso Segundo alguns te ricos o estudo de caso uma op o metodol gica adequada para se poder avaliar um determinado problema pois neste mbito que encet mos um estudo com os alunos de uma turma do ensino b sico integrado com o intuito de saber como que os mesmos agem perante a leitura dos contos infantis no ensino se estes participam da constru o do imagin rio e do desenvolvimento do h bito gosto de leitura Ao mesmo tempo tentamos partilhar com eles informa es sobre os contos infantis j que estes fazem parte dos conte dos curriculares no ensino secund rio Clementina Furtado 2008 33 citando Daniel Pennac diz que actualmente vivemos num per odo de crise de leitura de lamenta es cont nuas e ub quas em que se sente e se ouve muito dizer que os alunos n o gostam de ler e que por isso importante conhecer as raz es dessa desmotiva o para a leitura liter ria sendo que esta actividade proporciona momentos l dico
59. es apenas l em no espa o escolar ou quando se encontram na aula de L ngua Portuguesa poss vel averiguar se isso apartir da gr fico 8 em que a maioria dos inquiridos afirma que gostam de ler na aula de l ngua portuguesa ou quando lhes solicitado que fa am a leitura do manual de estudo com o objectivo de se prepararem para a aula do dia seguinte ou ainda para teste o 41 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso sumativo O gr fico 8 esclarecedor quanto a isso quando se lhes pergunta se l em em casa e 87 afirmam que n o enquanto 9 afirma que sim L s em casa N o respondeu 4 Sim 9 N o 87 Gr fico 8 Distribui o dos alunos que l em em casa Uma parte signifiva dos alunos inguiridos n o tem livros de contos em casa E tendo livros em casa a crina a directa e indirectamente acaba por ser estimulada a praticar leitura Acreditamos que tendo apenas livros escolares em casa como 56 afirmam na gr fico 9 a crian a n o estimulada a ganhar o gosto pela leitura porque ela associa o livro escolar ao estudo e n o ao prazer mesmo sabendo que este cont m textos hist rias que muitas vezes suscita o l dico e o maravilhoso Apenas 13 dos alunos afirmam ter livros de contos e 9 t m outros tipos de livros e banda desenhada livros esses que os incentivam a ler ajudando os a compreender a hist ria narrada 42 literatura infantil como um fen meno iden
60. es e tamb m promover a participa o deles na discuss o das quest es que lhes dizem respeito O que quer dizer que desde muito cedo facultado s crian as o direito de exercer a cidadania reivendicando os seus direitos demonstrando os seus pontos de vista e ainda participando no desenvolvimento do pa s Essa participa o refor ada com a introdu o nos curr culos escolares de disciplinas espec ficas ou de estudos transversais sobre os direitos humanos o que outorga crian a o direito de saber que como cidad o que tem direito a cumprir praticar a cidadania a qual por seu turno deve ser respeitada Plano Nacional de Ac o para os Direitos Humanos e a Cidadania em Cabo Verde 24 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Cap tulo II Leitura comparada dos contos Unine de Le o Lopes e O p ssaro azul Est rias de encantar de Herm nia Fereira Neste cap tulo pretendemos comparar as duas obras de literatura infantil cabo verdiana escolhidas para este estudo Iremos estudar os temas conte dos as linguagens e os elementos identit rios contidos nelas no sentido de vermos at que ponto essas obras em an lise se assemelham ou se diferenciam uma da outra e ainda verificar de que modo como que a literatura infantil cabo verdiana pode contribuir para a constru o da identidade cultural do leitor infantil cabo verdiano j que a literatura infantil pode tornar se num fe
61. eta o para todos os autores como acima referido Segundo Carolina et al historicamente o termo evoluiu e o que hoje se entende por identidade muito confundido com personalidade Segundo Bartolo 1990 261 o psicanalista Erik Erikson define a identidade de uma forma interdisciplinar em que a constru o biol gica a organiza o pessoal da experi ncia e o meio cultural d o significado e continuidade exist ncia do indiv duo Na psicologia a identidade marcada por est gios crescentes de autonomia entendendo se a identidade como produto de socializa o e garantida pela individualiza o isto cada um destes est dios caracterizado por um dilema particular em que o indiv duo desenvolve atitudes b sicas para o seu desenvolvimento psicossocial E nesta linha que Erikson afirma que a constru o da identidade surge da necessidade do indiv duo organizar e compreender a sua individualidade Os est dios a que Erickson se refere s o oito Assim No primeiro est dio a crian a faz a aquisi o de um sentimento de confian a b sica em oposi o desconfian a Atrav s da interac o m tua entre a crian a e a m e desenvolve se o sentimento rudimentar da identidade do eu O segundo est dio denominado de est dio de autonomia vergonha d vida Nesta fase a crian a tem a propens o para a d vida e vergonha devido ao controlo r gido dos pais O terceiro est dio o de iniciativa culpa Esta fase segun
62. fen meno identit rio estudo de caso Idade do conto de fadas de 5 a 8 9 anos em que predomina a idade da leitura do realismo m gico onde a crian a vive no munda de fantasia Idade da hist ria ambiental e da leitura factual de 9 a 12 anos A crian a orienta se no mundo concreto e objectivo nesta fase que o papel dos pais e da escola no ensino h bito da leitura fundamental porque de uma maneira ou de outra ao incentivar o filho aluno a ler pais e professores est o a fazer com que a crian a desenvolva a capacidade de perceber toda a estrutura de um texto a capacidade de entender a inten o do autor a capacidade de fazer par frases A dimens o hist rica que no mbito da tradi o oral engloba um vasto repert rio como advinhas lenga lengas contos mitos can es prov rbios e outras formas discursivas passadas de gera o em gera o e que concomitantemente constituem heran a cultural do homem participa da constru o da identidade deste visto que o ajuda a caracterizar a maneira de viver de estar de pensar enquanto indiv duo e por conseguinte ajuda o a identificar se como sujeito que ele no espa o onde se encontra inserido Deste modo podemos afirmar que a hist ria um factor primordial que resgata veicula valores culturais e faculta ao homem conhecer a sua Hist ria a sua cultura os seus h bitos e os seus costumes e tem vindo a ser um auxiliar na preserva o da identidade do seu p
63. iedade sem ntica positiva ou seja s o din micos Os verbos cantar perdoar prometer gostar E LOPES Le o Unine Instituto Cam es Centro Cultural Portugu s Praia Mindelo 1998 12 2 Ibidem 1998 16 32 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso viver remetem nos para o dom nio afectivo o que quer dizer que essas palavras actuam sobre os pequenos leitores podendo faz los mudar o comportamento pela positiva Por outro lado temos as palavras esconder roubar procurar e roubar que nos remete para o dom nio cognitivo As palavras aprender entender dizer perguntar julgar resolver que tamb m s o do dom nio cognitivo mas a n vel de solu o de problema Os verbos ficar p r tapar espalhar entrar dizem respeito actividade f sica que est o a n vel do automatismo o que quer dizer que estes verbos pertencem ao dom nio psico motor J as palavras ser morrer viver correspondem s fases etapas da vida e ainda identidade do homem Sen o vejamos a frase O jo o est morto Apartir deste ser no momento passa a ser identificado como morto Os adjectivos acima expostos partilham a propriedade sem ntica pessoa e seres da natureza excepto a palavra senha gruta e porta que partilham a propriedade sem ntica acesso e remetem nos para lugar Embora tenhamos as palavras triste ciumento companheira melanc lico que nos deixa saber como que as pessoas s
64. instrumento de avalia o e meio de intervens o na compreens o No ensino as crian as devem ser levadas a perceber que a leitura tem diversos objectivos e diferentes n veis Se a leitura for considerada no seu aspecto recreativo a t nica deve ser o prazer e este ser maior se o ensino da leitura for feito de forma activa na escola como acima referido O professor l ou conta hist ria para os alunos a seguir solicita aos alunos que fa am o reconto da hist ria narrada Ao proporcionar esta actividade ele estar a avaliar o aluno e tamb m poder desenvolver no aluno a capacidade de reorganizar as ideias como tamb m o enriquecimento do vocabul rio e as habilidades de reorganizar as ideias e narrar Para que estes objectivos sejam cumpridos o professor antes do mesmo reconto deve dizer aos alunos que este exerc cio ir fazer com que os outros colegas ou eles mesmos compreendam melhor a hist ria ajudando os a serem grandes narradores de salientar ainda que se o professor constatar que os alunos durante essa actividade apresentam dificuldade em organizar as ac es ou sequ ncias narrativas deve fornecer lhes apoios com perguntas orientadas 3 5 3 Introdu o de um elemento incongruente P blico alvo alunos do 5 ano do EBI Objectivo Estimular a intelig ncia das crian as e o seu gosto art stico S o apresentadas s crian as algumas palavras chave do conto Unine m e Sol Lua Homem da Luz m gica Cor
65. io estudo de caso as habilidades dos alunos fazendo os alargar os seus cohecimentos porque essa actividade faz com que as crian as desenvolvem a sua linguagem a partir da partilha de experi ncia e de exposi o de ideias No que diz respeito ao assunto do texto verific mos que nas aulas sob orienta o da professora os alunos trabalham o funcionamento da l ngua respondendo s quest es baseadas no texto interpretam as ac es das personagens a partir dos valores retratados nas narrativas isso porque o conte do ou valor foi trabalhado no mbito da educa o para a cidadania de diversas maneiras o que faz com que esse assunto n o passe em branco Tamb m foi poss vel aos alunos estabelecer a rela o de identidade com as personagens tendo em conta que estas muitas vezes s o reflexos da vida deles e isso se passou mais com o conto O p ssaro azul Est rias de encantar visto que este conto n o s por ser cabo verdiano tamb m aborda temas do nosso quotidiano que s o a seca a fome a chuva temas esses que os alunos ouvem diariamente e que a cada dia o homem procura solucionar A identidade ainda se processou visto que na turma havia alunos de origem rural e o espa o em que a hist ria se desenrola no campo A partir da leitura dos contos escolhidos certificamos de que a identidade sempre se processa Quanto ao tratamento do vocabul rio percebemos que durante a leitura este n o foi ignorado pela professora medida qu
66. io da no o de ordem e plano O mesmo salienta ainda que as ilustra es t m que ter uma rela o afectiva com o texto escrito ou seja a ilustra o n o deve ter apenas o aspecto decorativo sem rela o directa com o texto escrito A ilustra o tem a fun o de refor ar ou alongar a mensagem do texto escrito Resumindo as imagens coloridas servem de complemento da narrativa as imagens coloridas ilustra es ajudam o leitor a lembrar melhor a hist ria lida A imagem faz e sempre fez parte do mundo da comunica o 3 4 2 An lise dos elementos paratextuais dos contos analisados RR Dos RR EST RIAS CURADO FERREIRA DE ENCANTAR A Ilustra o 1 Capa do conto Unine Ilustra o 2 Capa do conto Est rias de encantar Analisando os elementos paratextuais dos contos em estudo podemos verificar que o conto O p ssaro azul Est rias de encantar de Herm nia Fereira tem um t tulo muito sugestivo O mesmo leva o leitor a imaginar que a obra constitu da por um conjunto de contos que encantam e na verdade n o deixa de o ser pois o t tulo corresponde ao conjunto de hist rias narradas um t tulo destacado por ter uma boa visualidade e deste modo chama a aten o do comprador leitor No conto Unine de Le o Lopes esses elementos est o tamb m bem destacados com o t tulo a coadunar se com o conte do narrado embora o autor pudesse escolher um outro t tulo mais atraente O valor deste reside
67. ionar e as suas vantagens como adequirir cultura e satisfazer se pessoal e socialmente E este trabalho exige 46 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso coopera o entre pais encarregados de educa o com a escola e a comunidade em geral pois a leitura um acto inteligente Lendo por prazer tamb m se d acesso ao conhecimento e ao sucesso tanto acad mico como social Lendo os nossos educandos t m a chance de conhecer outras fronteiras J leste Unine e Est rias de encantar N o 100 Gr fico 15 Distribui o quanto leitura de Unine e Est trias de encantar Quanto quest o J leste Unine e Est rias de encantar que s o contos populares cabo verdianos 100 dos entrevistados n o os conhecem portanto n o os leram Perante esse facto podemos pensar que h um n mero limitado de contos cabo verdianos que s o conhecidos pelos leitores da escola inquirida e durante as aulas assistidas tivemos a oportunidade de averiguar que os contos mais conhecidos entre a popula o inquirida s o O Bulimundo O lobo e o Chibinho s o contos que s o trabalhados nas aulas de L ngua Portuguesa como conte do de ensino e a partir deles trabalhado o funcionamento da l ngua os valores s vezes a origem e a A 2 fun o dos mesmos dependendo de professor para professor segundo a professora Joana z 25 Nome fict cio 47 literatura infantil como um fen meno i
68. is ou infanto juvenis que acreditamos serem adequados faixa et ria dos alunos da ltima fase do Ensino B sico Integrado e que se ajustam a esse trabalho por ser uma fase em que prevalece o realismo m gico importante que no Ensino B sico os alunos sejam questionados sobre as suas leituras sobretudo sobre as que s o realizadas no espa o de sala de aula criando neles o h bito de interrogar o texto a partir das categorias de an lise a que podem ser sujeitos 2 como o qu como onde quando quem com quem porqu que s o quest es que 60 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso podem ser facilmente levantadas e que contribuem para uma leitura compreensiva dos textos narrativos de salientar ainda que o professor como formador que ap s escolher e tem a ver com a realidade social do aluno trabalhar os textos na sala ter que fazer com que o leitor aluno se situe e mantenha rela es com a sua realidade fazendo sempre exerc cio de interpreta o textual O docente precisa estar sempre atento s transforma es do momento presente e reorganizar o seu pr prio conhecimento orientado em tr s direc es principais o da literatura como leitor atento o da realidade social e o do professor como profissional que ao trabalhar os textos na sala poder fazer exerc cios de interpreta o de v rios elementos que comp em o texto e uma delas levar o aluno a
69. itor tenha acesso cultura quer cient fica quer liter ria O texto liter rio permite v rias leituras m ltiplos olhares e interpreta es visto que ele n o impenetr vel Pode se dizer que assim tamb m s o os elementos paratextuais dos contos infantis a partir dos quais a crian a poder aprender a descodificar os sentidos e a interpretar as gravuras que v m expl citas nos textos Esses elementos acompanham o texto e ajudam o leitor a fazer uma leitura do assunto que est a ser abordado num determinado conto Portanto a leitura do conto a partir dos elementos paratextuais pode ser uma das estrat gias para a promo o da leitura que o professor pode desenvolver com os alunos na sala de aula tendo em conta que esses elementos podem esclarecer as d vidas contextualizar a hist ria facilitar e motivar a leitura j que hoje as editoras est o a investir nesse campo atrav s de capas texturas e tipo de letras atraentes e atractivas Fonte alb com br apoioprof resenhas 01 7 estrat gias giassole asp BALT Teresa O ensino da leitura I editorial Estampa Lda Outubro de 1976 27 63 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Contudo n o s o todos os elementos paratextuais que s o facilitadores da leitura para os alunos de faixa et ria entre 9 12 anos de idade p blico por n s seleccionado por isso conv m exemplificar as que mais se coadunam para esta faixa et ria por exemplo o
70. lidariedade amizade amor honestidade sinceridade debatidos nos contos Explorar os elementos paratextuais como a capa o t tulo da obra as ilustra es na hora do conto como tentativa de enriquecer o vocabul rio dos alunos Promover a hora do conto semanal ou mensalmente Perceber a import ncia do conto tradicional cabo verdiano como elemento identit rio Criar na escola uma biblioteca com livros infantis em que no final de cada m s sorteado um livro para os alunos que mais frequentam a biblioteca Promover visitas orientadas s bibliotecas escolares sensibilizando aos alunos para a import ncia que este tem nas suas vidas Aprender a ler e a analisar os elementos paratextuais numa dimens o pedag gica enquadrados nos v rios aspectos e objectivos do programa de L ngua Portuguesa Fazer o estudo da gram tica a partir de um excerto de texto de forma expl cita Partir de um excerto para a leitura completa da obra 71 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 3 5 2 Reconto Objetivo desenvolver a capacidade de organizar as ideias de forma l gica P blico alvo alunos do 5 ano do EBI A actividade reconto retelling consiste em pedir a um aluno que leia uma hist ria e a conte por palavras suas Jocelyne Giasson 1993 149 Ainda segundo a mesma o reconto destinava se avalia o da compreens o na pesquisa sobre texto e hoje esta actividade utilizada como
71. literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso UNIVERSIDADE e Departamento de Ci ncias Sociais e Humanas Curso Estudos Cabo verdianos e Portugueses ngela Furtado Lopes Cid rio A Literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso HERM NIA CURADO FERREIRA EST RIAS DE ENCANTAR E e sra a ad INFANTO JI Licenciatura em Estudos Cabo verdianos e Portugueses Sob orienta o da Dr F tima Fernandes Uni CV Setembro de 2009 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso UNIVERSIDADE DE CABO VERDE A Literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Trabalho cient fico apresentado na UNI CV para obten o do grau de Licenciatura em Estudos Cabo verdianos e portugueses sob a orienta o da Dr F tima Fernandes Uni CV Setembro de 2009 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Aprovado pelos membros do J ri homologado pelo Conselho Cient fico como requisito para a obten o do grau de Licenciatura em Estudos Cabo verdianos e Portugueses O J ri Presidente Arguente Orientador Unicy Praia 409 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Dedicat ria Este trabalho dedicado com amor aos meus filhos Elvis e Elber Cid rio e minha m e Aos meus colegas do curso especialmente Elis ngela Suely Ang li
72. lunos a opinarem sobre esses valores Incentiva os alunos a terem o gosto pela leitura 4 Em ritmo da aula Observa o Respeita os diferentes n veis de aprendizagem Gere adequadamente o espa o Gere adequadamente o tempo da aula 5 Ambiente de trabalho Observa o Motiva os alunos Gere adequadamente situa es de tens o conflito e indisciplina Proporciona um bom clima de trabalho Clarifica e promove valores sociais X 1 Sim 2 N o 3 Sempre 4 Nunca 5 s vezes 87
73. m os contos analisados porque as ilustra es dos mesmos n o se encaixam ao t tulo Por exemplo a ilustra o contida da capa de Est rias de encantar uma ilustra o que representa a seca a desertifica o de modo que acaba por n o se conjugar com o t tulo da obra e o mesmo tamb m se passa com o conto Unine de Le o Lopes uma vez que Unine nome da personagem principal do conto e o autor podia colocar na capa a imagem de uma linda menina o que acabaria por chamar a aten o do comprador leitor pois a ilustra o n o apenas um preenchimento da capa ela a identidade da obra 3 5 Estrat gias para a motiva o da leitura A leitura imprescind vel vida humana numa sociedade Ela permite que o homem tenha sucesso escolar sucesso profissional que ascenda socialmente e que tenha autonomia Por isso aprender a ler hoje uma necessidade b sica para se poder viver na sociedade A leitura como um instrumento que serve para informar ou adquirir conhecimento sobre um determinado assunto ou situa o permite que o aluno melhore o seu sistema lingu stico e 68 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso comunicativo possibilitando lhe deste modo a oportunidade de aprender coisas e alargar a sua cultura Atrav s da leitura podemos esclarecer d vidas encontrar a ideia central de uma obra comparar as ideias avaliar um conte do entre outros Contudo a sua aprendizagem exig
74. mento e verificar at que ponto essa actividade lhe possibita ter uma maior liberdade e habilidade para exercer a cidadania activamente no lugar em que se encontra tendo por base sempre a tica e os valores que os textos sobretudo os narrativos transmitem 1 2 Objectivos e Metodologia 1 2 1 Objectivo geral e Reflectir sobre a o papel das obras infantis no que tange forma o da personalidade e da cultura identit ria dos pequenos leitores cabo verdianos 10 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 1 2 2 Objectivos espec ficos e Apreciar os valores morais nos contos Unine de Le o Lopes e P ssaro azul de Herm nia Ferreira a partir do levantamento dos mesmos e Estabelecer rela es entre temas linguagens e elementos identit rios nos referidos textos e Identificar alguns aspectos simb licos e significados que caracterizam essas hist rias infantis e Apresentar os resultados de um estudo de caso com os alunos para verificar como os valores veiculados pelas obras escolhidas actuam sobre os comportamentos deles 1 2 3 Metodologia Para a realiza o deste trabalho inici mos uma pesquisa bibliogr fica de que resultou o tratamento dos principais conceitos nele utilizados bem como a recolha de subs dios para as reflex es te ricas e a aplica o pr tica dos conhecimentos adquiridos Num segundo momento desenvolvemos uma Leitura comparada de dois contos infantis cabo
75. n meno identit rio tendo em conta que dela faz parte o conto tradicional que a heran a cultural do povo quer em termos de hist ria da l ngua ou ainda da forma de pensar t o caracter sticos desse mesmo povo 2 1 Valores morais presentes nas obras Entende se por Valores um conjunto de elementos motivadores que direccionam as atitudes e as ac es das pessoas contribuindo para a coes o de um grupo social atrav s dos valores que o homem inspira e orienta a sua vida na sociedade nesta ptica pode se dizer valor um bem que tem que ser preservado visto que orienta comportamentos atitudes sentimentos e a forma de pensar sobre uma determinada situa o O mundo social organizado e estruturado em princ pios e valores morais que t m que ser respeitados sob pena de puni o Portanto para que o homem saiba respeitar as regras de uma sociedade ou pontos de vista preciso que ele saiba o que s o valores e de como agir perante os mesmos e para que tal seja poss vel preciso que os educadores trabalhem os valores morais com crian as desde a tenra idade E a literatura infantil pode ser um excelente meio de fazer com que as crian as saibam o que s o valores morais reflectir sobre o que bom mau o que est certo errado e agir sobre eles Estes valores encontram se expl citos nos pap is que as personagens desempenham isto porque a literatura infantil foi um dos meios que o homem desde v MARTINS
76. nda duas secretarias uma em cada escola onde trabalham respectivamente dois secret rios Uma professora trabalha em regime de substitui o na escola central O p lo central recebe alunos oriundos da zona e tamb m uma pequena minoria prov m de Achada de Santo Ant nio e de Bela Vista Os alunos s o na maioria filhos de pais com baixo n vel econ mico pescadores vendedeiras ambulantes peixeiras e muitos desempregados Durante o ano lectivo depara se com alguns casos de desist ncia e de transfer ncias H uma fraca aproxima o dos pais escola Entre os professores h uma boa rela o e destes com o gestor que administra a escola com responsabilidade Esta escola disp e ainda de um armaz m onde s o guardados os g neros do ICASE com dois guardas um diurno e outro nocturno Quanto s condi es de acesso o p lo em geral n o apresenta dificuldades para os alunos pois estes moram na rea escolar e poucos se deslocam em transportes privados com excep o dos que moram na zona de Bela Vista O p lo central tem uma veda o mas esta n o oferece seguran a total visto que pode ser facilmente ultrapassada podendo ocorrer roubos pois h um nico guarda quer no per odo diurno quer no per odo nocturno o que insuficiente dada a dimens o da escola Na escola sat lite tamb m h veda o mas esta mais vulner vel dado que fica situada entre as habita es n o tem guarda e durante as f rias sofre roubo
77. ndamental na forma o intelectual e emocional uma vez que atrav s dela a crian a vivencia situa es constr i conceitos e significados por meio da imagina o Ler fonte de prazer e oferece grande contribui o para o desenvolvimento integral da crian a Depreende se do exposto que a literatura infantil fulcral para o desenvolvimento integral da crian a enquanto ser tendo em conta que a sua fun o b sica de estimular na crian a todas as potencialidades lactentes do seu ser despertando no seu esp rito uma s rie de valores morais que actuam sobre a sua potencialidade ps quica despertando e desenvolvendo o seu gosto art stico e a sua capacidade expressiva como acima referido Na mesma linha de pensamento Carlos Reis e Jos Adrag o 1992 169 170 acrescentam ainda que a leitura do texto infanto juvenil pode fazer com que a crian a descubra a sua pr pria identidade tenha um melhor conhecimento do mundo e dos outros formando assim a sua cosmovis o ou a filosofia de vida e identifique as pistas que lhe permitem encontrar a solu o dos problemas e responsabilidades sociais No processo de contacto com os textos e desenvolvimento Richard Bamberguer distingue quatro fases de leitura Idade dos livros de gravuras e dos versos de 2 a 5 6 anos de idade considerada como fase inicial integral pessoal Trata se de uma fase l dica em que se descodifica e se compreendem as imagens 18 literatura infantil como um
78. no destaque que d ao protagonista apelando 3 BALT Teresa O ensino da leitura II editorial Estampa Lda Outubro de 1976 113 67 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso portanto a uma leitura atenta a confirmar se mais tarde com a identifica o ou n o da crian a com o personagem principal Quanto s imagens coloridas podemos constatar que em O p ssaro Est rias de encantar de Herm nia Fereira as mesmas s o bem coloridas e cont m ilustra es apropiadas que ajudam o pequeno leitor a compreender melhor as hist rias e que lhe permitem mesmo que n o saiba ler compreender hist ria e cont la a outrem porque essas ilustra es substituem perfeitamente as passagens narrativa J no conto Unine o mesmo n o se passa ou seja a narrativa cont m imagens coloridas com cores suaves aproriadas faixa et ria das crian as mas n o ajudam compreens o da hist ria porque as mesmas s o praticamente quadros pintados que o leitor ter que observar atentamente isto l los subjectivamente para poder chegar conclus o do que os mesmos significam pois s o reprodu o de telas e n o ilustra es mas apropiadas para um p blico juvenil do que propriamente infantil que ainda n o se encontra preparado para leituras deste tipo Fernando Azevedo diz que a capa de um livro funciona com um anzol aos olhos do leitor e isso n o deixa de ser verdade Infelizmente o mesmo n o acontece co
79. o aux lio para fazer despertar esta compet ncia Este trabalho acaba por refletcir at que ponto os alunos s o capazes de uma sequ ncia de acontecimentos desde o in cio at conclus o Leitura anal tica e cr tica uma modalidade de ordem aut noma onde se encontram aptid es como identificar a quest o ou problema distinguir informa o essencial das acess rias identificar o tema ou o assunto do texto identificar o s objectivo s do autor exercer a cr tica identificar motiva es de persongens mas Gomes 2000 53 vai mais al m afirmando que a leitura cr tica desenvolve na crian a a capacidade de assimilar ideias de as confrontar com a sua pr pria experi ncia e reelabor las em confronto com o material de leitura Isso porque a crian a leitora a partir dos dez anos tem capaciadade para iniciar um processo cr tico relativamente ao texto e escolha de t tulos que lhe permite organizar a sua pr pria leitura segundo Mercedes Monzano 1985 46 Esse tipo de leitura visa formar leitores cr ticos na sociedade onde se encontram inseridos e segundo Bruno Bettelheim os contos ajudam os leitores a encontrarem o sentido para a vida Unindo as duas coisas ou seja levando os alunos a lerem os contos de forma recriativa e cr tica estar se a formar a sua vis o cr tica perante um determinado tema ou assunto e ainda a encontrar de forma implic ta a resolu o de um conflito de acordo com a sua vis o de vida
80. o e n o um cantinho improvisado na sala dos profesores denominado de biblioteca 11 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Bibliografia AMOR E 2001 Did ctica do portugu s fundamentos e metodologia Lisboa Texto Editora BALT T O ensino da leitura I editorial Estampa Lda Outubro de 1976 BALT T O ensino da leitura II editorial Estampa Lda Outubro de 1976 BAMBERGER R 1977 Como incentivar o h bito de leitura Ed Culturix S Paulo BARTOLO P C Psicologia do desenvolvimento e educa o para jovens Universidade Aberta BARTHES R 1974 O grau zero da escrita Lisboa No Semin rio in Discurso Escrita Texto Braga Editora espa o BETTELHEIM B 1978 Les contes de Perrault Paris ditions Seghers BENVENISTE B 1974 Probl mes de linguistique g n rale Paris Gallimard Vol 2 COELHO B 1989 Contar hist rias uma arte sem idade S o Paulo tica 2 Edi o ELIAS C P Mar o de 2005 Promover a literacia da leitura pr tica pr escolar Edi o Associa o de paralesia cerebral de Coimbra Educa o intercultural e cidadania relato de um semin rio realizado em 15 de Setembro Novembro de 2000 Editora do conselho Nacional de Educa o Minist rio da Educa o FERREIRA P M 2005 Identidades tnicas poder e viol ncia conflito no Burundi FERREIRA H C Maio de 2000 Est rias de encantar Instituto de P
81. o interesse em abordar este tema com o intuito de colocar em pr tica algumas das defini es e orienta es da mesma no que respeita s melhores estrat gias pedag gicas que motivam a pr tica da leitura de textos no contexto escolar Tal interesse foi refor ado com a disciplina de Literaturas africanas de l ngua portuguesa nomeadamente a cabo verdiana que a partir da independ ncia das ex col nias passou a abordar novos temas quer na prosa quer na poesia e conheceu uma maior explora o dos modos de express o liter riao com destaque para o romance e o conto nomeadamente os contos infantis e infanto juvenis suscitando um maior interesse por parte dos leitores e marcando assim uma viragem em todas essas literaturas A literatura infantil despertou especial interesse na Europa no s culo XVII com o objectivo de contribuir para a prepara o da pequena elite cultural Sabemos que esta literatura ajuda a construir a personalidade das crian as a partir do exemplo dos comportamentos das personagens Por m no novo contexto de conflitos em que vivemos as personagens da literatura infantil contempor nea por vezes n o apresentam contornos bem definidos E supondo que toda a arte faz a representa o art stica da realidade ela s vezes pode ou n o traduzir conflitos literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso que podem estar na origem de uma certa crise de identidade representada pelos personagens d
82. o na narrativa Os t tulos s o muito expressivos e deixam o leitor ter uma ideia de forma bem clara sobre o tema e o assunto que est a ser desenvolvido As personagens desta narrativa desempenham um papel bastante din mico participando todas elas na resolu o dos conflitos o que nos indica que o autor tem a preocupa o de fechar a hist ria que narra isto que o autor cumpre a tarefa de fechar a hist ria No conto Unine nota se que a composi o liter ria mais extensa Cont m apenas um t tulo Unine t tulo esse que sugestivo e que pode levar o leitor a fazer v rias leituras antes de entrar na narrativa Este t tulo apesar de ser expressivo ao contr rio dos t tulos da Est ria de encantar n o indica o tema a ser desenvolvido mas despoleta no leitor interesse em l lo Como o conto Est ria de encantar uma narrativa fechada nela tamb m todas as personagens participam activamente na hist ria contribuindo para o seu desfecho Para concluir podemos dizer que esses dois contos s o bastantes originais na medida em que todos eles retratam o l dico e o maravilhoso que fazem com que os leitores saiam do mundo real para o irreal A presen a do campo e do mar bem aproveitado visto que esses dois espa os 29 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso constituem espa os identit rios do povo cabo verdiano ou seja espa os onde o homem cabo verdiano desde sempre procurou
83. o os alunos Deste modo pode se dizer que o respons vel por esta actividade tem que ser um actor que combine as express es com as palavras para proporcionar um ambiente mais acolhedor aos ouvintes Nessa hora do conto pode se como complemento colocar uma m sica de fundo Ao terminar o contador de hist ria pede a um ou mais alunos que fa am o reconto ou resumo da hist ria contada para assim poder certificar se os ouvintes captaram ou compreenderam a hist ria Em alternativa pode se convidar alunos actores que tenham jeito para contar ou dramatizar 3 5 5 Cria o de uma biblioteca escolar P blico alvo alunos do 5 ano do EBI Objectivo Estimular nos alunos o gosto pela leitura nas bibliotecas Estimular o gosto pela pesquisa Segundo Gl ria Bastos a escola um dos locais privilegiados onde o encontro da crian a com o livro se pode concretizar de forma cativante Ela deve ter como objectivo criar leitores activos e para isso nada melhor que criar dentro do espa o escolar uma biblioteca 73 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso escolar visto que esta um dos recursos escolares que proporciona aos leitores a integra o e a dinamiza o do processo ensino aprendizagem um complemento da institui o escolar que n o dispensa o apoio did ctico e escolar Contribui para a forma o das crian as para que elas tenham uma aprendizagem permanente e al m disso proporciona aos
84. o sustento da vida Sendo assim podemos dizer que h uma adapta o do assunto realidade cabo verdiana Essas narrativas t m bastantes descri es que ajudam muito na compreens o dos enredos e s o din micas por terem di lagos que ajudam a quebrar a monotonia da narrativa e despoletam nos pequenos leitores o gosto pela leitura O enredo dos dois contos tem um desenvolvimento linear e os autores tiveram a preocupa o de conceber as narrativas com personagens que possibilitam ao leitor uma identifica o 2 3 O discurso linguagem e estilo nos contos Unine e O p ssaro azul Est rias de encantar Como todo o conto infantil pressup e uma representa o do mundo da crian a a cultura do povo que pertence a esse mundo e a emiss o de ju zos por parte das personagens encontram se nele presentes Por isso para a sua an lise importante relacionar dois planos o do discurso e o dos conte dos narrados visto que estes dois n veis est o intimamente ligados Para al m do estudo dos valores h que perceber como funciona o discurso pois o plano do discurso pode ser entendido como um plano de an lise do texto narrativo que mant m conex o de interdepend ncia com o plano que lhe correlato Segundo Carlos Reis et al 1990 105 o discurso narrativo o produto do acto de enunciar de um narrador que se dirige impl cita ou explicitamente a um narrat rio ou seja a forma como o narrador relata a hist ria e d a conh
85. ola o principal recurso para este efeito A educa o para a cidadania faz se a partir da coopera o com a sociedade onde deve haver uma prepara o efectiva e intelectual porque n o se quer apenas transmitir conhecimentos mas tamb m valores e comportamentos ticos Portanto construir uma sociedade assente nos valores da cidadania e da paz implica uma educa o voltada para a cidadania desde a tenra idade E s haver uma cidadania plena se houver mudan as de atitude de mentalidades de interpreta o e de valores nas estruturas sociais A cidadania o sentimento de perten a e de identidade a uma na o que se traduz na participa o activa em todos os dom nios da constru o e de desenvolvimento nacional 4 No caso da sociedade cabo verdiana o ensino em Cabo Verde teve in cio na ilha de Santiago cidade da Ribeira Grande hoje conhecida por Cidade Velha Este paulatinamente veio a expandir se pelas restantes ilhas do arquip lago Em 1535 por alvar de 12 de Mar o foi criada na cidade da Ribeira Grande a primeira escola e nessa escola professavam se apenas a Moral e a Gram tica Latina No ano de 1657 13 MARTINS Albertino et al Educa o para a cidadania Guia de forma o dos professores 2009 34 Ibidem 2009 37 22 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso fundou se o convento da Ribeira Grande que tamb m funcionava como centro de ensino Ali ministrav
86. or o respeito a solidariedade a honestidade a generosidade e a amizade que s o retratados nas obras O p ssaro azul Est rias de encantar de Herm nia Fereira e Unine de Le o Lopes Apesar de estarmos a viver uma nova era onde os costumes e a educa o n o s o como de outros tempos podemos apurar que os autores cabo verdianos ainda t m a preocupa o de abordar valores nas suas obras que n o s levam os pequenos leitores a ter contacto com modelos de comportamento como tamb m os ajuda a formar a sua personalidade 75 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso leitura de um texto liter rio importante para o leitor na medida em que amplia a vis o do mundo deste leva o a encontrar se e insere o na cultura letrada Possibilita a viv ncia de emo es permite a compreens o do processo comunicativo da linguagem e favorece o processo de humaniza o e interac o nas rela es sociais do seu tempo identidade n o algo inato pois pouco a pouco podemos constru la A hist ria e a literatura v m contribuindo para essa forma o fazendo com que os leitores se conhe am e se identifiquem com as situa es narradas que muitas vezes s o reflexos de situ es do dia a dia e partindo da premissa de que com a leitura a crian a pode construir a sua personalidade as propostas das actividades de promo o da leitura dos contos elaboradas e apresentadas no contexto do estudo de
87. os Ant nio 1996 34 O recurso ao livro pode tornar se num reposit rio de conhecimentos e de prazer Acredita se que a crian a deve estar em contacto constante com o livro sempre que poss vel para que se ela possa ganhar o gosto e o h bito pela leitura 40 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Gosta de ler nas aulas de l ngua portuguesa N o respondeu 4 Sim 96 Gr fico 6 Distribui o quanto ao gosto da leitura nas aulas de L ngua Portuguesa Com que frequ ncia l s Apenas no N o respondeu espa o escolar 4 Todos os dias 22 13 As vezes 48 Raramente 13 Gr fico 7 Frequ ncia quanto leitura Ao confrontarmos os dados sobre o gosto pela leitura e o h bito da leitura podemos constatar que os alunos inquiridos ainda n o ganharam o h bito da leitura porque se reparmos na gr fico 7 frequ ncia quanto leitura a maioria dos inquiridos que corresponde a 48 l s vezes e 22 l apenas no espa o escolar A partir dessa an lise concluimos que os inquiridos gostam de ler mas n o o fazem porque n o t m ainda incutido neles esse h bito e isso talvez se deva ao facto de n o conhecerem a import ncia os benef cios da leitura nas suas vidas Nota se que 4 n o respondeu quest o 13 l mas isso acontece raramente e uma outra parte que tamb m corresponde a 13 l todos os dias mas mesmo assim acreditamos que est
88. osi es perante qualquer assunto porquanto nela est a ser cultivado o vocabul rio de forma implic ta que a far expressar se fluentemente na sociedade o que s poss vel se os pais ofercerem livros aos seus filhos com muita frequ ncia Se sim com que frequ ncia N o respondeu 9 Raras vezes 13 s vezes 39 Gr fico 11 Distribui o dos pais que oferecem livros aos filhos Sendo assim torna se impriscend vel o cultivo do h bito de presentear os filhos com os livros que n o sejam apenas escolares pequenos romances aventuras necess rio conquistar e possuir o livro A crian a pode ser iniciada nesta batalha se formos capazes de lhe cultivar e lhe estimular o desejo e o gosto pelos livros pela imagem que o livro expressa e pela aventura de ler a fundo de reflectir e gozar as mil situa es e perip cias que os livros trazem Isso acreditamos que pode ser conseguido com livros que lhes despertam a curiosidade como os que t m capas coloridas que t m boas ilustra es e que t m hist rias adequadas sua faixa et ria o que faz com que a crian a se desenvolva intelectual e afectivamente e a f la ter uma boa capacidade de assimila o MONZANO M G 1988 15 A crian a e a leitura Porto editora 44 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Os teus pais oferecem te livros N o 52 Sim 48 Gr fico 12 Frequ ncia dos pais que ofere
89. ovo A literatura que por sua vez a reprodu o da linguagem encontra se interligada tanto com a dimens o social como com a hist rica e estas conjuntamente v m trabalhando com a dimens o liter ria ajudando na preserva o hist rica de forma mais s lida e fi vel sobrevivendo assim entre os povos por mais tempo Pois a dimens o liter ria por ser um suporte material tem estado a re afirmar ou a refor ar a identidade de um povo ajudando na recupera o do patrim nio oral neste caso hist rico e cultural Isso passa se tamb m no dom nio infanto juvenil quando o autor resgata as hist rias de tradi es orais na comunidade e transporta as para escrita possibilitando que o leitor tome conhecimento do mesmo fazendo o conhecer um mais pouco da sua cultura Defendendo uma rela o ntima entre o processo de forma o mental da crian a e a cultura e procurando identificar o modo como a sociedade e a literatura promovem o encontro com a cultura que a identidade de um povo a literatura ao fim ao cabo faz com que a crian a leitora ou crian a ouvinte venha a construir e a definir a sua identidade personalidade a partir de valores e princ pios que regem a sua vida A dimens o liter ria e a social associam se 19 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso intimamente com a dimens o hist rica isto os factos hist ricos d o forma rela o do ind vudo com o espa o social
90. propostos textos ricos 10 n o respondeu quest o Sendo a escola uma institui o de ensino que se presa em formar bem os educandos de forma a que eles se desenvolvam profissional e socialmente pensamos que a direc o deve preoucupar se com esta quest o visto que hoje enquanto a sociedade em desenvolvimento as necessidades t m que ser atendidas de forma eficaz 55 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Preocupa o da Escola com as actividades de promo o da leitura Gr fico 26 Frequ ncia quanto s actividades da leitura No tocante promo o da leitura por parte da escola nota se que 70 dos inquiridos afirma que a escola se preocupa em promover o acto e somente 30 que n o O ambiente da sua escola favorece a leitura na sala de aula Gr fico 27 Frequ ncia quanto ao ambiente de leitura Referindo nos ao gr fico 26 e cruzando o com 27 podemos verificar que 90 dos inguiridos afirma que o ambiente da sua sala de aula favorece a leitura e 10 que n o A leitura deve ser feita num ambiente acolhedor que favore a a compreens o e a apreens o do sentido do texto para que deste modo o leitor possa querer muito ir al m daquilo que o professor pede ou espera dele exercitando nele o esp rito cr tico 56 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso A sua escola tem biblioteca que favorece a promo o da leitura
91. ptica do referido autor esse elemento funciona como um hiperlivro tendo em conta que o editor quer criar uma identidade visual e material perfeitamente reconhec vel Investir num tipo de letra sugestivo pode contribuir para a forma o de um leitor ass duo que sinta prazer em ler um livro de uma determinada cole o Assim cabe aos professores estarem atentos nesse pormenor para que desta forma possam contribuir na forma o do gosto pela leitura 64 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso b O T tulo Para Fernando Azevedo 2006 220 o t tulo da obra cumpre diferentes fun es a da identifica o j que a obra adquire a identidade a partir do seu t tulo funcionando quase como o nome pr prio das pessoas a descri o quando traz a informa o sobre a tem tica e o g nero do texto e por ltimo a fun o conotativa quando pretende seduzir ou aludir o comprador neste caso o leitor Por outras palavras o t tulo tem que se identificar com a obra em quest o ou seja tem que que ter uma rela o de complicidade com a obra para que o leitor n o fique perdido no meio da leitura pois com se sabe durante a leitura o leitor tem sempre a preocupa o de fazer a intertextualidade entre o t tulo e a obra assunto e caso n o existir essa cumplicidade a obra em si perde o sentido e desmotiva a leitura O t tulo por ser um elemento paratextual fundamental para a leitura e identifica o de um
92. que a Direc o da escola estabelece para serem trabalhados s o ricos em vocabul rio Sim N o __ 16 Na escola onde lecciona existe alguma preocupa o com as actividades de promo o da leitura Sim N o 17 O ambiente da sua escola favorece a leitura em sala de aula Sim N o __ 18 A sua escola tem uma biblioteca que favore a a promo o da leitura Muito obrigada pela sua colabora o 83 A literatura infantil como um fen meno identit rio Question rio alunos 1 Identifica o a Idade Sexo M F b Morada 1 Situa o Escolar a Ano de escolaridade b J alguma vez repetiste de ano Sim N o 2 Situa o Familiar a Quantas pessoas vivem na tua casa estudo de caso b As pessoas com quem vives t m habilita o escolar Sim N o c Qual a profiss o do teu pai d Qual a profiss o da tua m e 3 Condi es s cio econ micas a Tens livros em casa Sim N o 3 1 Que tipos de livros a Livros escolares tb Dicion rios c Banda desenhada d Contos tradicionais e Livros de contos e Outros tipos de livros a Tens Internet em casa Sim N o b Se sim l s na Internet Sim N o c Costumas pedir livros aos teus pais Sim N o d Se sim com que frequ ncia Sempre Raras vezes As vezes Nunca e Os teus pais oferecem te livros Sim N o f Se sim com que frequ ncia Sempre Raras vezes As vezes Nunca 84
93. ra Borges 1998 77 Por isso aprender a ler hoje na sociedade uma necessidade b sica para nela se poder viver ser aceite e participar na constru o da mesma Portanto neste cap tulo iremos apresentar as an lises dos dados recolhidos atrav s de um inqu rito aplicado aos alunos observa o das aulas gui o de observa o das aulas e participa o na mesma com o objectivo de colher informa es de forma mais precisa para a formula o da nossa proposta de estrat gias de promo o da leitura Para que a an lise fosse realizada escolhemos a Turma N da escola do Ensino B sico Integrado A Turma constitu da por vinte tr s alunos sendo dezassete de sexo masculino e seis de sexo femenino As vari veis que delimit mos para fazer o levantamento foram A tipologia de livros O ltimo livro lido O gosto pela leitura O h bito de leitura A frequ ncia com que os filhos pedem livros aos pais A frequ ncia com que os pais oferecem livros aos filhos A frequ ncia da leitura O objectivo da leitura O professor como incentivo da leitura e a forma como o aluno ocupa o seu tempo livre 23 o Nome fict cio 38 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Palmarejo Kel m Dinos N o 4 4 4 respondeu 4 Achada Santo Ant nio o Bela 5 Vista 9 Terra Branca 5 Gr fico 1 Distribui o quanto zona Gr fico 2 Distribui o quanto ao sexo
94. ra a partir de um elemento paratextual que um ponto fulcral na compreens o do texto pode ser um bom ponto de partida e esse ponto que vamos abordar a seguir AZEVEDO Fernando L ngua materna e literatura infantil Edi o Lidel Agosto de 2006 61 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso 3 4 1 Leitura dos contos a partir dos elementos paratextuais Na abordagem do texto liter rio comum a ideia de que a express o se refere ao conte do do texto e n o ao seu corpo para destacar elementos como o t tulo as ep grafes as imagens Muitas vezes s o colocados em segundo plano esses elementos do livro e alguns leitores avan am sem lhes dar aten o e reconhecer que tamb m fazem parte ou comp em o texto liter rio O texto liter rio diferente do n o lIite rio tem uma dimens o est tica plurissignificativa e de intenso dinamismo com predom nio de determinada fun o de linguagem a po tica portanto um espa o relevante de reflex o sobre a realidade envolvendo um processo de recria o da mesma o que tamb m tamb m se passa atrav s dos elementos paratextuais que comp em a obra no seu todo ajudando na compreens o da leitura Por paratextos entende se todos os elementos do livro ou de fora do livro mas que a ele se referem e que n o s o o relato Isto trata se de um acess rio do texto que tem as seguintes fun es Ajudar o leitor a introduzir se na lei
95. ra no 1 ciclo do ensino secund rio Hoje vivemos numa sociedade onde poucos s o os pais que motivam os seus filhos a lerem mostrando lhes as vantagens que a leitura traz para as suas vidas atribuindo esse papel ao professor Ora o professor ao formar alunos leitores est a fazer com que eles tenham compet ncias em lidar com os signos lingu sticos possuam e aumentem o conhecimento a descobrir o mundo e a ter tamb m uma postura cr tica na sociedade e consequentemente sucesso tanto na vida escolar como no seu dia a dia Mas para que tal seja poss vel preciso que o professor trace v rias estrat gias para motivar os alunos a terem o h bito gosto pela leitura ou do livro em estudo para assim poderem ser cr ticos e saber interpretar as varias vis es do mundo a partir de textos infantis usufruindo delas para a compreens o do seu pr prio mundo interior A escola e a literatura s o de natureza formativa ou seja est o voltadas para a forma o do indiv duo A literatura resume a realidade social do mundo o que faz com que o sujeito o conhe a melhor e assim tamb m o papel da escola o do alargamento das vis es do mundo Por isso fundamental que o professor saiba escolher os textos para trabalhar na sala de aula textos esses que devem ter uma qualidade est tica sejam adequados idade dos alunos sua cultura aos seus interesses que sejam simb licos e de car cter moralizador neste caso temos os contos infant
96. romo o Cultural Praia ed FURTADO C E Junho de 2008 A literatura infanto juveni cabo verdiana no primeiro ciclo do ensino cabo verdiano Uma reflex o sobre a situa o da leitura na escola secund ria de Palmarejo trabalho de fim de curso defendido no ISE GIASSON J 1993 A compreens o na leitura 3 edi o ed Colec o pr ticas pedag gicas Edi es ASA GOMES J A 1996 Da nascente voz contributos para uma pedagogia da leitura 2 edi o ed GOMES A CAVACAS F et al e S d Guia do Professor de l ngua portuguesa Vol D F C Gulbenkian Ed Lisboa 78 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso GUERRA J A et al S d Aula viva do portugu s 10 ano B LOPES L 1998 Unine Praia Mindelo Instituto Cam es centro cultural portugu s MARTINS A et al 2009 Educa o para a cidadania Guia de forma o dos professores 1 edi o MASSAUD M 1997 A cria o liter ria S o Paulo Culturix MEIRELES C 1984 Problemas da literatura infantil Editor Nova Fronteira R J 3 edi o MONZANO M G 1988 A crian a e a leitura Porto Editora PAPALIA D 2001 O mundo da crian a 8 edi o ed Editora Mcgraw Hill de Portugal Lda Plano Nacional de Ac o para os Direitos Humanos e a Cidadania em Cabo verde 2 edi o Abril de 2007 POTSS Jonh S d Leitura e leituras nos ensinos prim rios
97. rrinhos que h anos n o serviam o macaco foi buscar o milho e o feij o para a sementeira enquanto que o p ssaro com o bico ia deitando os gr os na cova j aberta Bonito espect culo Que grandiosa obra p 17 b Amizade A partir desse dia Paulo assim se chamava o menino passou a ser o companheiro 2 19 5 insepar vel de Clarinha Viveram muitos anos e foram muito felizes p 20 Na an lise dos valores morais dos dois textos infantis Unine e O P ssaro azul Est rias de encantar pode se dizer que esses textos por si s n o s o inocentes ou seja n o s o escritos por acaso isso porque para al m de conterem em si valores est ticos est o repletos de valores morais que de uma forma ou de outra constituem exemplos de conduta para as nossas crian as Sendo assim podemos dizer que estes dois textos t m um potencial formativo no que tange aos valores pelos quais uma sociedade se rege Entretanto importante frisarmos que n o se pode torn los objecto de ensino e aprendizagem por constituirem mais uma ferramenta de ajuda aos pais e aos professores na educa o das crian as 1 Nota Os sublinhados destaques s o nossos 27 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Sendo o discurso mais uma ferramenta que ajuda na forma o intelectual dos nossos leitores vamos abord lo a seguir ao tratamento tem tico da linguagem 2 2 Temas linguagens
98. ruta A Ibis que tinha uma voz maravilhosa divina n o hesitou um instante para aceitar o convite do homem p 18 c Generosidade Mas quem era esse homem que Unine abra ara Um outro apaixonado N o tanto como ele pensou Posto isto e quando reparou no olhar de luz do Homem M gico percebeu Seu sorriso foi largo e luminoso quando reconheceu que esse homem tamb m que correspondia com imensa ternura ao abra o de Unine era especial E o Sol deixou a sua paix o nele se transfigurasse nesse homem tamb m apaixonado cuja luz no olhar merecia a criatura mais bonita do mundo p 22 18 i Os sublinhados s o nossos 26 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso d Amor M e e filha ca ram nos bra os uma da outra entre beijos e l grimas N o se pode descrever esse momento t o inebriante t o fascinante Todos tinham uma luz m gica no olhar Foi com imensa alegria que viram a felicidade emanando de Unine e de sua m e ainda abra adas p 31 No livro Est rias de encantar o conto O P ssaro Azul de Herm nia Fereira tamb m encontram se algumas passagens em que os valores morais se destacam mas em menor quantidade e tamb m prop em s crian as modelos de comportamentos a Solidariedade Clarinha nem queria acreditar no que via o lobo e o chibinho correram para as suas casas trazendo enxadas o burro e o cavalo arrastaram os ca
99. s Na escola central h casas de banho para professores e alunos por sexo gua canalizada duas empregadas de limpeza que se esfor am para dar cobertura a toda a escola S o realizadas campanhas de limpeza na escola com participa o dos professores alunos e alguns pais ou 22 ICASE Instituto Cabo verdiano de Apoio Social Escolar 37 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso encarregados de educa o Os alunos apresentam se com uniforme e em geral o n vel de higiene pessoal aceit vel A escola sat lite tamb m disp e de gua corrente conta com empregadas de limpeza e tamb m nela s o realizadas campanhas de limpeza As instala es sanit rias funcionam de forma razo vel Existem alguns espa os verdes na escola central por exemplo os canteiros as hortas que servem para o enriquecimento da refei o da escola e p tios espa osos onde se ministram as aulas de educa o f sica e outras actividades Na escola sat lite existe um pequeno p tio que n o muito utilizado dado ao n mero maior de alunos 3 3 Observa o directa da pr tica pedag gica a leitura dos contos tradicionais 3 3 1 An lise de dados I sobre a motiva o para a leitura A leitura uma das ferramentas indispens veis vida na sociedade O sucesso escolar o sucesso profissional a liberdade e a ascens o social bem como a autonomia do cidad o dependem em grande parte da capacidade de leitu
100. s viagens ao imagin rio e conhecimentos em v rias reas do saber O mesmo refere ainda que necess rio ensinar os alunos a ler mas com prazer Deste modo preciso que a fam lia a escola e os professores fa am um trabalho em conjunto de forma a estimular nos alunos filhos o gosto pela leitura Cabe ainda aos professores em particular tra arem estrat gias de motiva o que levem os alunos a lerem os textos liter rios de forma prazerosa fazendo do livro fonte de prazer e objecto de conhecimento mas tendo sempre em conta o texto o contexto e o leitor que s o os tr s elementos da leitura Sendo assim v se que n o do nada que os alunos ganham o gosto h bito para a leitura dos textos narrativos preciso estimul los a ler e neste mbito porque n o come ar com contos infantis contos esses que suscitam o imagin rio e despertam a curiosidade desses pequenos leitores ajudando os a resolver pequenos problemas da vida pr tica do dia a dia 35 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Por isso torna se imprescind vel estudar os contos infantis na quinta e sexta classe do ensino b sico ou seja no ltimo ciclo do Ensino B sico Integrado per odo em que prevalece o interesse pela literatura fant stico realista Estudar contos nessa fase pode ser importante para a forma o tica intelectual e ps quica das crian as visto que elas se encontram na fase de opera es concretas
101. s da biblioteca Os professores como educadores que s o precisam de conhecer as prefer ncias de leitura dos alunos e tra ar estrat gias variadas de leitura nomeadamente dos contos para que possam conseguir ter leitores ass duos e bons N o foi f cil realizar esta pesquisa visto que os professores desta escola se mostraram resistentes em partilhar as suas pr ticas em responder atempadamente aos question rios em ver as suas aulas observadas em preencherem os question rios com clareza e dos vinte e tr s inguiridos houve a colabora o de apenas dez e nem todos devolveram atempadamente os question rios o que fez com que a an lise dos mesmos atrasasse essa tarefa A leitura dos inqu ritos tamb m n o f cil visto que na cadeira de Novas Tecnologias de Informa o n o nos foi ensinado a fazer a leitura dos mesmos e tiv mos a necessidade de recorrer ajuda dos amigos para que tal fosse poss vel Por isso recomendamos que este conte do seja leccionado na referida cadeira tendo em conta que muitos dos alunos no final de curso aplicam question rios para confirmarem ou inferirem as suas pesquisas Recomendamos tamb m que seja constru da uma biblioteca com dignidade na escola onde efectu mos a nossa pesquisa Quando referimos uma bibliteca com dignidade estamos a querer dizer que essa escola disponibilise uma sala para efectiva o da mesma que apresente um ambiente acolhedor e favor vel para a leitura com espa o organizad
102. se pela leitura O primeiro e talvez o mais importante determinado pela atmosfera liter ria que segundo Bamberguerd 1977 a crian a encontra em casa A crian a que ouve hist rias desde cedo que tem contacto directo com livros e que estimulada a ler ter um desenvolvimento favor vel no seu vocabul rio bem como uma prontid o na leitura Do estudo feito conclu mos que O professor iniciando ou dando continuidade ao processo da leitura dos seus alunos tem uma grande responsabilidade nesta aprendizagem Ele tem deve ser reflexivo e consciente das suas tarefas e responsabilidades a fim de p r em pr tica estrat gias variadas e cada vez mais motivadoras e cativantes para que os seus alunos possam interiorizar o prazer e os ensinamentos que o texto infantil proporciona Para que a crian a aluno desenvolva o gosto e a pr tica liter ria preciso que ela seja muito estimulada e o professor exerce um papel fundamental nisto O professor que apaixonado pela leitura faz com que o aluno tamb m o seja e quando l com prazer com vol pia com entusiasmo vibrante ter alunos que tamb m ser o grandes leitores Como afirma Piaget o homem n o tem um comportamento inato como tamb m as suas atitudes n o s o resultado exclusivo do condicionamento O homem na verdade apresenta um comportamento constru do por ele pr prio ao interagir com o meio em que vive e isso podemos verificar atrav s dos valores como o am
103. sim embora 40 dos mesmos diga que n o nesse caso se a escola uma institui o de ensino que requer um ensino de qualidade preciso que nas reuni es de coordena o sejam discutidas as metodologias mais adequadas para trabalhar os textos para que os conte dos possam ser leccionados de forma homog nea 53 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Os textos que escolhem s o direccionados para trabalhar valores N o 10 Sim 90 Gr fico 24 Frequ ncia quanto valores Segundo a professora Joana da escola inquirida os valores na escola s o estudados na vertente da educa o para a cidadania e nada melhor do que aproveitar os contos infantis para fazer este trabalho uma vez que os mesmos retratam valores pelos quais a vida na sociedade regida para al m de conterem moral que devem ser objecto de reflex o por parte das crian as leitoras A preocupa o da direc o em propor textos que retratam valores not ria visto que 90 dos inquiridos afirma que os textos escolhidos pela direc o para trabalhar valores enquanto que 10 que afirma que n o Tais dados levam a supor que a educa o para a cidadania sendo uma nova unidade de ensino ajuda a refor ar a forma o e a educa o das crian as tanto na escola como em casa e na comunidade Educar para a cidadania implica pois munir as pessoas de informa es de como devem agir quando t m direitos
104. te tamb m que o aluno alargue o seu imagin rio ao tentar decifrar o que esses elementos paratextuais est o a dizer e se estes t m a ver ou n o com o assunto abordado no texto As imagens coloridas quer com cores vivas ou com nuances os contornos os movimentos ascendentes ou descendentes das figuras ou seja as ilustra es que os autores utilizam nas suas narrativas acabam por traduzir de uma forma ou de outra toda a mensagem escrita dos contos infantis d Ilustra es A presen a de ilustra es e tipos gr ficos gra dos assim como a escolha de um determinado formato e tamanho enfim o aspecto externo do livro s o igualmente condi es de atrac o das obras Uma boa ilustra o ilumina o significado das palavras da p gina permitindo ao leitor progredir mais rapidamente no processo de aprendizagem A ilustra o pode sublinhar a descri o verbal dando lhe uma forma concreta Converte se assim num instrumento de 66 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso aprendizagem nico num instrumento m ltiplo uma vez que uma boa ilustra o provoca sempre uma expieri ncia rica no esp rito do estudante Para Ald nio Gomes et al a leitura das ilustra es constitui uma das preoucupa es do prcesso da leitura porque as ilustra es como parte do texto devem ser um factor indispens vel para a compreens o da leitura A leitura das ilustra es constitui um bom exerc c
105. texto um elemento atrav s do qual o professor pode fazer um jogo de leitura conduzindo os alunos a imaginarem qual o assunto do texto visto que o t tulo pode expressar o conte do sem ntico geral e dominante do texto sendo simultaneamente apelativo e informativo c Imagens coloridas Parte se do princ pio que o homem se inspirou nas cores da natureza para ilustrar os livros visto que sempre existiu o verde das rvores o castanho do ch o e do tronco das rvores o azul do c u e do mar o amarelo do sol o negro da noite Sendo assim podemos afirmar ent o que a cor sempre acompanhou o trajecto do homem autor e de uma forma ou de outra lhe despertou a aten o para o reproduzir e expressar a sua mensagem por meio de uma linguagem simb lica Apoiando se nessas cores o homem autor passou a apropriar se quer das cores suaves ou em forma de contraste utilizando sempre o movimento das figuras contidas nos livros infantis para dar mais vida narra o que permite ou ajuda o leitor a desenvolver o seu pensamento cognitivo e a oralidade A cor de grande import ncia nos livros para crian as o colorido dos livros proporciona s crian as o prazer do jogo visual e desperta lhes a curiosidade Alguns autores defendem que nos livros infantis as cores devem ser bem vivas e por vezes contrastantes para que desta forma possa refor ar a alegria ou o bom humor que muitas vezes s o sugeridos pelo desenho Investir nas imagens coloridas
106. tificando se quer em momentos de prazer quer em momento de estudo levar para a sala de aula uma variada tipologia de textos de forma a diversificar os horizontes e a forma de expressar diversificar as formas de contacto com o texto como forma de evitar a monotonia para que assim possa estimular o gosto pela leitura n o s no espa o sala de aula como tamb m fora dela preciso que o professor de L ngua Portuguesa desperte no aluno o gosto pela leitura mas para isso preciso que a leitura se torne numa actividade atraente que agrade ao aluno como se fosse um jogo Como forma de promover motivar o gosto pela leitura do conto infantil de extrema import ncia que se opte tamb m pelos tipos de leitura que mais se 3 GOMES Ald nio CAVACAS Fernanda et al Guia do professor de l ngua portuguesa Vol I 2 n vel Funda o Caloust Gulbenkian Lisboa S d 37 69 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso adequem leitura dos contos de entre os quais a leitura recreativa expressiva anal tica e cr tica Entende se por leitura receativa aquela que proporcina prazer E o pr prio nome j o diz Ela n o sin nimo de leitura f cil Como qualquer modalidade uma leitura consciente e sistem tica A t cnica da leitura recreativa pode desenvolver nos alunos a compet ncia para compreender uma sequ ncia de acontecimentos Os trabalhos de composi o dos alunos podem ser utilizados com
107. tit rio Que tipo de livros Livros de 9 contos 13 Banda desenhada 13 Contos Tradicionais 9 Livros escolares 56 Gr fico 9 Distribui o quanto tipologia de livros N o estudo de caso Costumas pedir livros aos teus pais Sim 70 Gr fico 10 Distribui o quanto solicita o de livros Dos vinte tr s inquiridos aproximadamente 70 representando 16 alunos costuma pedir livros aos pais e 30 n o pede livros o que mostra um pouco de desinteresse por parte dos alunos e tamb m dos pais visto que a maioria deles 52 n o oferece livros aos seus filhos e pud mos constatar essa realidade durante as aulas assistidas ou seja eram poucos alunos que levavam materiais para a aula e a partir de uma conversa informal com a professora respons vel da Turma N a mesma afirmou que os alunos raramente levam manuais de estudo livros textos policopiados para a escola Contudo h 39 dos que pais s vezes oferecem livros aos filhos e a mesma percentagem nunca oferece livros aos mesmos Tamb m h uma percentagem de pais 43 literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso que embora menor t m a preocupa o de investir na educa o dos seus filhos 13 oferecendo lhes livros enquanto que 9 n o respondeu quest o colocada Estimular o gosto pela leitura fazer com que as crian as se tornem autores dos seus pensamentos das suas p
108. tos literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Tudo quanto um homem l por ele pessoalmente recriado Mas o leitor al m de recriar recria se cria se a si mesmo de novo volta a criar o seu pr prio esp rito La n Entrolgo A crian a em contacto com a aud cia po tica do texto percebe a quebra da rotina e situa se na literatura como num lugar em que se pode aperceber da sua identidade e pode tentar reconhecer se Mercedes Monzano A literatura infantil procura p r perante os olhos da crian a alguns fragmentos de vida do mundo da sociedade do ambiente imediato ou long nquo da realidade exegu vel ou inalcan vel mediante um sistema de representa es quase sempre com uma chamada fantasia Armindo Mesquita literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso ndice Capitulo do RSANRRR OS UNE RDNS inaianei n n a RE RE RENO ENO RES AA 9 1 1 Enquadramento e JusiniCalras em a RENT EA ERC US ada 9 1 2 0Object vose Metodologias si seio E E ie es e da N 10 1 2 1 Objectivo geral sennie ee u T E E as Ud REEE TEE R ia aS 10 1 22 Objectivos EspeCCOS o isdie eiei dg lada aa a e i e a a a aE aeia 11 2 Metod lo tia s nee RS EAE E E E E E 11 1 3 Enquadramento te rico da literatura infantil perspectiva hist rica ssessssseesseeesseeese e 12 k4 O Concetode Identidade siso sairia A A n EA EE Ei 15 1 4 1 As dimens es da identidade
109. tura facilitando as primeiras impress es sobre o conte do do livro Funcionar como porta de entrada de transi o e de transa o leitura Exercer uma ac o sobre o p blico leitor para conseguir que o texto seja bem acolhido e que a leitura deste seja mais adequada mais pertinente aos olhos do autor e dos seus aliados Por outras palavras pode se dizer que cabe s editoras e s tipografias um importante papel no cumprimento dessas fun es na narrativa tendo em conta que s o elas que influenciam na recep o e na compreens o do texto Papel esse que produzir textos com letras e capas atractivas com cores que chamem a aten o do leitor instigando nele a vontade de compra e o prazer na leitura A leitura dos elementos paratextuais pois de extrema import ncia na literatua infantil j que o leitor na fase formativa pode interpretar texto liter rio a partir das informa es que estes elementos lhe facultam Ler um processo mediante o qual se compreende a linguagem escrita Para ler usar com destreza as habilidades de descodifica o e aportar ao texto os nossos objectivos ideias AZEVEDO Fernando Jos Fraga L ngua materna e literatura infantil editora Lidel Agosto 2006 217 62 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso experi ncias pr vias Referimo nos interac o pela qual o significado codificado em est mulos visuais por um autor adquire signific
110. uada ao n vel de ensino Relaciona a tem tica com a realidade do aluno Estimula o gosto pela leitura Reconhece o aluno como sujeito interventor na constru o do conhecimento Explora o vocabul rio Domina os conhecimentos cient ficos Adapta os conte dos a diferentes disciplinas 2 Actividades 31415 Observa o Prop e tarefas variadas e adequadas Fomenta participa o dos alunos nas actividades escolares Apresenta flexibilidade na adapta o das estrat gias s situa es de aprendizagens Reconhece o aluno como sujeito interventor na constru o do conhecimento 86 3 Comunica o A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Observa o Estabelece uma rela o de empatia com os alunos Utiliza uma linguagem clara e concisa Fomenta a participa o dos alunos na aula Formula adequadamente as quest es Reformula as quest es caso os alunos n o compreendeam Estimula os alunos a procurarem significados dos vocabul rios que lhes s o dif ceis Facilita o aluno atrav s das perguntas de interpreta o e exemplos pr ticos a descodificarem os vocabul rios Ap s a leitura do texto tira conclus es moralistas da hist ria Ap s a leitura do texto leva os alunos a identificarem os valores contidos na hist ria Facilita os a
111. ubro de 1976 37 50 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso Os seus alunos gostam de ler N o respondeu 10 Sim 70 Gr fico 19 Frequ ncia quanto ao gosto pela leitura Dos dez professores inquiridos sobre a promo o da leitura ficamos a saber que 70 dos alunos desta escola gosta de ler contra 20 que n o gosta e 10 dos inquiridos n o respondeu quest o o que nos deixa pensar que mesmo tendo muita experi ncia profissional esses professores ainda n o t m ideia sobre que tipo de textos os seus alunos preferem o que demonstra que n o conhece os seus alunos Que tipo de texto prefere os seus alunos Costuma respeitar essas prefer ncias Textos N o Contos dram ticos respondeu 10 Banda desenhada 10 Textos o narrativos 100 60 Gr fico 21 Distribui o quanto prefer ncia Gr fico 20 Distribui o quanto ao respeito das prefer ncias Cruzando o gr fico 20 do conhecimento da prefer ncia dos alunos com o 21 pud mos verificar que uma boa parte dos professores conhecem a prefer ncia dos seus alunos tanto que 60 deles afirmam que os alunos preferem textos narrativos contra 10 que preferem 51 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso banda desenhada contos infantis e textos dram ticos 10 n o respondeu quest o o que nos faz pensar que estes ainda n o conhecem o tipo de texto q
112. ue o seu aluno prefere o que acaba por confirmar a quest o do gr fico 4 Conhendo as prefer ncias dos alunos 100 dos inguiridos afirma respeitar essa prefer ncia embora n o com muita frequ ncia o que pode verificar no gr fico 7 quando 30 dos professores frequentemente respeitam essa prefer ncia contra 70 que s veses respeita Pensamos que para que haja a promo o da leitura muitas veses necess rio que o professor conhe a os tipos de texto que os seus educandos preferem para que assim ele possa cultivar nos alunos o gosto h bito de leitura Mas sabendo tamb m que h determinados tipos de textos que os alunos n o gostam o professor poder escolher textos que abordem tem ticas do quotidiano como por exemplo o amor a paix o o sexo o tabagismo a droga de entre outros porque como se sabe esses tipos de textos despertam a coriosidade dos alunos em ler porque o texto interessante ou porque se identifica com o que est a ser aprovado Como sabemos muitos alunos n o gostam de textos po ticos porque acham que a poesia muito chata e como forma do professor fazer com que o aluno passe a gostar desse tipo de texto nada melhor do que levar a vers o m sicada do referido poema para a sala de aula que ser uma aula de escuta activa e ali todos v o querer participar activamente preenchendo o texto e posteriormente analisando o poema quanto ao conte do o professor ainda poder apagar palavras de a poesia que
113. vo bis assim como do conto O p ssaro azul Est rias de encantar Clarinha Paulo pena azul burro galinha gato minhoto e entre outros e introduzido um elemento por exemplo pol cia extraterrestre nave avi o barco boneca carro 12 A literatura infantil como um fen meno identit rio estudo de caso que n o pertence hist ria elemento esse que alheio ao conto tradicional e solicitado que as crian as imaginem uma nova hist ria E de referir que todos os alunos devem produzir a sua hist ria com liberdade total e devem sentir que o conto n o intoc vel e que poss vel criarem a sua pr pria hist ria fantasiando adequando a sua realidade 3 5 4 A hora do conto P blico alvo alunos do 5 ano do EBI Objectivo Proporcionar aos alunos momentos de lazer Prop e se que esta actividade seja desenvolvida num ambiente acolhedor dentro do espa o escolar S o contadas aos alunos duas vezes por semana hist rias infantis que lhes suscitem curiosidade e interesse O contador de hist rias neste caso o professor ser o respons vel por esta actividade de referir que o mesmo ter que estar capacitado para contar hist rias ou seja tem que ter dom para tal Ele ter que se desprender do texto fazendo o uso de express es faciais e corporais de forma expressiva adequando o ritmo e a voz hist ria que conta para que assim ele possa cativar o p blico ouvinte que neste caso s

Segundo Massaud Moisés (1997:15) a palavra conto antes em

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